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Colégio Estadual Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR
PARANAVAÍ – PARANÁ
2012
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SUMÁRIO
1 - APRESENTAÇÃO...................................................................................... 3
2 - IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA.................................................................. 5
3 – ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR............................................ 6
4 – NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO.................................................... 8
4.1 – ENSINO FUNDAMENTAL – Características.......................................... 8
4.2 – MATRIZ ESCOLAR CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL......... 9
4.3 – CURRÍCULO DAS DISCIPLINAS ENSINO FUNDAMENTAL............. 13
– Artes.............................................................................................................. 13
– Ciências........................................................................................................ 22
– Educação Física........................................................................................... 30
– Ensino Religioso........................................................................................... 41
– Geografia...................................................................................................... 49
– História........................................................................................................ 57
-- Português .................................................................................................... 71
– Matemática.................................................................................................. 82
- Língua Estrangeira Moderna – Inglês.. ........................................................ 89
5 – ENSINO MÉDIO - Características............................................................. 95
5.1 - MATRIZ ESCOLAR CURRICULAR ENSINO MÉDIO........................... 96
5.2 - CURRÍCULO DAS DISCIPLINAS ENSINO MÉDIO............................... 96
– Arte............................................................................................................... 99
– Biologia......................................................................................................... 107
– Educação Física.......................................................................................... 115
– Filosofia......................................................................................................... 126
– Física............................................................................................................ 137
– Geografia...................................................................................................... 144
– História.......................................................................................................... 152
– Língua Estrangeira Moderna – Inglês........................................................... 168
- Língua Portuguesa 171
– Matemática................................................................................................... 186
– Química......................................................................................................... 193
– Sociologia..................................................................................................... 200
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- Língua Estrangeira Moderna - Espanhol....................................................... 206
6 – EDUCAÇÃO ESPECIAL - Características................................................. 216
7 – REFERÊNCIAS......................................................................................... 221
8 – PARECER DO NRE................................................................................... 226
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
1 APRESENTAÇÃO
Uma análise da conjuntura mundial e brasileira revela a necessidade de
construção de uma educação básica voltada para a cidadania.
Isso não se resolve apenas garantindo a oferta de vagas, mas sim se
oferecendo um ensino de qualidade, ministrado por professores capazes de
incorporar ao seu trabalho os avanços das pesquisas nas diferentes áreas de
conhecimento e de estar atentos às dinâmicas sociais e suas implicações no âmbito
escolar.
A proposta foi desenvolvida a partir da necessidade de apontar e desenvolver
indicativos que pudessem oferecer alternativas didático-pedagógicas para a
organização do trabalho pedagógico, a fim de atender às necessidades e às
expectativas das escolas e dos professores na estruturação do currículo.
Consiste na possibilidade objetiva de pensar a escola a partir de sua própria
realidade, privilegiando o trabalho coletivo.
Conceber o processo de aprendizagem como propriedade do sujeito implica
valorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente,
com a escola. Situações escolares de ensino-aprendizagem são situações
comunicativas, nas quais os alunos e professores co-participam, ambos com uma
influência decisiva para o êxito do processo.
A escola preza pela ação prioritária de trabalho com o conhecimento para o
exercício pleno da cidadania e que seja um dos instrumentos que contribui para a
transformação social. Uma escola em que, ao se trabalhar os saberes, por meio do
processo de ensino e aprendizagem, promovam quem aprende e quem ensine e,
nessa simbiose, seja produzida as bases de uma nova sociedade que se
contraponha ao modelo gerador de desigualdades e exclusão social que impera nas
políticas educacionais de inspiração neoliberal.
A proposta curricular terá a base disciplinar, ou seja, a ênfase é nos
conteúdos científicos, nos saberes escolares das disciplinas que compõem a grade
curricular.
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É fundamental que os problemas da prática social sejam enfrentados e
passem de uma ação assistemática para a da sistematização, com a clareza e
transparência necessária à compreensão de todos os sujeitos envolvidos na
dinâmica escolar.
Como orientações gerais ficaram estabelecidas: o compromisso com a
redução das desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o
desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da
educação básica e da escola pública, gratuita de qualidade como direito fundamental
do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino; e a
compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos. A velha
dicotomia entre fazer e pensar precisa ser rompida com ações efetivas. Reconhecer
que o professor é o sujeito que pensa, cria, produz e trabalha com o conhecimento,
é valorizar a sua ação reflexiva e sua prática.
Nos últimos anos o Brasil tem avançado em direção à democratização do
acesso e da permanência dos alunos no Ensino Fundamental. A aprovação da lei
11.274/06 faz a alteração do ensino fundamental de oito para nove anos,
transformando o último ano da educação infantil no primeiro ano do ensino
fundamental com matrícula obrigatória aos seis anos.
Neste contexto é essencial a (re) organização da escola para o Ensino
Fundamental, necessita para isso, rever a sua estrutura, as formas de gestão, os
ambientes, os espaços, os tempos, os materiais, os conteúdos, as metodologias, os
objetivos, o planejamento e a avaliação, para que os educandos se sintam inseridos
e acolhidos num ambiente propício à aprendizagem. É assegurar que a transição
para os diferentes sistemas de ensino ocorra da forma mais natural possível, não
provocando rupturas e impactos negativos no seu processo de escolarização.
Assim, caberá ao conjunto da comunidade escolar, impulsionado pelos
sistemas, a sistematização do comprometimento de todos com aquilo que é
relevante para orientar as ações da escola em busca de um ensino de qualidade,
inclusive a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos.
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2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
2.1 - Colégio Estadual Adélia Rossi Arnaldi. E.F.M.
Código: 0943
2.2 - Município: Paranavaí
Código: 1860
2.3 - Dependência Administrativa
Estadual
Código: 0943
2.4 - N R E: Paranavaí
Código: 22
2.5 - Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná
2.6 Ato de Autorização de Funcionamento da Escola/Colégio
Resolução nº. 3.892/77 de 15/09/1977
2.7 Ato de Reconhecimento da Escola/Colégio
Resolução: 2.812/81 de 30/12/1981
2.8 Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar
nº. 195/05 de 01/02/2005
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3 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
3.1 – Níveis e Modalidades de Ensino
Ensino Fundamental 5ª/8ª série
Ensino Médio
Educação Especial - Sala de Recursos
ETC BRASIL
3.2 – Quadro Geral de Pessoal
N° de Turmas: 22
N° de Alunos: 610
N° de Professores: 45
N° de Pedagogos: 02
N° de Funcionários: Agente Educacional I: 08 Agente Educacional II :05
N° de Diretores Auxiliares: 01
3.3 - Turnos de Funcionamento
Manhã, Tarde e Noite.
3.4 - Ambientes Pedagógicos
Sala de Recursos
Sala de Apoio
Laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia.
Biblioteca
CELEM
Laboratório de Informática
3.5 – Organização do Tempo Escolar
Ensino fundamental: Série
Ensino Médio: Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais
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3.6 – Organização Curricular
Disciplina
3.7 – Como são ofertados os estudos sobre o Paraná
Interdisciplinarmente
3.8 – Avaliação: Formas de Registro
Notas
3.9 – Periodicidade da Avaliação
Ensino fundamental: Trimestral
Ensino Médio: Bimestral
3.10 – Intervenções Pedagógicas
Recuperação de Estudos
Sala de Apoio
Atendimento Individualizado
Sala de Recursos
3.11 - Estratégias para articulação escola/família/comunidade
Reuniões de acompanhamento
Bimestral/Trimestral
Grupos de Estudos para Pais
Atendimento Individualizado
Palestras
Festividades
3.12 – Instâncias Colegiadas
Grêmio Estudantil
Conselho Escolar
APMF
Conselho de Classe
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4 NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO
4.1 – Ensino Fundamental: Características
O processo de construção da escolarização do ensino fundamental da rede pública estadual tem como referência as orientações legais decorrentes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional n° 9394/96. Esta lei estabeleceu que a educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio, tendo por finalidades “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.” (Art.21LDBEN/96).
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que o
Ensino Fundamental seja prioridade no atendimento escolar, justificando o seu
caráter obrigatório e gratuito, inclusive para as pessoas que não tiveram acesso a
escolarização em idade própria e constitui-se, portanto, em um direito público
subjetivo. Público na medida em que a sua oferta não se restringe ao interesse
individual, mas de toda a sociedade, e subjetivo porque todo cidadão individual ou
coletivamente tem direito de exigir do Estado a sua oferta.
O Plano Nacional de Educação e a determinação legal Lei nº 10.172/2001,
propõe a implantação progressiva do Ensino Fundamental de nove anos, com a
inclusão da matrícula obrigatória das crianças de seis anos, uma vez que permite
aumentar o número de crianças incluídas no sistema educacional.
Neste contexto, o Ensino Fundamental regular tem nove anos de duração,
organizado em dois segmentos – cinco anos iniciais e quatro anos finais atendendo
a crianças e jovens na faixa etária de 6 a 14 anos.
Também é prioridade no Ensino Fundamental a definição de políticas que
viabilizem a superação de rupturas na educação fundamental, além de garantir o
atendimento de toda a demanda da educação.
Oportunizar a todos os alunos conhecimentos específicos das diferentes
linguagens; questionando práticas excludentes que persistem no meio escolar
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contribuindo para a manutenção das desigualdades sociais, quando as mesmas não
forem superadas por encaminhamentos pedagógicos adequados.
A efetiva universalização do ensino ocorrerá desde que se assegure o
acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos.
Assegurar a valorização da cultura dos povos para que o aluno possa
compreender o mundo e sua relação com ele.
A escola deve proporcionar um ensino diferenciado, através da flexibilização e
adaptação curricular para desta forma atender às necessidades de sua comunidade,
além de desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo.
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4.2 MATRIZ CURRICULAR
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR
NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - E FUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 - ENS. FUND. 6/9 ANO TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 - SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS /CÓDIGOS/ SÉRIES 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
ARTE 704 2 2 2 2
CIÊNCIAS 301 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 601 3 3 3 3
ENSINO RELIGIOSO * 502 1 1 0 0
GEOGRAFIA 401 3 3 3 3
HISTÓRIA 501 3 3 4 3
LÍNGUA PORTUGUESA 106 4 4 4 4
MATEMÁTICA 201 4 4 4 4
SUB. TOTAL 22 22 22 22
PARTE
DIVERSIFICADA
L. E. M. - INGLÊS 1107 2 2 2 2
SUB. TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº. 9394/96
*OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO COMPUTADA NAS 800 HORAS.
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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR
NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - E FUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 - ENS. FUND. 6/9 ANO TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 - SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS /CÓDIGOS/ SÉRIES 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
ARTE 704 2 2 2 2
CIÊNCIAS 301 3 3 3 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 601 3 3 3 3
ENSINO RELIGIOSO * 502 1 1 0 0
GEOGRAFIA 401 3 3 3 3
HISTÓRIA 501 3 3 4 3
LÍNGUA PORTUGUESA 106 4 4 4 4
MATEMÁTICA 201 4 4 4 4
SUB. TOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
L. E. M. - INGLÊS 1107 2 2 2 2
SUB. TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº. 9394/96
*OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO COMPUTADA NAS 800 HORAS.
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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº. 9394/96
* OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA, NÃO COMPUTADA NAS 800 HORAS.
NRE: 22 – PARANAVAÍ MUNICÍPIO 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - E FUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4000 - ENS. FUND. 6/9 ANO TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 - SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS /CÓDIGOS / SÉRIES 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
ARTE 704 3 3 2 2
CIÊNCIAS 301 3 3 4 4
EDUCAÇÃO FÍSICA 601 2 2 2 2
ENSINO RELIGIOSO * 7502 1 1 0 0
GEOGRAFIA 401 4 3 4 3
HISTÓRIA 501 3 4 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 106 4 4 4 4
MATEMÁTICA 201 4 4 4 4
SUB. TOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICA
DA
L. E.M. - INGLÊS 1107 2 2 2 2
SUB. TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
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ARTE
A - Apresentação
Desde o início da história da humanidade a arte tem se mostrado uma práxis
presente em todas as manifestações culturais. O homem primitivo desenhou nas
paredes das cavernas e teve que aprender e construir conhecimentos para difundir
esta prática e compartilhar com outras pessoas o que aprendeu.
A aprendizagem e o ensino da arte sempre existiram e se transformaram ao
longo da história de acordo com normas e valores estabelecidos em diferentes
ambientes culturais. Com isso tem-nos oportunizado a aprofundar e compreender
sobre a posição atual do ensino de arte em nosso país e no Paraná.
A disciplina de Arte, composta por quatro áreas (Música, Teatro, Dança e
Artes Visuais) é de suma importância na formação do educando, pois seu ensino
possibilita a este, ampliar o repertório cultural a partir dos conhecimentos estéticos e
artísticos de forma contextualizada. Assim, objetiva que o mesmo possa expandir
suas potencialidades criativas, percepção e apreciação, o pensamento crítico, a
interpretação e a transformação do mundo bem como a si mesmo.
É importante que o aluno compreenda que a Arte está presente em todas as
sociedades, e que por meio dela o ser humano se torna consciente de sua
existência tanto individual como social, produz maneiras de ver e sentir diferente em
cada momento histórico o que determinará seu processo de criação e produção
artística.
Os conteúdos estruturantes selecionados nessa disciplina vêm constituir a
base para a prática pedagógica, articulados entre si compreendem todos os
aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de organização dos
conteúdos específicos. Tais conteúdos basilares na organização de Arte, não podem
ser vistos como elementos limitadores ou segmentados, pois apresentam uma
unidade interdependente, permitindo correspondência entre as linguagens.
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B- Conteúdos
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÁREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
MÚSICA
Altura
Duração Timbre
Intensidade Densidade
Ritmo
Melodia Escalas: diatônica
pentatônica Cromática
Improvisação
Greco-Romana
Oriental Ocidental Africana
ARTES VISUAIS
Ponto Linha
Textura Forma
Superfície Volume
Cor Luz
Bidimensional
Figurativa Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...
Gêneros: cenas da mitologia...
Arte Greco-Romana
Arte Africana Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
TEATRO
Personagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais Ação
Espaço
Enredo, roteiro.
Espaço Cênico, adereços Técnicas: Jogos teatrais, teatro indireto e direto,
improvisação, manipulação, máscara...
Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
DANÇA
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo Ponto de Apoio
Movimentos articulares
Fluxo (livre e interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e indireto)
Dimensões (pequeno e grande)
Pré-história
Greco-Romana Renascimento
Dança Clássica
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Técnica:
Improvisação Gênero: Circular
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÁREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
MÚSICA
Altura
Duração Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia Escalas
Gêneros: folclórico, indígena, popular e
étnico
Técnicas: vocal, instrumental
e mista Improvisação
Música popular
e étnica (ocidental
e oriental)
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Forma Textura
Superfície Volume
Cor Luz
Proporção
Tridimensional Figura e fundo
Abstrata Perspectiva
Técnicas: Pintura,
escultura, modelagem,
gravura...
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza
morta...
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense
Renascimento Barroco
TEATRO
Personagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação Espaço
Representação,
Leitura dramática, Cenografia.
Técnicas: jogos teatrais, mímica,
improvisação, formas animadas...
Comédia dell’
arte Teatro Popular
Brasileiro e Paranaense
Teatro Africano
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Gêneros: Rua e arena,
Caracterização.
DANÇA
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Ponto de Apoio
Rotação Coreografia
Salto e queda Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre, interrompido e
conduzido)
Lento, rápido e moderado
Níveis (alto, médio e
baixo) Formação Direção
Gênero: Folclórica, popular e étnica
Dança Popular
Brasileira Paranaense
Africana Indígena
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÀREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
MÚSICA
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
ARTES VISUAIS
Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea
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TEATRO
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
DANÇA
Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÀREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
MÚSICA
Altura
Duração Timbre
Intensidade Densidade
Ritmo
Melodia Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Música Engajada Música Popular
Brasileira. Música
Contemporânea
ARTES VISUAIS
Linha Forma
Bidimensional Tridimensional
Realismo
Vanguardas
18
Textura Superfície Volume
Cor Luz
Figura-fundo Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte,
performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do
cotidiano...
Muralismo e Arte Latino-Americana
Hip Hop
TEATRO
Personagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e
faciais
Ação Espaço
Técnicas: Monólogo,
jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...
Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre Teatro do Absurdo
Vanguardas
DANÇA
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Ponto de Apoio Peso Fluxo
Quedas Saltos Giros
Rolamentos Extensão (perto e
longe)
Coreografia Deslocamento
Gênero: Performance
e moderna
Vanguardas
Dança Moderna Dança
Contemporânea
C- Metodologia
A arte é uma das dimensões do conhecimento que permeiam o currículo da
Educação Básica e que abrange as Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança,
possibilitando um trabalho pedagógico com foco na totalidade do conhecimento.
Inicialmente, é necessário conhecer os fundamentos teórico-metodológicos
que permeiam a disciplina de Arte, nas formas de como a arte é compreendida no
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cotidiano das escolas e, também, de como as pessoas buscam entendê-la. Algumas
dessas formas estão presentes no senso comum e refletem-se no trabalho
pedagógico com arte na atualidade: Arte como mímesis e representação, Arte como
expressão e Arte como técnica (formalismo).
A arte como mímesis e representação, desenvolvida na Grécia Antiga por
Platão e Aristóteles, é aquela que se fundamenta na representação fiel ou idealizada
da natureza e é considerada uma reprodução intencional que resulta numa
apreensão da forma conforme modelos estabelecidos. Por muito tempo, esta
concepção foi tida como referência formativa no ensino de Arte.
A arte como expressão, no movimento romântico do final do século XVIII se
contrapôs a forma de como a arte era produzida desde a Antiguidade Clássica,
Renascimento até a segunda fase da Revolução Industrial, buscando uma nova
forma de entendê-la. A arte passa então a se fixar, numa concepção em que o
artista expressa em suas obras, seus sentimentos e emoções.
Arte como técnica (formalismo) no início do século XX, é uma concepção pela
qual a arte passa a ser analisada somente pela sua técnica, considerando a obra de
arte pelas suas propriedades formais, é a idéia da forma pela própria forma.
Estas concepções de arte se fazem presentes no cotidiano da escola e cabe
ao professor refletir e reorganizar a sua prática pedagógica na aplicação destas no
processo educativo dos alunos. Buscar definir a arte e entendê-la pressupõe abordar
campos conceituais que historicamente foram construídos sobre ela: conhecimento
estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível
e cognitivo e o conhecimento da produção artística relacionado aos processos do
fazer artístico e da criação como forma de organização e estruturação do trabalho
artístico.
O enfoque dado ao ensino de Arte na Educação Básica funda-se na relação
entre arte e sociedade, fundamentando-se nas concepções de arte no campo das
teorias críticas abordando a arte como ideologia, arte como forma de conhecimento
e arte como trabalho criador. Sob tal perspectiva, Vasquez (1978) aponta que estas
três interpretações são fundamentais para o entendimento da arte no convívio social.
A arte como ideologia nos faz refletir que a arte é produto de um conjunto de
idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma
classe. A arte não é só ideologia, porém, ela está presente nas produções artísticas.
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A arte como forma de conhecimento mostra que a arte é organizada e
estruturada por um conhecimento próprio, por um conteúdo formal, que ao mesmo
tempo possui um conteúdo social e que tem como objeto o ser humano em suas
múltiplas dimensões.
A dimensão da arte como trabalho criador considera que ao criar o ser
humano recria-se, constituindo-se como um ser humano criador, sensível,
consciente, capaz de compreender e transformar a realidade. O trabalho artístico
além de representar, objetivamente ou não, uma dada realidade constitui-se, em si
mesma, numa nova realidade social concreta.
Estas concepções de arte são fundamentais para o desenvolvimento do
ensino desta disciplina na escola, no entanto deve-se ter uma coerência entre os
fundamentos teóricos - metodológicos, os conteúdos, os objetivos, a metodologia e a
avaliação para uma aprendizagem efetiva. Na Educação Básica, a disciplina de Arte
busca propiciar aos alunos um conhecimento sistematizado, porém é necessário
conhecer os elementos que a constitui, elementos estes que são basilares,
denominados de Conteúdos Estruturantes. Estes conteúdos (elementos formais,
composição, movimentos e períodos) são os fundamentos para a compreensão de
cada uma das áreas de Arte.
Os elementos formais são tidos como a matéria prima para o
desenvolvimento do trabalho artístico; a composição é o processo de organização e
estruturação dos elementos que constituem a produção artística; os movimentos e
períodos se caracterizam pelo contexto histórico presente numa composição
artística.
D- Avaliação
O processo de avaliação é contínuo e cumulativo do desempenho de cada
aluno, sendo superiores os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Na
Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação, cap. I, art 8º, a avaliação
almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em
consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação
nas atividades realizadas”.
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Nesse sentido, a observação e registro dos caminhos percorridos pelos
alunos em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e
dificuldades percebidas em sua criações/produções tornam-se fundamentais.
Pensar os critérios de avaliação que devem orientar o ensino da Arte é
essencial para o entendimento dos conteúdos que abrangem todas as áreas da arte
que podem ser resumidos nas seguintes expectativas de aprendizagem:
compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a
sociedade; produção de trabalhos artísticos visando a atuação do sujeito em sua
realidade singular e social; apropriação prática e teórica das formas de compor nas
diversas áreas da arte.
É necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas
tanto em seus aspectos, experiências (prática), quanto conceituais (teórico), sendo a
avaliação consistente e fundamentada, permitindo ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
E- Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Arte . Curitiba: SEED-PR, 2008.
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CIÊNCIAS
A- Apresentação
Desde que o homem primitivo começou a se interessar e a observar os
fenômenos que ocorriam ao seu redor e a aprender com eles, procurando satisfazer
suas necessidades cotidianas e facilitar sua vida, a ciência já estava presente,
embora não apresentasse o caráter sistematizador do conhecimento.
Essas observações possibilitaram ao homem aperfeiçoar suas técnicas,
fabricar novos instrumentos, aprender a armazenar o excesso de suas produções,
desenvolverem noções de cálculo para construção, criar calendários a partir dos
movimentos celestes... Enfim, formular teorias, crenças e valores, ponto de partida
para o aparecimento de uma ciência racional, a filosofia. Fazendo com que o
homem, no decorrer da história, mudasse a forma de expressar seu conhecimento
referente ao mundo e desta forma, a ciência passa a ser determinada pela maneira
com que ele expressa esse conhecimento.
Portanto, ao se pensar em Ciências como construção humana, falível e
intencional, numa perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do
pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói.
O conhecimento da história da ciência propicia, ao ensinar e aprender Ciências, uma
visão dessa evolução ao aprender seus limites e possibilidades temporais e,
principalmente ao relacionar essa história com as práticas sociais as quais está
diretamente vinculada.
O aprendizado da Ciência deve ser baseado na interação professor/natureza,
para uma compreensão do mundo, interpretando os fenômenos da natureza, a partir
de uma postura investigativa e reflexiva. Grande parte do conhecimento científico é
produzido sem uma finalidade prática. Os diferentes ramos das Ciências Naturais
(Astronomia, Biologia, Física, Química e Geociências) estudam os fenômenos
naturais, buscando a compreensão do universo. Já, o objetivo da tecnologia é a
finalidade prática, mas hoje Ciência e Tecnologia se associam amplamente,
modificando cada vez mais o mundo e o próprio ser humano. Por isso a divisão que
23
se faz entre tecnologia e conhecimento científico são na maioria das vezes
imprecisa.
A partir do século XX, as contribuições da ciência para a humanidade são
incontáveis, mediante os avanços da química, da física e da biologia. Entretanto, a
ciência também tem momentos de efeitos negativos ao incrementar as guerras e
influenciar a miséria de muitos.
A disciplina de ciências foi inserida no currículo a partir da reforma de
Francisco Campos, através do Decreto 19.890/31.
Dentro deste contexto ao analisarmos a educação e o currículo de Ciências,
em cada momento histórico percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma
trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada
período, determinando assim, a mudança de foco do processo de ensino e de
aprendizagem. Na atual concepção, a disciplina de Ciências se constitui num
conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os
fenômenos da natureza e suas interferências no mundo. Por isso, estabelece
relações entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre
outros e o cotidiano, entendido aqui como os problemas reais, socialmente
importantes, enfim, a prática social.
Diante de vários determinantes históricos, as Diretrizes
Curriculares vêm propor uma abordagem crítica e histórica dos conteúdos para a
disciplina de Ciências que priorize os conhecimentos científicos físicos, químicos e
biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de considerar as
implicações da relação entre ciência, a tecnologia e a sociedade.
Nesta perspectiva, o currículo de Ciências permitirá os alunos estabelecer
relações entre o mundo natural (conteúdo da Ciência), o mundo construído pelo
homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade), potencializando a função social da
disciplina, pois, orienta uma tomada de consciência por parte dos alunos e,
consequentemente influi na tomada de decisões desses sujeitos como agente
transformadores da sociedade.
Na disciplina de Ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir
da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do
currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de
especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999).
24
Os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados em todas as séries, a
partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina adequados ao nível de
desenvolvimento cognitivo do estudante.
No conteúdo estruturante Astronomia busca-se explicações alternativas para
acontecimentos regulares da realidade como o movimento aparente do sol, as fases
da lua, as estações do ano, as viagens espaciais entre outros. Além disso, possibilita
estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo.
O conteúdo estruturante Matéria permite o entendimento não somente sobre
as coisas perceptivas como também sobre sua constituição, indo além daquilo que
num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos
sistemas do organismo, bem como suas características específicas de
funcionamento. Permite a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o
funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas
que integram o organismo vivo.
No conteúdo estruturante Energia, as diretrizes não destacam uma definição.
Tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de
compreender o conceito energia no que se refere as suas várias manifestações,
como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia
luminosa, nuclear, bem como os mais variados tipos de conservação de uma forma
em outra.
O conteúdo estruturante Biodiversidade visa, por meio de conteúdos
específicos a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos
intrarrelacionados. Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica
ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em
diferentes níveis de complexidade habita em diferentes ambientes, mantém suas
inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON,
1997).
Todos os conteúdos estruturantes deverão abordar os conteúdos básicos e
estes desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos professores
em função de interesses regionais e do avanço na produção do conhecimento
científico.
25
B– Conteúdos
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Universo
Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes
Astros
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização
ENERGIA
Formas de energia
Conversão de energia Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistemas Evolução dos seres vivos
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos terrestres Movimentos celeste
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
Transmissão de energia
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BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Sistemática
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Origem e evolução do Universo
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Astros
Gravitação universal
MATÉRIA
Propriedades da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres
vivos Mecanismos de herança
genética
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
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BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas
C- Metodologia
A partir da concepção de Ciências é preciso que os partícipes do processo de
ensino e de aprendizagem busquem a construção humana, cujos conhecimentos
científicos são alterados ao longo da história da humanidade e marcados por
intensas relações de poder, orienta-se por uma abordagem crítica, priorizando os
conteúdos historicamente construídos.
Cabe ao professor estabelecer relações entre os conteúdos específicos
através de livros didáticos, contextualizando, de acordo com a série. Esse
encaminhamento objetiva a reflexão, a análise e a compreensão de aspecto para si
próprio, para os demais seres vivos e para o ambiente.
Mediante a atual concepção de Ciências os conteúdos específicos,
desdobrados dos conteúdos estruturantes, serão encaminhados metodologicamente
numa abordagem articulada seguindo uma perspectiva crítica e histórica;
considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos e a
prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos com a ciência,
a tecnologia e a sociedade e considerando no tratamento desses desdobramentos,
que o progresso industrial e tecnológico traz conseqüências para a sociedade,
podendo gerar graves problemas para os seres vivos e para o ambiente e
consequentemente, para a humanidade.
A partir disso, os conteúdos específicos podem estabelecer diálogos entre si,
com conteúdos estruturantes, com outras disciplinas, ampliando a compreensão dos
fenômenos naturais, problematizando a partir da prática social local que possam ser
ampliadas para problemáticas mais abrangentes, propiciando aos estudantes
modificações e intelectuais e qualitativas, passando de uma concepção científica
para uma mais elaborada.
O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a
um único método; nesse sentido, algumas possibilidades de encaminhamentos
serão a observação: o trabalho de campo, os jogos de simulação e desempenho de
28
papeis, visita as indústrias, fazendas, museus, projetos individuais e em grupos,
redações de cartas para autoridades, palestrantes convidados, fóruns, debates,
seminários, conversação dirigida, filmes, entre outros. Como também, outras
atividades que estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as que envolvem
música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações,
histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras – de
acordo com os conteúdos e séries trabalhadas.
Para o desenvolvimento das atividades os professores poderão usar os mais
variados recursos tecnológicos e pedagógicos: slides, fitas VHS, DVDs, CDs,
transparências, entre outros.
� Os conteúdos contemplarão a História e Cultura Afro descendente e
Africana em cumprimento a Lei 10639/03.
D- Avaliação
Segundo a Legislação Básica da Educação (LDB Lei nº 9394, de 20 de
dezembro de 1996), “a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. (Artigo 24,
Inciso V – a).
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem em
cada série, possibilitando ao professor por meio de uma interação diária,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriam dos
conteúdos específicos tratados durante este processo. É necessário que o processo
avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos
pelo professor, que considerem aspectos como os conhecimentos que os alunos
possuem sobre determinados conteúdos, a prática social destes alunos, o confronto
entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações
estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e
de aprendizagem e no seu cotidiano.
Para que esta proposta de avaliação atenda ao que se propõe, é preciso: que
conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados, onde os alunos
podem expressar os avanços na aprendizagem na medida em que interpretam,
29
produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e
argumentam defendendo o próprio ponto de vista. Com isso, será possível para o
professor fazer uma auto-avaliação, que orientará a continuidade da prática
pedagógica ou seu redimensionamento, realizando intervenções coerentes e com os
objetivos propostos para o ensino da disciplina de Ciências.
E- Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciênc ias . Curitiba: SEED-PR, 2008.
30
EDUCAÇÃO FÍSICA
A - Apresentação
A disciplina Educação Física iniciou-se nos currículos escolares a partir do
parecer do então deputado do Império Rui Barbosa com o projeto denominado
“Reforma do ensino Primário” e várias instituições complementares da instituição
Pública de 1882.
Nas décadas seguintes a Educação Física sofre a influência de diferentes
seguimentos tais como militar, médica, científica e esportiva, chegando a atualidade
com uma perspectiva da formação do professor e do profissional, com a licenciatura
e o bacharel, buscando assim ter na escola um professor capaz de desenvolver os
conteúdos da Educação Física de uma forma, reflexiva, ética e permanente no
educando. Desta forma a Educação Física se propõe no Ensino, integrar o aluno na
cultura corporal do movimento com as finalidades de lazer, de expressão de
sentimento, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde. Buscando o
desenvolvimento da autonomia, da cooperação e da participação social,
considerando o tipo de sociedade onde este saber foi produzido e proporcionando-
lhes condições de análise e reflexão para reelaboração do seu saber e
conseqüentemente reelaboração da sua cultura corporal. Viabilizando assim a
construção de uma postura de responsabilidade perante si e o outro, visando uma
construção de valores e atividades para a construção de sua autonomia.
Educação Física Escolar é o elemento educacional caracterizado pelo ensino
de conceitos, princípios, valores, atitudes e conhecimentos das dimensões
biodinâmica, comportamental e sócio-cultural do movimentar-se humano e da
corporeidade no sentido de propiciar ao aluno, através da prática reflexiva de
atividades fisiocorporais , a otimização de possibilidades e potencialidades do
desenvolvimento e da movimentação corporal harmoniosa e eficaz, objetivando
desenvolver consciência corporal e a capacitação para atingir objetivos em relação à
educação, saúde, trabalho, prática esportiva e expressão artística e corporal,
orientados para a conquista de um estilo de vida ativo e pleno exercício da
cidadania.
31
Observa-se, então, que a Educação Física possui uma especificidade própria
no processo de educação no ensino básico. Sua responsabilidade exclusiva, que
mais a diferencia das outras disciplinas, é caracterizada pela prática reflexiva de
atividades fisiocorporais através das quais o educando adquire os conhecimentos,
elabora seus conceitos, princípios, valores e atitudes sobre o movimentar-se
humano.
É esta vivência prática de atividades fisiocorporais que caracteriza e dá a
especificidade da Educação Física no processo educacional. Ela não é
simplesmente ensinada, mas fundamentalmente praticada, vivida pelo educando, e,
só através dessa prática cumpre as suas finalidades educativas. Isto, também,
singulariza a intervenção do professor de Educação Física em relação aos demais
professores do ensino básico.
Todavia, a Educação Física, incluída no processo educativo do ensino básico,
também, apresenta conteúdo da educação geral, como por exemplo, a difusão de
valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos,
respeito ao bem comum e à ordem democrática; promoção do desporto educacional
e apóio as práticas desportivas não-formais que devem estar incluídos em todas as
ações educativas do ensino básico (Art. 27, Lei 9394/96).
B - Conteúdos
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte
Coletivos
Individuais
• Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua evolução, seu contexto atual. • Propor a vivência de atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações
• Espera-se que o aluno conheça a origem dos esportes: • O surgimento de cada esporte suas primeiras regras; • Sua relação com jogos populares. • Seus movimentos básicos,ou seja, seus fundamentos.
32
às regras.
Jogos e
brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas
de roda
Jogos de cooperativos
Jogos de tabuleiro
• Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras. • Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos. • Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro
• Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brinquedos e brincadeiras, bem como apropriar-se efetivamente das diferentes formas de jogar; • Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos.
Danças
Danças de rua
Danças folclóricas
Danças criativas
• Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças. • Contextualizar a dança. • Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
• Conhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre outros) das diferentes danças; • Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de diferentes sequencias de movimentos.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
• Estudar a origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações. • Aprender e vivenciar os Movimentos Básicos da ginástica (ex: saltos, rolamento, parada de mão, roda) • Construção e experimentação de
materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticas. • Pesquisar a Cultura do Circo. • Estimular a ampliação da Consciência Corporal.
• Conhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas corporais circenses; • Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica: • Saltar; • Equilibrar; • Rolar/Girar; • Trepar • Balançar/Embalar; • Malabares.
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Lutas
Lutas de aproximação e capoeira
• Pesquisar a origem e histórico das lutas. • Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados as lutas. • Experimentar a vivência de jogos de oposição. • Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta. • Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.
• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos, as características das diferentes manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos característicos. • Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte
Coletivos
Individuais
• Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no decorrer da história. • Aprender as regras e os elementos básicos do esporte. • Vivência dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. • Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva.
• Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferenças de cada esporte, relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro. • Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes. • Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas.
• Recorte histórico delimitando tempos e
• Conhecer difusão dos jogos e brincadeiras
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Jogos e Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e Cantigas de Roda
Jogos de Tabuleiro
Jogos Cooperativos
espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras. • Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte. • Construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos. • Estudar os jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
populares e tradicionais no contexto brasileiro. • Reconhecer as diferenças e as possíveis relação existentes entre os jogos, brincadeiras e brinquedos. • Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.
Dança
Danças Folclóricas
Danças de Rua
Danças Criativas
Danças Circulares
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. • Experimentação de movimentos corporais rítmico/expressivos. • Criação e adaptação de coreografias. • Construção de instrumentos musicais.
• Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo e Maracatu. • Criação e adaptação de coreografia rítmica e expressiva. • Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.
Ginástica
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
• Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral. • Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos. • Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da Cultura Circense.
• Conhecer os aspectos históricos da ginastica ritmica (GR). • Aprendizado dos movimentos e elementos da GR como: • Saltos • Piruetas • Equilibrios.
• Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim como suas mudanças no decorrer da história.
• Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações das
35
Lutas
Lutas de aproximação
Capoeira
• Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.
lutas de aproximação e da capoeira. • Conhecer a história do judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos básicos como: as quedas, rolamentos e outros movimentos. • Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte
Coletivos
Radiciais
• Recorte histórico delimitando tempos e espaço, no esporte. • Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal , como: - Lazer -Esporte de rendimento - Condicionamento físico, assim como os beneficios e os malefícios do mesmo à saúde. • Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo. • Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. • Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.
• Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e saúde. • Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes. • Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.
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Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos. • Organização de Festivais. • Elaboração de estratégias de jogo.
• Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro. • Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e brinquedos.
Dança
Danças criativas
Danças circulares
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. • Análise dos elementos e técnicas de dança . • Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas sequências cômicas).
• Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças. • Montar pequenas composições coreográficas.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica. • Vivência prática das postura e elementos ginásticos. • Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pensando suas mudanças ao l ongo dos anos. • Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica. • Vivência de movimentos acrobáticos.
• Manusear os diferentes elementos da GR como: • corda; • fita; • bola; • maças; • arco. • Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
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Lutas
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
• Organização de Roda de capoeira • Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados à projeção e imobilização.
• Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas. • Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos e os significados da roda. • Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.
9º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEUDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Esporte
Coletivos
Radiciais
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços. • Organização de festivais esportivos. • Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. • Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos. • Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. • Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas.
Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e confecção de diferentes tipos de tabelas. Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se desenvolveram.
• Organização e criação de gincanas e
• Reconhecer a importância da
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Jogos e Brincadeiras
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios. • Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G. • Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos: • Visão do jogo; • Objetivo; • O outro; • Relação; • Resultado; • Consequência; • • Motivação.
Danças
Danças circulares
Dança s criativas
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança. • Organização de festivais de dança. • Elementos e técnicas constituintes da dança.
• Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu contexto histórico. • Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de origem africana. • Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica geral
• Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física. • Construção de coreografias. • Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e
• Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais. • Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo
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acrobacias). • Análise sobre o modismo relacionado à ginástica. • Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas. • Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).
perfeito.
Lutas
Lutas com instrumento
mediador
Capoeira
• Pesquisar a Origem e os aspectos os históricos das lutas.
• Conhecer aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas.
C- Metodologia
A educação pelo movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de
consciência de seu corpo e a partir daí, dar condições de promover através de uma
ação pedagógica o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.
Deverá permitir á criança a exploração motora, a descoberta da sua
realização, vivendo através das atitudes propostas, momentos que lhe dê condições
de criar novos caminhos a partir das experiências adquiridas criando novas formas
de atividades podendo assim, atingir os objetivos propostos.
Perceber que seu corpo se relaciona, cria, sofre repressões, vibra, percebe
seus ritmos íntimos e possibilita a realizar movimentos naturais utilizando todo o seu
ser como veiculo de expressão.
A atividade física deverá ser levada ao aluno como uma contribuição para
ampliação da consciência corporal. Trabalhando assim em uma perspectiva crítico-
superadora com uma metodologia interacionista e em alguns momentos diretiva com
aulas práticas sustentadas com a teoria que a acompanha.
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D – Avaliação
A avaliação entendida como parte do processo ensino-apredizagem, sendo
portando cumulativa, diagnóstica e qualitativa servindo como parâmetro para que o
professor possa redirecionar a avaliação, servirá ao professor como diagnóstico na
retomada de suas decisões e reflexões.
As avaliações se desenvolverão da seguinte forma:
• Observar se o aluno demonstra segurança para experimentar
situações propostas em aula, se participa das atividades propostas;
• Interagir com seus colegas sem estigmatizar de discriminar por razões
físicas, sociais, culturais ou de gênero.
• Diagnosticar se o aluno aceito as limitações impostas suas situações
de jogos, reconhecendo os benefícios para a saúde.
• Avaliar diariamente através da participação, assiduidade, disciplina e
interesse dos mesmos;
• Relacionar os elementos da cultura corporal com a saúde e a
qualidade de vida.
E – Referências
BREGOLATO, R. A. Cultura corporal do jogo. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005. _____ Cultura corporal da ginástica. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005. _____ Cultura corporal da dança. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005. _____ Cultura corporal do esporte. Coleção educação física escolar, no princípio da totalidade e na concepção histórico - critica. São Paulo: Ícone, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educa ção Física . Curitiba. 2008
41
ENSINO RELIGIOSO
A – Apresentação
Tendo em vista que o conhecimento religioso insere-se como patrimônio da
humanidade, e conformidade com a legislação brasileira que trata do assunto, o
Ensino Religioso, em seu currículo pressupõe promover aos educandos a
oportunidade processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de
estudar os movimentos religiosos específicos de cada cultura. Assim, um dos
grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino Religioso é efetivar uma
prática de ensino voltada para a superação do preconceito religioso, como também,
desprender-se do seu histórico confessional catequético, para a construção e
consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa.
A sociedade civil hoje reconhece como direito os pressupostos desse
conhecimento no espaço escolar, bem como valorização da diversidade em todas as
suas formas, pois a sociedade brasileira é composta por grupos diferentes.
O Ensino Religioso deve contribuir também para superar a desigualdade
étnico-religiosa e garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e de
expressão.
É certo que não se pode negar que as relações de convivências entre grupos
diferentes são marcadas pelo preconceito, sendo esse um dos grandes desafios da
escola, que pretende ser um espaço da discussão do objeto de estudo: O Sagrado
por meio do currículo do Ensino Religioso.
Ao resgatar o sagrado, o Ensino Religioso busca explicitar a experiência que
perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas
como em outras mais recentes.
Como parte da dimensão cultural, o sagrado influência a compreensão do
mundo e a maneira como o homem religioso vive seu cotidiano. Assim, o que para
alguns é normal e corriqueiro, para outros é encantador, sublime, extraordinário,
repleto de importância e, portanto, merecedor de tratamento diferenciado.
Desde tal respectiva, o sagrado perpassa todo o currículo de Ensino
Religioso, de modo a permitir uma análise mais complexa de sua presença nas
42
diferentes manifestações religiosas, cujas instâncias podem ser assim estabelecidas
como Conteúdos Estruturantes :
● Paisagem Religiosa: refere-se à materialidade fenomênica do sagrado,
apreendida por meio dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua
concretude, ou seja, os espaços sagrados;
● Símbolo: é a apreensão conceitual pela razão com que se concebe o sagrado,
pelos seus predicados, e se reconhece sua lógica simbólica. É entendido como
sistema simbólico e projeção cultura;
● Texto Sagrado: é a tradição e a natureza do sagrado como fenômeno. Pode ser
manifestado de forma material ou imaterial. É reconhecido por meio das Escrituras
Sagradas, das tradições orais sagradas e dos mitos;
● Sentimento religioso: é o seu caráter transcendente e imanente não racional. É
uma dimensão de inspiração presente na experiência religiosa; é a experiência do
sagrado em si. Essa dimensão, que escapa à razão conceitual em sua essência, é
reconhecida por seus efeitos. Trata-se do que qualifica uma sintonia entre o
sentimento religioso e fenômeno sagrado.
Portanto, o sentimento religioso perpassa as dimensões do sagrado, em
relação à atribuição de significados aos objetos, espaço e tempo, entre outras
formas que o caracterizam em suas manifestações. É um estado peculiar da
experiência religiosa centrada no sujeito.
O Ensino Religioso deve propiciar aos educandos a oportunidade de
identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às
diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que
tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve
favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa em suas relações éticas e sociais
diante da sociedade, fomentando medidas de repudio a toda e qualquer forma de
preconceito e discriminação e o reconhecimento de que todos nós somos portadores
de singularidade.
O processo de ensino e de aprendizagem proposto nas Diretrizes Curriculares
visa a construção e produção do conhecimento que se caracteriza pela promoção do
debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do confronto de
idéias, de informações discordantes, ainda, da exposição competente de conteúdos
formalizados.
43
Assim, o Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e
entender como os grupos sociais se constitui culturalmente e como se relacionam
com o Sagrado. E, ainda, compreender suas trajetórias, suas manifestações no
espaço escolar, estabelecendo relações entre cultura, espaços e diferenças, para
que no entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber,
passando a entender a diversidade da nossa cultura, marcada pela religiosidade.
No entanto, a disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os
estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente, e como
se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações
entre as culturas e os espaços por ela produzidos, em suas marcas de religiosidade.
Tratando nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribuirá para superar
desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de
crença e expressão e, por conseqüência, o direito à liberdade individual e política.
Dessa forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB
9394 ⁄ 96, é o desenvolvimento da cidadania.
B – Conteúdos
Os conteúdos estruturantes de Ensino Religioso não devem ser entendidos
isoladamente; antes, são referências que se relacionam intensamente para a
compreensão do objeto de estudo em questão e se apresentam como orientadores
para a definição dos conteúdos escolares.
Ao analisar os conteúdos específicos para 5° e 6° séries, pode- se identificar
sua proximidade e mesmo sua recorrência em outras disciplinas. Tal constatação
não deve constituir um problema, apenas explicita que na escola é organizado de
modo a favorecer a sua abordagem por meio de diferentes disciplinas, conforme as
prioridades de cada uma. No caso do Ensino Religioso, o sagrado é o objeto de
estudo da disciplina, portanto, o tratamento a ser dado aos conteúdos específicos
estará sempre a ele relacionado.
A relação do sagrado com os conteúdos estruturantes pode ser apresentada
conforme o seguinte esquema:
44
SAGRADO
Texto Sagrado Símbolo
6º ANO
● O Ensino Religioso na Escola Pública
- Orientações legais
- Objetivos
- Principais diferenças entre as aulas de religião e o Ensino Religioso como
disciplina Escolar.
● Respeito à diversidade religiosa
- Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à
liberdade religiosa.
- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão.
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
● Lugares Sagrados
- Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado
nestes locais.
- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas , cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.
● Textos Orais e Escritos – Sagrados
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes
culturas religiosas.
PAISAGEM RELIGIOSA
45
- Literatura oral e escrita: cantos, narrativas, poemas, orações, etc.
Exemplos: Vedas – Hinduísmo , Escrituras Baháís – Fé Bahá Í, Tradições Orais,
Africanas, Afro – Brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc
● Organizações Religiosas
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas
principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas
religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o
sagrado.
- Fundadores e ou Líderes Religiosos;
- Estruturas Hierárquicas.
- Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais : Budismo ( Sidarta
Gautama) , Confucionismo ( Confúcio ), Espiritismo ( Allan Kardec ), Taoísmo ( Lao
Tsé ), etc.
● Símbolos Religiosos
- Vestuário;
- As Roupas Religiosas e seus significados
- Fogo;
- Cruz;
- Estrela Davi
- Lua Crescente
- OM;
- Chave;
- Natureza;
Abordar a Lei 10.639-03 referente à História e Cultura Afro- Brasileira e Africana os
conteúdos acima.
7ºANO
● Universo Simbólico Religioso
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos
- Nos ritos
46
- Nos mitos
- No cotidiano
Exemplos Arquitetura Religiosa, Mantras, Parâmetros, Objetos, etc.
● Ritos
São práticas celebrativas das tradições; manifestações, formadas por um conjunto
de rituais.
Pode ser compreendido como a recapitulação de um acontecimento sagrado
anterior, e imitação, serve a memória e a preservação da identidade de diferentes
tradições; manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades
futuras a partir de transformações presentes.
- Ritos de passagem
- Mortuários
- Propiciatórios
- Outros
Exemplos Dança Xire – Camdomblé, KiKi Kaingang- ritual fúnebre , Via Sacra,
Festejo indígena de colheita, etc.
●Festas Religiosas
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos
diversos.
Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: festa do dente sagrado (budismo), ramada (islâmica), Kuarup (indígena),
festa de iemanjá (afro-brasileira), Pessach (judaísmo), etc.
● Vida e morte
As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas tradições,
manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
- O sentido da vida nas tradições ou manifestações religiosas.
- Reencarnação.
- Ressurreição: ação de voltar a vida.
- Além da morte.
47
- Ancestralidade: vida dos antepassados e espíritos dos antepassados que se
tornam presentes.
- Outras interpretações.
Abordar a Lei 10.639-03 referente à História e Cultura Afro- Brasileira e Africana os
conteúdos acima.
C- Metodologia
Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso,
não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem
utilizados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que
subsidiarão este trabalho.
Assim, como uma inovação proposta, é a abordagem dos conteúdos de ensino
religioso, tendo como objeto de estudo o Sagrado.
É fundamental que os problemas da pratica social sejam enfrentados e
passem de uma ação assistemática para a da sistematização, com a clareza e
transparência necessária a compreensão de todos os sujeitos envolvidos na
dinâmica escolar.
Como orientações gerais ficaram estabelecidas: o compromisso com a
redução das desigualdades sociais, a articulação das propostas educacionais com o
desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade, a defesa da
educação básica e da escola pública, gratuita de qualidade como direito fundamental
do cidadão, articulação de todos os níveis e modalidades de ensino, e a
compreensão dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos. A velha
dicotomia entre fazer e pensar precisa ser rompida com ações efetivas.
Reconhecer que o professor é o sujeito que pensa, cria, produz e trabalha com o
conhecimento, e valorizar a sua ação reflexiva e sua prática.
Desenvolver de acordo com as aulas, os recursos tecnológicos disponíveis,
tais como: Portal Dia a Dia Educação, TV, Paulo Freire, Folhas, OAC, etc.
48
D – Avaliação
Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitem
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelos alunos e pela
classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
Para atender esse propósito, pode-se dizer que se busca no processo
avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para
a compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos.
Pode-se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação
respeitosa com os colegas de classe que tem opções religiosas diferentes da sua,
aceita as diferenças e, principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é dado
da cultura e da identidade de cada grupo social, emprega conceitos adequados para
referirem-se as diferentes manifestações do Sagrado.
Nesta perspectiva, deve-se dar aos alunos a oportunidade de perceber que
a apropriação dos conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e
compreender melhor à diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante,
bem como possibilitaria a articulação desta disciplina com os demais componentes
curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.
E – Referências
COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas. In: paisagem, tempo e cultura . Organizado por Corrêa, Roberto Lobato, Rosendahl, Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 92-123. HUSSERL, Edmund. Investigações lógicas : sexta investigação - elementos de uma elucidação fenomenológica do conhecimento. Coleção: Os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural, 1988. JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. (Orgs.) Conhecimento local e conhecimento universa l: pesquisa, didática e ação docente. Curitiba, Champagnat, 2004. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensin o Religioso . Curitiba. 2008
49
GEOGRAFIA A – Apresentação
Entendemos o espaço de vida dos homens como produto histórico, produzido
pela sociedade, aumentando importância do ensino da Geografia no fato de que
todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a
materialização dos tempos da vida social. Estudar geografia é uma forma de
compreendermos o mundo em que vivemos. Portanto há que se empreender um
ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos da Geografia com
os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar de considerar
a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem. A
Geografia tem a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção
social do espaço e sua participação consciente e responsável no processo social, e
a interligação entre todas as partes do globo terrestre. O objetivo de estudo da
Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado
pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações
(relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados. Apoiado
na geografia crítica, o espaço geográfico hoje deve ser entendido em sua
composição conceitual básica: lugar, paisagem, região, território, natureza,
sociedade, entre outros.
O conceito de lugar pode ser compreendido de diferentes enfoques. Por um
lado, é no lugar que a globalização acontece, mas por outro lado, o lugar é o espaço
onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade permanecem presentes.
O conceito de paisagem deve ser entendido como domínio do visível, aquilo
que a vista abarca. Já que o domínio do visível está ligado à percepção e a
seletividade, mas acredita que seu significado real é alcançado pela compreensão
de sua objetividade. A paisagem é percebida sensorialmente, empiricamente e a
materialização de um o momento histórico.
No mundo globalizado, onde as trocas são intensas e constantes, a forma e o
conteúdo das regiões mudam rapidamente. Ainda dentro da perspectiva crítica da
geografia, as análises economicistas tratam da relação entre regionalização e
globalização, considerando a escala global e a formação dos blocos econômicos
(regionais) como um importante viés de análise do espaço geográfico.
50
O território está ligado à normalização das ações tanto globais quanto locais.
No território, portanto, seja ele nacional regional ou local é que acontecerá a relação
dialética de associação e confronto entre o lugar e o mundo (Santos, 1996).
Conceito de natureza deve ser visto como conjunto de elementos naturais que
possuem em sua origem uma dinâmica própria e que independente da ação
humana, mas que na atual fase histórica do capitalismo, acaba sendo reduzida
apenas a recursos. Isso se deve em grande parte ao avanço dos meios técnicos e
científicos, os quais causam uma falsa idéia de domínio do homem sobre a
natureza.
No conceito de sociedade, as teorias críticas da geografia, procuram entender
a sociedade em sua relação com a natureza em seus aspectos culturais, políticos,
econômicos e socioambientais.
Levando em conta todos esses conceitos, cabe à Geografia, preparar o aluno
para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a “neutralidade” dos
fenômenos que imprimem certa passividade aos indivíduos, tornando-os agentes
ativos na construção do espaço.
Sendo assim, o ensino de Geografia oportuniza ao aluno, diversas
possibilidades interpretativas do espaço geográfico, para nele interagir criticamente
como ser ativo e viver de forma consciente.
B – Conteúdos
6ºANO
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
- Paisagem natural e a paisagem humanizada.
- Representação do espaço através de mapas e convenções cartográficas;
- O trabalho e as atividades econômicas;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico;
51
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
Dimensão Sócioambiental do Espaço Geográfico
- A conquista do espaço geográfico;
- O espaço geográfico como resultado da integração entre dinâmica natural e
humana/social;
- Degradação ambiental: causas e conseqüências;
- Origem e formação do Planeta Terra;
- Fenômenos ambientais.
Dimensão Política do Espaço Geográfico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfic o
- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
- Cultura afro-brasileira e africana (lei 10.639-03)
7º ANO
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico ;
- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
52
Dimensão Sócioambiental do Espaço Geográfico
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção no Brasil;
Geopolítica
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
Dinâmica Cultural demográfica
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
- Movimentos migratórios e suas motivações;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização;
- Cultura afro-brasileira e africana (lei 10.639-03)
8º ANO
A dinâmica econômica da Produção do/no espaço
- O comércio em suas implicações socioespaciais;
- As diferentes paisagens e a sua exploração econômica no continente americano;
- sistemas econômicos capitalismo;
- Avanço do capitalismo x socialismo;
- Acordos e blocos econômicos das Américas;
- Dependência tecnológica;
- Sistema de Produção industrial nas Américas;
- Circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
- Desigualdade social no Continente Americano;
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
Dimensão Socioambiental
- O clima e as paisagens vegetais;
53
- Relevo e hidrografia;
- As questões ambientais e a utilização dos recursos naturais no continente
americano;
- Aspectos naturais do Paraná;
- Indicadores socioeconômicos e desenvolvimento.
Dinâmica cultural demográfica
- Os primeiros donos da Terra (Continente Americano);
- Colonização européia;
- Os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial;
- aspectos populacionais das Américas;
- Ocupação e povoamento;
- Organismos de integração Latino-americana;
- Cultura afro-brasileira e africana (lei 10.639-03)
Geopolítica
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
- Globalização e o neoliberalismo;
- A urbanização e as cidades globais;
- Desigualdades dos Países Norte x sul;
- A bipolaridade e a Guerra Fria;
- Movimentos de guerrilha;
9º ANO
A dimensão econômica da Produção do/no espaço.
- Os conceitos geográficos de lugar, território, natureza, sociedade, região e
paisagem;
- O sistema de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
- Acordos e blocos econômicos;
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- Organizações internacionais: ONU, OMC; FMI; OTAN, Banco Mundial, entre
outros, e suas influencias na reorganização do espaço geográfico;
- A influencia do neoliberalismo na produção e reorganização do espaço geográfico.
Dimensão sócio ambiental
- Impactos do processo de urbanização;
- desequilibro ecológico e suas conseqüências.
Dinâmica cultural demográfica
- Historia das migrações mundiais e sua influencia sobre a formação cultural,
distribuição espacial e configuração dos países;
- Formação étnico-religiosa: distribuição e organização espacial e conflitos;
- consumo, consumismo e cultura: as influencias dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re) organização social do espaço geográfico.
- Cultura afro-brasileira e africana (lei 10.639-03)
Geopolítica
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial;
- Os conflitos étnicos e separatistas e suas conseqüências no espaço geográfico.
C – Metodologia
Considerando o objeto de estudo da geografia (Espaço Geográfico), os
principais conceitos, os conteúdos Estruturantes, bem como, seus conteúdos
específicos, cabe apontar como os mesmos devem ser abordados no ambiente
escolar.
Os conteúdos geográficos devem ser trabalhados de uma forma crítica e
dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos propostos.
É por meio da pesquisa que o professor, juntamente com os seus alunos,
poderá problematizar a realidade a partir da análise do espaço construído, pois as
informações que chegam através dos diversos meios de comunicação exigem um
professor constantemente atualizado, capaz de orientar na observação, na
55
descrição, na analise e interpretação dos dados e fatos, e na sua representação,
numa perspectiva de (re) significação dos novos saberes e produção do
conhecimento escolar.
Durante as aulas podem ser utilizados os seguintes procedimentos didáticos:
- o livro didático pode ser utilizado enquanto referencial de consulta para o aluno e
para o professor, podendo ser trabalhado na sala de aula com diversos livros, cada
um lendo um autor diferente sobre o mesmo tema, o que ampliará as possibilidades
de discussão;
- a analise e a discussão dos conteúdos contextualizados e não sua memorização, o
que pode ser alcançado, inclusive, considerando-se a referência ao livro didático
feita acima;
- deve haver sempre a possibilidade de inserção do inesperado, ou seja, de inserir
temas não previstos que ganham relevância em razão de algum fato inusitado
(atentados, terrorismo, desastres naturais, guerras, olimpíadas, viagens espaciais
etc.) e que são motivadores do aprendizado em função da massificação dos meios
de comunicação. Esses temas despertam interesses por parte dos alunos, e
precisam de explicação por parte do professor, superando uma leitura apenas
informativa do fato;
A importância das aulas de campo, desde aquela ao redor da escola, até
outras de maior distância, pois a compreensão da realidade será mais completa
quanto maior for o contato do aluno com a concretude do real, o que lhe permitirá
perceber a complexidade do mundo;
A utilização das diferentes linguagens tecnológicas e recursos pedagógicos
como: projetor de slides, laboratório de informática, mapas, globos, TV-Pendrive,
vídeo ou DVD; produção de maquetes e cartogramas, para a apreensão dos
conceitos relativos à cartografia e a representação, a fim de proporcionar aos alunos
aulas dinâmicas, criativas e atraentes de acordo com a realidade da escola e da
comunidade em questão, e também o trabalho lúdico.
D – Avaliação
O educador na sua função mediadora e intermediária deve ter a capacidade
de diagnosticar o aproveitamento o domínio do educando em pontos referenciais
56
dos saberes geográfico. Os critérios de avaliação devem pautar em promover os
avanços e a sua retomada quando esses avanços não acontecerem. Por isso a
avaliação deve ser diagnosticada, progressiva, humana e dentro daquilo que foi
ofertado e desenvolvido.
A recuperação de conteúdos ou recuperação paralela será realizada
simultaneamente no decorrer das aulas de forma a estar reforçando os conteúdos
dos quais os alunos apresentarem mais dificuldades.
Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve
estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em
cada atividade proposta. Além disso, a avaliação deve ser um processo não-linear
de construções e reconstruções, assentando na interação e na relação dialógica que
acontece entre os sujeitos do processo-professor e aluno.
E - Referências
ADAS, Mellen. Panorama Geográfico do Brasil . São Paulo. Ed. Moderna. LUCCI, E. A e BRANCO, A. L. Geografia: Homem e Espaço. São Paulo: Saraiva, 2005. MOREIRA, Igor. O espaço geográfico: Geografia Geral e do Brasil. Ed. Ática. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Geogr afia . Curitiba. 2008. PEREIRA, Diamantino, SANTOS, Douglas, CARVALHO, Marcos de. Geografia, Ciência do Espaço: O espaço brasileiro. SENE, Eustáquio de. MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização. VISENTINI, José Willinam. Geografia sociedade e espaço . São Paulo. Contexto, 1997.
57
HISTÓRIA A - Apresentação
A disciplina de História tem como objeto de estudos os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.
A finalidade da História é expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada
para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da
compreensão da provisoriedade deste conhecimento.
O ensino de História deve se beneficiar da diversificação dos documentos
(imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na construção do
conhecimento histórico, permitindo também relações interdisciplinares com outras
áreas do conhecimento.
Da mesma forma, a abordagem local, assim como os conceitos de
representação, prática cultural, secularidade cultural, possibilitam aos alunos e aos
professores, tratarem esses documentos através de problematizações mais
complexas em relação à História tradicional, desenvolvendo uma consciência
histórica que leve em conta a diversidade das práticas culturais dos sujeitos.
Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do
pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de
suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico.
A partir da apropriação do conceito de consciência histórica, busca-se
analisar as implicações das opções teórico-metodológicas para o ensino da História
na formação dos sujeitos.
Isso pode ser observado nas diferentes abordagens curriculares que
historicamente marcam o ensino desta disciplina, além de apontar indicativos para o
ensino de história e do tipo de consciência histórica que se pretende.
Vale ressaltar que o ensino de História contribui para a formação de uma
consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do
passado permite formar pontos de vista históricos e abrindo inúmeras possibilidades
de reflexão e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que se tornam
mais abrangentes, permitindo também que o aluno elabore conceitos que o
permitam pensar historicamente, superando também a ideia de História como algo
dado, como verdade absoluta.
Na disciplina de História, é importante ressaltar, que as ações e relações
humanas constituem o processo histórico permitindo a busca da totalidade dessas
58
ações humanas no tempo e no espaço. Dessa forma, objetiva-se através do
processo de ensino-aprendizagem, constroem junto aos alunos uma consciência
histórica que possibilite a compreensão da realidade contemporânea e as
implicações do passado em sua constituição.
Assim, diante da dimensão histórica da disciplina busca-se uma reflexão
voltada para os aspectos econômicos, culturais, políticos e sociais da historia,
entrelaçadas no ensino da disciplina e a produção de conhecimentos históricos.
O Ensino de historia será pautado nas experiências passadas dos seres
humanos, investigadas por historiadores, professores de historia e alunos, sendo
baseada no tempo e no espaço; através de sua percepção do passado e sua ação
no processo histórico.
Diante dessa perspectiva o processo ensino-aprendizagem se dará através
de procedimentos metodológicos articulados aos conteúdos estruturantes.
Assim, o processo de ensino aprendizagem se compõe através de um
procedimento metodológico, atrelados a uma concepção critica da educação através
das Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.
Relações de trabalho: articulados aos demais conteúdos estruturantes,
reconhecer as contradições de cada época, os impasses sociais da atualidade e
dispor-se a analisá-los, a partir de suas causas, permite entender como as relações
de trabalho foram construídas no processo histórico e como determinam a condição
de vida em conjunto da população. Nas relações de trabalho encontramos diversas
formas de organização social. Assim busca-se a leitura de todas as relações de
trabalho possíveis e suas características nos diversos contextos espaços temporais.
Relações de poder : entender que as relações de poder são exercidas nas
diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas
e as diversas instituições, permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu
cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde estão as arenas decisórias, por que
determinada decisão foi tomada; de que forma foi executada ou implementada, e
como, quando e onde reagir a ela. As relações de poder se forma através das
relações sociais e ideológicas criadas entre quem exerce o poder e quem se
submete a elas. Quando nos referimos a relação de poder, pensamos na ideia de
um poder político, englobando as relações de trabalho e culturais. No entanto, as
relações de poder se formam por diversas instancias sócio-históricas através de um
mundo de trabalho, pela política a as diversas instituições, levando o aluno a
perceber tais relações com seu cotidiano. Relações culturais : o estudo das relações culturais deve considerar a
especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. O processo histórico
constituído nessa relação pode ser chamado de cultura comum, o que permite aos
59
historiadores construírem narrativas históricas que incorporam olhares alternativos
quanto às ações dos sujeitos. Nas relações culturais, entende-se a cultura como
aquela que permite conhecer os conjuntos de significados que os homens
conferiram a sua realidade para explicar o mundo. O estudo das relações culturais
deve estar voltado para as especificidades de cada sociedade e as relações entre
elas. Assim, o estudo das relações culturais deve se voltar para as necessidades e
características de cada sociedade, respeitando sua formação cultural, política, social
e econômica.
Diante de todas as informações acima mencionadas, nos propomos a
destacar que o ensino da disciplina de História no currículo dos cursos de Ensino
Fundamental e Médio é primordial, pois a História é a ciência que busca o estudo do
passado para a compreensão do presente. Por essa razão, o historiador, em seu
trabalho de investigação, deve utilizar o método do duplo movimento: conhecer o
passado através do presente e conhecer o presente através do passado.
Tendo em vista a globalização da economia e o rápido avanço tecnológico,
faz com que a velocidade da vida contemporânea, tudo envelheça muito
rapidamente e pareça sem valor para as novas gerações. Diante do domínio do
tempo presente, o passado é desqualificado como experiência digna de
conhecimento e interesse e condenado ao esquecimento. Assim sendo, o
movimento pela destruição do passado coloca para toda a sociedade, e em
particular para nós, historiadores, a difícil tarefa de combater o esquecimento e
preservar a memória coletiva, base para a afirmação da identidade cultural de todos
os povos.
B – Conteúdos
6°ANO
• Das origens do homem ao século XVI – diferentes tra jetórias, diferentes
culturas.
Produção do conhecimento histórico:
- O historiador e a produção do conhecimento histórico;
- Tempo, temporalidade;
- Fontes, documentos;
60
- Patrimônio material e imaterial;
• A Humanidade e a História;
- De onde viemos quem somos como sabemos?
• Arqueologia no Brasil:
- Lagoa Santa: Luzia (MG);
- Serra da Capivara (PI);
- Sambaquis (PR).
• Surgimentos, desenvolvimento da humanidade e grande s migrações:
- Teorias do surgimento do homem na América;
- Mitos e lendas da origem do homem;
- Desconstrução do conceito de Pré-história;
- Povos ágrafos, memória e história oral.
• Povos indígenas no Brasil e no Paraná:
- Ameríndios do território brasileiro;
- Kaingang, Guarani, Xetá.
• As primeiras civilizações na América:
- Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;
- Ameríndios da América do Norte.
• As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia:
- Egito, Núbia, Gana e Mali;
- Hebreus, Gregos e Romanos.
• A chegada dos europeus na América:
- ( dês ) encontros entre culturas;
- Resistência e dominação;
- Escravização;
- Catequização.
• Formação da sociedade brasileira e americana:
- América Portuguesa e Espanhola;
- Capitanias Hereditárias
- Sesmarias
61
- Escravização de indígenas e africanos
- Economia
- Pau-brasil
- Cana-de-açúcar
- Minérios
• Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, so ciedade e política:
- Reconquista do território;
- Religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo;
- Comércio (África, Ásia, América e Europa).
� Estudo da historia e cultura afro-brasileira e suas relações étnico-raciais. Em
cumprimento da lei n. 10.639/03
7° ANO
• Das contestações a ordem colonial ao processo de in dependência do Brasil –
século XVII ao XIX
• Expansão e Consolidação do Território
- Missões
- Bandeiras
- Invasões estrangeiras
• Colonização do Território Paranaense
- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização política-administrativa
• Movimentos de Contestação
- Quilombos (BR e PR)
- Irmandades: manifestações religiosas – sincretismo
- Revoltas Nativistas e Nacionalistas
- Inconfidência Mineira
- Conjuração Baiana
- Revolta da Cachaça
62
- Revolta do Maneta
- Guerra dos Mascates
• Chegada da Família Real ao Brasil
- De Colônia a Reino Unido
- Missões artístico-científicas
- Biblioteca nacional
- Banco do Brasil
- Urbanização na capital
- Imprensa régia
• O processo de Independência do Brasil
- Governo de D. Pedro I
- Constituição outorgada de 1824
- Unidade territorial
- Manutenção da estrutura social
- Confederação do Equador
- Província Cisplatina
- Haitianismo
- Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha.
• Consolidação dos estados nacionais europeus e Refor ma Pombalina
Reforma e contra-reforma
• Independência das treze colônias Inglesas da Améric a do Norte
- Diáspora africana
- Revolução francesa
- Comuna de Paris
• O processo de independência das Américas
- Haiti
- Colônias espanholas
� Estudo da historia e cultura afro-brasileira e suas relações étnico-raciais. Em
cumprimento da lei n. 10.639/03
63
8° ANO
• Pensando a nacionalidade: do século XIX ao XX – a c onstituição do ideário
de nação no Brasil
• A construção da Nação
- Governo de D. Pedro II
- Criação de IHGB
- Lei de Terras, lei de Euzébio de Queiroz – 185
- Início da imigração européia
- Definição do território
- Movimento abolicionista e emancipacionista
• Emancipação política do Paraná (1853)
- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização política-administrativa
- Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e externas
(europeus)
- Os povos indígenas e a política de terras
• A guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Alia nça
• O processo de abolição da escravidão
- Legislação
- Resistência e negociação
- Discursos:
- Abolição
- Imigração – senador Vergueiro
- Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues, Euclides da
Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sargento na Argentina).
