protozoÁrios fitopatogÊnicos

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA NOTURNO PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS ALISON KANIGOSKI PICININ CLODOALDO SILVA EDSON PRIMO GOMES HERCILIO DO NASCIMENTO CAMPOS JULIANO DA SILVA SANTOS JÚNIOR CEZAR PONTELLO SORRISO-MT ABRIL DE 2010

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Page 1: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA NOTURNO

PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

ALISON KANIGOSKI PICININ

CLODOALDO SILVA

EDSON PRIMO GOMES

HERCILIO DO NASCIMENTO CAMPOS

JULIANO DA SILVA SANTOS

JÚNIOR CEZAR PONTELLO

SORRISO-MT

ABRIL DE 2010

Page 2: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA NOTURNO

PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

ALISON KANIGOSKI PICININ

CLODOALDO SILVA

EDSON PRIMO GOMES

HERCILIO DO NASCIMENTO CAMPOS

JULIANO DA SILVA SANTOS

JÚNIOR CEZAR PONTELLO

Trabalho Interdisciplinar apresentado ao

Curso de Graduação

em Agronomia da FACEM,

para avaliação das disciplinas

do primeiro semestre,

sob orientação do professor

Rodrigo Hahn.

SORRISO-MT

ABRIL DE 2010

Page 3: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ i

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................. 2

2.1 ORIGEM ............................................................................................................................. 2

2.2 IMPORTÂNCIA ................................................................................................................. 3

2.3 CARACTERÍSTICAS ....................................................................................................... 3

2.4 SINTOMAS ......................................................................................................................... 6

2.5 ÁREAS DE OCORRÊNCIA ........................................................................................... 10

2.6 CONTROLE ..................................................................................................................... 10

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 12

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 13

Page 4: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

i

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – FORMAS DE PHYTOMONAS ENCONTRADAS EM PLANTAS .................. 5

FIGURA 2 - PERCEVEJO VETOR .......................................................................................... 6

FIGURA 3 - NECROSE DE INFLORESCÊNCIAS ................................................................. 7

FIGURA 4 - FRUTOS DESENVOLVIDOS E ADERIDOS AO CACHO ............................... 8

FIGURA 5 - EMPARDECIMENTO E SECAMENTO DAS FOLHAS ................................... 8

FIGURA 6 - CORTE TRANSVERSAL DO ESTIPE ............................................................... 9

FIGURA 7 - PLANTA COM RUPTURA DAS RAQUIS ........................................................ 9

Page 5: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

1

1 INTRODUÇÃO

Através desta revisão bibliográfica, procuramos valorizar a aprendizagem, visando a

iniciação à pesquisa científica, abordando em vários aspecto a interferência deste gênero,

tanto histórica quanto econômica.

Segundo FILHO et al. (1995), os protozoários do gênero Phytomonas, família

Trypanosomatidae, causadores de infecções em plantas, principalmente na cultura do

coqueiro (Cocos nucifera), têm distribuição cosmopolita, sendo descoberta em 1909. A

maioria dos protozoários de plantas é flagelada e vive no floema podendo bloquear a

circulação da seiva no interior da planta.

Segundo ARAÚJO et al. (2003), do coqueiro praticamente tudo é aproveitável: raiz,

estipe, inflorescências, folhas, palmito e, principalmente, o fruto. O estudo de Phytomonas

despertou preocupação em diversos aspectos, de modo que a ocorrência da murcha de

Phytomonas é uma doença letal, sendo que a mortalidade de plantas é diretamente

proporcional à sua incidência, já causando grandes perdas em diversos estados.

Segundo ARAÚJO et al. (2003), geralmente o desenvolvimento da doença está

relacionado com a ausência de práticas de correção de acidez do solo e adubações adequadas,

ocasionando a doença que é causada pelo protozoário Phytomonas staheli e é disseminada por

percevejos da família Pentatomidae.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ORIGEM

Segundo GODOI (2000), a primeira ocorrência registrada de protozoários em plantas

foi em 1909, quando se observou no látex de Euphorbia pirulifera. No mesmo ano, Donavan

propôs o nome de Phytomonas como nome genérico para tripanossomatídeos parasitas de

plantas. Porém, na verdade o primeiro relato abrangendo aspectos fitopatológicos da relação

planta-protozoário foi feito em 1925. Já no contexto histórico, a primeira citação danosa dos

protozoários às plantas foi feito em 1931, quando uma doença do cafeeiro, conhecida por

necrose de floema, foi atribuída ao flagelado Phytomonas leptovasorum, que devastou

diversas plantações.

