protocolo de feridas
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PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA LIMA
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
COORDENAÇÃO DE AÇÕES BÁSICAS DE SAÚDE
Protocolo de Assistência aos Portadores de Feridas
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PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA LIMA
Prefeito
Carlos Roberto Rodrigues
Vice-Prefeito
Jaconias Gomes
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Secretário Municipal de Saúde
Dr. Márcio Flávio Barbosa
Assessora em Atenção à Saúde
Irlene Aparecida Silva Nunes
Coordenadora da Atenção Primária
Vera Lúcia Bernardo Teixeira
2011Edição Revisada
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Equipe técnica: Alessandra Palhoni Sabaraense Amália Augusta Nunes Caroline Romani Fabiana Pimenta Silva Francine Marie Luce Dardot Geane Miranda Cardoso Lisandra Teófilo dos Santos Melo Lívia Cristina Santos Luciana Oliveira de Souza Patrícia Amorim Corrêa Sheila Nara Ferreira
Colaboradores: Luciana Augusta Rosa Rafaela Fabiane Gomes Vivian Cristina Dias Gonçalves
Revisão Geral:Amália Augusta NunesCaroline Romani
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APRESENTAÇÃO
A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Lima (SEMSA) tem pautado suas
ações no sentido de oferecer um atendimento de saúde digno a população, com foco
na qualidade da Atenção à Saúde.
Para atingir o objetivo proposto foi implantado o Programa de Gestão de
Qualidade (PGQ) tendo como uma de suas metas o estabelecimento de protocolos.
Os protocolos são baseados em evidências e analisados pelas equipes técnicas da
SEMSA, que propõem um modelo considerando as especificidades e a situação
epidemiológica do Município.
Neste sentido foi formulado o Protocolo de Assistência aos Portadores de
feridas com o objetivo de prevenção e tratamento de feridas crônicas. É importante
ressaltar que os protocolos são dinâmicos e flexíveis e evidentemente com o
surgimento de novas práticas e novos avanços tecnológicos, os mesmos podem
sofrer modificações propostas pelos profissionais de saúde que atuam na assistência.
Desta forma esperamos estar atingindo nossa missão de atender com
qualidade os usuários do Sistema de Saúde de Nova Lima.
Dr. Márcio Flávio Barbosa
Secretário Municipal de Saúde
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SUMÁRIO
SUMÁRIO ......................................................................................................................................................................... 5 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................................ 6 1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 7 2- ATRIBUIÇÕES ............................................................................................................................................................. 9 3- ATENDIMENTO NA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE ............................................................... 13
3.1 Fluxo do Atendimento ao Paciente Portador de Ferida ......................................................................................... 13 3.2 Fluxo de aquisição de coberturas ........................................................................................................................... 14
4 – CONSULTA DE ENFERMAGEM ............................................................................................................................ 15 4.1 - Primeira Consulta ................................................................................................................................................ 15 4.2 - Consultas subsequentes ....................................................................................................................................... 15
5 – AVALIAÇÃO DA FERIDA E ÁREA PERIFERIDA ................................................................................................ 17 Técnica de Mensuração da Área Lesada ...................................................................................................................... 17
6- ASSISTÊNCIA AO PACIENTE QUEIMADO .......................................................................................................... 21 6.1 FLUXOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES QUEIMADOS ............................................... 25
7. FERIDAS ULCEROSAS MAIS COMUNS ............................................................................................................... 26 ......................................................................................................................................................................................... 26
7.1 Diagnóstico Diferencial de Úlceras ....................................................................................................................... 27 8 - ÚLCERAS POR PRESSÃO ....................................................................................................................................... 28 9 - TROCA DE CURATIVO NA UNIDADE DE SAÚDE ............................................................................................. 32 10 - ORIENTAÇÃO DIETÉTICA ................................................................................................................................... 35 ........................................................................................................................................................................................ 35 12- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA INDICAÇÃO DE COBERTURAS ............................................................ 41 13 - EXAMES COMPLEMENTARES ........................................................................................................................... 42 ANEXOS ......................................................................................................................................................................... 45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................ 54
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APRESENTAÇÃO
A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Lima (SEMSA) tem pautado suas ações
no sentido de oferecer um atendimento de saúde digno a população, com foco na
qualidade da Atenção à Saúde.
Para atingir o objetivo proposto foi implantado o Programa de Gestão de
Qualidade (PGQ) tendo como uma de suas metas o estabelecimento de protocolos. Os
protocolos são baseados em evidências e analisados pelas equipes técnicas da SEMSA,
que propõem um modelo considerando as especificidades e a situação epidemiológica
do Município.
Neste sentido foi formulado o Protocolo de Assistência aos Portadores de feridas
com o objetivo de prevenção e tratamento de feridas crônicas. É importante ressaltar
que os protocolos são dinâmicos e flexíveis e evidentemente com o surgimento de novas
práticas e novos avanços tecnológicos, os mesmos podem sofrer modificações
propostas pelos profissionais de saúde que atuam na assistência.
Desta forma esperamos estar atingindo nossa missão de atender com qualidade
os usuários do Sistema de Saúde de Nova Lima.
Dr. Márcio Flávio Barbosa
Secretário Municipal de Saúde
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1 – INTRODUÇÃO
Este Protocolo visa à sistematização da assistência aos portadores de feridas,
com enfoque no tratamento e prevenção, tendo como finalidade a uniformização de
condutas nos processos assistenciais dentro do município.
O Protocolo traz orientações de técnicas e procedimentos, estabelece condutas
para o tratamento, através das seguintes estratégias de implementação: capacitação de
uma equipe como referência técnica municipal na prevenção e no tratamento de
pacientes portadores de ferida; organização do fluxo de atendimento; definição de
referência e contra-referência; capacitação dos profissionais de toda a rede de saúde
pública do município de Nova Lima.
Os pacientes portadores de feridas serão acompanhados por toda a equipe de
saúde, levando em consideração as atribuições de cada profissional e as
particularidades de cada paciente.
Para a inclusão deste público-alvo no programa de tratamento com coberturas
especiais é necessário o cadastramento padronizado e a assinatura pelo paciente do
Termo de Compromisso, assumindo a adesão e continuidade do tratamento. Nessa
ocasião o paciente e seus familiares devem ser levados a perceber suas
responsabilidades e seus papéis na recuperação e reabilitação final.
Os pacientes que não aceitarem assinar o Termo de Compromisso não serão
tratados com coberturas especiais, mas com tratamento convencional.
Os retornos durante o tratamento com coberturas e cremes ocorrerão de acordo
com a necessidade do paciente e critérios do profissional de saúde, não podendo
extrapolar o máximo preconizado para cada cobertura.
Para alta ou exclusão do paciente no Programa, os profissionais devem seguir os
seguintes critérios:
• cura (epitelização completa da ferida);
• falta 02 vezes consecutivas ou 03 vezes alternadas sem comunicação prévia ao
retorno agendado;
• se após busca ativa do paciente, o mesmo declarar desinteresse em dar
continuidade ao tratamento;
• não seguir corretamente as orientações dadas pelos profissionais da equipe de
saúde ou não concordar com elas;
• não concordar com as condutas prescritas pela equipe de saúde (alta e pedido);
• óbito.
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Os pacientes que receberem alta por epitelização completa da lesão devem
comparecer a dois retornos: primeiro com 15 dias, e o segundo com 30 dias para
reavaliação da região afetada, bem como o seu estado geral, visando evitar recidivas.
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2- ATRIBUIÇÕES
Todos os profissionais da equipe de saúde devem orientar a população a procurar
a Unidade de Atenção Primária á Saúde (UAPS) mais próxima de sua residência quando
detectar lesões cutâneas.
Auxiliar ou Técnico de Enfermagem
a) Organizar e manter a sala de curativo em condições adequadas para o
atendimento.
b) Acolher o paciente, acomodando-o em posição confortável e que permita boa
visualização da lesão.
c) Esclarecer ao paciente e/ou familiares sobre os procedimentos que serão
realizados.
d) Explicar a técnica do soro em jato para o paciente no primeiro atendimento.
e) Realizar o curativo conforme orientação e/ou prescrição do enfermeiro.
f) Reforçar com o paciente quanto a data do retorno e cuidados com o curativo.
g) Solicitar a presença do enfermeiro sempre que necessário.
h) Realizar a limpeza do instrumental.
i) Fazer o registro do curativo no prontuário do paciente.
