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Colégio Estadual Leonardo da Vinci – Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR Ensino Fundamental Dois Vizinhos/PR, outubro de 2010.

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Colégio Estadual Leonardo da Vinci – Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Ensino Fundamental

Dois Vizinhos/PR, outubro de 2010.

SUMÁRIO

Arte....................................................................................................................03

Ciências.............................................................................................................12

Educação Física................................................................................................20

Ensino Religioso................................................................................................25

Geografia...........................................................................................................28

História..............................................................................................................37

Língua Estrangeira Moderna – Inglês...............................................................44

Língua Portuguesa ...........................................................................................48

Matemática........................................................................................................57

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – ARTE

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Por que o conhecimento desta disciplina é importante como saber

escolar e como contribui para a formação/transformação do estudante?

A arte esteve presente junto com o homem desde o surgimento da terra.

O homem pré-histórico aprendeu a desenhar criar instrumentos e aperfeiçoá-los

constantemente tornando possível a compreensão do processo civilizatório pela

qual o ser humano vem passando ao longo de sua história.

O homem desenha objetos e coisas não apenas para servir no seu

cotidiano, mas também para expressar seus sentimentos diante da vida e no

momento histórico em que vive. Essas criações constituem as obras de arte.

O ensino da arte não dicotomiza a arte e a ciência, reconhece a

colaboração entre esses saberes integrando razão e emoção, objetividade e

subjetividade.

Pela arte, o ser humano se torna consciente da sua existência individual

e social e é levado a interpretar o mundo e a si mesmo, possibilitando-lhe uma

visão mais critica.

Ensinar arte não é transformar o aluno em artista, mas sim educar e

aguçar sua percepção, sensibilidade, curiosidade e imaginação, permitindo-lhe o

acesso ao mundo que já faz parte de seu cotidiano até então visto, mas não

percebido em toda a sua plenitude.

Segundo Ana Mae Barbosa, “arte não é enfeite. Arte é cognição, é

profissão, uma forma diferente da palavra para interpretar o mundo a realidade,

o imaginário e é conteúdo.

2. CONTEUDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

A disciplina de artes no Ensino Fundamental contempla as linguagens

das artes visuais, da dança, da musica e do teatro, cujos conteúdos

estruturantes estão articulados entre si, compreendem aspectos significativos do

objeto de estudos e possibilitam a organização dos conteúdos específicos.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de arte, para ensino

fundamental são:

- elementos básicos das linguagens artísticas;

- produções/manifestações artísticas;

- elementos contextualizadores.

a) Elementos básicos das linguagens artísticas

Este conteúdo estruturante está presente em todas as linguagens

artísticas; desdobra-se em conteúdo específicos, de modo que o artista/autor

organiza esses elementos num processo de busca da criação artística, gerando

signos que possibilitem a interpretação pelo expectador/fruidor.

O conhecimento dos elementos básicos das linguagens tomados pelo

professor como conteúdo de artes, permitirá ao aluno a leitura e a interpretação

das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o

estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e o seu dia-a-dia.

b) elementos básicos da linguagem das artes visuais

- Imagem: representação simbólica de idéia percebida de forma

sensorial.

- Forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço visual.

- Suporte: tamanho, espaço, materiais.

- Espacialidade: leitura de imagens bidimensionais e leitura de imagens

tridimensionais, compreendendo ponto, linha, figura fundo, semelhança,

contraste e simetria.

- Texturas: tátil e gráfica.

- Movimento: ritmo e equilíbrio.

- Luz: radiação magnética que provoca uma sensação visual.

- Sombra: intensidades.

- Decomposição da luz branca: espectro solar.

- Cor: pigmento.

- Percepção da cor, tons e matizes.

c) elementos básicos da linguagem da Dança

- Movimento: ação corporal articulada no tempo e no espaço.

- Espaço: espaço pessoal, níveis, planos, tensões, projeções,

progressões.

- Ações: saltar, deslocar, encolher, expandir, girar, inclinar, cair,

gesticular.

- Dinâmicas e ritmos: peso, espaço, tempo, fluência.

- Relacionamentos: relações de proximidade, afastamento,

superposição.

d) elementos básicos da linguagem da Música

- Som: energia em forma de vibrações chamadas ondas sonoras, que

chegam aos nossos ouvidos provocando sensações que nos permitem ouvir. A

variação dos sons se modifica em relação às suas propriedades. Com os

seguintes conteúdos:

- Distribuição dos sons de maneira sucessiva:

- melodia: seqüência de sons organizados.

- ritmo seqüência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos.

- Distribuição dos sons de maneira simultânea:

- harmonia: encadeamento de acordes.

- Qualidades do som:

- intensidade: dinâmica.

- duração: pulsação/ritmo.

- altura: grave/agudo.

- timbre: fonte sonora/instrumentação.

- Estruturas musicais:

- linguagem/forma musical: organização e articulação de elementos

constitutivos.

- densidade: quantidade de sons que se ouve simultaneamente.

e) elementos básicos da linguagem do Teatro

- Personagem: é o agente da ação, o ser fictício construído pelo

aluno/ator ou por que escreve o texto ou roteiro. A construção da personagem,

como processo individual e/ou em conjunto, pode contar com recursos físicos

inerentes ao aluno/ator, quais sejam:

- expressão corporal: manifestação da personagem a partir das

possibilidades motoras e emotivas;

- expressão gestual: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem pelo gesto, quais podem ser isolados ou simultâneos;

- expressão vocal: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem através da voz que pode ser falada, cantada ou imitada por outros

sons vocais;

- expressão facial: manifestação dos sentimentos e da intenção da

personagem por meio do semblante.

Para valorizar esses recursos físicos nas aulas de teatro, é preciso

contemplar tanto quanto possível o processo de construção da personagem.

Visto como matéria- prima viva do teatro, o aluno/ator traz a essência de

personagem que poderá complementar-se, se necessário, com recursos-

adereços, maquiagem, vestuário - que também auxiliam nesse processo de

construção.

- caracterização da personagem: apresenta-se como uma

materialização de ser criado. Composta de figurino, maquiagem e acessórios

que no conjunto da dramatização, são elementos visuais acena.

- Espaço cênico: representa a área de atuação onde acontece a ação

dramática, podendo ser composto por elementos do teatro de natureza visual e

sonora. O espaço cênico pode ser organizado com recursos tais como:

- cenografia: no palco, é o que figura o quadro ou moldura da ação, ou

seja, são elementos do teatro de natureza visual que, por meios pictóricos,

plásticos e arquitetônicos definem e comportam o espaço da cena;

- iluminação: cria a atmosfera da cena, ambienta, conduz e compõe o

sentido da ação;

- sonoplastia: é o elemento do teatro de natureza sonoro, ou seja, o

conjunto de acontecimentos responsáveis por criar a atmosfera sonora da cena.

Também ambienta, conduz e compõe o sentido da ação.

- Ação cênica: é a seqüência de fatos e acontecimentos cênicos,

produzida pelas ou para as personagens e podem estar assim organizada:

- enredo: são histórias já existentes, conhecidas ou criadas pelo

aluno/ator para serem encenadas. No enredo residem metáforas de relações

humanas que serão dramatizadas por meio de suas falas, gestos ou mímicas;

- roteiro: é a organização das ações em forma de cena que serão

dramatizadas;

- texto dramático: é uma obra da dramaturgia, criada para a encenação.

Produções/manifestações artísticas das Artes Visuais

- Imagens bidimensionais: desenho, pintura, gravura, fotografia,

propaganda visual.

- Imagens tridimensionais: esculturas, instalações, construções

arquitetônicas.

- Imagens virtuais: cinema, televisão, computação gráfica, vídeo-arte.

Produções/manifestações Artística da Dança

- Composições coreográficas: caracterizam-se pela escolha e

organização das seqüências e relacionamentos em um ritmo, acrescidos dos

cenários, figurino, iluminação e som.

- Improvisações coreográficas: são movimentos organizados como

exploração espontânea das possibilidades de movimento corporal em um ritmo.

Produções/manifestações artísticas da Música

- Composições musicais: é a organização e articulação de elementos

tais como: melodia, harmonia, ritmo, arranjo vocal e instrumental.

- Improvisações Musicais: é a execução de livre criação feita por meio

de voz e/ou instrumento em um trecho musical.

- Interpretações musicais: é a execução de uma composição musical de

acordo com a concepção do intérprete, por meio da voz e/ou instrumento

musical.

Produções/manifestações artística do teatro

- Representação teatral direta e indireta: a encenação direta se

caracteriza pela ação teatral de atores/personagens; a indireta se caracteriza por

formas animadas, ou seja, bonecos ou objetos que representam personagens.

Em seu conjunto, essas representações teatrais compreendem os elementos

básicos da linguagem teatral.

- Improvisação cênica: é a construção de uma cena a partir do

personagem que tem sua resolução no decorrer da ação.

- Dramatização: resulta da organização de um tema ou situações

previamente definidas para a representação teatral.

