protÁsio vargas - proposta de anteprojeto de estatuto do cace-ufmg - ver 7 - 27052010

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PROPOSTA DE PRIMEIRO ESTATUTO PARA O RECÉM CRIADO CACE - CENTRO ACADÊMICO, DO BACHARELADO EM CIÊNCIAS DO ESTADO, DA FACULDADE DE DIREITO, DA UFMG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (2010)

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ANTE-PROJETO DE ESTATUTO ORIGINRIO DO CACE/UFMGCENTRO ACADMICO CINCIAS DO ESTADO

KIT REGISTRO DA PESSOA JURDICA

I - Exposio de Motivos II - Base Legal III - Ante-Projeto IV - Anexos de Registro

Verso 7, original Belo Horizonte 27 de Maio de 2010

ProtsioVargasAdvogados AssociadosTR - TJ TCE TCU JF TRF TRE - TRT TST STE STJ STF CNJ CIDH -CIJ Av. Augusto de Lima, 1646/1212, Barro Preto, Belo Horizonte/MG. CEP: 30190-003 (quase em frente ao Forum Lafayete) - (31) 32914420 (GERAL/SEFAX);(31) 9811-1009;(31) 99224967;(31) 98570386 [email protected] MSN [email protected] Http://www.protasiovargas.com.br

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Apresentao do Kit RegistroLnguaCaetano Veloso

Gosta de sentir a minha lngua roar a lngua de Lus de Cames Gosto de ser e de estar E quero me dedicar a criar confuses de prosdia E uma profuso de pardias Que encurtem dores E furtem cores como camalees Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia est para a prosa Assim como o amor est para a amizade E quem h de negar que esta lhe superior? E deixe os Portugais morrerem mngua Minha ptria minha lngua Fala Mangueira! Fala! Flor do Lcio Sambdromo Lusamrica latim em p O que quer O que pode esta lngua? Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas E o falso ingls relax dos surfistas Sejamos imperialistas! Cad? Sejamos imperialistas! Vamos na vel da dico choo-choo de Carmem Miranda E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate E xeque-mate explique-nos Luanda Ouamos com ateno os deles e os delas da TV Globo Sejamos o lobo do lobo do homem Lobo do lobo do lobo do homem Adoro nomes Nomes em De coisas como r e m m m m m m m m m

Nomes de nomes Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnab e Maria da F Flor do Lcio Sambdromo Lusamrica latim em p O que quer O que pode esta lngua? Se voc tem uma idia incrvel melhor fazer uma cano Est provado que s possvel filosofar em alemo Blitz quer dizer corisco Hollywood quer dizer Azevedo E o Recncavo, e o Recncavo, e o Recncavo meu medo A lngua minha ptria E eu no tenho ptria, tenho mtria E quero frtria Poesia concreta, prosa catica tica futura Samba-rap, chic-left com banana ( Ser que ele est no Po de Acar? T craude br Voc e tu Lhe amo Qu queu te fao, nego? Bote ligeiro! Made brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado! Tavinho, pe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho! I like to spend some time in Mozambique Arigat, arigat!) Ns canto-falamos como quem inveja negros Que sofrem horrores no Gueto do Harlem Livros, discos, vdeos mancheia E deixa que digam, que pensem, que falem.

O presente Kit Registro foi organizado com uma nica finalidade: possibilitar CEMP/CACE/UFMG Comisso Executiva Mista Provisria e aos estudantes do Curso de Cincias do Estado da UFMG tomar conhecimento do que necessrio fazer previamente para que se torne juridicamente possvel o

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Registro do Centro Acadmico Cincia do Estado da UFMG, tornando-o pessoa jurdica para o exerccio de todos os direitos previstos no ordenamento jurdico nacional.

Uma vez recebido o Ante-Projeto, pela CEMP e recebidas as contribuies dos alunos, o resultado final ser o Projeto de Estatuto, que ter ampla divulgao entre os estudantes, para leitura, reflexo, debate e propostas de emendas, antes da Assemblia Geral. A CEMP, portanto, atuar tambm como Comisso de Sistematizao de tudo quanto for proposto.

Para tanto, foi organizado nos moldes de um Ante-Projeto de Lei Federal, com Exposio de Motivos, Base Legal, Texto Normativo, ao que acrescemos os Anexos de Registro.

Aps realizado todos os procedimentos prvios, apenas a redao final do Estatuto aprovado pela AG Originria e os Anexos necessrios que sero levados ao Cartrio de Registro de Pessoas Jurdicas. Nesta fase, o CACE/UFMG j estar politicamente atuante e, como sempre acontece, o Cartrio levantar bices de variadas ordens formais que devero ser adequados pela Diretoria Executiva eleita e por seu Advogado, com idas e vindas at o final registro, obteno dos originais registrados e encaminhamento Receita Federal para se obter o CNPJ.

Depois de tudo isso feito, o CACE/UFMG estar funcionando juridicamente em plenas condies de atuao para o exerccio de todos os direitos que o ordenamento jurdico possibilita. Optou-se pela palavra kit em lugar de conjunto, em que pese o estrangeirismo, pela fcil identificao de seu sentido e de seu uso corrente na atualidade. Limitou-se tanto que possvel o texto, evitando toda e qualquer repetio de contedo, porm, foi inevitvel a sua extenso, dadas as necessrias explicaes iniciais, postas no formato de Ante-Projeto de Lei, regulado pela Lei Complementar federal 95/98.

Aos que pretendem compreender bem a totalidade da Proposta, sugerese uma leitura linear, pois ao trmino dela ter compreendido exatamente a totalidade propositiva. Ao leitor habituado interpretao de textos legais, sugere-se que comece pelos dispositivos legais do Ante-Projeto e, na medida da necessidade, v Exposio de motivos em busca das explicaes e das justificaes para o seu contedo, pois est tudo ali posto em linguagem de

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fcil compreenso. A Base Legal diz da legalidade de tudo quanto est proposto e, at onde pensamos, nada falta de essencial explicitar.

Fica aqui o meu agradecimento fraterno solicitude e gentileza do Prof. Jos Luiz Borges Horta, que sempre tratou a todos ns, acadmicos de Cincia do Estado, com todo carinho e ateno, tendo, inclusive, comparecido nossa Assemblia Geral mais recente, para nos dirigir a palavra de incentivo poltico em busca de amplas compreenses e tentativas de consenso quase sempre difceis de se alcanar. Foi pensando muito nele e em suas palavras amigas - que me inspirei na explicao de vrias passagens ao longo das exposies feitas.

Devo fazer outros agradecimentos imprescindveis. Ao Professor Celso de Magalhes Pinto, do Colgio Brasileiro de Faculdades de Direito e do Conselho Editorial da Editora DelRey, que leu o manuscrito em sua fase inicial e efetuou sugestes de mrito valiosas. Professora Daize Fernanda Wagner, da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Amap, onde foi Diretora, que gentilmente debateu comigo, em Belo Horizonte, vrios dispositivos estatutrios, em sua fase embrionria, principalmente no tocante ao papel moderno dos Conselhos Fiscais e sobre a democracia interna das modernas Diretorias Executivas, de associaes civis, conforme o esprito do novo Cdigo Civil brasileiro, no contexto do Estado Democrtico de Direito atual; vrias de suas sugestes que foram incorporadas ao texto. Ao Bacharel em Direito Lcio Domingues de Medeiros, ExPresidente do Diretrio Acadmico Edgar de Godi da Mata-Machado, da Universo, pela possibilidade de debater vrios dispositivos da proposta estatutria e suas implicaes prticas no movimento estudantil universitrio mineiro. Ao Acadmico de Cincia do Estado da UFMG, Andr Guimares Couto Andrade Marques, sempre disponvel, solcito e discreto, pela colaborao incontinenti em todo o processo poltico que culminou, at aqui, na proposta ora apresentada. A todos os demais colegas do curso de Cincia do Estado da UFMG que, de uma forma ou de outra, colaboram com o debate e por isso sou devedor de muitas de suas idias aqui incorporadas.

Os honorrios de advogado, para trabalhos desta categoria especializados, minuciosos e complexos - em geral so caros e muito superiores a R$ 10.000,00. O preo cabvel corresponde ao exato desconto que o profissional ora presta, pela discricionariedade que o Estatuto da OAB lhe confere, em honra ao seu prprio interesse e aos dos seus magnficos colegas de Curso, de ambas as turmas, amigos fraternos conquistados em to pouco tempo de convivncia, o que atesta a empatia presente em todos ns,

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pioneiros que somos, no mundo inteiro, como profissionais em formao, futuros Cientistas do Estado e futuros Estadistas.

Muitos erros grficos permaneceram no texto final, pois o tempo exguo, para tudo fazer, arquitetar e redigir, de cinco (5) dias disponveis, no nos permitiu corrigi-los a partir da leitura dedicada e prvia de terceiros, como de praxe se faz na advocacia. Para todos esses - e para outros - pedimos a complacncia e a cumplicidade engajada do leitor.

Vida longa e prspera ao CACE/UFMG!