Enfermeiro
a) Realizar consulta de enfermagem, avaliar, classificar a ferida e indicar o
tratamento.
b) Cadastrar os pacientes portadores de ferida crônica junto a referência técnica.
c) Esclarecer ao paciente e/ou familiares sobre os procedimentos que serão
realizados.
d) Agendar troca de curativo das feridas crônicas.
e) Fazer encaminhamentos para o médico da Unidade de Atenção Primária á Saúde
(UAPS), fisioterapeuta, nutricionista, assistente social e psicólogo da rede
municipal, se necessário.
f) Solicitar exames laboratoriais estabelecidos no protocolo.
g) Prescrever as coberturas e cremes para o curativo.
h) Executar o curativo quando necessário.
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i) Capacitar e orientar a equipe de enfermagem sobre os procedimentos de
curativos.
j) Garantir a adesão da equipe e a aplicação dos componentes essenciais ao
tratamento.
k) Orientar paciente e/ou familiares sobre o autocuidado e cuidados com o curativo.
l) Orientar sobre mudanças de decúbito e posicionamento adequado, no caso de
pacientes acamados.
m) Realizar grupos educativos para pacientes portadores de ferida crônica.
n) Fazer o registro do curativo no prontuário do paciente.
o) Encaminhar o paciente para o especialista, se o médico da unidade estiver
ausente.
p) Fazer relatório das coberturas utilizadas quando for encaminhar para o médico ou
especialista.
q) Encaminhar para o serviço de urgência se necessário
r) Estabelecer a alta.
Nutricionista
a) Avaliar os pacientes portadores de ferida crônica encaminhados pela equipe de
saúde.
b) Avaliar o estado nutricional.
c) Implementar o suporte nutricional quando indicado.
d) Monitorar a evolução do estado nutricional.
e) Orientar o paciente, familiares e cuidadores para manutenção de medidas de
suporte nutricional.
f) Participar de grupos educativos promovidos pelas Unidades de Atenção Primária
à Saúde.
Clínico geral ou Médico generalista
a) Acompanhar clinicamente o paciente com ferida.
b) Solicitar quando necessário os seguintes exames: hemograma completo, albumina
sérica, glicemia jejum e cultura de exsudato com antibiograma e outros conforme
protocolos da SEMSA/PMNL.
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d) Encaminhar o paciente para avaliação do especialista quando necessário.
e) Acompanhar a evolução do quadro clínico junto ao especialista e a equipe de
enfermagem da Unidade de Atenção Primária à Saúde e CEMADS.
f) Encaminhar para o serviço de urgência se necessário.
g) Programar retorno no período máximo de 60 dias ou quando necessário.
Gerente das UAPS e CEMADS
a ) Fazer a previsão e controle de materiais de consumo médico-hospitalares e bens
permanentes para o atendimento ao paciente portador de feridas nas UAPS e no
domicílio.
b) Preencher e encaminhar o mapa mensal de requisição de coberturas para os
profissionais de referência das UAPS.
c) Garantir o gerenciamento do protocolo e aplicação de medidas cabíveis diante do não
cumprimento do protocolo pelos profissionais da UAPS e CEMADS.
Comissão de curativo
a) Atuar como Referência Técnica das UAPS.
b) Cada membro da comissão será referência de determinadas UAPS e CEMADS
(Anexo VI).
c) Realizar avaliação mensal das terapias tópicas da cada UAPS, através da análise
da planilha de consumo de cobertura.
d) Receber o cadastro de todos os pacientes portadores de feridas que utilizam as
coberturas padronizadas em envelope individual, identificado e protocolado.
e) Discutir os dados enviados pelas UAPS.
f) Avaliar e discutir os casos referenciados para a policlínica com a enfermeira da
Unidade de Saúde.
g) Padronização de novas coberturas ou inovações tecnológicas em tratamento de
feridas.
h) Realizar atualizações no protocolo.
i) Monitorar os pacientes em uso de coberturas, através de reuniões rotineiras com
a equipe de enfermagem das UAPS.
j) Discutir casos para avaliação da eficácia das coberturas utilizadas.
k) Revisar fluxos e encaminhamentos estabelecidos.
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l) Capacitar permanentemente de forma multidisciplinar a equipe de saúde.
m) Elaborar artigos para publicação em revistas e apresentação em eventos.
Referência Técnica Municipal
a) Atuar como referência técnica da Comissão de Curativos.
b) Alimentar mensalmente o banco de dados através das planilhas enviadas pelas
UAPS.
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3- ATENDIMENTO NA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
3.1 Fluxo do Atendimento ao Paciente Portador de Ferida
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Portador de Ferida
Visita domiciliar da equipe de
saúde Demanda Espontânea
Encaminhamento
AcolhimentoUAPS/CEMADSPaciente
Acamado
ENFERMEIRO/TE/AE
realiza o 1º atendimento eagenda consulta de
enfermagem
Enfermeiro
TE/ AE
Consulta de Enfemagem
Prescrição terapêutica
Realização de curativo
Encaminha para outros
profissionais da saúde
AltaOrienta o paciente e/ou
familiar e agenda consulta
3.2 Fluxo de aquisição de coberturas
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Previsão Mensal das Coberturas pelo Gerente das Unidades baseado no número de pacientes e feridas
Preenchimento e encaminhamento do Mapa Mensal de Requisição de Coberturas pelo Gerente para o profissional
de Referência das Unidades de Saúde
Controle e avaliação dos mapas mensais pelas Referências das
Unidades de Saúde
Envio de pedidos das Coberturas pelas Referências para o Almoxarifado
Distribuição das Coberturas pelo almoxarifado aos Gerentes das Unidades
4 – CONSULTA DE ENFERMAGEM
O enfermeiro da Unidade de Atenção Primária à Saúde deverá definir um dia da
semana para o atendimento de pacientes portadores de ferida, com agendamento
prévio.
4.1 - Primeira Consulta
a) Realizar avaliação clínica (entrevista e exame físico).
b) Avaliar o estado vacinal.
c) Avaliar a ferida.
d) Classificar a ferida de acordo com o protocolo.
e) Solicitar hemograma, glicemia de jejum e albumina sérica quando houver
indicação e desde que não haja resultados com período inferior a seis meses.
f) Solicitar cultura e antibiograma do exsudato em caso de sinais clínicos de
infecção.
g) Prescrever as intervenções de enfermagem e a cobertura a ser utilizada na ferida.
h) Anotar os dados na ficha Consulta de Enfermagem do Paciente com Ferida
(Anexo II).
i) Orientar o paciente e/ou familiares em relação à dieta, higiene, vestuário,
repouso, hidratação oral e tópica, troca de curativo e cuidados com a cobertura
secundária.
j) Fazer encaminhamentos necessários.
k) Agendar retorno.
4.2 - Consultas subsequentes
Deverá ser realizada semanalmente quando o atendimento for realizado na
UAPS.
Quando se tratar de pacientes que necessitem de acompanhamento domiciliar,
essa avaliação deve ser feita de acordo com a necessidade, não podendo ultrapassar 1
mês.
Durante a consulta o enfermeiro deve:
• avaliar o paciente;
• avaliar o aspecto do curativo anterior;
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• avaliar o aspecto da lesão;
• evoluir no prontuário do paciente;
• fazer mensuração a cada 7 dias ou em um período mais curto, se houver
aumento ou redução acentuados;
• repetir exames laboratoriais quando:
- houver suspeita de infecção da ferida (cultura de exsudato com antibiograma);
- se glicemia maior ou igual a 110 g/dl (glicemia de jejum);
- se hemoglobina menor ou igual a 10 g /dl (hemograma 30 dias após);
- encaminhar para avaliação médica precoce, quando houver alterações
laboratoriais.
• trocar curativo juntamente com o técnico de enfermagem;
• realizar encaminhamentos necessários;
• agendar retorno.
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5 – AVALIAÇÃO DA FERIDA E ÁREA PERIFERIDA
Técnica de Mensuração da Área Lesada
• Proceder à limpeza da ferida conforme técnica de soro em jato.
• Usar mensurador reutilizável de feridas para calcular a área afetada.
• Traçar uma linha horizontal e uma linha vertical unindo os pontos mais extremos
da região afetada, formando um ângulo de 90° entre as linhas.
• Anotar as medidas das linhas em cm, multiplicar uma medida pela outra para se
obter a área em cm².
• Na presença de duas ou mais feridas, separadas por pele íntegra de até 2 cm,
deve se considerar como lesão única. Fazer a mensuração das feridas, calcular a
área lesada e somá-la;
• Durante o processo cicatricial com a formação de ilha de epitelização, que divide a
ferida em várias, deve se considerar na horizontal a medida da maior ferida e, na
vertical, somar a medida de todas as feridas. Calcular a área posteriormente,
considerando apenas uma lesão.
