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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI. E. F. M. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Paranavaí – Paraná

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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI. E. F. M.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Paranavaí – Paraná

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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI. E. F. M.

Projeto Político Pedagógico encaminhado ao

Núcleo Regional de Educação do Município de Paranavaí

e a Secretaria de Estado da Educação onde se apresenta

as metas pedagógicas, políticas e administrativas da

instituição.

Paranavaí – Paraná

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SUMÁRIO

I - APRESENTAÇÃO.................................................................................................................... 4

II – INTRODUÇÃO................................................................................................................... ...

2.1 IDENTIFICAÇÃO............................................................................................................ .......

2.2 CARACTERIZAÇÃO GERAL................................................................................................

2.2-1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO.......................................................,....................

2.2-2 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO...............................................................................

2.2-3 OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES.........................................................................

2.2-4 RECURSOS HUMANOS......................................................................................................

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III – OBJETIVOS GERAIS...........................................................................................................

O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS.........................................................................

Conselho Escolar.......................................................................................................................

APMF......................................................................................................................... .................

Grêmio Estudantil................................................................................................................... .....

Conselho de Classe........................................................................................................... ..........

IV – MARCO SITUACIONAL......................................................................................................

Espaços Pedagógicos..................................................................................................... ..........

Critérios de Organização de Turmas........................................................................................

Formação Continuada dos Profissionais da Educação..............................................................

Hora Atividade.................................................................................................................... .......

Articulação anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental de 9 anos................................

Avaliação.....................................................................................................................................

Adaptação, Classificação e Reclassificação................................................................................

Inclusão..................................................................................................................... ....................

Desafios Educacionais Contemporâneos.......................................................................... ...........

V – MARCO CONCEITUAL.........................................................................................................

- Concepção de Homem.................................................................................................. ................

- Concepção de Infância e Adolescência ........................................................................................ .

- Concepção de Mundo ......................................................................................... .........................

- Concepção de Sociedade....................................................................................................... .......

- Concepção de Educação........................................................................ .......................................

- Concepção de Escola.......................................................................................................... ..........

- Concepção de Cultura .................................................................................................................

- Concepção de Conhecimento.................................................................................................... ...

- Concepção de Ensino .................................................................................................................

- Concepção de Aprendizagem ................................................................................................... ..

- Concepção de Avaliação..............................................................................................................

- Concepção de Currículo....................................................................................................... ........

- Concepção de Estágio não Obrigatório........................................................................................

- Concepção de Trabalho ....................................................................................................... ........

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- Concepção de Cidadania ..............................................................................................................

- Concepção de Tecnologia ..................................................................................................... .......

- Concepção de Letramento ............................................................................................................

- Concepção de Alfabetização .................................................................................................. ......

- Concepção de Inclusão ....................................................................................................... ..........

- Concepção de Educação de Campo ....................................................................................... ........

- Concepção de Formação Humana Integral ....................................................................................

- Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico.................................................................................. ....

- Concepção dos Direitos Humanos .............................................................................................. ...

- Concepção Sobre o Meio Ambiente ...................................................................................... ........

- Concepção de Formação Continuada ............................................................................................

- Concepção de Cuidar e Educar ........................................................................................ ..............

- Concepção de Violência e Drogas no Ambiente Escolar ...............................................................

- Concepção de Diversidade................................................................................................. ................

- Concepção de Educação de Jovens e Adultos....................................................................................

Centro de Línguas Estrangeira Moderna - CELEM.............................................................................

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR..................................................................................................

GESTÃO DEMOCRÁTICA....................................................................................................... .....

PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA..............................................................................

VI – MARCO OPERACIONAL – Grandes Linhas de Ação...........................................................

FUNÇÃO ESPECÍFICA DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR.....................

Direção...................................................................................................................... ....................

Equipe Pedagógica.........................................................................................................................

Professores.................................................................................................................. ..................

Equipe Administrativa (Secretária, Assistente de Execução, Bibliotecária, Serviços Gerais)..........

Calendário Escolar .......................................................................................................... ...................

Ações Didático Pedagógicas ................................................................................................................

Equipe Multidisciplinar...................................................................................................... ..........

Programa Brigada Escolar............................................................................................................

Programa de Combate ao Abandono Escolar ..............................................................................

Programa de Ampliação de Jornada Escolar ................................................................................

Atividade Artes Visuais ..................................................................................................... ...........

Atividade Teatro ............................................................................................................ ................

Programa de Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo ..................................................... ..

Atividade Futsal ............................................................................................................ ....................

Atividade Tênis de Mesa ................................................................................... ............................

Programa Ensino Médio Inovador ProEMI....................................................................................

Ações de Flexibilização Curricular....................................................................... ................................

Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico.........................................................................

Relação das Atividades desenvolvidas na Escola ...........................................................................

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Referências...........................................................................................................................................

Anexos..................................................................................................................................................

Anexo 1 Brigada Escolar............................................................................. ..........................................

Anexo 2 Plano de ação da Escola................................................................................ .........................

Anexo 3 Plano de ação da Equipe Multidisciplinar ............................................................................

Anexo 4 Plactec – Plano de Ação Coletiva para o uso de Tecnologias .............................................

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1 APRESENTAÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico é elaborado com o objetivo de planejar a

organização da escola em busca da melhoria da qualidade de ensino.

Segundo Veiga (1995) o projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação

intencional com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente,

de acordo com os interesses reais da comunidade. Exige dos educadores,

funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que almeja, a partir da

sociedade e do cidadão que pretendem formar.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 diz que entre as

incumbências de todas as escolas, está a de elaborar e executar sua proposta

pedagógica. Diante desta realidade a escola elaborou juntamente com os

segmentos e instâncias colegiadas o projeto visando constantemente a busca do

ideal da escola a partir do real.

A principal possibilidade de construção, avaliação e implementação do projeto

político-pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de

delinear sua própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público,

lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão coletiva.

Para tanto, há esforços no sentido derepensar a atuação a partir de uma

reflexão conjuntasobre a qualidade do trabalho realizado na escola, discutindo sobre

a nossa formação, sobre a participação e envolvimento da comunidade no alcance

dos objetivos educacionais e principalmente sobre a função social da escola.

Acreditamos no desenvolvimento de uma consciência crítica, democrática

adequada para enfrentar os desafios da vida aberta, para uma sociedade em

constante mudança, onde a escola terá aguçado seus sentidos para captar e intervir

nessas mudanças.

Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. (Gadotti, 1994, p. 579).

Nessa perspectiva, o projeto político-pedagógico é construído e vivenciado

por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.

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2 INTRODUÇÃO

2.1 Identificação

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI - ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

CODIGO DO COLÉGIO: 0943

ENDEREÇO: RUA EGÍDIO DANELUTE Nº 100

FONE (FAX): 044- 34242099

E-MAIL: [email protected]

SITE: http://www.pvaadeliarossi.seed.pr.gov.br

DISTRITO DE SUMARÉ CEP: 87720-017

PARANAVAÍ - PARANÁ

MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

2.2 Caracterização Geral

2.2.1 Histórico do Estabelecimento

Fundado em 1.953, por iniciativa do povo do Distrito de Sumaré com o

nome de "Casa Escolar Rui Barbosa", contando apenas com uma sala de aula e

tendo como professora Adélia Rossi Arnaldi.

Em 1.955, sob a jurisdição da Inspetoria Auxiliar de Alto Paraná, formou-

se mais duas salas de aula para atender a grande demanda em idade escolar, e

com isso em 1.962, passou a chamar-se Grupo Escolar Castro Alves, sob Decreto

nº. 7457/62, passando de Municipal a Estadual.

Em 1.965 foi instalado no mesmo prédio, o Ginásio Estadual de Sumaré,

passando a ter duas escolas distintas: Grupo Escolar Castro Alves e Ginásio

Estadual de Sumaré.

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Em 30/12/66 através do Decreto n º 4546/66 finalmente o Ginásio de

Sumaré foi estadualizado.

A 26 de setembro de 1.970, em virtude do falecimento da Professora

pioneira Adélia Rossi Arnaldi, o Grupo Escolar Castro Alves, recebeu o nome de

Grupo Escolar Professora Adélia Rossi Arnaldi, aprovado pelo Decreto nº 22.083 de

30/12/70.

Em 13 de setembro de 1.977, ficou autorizado o funcionamento nos

termos da legislação vigente conforme Decreto nº. 3.892/77 a Escola Adélia Rossi

Arnaldi Ensino de 1º Grau, resultando da reorganização do Ginásio Estadual de

Sumaré e Grupo Escolar Professora Adélia Rossi Arnaldi, os quais passaram a

constituir-se em um único Estabelecimento de Ensino.

Em 1.983 o Estabelecimento passou a chamar-se Escola Estadual Adélia

Rossi Arnaldi - Ensino de 1º Grau pela Resolução nº 1.648/83 de 28/06/83.

Através do Decreto nº 275 de 29 de janeiro de 1998, os alunos da

Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série passaram a ser atendidos

pelo município, criando-se a Escola Municipal de Sumaré - E I E F compartilhando o

mesmo prédio da Escola Estadual Adélia Rossi Arnaldi - E F.

Em janeiro de 2004 a Escola Municipal de Sumaré – E.I.E.F. transfere-se

para prédio próprio nesse distrito, passando a denominar-se Escola Municipal

Doutor José Vaz de Carvalho – E.I.E.F.

Conforme resolução nº 4.239/03 de 17 de dezembro de 2003, o curso de

Ensino Médio é autorizado a funcionar neste Estabelecimento de Ensino, passando

a denominar-se Colégio Estadual Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M.

Em 2010 através da Resolução Nº 5590/2008 da Secretaria de Estado da

Educação, o Ensino Médio Regular passa a ser organizado em Blocos de Disciplinas

Semestrais, com implantação simultânea, conforme opção dos profissionais deste

estabelecimento.

A partir de 2012 ocorre a implantação simultânea do Ensino Fundamental

– anos finais (6º ao 9º ano) no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, mantido pelo

Governo do Estado e neste ano também, há no colégio as readequações

necessárias para o início desta implantação.

Com o parecer 199/12 –SEES/DEDI, o colégio passa a denominar-se

Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – Ensino Fundamental e Médio,

conforme resolução 830publicada em 14 de março de 2013.

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Em 2015 o colégio passou a cessar gradativamente o Ensino Médio organizado

por Blocos de Disciplinas Semestrais implantado em 2010.

2.2.2 Organização do espaço físico

A escola está edificada em alvenaria, sendo que apenas duas salas de aula

são de madeira, possui dez salas de aulas, um salão para reuniões adaptado a

refeitório com 150m2, um banheiro feminino coletivo, um banheiro masculino coletivo

para uso dos alunos e um banheiro de uso geral dos professores e funcionários.

Uma sala para secretaria, uma sala para biblioteca, uma sala para os professores,

uma sala para equipe pedagógica, uma sala para direção/direção-auxilar, uma sala

para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, dois almoxarifados, um

depósito construído com recursos da APMF, uma cozinha com depósito para

merenda, um pátio coberto, um pátio livre e um estacionamento.

Há uma casa de zelador com uma horta que atende o Programa do ACCC

Atividade Complementar Curricular em Contraturno e uma área livre onde se planeja

a construção de uma quadra esportiva.

A Escola dispõe de diversos recursos pedagógicos como: Kit biblioteca,

Acervos de Temas Paranaenses, Coletânea de Ciências Humanas, Materiais

Cartográficos. Na área da linguagem há fantoches para criação de pequenos teatros

e para dramatização de textos em geral, há livros de fábulas e um grande acervo

bibliográfico literário e didático de todas as áreas das disciplinas. Há também jogos

educativos sendo eles: Perfil, Imagem e Ação, Lince, Batalha Naval, Tangram,

Dominó das Quatro Operações, Conjunto Dourado, Conjunto de Réguas Numéricas,

Conjunto de Sólidos Geométrico, e tantos outros; os quais são utilizados quando

necessário para o desenvolvimento das aulas no ensino regular, nas salas de apoio,

na sala de recursos e nos programas que a escola oferece, objetivando o

desenvolvimento cognitivo matemático e linguístico dos discentes.

O Colégio oferece também equipamentos tecnológicos como: laboratório de

informática com trinta e seis computadores com CPUs e com instalação de internet

ADSL, impressoras, televisores multimídia em todas as salas de aula, vídeo cassete,

data show, retroprojetor, projetor multimídia, televisor com aparelho receptor, antena

parabólica etc. e câmeras de circuito fechado para melhor segurança de todos

envolvidos no âmbito escolar.