Elementos contextualizadores

Os elementos contextualizadores ampliam e aprofundam a apreensão

de um objeto de estudo em Arte. Abrange aspectos históricos, sociais, políticos,

econômicos e culturais; autores e artistas; gêneros, estilos, técnicas, as varias

correntes artísticas e as relações identitárias – local, regional, global – tanto do

autor como do aluno em relação a obra. A análise de cada um desses elementos

é importante porque aprimora o senso critico no aluno.

- Contextualização histórica: situa o objeto de estudo na realidade em

que foi criado, a qual é composta por fatores sociais econômicos, políticos e

culturais.

- Autores e artistas: é a pesquisa de características particulares da vida

do artista e autor que influencia seu modo de compor, de criar.

- Gêneros: constitui a organização e a classificação das obras a partir

das semelhanças de características ligadas a temática.

- Estilos: é o reconhecimento da maneira peculiar de se expressar,

características que identificam a marca pessoal do artista.

- Técnicas: é o conjunto de processos e maneiras de uso da matéria-

prima da linguagem.

- Correntes artísticas: caracterizam-se pela identificação de um grupo de

artistas que comungam de um conjunto de idéias que constituem uma tendência

e caracterizam um período ou movimento artístico.

- Relações identitárias locais, regionais, globais: trata-se de partir do

conhecimento prévio do aluno sobre as relações das produções/manifestações

artísticas de sua realidade com realidades distantes. Tais relações possibilitarão

construir conhecimento em arte e ampliar a sua visão de mundo.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA

Realizações das produções artísticas individuais ou em grupos de

acordo com o conteúdo trabalhado em textos, vídeos, obras de arte, pesquisas,

questionários, desenhos e atividades práticas.

As metodologias devem ir de encontro com o conhecimento inventivo e

de expressão em que o educando seja envolvido na historia da arte,

comparando-a com seu dia-a-dia e motivado a se manifestar de maneira

individual ou em grupo.

4. AVALIAÇÃO

Avaliação é o recurso instrumental que serve para verificar se os

objetivos foram atingidos e os conhecimentos adquiridos para dar ou não

prosseguimento ao ensino-aprendizagem.

Em artes a avaliação é complexa, pois envolve não somente julgamento

do professor, mas do grupo e do próprio aluno. Os critérios devem ser

previamente escolhidos e valorizados, lembrando que em artes é preciso dar

importância não só ao produto final, mas ao conjunto das atividades pela qual o

aluno passa, envolvendo o refletir, o pesquisar, o fazer, o refazer, o apreciar, o

criticar quando será verificada as dificuldades, as facilidades, a organização das

experiências, quantas e quais tentativas de soluções foram feitas, de que

maneiras foram usadas os materiais, enfim o procedimento do aluno, durante a

atividade proposta, seu interesse envolvimento e comunicação.

O elenco de critérios de avaliação para cada atividade deve ser

estabelecido em conjunto professor/alunos e de acordo com os objetivos

propostos para a atividade programada.

A recuperação deverá ser paralela de acordo com os conteúdos

estudados e de forma contínua, pela qual, os alunos dispõem de condições que

lhe possibilitam a apreensão de conteúdos básicos.

5. REFERÊNCIAS

PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: ed. Ática, 1996.

DCE. Diretrizes Curriculares da rede publica da educação básica.

BARBOSA, A. M. A Imagem no Ensino da Arte, 1991.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – CIÊNCIAS

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Cada ciência particular possui um código intrínseco, uma lógica interna,

métodos próprios de investigação, que se expressam nas teorias, nos modelos

construídos para interpretar os fenômenos que propõe explicar. Apropriar-se

desses códigos, dos conceitos e métodos relacionados a cada uma das

ciências, compreender a relação entre ciência, tecnologia e sociedade,

representa ampliação das possibilidades de compreensão do mundo e da

participação efetiva na mesma.

Durante muitos séculos o ser humano se imaginou no centro do universo,

com a natureza à sua disposição, e apropriou-se de seus processos, alterou

seus ciclos, redefiniu seus espaços, mas acabou se deparando com uma crise

ambiental que coloca em risco a vida do planeta inclusive a humanidade. O

ensino de Ciências Naturais é uma das áreas em que se pode reconstruir a

relação ser humano, natureza em outros termos, contribuindo para o

desenvolvimento de uma consciência social e planetária.

Um conhecimento maior sobre a vida e sobre sua condição singular na

natureza permite ao aluno se posicionar acerca das questões polêmicas com os

desmatamentos, o acúmulo de poluentes e a manipulação gênica.

Deve poder ainda perceber a vida humana seu próprio corpo, como um

todo dinâmico, que interage com o meio em sentido amplo, pois tanto a herança

biológica quanto as condições culturais, sociais e afetivas refletem-se no corpo.

Nessa perspectiva, a área de ciências pode contribuir para a percepção da

integridade pessoal e para a formação da auto-estima, da postura de respeito ao

próprio corpo e ao dos outros, para o entendimento da saúde como um valor

pessoal e social e para a compreensão da sexualidade humana sem

preconceito.

Os objetivos de Ciências Naturais no Ensino Fundamental devem

oportunizar ao aluno compreender o mundo e atuar como indivíduo e como

cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica, tecnológica e

biotecnológica, em busca de uma melhor qualidade de vida que preserve a

dignidade da vida humana, da natureza e do meio ambiente, reconhecendo-se

como parte integrante, atuantes e transformados do meio onde vive.

Cabe ao professor estimular a formação de indivíduos capazes de

partilhar a sociedade, suprindo suas necessidades vitais, culturais, sociais e

políticas, contribuindo para a construção de uma nova ordem social.

Cada pessoa, aluno ou professor aprende em seu meio de convívio,

especialmente em família, um conjunto de idéia e de valores a respeito do corpo,

suas afecções e doenças. É importante que o professor que o professor tenha

consciência disso para que possa superar suas próprias pré-concepções e

retrabalhar algumas das noções que os alunos trazem de casa ou da mídia. O

aprendizado científico neste sentido, e um aprendizado integrado aos

conhecimentos culturais. Reconhecer as noções trazidas pelo aluno interpretá-

las, valorizá-las e combater equívocos graves com argumentos objetivos é parte

deste aprendizado, em conexão com pluralidade cultural.

A mídia tem se incumbido de ditar diferentes hábitos de consumo pela

veiculação de propagandas. O consumo é o objeto principal das propagandas de

alimento ou de medicamento. É papel da escola é formar alunos com

conhecimentos e capacidades que os tornem aptos a discriminar informações,

identificar valores agregados a essa informações e realizar escolhas. A

automedicação, que constitui um fator de risco à vida, não é um hábito a ser

preservado, pois dificulta o respeito à vida com qualidade, importante valor a ser

desenvolvido. Da mesma forma, podem e devem ser trabalhados outros hábitos

e comportamentos, como cuidados com o lixo, com a higiene pessoal, a luta

coletiva por equipamentos públicos de saúde, saneamento e qualidade de vida.

2. Conteúdos Estruturantes

5ª Série

- História da astronomia

Aplicabilidade da astronomia ( antiguidades até os dias atuais).

- Formação do universo.

- Sistema solar.

- Curiosidades referente a astronomia.

- A influência da astronomia no bem estar do ser humano.

- Biosfera.

- A terra e a vida.

Condições para e existência da vida ( água, ar e solo).

Preservação do meio ambiente ( problemas e possíveis soluções).

Inter- relações entre os seres vivos e o ambiente.

Esferas inorgânicas

- Água, ar e solo.

- Origem – composição – conservação – degradação e interação.

- Doenças transmitidas por agentes que vivem na água, no solo e no ar.

6ª Série

- Condições favoráveis a existência da vida na terra.

- Ritmos biológicos (fotopereodismo vegetal, diversidade de vida nos diversos

biomas).

- Biodiversidade – classificação e adaptações morfológicas.

- Origem da vida.

- Classificação e nomenclatura dos seres vivos.

- Os vírus.

- Reino monera

- Reino protista

- Reino fungi.

- Reino plantae

- Reino animalia.

- Doenças causadas por vírus, bactérias, fungos e protozoários.

- Animais peçonhentos.

- Plantas tóxicas e medicinais.

- Vegetais transgênicos.

7ª Série

- A micro gravidade e a sua influência no organismo.

- Radiação solar.

- Tecnologia espacial e suas aplicações: Alimentação, vestuário, eletro-

eletrônicos, medicamentos, etc.

- Descoberta, estrutura, divisão e organização celular.

- Câncer de pele.

- Insolação e queimaduras.

- Células- troncos.

- Biotecnologias.

- Alimentos � Funções, fontes e classificação. � Higiene e conservação dos alimentos; � Tabus alimentares; � Transgênicos;

- Sistemas e suas inter-relações; � Locomotor (ósseo e muscular); � Digestório; � Respiratório; � Circulatório; � Excretor (urinário); � Nervoso; � Endócrino; � Reprodutores.

- Robótica; - Noções de Genética. - Doenças e disfunções nos vários sistemas (colesterol, diabetes, avitaminoses, congênitas, infarto, etc.).