• A mensuração deve ser feita após a limpeza da ferida. Presença de tecido
necrótico pode levar a classificação incorreta.
Técnica de Mensuração da Profundidade da Lesão
• Limpar a ferida.
• Introduzir uma seringa de insulina estéril, sem agulha, no ponto mais profundo da
lesão.
• Marcar no instrumento o ponto mais próximo da borda.
• Medir com uma régua o segmento marcado e anotar os resultados em centímetro
para comparação posterior.
Avaliação do leito da ferida
• Presença de tecido viável: é aquele formado no processo de cicatrização,
objetivando a reconstrução epitelial da área lesada. Se apresenta como tecido
granulado, vermelho, que nada mais é que, o tecido conjuntivo intensamente
vascularizado.
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• Presença de tecido inviável: tecido necrótico constituído por diferentes matérias
orgânicas e se apresenta de diversas maneiras.
Técnica de Mensuração do Solapamento da Lesão (descolamento do tecido
subcutâneo)
• Introduzir sonda uretral número 12 na ferida.
• Fazer varredura da área no sentido horário.
• A cabeça do paciente corresponde às 12h.
• Identificar o ponto de maior descolamento tecidual (direção em horas).
• Marcar na sonda o ponto mais próximo da borda.
• Medir na régua o segmento marcado.
• Registrar no prontuário o tamanho (em cm) e direção (em horas) da medida feita
para comparação posterior. Exemplo: 05 cm em direção à 10 horas.
Protocolo de Assistência para Portadores de Ferida, 2006
Mensuração da Circunferência de Membros Inferiores
Registrar em centímetros, a medida do maior diâmetro encontrada na perna do
paciente.
Escala de Avaliação da Dor
Utilizar a escala numérica da dor. Neste instrumento os pacientes avaliam a sua
dor em uma escala de 0 a 10, com 0 representando "nenhuma dor" e 10 indicando "a
pior dor imaginável".
0-3 – Dor leve
4-7 – Dor moderada
8-10 – Dor intensa
Nas lesões arteriais, a dor é acompanhada de palidez ou cianose, frialdade, parestesias
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e ausência de pulso; em cronicidade, a dor piora quando frio e a noite. Melhora com o pé
pendente, flexão acentuada do joelho ou deambulação.
Nas lesões venosas, a dor aguda pode estar associada a vasculites,
comprometimento muscular devido o edema, ou a tromboses extensas. A dor
progressiva se dá por distensão das paredes venosas quando em pé ou com as pernas
pendentes. Ocorre melhora quando em repouso horizontal, em uso de compressão
elástica ou com elevação do membro.
Edema
Avalia-se a profundidade de cacifo formado a partir da pressão do dedo sobre os
tecidos contra a estrutura óssea. Quanto mais profundo o cacifo, maior o número de
cruzes, conforme escala abaixo:
- 1+/4+
- 2+/4+
- 3+/4+
- 4+/4+
Início, localização, sensibilidade, alterações da pele ao redor, elasticidade,
temperatura da pele. Esta avaliação não se aplica em caso de edema duro (linfedema).
Tecido Necrótico
Caracterizar segundo a cor, consistência e adesão ao tecido viável.
Exsudato
Descrever volume, cor e odor.
Pele ao redor da ferida
Descrever cor, calor, hidratação e maceração.
Pulso
A avaliação deve ser feita comparando os segmentos homólogos para se
estabelecer à medição. Esta avaliação auxilia na diferenciação das lesões Arteriais e
Venosas.
- Venosas: os pulsos pediais são perceptíveis a palpação.
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- Arteriais: pulsos ausentes.
Dermatite
- Presente
- Ausente
Técnica de enfaixamento
É a colocação de uma faixa com o objetivo de:
-envolver, prender e proteger as partes lesadas;
- manter curativos e talas;
- facilitar o retorno venoso através de uma leve compressão;
- imobilizar membros.
Enfaixar os membros em sentido distal-proximal, da esquerda para a direita, com o rolo
de atadura voltado para cima.
Coleta da cultura:
- Realizar a limpeza da pele ao redor da ferida. O leito da ferida deve ser limpo
exaustivamente com solução fisiológica em jato para remoção de debris e excesso
de exsudato.
- A haste do swab só deve ser exposta no momento da coleta.
- Recomenda-se umedecer a extremidade do swab com SF 0,9%, se a ferida estiver
com pouco ou nenhum exsudato. Colher o material deslizando o swab sobre o leito
da ferida em “z”, No mínimo por 10 pontos assegurando borda e leito.
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6- ASSISTÊNCIA AO PACIENTE QUEIMADO
Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem
térmica resultante da exposição ou contato com chamas, líquidos quentes, superfícies
quentes, eletricidade, frio, substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção. As
queimaduras são classificadas quanto à etiologia, profundidade, extensão e
complexidade.
Quanto à etiologia
• Queimaduras térmicas.
• Queimaduras químicas.
• Queimaduras elétricas.
• Queimaduras por radiação.
• Queimaduras por atrito.
• Outras.
Quanto à profundidade
GRAU PROFUNDIDADE SINAIS
Primeiro
Lesões apenas na
epiderme
Eritema
Segundo
Lesões da epiderme e parte
da derme. Eritema + Bolha
Terceiro
Lesões da epiderme e
derme, podendo atingir
tendões, ligamentos,
músculos e ossos.
Branca Nacarada
Adaptado: PICOLLO, 2008.
Quanto à extensão
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A Regra dos Noves é utilizada para o cálculo da Superfície Corporal Queimada (SCQ).
Área Adulto Criança
Cabeça e Pescoço 9% 18%
Membro superior direito 9% 9%
Membro superior
esquerdo
9% 9%
Tronco Anterior 18% 18%
Tronco Posterior 18% 18%
Genitais 1% 1%
Membros Inferiores
Direito
18% 14%
Membros Inferiores
Esquerdo
18% 14%
Adaptado: PICOLLO, 2008
PICOLLO, 2008
Quanto à complexidade
PEQUENO QUEIMADO MÉDIO QUEIMADO GRANDE QUEIMADOQueimaduras de primeiro
grau em qualquer extensão,
Queimaduras de segundo
grau com área corporal
Queimaduras de segundo
grau com área corporal
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em qualquer idade. atingida entre 5% a 15%
em menores de 12 anos.
atingida maior do que 15%
em menores de 12 anos ou
maior do que 20% em
maiores de 12 anos.Queimaduras de segundo
grau com área corporal
atingida até 5% em
crianças menores de 12
anos ou até 10% em
maiores de 12 anos.
Queimaduras de segundo
grau com área corporal
atingida entre 10% a 20%
em maiores de 12 anos.
Queimaduras de terceiro
grau com área corporal
atingida maior do que 5%
em menores de 12 anos ou
maior do que 10% em
maiores de 12 anos.. Queimadura de segundo
grau envolvendo mão ou pé
ou face ou pescoço ou axila
ou grande articulação (axila
ou cotovelo ou punho ou
coxofemoral ou joelho ou
tornozelo), em qualquer
idade.
Queimaduras de segundo
ou terceiro grau atingindo o
períneo, em qualquer
idade.
Queimaduras que não
envolvam face ou mão ou
períneo ou pé, de terceiro
grau com até 5% da área
corporal atingida em
crianças até 12 anos ou até
10% em maiores de 12
anos
Queimaduras de terceiro
grau atingindo mão ou pé
ou face ou pescoço ou
axila, em qualquer idade
Queimaduras por corrente
elétrica.
OBSERVAÇÃO
Será igualmente considerado GRANDE OU QUEIMADO DE GRANDE GRAVIDADE, o paciente
que for vítima de queimaduras de qualquer extensão que tenha associada a esta queimadura uma ou mais
da seguintes situações: lesão inalatória; politrauma; fratura óssea em qualquer localização; trauma
craniano (diagnosticado por exames radiológicos ou por quadro clínico); choque de qualquer origem;
insuficiência renal; insuficiência cardíaca; insuficiência hepática;diabetes; distúrbios da coagulação e
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hemostasia; embolia pulmonar; infarto agudo do miocárdio; quadros infecciosos graves decorrentes ou
não da queimadura (que necessitem antibioticoterapia venosa); síndrome compartimental ou do túnel do
carpo, associada ou não à queimadura; doenças consuptivas, ou; qualquer outra afecção que possa ser
fator de complicação à lesão ou ao quadro clínico da queimadura.
QUEIMADURAS QUE DEVEM SER ENCAMINHADAS
• Queimaduras de segundo grau (espessura parcial) com área corporal atingida
superior a 10% da superfície corporal, em qualquer idade.
