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Protocolo de monitoramento rápido de cobertura (MRC) na campanha de seguimento com a vacina tríplice viral em crianças de 1 a 6 anos de idade, Brasil Julho de 2011

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Protocolo de monitoramento rápido de cobertura (MRC) na campanha deseguimento com a vacina tríplice viral em crianças de 1 a 6 anos deidade, Brasil

Julho de 2011

Conteúdos

1. Justificativa

2. Objetivo

3. Metodologia

4. Critérios de inclusão e exclusão

5. Setorização e seleção das localidades

6. Organização e programação do trabalho de campo

7. Coleta dos dados

8. Análise de resultados e tomada de decisões

9. Algumas perguntas para orientar a tomada de decisões

10. Informe de resultados

11. Referências

Anexos

Anexo 1: Planilha de monitoramento rápido de coberturas

Anexo 2: Tabela de resultados de coberturas vacinais

Anexo 3: Perguntas para orientar a análise das coberturas

3

1. Justificativa

No ano de 2010, foram registrados no Brasil três surtos de sarampo: Pará (três

casos), Rio Grande do Sul (oito casos) e Paraíba (57 casos), com identificação do genotipo

D4, B3 e B3, respectivamente. Todos os casos confirmados foram de vírus importados. O

genótipo D4 na época circulava em países da Europa como Inglaterra, França, Holanda e

Itália e não havia circulado anteriormente no Brasil, e o genótipo B3 provavelmente foi

proveniente da África do Sul.

O surto do estado da Paraíba, 2010, notificou 391 casos suspeitos de sarampo, dos

quais 57 (14,6%) foram confirmados e 334 (85,4%) descartados por critério laboratorial.

Dentre os 57 casos confirmados, 53 (93%) eram residentes do município de João Pessoa,

dois (4%) de Santa Rita, um (2%) de Bayeux, um (2%) de Conde, municípios esses da

região metropolitana com local provável de infecção João Pessoa. O surto apresentou

apenas um genótipo viral (B3).

A análise epidemiológica evidenciou que no período de janeiro a julho de 2011,

foram confirmados dezessete casos de sarampo (SP: 03; MS: 01; RS: 07; RJ: 04; DF: 01;

BA: 01) com identificação do genótipo D4, cujo sequenciamento genético é similar ao

circulante no continente europeu. A faixa etária acometida foi entre 1 ano e 43 anos de

idade, a mediana foi de 5 anos de idade e observou-se que 6 casos (31%) ocorreram em

crianças menores de cinco anos de idade evidenciando que havia um grupo de suscetíveis

na respectiva faixa etária, observou-se a incidência de 0,20/100.000 habitantes

evidenciando que havia um grupo de suscetíveis na respectiva faixa etária.

A campanha de seguimento contra sarampo para crianças entre 1 e 6 anos de

idade (1 a <7 anos de idade) compreendem atividades de vacinação, melhor forma de

prevenir a doença na população, realizadas periodicamente, de forma indiscriminada, com

o objetivo de vacinar crianças suscetíveis buscando suprimir bolsões de suscetíveis

acumulados em média de cinco anos. Desta forma, estas ações têm tido impacto

importante na redução da morbimortalidade por sarampo e por isso, todos os municípios

brasileiros devem manter coberturas vacinais mínimas de 95%. A realização do

monitoramento rápido de cobertura (MRC) pós campanha de seguimento é importante para

identificar se realmente a área está com as crianças bem vacinadas com o objetivo de

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evitar possíveis suscetiveis, futuros surtos ou mesmo e a reintrodução dos vírus do

sarampo e rubéola no país.

Coberturas vacinais com a tríplice viral no Brasil.

As coberturas vacinais no Brasil para a vacina tríplice viral para as crianças de

um ano de idade, no contexto nacional, mostraram-se com excelentes resultados desde a

sua implantação na rotina em todo país no ano de 2003, ano no qual se concretizou a

implantação desta vacina na rotina em todos os municípios brasileiros. Atingiram valores

superiores a 100% a partir de 2004. No período 2003 a 2010, os índices variaram entre

99,7% (2005) e 113,0% (2003), conforme demonstrado na figura1.

