proposta pedagógica da educação infantil
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Proposta Pedagógica Educação Infantil
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Proposta Pedagógica Educação Infantil
Proposta Pedagógica Educação Infantil
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© EMEB PROFª MARIA BARBOSA MARTINS, 2012.
É Permitida a reprodução ou transmissão desta obra por qualquer meio, sem a prévia
Autorização do autor, desde que preservada a fonte.
Direitos reservados para a autora, protegidos pela Lei 9610/98.
A originalidade dos artigos e as opiniões emitidas são de inteira responsabilidade de sua autora.
José Wilson Tavares
Diretor
Eliane Winck
Coordenadora Pedagógica
Azuil Marcio Bastos
Presidente do CCDE
Sandra Regina Nunes
Secretária Escolar
Tatiane Pinheiro da Silva
Professora comunitária Programa Mais Educação
Adnilse de Souza Santos Siqueira
Articuladora
Pagina na Internet:
www.emebmariabarbosamartins.blogspot.com
Embm.
MARTINS, EMEB Maria Barbosa.
Proposta Pedagógica Educação Infantil
Distrito de Bonsucesso. Várzea Grande-MT, 2012.
1.Proposta Pedagógica. 2. Educação
Educação Infantil .
Proposta Pedagógica Educação Infantil
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Proposta Pedagógica Educação Infantil
Distrito de Bonsucesso – Várzea Grande - MT
2012
Proposta Pedagógica Educação Infantil
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“Avançar juntos, Irmãos e leigos, de maneira resoluta e
manifesta, aproximando-os mais das crianças e dos jovens mais
pobres e excluídos, mediante novos caminhos de educação, de
evangelização e de solidariedade”.
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Apresentação
Este documento tem como finalidade apresentar as proposta de trabalho
a ser desenvolvida na EMEB PROFª MARIA BARBOSA MARTINS, cujo trabalho
apóia-se na perspectiva de uma educação de qualidade, buscando, para atender
esse objetivo, ações voltadas para melhores condições de trabalho; uma prática
pedagógica em consonância com o contexto atual de modo a formar cidadãos
críticos e conscientes do seu papel social; como também, a integração da escola
com a comunidade, tendo em vista que a participação desta última torna-se
primordial no desenvolvimento do cidadão que almejamos. Para compor a Proposta
Pedagógica foi feito um novo levantamento do Histórico da Escola e Comunidade
onde pudemos conhecer nossa clientela e os profissionais envolvidos por meio do
Diagnóstico da Situação Presente. Traçamos objetivos e metas a serem alcançados
durante o ano letivo baseado nos Princípios Norteadores que regem a Educação
Pública.
Contempla-se no conteúdo desta, a Organização Curricular, bem como,
Projetos Especiais que poderão propiciar a contextualização e interdisciplinaridade
das habilidades e competências a serem trabalhadas. Definimos os valores
fundamentais em torno dos quais se constrói a escola os quais descrevem como
esta Unidade de Ensino pretende atingir sua missão. As estratégias foram traçadas
para englobar a maneira pela qual se pretende alcançar os objetivos. Em coerência
com os pressupostos citados acima, propomos instrumentos que possibilitem um
acompanhamento e controle que forneçam subsídios reais, concretos e adequados
à comunidade do trabalho aos níveis de manutenção e redimensionamento da
educação. A elaboração, aplicabilidade e o sucesso desta Proposta Pedagógica
contaram com o empenho coletivo dos membros desta Instituição. Mas é de
consciência dos que o produziram de que está aberto a todo e qualquer tipo de
sugestão e encaminhamentos, contemplando, assim, o que consideramos ser
essencial no processo educativo: o fazer e refazer das ações pedagógicas no “ritmo”
do movimento da história.
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Nossas reflexões pedagógicas têm como referencial, os escritos da
brasileira e literária Ruth rocha, assim transcrevemos um trecho do seu livro: A
Quando a Escola é de Vidro:
Eu ia à escola todos os dias de manhã e quando chegava, logo, logo, eu tinha que
me meter no vidro. É no vidro! Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro
não dependia do tamanho de cada um, não! O vidro dependia da classe em que a
gente estudava. Se você estava no primeiro ano, ganhava um vidro de um
tamanho. Se você fosse do segundo ano, seu vidro era um pouquinho maior. E
assim, os vidros iam crescendo à medida que você ia passando de ano. Se não
passasse de ano era um horror. Você tinha que usar o mesmo vidro do ano
passado. Coubesse ou não coubesse. Aliás, nunca ninguém se preocupou em
saber se a gente cabia nos vidros. E para falar a verdade, ninguém cabia direito.
Uns eram gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam
afundados no vidro, nem assim era confortável. A gente não escutava direito o que
os professores diziam, os professores não entendiam o que a gente falava, e a
gente nem podia respirar direito... A gente só podia respirar direito na hora do
recreio ou na aula de educação física. Mas aí a gente já estava desesperada de
tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros1.
A Metáfora do Vidro
O hábito de ficar dentro dos vidros acaba se tornando cômodo para
algumas crianças, elas se adaptam à forma do vidro e acabam se sentindo até
desconfortáveis fora dele. Quanto mais elas se moldam ao vidro menos trabalho dá
aos adultos. Outras, porém, sofrem porque são diferentes e esta diferença não é
levada em conta; elas não recebem nenhum tipo de ajuda e de estímulo. Mas será
que é isso que se quer do processo educacional? Todo mundo pensando iguale
fazendo tudo igual? O vidro filtra o que o professor fala e também o que fala o aluno.
A comunicação e,portanto as relações entre eles não são espontâneas.
Ouvir é diferente de escutar ativamente, é muito diferente! Em se tratando de
crianças e adolescentes, há que se fazer um esforço extra para entender
exatamente o que eles querem dizer! Mesmo assim, com todo nosso esforço e
atenção, quantas perguntas deixaram de ser formuladas e quantas outras deixaram 1 ROCHA, Ruth nasceu em São Paulo em 1931. Tem formação em sociologia e atuou na área de educação. É
escritora brasileira, especializada em livros infantis. Faz parte da Academia Paulista de Letras. É mais conhecida no ramo literário por ter escrito "Marcelo Marmelo Martelo", livro que vendeu mais de 1 milhão de cópias. Escreveu na Revista Cláudia, voltada para o público feminino. Escreveu também na revista Educação.
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de ser respondidas! As crianças que ficaram tempo demais dentro de vidros adoram
as aulas de educação física.
O corpo do aprendiz faz parte dele, é através do corpo que ele fala, que
expressa seus sentimentos e que ele aprende. Assim, há muitas maneiras de
aprender e todas elas devem ser colocadas à disposição do aprendiz. Um dia
teremos a revolução dos vidros, e a diferença, não mais a mesmice, será valorizada!
A Psicopedagogia lida essencialmente com a aceitação dessas diferenças, tentando
entendê-las. É através da busca de novos caminhos que ela pretende dar um novo
significado à aprendizagem.
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Introdução
A apresentação deste documento tem por finalidade, viabilizar uma
proposta de plano de trabalho a ser desenvolvida pela EMEB PROFª “MARIA
BARBOSA MARTINS“. Esta proposta deverá ser aperfeiçoada posteriormente por
meio da participação efetiva de todos os segmentos da escola. Entende-se também
que se deve considerar toda realidade e problemáticas enfrentadas pela
comunidade.