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2.2.3 Oferta de cursos e modalidades

O Colégio oferta o Ensino Fundamental regular nos períodos matutino e

vespertino, o Ensino Médio Regular, primeiro e segundo ano no período matutino,

segundo ano no período noturno e terceiro ano do Ensino Médio Organizado por

Blocos de Disciplinas Semestrais regular, um no período matutino e um no noturno.

ANO 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE

2015 X X

2016 X

2017

Cessação gradativa à partir de 2015 – E.M.B.D.S.

O período matutino tem início às 07h30min com término às 11h50min, o

período vespertino inicia-se às 13h20min com término às 17h40min e o período

noturno inicia-se às 19h com término às 23h10min, período de quatro horas

conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

No noturno com intervalo de 10 minutos a aula encerra-se às 23h10min.

Quanto à distribuição de séries, o Colégio possui no período matutino cinco

turmas de Ensino Fundamental: um 6º ano, um 7º ano, um 8º ano, dois 9º anos e

cinco turmas de Ensino Médio: dois 1º anos, dois 2º anos, um 3º ano. No período

vespertino seis turmas de Ensino Fundamental: um 6º ano, dois 7º anos, dois 8º

anos e um 9º ano. No período noturno possui duas turmas de Ensino Médio 2º e 3º

ano.

Ofertamos também uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática no período matutino que atende os

alunos matriculados no 6º e 7º ano do período vespertino.

Duas SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I,na Educação

Básica – anos finais e ensino médiona área de Deficiência Intelectual e Transtornos

Funcionais Específicos, uma no período matutino que atende os alunos do período

vespertino e outra no período vespertino que atende os alunos do período matutino.

Há a oferta do CELEM – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Moderna,

com a disciplina de Espanhol dando a oportunidade para os alunos do Ensino

Fundamental, Ensino Médio e comunidade de conhecerem mais uma língua

estrangeira, uma vez que a matriz curricular oferta a Língua Inglesa. Funciona no

período vespertino,na segunda-feira e na quarta-feira, um segundo ano das

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13h20min às 15h00min e no período noturno na segunda-feira e na quarta-feira o

primeiro ano, das 19h00min às 2050h00min.

Em 2017 o Colégio passará a ofertar a Educação de Jovens e Adultos – EJA -

Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio presencial.

O Colégio oferta o Programa de Atividade de Ampliação de Jornada Periódica.

O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo Escolar, que

oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. É organizada a

partir do Macrocampo: Cultura e Arte; oferta-se: Artes Visuais com 4 (quatro) aulas

semanais, duas aulas na 2ª feira das 16h05min às 17h40min e na 6ª feira das

13h20min às 15h e Teatro com 4 (quatro) aulas semanais, duas aulas na 3ª feira das

13h20min às 15h e na 6ª feira das 13h20min às 15h.

Oferta também Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – AETE, com

o objetivo de desenvolver e identificar talentos esportivos no contexto escolar, formar

e organizar equipes esportivas e participar dos Jogos Escolares do Paraná e outros

eventos similares, promovidos pela SEED e/ou comunidade. Oferta-se Futsal com 4

(quatro) aulas semanais, duas na 2ª feira e duas na 4ª feira das 17h40min às

19h00min; Tênis de Mesa com 4 (quatro) aulas semanais, duas aulas na 2ª feira e

duas na 3ª feira das 16h55min às 17h40min.

Com a participação da Instituição de Ensino Superior - UNESPAR –

Universidade Estadual de Paranavaí oferta-se o Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação à Docência – PIBID com o título: Integração entre Educação Superior e

Educação Básica para a Melhoria na Qualidade do Ensino-Aprendizagem que tem

como objetivo geral o incentivo aos acadêmicos que estão se preparando para a

profissão docente, de terem uma participação no processo ensino-aprendizagem

nas escolas públicas, com isso os nossos alunos têm a oportunidade de participar

no contraturno de duas aulas semanais nas licenciaturas de Ciências (Física e

Química) e Geografia.

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2.2.4 Recursos Humanos

01 Direção

Formação: Pós-Graduação e PDE

03 Pedagogos

Formação: 01 Pós-Graduação e PDE

02 Pós-Graduação

Discentes

Nº Docentes

QPM

Nº Docentes

PSS

Agentes

Educacionais I

Agentes

Educacionais II

E.F.= 277

E.M.=164

40

45

09

03

Nível de Formação

Função Ens. Fund.

Ens. Médio

Ens. Superior

Pós-Graduação

Mestrado Doutorado

Docentes

_____

______

07

73

05

0

Agentes Educacionais I

02

07

0

0

0

0

Agentes Educacionais II

0

0

01

02

0

0

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3 OBJETIVOS GERAIS

Cumprir a legislação vigente que determina a todas as instituições escolares

elaborar seu Projeto Político Pedagógico.

Favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,

integrando os diversos órgãos colegiados (APMF, Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil, entre outros), buscando caminhos para resoluções de problemas.

Definir o tipo de escola que se almeja, bem como o tipo de sociedade,de cultura,

de mundo, de homem e o tipo de cidadão que se pretende formar.

Organizar a escola a fim de que possa ser um espaço de formação do cidadão

participativo para um determinado tipo de sociedade.

Resgatar a intencionalidade da ação educativa no processo de transmissão do

conhecimento historicamente produzido, superando o caráter fragmentado das

práticas educativas, garantindo a aprendizagem de todos os alunos.

Fortalecer o grupo para enfrentar os conflitos e contradições.

Construira participação de todos numa gestão democrática.

Contribuir para a construção de uma sociedade justa, democrática, fraterna e

sustentável.

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O papel das Instâncias Colegiadas

Conselho Escolar: tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de

colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e

os setores da escola constituindo-se um órgão auxiliar da direção do

estabelecimento de ensino. Composto por representantes da comunidade escolar e

local, que têm como atribuição deliberar sobre questões políticas, pedagógicas,

administrativas, financeiras, no âmbito da escola.

CONSELHO ESCOLAR: TITULARES - Mandatos: 2016 a 2018

REPRESENTANTES DA CATEGORIA PROFISSIONAIS DA ESCOLA

Nomes Função

Soraia Souza dos Santos

Bocetto

Equipe Pedagógica

Anadir da Soledade Rocha Professor Ensino Fundamental

Renata Zanco Belmonte Professor Ensino Médio

Maria Semprebom Técnico Administrativo

Lucia Decleva da Silva Agente de Apoio

REPRESENTANTES DA CATEGORIA COMUNIDADE ESCOLAR

Nomes Função

Vânia Camilo Bonfim Gomes Pais – Ensino Fundamental

Rosângela Fernandes Rios Pais – Ensino Médio

Érica Moreno Spósito Alunos – Ensino Fundamental

Lucas Henrique da Silva Alunos – Ensino Médio

REPRESENTANTES DOS MOVIMENTOS SOCIAIS ORGANIZADOS DA

COMUNIDADE

Nomes Função

Antonio Gutierrez Figueira APMF

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CONSELHO ESCOLAR: SUPLENTES - Mandatos: 2016 a 2018

REPRESENTANTES DA CATEGORIA PROFISSIONAIS DA ESCOLA

Nomes Função

Vanessa Tezin Equipe Pedagógica

Marisa de Fátima Sandri Professor Ensino Fundamental

Silmara Jane Zanin Ruotolo Professor Ensino Médio

Reginaldo Turini Técnico Administrativo

Vilma Aparecida Ravazi Agente de Apoio

REPRESENTANTES DA CATEGORIA COMUNIDADE ESCOLAR

Nomes Função

Maria Ilda Quirino Pais – Ensino Fundamental

Ivo Fernandes Pais – Ensino Médio

Marcelo Alves Ferreira Júnior Alunos – Ensino Fundamental

Sirléia Maria de Morais Silva Alunos – Ensino Médio

REPRESENTANTES DOS MOVIMENTOS SOCIAIS ORGANIZADOS DA

COMUNIDADE

Nomes Função

Gislaine de Oliveira Ferrari Vieira APMF

APMF: É um órgão de representação dos pais, mestres, e funcionários do

estabelecimento de ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e

nem fins lucrativos e com objetivos de discutir sobre ações de assistência ao

educando, de aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade,

prestando assistência a professores e funcionários, assegurando-lhes melhores

condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica do

colégio.

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Mandatos: 2016 a 2018

Nomes Cargos

Antonio Gutierrez Figueira Presidente

Maria de L. R. dos S. da Silva Vice presidente

Maria Angela de Carvalho Zuliani Primeira secretária

Soraia Souza dos Santos Bocetto Segunda secretária

Maurília Telma V. de Oliveira Primeira tesoureira

Roberto César Gomes Rodrigues Segundo Tesoureiro

Rosângela Antonio Lima Primeira Diretora Sócio-Cultural e Esportivo

Aparecida Evangelista Soares Segunda Diretora Sócio-Cultural e Esportivo

Eliane Josefa Barbosa dos Reis Conselho Deliberativo e Fiscal – Mestres

Suely TazukoHarada Conselho Deliberativo e Fiscal – Mestres

Fátima da Silva Conselho Deliberativo e Fiscal – Funcionários

Vera Aparecida de Araújo Barbiere Conselho Deliberativo e Fiscal – Funcionários

Gislaine de Oliveira Ferrari Vieira Conselho Deliberativo e Fiscal – Pais

Angela Maria de Meira Conselho Deliberativo e Fiscal – Pais

Vânia Camilo Bonfim Gomes Conselho Deliberativo e Fiscal – Pais

Maria Ilda Quirino Conselho Deliberativo e Fiscal – Pais

Grêmio Estudantil: O grêmio estudantil é uma representação do corpo discente da

escola. Ele deve ser visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes.

É de fundamental importância esta representação escolar no debate da escola para

sua democratização e evolução. O grêmio é uma organização sem fins lucrativos

que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais,

educacionais, desportivos e sociais. É o órgão máximo de representação dos

estudantes da escola.

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Mandatos: 2016 a 2018

Nomes Cargos

Aline de Araújo Gadi Presidente

Vanessa Caroliny Freitas Nobre Secretário-Geral

Bianca Carla de Almeida Vice Secretário

Natanael Fernandes da Silva Tesoureiro-Geral

Evelyn Monique Araújo da Silva Vice Tesoureiro

Emily Gabrielle Araújo da Silva Diretor Social

Rafaela da Silva Costa Diretor de Imprensa

Alana das Neves Maranhão Diretor de Esportes

Erica Moreno Sposito Diretor de Cultura

Guilherme Lessa Clariano Silva Diretor de Saúde e Meio Ambiente

Conselho de Classe: É um órgão colegiado presente na organização da escola, em

que os professores das diversas disciplinas juntamente com a equipe pedagógica e

direção reúne-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos por

série e turma. Esta reunião se dá bimestralmente, trimestralmente e sempre que se

fizer necessário.

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4 MARCO SITUACIONAL

A educação brasileira é fruto de todo um contexto histórico. Todas as

transformações sofridas foram geradas pela necessidade política, econômica e

social e neste momento mais uma vez a sociedade revela, com nitidez, a

necessidade de mudar a realidade da educação no Brasil. Deparamos-nos com a

questão do analfabetismo, com o grau de escolaridade baixo, desigualdade social,

desemprego, violência, miséria, fome, marginalização e exclusão social. Essa

realidade provoca em muitas pessoas e grupos, sentimentos, sensações e desejos

contraditórios, ao mesmo tempo de insegurança e medo, de apatia e conformismo,

destruindo, em alguns casos, o sonho das pessoas, no que tange a sua participação

no processo de construção de uma sociedade brasileira mais justa e democrática,

como também sentimentos de novidade e esperança, mobilizadores das melhores

energias e criatividade para a construção de um mundo diferente, mais humano e

solidário.

Globalização, multiculturalismo, pós-modernidade, questões de gênero e de

raça, novas formas de comunicação, informatização, manifestações culturais e

religiosas, tecnologia e diversas formas de violência e exclusão social configuram

novos e diferenciados cenários sociais, políticos e culturais.

A escola não pode ignorar esta realidade. O impacto destes processos no

cotidiano escolar é cada vez maior. A problemática atual das escolas de educação

básica, particularmente as das grandes cidades, onde se multiplicam uma série de

tensões e conflitos, não pode ser reduzida aos aspectos relativos à estruturação

interna da cultura escolar e esta necessita ser repensada para incorporar na sua

própria estruturação estas questões e novas realidades sociais e culturais. Estamos

diante de uma nova revolução, baseada na informática e nas tecnologias de ponta.