De acordo com FILHO et al. (1995), o assunto protozoário, como agente causal de

doenças em plantas, somente voltou à tona em 1976, com a comprovação de que duas doenças

em palmáceas, a “hartrot” do coqueiro (Cocos nucifera) e a Marchitez sorpresiva” do

dendezeiro (Elaeis guineensis) eram causadas por este tipo de microrganismo.

Contudo GODOI (2000), afirma ainda que os Phytomonas são parasitas comumente

encontrados no látex e floema de muitas famílias de plantas. Atualmente, os protozoários

fitopatogênicos são classificados como pertencentes ao gênero Phytomonas.

FILHO et al. (1995), comentam que nas condições brasileiras, estes flagelados estão

associados principalmente às palmáceas, como os coqueiros e dendezeiros, nas quais causa a

doença denominada murcha de Phytomonas. São economicamente importantes por provocar a

morte das plantas atacadas, e em algumas vezes, causar também epidemias letais à cultura da

mandioca, sendo a doença conhecida como chocheamento de raiz.

“Em agosto de 2002, foi registrada a ocorrência da doença de Phytomonas staheli

na cultura do coqueiro (Cocos bucifera L) na região do município de Terra Nova do

Norte, MT.”, (WARWICK, 2005).

Page 7: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

3

2.2 IMPORTÂNCIA

Segundo JANKEVICIUS et al. (1988), o gênero Phytomonas traz grande preocupação

no aspecto financeiro, pois, se não controlado acarreta perdas acentuadas na produção, já que

conta apenas com métodos preventivos para controle.

De acordo com JANKEVICIUS et al. (1988), ataca uma gama variada de culturas, as

quais ofereçam considerável reserva de energia e de fácil acesso, na maioria, são culturas

simples como: coco, dendê, mandioca, tomate, café, feijão etc. Entretanto, afeta também

outros tipos como a soja, muito visada para comércio internacional, só que de forma mais

branda, causando danos considerados inexpressivos à produção. As culturas mais atingidas

pelos protozoários são comumente cultivadas por pequenos produtores, em menor escala e

apesar deles causarem danos, são consideradas menos importantes, uma vez que prejudicam

de forma mais danosa culturas menos visadas comercialmente, portanto não se tornam

rentáveis o estudo e a pesquisa aprofundada sobre o assunto. Sua infestação, além de rápida,

conta com um contingente expressivo de insetos transmissores o que justifica a alta incidência

e sua infecção maciça, provocando perda total das cultivares.

JANKEVICIUS et al. (1988), apuraram ainda, que em algumas espécies como

Phaseolus vulgaris e Glycine max a infecção restrita aos grãos e as sementes pode estar

relacionada à perdas na produção de grãos, conseqüente da simples picada do inseto, podendo

futuramente tornar-se objeto de estudo e uma preocupação na produção de alimentos.

2.3 CARACTERÍSTICAS

Reino Protistas

Filo Euclenozoa

Classe Kinetoplastea

Ordem Trypanosomatida

Família Trypanosomatidae

Gênero Phytomonas

De acordo com BEDENDO (1995), o gênero Phytomonas foi criado em 1909 para

abrigar estes flagelados, principalmente em função da morfologia apresentada, e do tipo de

hospedeiro vegetal parasitado pelos mesmos. Várias espécies têm sido caracterizadas através

Page 8: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

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de critérios do tipo comprimento do protozoário, comprimento do flagelo, posicionamento de

organelas citoplasmáticas, características bioquímicas e família de plantas hospedeiras.