A Educação é Sistema isto é um conjunto e conseqüentemente é escola,
cabendo a esta, desenvolver um trabalho onde considere toda a legislação
pertinente, sem deixar de lado as opiniões e experiências de toda comunidade
escolar para a elaboração, execução e avaliação de um plano de trabalho, em busca
de uma Escola Pública de excelência no exercício pleno da cidadania, é o resultado
final é a promoção escolar, que resultou de vários fatores, normas, conceitos e
zelos de cada um que fez a sua parte dentro do Sistema o todo maior.
Compete também a todos os funcionários em educação, o resgate do
papel afetivo, social e cognitivo e também o resgate dos valores culturais, religiosos,
cívicos e sociais. Todas as indicações apresentadas neste Plano de Trabalho serão
discutidas, ampliadas e avaliadas por todos os segmentos da Escola, com o intuito
de estabelecer um ambiente de democracia plena. “Informação, educação e cultura
são alicerces de uma sociedade justa e desenvolvida, tanto no aspecto econômico,
científico e tecnológico quanto social e humanístico... E o ponto de partida deste
processo é o conhecimento...
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Justificativa
Foram iniciadas as atividades atendendo alunos da Educação infantil e do
Ensino Fundamental anos iniciais e Finais, numa visão em que a escola é um todo
e este todo é a soma de um grupo que monitora, colabora, faz e soma para
chegar ao resultado final, a oferta de uma educação de qualidade e que norteia o
cidadão ao pleno exercício da cidadania.
A Oferta e a disponibilização dos Serviços educacionais é a celebração
das funções sociais da escola, quando boa soma quando ruim e não
desenvolve o seu papel, fica parada no tempo e não celebra resultado algum.
A Unidade de Ensino tem na comunidade o cerne da diversidade de
costume, lemas, tradições e conceitos de vida coletiva, ela esta inserida neste
meio e precisa superar os obstáculos, para atende alunos de todo o seu entorno,
próximo e longínquo, e cada uma traz as suas experiências vivida no meio
onde fixou residência junto aos seus familiares e coletivos.
As disparidades geográficas da comunidade escolar a tendida,
apresentam uma situação social e econômica definida, nelas residem pessoas
menos favorecidas social e economicamente. Nossa comunidade discente
comporta uma grande porcentual de crianças e adolescentes, que vivem situações
adiversas as normas e exigências legais do processo educacional, os quais
geram conflitos, diantes das situações de desajustes familiares e
conseqüentemente, dificuldades de aprendizagem e problemas de disciplina,
refletem no coletivo da sala de aulas e no interior da unidade como um todo.
A situação presente mostra-se grave devido ao grande número de
ocorrências diárias de brigas na maioria das vezes geradas por situações ocorridas
fora da escola, falta de hábitos e disciplinas que deveriam ser formadas em casa,
no interior da família. Esta situação evidencia o pouco compromisso dos genitores
ou responsáveis coma formação de seus tutelados.
Os Fatores mais sentidos são os que têm afetado a unidade no seu
coletivo, em curto e médio prazo, como:
Baixa pontualidade;
Ausência de assessórios e materiais escolares básicos;
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Baixa freqüência as aulas e programas;
Ausência da família na escola;
Falta de co-responsabilidade na formação de seus filhos, diante da falta
de realização das atividades extraclasse e no contra turno;
Segundo Basil Bernstein2(1947), a aprendizagem e a ação social fazem-
se vital a orientação cognitiva e prática do homem, regulado, por um controle
simbólico adquirido nas instituições pedagógicas oficiais e locais, tais como na
escola e na família. Em síntese, a aprendizagem e o desempenho escolar para
Bernstein, dependem primeiramente da inter-relação entre mãe e filho, e
posteriormente, entre professor e aluno. Diante do exposto este plano de trabalho
visa possibilitar, a todos os alunos, incentivo á permanência na escola; o
aprendizado para a vida, privilegiando os valores humanos, cristãos e tecnológicos,
contribuindo na formação de pessoas conscientes e éticas, comprometidas com a
solidariedade e responsáveis em suas ações, capazes e criativos para enfrentar o
mundo do trabalho; elevar o nível de aprendizagem e compreensão para
desenvolver habilidades e dominar competências.
2 BEMSTEIN, Basil - nasceu em Londres, filho de uma família de imigrantes judeus. Em 1947 foi
estudar Ciências Sociais na London School of Economics, curso trocado depois pelo de Sociologia.
Sua teoria sobre os impedimentos sociais no aprendizado e sobre o papel que a comunicação
lingüística desempenha em uma sociedade estruturada em classes, sua obra teve grande influência
na reforma educacional de países como Chile e México
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O Cuidar e o Educar na Educação Infantil
“Educar significa, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir
para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação
interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de
aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.3”
No entanto, quando se propõe a trabalhar com crianças bem pequenas, precisamos entender suas necessidades e interesses e isto significa saber quem são conhecer um pouco de suas histórias e da sua família. Neste sentido, me percebo em constante estado de observação e vigilância, me policiando para que minhas ações de rotina não se tornem mecanizadas.
Há pouco tempo a escola era tida como espaço de educação e as rotinas eram planejadas a partir deste princípio. Hoje assumimos novas realidades com uma concepção voltada para o cuidar e o educar.
O cuidar estar ligado à garantia das necessidades físicas tais como alimentação, sono e higiene. Essa simples rotina diária deve ser realizada de forma que ajude no desenvolvimento do aluno auxiliando na construção de sua autonomia. Ao trocar ou alimentar uma criança você está também educando e estimulando hábitos e atitudes. Além disso, não podemos deixar de falar da ação conjunta dos outros educadores e membros da equipe escolar que trabalham de forma integrada para que isso aconteça como cozinheira, faxineira, auxiliares de sala e coordenação.
Para garantir um ótimo resultado com os alunos o professor da educação infantil, especialmente de crianças de 4 a 5 anos, não pode esquecer que Educar e Cuidar são duas ações que devem ser caminhadas juntas, com interferências, recuos e novas tentativas de acerto. Nessa fase o professor vai encontrar em seus caminhos diversos desafios que vão além do ensinar e cuidar. Cabe a ele ter um olhar especial com cada aluno, pois só assim conseguirá atender às necessidades e alcançar seu objetivo.
Trabalhar com crianças pequenas, não é tarefa fácil, deve-se ter como princípio, conhecer seus interesses e necessidades. Saber um pouco da historia de cada uma, conhecer a família, as características de sua faixa etária e a fase de desenvolvimento em que se encontra, sabendo verdadeiramente quem são. Assim
3 Referencia Curriculares da Educação Infantil Volume 01
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poderemos compreender quais são as reais possibilidades dessas crianças, lembrando que para elas a educação infantil é a porta inicial de entrada para uma vida social mais ampla, longe do ambiente familiar.