• Queimaduras que envolvam a face, mão, pé, genitália, períneo, pescoço, grande
articulação (axila, cotovelo,punho, coxo-femoral, joelho ou tornozelo), em
qualquer idade.
• Queimaduras de terceiro grau, em qualquer idade.
• Queimaduras causadas por eletricidade, inclusive aquelas causadas por raio, em
qualquer idade.
• Queimaduras químicas, em qualquer idade.
• Lesão por inalação, em qualquer idade.
• Queimadura em pacientes, em qualquer idade, com problemas médicos
preexistentes ou não, que poderiam complicar os cuidados, prolongar a
recuperação ou influenciar a mortalidade.
• Qualquer paciente com queimaduras e trauma concomitante (por exemplo,
fraturas) no qual a queimadura apresenta maior risco de morbidade ou
mortalidade.
CRITÉRIOS PARA ATENDIMENTO NAS UAPS E CEMADS
• Pequeno queimado.
• Médio e grande queimado após alta hospitalar
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6.1 FLUXOGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES QUEIMADOS
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Estabilizar e encaminhar
paraSAMU
Policlínica /FHNSL
Alta Hospitalar
TratamentoUAPS
Bolhas preservada
s
Bolhasrompidas
Manter bolha
Sem infecção
Com infecção
Usar paramentação para desbridamento- Limpeza exaustiva com SF 0,9% em jato.- Fazer uso de luvas estéreis.- Retirar todo tecido desvitalizado com auxílio de instrumental
TRATAMENTO TÓPICO
- Alginato de cálcio: se ferida muito exsudativa.- Sulfadiazina de prata.- Pouco exsudativa troca 01 vez ao dia.- Moderada a intensa exsudatação troca de 02 a 03 vezes ao dia.
- VACINAÇÃO
Queimadura
AcolhimentoUAPS
PequenoQueimad
o
Médio eGrande
Queimado
Protegê-la do trauma
- Orientar o paciente a
não rompê-la
- Usar paramentação para desbridamento- Limpeza exaustiva com SF 0,9% em jato.- Fazer uso de luvas estéreis.- Retirar todo tecido desvitalizado com auxílio de instrumental.
TRATAMENTO TÓPICO
- Hidrocolóide: se ferida com exsudato de pouco a moderado.- Alginato de cálcio: se ferida muito exsudativa.- Sulfadiazina de prata.- Pouco exsudativa troca 01 vez ao dia.- Moderada a intensa exsudatação troca de 02 a 03 vezes ao dia.
- VACINAÇÃO
7. FERIDAS ULCEROSAS MAIS COMUNS
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7.1 Diagnóstico Diferencial de Úlceras
- Acroangiodermatite (Pseudo Sarcoma de Kaposi)
- Desglobulinemias
- Eritema endurado (TBC cutânea)
- Leishimaniose Tegumentar
- Micoses profundas (Esporotricose , Cromomicose , Paracoccidioidomicose)
- Necrobiose lipoídica
- Neoplasias cutâneas
- Pioderma gangrenoso
- Sífilis terciária
- Síndrome de Klinefelter
- Úlcera de Marjolin
- Úlceras factícias
- Vasculites
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8 - ÚLCERAS POR PRESSÃO
Conceito e fisiopatologia
São feridas isquêmicas que ocorrem em tecidos moles, normalmente em áreas de
proeminências ósseas. Ocorrem quando uma pressão aplicada à pele excede a pressão
capilar normal, ocasionando diminuição da irrigação sangüínea e, consequentemente,
falta de oxigênio e nutrientes para os tecidos, o que leva à formação do processo
inflamatório e morte celular.
O termo “escara” refere-se somente a um tipo de necrose.
Classificação das úlceras por pressão
Categoria I: Eritema não branqueável
Pele intacta com rubor não branqueável
numa área localizada, normalmente sobre
uma proeminência óssea. Em pele de
pigmentação escura pode não ser visível o
branqueamento; a sua cor pode ser
diferente da pele em redor. A área pode
estar dolorosa, dura, mole, mais quente ou
mais fria comparativamente ao tecido
adjacente. A categoria I pode ser difícil de
identificar em indivíduos com tons de pele
escuros. Pode ser indicativo de pessoas
“em risco”.
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Categoria II: perda parcial da espessura
da pelePerda parcial da espessura da derme, que
se apresenta como uma ferida superficial
(rasa) com leito vermelho – rosa sem
esfacelo. Pode também apresentar-se
como flictena fechada ou aberta,
preenchida por líquido seroso ou sero-
hemático. Apresenta-se como uma úlcera
brilhante ou seca, sem crosta ou
equimose*. Esta categoria não deve ser
usada para descrever fissuras da pele,
queimaduras por abrasão, dermatite
associada a incontinência, maceração ou
escoriações.
*Equimose é indicador de lesão profunda.
Categoria III: Perda total da espessura
da pele
Perda total da espessura tecidular. Pode
ser visível o tecido adiposo subcutâneo,
mas não estão expostos os ossos,
tendões ou músculos. Pode estar presente
algum tecido desvitalizado (fibrina úmida),
mas não oculta a profundidade dos tecidos
lesados. Pode incluir lesão cavitária e
encapsulamento. A profundidade de uma
úlcera de categoria III varia com a
localização anatómica. A asa do nariz,
orelhas, região occipital e maléolos não
têm tecido subcutâneo (adiposo) e uma
29
úlcera de categoria III pode ser superficial.
Em contrapartida, em zonas com tecido
adiposo abundante podem desenvolver-se
úlceras de pressão de categoria III
extremamente profundas. O osso/tendão
não são visíveis ou diretamente palpáveis.
Categoria IV: Perda total da espessura
dos tecidos Perda total da espessura dos tecidos com
exposição óssea, dos tendões ou
músculos. Pode estar presente tecido
desvitalizado (fibrina húmida) e ou tecido
necrótico. Frequentemente são cavitadas
e fistulizadas. A profundidade de uma
úlcera de pressão de categoria IV varia
com a localização anatómica. A asa do
nariz, orelhas, região occipital e maléolos
não têm tecido subcutâneo (adiposo) e
estas úlceras podem ser superficiais. Uma
úlcera de categoria IV pode atingir
músculo e/ou estruturas de suporte (i.e.
fascia, tendão ou cápsula articular)
tornando a osteomielite e a osteíte
prováveis de acontecer. Existe
osso/músculo exposto visível ou
diretamente palpável.
Suspeita de lesão nos tecidos
profundos
Área vermelho escuro ou púrpura
30
localizada em pele intacta e descorada ou
flictena preenchida com sangue,
provocadas por danos no tecido mole
subjacente pela pressão e ou forças de
torção. A área pode estar rodeada por
tecido mais doloroso, firme, mole, húmido,
quente ou frio comparativamente ao tecido
adjacente. A lesão dos tecidos profundos
pode ser difícil de identificar em indivíduos
com tons de pele escuros. A evolução
pode incluir uma flictena de espessura fina
sobre o leito de uma ferida escura. A ferida
pode evoluir adicionalmente ficando
coberta por uma fina camada de tecido
necrótico (escara). A sua evolução pode
ser rápida expondo outras camadas de
tecido adicionais mesmo com o tratamento
adequado.
Inclassificáveis/Não graduáveis: Perda
total da espessura da pele ou de
tecidos – profundidade indeterminada Perda total da espessura dos tecidos, na
qual a profundidade actual da úlcera está
bloqueada pela presença de tecido
necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento,
verde ou castanho) e/ou escara (tecido
necrótico amarelo escuro, castanho ou
preto) no leito da ferida. Até que seja
removido tecido necrótico suficiente para
expor a base da ferida, a verdadeira
profundidade não pode ser determinada; é
no entanto uma úlcera de categoria III ou
IV. Uma escara estável (seca, aderente,
31
intacta e sem eritema ou flutuação) nos
calcâneos, serve como penso biológico
natural e não deve ser removida.
Localizações mais comuns das úlceras de pressão
ALBERT EINSTEN-HOSPITAL DE ENSINO E PESQUISA,2010.
9 - TROCA DE CURATIVO NA UNIDADE DE SAÚDE
Limpeza da Ferida
Limpeza da ferida é a remoção de tecido necrótico, corpo estranho, excesso de
exsudato, resíduos de agentes tópicos e dos microorganismos existentes nas lesões
32
objetivando a promoção e preservação do tecido de granulação.
A técnica de limpeza ideal para a ferida é aquela que respeita o tecido de
granulação, preserva o potencial de recuperação, minimiza o risco de trauma e/ou
infecção.
