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Fevereiro - junho 2008 - Comunicação Social POLIKARPOS

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Revista apresentada como trabalho acadêmico

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2008

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POLIKARPOS

4 | Índice

POLIKARPOS

EditorialEquipe| Dois Brasis e Quantos ideais

Citações Policarpo Quaresma| Lima Barreto

EntrevistaMárcio Arruda| Vereador de PetrópolisMarcola|Líder do PCC

Árvore estilizada| O fruto, resultados de um sistema de ValoresLinha do Tempo| História e atualidade

EnsaioVisionário brasileiro|Trabalhador brasileiro|“Lar” brasileiro|

ArtigoJoão Ubaldo| Precisa-se de Matéria Prima Para Construir um País

Notas|Base Fundamental- Barreto, Lima “ O triste Fim de Policarpo Quaresma”|Editorial e Ensaios - 1-Ribeiro, Darcy – Texto “Sobre o óbvio” 2- Carvalho, José Murilo – “Os bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não Foi” 3- Barreto, Lima – “O triste fim de Policarpo Quaresma” 4- Almeida, Carlos Alberto – A Cabeça do Brasileiro.

Equipe|Bruno Azevedo|Mariana Rufato|Talita Militão|Professores|Bibiano|Paulo Sérgio|Colaboradores|Equipe 3C Network|

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4 | Índice

POLIKARPOS

DOIS BRASIS e QUANTOS IDEAIS...

Passaram cento e vinte anos desde que o Brasil teve sua primeira experiência com a república. A partir de então, o país foi construído aos solavancos como quem almeja por dias melhores e foge do estigma colonizador; por dias em que o desenvolvimento perpasse todos as nuanças da sociedade.Não foram poucas as estratégias, métodos e planejamentos para que o Brasil abandonasse as críticas intelectualizadas dos pensantes europeus –sobre nossa cor, religião e nosso clima– para construir uma identidade nacional fortificada no hibridismo de nossa formação étnica. No entanto, trazíamos mais da mentalidade colonizadora que poderíamos suspeitar. Éramos livres, mas intimamente presos por nossa falta de homogeneidade de ideais. Uma federação de estados unidos com voz única, e essa, não era a voz do Brasil.Se com a Proclamação da República veio a expectativa de renovação política, o pós-abolição e o processo de fortalecimento da república trouxeram uma série de implicações: altos índices de migração para as capitais que –agravou os problemas de empregabilidade, de habitação, saúde, saneamento e desenvolvimento humano–, a recessão e a inflação; juntos ativaram um descontentamento popular reacionário.“É de lá[oligarquias dos estados] que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam, agitadas, nas ruas da capital da União.” Ao passo que os republicanos se posicionavam, os embates entre os grupos de resistências e o núcleo governante foram se diluindo. Assim, essa expectativa de uma política participativa foi sendo frustrada; primeiro os intelectuais com a perseguição de Floriano, depois operários e militares. Assim progrediu, um subliminar autoritarismo no Brasil. Por um lado, políticos que nutriam alguma preocupação com o bem público, desde que, o público, o povo, não participasse do processo de decisão. De outro, a minoria que se impunha já fatigada, que se ousasse ser participativa

politicamente seria considerada “louca” , pelo povo e pelo Estado!Nessa edição POLIKARPOS deseja despretensiosamente, tanto pensar o processo de formação da mentalidade política e da identidade nacional através do olhar literário de Lima Barreto no final do século 19, como fazer analogia com à conjuntura política atual. No entanto, comparar esses dois tempos tão distintos através de imagens, fatos e da interpretação literária, foi uma intrigante tarefa que nossa equipe teve para entender um pouco mais sobre a mentalidade política brasileira. Ao tempo que se pesquisava sobre o Brasil de 1890, entrevistas com políticos, com profissionais na área de economia e história nos deram um pequeno panorama da conjuntura do atual governo Lula. Por fim, nos deparamos com a realidade de dois Brasis. O Brasil moderno; economicamente em desenvolvimento –do agronegócio, da biotecnologia, das multinacionais. Mas também com o Brasil arcaico; do subúrbio, das roças –pequenas repúblicas segregadas onde o povo idealiza tomadas de decisões– um segmento da população que parece perpetuada com os mesmos problemas do brasileiro nos anos 90 do século 19 –falta de emprego, a falta do respeito pela coisas públicas, falta de investimentos. É uma pena, em pleno século 21, vencemos as mentiras intelectualizadas –nosso problema não está nossa cor, muito menos em nosso clima– porém, paramos no tempo porque conservamos nossos instintos domesticados. Desde Floriano –o marechal de ferro –ao Lula, o presidente do povo, o país põe nas eleições, a esperança por um messias ; alguém com disciplina e compaixão disposto a mudar nossa realidade e, capaz de nos mostrar que Brasil é esse. Por fim, esperamos, que os textos, as imagens e as ilustrações possam ajudá-lo perceber a quem pertence a responsabilidade de empreender uma política viável para esse tempo; ao encontrar, acreditamos, será o primeiro passo para que o país comece a mudar