Antigamente, a escola de educação infantil tinha uma concepção assistencial, onde as crianças ali passavam o dia todo para que seus pais pudessem trabalhar. Nesse período os papeis eram bem claros: um cuidava e o outro educava. As monitoras passavam o dia olhando as crianças brincarem e era o professor quem cuidava da parte pedagógica ou seja com o desenvolvimento intelectual planejado. Tal visão deve ser superada porque revela preconceito e sem fundamentação diante da realidade em que se encontra, é preciso garantir espaço para que a criança possa ter seus direitos respeitados.
Cuidar e educar são propor uma ação pedagógica consciente, fixando uma visão integrada do desenvolvimento da criança com base em concepções que respeitem a diversidade, o momento e a realidade peculiares á infância.
Saber que a criança é um ser completo, tendo sua interação social e construção como ser humano permanente estabelecido em tempo integral. Cuidar e educar significa compreender que o espaço/tempo em que a criança vive exige seu esforço particular e a mediação dos adultos como forma que estimulem a curiosidade com consciência e responsabilidade. Cuidar e educar, de acordo com as novas diretrizes, deve caminhar junto.Ação conjunta dos educadores e demais membros da instituição é essencial para garantir que o cuidar e o educar aconteçam de forma integrada.
Torna-se necessária um comprometimento de todos para o bem estar do educando.
As instituições de educação infantil nasceram na França, no século XVIII, em resposta à situação de pobreza, abandono e maus-tratos de crianças pequenas, cujos pais trabalhavam em fábricas, fundições e minas, criadas pela revolução industrial. Todavia, os objetivos e formas de tratar as crianças dos extratos sociais mais pobres da sociedade não eram consensuais.
As instituições infantis durante muito tempo, incluindo as brasileiras, organizavam seu espaço e sua rotina diária em função de idéia de assistência, de cuidados e higiene da criança. A década de 1980 passou por um momento de ampliação do debate a respeito dessas funções.
A partir desse período, as instituições passaram a ser respeitadas e reivindicadas como lugar de educação e cuidados coletivos das crianças de 0 a 6 anos.
Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão além dos aspectos legais. Envolve principalmente, assumir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância.
Para cuidar é preciso um comprometimento com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas
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capacidades. Isso inclui o que a criança sente, pensa o que ela sabe sobre si e o mundo, visando a ampliação desse desenvolvimento e de suas habilidades, que, aos poucos, tornarão mais independentes e mais autônomas.
Para educar, faz-se necessário que o educador crie situações significativas de aprendizagem, se quiser alcançar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e socioafetivas, e que fundamental que a formação da criança seja vista como um ato inacabado, sempre sujeito a novas inserções, e novos recuos, a novas tentativas.
Nesssa perspectiva, os debates estão indicando a necessidade de uma formação mais abrangente e unificadoras para educadores infantis e de uma reestruturação dos quadros de carreira que levem em consideração os conhecimentos já acumulados no exercício profissional bem, como possibilite a atuação profissional.
A formação de docentes para atuar na educação infantil básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidade e institutos superiores de educação admitida, como formação mínima para o magistério na educação infantil e nas quatros primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. (LDB (Lei de Diretrizes e Bases), dispõe no título VI, art.62).
A formação do educador deve estar baseada na concepção de educação infantil. Deve buscar a superação da dicotomia educação/assistência, levando em conta o duplo objetivo da educação infantil de cuidar e educar.
O agir pedagógico deve entender ás reais necessidades das crianças, deve ser criativo, flexível, atendendo à individualidade e ao coletivo.
A parceria com a família e os demais profissionais que se relacionam de forma direta e indireta com a criança é que vai ser diferencial na formação desse educando. A vida na instituição deve funcionar com base na tríade pais-educadores-criança.
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Objetivos
Geral
Instruir para que o aluno viva a maturidade de acordo com sua idade,
expressada na coerência entre o que é, o que crê e o que faz, formando uma
consciência reta e plena liberdade de ser e existir em um universo do seu mundo
imaginário, onde possa os princípios básicos da apropriação de novos
conhecimentos a partir de suas habilidades intelectuais e experiências vividas no
meio social onde esta inserido: Família, Comunidade e escola.
Objetivos Específicos
1. Desenvolver iniciativa com autonomia, para que demonstre disposição para
aprender, reconhecer suas capacidades nos distintos âmbitos de participação,
podendo expressar seus sentimentos e aprendam a regular suas emoções. Isto
os conduzirá a aprender a interpretar e a expressar
2. Ser capaz de assumir funções distintas e trabalhar em colaboração com os
demais e estar atento às necessidades dos demais e apoiar a quem os
necessitar, resolver conflitos através do diálogo, reconhecer e respeitar as
regras de convivência na escola e fora dela. O que os levará a manifestar, em
sua relação com os demais, os valores fundamentais para a convivência: apreço
da dignidade humana, igualdade dos direitos entre pessoas, reconhecimento e
apreço da diversidade cultural e ética; justiça, respeito, ajuda mútua e
generosidade.
3. Conhecer, compreender os conceitos: escutando, memorizando, reconstruindo-
os e recriando-os em seu imaginário, e comecem a desenvolver sua capacidade
de reflexão e criatividade.
4. Melhorar e enriquecer a expressão e compreensão de mensagens orais dos
idiomas e ampliar o vocabulário para satisfazer necessidades pessoais e sociais.
5. Compreender as principais funções da linguagem escrita e conhecer as
características de diversos tipos de texto através de sua participação em atos de
leitura e escrita em dois idiomas (nativo e segundo língua).
6. Aprender noções matemáticas a partir de situações que demandem o uso de
conhecimentos e suas capacidades para estabelecer relações de
correspondência, quantidade e construção entre objetos; para contar e estimar,
para reconhecer atributos, medir magnitudes, para somar e subtrair.
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7. Desenvolver habilidades para observar fenômenos naturais, perguntar, predizer,
comparar, experimentar, registrar, buscar informação e elaborar explicações
sobre processos de transformação do mundo natural e social e adquiram
atitudes favoráveis para o cuidado e preservação do meio ambiente.
8. Melhorar suas habilidades de coordenação, controle, manipulação e movimento
em atividades de jogo livre, organizado e de exercício físico que lhes permita
adquirir consciência de suas conquistas e de sua capacidade para enfrentar e
superar desafios, permitindo-lhes a construção equilibrada do esquema corporal,
conhecendo suas capacidades físicas. Ponham em prática medidas de saúde
individual e coletiva para preservar e promover uma vida saudável, assim como
para prevenir riscos.
A Criança
A criança é nossa prioridade, a LDB (1996) e, sobretudo o Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil RCNI, MEC, (1999), diz com prioridade
que “as crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres
que pensam o mundo de um jeito muito próprio. No processo de construção do
conhecimento, estabelecem relações com as outras pessoas e com o meio em que
vivem, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação.”
A Educação Infantil constitui, hoje, um segmento importante do sistema
educacional do país, reconhecida como a primeira etapa da educação básica. Diante
dessa realidade, é fundamental repensar o fazer na Educação Infantil, buscando
nesse contexto uma aprendizagem mais significativa, construída a partir dos
conhecimentos prévios da criança, respeitando as suas fases maturacionais, como
um ser que se relaciona consigo, com os outros e com a natureza. Sendo assim, é
mister que nesse momento seja o melhor possível, pois terá repercussões no futuro.