Material necessário
- luvas de procedimento;
- luvas cirúrgicas quando manipular cobertura estéril;
- bacia;
- soro fisiológico 0,9% - 250 ml ou 500 ml;
- agulha 25 x 8 mm (canhão verde) para frascos semi-rígidos;
- agulha 40 x 12 mm (canhão rosa) para frascos maleáveis;
- saco plástico de lixo (branco);
- lixeira;
- máscara;
- óculos protetores;
- cobertura, creme ou pomadas indicadas;
- gaze dupla, gaze aberta, ou ambas;
- atadura de crepom, conforme a necessidade;
- álcool a 70%;
- sabão líquido;
- esparadrapo ou fita microporosa.
Descrição do procedimento
1. Reunir e organizar todo o material que será necessário para realizar o curativo;
2. Lavar as mãos;
3. Fazer uso de EPI’s (óculos, máscara, gorro, cabelo preso, luvas e jaleco branco)
Obs: Não realizar curativo trajando bermudas, saias e sandálias, para assim evitar
acidentes de trabalho.
4. Colocar o paciente em posição confortável e explicar o que será feito;
5. Retirar a atadura e a cobertura da ferida. Se na remoção da cobertura e/ou atadura da
33
ferida, os mesmos estiverem bem aderidos na lesão, aplicar os jatos de SF, removendo
com muita delicadeza, evitando traumas e assim, retrocessos no processo cicatricial.
6. Desprezar o curativo retirado juntamente com as luvas no lixo;
7. Calçar nova luva de procedimento;
8. Utilizar frasco de soro fisiológico a 0,9%, perfurando-o antes da curvatura superior,
com agulha 25 x 8 mm ( somente um orifício).
9. Irrigar o leito da ferida exaustivamente com o jato de soro numa distância em torno de
20 cm até a retirada de toda a sujidade;
10. Fazer limpeza mecânica (manual) da pele ao redor da lesão com gaze umedecida
em SF 0,9%.
OBS: Quando necessário, utilizar tesouras estéreis avulsas. Não secar o leito da ferida.
11. Aplicar a cobertura conforme a prescrição do enfermeiro;
12. Passar óleo de girassol na pele íntegra adjacente à lesão, quando necessário,
sempre após colocação de coberturas;
13. Fazer o uso da cobertura secundária, quando necessário;
14. Enfaixar os membros, se indicado, em sentido distal-proximal, da esquerda para a
direita, com o rolo da atadura voltado para cima;
15. Realizar as anotações no prontuário e/ou nos impressos próprios;
16. Desprezar o frasco com resto de soro no final do dia.
Troca de curativo no domicílio
1- Organizar todo o material que será necessário para a realização do curativo no
domicílio;
2- Encaminhar-se ao domicílio após agendamento prévio com a família ou cuidador;
Obs: É de fundamental importância, a presença de um dos familiares ou cuidador para
acompanhar a realização do curativo com o objetivo de prepará-lo para o procedimento.
3- Providenciar um local bem iluminado, confortável e que preserve a intimidade do
paciente durante o atendimento;
4- Utilizar um recipiente, providenciado pelos familiares, para servir de anteparo durante
a realização do curativo. O mesmo ficará separado e será utilizado apenas para este
34
procedimento.
5- Lavar as mãos com água e sabão, se não for possível, fazer a anti-sepsia das
mesmas com álcool a 70% (levar almotolia);
6- Colocar o paciente em posição confortável e orientar sobre o procedimento a ser
realizado;
7- Fazer uso do EPI (óculos, máscara, luvas e jaleco branco);
8- Realizar procedimento de curativo especificado no item “Troca de Curativo na
Unidade de Saúde”;
9- Organizar o local onde foi realizados o curativo e fazer as anotações devidas;
Ressalvas:
- Proteger pinças e tesouras utilizadas no próprio papel do pacote e depois colocá-lo
dentro da luva de procedimento.
- Proteger o frasco de SF, com o plástico do mesmo, caso não tenha sido utilizado e
orientar a família a guardá-lo em lugar limpo, seco e fresco por no máximo 01 semana
no domicílio e 24 horas em sala de curativo e ambiente hospitalar. Não guardá-lo na
geladeira.
10 - ORIENTAÇÃO DIETÉTICA
O estado nutricional do paciente reflete no baixo peso ou obesidade. A nutrição
tem um papel importante no processo de cicatrização de feridas podendo influenciar
qualquer uma das fases de cicatrização. O quadro abaixo faz a descrição de alguns
alimentos ricos em vitaminas e minerais importantes para o processo de cicatrização de
feridas.
35
Fontes de Nutrientes que auxiliam a cicatrização de feridas
Nutrientes Contribuição Fonte alimentar
Proteínas Reparação, síntese de
colágeno, proliferação de
células epiteliais,
fagocitose, formação de
linfócitos.
Carnes, peixes, ovos,
queijo.
Carboidratos Suprimento energético
para as células
(fibroblastos e leucócitos).
Pão, cereais e batatas.
Vitaminas
A, B 12, C, D, K
Síntese de colágeno,
epitelização, integridade da
membrana celular,
migração de macrófagos.
Cenoura, espinafre,
brócolis, melão, carnes,
fígados, laticínios, peixes,
frutas, legumes, margarina,
vegetais e cereais.Gorduras Formação de novas
células, composição da
membrana celular.
Azeite, óleos, manteiga,
margarina, grãos e
sementes oleaginosas.Minerais: ferro, cobre,
Manganês e zinco.
Proliferação celular, co-
fator para enzimas, oferece
mais resistência ao
colágeno, epitelização.
Carnes, ovos, frutas secas,
mariscos, fígado, pão, chá,
nozes, temperos, cereais
integrais, ostras e quejo.
A desnutrição é um dos principais fatores que influenciam a cicatrização de
feridas, sejam elas agudas ou crônicas. Um estado nutricional depauperado influencia o
tempo de cicatrização em pacientes com úlceras de pressão profundas.
Acompanhamento pelo nutricionista
O paciente com lesão crônica deverá ser encaminhado por profissionais de nível
superior para avaliação do nutricionista.
Classificação nutricional de acordo com Índice de Massa Corporal (IMC)
36
Índice de Massa Corporal (IMC) Peso (kg)
Altura²(m)
Classificação nutricional adulto segundo IMC
IMC Diagnóstico NutricionalPercentil < 18,5 Baixo pesoPercentil ≥ 18,5 < 25 Adequado ou eutróficoPercentil ≥ 25 e < 30 SobrepesoPercentil ≥ 30 ObesidadeFonte: Norma técnica da Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN, 2004
Classificação nutricional idoso segundo IMC
IMC Diagnóstico NutricionalPercentil ≤ 22 Baixo pesoPercentil > 22 < 27 Adequado ou eutróficoPercentil ≥ 27 SobrepesoFonte: Norma técnica da Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN, 2004
11- COBERTURAS E CREMES PADRONIZADOS PELA SECRETARIA DE
SAÚDE DE NOVA LIMA
Alginato de cálcio
Características
Composto pelo ácido álgico, é um polissacarídeo natural, derivado de algas marinhas.
Ao entrarem em contato com a ferida, as fibras do alginato absorvem o excesso de
exsudato e o sangue presente na mesma, mantendo uma umidade ideal. Ao interagirem
com o leito das feridas, sofrem alteração estrutural, transformando-se em gel suave,
hidrófilo permitindo uma remoção livre de traumas. Este curativo estimula a agregação
37
plaquetária, ativa os fatores de coagulação e possui ação antálgica por proteger as
terminações nervosas.
Apresentação: Placa ou cordões estéreis. É necessário a associação de uma cobertura
secundária (gaze aberta ou gaze dupla).
Indicação: Feridas infectadas ou não, com média a alta exsudação,com ou sem
sangramento, em presença ou ausência de necrose e fibrina. Colocação diretamente
sobre a ferida, pode ser cortado (manipulação deve ser feita com tesoura e luvas
estéreis).
Troca:
- cobertura primária: até 5 dias ou quando perceber a saturação do curativo;
- cobertura secundária: quando a gaze dupla ou aberta estiver úmida.
Placa de Hidrocolóide
Características: Constituído de uma lâmina de espuma de poliuretano e matriz adesiva
de polímeros elastoméricos, na qual estão imersos três tipos de hidrocolóides. Atua
como barreira oclusiva para gases, líquidos e bactérias. Tem elevada capacidade de
absorção e retenção do exsudato da ferida, criando um ambiente úmido que facilita a
regeneração tissular, estimula a granulação, evita possíveis lesões dos tecidos nas
trocas e estimula o desbridamento autóptico. Mantém a temperatura em torno de 36,0º C
(ideal para o crescimento celular). Reduz a dor por manter protegidas, úmidas e
aquecidas as terminações nervosas.