Testemunhamos uma mudança profunda na sociedade, que exige apoio de um

sistema educacional eficiente e criativo principalmente no que diz respeito à inclusão

de alunos na escola, no trabalho e nos espaços sociais em geral, preocupação

propagada rapidamente entre educadores, familiares, líderes e dirigentes políticos,

nas entidades, nos meios de comunicação e etc.

Os elementos constitutivos da realidade brasileira: a situação de uma

sociedade em transição, a persistência de uma mentalidade acrítica e a inexistência

democrática demonstram que o país precisa buscar a democratização da cultura,

como marco geral de uma democratização fundamental. Um dos sintomas da

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inexperiência democrática é a dificuldade que grande parte da população encontra

ao tentar reconhecer os temas e as tarefas inerentes aos atores sociais.

Freire enfatiza a inserção do homem na sociedade para poder transformá-la:

O homem brasileiro precisa descobrir-se "autor" do mundo, criador da cultura e integrante ativo da rede sistêmica universal, sendo que a democratização da cultura - o amplo acesso à informação - é a via de acesso para que ele realize verdadeiramente sua vocação ontológica: a de inserir-se na construção da sociedade, em busca das transformações sociais; substituindo assim, a captação e compreensão mágica da realidade por uma cada vez mais crítica (Paulo Freire, 1997, p. 89).

O Brasil em sua diversidade regional vive realidades diferentes. A educação

na região Sul apresenta índices mais representativos em relação ao

desenvolvimento ensino-aprendizagem e índices menores em evasão e repetência.

Em todo o país há programas de desenvolvimento educacional e erradicação

do analfabetismo, como o Brasil Alfabetizado, PROUNI, ENEM, cotas para alunos de

escolas públicas e afrodescendentes em universidades, medidas tomadas para

melhorias na educação.

No município de Paranavaí contamos com escolas municipais que ofertam

Educação Infantil e Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, escolas particulares que

ofertam Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, escolas estaduais de

Ensino Fundamental do 6º ao 9ª ano, Ensino Médio Regular e Profissionalizante,

uma APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, uma universidade

pública, duas particulares e um Instituto Federal Tecnológico.

A realidade de nossa escola não é diferente da realidade educacional

brasileira. Os alunos não veem a escola como espaço de promoção do

conhecimento e da cultura, faltam às aulas, se evadem, mesmo sendo orientados

deixam de frequentar a escola e aumentam os índices de evasão.

O processo de inclusão dos alunos com deficiência e dos que necessitam

serem incluídos no processo de ensino aprendizagem não se efetiva na prática. Os

professores ressaltam, entre outros fatores, a dura realidade das condições de

trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por

turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais" ou

diferentes.

Temos dificuldade na estrutura física, onde não há um refeitório adequado,

causando transtornos para a distribuição da merenda, alimentação, manuseio dos

pratos, canecas e talheres com a devida higiene, etc. O salão de reuniões foi

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adaptado como refeitório, onde foi colocado mesas e bancos, mas mesmo assim

concluímos que não atende com qualidade a distribuição da merenda e dificulta o

uso do mesmo para reuniões.

Não há uma sala apropriada para o laboratório de informática. O espaço físico

disponível é uma sala de aula que sofreu adaptações para esta instalação e por ser

pequena causa desconforto aos alunos, professores e funcionários. A biblioteca

também como um espaço educativo, é pequena para a demanda de alunos e

acervo. A construção de um bloco administrativo se faz necessário, já que a atual

administração funciona em salas mal estruturadas e desconfortáveis. Nos últimos

anos o aumento no número de alunos exige a construção de mais salas de aulas.

A escola não possui quadra esportiva, usamos um ginásio de esporte

existente ao lado da escola, o qual pertence ao município, ficando este

estabelecimento sujeito aos horários pré-estabelecidos para as aulas de Educação

Física. Precisaríamos da construção de uma quadra no terreno escolar para que a

escola pudesse desenvolver com mais autonomia as atividades curriculares e

extraclasses.

Há em cada sala de aula uma TV Multimídia e o colégio dispõe de aparelhos

de DVD`s, de Data-Show e Multimídia que são utilizados através de agendamento

conforme necessidade de uso. Porém, não há disponibilidade de um funcionário

para a instalação destes equipamentos nas salas, o que muitas vezes causa danos

e prejuízos à escola, comprometendo também o desenvolvimento das atividades.

Possuímos um pátio coberto e um pátio livre. O pátio livre é pequeno por isso

conta com pouco espaço para alunos, alguns bancos e duas mesas de tênis,

havendo a necessidade de serem construídos mais bancos. O pátio coberto era área

livre e foi coberto para resolver o problema de sol e chuva, porém ficou um ambiente

escuro, necessitando de reformas para que se torne um espaço educativo mais

arejado.

As salas de aula possuem carteiras, cadeiras e mesas para os professores,

algumas de acordo com a necessidade possuem armários.

Os banheiros foram reformados, mas são insuficientes para os alunos,

professores e funcionários e precisam ser ampliados.

Sabemos que a organização da nossa escola precisa ser repensada,

principalmente nos conflitos das relações professor-aluno, aluno-escola, escola-pais,

escola-comunidade para que possamos desenvolver uma escola mais democrática.

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A nossa grande possibilidade é que aqui não há falta de vagas para os alunos da

comunidade.

Atendemos uma parcela diferenciada de educandos do Ensino Fundamental e

Ensino Médio que moram em conjuntos habitacionais, bairros novos, em sítios, vilas

rurais e no próprio distrito, e por essa demanda de alunos em 2012 a escola passou

a ser denominada de Escola de Campo, pela referência à identidade, cultura e os

valores relacionados à vida na terra, fator marcante na comunidade onde se

encontram assalariados rurais, boias-frias, arrendatários, vileiros rurais, pequenos

proprietários, sitiantes. Destacando que por estar situada em um Distrito ainda há

um entrosamento melhor entre as famílias e a comunidade.

Como em outros locais da cidade a comunidade sofre com a falta de

emprego, de moradia, de lazer e de cultura, contando apenas com uma quadra de

esporte e uma praça. A religião é bem valorizada pelas famílias, há uma igreja

católica e quatro evangélicas. Há um Distrito Industrial com várias empresas o que

gerou muitos empregos no distrito, porém não o suficiente para a demanda local,

muitas famílias trabalham e sobrevivem das lavouras da região.

Muitos alunos pertencem a famílias com baixo nível sócio-econômico e

participam dos Programas Sociais do Governo Federal. Por este motivo, se faz

necessário uma atuação mais presente da escola para que se possa assegurar a

aprendizagem e a frequência dos mesmos em sala de aula. A maioria dos pais não

concluiu o Ensino Fundamental tendo dificuldades em acompanhar tarefas

escolares, atividades extraclasses e ainda por motivos econômicos, sociais e

emocionais não conseguem assegurar um desenvolvimento adequado aos seus

filhos, acarretando assim problemas de aprendizagem e indisciplinar.

O Colégio adota a política da inclusão, na quebra de preconceitos e na

valorização das diferenças, promovendo palestras, seminários, grupos de estudo,

dinâmicas de grupo e o incentivo dos alunos em atividades extracurriculares.

A escola é um espaço democrático, significativo e singular para trabalhar com

a diversidade humana, respeitando as limitações, percebendo as potencialidades

para a aprendizagem e considerando as especificidades de cada educando, a favor

da inclusão de todos. Nesse contexto, a escola precisa adequar melhor o espaço

físico para atender os alunos e a comunidade. Sentimos também a necessidade de

uma formação continuada aos professores, equipe pedagógica e funcionários, salas

de apoio pedagógico especializado, entre outros.

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Possibilita-se também a troca de experiências entre os professores na

formação continuada, na efetivação da hora-atividade e nas reuniões pedagógicas.

A organização das atividades favorece o trabalho em grupo, tais como:

desenvolvimento de atividades interdisciplinares, gincana cultural e recreativa,

torneios, vídeos, laboratório, biblioteca e outros locais que contribuem à

aprendizagem.

A convivência escolar ocorre com conflitos inerentes ao ambiente escolar:

dificuldades de aprendizagem na leitura, na escrita, na interpretação, no raciocínio

lógico, dificuldades no exercício da função docente, desentendimentos entre os

alunos, entre alunos e professores, repetência, evasão, reclamações dos pais que

não entendem normas práticas da escola. Procuramos resolvê-los de forma

participativa, democrática e proporcionando uma convivência produtiva e solidária,

aberta aos anseios da comunidade.

Na escola constata-se que no período matutino e vespertino o índice de

evasão e repetência é menor que no período noturno, e que isso se deve às

diferenças nas características do aluno do diurno com os do noturno que possuem

uma carga horária de trabalho, dificultando a frequência e o aproveitamento escolar.

Isso reflete também nos percentuais apresentados pela escola. A primeira nota da

escola no Ideb de 2007 foi 3,8 e a meta era 3,6; em 2009 o índice abaixou para 3,6

quando a meta era 3,8. Em 2011 houve avanço, a meta era 4,4 e a nota foi 4,7. Em

2013 a nota permanece 4,7 e a meta era 4,4. Em 2015 a escola obteve um avanço

significativo na nota: 5,3 e a meta era 4,8.

Em 2014 e 2015 a escola apresentou os seguintes índices de aprovação,

reprovação e abandono:

2014 – Ensino Fundamental

Série - Turno Aprovados Reprovados Abandono

6º ano - manhã 28 0 0

6º ano - tarde 55 1 0

7º ano - manhã 57 1 0

7º ano - tarde 39 4 0

8º ano - manhã 32 1 0

8º ano - tarde 28 1 0

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9º ano - manhã 33 0 0

9º ano - tarde 32 1 0

Total 304 9 0

2014 – Ensino Médio

Série - Turno Aprovados Reprovados Abandono

1ª Série-Bloco 1- manhã 19 0 0

1ª Série-Bloco 1- noite 16 2 0

1ª Série-Bloco 2 - manhã 18 3 0

2ª Série-Bloco 1- manhã 27 2 0

2ª Série-Bloco 2 - manhã 28 2 0

2ª Série-Bloco 2 – noite 19 0 0

3ª Série-Bloco 1 - manhã 39 0 0

3ª Série-Bloco 1 - manhã 15 0 0

Total 181 9 0

2015 – Ensino fundamental

Série - Turno Aprovados Reprovados Abandono

6º ano - manhã 30 0 0

6º ano - tarde 36 0 0

7º ano - manhã 31 0 0

7º ano - tarde 46 7 1

8º ano - manhã 57 2 0

8º ano - tarde 30 2 0

9º ano - manhã 33 0 0

9º ano - tarde 29 1 0

Total 292 12 1

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2015 – Ensino Médio

Série – Turno Aprovados Reprovados Abandono

1ª Série- manhã 53 4 0

2ª Série-Bloco 1- manhã 25 0 0

2ª Série-Bloco 2 – noite 18 2 0

3ª Série-Bloco 1 - manhã 20 0 0

3ª Série-Bloco 1 - manhã 21 0 0

Total 157 7 0

As famílias de maneira geral esperam da escola uma aprendizagem de

qualidade, que além de transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade,

os filhos aprendam também a ter uma boa convivência na família, na escola e na

sociedade. Há pais que esperam que após a conclusão do Ensino Médio os filhos

possam arrumar um emprego no período diurno e fazer um curso superior noturno,

outros, que os filhos possam continuar os estudos durante o dia numa boa

universidade.

Consideramos o combate à evasão e repetência questões relevante para o

processo ensino-aprendizagem e para isso mantemos contato frequente com os pais

através de bilhetes, telefonemas, aconselhamento aos alunos e aos pais e com o

Conselho Tutelar através do Programa de Combate ao Abandono Escolar e da

Patrulha Escolar. Há também um controle das faltas dos alunos que participam dos

Programas Sociais do Governo Federal.

Na comunidade em que a escola está inserida há problemas de violência e

drogadição, que refletem no cotidiano escolar.

Precisamos repensar os conteúdos planejados, uma vez que a opção de

currículo é disciplinar, em alguns momentos os conteúdos se tornam estanques não

havendo uma prática de interdisciplinaridade, dificultando a totalidade do

conhecimento pelo aluno. A interdisciplinaridade poderia ser melhor trabalhada na

formação continuada e nos horários em que o professor tem destinado à hora

atividade, porém as atividades inerentes ao professor que trabalha em mais de uma

escola e com diversas turmas inviabiliza essa prática.