Belo Horizonte, 27 de maio de 2010.Joo Protsio Farias Domingues de Vargas Acadmico de Cincia do Estado OAB/MG 92.196; OAB/RS 31.137 ADVOGADO

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NDICE ANALTICO

I - EXPOSIO DE MOTIVOS DO ANTE-PROJETO .............................................................10 1 - PRMBULO. ............................................................................................ 10 2 - APRESENTAO. ....................................................................................... 10 3 - INTRODUO. .......................................................................................... 12 4 - DESENVOLVIMENTO. ................................................................................... 15 4.1 Sobre a Parte I Denominao e Bandeiras. ...............................................................15 4.1.1 - Estrutura ....................................................................................................................16 4.1.2 Normatividade. .........................................................................................................16 4.1.2.1. Art. 1 - NOME COMPLETO DO CACE ...........................................................16 4.1.2.2. Art. 2 - ONG FILANTRPICA E SEM FINS LUCRATIVOS ..........................16 4.1.2.3. Art. 3 - PRAZO DE DURAO .......................................................................17 4.1.2.4. Art. 4 - DOMICLIO E SEDE ............................................................................17 4.1.2.5. Art. 5 - TIPOS DE OBJETIVOS .......................................................................17 4.1.2.6. Art. 6 - OBJETIVOS GERAIS ..........................................................................17 4.1.2.6.1 DEFESA DA SOCIEDADE E DO SEU ESTADO ..................................17 4.1.2.6.2 DIREITOS FUNDAMENTAIS E DIREITOS HUMANOS .......................18 4.1.2.6.3 LUTA PELO DESENVOLVIMENTO .......................................................18 4.1.2.6.4 ORDENAMENTO ESTATAL JUSTO ......................................................18 4.1.2.6.5 ERRADICAO DA POBREZA E DA MARGINALIZAO .................19 4.1.2.6.6 GLOBALIZAO SOLIDRIA ................................................................19 4.1.2.6.7 FORTALECIMENTOS DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS ........19 4.1.2.6.8 DEMOCRACIA PARTICIPATIVA ............................................................19 4.1.2.7. Art. 7. OBJETIVOS ESPECFICOS DO CACE ..............................................19 4.1.2.7.1 DEFESA DOS DIREITOS DOS ESTUDANTES DE CINCIA DO ESTADO DA UFMG ....................................................................................................20 4.1.2.7.2 REPRESENTAO MXIMA .................................................................20 4.1.2.7.3 ARTICULAO DEMOCRTICA ...........................................................20 4.1.2.7.4 FORMAO DE NOVAS LIDERANAS ...............................................20 4.1.2.7.5 ASSOCIAO E SINDICATO DOS CIENTISTAS DO ESTADO E ESTADISTAS ..............................................................................................................20 4.1.2.7.6 REGULAMENTAO DA PROFISSO ................................................21 4.1.2.7.7 PROMOO DE VALORES UNIVERSAIS ...........................................21 4.1.2.8 PRINCPIOS FUNDAMENTAIS ......................................................................22 4.1.2.9 PRINCPIOS BSICOS ...................................................................................23 4.1.2.10. BANDEIRAS ESTUDANTIS ............................................................................24 4.1.2.10.1 REPRESENTAO COLETIVA IMEDIATA ........................................24 4.1.2.11. CONCEITO DE BANDEIRAS ESTUDANTIS ................................................25 4.1.2.12 DIREITOS POLTICOS DE CIDADANIA .....................................................25 4.1.2.13 DIREITOS DE POLTICA ESTUDANTIL .....................................................25 4.2 Parte II - Organizao Poltica. ......................................................................................25

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4.2.1. Estrutura .....................................................................................................................26 4.2.2 Normatividade. .........................................................................................................26 4.2.2.1 ORGOS INTERNOS E GRATUIDADE ........................................................26 4.2.2.2 ESTURUTURA DE PODER DO CACE..........................................................26 4.2.2.3 ASSEMBLIA GERAL .....................................................................................26 4.2.2.4 DIRETORIA EXECUTIVA. ..............................................................................27 4.2.2.4.1 ESTRUTURA DIRETIVA DO CACE .......................................................28 4.2.2.4.2 PRESIDNCIA DO CACE .......................................................................30 4.2.2.4.3 SECRETARIA GERAL DO CACE...........................................................31 4.2.2.4.4 TESOURARIA GERAL DO CACE ..........................................................32 4.2.2.4.5 DIRETORIA GERAL DO CACE ..............................................................32 4.2.2.4.5.1 DIRETORIAS ESPECIAIS DO CACE .............................................33 4.2.2.5 CRT CONSELHO DE REPRESENTANTES DE TURMA .........................34 4.2.2.6 CONSELHO FISCAL .......................................................................................35 4.2.2.7 DOS ASSOCIADOS ........................................................................................36 4.2.2.8 DAS ELEIES ...............................................................................................39 4.3 Parte III - Da Administrao do CACE/UFMG. .............................................................40 4.3.1. Estrutura .....................................................................................................................40 4.3.2 Normatividade. .........................................................................................................40 4.3.2.1 MODO DE ADMINISTRAO ........................................................................40 4.3.2.2 REPRESENTAO JURDICA ......................................................................40 4.3.2.3 RECEITA E PATRIMNIO..............................................................................40 4.4 Parte IV - Da Reforma dos Estatutos.............................................................................41 4.4.1. Estrutura .....................................................................................................................41 4.4.2 Normatividade ..........................................................................................................41 4.5 Parte V - Da Nominata Histrica da Cincia do Estado da UFMG..............................42 4.5.1. Estrutura .....................................................................................................................42 4.5.2 Normatividade ..........................................................................................................42 4.6 Parte VI - Das Disposies Finais e Transitrias..........................................................42 4.6.1. Estrutura .....................................................................................................................43 4.6.2 Normatividade. .........................................................................................................43 4.6.2.1 DISPOSIES TRANSITRIAS....................................................................43 4.6.2.2 DISPOSIES FINAIS ...................................................................................43 5 - CONCLUSO. ........................................................................................... 43 II - BASE LEGAL DO ANTE-PROJETO .................................................................................45 1 CONSTITUCIONALIZAO DO DIREITO SUBJETIVO AO CACE ...................................... 45 1.1 Direito Livre Associao ..............................................................................................45 1.2 Direito Criao do Centro Acadmico ........................................................................45 1.3 Direito Permanncia do Centro Acadmico ...............................................................46 1.4 Direito Liberdade de Associao aos Acadmicos....................................................46 1.5 Direito de Representao Jurdica dos Acadmicos pelo CACE. ...............................46 1.6 Princpio da Liberdade ....................................................................................................47 2 DIREITO SUBJETIVO PBLICO GESTO DEMOCRTICA DO ENSINO PBLICO .................. 47 3 DIREITO SUBJETIVO PBLICO PERSONALIDADE JURDICA DO CACE .......................... 49 4 DO INCIO DA PERSONALIDADE JURDICA DO CACE ............................................... 49 5 DOS REQUISITOS ESTATUTRIOS PARA REGISTRO DO CACE .................................... 50 6 NORMAS JURDICAS QUE REGEM O CACE, SEGUNDO O CCB .................................... 51 6.1 Conceito Jurdico do CACE ............................................................................................51 6.2 - O Que o Estatuto deve Conter para No ser Nulo e Poder ser Registrado ................51 7 Abuso de Gesto e Responsabilidade Civil .....................................................................52 8 PROTEO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE DO CACE ........................................ 53 9 Declarao de Utilidade Pblica do CACE .......................................................................53 9.1 Utilidade Pblica Federal ................................................................................................53 9.2 Utilidade como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico .......................54

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9.3. Declarao de Utilidade Pblica em MG e em BH .........................................................55 10 CNPJ DO CACE/UFMG........................................................................... 55 III - ANTE-PROJETO DE ESTATUTO DO CACE/UFMG ........................................................57 PARTE I DENOMINAO E BANDEIRAS ..........................................................................57 Captulo I Das Disposies Iniciais ........................................................................................57 Seo I - Da Denominao e da Natureza........................................................................57 Seo II - Da Durao e da Sede. ......................................................................................57 Captulo II - Das Disposies Gerais .....................................................................................57 Seo I - Dos Objetivos ......................................................................................................58 Seo II - Dos Princpios .....................................................................................................59 Seo III - Das Bandeiras Estudantis ................................................................................59 PARTE II ORGANIZAO POLTICA .................................................................................60 TTULO I DOS RGOS ................................................................................. 60 Captulo I - Das Disposies Gerais .....................................................................................60 Captulo II - Da Assemblia Geral ..........................................................................................60 Seo I Disposies Gerais .............................................................................................60 Seo II - Da Assemblia Geral Ordinria ........................................................................61 Seo III - Da Assemblia Geral Extraordinria ................................................................62 Captulo III Da Diretoria Executiva .......................................................................................62 Seo I Disposies Gerais .............................................................................................62 Seo II - Da Presidncia ...................................................................................................63 Seo III Da Secretaria Geral ..........................................................................................64 Seo IV Da Tesouraria Geral .........................................................................................65 Seo V Da Diretoria Geral ..............................................................................................65 Captulo IV Do CRT - Conselho de Representantes de Turma .........................................67 Seo I - Das Disposies Gerais ......................................................................................67 Seo II Da Representao de Turma ............................................................................67 Seo III Da Finalidade e Competncia ..........................................................................68 Captulo V - Do Conselho Fiscal............................................................................................68 Seo I - Das Disposies Gerais .....................................................................................68 Seo II - Da Finalidade e Competncia ............................................................................68 TTULO II DOS ASSOCIADOS E DAS ELEIES .................................................... 69 Captulo I Disposies Gerais ..................................................................................................69 Captulo II Dos Associados ...................................................................................................69 Captulo III Do Processo Eleitoral.........................................................................................71 PARTE III - DA ADMINISTRAO DO CACE/UFMG .............................................................73 Captulo I - Do Modo da Administrao e Representao ...................................................73 Captulo II - Da Receita e do Patrimnio................................................................................73 Captulo III Da Extino e da Destinao do Patrimnio ....................................................73 PARTE IV DA REFORMA DOS ESTATUTOS ......................................................................74 PARTE V DA NOMINATA HISTRICA DA CINCIA DO ESTADO DA UFMG .....................74 PARTE VI - DAS DISPOSIES TRANSITRIAS E FINAIS. ................................................76 Captulo I - Das Disposies Transitrias ..............................................................................76 Captulo II - Das Disposies Finais........................................................................................76 IV - ANEXOS PARA REGISTRO ............................................................................................78 1 - NOMINATA DA DIRETORIA EXECUTIVA HISTRICA ....................................... 79 2 - NOMINATA DO CONSELHO FISCAL HISTRICO ............................................ 80