A Educação Infantil da EMEB MARIA BARBOSA MARTINS tem como meta,
contemplar a criança em sua totalidade, favorecendo a construção do seu
conhecimento, respeitando às suas diferenças e às suas particularidades, cumprindo
assim, duas funções indissociáveis a esta etapa: a do cuidar e do educar,
propiciando assim o desenvolvimento da criança seus aspectos, físico, psicológico,
cognitivo, cultural e social.
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A primeira experiência da criança na escola expandirá a curiosidade,
estimulará o desejo pela aprendizagem e ela sentir-se-á segura ao se separar de
seus pais, portanto é imprescindível que dediquemos total interesse para atender às
suas expectativas escolares.
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Filosofia da Escola
“Propiciar ao Educando a formação necessária para seu
desenvolvimento com espírito crítico e transformador, assegurando seus direitos e o
cumprimento de suas obrigações como cidadão consciente”. Inserindo no contexto
escolar as propostas do PDE – Plano de Desenvolvimento Escolar, como:
Nossos Valores “Valorizar nosso alunado oferecendo qualidade nos serviços educacionais...”
Nossa Visão de Futuro “Buscar ser uma escola que prime pela excelência de seus serviços, na cooperação entre os
segmentos da comunidade e poder público...”
Nossa Missão “Preparar cidadãos que sejam comprometidos com as transformações sociais, críticos e capazes trilhar novos valores ÉTICOS...”
Nossos Objetivos Estratégicos
1. Aprimorar a Qualidade de Ensino – Aprendizagem; 2. Fortalecer o Trabalho da Gestão Escolar.
Objetivo Geral
Propiciar aos educandos o contato com outras realidades, visando a ampliação dos
conhecimentos gerais e específicos de cada área, integrando o aluno às
comunidades afins para que se desenvolva sua visão crítica e ele adquira
capacidade de julgamento e emita opinião própria acerca do que ele vivenciou.
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Objetivos Específicos
1- Estimular e promover atividades culturais e sociais extraclasse envolvendo outras
comunidades.
2- Estimular as práticas corporais e esportivas.
3- Qualificar os profissionais da educação.
4- Propiciar momentos de reflexão aprimorando senso crítico.
5- Melhoria do espaço físico da escola.
Metas
1- Envolvimento das comunidades em atividades educacionais e sociais realizadas pela
escola;
2- Envolver os alunos nas atividades esportivas sociais realizadas pela escola e
também por outros Órgãos Públicos e Privados;
3- Proporcionar palestras, seminários, oficinas, treinamentos, pesquisas, jogos e
intercâmbios culturais a comunidade escolar;
4- Promover cursos de capacitação para os profissionais da educação;
5- Consolidar a posição de referencia a comunidade escolar interna e externa.
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Trabalhando os Projetos
Nossa proposta pedagógica compreende que a criança é sujeito de sua
aprendizagem, que na sua relação com o outro, é capaz de mudar o mundo. A
concepção em que nos apoiamos é o construtivismo, no qual a ação pedagógica é
dinamizada constantemente pelas relações que se estabelecem na sala de aula e no
escolar, pelo fazer cotidiano do professor.
Nessa perspectiva trabalhar com a Pedagogia de Projetos que está em
consonância com os nossos objetivos. Nosso trabalho parte de um olhar
diferenciado sobre a criança e sobre a nossa maneira de ensinar buscando incluí-la
ao máximo no processo.
Segundo Hernandez (1998), a organização do currículo deve ser feita por
projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As diferentes
fases e atividades que compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a
consciência sobre o próprio processo de aprendizagem (grifo nosso). Isto tem nos
possibilitado consolidar nossa proposta quando afirma a necessidade de sustentar
sempre uma nova prática inovadora de fazer educação ser um processo de estudo,
sem perder a contextualização na qual se insere o aluno e sua vida em um novo
mundo. Assim, nossa metodologia de projetos é amplia as possibilidades de
trabalhar com os conteúdos conceituais, procedimentais e Atitudinais, articulando as
diferentes áreas do conhecimento, além de proporcionar o desenvolvimento do
processo ensino aprendizagens.
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Eixos Norteadores
A Educação Infantil é um espaço de inventividade, onde a criança pode criar
e recriar. A música, proposta no referencial é considerada uma linguagem e forma
de conhecimento, presente no cotidiano das crianças, buscam garantir um excelente
meio para o desenvolvimento da expressão, da auto-estima e autoconhecimento,
além de poderoso instrumento de integração social.
O Ensino religioso pretende desenvolver a construção da identidade, a
dimensão da transcendência, fundamentado nas relações de segurança, da
proteção e do afeto. São Marcelino Champagnat, educador nato e excepcional
deixou-nos como legado o segredo de sua eficácia: o exemplo e a simplicidade com
que se relacionam as crianças e diz que: Para bem educar uma criança é preciso
antes de tudo amá-la. O trabalho com a psicomotricidade é o caminho pelo qual à
criança estabelece uma relação sadia com o corpo e a mente, organizando e
controlando o movimento, ela é capaz de construir melhor suas habilidades motoras.
Dentro das especificidades da Educação Infantil, nossa Proposta contempla os Eixos norteadores da prática pedagógica:
Concepção: Sujeito de direitos e um cidadão sócio-histórico-cultural. Proposta Pedagógica: com intencionalidade, gestão compartilhada,
envolvendo a família, escola e comunidade interna e de seu entorno. Ludicidade: O Trabalho docente, as alternativas na pratica do fazer
pedagógico e como fazer, que viabilize o processo de ensino aprendizagem.
Interações e Relações Sociais: O Processo de inserir a criança em um novo universo onde ele apropria de novos saberes e saberes que até então não é o seus: imaginado, fantasiado e cheio de cores de detalhes que só sua infância e idade podem descrever, é tornar possível viver em um novo ambiente de interações, busca, curiosidade, no processo de ensino e no contexto coletivo do aprender e viver.
Conhecimento do mundo natural e social: Ser Mediador do processo de contato, tomar gosto, investigar, perguntar, ter curiosidade a partir da múltiplas ações que o processo no seu tempo e pratica possa envolve-la com a natureza; interagir com plantas, animais, materiais; ouvir histórias e estórias; movimentar-se em diferentes espaços naturais e culturais.
Múltiplas Linguagens: prática pedagógica que envolva "atividades de
aprendizagem significativas" que contemplem: música, desenho, pintura, teatro, movimento, escrita, oralidade, gestos, escultura, literatura, matemática, poesia, relações espaciais, tendo como foco principal a compreensão do mundo, expressar idéias, sentimentos, sensações, compartilhar suas
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produções como os demais, criar, produzir e transformar o mundo, aos outros e a si próprio.
Organização espaço/temporal: a construção dos espaços e a partir de um
vivencia de um novo ambiente o da escola, a crianças possa ter a noção de seu espaço, e que forma ele pode interagir em todas as suas partes, como estímulo par a novas experiências no ser e existir como cidadão em plena formação a partir de práticas gostosa do jeito de ser criança. A Educação infantil deve proporcionar este ambiente de aprendizado pedagógico a partir da realidade da criança, seu grau de desenvolvimento e sua s potencialidades.
