protocolo hiv

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG FACULDADE DE MEDICINA COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINA Rua Gen. Osório, s/ n.° – Área Acadêmica do Campus da Saúde – Rio Grande- RS – CEP 96201-900 Fone: (53) 3233.8842 - Fax: (53) 3233.8892 - E -mail: [email protected] FURG PROTOCOLOS DE ASSISTÊNCIA A GESTANTE A SEREM IMPLANTADOS NO HU/FURG E SMS Manejo dos quadros infecciosos Protocolo HIV Estão bem estabelecidas a necessidade e eficácia do oferecimento da testagem para o diagnóstico da infecção pelo HIV a todas as gestantes, já que os avanços na profilaxia, no tratamento e no atendimento obstétrico as gestantes infectadas pelo HIV modificaram o panorama da transmissão vertical desse vírus. A transmissão vertical é a principal forma de infecção pelo HIV em crianças. Diagnóstico pré-natal:

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Page 1: Protocolo hiv

SERVIÇO PÚBLICO

FEDERAL

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURGFACULDADE DE MEDICINA

COORDENAÇÃO DO CURSO DE MEDICINARua Gen. Osório, s/ n.° – Área Acadêmica do Campus da Saúde –

Rio Grande- RS – CEP 96201-900Fone: (53) 3233.8842 - Fax: (53) 3233.8892 - E -mail: [email protected]

FURG

PROTOCOLOS DE ASSISTÊNCIA A GESTANTE A SEREM IMPLANTADOS

NO HU/FURG E SMS

Manejo dos quadros infecciosos

Protocolo HIVEstão bem estabelecidas a necessidade e eficácia do oferecimento da

testagem para o diagnóstico da infecção pelo HIV a todas as gestantes, já que os avanços na profilaxia, no tratamento e no atendimento obstétrico as gestantes infectadas pelo HIV modificaram o panorama da transmissão vertical desse vírus. A transmissão vertical é a principal forma de infecção pelo HIV emcrianças.

Diagnóstico pré-natal:

Indicações do Teste rápido Serviços localizados em áreas de difícil acesso Em populações de risco acrescido Para gestantes, parturientes e puérperas

o Não testadas no pré-natalo Sem resultado do anti-HIV no 3º trimestre (pedir teste rápido HIV

para laboratório?)

Page 2: Protocolo hiv

Abordagem da gestante portadora do HIV:

No pré-natal Assintomática com idade gestacional < 14 semanas

o Solicitar rotina pré-natalo Solicitar Ultrassonografiao Solicitar CV e CD4o Encaminhar ao Hospital Dia para agendar exames e marcar

consulta de pré-natal. Sintomática OU com idade gestacional > 14 semanas

o Solicitar rotina pré-natalo Solicitar Ultrassonografiao Solicitar CV e CD4o Prescrever antirretrovirais (Biovir 1cp 12/12h e Kaletra 2cp

12/12h) que deve ser iniciado após coleta de CV e CD4o Encaminhar ao Hospital Dia para agendar exames e marcar

consulta de pré-natal. Pacientes em uso prévio de antirretrovirais

o Solicitar rotina pré-natalo Solicitar Ultrassonografiao Solicitar CV e CD4o Encaminhar ao Hospital Dia para agendar exames e marcar

consulta de pré-natal.o Se estiver usando EFAVIRENZ orientar consulta imediata no

Hospital Dia para troca de medicação

No Parto Escolha da via de parto

Carga Viral Idade Gestacional(na ocasião da

aferição)

Recomendações

³ 1.000 cópias/mlou desconhecida

³ 34 semanas Parto por operação cesariana eletiva*

< 1.000 cópias/mlou indetectável

³ 34 semanas Parto vaginal

* Cesariana eletiva significa realiza-lá antes do início do trabalho de parto, com dilatação cervical em até 3 a 4 cm e as membranas amnióticas íntegras.