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3 - ATA DA ASSEMBLIA GERAL ORIGINRIA, DE XX/05/2010, PREPARATRIA PARA A CRIAO POLTICA E JURDICA DO CACE - CENTRO ACADMICO CINCIA DO ESTADO ....................... 81 4 - ATA DA ASSEMBLIA GERAL ELETIVA, DA TURMA DE 2009 DO CURSO DE CINCIA DO ESTADO DA UFMG, DOS SEUS REPRESENTANTES NA CEMP COMISSO EXECUTIVA MISTA PROVISRIA PARA A CRIAO DO CACE/UFMG ............................................................................ 83 5 - ATA DA ASSEMBLIA GERAL ELETIVA, DA TURMA DE 2010 DO CURSO DE CINCIA DO ESTADO DA UFMG, DOS SEUS REPRESENTANTES NA CEMP COMISSO EXECUTIVA MISTA PROVISRIA PARA A CRIAO DO CACE/UFMG ............................................................................ 84 6 - ATA DA ASSEMBLIA GERAL ORIGINRIA, DE XX/05/2010, DE CRIAO DO CACE/UFMG, DISCUSSO E APROVAO DOS ESTATUTOS, INSCRIO DE CHAPAS, ELEIO DA PRIMEIRA DIRETORIA EXECUTIVA E DO CONSELHO FISCAL, APROVAO E POSSE DOS ELEITOS ............. 85 7 - RELAO DOS ASSOCIADOS FUNDADORES ......................................................... 87 8 - OFCIO DE PEDIDO DE REGISTRO DOS ESTATUTOS ..................................... 89

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I - Exposio de Motivos do Ante-Projeto

1 Prmbulo

Srs. e Srs. Membros da Comisso Executiva Mista Provisria CEMP, do Centro Acadmico Cincia do Estado da UFMG, Srs. e Srs. Acadmicos de Cincia do Estado da UFMG, com grata satisfao que apresento, a V. Ss., na qualidade dupla de estudante de Cincia do Estado da UFMG e de Advogado militante, a Exposio de Motivos, da Base Legal e do Ante-Projeto de Estatuto Originrio do CACE/UFMG, com a finalidade de servir de base e subsdio discusso e aprovao na forma de Projeto de Estatuto Originrio a ser discutido e aprovado na Assemblia Geral Estatuinte Originria, dando origem ao primeiro e mais importante passo para o nascimento da Personalidade Jurdica retora universal dos interesses acadmicos, nos termos que se seguem, didaticamente apresentados, mas sem perder o rigor tcnico-jurdico exigido pelo tipo de proposta.

2 Apresentao

Permitam-me que exiba um pouco do currculo o autor do Ante-Projeto de Estatuto do CACE/UFMG, nesta apresentao da Exposio de Motivos, tendo em vista que necessrio justificar, com a prpria experincia, os balizamentos normativos que sugere, sem o que fica uma lacuna na interpretao da legalidade e da legitimidade do profissional que a subscreve:1 foi Vice-Presidente do Grmio Estudantil Ginsio Patriarca, na oitava srie do ensino fundamental, em Alegrete/RS, em 1977; 2 foi Representante de Turma do GEOA - Grmio Estudantil Oswaldo Aranha, no primeiro ano do segundo grau, no Instituto de Educao Oswaldo Aranha, em Alegrete/RS, em 1978; 3 foi Presidente do Conselho de Representantes de

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Turma do GEOA, em 1979, no segundo ano do segundo grau; 4 foi Secretrio da Juventude do extinto MDB, no terceiro ano do segundo grau, em 1980; 5 foi Vice-Presidente do Diretrio Acadmico de Farmcia, da Faculdade de Farmcia da UFRGS, em 1986; 6 foi Secretrio Geral do SAJU Servio de Assistncia Judiciria Gratuita, do Centro Acadmico Andr da Rocha - CAAR, em 1987; 7 foi representante discente do CAAR, da Faculdade de Direito da UFRGS, na Comisso de Carreira, em dois mandatos, em 1988 e 1989; 8 foi representante discente de ps-graduao no Colegiado do Mestrado em Direito da UFRGS, em 1993; 9 foi Chefe da Campanha eleitoral para Diretor da Faculdade de Direito da UFRGS duas vezes, uma em 1992 e outra em 1996, perdendo por um voto na primeira e elegendo na segunda; 10 tornou-se Estagirio de Direito inscrito na OAB/RS em 1990, quando abriu seu primeiro escritrio de advocacia particular; 11 foi assessor jurdico do CAAR/SAJU de 1987 a 1996, na qualidade de processualista civil e administrativo, responsvel pelo ingresso de mandados de segurana na Justia Federal, assessoria jurdica aos Centros Acadmicos de vrios cursos da UFRGS, onde confeccionou Ante-Projetos de Estatutos para mais de 10 deles e atuou na reforma de muitos outros; 12 tornou-se advogado inscrito na OAB/RS em 1992; 13 foi nomeado, pelo TJRS, Juiz Leigo Cvel dos Juizados Especiais e de Pequenas Causas de Porto Alegre de 1993 a 1999, instruindo e julgando centenas de processos judiciais cveis; 14 foi Coordenador Executivo do Programa ACESJUS Programa Especial de Acesso Justia da Fundao de Assistncia Social e Comunitria do Municpio de Porto Alegre, de 1994 a 1997; 15 foi Coordenador Executivo do PROCON do Estado do Rio Grande do Sul em 1999; 16 foi Diretor Executivo do Servio de Pesquisa e Preparao Profissional da Faculdade de Direito da UFRGS de 1997 a 2000; 17 foi professor de direito civil e de processo civil da Faculdade de Direito da Universidade do Sul de Santa Catarina, de 1994 a 1996; 18 foi professor substituto da Faculdade de Direito da UFRGS em 1996; 19 foi professor concursado da Faculdade de Direito da UFGS de 1996 a 2007 (perodo em que foi Coordenador-Geral a RADH Rede Aberta de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul de 1997 a 2000, quando participou como Coordenador da I Conferncia Municipal de Direitos Humanos de Porto Alegre e da I Conferncia Estadual de Direitos Humanos do Rio Grande do Sul); 20 foi Coordenador do Curso de Direito, Graduao e Ps- Graduao, das Faculdades do Oeste de Minas, em Divinpolis/MG, em 2000; 21 membro do Colgio Brasileiro de Faculdades de Direito desde 1998, onde atualmente Secretrio Adjunto de Informtica; 22 - organizou o Ante-Projeto de Estatuto da ONG ASCEMG Associao dos Servidores Pblicos Designados do Estado de Minas Gerais em 2003; 23 organizou o Ante-Projeto de Estatuto do Diretrio Acadmico DAEG - Edgar de Godi da Mata-Machado, da Faculdade de Direito da Universidade Salgado de Oliveira, campus Belo Horizonte, em 2006; 24 scio efetivo do IARGS Instituto dos Advogados do Estado do Rio Grande do Sul, desde 1993; 25 - scio efetivo do IAMG Instituto dos Advogados do Estado de Minas Gerais desde 2004; 26 cursou todas as disciplinas obrigatrias e eletivas, com aprovao integral, em 20022003, do Doutorado em Filosofia do Direito da UFMG; 27 advogado militante em Minas Gerais desde 2001, inscrito desde ento na Seccional da OAB de Belo Horizonte, atuando, prioritariamente, nas reas de direito administrativo, constitucional e civil (tendo atuado em milhares de processos judiciais e administrativos, a maioria no plo ativo, e com estimativa contbil de 97% de vitorias na totalidade das demandas); 28 Diretor do Escritrio de Advocacia Protsio Vargas, com sede em Belo Horizonte, desde 2001; 29 colaborador do Conselho Permanente de Criminologia e Poltica Criminal, da Secretaria de Estado de Defesa Social, do Estado de Minas Gerais, em matria

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de direitos humanos, desde 2006; 30 - acadmico de Cincia do Estado da UFMG, com ingresso na segunda turma, em 2010.

De posse destas informaes sintticas sobre o autor do Ante-Projeto, o leitor tem condies de conferir, preliminarmente, algum crdito ao contedo proposto e, a partir de ento, com base em sua prpria reflexo racional, julgar a pertinncia, oportunidade e convenincia do que sugerido CEMP Comisso Executiva Mista Provisria do CACE/UFMG para que, com base nela e nas sugestes universalizadas dos estudantes do Curso de Cincias do Estado da UFMG, elabore o Projeto de Estatutos que ser discutido e aprovado pela Assemblia Geral de Fundao, a ser realizada dentro do Cronograma aprovado pela mesma Comisso.