Cinco Perguntas

Na primeira república, o peso das decisões econômicas e políticas no país se concentrou na hegemonia dos proprietários rurais de São Paulo e de Minas Gerais – política do “café-com-leite”. Atualmente no Brasil, você recon-hece alguma política similar pesando em nos-sas decisões?ARRUDA|O estado de São Paulo ainda centraliza o poder; mas com a ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, o Nordeste – vem rece-bendo mais recursos do que a região Sul– passou a ter uma certa “contemplação” da economia.

Existe disparidade entre as regiões e entre as diferentes classes sociais no país hoje?ARRUDA|As disparidades estão diminuindo, com isso, a desigualdade social tende a baixar.

Você concorda com uma burguesia existente at-ualmente no poder?ARRUDA|Não. O atual presidente não veio da burguesia, veio das classes mais baixas da socie-dade. Por isso, admiro Lula, mesmo tendo votado nele nas últimas eleições. Vejo o futuro com um estadista no poder .

Como você vê o Brasil?ARRUDA|O Brasil é um país extraordinário.

Tem todos os recursos que necessitamos; não existe furacão e terremotos; possuímos matéria-prima para se desenvolver; e a língua é unificada, todos falamos o português, diferente de outros países, como o Canadá, que possui dois idiomas oficias –Francês e Inglês.Se a discriminação contra os negros acabar, se to-dos tiverem as mesmas oportunidades na vida, se nosso país estiver nas “mãos” de uma boa admin-istração, em mais ou menos 20 anos seremos uma potência mundial.

O escritor Lima Barreto, no final do século XIX, cunha a expressão “botafogano” para identificar aqueles que, mesmo nascendo no Rio de Janeiro, viviam com a cabeça em Paris. O brasileiro, ain-da hoje, supervaloriza as culturas importadas?ARRUDA|Sim, pois os brasileiros ainda almejam por um vida “americana”, essa visão mudou muito pouco. Acredito que deveríamos incentivar mais o nacionalismo, pois temos uma cultura tão vasta, mas diariamente é “massacrada” pela grande potência americana que, no meu ponto de vista não possui uma boa cultura. Deveríamos, principalmente parar de adotar palavras americanizadas no nosso di-cionário. Essas expressões deveriam vir traduzidas para o nosso idioma. A única coisa boa que trazem de lá é a tecnologia

Acredito que deveríamos incentivar mais o nacionalismo, pois temos uma cultura tão vasta, mas diariamente é

massacrada.”

6 | Entrevista

PARA O VEREADOR MÁRCIO ARRUDA

Polikarpos | 7

8 | Entrevista

Eu sou inteligente. Eu leio, li 3 mil livros e leio Dante, mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo se diploman-do nas cadeias.”

Entrevista| MARCOLA, TRAFICANTE LÍDER DO PCC

O que mudou nas periferias? MARCOLA|Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$ 40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polí-cia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma em-presa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no microondas”... ha, ha... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão.

Você é do PCC ? MARCOLA| Mais o que isso? Eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível... Vocês nunca me olharam durante década.

E antigamente era mole resolver o problema

da miséria. O diagnóstico era óbvio: migração

rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas

periferias. A solução é que nunca vinha. Que

fizeram? Nada. O governo federal alguma

vez alocou uma verba para nós?Nós somos o

início tardio de vossa consciência social. Viu só?

Sou culto. Leio Dante na prisão.

Mas, a solução?

MARCOLA|Solução? Não há mais solução,

cara... A própria idéia de “solução” já é um

erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do

Rio? Solução como? Só viria com muitos bilhões

de dólares gastos organizadamente, com um

governante de alto nível, uma imensa vontade

política, crescimento econômico, revolução na

educação, urbanização geral; e tudo teria de

ser sob a batuta quase que de uma tirania es-

clarecida”, que pulasse por cima da paralisia

burocrática secular que passasse por cima do

Legislativo cúmplice . Ou você acha que os

287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão

roubar até o PCC.