Para as gestantes que chegam a maternidade em trabalho de parto e que não fizeram uso de TARV no pré-natal

o Está em franco trabalho de parto → Parto vaginal

Page 3: Protocolo hiv

o Trabalho de parto em fase inicial (fase latente de TP) → Parto cesárea (tentar fazer AZT IV 3h)

3-4 cm de dilatação Bolsa amniótica integra ou ruptura a menos de 2h

Uso do AZT injetável – ampola com 20 ml (10mg/ml) = 200mgPreparar em 100ml de SG a 5%

Manejo do parto Vaginalo Administrar AZT IV do início do TP até o clampeamento do

cordãoo Evitar procedimento invasivo amniotomia, fórcepe ou vácuoo Evitar toques repetidos e manter a bolsa integra até o período

expulsivo o Evitar a bolsa rota por mais de 4 h ou o TP prolongado +6 h,

sendo indicado o uso de ocitocina o Evitar episiotomia se possívelo Usar Cefalotina ou cefazolina 2g/dose única logo após expulsão

fetal

Manejo do parto Cesáreao Idade Gestacional bem estabelecida entre 38 e 39 sem por DUM,

AU, USG (antes 20 semanas)o Administração do AZT injetável 3 horas antes ( 1h de ataque e 2h

de manutenção) e manter até a ligadura do cordão umbilicalo Se possível parto empelicado o Usar Cefalotina ou cefazolina 2g/dose única após clampear o

cordão

Page 4: Protocolo hiv

No Puerpério Manejo antirretroviral

o CD4 <350 céls/mm3 e/ou sintomática manter TARVo CD4 ≥350 céls/mm3, assintomática e as que usaram apenas AZT

IV no parto suspender TARV Suspensão da amamentação

o Cabergolina 0,5mg – 2 cp dose única Orientar o acompanhamento clínico e ginecológico Retorno no 5º-8º dia e no 42º dia pós-parto

Manejo das situações especiais da gestante portadora do HIV:

Hiperemese, sangramento vaginal, DHEG e DMGo Igual as gestantes soronegativas

Gestante com diagnóstico tardioo Diagnóstico após 36 semanas

Coletar Carga viral e CD4 Iniciar TARV imediatamente Priorizar a cesariana eletiva

o Diagnóstico em trabalho de parto Usar AZT injetável Inibir lactação AZT xarope ao recém-nascido

Trabalho de parto prematuroo Com IG < 34 semanas (expectante)

Inibição do TP Usar corticóide Usar AZT IV até inibição do TP (1h dose ataque e após

dose de manutenção)o Com IG > 34 semanas (ativa)

Escolher via de parto baseada na carga viral Iniciar AZT IV

Tratar o Estreptococo do grupo B durante trabalho de parto Þ penicilina G cristalina 5 milhões IV (ataque) e 2,5 milhões IV 4/4h até o nascimento

Ruptura prematura das membranas (Ruprema) o Com IG < 34 semanas (expectante)

Inibição do TP Usar corticóide

o Com IG > 34 semanas Escolher via de parto baseada na carga viral Iniciar AZT IV

Page 5: Protocolo hiv

Tratar o Estreptococo do grupo B durante trabalho de parto Þ penicilina G cristalina 5 milhões IV (ataque) e 2,5 milhões IV 4/4h até o nascimento

Polidrâmnio o Para drenar usar AZT IV 2mg/Kg 3h antes da punção

Coinfecções HIV/hepatite Co Via de parto escolhida pelo HIV

Ulceras genitaiso Cesariana

Hemorragia pós-partoo Não usar derivados da ergotaminao Usar ocitocina e misoprostol

Anticoncepção nas pacientes soropasitivas para HIV Mulheres que não amamentam podem voltar a ovular em 4 semanas

após o parto O preservativo não é indicado com ÚNICO método contraceptivo Não existe restrição ao uso de anticoncepcionais hormonais

o Cuidar uso de TARV X alterações metabólicas X ACO Pacientes assintomáticas ou em uso de TARV clinicamente bem pode

usar DIU Os métodos cirúrgicos têm os mesmos critérios das mulheres

soronegativas