3 Introduo

Estamos no ltimo ano da dcada de 00 do sculo XXI e as prticas estatutrias estudantis universitrias ainda permanecem margem do Estado Democrtico de Direito, principalmente, como paradoxo, justamente nos Centros de Diretrios Acadmicos dos cursos de Direito, tanto das universidades pblicas, de mais larga tradio, quanto das privadas. Diz-se isso porque, mesmo que o Cdigo Civil Brasileiro de 1916 tenha sido revogado em 2001, fato que poucos estatutos estudantis foram adequados nova realidade civil e, portanto, nova realidade constitucional inaugurada em 1998, que rompeu com a estrutura de estado autoritrio dos anos 60/80 e instituiu um estado que se expressa pelo mtodo democrtico de gesto e com base nas normas jurdicas legitimadas pelo procedimento democrtico de legiferao. comum vermos estatutos de centros acadmicos dos anos sessenta, da poca do parlamentarismo imposto ao Brasil, apresentar estrutura parlamentarista; portanto, no menos comum observarmos estruturas com centralizao demasiada no executivo, autoritrias e, at, muitas vezes, antidemocrticas, sem nenhum mecanismo de freios e contrapesos que equilibrem as relaes de poder existentes entre as diversas faces existentes em uma mesma agremiao, disputando pela primazia de suas concepes polticas. Os centros acadmicos dos cursos de sociologia, de antropologia, de histria, de administrao, de economia, de filosofia, em geral, seguem os formatos estatutrios dos cursos de direito, pois, em geral, so estudantes de direito que organizam as propostas estatutrias para aqueles, reproduzindo, assim, mecanismos organizacionais que refletem a poca histrica em que foram constitudos. O movimento estudantil brasileiro ainda no acordou para o

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fato de que a estrutura normativa de poder (estado de direito) reflete uma determinada viso poltica de conduo da cidadania (estado democrtico). Pode-se ver claramente isso no modelo de estatutos que a UNE disponibiliza em seu stio na internet, ali colocado sem uma crtica sria sobre as implicaes de sua proposta estrutural e da viso de mundo e de democracia que possa refletir. O pensamento jurdico at hoje no tem pensado seriamente na execuo de suas formas e das conseqncias sociais de suas propostas e isso se deve ao fato de que a pesquisa de campo est banida dos bancos escolares jurdicos desde h muito no Brasil, se que alguma vez se ocupou deste mtodo de acesso direto realidade palpitante na produo de conhecimento novo. O que se v a pesquisa bibliogrfica e documental, calcada no distanciamento do homem para com o homem, onde os intelectuais, no silncio de seus gabinetes, observam o mundo ser erguer os olhos para observar o mundo ao menos de suas janelas. Por isso os estatutos estudantis universitrios deixaram de acompanhar a realidade poltica do Brasil e ainda no acordaram para a necessidade de colocar no papel os avanos que a democracia pblica brasileira alcanou nos ltimos vinte anos de experincia poltica e de avanos tecnolgicos de participao popular. O curso de Cincias do Estado, mpar no Brasil e no mundo, no tem parmetros anteriores para poder se guiar em seu processo estatuinte, tendo, portanto, apenas os olhos e a conscincia de seus estudantes como parmetros para estatuir as suas prprias normas estatutrias, uma vez que sua singularidade pesa sobre seus ombros e os obriga a inventar um modo prprio que resgate os avanos polticos que observa sua volta e que no pode j ignorar impunemente. Se somos uma vanguarda que tem por misso reunir e sintetizar tudo quanto j foi pensado e produzido sobre o Estado, historicamente, at hoje, ento, seu rduo trabalho est a olhos vistos na vitrina do tempo. No pode se dar ao luxo de nutrir a cegueira que observa no descompasso entre realidade poltica e forma jurdica estatutria estudantil universitria. Por isso, sentem-se tais alunos no dever de expressar uma nova concepo de centro acadmico, mais democrtica e participativa, sem perder os vnculos com a tradio de onde emerge e que critica com o intuito de imprimir desenvolvimentos necessrios para melhor garantir a coexistncia humana politicamente organizada. H uma concepo estudantil inaugurada na segunda metade dos anos 80, no Brasil, que diz respeito proporcionalidade na ocupao dos cargos das diretorias executivas, rateados dentre as chapas concorrentes, na proporo dos votos que auferiram no processo eleitoral. Esse modo alternativo tradio autoritria foi muito importante para demonstrar que o voto dado aos perdedores tem valor e peso merecedores de acento na direo poltica da entidade, garantindo-se, assim, o direito das minorias. No precisa ser assim; basta que o poder poltico estudantil se estruture de modo a ampliar os espaos dos cargos em diferentes setores de atuao.

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A alternativa que conseguimos alcanar na presente proposta de anteprojeto de estatutos a de um Conselho Fiscal eleito no mesmo pleito que a Diretoria Executiva; se esta dispe de nove cargos, aquele dispe de seis cargos, somando-se em um total de quinze cargos importantes na conduo poltica da entidade. Por outro lado, paralelo a isso, e sem pleito majoritrio universal, h o espao poltico do Conselho de Representantes de Turma CRT, que abriga representantes eleitos em grupos setoriais determinados, cujo espao poltico real e permite a emergncia de novas lideranas no cenrio poltico estudantil, a principiar pelo papel consultivo de tal rgo agregado Diretoria Executiva, cujas foras polticas podem ser diferenciadas daquela que ganhou as eleies majoritrias. Podemos dizer que o CRT uma espcie de Senado Estudantil, composto por representantes de interesses territoriais determinados, mesmo que tal rgo no tenha poderes legiferantes autnomos ainda, possuem poderes propositivos e a sua influncia tende a ser crescente no cenrio estudantil. Lembro que j nos anos 70 os Conselhos de Lderes de Turma, hoje Representantes, j constituam uma realidade poltica no seio secundarista. a democracia interna no centro acadmico a nossa maior ocupao reflexiva e propositiva, razo pela qual a estrutura tripartite de poder o centro de nossa proposta: Diretoria Executiva (poder executivo), Conselho Fiscal (poder judiciariforme) e CRT (poder tendencialmente legislativo). Com isso trazemos um pouco da tcnica inaugurada por Montesquieu para dentro do seio estudantil, garantindo freios e contrapesos de maior estabilidade poltica para a instituio. Diante deste modo democrtico de encarar o espao poltico estudantil, estatutariamente posto, no h necessidade de plasmara a proporcionalidade de rateio dos cargos da diretoria executiva, eis que este no o nico rgo dirigente interno, mas apenas um deles, ainda que seja o mais preponderante. Por outro lado, a instituio das Diretorias Especiais, dentro da Diretoria Geral, com oito (8) diretorias estatutrias, e com abertura para criao de novas, conforme as necessidades do tempo e da concepo poltica da poca, munida de um Diretor Especial e um substituto, amplia, de plano, para dezesseis novos espaos polticos no Centro Acadmico, podendo a Diretoria Executiva negociar tais espaos durante os pleitos eleitorais, para formar coalises que fortaleam posies rumo a uma vitria mais certeira. Somandose a tudo, temos, portanto 9+6+16=31 espaos polticos certos e disponveis. Claro que no h necessidade de preencher os 16 cargos de diretores especiais ps-eleio, porm, a possibilidade jurdica est posta e incumbe Diretoria Executiva preenche-los conforme as suas necessidades e possibilidades. O que importa que a proposta estatutria prev espao para muitos e, portanto, meios de manobra poltica ampla para todos os concorrentes. As chapas minoritrias podero ser incorporadas facilmente com

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nomeaes para os diversos cargos existentes e que esto postos como sendo de livre nomeao e dispensa pela Diretoria Executiva. Pensamos que este modelo estrutural mais avanado do que os centralizadores e autoritrios que ainda desfilam nos cenrios estatutrios universitrios do presente. H que se dizer por derradeiro - que os associados fundadores do CACE/UFMG entram para a Histria com a incluso de seus nomes na NOMINATA HISTRICA, posta como clusula ptrea estatutria. Nada mais justo que os atuais fundadores possam deixar para seus filhos, netos e bisnetos o legado de seus nomes como vanguarda dos cursos de Cincias do Estado no Brasil e no mundo, pois o nico lugar onde uma graduao deste tipo existe na Faculdade de Direito da UFMG. A conscincia desta singularidade histrica inicial nos possibilitou aproveitar o ensejo para eternizarmos os nomes de seus fundadores, como singela retribuio que ns fazemos a ns mesmos, pois, se no o fizermos agora, ningum far por ns no futuro; ainda que isso seja possvel, improvvel que os prsteros lembrem de todos os nomes, um a um, dos construtores iniciais da Cincia do Estado e da poltica estudantil do curso de Cincias do Estado da UFMG. Somos pais da idia e da prtica concreta atual e temos o direito de erigir os nossos prprios monumentos para que no futuro se lembrem de ns e honrem os nossos esforos atuais. Algumas palavras fazem-se importantes sobre a estrutura textual que o leitor ter pela frente na presente Exposio de Motivos. A estrutura do texto estatutrio segue o formato normativo posto pela Lei Complementar Federal 95, de 26/02/1998, que determina o modo como as leis devem ser redigidas no Brasil. Apresenta diviso em seis (6) partes, cada parte dividida em ttulos; estes em captulos; estes em sees; estes em subsees. As divises foram intituladas e enumeradas, a saber: Parte I Denominao e Bandeiras; Parte II - Organizao Poltica; Parte III - Da Administrao do CACE/UFMG; Parte IV - Da Reforma dos Estatutos; Parte V - Da Nominata Histrica da Cincia do Estado da UFMG; Parte VI - Das Disposies Finais e Transitrias. Sessenta e dois (62) artigos expresso os dispositivos legais regentes de toda a matria prevista estatutariamente.