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O relacionamento colégio/aluno/colégio/pais mesmo com os conflitos já

mencionados ocorre num processo participativo onde se objetiva manter um

ambiente saudável e harmonioso, buscando assim a contribuição de todos para

proporcionar uma disciplina ideal onde possa se desenvolver uma efetiva

aprendizagem.

Muitas das obras e aquisições realizadas pela escola é através do Fundo

Rotativo, Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), Governo Estadual e Federal

e recursos próprios de parceria com a APMF (Associação de Pais, Mestres e

Funcionários) e comunidade local, recursos estes adquiridos com a realização de

promoções e rifas.

O laboratório de física, química, biologia e ciências necessitam de um

profissional qualificado para o atendimento dos professores e alunos, reagentes para

realização das aulas práticas, propiciando melhores condições de trabalho ao

professor e efetiva aprendizagem aos alunos.

As instalações do colégio são limpas, favorecendo um ambiente propício à

aprendizagem.

É importante destacar que a gestão dos recursos financeiros ocorre de

maneira transparente e democrática. As aquisições vêm de encontro com as

necessidades da escola para com os alunos.

Em 2013 a escola aderiu ao Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI),

instituído pela Portaria nº. 971, de 09/10/2009, criado para provocar o debate sobre

o Ensino Médio junto aos Sistemas de Ensino Estaduais e Distrital fomentando

propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando

apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo

dinâmico, flexível e que atenda às demandas da sociedade contemporânea. Com

foco na promoção de melhorias significativas que busquem garantir o direito à

aprendizagem e ao desenvolvimento dos estudantes, reconhecendo as

especificidades regionais e as concepções curriculares implementadas pelas redes

de ensino, compreendendo que as ações propostas inicialmente vão sendo

incorporadas ao currículo, ampliando o tempo na escola e a diversidade de práticas

pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes do ensino

médio.

A adesão ao programa foi por uma validade de por 2 (dois) anos, portanto,

desenvolvido nos anos de 2014 e 2015 o que garantiu uma melhoria e qualidade no

processo de ensino e aprendizagem.

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Em 2017 a escola passará a ofertar a EJA – Educação de Jovens e Adultos,

uma vez que na comunidade há um número significativo da população que

necessitam terminar seus estudos. Assim, esse grupo de alunos que compõe a

Educação de Jovens e Adultos - Ensino Fundamental e Médio, geralmente, são

homens e mulheres desempregados, trabalhadores em busca de uma melhor

condição de vida, uma boa moradia e que lutam para superar suas condições

precárias, muitos buscam o processo de escolarização como um dos caminhos para

a melhoria no trabalho que exercem, para a mudança de profissão, para a realização

pessoal, por outro lado, observa-se os adolescentes não possuírem ainda objetivos

e expectativas claras em relação à escolarização.

O perfil socioeconômico dessa modalidade de ensino é formado por pessoas

de classe média a baixa, adolescentes, jovens, adultos e idosos que não possuem

emprego fixo e trabalham informalmente, ou seja, trabalho sazonal, horário

diferenciado e, também, os aposentados.

Espaços Pedagógicos

Na escola contamos com os espaços educativos: biblioteca, laboratório de

informática, laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, refeitório, sala dos

professores, pátio e uma quadra de esportes que contribuem para o processo

ensino-aprendizagem.

A biblioteca é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à

disposição de toda a comunidade e está à disposição dos alunos, professores,

funcionários e comunidade para pesquisas, leituras, trabalhos individuais, trabalho

em grupos e empréstimos de livros para leitura em sala de aula e domiciliar,

podendo o aluno permanecer com o livro durante sete dias.

O laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia é um espaço

pedagógico para uso dos professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar a

compreensão dos conteúdos trabalhados nas disciplinas, na realização de aulas

práticas, sendo necessário fazer o agendamento.

A quadra de esportes utilizada para as aulas de Educação Física, treinamento

de Handebol e Futsal e em atividades extraclasses culturais e recreativas

desenvolvidas pela escola durante o ano letivo.

O pátio é mais um local onde os alunos têm momentos de descontração, bate

papo, mantém um relacionamento de amizade, cooperatividade e liderança. Quando

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necessário é utilizado para ensaios de danças, atividades recreativas e culturais, e

as duas mesas de tênis nas aulas de Educação Física.

A sala dos professores é o local da realização da hora atividade, estudos e

espera no intervalo entre aulas.

O laboratório de Informática é um espaço pedagógico para uso dos

professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos

trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental e Médio, como uma

alternativa metodológica diferenciada.

Critérios de organização das turmas

A organização de turmas do ensino regular é de acordo com o número de

matrículas, vagas disponibilizadas e o número de salas de aulas da escola. O

Ensino Médio é autorizado para funcionamento nos períodos matutino e noturno e,

portanto distribuímos nestes períodos turmas de cada série.

Atende-se a necessidade das famílias que moram na zona rural e depende do

transporte escolar com horário fixo para o período matutino formando uma turma de

cada série do Ensino Fundamental e Médio neste período.

Nos período vespertino e noturno as turmas de Ensino Fundamental – 6º a 9º

anos também são distribuídas de acordo com o número de matrículas, vagas

disponibilizadas e número de salas de aulas existentes na escola.

De acordo com instrução da Secretaria de Estado da Educação os alunos

com matrícula efetiva no ensino regular no ano em curso têm a vaga garantida no

turno em que estudou. Para os alunos que ingressam no 6º ano há uma instrução

normativa com critérios específicos.

É distribuída uma Sala de Recursos no período matutino e vespertino para

atender alunos do Ensino Fundamental. Os alunos do período matutino frequentam

a Sala de Recursos no período vespertino e os alunos do período vespertino

frequentam a Sala de Recursos no período matutino. Os alunos do período noturno

também são atendidos na Sala de Recursos de acordo com a disponibilidade de

horários.

O Programa Sala de Apoio à Aprendizagem em contraturno para o 6º e 7º

anos são para os alunos com dificuldades de aprendizagem no que se refere aos

conteúdos considerados básicos para as séries contempladas são selecionados

pelos professores regentes, equipe pedagógica e direção. Organizadas em turmas

de no máximo 20 (vinte) alunos para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa

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e Matemática são de 04 horas-aula semanais, em aulas geminadas, em dias não

subsequentes.

O CELEM – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Moderna, com a

disciplina de Espanhol, as turmas são formadas para atender a demanda da escola

e o interesse dos alunos e da comunidade em participarem das aulas.

Nas Atividades de Ampliação de Jornada Periódicas – Artes Visuais, Teatro e

nas Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo – Futsal e Tênis de Mesa,

distribui-se uma turma de cada atividade para todos os alunos interessados,

priorizando os que se encontram em situação de vulnerabilidade social, bem como

para as necessidades socioeducacionais, com quatro aulas semanais distribuídas

em duas vezes na semana.

Na Educação de Jovens e Adultos será distribuída uma turma de EJA -

Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio presencial, de acordo com as

matrículas efetuadas.

Formação Continuada dos Profissionais da Educação

A formação para ingressar na carreira é obrigatória. O aprimoramento dos

profissionais da educação uma necessidade, por isso um plano de formação

continuada é essencial para garantir um processo de ensino e aprendizagem de

qualidade.

A organização da formação continuada dos profissionais da educação e

componentes das instâncias colegiadas é ofertada pela SEED em eventos

distribuídos por área do conhecimento e atuação, como seminários, simpósios,

jornadas pedagógicas. Cabe a escola também desenvolver uma formação

continuada de acordo com as suas necessidades. Portanto, será realizada por meio

de reuniões pedagógicas, grupos de estudos, palestras, horas atividades por área

de conhecimento, trocas de experiências, grupos de implementação - PDE -

Programa de Desenvolvimento Educacional, entre outros. A direção e a equipe

pedagógica incentiva a participação em eventos como: Grupo de Trabalho em Rede

– GTR e outros cursos oferecidos pela SEED e pelo NRE na modalidade presencial

ou a Distância para aprimoramento teórico-metodológico.

Durante todo o ano letivo a Direção e Equipe Pedagógica desenvolvem uma

formação continuada dentro da escola, além das reuniões pedagógicas existentes

no calendário, o conselho de classe se torna um espaço de reflexão do trabalho

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escolar e outros momentos que se faz necessário orientar os professores como nas

instruções da SEED e do N.R.E.

Hora Atividade

O trabalho pedagógico, dado a sua complexidade, exige conhecimento e

comprometimento com a formação do aluno. Nesse sentido, a Hora Atividade

apresenta possibilidades pedagógicas, acreditando que muitas delas já fazem parte

da rotina do professor.

1. Planejamento: é uma ação que exige rigor teórico e prático, pois pressupõe

articulação entre os diferentes níveis de planejamentos internos, desde o PPP, o

conhecimento das Diretrizes Curriculares Orientadoras, bem como do Caderno de

Expectativas da Aprendizagem que direcionam a Proposta Pedagógica Curricular,

até o Plano de Trabalho Docente, elaborado para determinado período conforme

sistema de avaliação do estabelecimento de ensino. Assim, o tempo da hora

atividade, além de corroborar para a discussão e aprimoramento desses

documentos de planejamento escolar, possibilitando tanto ações individuais como

coletivas, deve servir para elaboração e reelaboração das ações diárias do

professor.

2. Organização e acompanhamento das aulas: a docência remete a uma série de

atividades para além da relação pedagógica estabelecida no momento da aula.

Desse modo, é primordial a revisão constante do Plano de Trabalho Docente para o

preparo diário das aulas de forma a adequar a complexidade, contextualização e

interdisciplinaridade dos conteúdos, assim como a elaboração e/ou seleção de

material didático e organização de materiais digitais, entre outros. Há, ainda, a

necessidade premente de avaliar o processo de ensino e de aprendizagem, exigindo

a elaboração e correção de instrumentos avaliativos, sejam provas, trabalhos de

pesquisa, exercícios, textos e outros. As atividades relacionadas ao processo de

ensino e aprendizagem e ao processo avaliativo antecedem o momento da aula e

são desenvolvidas ao longo do ano letivo, durante parte da hora atividade.

3. Livro Registro de Classe: o preenchimento dos Livros Registro de Classe é uma

exigência do sistema de ensino, pois é o instrumento formal que deve retratar o

trabalho em sala de aula. Os registros de frequência, dos conteúdos trabalhados e

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do processo avaliativo, são essenciais para o acompanhamento legal e pedagógico

do trabalho efetivamente desenvolvido na disciplina pelo professor. Parte da carga

horária da hora atividade tem sido utilizada para essa atividade e deve assim

continuar.

4. Atendimento de pais ou responsáveis: é importante o contato com a família do

aluno sempre que necessário. Portanto, há alternativas na organização dos horários

das horas atividade semanais, quinzenais ou mensais para tais atendimentos.

5. Encaminhamento do Conselho de Classe: para a otimização do tempo para

qualidade do Conselho de Classe é fundamental a realização do Pré-conselho,

momento este de coleta de informações relativas ao andamento do processo de

ensino aprendizagem. Com a ampliação da hora atividade a equipe pedagógica

poderá utilizar-se deste espaço para conversar com os professores ou poderão

preencher fichas próprias que possam retratar o diagnóstico das turmas e das

dificuldades apresentadas pelos alunos.

6. Escola interativa: ação que a Secretaria já vem desenvolvendo com o propósito

de apresentar possibilidades de trabalho pedagógico abordando os conteúdos de

cada uma das disciplinas escolares. Para tal, na medida do possível, há uma

concentração dos professores das mesmas disciplinas para que possam

acompanhar e participar da discussão on-line; constituindo-se este mais um espaço

de formação continuada em serviço.

7. Estudos por área do conhecimento: poderá ser desencadeado um movimento

de estudos teóricos a respeito de uma temática específica da disciplina/área entre os

professores. Tal estudo pode ser mediado pelo pedagogo, resultando também em

espaço de formação em serviço. Há, ainda, a possibilidade de participação em

eventos de formação voltados para determinada área/disciplina, promovidos pela

mantenedora em dias de hora atividade concentrada.

8. Estudos pedagógicos: da mesma forma que nos estudos por Área do

Conhecimento há possibilidade do encaminhamento de estudo coletivo relacionado

às necessidades da escola, como, por exemplo, a questão da disciplina, avaliação,

abandono escolar, diversidade, violência, entre outros.

