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EDUCAÇÃO INFANTIL No alvo, o planejamento: a organização do trabalho e sua arculação com os eixos de conhecimento Sinopse: O objevo desse programa é subsidiar o planejamento do professor com base nas unidades de trabalho presentes nos Livros Integrados da Educação Infanl do Sistema Posivo de Ensino e no Portal Posivo, evidenciando concepções, intencionalidades e propostas que visam promover aprendizagens às crianças. Fabiana Patrzyk [email protected] Michelle Taborda [email protected] Silvia Pandini [email protected] 18 0800 725 3536

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EDUCAÇÃO INFANTIL

No alvo, o planejamento: a organização do trabalho e sua ar�culação com os eixos de conhecimento

Sinopse: O obje�vo desse programa é subsidiar o planejamento do professor com base nas unidades de trabalho presentes nos Livros Integrados da Educação Infan�l do Sistema Posi�vo de Ensino e no Portal Posi�vo, evidenciando concepções, intencionalidades e propostas que visam promover aprendizagens às crianças.

Fabiana Patrzykfabianap@posi�vo.com.br

Michelle Tabordamtaborda@posi�vo.com.br

Silvia Pandinispandini@posi�vo.com.br

180800 725 3536

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PROGRAMA DE CURSOS

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EXPEDIENTE

Esse texto compõe o Material do Programa de Cursos Positivo 2016. Esse Programa destina

se às Escolas Conveniadas ao Sistema Positivo de Ensino (SPE). O texto apresenta

aprofundamento didático da Proposta Pedagógica dos Livros Didáticos Integrados Positivo e

do Portal Positivo. A seguir, conheça a equipe de assessoria do Primeiro Ano do Ensino

Fundamental:

Coordenação da área de Educação Infantil e Primeiro Ano Simone Stival

[email protected]

Assessoria de Educação Infantil e Primeiro Ano

Adrianna Benato [email protected] Camilla Mantovani Ozorio [email protected]

Fabiana Patrzyk [email protected] Luciana Maria Rodrigues

[email protected] Luciana Tavares Celinski

[email protected] Michelle Duda Taborda

[email protected] Selma Meirelles

[email protected] Silvia Pandini

[email protected]

www.portalpositivo.com.br/spe/educinfatil

0800 725 3536

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PROGRAMA DE CURSOS

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No alvo, o planejamento: a organização do trabalho e sua articulação com os eixos de

conhecimento

A trilha do planejamento educativo não está pronta... Ela é construída e reconstruída

ao longo da caminhada, quando se delineiam os objetivos de aprendizagem, as ações e as

estratégias para se obter sucesso.

Se comparado a uma trilha na qual o conhecimento está em jogo, o planejamento

exige atitudes e ações que ao jogar também são fundamentais, como atenção, percepção,

mobilização de estratégias, busca de soluções e um enorme desejo de sucesso.

Outro aspecto a ser ressaltado é que a composição dessa trilha nunca é neutra. Sua

trajetória será organizada com base em escolhas que se pautam por conhecimentos prévios,

pela experiência acumulada e por observações realizadas ao longo da prática educativa.

Portanto, a trajetória está sempre atrelada a tudo aquilo que acreditamos e estabelecemos

como percurso, a partir de experiências vividas e de diferentes referenciais teóricos, que

determinam nossas concepções acerca da condução do processo educativo.

Na unidade 7, página 157, do Livro de referência para atuação docente, da Coleção

do Grupo 1 e Grupo 2, questões importantes são levantadas sobre o ato de planejar:

“Onde estou?”

“Aonde quero chegar?”

“Como chegarei lá?”

Essas perguntas nos remetem ao diagnóstico da realidade, do contexto (onde estou?),

dos objetivos que se quer desenvolver (aonde quero chegar?) e dos recursos, estratégias,

metodologias e procedimentos que serão utilizados para tal (como chegarei lá?).

Hoje percebe-se claramente a importância e a necessidade de um planejamento

estruturado e com intencionalidade desde o berçário, comprometido com a responsabilidade

que se deve ter com a criança, com o seu desenvolvimento e com a sua aprendizagem.