4 Desenvolvimento

4.1 Sobre a Parte I Denominao e Bandeiras

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4.1.1 - Estrutura. Esta parte est dividida em dois Captulos; o primeiro trata das Disposies Iniciais e, o segundo, das Disposies Gerais. No Captulo I se encontram duas sees, que tratam da Denominao e natureza do CACE e da Durao e Sede, respectivamente. O Captulo II apresentado em trs sees. A Seo I trata dos objetivos, a Seo II, dos princpios e a Seo III, das bandeiras estudantis. 4.1.2 Normatividade. 4.1.2.1. Art. 1 - NOME COMPLETO DO CACE. Afirma como nome do Centro Acadmico CACE/UFMG CENTRO ACADMICO CINCIA DO ESTADO, neste modo de grafia. Poderia ser a penas Centro Acadmico Cincia do Estado ou Centro Acadmico Cincia do Estado, ou CACE Centro Acadmico Cincia do Estado ou, ainda Centro Acadmico Cincia do Estado da UFMG. Colocou-se daquele modo para enfatizar a sigla do CA e a sigla da Universidade de origem, seguido do nome designativo.. A importncia da grafia se deve ao fato de que o formalismo do Direito exige um modo fixo, determinado, preciso, que no poder ser mudado posteriormente, a menos que se mude o Estatuto. Portanto, o nome ser: CACE/UFMG CENTRO ACADMICO CINCIAS DO ESTADO. Afirma o dispositivo que se trata de entidade autnoma mxima de representao estudantil de todos os alunos matriculados no curso de Cincias do Estado da UFMG, abrangendo alunos tanto de graduao quanto de psgraduao. importante frisar que dentre os de ps, atinge os de lato sensu, aprimoramento e especializao, bem como os de stricto sensu, mestrado, doutorado e ps-doutorado. Pensa-se para o futuro, quando houver tais cursos na UFMG. Colocou-se o nome do Estado Federativo e o nome constitucional do Brasil pensando na divulgao mundial pela rede 3w, uma vez que o endereo fsico preciso de importncia vital para qualquer pesquisador. Com isso se diz que o Centro no est voltado s para o seu umbigo e alcance visual fsico, mas para um mundo vasto, globalizado e incomensurvel em suas possibilidades de contato e articulaes entre estudantes e profissionais de diversas partes do mundo. Como o Curso de Cincias do Estado da UFMG o primeiro curso de graduao no mundo deste tipo, o Centro Acadmico ora formado o primeiro a surgir no mundo para reger esta categoria especial de estudantes. Da a importncia dos detalhes postos. 4.1.2.2. Art. 2 - ONG FILANTRPICA E SEM FINS LUCRATIVOS. No tocante ao art. 2, trata da natureza jurdica do CACE, como pessoa de direito privado, regida pelas leis civis brasileiras, tendo cunho de associao com carter filantrpico (humanitrio) e SEM FINS LUCRATIVOS. Esta ltima parte muito importante, pois todas as entidades governamentais somente fazem

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parcerias para fins de execuo de polticas pblicas sociais com entidades privadas que no tenham fins lucrativos e que sejam filantrpicas. Maiores desenvolvimentos sobre isso ser feito na parte da Base Legal, com as explicitaes de praxe. Afirma o mesmo dispositivo, ainda, que o CACE se organiza como ONG, i.e., como organizao no-governamental, o que de fato o , pois ela no foi criada por ente governamental, caso em que seria uma OG e no uma ONG. Por fim, como no h uma lei federal expressa que regule o direito de organizao dos estudantes universitrios, mas h uma lei federal que regula o direito de organizao dos estudantes secundaristas, a LEI ALDO ARANTES, optou-se por invoc-la, por analogia, para embasar o direito de auto-regulao no seio universitrio, como de praxe tem sido aplicada pelos nossos tribunais no tocante ao direito subjetivo pblico de existncia dos Centros e Diretrios acadmicos nos seios das faculdades isoladas, centros universitrios e universidades. 4.1.2.3. Art. 3 - PRAZO DE DURAO. Aqui adentramos na Seo III, que trata da Durao e da Sede. O art. 3 afirma que o CACE uma instituio jurdica de representao social e poltica estudantil e sua durao por tempo indeterminado, i.e., sem prazo para terminar. 4.1.2.4. Art. 4 - DOMICLIO E SEDE. Este dispositivo informa que o domiclio do CACE no Municpio de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais e que o endereo de sua sede na Av. Joo Pinheiro, 100, Centro, nas dependncias da Faculdade de Direito da UFMG. No h necessidade de dizer qual o andar e qual a sala, pois o que importa para o endereo a localizao fsica no territrio (Rua e nmero); na verticalizao, a determinao despicienda. 4.1.2.5. Art. 5 - TIPOS DE OBJETIVOS. Neste ponto entramos no Captulo II que, como vimos, tem trs sees. O art. 5 inaugura a Seo I, dos objetivos e afirma que o CACE tem objetivos gerais e especficos, conforme posto naquela seo. Trata-se de um artigo de apresentao sistemtica da objetivao e serve para chamar a ateno para o fato de que as finalidades so muito importantes para a entidade. Como objetivos se tratam de questes idealizadas para serem objetivadas no futuro, o que nele no est previsto no poder ser desenvolvido pelo CACE, da o fato de que preciso ter cuidado em sua redao, de modo que no fique de fora o que possa ser julgado importante no futuro, em termos de estratgia institucional. 4.1.2.6. Art. 6 - OBJETIVOS GERAIS. Este artigo trata dos OBJETIVOS GERAIS do CACE, enumerados em oito (8) itens com redao clara. 4.1.2.6.1 DEFESA DA SOCIEDADE E DO SEU ESTADO. O inciso I afirma que objetivo geral do CACE afirmar e defender a sociedade brasileira e o Estado por ela institudo na Constituio como Estado Democrtico de

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Direito; afirma que este Estado marcadamente social e que independe das concepes governamentais transitrias de seus agentes polticos, sejam eles temporrios ou permanentes. Trata-se de uma tomada de posio importante e que adere ao marco histrico do novo Estado fundado com a nova Constituio de 1988. 4.1.2.6.2 DIREITOS FUNDAMENTAIS E DIREITOS HUMANOS. O inciso II coloca como objetivo geral do CACE a defesa dos direitos fundamentais postos na CF/88 e que abrange todos os direitos humanos consagrados na ordem internacional. uma dimenso universalizante dos objetivos do CACE. claro que uma mentalidade que esteja fora da cientificidade dos meios acadmicos no compreenderia isso como sendo importante para objetivos estudantis; felizmente se trata de uma entidade de universitrios que pesquisam o Estado e que, portanto, reconhecem este objetivo como um valor inafastvel. 4.1.2.6.3 LUTA PELO DESENVOLVIMENTO. O inciso III trata do desenvolvimento do Brasil, explicitando os tipos cultural, ecolgico, econmico, financeiro, social, poltico, jurdico, administrativo e histrico, reconhecendo que tais avanos devem ser feitos com independncia e soberania perante o cenrio internacional. No h uma ordem de prioridade na seqncia descritiva dos tipos de desenvolvimentos, pois no possvel colocar uma ordem determinada sem que se perceba que item posterior ou anterior exige certa concomitncia de relevo para que outro item possa ser realizado em termos de desenvolvimento. Outros tipos nominveis foram deixados de lado, pois impossvel tudo descrever em uma norma cuja finalidade apenas fixar uma diretriz de objetivos gerais que, por serem gerais mesmo que podem ser da extradas outras normas de objetivos mais detalhados. 4.1.2.6.4 ORDENAMENTO ESTATAL JUSTO. O item IV elenca como objetivo um dos pontos mais polmicos da atualidade: a questo da justia material. Por isso, objetivo do CACE lutar pela positivao (formalizao em leis em geral), pela execuo (colocar em prtica voluntariamente) e aplicao (colocar em prtica obrigatoriamente, sob pena de sano jurdica) de um ordenamento jurdico (o conjunto de normas jurdicas de um pas, desde a Constituio at as ordens verbais dadas por quem quer que seja a outrem, dentro ou fora da Administrao) materialmente mais justo, de modo que esta justia seja feita com incluso social, mediante polticas pblicas que envolvam muitos setores, pblicos e privados, e que contemplem com prioridade os minoritrios, os oprimidos e os socialmente excludos. O primado o da justia material e no o da justia formal; ainda que reconhea esta como importante, afirma que ela insuficiente sem a outra. Utilizou-se a expresso ordenamento estatal em lugar de ordenamento jurdico uma vez que se trata de um curso de Cincia do Estado e no de Cincia do Direito, i.e., mais amplo do que esta, reconhecendo que o Estado

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mais amplo do que o seu direito formalmente posto e que muitas das prticas estatais ficam fora das normatividade meramente formalizada. Mesmo que se possa pensar que tudo quanto o Estado possa fazer est dentro da Constituio e, portanto, dentro do Direito positivo, isso apenas pensado e no faticamente perquirido. Queremos enfatizar o Estado real, concreto; da um ordenamento estatal nos parecer mais amplo do que um ordenamento jurdico. 4.1.2.6.5 ERRADICAO DA POBREZA E DA MARGINALIZAO. O inciso V apresenta como objetivo geral do CACE a luta pela conscientizao permanente e crescente dos estudantes em geral e, em especial dos da Cincia do Estado e de Direito, sobre a necessidade de ampliao e de efetivao das conquistas sociais como instrumento de erradicao da misria e da marginalizao. Aponta para o princpio do no retrocesso das conquistas sociais. 4.1.2.6.6 GLOBALIZAO SOLIDRIA. No inciso VII, o CACE afirma que objetivo geral seu auxiliar na formao de um mundo globalizado em que as pessoas atuem mais politicamente como instrumento de humanizao e solidariedade entre os povos da terra. o princpio da solidariedade mundial na era de diversas globalizaes que vivenciamos na atualidade. A poltica a alternativa para todas as guerras, pois estas surgem somente quando aquelas falham; portanto, mais poltica, menos guerra e mais paz no mundo. 4.1.2.6.7 FORTALECIMENTOS DOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS. O item VII afirma que o CACE est atento para o MERCOSUL, para a o OEA e para a ONU, objetivando fortalecer tais organismos internacionais de mediao de demandas e conflitos entre as naes regionais, continentais e mundiais. 4.1.2.6.8 DEMOCRACIA PARTICIPATIVA. O ltimo objetivo geral do CACE, materializado no inciso VIII, trata da democracia participativa. Entende que a entidade deve insistir na democracia e na participao popular (de todos) no apenas como mtodo instrumental, mas tambm como princpio poltico de acesso igualitrio, legal e fraterno, para todos os cargos diretivos e para todos os processos decisrios internos e externos do Estado brasileiro. Isto implica em uma nova forma de gesto pblica, voltada para o social e para a diminuio das desigualdades sociais, mediante a participao efetiva e crescente de todos os implicados em qualquer processo poltico-social ou econmico, fornecedores e tomadores do servios pblicos de qualquer tipo, em todas as pontas do Estado, em todos os mbitos federativos. 4.1.2.7. Art. 7. OBJETIVOS ESPECFICOS DO CACE. Ditos os objetivos gerais, agora o Estatuto aponta para os especficos, aqueles mais imediatos, em um leque de seis (6).