8ª Série

- A conquista espacial – tecnologias, combustível espacial, entre outros. - Energia nuclear (fissão e fusão). - Transformações químicas e físicas. - Origem e propriedades da matéria

� Átomo; � Molécula � Substâncias.

- Tabela periódica; - Ligações e Funções Químicas. - Formas e aplicação de energia. - Energia

� Térmica, sonora, luminosa, elétrica, - Magnetismo - Estudo do movimento; - Força; - Leis de Newton - Efeito das radiações nucleares nos organismos; - Transformações químicas e físicas e a saúde do ser humano; - Lixo atômico; - Acidentes nucleares; - Reações químicas e a manutenção da saúde.

Sempre que houver necessidade serão retomados os temas transversais.

Em ciências entes temas estão inseridos nos conteúdos programáticos.

3. Encaminhamentos Metodológicos

Os conceitos de ciências devem ser formados a partir das

experiências vivenciadas pelo aluno. Com o passar do tempo, o educando

vai crescendo e adquirindo mais e mais experiências e, com isso, novos

conhecimentos surgirão. Para tanto se deve estimular o trabalho em

grupo em que a criança pode comparar o que ela já sabe com o

conhecimento dos colegas, do professor e para tirar, depois suas próprias

conclusões. Essas conclusões assim trabalhadas são pessoais e tão ricas

em significado para ela que ela dificilmente esquecerá.

Os conteúdos científicos devem ser contextualizados, discutindo-se as

suas determinações, implicações econômicas, sociais e políticas e isso só

se consegue quando se trabalha com uma visão de ciência enquanto

atividade não neutra, historicamente determinada e inacabada.

O papel do professor é oportunizar o contato direto de seus alunos

com fenômenos naturais, artefatos tecnológicos, textos com suas

descobertas científicas, em atividades de observação e experimentação,

nos quais fatos e idéias interagem para resolver questões

problematizadoras, estudando suas relações e suas transformações

impostas ou não pelo ser humano, bem como realizar atividades variadas

que promovam o aprendizado tais como: participação oral, como debates,

dramatizações, entrevistas e exposições espontâneas ou preparadas,

atividades em grupos voltadas para a pesquisa, análise e reflexão, uso do

livro-texto, experimentações desenvolvidas através de práticas de

laboratório, estudo do meio, visitas a campo, aulas de vídeo, uso do

laboratório de informática sendo o professor o mediador no processo

ensino-aprendizagem.

4. Avaliação

A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas.

Aluno, professor, ambiente escolar e ensino estão a todo o momento sendo

avaliados.

A partir do momento em que sabemos que tipo de indivíduo estamos

avaliando e qual objetivo devemos alcançar é possível realizar essa avaliação

de muitas maneiras, porém tendo em vista que ela será um processo contínuo e

sistemático, funcional, orientador e integral.

De acordo com essa visão, a avaliação colabora para o sucesso e a

qualidade da aprendizagem, dando ao professor informações que auxiliam a

aperfeiçoar a prática educativa. É necessário que o processo educativo seja

visto, como uma atividade de compromissos e responsabilidades definidas e

assumidas desde o começo pelo grupo.

Para que a avaliação seja feita em clima afetivo e cognitivo propício para o

processo de ensino aprendizagem, os critérios de avaliação necessitam estar

explícitos e claros tanto para o professor como para os estudantes.

Em ciências, também são muitas as formas de avaliação possíveis:

individual e coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por

um lado, a observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas

pelos estudantes, as respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas,

de pesquisas, de filmes, de experimentos, os desenhos de observações etc., por

outro lado, as atividades específicas de avaliação, como comunicações

dissertativas ou de múltipla escolha.

A avaliação pode diagnosticar os problemas que barram a construção do

conhecimento permitindo ao professor retornar os conteúdos em que o aluno

apresentou dificuldades.

De acordo com cada conteúdo abordado será utilizada uma forma de

avaliação, porém, sempre tendo como objetivo a valorização do conhecimento

apropriado pelo aluno e de seu crescimento educacional.

5. Referência Bibliográfica

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Avaliação, sociedade e escola: fundamentos para reflexão. 2. ed. Curitiba: SEED, 1986.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. 3. Ed. Curitiba: SEED, 1997.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 29. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1995.

DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – EDUCAÇÃO FÍSICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física, enquanto disciplina escolar começa a surgir em fins

do século XIX, quando uma reforma do ensino primário estabelece como

importante a prática da ginástica a fim de auxiliar a formação do cidadão.

A educação física, bem como a visão de corpo, acompanha as mudanças

da sociedade.

Em face da conjuntura existente no Brasil na primeira metade do século

XX, a educação física teve uma forte vinculação com os aspectos patrióticos e

militares. Sendo assim, cultuava-se a necessidade de corpos “perfeitos”, ou seja,

a educação física era voltada para um aprimoramento físico, a fim de garantir

jovens saudáveis, fortes, resistentes e disciplinados que serviriam aos interesses

militares e ao mercado de trabalho.

Como não existia no Brasil um plano nacional para a disciplina, as

práticas metodológicas foram trazidas de outros países. Neste aspecto se

destaca o papel dos Métodos Ginásticos.

A partir de 1964, a educação física no Brasil assume uma postura voltada

à valorização de esporte de competição e rendimento. O grande objetivo era

transformar o país em uma potência olímpica.

O Currículo Básico, já na década de 90, reformulou a educação física e

até hoje é um referencial de consulta, pois seu processo de construção se deu

pelo coletivo de professores. Posteriormente os PCNs representaram um

retrocesso, pois se tornaram um currículo mínimo para a área.

Atualmente, a educação física escolar preocupa-se em se desfazer do

estigma de disciplina que trabalhe exclusivamente com o esporte. Este é apenas

parte de seu trabalho na escola.

Ganha força, nas discussões atuais a respeito de educação física, a

perspectiva em que se considera como objetivo da disciplina o corpo em suas

várias dimensões, sejam elas sociais, econômicas, políticas, culturais, entre

outras.

Neste sentido, a educação física desvincula-se de uma visão tecnicista,

positivista e passa a inserir-se como uma disciplina preocupada em transmitir

aos alunos um conhecimento que os humanize e torne-os indivíduos

conscientes de seu papel no meio social em que vivem enquanto agentes de

uma sociedade historicamente construída.

A educação física torna-se fundamental enquanto disciplina escolar por

ter como objeto de estudo as manifestações corporais e sua potencialidade

formativa.

Por ter o corpo como objeto de estudo, a educação física propõe-se a

discutir relações pertinentes a corporalidade entre as quais pode se destacar as

dimensões biológicas, históricas, sociais e culturais do corpo, o corpo enquanto

agente de movimento.

Ao transformar-se em uma disciplina que utiliza como método de análise

o materialismo histórico dialético, a educação física pensa a corporalidade em

sua perspectiva presente no processo de construção social. Desta forma o aluno

é visto como um ser social, participante de uma realidade historicamente

construída, e que precisa ser considerada como ponto de partida para a

organização e transmissão dos conhecimentos sistematizados pela sociedade

em seu processo evolutivo.

A educação física numa perspectiva cultural se propõe como área de

estudo da cultura humana, que atua sobre um conjunto de práticas ligadas ao

corpo, ao movimento. Privilegia além da aprendizagem de movimento, a

aprendizagem sobre o movimento.

Ao debater a corporalidade, a educação física objetiva propiciar ao

indivíduo a possibilidade de inserir-se como um ser social e natural em

determinado ambiente. Contribuindo então para a interação desse indivíduo com

as demais pessoas de seu convívio social, estimulando a humanização das

relações sociais.

2. CONTEÚDOS

Ensino Fundamental:

Manifestações esportivas: vôlei, basquete, futsal, futebol, handebol, atletismo,

xadrez e tênis de mesa.

Manifestações ginásticas: ginástica rítmica, localizada, aeróbica e formativa.

Manifestações estético-corporais na Dança e no Teatro: dança criativa,

coreográfica, folclórica e mímica

Jogos, brinquedos e brincadeiras: jogos populares e folclóricos, jogos de

tabuleiros, recreativos e de mesa.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A educação física, tanto no ensino fundamental quanto no médio, busca

superar as concepções fundadas na lógica instrumental anátoma funcional e

esportivizada provenientes de outras matrizes teórico-metodológicas fundadas

principalmente no modelo de inspiração positivista, originária das ciências da

natureza. Permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica,

psicológica, filosófica e política das práticas corporais.

A educação física deve estar articulada ao projeto político pedagógico da

escola. Devemos considerar a disciplina de forma mais abrangente, propiciando

uma educação voltada para uma consciência crítica, onde o trabalho enquanto

categoria é um dos princípios fundantes das reflexões a cerca da educação

física.

Compreender a educação física em um contexto mais amplo significa um

entendimento de que esta área do conhecimento é parte integrante de uma

totalidade composta por interações que se estabeleceram na materialidade das

relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos.