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9. Formação profissional: cabe também ao professor eleger o que é importante

para sua formação profissional, sendo o momento da hora atividade para estudos

individuais que promovam seu aprofundamento teórico-metodológico, em que cada

professor faz a seleção de material para leituras e pesquisas.

10. Troca de experiências: parte da hora atividade pode ser utilizada pelos

professores das disciplinas afins para apresentarem e debaterem os

encaminhamentos metodológicos empregados, enfoque dado a determinados

conteúdos, estratégias disciplinares que resultaram em maior participação e atenção

da turma, enfim, em troca de práticas que estão dando bons resultados nos mesmos

anos e etapas de ensino.

A hora atividade deve impactar na qualidade do trabalho pedagógico

desenvolvido na escola, posto que o trabalho docente requer tempo para estudo,

pesquisa, atualização e constante reflexão teórico-prática.

A escola deve na medida do possível, organizar a hora atividade concentrada,

pelo menos parcialmente, por áreas e/ou disciplinas, proporcionando o

desenvolvimento destas atividades coletivas. Salientamos, ainda, que deverá

promover um ambiente favorável para o desenvolvimento das atividades durante a

hora atividade; isto é, um espaço adequado para o exercício da atividade intelectual.

Da mesma forma, deverá realizar o acompanhamento pedagógico das atividades

desenvolvidas pelo professor, oportunizando as condições necessárias para tal, bem

como assegurar o cumprimento da carga horária destinada à hora atividade.

Quadro da Hora Atividade Concentrada

2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira

ARTE

EDUCAÇÃO

FÍSICA.

HISTÓRIA

FILOSOFIA

SOCIOLOGI

A

GEOGRAFIA

ENS. RELIG.

BIOLOGIA

CIÊNCIAS

MATEMÁTICA

FÍSICA

QUÍMICA

LÍNGUA

PORTUGUESA

LEM

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Articulação Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental de Nove anos

Na passagem dos anos iniciais para os anos finais do ensino fundamental

deve ser dada uma atenção especial aos alunos que veem transferidos da rede

municipal de ensino a fim de que possam melhor organizar as suas atividades diante

das diversas situações que enfrentarão nesta fase.

Para isso, a escola se organizará criando possibilidades e encaminhamentos

para articulação entre os anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental, tais

como:

Conhecer os documentos de orientações pedagógicas utilizadas pelas

redes municipais de ensino;

Conhecer a Proposta Pedagógica dos anos iniciais;

Observar as concepções (infância, desenvolvimento humano,

alfabetização e letramento, tempo e espaço) e os encaminhamentos que

norteiam o processo ensino-aprendizagem nos anos iniciais;

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Avaliação

O professor faz o seu Plano de Trabalho Docente de acordo as Diretrizes

Curriculares. Cada disciplina tem os seus conteúdos Estruturantes e Básicos. Ao

montar o seu Plano de Trabalho Docente o professor organiza-o de acordo com as

especificidades da disciplina.

A avaliação será trimestral, no Ensino Fundamental e Médio, sendo composta

pela somatória das notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco

de conteúdos afins, atendendo as especificidades de cada disciplina.

A média final, em cada disciplina, será obtida através do seguinte cálculo:

MF = 1º trim. + 2º trim. + 3º trim. = 6,0 3

A recuperação de estudos será concomitante ao processo educativo a todos

os alunos, independente do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a

todos nova oportunidade de aprendizagem e avaliação.

O professor realizará tantas avaliações quantas forem necessárias, a fim de

garantir a aprendizagem de todos os alunos.

Tanto para a avaliação como para a recuperação de estudos o professor

utilizará de instrumentos diversificados de avaliação: provas, trabalhos, debates,

exposições orais, trabalhos escritos, relatórios escritos e orais etc., oportunizando a

todos os alunos diferentes formas de exposição do conhecimento.

A avaliação é de todo o processo: do trabalho do professor, do aprendizado

dos alunos e dos documentos que norteiam o trabalho pedagógico.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual

igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados

aprovados ao final do ano letivo.

Na Educação de Jovens e Adultos, a avaliação é voltada para o atendimento

das necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA,

isto é, seu papel na formação da cidadania e construção da autonomia. As

orientações previstas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, são consideradas

valorizadas para essa modalidade de ensino. Portanto, a avaliação educacional está

pautada em:

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Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações

necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

Contínua: permite a observação permanente do processo ensino

aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;

Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,

utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; Abrangente: contempla

a amplitude das ações pedagógicas no tempo escola do educando;

Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo

educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da

escola.

Os registros avaliativos dessa modalidade de ensino são efetuados por meio

de duas (02) a seis (06) notas por disciplina (conforme a carga horária de cada uma)

que correspondem às provas individuais escritas e a outros instrumentos avaliativos

adotados, sendo estas submetidas à presença do professor. Os registros de notas

da EJA para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio constituem:

a) 06 (seis) registros de notas nas disciplinas de Língua Portuguesa, e

Matemática;

b) 04 (quatro) registros de notas nas disciplinas de História, Geografia,

Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia;

c) 02 (dois) registros de notas nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia e

Educação Física. Na Educação de Jovens e Adultos o aluno deverá atingir no

mínimo a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das

avaliações processuais.

A média final para cada disciplina da EJA corresponderá a média aritmética

dos Registros de Notas, resultantes das avaliações realizadas. Média Final ou MF =

Soma dos Registros de Notas Número de Registros de Notas Sabemos que nem

todas as pessoas aprendem no mesmo momento, com a mesma metodologia.

Diante disto, as expectativas de aprendizagens estão claramente expressas nos

objetivos e nos critérios de avaliação propostos.

A recuperação é feita durante o processo do ensino. O docente após

averiguações constata o que fora aprendido, o que os alunos apresentaram maior

grau de dificuldade e desta forma procura modificar o procedimento das aulas

visando uma melhor assimilação dos conteúdos trabalhados. Se for caso isolado, os

motivos serão levantados para a escolha da intervenção apropriada. O registro da

recuperação é feito na ficha individual do aluno. Observa-se que na EJA é preciso

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avançar quanto a utilização das diversas possibilidades de instrumentos para a

averiguação da aprendizagem dos alunos. Os docentes utilizam atividades diárias,

mas sem o planejamento de uma intervenção individual.

Em relação ao atendimento individual, os professores precisam avançar na

organização didática das aulas de forma que possa subsidiar os alunos em suas

necessidades em relação à aprendizagem nos diversos níveis em que o aluno se

encontra.

Dessa forma, o educador tem em suas mãos um instrumento que possibilita a

retomada de ações pedagógicas em favor de uma aprendizagem significativa.

A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos nas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica.

Adaptação, Classificação, Reclassificação e Regularização da vida escolar e

Progressão Parcial

A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica

desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica

Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.

A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe

pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está

sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais

ou informais.

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o

grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,

levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de

estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente

do que registre o seu Histórico Escolar.

O processo de regularização de vida escolar é de responsabilidade do diretor

do estabelecimento de ensino, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação,

conforme normas do Sistema Estadual de Ensino. Constatada a irregularidade a

Direção e o Núcleo Regional de Educação acompanharão o processo pedagógico e

administrativo, desde a comunicação do fato até a sua conclusão.

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O processo de adaptação, classificação, reclassificação e regularização da

vida escolar têm caráter pedagógico centrado na aprendizagem, exigindo ações

para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais. Tais ações

encontram-se normatizadas no Regimento Escolar.

A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não

obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-

las subsequente e concomitantemente as séries seguintes. Até a presente data e de

acordo com o Regimento Escolar o estabelecimento de ensino não oferta aos alunos

matrícula com Progressão Parcial e as transferências recebidas de alunos com

dependências em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas

mediante plano especial de estudos.

Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos é vedada a matrícula de

alunos em regime de Progressão Parcial.

Classificação na Educação de Jovens e adultos - EJA

O processo de classificação poderá posicionar o aluno, para matrícula na

disciplina em 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária total de cada disciplina do

Ensino Fundamental – Fase II e, no Ensino Médio, em 25%, 50%, 75% da carga

horária total de cada disciplina, de acordo com a Proposta Pedagógica da Educação

de Jovens e Adultos. Do total de carga horária restante a ser cursada na disciplina,

na qual o aluno foi classificado, é obrigatória a frequência de 75% na Organização

Coletiva e de 100% na Organização Individual.

Na classificação com êxito em 100% do total da carga horária, em todas as

disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar matrícula

inicial no Ensino Médio. Em caso de transferência esta só poderá ser expedida após

o aluno ter concluído, no mínimo, 2 (duas) disciplinas do Ensino Médio e obtido, no

mínimo 1(um) registro de nota e frequência nas demais disciplinas matriculadas.

Após o processo de classificação das disciplinas do Ensino Fundamental –

Fase II e Ensino Médio, de acordo com o percentual de carga horária avançada terá

as seguintes quantidades de registros de notas: I – Língua Portuguesa e

Matemática, o aluno classificado com:

a) 25% deverá ter 4 (quatro) registros de notas;

b) 50% deverá ter 3 (três) registros de notas;

c) 75% deverá ter 2 (dois) registros de notas;

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d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina. II –

Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física

e Biologia, o aluno classificado com:

a) 25% deverá ter 3 (três) registros de notas;

b) 50% deverá ter 2 (dois) registros de notas;

c) 75% deverá ter 1 (um) registro de notas;

d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina. III – Arte,

Filosofia, Sociologia e Educação Física, o aluno classificado com:

a) 25% deverá ter 2 (dois) registros de notas;

b) 50% deverá ter 1 (um) registro de notas;

c) 75% deverá ter 1 (um) registro de notas;

d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina. A dificuldade

encontrada está na elaboração dos instrumentos de avaliação em tempo hábil para

a utilização no processo de classificação do aluno tanto na EJA como no ensino

regular.

Reclassificação da Educação de Jovens e Adultos

Poderão ser reclassificados os alunos matriculados, porém devem ter cursado

no mínimo 25% do total da carga horária definida para cada disciplina, no Ensino

Fundamental – Fase II e no Ensino Médio. Há que se observar a idade para a

conclusão do nível de ensino, de acordo com a legislação vigente. Na disciplina de

Ensino Religioso é vedada a reclassificação.

O aluno da Educação de Jovens e Adultos no processo de reclassificação, poderá

avançar em 25% ou 50% na carga horária total de cada disciplina do Ensino

Fundamental – Fase II e do Ensino Médio: I – Tendo cursado 25% e avançado em

25%, o aluno deverá cursar ainda 50% da carga horária total da disciplina e obter as

seguintes quantidades de registros:

a) nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática deverá ter 4 (quatro) registros

de notas;

b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira

Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;

c) nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física deverá ter 2

(dois) registros de notas; II – Tendo cursado 25% e avançado em 50%, o aluno

deverá cursar ainda 25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes

quantidade de registros de notas:

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a) nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o aluno deverá cursar 3 (três)

registros de notas;

b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira

Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas;

c) nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno

deverá ter 2 (dois) registros de notas. Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da

carga horária total da disciplina, após reclassificado, deverá cursar ainda,

obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária. O resultado do

processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a pasta individual do

aluno. Após o resultado final do processo de reclassificação realizado pelo

estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à

Secretaria de Estado da Educação.

Aproveitamento de estudos na Educação de Jovens e Adultos - EJA

O aluno poderá requerer aproveitamento integral de estudos de disciplinas

concluídas com êxito, mediante apresentação de por meio de cursos organizados

por disciplina ou de Exames EJA, ENCCEJA e ENEM (Supletivos), apresentando a

comprovação de conclusão. O aluno oriundo de organização de ensino diferente da

ofertada nesta modalidade de ensino, serão desconsiderados os registros de notas e

carga horária do estabelecimento de ensino de origem, devendo realizar matrícula

inicial em até 4 (quatro disciplinas)

No ato da matrícula, o (a) educando (a) poderá requerer aproveitamento de

estudos de disciplinas, mediante apresentação de documento comprobatório de:

- conclusão com êxito de série/período/etapa/semestre a ser aproveitada;

- disciplinas concluídas com êxito por meio de cursos organizados por disciplina ou

por Exames EJA, ENCCEJA e ENEM.