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4.1.2.7.1 DEFESA DOS DIREITOS DOS ESTUDANTES DE CINCIA DO ESTADO DA UFMG. O primeiro objetivo especfico, posto no inciso I, afirma que incumbe ao CACE lutar pela defesa intransigente dos direitos individuais e coletivos dos estudantes de Cincia do Estado, tanto no plano interno quanto no plano externo, perante a UFMG e todos os rgos pblicos e privados, nacionais, estrangeiros e internacionais. Este objetivo a matriz de todos os demais e o mote principal da existncia primeira do CACE. 4.1.2.7.2 REPRESENTAO MXIMA. O inciso III afirma que objetivo do CACE agir como rgo de representao mxima do corpo discente, i.e., assumir-se como liderana poltica e jurdica, em nome de todos, para o bem de todos; isso implica em vetar qualquer atitude imobilista ou neutral diante da categoria estudantil; implica em atitude pr-ativa, que deve buscar os problemas para resolv-los, e no ficar esperando que os problemas cheguem at ele pela demanda individual; deve adiantar-se e assumir o processo histrico. 4.1.2.7.3 ARTICULAO DEMOCRTICA. O inciso IV afirma que o CACE tem o dever de articular-se democraticamente com todos os Centros e Diretrios Acadmicos dos demais cursos da UFMG, bem como de outras instituies de ensino superior, pblicas ou privadas. A finalidade unir foras para melhor lutar pelos interesses dos estudantes e pelas bandeiras polticas e sociais unificadas que conseguirem aprovar. Deve, tambm, do mesmo modo, democraticamente, articular-se com o DCE/UFMG e com a UNE, filiando-se a estes, de modo a somar fora em tais movimentos estudantis. 4.1.2.7.4 FORMAO DE NOVAS LIDERANAS. O inciso IV afirma que objetivo especfico do CACE fomentar a formao de novas lideranas estudantis e polticas, conscientes dos problemas nacionais, dentro de um ambiente de democracia, solidariedade, justia social e tica permanentes. Neste ponto o CACE se assume como artfice do desenvolvimento poltico local, regional e nacional, na medida em que pretende incentivar o surgimento de novas lideranas tanto no meio acadmico quanto no meio institucional de disputa pelos poderes pblicos do Estado. Quanto mais poltica se fizer, menos guerra e incompreenses teremos, pois toda politizao efetiva uma diplomacia em ao. 4.1.2.7.5 ASSOCIAO E SINDICATO DOS CIENTISTAS DO ESTADO E ESTADISTAS. O inciso V afirma que o CACE tem o dever de incentivar a criao e, uma vez criada, concorrer para o seu fortalecimento, de dois instrumentos fundamentais para a defesa poltica e jurdica da categoria profissional dos Cientistas do Estado (tambm chamados Estadlogos) e dos Estadistas (no sentido tcnico de Cientistas do Estado que dirigem politicamente o Estado com base naquela Cincia). Estes mecanismos so a Associao dos Cientistas do Estado e Estadistas do Brasil e o Sindicato dos

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Cientistas do Estado e Estadistas do Brasil, a serem criados no futuro, a partir do ingresso, das primeiras turmas formadas, no mercado. O CACE est pensando para o futuro e por isso no pode abrir mo do termo estadista como termo tcnico capaz de designar o Cientista do Estado especializado em dirigi-lo na prtica e no apenas em contempl-lo para fins descritivos. Sabe-se que home em dia o termo Estadista um termo que no tem natureza tcnica, mas um sentido moral ou ttulo de agraciamento aos grandes homens de Estado, que governaram muito bem no passado. O Estadista de que a Cincia do Estado trata no este, mas aquele que se prepara para dirigir o Estado cientificamente e que efetivamente o dirige da prtica. O Estadista , para ns, antes de tudo, na atualidade cientfica, o governante formado em Cincia do Estado. 4.1.2.7.6 REGULAMENTAO DA PROFISSO. O inciso VII afirma que objetivo especfico do CACE lutar pela regulamentao da profisso de Cientista do Estado ou Estadlogo, e de Estadista, distintamente, de modo que ambos possam atuar no mercado como profissionais liberais. Ainda que a Cincia do Estado no tenha at o presente momento aprofundado a distino entre Estadlogo e Estadista, fato que o CACE entende que estas duas expresses dizem respeito sua rea de pesquisa e de atuao, no podendo abrir mo dela no presente momento, sob pena de refugar instrumentos que podem ser mostrar preciosos e necessrios no futuro, tanto para a sua cincia quanto para as suas diretrizes de interveno prtica no Estado, vele dizer, como fruto de uma autntica Escola de Governo, singular de nvel superior. O CACE est ciente de que um Centro Acadmico que inaugura uma nova poca de pensamento do Estado no meio acadmico, sem vergonha de afirmar a certeza de que o seu curso e a sua organizao , efetivamente, a primeira no Brasil no estrangeiro, vale dizer, no mundo. O seu curso, no seu entendimento, tem a finalidade de formar Estadlogos, autnticos Cientistas do Estado, e Estadistas, autnticos Governantes do Estado, cuja arte se baseia em cincia prpria e especfica. A profisso, no seu imaginrio atual, deve ser regulada por uma lei federal, com fixao de piso salarial, por exemplo, no inferior a seis (6) salrios mnimos mensais, com carga horria diria no superior a quatro (4) horas, e com organizao da categoria mediante Conselhos Federal e Regionais. claro que hoje se trata de sonho; mas, amanh, tudo isso poder ser realidade. O CACE est se propondo a lutar para que este sonho se torne uma realidade em muito breve. Da ser uma finalidade especfica sua. 4.1.2.7.7 PROMOO DE VALORES UNIVERSAIS. O inciso VII se insere dentro da tica de abertura do CACE para, no futuro, vir a poder, se quiser, registrar-se como OSCIP Organizao da Sociedade Civil de Interesse Social, com base na lei federal 9.790/1999, inclusive, como bvio, para fins de firmar Termo de Parceria com a Unio Federal. Para tanto, precisa

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dispor de um dos objetivos postos no art. 3 da referida lei, como objetivos estatutrios. Ora, dentre todos os objetivos, gerais e especficos do CACE, como vimos acima, o que cai como uma mo na luva o previsto no inciso XI, do referido artigo, pois, com certeza, objetivo especfico a promoo da tica, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais. Este objetivo importante porque insere o CACE dentro de um contexto mais amplo de atuao efetiva na sociedade, deixando de ficar internalizado ou voltado para o prprio umbigo, como diz o jargo que atrita com as polticas meramente ensimesmadas. Esta abertura para a tica, paz, cidadania, humanidade e democracia fundante na concepo de mundo de qualquer Cientista do Estado ou de lideranas estudantis que emergem neste meio. 4.1.2.8 PRINCPIOS FUNDAMENTAIS. H muito se diz que a normatividade do mundo moderno, dada a sua complexidade, precisa expressar-se mais em termos de princpios do que de normas cabalmente explicitadas, de modo a deixar maior margem de adequao na hora da execuo e da aplicao, como critrio para possibilitar maior justia nos casos concretos. Assim, uma Constituio, como a brasileira, elenca, de primeira mo os seus princpios fundantes e, na inagurao de seus dispositivos sobre administrao pblica, de imediato, confere os princpios retores de todas as suas determinaes normativas. As Convenes Internacionais sobre Direitos Humanos expressam-se base de princpios, pois destes que decorrem as normas mais especificadoras do modo de regulao do comportamento humano frente ao outro, tanto no Estado quanto fora dele. No poderia, portanto, o CACE, em seu processo estatuinte, no poderia deixar de apresentar o seu elenco de princpios fundamentais. Por isso os arts. 8 e 9 apresentam os princpios fundamentais e os princpios bsicos do CACE, afirmando, no pargrafo nico deste ltimo artigo, que os princpios fundamentais e os bsicos no se esgotam no elenco que tais normas enumeram, mas se abrem para outros deles decorrentes ou que a ele se adicionem. Embora no comporte aqui uma discusso que contemple explicitao um a um dos vinte e dois (22) princpios, vamos explicit-los, abertamente, os sentidos dos mesmos. Dentre os princpios fundamentais (art. 8), postos nos incisos I a X, encontram-se a 1 representatividade, 2 a legitimidade (que difere da legalidade), 3 democracia (como princpio e mtodo), 4 a justia (tanto a formal quanto a material), 5 a cidadania material (pois a formal j dada pelas normas jurdicas positivas e a material implica em efetivao do meramente formalizado), 6 eticidade (pois a tica como cincia da moral tende a ser mais inclusiva e efetiva do que as morais positivas territorializadas), 7 a solidariedade (todos por um e um por todos, no sentido de afastar toda forma de excluso e de irresponsabilidade social), 8 humanizao (no sentido