• Os primeiros anos de República :
- Idéias positivistas;
- Imigração Asiática;
- Oligarquia, coronelismo e clientelismo;
- Movimentos de contestação: campo e cidade;
64
- Movimentos messiânicos;
- Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro;
- Movimento operário: anarquismo e comunismo;
- Paraná
- Guerra do Contestado.
- Greve de 1917 – Curitiba
- Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco Paraná, Langue de
Morretes, João Turim.
• Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)
- Ludismo
- Socialismo
- Anarquismo
- Relacionar Taylorismo, Fordismo, Toyotismo
• A guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Alia nça
• Colonização da África e da Ásia
• Guerra Civil e imperialismo estadunidense
• Carnaval na América latina: entrudo, murga e candom blé.
• Questão agrária na América latina:
- Revolução Mexicana
• Primeira Guerra mundial
• Revolução Russa
� Estudo da historia e cultura afro-brasileira e suas relações étnico-raciais. Em
cumprimento da lei n. 10.639/03
9° ANO
• Repensando a nacionalidade brasileira: do século XX ao XXI elementos
constitutivos da contemporaneidade.
65
• A semana de 22 e o repensar da nacionalidade
- Economia
- Organização social
- Organização político-administrativa
- Manifestações culturais
- Coluna Prestes
• A Revolução de 30 e o Período Vargas ( 1930 a 1945) :
- Leis trabalhistas;
- Voto feminino;
- Ordem e disciplina no trabalho;
- Mídia e divulgação do regime.
- Criação do SPHAN, IBGE;
- Futebol e carnaval;
- Contestações à ordem
- Integralismo
- Participação do Brasil na II Guerra Mundial.
• Populismo no Brasil e na América Latina
- Cardenas – México
- Perón – Argentina
- Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil.
• Construção do Paraná Moderno
- Governos de:
- Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Neto e Ney Braga
- Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa.
- Copel, Banestado, Sanepar, Codepar
- Movimentos culturais
- Movimentos sociais no campo e na cidade
- Ex: Revolta dos colonos década de 50 – Sudoeste
- Os xetá
• O regime Militar no Paraná e na Brasil
- Repreensão e censura uso ideológico dos meios de comunicação.
- O uso ideológico do futebol
- O tricampeonato mundial
- A criação da liga nacional (campeonato brasileiro)
66
- Cinema Novo
- Teatro
- Itaipu, Sete Quedas e a Questão da terra
• Movimentos de contestação no Brasil
- Resistência armada
- Tropicalismo
- Jovem Guarda
- Novo sindicalismo
- Movimento Estudantil
• Paraná no contexto atual
• Redemocratização
- Constituição de 1988
- Movimentos populares rurais e urbanos: MST (Movimento dos sem Terra), MNLM
(Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos
Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.
- Mercosul
- Alca
• O Brasil no contexto atual:
- A comemoração dos 500 anos do Brasil: análise e reflexão.
• Crise de 29
• Ascensão dos regimes totalitários na Europa
• Movimentos populares na América Latina
• Segunda Guerra Mundial
• Independência das colônias afro-asiáticas
• Guerra Fria e os Regimes militares na América Latin a
- Política de boa vizinhança
- Revolução Cubana
- 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende
67
- Censura aos meios de comunicação
- O uso ideológico do futebol na década de 70
- A copa da Argentin – 1978
• Movimentos de contestação no Mundo
- Maio de 68 – França
- Movimento Negro
- Movimento Hippie
- Movimento Homossexual
- Movimento Feminista
- Movimento PunK
- Movimento Ambiental
• Paraná no contexto atual
• Fim da bipolarização mundial
- Desintegração do bloco socialista
- Neoliberalismo
- Globalização
- 11 de setembro nos Estados Unidos
• África e América Latina no contexto atual
� Estudo da historia e cultura afro-brasileira e suas relações étnico-raciais. Em
cumprimento da lei n. 10.639/03
C – Metodologia
Quando se pretende que o ensino de História contribua para a construção da
consciência histórica é imprescindível que o professor retome constantemente com
os seus alunos como se dá o processo de construção do conhecimento histórico, ou
seja, como é produzido a partir do trabalho de um pesquisador que tem como objeto
de estudos os processos históricos relativos às ações e as relações humanas
praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas de
forma consciente ou não.
68
A produção do conhecimento histórico é essencial para que os alunos
possam compreender os limites do livro didático, as diferentes interpretações de um
mesmo acontecimento histórico; a necessidade de ampliar o universo de consultas
quando se pretende entender melhor diferentes contextos históricos; a importância
do trabalho do historiador e da produção conhecimento histórico para compreensão
do passado; que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado, que
pode ser complementada com novas pesquisas podendo ser refutada ou validada
pelo trabalho de investigação do historiador. Possibilita contribuir ainda para que os
alunos valorizem e contribuam para a preservação de documentos, dos lugares de
memória como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, de
documentos escritos e audiovisuais, entre outros, seja pelo uso adequado dos locais
de memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem se constituir em
fontes de pesquisas seja pelo reconhecimento do trabalho realizado pelos
pesquisadores.
Ao planejar as suas aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do
conteúdo que se propôs a tratar, a produção do conhecimento histórico,
considerando que a apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste
modo exigirá que seja constantemente retomado.
Para adotar este encaminhamento metodológico, o professor terá que ir muito
além do livro didático, uma vez que as explicações ali apresentadas são limitadas.
Isso não significa que o livro didático deva ser abandonado pelo professor, mas
problematizado junto aos alunos, identificando-se os seus limites e possibilidades
para se aprender História. Implica também na busca de outros referenciais que
possam complementar o conteúdo tratado em sala de aula. Este encaminhamento
exige que o professor esteja atento à rica produção historiográfica que tem sido
publicada em livros, revistas, especializadas e também voltadas ao público em geral,
muitas das quais disponíveis também nos meios eletrônicos.
A metodologia do estudo de historia deverá estar voltado para formação do
pensamento histórico dos alunos. Assim, o professor se utilizará de métodos de
investigação articulados em diferentes fontes (livros, revistas, filmes, canções,
relatos de memórias, etc.).
A construção do conhecimento histórico se dará por trabalhos com vestígios e
fontes históricas diversas; fundamentação da historiografia, problematização do
conteúdo, narrativas históricas produzidas pelo sujeito.
69
Para que os alunos possam ampliar o conteúdo apresentado pelos livros
didáticos o uso da biblioteca é fundamental. Para tanto, é necessário que sejam
orientados pelo professor de História a conhecer o acervo específico, as obras que
poderão ser consultadas ao longo de cada ano letivo, bem como os procedimentos
para se apropriar dos conhecimentos que estão nos livros, compreendendo os
diferentes conteúdos da disciplina. Incluindo ainda o uso do Portal Dia-a-dia
educação, Tv Paulo Freire, OAC (Objeto de Aprendizagem Colaborativo), Folhas;
assim como a utilização de imagens, livros, jornais, historia em quadrinhos, filmes,
musicas, utilizados como material didático.
D – Avaliação
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História objetiva-se
favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida e as
práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A
avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de
modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um elemento
externo a este processo.
De acordo com este entendimento, refutam-se as práticas avaliativas que
priorizam o caráter classificatório, autoritário, e desvinculam a sua função da
aprendizagem e não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as
concepções pedagógicas definidas no projeto político pedagógico da escola, e
acabam por materializar, por meio da avaliação, um modelo excludente de
escolarização e de sociedade que a escola pública tem o compromisso de superar,
com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade
justa e mais humana.
Para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a
sua utilização de classificatória para diagnóstica. A partir da avaliação diagnóstica,
tanto o professor quanto os alunos poderão revisar as práticas desenvolvidas até
então para identificar lacunas no processo de ensino e aprendizagem, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades
constatadas.
70
Para que as decisões tomadas a partir da avaliação diagnóstica, sejam
melhor implementadas na continuidade do processo de ensino e aprendizagem, faz-
se necessário que sejam realizadas a partir do diálogo entre alunos e professores,
envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a
necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado, seja de forma
individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser
compreendidos como um fenômeno compartilhado, que se dará de modo contínuo,
processual e diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que podem
ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
A avaliação será continua, processual e cumulativa e deverá ser realizada de
acordo com o desenvolvimento das atividades realizadas pelo aluno no decorrer do
processo ensino-aprendizagem.
Assim a avaliação tem por objetivo favorecer a busca da coerência entre a
concepção da história e as praticas avaliativas integradas ao processo ensino-
aprendizagem.
Podem ser usados instrumentos que facilitam a aprendizagem, tais como:
verificações orais, debates, seminários, resumos, elaboração de textos, redações,
confecção de materiais, como cartazes, maquetes ou objetos específicos conforme o
conteúdo trabalhado, dramatizações, provas escritas do tipo dissertativas, objetivas,
subjetivas, auto-avaliação, realização de experiências e outras formas que
expressem o grau de aprendizagem alcançado.
E – Referências
Luckesi Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar . 14 ed. São Paulo: Cortez. 2002. Melati, Maria Raquel Apolinário, Editora Responsável pelo projeto. Projeto Araribá de historia – 5ª, 6ª, 7ª, 8ª séries PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Histó ria . Curitiba.2008 Tuma, Magda Madalena Peruzin. Viver e Descobrir: História – Geografia Paraná
71
LÍNGUA PORTUGUESA
A - Apresentação
O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio
da língua, como símbolo utilizado por uma comunidade linguística, são condições de
possibilidade de plena participação social. Pela linguagem o homem se comunica,
tem acesso à informação, expressa e defende ponto de vista, partilha ou constrói
visões de mundo, produz cultura.
Desse modo, pensar o ensino de Língua Portuguesa significa pensar numa
realidade que norteia todos os nossos atos cotidianos e a linguagem assume um
papel de extrema importância na estruturação do pensamento.
Sendo assim, quanto às práticas discursivas no processo de ensino
aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal (oral ou escrito) e também as
outras linguagens tendo em vista um multiletramento, comunidade básica, como
prática discursiva que se manifesta em manifestações concretas, cujas formas são
estabelecidas na dinamicidade que caracteriza o trabalho com experiências reais de
uso da língua.
Então a escola deve ser democrática e garantir a socialização, em atividades
planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura a expressão oral ou escrita,
mas também refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e
situações.
Segundo as diretrizes curriculares da Língua Portuguesa, os conteúdos a
serem aplicados, tanto no Ensino Médio quanto no Ensino Fundamental devem estar
fundamentados no conteúdo estruturante: O discurso como prática social. Os
conteúdos deverão ser trabalhados a partir dos eixos: oralidade, leitura e escrita
(análise linguística).
B- Conteúdos
6ºANO
Romance de Aventura
72
Conto Popular
Histórias em quadrinhos
Notícias
Relato
Poema
Artigo expositivo/ artigo de divulgação científica
Entrevistas
7ºANO
Diário
Verbete de enciclopédia
Texto dramático
Carta do leitor / debate
Crônica
Mito e lenda
Carta de reclamação
8º ANO
Conto de enigma/ conto de terror
Romance de ficção científica/ conto fantástico
Diário íntimo
Verbete de enciclopédia / artigo de divulgação científica
Texto dramático
Poema
Artigo de opinião
Carta do leitor
9º ANO
Conto psicológico
Conto Social
Crônica esportiva/ reportagem
Artigo de divulgação científica
Texto dramático
Conto e propaganda
73
Resenha crítica
Propaganda
C- Metodologia
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA
No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto
maior o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades
se tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A
ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução,
em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e
escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse
modo, sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais.
Tradicionalmente, a escola tem agido como se a escrita fosse a língua, ou
como se todos os que nela ingressam falassem da mesma forma. No ambiente
escolar, a racionalidade se exercita com a escrita, de modo que a oralidade, em
alguns contextos educacionais, não é muito valorizada; entretanto, é rica e permite
muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da
fala e na produção de discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do
processo interativo.
PRÁTICA DA ORALIDADE
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de
trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como:
apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um
livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas
do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias;
declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e
outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.
74
No que concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários
como Arte, os quais produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua
dimensão estética e suas forças políticas particulares.
O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as
atividades propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a
falar, emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é
necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da
linguagem, é o conteúdo de sua participação oral. O ato de apenas solicitar que o
aluno apresente um seminário não possibilita que ele desenvolva bem o trabalho. É
preciso esclarecer os objetivos, a finalidade dessa apresentação, e explicar, por
exemplo, “que apresentar um seminário não é meramente ler em voz alta um texto
previamente escrito. Também não é se colocar à frente da turma e ‘bater um papo’
com os colegas [...]” (CAVALCANTE & MELO, 2006, p. 184).
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da
escrita faz parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas ideias com
segurança e fluência. O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento
linguístico, bem como a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno
refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
• o conteúdo temático do texto oral;
• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros
usados em diferentes esferas sociais;
• a unidade de sentido do texto oral;
• os argumentos utilizados;
• o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos,
nível social, formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor;
• as marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo.
PRÁTICA DA ESCRITA
Pensar que o domínio da escrita é inato ou uma dádiva restrita a um pequeno
número de sujeitos implica distanciá-la dos alunos. Quando a escrita é
supervalorizada e descontextualizada, torna-se mero exercício para preenchero
75
tempo, reforçando a baixa auto-estima linguística dos alunos, que acabam
compreendendo a escrita como privilégio de alguns. Tais valores afastam a
linguagem escrita do universo de vida dos usuários, como se ela fosse um processo
à parte, externo aos falantes, que, nessa perspectiva, não constroem a língua, mas
aprendem o que os outros criaram.
O reconhecimento, pelo aluno, das relações de poder no discurso potencializa
a possibilidade de resistência a esses valores socioculturais.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que
se faz a partir d elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão,
intenções, interlocutor(es), dentre outros. Além disso, “[...] a escrita apresenta
elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de
letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e
prosódia graficamente representados” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).
A maneira de propor atividades com a escrita interfere de modo significativo
nos resultados alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem
preenchidas sobre um tema, os alunos podem recorrer somente ao que (Pécora
1983, p. 68) chama de “estratégias de preenchimento”.
É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo
interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua
produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme
propõe Geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer; como dizer,
interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na
verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm
uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”
(ANTUNES, 2003, p. 62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em
sala de aula para aprimorar a prática de escrita. A seguir, citam-se alguns; contudo,
ressalta-se que os gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite,
bilhete, carta, cartaz, notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios,
resultados de pesquisa, resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica,
conto, poema, relatos de experiência, receitas. Destaca-se, também, a importância
de realizar atividades com os gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de
discussão, fórum de discussão, dentre outros, experienciando usos efetivos da
linguagem escrita na esfera digital.
76
Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares
sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas às propostas destas Diretrizes, que
podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:
• inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno
planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a
temática proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de
melhor compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da
produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os possíveis
interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as
ideias;
• em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta
apresentada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará
seus argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que
essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);
• depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se
teve ao produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu refletir sobre seus
argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a
continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao
gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às
condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como a
pontuação, ortografia, paragrafação.
PRÁTICA DA LEITURA
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso
considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,
propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade
crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos
mencionados nestas Diretrizes.
77
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem o
que é diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o
contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
Do ponto de vista pedagógico, não se trata de ter no horizonte a leitura do
professor ou a leitura historicamente privilegiada como parâmetro de ação; importa,
diante de uma leitura do aluno, recuperar sua caminhada interpretativa, ou seja, que
pistas do texto o fizeram acionar outros conhecimentos para que ele produzisse o
sentido que produziu; é na recuperação desta caminhada que cabe ao professor
mostrar que alguns dos mecanismos acionados pelo aluno podem ser irrelevantes
para o texto que se lê, e, portanto, sua “inadequada leitura” é consequência deste
processo e não porque se coaduna com a leitura desejada pelo professor
(GERALDI, 1997, p.188).
Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de
leitura são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite
uma ampla variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não
possibilita tal liberdade de interpretação.
Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso
considerar o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes
(2003) salienta que conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas,
crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade
pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e,
ainda, conforme variem o suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...),
variam também as estratégias a serem usadas.
Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está divulgada no
suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a
finalidade de cada uma delas. Na crônica do jornal, é importante considerar a data
de publicação, a fonte, os acontecimentos dessa data, o diálogo entre a crônica e
outras notícias veiculadas nesse suporte. Já a leitura da crônica do livro representa
um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele jornal.
Também a leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião.
Numa atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor
estético, o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas
figuras de linguagem, as intenções. Diferente de um artigo de opinião, que tem outro
objetivo, e nele é importante destacar o local e a data de publicação, contextualizar a
78
temática, dialogar com os argumentos apresentados se posicionando, atentar para
os operadores argumentativos, modalizadores, ou seja, as marcas enunciativas
desse discurso que revelam a posição do autor.
O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda,
aqueles em que predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens,
as telas de pintura, os símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; os
quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos
textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar muito mais atento aos detalhes
oferecidos nos traços, cores, formas, desenhos. No caso de infográficos, tabelas,
esquemas, a preocupação estará em associar/corresponder o verbal ao não-verbal,
uma vez que este está posto para corroborar com a leitura daquele.
Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente
se comparada a outros gêneros e suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler
nessa esfera também mudam. O hipertexto - texto no suporte digital/computador -
representa uma oportunidade para ampliar a prática de leitura. Através do hipertexto
inaugura-se uma nova maneira de ler. No ambiente digital, o tempo, o ritmo e a
velocidade de leitura mudam. Além dos hiperlinks, no hipertexto há movimento, som,
diálogo com outras linguagens.
A leitura do texto digital exige, diante de tantos suportes eletrônicos, um leitor
dinâmico, ativo e que selecione quantitativa e qualitativamente as informações, visto
que ele escolhe o caminho, o percurso da leitura, os supostos início, meio e fim,
porque seleciona os hiperlinks que vai ler antes ou depois (LÉVY, 1996). A leitura de
hipertextos exige que o leitor tenha ou crie intimidade com diferentes linguagens na
composição do texto eletrônico, bem como os aparatos tecnológicos.
No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66)
assinala que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e
suportes de textos para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as
múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.” Dito isso, é essencial
considerar o contexto de produção e circulação do texto para planejar as atividades
de leitura.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e
compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores
envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado,
79
de outros textos (intertextualidade). Para Koch (2003, p. 24), o trabalho com esses
conhecimentos realiza-se por meio das estratégias:
• cognitivas: como as inferências, a focalização, a busca da relevância;
• sociointeracionais: como preservação das faces, polidez, atenuação,
atribuição de causas a (possíveis) mal-entendidos, etc.;
• textuais: conjunto de decisões concernentes à textualização, feitas pelo
produtor do texto, tendo em vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas,
sinalizações).
LITERATURA
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida
social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações
históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição com
outros campos: o contexto de produção, a critica literária, a linguagem, a cultura, a
histórica, a economia, entre outros.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção
que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é
carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o
para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão
preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as
ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega consigo.
Feitas essas considerações, é importante pensar em que sentido a Estética
da Recepção e a Teoria do Efeito podem servir como suporte teórico para construir
uma reflexão válida no que concerne à literatura, levando em conta o papel do leitor
e a sua formação.
D- AVALIAÇÃO
A avaliação torna-se um instrumento não só de verificação na medida em que
é significativa para o aluno. Sendo assim, para que ela aconteça em sua plenitude,
precisa ser contínua, formativa, diagnóstica e transformadora.
80
Quando o sujeito reconhece a linguagem como sendo tal instrumento,
aprimora a capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e
escrita. Sob essa perspectiva, as diretrizes recomendam:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso aos
diferentes interlocutores situações. Num seminário, num debate, numa troca informal
de ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da
fala são diferentes e isso deve considerada uma análise da produção oral. Assim, o
professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação
que apresenta ao defender seus pontos de vista.
• Leitura: Serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor
em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas,
om argumento principal, entre outros. Também é importante avaliar se o aluno ativou
seus conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras
desconhecidas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e
outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do
texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito
são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que
o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos-textuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência
textual, a organização dos parágrafos. No momento da refacção textual é importante
observar se os objetivos do texto foram alcançados, se a intenção do texto foi
alcançada, se há relação entre as partes do texto, se há necessidade de cortes, se é
necessário substituir parágrafos.
• Análise linguística: é no texto que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os
elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob
uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses
81
elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, o uso da
linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentido
causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas
pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações
semânticas entre as partes do texto.
E- Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língu a Portuguesa . Curitiba: SEED-PR, 2008.
82
MATEMÁTICA
A – Apresentação
A História da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações
conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram
a compor a matemática que nós conhecemos.
Atualmente para ensinar matemática é necessário discutir a sua história, pois
através desta história encontramos a oportunidade de compreendermos esta
ciência, desde as suas origens até a matemática que se tem ensinado nas escolas.
A Matemática está presente em nossas vidas, desde uma simples contagem,
até a hora de definir se uma compra deve ser paga à vista ou a prazo, no uso de
computadores, nas alterações da bolsa de valores, nos índices de pobreza e
riquezas de um país.
Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos, contribui
para a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das
relações sociais, culturais e políticas. A matemática, enquanto ciência tem a
singularidade qualitativa nas leis que definem seu desenvolvimento. No entanto, são
as generalizações abstraídas a partir delas, que a caracterizam com uma das formas
para as pessoas adquirirem sua consciência social.
Sendo assim, pode-se afirmar que os objetivos básicos da educação
matemática, visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção
do conhecimento-natureza cientifica, e a melhoria do ensino e da aprendizagem
matemática, pois são várias a s finalidade da Educação matemática, sendo que uma
delas é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria matemática
concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimento, algoritmos, etc.
Os Conteúdos estruturantes devem ter relevância social, propiciando
conhecimentos básicos essenciais para qualquer cidadão (Contar, medir, calcular,
resolver problemas, reconhecer fórmulas, compreender a idéia de probabilidade,
saber tratar as informações), precisam estar articulados entre si e conectados com
outras áreas do conhecimento. Os conteúdos estruturantes números, operações e
álgebra, medidas, geometria e tratamento da informação, tem como objetivo dar
certa uniformidade aos conteúdos específicos de matemática ofertada aos diferentes
83
níveis e modalidades de ensino, nas unidades escolares que compõem a rede
estadual de ensino do Paraná. Também é importante salientar que o individuo,
precisa saber raciocinar, argumentar e tratar informações estatisticamente,
procurando contribuir, de um lado, para a valorização da pluralidade sociocultural,
evitando o processo de submissão, no confronto com outras culturas; de outro lado,
criar condições para que o aluno transceda um modo de vida restrito a um
determinado espaço social e se torne ativo na transformação de seu ambiente.
B- CONTEÚDOS
6º ANO
• NUMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA.
- Números naturais e suas representações
- Sistema de numeração decimal
- Conjunto Numérico (Natural)
- As seis operações e suas inversas
- Divisores e Múltiplos
- Frações e números decimais
- Juros e Porcentagens nos processos de cálculos: Fração e Decimal
• MEDIDAS
- Organização do Sistema métrico decimal e do Sistema Monetário
- Transformação de Unidades de medidas: Massa, capacidade e comprimento.
- Perímetro, Área, Volume e Unidades correspondentes.
• GEOMETRIA
- Figuras Espaciais e Planas (Polígonos)
- Ângulos
• TRATAMENTO DA INFORM AÇÃO
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de gráficos e tabelas, de
textos referentes à cultura Afro-brasileira e Africana.
84
7º ANO
• NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRAS.
- (Conjuntos Numéricos (Inteiros e racionais) e Operações de Adição, Subtração,
Multiplicação, Divisão, Potenciação e radiciação).
- Juros e Porcentagens nos seus diferentes processos de cálculos (Razão,
Proporção, Frações e Decimais)
- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção.
- Equações e Sistemas
• MEDIDAS
- Área e Perímetro de figuras Planas
- Capacidade e Volume
- Medida de ângulo, tempo e temperatura.
• GEOMETRIA
- Classificação e Nomenclatura de Sólidos Geométricos e Figuras Planas
- Construção e Representação no Plano
- Desenho Geométrico com uso de régua e Compasso
- Planificação de Sólidos geométricos
- Representação e Construção de Gráficos
- Simetria
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Coleta, Organização e descrição de dados.
-Leitura, Interpretação e representação de dados, por meio de tabela, gráficos,
diagramas, quadros, listas referentes a cultura afro-brasileira e africana.
-Gráficos de Colunas, barras, setores, pictóricos de situações sócio culturais.
-Média Aritmética Simples e Ponderada
85
8º ANO
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA.
- Grandezas Diretamente e Inversamente Proporcionais
- Trigonometria no Triângulo Retângulo
- Conjuntos Numéricos (Reais e Irracionais) e operações
- Introdução ao Cálculo algébrico
- Monômios e Polinômios
- Produtos Notáveis e fatoração
- Polinômios e casos Notáveis
- Expressões algébrica, Inequações e sistema de equações de 1º grau
• MEDIDAS
- Ângulos, Segmentos, Triângulos, Circunferências e Arcos
- Congruência de Triângulos
- Volume, Área
• GEOMETRIA
- Interpretação Geométrica de Equações e Sistemas
- Representações geométricas dos produtos Notáveis
- Ângulos, Polígonos e Circunferência.
- Simetria
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
- Coleta e organização e Representação de dados em gráficos e tabelas da cultura
afro-brasileira e africana
- Média Moda e Mediana.
9º ANO
• NÚMEROS OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
- Potenciação e radiciação e suas propriedades
- Conjuntos dos Números reais
86
- Equações do 2º grau e Sistemas
- Funções do 1º e 2º grau
• MEDIDAS
- Congruência e Semelhança de figuras Planas: Teorema de Tales
- Triângulo Retângulo: Relações Métricas e Teorema de Pitágoras
- Segmentos proporcionais de retas paralelas e Perpendiculares
- Sistema de medidas
• GEOMETRIA
- Representação cartesiana e construção de gráficos
- Construção de Polígonos Inscritos e Circunscrito na circunferência
- Circunferência: Tangente e Secante
• TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
- Coleta, organização e representação de dados em gráficos e tabelas da cultura
afro-brasileira e africana.
C – Metodologia
Nas últimas décadas, o mundo vem sofrendo constantes mudanças
tecnológicas, e muitos pesquisadores da Psicologia Cognitiva vêm pesquisando
como as crianças e jovens aprende, como transferem a aprendizagem para resolver
situações problemas, como constroem conceitos, qual é a maturidade cognitiva
necessária para se apropriar com significado de determinado conceito, como a
interação com o meio social desenvolve a aprendizagem. A partir daí, surgiu o
movimento sócio construtivista que hoje vivenciamos.
A partir desses avanços, para que o aluno aprenda matemática com
significado é importante que o educador trabalhe as idéias, os conceitos
matemáticos intuitivamente, antes da simbologia, antes da linguagem matemática,
aprender por compreensão. O aluno deve atribuir significado ao que aprende. Para
isso, deve saber o porquê das coisas, e não simplesmente mecanizar procedimentos
e regras. Estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione idéias através
87
do uso desafios, jogos, quebra-cabeças, problemas curiosos. Usar situações
problemas próprias da vivência do aluno, representando concretamente a situação,
elaborando diagramas, levando o aluno a sentir que é importante saber aquilo para
sua vida em sociedade ou que o conteúdo trabalhado lhe será útil para entender o
mundo em que vive. Estimular o aluno a fazer cálculos mentais, estimativas e
arredondamentos, obtendo resultados aproximados. Permitir o uso adequado de
calculadoras e computadores.
Usar a História da Matemática para comparar diferentes períodos ou culturas
(etno-matemática). Utilizar jogos, pois estes levam o aluno a desempenhar um papel
ativo na construção do conhecimento. Os jogos envolvem a compreensão e
aceitação de regras, promovem o desenvolvimento, desenvolvem a autonomia, o
pensamento lógico, e exige que os alunos tomem decisões e criem novas regras.
Trabalhar os conteúdos estruturantes Números, Operações e Álgebra,
Medidas, Geometria e Tratamento da Informação de modo integrado, dando
relevância de modo integrado, dando relevância às tendências que devem ser
entendidas como meio que fundamentará a prática docente, destaca-se entre elas:
resolução de problemas, modelagem matemática, médias tecnológicas e a história
da matemática.
Como médias tecnológicas compreendem-se: a TV Paulo Freire e o Portal
Dia-a-dia Educação.
D – Avaliação
Ao longo dos anos, as duras críticas ao processo de avaliação exigiram um
novo tipo de ação pedagógica dos professores e a conseqüente conclusão de que a
avaliação é a parte fundamental do ensino-aprendizagem.
A avaliação deve ser contínua e diversificada, levando em conta não somente
uma matemática dirigida para desenvolvimento social e intelectual do aluno, como
também o seu esforço individual, a sua cooperação com os colegas, a construção de
sua personalidade.
Avaliar segundo a concepção de Educação Matemática adotada nessas
diretrizes tem um papel de mediação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,
devem ser vistos como integrante de um mesmo sistema. Cabe ao professor
88
considerar no contexto das práticas de avaliação, encaminhamentos diversos como
a observação, a revisão de noções e subjetividades, buscando diversos modos
avaliativos (formas escritas, orais e de demonstração) incluindo o uso de
computador e calculadora.
A avaliação deve ser coerente com a proposta pedagógica da escola e
com a metodologia utilizada pelo professor, assim como deve servir como
instrumento que orienta a prática do professor e possibilita ao aluno rever sua forma
de estudar.
Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem
expressar os avanços na aprendizagem, à medida que interpretam, produzem,
discutem, relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam
defendendo seus conhecimentos.
E - Referências
CASTRUCCI, Giovanni e Giovanni Jr. A CONQUISTA DA MATEMÁTICA , São Paulo; Editora FTD S/A -2002. DANTE, Luiz Roberto. TUDO É MATEMÁTICA . São Paulo; Editora Ática – 2004. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matem ática . Curitiba: SEED-PR, 2008.
89
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA
INGLÊS
A - Apresentação
O ensino da Língua Estrangeira, bem como, a estrutura Curricular, a
metodologia empregada para ensiná-la na escola, recebe influencia política,
econômicas, sociais, culturais e educacionais, o que implica superar a visão de
ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos, mas sim proporcionar um
espaço para o educando reconhecer e compreender a diversidade lingüística e
cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de
construção de significados em relação ao mundo em que se vive resgatando dessa
forma a função social e educacional desta disciplina na Educação Básica.
Assumem-se também como conteúdos estruturantes da Língua Estrangeira
moderna o discurso trabalhando além das quatro habilidades empregando
estratégias como: classificar, interferir, aplicar conhecimentos prévios, tirar
conclusões, selecionar e organizar informações.
Sendo assim o ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês,
como meio de se construir sentidos, desempenham um importante papel como um
dos saberes essenciais, pois permita inclusão social do individuo numa sociedade
reconhecidamente diversa e complexa e os insere como participantes ativos, não
limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras
comunidades e outros conhecimentos.
B- Conteúdos
Segundo as diretrizes curriculares da Língua Estrangeira, os conteúdos a
serem aplicados, tanto no Ensino Médio quanto no Fundamental devem estar
fundamentados no conteúdo estruturante: O Discurso como pratica social. Os
conteúdos deverão ser trabalhados a partir dos eixos: oralidade, leitura e escrita. A
apresentação dos conteúdos poderá ser deforma distinta, considerando-se as suas
90
especificidades, e também deverá contemplar a Lei 10.639-03 referente a Historia e
Cultura Afro-Brasileira e Africana.
6º ANO
• Cumprimentos
• Apresentações
• Alfabeto
• Comunicação em sala de aula
• Lugares de origem
• Membros da família
• Profissões
• Cores e formas
• números
• Adjetivos frutas,
• paises
• nacionalidades
• Verbo ser e estar
Gêneros discursivos
• Dialogo
• Poema
• Letra de musica
• Vídeo clipe
• Folder
• Caça palavras
• Cruzadinha
• Cartão postal
7º ANO
• Partes do corpo
• Esporte e objetos esportivos
91
• Alimentos
• Verbos de ação
• Dias da semana
• Meses
• Horas
• Adjetivos
• Advérbios de tempo
• To have/present
• To can
• Possessive case
• Prepositions
• Simple present
Gêneros discursivos
• Folder
• Texto informativo
• Charge
• Tabelas
• Historias em quadrinhos
• Leitura de imagens
• Letras de musica
• Vídeo Clip
• Filmes
• Dialogo
• Fábulas
8º ANO
• To be /Simple past
• Simple past
• Possessive Adjectives
• Subjects pronouns/objects pronouns
• There +to be
92
• Adverbs of manner
• Adjectives (opostos)
Gêneros discursivos
• Figuras
• Letras de musica
• Vídeo clip
• Dialogo
• Carta comercial
• Carta familiar
• Sinopse
• Caça palavras
9º ANO
• Expressões úteis no contexto escolar;
• Profissões;
• Palavras homônimas
• Adjetivos;
• Formas comparativas de adjetivos;
• Superlativo dos adjetivos;
• Verbos modais;
• Passado progressivo;
• Futuro com will;
• Futuro com going to;
• Pronomes relativos
Gêneros discursivos
• Diário pessoal;
• Anúncios;
• Poema;
93
• Letra de música
• Gírias;
• Carta ao leitor;
• Dialogo;
• Texto informativo;
• Texto publicitário
O trabalho com os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna no Ensino
Fundamental e Médio deve abordar as seguintes formas sempre a partir do texto.
• Leitura de gêneros textuais diversificadas;
• Analise da função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de
informações;
• Recursos coesivos;
• Levantamento prévio do vocabulário
• Reflexão crítica acerca dos discursos;
• Interpretação textual;
• Troca de informações e analise detalhada do texto (intertextualidade)
• Produção de textos como um processo dialógico;
C- Metodologia
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna em sala de aula parte do
entendimento do papel de línguas nas sociedades como mais do que meros
instrumentos de acesso á informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e a construir
significados.