A homogeneidade das coberturas vacinais no Brasil, no período de 2003 a 2010

variou de 87,26% (2003) a 60,59% (2010) dos municípios com CV ≥95% apresentando no

curso dos oito anos analisados, que existe uma parcela importante da população sem

receber a vacinada a despeito da elevada cobertura vacinal nas UF e importante parte dos

municípios resultando na formação dos bolsões de não vacinados (supostamente

suscetíveis) que se acumulam ao longo dos anos, observado na figura 1.

0

20

40

60

80

100

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Fonte:SIAPI/CGPNI

Figura 1.Coberturas vacinais e homgeneidade de coberturas davacina triplice viral em um ano de idade, Brasil, 2003 a 2010

Cob vacinal (%) homogeneidade (%)

5

As campanhas de seguimento contra osarampo instituidas no Brasil desde o

ano 1995 tem o propósito de eliminar falhas vacinais, resgatar não vacinados e oferecer a

oportunidade da segunda dose com a vacina tríplice viral neste grupo. São realizadas em

princípio, a cada cinco anos ou quando a situação epidemiológica indicar. A última

campanha de seguimento ocorreu no Brasil no ano de 2004. A cobertura vacinal ficou

acima de 95%, porém, em relação às demais estratégias de vacinação já adotadas, foram

heterogêneas no contexto dos municípios.

No ano de 2011, o Brasil realizará a campanha de seguimento em todo país, já

iniciada em oito estados conforme INFORME TECNICO da campanha de seguimento

contra o sarampo, 2011, o público alvo são as crianças de um a seis anos de idade (1 a

<7anos). Este grupo foi escolhido com o base na avaliação da série histórica de uma e

duas doses da vacina tríplice viral, aplicadas no período de 2006 a 2010. Este período

corresponde as crianças que em 2011 estão na idade entre 1 e 6 anos. Esta avaliação

mostrou que uma parcela importante de crianças a partir de quatro anos não tem duas

doses da vacina. Figura 2.

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

2

1 2 3 4 5 6

nº m

édio

de

dose

s por

cria

nça

idade (anos) em 2011

Figura 2. Número médio de doses (uma e duas doses) de vacina triplice viral na coorte denascidos vivos 2006 a 2010 segundo idade em 2011, Brasil.

uma dose duas doses

Considerando a histórica heterogeneidade nos resultados das coberturas vacinais, a

necessidade de manter o estado de eliminação do sarampo e, ainda, a ocorrência de

surtos em pessoas na maioria não vacinadas, faz-se imprescindível o alcance de altas e

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homogéneas coberturas vacinais (≥95%) em todas as idades da faixa etária identificadas

para a vacinação e em todos os municipios.

Neste propósito, Programa Nacional de Imunizações recomenda o monitoramento

rápido de cobertura (MRC) como uma ferramenta de verificação final dos resultados de

coberturas vacinais administrativas na referida campanha de seguimento.

2. Objetivos

Verificar se a cobertura vacinal na campanha de seguimento com a vacinatríplice viral atingiu a meta ≥95% para a população de 1 a 6 anos de idade (1 a<7 anos de idade).

Considerar alguns critérios a seguir:

Campo B: registrar o número de crianças residentes na casa por idade. Campo C: registrar o número de crianças encontradas por idade ou aquelas quenão estavam presentes, mas havia comprovante de vacinação disponível paraconsulta.

Crianças de 1 a 3 anos de idade:

Com uma dose (D1) da vacina tríplice viral, comprovada, registrar como criançavacinada com D1 no Campo D e aprazar a segunda dose para os 4 anos de idade. Com duas doses (D1 e D2) da vacina tríplice viral, comprovadas, registrar comocriança vacinada com D2 no Campo D. Criança NÃO vacinada, registrar no Campo E. Deve receber uma dose eregistrar no boletim de rotina do API ou na ficha do SIPNI. Aprazar a segunda dosepara os 4 anos de idade.

Crianças de 4 a 6 anos de idade:

Com uma dose (D1) da vacina tríplice viral, comprovada, registrar como criançavacinada com D1 no Campo D e aprazar a segunda dose observando o intervalomínimo de 30 dias entre as doses. Com duas doses (D1 e D2) da vacina tríplice viral, comprovadas, registrar comocriança vacinada com D2 no Campo D. Criança NÃO vacinada, registrar no Campo E. Deve receber uma dose e registrarno boletim de rotina do API ou na ficha do SIPNI. Aprazar a segunda doseobservando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

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3. Metodologia

A metodologia para verificar as coberturas estabelece as seguintes condições:

O âmbito geográfico para estimar a cobertura é o município.