Avaliação: A medir desempenhos diários e estar sempre em contato com
o novo a partir das alternativas que o aluno da Educação Infantil, busque par a solucionar a duvida que possa nascer do ato de recortar, desenhar, criar um ambiente de aprendizado. Nunca pensar no Carter promocional da avaliação. Sem duvida precisar ser diagnostica com vista à busca de alternativa par a facilitar a comunicação e o dialogo entre o educador e seus educando, sendo uma ferramenta de orientação da rotina da sala de aula.
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O Professor
O professor não é mero espectador do caminho que a criança vai
percorrendo, é o mediador do processo, que oportuniza desafios e conquistas das
crianças, considerando cada estágio do desenvolvimento infantil. Para consistência
e êxito do trabalho, reconhecemos a importância da leitura, da pesquisa e dos
estudos, tendo em vista às constantes transformações no campo educacional. O
professor, consciente de sua missão, desafia e problematiza situações de
aprendizagem, estimulando, transformando e promovendo o conhecimento.
“A melhor herança que o educador pode deixar a uma criança é permitir-lhe traçar
seu próprio caminho e percorrê-la por completo com seus próprios pés.4”
4 Isadora Duan
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Estrutura do Conteúdo na Educação Infantil
O Jogo Infantil
Os conteúdos arrolados por blocos no eixo do trabalho com o brincar,
devem ser considerados como atividades contextualizadas e integradas ao restante
daquelas realizadas na sala-de-aula. Pois, eles explicitam a lógica interna da
linguagem do brincar, discriminada em atividades possíveis a serem desenvolvidas
com as crianças.
As brincadeiras dependem, por um lado, da riqueza de recursos
individuais de cada criança e, por outro, da criação de condições, por parte dos
educadores, para que estas aconteçam de maneira favorável e com qualidade para
o desenvolvimento das capacidades simbólicas, afetivas e cognitivas das crianças.
Os conteúdos do brincar devem orientar as propostas de atividades para as
crianças, levando-se em conta:
a) A idade e o meio no qual vivem;
b) A diversificação de brinquedos e materiais no sentido de criar novas
hipóteses para as crianças resolverem;
c) Os interesses e capacidades demonstrados por elas em suas atividades
espontâneas;
d) Que a casinha é o conteúdo de brincar básico e vital a partir do qual as
crianças experimentam suas primeiras capacidades simbólicas, descobrindo
sentimentos e papéis a partir dos quais podem ampliar para outras situações
sociais tais como mercearia, o mercado, o supermercado, a loja, o banco, o
médico, o posto de saúde, o hospital, a igreja, o cabeleireiro, o barco, a nave
espacial, a carpintaria, a vaquejada, a colheita.
Formação Pessoal e Social
A formação da identidade e autonomia diz respeito ao conhecimento,
desenvolvimento e uso dos recursos pessoais para fazer frente às diferentes
situações da vida. A identidade é um conceito do qual faz parte à idéia de distinção,
de uma marca de diferença entre as pessoas, características físicas, modo de agir e
pensar, e história pessoal.
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A construção da identidade e da autonomia depende das interações
sócio-culturais e da vivência de experiências consideradas essenciais associadas à
construção de vínculos e expressão da sexualidade.
Conteúdos
1. Identificação de algumas características de sua família e do grupo imediato
ao qual pertence;
2. Reconhecimento de semelhanças e diferenças entre seu próprio corpo e o
dos demais;
3. Respeito às diferenças que caracterizam cada um;
4. Cuidado e higiene pessoal das várias partes do corpo;
5. Conhecimentos de regras de convívio social;
6. Identificação de situações de risco no seu ambiente mais próximo;
7. Procedimentos básicos de prevenção de acidentes e auto-cuidado;
8. Respeito a cultura de seu grupo de origem e a de outros grupos;
9. Confiança para solucionar alguns problemas do cotidiano;
10. Expressão, manifestação e controle progressivo de suas necessidades,
desejos e sentimentos em situações cotidianas;
11. Ações de cooperação, solidariedade e ajuda na relação com os outros;
12. Diferenças e semelhanças de necessidades de cuidados entre os seres
humanos e nas diversas fases da vida;
13. Valorização quanto ao cuidado com os materiais de uso pessoal e coletivo e o
meio ambiente.
Movimento
O movimento é uma dimensão muito importante do desenvolvimento da
cultura humana. O movimento faz parte da vida das crianças desde que nascem e
vão adquirindo cada vez mais um controle sobre o seu corpo e se apropriando das
possibilidades de interação com o mundo. Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e
movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na
qual estão inseridas. O trabalho com o movimento contempla a multiplicidade de
funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de
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aspectos específicos da motricidade. Por isso, desenvolvemos um fundamentado
programa de motricidade em todas as séries da educação infantil.
Conteúdos
Percepção do recorte corporal, favorecida por toques, massagens e pelo
uso do espelho no espaço de convivência e trabalho das crianças;
1. Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo e
de suas funções;
2. Conhecimento e identificação das características e qualidades do próprio
corpo e do corpo dos outros, e de suas semelhanças e diferenças;
3. Descoberta e progressiva afirmação da própria lateralidade, desenvolvida nas
diversas situações cotidianas e lúdicas.
4. Exploração, afirmação e valorização das possibilidades expressivas dos
gestos, mímicas faciais e do movimento global nas situações cotidianas e
lúdicas;
5. Valorização e ampliação das possibilidades estéticas do movimento, através
da dança;
6. Percepção de estruturas rítmicas, favorecendo a expressão dos ritmos
espontâneos do próprio corpo ou a adequação a informações sonoras dadas
(seqüências de sons musicais);
7. Progressiva coordenação e controle dos gestos, tanto nas atividades
cotidianas quanto nas lúdicas;
8. Coordenação e controle da motricidade gráfica e das habilidades motoras
finas;
9. Constituição de uma lateralidade homogênea e coerente, através da
experiência da atividade motora global;
10. Controle e adequação da motricidade em relação ao meio ambiente, aos
objetos e as pessoas.
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ARTES
As artes visuais expressam, comunicam e atribuem sentido às sensações,
sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas,
pontos, volume, espaço e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na
arquitetura, nos brinquedos, bordados, entalhes, etc.. O movimento e o equilíbrio, o
ritmo, a harmonia, o contraste, a continuidade, a proximidade e a semelhança são
atributos da criação artística. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos,
intuitivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e
comunicação social, conferem caráter significativo às Artes Visuais, que estão
presentes no cotidiano da vida infantil.
Conteúdos
Ao selecionar os conteúdos para a educação infantil, consideramos o
desenvolvimento específico da faixa etária a ser trabalhada, adequando a cada uma
delas os conteúdos relativos ao conhecimento da linguagem visual e ao
desenvolvimento da criança. Esses conteúdos foram organizados em três blocos;o
uso de diferentes habilidades motoras e cognitivas importantes para o conhecimento
de mundo e da linguagem artística; a expressão da imaginação criadora e das
relações de significação com o mundo ;a construção de conhecimentos dos
elementos da linguagem das artes visuais e ampliação do repertório das imagens.