Na composição de um planejamento eficaz, estão presentes a Coleção de Educação

Infantil e o Portal do Sistema Positivo de Ensino, parceiros na elaboração de um

planejamento diversificado, capazes de assegurar o trabalho com diferentes linguagens e

instigar a formação de um ser humano integral. No volume I do Livro do Professor dos Grupos

3 ao 5, também encontram-se Orientações Metodológicas e referencias teóricos que

subsidiam o trabalho com essa fase tão importante da escolarização que é a Educação Infantil.

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A escola, construída com base nas transformações vividas pelas diferentes sociedades,

constitui-se em um espaço de formação de pessoas acerca de seu mundo. Cada época e cada

contexto na história da educação imprimiram práticas ao cotidiano escolar.

Nessa trajetória, é preciso considerar também todo avanço constitucional e legislativo

e consequentemente a necessidade de se repensar o planejamento, com base na

responsabilidade que se tem com a criança de 0 a 5 anos, com o seu desenvolvimento e com

a sua aprendizagem. Em 2013, o Conselho Nacional da Educação publicou a revisão das

DCNEI. São as diretrizes que orientam o documento introdutório presente no Livro do

Professor e que subsidiam as pesquisas feitas pelo Sistema Positivo de Ensino acerca do

planejamento e das ações a serem desenvolvidas pelos professores e pela escola junto às

crianças pequenas.

Pensar sobre o planejamento e suas implicações é fundamental. Trilhar sobre algumas

definições de planejamento possibilita levantar ideias e pensamentos que legitimam a ação

educativa. O professor, responsável pela organização do trabalho pedagógico, precisa pensar

como e de que melhor forma deve organizar as peças que compõem o jogo educativo,

favorecendo a aprendizagem.

No Livro Integrado, ressalta-se a função do professor:

O papel do professor na dinamização do livro integrado é essencial para a organização do espaço, do tempo e das aprendizagens das crianças. Nesse sentido, em conjunto com as orientações do MDP, o professor precisa planejar e organizar as situações didáticas, oportunizar às crianças situações de aprendizagem, gerindo a dinâmica das interações sociais e das condutas deste processo. É grande, ainda, a importância da ação do professor na fase de documentação dos resultados da aprendizagem, momento e que ajusta as formas de ação e verifica a qualidade da prática educativa desenvolvida. (Livro do Professor, Documento introdutório, vol. 1, Coleção do G3 ao G5, p.42)

Por meio da análise e reflexão sobre as ideias de diferentes teóricos, é possível

descobrir peças preciosas para a composição da trilha do planejamento. Ostetto (2008, p.

177) define planejar como sendo a atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um roteiro

para empreender uma viagem de conhecimento, de interação, de experiências múltiplas e

significativas para um grupo de crianças. E complementa: planejamento pedagógico é a

atitude crítica do educador diante do seu trabalho docente. Por isso, não é forma! Ao

contrário, é flexível e como tal permite repensar, revisando, buscando novos significados para

sua prática pedagógica.

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O documento introdutório do Livro Integrado afirma que:

O bom andamento do trabalho pedagógico depende diretamente da ação docente, de como se faz a mediação conhecimento/criança. É esse profissional que também deve se tornar um aprendiz, que organiza a dimensão interativa, contextualizando o saber e o aprender. (Livro do Professor, documento introdutório, vol. 1, Coleção do G3 ao G5,p.42)

A flexibilização não pode ser confundida com improvisação. Sobre esse aspecto,

Moretto discute:

[...] “a flexibilização pressupõe a capacidade do professor de agir dentro da reflexão- na-ação; para flexibilizar, o professor precisa ter recursos para identificar as necessidades de modificação do que foi planejado, reavaliar, replanejar e executar em novo contexto; por outro lado, a improvisação pode ocorrer de forma aleatória e sem suporte da competência do profissional da educação, o que não seria desejável”. (MORETTO, 2010, p. 119)

Esse conceito de flexibilização é muito caro aos profissionais que farão uso do Livro

Integrado, afinal este não se constitui como o planejamento em si e nem deve ser

secundarizado. Ele deve estar presente diariamente nos fazeres das crianças, subsidiando as

aprendizagens e as pesquisas, oportunizando a realização de jogos e fomentando a interação

entre os diferentes atores da escola.