O número de monitoramentos rápidos de cobertura (MRC) a realizar nomunicípio depende da população alvo do mesmo e do número de salas de vacinas.

A seleção dos setores para o MRC é aleatória.

Criança vacinada é toda aquela vacinada durante, ou antes, da campanha, quemostre a caderneta de vacinação ou outro comprovante com uma dose da vacinatríplice viral de acordo com a estratificação já definida anteriormente.

A coleta de dados é realizada por equipes locais com apoio estadual e nacional,se necessário.

Realização em curto período de tempo.

Com base nos resultados tomam-se decisões.

Coberturas de vacinação por idade, considerando o percentual ≥95%.

Cumprimento da programação para a campanha.

4. Critérios de inclusão e exclusão

4.1. Critérios de inclusão Crianças da população alvo de 1 a 6 anos de idade (1 a < 7 anos de idade). Os que residem na casa, presentes ou com comprovante disponível no domicíliocom pelo menos uma dose da vacina tríplice viral Utilizar a planilha para registro com uma ou duas (ou mais) doses.

4.2. Critérios de exclusão Crianças fora da idade estabelecida, ou seja, as crianças menores de 1 ano deidade e as de 7 ou mais anos de idade (< 1 ano ou ≥ 7 anos de idade) Crianças que estejam de visita na casa

5. Setorização e seleção das localidades.

O primeiro passo do processo de verificação é mapear o município. Essa é ainformação básica para selecionar os lugares onde se realizará a coleta dos dados. Paraisso, as equipes deverão utilizar os mapas e croquis disponíveis no município para

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identificar os setores ou localidades, colocando um número a cada setor, como mostra afigura 3.

O número de monitoramentos rápidos de cobertura (MRC) estará baseado nonúmero de salas de vacina. Cada sala de vacina deverá realizar pelo menos 1 (um) MRCnum setor selecionado aleatoriamente, por sorteio. A figura 4 mostra um exemplo para ummunicípio, cuja população alvo da campanha foi 7.000 pessoas, que tem 5 salas de vacina.

A quantidade de pessoas para entrevistar em cada MRC depende do tamanho

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da população alvo de cada setor, como indica o quadro 1.

Quadro 1. Definição do número e tamanho de conglomerados segundo setor

Pop. Alvo do setor Nº pessoas / MRC< 1000 25

1000 – 4.999 505.000 – 9.999 75

10.000 + 100

Considerando que o município que tem 189 salas de vacinas e uma populaçãoalvo de 63.904 crianças na idade entre 1 e 6 anos de idade (1 a <7 anos) deve realizar 189MRC (mesmo número de salas de vacinas). Neste caso, 63.904/189 = 338, ou seja, umvalor < 1.000. Conforme descrito no quadro 1 em cada MRC devem ser entrevistadas 25pessoas responsáveis pela criança. Esse número foi obtido a partir da divisão dessapopulação (63.904) pelo total de salas de vacinas/MRC. A população total a serentrevistada corresponde ao número de salas de vacinas (189) multiplicado por 25 = 4.725pessoas.

6. Organização e programação do trabalho de campo

Para organizar o trabalho de campo e programar os MRC deve ser considerado oseguinte:

Programar o melhor dia para efetuar a coleta dos dados, considerando oshorários quando o público alvo e seus responsáveis ficam em casa.

A coleta e tabulação dos dados de cada monitoramento devem ser realizadas emum dia.

Definir os recursos: transporte, vacina, seringas, planilhas.

Designar um supervisor das equipes de monitoramento

Formar as equipes de 2 pessoas: entrevistador e vacinador, no mínimo.

Apoio de agentes comunitários e outros que conheçam a localidade

As equipes devem estar padronizadas na metodologia de entrevista, registro etabulação de dados.

Entrevistador, preferivelmente, é externo ao estabelecimento responsável pelaárea, para que o monitoramente seja o mais imparcial e objetivo possível.

Vacinador administra a vacina e registra as pessoas “não vacinadas” nos boletins

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de doses aplicadas.7. Coleta dos dados

Para coletar os dados seguir o roteiro:

Selecione aleatoriamente um bloco/quadra/quarteirão do setor para iniciar acoleta dos dados.

Se o setor é muito grande, divida novamente em setores para selecionar obloco/quadra/quarteirão

Visite o número necessário de casas até completar o número de pessoasentrevistadas, definidas no MRC, segundo o tamanho do setor estabelecido noquadro 1.