Elementos da Linguagem das Artes
1. Observação das próprias produções das crianças;
2. Exploração gráfica dos elementos constituintes da linguagem das áreas
visuais: ponto, linha, forma, cor, volume e luz;
3. Percepção da relação figura / fundo;
4. Exploração dos elementos rítmicos das linguagens visual, propondo repetição
da imagem;
5. Observação das obras de arte;
6. Representação de imagens de artistas regionais, nacionais;
7. Representação gráfica de imagens do corpo humano, parado, em movimento,
dentro de cenários, etc.;
8. Observação de objetos em variadas posições;
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9. Organização de imagens na superfície plana, explorando todo o espaço do
suporte.
Natureza e Sociedade
Desde muito pequenas, pela interação no meio natural e social no qual
vivem, as crianças aprendem sobre o mundo fazendo perguntas e procurando
respostas às suas indagações e questões. Muitos são os temas pelos quais as
crianças se interessam. Nos primeiros anos de vida, o contato com o mundo permite
à criança construir conhecimentos práticos sobre o seu entorno. As crianças devem,
desde pequenas, serem instigadas a observar fenômenos, relatar acontecimentos,
formular hipóteses, prever resultados para experimentar, conhecer diferentes
contextos históricos e sociais, tentar localizá-los no espaço e no tempo.
Conteúdos
Os conteúdos serão selecionados em função dos seguintes critérios:
1. Relevância social e vínculo com as práticas sociais reais;
2. Grau de significância para a criança;
3. Possibilidades que oferecem de construção de uma visão de mundo integrada
e relacional;
4. Possibilidade de ampliação do repertório de vivências e do conhecimento a
respeito do meio físico e social.
Organização dos Grupos e suas Relações Sociais
Na escola a criança encontra possibilidade de ampliar as experiências
que traz de casa e de outros lugares, de estabelecer novas formas de relação e de
contato com uma grande diversidade de costumes, hábitos e expressões culturais,
cruzar histórias individuais e coletivas, compor um repertório de conhecimentos
comuns àquele grupo, etc. Para que o ambiente social de instituição e a vivência
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cotidiana das crianças se constituam em espaços de construção de novos
conhecimentos, é preciso possibilitar que as crianças vivenciem e percebam a real
idade social em sua complexidade e multiplicidade de formas. É preciso partir das
questões colocadas pelas crianças acerca do universo social, oferecendo-lhes novas
perspectivas, para que elas possam avançar na compreensão do conjunto de
relações que explicam o mundo social. Nessa perspectiva são conteúdos deste
bloco:
Conteúdos
1. Conhecimento dos modos de vida, costumes e tradições de diversos grupos
sociais do presente e do passado;
2. Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e
canções que digam respeito as tradições culturais de sua comunidade e de
outras;
3. Valorização do patrimônio cultural do seu meio e interesse por conhecer
diferentes formas de expressão cultural;
4. Identificação de algumas contribuições de diferentes culturas na sua própria
cultura, participação em atividades sociais que lhe sejam significativas;
5. Identificação de alguns dos diferentes papéis sociais existentes em seus
grupos de convívio, dentro e fora da instituição;
6. Valorização dos relatos orais como fonte de informação e pesquisa,
conhecimento de alguns sistemas de troca e do uso do dinheiro;
7. Respeito à valorização de atitudes de manutenção e preservação dos
espaços coletivos.
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Linguagem e Escrita
A educação infantil, ao promover experiências significativas de
aprendizagem da língua materna, constitui-se um dos espaços de ampliação das
capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado das
crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das
capacidades associadas às quatro competências lingüísticas básicas: falar, escutar,
ler e escrever. A alfabetização é um processo no qual as crianças precisam resolver
problemas de natureza lógica até chegarem a compreender de que forma a escrita
alfabética representa a linguagem, e assim poderem escrever e ler por si mesmas.
Iniciação às Práticas de Leitura
A leitura do educador é uma prática constante e pressupõe o trabalho
com a diversidade de objetivos, modalidades e textos que caracterizam as práticas
de leitura de fato. As situações propostas às crianças que dominam a leitura
convencional devem dar-lhes oportunidade para que, no contato com diversos
textos, possam ler de duas formas: obtendo informação do texto a partir de
indicadores presentes no contexto e, no caso de textos memorizados, pelo
estabelecimento de correspondência entre partes do falado e partes do escrito.
1. Escuta de textos lidos pelo educador: “ler” ouvindo;
2. Atribuição de sentido: coordenando texto e contexto, utilizando indicadores
para fazer antecipações e inferências em relação ao texto, em função da
imagem que o acompanha, do conhecimento do gênero, de algumas
propriedades do texto como extensão, espaços entre palavras, algumas letras
conhecidas, etc.;
3. Leitura pela criança de textos memorizados: parlendas, adivinhas, letras de
música, etc., ajustando o texto falado ao texto escrito;
4. Reconhecimento do próprio nome do conjunto dos nomes das crianças da
sala;
5. Manuseio e leitura de livros na sala e, quando possível, empréstimo de
materiais para leitura em casa (com supervisão do educador);
6. Uso da biblioteca: busca de informações e consulta a fontes de diferentes
tipos (jornais, revistas, enciclopédias, etc.), com ajuda;
7. Valorização da leitura como fonte de fruição estética e entretenimento;
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8. Interesse por “ler” ou ouvir a leitura especialmente de textos literários e
informativos e por compartilhar opiniões, idéias e preferências;
9. Cuidado no uso dos livros e demais materiais escritos.
Iniciação às Práticas de Escrita e de Produção de Textos
A criança pode aprender a escrever produzindo oralmente textos com
destino escrito, momento em que o educador é o escritor. A criança também
aprende ao arriscar-se fazendo como sabe, escrevendo de próprio punho, podendo
receber ajuda de quem já sabe escrever. Em ambos os casos é necessários ter
acesso à diversidade de textos escritos, testemunharem a utilização que se faz da
escrita em diferentes circunstâncias, considerando as condições nas quais é
produzida: para que, para quem, onde e como.
Esta concepção supõe uma prática continuada de produção de textos que
reproduza contextos cotidianos nos quais escrever tem sentido, buscando a maior
similaridade possível com as práticas de uso social:
1. Escrever para não esquecer alguma informação;
2. Escrever para enviar uma mensagem a um destinatário ausente;
3. Produção de textos escritos como processo coletivo, envolvendo: planejar,
definir para quem, pensar sobre a finalidade, considerar tipo de texto, elaborar
e re-elaborar se for o caso;
4. Prática de escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento de que cada
criança dispõe, no momento, sobre o sistema de escrita em português;
5. Respeito pela produção própria e alheia.
Linguagem Oral
É importante para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção
e de participação nas diversas práticas sociais. O trabalho com a linguagem se
constitui um dos eixos básicos na educação infantil, dada a sua importância para a
formação do sujeito, para a interação com as outras pessoas, orientação das ações
das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do
pensamento. Além da linguagem falada, a comunicação acontece por meio de
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gestos, de sinais e da linguagem corporal, que dão significado e apóiam a linguagem
oral.