Segundo BEDENDO (1995), em relação à morfologia, são predominantemente do tipo

promastigote, unicelulares, microscópicos, medindo de 12 a 20 µm de comprimento por 1,5

µm de largura. São fusiformes e torcidos duas ou três vezes em relação ao eixo longitudinal

de seu corpo formando um “espiral”; apresentam também um flagelo variando de 10 a 15 µm,

denominados organelas. Esta organela confere mobilidade ao protozoário, que em

observações microscópicas se mostra bastante ativo, movimentando-se através de leves

contorções do corpo.

Quanto à organização celular, uma membrana única de aparência e dimensão

trilaminar circunda o corpo do protozoário, formando uma bolsa flagelar na extremidade

anterior, inclusive envolvendo o filamento do flagelo. O citoplasma, além das organelas,

normalmente presentes nos eucariotos, contém diferentes tipos de vesículas, grande

quantidade de ribossomos e uma estrutura típica de cinetoplasto. Esta estrutura está situada na

base do flagelo, sendo formada por uma rede de material denso que corresponde ao DNA,

afirma BEDENDO (1995).

De acordo com BEDENDO (1995), os flagelados do gênero Phytomonas podem se

apresentar sob várias formas ou estágios, sendo a forma promastigota encontrada com maior

freqüência. O organismo promastigote caracteriza-se por apresentar um flagelo que tem

origem na extremidade anterior da célula do protozoário. Outras formas podem ser detectadas

em plantas, como organismos alongados, porém sem flagelo, organismo arredondado

amastigotes, além de formas intermediárias (Figura 01).

Segundo BEDENDO (1995), a reprodução tem sido verificada somente nas formas

promastigotas, e consiste, basicamente, na bipartição da célula no sentido longitudinal do seu

eixo, dando origem a duas células filhas. A multiplicação compreende uma seqüência de

etapas que tem início com o alongamento do cinetoplasto, prossegue com a divisão da

extremidade anterior da célula e o surgimento de um flagelo na parte ainda desprovida do

mesmo, segue com a divisão do núcleo e completa-se com a migração dos núcleos para cada

um dos novos indivíduos.

Page 9: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

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FIGURA 1 – FORMAS DE PHYTOMONAS ENCONTRADAS EM PLANTAS

FONTE: BEDENDO

Como pode ser observado na figura acima, forma alongada com flagelo, alongada sem

flagelo, arredondada e torcida. Esta última é de comum ocorrência no interior de tecidos

vegetais.

Segundo BEDENDO (1995), a reprodução tem sido verificada somente nas formas

promastigotas, e consiste, basicamente, na bipartição da célula no sentido longitudinal do seu

eixo, dando origem a duas células filhas. A multiplicação compreende uma seqüência de

etapas que tem início com o alongamento do cinetoplasto, prossegue com a divisão da

extremidade anterior da célula e o surgimento de um flagelo na parte ainda desprovida do

mesmo, segue com a divisão do núcleo e completa-se com a migração dos núcleos para cada

um dos novos indivíduos.

Segundo ARAÚJO (2003), a disseminação do Phytomonas staheli é feita pelo

percevejo da família Pentatomidae (Figura 2). O mesmo inocula em outros hospedeiros

através da saliva de insetos hemípteros fitófagos, já os insetos livres do parasitismo, se

contaminam ao inocular no vegetal infectado, completando um ciclo que se multiplica

rapidamente.

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FIGURA 2 - PERCEVEJO VETOR

2.4 SINTOMAS

Segundo FILHO (1995), em se tratando de plantas parasitadas por Phytomonas, os

sintomas são bastante variados dependendo do hospedeiro e da localização do protozoário na

planta. No caso das Phytomonas que ocorrem nos tubos de látex, nota-se o amarelecimento,

deformação, seca e queda de folhas, e raramente a planta pode apresentar

subdesenvolvimento, declínio e morte, pois é considerado, geralmente, não patogênico às

plantas produtoras de látex. Enquanto que em Phytomonas encontradas no interior de floemas

nos cafeeiros, coqueiros e dendezeiros apresentam sintomas bem definidos. No caso do café

os sintomas são amarelecimento e queda das folhas mais velhas; palidez, amarelecimento e

queda de folhas novas; redução na quantidade e no tamanho das folhas novas; morte da planta

de três a doze meses. Plantas de mandioca exibem clorose generalizada, subdesenvolvimento,

além da ocorrência de raízes de pequeno diâmetro e pouco numerosas.