Siga a rota em sentido horário.

Se não encontrar o número de pessoas definidas continue com obloco/quadra/quarteirão mais próximo até completar o número total de pessoasentrevistadas estabelecido como mostra a figura 5.

Observação: deverá ser considerado vacinado adequadamente toda criança nafaixa etária definida para o MRC que tenha registro comprovado de uma dose da vacinatríplice viral independente de ter sido realizada a vacinação anteriormente.

Quando chegar ao domicílio selecionado o entrevistador deverá identificar-se e,informar sobre o motivo da visita e a importância da entrevista. Deve-se pedir autorizaçãodas pessoas que moram na casa para fazer a entrevista. E perguntar sobre o estadovacinal de todas as crianças que atendem aos critérios de inclusão e solicitar a cadernetade vacinação ou se for o caso outro tipo de comprovante.

Os dados devem ser registrados na planilha de MRC (Anexo 1) da seguinteforma:

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Identificação: Registrar o nome do Estado, município e localidade onde se realizou o MRC, a

data e a pessoa responsável pela coleta dos dados.

Coluna (A): Nº casa Colocar o número 1 à casa de início do MRC. Continuar com uma numeração

seqüencial até concluir a coleta de dados.

Coluna (B): Crianças residentes na faixa etária Registrar o número de Crianças residentes na faixa etária que moram na casa. Anotar o total de Crianças conforme grupo de idade, entre 1 e menor 7 anos na

casa.

Coluna (C): Crianças residentes encontradas com informação sobre o estadovacinal

Registrar o número de crianças residentes na casa com informação sobre o estadovacinal durante a visita e entrevista.

Anotar o total de crianças conforme grupo de idade de 1 a 6 anos de idade ( 1 amenor de 7 anos de idade).

Coluna (D): Crianças vacinadas (verificadas com cartão ou comprovante)

Registrar o número total e por grupos de idade das crianças residentes na casa como cartão de vacinação para verificar a dose recebida da vacina (Tríplice Viral - SCR).

São consideradas vacinadas as crianças de 1 a 3 anos de idade que receberampelo menos uma dose da vacina tríplice viral em qualquer período (durante ou não acampanha). Aprazar a segunda dose para aquelas crianças encontrada com apenasuma dose, obedecendo ao calendário de vacinação, ou seja, aos quatro anos deidade. As Crianças encontradas na idade entre 4 e 6 anos de idade com apenasuma dose considerar vacinada, no entanto, deve ser vacinada com a segunda dose eregistrar como (D2) na rotina obedecendo o intervalo mínimo de 30 dias da últimadose.

Coluna (E): Crianças NÃO vacinadas Caso encontrem crianças não vacinadas, anotar o total na Coluna (E) e na coluna( F) as razões pelas quais elas ainda não foram vacinadas. Deve receber uma dose

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e registrar no boletim de rotina do API ou na ficha do SIPNI. Aprazar a segunda doseobservando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Coluna (F): Crianças NÃO vacinadas, motivos da não vacinação Para isso, incluir na coluna correspondente o número absoluto de crianças nãovacinadas e segundo o motivo:1. Os vacinadores não vieram em casa2. Os vacinadores vieram quando eu ou meus filhos não estava3. Não houve tempo para levar a criança ao serviço para vacinar4. Não tive conhecimento sobre a vacinação5. Recusei a vacinação por diversas razões6. Perdeu-se o cartão de vacinação7. O Posto estava fechado8. Faltou vacina no posto9. Indicação médica. Qual?(Descrever a indicação)10. Outros motivos (descreva).

Na conclusão do monitoramento, a equipe deve tabular os dados coletados.Caso sejam detectadas inconsistências deve-se corrigir imediatamente e, senecessário, revisitar o domicílio.

É necessário reforçar a importância de que:

Excluem-se do monitoramento as crianças fora da faixa etária estabelecida para acampanha; aquelas crianças que não estejam presentes em casa ou que o cartão devacinação não esteja disponível, bem como aquelas que estejam de visita nomomento da entrevista.

Durante a visita ao domicílio é necessário aproveitar a oportunidade para vacinaras crianças que ainda não foram vacinadas. Essas crianças devem ser registradascomo “não vacinadas” na planilha do MRC (esse é o seu estado vacinal no momentodo monitoramento).