Ao trilhar pelas definições de planejamento, é possível encontrar seu real sentido:

nortear a prática pedagógica, sendo assim responsável por organizar o pensar e o agir, por

empreender a construção de conhecimentos. Corsino (2009) aponta no livro Educação

Infantil: cotidiano e políticas quatro características principais acerca do planejamento.

A primeira delas é o inacabamento, ou seja, o planejamento é feito e refeito à medida

que está sendo realizado; ele vai sendo complementado, ganhando e perdendo contornos a

fim de relacionar melhor as crianças aos seus grupos.

Decorrente dessa característica, encontra-se outra: a previsibilidade e a

imprevisibilidade que requer uma negociação constante em função de atender às

especificidades de determinada turma. Tem-se claro as expectativas de aprendizagem, mas o

que é preciso para que ela realmente aconteça? E em função disso, quais intervenções serão

necessárias com o grupo e com cada uma das crianças para que ela faça parte desse jogo entre

o que é previsível ou não? É desse jogo que nasce a postura reflexiva do professor que, atento

ao seu grupo de crianças, necessita de observações e registros que lhe abasteçam de ações,

recursos e estratégias para organizar o tempo e o espaço educativo. Outra característica é a

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continuidade e o encadeamento em que se realça a necessidade de articulação entre as áreas

de conhecimento e a organização dos tempos didáticos como algo inerente ao planejar. A

intenção é colocar à disposição das crianças muitas possibilidades para que elas estabeleçam

relações, ampliando o universo de significados que permitirá a aprendizagem.

Por último, Corsino apresenta a participação como fundamental nesse processo. O

planejamento requer a participação de adultos (professor) e crianças em sua elaboração. O

planejamento deve ser visto como construção coletiva e participativa, na qual os diferentes

envolvidos no jogo da aprendizagem ganham vez e voz. Não existe um autor e tampouco um

protagonista para o estabelecimento dessa trilha, todos são coparticipantes e corresponsáveis

para que a trilha seja estabelecida com sucesso.

Entende-se, portanto, que planejar está associado ao fato de antever ações, buscar

atingir objetivos, que nascem tanto das expectativas de aprendizagem próprias de cada

segmento de ensino quanto da necessidade apresentada por um grupo ou por uma criança.

Assim, conforme cita o Livro do Professor, em seu documento introdutório, planejamento

envolve

ações planejadas e intencionais dos professores, construindo projetos educativos de qualidade, que se comprometam com práticas educativas que dialogam, com os cuidados e aprendizagem infantis, com as demandas familiares e das crianças e que respondam a essas demandas. (Livro do professor, documento introdutório, vol. 1, Coleção do G3 ao G5, p.42)

Ao planejar, o que está em questão é o diagnóstico da realidade, do contexto, dos

objetivos que se quer desenvolver e de recursos, estratégias, metodologias e procedimentos

que serão utilizados para tal.

Para planejar, portanto, é preciso jogar... Jogar com os conhecimentos, com a

experiência, com novos referenciais teóricos, com o desejo de acertar!

A mediação entre o conhecimento e a criança depende diretamente da ação docente.

É o professor que organiza a dimensão interativa em sala de aula e contextualiza o aprender,

imprimindo dinâmica a essa ação, organizando o percurso e o que é próprio de cada fase a ser

planejada.

Quando o planejar envolve a intencionalidade, a avaliação se faz presente, pois se o

planejamento antecipa e organiza ações, a avaliação o fortalece, o carrega de sentido e

aplicação.

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Se a trilha do planejamento é construída ao longo do processo e norteia as ações, a

avaliação aponta o melhor caminho para se atingirem os objetivos. No Livro Integrado,

encontram-se referências sobre a ação de avaliar. Entende-se que

A avaliação que deve nortear o trabalho com crianças da Educação Infantil precisa ser entendida como um processo de acompanhamento, reflexão e registro do desenvolvimento infantil, do que é realizado pelos educadores/professores e dos êxitos e dificuldades vivenciados no cotidiano da instituição. Ao se configurar como uma atitude crítica e reflexiva sobre o trabalho, a avaliação pode ser a garantia do trabalho pedagógico de qualidade. A realização contínua da avaliação deve estar aliada ao compromisso de modificar direções e estratégias, contribuindo assim na busca de alternativas para superar as dificuldades encontradas. (Livro do professor, documento introdutório, vol 1, Coleção do G3 ao G5, p. 42)

Nesse sentido, evidencia-se a importância do professor nesse cenário, desenvolvendo

ações intencionais para a construção de um planejamento de qualidade, que se compromete

com práticas educativas dialógicas, no que diz respeito à aprendizagem e aos cuidados

inerentes à faixa etária das crianças.