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de tornar mais humano tudo quanto a tecnologia til pode resguardar como maquinicizao do homem), 9 cientificidade (mas sem cientificismo, pois a cincia instrumento para o homem viver melhor enquanto homem e em sociedade) e 10 transparncia (o Estado no pode ser opaco ao cidado, pois este o destinatrio de tudo quanto o Estado pode oferecer e o cidado o dono do Estado e no o oposto; cidado no sdito, mas titular da soberania do Estado, enquanto povo). 4.1.2.9 PRINCPIOS BSICOS. Dentre os princpios bsicos se encontra o elenco de doze (12), posto nos incisos I a XII, do art. 9. Afirma que o CACE tem por princpio: 1 - representar o corpo discente com autonomia e independncia, o que implica em que no podem a lideranas se submeterem a ditames da Universidade em sua poltica interna, contra o interesse dos representados (no pode peleguear, como diz a gria poltica; 2 deve pautar-se pela legitimidade dos rgos dirigentes, de modo que a Diretoria Executiva autntica dirigente do estudantado que representa e no pode abdicar desde direito e dever em todas as suas aes, sempre levando em conta o dirigente de que ele est investido em um papel de representante e que os seus pontos de vista pessoais no podem preponderar sobre os dos demais; deve levar em conta que muitos rgos so legais, porm j esto destitudos de legitimidade e no pode o dirigente levar em conta apenas a legalidade sem legitimidade, pois como se fosse um corpo sem alma, um Estado sem povo; 3 deve garantir instncias democrticas sempre aprimoradas, no sentido de que o dirigente no pode se acomodar no cargo e na funo, deixando de refletir e de ficar atento aos processos polticos em andamento na faculdade, na universidade, na cidade, no Estado, no pas e no mundo; 4 deve ser um instrumento de justia social perante a comunidade acadmica e extra-muros, no sentido de que o CACE no pode ficar internalizado em salas e muros, deixando o mundo vivo correr l fora sem a sua presena, i.e., no pode perder o cordo da histria; 5 deve lutar pela efetivao de normas jurdicas mais elevadas, no sentido de mais abrangentes e aprimoradas, mais inclusivas e mais dotadas de potencial de garantia da paz social e do bem comum, o que implica em influir nos processos de criao, execuo e aplicao das normas positivadas pelo Estado atravs de seus trs poderes polticos; 6 deve ser um instrumento de transformao tica da sociedade, o que implica em que o CACE se auto instrumentaliza como rgo efetivo da sociedade em busca de transformaes ticas que transcendam o meramente local e de interesses estritamente umbilicalistas. 7 deve agir solidariamente com todos os movimentos sociais brasileiros, sem deixar nada de fora, de modo que no pode ser indiferente s lutas sociais, polticas, trabalhistas, culturais e jurdicas que desfilam diante dos nossos olhos nas ruas e nas diferentes mdias de massa, de modo que possa o dirigente se deslocar at as lideranas e apresentar o seu apoio moral, se no

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puder fazer mais pelo movimento dos outros, de modo que possa conseguir apoio para o seu prprio, quando precisar se mobilizar em busca de efetivao de interesses contrapostos ou negados por diferentes instncias do Estado; 8 deve pautar-se pela humanizao permanente das relaes sociais, pois o ser humano o que importa, no final de todas as contas, uma vez que nada h para alm do prprio sujeito no mundo e por isso que ele se associa em grupos e busca fortalecer-se com o engrossamento de diferentes fileiras organizadas da sociedade; 9 deve defender o avano da cincia com esprito aberto s modificaes culturais do mundo, de modo que o dirigente afaste os seus preconceitos pessoais e deixe de taxar de estranho o que apenas diferente; deve fazer um esforo pessoal para compreender a importncia de tudo quanto acontece no mundo, interligando-o com tudo quanto possa ser semelhante e dessemelhante, com o fito de produzir conhecimentos mais gerais e efetivos; por isso a atitude cientfica do cientista do estado, atravs do CACE deve ser a de um cosmopolita maravilhado com as diferenas e com o que pode apreender e incorporar das inovaes que o mundo lhe oferece em todas as suas diversificadas partes; 10 deve defender os ideais principiolgicos bsicos conquistados pela modernidade a partir das Revolues Inglesa, Americana e Francesa, como a liberdade, a igualdade e a fraternidade ou humanidade, pois impossvel que haja liberdade sem igualdade e vice-versa, e sem os dois, equilibrados, no se alcana a fraternidade ou a paz social com justia efetiva; 11 deve garantir transparncia nos atos polticos e jurdicos de administrao, de modo que preste contas de tudo quanto faz, investe e gasta, mediante relatos verbais, escritos, relatrios, abrindo as portas do CACE para todos quantos estiverem interessados em saber como funciona, o que fazem seus integrantes, o que j fizeram de til, o que deixaram de fazer e porque os resultados deram assim e no de outro modo, enfim, garantindo um franco dilogo com os representados e com a comunidade em geral; 12 por fim, deve incorporar os princpios constitucionais da legalidade (pautar-se consoante determina ou possibilita a lei), impessoalidade (no o dirigente quem faz, mas o CACE como um todo atravs dele, instrumento que ), moralidade (deve se pautar pela tica nas relaes, com proporcionalidade nos suas aes e reaes), publicidade (deve tornar pblico tudo quanto faz), economicidade (deve evitar o desperdcio de tempo, atos, dinheiro, recursos materiais de todo tipo) e eficincia (os atos devem ser teis e servirem aos propsitos para que foram planejados e executados, sem desvio de finalidade). 4.1.2.10. BANDEIRAS ESTUDANTIS. A sesso III trata das Bandeiras Estudantis, no tocante a representao, conceito, direitos polticos de cidadania e defesa de interesses. 4.1.2.10.1 REPRESENTAO COLETIVA IMEDIATA. O artigo inaugural justamente aquele que confere poderes ao CACE para representar,

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individual e coletivamente, cada um, alguns, muitos ou todos os seus associados, em juzo ou fora dele, com base no inciso XXI, do art. 5 da CF/88, de modo que possa, inclusive, ingressar com mandado de segurana individual e mandado de segurana coletivo, alm de outros remdios constitucionais como o Habeas Data, Habeas Corpus, Mandado de Injuno, Ao Popular. somente a presena deste art. 10 o que d legalidade aos atos do CACE para agir em juzo, sem precisar de procurao de cada um de seus associados. A colocao dele dentro da seo que trata das Bandeiras justamente para demonstrar que tais poderes judiciais tm por finalidade defender interesses estritos dos estudantes de Cincia do Estado e nada mais para alm disso, sejam esses quais forem, nos limites amplos do presente Estatuto. 4.1.2.11. CONCEITO DE BANDEIRAS ESTUDANTIS. Entende o dispositivo do art. 11 que bandeiras estudantis so todas as TOMADAS DE POSIES, PRINCPIOS, INTERESSES E DESEJOS que o corpo discente organizado enquanto CACE prega e patrocina atravs de suas diversas gestes, com a finalidade de garantir direitos polticos de cidadania e estudantis. Tudo que o CACE prope uma bandeira de luta sua. este o sentido do dispositivo normativo. 4.1.2.12 DIREITOS POLTICOS DE CIDADANIA. O art. 12 afirma que todos os direitos polticos de cidadania devem ser defendidos pelo CACE em suas bandeiras de luta, no podendo deixar nada de fora, pois a luta pelo alargamento, melhoria e efetivao de direitos j formalizados pelo Direito o que falta para o Brasil se tornar um pas melhor para os brasileiros e para os cidados do mundo. com esta conscincia que o CACE se impe a cidadania dos direitos polticos como algo do qual no pode abrir mo em circunstncia alguma. 4.1.2.13 DIREITOS DE POLTICA ESTUDANTIL. Afirma o art. 13 que todos os direitos de poltica estudantil devem ser implementados pelas gestes do CACE, que no pode abrir mo em detrimento de interesses que no sejam os pautados pela centralizao dos interesses do corpo discente que representa; com isso quer o Estatuto afastar polticas pessoais de eventuais dirigentes que fazem acordos para se beneficiar pessoalmente em detrimento do coletivo. Afirma que legtima a atuao dos dirigentes at o limite da defesa do coletivo; para alm disso, j poltica desautorizada e, portanto, destituda de legitimidade.