Conteúdos
Linguagem: Língua Portuguesa
1. Participação em debates, fazendo e respondendo perguntas;
2. Elaboração e participação em entrevistas;
3. Exposição de temas através do uso de idéias próprias, justificativas e
argumentação;
4. Planejamento coletivo e oral das atividades;
5. Exposição oral com ajuda de suporte visual e/ou escrito e do adulto;
6. Relato de experiências vividas;
7. Narração de fatos em seqüência temporal e causal;
8. Reconto de textos literários conhecidos, buscando aproximação com as
características do texto-fonte e descrevendo personagens, cenários e objetos,
com a ajuda do adulto, quando necessário;
9. Conhecimento e reprodução oral de jogos verbais tais como: trava-línguas,
parlendas, adivinhas, quadrinhas, poemas, rimas e canções.
10. Reconhecimento das diferenças e semelhanças das funções da linguagem
oral e da escrita.
Matemática
Diversas ações intervêm na construção dos conhecimentos matemáticos como
recitar a seu modo a seqüência numérica, fazer comparações entre quantidades e
entre ações numéricas e localizar-se espacialmente. Essas ações ocorrem
fundamentalmente no convívio social e no contato das crianças com histórias,
músicas, jogos e brincadeiras. À medida que crescem, as crianças conquistam maior
autonomia e consegue levar adiante, por tempo maior, ações que tenham uma
finalidade, entre elas atividades e jogos.
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Conteúdos
Os critérios utilizados para: identificar as noções que as crianças possuem e
selecionar os conteúdos a fim de viabilizar as ações na sala de aula deve levar em
conta que:
a. Aprender matemática na educação infantil é um processo contínuo de
abstração em que a criança atribui significados estabelecem relações com
base em observações, experiências e ações que vem praticando, desde
cedo, sobre elementos do seu ambiente físico e sócio-cultural;
b. A construção de competências matemáticas pela criança ocorre
simultaneamente à leitura, escrita, linguagem oral, desenho, capacidades
motoras.
Para as crianças de três a seis anos, as atividades dessa natureza são executadas
envolvendo os seguintes conteúdos: Números e Sistema de Numeração, Medida e
Espaço e Forma.
- Utilização da contagem oral nas brincadeiras e situações que a criança
reconheça a sua necessidade;
- Designação de uma quantidade a partir da contagem oral;
- Utilização de formas de registros de quantidades escolhidas pela
criança;
- Designação de quantidade a partir da contagem;
- Domínio progressivo da sucessão ordenada de números, adquirindo
cada vez maior precisão na contagem;
- Comunicação de quantidade, utilizando registros orais e escritos;
- Comparação de quantidades de objetos de diferentes coleções;
- Posição de um objeto ou número numa série;
- Noção de sucessor e antecessor em uma sucessão de objetos ou numa
série numérica;
- Comparação de tamanhos de objetos, colocando-os lado a lado;
- Comparação da distância entre quantidades e tamanhos de objetos;
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- Medições através da utilização de instrumentos conhecidos pelas
crianças como régua, fita métrica, etc.;
- Experiências com a noção de medida de comprimento, através da
utilização de unidades não convencionais tais como palmo, palitos, dedos,
etc.;
- Experiências com noção de peso, através da utilização de uma balança
de dois pratos com unidades não convencionais (pedras, livros, etc.);
- Experiências com noção de capacidade de volume através da utilização
de unidades não convencionais como copos, colheres, garrafas, etc.;
- Marcação do tempo por meio de calendários;
- Exploração de noções de posição e do vocabulário pertinente;
- Descrição da posição de um objeto tendo como referência o próprio
corpo;
- Exploração de relações espaciais no objeto (relação entre partes,
construções, quebra-cabeças);
- Identificação de propriedades geométricas de objetos e figuras: formas,
tipos de contornos, tridimensionais de objetos com massa de modelar e
argila;
- Representações gráficas de objetos;
- Relações de posição de objetos no espaço, percebendo semelhanças e
diferenças entre eles;
- Descrição da posição de um objeto em relação ao outro;
- Descrição e representação de um ambiente através da identificação da
posição dos objetos em relação aos outros;
- Orientação espacial estabelecendo pontos de referência;
- Pontos de referência no espaço, situando-se ou deslocando-se neles;
- Descrição de pequenos percursos e trajetos observando pontos de
referência;
- Elaboração, interpretação e representação de mensagens com
informações sobre posição e deslocamentos.
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Avaliação
Buscando a excelência na qualidade da educação, objetivamos buscar a
cada etapa do trabalho um feedback dos métodos e ações, instituindo em conjunto
com todos os segmentos da Instituição Educacional mecanismos de avaliação
pautados em instrumentos eficazes. O universo da avaliação escolar é simbólico e
instituído pela cultura da mensuração, legitimado pela linguagem jurídica dos
regimentos escolares, que legalmente instituídos, funcionam como uma vasta rede e
envolvem totalmente a escola. (Lüdke; André, M. 1986) Avaliar exige, antes que se
defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para, em seguida,
escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à coleta dedados,
comparados e postos em cheque com o contexto e a forma em que foram
produzidos.
“A avaliação deve ser encarada como reorientação para uma aprendizagem
melhor e para a melhoria do sistema de ensino"(grifo nosso), resume Mere
Abramowicz, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Daí a importância
de pensar e planejar muito antes de propor um debate ou um trabalho em grupo. É
por isso que, no limite, você pode adotar, por sua conta, modelos próprios de
avaliar os estudantes, como explica Mere. “Felizmente, existem educadores que
conseguem colocar em prática suas propostas, às vezes até transgredindo uma
sistemática tradicional”. Em qualquer processo de avaliação da aprendizagem, há
um foco no individual e no coletivo.
Para Hadji (2001), a passagem de uma avaliação normativa para a
formativa, implica necessariamente uma modificação das práticas do professor em
compreender que o aluno é, não só o ponto de partida, mas também o de chegada.
Seu progresso só pode ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como
estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a
avaliação formativa.
Para Cipriano Carlos Luckesi, professor de pós-graduação em Educação da
Universidade Federal da Bahia, lembra que a boa avaliação envolve três passos:
Saber o nível atual de desempenho do aluno (etapa também conhecida como
diagnóstico);
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Comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo
educativo (qualificação);
Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar
atividades, seqüências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos
instrumentos avaliativos para cada etapa).
"Seja pontual ou contínua, a avaliação só faz sentido quando leva ao desenvolvimento do
educando"(grifo nosso), afirma Luckesi. Ou seja, só se deve avaliar aquilo que foi
ensinado. Não adianta exigir que um grupo não orientado sobre a apresentação de
seminários se saia bem nesse modelo. E é inviável exigir que a garotada realize uma
pesquisa (na biblioteca ou na internet) se você não mostrar como fazer. Da mesma forma,
ao escolher o circo como tema, é preciso encontrar formas eficazes de abordá-lo se não
houver trupes na cidade e as crianças nunca tiverem visto um espetáculo circense.
Segundo Libâneo, (1994, p.204) A avaliação institucional contribui
significativamente para que a Escola repense suas práticas administrativas,
técnicas, educativas e sociais, ao mesmo tempo em que reflete o seu papel na
sociedade como produtora e socializadora de um saber capaz de compreender e
transformar a realidade. Uma instituição que se proponha viver um processo de
Avaliação Institucional precisará planejar as etapas deste processo a fim de alcançar
sucesso, sendo estas: preparação; Elaboração do projeto; de organização do
processo; de condução do processo; resultados e informes; validação; plano de
ações e tomada de decisões em uma lógica permanente.