O professor está em cena e a criança precisa estar em foco. O planejamento educativo

precisa considerar a criança no centro do processo de aquisição do conhecimento. Para que

isso se cumpra, é preciso ter em vista o atendimento aos cuidados e também as aprendizagens

de que necessitam, levando em consideração todas as dimensões humanas: o imaginário, o

artístico, o afetivo e o cognitivo, para que realmente esteja sendo cumprido o compromisso

com a infância em toda a sua essência.

Daí a importância de princípios e referenciais teóricos consistentes, de uma prática

pedagógica condizente com a criança como sujeito ativo, capaz de construir significados e

conhecimentos nas interações que estabelece em seu ambiente.

Nos materiais do Sistema Positivo de Ensino a criança é concebida como alguém que

experimenta, que está cheia de curiosidades, expectativas, desejo de descobrir, dialogar com

o mundo, e que, portanto, aprende na relação com o contexto cultural e social nos quais está

imersa.

As crianças apresentam enorme capacidade e interesse em aprender, em descobrir os

segredos do seu mundo e, para isso, não medem esforços. A vontade de descobrir e ampliar

conhecimentos é construída com base nas interações com o meio e com as outras pessoas:

adultos e crianças. Os Livros Integrados e de Arte fomentam a curiosidade infantil e suscitam

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muitas possiblidades de aprendizagens, fazendo jus à curiosidade e ao desejo de exploração

das crianças.

Por meio do brincar, as crianças conhecem e exploram manifestações culturais,

expressam emoções e pensamentos, demonstrando respeito e aprendendo a valorizar o que

é diverso. Assim devem ser estimuladas a observar e explorar o ambiente, a conversar com

sua cultura, ampliando o universo de significados e mobilizando a utilização das várias

linguagens (corporal, plástica, oral, escrita e musical) com diferentes intenções e em

diferentes situações de comunicação.

Reconhecer as crianças como parceiras integrantes do processo de ensino e

aprendizagem é o ponto de partida do trabalho educativo. No Livro Integrado e no Livro de

Artes os alunos têm inúmeras chances de efetuarem seus registros e deixarem suas marcas

no percurso de aprendizagem que se delineia.

Planejar contempla a elaboração de ideias, a projeção para uso dos espaços e para a

vivência de experiências múltiplas que visam proporcionar para a criança a interação

significativa com o conhecimento. Por isso, sugerimos que, durante todo o ano letivo, o

professor faça uso do documento introdutório presente no volume 1 do Livro do Professor

como o apoio para seu planejamento. Ao longo das unidades de trabalho (UT) também há

muitas sugestões de atividade e de leitura para professores e alunos que dialogam com as

atividades sugeridas em cada UT e fomentam a diversidade de formas de aprender.

Torna-se, assim, fundamental proporcionar às crianças um espaço educativo

organizado com diferentes possibilidades de interação e diálogo com a cultura da infância,

com diferentes formas de mídias e tecnologias que determinarão experiências fundamentais

para seu encontro com o conhecimento, para que possa usufruir desse ambiente em benefício

do seu desenvolvimento e de sua aprendizagem.

No Livro de Vivências dos Grupos 1 e 2 e nos Livros Integrados dos Grupos 3 ao 5, as

unidades de trabalho organizam-se em sequências didáticas que, por sua vez, materializam o

planejamento de atividades articuladas, mobilizando eixos do conhecimento e linguagens,

com objetivos específicos e com o intuito de promover uma aprendizagem significativa. Sua

duração pode variar de acordo com as propostas desenvolvidas e também em conformidade

com as interações e os novos procedimentos que se fizerem necessários.