A prática pedagógica em sala de aula deve partir de um texto significativo
verbal ou não verbal. Estes textos devem possibilitar o desenvolvimento de uma
prática analítica e crítica, ampliar os conhecimentos lingüístico-culturais e suas
implicações sociais históricas e ideológicas presentes no discurso, respeitando as
diferenças culturais.
94
A metodologia deverá envolver os 4 eixos fundamentais LEM (ler, ouvir, falar
e escrever) através de atividades que a partir de textos serão explorados a
intertextualidade, a inferência,a intencionalidade, a analise lingüística.
As atividades devem ser significativas, instigantes e devem remeter á
pesquisa, discussão e reflexão das práticas discursivas criando condições para que
o aluno seja um leitor crítico, reaja aos textos com os quais se depara e assuma
uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados.
D- Avaliação
A avaliação as aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está vinculada
aos fundamentos teóricos explicitados nas suas diretrizes curriculares e na LDB
n.9394/96. O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem, ou seja, nortear o
trabalho do professor e subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.
A avaliação não visa apenas à simples verificação de conhecimentos
lingüístico-discursivos, mas a construção de significados na interação com os textos
e nas produções textuais.
O educando envolvido no processo de avaliação é também construtor do seu
conhecimento e deve entender seus erros como parte deste (auto-avaliação). Ao
professor cabe auxiliá-lo nessa construção, mediando, acompanhando e orientando-
o bem como, planejar e propor outros encaminhamentos para a superação de
dificuldades.
Assim, a avaliação indicará caminhos que norteiem á prática pedagógica, a
ação docente e as intervenções e reformulação possíveis ou necessárias, tais como:
desempenho contínuo, avaliações escritas e orais, trabalhos em grupos ou
individuais e pesquisa.
O docente (educador) definirá critérios para cada conteúdo, instrumento
avaliativo e encaminhamentos metodológicos adotados.
E- Referências
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008
95
5 – ENSINO MÉDIO: CARACTERÍSTICAS
(...) é preciso que o ensino médio defina sua identidade como última etapa da educação básica mediante um projeto que, conquanto seja unitário em seus princípios e objetivos, desenvolva possibilidades formativas, contemplem as múltiplas necessidades socioculturais e econômicas dos sujeitos que o constituem – adolescentes jovens e adultos, reconhecendo-os não como cidadãos e trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeitos de direitos no momento em que cursam o ensino médio. (RAMOS apud CIAVATA, 2004, p. 41).
Será necessário, então, considerar as dimensões formadoras do sujeito: a
complexidade histórica e social e a singularidade. Ou seja, o estudante do Ensino
Médio é uma pessoa de tempo histórico específico, que sofre as influências dos
movimentos e das determinações deste tempo vivido. É uma pessoa que tem uma
origem social, que marca sua constituição enquanto sujeito. Porém, não se reduz a
estas circunstâncias históricas e sociais porque é, também, um ser singular, alguém
que interpreta e dá um sentido ao mundo, à sua vida e à sua história. (CHARLOT,
2000).
Assim, construir uma identidade para o Ensino Médio pressupõe levar em
consideração a complexidade desses sujeitos e pensar num currículo que contribua
para sua formação crítica. Para isso, talvez um começo fosse apresentar-lhes os
saberes escolares de um ponto de vista questionador, contextualizados, numa
perspectiva interdisciplinar, quebrando a rigidez que a legitimidade social e o
estatuto de verdade dão a eles.
Os atuais marcos legais para oferta do ensino médio, consubstanciados na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº. 9394/96), representam um
divisor na construção da identidade da terceira etapa da educação básica brasileira.
Dois aspectos merecem destaque. O primeiro diz respeito às finalidades
atribuídas ao ensino médio: o aprimoramento do educando como ser humano, sua
formação ética, desenvolvimento de sua autonomia intelectual e de seu pensamento
crítico, sua preparação para o mundo do trabalho e o desenvolvimento de
competências para continuar seu aprendizado. (Art. 35)
96
O segundo propõe a organização curricular com os seguintes componentes:
• Base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada que atenda a especificidades
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e do próprio aluno (Art. 26);
• Planejamento e desenvolvimento orgânico do currículo, superando a organização
por disciplinas estanques;
• Integração e articulação dos conhecimentos em processo permanente de
interdisciplinaridade e contextualização;
• Proposta pedagógica elaborada e executada pelos estabelecimentos de ensino,
respeitadas as normas comuns e as de seu sistema de ensino;
• Participação dos docentes na elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
ORGANIZAÇÃO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
• A escola adota a MATRIZ CURRICULAR única, de implantação simultânea.
• As disciplinas da Matriz Curricular estarão organizadas anualmente em dois blocos
ofertados concomitantemente.
97
5.1 – MATRIZ CURRICULAR
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR ÚNICA
NRE: 22 - PARANAVAÍ MUNICÍPIO – 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - E FUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS TURNO: MANHÃ
1ª SÉRIE
Bloco 1 H.A. Bloco 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM 04 SOCIOLOGIA 03
LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
Total Semanal 25 Total Semanal 25
2ª SÉRIE
Bloco 1 H.A. Bloco 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM 04 SOCIOLOGIA 03
LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
Total Semanal 25 Total Semanal 25
3ª SÉRIE
Bloco 1 H.A. Bloc o 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM 04 SOCIOLOGIA 03
LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
Total Semanal 25 Total Semanal 25
98
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR ÚNICA
NRE: 22 - PARANAVAÍ MUNICÍPIO – 1860 - PARANAVAÍ
ESTABELECIMENTO: 00943 - ADÉLIA R. ARNALDI, C. E. - E FUND E MÉDIO
ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS TURNO: NOITE
1ª SÉRIE
Bloco 1 H.A. Bloco 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM 04 SOCIOLOGIA 03
LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
Total Semanal 25 Total Semanal 25
2ª SÉRIE
Bloco 1 H.A. Bloco 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM 04 SOCIOLOGIA 03
LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
Total Semanal 25 Total Semanal 25
3ª SÉRIE
Bloco 1 H.A. Bloco 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
ED FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM 04 SOCIOLOGIA 03
LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04
Total Semanal 25 Total Semanal 25
99
ARTE
A- Apresentação
Desde o início da história da humanidade a arte tem se mostrado uma práxis
presente em todas as manifestações culturais. O homem primitivo desenhou nas
paredes das cavernas e teve que aprender e construir conhecimentos para difundir
esta prática e compartilhar com outras pessoas o que aprendeu.
A aprendizagem e o ensino da arte sempre existiram e se transformaram ao
longo da história de acordo com normas e valores estabelecidos em diferentes
ambientes culturais. Com isso tem-nos oportunizado a aprofundar e compreender
sobre a posição atual do ensino de arte em nosso país e no Paraná.
A disciplina de Arte, composta por quatro áreas (Música, Teatro, Dança e
Artes Visuais) é de suma importância na formação do educando, pois seu ensino
possibilita a este, ampliar o repertório cultural a partir dos conhecimentos estéticos e
artísticos de forma contextualizada. Assim, objetiva que o mesmo possa expandir
suas potencialidades criativas, percepção e apreciação, o pensamento crítico, a
interpretação e a transformação do mundo bem como a si mesmo.
É importante que o aluno compreenda que a Arte está presente em todas as
sociedades, e que por meio dela o ser humano se torna consciente de sua
existência tanto individual como social, produz maneiras de ver e sentir diferentes
em cada momento histórico o que determinará seu processo de criação e produção
artística.
Os conteúdos estruturantes selecionados nessa disciplina vêm constituir a
base para a prática pedagógica, articulados entre si compreendem todos os
aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de organização dos
conteúdos específicos. Tais conteúdos basilares na organização de Arte, não podem
ser vistos como elementos limitadores ou segmentados, pois apresentam, uma
unidade interdependente, permitindo correspondência entre as linguagens.
100
B- Conteúdos
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÀREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
MÚSICA
Intensidade Altura Duração Timbre Densidade
Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica, cromática... Gêneros: popular, folclórico, clássico... Técnicas: vocal, instrumental, mista
Música Ocidental Música Oriental Música Popular Música popular Brasileira
ARTES VISUAIS
Linha Forma Superfície Volume Luz Cor
Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva... Técnica: pintura, desenho, gravura, escultura, história em quadrinhos... Gênero: paisagem, cenas do cotidiano, cenas históricas...
Arte Pré-Histórica Arte Pré - Colombiana Arte Pré - Cabralina Arte Latino Americana Renascimento Muralismo Hip Hop
DANÇA
Movimento Corporal
Kinesfera Movimentos articulares Ponto de apoio Rolamento
Pré – história Greco – Romana Medieval Dança popular Dança brasileira Dança Africana
101
Tempo Espaço
Lento, médio e rápido Níveis deslocamento direções planos coreografia Gêneros: étnica e popular
Dança Indígena
TEATRO
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica e pantomima... Gêneros: tragédia, comédia... Sonoplastia
Teatro Greco-Romano Teatro Essencial Teatro Popular Comédia Dell'arte
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÀREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
MÚSICA
Intensidade Altura Duração Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Escrita Musical Gêneros: clássico, popular, étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista
Música Ocidental e Oriental Música Popular e Étnica Indústria Cultural Música Contemporânea Hip Hop
ARTES VISUAIS
Linha Forma Superfície Volume Luz Cor
Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva... Técnica: pintura, grafitti desenho, gravura, escultura,
Arte Popular Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Indígena Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Indústria Cultural
102
modelagem, colagem... Gênero: paisagem, retrato cenas do cotidiano, cenas históricas...
DANÇA
Movimento Corporal Tempo Espaço
Peso Salto e Queda Lento, médio e rápido Aceleração e desaceleração Deslocamento Improvisação Coreografia Gênero : espetáculo , folclórico e salão
Dança Brasileira Dança Paranaense Indústria Cultural Hip Hop
TEATRO
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, ensaio... Gêneros: drama e épico, popular... Sonoplastia Cenografia e iluminação Figurino
Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Renascentista Teatro Latino- Americano
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ÀREA ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS
E PERÍODOS
MÚSICA
Intensidade Altura Duração Timbre Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Modos: tonal, modal Técnicas: vocal, instrumental,
Música Engajada Música Minimalista Rap, Funk, Tecno Música Experimental
103
mista, Improvisação
ARTES VISUAIS
Linha Forma Superfície Volume Luz Cor
Bidimensional Tridimensional Figura – fundo Figurativo Abstrato Semelhanças Contraste Deformação Estilização... Técnica: escultura, pintura, fotografia, arquitetura, vídeo, performance, instalação, móbiles... Gêneros: Paisagem, paisagem urbana, cenas do cotidiano, religiosa, histórica...
Arte Ocidental Arte Oriental Vanguardas Artísticas Arte no Séc. XX Arte Contemporânea Indústria Cultural
DANÇA
Movimento Corporal Tempo Espaço
Fluxo Eixo Giro Lento, médio e rápido Aceleração e desaceleração Deslocamento Improvisação Coreografia Gênero: indústria cultural e salão
Dança Clássica Dança Moderna Dança Contemporânea Indústria Cultural Vanguardas
TEATRO
Personagem: expressões corporais, vocais,
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, ensaio, Teatro-
Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro do Oprimido
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gestuais e faciais Ação Espaço
Fórum... Gêneros: tragédia e comédia, drama, circo... Roteiro Enredo Trilha sonora e sonoplastia
Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Indústria Cultural
C- Metodologia
A arte é uma das dimensões do conhecimento que permeiam o currículo da
Educação Básica e que abrange as Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança,
possibilitando um trabalho pedagógico com foco na totalidade do conhecimento.
Inicialmente, é necessário conhecer os fundamentos teórico-metodológicos
que permeiam a disciplina de Arte, nas formas de como a arte é compreendida no
cotidiano das escolas e, também, de como as pessoas buscam entendê-la. Algumas
dessas formas estão presentes no senso comum e refletem-se no trabalho
pedagógico com arte na atualidade: Arte como mímesis e representação, Arte como
expressão e Arte como técnica (formalismo).
A arte como mímesis e representação, desenvolvida na Grécia Antiga por
Platão e Aristóteles, é aquela que se fundamenta na representação fiel ou idealizada
da natureza e é considerada uma reprodução intencional que resulta numa
apreensão da forma conforme modelos estabelecidos. Por muito tempo, esta
concepção foi tida como referência formativa no ensino de Arte.
A arte como expressão, no movimento romântico do final do século XVIII se
contrapôs a forma de como a arte era produzida desde a Antiguidade Clássica,
Renascimento até a segunda fase da Revolução Industrial, buscando uma nova
forma de entendê-la. A arte passa então a se fixar, numa concepção em que o
artista expressa em suas obras, seus sentimentos e emoções.
Arte como técnica (formalismo) no início do século XX, é uma concepção pela
qual a arte passa a ser analisada somente pela sua técnica, considerando a obra de
arte pelas suas propriedades formais, é a idéia da forma pela própria forma.
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Estas concepções de arte se fazem presentes no cotidiano da escola e cabe
ao professor refletir e reorganizar a sua prática pedagógica na aplicação destas no
processo educativo dos alunos. Buscar definir a arte e entendê-la pressupõe abordar
campos conceituais que historicamente foram construídos sobre ela: conhecimento
estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível
e cognitivo e o conhecimento da produção artística relacionado aos processos do
fazer artístico e da criação como forma de organização e estruturação do trabalho
artístico.
O enfoque dado ao ensino de Arte na Educação Básica funda-se na relação
entre arte e sociedade, fundamentando-se nas concepções de arte no campo das
teorias críticas abordando a arte como ideologia, arte como forma de conhecimento
e arte como trabalho criador. Sob tal perspectiva, Vázquez (1978) aponta que estas
três interpretações são fundamentais para o entendimento da arte no convívio social.
A arte como ideologia nos faz refletir que a arte é produto de um conjunto de
idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma
classe. A arte não é só ideologia, porém, ela está presente nas produções artísticas.
A arte como forma de conhecimento mostra que a arte é organizada e
estruturada por um conhecimento próprio, por um conteúdo formal, que ao mesmo
tempo possui um conteúdo social e que tem como objeto o ser humano em suas
múltiplas dimensões.
A dimensão da arte como trabalho criador considera que ao criar o ser
humano recria-se, constituindo-se como um ser humano criador, sensível,
consciente, capaz de compreender e transformar a realidade. O trabalho artístico
além de representar, objetivamente ou não, uma dada realidade constitui-se, em si
mesma, numa nova realidade social concreta.
Estas concepções de arte são fundamentais para o desenvolvimento do
ensino desta disciplina na escola, no entanto deve-se ter uma coerência entre os
fundamentos teórico - metodológicos, os conteúdos, os objetivos, a metodologia e a
avaliação para uma aprendizagem efetiva. Na Educação Básica, a disciplina de Arte
busca propiciar aos alunos um conhecimento sistematizado, porém é necessário
conhecer os elementos que a constitui, elementos estes que são basilares,
denominados de Conteúdos Estruturantes. Estes conteúdos (elementos formais,
composição, movimentos e períodos) são os fundamentos para a compreensão de
cada uma das áreas de Arte.
106
Os elementos formais são tidos como a matéria prima para o
desenvolvimento do trabalho artístico; a composição é o processo de organização e
estruturação dos elementos que constituem a produção artística; os movimentos e
períodos se caracterizam pelo contexto histórico presente numa composição
artística.
D- Avaliação
O processo de avaliação é contínuo e cumulativo do desempenho de cada
aluno, sendo superiores os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Na
Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação, cap. I, art 8º, a avaliação
almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em
consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação
nas atividades realizadas”.
Nesse sentido, a observação e registro dos caminhos percorridos pelos
alunos em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e
dificuldades percebidas em sua criações/produções tornam-se fundamentais.
Pensar os critérios de avaliação que devem orientar o ensino da Arte é
essencial para o entendimento dos conteúdos que abrangem todas as áreas da arte
que podem ser resumidos nas seguintes expectativas de aprendizagem:
compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a
sociedade; produção de trabalhos artísticos visando a atuação do sujeito em sua
realidade singular e social; apropriação prática e teórica das formas de compor nas
diversas áreas da arte.
É necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas
tanto em seus aspectos, experiências (prática), quanto conceituais (teórico), sendo a
avaliação consistente e fundamentada, permitindo ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
E- Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Arte . Curitiba: SEED-PR, 2008
107
BIOLOGIA
A- Apresentação
A Biologia é um ramo do conhecimento que exerce grande fascínio em todos
que nela se aprofundam, pois tenta explicar os fenômenos ligados à vida e à sua
origem
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno da VIDA,
insere-se no Currículo do Ensino Médio com a finalidade de propiciar aos estudantes
formação cientifica por meio de conceitos específicos da biologia.A organização
curricular seguirá as Diretrizes Curriculares da disciplina,que relaciona quatro
conteúdos estruturantes, a partir dos quais se estabelecem os conteúdos básicos da
disciplina, e constituem o conhecimento mínimo necessário na formação do
estudante do ensino médio.
Na trajetória histórica da Biologia, percebe-se que o objeto de estudo
disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno VIDA, influenciado pelo
pensamento historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de
cada época e à maneira de conhecer a natureza (método).
Desde a antiguidade até a contemporaneidade, esse fenômeno foi entendido
de diversas maneiras, conceituado tanto pela filosofia natural quanto pelas ciências
naturais, de modo que se tornou referencial na construção do conhecimento
biológico e na construção de modelos interpretativos do fenômeno VIDA.
O estudo da Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por
meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o
fenômeno VIDA – em sua complexidade de relações, ou seja:
� na organização dos seres vivos;
� no funcionamento dos mecanismos biológicos;
� no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade
genética, hereditariedade e relações ecológicas,
� na análise da manipulação genética.
O conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de
questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento ao aproveitamento de
recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção
108
humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas dos
organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.
Segundo Libâneo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como
produtos históricos indispensáveis à compreensão da prática social, podem
contribuir para revelar a realidade concreta de forma crítica e explicitar as
possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação da realidade.
Para o ensino da disciplina de Biologia, constituída como conhecimento, os
conteúdos estruturantes propostos nas diretrizes curriculares, evidenciam de que
modo a ciência biológica tem influenciado a construção e a apropriação de uma
concepção de mundo em suas implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e
ambientais.
Os conteúdos estruturantes de Biologia estão relacionados à sua historicidade
para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e o
caráter transitório do conhecimento elaborado, são os saberes, conhecimentos de
grande amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma
disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de
seu objeto de estudo/ensino e , quando for o caso, de suas áreas de estudo.
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a
abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos
estruturantes: ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS, MECANISMOS
BIOLÓGICOS, BIODIVERSIDADE, MANIPULAÇÃO GENÉTICA .
Através do conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos conseguiu
conhecer a diversidade biológica; agrupar e categorizar os seres vivos e reconhecer
as relações de interdependência entre os mesmos e o meio ambiente. Os
Mecanismos Biológicos possibilitam, conhecer os mecanismos de funcionamento
dos sistemas orgânicos dos seres vivos e a história da ciência numa perspectiva
evolutiva. O Conteúdo Biodiversidade permite compreender o conceito
biodiversidade, a relações entre seres vivos e meio ambiente, a variabilidade
genética e os processos evolutivos. Enquanto o conteúdo Manipulação Genética
permitirá o conhecimento das implicações da engenharia genética sobre a vida,os
avanços da biotecnologia, a bioética e biosegurança.
São conteúdos básicos da disciplina de Biologia:
� Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
� Sistemas biológicos: anatomia,morfologia e fisiologia.
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� Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
� Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
� Teorias evolutivas.
� Transmissão das características hereditárias.
� Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e
interdependência com o ambiente.
� Organismos geneticamente modificados.
Os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da
disciplina, sempre considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série
e etapa de ensino.
No Ensino médio por blocos, a disciplina de Biologia desenvolverá os
conteúdos básicos que fazem parte do processo de produção do conhecimento
científico, de acordo com a seriação previamente estabelecida.Para efetivar o
trabalho docente, compete ao professor organização e seleção de conteúdos
específicos no seu PTD, direcionando o processo pedagógico, interferindo e criando
condições necessárias à apropriação do conhecimento pelo aluno.
São objetivos da disciplina de Biologia:
Descrever processos e características do ambiente ou dos seres vivos
observados micro e macroscopicamente.
Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia.
Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais e vegetais.
Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico.
Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos de
senso comum relacionando os aspectos biológicos.
Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações
intencionais produzidas por ele no seu ambiente.
Julgar ações de intervenções, identificando aquelas que visão à preservação e a
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente.
Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.
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B- Conteúdos
Com base nos conteúdos estruturantes da disciplina de biologia:
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS, MECANISMOS BIOLÓGICOS,
BIODIVERSIDADE e MANIPULAÇÃO GENÉTICA , e os conteúdos básicos:
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômico s e filogenéticos; Sistemas
biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia; Sist emas biológicos: anatomia,
morfologia e fisiologia; Mecanismos de desenvolvime nto embriológico;
Mecanismos biofísicos e bioquímicos; Teorias evolut ivas; Transmissão das
características hereditárias; Dinâmica dos ecossist emas: relações entre os
seres vivos e interdependência com o ambiente; Orga nismos geneticamente
modificados. Os conteúdos específicos a serem trabalhados no Ensino Médio
modalidade BLOCOS serão:
1º ANO
Organização dos seres vivos :
� Características dos seres vivos
� Organização celular
� Composição química celular
� Constituição celular (membrana, citoplasma,organelas)
Manipulação Genética :
Água, colesterol, vitaminas, envelhecimento, soros, vacinas
Mecanismos biológicos
� Metabolismo celular ( respiração, fotossíntese)
� Núcleo ,divisão celular e síntese de proteínas
Biodiversidade :
� Ecologia (conceitos básicos)
2º ANO
Organização dos seres vivos :
� Taxonomia;
� Características gerais dos seres vivos;
� Vírus
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� Reinos : Monera, Fungi , Protista
� Reino Animal: Invertebrados
Manipulação Genética :
� Doenças causadas por vírus e bactérias;
� Importância dos vírus e bactérias;
� Doenças causadas por protozoários, fungos;
� Importância dos fungos;
Mecanismos biológicos :
� Embriologia;
Organização dos seres vivos :
� Reino Animal vertebrados
� Reino Plantae
Manipulação Genética :
� Controle biológico e fitoterapia
3º ANO
Mecanismos biológicos :
� Origem das espécies;
� Teorias evolucionistas;
� Biótipos (com enfoque na cultura afro)
� Cariótipo.
� Genética-1ª lei de Mendel;
� Genética- 2ª lei de Mendel;
Manipulação Genética:
� Manipulação genética,
� biotecnologia.
� Biossegurança;
Mecanismos biológicos :
� Histologia Animal
Biodiversidade :
� Biogeociclos;
� Biomas;
� Desequelíbrio ambiental;
� Relações entre os seres vivos e o meio ambiente.
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C- Metodologia
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na
disciplina de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo caráter
provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita repensar, mudar
conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico, social, político,
econômico e cultural.
Como proposta metodológica para a Disciplina de Biologia no Ensino Médio,
propõe-se a utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórica-
crítica centrada na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às
camadas populares, estendendo a apropriação e crítica e histórica do conhecimento
enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica para
transformação da realidade (Saviani 1997, Libâneo 1983).
Abrangendo os conteúdos estruturantes, propõe-se a utilização de recursos
metodológicos diferenciados vinculados à experimentação, pesquisa do meio, aulas
dialogadas, recursos áudio visuais, informática, jogos didáticos, estudo de casos,
sem esquecer os saberes do “senso comum”, acumulado pelo aluno, como estímulo
para a discussão do tema proposto.
Relacionar os diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas
de conhecimento, propiciando reflexão constante sobre as mudanças conceituais em
decorrência de questões emergentes.
Os conteúdos serão tratados de forma contextualizada, enfim, é essencial o
desenvolvimento de posturas e valores pertinentes as relações entre os seres
humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo
parta uma educação que formará pessoas sensíveis e solidárias, cidadãos
conscientes dos processos e regularidades de mundo e vida, capazes assim de
realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.
Pensar nas ações pedagógicas significa repensar o espaço escolar a partir da
reorganização e reconstrução do entendimento do tempo escolar. No ensino por
blocos, o tempo de permanência com o aluno implica numa mudança no
planejamento do trabalho docente. A fim de garantir um melhor processo de ensino
aprendizagem.
A escolha de diferentes estratégias, privilegiando-se aquelas que permitam
diversas e significativas atividades propostas ao estudante, nos quais se explicitam
113
relações que permitem ao estudante identificar como objeto de conhecimento se
constitui. Acredita-se que a reorganização do espaço-tempo escolar permitirá ao
professora acompanhar, analisar e reestruturar a aprendizagem dos seus alunos
obtendo mais informações sobre o desenvolvimento dos processos cognitivos.
Em cumprimento as leis n.10.639/03 e n. 11.645/08 , a abordagem
pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana , bem como, sobre
a cultura indígena , poderá ser desenvolvida por meio de análises que envolvam a
constituição genética da população brasileira, de forma contextualizada, favorecendo
a compreensão da diversidade biológica e cultural. Quanto a lei n. 9.795/99 que
institui a Política Nacional de Educação Ambiental deverá ser uma prática
educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos
específicos.
D – Avaliação
Avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias
sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os
processos de aprendizagem.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno tome conhecimento
dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.
A avaliação deve ser, portanto, formativa, diagnóstica e continua onde
poderão serão utilizados vários tipos de instrumentos como: prova escrita, oral e
prática, seminários, trabalhos individuais ou em equipe, aulas de campo, de maneira
que possibilite avaliar o educando pedagogicamente e socialmente.
Deve atuar também como instrumento analítico do processo de ensino
aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas pensadas e
realizadas ao longo do ano letivo, de modo que possa observar os avanços e as
dificuldades a fim se superar barreiras existentes.
A necessidade e o prazer de aprender superam obstáculos e transformam as
maneiras de agir, ver e sentir o mundo, para além dos âmbitos escolares.
114
E- Referências
AMABIS, José Mariano e Martho, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da Biologia Moderna - São Paulo; Moderna, 1991.
JÚNIOR, César da Silva, Sezar Sasson. Biologia, Vol. 1,2,3 -8ª Ed. -São Paulo;Editora Saraiva,2006. LIBÂNEO, J.C. Tendências pedagógicas na prática escolar , In: Revista a Ande, nº6, p.1-19,1997. MELLO, R. de. A Embriologia Comparada e Humana . São Paulo: Atheneu, 1989. PAULINO,W.R. Biologia, Vol. 1,2,3 - 1ª Ed.-São Paulo; Editora Ática, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica- Curitiba, 2009-SEED- Superintendência da Educação. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Biologia -Curitiba. 2006. SEED. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP:
Autores associados, 1997
115
EDUCAÇÃO FÍSICA
A- Apresentação
A disciplina de Educação Física como disciplina curricular, passou por inúmeras
transformações ao longo da história e atendeu a inúmeros interesses, muitas vezes
antagônicos aos propósitos pedagógicos de uma disciplina que visa a formação de
sujeitos críticos. Muitas discussões se estabeleceram ao longo desse processo,
algumas no sentido de legalização da mesma no interior da escola. Desta forma a
Educação Física se propõe no Ensino, integrar o aluno na cultura corporal do
movimento com as finalidades de lazer, de expressão de sentimento, afetos e
emoções, de manutenção e melhoria da saúde. Buscando o desenvolvimento da
autonomia, da cooperação e da participação social, considerando o tipo de
sociedade onde este saber foi produzido e proporcionando-lhes condições de
análise e reflexão para re-elaboração do seu saber e consequentemente re-
elaboração da sua cultura corporal. Viabilizando assim:
• A construção de uma postura de responsabilidade perante si e o outro, visando
uma construção de valores e atividades para a construção de sua autonomia.
• Modificar as relações sociais, conscientizando os alunos e levando-os a uma
reflexão crítica social, expressa por meio do preconceito, sexualidade, diferenciação
entre gênero e outros.
• Valorizar as culturas corporais do movimento, possibilitando aos alunos uma
variedade de vivências práticas e manifestações corporais.
• Contemplar as necessidades dos alunos em relação à coletividade,
divertimento, acesso a atividades recreativas e ao espaço para o lazer.
O que se pretende destacar aqui são os avanços que esta disciplina
alcançou, especialmente no estado do Paraná, nos últimos anos e a possibilidade
que se tem atualmente para que ela atinja a legitimidade. Acreditamos que isso seja
possível primeiramente pelo envolvimento e comprometimento dos professores que
atuam diretamente no cotidiano da escola, pela efetivação de propostas
consistentes, de um trabalho pedagógico organizado de acordo com os referenciais
teóricos apontados nas diretrizes curriculares, materializados nas práticas docentes.
116
Pensar em uma proposta de organização curricular para o ensino em blocos,
não é diferente de se pensar esta mesma proposta no ensino regular, o que difere é
a forma, o modo como o conhecimento será tratado tendo em vista da organização
da carga horária e o formato semestral da proposta.
Acreditamos que esta nova abordagem de organização do ensino médio
proporcionará um novo repensar sobre a maneira como a Educação Física tem se
constituído no interior da escola e oportunizará a implementação de uma nova
proposta que atenda aos propósitos das diretrizes curriculares, na perspectiva de
uma teoria crítica pautada na cultura corporal.
B- Conteúdos
1º ANO
Conteúdo Estr uturante
Conteúdo Básico
Conteúdos Específicos
Avaliação Esperasse que o aluno:
No Aulas
Esporte
Coletivos
Futebol,
Voleibol,
Basquete,
Handebol
-Identifique os diferentes tipos de esportes coletivos. - Relacione os esportes coletivos com os elementos articuladores vivenciados. - Questione criticamente os conceitos e práticas trabalhadas. - Reconheça os gestos e técnicas dos esportes para que possa experimentar e reconhecer os gestos motores característicos do esporte. - Reconheça as diferentes regras dos esportes trabalhados. - Organize e vivencie atividades esportivas, trabalhando a elaboração, confecção de tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento das mesmas.
16
Jogos e
brincadeiras
Jogos de tabuleiro
Xadrez, dama, trilha
- Reconheça e se aproprie dos jogos de xadrez, dama e trilha. - Organize atividades lúdicas com diferentes tipos de jogos. - Relacione os jogos de tabuleiro com os elementos articuladores.
16
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Dança
Danças Folclóricas
Fandango,
cirandas,
quadrilhas,
- Reconheça os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros - Reconheça as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, do fandango, das cirandas e das quadrilhas. - Conheça a origem histórica das danças e seu contexto. - Argumente criticamente sobre apropriação das danças pela indústria cultural. - Crie e apresente coreografias das danças trabalhadas.
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Ginástica
Ginástica artística
Ginástica de solo
(rolamentos, saltos, giros,
deslocamentos)
-Organize um evento de ginástica artística, - Apresente diferentes criações coreográficas ou sequencia de movimentos ginásticos de solo. -Compreenda questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que envolvem a ginástica de solo.
16
Lutas
Lutas com aproximação
judo jiu-jitsu; sumo.
_ Conheça os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações das lutas. _ Reconheça os movimentos característicos de cada luta; _Identifique os benefícios possibilitados pela prática das lutas.
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2º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Conteúdos Específicos
Avaliação Esperasse que o aluno:
No Aulas
Atletismo,
tênis de campo,
- Se aproprie criticamente acerca das diferenças entre o esporte da escola e o esporte de rendimento. - Reconheça a relação entre esporte e lazer. - Compreenda a função social do
16
118
Esporte Individual badminton esporte. - Se aproprie de conhecimentos específicos sobre os esportes estudados e vivenciados, como sua história, seus fundamentos, regras, entre outros.
Jogos e brincadeiras
Jogos brincadeiras dramáticos
Dramatização mímica,
improvisação
.
- Reconheça as diferentes possibilidades de um trabalho com a mímica e a dramatização. - Seja capaz de utilizar os recursos da improvisação na releitura de poemas e textos literários, expressar-se corporalmente. - Crie pequenas peças de teatro utilizando os conhecimentos trabalhados na aula.
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Dança
Dança de rua
break funk
- Crie interprete coreografias. - Reflita acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural. - Organize uma apresentação de break.
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Ginástica
Ginástica de academia
Ginástica aeróbica,
anaeróbica,
alongamento
flexibilidade.
- Compreenda a função social da ginástica. - Discuta sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica de academia. - Conhecimento acerca do sistema energético, produção de energia, diferenças entre atividades aeróbias e anaeróbias.
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Lutas
Lutas que mantêm
a distancia
Karatê,
boxe,
taekewondo
- Compreenda a diferença entre lutas e distancia artes marciais, assim como a apropriação das lutas pela indústria cultural. - Conheça os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento do karatê, boxe, taekewondo- - Organize um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos de golpes.
16
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3º ANO
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Conteúdos Específicos
Avaliação Esperasse que o aluno:
No Aulas
Esporte
Radicais e
coletivos
skate; - rappel; rafting; treking
Punhobol skate; rappel; rafting; treking
Punhobol beisebol/ softbol rugby
Esporte Adaptados
- Reconheça a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte. - Compreenda questões relacionadas ao doping nos esportes. -Reconheça os recursos ergogênico utilizados nos esportes radicais. - Identifique questões relacionadas a nutrição e os esportes radicais. - Reconheça a dinâmica de organização dos esportes adaptados. - Identifique os esportes veiculados em diferentes países.
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Jogos e brincadeiras
Jogos cooperativos
Futpar; voleinçol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cooperativas; salve-se com um abraço, etc.
- Identifique os apelos da indústria cultural na veiculação de brinquedos e brincadeiras tradicionais como produtos de consumo. - Perceba a diferença entre competir e cooperar. - Recrie atividades de jogos e brincadeiras.
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Dança
Dança de salão
Forró, Xote
bolero.
- Interprete e crie coreografia das danças trabalhadas. - Reflita acerca da apropriação da dança pela indústria cultural. - Organize uma apresentação de danças de salão.
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Lutas
Lutas com instrumento mediador Capoeira
Esgrima, Capoeira regional e Capoeira de angola.
- Se aproprie dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos. - Organize uma roda de capoeira onde os alunos vivenciem os diferentes movimentos da capoeira. − Organize jogos recreativos
16
120
envolvendo a esgrima. − Reconheça a esgrima em seu aspecto histórico, contexto político social, sua esportivização, significados e simbologias.
Ginástica
Ginástica Geral
Jogos gímnicos, Movimentos gímnicos.