“Nas palmáceas, ocorre a murcha de Phytomonas. Manifestam-se

primeiramente nas inflorescências, as quais são afetadas em diferentes estádios. Quando

jovens e ainda fechadas, a necrose inicia-se na extremidade e avança para a base,

tornando o tecido escuro e úmido, que exala um odor fétido. As inflorescências já

abertas tornam-se necrosadas também a partir das extremidades (Figura 3) e as flores,

fecundadas ou não, secam e caem. Em plantas na fase inicial da doença, os frutos já

desenvolvidos aparentemente não são afetados, permanecendo verdes e aderidos aos

Page 11: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

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cachos (Figura 4), enquanto os mais jovens secam e caem. Em seguida, ocorre o

empardecimento e secamento das folhas, a partir das mais velhas, que começam pelas

extremidades e progridem no sentido ápice-base das folhas (Figura 5). Nesse processo,

freqüentemente verifica-se o secamento da flecha, devido à destruição do meristema

apical (Figura 6), enquanto algumas folhas jovens em volta continuam verdes,

resultando em podridão de odor fétido. Quando o secamento da folhagem está avançado,

freqüentemente ocorre a ruptura das raquis junto ao estipe ou na sua parte mediana

(Figura 7). As raízes também podem apresentar necrose e dessecamento, iniciando-se

pelas mais jovens. A manifestação dos sintomas é um processo rápido, levando quatro a

seis semanas para o total secamento da folhagem, sendo mais rápido quanto mais jovem

for a planta.”, (ARAÚJO, 2003).

FIGURA 3 - NECROSE DE INFLORESCÊNCIAS

FONTE: ARAÚJO

Como pode ser observado na figura acima, com o secamento das flores, fecundadas ou

não, todas caem.

Page 12: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

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FIGURA 4 - FRUTOS DESENVOLVIDOS E ADERIDOS AO CACHO

FONTE: ARAÚJO

Os frutos já desenvolvidos aparentemente não são afetados, permanecendo verdes e

aderidos aos cachos, conforme figura a cima.

FIGURA 5 - EMPARDECIMENTO E SECAMENTO DAS FOLHAS

FONTE: ARAÚJO

Page 13: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

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FIGURA 6 - CORTE TRANSVERSAL DO ESTIPE

FONTE: ARAÚJO

Na figura acima, observa-se o corte transversal do estipe, mostrando apodrecimento do

meristema apical e de inflorescências, ou seja, estágio bem avançado da doença.

FIGURA 7 - PLANTA COM RUPTURA DAS RAQUIS

FONTE: ARAÚJO

Como pode ser observado na figura acima, quando a doença atinge um estágio

avançado, ocorre o secamento da folhagem, ocasionando a ruptura das raquis junto ao estipe

ou na sua parte mediana.

Page 14: PROTOZOÁRIOS FITOPATOGÊNICOS

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2.5 ÁREAS DE OCORRÊNCIA

Segundo ARAÚJO (2003), a murcha de Phytomonas foi encontrada em Cuba,

Trinidad, Costa Rica, Equador, Peru, Venezuela, Colômbia, Suriname, Guiana Francesa e

Brasil. No Brasil, os estados mais afetados são o Pará e Bahia, mas também já foram

encontrados focos em Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Paraíba. Sendo que sua ocorrência foi

observada pela primeira vez no Planalto de Vitória da Conquista, Bahia, em duas plantas de

palmeira imperial (Roystonea oleraceae), das catorze existentes e usadas como arranjo

paisagístico no jardim da Praça Tancredo Neves do município.

Segundo ARAÚJO (2003), com levantamento da doença no Amazonas, no ano de

2001, nos Municípios de Manaus, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Silves,

Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Careiro da Várzea, Iranduba e Manacapuru, constatou-

se a presença desta doença em sete destes, estando ausente somente em Careiro da Várzea,

Itapiranga e Silves.