O histórico da educação física apresenta como, quando e com que

interesses surgiram às práticas corporais, hoje pedagogizadas e entendidas

como conteúdos de tradição escolar da educação física

Sugere-se que as aulas sejam compostas em primeiro, segundo e terceiro

momento. No primeiro momento, o conteúdo da aula é problematizado, no

segundo desenvolvem-se as atividades relativas à apreensão do conhecimento

e no terceiro reflete-se sobre a prática.

4. AVALIAÇÃO

Partindo do pressuposto que a educação física tem como método análise

de seu objetivo de estudo as manifestações corporais o materialismo histórico

dialético, a avaliação deve ser pensada enquanto processo que está em

constante construção.

Sendo assim, a avaliação precisa ser considerada como um todo, onde o

educando em seu cotidiano é analisado de forma integral e completa.

A avaliação deve favorecer a busca da coerência entre a concepção

defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino

aprendizagem. Além de estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos de

modo que permeia o conjunto de ações pedagógicas e não como um elemento

externo a este processo. Além disto, a avaliação deve estar de acordo com o

Projeto Político Pedagógico da escola.

A avaliação continua identificando desta forma os progressos do aluno

durante o ano, levando-se em consideração a avaliação formativa, continuada e

cumulativa.

5. REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – ENSINO RELIGIOSO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Tendo como referência as diretrizes curriculares p/ a Educação Básica da disciplina de Ensino religioso no fundamental oportuniza o educando identificar, conhecer a manifestação de vivência do sagrado nos diversos povos.

O ensino religioso visa proporcionar aos educando oportunidades de identificar, conhecer diferentes manifestações religiosas produzidas historicamente.

Conforme a lei LDBEN 9394/96 no Artigo 33, a finalidade do Ensino do Ensino Religioso hoje é um conjunto de expressões, manifestações e acontecimentos que envolvem os seres humanos na sua busca e relação com o Transcendente. A manifestação religiosa é uma das áreas do conhecimento produzidas historicamente pela humanidade com essencial responsabilidade na formação do seres humanos.

Segundo a constituição Brasileira Art. 5, inciso VI: “É inviolável a liberdade da consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma de lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”.

O Ensino Religioso fundamenta-se na fenomenogia religiosa e tem por finalidade instrumentalizar o educando com o conhecimento dos elementos básicos que compões o fenômeno religioso.

Por tanto a educação terá a oportunidade de se integrar junto a comunidade livremente vencendo os preconceitos.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conceitos ou prática que identificam e organizam dos campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso são:

-a paisagem religiosa;

-o símbolo, -o texto sagrado;

Levando em conta contemplar a Lei Nº 10.639/03 referentes á “História e cultura Afro-Brasileira e Africana”.

Os conteúdos estruturantes não têm ainda tradição curricular, de modo que estas diretrizes extrapolam os conteúdos historicamente tratados na disciplina.

Os conteúdos estruturantes de Ensino Religioso não devem ser entendidos isoladamente; antes, são referencia que se relacionam intensamente para a compreensão do objeto de estudo em questão e se aprestam como orientados para a definição dos conteúdos escolares.

A relação do sagrado com os conteúdos estruturantes pode ser apresentados conforme o seguinte esquema:

CONTEÚDOS:

- 5ª SÉRIE I Bimestre: Respeito à diversidade religiosa II Bimestre: Lugares Sagrados III Bimestre: Textos orais e escritos-sagrados IV Bimestre: organizações religiosas

- 6ª SÉREIE I Bimestre: Respeito á diversidade religiosa II Bimestre: Lugares Sagrados III Bimestre: Festas religiosas IV Bimestre: vida e morte

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Leitura de livros; mensagens, letras de músicas, fábulas; histórias em quadrinho; confecção de cartazes.

Visitas a paisagem Sagrada, análise das imagens com debate, apresentações de grupos.

Pesquisa bibliográfica; atividades em grupos ou individuais; produção de textos; filmes e debates; utilizar textos de imprensa (revistas, jornais ); relatos pessoais, dinâmica, poesia, interpretação de textos.

4. AVALAIÇÃO

Interesse dos alunos, participação em discussões; pontualidade na entrega de trabalhos; atividades avaliativas; assimilação de conteúdos trabalhados.

A avaliação também seguirá os seguintes símbolos: AR: atende outros com atenção e respeito: NR+: não respeita os colegas, mas participa atentamente das atividades; NR: não respeita os colegas e não participa das atividades em sala.

5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Diretrizes Curriculares;

ASSINTEC – Associação Interconfessional de Educação.

NRE – DOIS VIZINHOS

MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO,

NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – GEOGRAFIA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os conhecimentos geográficos na antiguidade eram elaborados e

discutidos por vários filósofos, tendo grande importância na Grécia antiga.

Inúmeras foram às abstrações feitas pelos filósofos gregos a fim de

explicar situações que vivenciavam e que ocorriam ao seu redor a cerca dos

fenômenos físicos.

Durante toda a Idade Média os conhecimentos discutidos pelos filósofos

gregos foram abandonados, sendo que neste período histórico, houve um

retrocesso em termos de desenvolvimento do conhecimento geográfico, em

virtude do predomínio de um pensamento religioso, baseado na interpretação

das escrituras sagradas.

Passado o período da Idade Média, os conhecimentos geográficos

ganham força, assim como os conhecimentos de outras áreas das ciências.

No que tange a geografia enquanto ciência pode-se considerar a sua

sistematização a partir das publicações realizadas no século XIX por Ratzel na

Alemanha.

A geografia, assim como outras áreas do conhecimento, estrutura-se a

partir de uma concepção positivista, que confere a mesma um caráter estanque,

deslocado da realidade e com conteúdos que são meramente quantitativos e

aprendidos a partir da “decoreba”.

Forte crítica a esta concepção positivista da geografia é levada a cabo a

partir da segunda metade do século XX. As discussões convergem para uma

mudança de concepção, visto que, o positivismo não da conta de explicar as

relações cada vez mais complexas que cercam a vida humana na sociedade.

Neste sentido, a chamada geografia crítica adota como paradigma o

materialismo histórico, e passa a analisar a sociedade a partir da realidade

desta, com suas contradições, e assim resignifica seu objeto de estudo, dando

ênfase a discussões que abarquem o espaço geográfico, a partir de uma análise

fundada no materialista histórico e dialético.

Considerando este amplo espectro de discussões, no que tange as

concepções da geografia enquanto ciência escolar cumpre salientar que as

mesmas devem contribuir de forma significativa para a prática do professor

favorecendo, o desenvolvimento do processo didático, participativo e gerador de

uma visão holística da realidade.

O intuito destas práticas é que o aluno possa tornar-se capaz de

visualizar o mundo de maneira consciente e com responsabilidade, entendendo

que ele é sujeito do processo de construção social.

Considerando isto, é imprescindível que o professor se aproprie de forma

dinâmica do conhecimento científico e possa fazer a ligação com a experiência

cotidiana.

Neste aspecto, deve considerar o aluno também como um ser dinâmico e

capaz de compreender fatos, fenômenos e processos inerentes à realidade em

que estão inseridos. Esta compreensão surge a partir das experiências e

trabalhos desenvolvidos no ambiente escolar.

Estes trabalhos devem ter como primícia básica o desafio ao aluno, fazer

com que o mesmo entenda o espaço geográfico atual, que se constitui como um

espelho da forma como os seres humanos se apropriam dos territórios,

tornando-os fruto de sua intervenção econômica, social, política e cultural.

Dentro de uma concepção marxista o espaço geográfico é entendido

como um espaço relacional, onde se apresenta o vínculo entre os objetos e as

ações.

Atualmente os conceitos relativos à Globalização, a tecnologia de redes,

não só se explicam e relacionam-se, como permeiam todo o estudo das

questões demográficas, as sociais e ambientais.

As concepções da geografia caracterizam-se pela sua

interdisciplinaridade, visto que, os conteúdos que estruturam a ciência

geográfica, perpassam a própria ciência, sendo de cunho holístico e pertencente

também a vários outros ramos do conhecimento científico.

Neste sentido, o ensino da geografia enquanto disciplina escolar precisa

estar comprometida com as mudanças sociais e revelar aos estudantes as

contradições presentes na construção do espaço geográfico, bem como as

transformações deste espaço em função da apropriação dos recursos naturais

realizados pela sociedade.

Considerando sua importância social inúmeros são os assuntos que

podem ser abordados pela geografia e que se caracterizam como relevantes

para o di a dia dos educandos.

Pode-se citar como exemplo, a perspectiva ambiental, tão em voga

atualmente. As mudanças climáticas, os processos de desertificação, os sérios

problemas de erosão espalhados pelo planeta, podem ser amplamente

debatidos, visto que, são problemas tanto locais, ou seja, da vivência do aluno,

bem como problemas globais, pois afetam vários países.