4.2 Parte II - Organizao Poltica

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4.2.1. Estrutura. A Segunda Parte do Estatuto do CACE a mais longa dentre todas (art. 14 ao art. 42) e trata da Organizao Poltica. Est dividido em dois Ttulos: I - Dos rgos e II - Dos Associados e Das Eleies. O Ttulo I dividido em cinco (5) captulos: I Disposies Gerais, II Da Diretoria Executiva, III Da Diretoria Executiva, IV Do CRT, V Do Conselho Fiscal; e o Ttulo II dividido em trs captulos: I Disposies Gerais, II Dos Associados e III Do Processo Eleitoral. Os ttulos so divididos em sees explicitativas detalhamentos importantes. 4.2.2 Normatividade. 4.2.2.1 ORGOS INTERNOS E GRATUIDADE. O art. 14, caput, que inaugura o ttulo I e o Captulo I, afirma que todos os rgos internos do CACE e seu processo eleitoral so fixados naquele Ttulo. O pargrafo nico importante no lugar onde se encontra, pois ele diz que ningum pode ser remunerado, de nenhuma forma, no exerccio de cargo, funo ou atividade estatutariamente prevista, consagrando, assim, o princpio da gratuidade de todos os servios prestados pelos seus membros na organizao poltica do CACE, o que caracteriza, efetivamente, uma entidade filantrpica. 4.2.2.2 ESTURUTURA DE PODER DO CACE. O art. 15 elenca os quatro (4) rgos internos de poder do CACE, que composto de: Assemblia Geral, Diretoria Executiva, Conselho de Representantes de Turma e Conselho Fiscal. Estes rgos constituem clusula ptrea para todos os fins de reforma estatutria, afirma o pargrafo nico do mesmo artigo. Isto significa que toda reforma estatutria derivada posterior ter de manter esta estrutura tetravalente, no podendo extinguir, por exemplo, o CRT ou o Conselho Fiscal, ou seja, os mecanismos internos de democratizao poltica (CRT) e de moralizao administrativa (prestao de contas fiscalizadas), ou mesmo a AG, rgo mximo de democratizao da participao de todos os alunos do curso de Cincia do Estado. 4.2.2.3 ASSEMBLIA GERAL. Afirma o art. 16 que a Assemblia geral - AG - o rgo mximo do corpo de associados do CACE e no h poder superior a ela. H dois tipos de assemblia geral: a ordinria e a extraordinria (art. 17). A AGO (Art.18) devem ser convocadas com dez (10) dias de antecedncia, mediante Edital afixado na Sede do CACE e mediante passagem de convite em salas de aula, ou, ainda, mediante lista de assinatura de convocao. As AG podem ser convocadas por trs modos (art. 19). Primeiro, pelo Presidente, o que refora a instituio da presidncia; segundo, cumulativamente, por 2/3 da DE, do CRT e do CF, de modo que preciso 2/3 de cada um destes rgos para que uma AG possa ser convocada, o que

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indica a coletividade de rgos em acordo pelo chamamento; o terceiro modo por 50% dos associados, mediante lista de assinaturas identificando nome completo, nmero de matrcula na UFMG, nmero de identidade e assinatura conforme a identidade, de modo a garantir maior controle sobre a convocao. O quorum de instalao da AG , segundo o pargrafo nico do art. 19, de no mnimo de 3/5 (trs quintos) dos associados, em primeira chamada; 2/5 (dois quintos) em segunda chamada e 1/5 (um quinto) em terceira e ltima chamada, deliberando sempre por maioria simples dos presentes identificados e habilitados ao voto, se este estatuto no exigir quorum qualificado. Toda AG (art. 20) deve ser, em princpio, presidida pelo Presidente ou substituto estatutrio, pelos membros da Diretoria Executiva; em caso de ausncia ou impedimento de todos, por qualquer causa, por uma mesa diretora eleita na prpria assemblia, ad hoc (para o ato), pelo plenrio dos presentes. A Assemblia Geral Ordinria AGO regulada pelos arts. 21 a 23. Ela deve ocorrer na primeira quinzena de novembro de cada ano (art. 22), de modo que se possa, antes do final do ano, proceder tomada de contas da Diretoria cujo mandato finda, bem como eleger a nova diretoria e o novo conselho fiscal. A sua funo est a prevista no art. 22: 1 apresentao da prestao de contas da Diretoria Executiva, 2 apresentao do Relatrio do Conselho Fiscal, 3 Apresentao do Relatrio do CRT, 4 eleio e posse da DE e do CF, e 5 apresentao do Plano de Gesto da Diretoria Empossada. A idia que tudo seja feito em uma nica assemblia. O mecanismo funciona devido ao disposto no 1, que determina que a Assemblia Geral deve discutir e aprovar o Relatrio do Conselho Fiscal sobre a matria recebida na Assemblia anterior; pelo 2, o Novo Conselho Fiscal que deve receber, da Assemblia, a prestao de contas da DE que deixa o cargo e os Relatrios da mesma DE e do CRT, para anlise, julgamento e concluso, o que ser apresentado na Assemblia Geral Ordinria seguinte. Esse mecanismo simples e permite que o Conselho Fiscal disponha de tempo para analisar as contas da gesto anterior e apresentar as suas recomendaes na prxima assemblia. Com isso se permite que os gestores que deixam o cargo possam exercitar o contraditrio perante o Conselho Fiscal, com ampla defesa, antes de virem suas contas devassadas na Assemblia Geral, que dar a ltima palavra sobre aprovao ou refutamento. Os relatrios da Diretoria Geral, que abrange vrias diretorias especiais (equivalente a departamentos ou comisses), devem ser apresentados junto do relatrio da Diretoria Executiva que deixa o cargo ( 3). No tocante AGE Assemblia Geral Extraordinria, o art. 23 afirma que ela deve ser convocada para fins especficos e na forma do art. 19. Os detalhamentos eleitorais sero discutidos abaixo, ao seu tempo. 4.2.2.4 DIRETORIA EXECUTIVA.

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4.2.2.4.1 ESTRUTURA DIRETIVA DO CACE. que trata o Captulo III em suas sees. Nas Disposies Gerais, seo I, o art. 24, caput, inaugura a diviso afirmando que a Diretoria Executiva o rgo mximo de direo e representao do CACE. O mandato dos membros da Diretoria executiva de um (1) ano, podendo ser reeleitos, conforme dispe o 1, desde que seja para cargos distintos da Diretoria. Com isso se impede a eternizao no cargo. Assim, o Presidente pode se candidatar a Vice para o prximo pleito ou o secretrio para Presidente. O que no pode no pleito seguinte algum se candidatar para o mesmo cargo, pois a vedao estatutria clara. Com isso se fora um revezamento de cargos mesmo que em um mesmo grupo que ganhe o pleito sucessivas vezes. O 2 fixa os deveres e atribuies da Diretoria executiva. Abstraiu-se a palavra direitos para se enfatizar os deveres e encargos advindos das atribuies. H um elenco de onze (11) que merecem um rpido olhar. importante ressaltar que se trata da DIRETORIA EXECUTIVA como um todo, i.e., de todos os seus integrantes, no conjunto e de cada um deles. A atribuio aqui coletiva. So atribuies: 1 gerir a entidade; 2 cumprir e fazer cumprir o presente Estatuto e facilitar o seu acesso para que os associados tomem conhecimento de suas regras; 3 cumprir o seu Plano de Gesto, respeitar e encaminhar as decises das instncias do Centro Acadmico (no pode engavetar nada que venha do CRT, do CF, da AG ou dos associados); 4 planejar e viabilizar a vida econmica da entidade (deve procurar meios de aumentar os fundos do CACE); 5 deve convocar a AG na forma do estatuto, 6 a DE determina quem dirige a AG, na ordem prevista no Estatuto; 7 empenhar-se pela criao e pelo bom funcionamento das Diretorias Especiais, pois estas funcionam como espcies de Mini-Ministrios que ampliam a capacidade executiva da Diretoria; 8 convocar, no primeiro ms letivo do ano, a Diretoria Geral para a escolha de um ou mais responsveis pelas Diretorias Especiais, se j no o tiver feito antes; 9 designar qual dos membros deve substituir o presidente e o vice em seus impedimentos, ausncias ou vacncias; mesmo que o Estatuto resolva a questo, a DE que determina o cumprimento do Estatuto, designando, especificamente, quem o substituto legal para cada caso; 10 convocar eleies para a Diretoria Executiva e para o Conselho Fiscal, nos termos do Estatuto; 11 apresentar Relatrio de suas atividades e balano semestral ao trmino do mandato, independentemente da prestao de contas apresentadas perante a AGO; 12 nomear a Comisso Eleitoral mediante Portaria (art. 48, 2); 13 aprovar o Regulamento Eleitoral de cada pleito (art. 48, 1); 14 julgar recurso em processo disciplinar (art. 46, 3). O 3 do art. 24 afirma que vige o princpio do escalonamento hierrquico de substituio de cargos, na ordem posta pelos cargos no art.

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25, de modo que o imediatamente anterior substitui o imediatamente posterior, como substituto natural, para todos os efeitos legais, em caso de ausncia, impedimento ou vacncia. Assim, o primeiro vice substitui o presidente, o segundo vice substitui o primeiro vice; o primeiro secretrio substitui o segundo vice; o segundo secretrio substitui o primeiro secretrio; o primeiro tesoureiro substitui o segundo secretrio; o segundo tesoureiro substitui o primeiro tesoureiro; o Diretor Geral substitui o segundo tesoureiro; o Diretor Geral Adjunto substitui o Diretor Geral. O Primeiro Conselheiro Fiscal Titular substitui o Diretor Geral Adjunto; o segundo conselheiro, o primeiro; o terceiro, o segundo; o primeiro suplente, o terceiro tesoureiro; o segundo suplente, o primeiro suplente; o terceiro suplente, o primeiro suplente. Finda a cadeia aqui, neste ponto. O poder no se transfere ao CRT, que rgo parte, sem poder deliberativo. A DE (art. 25) composta por quatro (4) rgos ou funes: 1 Presidncia, 2 Secretaria Geral, 3 Tesouraria Geral e 4 Diretoria Geral. Cada funo tem dois ou mais cargos. H um total de nove (9) cargos na DE. Na funo Presidncia h trs cargos: 1 Presidente, 2 primeiro vice e 3 segundo vice; na funo Secretaria Geral tem dois cargos 4 primeiro secretrio e 5 segundo secretrio; na funo Tesouraria Geral h dois cargo: 6 primeiro tesoureiro e 7 segundo tesoureiro; na funo Diretoria Geral h