- Organize eventos de ginástica, na qual gímnicos sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas ou sequencias de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos. - Aprofunde e compreenda as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que envolvem a ginástica. - Compreenda a função social ginástica. - Discuta sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica. - Compreenda e aprofunde a relação entre a ginástica e trabalho.
16
C – Metodologia
A educação pelo movimento deverá propiciar ao educando uma tomada de
consciência de seu corpo e a partir daí, dar condições de promover através de uma
ação pedagógica o desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem.
Deverá permitir á criança à exploração motora, a descoberta da sua
realização, vivendo através das atitudes propostas, momentos que lhe dê condições
de criar novos caminhos a partir das experiências adquiridas criando novas formas
de atividades podendo assim, atingir os objetivos propostos.
Perceber que seu corpo se relaciona, cria, sofre repressões, vibra, percebe
seus ritmos íntimos e possibilita a realizar movimentos naturais utilizando todo o seu
ser como veiculo de expressão.
A metodologia adotada pressupõe acima de tudo uma nova postura frente aos
conhecimentos que serão trabalhados, pois não será possível uma prática
pedagógica pautada exclusivamente numa lógica de desportivização, comumente
organizada em bimestres divididos por diferentes modalidades esportivas. É
121
fundamental na relevância dos conhecimentos que compõem a Educação Física na
escola, que se configuram como conhecimentos de grande abrangência proveniente
dos diferentes campos da ciência e que se constituíram historicamente.
O encaminhamento metodológico deve ser desenvolvido com base nas
diretrizes curriculares. Nesse sentido, todos os conteúdos trabalhados em aula
devem partir de uma prática social inicial, passando pelos momentos de
problematização, instrumentalização e catarse para no final de um conjunto de aulas
ou do bloco observar o retorno à prática social.
Ao propor o trabalho com os diferentes conteúdos básicos é imprescindível
que o professor leve em consideração a Abordagem Teórico Metodológica para o
Ensino Médio presente nas Diretrizes Curriculares, conforme segue:
Primeira leitura da realidade
(Prática social inicial, Problematização)
• Traçar objetivamente o que se pretende alcançar com o conteúdo
trabalhado.
• Identificar aquilo que os alunos já conhecem sobre o tema.
• Estabelecer relação entre o Conteúdo Estruturante e as problemáticas da
vida social, cultural, econômica.
• Lançar questões ou desafios que suscitem a reflexão por parte dos alunos.
Apreensão do conhecimento
(Instrumentalização, Catarse)
• Possibilitar ao aluno o contato com o conhecimento sistematizado,
historicamente construído.
• Oportunizar condições de assimilação e recriação do conhecimento.
• Realizar intervenções pedagógicas necessárias para apreensão do
conhecimento.
Avaliação do processo ensino-aprendizagem
(Retorno a Prática Social)
• Solicitar a criação de outras variações da temática trabalhada.
• Oportunizar o diálogo que permita ao aluno avaliar o processo de
ensino-aprendizagem.
122
ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA DOS CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEUDO ESTRUTURANTE ESPORTE
• Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
• Analisar a possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida.
• Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
• Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
• Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de
tabelas, de acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória
simples, dupla, entre outros).
• . Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.
• Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico
sobre o fenômeno Esporte.
• Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:
• enquanto meio de Lazer.
• sua função social.
• sua relação com a mídia.
• relação com a ciência.
• doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.
• nutrição, saúde e prática esportiva.
• Analisar a apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
CONTEUDO ESTRUTURANTE JOGOS E BRINCADEIRAS
• Analisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
• Organização de eventos.
• Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e
tempos de lazer.
• Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
CONTEUDO ESTRUTURANTE DANÇA
• Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal, seu
contexto histórico, suas representações e diversidade de culturas.
123
• Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus
diferenciados ritmos.
• Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e
expressão corporal.
• Estimular a interpretação e criação coreográfica.
• Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural.
• Entender os benefícios gerais possibilitados pela dança.
• Organização de Festival de Dança.
CONTEUDO ESTRUTURANTE GINÁSTICA
• Analisar a função social da ginástica.
• Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.
• Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. Laboral).
• Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.
• Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da
ginástica com: tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e
força; tipos de força; fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica,
gasto energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT,
compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da Ginástica pela Indústria
Cultural entre outros.
• Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim
como a sistematização e planejamento de treinos.
• Organização de festival de ginástica
CONTEUDO ESTRUTURANTE LUTAS
• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes
artes marciais, técnicas, táticas/ estratégias, apropriação da Luta pela Indústria
Cultural, entre outros.
• Compreender os benefícios possibilitados pelas lutas e artes marciais.
• Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais X esporte.
• Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira
enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos,
movimentação, roda etc.
124
D – Avaliação
A avaliação entendida como parte do processo ensino-apredizagem, sendo
portando cumulativa, diagnóstica e qualitativa servindo como parâmetro para que o
professor possa redirecionar a avaliação, servirá ao professor como diagnóstico na
retomada de suas decisões e reflexões.
As avaliações se desenvolverão da seguinte forma:
• Observar se o aluno demonstra segurança para experimentar
situações propostas em aula, se participa das atividades propostas;
• Interagir com seus colegas sem estigmatizar de discriminar por razões
físicas, sociais, culturais ou de gênero.
• Diagnosticar se o aluno aceito as limitações impostas suas situações
de jogos, reconhecendo os benefícios para a saúde.
• Avaliar diariamente através da participação, assiduidade, disciplina e
interesse dos mesmos;
• Relacionar os elementos da cultura corporal com a saúde e a
qualidade de vida.
E - Referências
ARRUDA, Solange. Arte do movimento: as descobertas de Rudolf Laban na Dança e ação humana. São Paulo: PW Gráficos e Editores Associados, 1988. ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001. BARRETO, Débora. Dança..., ensino, sentidos e possibilidades na esco la. Campinas: Autores Associados, 2004. BENJAMIM, Walter. Reflexões sobre a criança o brinquedo e a educação . São Paulo: Duas Cidades / Editora 34, 2002. CAPARROZ, Francisco Eduardo. Entre a Educação Física na escola e a Educação Física da escola . Vitória: CEFD/UFES, 1997. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física . São Paulo. Cortez. 1992.
125
GASPARIN, J.L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica . 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2002. GOELLNER, Silvana Vilodre (org). Educação Física / Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999. MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, educação e educação física . Ijuí: Unijuí, 1999. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná – Educação Física. Curitiba: SEED, 2008. SOARES, Carmem Lúcia. Corpo e história . Campinas: Autores Associados, 2001. _____. Imagens da educação no corpo . Campinas: Autores Associados, 1998. STIGGER, M. P. Educação Física, Esporte e Diversidade . Campinas. SP. Autores Associados, 2005.
126
FILOSOFIA
A- Apresentação
A filosofia, enquanto conjunto de conhecimentos construídos historicamente
reúne grande parte dos temas que influenciam a vida de nossos estudantes. Seja no
campo de política, da ética, da ciência, seja no campo da arte, os conhecimentos
filosóficos estão presentes, mesmo que inconscientemente, no modo e no sentido
segundo no qual as pessoas interagem com o mundo. O grande problema se
encontra, contudo, no fato de que as teses, as doutrinas, os argumentos filosóficos
se caracterizam por uma validade tácita, isto é, eles influenciam as perspectivas dos
estudantes sem que estes estejam conscientes disso. Para citar um exemplo, o
conceito de liberdade vigente em nossa circunstância histórica é profundamente
marcado pelas teorias liberais dos séculos XVII e XVIII. Quando a mídia, os políticos
e as pessoas em geral falam sobre a liberdade, suas posições são orientadas pelas
discussões realizadas por Locke, Hobbes, Rousseau, etc.; muito embora, na maior
parte das vezes, não tenham conhecimento e leitura das obras desses autores. Este
paradoxo funda-se no fato de que nossas instituições e nossos comportamentos
foram construídos ao longo da história em sintonia com as teorias e os pensamentos
dos filósofos. As pessoas educadas num contexto já determinado incorporam
perspectivas específicas e, ingenuamente, acreditam que elas são únicas e nunca
foram ou serão diferentes do que são. Eis a validade tácita que caracteriza as teses,
as doutrinas e os argumentos filosóficos.
Contudo, existem concepções filosóficas diversas, cabe a cada professor o
desafio constante de definir para si mesmo o lugar de onde pensa e fala. Identifica-
se o local onde se pensa e fala a partir do resgate histórico da disciplina e da
militância por sua inclusão e permanência na escola. Ensinar Filosofia no Ensino
Médio, no Paraná, no Brasil, na América Latina, não é o mesmo que ensiná- la em
outro lugar. Isso exige do professor claro posicionamento em relação aos sujeitos
desse ensino e das questões históricas atuais que lhes são colocadas como
cidadãos de um país. Nesse sentido, é preciso levar em conta as contradições
próprias da nossa sociedade que é, ao mesmo tempo, capitalista e dependente, rica
e explorada, consciente e alienada.
127
Ao pensar o ensino de Filosofia, as Diretrizes Curriculares de Filosofia para o
Ensino Médio, que norteiam este documento, fazem ver, a partir da compreensão
expressa por Appel (1999), que não há propriamente ofício filosófico sem sujeitos
democráticos e não há como atuar no campo político e cultural, avançar e consolidar
a democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de discernimento e
o uso autônomo da razão.
B- Conteúdos
1º ANO
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na s érie
Saber mítico
Estrutura do pensamento mítico Características do Mito
Saber Filosófico
Estrutura do pensamento filosófico pré-socrático Características do pensamento filosófico pré-socrático
Relação entre Mito e filosofia
Diferenças e semelhanças entre o mito e a filosofia pré-socrática
Atualidade do Mito
A presença do discurso mítico nos filmes e na cultura moderna
O que é a Filosofia?
Principais características da filosofia: racionalidade, conceito e explicitação.
Possibilidade do conhecimento
Diferenças entre o relativismo de Protágoras e a perspectiva epistemológica de Platão.
Formas de conhecimento Ceticismo Dogmatismo Racionalismo Empirismo
O problema da verdade
Verdade como correspondência Verdade como revelação Verdade como convenção
128
A questão do método
Diferenças entre método dedutivo e indutivo As regras do método cartesiano
Conhecimento e lógica.
Silogismo Falácias Retórica
2º ANO
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série
Ética e Moral
Origens históricas da moral ocidental
Diferenças entre moral e ética
Pluralidade ética
Diferentes concepções: eudaimonista,
hedonista, cristã, liberal, niilista, etc.
Ética e Violência
O problema da alteridade O problema das virtudes
Razão, desejo e vontade
O conflito entre alma racional e alma
irracional em Platão e Aristóteles Amizade Liberdade
Liberdade: autonomia do sujeito e a
necessidade das normas
Conceitos de liberdade Livre-arbítrio
Liberdade e cidadania
Relações entre comunidade e poder
Estado e violência
Os conceitos de Virtù e fortuna em Maquiavel
Liberdade e
igualdade política
Conceito de Isonomia e Iségoria Liberdade e liberalidade
Política e ideologia
Liberalismo
Republicanismo
129
Socialismo Marxismo
Esfera pública e
privada
Conceito de esfera pública Conceito de esfera privada
Condições de instauração do espaço público
Cidadania formal e/ou participativa.
A crise da representação A questão da legitimidade da
democracia participativa Direitos e deveres
3º ANO
Conteúdo Básico Espec ificidade da abordagem na série
Concepções de ciência
O que é ciência?
Concepção antiga e moderna de ciência
A questão do método científico
O método dedutivo e indutivo
Falseabilidade empírica Ruptura epistemológica
Contribuições e limites da ciência
Ciência e sociedade
Paradigmas científicos
Ciência e ideologia
Alienação Política e ciência
Ciência e ética
Bioética
A ciência e as suas conseqüências sociais Ciência e senso comum
Natureza da arte
Historia da arte
Concepções de arte Finalidade da arte
Filosofia e arte
Baumgarten e a crítica do gosto Kant e a estética transcendental
Kant e Crítica da faculdade do juízo
Categorias estéticas
Feio, belo, sublime, trágico, cômico,
grotesco, gosto, etc.
130
Estética e sociedade
O belo e as formas de arte
Utilidade da arte Crítica do gosto
C- Metodologia
A fundamentação teórico-metodológica desta Proposta Pedagógica
Curricular está pautada nas Diretrizes Curriculares de Filosofia do Ensino Médio do
Estado do Paraná. As Diretrizes Curriculares de Filosofia concebem a Filosofia
enquanto espaço de análise e criação de conceitos.
Nesse sentido, a Filosofia no Ensino Médio visa fornecer aos estudantes a
possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, suas
múltiplas particularidades e especializações. Segundo as Diretrizes Curriculares de
Filosofia o estudante precisa de um saber que opere por questionamentos, conceitos
e categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que se
dá o pensamento e a experiência humana.
Como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, considera-se que a
Filosofia pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do
mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores éticos,
políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e muito a
contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos problemas e conceitos
criados no decorrer de sua longa história, os quais por sua vez geram discussões
promissoras e criativas que desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações.
Por isso, permanecem atuais.
Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e
democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a
complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e
especializações. Ao deparar-se com os problemas e por meio da leitura dos textos
filosóficos, espera-se que o estudante possa pensar, discutir, argumentar e, que,
nesse processo, crie e recrie para si os conceitos filosóficos, ciente de que não há
conceito simples.
131
Segundo Deleuze e Guattari (1992), todo conceito tem componentes e se
define por eles. Não há conceito de um só componente e não há conceito que
disponha de todos os componentes no momento de sua erupção. Todo conceito é
ao menos duplo ou triplo e remete a um problema ou a problemas sem os quais não
teria sentido, e que só podem ser isolados ou compreendidos na medida de sua
solução.
Conforme esses autores, todo conceito tem uma história, embora a história se
desdobre em ziguezague, embora cruze com outros problemas ou com outros
planos. Os conceitos jamais são criados do nada. Em cada um deles há, no mais
das vezes, pedaços ou componentes vindos de outros que respondiam a outros
problemas e supunham outros planos em momentos históricos diversos. Cada
conceito opera um novo corte, assume novos contornos, deve ser reativado ou
recortado. É o devir do conceito.
Em suma, a natureza do conceito ou o conceito de conceito “define-se pela
inseparabilidade de um número finito de componentes heterogêneos percorridos por
um ponto de sobrevôo absoluto, à velocidade infinita” (DELEUZE; GUATTARI, 1992,
p. 33).
Não há nenhuma razão para que os conceitos se sigam, eternizem-se. Nesse
sentido, “um filósofo não pára de remanejar seus conceitos, e mesmo de mudá- los”
(DELEUZE, GUATTARI,1992, p. 34). A cada momento, ele está preocupado com
questões distintas e problemas específicos. O conceito criado a partir dessas
circunstâncias se identifica às particularidades de cada situação filosófica e pode,
assim, reorganizar seus componentes ou criar novos.
Assim, o ensino de filosofia como criação de conceitos deve abrir espaço para
que o estudante possa planejar um sobrevoo sobre todo o vivido, a fim de que
consiga à sua maneira também, cortar, recortar a realidade e criar conceitos.
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas, na busca de soluções nos textos filosóficos por meio
da investigação, no trabalho direcionado à criação de conceitos.
Ao ensinar Filosofia no Ensino Médio por blocos o professor deve pensar a
distribuição do conteúdo em função de outra perspectiva de tempo, ou seja, de uma
aula geminada (duas aulas juntas) muito embora, tenha a mesma carga horária, ou
ainda, o mesmo numero de horas, porém concentrada em um bloco semestral. O
conteúdo é o mesmo que seria trabalhado no Ensino Médio anual, ou seja, o
132
professor ao invés de ter duas aulas por semana num total de sessenta (60) aulas
anuais, terá duas aulas consecutivas e uma terceira aula em outro dia da semana
perfazendo as sessenta horas em um semestre e não em um ano.
Poderá acontecer que pelo uso de sua autonomia algumas escolas escolham
colocar três aulas em um único dia, ou ainda uma em cada dia da semana, o que
não aconselhamos por entender que isso pode sobrecarregar tanto o professor
como o aluno e/ou fragmentar o trabalho.
Por outro lado, quando o professor possui apenas uma aula por dia, levando em
conta o tempo que gasta com a chamada e outras funções o desenvolvimento do
conteúdo e a aplicação de atividades e avaliações ficam limitadas a um espaço de
tempo que restringe a extensão do processo de ensino e aprendizagem.
Do ponto de vista metodológico é necessário se planejar de forma a explorar
o tempo que se tem com os educandos no ensino médio em blocos com o objetivo
de aprofundar os textos estudados, podendo aplicar atividades e avaliações sem
uma lacuna de tempo que poderia dificultar a fixação dos conceitos trabalhados.
As aulas geminadas do ensino médio em bloco ainda contribuem na
efetivação das relações interdisciplinares, pois o professor com duas aulas
aglutinadas tem a possibilidade de recorrer aos conteúdos e conhecimentos de
disciplinas que estejam próximas do conteúdo que está desenvolvendo.
A relação interdisciplinar não é uma invenção ocasional, muitas vezes quando
o professor de Filosofia está trabalhando um conceito ou o pensamento de um
filósofo, para contextualizar o momento sócio-econômico e as circunstâncias em que
tal pensamento ocorreu, ele se utiliza da linguagem historiográfica e de conteúdos e
metodologias próprios da disciplina de história. Ao trabalhar a passagem do mito ao
logos (Filosofia), por exemplo, recorremos a disciplina de Língua Portuguesa e da
linguística no intuito de compreender a estrutura do pensamento mitológico.
Ao trabalhar com o conteúdo de estética pode-se explorar a relação
interdisciplinar com a disciplina de arte, pois muitos de seus conteúdos são
correlatos e abrem margem para que o professor recorra a textos, imagens, vídeos e
discussões que configuram uma relação muito íntima com o trabalho que o professor
de arte executa enquanto conceito em sua disciplina.
São múltiplas as possibilidades de desenvolvimento das relações
interdisciplinares, cabe ao professor dentro de sua especialização, de suas leituras e
principalmente de acordo com o conteúdo e com o texto que está trabalhando
133
perceber em que medida pode explorar conhecimentos de outras disciplinas.
D- Avaliação Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida
na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem o objetivo de subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua
inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria
a perceber o quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da
Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar
deste ou daquele tema.
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade
que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática,
como discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido
na experiência de pensamento filosófico.
Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o educador pode
propiciar e preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir. O
ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, pois, [...] a atividade
filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: isto quer dizer também
fazê-lo responsável. Nisto reside à fecundidade, a atividade de “produzir” a
capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de
pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao
querer e ao “controle” [...] Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto
não é um querer fácil (LANGON, 2003, p. 94).
Dessa forma, ao avaliar, no Ensino médio por blocos o professor terá a
possibilidade de aplicar um instrumento avaliativo na sequencia da investigação, e a
criação de conceitos ocorrerá sem a fragmentação das aulas, pois sendo as aulas
geminadas o professor terá mais tempo pra aprofundar o conteúdo. È importante
salientar que o docente deve ter respeito pelas posições do estudante, mesmo que
não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar
e de identificar os limites dessas posições.
134
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade
de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos
temas e discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio
por blocos de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
• qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por
meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa
após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um
processo.
D- Referências
APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio . Cadernos PET-Filosofia 2, Curitiba, 1999. ASPIS, R. O professor de Filosofia : o ensino da Filosofia no Ensino Médio como experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. n. 64, 2004. BORNHEIM, G. O sujeito e a norma . In. NOVAES, A. Ética. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. BRASIL. Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia. Orientações curriculares do ensino médio . [S.n.t.]. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares do ensino médio . Brasília: MEC/SEB, 2004. BRASIL. Ministério de Educação. Orientações curriculares do ensino médio . Brasília. MEC/SEB, 2006. CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1986, v.1. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. (Coleção Trans).
135
FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et all (Org.). A filosofia e seu ensino . Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995. FERRATER MORA. Dicionário de filosofia São Paulo: Loyola, 2001. FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático Público). GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio . Petrópolis: Vozes, 2000. KANT, I. Crítica da razão pura . Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1985. LANGON, M. Filosofia do ensino de filosofia. In: GALLO, S.; CORNELLI, G.; DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de filosofia . Petrópolis: Vozes, 2003. LEOPOLDO E SILVA, F. Por que a Filosofia no segundo grau. Revista Estudos Avançados, v.6, n. 14, 1992. MARX, K. A questão judaica. In: __________. Manuscritos econômico-filosóficos . Tradução Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1993. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público). PARANÁ, Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas. Textos SEAF, Curitiba, V. 2, n.3, 1981. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de filosofia no 2.o grau . Curitiba, 1994. REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia : patrística e escolástica. São Paulo: Paulus, 2003. RIBEIRO, M. L. S. História da educação brasileira : a organização escolar. São Paulo: Cortez & Moraes,1978. RUSSELL, B. Os problemas da filosofia . Tradução António Sérgio. Coimbra: Almedina, 2001. SEVERINO. A J. O ensino de filosofia : entre a estrutura e o evento. In: GALLO; S., DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia : teoria e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004. TEXTOS SEAF (Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas - Regional do Paraná). Curitiba, ano 2, número 3, 1981. UNESCO. Philosophie et Dèmocratic dans le Monde – Une enquête de l ́Unesco. Librarie Générale Française, 1995.
136
VASCONCELLOS, C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula . São Paulo: Libertad, 2000.
137
FÍSICA
A- Apresentação
A disciplina de física está vinculada à uma ciência de referência – a Física –,
ciência cujo corpo teórico se apresenta na forma de princípios, leis, conceitos,
definições e idéias, os quais não só sustentam a teoria, mas são fundamentais para
compreendê-las.
Este quadro teórico, embora ainda em construção, possível respeitável
consistência teórica e representa um empreendimento humano que teve início
quando o homem, pela contemplação, buscou compreender e descrever os
fenômenos naturais e, hoje, permite compreender desde um simples caminhar até o
comportamento de galáxias próximas ou distantes. Ele abrange desde a estrutura
mais elementar da matéria até a busca de uma origem para o universo presente na
cosmologia atual e, compõe parte da cultura científica atual.
Nesta sociedade técnico-cientifica avançada, a posse dessa cultura
transforma-se em ferramenta, quando os sujeitos reconstruírem o conhecimento
historicamente produzido e esse forneça subsídios para os sujeitos em formação,
como ser humano e futuro profissional de uma sociedade em processo de
globalização, tornando-o um ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade, com as
tecnologias a sua volta e que o mesmo interagi, a partir de uma leitura de mundo
com as ferramentas científicas.
Por isso, deseja-se que esses sujeitos compreendam a ciência como uma
visão abstrata da realidade, que no caso da Física se apresenta sob a forma de
definições, conceitos, princípios, leis e teorias interligados uns aos outros, os quais
são submetidos a rigorosos processos de validação.
Essa compreensão torna-se uma possibilidade com a inserção deste corpo de
conhecimentos como disciplina escolar no ensino médio, visto que, a maioria das
pessoas somente terão contato com eles nesta etapa escolar.
138
B- Conteúdos
1º ANO
Cont eúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Movimento
• Gravitação • Momentum e inércia, 1a Lei de
Newton • Conservação da quantidade de
movimento e a 3a Lei de Newton • Variação da quantidade de
movimento – Impulso • 2ª Lei de Newton • Condições de equilíbrio
2º Ano
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Termodinâmica Movimento
• Energia e o Princípio da
Conservação da energia • 1a Lei da Termodinâmica • 2a Lei da Termodinâmica
Termodinâmica
• Lei Zero da Termodinâmica
3º Ano
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Eletromagnetismo
• Carga elétrica • Força eletromagnética • Campo elétrico • Equações de Maxwell • Energia e o Princípio da
Conservação da energia • A natureza da luz e suas
propriedades
139
Movimento Termodinâmica
Eletromagnetismo
• Interações
C- Metodologia
A partir do entendimento de que a ciência se constitui de um real construído
por homens, os quais estão inseridos em uma realidade histórica, e que não é alheia
às outras atividades humanas, pretende-se discutir o conhecimento científico como
produto da cultura científica, sujeito ao contexto sócio-econômico, político e cultural
de uma época.
Para tanto, utilizar-se-á de aulas teórico-expositivas: leitura e análise de textos
históricos, de divulgação científica ou literária; apresentação e análise de filmes de
curta duração (recortes de filmes) e documentários na TV-pendrive; atividades
práticas experimentais ou de pesquisa.
Entende-se que o “professor deve ensinar ciências, na perspectiva da ciência,
destacando o modelo de formulação do saber” (Carvalho Filho, 2006, p. 8). Assim,
propõe-se partir do cotidiano do estudante, porém através de metodologias que
propiciem condições para que os estudantes distanciem-se dos seus conhecimentos
empíricos e se apropriem do conhecimento científico, sem, no entanto, estipular uma
escala de valor entre ambos.
Considerasse como dito acima, que o estudante possui um conhecimento
empírico fruto de suas relações sociais e das suas interações com a natureza, mas,
da mesma forma que o conhecimento científico o conhecimento do estudante não é
pronto e acabado. Assim, o trabalho com os conteúdos buscará mostrar a
necessidade de superação do senso comum para adentrar o mundo da ciência.
Desta forma, conforme o conteúdo priorizar-se-á encaminhamentos
metodológicos que considerem:
1. Os modelos científicos como explicações humanas a respeito de fenômenos
científicos: apresentar e discutir esses modelos, suas possibilidades e limitações,
isto é, seu campo de validade. Trabalha-se na perspectiva de que os modelos
matemáticos não são simples quantificações das grandezas físicas, se prioriza o
trabalho com dados literais em relação aos numéricos;
140
2. A história da ciência interna à Física: o objetivo é mostrar a evolução das teorias
físicas, considerando a produção científica como um objeto humano e, portanto,
cabível de erros e acertos, avanços e retrocessos (DCE-física, 2008, p. 69);
3. A história externa à Física: o objetivo é inserir a produção científica num contexto
mais amplo da História da Humanidade, a fim de evidenciar a não-neutralidade da
produção científica e a Física como uma produção cultural humana;
4. As práticas experimentais: propõem-se atividades que gerem discussões e
permitam que os estudantes participem expondo suas opiniões. Estas práticas
possuem uma base conceitual na qual o conteúdo está inserido e, o estudante deve
conhecê-la, saber em que o experimento está baseado. Busca-se superar a visão
indutivista “de que os experimentos são confrontos de olhos e mentes abertas com a
Natureza, como um meio para adquirir conhecimento objetivo, isento e certo sobre o
mundo” (Hodson, 1988);
5. Atividades práticas de pesquisa: atividades que estimulem a pesquisa e reflexão
em torno dos conteúdos científicos, através de questões problematizadoras,
pesquisa bibliográfica, Internet e outros;
6. Leitura de textos: prioriza-se textos científicos (divulgação científica ou fato
histórico), ou literários de caráter científico, entendendo-os como uma possibilidade
para ir além de algoritmos matemáticos e atividades experimentais, para discutir os
conceitos científicos contribuindo para a apropriação da cultura científica pelos
estudantes.
Buscou-se na História e na Epistemologia da Física o caminho para laboração
desta proposta curricular. Esta busca também contribui para a escolha da etodologia
mais adequada ao conteúdo físico, pois conforme já dissemos, o encaminhamento
metodológico depende do conteúdo, embora não seja um fator determinante uma
vez que é preciso considerar o contexto social no qual a escola está inserida e o que
os estudantes já sabem, dentre outras coisas.
D- Avaliação
Se o objetivo é garantir o aprendizado da Ciência Física, então ao avaliar
devesse considerar a apropriação desses conhecimentos pelos estudantes.
141
Considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais,
a evolução das ideias de conceitos Físicos refletidos na atualidade, não a
neutralidade ou o fim da ciência.
A avaliação dar-se-á ao longo do processo de ensino e aprendizagem dos
estudantes, independentemente do sistema ser anual ou em blocos (semestral),
visto que ela é um instrumento para acompanhamento do trabalho do professor e do
processo de aprendizagem dos estudantes
.
Mas, para isso, é preciso um planejamento do que ensinar (conteúdos), para que ensinar (o que se espera do aluno ao final de cada unidade de conteúdo, a cada ano, ao final do do ensino médio) e qual é o resultado esperado desse ensino (que sujeito pretende formar) (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008, p. 79).
No ensino médio por blocos, o aumento de aulas semanais faz com que,
muitas vezes, uma unidade planejada de conteúdos seja possível em tempo menor
do que no anual pelas razões já apontadas anteriormente. Esse fato impõe-nos uma
reflexão sobre a avaliação, se a estamos considerando como formadora,
considerando que os indivíduos são sujeitos singulares e, uma consequência é que
seu tempo de aprendizagem apresenta-se diferentes uns dos outros.
Mas, “... o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas
também permitir que haja uma reflexão sobre a ação do trabalho com o novo”.
(Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008, p.
31).
A função principal da avaliação é acompanhar o processo e, a partir daí,
prever a continuidade ou não desse processo e apontar caminhos para que se
efetive a aprendizagem dos estudantes. Com um maior tempo com o estudante
semanalmente, o professor pode diversificar os instrumentos de avaliação para além
da tradicional prova de final de bimestre, até porque avaliar no final do bimestre não
é para acompanhar, mas para aprovar ou reprovar e, esta não é a função da
avaliação, ainda que o regimento escolar aponte para o seu aspecto quantitativo.
Textos (de divulgação científica, literários, históricos, etc.), atividades
experimentais, teatros, são alguns instrumentos que nos possibilita avaliarmos o
142
processo de aprendizagem e, acima de tudo estabelecer o necessário diálogo com
os estudantes para que eles aprendam a expressar suas opiniões e se efetive a
construção do conhecimento pelos estudantes. Para cumprir essa função, a
avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa
que envolva o ensino e aprendizagem. (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares
da Educação Básica – Física, 2008, p. 31), assim, criando as condições necessárias
e reais para que o trabalho pedagógico aconteça e seja conduzido da melhor forma
possível.
E- Referências
BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Diário Oficial da República Federativa do Brasil . Brasília, DF. n. 248,1996.
CARVALHO FILHO, J. E. C. Educação Científica na perspectiva Bachelardiana: Ensaio Enquanto Formação. In: Revista Ensaio , Belo Horizonte, v. 8, n. 1, 2006. CAVALIERE, A. M. Tempo de escola e qualidade na educação pública. In: Educação e Sociedade. (Online) , Campinas, vol. 28, n. 100 – Especial, p. 1015-1035, out. 2007. Acesso em 04/01/2010. GOERGEN, P. Espaço e tempo na escola: constatações e expectativas. Disponível em: http://www.cori.unicamp.br/foruns/magis/evento5/textos%20PEDRO.doc. Acesso em 04/01/2010. HODSON, D. EXPERIMENTOS NA CIÊNCIA E NO ENSINO DE CIÊNCIAS . Educational Philosophy and Theory, 20, 53-66, 1988. Tradução, para estudo de Paulo A. Porto. PACCA, J. L. A. O ENSINO DA LEI DA INÉRCIA: DIFICULDADES DO PLANEJAMENTO. In: Caderno Catarinense de Ensino de Física , Florianópolis, v. 8, n. 2: 99-105, ago. 1991. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - Física. Curitiba: SEED, 2008 PORTO, C. M.; PORTO, M. B. D. S. M. A evolução do pensamento cosmológico e o nascimento da ciência moderna. In: Revista Brasileira de Ensino de Física , v. 30, n. 4, 4601, 2008. QUADROS, S. A termodinâmica e a invenção das máquinas térmicas . São Paulo: Scipione, 1996.
143
TERRAZZAN, E. A. Perspectivas para a inserção da física moderna na e scola média. Tese de Doutorado. .São Paulo: FEUSP, 2004. YUS, R. Horário em blocos para a integração curricular e... muito mais. In: Pátio Revista Pedagógica (online) , Porto alegre, n. 30, p. 8-11, mai/julh/2004Ano VIII, n. 30.
144
GEOGRAFIA
A – Apresentação
Entendemos o espaço de vida dos homens como produto histórico, produzido
pela sociedade, cresce a importância do ensino da Geografia no fato de que todos
os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a
materialização dos tempos da vida social. Estudar geografia é uma forma de
compreendermos o mundo em que vivemos.
Portanto há que se empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos
conhecimentos específicos da Geografia com os quais ele possa ler e interpretar
criticamente o espaço, sem deixar de considerar a diversidade das temáticas
geográficas e suas diferentes formas de abordagem.
A Geografia tem a função de preparar o aluno para uma leitura crítica da
produção social do espaço e sua participação consciente e responsável no processo
social, e a interligação entre todas as partes do globo terrestre.
O objetivo de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o
espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais,
culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticos e econômicas)
inter-relacionados.
Apoiado na geografia crítica, o espaço geográfico hoje deve ser entendido em
sua composição conceitual básica: lugar, paisagem, região, território, natureza,
sociedade, entre outros.
O conceito de lugar pode ser compreendido de diferentes enfoques. Por um
lado, é no lugar que a globalização acontece, mas por outro lado, o lugar é o espaço
onde o particular, o histórico, o cultural e a identidade permanecem presentes.
O conceito de paisagem deve ser entendido como domínio do visível, aquilo
que a vista abarca. Já que o domínio do visível está ligado à percepção e a
seletividade, mas acredita que seu significado real é a alcançado pela compreensão
de sua objetividade. A paisagem é percebida sensorialmente, empiricamente e a
materialização de um o momento histórico.
No mundo globalizado, onde as trocas são intensas e constantes, a forma e o
conteúdo das regiões mudam rapidamente. Mas, o que faz a região não é a
145
longetividade do edifício, mas a coerência funcional que as distingue das outras
entidades vizinhas ou não. Região se baseia no controle e gestão de um território.
O território está ligado à normalização das ações tanto globais quanto locais.
No território, portanto seja ele nacional regional ou local é que acontecerá a relação
dialética de associação e confronto entre o lugar e o mundo (Santos, 1996).
Conceito de natureza deve ser visto como conjunto de elementos naturais
que possuem em sua origem uma dinâmica própria e que independente da ação
humana, mas que na atual fase histórica do capitalismo acaba sendo reduzida
apenas a recursos. Isso se deve em grande parte ao avanço dos meios técnicos e
científicos, os quais causam uma falsa idéia de domínio do homem sobre a
natureza.
O conceito de sociedade , as teorias críticas da geografia procuram entender
a sociedade em sua relação com a natureza em seus aspectos, culturais, políticos e
econômicos.