Para cada série e período/etapa/semestre equivalente à conclusão, com êxito

de uma série do ensino regular, será feito aproveitamento de 25% da carga horária

total de cada disciplina constante na Matriz Curricular da EJA. Se o Histórico Escolar

não constar as disciplinas de Filosofia e Sociologia, o (a) educando (a) deverá cursá-

las, integralmente, para concluir o Ensino Médio.

Série concluída com disciplina em dependência (resultado AP-D - Aprovado

com dependência - Progressão Parcial) não será aproveitada na EJA.

Para os estudos realizados no Ensino Médio organizado por blocos de

disciplinas, são necessários dois blocos completos (correspondente a 200 dias

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letivos e 800 horas) concluídos com êxito, para aproveitar 25% da carga horária total

de cada disciplina da Educação de Jovens e Adultos - EJA. Para as disciplina, cuja

carga horária foi cumprida em apenas um bloco, não será realizado o

aproveitamento. Os estudos realizados no curso EJA - Presencial organizado por

etapa (2001 a 2006), ofertado na Rede Estadual de Ensino, em que a matrícula e o

resultado eram por disciplina/módulo, poderão ser aproveitados 100% das

disciplinas/módulos quando constar no Histórico Escolar a etapa final dessa

disciplina, a nota e o resultado “Aprovado” (AP). A disciplina não concluída, cujo

resultado no Histórico Escolar conste como “Promoção Continuada” (PC), deverá ser

cursada integralmente ou o(a) educando(a) poderá ser indicado(a) para participar do

processo de reclassificação, desde que o(a) mesmo(a) demonstre apropriação dos

conteúdos.

No Ensino Médio, o aproveitamento de estudos será no máximo de 50% do

total da carga horária da disciplina da EJA constante na Matriz Curricular.

Para cada disciplina concluída com êxito por meio de cursos organizados por

disciplina ou por Exames EJA, ENCCEJA ou ENEM, o aproveitamento será de 100%

do total da carga horária da disciplina da EJA.

Considerando o aproveitamento de estudos, o educando deverá cursar a

carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular.

Na inserção da matrícula na disciplina, com aproveitamento de estudos no

Sistema SEJA, deverá ser indicado o percentual de carga horária total da disciplina

que será aproveitada: 25%, 50%, 75% ou 100%, quando for disciplina do Ensino

Fundamental – Fase II e, no Ensino Médio, enquadramento de 25% ou 50% da

carga horária total de cada disciplina.

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Inclusão

A inclusão na sociedade é um grande desafio. Possui entraves que dificulta e

até mesmo exclui os alunos com necessidades especiais das escolas regulares, seja

pela falta de estrutura física ou principalmente pelo preconceito que ainda impera no

interior das pessoas. A inclusão é o ir além, é trazer para perto, é acolhimento à

diversidade humana e aceitação das diferenças individuais.

É imprescindível dominarmos bem os conceitos inclusivistas para que

possamos ser ativos na construção de uma sociedade que seja realmente para

todos, independentemente da cor, da idade, do gênero, do tipo de necessidade

especial e qualquer outro atributo pessoal. “As escolas inclusivas são escolas para

todos, implicando um sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças

individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos” (CARVALHO,

2004, p. 26).

O processo de Inclusão Educacional deve acontecer de maneira satisfatória,

envolvendo tanto os alunos como os profissionais da escola. O atendimento

pedagógico para alunos com necessidades especiais e dificuldade de aprendizagem

é fator essencial para que se desenvolvam superando seus limites. Na escola a

inclusão desenvolve nos estudantes a apreciação pela diversidade individual e um

aprendizado cooperativo.

Assim, é um processo que contribui para a construção de uma sociedade que

garante espaços a todos, fortalecendo as atitudes de aceitação das diferenças

individuais e de valorização da diversidade humana enfatizando a importância do

pertencer, da convivência, da cooperação para construção da solidariedade, da

justiça.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação deve ser uma política

denominada de inclusão responsável. O desafio da inclusão escolar é enfrentado

como nova forma de repensar e reestruturar políticas e estratégias educativas, de

maneira a criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com

necessidades educacionais especiais, e, sobretudo, garantir condições

indispensáveis para que possam manter-se na escola e aprender.

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Desafios Educacionais Contemporâneos

A escola volta-se para a promoção de ação coletiva voltada para a inclusão e

a diversidade, possibilitando assim a formação de pessoas críticas capazes de

mobilizarem-se na sociedade de forma a garantir o reconhecimento de sua

cidadania e formação para o mundo do trabalho.

Nesta perspectiva a escola trabalha no sentido de reparar males das novas

configurações do capital (inclusão, sustentabilidade, cidadania, meio ambiente,

drogadição, bullying).

Alguns Desafios Educacionais Contemporâneos inseridos na escola e nas

políticas educacionais, hoje são marcos legal, que tem seus princípios e história

determinada pela cobrança da sociedade civil organizada e, mais pontualmente, dos

movimentos sociais. Sendo assim, tais leis e lutas históricas e coletivas da

humanidade não serão negadas pela escola, mas são chamadas ao currículo

quando fazem parte da totalidade de um conteúdo nele presente, portanto, fazendo

parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação de fatos sociais,

seja por questões da violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental,

do uso indevido de drogas ou dos direitos humanos, bullying e educação fiscal.

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5 MARCO CONCEITUAL

5.1 Concepção de Homem

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,

ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula

experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação e

intenção são planejadas, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não

materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani

(1992, p. 19) “o homem necessita produzir continuamente sua própria existência.

Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si,

isto é, transformá-la pelo trabalho”.

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O

homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que pronuncia sobre a

realidade.

O ser humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto um sujeito cognoscente a propósito do objeto a ser conhecido. Portanto o ser humano é um corpo consciente, capaz de conhecer a realidade, interagindo com os seus iguais. Neste contexto, inteligência significará muito mais que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor, contudo em nome de propósitos cada vez mais solidários e criativos (FREIRE, 1997, p. 89).

Todo esforço no sentido da manipulação do homem para que simplesmente

saiba fazer determinada função, sem reflexão deve ser combatida, pois saber sem

reflexão, sem o resgate de valores e atitudes sugere a existência de uma realidade

sem evolução, o que significa subtrair do homem a sua possibilidade de ser criativo,

inovador, com direito de transformar o já existente para algo bem melhor, achando

soluções para eventuais problemas e saber tomar decisões frente às diversas

situações que terão que ser enfrentadas no mundo do trabalho.

5.2 Concepção de Infância e Adolescência

A infância como construção histórica, tem-se a contribuição dos estudos de

Vygotsky (2007), que ao analisar o desenvolvimento humano, privilegia a interação

social, na formação da inteligência e das características essencialmente humanas,

ou seja, nos tornamos humanos a partir das interações sociais. Compreender a

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infância como historicamente situada, implica pensar nas intencionalidades

educativas. Portanto, todos devem realizar um trabalho articulado que envolva todas

as áreas do conhecimento.

Na infância, as crianças aprendem brincando, desenvolvem a capacidade de

compreender regras, limites, cooperação, competição, valores, noções de topologia,

de lateralidade, de esquema corporal, expressão, canto, dança, aspectos culturais,

movimentos motores finos, manipulação de objetos, trabalhos em grupo, mediação

de conflitos, cuidados, enfim, muitos aprendizados dos elementos que nos inserem

gradativamente no muito adulto, vêm do brincar. Portanto, “brincar não é uma

dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social

precisa que, como outras, necessitam de aprendizagem” (BROUGÉRE, 2002, p. 20).

Infância e adolescência são períodos da vida constituídos por elementos

históricos produzidos socialmente pelo homem. A adolescência também é vista

como uma construção social, que tem suas repercussões na subjetividade e no

desenvolvimento do homem moderno e não como um período natural do

desenvolvimento.

5.3 Concepção de Mundo

Segundo Saviani (1992) o mundo enquanto uma dimensão histórica - cultural

e, portanto inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano,

igualmente inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de sua própria

transformação.

O que importa, é a problematização do mundo do trabalho, das obras, dos

produtos, das ideias, das convicções, das aspirações, dos mitos, da arte, da ciência,

enfim o mundo da cultura e da história que resultando das relações do ser humano,

do mundo, desafia o próprio ser humano a rever constantemente suas ações sobre a

realidade na perspectiva de humanizá-la.

É preciso desenvolver no mundo uma posição de engajamento, compromisso

e participação que o sensibilize para a sua dimensão humana.

5.4 Concepção de Sociedade

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar as aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade. Que não se trata aqui de leis naturais, mas

sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constitui historicamente.

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A sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica. (SEVERINO,1998, p. 47).

Portanto, o processo de conscientização sempre se realiza em seres

humanos concretos, inseridos em estruturas sociais, políticas e econômicas.

A sociedade privilegia alguns princípios e ideias que nos desafiam a

constantemente refletir e repensar o cotidiano. Contudo, a escola tem uma efetiva

participação na medida em que inclui, em seus conteúdos curriculares a dimensão

humanística, técnica científica e político-social, colabora também quando se

preocupa em desenvolver no aluno uma liderança mais criativa e solidária, inserindo

este aluno no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças

estruturais também necessitam da participação deles.

Diante das mudanças na sociedade, queremos enquanto escola que nossos

educandos tenham uma ampla visão de mundo, que os alunos sejam capazes de

superar os preconceitos sociais, eliminando rótulos e preconceitos numa sociedade

em que todos tenham os mesmos direitos e deveres.

5.5 Concepção de Educação

A educação é uma prática social, uma atividade especifica dos homens

situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser

mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

Segundo Saviani (1992 p. 19) a “educação é fenômeno próprio dos seres

humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o

processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho”. E continua

“a educação centrada na apropriação do saber elaborado como instrumento de luta

social e da compreensão da realidade social”. “A educação e a escola devem servir

para formar sujeitos conscientes de sua ação transformadora na construção de uma

sociedade mais justa, à construção de uma nova ordem social”.

Para Saviani, à educação caberia desempenhar, então, "o papel de

reforçamento dos laços sociais, na medida em que for capaz de sistematizar a

tendência à inovação", o que só seria possível "voltando-se para as formas de

convivência que se desenvolvem no seio dos diversos grupos sociais estimulando-

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os na sua originalidade e promovendo o intercâmbio entre eles" (SAVIANI, 1986, p.

131).

Paulo Freire considera que

“a educação deve se constituir em processo político e, superar as etapas iniciais da alfabetização; deve ser direta e realmente ligada à democratização da cultura, ou seja, construída pelo professor e pelo aluno numa relação dialógica, e que, por isso, afasta qualquer hipótese de torná-la, um ato puramente mecânico” (FREIRE, 2000, p. 27).

Assim, o professor e o aluno, em ações conjuntas e orientadas pelo princípio

da liberdade, competência e respeito, precisam desenvolver e aprimorar sua

capacidade de diálogo continuamente no intuito de construírem um processo

educacional solidário e afetivo, no qual os dois aprendem e ensinam no mundo

contemporâneo.

5.6 Concepção de Escola

Segundo Saviani (2008, p. 101) “a escola é uma instituição cujo papel

consiste na socialização do saber sistematizado”. E à exigência de apropriação do

conhecimento sistematizado por parte das novas gerações que se torna necessária

a existência da escola, e escola existe, pois, para proporcionar a aquisição dos

instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado (ciência) bem como o

próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola deve se

organizar a partir dessa questão.

Dentro da Gestão Democrática o papel do diretor, professores, alunos,

agentes educacionais, equipe pedagógica, pais ou responsáveis é fortalecer o

trabalho coletivo no intuito de organizar uma escola voltada ao processo de ensino e

aprendizagem e combater, a cada dia, dentro e fora da escola, a visão fragmentada

de escola e sociedade.

Neste sentido:

O ‘coletivo’ é um ‘organismo social vivo’ colocado, ao mesmo tempo, como meio e fim da educação. É um conjunto finalizado de indivíduos ‘ligados entre si’ mediante a comum responsabilidade sobre o trabalho e a comum participação no trabalho coletivo. (CAMBI, 1999, p.560).

Ressalta Cambi, a necessidade da promoção de mecanismos que incentivem

e viabilizem práticas participativas dentro da escola através da atuação da

comunidade escolar.

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5.7 Concepção de Cultura

A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani (2008),

“para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os

meios de sua subsistência”. “Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da

natureza, criando um mundo da cultura”.

Pode-se considerar que,

[...] de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalho”. (SACRISTAN, 2001, p.105).

Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de

significação, é cultural.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa

completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na

escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades

culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a

levá-los a produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da

escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao

saber sistematizado, da cultura popular a cultura erudita; assume um papel político

fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p. 189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita

cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço

motivador, aberto e democrático.

De acordo com a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, no Artigo 26-A,

torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. Os

conteúdos deverão contemplar diversos aspectos da história e da cultura que

fundamentam a população brasileira. A história da África, a luta dos negros e dos

povos indígenas no Brasil, suas culturas e suas contribuições da sociedade

nacional, devem ser evidenciados no currículo escolar.

5.8 Concepção de Conhecimento

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre

os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações

sociais mediadas pelo trabalho.

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O conhecimento é uma produção histórico-social, histórico é, portanto, tudo

que dizendo respeito aos homens, é por eles produzido na forma de relações

humanas, ou seja, sociais.

Para Leonardo Boff (2000, p.82) “o ato de conhecer, portanto, representa um

caminho privilegiado para compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não

transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do

conhecimento em ação”.

A construção do conhecimento está diretamente vinculada ao processo de

ação-reflexão sobre a práxis social, a partir de sua problematização, da análise e

compreensão teórica dos elementos e suas inter-relações. A produção de novos

conhecimentos pressupõe a superação dos anteriores.

“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria a faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor “(Veiga, 1995, p, 27).

Saviani (1992 pág. 22) define assim “A escola diz respeito ao conhecimento

elaborado e não ao conhecimento espontâneo, ao saber sistematizado e não ao

saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular”.

5.9 Concepção de Ensino

Sua finalidade é promover a interação entre aluno e conhecimento, de modo a

possibilitar o acesso e a incorporação de elementos culturais essenciais a sua

transformação enquanto síntese das múltiplas relações sociais (SAVIANI, 2008).

É um processo sistemático de contínuas e cumulativas mediações culturais.

No Ensino as atividades devem promover a reflexão-ação sobre a realidade,

possibilitando um processo mais significativo de apropriação-socialização-produção

do saber tendo por base seus aspectos essenciais e como objetivo final, uma

tomada de decisão que direcione o aprendizado e, conseqüentemente, o

desenvolvimento do educando.

O trabalho docente é atividade que dá unidade ao binômio ensino-aprendizagem, pelo processo de transmissão-assimilação ativa de conhecimentos, realizando a tarefa de mediação na relação cognitiva entre o aluno e as matérias de estudo. (LIBÂNEO,1994, p. 88)

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Portanto, a atuação do professor deve ser a de mediador dos conhecimentos

escolares. Por meio de suas mediações o desenvolvimento do ensino passa a ser

um processo ativo, nele o professor tem a consciência de que ensinar não é

somente transmitir conhecimento, com a sua ação pedagógica promove uma ação-

reflexão-ação sobre os conhecimentos construídos e elaborados pela humanidadea

fim de contribuir para formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de

seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem,

preparados para participar da vida econômica, social e política e para a construção

de uma sociedade mais justa.

5.10 Concepção de Aprendizagem

Processo dinâmico, cumulativo e permanente de subjetivação do mundo

objetivo produzido cultural e historicamente.

Processo contínuo de apropriação do mundo pelo sujeito, por meio de suas

múltiplas interações.

Processo intra-subjetivo de apropriação de saberes-objeto, de domínio de

atividades "engajadas" no mundo e de regulação de suas relações com os outros e

consigo mesmo.

Ocorre no / pelo processo de interação e mediação entre sujeitos numa

construção coletiva do conhecimento.

5.11 Concepção de Avaliação

Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de conhecimento e da

aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão. A avaliação da

aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e professor, com

a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a

prática educativa.

A Avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos

tendo em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo. Deve ser

praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos

educandos, tendo por base seus aspectos essenciais, e como objetivo final, uma

tomada de decisão que direcione o aprendizado e, consequentemente o

desenvolvimento do educando. Diagnosticando, a avaliação permite a tomada de

decisão mais adequada, tendo em vista desenvolvimento e o auxílio externo para

esse processo de autodesenvolvimento.

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Assim sendo, a avaliação da aprendizagem escolar auxilia os educadores e o

educando na sua viagem comum de crescimento e a escola na sua responsabilidade

social. A avaliação deve ser democrática, favorecendo o desenvolvimento da

capacidade do educando em aprimorar-se de conhecimentos científicos, sociais e

tecnológicos produzidos historicamente.

Portanto, a avaliação do rendimento escolar será pautada numa concepção

diagnóstica.

5.12 Concepção de Currículo

[...] O currículo também produz e organiza identidades culturais, de gênero, identidades raciais, sexuais. Dessa perspectiva, o currículo não pode ser visto simplesmente como um espaço de transmissão de conhecimentos. O currículo está centralmente envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos, naquilo que nos tornaremos. O currículo produz, o currículo nos produz. (SILVA, 1999b, p.27).

Numa perspectiva transformadora e democrática, o currículo é:

- Eixo articulador do trabalho pedagógico;

- Tem função organizadora;

- Articula os elementos e sujeitos do trabalho pedagógico, promovendo a

unidade teórico-prática;

- É o elemento norteador da organização do trabalho pedagógico no cotidiano

escolar.

O Currículo deve respeitar as diferenças sendo um campo aberto à produção

de significados, permitindo a criatividade, a inovação, abrindo espaços para a

pluralidade de saberes e expressões culturais.

5.13 Concepção Estágio não Obrigatório

Segundo Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008, Art. 1º, “Estágio é ato

educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à

preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o

ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de

ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na

modalidade profissional de jovens e adultos”.

O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação

das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta

pedagógica do curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito

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para aprovação e obtenção de diploma. O estágio não obrigatório é atividade

opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a

compreensão dos princípios científico-tecnológicos e históricos da produção

moderna, de modo a orientar os estagiários a desenvolverem as ações no ambiente

de trabalho relacionado aos conhecimentos universais necessários para

compreendê-los a partir das relações de trabalho. Formar para o mundo do trabalho,

portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pelo

conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das

etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para além

de uma formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se

compreender o processo de produção em sua totalidade.

5.14 Concepção de Trabalho

O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,

condicionando e determinando a vida. E (...) uma atividade humana intencional que

envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários a vida”

(Andery, 1998, p, 13).

Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação intencional, o

homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de

bens. Porem, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma

tranquila, está determinado pelas relações de poder.

Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais.

Os bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já

os bens não-materiais, produção e consumo acontecem simultaneamente.

No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e

nesta dimensão que está posta a formação do homem. Ao consideramos o trabalho

uma práxis humana, é importante o entendimento de que o processo educativo é um

trabalho não material, uma atividade intencional que envolve formas de organização

necessária para a formação do ser humano.

O conhecimento como construção histórica e matéria-prima (objeto de estudo)

do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo produz novos

conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações

para a sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio

intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto capaz de

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criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do

domínio do conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p, 33 e 35).

5.15 Concepção de Cidadania

Para o educador brasileiro Demerval Saviani, ser cidadão significa ser sujeito

de direitos e deveres: “Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da

vida da cidade e, extensivamente, da vida da sociedade”.

A cidadania é exercida pelos cidadãos. Cidadão é um indivíduo que tem

consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões

da sociedade. A idéia de cidadania ativa é ser alguém que cobra, propõe e

pressiona.

Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade

perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar do destino da

sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos.

A cidadania é a possibilidade de sermos sujeitos atuantes, com direitos e

deveres, os quais requerem inclusão social.

No espaço escolar o aluno deve ter a oportunidade de se tornar um cidadão

ativo e participativo e os conteúdos disciplinares são pertinentes e favorecem um

diálogo crítico.

Levar os alunos a refletirem sobre a importância de exercerem seus direitos e

deveres é papel de todos aqueles que fazem parte da comunidade escolar, visando

à conscientização para que sua cidadania efetivamente ocorra através da luta e

reivindicações, da ação concreta dos indivíduos.

Isso requer, portanto, a consciência clara sobre o papel da educação e as

novas exigências colocadas para a escola que, como instituição educacional é o

local apropriado de construção da cidadania.

5.16 Concepção de Tecnologia

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 ao propor a

formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a

concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o especifico,

determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os

conteúdos.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e

alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento

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das desigualdades, ou para inserção social se vista como uma forma de estabelecer

mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. “Urge, pois continuar

a lutar pela escolarização como um bem público contra a domesticação política que

tem inflamado o debate educativo contribuindo para que a educação em geral e o

currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que os mais

desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria concepção de poder”.

(Paraskeva, 2001).

Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação

tecnológica não será suficiente para o acesso de todos, da Escola Publica, sem que

haja uma vontade e ação política que possibilite investimento para que esses

recursos tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e possam ser ferramenta

que contribua para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer

relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sóciohistórico, possibilitando

articular ação, teoria e pratica.

A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e

serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais

vigentes.

5.17 Concepção de Letramento

Letramento é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e

a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. Do ponto de vista social, o

letramento é um fenômeno cultural relativo às atividades que envolvem a língua

escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no contexto

social” (SOARES, 2006).

Já não basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir

além da alfabetização funcional (denominação dada às pessoas que foram

alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita). O sentido ampliado

da alfabetização, o letramento, de acordo com Magda, designa práticas de leitura e

escrita. A entrada da pessoa no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de toda

a complexa tecnologia envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever.

Letramento é “... entendido como o desenvolvimento de comportamentos e

habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais”

(SOARES, 2004).

O aluno precisa saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e

escrita. Ou seja, para entrar nesse universo do letramento, ele precisa apropriar-se

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do hábito de buscar diversos tipos de leituras e com esse convívio efetivo com a

leitura, apropriar-se do sistema de escrita.

A professora defende ainda que, para a adaptação adequada ao ato de ler e

escrever, “é preciso compreender, inserir-se, avaliar, apreciar a escrita e a leitura”. O

letramento compreende tanto a apropriação das técnicas para a alfabetização

quanto esse aspecto de convívio e hábito de utilização da leitura e da escrita.

O letramento não é só de responsabilidade do professor de língua

portuguesa, mas de todos os educadores que trabalham com leitura e escrita.

Alunos leem e escrevem nos livros didáticos. Isso é um letramento específico de

cada área de conhecimento. Cada professor, portanto, é responsável pelo

letramento em sua área oferecendo oportunidades de acesso a cultura escrita e

ampliando as capacidades e as experiências dos educandos de modo que eles

possam ler e escrever com autonomia.

5.18 Concepção de alfabetização

A alfabetização é a aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem

escrita em seus diferentes usos sociais, porque é imprescindível a aprendizagem

simultânea dessas duas dimensões.

Ler e escrever não se resume a juntar letras, nem a decifrar códigos: a língua

não é um código – é um complexo sistema que representa uma identidade cultural.

É preciso saber ler e escrever para interagir com essa cultura com autonomia,

inclusive para modificá-la, do lugar de quem enuncia e não penas consome.

Neste contexto, deve-se trabalhar a alfabetização na perspectiva do

letramento, oque constitui um desafio para o professor, pois requer mudanças

significativas acerca das concepções que norteiam a prática pedagógica de uma

aprendizagem significativa, de modo que o professor explore, na sala de aula,

diferentes usos e funções sociais da leitura e da escrita, a fim de formar leitores e

escritores proficientes.

A escola precisa criar o ambiente e propor situações de práticas sociais de

uso da escrita às quais os alunos não têm acesso para que possam interagir

intensamente com textos dos mais variados gêneros, identificar e refletir sobre seus

diferentes usos sociais, produzir textos e, assim, construir as capacidades que lhes

permitam participar das situações sociais pautadas pela cultura escrita.

Segundo Magda Soares, 2004 a escola cumprirá a sua função na

alfabetização quando tornar o “indivíduo ao mesmo tempo alfabetizado e letrado”.

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5.19 Concepção de Inclusão

A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de

todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma

reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de

modo que estas respondam a diversidade de alunos. É uma abordagem

humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como

objetivo o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.

A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente a espécie humana, busca

perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-

alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a

promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.

Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer

mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação

humana dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a

educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.

O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se

apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades

pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial

desde sua origem é um sistema separado de educação das crianças com

deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das

crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe

ensino especial em todo o mundo sejam em escolas de frequência diária, internatos

ou pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.

5.20 Concepção de Educação do Campo

A concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais

no final do século XX, em referência à identidade e cultura dos povos do campo,

valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à

vida na terra. Trata-se do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de

conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência.