A disciplina tem como objetivos:

• Compreender a organização do espaço geográfico entendendo as

relações entre as dinâmicas da sociedade e da natureza;

• Analisar as relações estabelecidas entre homem e sociedade x ambiente

natural;

• Interpretar as relações políticas, econômicas, de trabalho e culturais entre

as sociedades;

• Reconhecer espaço geográfico como resultado do trabalho humano;

• Compreender, pela comparação, a espacialidade dos fenômenos

sociais/naturais no presente e no passado;

• Fazer uso da linguagem cartográfica para extrair, comunicar e analisar as

informações nos diversos campos de conhecimentos.

Em função do amplo espectro de conhecimentos abarcados na ciência

geográfica, e seu caráter de ligação tanto às ciências humanas, ou seja, aquelas

voltadas a explicação da complexidade relacional que se apresenta na

sociedade, bem como as ciências naturais, aquelas que procuram explicar as

questões pertinentes aos aspectos naturais de nosso planeta – a velha

dicotomia, geografia física X geografia humana, a geografia configura-se como

de suma importância a explicação presentes no planeta, sejam humanas ou

físicas.

No sentido de contribuir na resolução dos problemas que se colocam à

atuação antrópica no planeta, a geografia, por discutir tanto aspectos humanos,

quanto físicos é peça chave na compreensão da problemática social, ambiental,

cultural e econômica presente no mundo atual.

No intuito de se firmar como ciência que percebe a sociedade e natureza,

ou seja, a relação homem X meio como algo indissociável, a geografia em um

esforço teórico, e até epistemológico, busca cada vez mais a implementação de

uma visão sistêmica.

Tal visão tem por finalidade romper com a separação dos estudos

naturais e humanos que tanto marcaram e marcam a geografia. Neste sentido, a

geografia gabarita-se como a ciência que possui o arcabouço teórico necessário

a interpretação e alteração da realidade existente no mundo atual.

Desta forma, integrando os conhecimentos humanos e naturais, pensa-se

que se tornará mais amplo o entendimento que o estudante conseguirá abstrair

da realidade que o cerca, compreendendo o mundo em sua complexidade atual,

onde predomina a fluidez dos mercados, as redes de interconexão global, a

mundialização da economia, em fim onde impera o meio técnico científico

informacional, preconizado por SANTOS (2001).

2. CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

A construção do Espaço Geográfico: os territórios e os lugares

• Tempo e espaço: elementos abstratos

• O tempo da natureza e o tempo do ser humano

• Os diferentes tipos de espaço

• A sociedade moderna e o espaço

• O Espaço de vivencia do ser humano

• As diferenças sociais e os diferentes espaços de vivencia

• Orientação e localização

• Os pólos e os hemisférios

• A Rosa-dos-Ventos

• As coordenadas geográficas

• As Zonas térmicas

• As várias maneiras de representar o espaço

• Cartografia a arte de fazer mapas

• A superfície terrestre

• Litosfera: as rochas e as placas tectônicas

• Os fenômenos naturais

• A natureza e as questões sócio-ambientais

• O ser humano e a atmosfera

• Os fenômenos naturais e suas regularidades e possibilidades de previsão

pelo homem

• Hidrosfera, a camada liquida da terra

• Biosfera. Os grandes ecossistemas e a superfície terrestre

• A floresta Amazônica

• A terra: Planeta vivo

6ª SÉRIE

• Diversidades naturais brasileiras

• Formação do território brasileiro

• Diversidades culturais do Brasil (cultura afro-brasileira)

• Movimentos demográficos (êxodo rural, urbanização e favelização)

• A atividade industrial

• Fusos horários do Brasil

• Localização do Brasil no Continente Americano e a cartografia

• A regionalização brasileira e suas particularidades (Estados e capitais, a

divisão oficial do IBGE, as três regiões geo-econômicas)

• Estrutura etária e crescimento vegetativo

• Relações de poder político-econômico no processo global.

• As relações comerciais e internacionais

7ª SÉRIE

• Diversidades naturais do Continente Americano (cartografia e paisagens)

• Formação do território americano

• Diversidades culturais do Continente Americano

• Processo de colonização da América e organização do espaço

• Estrutura geológica do Continente Americano

• Atividades econômicas (extrativismo, agropecuária, indústria, prestação

de serviço)

• Recursos energéticos

• A questão da Geopolítica

• A desigualdade sócio-econômica e problemas ambientais

• Desenvolvimento sustentável na América

8ª SÉRIE

• Globalização

• Circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações

• Dependência tecnológica

• Formação dos Estados Nacionais

• Blocos econômicos

• Desigualdades dos países Norte X Sul (Norte – Desenvolvido X Sul –

subdesenvolvido)

• Guerra Fria

• Conflitos Mundiais

• Políticas Ambientais

• Órgãos internacionais

• Neoliberalismo

• Meio Ambiente e desenvolvimento

• Estado, Nação e território

• Visão geral sobre os continentes: Europa, África, Ásia, Oceania e Regiões

Polares.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Durante as aulas de geografia usaremos métodos que levem ao

ensino/aprendizagem. Para que se efetive este intuito usaremos textos e

debates sobre fenômenos geográficos e conflitos socioeconômicos.

A apresentação de trabalhos em grupo, confecção de maquetes,

cartazes, painéis, recursos cartográficos, audiovisuais, paródias, manuseio de

revistas, jornais, publicações, Atlas e globo terrestre, entre outros.

Essas metodologias deverão proporcionar aos alunos uma maior

criatividade sobre os fatos, conteúdos para que eles possam ser cidadãos

críticos, participativos e conscientes da sociedade em que vivem.

Para tanto, se faz necessário considerar o saber empírico de que o

estudante dispõe, para que, a partir deste conhecimento, que é fruto da prática

social do estudante, possa-se tomá-los como ponto de partida, a fim de construir

uma conexão entre o empírico e o científico.

Desta forma a escola, enquanto espaço destinado à apreensão do

conhecimento historicamente construído pela sociedade, reveste-se de grande

importância social. Pois ao considerar a prática social dos estudantes como

início do processo pedagógico, contribui à formação de pessoas que se tornam

sujeitos de sua própria história, imbuídos de uma visão holística e capazes de

construir um novo paradigma para a organização de uma sociedade mais justa

socialmente.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser um instrumento para o professor avaliar sua

metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos, tratados

durante determinado período.

Avaliação deve ser diagnóstica e contínua, levando em consideração a

individualidade e o desempenho de cada aluno, e que contemple diferentes

práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos

geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes

tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo, cuja uma das

finalidades seja a apresentação de seminários, leitura e interpretação de

diferentes tabela e gráficos, relatório de experiências práticas de aulas de

campo, construção de maquetes, produção de mapas mentais, entre outros.

A avaliação precisa ser criteriosa, atuando no sentido de se somar ao

processo pedagógico, como instrumento de construção de estudantes capazes

de realizarem uma leitura abrangente da sociedade que os cerca.

5. REFERÊNCIAS

ADAS, Melhem. Coleção ensino fundamental. São Paulo, 4ª ed. Moderna, 2002.

CASTELLAR, Sonia. MAESTRO, Valter. Geografia. São Paulo, 2ª ed. Quinteto,

2002.

COELHO, Marcos A. Geografia do Brasil. São Paulo, 4ª ed. Moderna, 1995.

GOMES, Paulo C. Geografia e Modernidade. São Paulo, 2ª ed. Bertrand Brasil,

2000.

LUCCI, Elian A. BRANCO, Anselmo L. Geografia homem e espaço. São Paulo,

15ª ed. Saraiva, 2002.

MENDONÇA, Francisco. KOZEL, Salete. Orgs. Epistemologia da Geografia.

Curitiba, Editora UFPR, 2002.

SANTOS, Milton. SILVEIRA, Maria L. O Brasil – Território e sociedade no inicio

do século XXI. São Paulo. Record, 2001.

NRE – DOIS VIZINHOS

MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO,

NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – HISTÓRIA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da disciplina de história tanto nível fundamental, quanto no

médio passou por profundas mudanças a partir de 1970, pois até então esta era

abordada de forma tradicional, eletizante e com excessiva valorização da cultura

européia.

Durante o período da ditadura militar o ensino da História repassou um

modelo de ordem estabelecida onde não havia espaço para as análises críticas

e interpretação dos fatos. Nesse período o Ensino de História centrou-se numa

formação tecnicista voltado a preparação para o mercado de trabalho.

As disciplinas humanas perderam o espaço nos currículos, surgem as

disciplinas de Estudos Sociais e OSPB no primeiro e segundo grau.

Com a redemocratização política do final dos anos 80 também ocorreram

mudanças na área educacional e o ensino da história passa a ter pressupostos

teóricos da historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético

indicando alguns elementos da Nova História.

Nos anos noventa o Ministério da Educação divulgou os PCNS com a

função de resolver problemas imediatos e próximos do aluno. A preocupação

maior dos PCNS era a de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho.

Na atualidade seguimos as DCE onde o ensino não visa à manutenção da

sociedade fundamentada na desigualdade social nem tampouco a simples

preparação para o mercado. Desse modo o ensino da história tem um papel de

transformação e superação das desigualdades. Para isso é necessário que se

faça uma abordagem crítica tornando o educando um sujeito capaz de agir e

interagir na sociedade a qual faz parte.