Levando em conta todos esses conceitos cabe a Geografia preparar o aluno
para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a “neutralidade” dos
fenômenos que imprimem certa passividade aos indivíduos, tornando-os agentes
ativos na construção do espaço.
Sendo assim, o ensino de Geografia oportuniza o aluno diversas
possibilidades interpretativa do espaço geográfico, para nele interagir criticamente
como ser ativo e viver de forma consciente.
B – Conteúdos
• Dimensão Econômica de Produção do/no Espaço
Deve possibilitar ao aluno a compreensão sócio-histórica das relações de produção
capitalista, para que o aluno reflita sobre as questões socioambientais, políticas,
econômicas e culturais, materializados no espaço geográfico.
• Geopolítica
É a formulação de teorias e projetos de ação voltados para as relações de poder
entre o Estado e as estratégias de caráter geral para os territórios nacionais e
146
estrangeiros um saber engajado e comprometido com um pensamento e objetivos
políticos.
• Dinâmica cultural demográfica
Preocupa-se com os estudos da constituição geográfica das diferentes sociedades,
com os motivos que levam os homens e migrarem dentro e fora do território, ou seja,
analisar as informações que imprimem novas marcas dos territórios e com as
relações políticas econômicas que influenciam essa dinâmica.
• Dinâmica Socioambiental
Permite trabalhar e ampliar a todo momento os conceitos geográficos ( composição
do espaço), dentro das escalas local e global, usando a cartografia como linguagem
e as categorias do espaço-tempo, poder e sociedade-natureza, viabilizando o
entendimento sobre as históricas mudanças praxiológicas da sociedade.
1º ANO
• A dimensão cultural e Demográfica
- A ciência geográfica;
- A formação e transformação das paisagens;
- Os elementos naturais das paisagens (tipo de solo, clima, vegetação, hidrografia,
relevo) sua distribuição e transformação: tempo da natureza, dinâmica da natureza,
os domínios morfoclimáticos brasileiros e a alteração das paisagens terrestre;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico;
- Geografia de posição (orientação/localização/coordenadas geográficas;
- O espaço geográfico e cartografado ( mapa, projeções, escalas e fuso horário.
• Dimensão socioambiental
147
- A atividade industrial, a produção e os impactos socioambientais: aquecimento
atmosférico, a poluição e a crise da água, poluição do solo, alterações climáticas e
outros;
- as catástrofes são inevitáveis ou evitáveis?
• Dimensão econômica da produção no Espaço
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- O comércio e as implicações socioespaciais;
- Indústria, comércio e produção do espaço.
• Geopolítica
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico;
- A revolução técnico-científica informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial;
- A reconfiguração dos territórios e os impactos culturais, demográficos e
econômicos : a dispersão das atividades produtivas;
- A formação territorial do espaço/ Brasil/Paraná e município.
2º ANO
• Dinâmica econômica da produção do/no espaço.
- Estrutura agrária e a distribuição de terras no Brasil;
- Novas tecnologias e a alteração do espaço rural: mecanização do campo, a (re)
estruturação do trabalho, os complexos agroindustriais e a produção para a
exportação;
- Os espaços do consumo: ruas comerciais, shopping centers, feiras, hipermercados,
espaços de lazer e suas implicações socioespaciais.
• Dinâmica cultural e demográfica
148
- As implicações espaciais dos movimentos sociais dos trabalhadores rurais: áreas
de assentamento e de disputa no Brasil.;
- Interdependência econômica, cultural, demográfica e política entre o campo e a
cidade: produção e comercialização, políticas públicas, migrações etc.;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As diferentes identidades culturais das cidades e a reordenação do espaço urbano:
cidades sagradas, turísticas, os micro territórios urbanos.
• Dimensão Socioambiental
- Biotecnologia e meio ambiente.
• Geopolítica
- A formação territorial brasileira em sua relação com os contrastes e semelhanças
regionais;
- As diversas possibilidades de regionalizar o Brasil: regiões geoeconômicas,
macrorregiões do IBGE, regiões de planejamento;
- A expansão das fronteiras agrícolas e os impactos culturais, demográficos e
econômicos no Brasil.
- Demarcação dos territórios indígenas e os conflitos resultantes da invasão das
áreas pelas mineração e agricultura (grileiros);
3º ANO
• Dinâmica Econômica da produção no espaço
- Os sistemas socioeconômicos: Capitalismo e Socialismo;
- O comércio mundial: fronteiras internacionais, tratados multilaterais e as
organizações conômicas internacionais (FMI, Banco Mundial, OMC);
- A formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e
de poder na nova ordem mundial;
- Internacionalização do capital e o sistema financeiro: o Neoliberalismo, abertura
econômica e seus impactos econômicos e sociais nos espaços nacionais.
149
• Geopolítico
- A importância da revolução técnico-científica informacional em sua relação com os
espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de consumo;
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção: tecnopólos e as cidades globais;
- A fragmentação dos territórios no pós Guerra Fria e formação de novas
territorialidades na Europa e Àsia;
- A constituição dos microterritórios e o comércio ilegal: contrabando, narcotráfico, o
poder das milicias;
- A nova ordem mundial no século XXI: as novas regionalizações espaciais e a
formação dos Blocos Econômicos.
- A formação dos Estados nacionais: a formação do território brasileiro e os
processos de descolonização na América e Àfrica.
- A constituição dos microterritórios e o comércio ilegal: contrabando, narcotráfico, o
poder das milícias;
- As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
• Dimensão sócio ambiental
- Os tipos de poluições e a degradação ambiental;
• Dimensão cultural e Demográfica
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos evidenciado na paisagem.
C – Metodologia
Tendo por pressuposto a compreensão de espaço enquanto um processo
histórico desigual e contraditório, faz-se necessário entender a realidade
contemporânea. Realidade essa, entendida como um complexo de relações que se
dá em determinado lugar e em determinado momento, e que é possível de ser
150
captada através da observação orientada pelo professor para que o aluno chegue a
um entendimento do lugar onde vive de uma maneira articulada (globalizante).
Da observação do meio, da sua localização, trabalham-se as noções de
representação espacial, com vistas, a levar o aluno a compreender o espaço que
rodeia e a buscar caminhos para apropriação do domínio espacial.
A comunicação acontecerá de forma coletiva. O diálogo, a pesquisa e a
reflexão permearão esse processo contínuo, visando a transformação do
conhecimento empírico e mais elevado para questionador e reflexivo.
Além de trabalhar os conteúdos específicos de Geografia e sala de aula o
professor pode promover aulas de campo, que permitirá perceber a complexidade
do mundo; uso de linguagem cartográfica, pois esta resulta de uma construção
teórica e prática que vem desde as séries iniciais e que deve seguir até o final da
Educação Básica.
D – Avaliação
A partir dos encaminhamentos metodológicos desenvolvidos pelo professor, a
avaliação deverá ser contínua, para perceber os avanços e dificuldades dos alunos
no processo de apropriação do conhecimento. Para que isso aconteça o professor
deve acompanhar a realização das atividades desenvolvidas pelos alunos sejam
elas, relatos, pesquisas, fotos antigas e recentes, interpretação e produção de textos
geográficos, leitura e interpretação de diferentes tipos de mapas, aula de campo,
apresentação de seminários, entre outros. E também observar o avanço
estabelecido pelos alunos entre o conhecimento obtido na escola e o conhecimento
cotidiano; aprendendo como se dá a contextualização na prática, envolvendo a
realidade do aluno.
O professor deverá estar atento às atividades propostas aos alunos,
avaliando-os no processo, buscando a superação das dificuldades apresentadas.
Por tudo que foi exposto, destaca-se ainda, que a proposta avaliativa deve
estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em
todas as atividades propostas. Além disso, a avaliação deve ser um processo não,
linear de construções e reconstruções, assentados na interação e na relação
dialógica que acontece entre os sujeitos do processo – professor e aluno.
151
E – Referências
ALMEIDA, Lúcia marina Alves, RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia-Novo Ensino Médio . Ed. Ática, 1ª edição, 2002. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - História. Curitiba: SEED, 2008 TAMDIJAN, James O. Geografia Geral e do Brasil : Estudos para a compreensão do espaço: ensino médio – volume único. São Paulo: FTD, 2005. VESENTINI, J. William. Sociedade e Espaço . Ed. Ática. São Paulo Edição, 2000. ______. Geografia e textos críticos . Campinas. São Paulo: Papirus, 1995.
152
HISTÓRIA
A – Apresentação
A disciplina de História tem como objeto de estudos os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os
sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.
A finalidade da História é expressa no processo de produção do
conhecimento humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada
para a interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da
compreensão da provisoriedade deste conhecimento.
O ensino de História deve se beneficiar da diversificação dos documentos
(imagens, canções, objetos arqueológicos, entre outros), na construção do
conhecimento histórico, permitindo também relações interdisciplinares com outras
áreas do conhecimento.
Da mesma forma, a abordagem local, assim como os conceitos de
representação, prática cultural, secularidade cultural, possibilitam aos alunos e aos
professores, tratarem esses documentos através de problematizações mais
complexas em relação à História tradicional, desenvolvendo uma consciência
histórica que leve em conta a diversidade das práticas culturais dos sujeitos.
Entende-se que a consciência histórica é uma condição da existência do
pensamento humano, pois sob esta perspectiva os sujeitos se constituem a partir de
suas relações sociais, em qualquer período e local do processo histórico.
A partir da apropriação do conceito de consciência histórica, busca-se
analisar as implicações das opções teórico-metodológicas para o ensino da História
na formação dos sujeitos.
Isso pode ser observado nas diferentes abordagens curriculares que
historicamente marcam o ensino desta disciplina, além de apontar indicativos para o
ensino de história e do tipo de consciência histórica que se pretende.
Vale ressaltar que o ensino de História contribui para a formação de uma
consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do
passado permite formar pontos de vista históricos e abrindo inúmeras possibilidades
153
de reflexão e superação de uma visão unilateral dos fatos históricos, que se tornam
mais abrangentes, permitindo também que o aluno elabore conceitos que o
permitam pensar historicamente, superando também a ideia de História como algo
dado, como verdade absoluta.
Na disciplina de História, é importante ressaltar, que as ações e relações
humanas constituem o processo histórico permitindo a busca da totalidade dessas
ações humanas no tempo e no espaço. Dessa forma, objetiva-se através do
processo de ensino-aprendizagem, constroem junto aos alunos uma consciência
histórica que possibilite a compreensão da realidade contemporânea e as
implicações do passado em sua constituição.
Assim, diante da dimensão histórica da disciplina busca-se uma reflexão
voltada para os aspectos econômicos, culturais, políticos e sociais da historia,
entrelaçadas no ensino da disciplina e a produção de conhecimentos históricos.
O Ensino de historia será pautado nas experiências passadas dos seres
humanos, investigadas por historiadores, professores de historia e alunos, sendo
baseada no tempo e no espaço; através de sua percepção do passado e sua ação
no processo histórico.
Diante dessa perspectiva o processo ensino-aprendizagem se dará através
de procedimentos metodológicos articulados aos conteúdos estruturantes.
Assim, o processo de ensino aprendizagem se compõe através de um
procedimento metodológico, atrelados a uma concepção critica da educação através
das Relações de Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais.
Relações de trabalho: articulados aos demais conteúdos estruturantes,
reconhecer as contradições de cada época, os impasses sociais da atualidade e
dispor-se a analisá-los, a partir de suas causas, permite entender como as relações
de trabalho foram construídas no processo histórico e como determinam a condição
de vida em conjunto da população. Nas relações de trabalho encontramos diversas
formas de organização social. Assim busca-se a leitura de todas as relações de
trabalho possíveis e suas características nos diversos contextos espaços temporais.
Relações de poder : entender que as relações de poder são exercidas nas
diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas
e as diversas instituições, permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu
cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde estão as arenas decisórias, por que
determinada decisão foi tomada; de que forma foi executada ou implementada, e
154
como, quando e onde reagir a ela. As relações de poder se forma através das
relações sociais e ideológicas criadas entre quem exerce o poder e quem se
submete a elas. Quando nos referimos a relação de poder, pensamos na ideia de
um poder político, englobando as relações de trabalho e culturais. No entanto, as
relações de poder se formam por diversas instancias sócio-históricas através de um
mundo de trabalho, pela política a as diversas instituições, levando o aluno a
perceber tais relações com seu cotidiano.
Relações culturais : o estudo das relações culturais deve considerar a
especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. O processo histórico
constituído nessa relação pode ser chamado de cultura comum, o que permite aos
historiadores construírem narrativas históricas que incorporam olhares alternativos
quanto às ações dos sujeitos. Nas relações culturais, entende-se a cultura como
aquela que permite conhecer os conjuntos de significados que os homens
conferiram a sua realidade para explicar o mundo. O estudo das relações culturais
deve estar voltado para as especificidades de cada sociedade e as relações entre
elas. Assim, o estudo das relações culturais deve se voltar para as necessidades e
características de cada sociedade, respeitando sua formação cultural, política, social
e econômica.
Diante de todas as informações acima mencionadas, nos propomos a
destacar que o ensino da disciplina de História no currículo dos cursos de Ensino
Fundamental e Médio é primordial, pois a História é a ciência que busca o estudo do
passado para a compreensão do presente. Por essa razão, o historiador, em seu
trabalho de investigação, deve utilizar o método do duplo movimento: conhecer o
passado através do presente e conhecer o presente através do passado.
Tendo em vista a globalização da economia e o rápido avanço tecnológico,
faz com que a velocidade da vida contemporânea, tudo envelheça muito
rapidamente e pareça sem valor para as novas gerações. Diante do domínio do
tempo presente, o passado é desqualificado como experiência digna de
conhecimento e interesse e condenado ao esquecimento. Assim sendo, o
movimento pela destruição do passado coloca para toda a sociedade, e em
particular para nós, historiadores, a difícil tarefa de combater o esquecimento e
preservar a memória coletiva, base para a afirmação da identidade cultural de todos
os povos.
155
B – Conteúdos
1° ANO
• Relações de Trabalho e Produção em Diferentes Socie dades e Tempos
- O Trabalho essência da condição humana
- O Trabalho do arqueólogo.
- O surgimento do homem
- As diferentes formas de ver e viver o trabalho;
- O trabalho na produção de utensílios na pré-história;
- O trabalho na Mesopotâmia;
- O trabalho indígena;
- O trabalho na Antiguidade
- O trabalho na antiguidade clássica Grécia e Roma;
- Escravidão no Brasil;
- O trabalho no mundo medieval
- Trabalho na Idade Moderna/ Trabalho Livre
- Os sujeitos da industrialização (Rev.Industrial)
- O trabalho no Brasil contemporâneo
• Formação das Castas e das Classes Sociais;
- Formação das cidades-estados na Grécia
- Crescimento da escravidão, ascensão da classe média, declínio dos pequenos
lavradores em Roma
- Condições sociais no fim da República Romana:
- A situação dos escravos Em Roma
- Idade Média - divisão entre clero, nobreza e servos
- O trabalho dos servos
- Os cerceamentos ( multidão de desempregados) camponeses a origem da pobreza
- Revolução Industrial - divisão das classes sociais - burguesia e proletariado
- A sociedade no Primeiro Reinado
- República das oligarquias - novos grupos sociais
• Cultura _ Religiosidade
156
- Natureza da religião primitiva: ritos e cerimônia;
- Crença egípcia na imortalidade
- Culto hebraico de Iavé
- Mitologia Grega
- Religião Romana
- O cristianismo como religião oficial do Império Romano
- A religião muçulmana - Maomé
- A influência judeu-cristã sobre o Islamismo
- Idade Média - A era da fé
- A Reforma e a Contra Reforma
- As diversas religiões do mundo moderno
• Cultura - Arte, Ciências.
- Pinturas rupestres
- Escrita hieroglífica egípcia
- Escrita cuneiforme sumeriana
- Origem das Universidades no Ocidente
- O Partenon
- O Coliseu
- Ciências islâmicas; a prática da astrologia e contribuições para a medicina
- Invenções tecnológicas na Idade Média (o arado pesado, etc.)
- Enorme aumento da propriedade agrícola - surgimento dos moinhos, etc.
- Crescimento das cidades
- Pintores da Renascença.
- Semana da Arte Moderna no Brasil
• Cultura – Idéias
- Filósofos da Antiguidade Clássica.
- Idéias iluministas
- Imperialismo e neocolonialismo
- Socialismo utópico e científico
- Socialismo/capitalismo
- Neoliberalismo
157
• Poder - Relações de poder - redes de poder
- Relações de poder - redes de poder
- Reformas de políticas em Atenas
- A divisão do poder no Império Romano
- Estado, Governo, Nação e Nacionalismo:
- O Estado e nação
- Feudalismo
- Capitalismo
- O Absolutismo
- Tratados e Limites no Brasil Colônia
- Tratado de Tordesilhas
- A República
- Independência dos Estados Unidos
- Imperialismo e neocolonialismo
- Partilha da África
- Revolução Russa
- A crise de 1929
- O totalitarismo
- A Guerra do Vietnã
- Revoluções socialistas
- Revoluções no Terceiro Mundo
- O Brasil como colônia portuguesa
- Primeiro Reinado
- Segundo Reinado
- As guerras da independência
- A Confederação do Equador
- A Guerra do Paraguai
• Migrações, organizações e lutas trabalhistas.
- O homem e as migrações na pré-história, a revolução neolítica
- Lutas de classes
- O trabalho assalariado e mais-valia (socialismo-Marx)
- O problema da mão-de-obra /colônia/império/república
158
� Em cumprimento a Lei n. 10.639/03, estudo da Histór ia e Cultura Afro-
Brasileira e suas relações étnico-raciais.
2° ANO
• Trabalho-Economia, e Ciência.
- O trabalho nas diferentes civilizações
- Revolução agrícola na Idade Média
- Crise do feudalismo - início do capitalismo
- Crescimento das cidades
- O pensamento econômico da Idade Média
- As grandes navegações – instrumentos de navegações
- A Segunda Revolução Industrial
- A economia socialismo/capitalismo
- A economia no Brasil colônia/império/república
• Poder - Relações de poder - redes de poder
- O processo de centralização política na França
- Napoleão e a consolidação das conquistas revolucionárias
- A transferência da coroa portuguesa para o Brasil
- A evolução política no Segundo Reinado
- O totalitarismo
- A Derrama
• Poder - Ideologia;
- Filósofos da antiguidade clássica:
- A filosofia das idéias
- A filosofia de Sócrates
- Platão como filósofo político
- Aristóteles
- Historiador grego Heródoto
- O Renascimento
- Imperialismo e o neocolonialismo
159
- O totalitarismo
• Religião e poder;
- O poder dos faraós;
- Ascensão do cristianismo e declínio da vida urbana em Rom
- A evolução da organização da Igreja;
- O comportamento brutal das cruzadas
- Fracasso das Cruzadas
- As heresias albigense e valdense
- Catequese e escravidão de indígenas no Brasil
- A Questão religiosa no Segundo Reinado
• Cidadania ao longo da História
- Código de Hamurábi
- Código de Justiniano
- Cidadania Ateniense
- Lei das Doze Tábuas
- Direito Romano
- Origens do Parlamento inglês
- Direito a cidadania – Revolução Francesa
- Lutas de classes – Revolução Industrial
- Lutas de classes – Socialismo
- Revolução Russa
- Democracia em crise - o totalitarismo
- A luta dos negros pelos direitos civil-EUA
- Constituições brasileiras
• Relações familiares e de gerações
- A família na Antiguidade clássica
- A mulher em Atenas /Esparta
- As mulheres romanas
- Atitudes cristãs em relação as mulheres;
- O tratamento dado as mulheres árabes
- Como eram tratadas as mulheres da nobreza (Idade Média)
160
- Tratamento dado as mulheres dos servos
- O adolescente nos diferentes tempos.
• Cultura e poder - invenção das tradições
- Propriedade
- A arte na Pré-História
- Arquitetura e escultura em Roma
� Em cumprimento a Lei n. 10.639/03, estudo da Histór ia e Cultura Afro-
Brasileira e suas relações étnico-raciais.
3ª ANO
• Ideologia do Trabalho;
- O projeto agrícola da exploração colonial brasileira
- Idade moderna – trabalho compulsório e trabalho livre
- A economia e a luta de classes (socialismo/capitalismo/anarquismo) movimento
operário na Inglaterra
- Mundo do trabalho e do trabalhador urbano.
- Formação da classe operária no Brasil·
• Globalização
- A crise de 1929
- A formação e a desintegração do bloco soviético
- A nova hegemonia norte-americana (1950-1960)
- A era do neoliberalismo
-A globalização industrial
- A terceira revolução industrial
• Etnia
- A sociedade norte-americana no pós-guerra
- A luta dos negros pelos direitos civis.
- Os índios brasileiros
- A sociedade no Brasil Colônia
161
• Movimentos Contestatórios
- Revolução Francesa
- Elaboração do pensamento socialista (luta de classes)
- A formação e a desintegração do bloco soviético
- A implantação do socialismo no Leste Europeu
- Reforma Agrária - MST
• Estado, Governo, Nação e Nacionalismo
- Expansão e as conquistas árabes
- A conquista do Brasil e o domínio sobre seus habitantes
- Tratados e Limites no Brasil Colônia
- Tratado de Tordesilhas
- A Proclamação da República
- A República da Espada
- República Oligárquica
- O declínio das oligarquias
- Independência dos Estados Unidos e do Haiti
- Partilha da África
- Revoluções no Terceiro Mundo
- O Brasil como colônia portuguesa
- A consolidação colonial brasileira
• Formas de dominação - colonialismo e neocolonialism o
- A expansão marítimo-comercial européia
- As revoltas coloniais
- Rebeliões nativistas
- Rebeliões separatistas
- O Primeiro Reinado
- As Guerras da Independência do Brasil
- As Rebeliões regências no Brasil
- Conflito, dominação e resistência.
- As Guerras de Independência do Brasil
- Primeira Guerra Mundial
-Segunda Guerra Mundial
162
- Guerra Fria
• Partidos e organizações sociais - representação pol ítica
- A família na Antiguidade clássica
- A mulher em Atenas /Esparta
- As mulheres romanas
- Atitudes cristãs em relação às mulheres;
- O tratamento dado as mulheres árabes
- Como eram tratadas as mulheres da nobreza( Idade Média)
- Tratamento dado as mulheres dos servos
- A luta dos negros pelos direito-civis
- A política externa do Império Oligárquico e o declínio do Segundo Reinado
• Conflitos urbanos e rurais
- As Rebeliões regenciais
- A expulsão dos jesuítas
- Canudos
- Contestado
- Revolta da vacina
- Revolta da Chibata
• Violência e poder
- A invasão dos povos Bárbaros
- As eleições no Brasil império e república
• Inclusão/ exclusão social
- O desemprego e a exclusão social.
- O ameríndio brasileiro
- Leis abolicionistas
� Em cumprimento a Lei n. 10.639/03, estudo da Histór ia e Cultura Afro-
Brasileira e suas relações étnico-raciais.
163
C – Metodologia
A metodologia do ensino de História para o Ensino Médio tem como base a
utilização dos conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados com a
fundamentação teórica e os temas selecionados no Projeto Político Pedagógico. A
problematização será o elemento-chave na transição entre a prática e a teoria, isto
é, o fazer cotidiano e a cultura elaborada. O processo de busca, de investigação
para solucionar as questões em estudo, é o caminho que predispõe o espírito do
educando para a aprendizagem significativa, uma vez que são levantadas situações
problemas que estimulam o raciocínio. É a vivência do conteúdo pelo educando.
O importante é que os alunos se conscientizem de que problematizar significa
questionar a realidade, pôr em dúvidas certezas, levantar questões acerca das
evidências, interrogarem o cotidiano. Os conteúdos estruturantes da disciplina de
História são interligados entre si e permitem a busca do entendimento da totalidade
das ações humanas. Esses conteúdos estruturantes permitem desenvolver trabalhos
em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas, bem como, os que
representam as demandas sociais estabelecidas em lei. Para que o estudo da
História torne-se significativo para o aluno, faz-se necessária a contextualização dos
conteúdos, ou seja, é imprescindível motivar o aluno a estabelecer relações da
história do passado com o presente, para que ele possa construir sua visão de
mundo à luz de sua s experiências concretas, fruto de suas relações em sociedade,
sentindo-se, desta forma, como sujeito atuante e transformador do processo
histórico. Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender as relações de
trabalho, as relações de poder e as relações culturais, as quais se articulam e
constituem o processo histórico, permeando entre esses conteúdos estruturantes o
tempo e espaço.
A construção do conhecimento histórico pode ser motivada através de vários
recursos pedagógicos, tais como: fonte histórica - dramatização - documentos
oficiais textos da época e atuais, mapas, ilustrações, imagens, viagens, panfletos,
pinturas, fotos, televisão, vídeo, rádio, seminários, avaliações escritas, orais,
recursos tecnológicos como: Portal Dia-a-Dia Educação, TV Paulo Freire, OAC
(Objeto de Aprendizagem Colaborativo) e Folhas.
O ensino de historia será organizado em blocos de disciplinas semestrais, de
forma alternada em todas as turmas e séries, buscando assim, um aproveitamento
164
dos conteúdos estudados semestralmente, tendo assim um aproveitamento parcial
das disciplinas. Desta forma, em caso de reprova em um dos blocos, o aluno não
terá que refazer as disciplinas do bloco aprovado, retomando os estudos apenas no
bloco em que ocorreu a reprovação, podendo assim concluir qualquer um dos anos
do ensino médio tanto no final do primeiro semestre quanto do segundo; e
consequentemente podendo dar continuidade ao ano subsequente assim que
concluído o bloco em questão.
D – Avaliação
A avaliação do ensino de História deverá ser formal, processual, continuada e
diagnóstica. O aluno deverá compreender como se encontram as relações de
trabalho no mundo contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do
trabalho se constitui em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos
inerentes às relações sociais. No que diz respeito as relações de poder, o aluno
deve compreender que estas se encontram-se em todos os espaços sociais e em
diferentes períodos, espaços e civilizações. Quanto às relações culturais, o aluno
deverá reconhecer a si e aos outros como construtores de uma cultura comum,
compreendendo a especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. O
aluno deverá entender como se constituíram as experiências culturais dos sujeitos
ao longo do tempo e detectar as permanências e mudanças nas diversas tradições e
costumes sociais.
A avaliação do ensino de História tem como norte três aspectos importantes:
a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e
dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são entendidos como
complementares e indissociáveis. Para tanto serão usados como recursos que
auxiliam o ensino-aprendizagem a diferentes atividades: leitura, interpretação e
análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos, produção de
narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos
históricos, apresentação de seminários e avaliação escrita.
Diante da proposta do ensino de médio em blocos, a avaliação será realizada
através de apuração de assiduidade, estudos de recuperação, aproveitamento de
165
estudos expresso no final de cada bloco, pesquisas bibliográficas, relatórios,
seminários, etc.
E – Referências
AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. Historia. São Paulo: Editora Ática, 2008. BURKE, Peter. O que é história cultural? Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed. 2005. ______. (org.) A escrita da história : novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992. DE DECCA, Edgar. 1930 o silêncio dos vencidos : memória, história e revelação. São Paulo: Brasiliense, (s.d.). HOBSBAWN, Eric J. Pessoas extraordinárias : resistência, rebelião e jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. ______ Sobre a história . São Paulo: Companhia das Letras, 1998. ______ Era dos extremos : o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. LE GOFF, Jacques e Nora, Pierre. História : novos problemas. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979. ______ História : novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979. ______ História : novas abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979. Luckesi, Cipriano Carlos - Avaliação da Aprendizagem escolar - 14 ed. São Paulo: Cortez 2002. MARX, Karl. O 18 de Brumário de Luís Bonaparte. In: Os pensadores . Vol. XXXV. São Paulo: Abril Cultural, 1974. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - História. Curitiba: SEED, 2008 THOMPSON, Edward P. A formação da classe operária inglesa . Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1987.
166
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA
INGLÊS
A- Apresentação
O ensino da Língua Estrangeira, bem como, a estrutura Curricular, a
metodologia empregada para ensiná-la na escola, recebe influencia política,
econômicas, sociais, culturais e educacionais, o que implica superar a visão de
ensino apenas como meio para atingir fins comunicativos, mas sim proporcionar um
espaço para o educando reconhecer e compreender a diversidade lingüística e
cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de
construção de significados em relação ao mundo em que se vive resgatando dessa
forma a função social e educacional desta disciplina na Educação Básica.
Assumem-se também como conteúdos estruturantes da Língua Estrangeira
moderna o discurso trabalhando além das quatro habilidades empregando
estratégias como: classificar, interferir, aplicar conhecimentos prévios, tirar
conclusões, selecionar e organizar informações.
Sendo assim o ensino/aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês,
como meio de se construir sentidos, desempenham um importante papel como um
dos saberes essenciais, pois permita inclusão social do individuo numa sociedade
reconhecidamente diversa e complexa e os insere como participantes ativos, não
limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras
comunidades e outros conhecimentos.
B- Conteúdos
Segundo as diretrizes curriculares da Língua Estrangeira, os conteúdos a
serem aplicados, tanto no Ensino Médio quanto no Fundamental devem estar
fundamentados no conteúdo estruturante: O Discurso como pratica social. Os
conteúdos deverão ser trabalhados a partir dos eixos: oralidade, leitura e escrita. A
apresentação dos conteúdos poderá ser deforma distinta, considerando-se as suas
167
especificidades, e também deverá contemplar a Lei 10.639-03 referente a Historia e
Cultura Afro-Brasileira e Africana.
1º ANO
Gêneros discursivos
Elementos Composicionais
Cartaz Piada Video-clip Letra de música Poema Tira Classificado
- Conteúdo temático; - Informatividade; - Linguagem não -verbal; - Intencionalidade; - Léxico; - Ortografia; - Pronúncia - Funções das classes gramaticais no texto; - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); - Turnos de fala; - Discurso direto e indireto; -Elementos semânticos; -Aspectos culturais; -Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; - Adequação do discurso ao gênero; - Vozes sociais presentes no texto; - Variação linguística; - Contexto de produção; - Recursos estilísticos;
2º ANO
Gêneros discursivos Elementos Composicionais
Folder e/ou Panfleto Propaganda Charge Biografia Entrevista oral e escrita Escultura Filme Sinopse de filme
- Conteúdo temático; - Informatividade; - Linguagem não-verbal; - Intencionalidade; - Léxico; - Ortografia; - Pronúncia - Funções das classes gramaticais no texto; - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão,
168
negrito); - Turnos de fala; - Discurso direto e indireto; - Elementos semânticos; - Aspectos culturais; - Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc; - Adequação do discurso ao gênero; - Vozes sociais presentes no texto; - Variação linguística; - Contexto de produção; - Recursos estilísticos;
3º ANO
Gêneros discursivos Elementos Composicionais
Manchete Notícias Carta ao leitor Carta de reclamação Anúncio de emprego Instruções Texto argumentativo
- Conteúdo temático; In - Informatividade;
-Linguagem não-verbal; - Intencionalidade; - Léxico; - Ortografia; - Pronúncia - Funções das classes gramaticais no texto;
M - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito); -Turnos de fala; - Discurso direto e indireto; - Elementos semânticos; - Aspectos culturais; -Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
- Adequação do discurso ao gênero; V - Vozes sociais presentes no texto;
-Variação linguística; -Contexto de produção; -Recursos estilísticos;
O trabalho com os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna no Ensino
Fundamental e Médio deve abordar as seguintes formas sempre a partir do texto.
• Leitura de gêneros textuais diversificadas;
169
• Analise da função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de
informações;
• Recursos coesivos;
• Levantamento prévio do vocabulário
• Reflexão crítica acerca dos discursos;
• Interpretação textual;
• Troca de informações e analise detalhada do texto (intertextualidade)
• Produção de textos como um processo dialógico;
C- Metodologia
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna em sala de aula parte do
entendimento do papel de línguas nas sociedades como mais do que meros
instrumentos de acesso á informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e a construir
significados.
A prática pedagógica em sala de aula deve partir de um texto significativo
verbal ou não verbal. Estes textos devem possibilitar o desenvolvimento de uma
prática analítica e crítica, ampliar os conhecimentos lingüístico-culturais e suas
implicações sociais históricas e ideológicas presentes no discurso, respeitando as
diferenças culturais.
A metodologia deverá envolver os quatro eixos fundamentais LEM (ler, ouvir,
falar e escrever) através de atividades que a partir de textos serão explorados a
intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a analise lingüística.
As atividades devem ser significativas, instigantes e devem remeter á
pesquisa, discussão e reflexão ás práticas discursivas criando condições para que o
aluno seja um leitor crítico, reaja aos textos com os quais se depara e assuma uma
atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados.
170
D- Avaliação
A avaliação as aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está vinculada
aos fundamentos teóricos explicitados nas suas diretrizes curriculares e na LDB
n.9394/96. O processo avaliativo deve favorecer a aprendizagem, ou seja, nortear o
trabalho do professor e subdisiar a construção da aprendizagem bem sucedida.
A avaliação não visa apenas a simples verificação de conhecimentos
lingüístico-discursivos, mas a construção de significados na interação com os textos
e nas produções textuais.
O educando envolvido no processo de avaliação é também construtor do seu
conhecimento e deve entender seus erros como parte deste (auto-avaliação). Ao
professor cabe auxiliá-lo nessa construção, mediando, acompanhando e orientando-
o bem como, planejar e propor outros encaminhamentos para a superação de
dificuldades.
Assim, a avaliação indicará caminhos que norteiem á prática pedagógica, a
ação docente e as intervenções e reformulação possíveis ou necessárias, tais como:
desempenho continuo, avaliação escrita e orais, trabalhos em grupos ou individuis e
pesquisa. O docente (educador) definirá critérios para cada conteúdo, instrumento
avaliativo e encaminhamentos metodológicos adotados.
E- Referências
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná – Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008
171
LÍNGUA PORTUGUESA
A - Apresentação
O domínio da linguagem, como atividade discursiva e cognitiva, e o domínio
da língua, como símbolo utilizado por uma comunidade linguística, são condições de
possibilidade de plena participação social. Pela linguagem o homem se comunica,
tem acesso à informação, expressa e defende ponto de vista, partilha ou constrói
visões de mundo, produz cultura.