Mas não haveria solução?

MARCOLA|Vocês só podem chegar a algum

sucesso se desistirem de defender a normali-

dade”. Não há mais normalidade alguma.

Vocês precisam fazer uma autocrítica da

própria incompetência.

Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogna

speranza voi che entrate!” Percam todas as es-

peranças. Estamos todos no inferno

Polikarpos | 9

[...] Então pensou que foram vãos aqueles seus desejos de reformas capitais nas instituições e

costumes: o que era principal à grandeza da pátria estremecida era uma forte base agrícola, um culto

pelo solo ubérrimo, para alicerçar fortemente todos os outros destinos que ela tinha de preencher.

(BARRETO, 2000, p. 76)

1891

Revolta da Vacina Marcha dos 100 mil

1930 1968

[...]A luz se lhe fez no pensamento... aquela rede de leis, de posturas, de códi-gos e de preceitos, nas mãos desses regu-lotes, de tais caciques, se transformava em potro, em polé” [BARRETO, 2000]

Diretas Já

1808 1984 8002

12 | Ensaio

Se para Floriano Peixoto, Policarpo era um “visionário”, porque queria implantar uma reforma agrária, porque a agricultura seria a salvação do país para o combate a fome. Percebemos hoje, que os discursos político esquecidos pelo atual presidente, que até o momento não colocou em prática a “reforma agrária” que ele sonhava. Seria isso um sinal de que ele percebeu que os discursos de campanha eram palavras ditas por um “visionário”?

brasileiroVISIONÁRIO

Ensaio | 13

[...]Essas secretas esperanças eram mais gerais do que se pode supor. Nós vivemos do governo e a

revolta representava uma confusão nos empregos, nas honrarias e nas posições que o estado espalha.

Os suspeitos abririam vagas e as dedicações su-priram os títulos e habilitações para ocupá-las, além disso, o governo, precisando de simpatias e homens,

tinha que nomear, espalhar, prodigalizar, inventar, criar e distribuir empregos, ordenados, promoções e

gratificações. [BARRETO, 2000, p.122]

14 | Ensaio

Afirmam-se, ainda hoje, a deficiência social, econômica ou

política observada no romance. A política de colonização, com

abandono dos brasileiros e favorecimento dos imigrantes: as

taxas e impostos que esmagavam o produtor agrícola, deixado, por outro lado, as mãos dos atraves-

sadores monopolistas.

TRABALHADORbrasileiro

Ensaio | 15

16 | Ensaio

Ensaio | 17

A cidade não era um a comunidade no sentido político, não havia o sentido de pertencer a uma entidade cole-tiva. A que existia era fragmentada. Como Lima Barreto descreve bem o subúrbio, ou segundo Aluisio de Azevedo, “A República do Cortiço” que tinha leis próprias e resistia qualquer tentativa de entrada de qualquer representante da república oficial –forma de preservar o único lugar onde se tinha o mínimo de respeito à vontade popular. No entanto, com a força militar, as pequenas repúbli-cas foram destruído sem o qualquer integração a uma república maior que agregasse todos os cidadão. Domes-ticada politicamente, a cidade pôde ser dado o papel de cartão-postal da República.

brasileiroLAR

A crença geral anterior era que Collor

não servia, bem como Itamar e Fernando

Henrique. Agora dizemos que Lula não

serve. E o que vier depois de Lula também

não servirá para nada. Por isso estou

começando a suspeitar que o problema não

está no ladrão corrupto que foi Collor, ou

na farsa que é o Lula. O problema está em

nós. Nós como POVO.

Nós como matéria prima de um país.

Porque pertenço a um país onde a

ESPERTEZA” é a moeda que sempre é

valorizada, tanto ou mais do que o dólar.

Um país onde ficar rico da noite para o dia

é uma virtude mais apreciada do que formar

uma família, baseada em valores e respeito

aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente,

os jornais jamais poderão ser vendidos

como em outros países, isto é, pondo umas

caixas nas calçadas onde se paga por um

só jornal e se tira um só jornal, deixando

os demais onde estão. Pertenço ao país

onde as “EMPRESAS PRIVADAS” são

papelarias particulares de seus empregados

desonestos, que levam para casa, como

se fosse correto, folhas de papel, lápis,

canetas, clipes e tudo o que possa ser útil

para o trabalho dos filhos ...e para eles

mesmos.