Interrogar e registrar na planilha sobre os motivos pelos quais essa criança aindaestá “não vacinada”. Utilizar “outros motivos” somente se não for possível determinaro motivo. Especificar o número de crianças “não vacinadas” segundo motivo (NÃOcolocar X, mas quantificar o número de crianças de acordo com o motivo).

Mesmo que, somente os dados das crianças presentes na residência sejamregistrados na planilha do MRC, é indispensável perguntar pelo estado vacinal dascrianças que não estejam presentes. Se os familiares informarem que existemcrianças que ainda não tenham sido vacinados, é necessário que a equipe informesobre as indicações, números correspondentes para que sejam vacinadas.

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8. Análise de resultados e tomada de decisões.

As coberturas do MRC são calculadas por meio da seguinte fórmula:

(D) Crianças encontradas vacinadas(verificadas com cartão ou comprovante)

X 100

(C) Crianças da população alvo encontradas na casa

A cobertura se calcula para o total da população alvo, ou seja, de 1 a 6 anos deidade (menor de 7 anos de idade) considerando 1ª dose.

A avaliação dos motivos pelos quais a criança não se vacinou é de muitautilidade. Para isso, analisa-se a freqüência, em números absolutos e porcentagens.

Os resultados orientam a tomada de decisões como mostra a figura 6 e definemse o município atingiu a meta de cobertura ≥ 95% ou se precisa definir umaestratégia de intensificação da vacinação.

Figura 6. Interpretação dos resultados e tomada de decisão

Visitas ao domicílio e coleta dos dados do estadovacinal da população alvo

% de crianças vacinadas

>95% de CV < 95% de CV

Vacinar as crianças não vacinadas ou vacinadascom apenas uma dose da vacina tríplice viral. Paraos vacinados no MRC aprazar a 2ª dose comintervalo mínimo de 30 dias entre as doses para ascrianças de 4 anos a 6 anos de idade.

Para as crianças de 1 a 3 anos de idade, vacinadasno MRC aprazar a 2ª dose a idade de 4 anos deidade

Definir estratégia de vacinação para alcançar ameta

Vacinar as crianças com uma dose da VTV Alcançou a meta >95% de Cobertura Vacinal (CV)

com uma dose da VTV

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Nota¹:A soma do total de entrevistados em cada MRC de cada área representa o resultado geral

do MRC do município. Áreas que apresentarem cobertura no MRC <95% significa que foramencontradas crianças “não vacinadas”. Estas devem ser vacinadas e oportunamente serrealizado outro MRC seguindo todos os critérios estabelecidos. Atentar para o fato de quenenhum MRC deve ter cobertura maior que 100%, uma vez que o numerador é umsubconjunto do denominador e é representado pelo total de crianças encontradas e queestavam vacinadas (numerador) pelo total de pessoas encontradas vacinadas ou não(denominador).

9. Algumas perguntas para orientar a tomada de decisões

1. Alcançou a cobertura vacinal ≥ 95%?

2. Se não alcançou as coberturas, quais são as possíveis explicações?

3. Quais são as razões dos não vacinados?

4. Quais seriam as estratégias mais efetivas para captar as crianças não vacinadas?

5. Quais ações devem ser tomadas?

10. Informe dos resultados.

O anexo 2 apresenta uma tabela para consolidar os resultados dos MRCrealizado em cada um dos setores e estimar a cobertura do município.

A partir da análise integrada entre as coberturas administrativas e o resultadofinal de MRC, definir-se-á se cada um dos setores/município atingiu a meta de cobertura≥95%. As perguntas descritas no Anexo 3 podem ser de utilidade para orientar a análisedos dados de coberturas e determinar se a meta foi atingida ou não pelo município.

O informe consolidado municipal inclui:

o Introduçãoo População alvoo Estratégias desenvolvidas pelo municípioo Resultados:

Coberturas administrativas por município no encerramento da campanha Monitoramento final de coberturas Indicadores de avaliação da campanha

o Lições aprendidas e próximos passos

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11.Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Informe Técnico da Campanha de Seguimento no Brasil,2011.

Chen RT, Orenstein WA. Epidemiologic Methods in Immunization Programs.Epidemiologic Reviews 1996; 18(2): 99-117.

Dietz V, Venczel L, Izurieta H, Stroh G, Zell ER, Monterroso E, Tambini G. Assessingand monitoring vaccination coverage levesl: lessons from the Américas. Pan Am JPublic Health 2004;16(6):432-442.