Desse modo, pensar o ensino de Língua Portuguesa significa pensar numa
realidade que norteia todos os nossos atos cotidianos e a linguagem assume um
papel de extrema importância na estruturação do pensamento.
Sendo assim, quanto às práticas discursivas no processo de ensino
aprendizagem da língua, assume-se o texto verbal (oral ou escrito) e também as
outras linguagens tendo em vista um multiletramento, comunidade básica, como
prática discursiva que se manifesta em manifestações concretas, cujas formas são
estabelecidas na dinamicidade que caracteriza o trabalho com experiências reais de
uso da língua.
Então a escola deve ser democrática e garantir a socialização, em atividades
planejadas que possibilitem ao aluno não só a leitura a expressão oral ou escrita,
mas também refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e
situações.
B – Conteúdos
Segundo as diretrizes curriculares da Língua Portuguesa, os conteúdos a
serem aplicados, tanto no Ensino Médio quanto no Ensino Fundamental devem estar
fundamentados no conteúdo estruturante: O discurso como prática social . Os
conteúdos deverão ser trabalhados a partir dos eixos: oralidade, leitura e escrita
(análise linguística)
172
1º ANO
ESFERAS SOCIAIS
DE CIRCULAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
ORAIS E ESCRITOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Cotidiana
Músicas
- Elementos extra-linguísticos, conteúdo temático, marcas linguísticas, finalidade
Piadas
- Elementos composicionais, polissemia, efeitos de humor/ironia, variação linguística.
Literária/ Artística
Biografias
- Marcas linguísticas, adequação ao gênero.
Memórias
- Marcas linguísticas;
- Contexto de produção e recepção;
- Elementos descritivos e verossimilhança.
Contos, contos
de fadas tradicionais e
contemporâneos
- Contexto de produção, conteúdo temático, intertextualidade, elementos semânticos
Lendas
- Estrutura composicional; - Contexto de produção; - Marcas linguísticas.
Científica
Pesquisas
- Informatividade, conteúdo temático, finalidade, marcas lingüísticas
Textos
científicos e de divulgação
científica
- Informatividade, conteúdo temático, finalidade, marcas linguísticas
Escolar
Resumo
- Elementos composicionais, marcas linguísticas, finalidade e interlocutor
Debate regrado
- Turnos de fala; - Argumentatividade; - Interlocutor; - Adequação da fala.
173
Imprensa
Anúncio de emprego
- Marcas linguísticas, interlocutor e elementos composicionais do gênero.
Charge
- Linguagem não-verbal, recursos gráficos e semântica
Artigo de opinião
- Operadores argumentativos, modalizadores, progressão referencial, partículas conectivas e vozes sociais.
Publicitária
Cartaz
- Conteúdo temático, informatividade, recursos gráficos e linguagem não verbal.
Caricatura
- Intencionalidade, ideologia, linguagem não-verbal e contexto de produção.
Política
Carta de Emprego
- Interlocutor, finalidade do texto, elementos composicionais e marcas linguísticas.
Abaixo-assinado
- Vozes sociais, elementos composicionais e argumentatividade.
Jurídica
Boletim de ocorrência
- Situacionalidade, elementos composicionais do gênero e escolhas lexicais.
Depoimento
- Elementos extra-linguísticos, turnos de fala e marcas linguísticas.
Midiática
Entrevista
- Linguagem não-verbal, variação linguística, elementos extra-linguísticos.
2º ANO ESFERAS SOCIAIS
DE CIRCULAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
ORAIS E ESCRITOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Cotidiana
Relatos de
experiências vividas
- Elementos extra-linguísticos, turnos de fala, variação linguística, adequação da fala ao contexto
174
Literária/ Artística
Crônicas de
Ficção
- Contexto de produção da obra literária, marcas linguísticas, elementos composicionais, intertextualidade.
Paródias
- Figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo, intertextualidade, efeitos de humor e de ironia.
Textos teatrais
- Contexto de produção, elementos extra-linguísticos, marcas linguísticas, elementos composicionais do gênero.
Científica
Artigos
- Marcas linguísticas, informatividade, finalidade, conteúdo temático, sintaxe de concordância e de regência.
Escolar
Relatório
- Adequação ao gênero, conteúdo temático, marcas linguísticas, elementos composicionais do gênero.
Texto
Argumentativo
- Operadores argumentativos, modalizadores, progressão referencial, partículas conectivas, vozes sociais.
Imprensa
Carta do leitor
- Interlocutor, intencionalidade, operadores argumentativos, marcas linguísticas.
Entrevista oral/escrita
- Papel do locutor e do interlocutor, elementos extra-linguísticos, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito, adequação ao contexto, marcas linguísticas.
Notícia
- Elementos semânticos (operadores argumentativos, modalizadores, etc.), vozes sociais presentes no texto, ideologia.
Sinopses e Resenhas
- Elementos composicionais, marcas linguísticas, finalidade, interlocutor.
Publicitária
Paródia
- Intertextualidade, semântica (expressões que denotam ironia e humor), ideologia, intencionalidade.
175
Publicidade comercial
- Linguagem não-verbal, marcas linguísticas, interlocutor, elementos composicionais, semântica (sentido conotativo e denotativo).
Política
Carta de
Reclamação
- Interlocutor, referência textual, operadores argumentativos, adequação ao gênero.
Mesa redonda
- Conteúdo temático, adequação da fala ao contexto, informatividade, elementos extra-linguísticos.
Jurídica
Contrato
- Interlocutor, marcas linguísticas, finalidade do texto.
Estatutos
- Interlocutor, marcas linguísticas, finalidade do texto.
Midiática
Filmes:
adaptações de obras literárias,
curta metragens, animações, etc
- Linguagem não-verbal, intertextualidade, contexto de produção, ideologia, vozes sociais.
3º ANO
ESFERAS SOCIAIS
DE CIRCULAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
ORAIS E ESCRITOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Cotidiana
Curriculum vitae
- Interlocutor, adequação ao gênero, finalidade do texto.
Literária/Artística
Esculturas
- Linguagem não-verbal, intertextualidade, contexto de produção.
Poemas
- Contexto de produção da obra literária, elementos composicionais, marcas linguísticas, semântica.
Romances
- Contexto de produção da obra literária, elementos composicionais, marcas linguísticas,
176
semântica.
Científica
Palestras
- Conteúdo temático, interlocutor, adequação da fala.
Escolar
Júri simulado
- Turnos de fala, conteúdo temático, argumentatividade, interlocutor, adequação da fala.
Imprensa Crônica
jornalística
Crônica jornalística
- Contexto de produção, elementos composicionais, marcas linguísticas, ideologia, conteúdo temático.
Mesa redonda
- Turnos de fala, conteúdo temático, argumentatividade, interlocutor, adequação da fala ao contexto.
Tiras
- Linguagem não-verbal, recursos gráficos, semântica (expressões que denotam ironia e humor, figuras de linguagem), marcas linguísticas.
Publicitária
Publicidade institucional
- Linguagem não-verbal, marcas linguísticas, interlocutor, elementos composicionais, semântica.
Publicidade oficial
- Linguagem não-verbal, marcas linguísticas, interlocutor, elementos composicionais, semântica.
Política
Debate
- Turnos de fala, conteúdo temático, argumentatividade, interlocutor e adequação da fala ao contexto.
Fórum
- Turnos de fala, conteúdo temático, argumentatividade, interlocutor e adequação da fala ao contexto.
Jurídica
Leis
- Elementos composicionais, adequação ao gênero, marcas linguísticas.
Regimentos
- Elementos composicionais, adequação ao gênero, marcas linguísticas.
177
Midiática
Telejornal
- Conteúdo temático, interlocutor, elementos extralinguísticos, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito, marcas linguísticas.
O conteúdo estruturante “O discurso como prática social”, trabalhado através dos
gêneros, promove uma ampla aprendizagem, garantindo assim que a oralidade, a
escrita e a análise linguística sejam significativamente assimiladas. Sendo assim os
conteúdos selecionados para serem trabalhados no ensino médio também deverão
contemplar os gêneros do discurso, numa perspectiva dialógica com outras
disciplinas, sem negligenciar o estudo literário, o qual deverá partir dos pressupostos
teóricos apresentados na Estética da Recepção e na Teoria do Efeito. A gramática
será trabalhada a partir do estudo do gênero e sua especificidade, sendo
significativa para o aluno. Assim, tanto o texto produzido pelo aluno quanto o texto
produzido cientificamente ao longo da história serão tidos como importantes para a
construção de sentidos e estudos gramaticais. (análise linguística).
C- Metodologia
PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA
No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto
maior o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades
se tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. A
ação pedagógica referente à linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução,
em atividades planejadas que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e
escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Desse
modo, sugere-se um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais.
Tradicionalmente, a escola tem agido como se a escrita fosse a língua, ou
como se todos os que nela ingressam falassem da mesma forma. No ambiente
escolar, a racionalidade se exercita com a escrita, de modo que a oralidade, em
alguns contextos educacionais, não é muito valorizada; entretanto, é rica e permite
muitas possibilidades de trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da
178
fala e na produção de discursos nos quais o aluno se constitui como sujeito do
processo interativo.
PRÁTICA DA ORALIDADE
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de
trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como:
apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um
livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas
do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias;
declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e
outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.
No que concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários
como Arte, os quais produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua
dimensão estética e suas forças políticas particulares.
O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as
atividades propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a
falar, emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é
necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da
linguagem, é o conteúdo de sua participação oral. O ato de apenas solicitar que o
aluno apresente um seminário não possibilita que ele desenvolva bem o trabalho. É
preciso esclarecer os objetivos, a finalidade dessa apresentação, e explicar, por
exemplo, “que apresentar um seminário não é meramente ler em voz alta um texto
previamente escrito. Também não é se colocar à frente da turma e ‘bater um papo’
com os colegas [...]” (CAVALCANTE & MELO, 2006, p. 184).
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da
escrita faz parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas ideias com
segurança e fluência. O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento
linguístico, bem como a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno
refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
• o conteúdo temático do texto oral;
• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros
usados em diferentes esferas sociais;
179
• a unidade de sentido do texto oral;
• os argumentos utilizados;
• o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos,
nível social, formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor;
• as marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo.
PRÁTICA DA ESCRITA
Pensar que o domínio da escrita é inato ou uma dádiva restrita a um pequeno
número de sujeitos implica distanciá-la dos alunos. Quando a escrita é
supervalorizada e descontextualizada, torna-se mero exercício para preenchero
tempo, reforçando a baixa auto-estima linguística dos alunos, que acabam
compreendendo a escrita como privilégio de alguns. Tais valores afastam a
linguagem escrita do universo de vida dos usuários, como se ela fosse um processo
à parte, externo aos falantes, que, nessa perspectiva, não constroem a língua, mas
aprendem o que os outros criaram.
O reconhecimento, pelo aluno, das relações de poder no discurso potencializa
a possibilidade de resistência a esses valores socioculturais.
O educando precisa compreender o funcionamento de um texto escrito, que
se faz a partir d elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão,
intenções, interlocutor(es), dentre outros. Além disso, “[...] a escrita apresenta
elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de
letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e
prosódia graficamente representados” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).
A maneira de propor atividades com a escrita interfere de modo significativo
nos resultados alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem
preenchidas sobre um tema, os alunos podem recorrer somente ao que (Pécora
1983, p. 68) chama de “estratégias de preenchimento”.
É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo
interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua
produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme
180
propõe Geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para dizer; como dizer,
interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na
verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm
uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”
(ANTUNES, 2003, p. 62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em
sala de aula para aprimorar a prática de escrita. A seguir, citam-se alguns; contudo,
ressalta-se que os gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite,
bilhete, carta, cartaz, notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios,
resultados de pesquisa, resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica,
conto, poema, relatos de experiência, receitas. Destaca-se, também, a importância
de realizar atividades com os gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de
discussão, fórum de discussão, dentre outros, experienciando usos efetivos da
linguagem escrita na esfera digital.
Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares
sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas às propostas destas Diretrizes, que
podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:
• inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno
planejem o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a
temática proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de
melhor compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da
produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os possíveis
interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as
ideias;
• em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta
apresentada, levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará
seus argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que
essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);
• depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se
teve ao produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu refletir sobre seus
argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a
continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao
gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às
181
condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como a
pontuação, ortografia, paragrafação.
PRÁTICA DA LEITURA
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso
considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,
propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade
crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos
mencionados nestas Diretrizes.
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem o
que é diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o
contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
Do ponto de vista pedagógico, não se trata de ter no horizonte a leitura do
professor ou a leitura historicamente privilegiada como parâmetro de ação; importa,
diante de uma leitura do aluno, recuperar sua caminhada interpretativa, ou seja, que
pistas do texto o fizeram acionar outros conhecimentos para que ele produzisse o
sentido que produziu; é na recuperação desta caminhada que cabe ao professor
mostrar que alguns dos mecanismos acionados pelo aluno podem ser irrelevantes
para o texto que se lê, e, portanto, sua “inadequada leitura” é consequência deste
processo e não porque se coaduna com a leitura desejada pelo professor
(GERALDI, 1997, p.188).
Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de
leitura são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite
uma ampla variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não
possibilita tal liberdade de interpretação.
Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso
considerar o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes
(2003) salienta que conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas,
crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade
pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e,
182
ainda, conforme variem o suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...),
variam também as estratégias a serem usadas.
Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está divulgada no
suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a
finalidade de cada uma delas. Na crônica do jornal, é importante considerar a data
de publicação, a fonte, os acontecimentos dessa data, o diálogo entre a crônica e
outras notícias veiculadas nesse suporte. Já a leitura da crônica do livro representa
um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele jornal.
Também a leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião.
Numa atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor
estético, o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas
figuras de linguagem, as intenções. Diferente de um artigo de opinião, que tem outro
objetivo, e nele é importante destacar o local e a data de publicação, contextualizar a
temática, dialogar com os argumentos apresentados se posicionando, atentar para
os operadores argumentativos, modalizadores, ou seja, as marcas enunciativas
desse discurso que revelam a posição do autor.
O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda,
aqueles em que predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens,
as telas de pintura, os símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; os
quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos
textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar muito mais atento aos detalhes
oferecidos nos traços, cores, formas, desenhos. No caso de infográficos, tabelas,
esquemas, a preocupação estará em associar/corresponder o verbal ao não-verbal,
uma vez que este está posto para corroborar com a leitura daquele.
Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente
se comparada a outros gêneros e suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler
nessa esfera também mudam. O hipertexto - texto no suporte digital/computador -
representa uma oportunidade para ampliar a prática de leitura. Através do hipertexto
inaugura-se uma nova maneira de ler. No ambiente digital, o tempo, o ritmo e a
velocidade de leitura mudam. Além dos hiperlinks, no hipertexto há movimento, som,
diálogo com outras linguagens.
A leitura do texto digital exige, diante de tantos suportes eletrônicos, um leitor
dinâmico, ativo e que selecione quantitativa e qualitativamente as informações, visto
que ele escolhe o caminho, o percurso da leitura, os supostos início, meio e fim,
183
porque seleciona os hiperlinks que vai ler antes ou depois (LÉVY, 1996). A leitura de
hipertextos exige que o leitor tenha ou crie intimidade com diferentes linguagens na
composição do texto eletrônico, bem como os aparatos tecnológicos.
No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66)
assinala que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e
suportes de textos para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as
múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.” Dito isso, é essencial
considerar o contexto de produção e circulação do texto para planejar as atividades
de leitura.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e
compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores
envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado,
de outros textos (intertextualidade). Para Koch (2003, p. 24), o trabalho com esses
conhecimentos realiza-se por meio das estratégias:
• cognitivas: como as inferências, a focalização, a busca da relevância;
• sociointeracionais: como preservação das faces, polidez, atenuação,
atribuição de causas a (possíveis) mal-entendidos, etc.;
• textuais: conjunto de decisões concernentes à textualização, feitas pelo
produtor do texto, tendo em vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas,
sinalizações).
LITERATURA
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida
social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações
históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua constituição com
outros campos: o contexto de produção, a critica literária, a linguagem, a cultura, a
histórica, a economia, entre outros.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção
que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é
carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o
para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão
184
preenchidos conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as
ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega consigo.
Feitas essas considerações, é importante pensar em que sentido a Estética
da Recepção e a Teoria do Efeito podem servir como suporte teórico para construir
uma reflexão válida no que concerne à literatura, levando em conta o papel do leitor
e a sua formação.
D- AVALIAÇÃO
A avaliação torna-se um instrumento não só de verificação na medida em que
é significativa para o aluno. Sendo assim, para que ela aconteça em sua plenitude,
precisa ser contínua, formativa, diagnóstica e transformadora.
Quando o sujeito reconhece a linguagem como sendo tal instrumento,
aprimora a capacidade linguística e discursiva em práticas de oralidade, leitura e
escrita. Sob essa perspectiva, as diretrizes recomendam:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso aos
diferentes interlocutores situações. Num seminário, num debate, numa troca informal
de ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da
fala são diferentes e isso deve considerada uma análise da produção oral. Assim, o
professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a
clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação
que apresenta ao defender seus pontos de vista.
• Leitura: Serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor
em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas,
om argumento principal, entre outros. Também é importante avaliar se o aluno ativou
seus conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras
desconhecidas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e
outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do
texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de
185
produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito
são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que
o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos-textuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência
textual, a organização dos parágrafos. No momento da refacção textual é importante
observar se os objetivos do texto foram alcançados, se a intenção do texto foi
alcançada, se há relação entre as partes do texto, se há necessidade de cortes, se é
necessário substituir parágrafos.
• Análise linguística: é no texto que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os
elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob
uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses
elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, o uso da
linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentido
causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas
pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações
semânticas entre as partes do texto.
F- Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língu a Portuguesa . Curitiba: SEED-PR, 2008
186
MATEMÁTICA
A – Apresentação
A História da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações, de
diferentes raças/etnias e regiões, conseguiram desenvolver os rudimentos de
conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que nós
conhecemos.
Atualmente para ensinar matemática é necessário discutir a sua história, pois
através desta história, encontramos a oportunidade de compreendermos está
ciência matemática, desde as suas origens até a matemática que se tem ensinado
nas escolas.
O objeto de estudo da Educação Matemática, ainda se encontra em processo
de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da
Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático.
Podemos afirmar que os objetivos básicos da Educação Matemática, visam
desenvolve-las enquanto campo de investigação e de produção do conhecimento
teórico e prático da matemática para que o estudante construa valores e atitudes de
natureza diversa, propiciando a formação do cidadão, enquanto Ser Humano
público, crítico, criativo e capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais,
superando preconceitos e discriminações e convivendo com a diversidade e com a
pluralidade em todas as dimensões humanas.
Destacam-se como grandes objetivos do ensino de matemática: a percepção
do valor da matemática como construção humana, o reconhecimento de sua
contribuição para a compreensão e a resolução de problemas da humanidade
através do tempo, para a arte, a natureza, as ciências, a tecnologia e o cotidiano; o
desenvolvimento do raciocínio lógico e habilidades na solução de problemas do
cotidiano; a capacidade de comunicação, representação, reconhecimento,
interpretação e resolução de situações nos diversos campos e contextos sociais da
matemática e a utilização adequada das tecnologias da informação, reconhecendo
as suas potencialidades e limitações.
187
Visando atingir o grandes objetivos do ensino de matemática o conteúdos
foram organizados em Conteúdos Estruturantes, selecionados para que o educando
possa compreender o processo de ensino e da aprendizagem da matemática,
trabalhar com o conteúdo de Álgebra, estabelecer, nas relações entre os
desdobramentos possíveis, o pensamento algébrico enquanto linguagem “Pensar
algebricamente é produzir significado para situações em termos de números e
operações aritméticas e, com base nisso, transformar as expressões obtidas” (LINS,
1997, p.151).
Como Conteúdo Estruturante, a Geometria não deve ser trabalhada
rigidamente separada da aritmética e da Álgebra. Ao contrário, por ser a Geometria
rica em elementos que favorecem a percepção espacial e a visualização, ela
constitui um conhecimento relevante, inclusive para outras disciplinas do
conhecimento. O ensino de Geometria deve permitir que o estudante realize leituras
que exijam a percepção, linguagem e raciocínio geométricos, fatores que
influenciam diretamente na relação que envolve a construção e apropriação de
conceitos abstratos e aqueles que se referem ao objeto geométrico em si.
No mesmo sentido, o estudo das Funções deve ser visto como um importante
instrumento que permeia as diversas áreas do conhecimento, modelando
matematicamente situações que a partir de resoluções de problemas possam
auxiliar nas atividades humanas. Enquanto conteúdo da disciplina de matemática,
deve ser visto como uma construção histórica e dinâmica capaz de provocar, por
conta da noção de variabilidade e possibilidade de leituras do seu objeto de estudo e
atuação em outros conteúdos específicos da matemática.
O Tratamento da Informação é instituído como Conteúdo Estruturante diante
da necessidade do estudante dominar um conhecimento que lhe dê condições de
realizar leituras críticas dos fatos que ocorrem à sua volta; interpretando informações
que se expressam por meio de tabelas, gráficos, dados, percentuais, indicadores e
conhecimento das possibilidades e chances de ocorrência de eventos. Isso se revela
necessário, pois vivemos num momento histórico, caracterizado pela facilidade e
rapidez no acesso às informações, o que exigem o desenvolvimento do espírito
crítico, e a capacidade de analisar e tomar decisões rápidas, porém conscientes,
diante de diversas situações da vida em sociedade.
O aprendizado da Matemática é parte essencial na formação de cidadãos em
sentido universal e não apenas no sentido profissionalizante. É um aprendizado útil
188
à vida e ao trabalho. Os conceitos matemáticos devem se transformar em
instrumentos de compreensão, intervenção, mudança e previsão da realidade. A
matemática deve assumir o papel que a sociedade espera dela: estar ao alcance
dos alunos e tornar-se prática em suas vidas, ajudando-os em suas relações com o
meio social em que vivem e fazendo interdisciplinaridade com as demais disciplinas
que são que são objetos do conhecimento humano. Para isso deve ser
contextualizado, inserindo aplicações dos conceitos matemáticos na vida real, se
esquecerem, no entanto que a matemática em si é também um objeto de estudo e
produz modelos mais gerais que poderão servir de ferramenta para a resolução de
problemas que o futuro nos reserva.
Em consonância com os princípios constitucionais e com as disposições da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), com as modificações
introduzidas pela Lei 10.639/03, regulamentadas pela Resolução 01/2004 do CNE,
pelo Parecer CNE/CP 03/04 e pela Deliberação 04/06 do CEE-PR, que objetiva
valorizar a diversidade étnico-cultural da sociedade brasileira, promover a Educação
das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em todo
o currículo escolar, esta proposta curricular promoverá um novo olhar sobre os
conteúdos matemáticos, valorizando as diversas contribuições étnicas em seu
processo de construção, a preocupação de seleção de imagens, utilização de
linguagem e formulação de problemas que respeitem e valorizem a diversidade
étnico-racial, de forma a estimular a convivência harmônica entre os indivíduos, o
respeito ás diferenças.
Uma preocupação constante será a de não hierarquizar saberes, mas explorar
a complementaridade existente entre eles na formação do pensamento matemático.
A superação de uma visão eurocêntrica de mundo também é pressuposto dessa
proposta curricular, de tal sorte que as informações matemáticas propiciem como as
demais disciplinas curriculares, a formação de cidadãos e cidadãs emancipados/as,
com auto estima elevada, com orgulho de seu pertencimento étnico-racial, com
respeito à condição social, diversidade de gênero, de orientação sexual, enfim a
pluralidade em todas as suas dimensões.
189
B – Conteúdos
1º ANO
• NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Conjuntos Numéricos
- Teoria dos Conjuntos
• FUNÇÕES
- Função afim
- Função quadrática
- Função exponencial
- Função logarítmica
- Progressões Aritméticas (PA)
- Progressões Geométricas (PG)
- Noção de trigonometria
- Funções Trigonométricas no triângulo retângulo
2º ANO
• TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
- Estatística
- Introdução à análise estatística de dados
- Análise Combinatória
- Binômio de Newton
- Probabilidade
• GEOMETRIA
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
• FUNÇÕES
- Funções Trigonométricas no ciclo trigonométrico
190
3º ANO
• NÚMEROS E ÁLGEBRA
- Matrizes
- Determinantes
- Sistemas lineares
- Números Complexos
- Polinômios
• GEOMETRIA
- Geometria Analítica
- Tópicos de Geometria Não-Euclidiana
• TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
- Matemática financeira
C – Metodologia
A fim de atingir os objetivos propostos para o ensino de matemática, o
professor deverá agir como um facilitador entre o educando e o conhecimento a ser
adquirido, utilizando-se dos recursos tecnológicos disponíveis, como: Portal dia-a-dia
da educação, TV Paulo Freire, OAC (Objeto de aprendizagem Colaborativo), folhas,
etc.
Nesse contexto deve ainda demonstrar que a matemática é uma ciência em
movimento, em constante construção. Para isso desenvolverá seu plano de ensino
utilizando-se do conjunto de instrumentos metodológicos existentes (pesquisas,
projetos, entrevistas, produção de textos, palestras, seminários, visitas, atividades
lúdicas, dentre outras), bem como os recursos tecnológicos disponível no Colégio.
A abordagem dos conteúdos deverá observar levar em consideração a
formação pluriétnica do educando. Conteúdos como Tratamento de Informação
deverão analisar as condições sócio-econômicas da população brasileira, o acesso
á educação básica, e aos serviços públicos existentes, ao emprego enfocando
prioritariamente e existência de desigualdades e discriminações, com especial
191
atenção ao aspecto racial, ao mesmo tempo em que contribuirá para suas
superações.
Haverá um esforço contínuo para o resgate histórico dos conteúdos
curriculares.
Como médias tecnológicas compreendem-se: a TV Paulo Freire e o Portal
Dia-a-Dia Educação, os softwares de matemática existentes nos computadores
Linux, Excel, Web, Folhas e OAC.
D – Avaliação
Um processo avaliativo requer do professor, desde o momento da elaboração
do plano de trabalho docente, a definição dos critérios, ou seja, a intencionalidade
no desenvolvimento do conteúdo proposto. Esses critérios são vias para o
acompanhamento do processo de ensino de ensino e aprendizagem e têm, também,
a finalidade de auxiliar a prática pedagógica do professor. Logo, é essencial ao
professor estabelecer relação entre os conteúdos ensinados, os objetivos do seu
ensino e o encaminhamento metodológico que nortearão esse trabalho para, em
seguida,instituir os critérios e instrumentos de avaliação.
Ao aplicar as atividades em sala, durante o seu desenvolvimento, as
atividades, e posicionamentos do aluno já serão passíveis de avaliação, ou seja, o
professor deve aproveitar todo o processo para verificar e avaliar o seu progresso.
Esse progresso norteará as sua a:coes, sua metodologia, os encaminhamentos e
novas avaliações.
A escolha dos instrumentos avaliativos implica nos critérios que serão
avaliados. Ao eleger uma prova escrita como instrumento, os critérios considerados
serão as respostas dos problemas apresentados. Quando ensinamos, por exemplo,
a Fórmula de Báskara, nesse momento, queremos que ele desenvolva esse modelo
matemático, identifique seus termos e resolva problemas com aplicação dessa
Fórmula. No entanto, após ensinar obtenção das raízes da Soma e Produto, não é
mais a fórmula especificamente que será avaliada, mas a obtenção das raízes,
independente do método utilizado. Assim, é preciso ter especificado e acordado com
os alunos os critérios que serão avaliados.
192
Cabe ao professor propor oportunidades diversificadas para mos alunos
expressarem seus conhecimentos e tais oportunidades devem incluir manifestações
escritas, orais e de demonstração, inclusive, por meio de ferramentas e
equipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador, calculadora e outros.
O professor deve considerar os conhecimentos prévios de estudante, decorrentes da
sua cultura social e escolar, de modo a relacioná-los com os novos conhecimentos
abordados na s aulas de matemática.
Ao propor um desafio matemático que contemple um conteúdo das séries em
que o trabalho está sendo desenvolvido, o professor estará privilegiando a resolução
de problemas se considerarem suas etapas: leitura de texto, destaque dos dados
importantes para a solução, resolução, verificação da resposta e sua aceitação ou
refutação. Neste caso, todo o processo de resolução poderá ser avaliado,
independente da solução obtida pelo aluno.
O professor, conhecendo a sua turma, estabelecerá os mais indicados
instrumentos para avaliar e quantificar os conhecimentos adquiridos pelos alunos.
E - Referências
LONGEN, Adilson. Coleção Nova Didática Matemática , Ensino Médio, Volumes I,
II e III, editora Positivo, edição
D`AMBRÓSIO, Ubiratan. Da Realidade à Ação – Reflexões sobre Educação e
Matemática. 4. Ed. Campinas: Summus Editorial, 1986.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática- Contexto e Aplicações . Ensino Médio, Editora
Ática- Volume Único, São Paulo.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curric ulares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná - Matemática. Curitiba: SEED, 2008
193
QUÍMICA
A- Apresentação
O conhecimento químico, assim como todos os demais saberes, não é algo
pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação. Uma das
principais características do ser humano é a curiosidade, a necessidade de descobrir
os segredos da natureza. Para alcançar esse objetivo, nem sempre a simples
observação é eficiente. Por isso, há séculos o homem vem criando experimentos
que simulam os fenômenos naturais. Esse processo de elaboração e transformação
do conhecimento ocorre em função das necessidades humanas, uma vez que a
química é construída por homens e mulheres, portanto, falível e inseparável dos
processos sociais, políticos e econômicos. “A ciência já não é mais considerada
objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelos que, por
serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são
provisórios” (CHASSOT, 1995, p. 68).
Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e
reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de
aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual,
retoma a cada passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de
outros conceitos envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos.
Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no
desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e
ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica
compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito
dos conceitos de Química.
Propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento químico
aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as
substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido
pelo professor numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos
químicos constitua apropriação de parte do conhecimento científico, o qual, segundo
Oliveira (2001), deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e
questionem a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta
194
metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via
experimentação.
Na abordagem conceitual do conteúdo químico, considera-se que a
experimentação favorece a apropriação efetiva do conceito e “o importante é a
reflexão advinda das situações nas quais o professor integra o trabalho prático na
sua argumentação” (AXT, 1991, p. 81). Na proposta de Axt, a experimentação deve
ser uma forma de problematizar a construção dos conceitos químicos, sendo ponto
de partida para que os alunos construam sua própria explicação das situações
observadas por meio da prática experimental.
A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e
na sua função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização,
discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos. Diferentemente do que
muitos possam pensar, não é preciso haver laboratórios sofisticados, nem ênfase
exagerada no manuseio de instrumentos para a compreensão dos conceitos. O
experimento deve ser parte do contexto de sala de aula e seu encaminhamento não
pode separar a teoria da prática, num processo pedagógico em que os alunos se
relacionem com os fenômenos vinculados aos conceitos químicos a serem formados
e significados na aula (NANNI, 2004).
A Química tem forte presença no suprimento de demanda de novos produtos,
que é cada vez maior nas áreas surgidas nos últimos anos: biotecnologia, química
fina, pesquisas direcionadas para oferta de alimentos e medicamentos, entre outras.
Essas questões podem e devem ser abordadas nas aulas de Química por meio de
uma estratégia metodológica que propicie a discussão de aspectos sócio-científicos,
ou seja, de questões ambientais, políticas, econômicas, éticas, sociais e culturais
relativas à ciência e à tecnologia (SANTOS, 2004).
Nestas diretrizes propõe-se que o ponto de partida para a organização dos
conteúdos curriculares sejam os conteúdos estruturantes e seus respectivos
conceitos e categorias de análise. A partir dos conteúdos estruturantes o professor
poderá desenvolver com os alunos os conceitos que perpassam o fenômeno em
estudo, possibilitando o uso de representações e da linguagem química no
entendimento das questões que devem ser compreendidas na sociedade e que os
conteúdos se relacionam e o planejamento anual da escola deve levar em
consideração as Diretrizes Curriculares da disciplina e o PPP, tendo a preocupação
de articulá-los com a especificidade regional.
195
Matéria e sua natureza é o conteúdo estruturante que identifica a disciplina de
química, por se tratar da essência da matéria, é ele que abre caminho para um
melhor entendimento dos demais conteúdos da disciplina.
Biogeoquímica esse conteúdo é caracterizado pelas interações existentes
entre a Biosfera, Litosfera e Atmosfera e historicamente constitui-se a partir de uma
sobreposição de biologia, Geologia e Química
Química Sintética este conteúdo foi considerado a partir da apropriação da
química na síntese de novos produtos e novos materiais e que permite estudo que
envolve produtos farmacêuticos, a indústria alimentícia, fertilizantes e agrotóxicos.
B- Conteúdos
1º ANO
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na séri e
Matéria
Constituição da matéria, estados de
agregação, natureza elétrica da matéria, modelos (Rutherford, Thomson, Dalton,
Bohr...), estudo dos metais, tabela periódica
Solução
Substância: simples e composta, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, temperatura e pressão, densidade, dispersão e suspensão; Tabela periódica
Velocidade das reações
Reações químicas; Lei das reações químicas; representação das reações químicas; condições fundamentais para ocorrência das reações químicas (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão; fatores que interferem na velocidade das e ações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); Lei da velocidade das reações químicas; Tabela periódica.
196
2º ANO
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série
Equilíbrio químico
Reações químicas reversíveis; oncentração; Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); Deslocamento de equilíbrio (Princípio de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores; Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks); Tabela Periódica.
Ligação química
Tabela periódica; Propriedade dos materiais; Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos materiais; Solubilidade e as ligações químicas; Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares; Ligações de hidrogênio; Ligação metálica (elétrons semi-livres); Ligações sigma e pi; Ligações polares e apolares; Alotropia.
Reações químicas
Reações de oxi-redução; ações exotérmicas e endotérmicas; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; Variação de entalpia; Calorias; Equações termoquímicas; Princípios da termodinâmica; Lei de Hess; Entropia e energia livre; Calorimetria; Tabela Periódica.
3º ANO
Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série
Radioatividade
Modelos atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela periódica; químicas; Velocidade das reações; Emissões radioativas; Leis da radioatividade; reações químicas; Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear).