Apresentação: Placas em variadas apresentações de tamanhos e espessuras.
Indicação: Feridas não infectadas, com médio e baixo volume de exsudato. Pode ser
usado em presença de tecido necrótico e fibrina. Deve ser aplicado diretamente sobre a
ferida, deixando uma margem de aproximadamente 3 cm para melhor aderência.
Troca: Deve ser realizada sempre que ocorrer vazamento do gel, podendo permanecer
por até 7 dias. O gel formado com o exsudato da ferida tem cor amarelada e odor
38
desagradável que desaparece após a limpeza da ferida.
Hidrogel Amorfo
Características: Contém grande quantidade de água em sua composição. Evita o
ressecamento da ferida e alivia a dor. Por meio de umidificação, auxiliam o
desbridamento autóptico e não aderem ao leito da ferida. Não deve ser usada em feridas
excessivamente exsudativas.
Apresentação: Gel. É necessária a associação de coberturas oclusivas.
Indicação: Feridas limpas e não infectadas, com perda tecidual parcial profunda, com
tecido necrótico, áreas doadoras de pele, queimaduras de primeiro e segundo graus e
dermoabrasões.
Troca: Acompanha o padrão de troca secundária.
Colagenase a 10% sem cloranfenicol
Características: Possui ação desbridante e fibrinolítica. Não tem ação bactericida.
Apresentação: Pomada
Indicação: Lesões isquêmicas e feridas necróticas.
Troca: no mínimo uma vez ao dia, sendo que seu efeito enzimático é aumentado se
realizado de 12/12 horas.
Sulfadiazina de Prata
Características: Anti-séptico. Reduz o número de microorganismos, tanto gram-
positivos quanto gram-negativos, no leito das feridas, melhorando o prognóstico,
39
principalmente dos grandes queimados.É contra indicado em feridas infectadas por
microorganismos resistentes à sulfadiazina de prata.
Apresentação: Pomada.
Indicação: Queimaduras, feridas que não evoluem com coberturas oclusivas e feridas
extensas (área superior à 350cm).
Troca: no mínimo uma vez ao dia, variando conforme o volume de exsudato drenado.
Bota de Una
Características: Auxilia o retorno venoso, diminui o edema, promove a proteção e
favorece a cicatrização da úlcera.
Indicações: Indicada para tratamento ambulatorial de úlceras venosas da perna e
edema linfático. A bota está contra-indicada em úlceras arteriais e mistas.
Troca: Pode ser mantida por até 7 dias, a menos que haja desconforto, vazamento de
exsudato, sinais clínicos de infecção, dormência e latejamento dos dedos ou em caso de
irritação local.
40
12- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO PARA INDICAÇÃO DE COBERTURAS
Protocolo de Assistência para Portadores de Ferida, 2006
41
13 - EXAMES COMPLEMENTARES
Hemograma completo
É um teste de triagem básico que inclui:
- Contagem de hemácias: média importante na determinação de anemia e policitemia
determinam o número total de hemácias encontradas em 1mm³ de sangue
- Hemoglobina: sua contagem determina a intensidade de uma anemia e avalia a
policitemia.
- Hematócrito: determina a massa de hemácias e é a porcentagem de hemácias contida
em um volume total de sangue.
- Índice de hemácias:
Volume Corpuscular Médio (VCM): indica o tamanho da hemácia, ou seja, expressa o
volume ocupado por uma única hemácia
Tipo de deficiência:
Hemácias hipocrômicas
Anemia Normocíticas e Normocrômicas:
Anemia Macrocítica:
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): mede a concentração
média de hemoglobina nas hemácias.
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): mede o peso médio de hemoglobina por
hemácia.
- Contagem de plaqueta: mede a quantidade de plaquetas. É útil para avaliar a
possibilidade de distúrbios hemorrágicos.
- Contagem de leucócitos: auxilia na avaliação da intensidade de um processo
patológico.
- Contagem diferencial de leucócitos: expressa uma porcentagem do número total de
leucócitos. Esta contagem só será útil se for interpretada em relação à contagem de
42
leucócitos.
Neutrófilos Segmentados: o neutrófilo é o tipo mais numeroso e importante de leucócito
na reação do organismo à inflamação, constituem uma defesa primária contra a invasão
microbiana.
Eosinófilos: agem fagocitando os complexos antígeno-anticorpos e só se tornam ativos
no estágio final da inflamação. Não são bactericidas, mas respondem a doenças
alérgicas e parasitárias. Portanto, é usado para diagnosticar infecções alérgicas,
intensidade das infestações por vermes e outros grandes parasitas e monitorizar a
resposta ao tratamento.
Basófilos: são fagocíticos e contêm heparina, histaminas e serotoninas. Sua contagem é
importante no estudo das reações alérgicas.
Monócitos: é a 2ª linha de defesa do organismo contra infecção. Sua função é remover
células lesadas e mortas, microrganismos e partículas insolúveis do sangue circulante.
São estas células que produzem o agente antiviral interferon.
Linfócitos: são células que atuam em áreas de inflamação nos estágios inicial e final.
São extremamente importantes nas reações imunológicas.
Albumina sérica
Avalia o estado nutricional, pressão oncótica do sangue, enfermidades renais
associadas com proteinúria etc. Fatores que influenciam as concentrações séricas de
albumina são: alterações na distribuição dos fluidos corporais, condição de hidratação,
perdas corporais e taxas de síntese e catabolismo. Além disso, em situações clínicas
caracterizadas por distúrbios no volume plasmático corporal, tais como desidratação
aguda, gestação, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência hepática e insuficiência
renal, as concentrações de albumina apresentam-se alteradas, portanto, para
interpretação adequada desses valores, essas condições devem ser consideradas.
Glicemia de jejum
Estabelece diagnóstico de Diabetes Mellitus e avalia desordens do metabolismo dos
43
carboidratos.
Cultura com antibiograma
Exame utilizado para revelar a presença de microrganismos aeróbicos e anaeróbicos e
sua sensibilidade e resistência à antibioticoterapia.
Em caso de suspeita de infecção local, deverá sempre ser solicitada cultura com
antibiograma. O tratamento com antibiótico sistêmico deverá ser iniciado logo após a
coleta de material. O principal valor da cultura é guiar o tratamento quando houver falha
terapêutica após um esquema inicia
44
ANEXOS
ANEXO I: Deliberações e Resoluções sobre Atendimento de Enfermagem Realizado pelo
Enfermeiro.
RESOLUÇÃO COFEN - 159
Dispõe sobre a consulta de Enfermagem
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), no uso de sua competência, tendo em vista as
deliberações do Plenário em sua 214ª Reunião Ordinária,
Considerando o caráter disciplinador e fiscalizatório do COFEN e dos Regionais sobre o
exercício das atividades nos serviços de Enfermagem do País;
Considerando que a partir da década de 60 vem sendo incorporada gradativamente em
instituições de saúde pública a consulta de Enfermagem, como uma atividade fim;
Considerando o Art. 11, inciso I, alínea "i" da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e no Decreto
94.406/87, que a regulamenta, onde legitima a Consulta de Enfermagem e determina como
sendo uma atividade privativa do enfermeiro;
Considerando os trabalhos já realizados pelo COFEN sobre o assunto, contidos no PAD-
COFEN nº 18/88;
Considerando que a Consulta de Enfermagem, sendo atividade privativa do Enfermeiro, utiliza
componentes do método científico para identificar situações de saúde/doença, prescrever e
implementar medidas de Enfermagem que contribuam para a promoção, prevenção, proteção da
saúde, recuperação e reabilitação do indivíduo, família e comunidade;
Considerando que a Consulta de Enfermagem tem como fundamento os princípios de
universalidade, eqüidade, resolutividade e integralidade das ações de saúde;
Considerando que a Consulta de Enfermagem compõe-se de Histórico de Enfermagem
(compreendendo a entrevista), exame físico, diagnóstico de Enfermagem, prescrição e
implementação da assistência e evolução de enfermagem;
Considerando a institucionalização da consulta de Enfermagem como um processo da prática
de Enfermagem na perspectiva da concretização de um modelo assistencial adequado às
condições das necessidades de saúde da população;
Resolve:
Art. 1º - Em todos os níveis de assistência à saúde, seja em instituição pública ou privada, a
consulta de Enfermagem deve ser obrigatoriamente desenvolvida na Assistência de
Enfermagem
Art. 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua assinatura.