O pensador e educador Dr. Luiz Cagliari, em seu texto a avaliação e
Promoção, quando de sua contribuição no Jornal do Alfabetizador, Ano VIII - nº 46
PP 10-12. São Paulo - Agosto de 1997, assim se expressa em suas mais de 10
laudas de escrita, quanto a posição no que se refere a avaliação e Promoção
escolar
A escola não é um lugar onde se aprende apenas a lição da matéria. É um lugar
de formação, de educação para a vida, e isto implica mais que uma prova ou uma
nota, implica a formação de um caráter, de uma cultura, de um modo de se
comportar, enfim, de uma filosofia de vida.
Afinal, quando um aluno é reprovado isso significa um fracasso, e quando o aluno
aprende e progride, é uma vitória. Esses fracassos e vitórias pertencem, em
primeiro lugar, ao professor e ao aluno e, em seguida a todos os que estão ligados
à atividade escolar. A própria comunidade depende do bom desempenho dos
alunos e dos professores para poder manter uma cultura e a mão-de-obra
adequada para sua vida e desenvolvimento.
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A maneira tradicional de avaliar está ligada a promoção dos alunos. Toda nota que
eles ganham é computada para julgamento de promoção no final do ano. Uma
análise séria, profunda e honesta de como as notas funciona nas escolas revela
que o professor não leva em conta o progresso do aluno, quando atribui
determinada nota a ele, mas apenas o desempenho do aluno em tarefas cuja
avaliação de certo/errado o professor pode traduzir em notas.
A promoção é condição de o aluno poder ver coisas novas, participar de novas
atividades educacionais e, conseqüentemente, somar experiências novas à sua
vida. A repetição de ano, fazendo o aluno tentar de novo um mesmo caminho para
ver se apresenta melhores resultados nas suas tarefas de avaliação, é uma forma
de trilhar um novo caminho para se apreender na vida escolar, e na vida, de modo
geral. Praticamente, cada pessoa encontra-se num caminho diferente de
aprendizagem. Por isto, pré-fixar um único modo de aprender é um absurdo, como
é igualmente um absurdo esperar que todas as pessoas sejam iguais.
A educação chegou a esta aberração por culpa própria, por causa da ênfase
equivocada que dá à nota e à promoção escolar. Esta atitude escolar é sua marca
registrada, um dos estereótipos escolares mais típicos na nossa cultura: para tudo
que se quer avaliar ( concursos, competição, etc.) faz-se uma prova, um teste,
etc., à moda da escola, ou simplesmente se dá uma nota de zero a dez. Até para
os constituintes que elaboraram a nova Constituição do país (1988) foram
atribuídas notas, de acordo com o desempenho de cada um nas votações. Isto
prova, mais uma vez, que a sociedade pensa e age, em grande parte, em função
do que a escola ensina e de como faz isto.
A avaliação como processo metodológico na prática pedagógica do professor,
deve incidir sobre a aprendizagem que o aluno desenvolve sobre suas atitudes.
Aqui, a avaliação é uma análise do progresso que cada aluno desenvolve. Tudo o
que o aluno faz serve para o professor avaliar, adaptar seu ensino a situação real
da sala de aula e mostrar ao aluno qual é o passo seguinte que ele deverá dar
para progredir. Esta atitude deverá estar presente em todas as aulas de todas as
séries.
A educação constrói-se pela reflexão antes de tudo e pelos resultados em
segundo lugar. Por isto, a avaliação deve estar voltada, em primeiro lugar, para a
reflexão e, secundariamente, para o resultado. Escola é lugar de se aprender, e
aprender inclui errar. Errar faz parte do processo pedagógico e por isto o aluno
não pode ser punido por algo que faz parte de sua vida como aprendiz. Na vida,
os resultados assumirão um papel prioritário, mas não necessariamente na escola.
Infelizmente, temos uma escola exigente demais com relação aos resultados, o
que acaba tirando a reflexão e a substituindo por truques de memorização e
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subterfúgios para enganar o professor, com o único objetivo de obter um bom
resultado nas tarefas de avaliação, uma nota que faça o aluno passar de ano.
Obviamente, a escola não é o único lugar do mundo onde alguém pode estudar e
aprender. Mas, certamente, é um lugar muito especial. Se for para alguém
aprender em casa, o que qualquer um poderia fazer, em princípio, não haveria
mais necessidade de escola. Se o aluno quer a aprovação escolar, deve ser um
aluno presente na escola. A escola não é um lugar onde se aprende apenas a
lição da matéria. É um lugar de formação, de educação para a vida, e isto implica
mais do que uma prova ou uma nota, implica a formação de um caráter, de uma
cultura, de um modo de se comportar, enfim, de uma filosofia de vida.
Assim, nossa proposta é que sigamos e utilizemos conceitos
modernos d e Avaliação do discente, focando seu desempenho, no cotidiano da
escola, superando desafios como indisciplina, dificuldade educacionais, falta de
estrutura que dificulta as atividades, superação de desafios pela ausência de
pais e/ou responsáveis, mas que forme e promova com equidade o aluno, sem
rotulação, tratamento pejorativo que macula o estudante e submeta a sarjeta
da sala de aulas. A interação, aluno, sala de aulas docente e Gestores,
caminharam de lado a lado na soma de condições de promoção muito mais
que promover e taxar como um marca de “gado” no aluno com um NÚMERO...
A vivencia e a execução do processo de ensino e aprendizagem
caminharão na superação deste tradicionalismo, levando a avaliação a ser um
momento d e conquista d e valores e responsabilidade com a apropriação pessoal
de conhecimentos e que irei para a próxima etapa ou ano educacional com a
consciência de que eu posso e eu vou conquistar novos saberes e horizontes
do conhecimento acadêmico.
“A criança constrói a si própria, quer queiramos ou não, não há como obstar o seu desenvolvimento, pois o objetivo (inconsciente) dela é o seu próprio desenvolvimento”.
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Instrumentos de Avaliação na Educação Infantil
Segundo Malágon e Montes, para a avaliação de competências na Educação
Infantil, deve-se utilizar diversos instrumentos:
PROCEDIMENTOS INSTRUMENTOS
Registros anedóticos
Rubricas
Pautas de observação
Escalas de apreciação
2. De informe Entrevistas
Questionários
Escalas de apreciação
Escalas de atitudes
Apresentações orais
Informes descritivos
Diários de classe
Registros de atividades
3. Realizações Tarefas
Projetos ( individuais e grupais)
Experimentos
Jogos e simulações
Debates
4. Outros tipos Registros já existentes
Grupos de discussão
Análise de conteúdo
Mapas conceituais
Portfólios e pastas
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Educação Infantil
SÉRIE IDADES N° MÁXIMO
DE ALUNOS
PROFESSORES
INFANTIL IV
INFANTIL V
De quatro anos a
quatro anos e 11
meses. De cinco anos a
cinco anos e 11
meses.
24 alunos
1 professora regente
1 TDI
Parâmetros da Organização dos Grupos
A Educação Infantil está organizada em séries anuais sendo que os alunos serão
agrupados por idades, quatro e cinco anos numa mesma sala.
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