Gases
Estados físicos da matéria; Tabela Periódica; Propriedades dos gases (densidade/difusão pressão X temperatura, pressão X volume e temperatura X volume); Modelo de partículas materiais gasosos;
197
Misturas gasosas; Diferença entre gás e vapor; Lei dos gases.
Funções Químicas
Funções orgânicas; Funções inorgânicas; Tabela Periódica.
.
C- Metodologia
A química deve ser tratada de forma clara e objetiva, mostrando
principalmente os aspectos sociais que a envolve. Levando em consideração que os
fenômenos químicos estão presentes o tempo todo à nossa volta, e não devem ser
ignorados, mas entendidos.
Para tanto, deve-se desenvolver uma dinâmica de aula capaz de estimular o
interesse doas alunos, relacionando cada conteúdo trabalhado com situações
concretas vivenciadas por eles, buscando o conhecimento já adquirido, visando o
seu aprimoramento através de textos e pesquisas.
Até mesmo matérias jornalísticas, embora não tratem de conceitos de
química, podem servir como ponto de partida para discussões, explicações e
reflexões várias de questões inerentes a esta área do conhecimento, pode-se usar
também recursos tecnológicos como internet, teve educativa, teve escola, etc.
Tendo em vista que em uma sala se encontram alunos de diferentes
costumes, tradições e idéias são impossíveis a utilização de um único tipo de
encaminhamento metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.
Realizaremos atividades individuais e coletivas que viabilizem o confronto de
informações e interpretações diversas, sempre através de situações
problematizadas, seminários, pesquisas, resoluções de exercícios e aulas práticas
de laboratório.
D – Avaliação
A avaliação deverá assumir um caráter eminentemente formativo, visando
favorecer o progresso pessoal e a autonomia do aluno, mudando assim o papel da
198
avaliação que deixa de ser parte terminal e mera verificação de resultados e suas
explanações na memória do aluno para se tornar elemento integrante do processo
de ensino e aprendizagem.
Centrados nessa concepção de avaliação,comprometida com a efetiva
aprendizagem por todos envolvidos no processo, serão utilizados vários
procedimentos avaliativos com o objetivo de constatar o que os alunos atingiram
dos alvos estabelecidos. Desta forma com a utilização de diversos instrumentos
pode contribuir para o entendimento do processo de aprendizagem do aluno:
observação, debates, pesquisas, provas, auto-avaliação, relatórios, etc. E sobre tudo
a avaliação deve ser processual, gradativa e formativa.
Assim as informações obtidas através da avaliação funcionarão como ponto
de partida para se realizar a articulação entre os conteúdos e as habilidades que os
alunos devem desenvolver. Por isso o professor deverá propor momentos de
avaliação capazes de dar informações sobre as competências e habilidades visadas
na área.
De acordo com a metodologia proposta à avaliação acontecerá
simultaneamente às atividades. O cuidado com a obtenção de informações em
diferentes contextos, o registro e análise das informações vão fornecer ao professor
pistas sobre as dificuldades dos alunos.
O professor deve ter claro o que pretende obter e o uso que fará desses
resultados. A recuperação paralela se realizará quando os objetivos propostos não
forem atingidos, com a retomada dos conteúdos.
E – Referências AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA, M. A; AXT,R. Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre:Sagra, 1991. CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. Da Ulbra, 1995. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de q uímica: Professores/ Pesquisadores. 2. ed. Ijuí:Editora Unijuí, 2003. MORTIMER, E. F. , MACHADO, A . H., ROMANELLI, L. I. A proposta curricular de química do Estado de Minas Gerais: fundamentos e pressupostos. Química Nova [on line]. São Paulo, v.23, n.2, abr 2000.
199
PARANÁ/SEED/DEB. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Químic a. Curitiba: SEED/Jam3 Comunicação, 2008. SARDELA, A. Curso completo de Química , v. único, São Paulo: Ática, 1999.
200
SOCIOLOGIA
A - Apresentação
Compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a
preocupação da Sociologia desde o início da sua consolidação como ciência da
sociedade no final do século XIX. Nesse período, o capitalismo se configurava como
uma nova forma de organização da sociedade caracterizada por novas relações de
trabalho. Essas mudanças levaram pensadores da sociedade da época a
indagações e à elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob
diferentes olhares e posicionamentos políticos. Desde então, essa tem sido a
principal preocupação dessa ciência, qual seja, entender, explicar e questionar os
mecanismos de produção, organização, domínio, controle e poder,
institucionalizados ou não, que resultam em relações sociais de maior ou menor
exploração ou igualdade.
É preciso termos humildade para perceber que a amplitude das
transformações sociais, políticas, culturais, econômicas, e ecológicas que a
sociedade e o planeta estão vivendo não nos permite explicações estreitas ou
sectárias, com pretensões de apropriar-se da verdade.
Por outro lado, pensamos que a complexidade e a amplitude que
caracterizam as sociedades contemporâneas, também não devem nos intimidar ou
amedrontar, mas sim, nos desafiar para o estudo, para a pesquisa e para uma
melhor compreensão e atuação política no mundo em que vivemos.
A Sociologia no presente tem o papel histórico que vai além da leitura e
explicações teóricas da sociedade. Não cabem mais as explicações e
compreensões das normas sociais e institucionais, para a melhor adequação social,
ou mesmo para a mera crítica social, mas sim a desconstrução e a desnaturalização
do social no sentido de sua transformação. Os grandes problemas que vivemos
hoje, provenientes do acirramento das forças do capitalismo mundial e do
desenvolvimento industrial desenfreado, entre outras causas, exigem indivíduos
capazes de romper com a lógica neoliberal da destruição social e planetária. È tarefa
inadiável da escola e da Sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética
201
e de novas práticas sociais que apontem para a possibilidade de construção de
novas relações sociais.
È necessário assim, compreender as modificações nas relações sociais,
decorrentes das mudanças estruturais impostas pela formação de um novo de
produção econômica; Perceber a construção da sociedade, com suas conquistas,
lutas, de forma histórica, verificando a realidade social; Questionar “as verdades
absolutas” (conceitos, visões, “verdades”, pré-conceitos ou pré-definições), tanto as
do senso comum como as constituídas pelas ciências; Orientar o aluno a perceber o
seu papel como sujeito social, através de sua realidade, e o que está além dela.
Ainda priorizar a inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua
realidade imediata, como também perceber o que se estabelece além dela. Levantar
questionamentos quanto a existência de verdades absolutas, sejam elas na
compreensão do cotidiano como na constituição da ciência. Elencar problemáticas
sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré noções e pré conceitos,
percebendo assim que a realidade social é histórica e socialmente constituída.
B – Conteúdos
1º ANO
• O surgimento da sociologia
• As teorias sociológicas e seus principais pensadores.
• O processo de socialização e as instituições sociais
- Instituições familiares
- Instituições escolares
- Instituições religiosas
- Instituições de reinserção
• Trabalho, produção classes sociais
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
• Desigualdades sociais: Estamentos, castas e classes sociais
• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.
• Globalização e Neoliberalismo
• Trabalho no Brasil
202
• Relações de trabalho
2º ANO
• O surgimento da sociologia e as teorias sociológicas
• Conceito de poder, política e ideologia.
• Direito, cidadania e movimentos sociais
• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social, formação e desenvolvimento do Estado moderno
• Conceito de dominação e legitimidade do Estado no desenvolvimento do Brasil
• Desenvolvimento da sociologia no Brasil: Democracia, autoritarismo, totalitarismo.
• As expressões na violência nas sociedades contemporâneas.
• Conceito de Cidadania
• Direitos civis, políticos e sociais
• Direitos Humanos.
• Movimentos sociais e movimentos sociais no Brasil
• Questões ambientais e movimentos ambientalistas
• Questões das ONG´s.
3º ANO
• O surgimento da sociologia e as teorias sociológicas
• A cultura e indústria cultural
• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social.
• Os conceitos de cultura nas escolas antropologias.
• Antropologia Brasileira
• Diversidade e diferença cultural
• Relativismo, etnocentrismo e alteridade
• Culturas indígenas
• Minoria, preconceitos, Hierarquia e desigualdades.
• Questões de gênero e a construção social do gênero
• Cultura afro-brasileira e a construção social da cor
203
• Identidade e movimentos sociais: dominação, hegemonia e contramovimentos
• Meios de comunicação de massa
• Sociedade de consumo
• Industria cultural no Brasil
C – Metodologia
Não se pretende através dos conteúdos estruturantes responder pela
totalidade da Sociologia bem como por seus desdobramentos em conteúdos
específicos, devido a dimensão e a dinâmica próprias da sociedade e do
conhecimento científico que a acompanha, mas, por outro lado também tem-se a
clareza da necessidade do redimensionamento de aspectos da realidade para uma
análise didática e critica das problemáticas sociais. Os conteúdos estruturantes e
os conteúdos específicos deles desdobrados não devem ser pensados e
trabalhados de maneira autônoma, como se bastassem por si próprios, da mesma
forma como também não exigem uma obediência sequencial, ou seja, apesar de
estarem articulados entre si, é possível o estudo e apreensão pelos alunos, de cada
um dos conteúdos sem a necessidade de uma “amarração” com os demais.
No ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a
exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos
textos (teóricos, temáticos, literários), a análise, a discussão, a pesquisa de campo e
bibliográfica ou outros, pois assim como os conteúdos estruturantes – e os
conteúdos específicos deles derivados – os encaminhamentos metodológicos e o
processo de avaliação ensino-aprendizagem também devem estar relacionados à
própria construção histórica da Sociologia crítica, caracterizada portanto por
posturas teóricas e práticas favorecedoras ao desenvolvimento de um pensamento
criativo e instigante.
Sugere-se que o curso seja iniciado a título de introdução, como uma breve
contextualização da construção histórica da Sociologia e das teorias sociológicas
fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas, numa perspectiva
crítica, no sentido de fundamentar teoricamente as várias possibilidades de
explicação sociológica feita nos recortes da dinâmica social, que aqui são nomeados
204
de conteúdos específicos. O conhecimento sociológico deve ir muito além da
definição, classificação, descrição e estabelecimento das correlações dos
fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico
explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
desconstruindo pré-noções e pré-conceitos que quase sempre dificultam o
desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à
transformação social.
O aluno de Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária
e em sua diversidade cultural, ou seja, além de importantes aspectos como a
linguagem, interesses pessoais e profissionais, e necessidades materiais, deve-se
ter em vista as peculiaridades da região em que a escola está inserida e a origem
social do aluno, para que os conteúdos trabalhados e a metodologia utilizada
possam responder a necessidades desses grupos sociais.
Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e consequentemente
a agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e
participativa. O ensino de Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno
como sujeito de seu aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura,
o debate, a pesquisa de campo, ou a análise de filmes, mas importa que o aluno
esteja constantemente provocado a relacionar a teoria como o vivido, a rever
conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.
As práticas pedagógicas presentes no ensino de Sociologia devem ser
trabalhadas com método e rigor para construção do pensamento científico, dentre
outros, dois encaminhamentos metodológicos são próprios do conhecimento
sociológico: a pesquisa de campo e o uso de recursos áudio-visual, especialmente,
vídeos e filmes.
O ensino de sociologia será organizado em blocos de disciplinas semestrais,
de forma alternada em todas as turmas e séries, buscando assim, um
aproveitamento dos conteúdos estudados semestralmente, tendo assim um
aproveitamento parcial das disciplinas. Desta forma, em caso de reprova em um dos
blocos, o aluno não terá que refazer as disciplinas do bloco aprovado, retomando os
estudos apenas no bloco em que ocorreu a reprovação, podendo assim concluir
qualquer um dos anos do ensino médio tanto no final do primeiro semestre quanto
do segundo; e consequentemente podendo dar continuidade ao ano subsequente
assim que concluído o bloco em questão.
205
D – Avaliação
O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve perpassar
todas as atividades relacionadas à disciplina, portanto necessita de um tratamento
metódico e sistemático. Deve ser pensada e elaborada de forma transparente e
coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e acompanhados por
todos os envolvidos pela disciplina. A apreensão de alguns conceitos básicos da
ciência, articulados com a prática social; a capacidade de argumentação
fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na exposição das ideias, seja no
texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados no decorrer
do curso. Também a mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim
como iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que
rompam com a acomodação e o senso comum, são dados que informarão aos
professores, o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias
práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos
debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de
campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre
teoria e prática, enfim várias podem ser as formas, desde que se tenha como
perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no
sentido da apreensão/compreensão/reflexão dos conteúdos pelo aluno. Por fim,
entende-se que professores e a instituição escolar devem constantemente ser
avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e principalmente em seus
princípios políticos com a qualidade e a democracia.
Ainda ressaltamos que a avaliação do ensino de sociologia deverá ser formal,
processual, continuada e diagnóstica, efetivando a proposta do ensino de médio em
blocos onde a avaliação será realizada através de apuração de assiduidade, estudos
de recuperação, aproveitamento de estudos expresso no final de cada bloco,
pesquisas bibliográficas, relatórios, seminários, etc.
E – Referências
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná – Sociologia. Curitiba: SEED, 2008.
206
LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA
ESPANHOL
A- Apresentação
Uma das descobertas na metodologia do ensino de idiomas modernos
é a concepção da lingual como instrumento (sócio – cultural) e não como um fim em
si mesmo (regras memorizadas).
A escola tem a obrigação de preparar o aluno para exercer sua
cidadania plenamente. Isto quer dizer, tem que fazê-lo perceber seu papel e sua
utilidade na sociedade à qual pertence, hoje, uma sociedade globalizada, na qual as
fronteiras são cada vez mais tênues.
Por que estudar Espanhol? É importante ter presente que o
relacionamento do Brasil com Argentina, Paraguai e demais países latino-
americanos não deve ser considerado apenas do ponto de vista da integração
econômica.
A integração promovida pelo Mercosul tem avançado muito além da
esfera econômica. Ela envolve, de forma crescente, um conjunto de atores sociais:
empresários, educadores, trabalhadores, jornalistas, estudantes, pesquisadores,
políticos, etc. As realizações atingem hoje o conjunto da sociedade.
As perspectivas são imensas, portal motivo, faz-se necessário o
envolvimento ativo da escola na incorporação crescente dessa dimensão – idioma
espanhol – de integração, cujo desfecho será o ressurgimento da identidade latino-
americana e a própria elaboração da consciência da própria identidade (sujeito
histórico e socialmente constituído).
O conteúdo estruturante de Língua Espanhola é o discurso e que
podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturante
de conhecimentos constituídos e acumulados historicamente
207
CURSO BÁSICO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS – 1º. ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
GÊNEROS DISCURSIVOS
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO -METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO:
COTIDIANA
Exposição Oral Álbum de Família Fotos Cartão pessoal Carta Pessoal Cartão Felicitações Cartão Postal Bilhetes Convites Musicas/Cantigas (Folclore) Quadrinhas Provérbios Receitas Relatos de experiências vividas Trava-línguas LITERÁRIA/ARTÍSTICA Autobiografia Biografias Histórias em quadrinho Lendas Letras de Músicas Narrativas
LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade • Temporalidade • Referência textual • Elementos composicionais do
gênero; • Léxico: repetição, conotação,
denotação, polissemia; • Marcas lingüísticas: coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Partículas conectivas básicas do texto
LEITURA • Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros atrelados à esfera social de circulação;
• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
• Utilização de estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;
• Formulação de questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhamento de discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Utilização de recursos de multimídia e suporte tecnológico para o trabalho de contextualização: CDs, DVDs, CD ROM, TV multimídia, internet;
• Relacionamento do tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual;
• Socialização das idéias dos alunos sobre o texto.
• Estimulação de leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;
LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Identifique o tema; • Identifique a idéia principal do texto; • Localize informações explícitas e
implícitas no texto; • Deduza os sentidos das palavras e/ou
expressões a partir do contexto; • Perceba o ambiente e o argumento no
qual circula o gênero; • Compreenda as diferenças decorridas
do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• Analise as intenções do autor; • Identifique e reflita sobre as vozes
sociais presentes no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Faça o reconhecimento de palavras
e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
• Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico;
208
Poemas ESCOLAR Exposição Oral Cartazes Diálogo/Discussão Mapas Resumo IMPRENSA Artigo de Opinião Caricatura Cartum Charge Classificados Entrevista (oral e escrita) Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Notícia Reportagens Sinopses de Filmes Tiras PUBLICITÁRIA Anúncios Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan Músicas Outdoor Paródia
ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência Textual; • Partículas conectivas básicas
do texto; • Vozes do discurso: direto e
indireto; • Elementos composicionais do
gênero; • Léxico: emprego de repetições,
conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;
• Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal.
ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da
delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;
• Estimulação da ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhamento da produção do texto; • Encaminhamento e acompanhamento da
reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõe o gênero;
• Análise da produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
• Condução a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
• Oportunização do uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
• Condução a utilização adequada das partículas conectivas básicas;
• Estimulação da ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Estimulação de produções nos diferentes gêneros trabalhados;
• Condução à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse as idéias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo
com o encaminhamento do professor, atendendo:
• às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
• à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da
linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e
coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos
lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto;
• Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
209
Placas Publicidade Comercial PRODUÇÃO E CONSUMO Bulas Regras de jogo Placas Rótulos/embalagens MIDIÁTICA Chat Desenho Animado E-mail Entrevista Filmes Telejornal Telenovelas Torpedos Vídeo Clip
ORALIDADE • Tema do texto/conteúdo
temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralingüísticos:
entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao
gênero; • Turnos de fala; • Variações lingüísticas; • Marcas lingüísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições, etc.)
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
ORALIDADE • Organização de apresentações de textos
produzidos pelos alunos; • Orientação sobre o contexto social de uso do
gênero oral trabalhado; • Proposição de reflexões sobre os argumentos
utilizados nas exposições orais dos alunos; • Preparação de apresentações que explorem
as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, etc.;
• Estimulação para a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a
situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas idéias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna.;
• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;
• Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Explore a oralidade, em adequação ao
gênero proposto; • Exponha seus argumentos; • Compreenda os argumentos no
discurso do outro; • Participe ativamente dos diálogos,
relatos, discussões, quando necessário em língua materna
• Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.
210
CURSO BÁSICO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS – 2º. ANO CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
GÊNEROS DISCURSIVOS CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO -METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO:
COTIDIANA
Exposição Oral Cartão Pessoal Cartas (Pessoal) Cartões (sociais) Convites Advinhas; Anedotas Diário Canções (culturais) Curriculum Vitae LITERÁRIA/ARTÍSTICA Biografias Contos Fadas/ Contemporâneos Histórias em quadrinho Lendas; Letras de Músicas; Narrativas (Aventura, Ficção, etc.) Paródias; Poemas, Romances Textos dramáticos ESCOLAR Diálogo/Discussão Argumentativa Resenha
LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade; • Situcionalidade; • Intertextualidade • Referência textual • Elementos composicionais do
gênero; • Temporalidade: (tempos
verbais complexos) • Marcas lingüísticas: coesão,
coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
• Partículas conectivas do texto • Discurso direto e indireto • Léxico/semântica: repetição,
conotação, denotação, ambigüidade, polissemia;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor;
LEITURA • Práticas de leitura de textos de diferentes
gêneros atrelados à esfera social de circulação;
• Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
• Utilização de estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;
• Formulação de questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhamento de discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Utilização de recursos de multimídia e suporte tecnológico para o trabalho de contextualização: CDs, DVDs, CD ROM, TV multimídia, internet;
• Relacionamento do tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual;
• Socialização das idéias dos alunos sobre o texto.
• Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Condução de leituras para a compreensão das
LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Identifique o tema; • Identifique a idéia principal do texto; • Localize informações explícitas e
implícitas no texto; • Deduza os sentidos das palavras e/ou
expressões a partir do contexto; • Perceba o ambiente e o argumento no
qual circula o gênero; • Reconheça palavras e/ou expressões
que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas
do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• Análise das intenções do autor; • Identifique e reflita sobre as vozes
sociais presentes no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Faça o reconhecimento de palavras
e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
• Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse as idéias com clareza;
211
Exposição Oral Mapas Resumo; Relatos; Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias IMPRENSA Artigo de Opinião Caricatura; Cartazes Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum; Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita) Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Notícia Reportagens Sinopses de Filmes Tiras PUBLICITÁRIA Anúncios; Caricatura Comercial para TV E-mail; Folder Fotos; Slogan Músicas Outdoor
• Finalidade do texto; • Informatividade; • Situacionalidade; • Intertextualidade; • Temporalidade; • Referência Textual; • Partículas conectivas do texto; • Vozes do discurso: direto e
indireto; • Elementos composicionais do
gênero; • Léxico: emprego de repetições,
conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;
• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Aceitabilidade do texto; • Informatividade;
partículas conectivas; • Oportunização para o entendimento/reflexão
das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que detonam ironia e humor;
• Estimulação de leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros;
ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da
delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade, informatividade, intenções, intertextualidade, situacionalidade, temporalidade e ideologia;
• Estimulação da ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhamento da produção do texto; • Encaminhamento e acompanhamento da
reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõe o gênero;
• Análise da produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;
• Condução à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
• Oportunização para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
• Condução da utilização adequada das partículas conectivas;
• Oportunização para o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, expressões (idiomáticas, ironia e humor, etc.);
• Estimulação às produções escritas nos
• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo:
• às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
• à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da
linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e
coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos
lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;
• Use apropriadamente os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
• Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
ORALIDADE
Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a
situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas idéias com clareza, coerência, mesmo que na língua
212
Paródia Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político PRODUÇÃO E CONSUMO Bulas, Regras de jogo Placas, Rótulos/ embalagens MIDIÁTICA Blog ,Chat, Desenho Animado E-mail, Entrevista, Filmes; Fotoblog Home Page Reality Show;Talk Show Telejornal; Telenovelas Torpedos Vídeo Clip;Vídeo Conferência
• Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralingüísticos:
entonação, pausas, gestos...; • Adequação do discurso ao
gênero; • Turnos de fala; • Variações lingüísticas; • Marcas lingüísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições, etc.)
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
diferentes gêneros trabalhados; ORALIDADE • Organização de apresentações de textos
produzidos pelos alunos levando em consideração a: informatividade, situacionalidade finalidade do texto, etc.;
• Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;
• Proposição de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
• Preparação de apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, telenovelas, telejornais, etc.;
• Estimulação à produção e reprodução oral (contação de histórias) de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;
• Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
materna.; • Utilize adequadamente entonação,
pausas, gestos, etc; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Explore a oralidade, em adequação ao
gênero proposto; • Exponha seus argumentos; • Compreenda os argumentos no
discurso do outro; • Analise os argumentos apresentados
pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.
213
C- Metodologia
O aprendizado de uma língua tem como objetivo a competência comunicativa.
A aquisição desta competência relaciona-se ao desenvolvimento integrado de
habilidades de produção de linguagem em cada aprendiz, a compreensão auditiva, a
compreensão de leitura e expressão oral e escrita.
• Compreensão auditiva: por meio de uma grande variedade de textos auditivos, os
alunos entrarão em contato com significativas amostras orais da língua
espanhola e lhes será solicitado a compreensão e entendimento. A extensão e
complexidade dos textos aumentarão de acordo com o nível de aproveitamento.
• Compreensão de leitura: serão trabalhados através de textos narrativos,
descritivos, poéticos, jornalísticos, contos, fábulas, publicitários, gráficos,
quadros, mapas, tirinhas, etc., de modo que o aluno receba variedade e
qualidade suficiente. Assim como nos textos orais, os textos escritos também
aumentarão em extensão, complexidade e profundidade de acordo com o nível
de aproveitamento. Os temas escolhidos fazem parte da realidade do aluno (a
escola, a família, os amigos, etc.) para que este se identifique e a aprendizagem
seja realmente significativa.
• Expressão oral: desde a primeira aula o aluno será incentivado a falar e
desenvolver gradualmente sua expressão oral. A partir da apresentação de
estruturas específicas, serão propostos com certa freqüência os trabalhos de
interação oral entre os alunos, seja dupla ou em pequenos grupos – sempre
partindo de situações do cotidiano.
• Expressão escrita: serão propostas várias atividades nas quais os alunos terão
oportunidade de reunir, em textos escritos, todo o conteúdo (lexical, gramatical,
comunicativo, cultural) visto até um presente momento e que tenham para ele
significado.
Todas as atividades acima propostas serão apresentadas em grande
variedade, fazendo com que o aluno se motive a realizá-las e não tenha a sensação
de a todo o momento já saber o que tem de ser feito. Isto favorece a curiosidade e a
imaginação dos alunos, estimulando sua criatividade e sensibilidade.
214
Além disto, através de textos escolhidos, serão trabalhados os vários temas
transversais que a disciplina de língua Espanhola nos possibilita: saúde, meio
ambiente, pluralidade cultural, trabalho, consumo, entre outros.
D- Avaliação
A avaliação dá-se durante todo o processo ensino-aprendizagem, por isso, é
diagnóstica, contínua, permanente e cumulativa, em função dos objetivos propostos
e tem por finalidade a verificação do processo de construção do conhecimento, do
aproveitamento e do crescimento do educando, atendendo á orientação curricular.
A avaliação far-se-á pela observação constante do desempenho do educando
em trabalhos individuais e de equipe, atividades em classe, extra-classe e
domiciliares, pesquisas, testes, projetos e demais modalidades, que se mostrarem
aconselháveis e de aplicação possível.
O educando deverá demonstrar que se apropriou significamente do
conhecimento necessário para avançar no processo de aprendizagem,
bimestralmente e ao término do período.
Os estudos de recuperação oferecidos têm por objetivo o acompanhamento
contínuo do educando ao longo do ano letivo, dentro do período de aula,
proporcionando-lhe condições de atingir os objetivos propostos.
E- Referências
Alves, A.N.M, Mello, A. Vale, avanzamos: 1/2/3/4/Adda – Nari M. Alves, Angélica Melo 2ª ed.,São Paulo, moderna. 2002. Ballestro, M.E., Balbás, A.M.S., Dicionário Espanhol – Português/ Português – Espanhol , São Paulo, FTD. Hermoso, A. G. Conjugar es fácil: en español de España y de Améric a, Madrid< Edelsa, 2ª ed, 4 imp., 2000, pg 293. Canale, M. De la competencia comunicativa a la pedagogia comun icativa a la pedagogia comunicativa del linguaje. In. Competênci a Comunicativa – documentos básicas para la ensenánza de linguas est rangeira s. Madrid, Edilsa, 2000.
215
Santa-Cecília, A.G.La ensinãnza del español en el siglo XX I, In: Giovannini,A. Martín Peris,E. Rodriguez, M. Simon, F. Professor en accón, Madrid, edelson, 1999.
216
EDUCAÇÃO ESPECIAL: CARACTERÍSTICAS
A Educação Especial é uma área relativamente nova e passou a integrar a
organização das Secretarias de Estado da Educação como parte da estrutura e
funcionamento dos sistemas de ensino. A organização da educação especial
sempre esteve voltada a um critério básico: a definição de um grupo de sujeitos que
por inúmeras razões, não correspondem às expectativas de normalidade ditadas
pelos padrões sociais vigentes. Assim, ao longo do tempo ela constituiu-se como
área de educação destinada a apresentar respostas educativas a alguns alunos, ou
seja, àqueles que, supostamente, não apresentariam possibilidades de
aprendizagem no coletivo das classes comuns, que foram entre outras
denominações estigmatizantes, rotuladas como excepcionais, retardados,
deficientes.
Essa concepção que motivou a sua natureza de atendimento este, portanto,
vinculada a um movimento social de sistematização de práticas de disciplinamento
relacionadas à "caracterização" dos indivíduos (loucos, marginais, doentes mentais,
deficientes), a fim de enquadrá-los em categorias que facilitariam seu tratamento.
Essa situação remete à questão histórica dos diagnósticos e prognósticos que,
muitas vezes, perpetuam-se como práticas de exclusão social.
Assim, constata-se que a atenção educacional aos alunos, atualmente
denominados com necessidades especiais, esteve motivada por concepções de
atendimento que refletem diferentes paradigmas nas relações da sociedade com
esse segmento populacional. O extermínio, a separação, o disciplinamento, a
medicalização são diferentes práticas para se relacionar com as pessoas que fogem
ao padrão de normalidade, produzidas no interior de cada grupo social para
responder às suas exigências de existência.
As atuais políticas inclusivas que norteiam as agendas educacionais conferem
à Educação Especial um sentido distinto daquele que motivou suas ações iniciais,
apartadas do contexto geral da educação, quase sempre, não sintonizados com os
interesses, objetivos e discussões com os quais se ocupavam os demais níveis e
modalidades de ensino a cerca do conhecimento escolar e sua organização
curricular, em particular; a Educação Especial é conceituada e praticada, na
atualidade como uma modalidade educacional, cuja finalidade é oferecer recursos e
217
serviços educacionais especializados aos alunos que apresentam necessidades
educacionais, em todo o fluxo educacional.
Com a implementação da atual Lei de Diretrizes e Bases e a clara intenção do
princípio inclusivo que a fundamenta, a adoção e implementação de currículos
abertos e flexíveis, que atendam à diversidade do alunado presente na escola,
passaram a ser objeto de discussão nas diretrizes curriculares e nos cursos de
formação continuada dos sistemas de ensino.
Então, a fim de organizar os sistemas, nas Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial, consideram-se alunos com necessidades educacionais
especiais os que, no processo educacional, apresentarem dificuldades acentuadas
de aprendizagem ou limitações para acompanhar as atividades curriculares (não
vinculadas a uma causa específica, ou relacionadas a condições, disfunções,
limitações ou deficiências); condições de comunicação e sinalização diferenciadas
dos demais alunos, demandando uso de linguagens e códigos aplicáveis e altas
habilidades ou superdotação.
Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve
oportunizar aos alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem
diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades,
principalmente, em condições semelhantes aos demais.
Seguindo uma tendência internacional, todas as ações pedagógicas que
tenham a intenção de flexibilizar o currículo para oferecer respostas educativas às
necessidades especiais dos alunos, no contexto escolar, são denominadas
adaptações curriculares.
O atendimento deste contínuo de dificuldades requer respostas educacionais
adequadas, envolvendo a flexibilização curricular que pode configurar poucas ou
variadas modificações no fazer pedagógico, visando remover as barreiras que
impedem a aprendizagem e a participação dos alunos que apresentam dificuldades
em seu processo de escolarização.
Ao contrário do que imagina a maioria dos educadores, as ações de
flexibilização e adequação curriculares, não são desenvolvidas apenas pelos
professores, em sala de aula, mas podem ser realizadas em diferentes níveis de
atuação, bem como: nos Sistemas de Ensino, no Projeto Político-Pedagógico da
escola, no planejamento do professor.
218
SALA DE RECURSOS
Sala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que
apoia e complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries.
Os alunos são matriculados regularmente no Ensino Fundamental de 5ª a 8ª
séries, egressos da Educação Especial, Classes Especiais e/ou Salas de Recursos
das séries iniciais do Ensino Fundamental ou aqueles que apresentam problemas de
aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou
deficiência intelectual e Transtornos Funcionais Específicos com Avaliação no
Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional, que necessitam de apoio
especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na
Classe Comum.
O aluno para ingressar na Sala de Recursos deve estar matriculado e
frequentando o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries.
A avaliação pedagógica de ingresso na Sala de Recursos deverá ser
realizada no contexto do Ensino Regular, pelo professor da Classe Comum,
professor especializado e equipe técnico-pedagógica da Escola, com
assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa) e equipe NRE e/ou
Secretarias Municipais de Saúde, quando necessário.
O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos
com indicativos de Deficiência Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos
relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos,
cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do
desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e
conceituais, acrescida do parecer psicológico.
No entanto, o processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação
de alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (Distúrbios de
Aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar
aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação,
produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescida de
parecer psicológico e complementada com parecer fonoaudiológico e/ou de
especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem necessários,
219
enquanto: o processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de
alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de
atenção e hiperatividade), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à
aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de
numeração, medidas, entre outras, acrescido de parecer psiquiátrico e/ou
neurológico e complementada com parecer psicológico.
Toda essa avaliação pedagógica no contexto escolar deverá estar registrada
em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenções e encaminhamentos
devidamente datados e assinados por todos os profissionais que participaram do
processo.
Quando o aluno da Sala de Recursos frequentar a classe comum em outro
estabelecimento, deverá apresentar declaração de matrícula e relatório de avaliação
realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional, conforme descrito acima.
O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, deve constituir
um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos
cognitivo, motor, sócio- afetivo emocional, necessários para apropriação e produção
de conhecimentos.
O professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico
individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a
atender as intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação de ingresso e/ou
relatório semestral, o mesmo, deve ser organizado e, sempre que necessário
reorganizado, de acordo com:
a) os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;
b) as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional);
c) os conteúdos pedagógicos defasados das séries iniciais, principalmente
Língua Portuguesa e Matemática.
O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com
reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum.
O horário de atendimento na Sala de Recursos deverá ser em período
contrário ao que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum, o qual
deverá ser trabalhado de forma individualizada ou em grupos e o tempo de trabalho
coletivo não deverá exceder o tempo do trabalho individual, no entanto, os grupos
deverão ser organizados por faixa etária e/ou conforme as necessidades
pedagógicas.
220
Na Sala de Recursos, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com
atendimento por cronograma.
O cronograma de atendimento deverá ser flexível e organizado quanto ao
número de atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por
semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diária; devendo ser reorganizado,
sempre que necessário de acordo com o desenvolvimento e necessidades dos
alunos, com anuência da equipe pedagógica da escola.
Na pasta individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe
comum, deverá conter os Relatórios de Avaliação no Contexto Escolar e Ficha
“Síntese: Avaliação Pedagógica no Contexto Escolar e Complementar” e Relatório
de Acompanhamento Semestral em formulário próprio, cabendo à escola, que
mantém a Sala de Recursos, a responsabilidade de manter a documentação do
aluno atualizada, porém, no Histórico Escolar não deverá constar que o aluno
frequentou Sala de Recursos.
O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as
dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na Classe Comum, sendo
que, quando o aluno não necessitar do Serviço de Apoio Especializado - Sala de
Recursos, o desligamento deverá ser formalizado por meio de relatório pedagógico.
REFERÊNCIAS
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8 – Parecer do NRE
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Paranavaí, ______/_______________/ 2012.