O ensino da história enquanto disciplina escolar visa um ser humano

crítico que se reconheça enquanto sujeito humanizado e consciente da sua

condição, e, com capacidade de transformação social, um sujeito que só

aprende porque é sujeito.

A disciplina tem como objeto de estudo os processos históricos relativo às

ações e às relações humanas praticadas no tempo e espaço, bem como a

respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas

ações.

As relações humanas produzidas por essas ações são as formas de agir,

pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e

politicamente.

As diretrizes curriculares de história objetivam a superação da história

factual e da linearidade dos fatos, sendo assim a produção da história, vai

depender da experiência histórica dos sujeitos das classes populares, da cultura

que trazem procurando contextualizar esses conhecimentos com a realidade dos

educandos.

2. CONTEÚDOS

Nas diretrizes, consideram-se conteúdos estruturantes da disciplina de

História:

- Relações de trabalho;

- Relações de poder;

- Relações culturais.

Por meio destes conteúdos estruturantes, o professor deverá reconstruir a

maioria das versões, sobre certos fatos históricos e discorrer acerca de

problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas.

Quanto aos conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais a

serem trabalhados em cada ano/série da Educação Básica. A partir deles

selecionará os conteúdos específicos que serão elencados no Plano de

Trabalho Docente.

5ª SÉRIE

O que é história

- Origens do homem (sociedade ágrafa)

- A Mesopotâmia

- O Egito e as sociedades Africanas

- Fenícios e Persas

- O) Extremo Oriente (China, Índia, Japão)

- Roma Antiga

- O Império Bizantino

- Idade Média

- A Chegada dos europeus na América e os índios do Paraná.

6ª SÉRIE

- As grandes Mudanças (transição feudal)

- O Capitalismo

- O absolutismo

- O Mercantilismo

- A expansão Marítima

- O Renascimento e a Reforma Protestante

- Colonização da América

- África

- O Sistema Colonial

- O Escravismo colonial

- A civilização do Açúcar

- América Espanhola

- Revolução Científica

- Revolução Francesa (Iluminismo)

7ª SÉRIE

- Revoltas anti coloniais

- Revolução Industrial

- Independência do Brasil

- Independências da América Espanhola

- Império Brasileiro

- As doutrinas sociais (movimento operário)

- Colonização da África e da Ásia

- Abolição da Escravatura

- A República

- Primeira Guerra Mundial

- Revolução Russa

8ª SÉRIE

- Revolução nas Artes e nas ciências

- A crise de 29

- As ditaduras fascistas

- A era do populismo e a crise do populismo

- A Segunda Guerra Mundial

- A Guerra Fria

- A consciência do Terceiro Mundo

- A Revolução Cubana

- De Juscelino ao Golpe de 64c

- Os anos Rebeldes

- A Ditadura Militar no Brasil

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Para implementação em sala de aula das Diretrizes Curriculares, é de

importância fundamental que o aluno compreenda como se processa a

construção do conhecimento histórico a partir da problematização dos conteúdos

específicos.

È imprescindível retomar constantemente com o aluno como ocorre a

produção do conhecimento, como é o trabalho do pesquisador, o objeto de

estudo. Assim o historiador adota o método de pesquisa, através de

conhecimentos que possam responder às suas indagações, produz uma

narrativa histórica que contempla as diversidades das experiências políticas,

sociais, econômicas e culturais.

Dentro desta visão é essencial que os alunos compreendam que o livro

didático é uma fonte de interpretação. Assim o aluno não deve se limitar só

numa única fonte, mas buscar novas abordagens para os fatos. O professor

deve ser esclarecido quanto à produção do conhecimento histórico e sua

apropriação pelos alunos que é processual.

O professor deve instigar o aluno para que ele reflita sobre os fatos ,

acontecimentos. O livro pode ser problematizado com os alunos, identificando

seus limites e possibilidades. Isso levará a busca de novas referências que

completam o conteúdo, como produção historiográficas de livros, revistas e nos

meios eletrônicos.

A tarefa do professor é de levar o aluno à capacidade de questionar e

criticar outros conteúdos, de modo que constituam aos poucos a autonomia na

busca do conhecimento.

4. AVALIAÇÃO

A Avaliação tem como o objetivo favorecer a busca da coerência entre a

concepção de história defendida e as práticas e as práticas avaliativas que

integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a

serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto

das ações pedagógicas, contribuindo assim para diminuir as desigualdades

sociais e para colaborar na construção de uma sociedade mais justa.

O aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como

fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia

uma análise das práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo

professor e pelos alunos.

Retomar a avaliação com os alunos é situá-los como parte de um coletivo,

em que a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vista a

aprendizagem de todos, mas cabe ao professor planejar as situações

diferenciadas de avaliação.

A avaliação deverá contribuir para uma consciência histórica em relação:

relações de trabalho, poder e cultura.

No final do processo avaliativo deseja-se que os alunos sejam capazes de

identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder

neles existentes, bem como que tenham recursos para intervir no meio em que

vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria história.

Quanto à avaliação de recuperação paralela far-se-á com base nos

resultados obtidos através da avaliação diagnóstica o professor trabalhará a

recuperação, revendo os conteúdos que o aluno não assimilou, favorecendo

assim, um ambiente de autonomia e responsabilidade entre os alunos.

É fundamental que o professor se sinta responsável para garantir que a

aprendizagem do educando se realize. Por isso a avaliação do professor e do

aluno é uma maneira de estabelecer o grau de eficácia do ensino-aprendizagem.

5. REFRÊNCIAS

PARO, Vitor Henrique. A Escola pública que queremos. Palestra conferida na

Conferência Estadual de Educação. Proposta dos trabalhadores de Educação

para o próximo Governo Curitiba 418/2006

Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Projeto Político Pedagógico.

Textos dos grupos de estudos realizados em 2006.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – INGLÊS

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Tendo em vista o histórico das línguas estrangeiras no Brasil, e

considerando que a Língua Inglesa é uma Língua Universal sendo a segunda

língua mais falada no mundo e a primeira língua mais escrita, a qual aborda a

grande maioria dos textos científicos e tecnológicos. Entende-se que é

necessário que todo o estudante de escola pública tome conhecimento desta

língua para que através dela conheça as diferentes culturas e costumes de

diferentes povos, aprendendo assim a respeitar as individualidades sem

preconceito de raça, cor e classe social.

Assim o estudante de Língua Estrangeira, além da formação pessoal

demonstrará a transformação na sua vivência pessoal, tornado-se um cidadão

mais ativo e participativo.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O contexto de ensino aprendizagem consoante ao de Língua Portuguesa

no que se refere à sua concepção de linguagem como construção humana do

sistema lingüístico e comunicativo que será abordado através da leitura da

oralidade e escrita.

Sob tal pressuposto o trabalho em sala de aula deve partir de um texto

num contexto em uso, promovendo a interação ativa dos alunos com discurso,

de modo que se tornem capazes de comunicar-se.

Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos,

levando em conta o princípio da continuidade e progressão entre as séries. Na

seleção de textos serão abordados além dos elementos lingüísticos, fins

educativos na medida em que apresentem possibilidades de tratamento de

assuntos polêmicos, adequados a faixa etária e que contemplem os interesses

dos alunos.

Considerando o exposto, serão trabalhados:

− Textos descritivos curtos, complexos mais longos;

− Textos informativos e argumentativos curtos e longos;

− Notícias curtas e revistas;

− Textos poéticos (musicais);

− Jogos;

− Textos de instruções;

− Críticas de cinema;

− Entrevistas;

− Textos Literários;

− Artigos de jornais;

− Páginas de guias turísticos;

− Resenhas de livros;

− Dramatizações;

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

As LE's são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos

de entender o mundo e construir significados, para tanto os textos devem ser

apresentados como um princípio gerador de unidades temáticas e de

desenvolvimento das práticas lingüístico-discursivas, sendo que os mesmos

serão de diferentes gêneros discursivos.

Para desenvolvê-los haverá uma interação primeiramente com o texto

que pode conter uma mistura de linguagem escrita diversificada, visual e oral.

A pesquisa de palavras no dicionário propiciará a ampliação do

vocabulário do aluno bem como a seleção de itens gramaticais que indiquem a

estruturação da língua inserido nos textos.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira está articulada aos

fundamentos teóricos nas Diretrizes Curriculares e na LDB n. 9394/96.

Segundo Luckesi, ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas,

objetiva-se favorecer o processo de ensino e aprendizagem, ou seja, nortear o

trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do

ponto em que se encontra no percurso pedagógico.

Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o

percurso desenvolvido e identificar dificuldades, bem como planejar e propor

outros encaminhamentos que busquem superá-las.

Os propósitos da avaliação e do uso de seus resultados podem favorecer

atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua Estrangeira e permitir que

a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor do conhecimento.