Pertenço a um país onde a gente se

sente o máximo porque conseguiu “puxar”

a tevê a cabo do vizinho, onde a gente

frauda a declaração de imposto de renda

para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a impontualidade

é um hábito.

Onde os diretores das empresas não

valorizam o capital humano. Onde há pouco

interesse pela ecologia, onde as pessoas

atiram lixo nas ruas e depois reclamam do

governo por não limpar os esgotos.

Onde pessoas fazem “gatos” para roubar

luz e água e nos queixamos de como esses

serviços estão caros. Onde não existe a

cultura pela leitura (exemplo maior nosso

atual Presidente, que recentemente falou

que é “muito chato ter que ler”) e não

há consciência nem memória política,

histórica nem econômica.

Precisa-se de Matéria Prima para construir um País.João Ubaldo

18 | Inshigt

Como “Matéria Prima” de um país, temos

muitas coisas boas, mas nos falta muito para

sermos os homens e mulheres que nosso país

precisa.

Esses defeitos, essa “ESPERTEZA BRASILE-

IRA” congênita, essa desonestidade em pequena

escala, que depois cresce e evolui até con-

verter-se em casos de escândalo, essa falta de

qualidade humana, mais do que Collor, Itamar,

Fernando Henrique ou Lula, é que é real e hon-

estamente ruim, porque todos eles são brasil-

eiros como nós, ELEITOS POR NÓS.

Nascidos aqui, não em outra parte... Me en-

tristeço. Onde nossos congressistas trabalham

dois dias por semana para aprovar projetos e

leis que só servem para afundar ao que não tem,

encher osaco ao que tem pouco e beneficiar só a

alguns. Pertenço a um país onde as carteiras de

motorista e os certificados médicos podem ser

“comprados”, sem fazer nenhum exame.

Um país onde uma pessoa de idade avançada,

ou uma mulher com uma criança nos braços, ou

um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a

pessoa que está sentada finge que dorme para

não dar o lugar.

Um país no qual a prioridade de passagem

é para o carro e não para o pedestre. Um país

onde fazemos um monte de coisa errada, mas

nos esbaldamos em criticar nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos do Fernando

Henrique e do Lula, melhor me sinto como pes-

soa, apesar de que ainda ontem “molhei” a mão

de um guarda de trânsito para não ser multado.

Quanto mais digo o quanto o Dirceu é culpado,

melhor sou eu como brasileiro, apesar de ain-

da hoje de manhã passei para trás um cliente

através de uma fraude, o que me ajudou a pagar

algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.

Porque, ainda que Lula renunciasse hoje

mesmo, o próximo presidente que o suceder

terá que continuar trabalhando com a mesma

matéria prima defeituosa que, como povo, so-

mos nós mesmos.

E não poderá fazer nada... Não tenho nen-

huma garantia de que alguém o possa fazer

melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um

caminho destinado a erradicar primeiro os ví-

cios que temos como povo, ninguém servirá.

Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não

serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula,

nem servirá o que vier. Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos

faça cumprir a lei com a força e por meio do

terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto

essa “outra coisa” não comece a surgir de baixo

para cima, ou de cima para baixo, ou do centro

para os lados, ou como queiram, seguiremos

igualmente condenados, igualmente estanca-

dos....igualmente sacaneados!!!

É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando

essa brasilidade autóctone começa a ser um

empecilho às nossas possibilidades de desen-

volvimento como Nação, aí a coisa muda... Não

esperemos acender uma vela a todos os Santos,

a ver se nos mandam um Messias.

Nós temos que mudar, um novo governador

com os mesmos brasileiros não poderá fazer

nada. Está muito claro...... Somos nós os que

temos que mudar.

Sim, creio que isto encaixa muito bem em

tudo o que anda nos acontecendo: desculpamos

a mediocridade mediante programas de tele-

visão nefastos e francamente tolerantes com o

fracasso.

É a indústria da desculpa e da estupidez.

Agora, depois desta mensagem, francamente

decidi procurar o responsável, não para cas-

tigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe)

que melhore seu comportamento e que não se

faça de surdo, de desentendido.

Sim, decidi procurar o responsável e es-

tou seguro que o encontrarei quando me olhar

no espelho. aí está. não preciso procurá-lo em

outro lado. E você, o que pensa?....MEDITE!

Inshigt | 19

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