Milligan P, Njie A, Bennett S. Comparison of two cluster sampling methods for healthsurveys in developing countries. International Journal of Epidemiology 2004; 33(3):469-476.

Organización Panamericana de la Salud. Eliminación de 15o rubéola y el síndromede rubéola 15ongênita: Guía práctica. Washington, D.C. 2005. Publicación científicay Técnica Nº 606.

World Health Organization. Immunization coverage cluster survey – Referencemanual. Immunization, Vaccines and Biologicals. WHO/IVB/04.23. June 2005.

Organización Panamericana de la Salud. Monitoreo cruzado de coberturas:Protocolo Genérico. Versión para validación em terreno. Oct. 2007.

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual técnico-operacional da Campanha Nacionalde Vacinação para Eliminação da Rubéola no Brasil, 2008.

NOTA²: adaptado do protocolo de verificação final das coberturas de vacinação utilizado nacampanha da nacional contra rubéola no ano de 2008.

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Anexo 1: Planilha para monitoramento rápido de coberturas (MRC) de vacinação (1 a 6 anos de idade)ESTADO _________________________________________________________ MUNICÍPIO: _______________________________________SETOR OU LOCALIDADE: ______________________________ DATA: ______/_________/_______ RESPONSÁVEL: _______________________

(A) Nºcasa

(B) Crianças residentes nafaixa etária

(C)Crianças residentes

encontradas (presentesou com cartão de

vacinação disponível nodomicílio)

(D)Crianças vacinadas

(verificadas comcartão de vacinação)

(E)NÃO vacinadas comD1 (presentes ou comcartão de vacinação

disponível no domicílio)

(F)Crianças NÃO vacinadasincluir quantidade de crianças na coluna correspondente ao motivo pelo qual nãofoi vacinada: (1) Os vacinadores não vieram em casa (2) Os vacinadores vieramquando eu ou meus filhos não estava (3) Não houve tempo para vacinar ascrianças (4) Não tive conhecimento sobre a vacinação (5) Recusei a vacinaçãopor diversas razões (6) Perdeu-se o cartão de vacinação (7) O Posto estavafechado? (8) Faltou vacina no Posto (9) Indicação médica qual?____________(10) outros motivos: ___________.

Idade Quantidade Quantidade D1 D2 Quantidade 1 2 3 4 5 6 7 8 Total

1

1 ano2 anos3 anos4 anos5 anos6 anos

2

1 ano2 anos3 anos4 anos5 anos6 anos

3

1 ano2 anos3 anos4 anos5 anos6 anos

4

1 ano2 anos3 anos4 anos5 anos6 anos

5

1 ano2 anos3 anos4 anos5 anos6 anos

TOTAL

17

Anexo 2. Planilha para o consolidado de resultados das coberturas vacinais do município.

Município: ___________________________________________ Estado: ________________________

Nº SetorResultados de MRC Atingiu cobertura

≥95%? Se não atingiu a meta de cobertura, quais ações foramdesenvolvidas?

Criançasencontradas

Criançasvacinadas

Percentual(%) cobertura Sim Não

Total município

18

Anexo 3

Perguntas para orientar a análise das coberturas

1. Qual a população alvo, meta de vacinação, no município?

2. Qual foi o percentual (%) de avanço diário de vacinados durante a campanha?

3. Cumpriu-se a microprogramação da campanha?

4. Durante a última semana da campanha ainda há crianças sem vacinação?

5. Existe informação que indica que a estimativa populacional do IBGE e oregistro do Sinasc desse município são menores do que realmente reside nomesmo?

6. Existe informação que indica que a estimativa populacional do IBGE e oregistro do Sinasc desse município são superiores a que realmente reside nomesmo?

7. Qual tem sido o comportamento nos últimos cinco anos das coberturas devacinação do programa de rotina? Tem sido sistematicamente menor ousuperior a 95%?

8. Existem condições socioeconômicas, demográficas ou de acesso aos serviçosde saúde que sugerem que este município registrou como próprias as pessoasvacinadas que residem em outros municípios?

9. Existem condições socioeconômicas, demográficas ou de acesso aos serviçosde saúde que sugerem que pessoas que residem neste município foramregistradas como residentes de outros municípios?

10.O percentual (%) de cobertura por grupos de idade (1, 2, 3, 4, 5, e 6 anos deidade) é ≥95 ou existem diferenças de cobertura entre as idades?