Rio de Janeiro, 19 de abril de 1993
Ruth Miranda de C. Leifert – COREN-SP nº 1.104 – Primeira-secretária
Gilberto Linhares Teixeira – COREN-RJ nº 2.380 – Presidente
45
ANEXO II - RESOLUÇÃO COFEN - 195
Dispõe sobre a solicitação de exames de rotina e complementares por Enfermeiro
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), no uso das atribuições previstas no artigo 8º,
incisos IX e XIII da Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, no artigo 16, incisos XI e XIII do
Regimento da Autarquia aprovado pela Resolução COFEN-52/79 e cumprindo deliberação do
Plenário em sua 253ª Reunião Ordinária,
Considerando a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, no seu artigo 11, incisos I alíneas "i" e "j"
e II, alíneas "c", "f" , "g", "h" e "i";
Considerando o Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, no artigo 8º, incisos I, alíneas "e" e
"f" e II, alíneas "c", "g" , "h", "i" e "p";
Considerando as inúmeras solicitações de consultas existentes sobre a matéria;
Considerando que para a prescrição de medicamentos em programa de saúde pública e em
rotina aprovada pela instituição de saúde, o Enfermeiro necessita solicitar exame de rotina e
complementares para uma efetiva assistência ao paciente sem risco para o mesmo;
Considerando os programas do Ministério da Saúde: "DST/AIDS/COAS"; "Viva Mulher";
"Assistência Integral e Saúde da Mulher e da Criança (PAISMC)"; "Controle de Doenças
Transmissíveis" dentre outros,
Considerando Manuais de Normas Técnicas publicadas pelo Ministério da Saúde: "Capacitação
de Enfermeiros em Saúde Pública para SUS - Controle das Doenças Transmissíveis"; "Pré-Natal
de Baixo Risco" - 1986; "Capacitação do Instrutor/Supervisor/Enfermeiro na área de controle da
Hanseníase" - 1988;
"Procedimento para atividade e controle da Tuberculose"- 1989; "Normas Técnicas e
Procedimentos para utilização dos esquemas Poliquimioterapia no tratamento da Hanseníase"-
1990; "Guia de Controle de Hanseníase" - 1994; "Normas de atenção à Saúde Integral do
Adolescente" - 1995;
Considerando o Manual de Treinamento em Planejamento Familiar para Enfermeiro da
Associação Brasileira de Entidades de Planejamento Familiar (ABEPF);
Considerando que a não solicitação de exames de rotina e complementares quando
necessários para a prescrição de medicamentos é agir de forma omissa, negligente e
imprudente, colocando em risco seu cliente (paciente); e, Considerando o contido nos PADs
COFEN nº 166 e 297/91,
Resolve:
Art. 1º - O Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e complementares quando no exercício de
suas atividades profissionais.
Art. 2º - A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1997
Dulce Dirclair Huf Bais – COREN-MS nº 10.244 – Primeira-secretária Gilberto Linhares
Teixeira – COREN-RJ nº 2.380 – Presidente
46
ANEXO III - INFORME COFEN DO RDC- 20/2011 DA ANVISA
O reconhecimento pela ANVISA sobre a prescrição medicamentosa do Enfermeiro
25/05/2011
Publicado Portal do Cofen - Conselho Federal de Enfermagem (http://site.portalcofen.gov.br)
ANVISA reconhece a atribuição do enfermeiro sobre a prescrição de medicamentos
estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde,
conforme a Lei nº 7498/86.
Recentemente, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) encaminhou
ofício solicitando a revisão da RDC nº 44/2010, que dispõe sobre o controle de medicamentos
antimicrobianos de uso sob prescrição, solicitação acatada com a edição da RDC nº 20, datada
de 05/05/2011.
Assim, com o art. 4º da RDC n° 20/2011, fica claro que a prescrição medicamentosa é de
atribuição de todo e qualquer profissional regularmente habilitado, não se tratando, portanto, de
ato exclusivamente médico. Através desta Resolução da ANVISA, ficou estabelecido o que a
legislação federal já previa, que o enfermeiro realiza prescrições de medicamentos pertencentes
ao programa de saúde pública, tendo em vista também a relação de medicamentos certos e
previstos no programa ou rotina da instituição.
Os gestores de cada unidade de dispensação não podem negar-se a fornecer o medicamento
prescrito pelo enfermeiro, uma vez que este esteja vinculado a instituição que contenha
programa, protocolos de saúde pública ou rotinas aprovada pela instituição de saúde, exemplo,
Ministério da Saúde, Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde.
Nesta ordem de idéias, todo e qualquer cidadão que tenha sido atendido por enfermeiro em
algum programa de saúde e esteja portando um receituário com pedido de medicamentos que
prescreva antimicrobianos, não pode ter negado a venda ou entrega do medicamento pois a
nova Resolução 20/2011 da ANVISA está em plena conformidade ao estatuído no artigo 11, II,
“c” da Lei 7.498/86.
47
ANEXO IV
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAISPARECER TÉCNICO Nº 43/09REFERÊNCIA:Consulta realizada pela Enfermeira do Ambulatório do Pé Diabético – Unidade de Referência Secundária Padre Eustáquio – Secretaria Municipal Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte sobre desbridamento mecânico com lâmina de lesões e calos e remoção de Tunga penetrans realizados por técnicos e auxiliares de enfermagem.HISTÓRICO:Recebemos em 15 de abril de 2009 a consulta realizada pela Enfermeira do Ambulatório do Pé Diabético – Unidade de Referência Secundária Padre Eustáquio, protocolada no COREN-MG sob o Nº 11792/09 em 24 de março de 2009, para análise e parecer.MÉRITO:Considerando a Deliberação COREN-MG 65/00 e de acordo com a Resolução COFEN 311/2007 que estabelece: CAPÍTULO I DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS RESPONSABILIDADES E DEVERESArt. 5º - “Exercer profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade”.SEÇÃO I – DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMÍLIA E COLETIVIDADEDIREITOSArt. 10 - “Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade”.CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAISDAS RESPONSABILIDADES E DEVERESArt. 12 “Assegurar á pessoa, família e coletividade, assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência”.Art. 13 - “Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.”Art. 21 – “Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da Equipe de Saúde”.Considerando também o Capítulo V das INFRAÇÕES E PENALIDADES:Art. 113 – “Considera-se Infração Ética a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem”.Art. 114 – “Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem”.Art. 115 – “Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela obtiver benefício, quando cometida por outrem”.Art. 116 – “A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos, do dano e de suas consequências”.
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAIS
CONCLUSÃOEstudando os questionamentos feitos pela profissional à luz da legislação e normas do Código de Ética, considerando que o Auxiliar e Técnico de Enfermagem não estão amparados legalmente para a realização do desbridamento mecânico de lesões e calos com lâmina de bisturi e remoção de Tunga penetrans. Portanto, a realização dos procedimentos citados é uma atribuição do profissional Enfermeiro desde que esteja devidamente capacitado.SMJ, este é o nosso parecer.Belo Horizonte, 05 de maio de 2009.__________________________________Elisabete da Silva PeixotoEnfermeiraCOREN-MG – 1656____________________________________Vera Lúcia de Araújo Nogueira LimaEnfermeiraCOREN-MG 20593____________________________________Dra. Eline Lima BorgesEnfermeiraCOREN-MG - 42261Coordenadora da Câmara Técnica de Estudos e Tratamentos de Ferida
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ANEXO Vy
CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAISRua da Bahia, 916 / 13º Andar–Edifício Mercantil – Telefax (31) 3238-7500 – CEP 30160-011 – Belo Horizonte - MGPARECER TÉCNICO 20/10REFERÊNCIA: Retirada de miíase pelos profissionais de enfermagem, através da compressão manual sem uso de anestésico.HISTÓRICO: Em 23/11/09 recebemos na Câmara Técnica Gerencial e Assistencial cópia de e-mail encaminhado pela Enfermeira Maria Goretti Resende Sousa, CORENMG 31278, indagando se os profissionais de enfermagem poderiam realizar o procedimento mencionado anteriormente.MÉRITOMiíase é a infestação de vertebrados por larvas de dípteros que, pelo menos durante certo período, se alimentam dos tecidos vivos do hospedeiro, de substancias corporais líquidas ou do alimento ingerido. Dessa forma, larvas de moscas que completam seu ciclo, ou pelo menos parte do seu desenvolvimento normal dentro ou sobre o corpo de um hospedeiro vertebrado podem ser classificadas como causadoras de miíses. O termo miíase tem essa etimologia: mye= moscas; ase= doença. No meio rural é conhecido como "bicheira". Do ponto de vista biológico e evolutivo, aquilo que chamamos coletivamente de miíases pode ter sua origem em duas raízes diferentes: miíases furunculares (berne, por exemplo) e a outra, as miíases traumáticas (bicheiras, por exemplo). Disponível em: http://www.ebah.com.br/miiases-pdf-a28409.html. Acesso em 08/02/2010.O procedimento de retirada das miíases furunculares, conhecido como “berne” pode parecer um procedimento simples, sem maiores consequëncias, não obstante podemos estar diante de um paciente/cliente com outras patologias que poderiam gerar complicações diversas, como por exemplo no caso de pacientes diabéticos que se submetidos a extirpação em condições de higiene precárias podem apresentar infecções. Assim, a retirada da mííase furuncular vai além do procedimento puro e simples e necessita de avaliação e prescrição médica. É sabido que na prática diária, pela ausência do profissional médico, os profissionais de enfermagem muitas vezes são estimulados a realizar procedimentos para os quais CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MINAS GERAISRua da Bahia, 916 / 13º Andar–Edifício Mercantil – Telefax (31) 3238-7500 – CEP 30160-011 – Belo Horizonte – MG não estão preparados. Situações que nos fazem reportar ao Código de Ética dosProfissionais de Enfermagem, Resolução COFEN nº 311/2007 que assinala em seu Art. 12- Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência e Art. 13- avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica, ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.CONCLUSÃODiante do exposto, somos contrários à realização de retirada de miíase furuncular pelos profissionais de enfermagem, sem a avaliação e prescrição médica, considerando as razões expostas anteriormente.SMJ, este é o nosso parecer.