Embora essas considerações evidenciam a avaliação processual, é

importante considerar também as avaliações de outras naturezas: diagnóstica e

formativa, desde que se articule com os objetivos específicos e conteúdos

definidos, a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos desta

Diretrizes, de modo que sejam respeitadas as diferenças individuais e escolares.

5. REFERÊNCIAS

DCEs e Currículo Básico do Paraná.

NRE – DOIS VIZINHOS MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – LÍNGUA PORTUGUESA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa faz parte dos currículos escolares brasileiros a partir do século XIX, sendo que a preocupação com a formação profissional teve início no século XX, mantendo características elitistas. No Brasil, a partir de 1967 ocorreu um processo de democratização do ensino, conseqüentemente, houve multiplicação de alunos, mudaram-se as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais. Acrescente-se a isso que a formação da nação brasileira deve à língua muito de sua identidade.

Durante a década de 70, o ensino da Língua Portuguesa priorizava exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura. A força e a preponderância do livro didático inibiram o professor em sua a autonomia e responsabilidade quanto à sua prática pedagógica, de modo que foi desconsiderado seu conhecimento, experiência e senso crítico em função de um ensino reprodutivo e de uma pedagogia da transmissão.

A partir dos anos 80 os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e a reflexão sobre o trabalho realizado na sala de aula. A língua configura um espaço de interação entre sujeitos que se constituem por meio dessa interação, ou seja, a língua constitui-se por seu próprio uso.

Na década de 90, a proposta do Currículo Básico do Paraná, fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem. No final da mesma década, também fundamentaram o ensino da Língua Portuguesa as concepções interacionistas ou discursivas, que propuseram uma reflexão a cerca dos usos da linguagem oral e escrita, valorizando o direito a educação lingüística.

Considerando o contexto histórico da Língua Portuguesa, compreende-se que, o ensino de português significa pensar numa realidade que permeia todos os nossos atos. A linguagem, nesta concepção, é vista como ação entre os sujeitos histórica e socialmente situados que se constitui e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e produto do trabalho. Como afirma Geraldi “a linguagem não é um trabalho de um artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que elas se constituem”.

Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel participante da sociedade.

Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino de Língua e Literatura requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica de algumas dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Todo o processo de ensino está fundamentado nos seguintes objetivos:

• Empregar a língua oral em diferentes situações e adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e os suportes textuais e o contexto de produção e leitura;

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

• Reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e coletivo.

É necessário enfatizar que os objetivos citados e suas práticas, supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem. Inicia-se na alfabetização, consolida-se no período acadêmico e estende-se por toda a vida.

2. CONTEÚDOS

A ação pedagógica referente à língua precisa pautar-se na interlocução e em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não apenas a leitura e a expressão oral e escrita, mas, também, a reflexão sobre o uso da linguagem em diferentes situações e contextos.

O Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa deve centrar-se nos processos discursivos, numa dimensão histórico-social. Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante, portanto, é o discurso como prática social.

Segundo Bakhtin (1996), o discurso, é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude responsiva a outros textos.

Prática da Oralidade

Tradicionalmente, na escola, a oralidade não é muito valorizada; entretanto ela é rica e permite muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da fala e na produção dos discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do processo interativo.

À escola compete, portanto, tomar como ponto de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos, promover situações que os incentivem a falar, ainda que do seu jeito, ou seja, fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações sociais. O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividades que possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os diferentes discursos e de organizar os seus de forma clara, coesa e coerente.

Desta forma, o professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar a variedade lingüística padrão e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Domínio da Língua Oral 5ª 6ª 7ª 8ª

Relatos: experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos, (literários ou informativos) programas de TV (filmes, entrevistas...)

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Debates: assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, filmes, programas, etc.

x x x x

a) No que se refere às atividades da fala, observar:

- clareza, seqüência e objetividade na exposição de idéias;

- consistência argumentativa;

- adequação vocabular:

b) No que se refere à fala do outro

- reconhecer as intenções e objetivos;

- julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às

circunstâncias da clareza e consistência argumentativa;

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c) No que se refere ao domínio da norma padrão:

- concordância verbal e nominal:

- regência verbal e nominal;

- conjugação verbal;

- emprego de pronomes, advérbios e conjunções;

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Prática de Leitura

A leitura, entendida como um processo de produção de sentido se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.

Se, na atribuição de sentido ao texto há que se levar em conta o diálogo, as relações estabelecidas entre textos, ou seja, a intertextualidade, é de se lembrar também que o diálogo intertextual não esgota as possibilidades dialógicas de um texto, multiplica-as. Assim, um texto leva a outro, mas leva

também ao desejo, a uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração de significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.

Na prática da leitura, o professor pode também, realizar a intersecção dos textos midiáticos com os textos literários, pois com uma forma de linguagem própria, pode sugerir bons motivos para aprimorar a reflexão e fazer proliferar o pensamento.

A ação pedagógica deve permitir ao aluno a leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência e, gradativamente, a leitura de textos mais difíceis que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias por parte do professor.

Para Lajolo, o texto literário é um excelente meio de contato com a pluralidade de significações que a língua assume no seu máximo grau de efeito estético, desde que não se preste a uma prática utilitarista de leitura didatizada.

Domínio da Leitura 5ª 6ª 7ª 8ª

Prática de leitura de textos de diferentes gêneros:

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a) No que se refere à interpretação: - identificar as idéias básicas do texto;

- reconhecer a especificidade do texto;

- identificar o processo e o contexto de produção;

- confrontar as idéias contidas no texto e argumentar

com elas;

- atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido;

- proceder à leitura contrastiva;

x x x x

b) No que se refere a análise: - avaliar o nível argumentativo;

- avaliar o texto na perspectiva da unidade temática e estrutural;

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c) No que se refere à mecânica da leitura: - ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de

pontuação.

Prática da Escrita

Em relação à escrita, as condições em que a produção acontecem determinam o texto: quem escreve, o que, para quem, para que, por que,

quando, onde e como se escreve. Além disso, cada gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo variam conforme se produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou científico, filosófico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula como experiências reais de uso e não a partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.

Para Kramer (1993) “[...] ser autor significa produzir com e para o outro. Somente sendo autor o aluno interage e penetra na escrita viva e real, feita na história”.

As aulas de Língua Portuguesa e Literatura, nessa perspectiva, possibilitam aos alunos a ampliação do uso das linguagens verbais e não-verbais pelo contato direto com textos dos mais variados gêneros, de acordo com as necessidades humanas.

Domínio da Escrita 5ª 6ª 7ª 8ª

a) No que se refere à produção de textos:

- produção de textos ficcionais (narrativos);

- produção de textos informativos;

- produção de textos dissertativos;

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b) No que se refere ao conteúdo:

- clareza, coer6encia e argumentação;

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c) No que se refere à estrutura: - processos de coordenação e subordinação na construção das orações;

- Uso de recursos coesivos;

- organização de parágrafos;

- pontuação;

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d) No que se refere à expressão:

- adequação à norma padrão; x x x x

e) No que se refere à organização gráfica: - ortografia

- acentuação

- recursos gráficos – visuais (margem, título, etc)

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f) No que se refere à aspectos da gramática tradicional: - reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: (recursos coesivos, conectividade seqüencial e a estruturação temática)

- refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais;

- o sintagma verbal e nominal e sua flexão;

- a complementação verbal:verbos transitivos e intransitivos;

- as sentenças simples e complexas;

- a adjunção;

- a coordenação e a subordinação;

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Análise Linguística

O estudo da língua que se fundamenta no discurso, ou texto, extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase. Busca-se, na análise lingüística, verificar como os elementos verbais – os recursos disponíveis da língua -, e os elementos extraverbais – as condições e situações de produção – atuam na construção de sentido do texto.

Para Soares (1999), a reflexão lingüística deve-se voltar para a observação e análise da língua em uso, visando à construção de conhecimentos sobre o sistema lingüístico, o que inclui morfologia sintaxe; variedades da língua portuguesa; os diferentes registros; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual.

O professor poderá instigar no aluno a percepção da multiplicidade de usos e funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções frasais, a reflexão sobre essas e outras particularidades lingüísticas observadas no texto, conduzindo-o às atividades metalingüísticas, à construção gradativa de um saber lingüístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.

O ensino da nomenclatura gramatical, de definições ou regras a serem construídas, deve ocorrer após o aluno ter realizado a experiência de interação com o texto. Assim, o trabalho com a gramática, passa a implicar que o aluno compreenda o que seja um bom texto, como é organizado, como os elementos gramaticais ligam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando idéias defendidas pelo autor.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

É nos processos educativos, e notadamente nas aulas da Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instancias de uso da língua, em instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, educadores de Língua Portuguesa e Literatura, bem como os educandos têm a função de aprimorar as possibilidades do domínio nas práticas discursivas da oralidade, da leitura e da escrita.

É interessante que as outras matérias também auxiliam quanto ao uso da norma culta.