De acordo com ARAÚJO (2003), em todas as regiões a murcha de Phytomonas só foi

encontrada em plantios de três anos de idade atingindo 43% deles, sendo que o índice de

sintomas de plantas doentes foi de apenas 2,5% nessas áreas. Com essa baixa infestação pode-

se verificar a distribuição das doenças, onde percentual dos plantios foram pouco

contaminados. Mas no Município de Manaus foi preocupante, pois a doença atingiu 26,5%

das plantas. Mesmo com esse índice de infestação constatado, percebeu que a ocorrência

severa foi em duas plantações localizadas à beira da Rodovia AM-010, de 47% e 82% de

plantas contaminadas pelo fitoprotozoário.

Segundo SOUZA (2005), no mês de agosto de 2002, foi identificada a ocorrência de

uma nova doença na plantação de coqueiro (Cocos nucifera L.) em Terra Nova do Norte, MT.

Através de exames de microscópio da seiva extraída do tecido do caule de uma planta atacada

e analisando as características morfológicas, ficou confirmado que se trata da doença causada

por Phytomonas staheli.

2.6 CONTROLE

Segundo ARAÚJO (2003), a murcha de Phytomonas é uma doença letal e não existe

tratamento curativo. Também ainda não se encontrou material resistente à doença. Dessa

forma, o combate à doença deve basear-se em algumas operações a ser realizadas, como

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plantar muda sadias, adubar adequadamente o plantio, realizar inspeções fitossanitárias

quinzenais a fim de eliminar plantas contaminadas, evitar plantios adensados, manter as

plantas em ambiente limpo, efetuar poda de limpeza para a retirada das folhas mais velhas,

bainhas mortas, as quais podem abrigar o percevejo vetor e realizar inspeções fitossanitárias

quinzenais a fim de eliminar plantas contaminadas.

Segundo ARAÚJO (2003), em relação ao inseto, deve-se realizar o manejo cultural

adequado, com práticas que deixem o ambiente desfavorável ao inseto vetor, manter as

plantas limpas, retirando as folhas secas pendentes que tocam o solo e distribuí-las entre as

linhas, distantes do tronco das palmeiras em, no mínimo, um metro, roçarem a área entre as

linhas, rebaixando a vegetação, ou seja, de modo geral todas estas operações são preventivas.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término da pesquisa concluiu-se que a murcha de Phytomonas staheli, é a

responsável por causar perdas significativas em plantas da família das palmáceas, como os

coqueiros e dendezeiros, perdas estas que podem até resultar na eliminação de todas as plantas

atacadas, onde observou-se que a doença está presente em vários estados brasileiros, causando

prejuízos econômicos.

Além disso, é uma doença da qual, até o momento, não se tem relatos de diagnóstico

de controle, devendo ser adotadas algumas medidas de prevenção.

Chegou-se à constatação de que, as modernizações dos laboratórios, bem como o

avanço das pesquisas, poderão descobrir uma forma viável de controle da doença.

Com o desenvolvimento deste trabalho, adquirimos conhecimento, necessário para

reconhecer plantas parasitadas pelo gênero da Phytomanas.

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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FILHO, A.B. et al. Manual de Fitopatologia. 3. ed. São Paulo: Ceres, 1995. V.1, p.161-166.

GASPAROTT et al. Murcha de Phytomonas do coqueiro, Amazonas: CT 17, 2003,

Disponível em http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/CPAA-2009/10250/1/cir

tec17.pdf. Acesso em 21 mar. 2010.

GODOI, M.M.I. de M. Phytomonas e outros Tripanossomatídeos em Insetos no Estado de

Rondônia–Amazônia Ocidental. 2000. 59 f. Dissertação (Mestrado em Ciência) – Instituto

de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, 2000.

JANKEVICIUS et al. Ciclo Biológico de Phytomonas. Rio de Janeiro: INST. OSWALDO

CRUZ V. 83, 1988, Disponível

em:HTTP://memorias.ioc.fiocruz.br/PDF/Volume83/vol83(fsup)_597-606.pdf. Acesso em: 13

mar. 2010.

SOUZA N. P. de, Murcha de Phytomonas, uma Nova Doença do Coqueiro em Mato Grosso,

Mato Grosso: EMPAER-MT, 2005. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/fb/v30n3/a20v30n3.pdf. Acesso em: 15 mar. 2010.