O MDP da Educação Infantil está organizado por unidades de trabalho, pois entende-se que elas possibilitam um manejo integrado entre os diferentes âmbitos e eixos do conhecimento, e articulado pelas intervenções pedagógicas do professor. A organização didática das unidades de trabalho será detalhada

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na sequência deste documento, quando abordada a estrutura didático-editorial do MDP. (Livro de professor, documento introdutório, vol I, Coleção do G3 ao G5, p.5)

Ao pensar a organização da trilha do planejamento conforme descrito no documento

introdutório, é preciso prever que as sequências e propostas didáticas devem apresentar

aumento gradativo de desafios e desafiar as crianças a partir do conhecimento que já

possuem, permitindo sua reelaboração e possibilitando ampliação dos conhecimentos.

Portanto, o trabalho com sequência didática contribui para consolidar as diferentes fases de

construção do conhecimento, consolidando a ideia de uma progressão espiralada dos

conhecimentos que o aluno já possui, embasando os que a sequência didática acrescentará.

Ao discutir a abordagem de conteúdos, os Livros Integrados consideram a participação

efetiva dos alunos, tomando-os como protagonistas de suas aprendizagens:

O desenvolvimento acontece no conjunto das atividades vivenciadas, tais como: negociação e construção coletiva de regras e normas das situações didáticas e das ações cotidianas; interação com crianças da mesma ou de outra faixa etária; interação com adultos; manipulação de diferentes objetos e materiais disponíveis; ação da criança sob a mediação e/ou intervenção de um adulto; experiências com situações novas, conflituosas e desafiadoras, etc. (Livro de professor, documento introdutório, vol I, Coleção do G3 ao G5, p.5)

Nesse sentido, cada peça da trilha viabiliza que a outra seja montada, mas sempre

buscando garantir contextualização e aplicação de sentido aos procedimentos realizados. A

contextualização suscita a participação ativa das crianças no decorrer de todo o processo, pois

elas precisam estabelecer conexões entre suas vivências, seu saber anterior e os

conhecimentos que estão sendo gestados naquele momento. Nesse sentido, a criança passa

a ser protagonista de seu processo de aprendizagem.

A mediação do professor é fundamental, pois é por meio da ação educativa que a

criança estabelecerá relações entre as diferentes informações as quais está tendo acesso e

assim poderá conectá-las a outras já existentes em seu repertório, atribuindo significação. O

professor irá atuar como articulador do processo, um facilitador que, por meio do

desenvolvimento de procedimentos, da mobilização de recursos e de estratégias busca

atribuir sentido e intencionalidade em cada uma das ações desenvolvidas.

As sequências didáticas propiciam maior integração e melhores possibilidades de

organização das aprendizagens, favorecendo a interação da criança com o conhecimento, na

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medida em que ela é continuamente desafiada em diferentes propostas diante de uma

mesma investigação.

O desafio está lançado e as peças da trilha esperando por você, professor! Que o

estabelecimento do jogo permita a todos os integrantes do processo muitas aprendizagens e

sucesso em suas buscas e que prevaleça o desejo de fazer da escola um espaço de cultura,

que permita às crianças a reelaboração de suas curiosidades e que preze pela excelência das

ações ali desenvolvidas.

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REFERÊNCIAS

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2002.

BARBOSA, Maria Carmem Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos pedagógicos na

Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), n.º

9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC, 2013.

______. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, nº1, de 7 de abril de 1999. Brasília: MEC, 2013.

KINNEY, Linda. Tornando visível a aprendizagem das crianças. Porto Alegre: Artmed, 2009.

MACHADO, Maria Lucia de A. Encontros e desencontros em Educação Infantil. São Paulo:

Cortez, 2005.

MANTOVANI, Susanna. BONDIOLI, Anna. Manual de Educação Infantil de 0 a 3 anos. Porto

Alegre: Artes Médicas, 1998.

MORETTO; Vasco Pedro. Planejamento: planejando a educação para o desenvolvimento de

competências. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.

OSTETTO, Luciana (Org.). Encontros e encantamentos na educação infantil: partilhando

experiências de estágios. Campinas: Papirus, 2000.