Enfª. Clecy Zaghi Alves- relatoraCOREN MG 29040Enfª. Dra. Maria Édila Abreu FreitasCoordenadora da Câmara Técnica Assistencial e Gerencial
REFERÊNCIASCONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução nº. 311, de 08 de fevereiro de2007. Dispõe sobre o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Rio deJaneiro: COFEN, 2007. Disponível em:<http://www.portalcofen.gov.br/2007/materias.asp?ArticleID=7106§ionID=34>.Acesso em 08/02/2010.FIDELIS, F. et al. Miíases. Trabalho de aproveitamento do curso de enfermagem.Centro Universitário Celso Lisboa. Rio de Janeiro, novembro de 2009. Disponível em:http://www.ebah.com.br/miiases-pdf-a28409.html . Acesso em 08/02/2010.
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ANEXO VI
Consulta de Enfermagem ao Portador de Feridas
Admissão:___/___/___ Fone: ____________
Nome:_________________________________________________________________________
Endereço:______________________________________________________________________
Unidade de Referência:____________________________________________________
Sexo: F ( ) M ( ) DN:___________ Idade:________ Estado Civil:___________ N° de filhos:________
Escolaridade:____________________Ocupação:_________________________
Habitação: ( ) Água ( ) Luz ( ) Esgoto ( ) Fossa
N° de cômodos___N° de moradores____
Nome do cuidador: _______________________ Grau de parentesco: ____________________
Escolaridade do cuidador: ________________________________ Idade: ___________________
Queixa principal do paciente:_____________________________________________________
_______________________________________________________________________________
Hábitos pessoais
Hábito intestinal: Frequência: _____ vezes ( ) dia ( ) semana Consistência: ( ) moderada ( ) diarréia
( ) outros N de micções: ______ vezes/dia Cor: _______________ Odor: ( ) sui generis Outro:______
Etilismo: ( ) não ( ) sim Tipo de bebida: ___________________ Frequência: ______________
Tabagismo: ( ) não ( ) sim N° de cigarros/dia ______________ Início: ___________________
Alergia tópica: ( ) sim ( ) não Higienização: ( ) diária ( ) semanal ( ) mensal
Tempo de existência da(s) ferida(s):______________________________
Tratamentos anteriores:________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Mobilidade: ( ) deambula ( ) deambula com auxílio ( ) não deambula
Doenças atuais:
( ) DM tipo ___ ( ) Drepanocitose ( ) Hipertensão Arterial ( ) Insuficiência Arterial
( ) Insuficiência Venosa ( ) Hanseníase ( ) outras: ___________________________________________
Medicamentos em uso___________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Vacina anti-tetânica: ( ) sim ( ) não Data da última dose: _____________________________________
História da lesão:______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Exame físico: Peso: ___________ Altura:______________
Dor (SCORE 0 a 10) _____________ Local:_________________________________________________
P.A._____________mm/hg Pulso apical:________bpm T ax:___________
Pulsos: Pedial MID ( ) sim ( ) não MIE ( ) sim ( ) não
Poplíteo MID ( ) sim ( ) não MIE ( ) sim ( ) não
Tibial Posterior MID ( ) sim ( ) não MIE ( ) sim ( ) não
Informações relevantes: ________________________________________________________________
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ANEXO VII
Itens Prescrição de Enfermagem Data
_________________________________________________
Assinatura (carimbo)
ANEXO VIII
Referência das Unidades de Atenção Primária á Saúde e Cemads
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Profissionais
De
Referência
Geanne Francine Patrícia Sheila
Cascalho Macacos Cemads Nossa senhora
de fátimaRetiro Jardim Canadá Cabeceiras Bela famaCristais Mingú José de
Almeida
Caic
Cruzeiro Boa vista Santa Rita Honório
Bicalho
ANEXO IX
Termo de Compromisso
Objetivos do tratamento
No tratamento de feridas o Serviço tem por objetivos:
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- Avaliar e acompanhar o portador de ferida;
- Encaminhar para outros profissionais quanto se fizer necessário;
- Propiciar condições que facilitam a cicatrização da ferida;
- Orientar e estimular o auto cuidado.
I nserção do paciente portador de ferida ao atendimento do enfermeiro
Fica claro ao paciente o direito e a oportunidade de fazer perguntas relacionadas
ao Serviço, tratamento, seus objetivos e suas regras, sendo que os profissionais do
serviço estarão sempre aptos a respondê-las.
É de responsabilidade do paciente:
- Comparecer aos retornos agendados;
- Respeitar e seguir todas as orientações fornecidas pelos profissionais de saúde;
- Não retirar ou trocar o curativo no domicílio sem a autorização do profissional;
- Procurar o serviço de saúde fora da data agendada em caso de intercorrências ou
complicações;
- Assumir as atividades relativas a limpeza e higiene pessoal.
Motivos de exclusão do paciente portador de ferida ao atendimento do enfermeiro
- Falta por 02 vezes consecutivas ou 03 alternadas sem comunicação prévia;
- Retirar ou trocar o curativo no domicílio sem a autorização do enfermeiro;
- Descumprir atividades relativas a limpeza e higiene pessoal.
Consentimento
De acordo com o exposto acima, aceito participar do tratamento proposto pelo
Serviço.
_________________________________________
Assinatura do Participante
Nome legível:____________________________________________________________
ANEXO X
Termo de consentimento para fotografar a ferida.
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Autorização
Autorizo que os dados referentes a evolução do meu tratamento sejam publicados na
forma de pesquisa, desde que resguarde sigilo sobre minha identidade.
_________________________________________________
Assinatura do Participante
Nova Lima, ______ de _____________________de __________
Foi discutido o protocolo de tratamento com o paciente, usando linguagem acessível e
apropriada.
Acredita-se ter fornecido as informações necessárias e bom atendimento das mesmas.
_____________________________________________________
Assinatura e carimbo do profissional responsável
Fonte: BORGES, et. al. (2008)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BORGES, E. et. aL. Feridas: como tratar. 2.ed. Belo Horizonte: Coopmed, 2008.
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BELO HORIZONTE. Protocolo de Assistência para Portadores de Ferida. Prefeitura
Municipal de Belo HorizonteSecretaria Municipal de Saúde.Gerência de Assistência –
Coordenação de Atenção à Saúde do Adulto e do Idoso, 2006.
EUROPEAN PRESSURE ULCER ADVISORY PANEL AND NATIONAL PRESSURE
UlLCER ADVISORY PANEL. Prevention and treatment of pressure ulcers: quick
reference guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel; 2009.
WARTZBERG. D.L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática clínica. Vol1. 2000.
PICCOLO, N.S. et. al. Queimaduras: Diagnóstico e tratamento Inicial. Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica. 9, abr. 2008.
SOUSA, F. F.; SILVA, J. A. (2005) A métrica da dor (dormetria): problemas teóricos e
metodológicos. Revista DOR, 6(1), 469-513.
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