No ambiente escolar, educadores de língua portuguesa e literatura, bem como os educandos têm a função de aprimorar as possibilidades do domínio nas práticas discursivas da oralidade, da leitura e da escrita.

ORALIDADE

� Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções tomadas, colher ou dar informações, fazer e dar entrevistas;

� Apresentar resumos, expor programações, dar avisos, fazer convites, etc; � Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um

filme, um livro e também depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno ou pessoas de seu convívio;

� Debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação;

� Contação de histórias, dramatização; � Pesquisas com apresentação oral.

LEITURA

� Identificar entre os mesmos níveis de registros as similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita;

� Construir significados após leitura e discussão de textos; � Interpretação e estabelecimento de comparações entre autores e textos; � Confrontar as linguagens nos diferentes tipos de textos;

ESCRITA

� Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, truncamentos, mudanças de construção textual, descontinuidade do discurso, grau de formalidade, comparação com outros textos.

� Produção de textos variados: relatos (histórias de vida), poemas, contos, crônicas, notícias, resumos, bilhetes, cartas, cartazes e avisos.

4. AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho e crescimento do aluno ao longo do ano letivo.

É também importante utilizar a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo e ou objetivo.

A avaliação deve constituir-se em uma prática reflexiva e contextualizada que possibilite aos alunos a compreensão dos elementos contidos no texto, a expressão de idéias com fluência, argumentação e produção textual que contemple os elementos necessários, tais como: originalidade, criticidade, correção gramatical, coesão e coerência.

A recuperação paralela se estudos dar-se-á de forma paralela de acordo com os conteúdos estudados no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão do conteúdo básico.

5. REFERENCIAS

MUNICÍPIO – DOIS VIZINHOS

COLÉGIO ESTADUAL LEONARDO DA VINCI – ENSINO FUNDAMETAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL

DISCIPLINA – MATEMÁTICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao longo da história da humanidade os conhecimentos matemáticos foram

sendo construídos para atender as necessidades dos povos. Posteriormente

estes conhecimentos foram universalizados, contribuindo para resolver outras

situações.

Percebe-se que, apesar das profundas e diversas transformações ocorridas

na humanidade até os dias atuais, a essência que justifica a importância da

disciplina se mantém, ou seja, a matemática deve servir como instrumento para

o ser humano resolver situações do seu dia-a-dia, compreendendo e interagindo

na realidade social, econômica e política onde está inserido, tendo possibilidade

de promover mudanças de acordo com as necessidades que possam surgir.

Busca-se, para atender este propósito, orientar o estudante para que

construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e particularmente

do cidadão, concebendo a matemática como uma ciência a ser experienciada.

2. CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude, conceitos ou práticas que justificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a

compreensão de seu objeto de ensino. Constituem-se historicamente e são

legitimados nas relações sociais. São eles:

-Números, operações e álgebra;

-Medidas;

-Geometria e

-Tratamento da informação

A partir dos conteúdos estruturantes acima relacionados, os conteúdos

específicos de cada série são os seguintes:

5ª série:

- formas geométricas

- números naturais e decimais

- áreas e perímetros

- resolução de problemas

- frações e porcentagens

- múltiplos e divisores

- expressões numéricas

6ª série:

- números inteiros

- proporcionalidade e porcentagem

- equações

- ângulos, polígonos e circunferência

- perímetro, área e volume

7ª série:

- medidas

- potências e raízes

- expressões algébricas e equações

- cálculos algébricos

- propriedades das figuras geométricas

- estatística

- sistemas de equações

8ª série:

- conjuntos numéricos

- potenciação e radiciação

- equações de 1º e 2º graus

- semelhança de polígonos

- trigonometria

- probabilidade e estatística

- noções de funções

- círculo e circunferência

- matemática financeira

- perímetro, área e volume

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Com o novo enfoque no papel de ensino-aprendizagem da matemática,

para a inserção do educando no mundo do trabalho, no mundo das relações

sociais e no mundo da cultura é necessário redirecionar a disciplina no sentido

da formação de capacidades intelectuais, da estruturação do pensamento, da

agilização do raciocínio do aluno, da sua aplicação a problemas, situações da

vida cotidiana e atividades do mundo do trabalho, bem como do apoio a

construção de conhecimentos em outras áreas curriculares.

Nesse sentido, a busca de estratégias, a comprovação e justificativas de

resultados, a criatividade, a iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia

devem nortear todo trabalho pedagógico para a construção do conhecimento,

sendo o professor o mediador nesta construção, através de atividades e

estratégias que possibilitem uma nova relação entre o educando e educador.

A matemática, alicerce de quase todas as áreas do conhecimento e dotada

de uma arquitetura que permite desenvolver os níveis cognitivos e criativos,

deve fazer emergir habilidades e criar, resolver problemas, modelar. Para que a

aprendizagem possa ocorrer é necessário desenvolver nos alunos, a capacidade

de ler e interpretar o conhecimento acumulado e o cotidiano.

Para tanto, é necessário resgatar a autonomia dos alunos, levando-os a

criar hipóteses, buscar soluções alternativas, através de discussões coletivas em

sala de aula, compartilhando as experiências e procedimentos.

Desenvolver o raciocínio matemático ocorre não apenas pela resolução de

problemas, mas explorando os domínios e habilidades através de desafios,

transformando o conteúdo matemático num instrumento de comunicação e

expressão, analisando e interpretando as informações de que dispõe.

Neste contexto serão também úteis a modelagem matemática, a

etnomatemática, as mídias e tecnologias, a história da matemática, a resolução

de problemas e os jogos e desafios.

4. AVALIAÇÃO

Com o desenvolvimento das pesquisas realizadas em educação

matemática, percebe-se um crescimento das possibilidades do ensino e da

aprendizagem em matemática. Por conta disso, a avaliação merece uma

atenção especial.

É necessário que o professor reconheça que o conhecimento matemático

não é fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente, por isso

é importante que os alunos explicitem os procedimentos adotados.

A avaliação tem um papel de mediação no processo de ensino-

aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos

integrados na prática docente. Portanto, cabe ao professor considerar

encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de

noções e subjetividades, isto é, buscar diversas formas e/ou instrumentos

avaliativos tais como: prova escrita, orais, questionamentos, resolução de

exercícios no caderno, trabalhos, pesquisas e sempre que necessário haverá

recuperação paralela.

- Provas escritas: com exercícios que avaliem o conhecimento e a

capacidade de desenvolver os problemas utilizando raciocínios lógicos.

- Trabalhos: na forma de pesquisas históricas ou resolução de problemas.

- Avaliação oral: com questionamentos no momento da resolução das

atividades no quadro ou o aluno resolvendo no quadro explicando.

O professor é responsável pelo processo ensino-aprendizagem e precisa

levar em conta os erros de raciocínio e de cálculo do ponto de vista do processo

de aprendizagem. Nesse sentido, ele passa a subsidiar o planejamento de

novos encaminhamentos metodológicos. Desta forma, o professor poderá

problematizar:

-Por que o aluno foi por este caminho e não por outro?

-Que conceitos utilizaram para resolver uma atividade de uma maneira

equivocada?

-Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas a uma compreensão de

conceitos?

-Que conceitos precisam sem discutidos e rediscutidos?

-Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno, ou ele fez uma

tentativa mecânica de resolução?

Uma prática avaliativa em educação matemática precisa de

encaminhamentos metodológicos que abram espaço a interpretação e a

discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e a compreensão por parte

do aluno. E, para que isso aconteça, é fundamental o diálogo entre professor-

aluno na tomada de decisões com relação aos critérios utilizados para se avaliar.

Segundo D’Ambrósio a “avaliação deve ser orientação para o professor na

condução de sua prática docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter

alunos na construção de seus esquemas de conhecimento teórico e prático.

Selecionar, classificar, filtrar, reprovar e aprovar indivíduos para isto ou aquilo

não é missão de educador”.

A recuperação paralela deverá contemplar os conteúdos trabalhados e não

assimilados, permitindo que o aluno consiga demonstrar aquisição de

conhecimento e habilidades através da oferta da mesma.

5. REFERÊNCIAS

BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo; Edgard Blucher, 1996.

CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática. 4 ed. Lisboa; Gradiva,

2002.

D’AMBRÓSIO, U. BARROS, J. P. D. Computadores, escola e sociedade. São

Paulo; Scipione, 1988.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática–arte ou técnica de explicar e conhecer. São

Paulo; Ática, 1998.

D’AMBRÓSIO, U. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da

matemática. In: BICUDO, M, V; BORBA, M. Educação matemática; pesquisa e

movimento. São Paulo; Cortez, 2004. p. 13-29.

FIORENTINO, D., LORENZATO, S. O profissional em educação matemática.

Mar. 2006.

LINS, R, C; GIMENEZ, J. Perspectiva em aritmética e álgebra para o século XXI.

5 ed. Campinas, São Paulo; Papiros, 2005.

PONTE, J, P, et. Al. Didática da matemática. Lisboa; Ministério da

Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.