O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem

com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas,

mediante mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as

relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de

celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho que nem sempre

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segue o relógio mecânico. A identidade dos povos do campo comporta categorias

sociais como posseiros, boias-frias, ribeirinhos, ilhéus, atingidos por barragens,

assentados, acampados, arrendatários, pequenos proprietários ou colonos ou

sitiantes – dependendo da região do Brasil em que estejam – caboclos dos faxinais,

comunidades negras rurais, quilombolas e, também, as etnias indígenas.

Entender o campo como um modo de vida social contribui para auto-afirmar a

identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu

jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da

natureza. Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos próprios povos do

campo, numa atitude de recriação da história. O campo retrata uma diversidade

sociocultural, que se dá a partir dos povos que nele habitam: assalariados rurais

temporários, posseiros, meeiros, arrendatários, acampados, assentados,

reassentados atingidos por barragens, pequenos proprietários, vileiros rurais, povos

das florestas, etnias indígenas, comunidades negras rurais, quilombos, pescadores,

ribeirinhos e outros mais. Entre estes, há os que estão vinculados a alguma forma

de organização popular, outros não. São diferentes gerações, etnias, gêneros,

crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os

problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.

Entre as características da educação do campo que se pretende construir,

estão:

- concepção de mundo: o ser humano é sujeito da história, não está “colocado” no

mundo, mas ele é o mundo, faz o mundo, faz cultura. O homem do campo não é

atrasado e submisso; antes, possui um jeito de ser peculiar; pode desenvolver suas

atividades pelo controle do relógio mecânico ou do relógio “observado” no

movimento da Terra, manifesto no posicionamento do Sol. Ele pode estar organizado

em movimentos sociais, em associações ou atuar de forma isolada, mas o seu

vínculo com a terra é fecundo. Ele cria alternativas de sobrevivência econômica num

mundo de relações capitalistas selvagens;

- concepção de escola: local de apropriação de conhecimentos científicos

construídos historicamente pela humanidade e local de produção de conhecimentos

em relações que se dão entre o mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana. Os

povos do campo querem que a escola seja o local que possibilite a ampliação dos

conhecimentos; portanto, os aspectos da realidade podem ser pontos de partida do

processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada. O desafio é lançado ao

professor, a quem compete definir os conhecimentos locais e aqueles historicamente

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acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos. Os

povos do campo estão inseridos nas relações sociais do mundo capitalista e elas

precisam ser desveladas na escola;

- concepção de conteúdos e metodologias de ensino: conteúdos escolares são

selecionados a partir do significado que têm para determinada comunidade escolar.

Tal seleção requer procedimentos de investigação por parte do professor, de forma

que possa determinar quais conteúdos contribuem nos diversos momentos

pedagógicos para a ampliação dos conhecimentos dos educandos. Estratégias

metodológicas dialógicas, nas quais a indagação seja frequente, exigem do

professor muito estudo, preparo das aulas e possibilitam relacionar os conteúdos

científicos aos do mundo da vida que os educandos trazem para a sala de aula;

- concepção de avaliação: processo contínuo e realizado em função dos objetivos

propostos para cada momento pedagógico seja bimestral, semestral ou anual. Pode

ser feita de diversas maneiras: trabalhos individuais, atividades em grupos, trabalhos

de campo, elaboração de textos, criação de atividades que possam ser um

“diagnóstico” do processo pedagógico em desenvolvimento. Muito mais do que uma

verificação para fins de notas, a avaliação é um diagnóstico do processo

pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos objetivos, e da

apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz emergir os

aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.

Um desafio está posto à educação do campo: considerar a cultura dos povos

do campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como

processo de apropriação e elaboração de novos conhecimentos.

5.21 Concepção de Formação Humana Integral

Compreende uma educação que deve garantir o desenvolvimento dos

sujeitos em todas as suas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural

e se constituir como projeto coletivo, compartilhado por crianças, jovens, famílias,

educadores, gestores e comunidades locais.

A formação humana integral reconhece oportunidades educativas que vão

além dos conteúdos compartimentados do currículo tradicional e compreende a vida

como um grande percurso de aprendizado, capaz de formar um ser critico e

consciente do seu papel no mundo.

Deve ser assumida por todos os agentes envolvidos no processo formativo

das crianças, jovens e adultos. Nesse contexto, a escola se converte em um espaço

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essencial para assegurar que todos e todas tenham garantida uma formação

integral, assumindo o papel de articuladora das diversas experiências educativas a

partir de uma intencionalidade clara que favoreça as aprendizagens e

desenvolvimento de todos os estudantes.

5.22 Concepção de tempo e espaço pedagógico

O tempo escolar é um dos elementos constitutivos do trabalho pedagógico,

sendo pensado e analisado pela equipe diretiva, equipe pedagógica, professores, e

órgãos colegiados. A organização do tempo escolar tem como referência o

Calendário Escolar de cada ano letivo, a partir deste, o estabelecimento de ensino

indica o início e término de cada trimestre, determina os dias relativos ao conselho

de classe, às reuniões pedagógicas, o replanejamento, a formação continuada, a

organização da hora atividade, dentre outros. Nesse tempo escolar, os professores

refletem sobre o currículo, o planejamento diário, a elaboração do plano de trabalho

docente, o atendimento aos pais e/ou representantes, à formação continuada, os

índices de rendimento escolar dos alunos, dentre outras atividades que se fizer

necessário.

A organização do currículo não considera os tempos diferenciados de

aprendizagens de cada aluno, o professor, por sua vez precisa compreender e

articular seu trabalho tendo em vista as necessidades dos diferentes sujeitos que

compõe a comunidade escolar de forma que encontre subsídios teóricos práticos

que favoreçam o entendimento e à compreensão do conteúdo ensinado. Cada aluno

possui um ritmo de aprendizagem diferente do outro, ritmos de aprendizagens

diferentes de uma turma para outra, de um turno para outro, e isto, precisa ser

considerado e pensado no planejamento das aulas.

Os diferentes espaços pedagógicos que a escola possui estão organizados

por meio de algumas regras que determinam a utilização desses para facilitar a

convivência e o estabelecimento da ordem coletiva. Os espaços são organizados

prioritariamente ao atendimento as aulas, as atividades realizadas em contraturno

levando em conta o objetivo de proporcionar o desenvolvimento dos alunos.

5.23 Concepção dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos visa garantir os direitos e

liberdades de todos os seres humanos. Aborda essencialmente a liberdade e a

igualdade em dignidade e direitos, contemplando os seguintes pontos: todos devem

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ser tratados do mesmo modo sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião,

riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição; garantia do direito à vida, à

liberdade, e à segurança pessoal de forma que ninguém seja submetido à tortura e à

escravidão; garantia de direito à moradia e à nacionalidade; liberdade de opinião e

expressão; direito ao trabalho e ao lazer. Assim, esses direitos tornaram-se inerentes

à condição humana, pois ninguém pode tirá-los dos indivíduos.

Ainda que, esses direitos tenham sido postulados no ano de 1948, através da

Declaração Universal dos Direitos Humanos, as noções e fundamentos neles

contidos não surgiram precisamente naquele momento, pois anterior a isso, já

existia lutas baseadas nos princípios que regem a Declaração e, sobretudo, por

igualdade e liberdade. A partir disso, tem-se o desenvolvimento do conceito de

Direitos Humanos, que é entendido, como fundamental e, especificamente por ser

intrínseco à sua natureza humana. Sendo assim,

[...] são direitos que não resultam de uma concessão da sociedade política. Pelo contrário, são direitos que a sociedade política tem o dever de consagrar e garantir. Este conceito não é absolutamente unânime nas diversas culturas, contudo, no seu núcleo central, a idéia alcança uma real universalidade no mundo contemporâneo.( Herkenhoff, 1994 p.30).

O processo de desenvolvimento dos direitos humanos, assim, opera-se em

constante cumulação, sucedendo-se, no tempo, vários direitos, que, mutuamente, se

substituem, consoante a concepção contemporânea desses direitos, fundada na sua

universalidade, indivisibilidade e interdependência.

5.24 Concepção de Meio Ambiente

De acordo com a resolução CONAMA 306:2002: “Meio Ambiente é o conjunto

de condições, leis, influencia e interações de ordem física, química, biológica, social,

cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”

Encontra-se na ISO 14001:2004 a seguinte definição sobre meio ambiente:

“circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo,

recursos naturais, flora fauna, seres humanos e suas inter-relações”.

Uma organização é responsável pelo meio ambiente que a cerca, devendo,

portanto, respeitá-lo, agir como não poluente e cumprir as legislações e normas

pertinentes (ISO 14001).

No Art. 225 da Constituição Federal há a seguinte frase: “Todos têm direito ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial

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à qualidade de vida impondo-se ao Poder público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações”.

A sociedade como um todo é responsável pela preservação do meio

ambiente, então, é preciso agir da melhor maneira possível para não modificá-lo de

forma negativa, pois isso terá consequências para a qualidade de vida da atual e

das futuras gerações, entendendo que: “O meio ambiente concebido, inicialmente,

como as condições físicas e químicas, juntamente com os ecossistemas do mundo

natural, e que constitui o habitat do homem, também é, por outro lado, uma

realidade com dimensão do tempo e espaço”.

Essa realidade pode ser tanto histórica (do ponto de vista do processo de

transformação dos aspectos estruturais e naturais desse meio pelo próprio homem,

por causa de suas atividades) como social na medida em que o homem vive e se

organiza em sociedade, produzindo bens e serviços destinados a atender “as

necessidades e sobrevivência de sua espécie” (EMÍDIO, 2006, p.127).

O espaço ocupado pelo homem está a todo o momento sofrendo

modificações relacionadas ou impostas pelo próprio homem, que podem ser

danosas ao meio quando não administradas corretamente.

5.25 Concepção de Formação Continuada

Nos dias atuais, a formação continuada é imprescindível e, deixando de ser

entendida apenas como complementação de formação inicial, vem “contribuir para

melhorar a escola, reinventando-a, redefinindo, em simultâneo, os contornos de uma

profissionalidade docente”. (Canário apud Porto, 2000, p.32).

A formação do docente constitui-se um processo dinâmico e com

possibilidade de aperfeiçoamento crescente, podendo-se entendê-lo como um

processo contínuo. Santos (1998, p.124) a denomina de formação continuada ou

formação contínua, ou formação em serviço, em sentido mais estrito, todas as

formas deliberadas e organizadas de aperfeiçoamento profissional do docente, seja

através de palestras, seminários, cursos, oficinas ou outras propostas.

Assim sendo, a formação contínua consiste em propostas que vise à

qualificação, a capacitação, do docente para uma melhoria de sua prática, por meio

do domínio de conhecimentos e métodos do campo de trabalho em que atua.

Os conteúdos a serem desenvolvidos através da educação contínua podem

ter como objetivos superar problemas ou lacunas na prática docente ou atualizar o

professor, por meio de conhecimentos decorrentes de novos saberes das diferentes

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áreas do conhecimento. A formação oportuniza o professor não só o saber em sala

de aula. Ele precisa conhecer as diversas práticas analisadas na perspectiva

histórico, sócio - cultural. E ainda, precisa conhecer o desenvolvimento do seu

estudante nos seus múltiplos aspectos: afetivo, cognitivo e social, bem como refletir

criticamente sobre seu papel diante de seus estudantes e da sociedade. Munido

desses saberes elementares, os frutos serão colhidos no ambiente de sala de aula

ou fora dele.

5.26 Concepção de Cuidar e Educar

O “cuidar” é parte integrante da educação, exigi conhecimentos, habilidades e

instrumentos que exploram a dimensão pedagógica. Cuidar em um contexto

educativo demanda a integração de vários campos de conhecimento e a cooperação

de profissionais de diferentes áreas.

O cuidado precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseadas em conhecimentos específicos sobre desenvolvimento biológico, emocional, e intelectual das crianças, levando em conta diferentes realidades sócio-culturais (BRASIL, 1998, p. 25).

Educar significa proporcionar momentos, espaços e valores de diversas

formas e natureza, através da disciplina, da brincadeira e da troca de opiniões e

sentimentos. Oferecer um ambiente acolhedor, onde o(a) educando possa ter

liberdade de expressão, sendo visto como sujeito de seus direitos. Oportunizar o

despertar de suas potencialidades e capacidades, proporcionando uma

aprendizagem significativa, interagindo através de comportamento social correto,

organizado e baseado na construção do diálogo e na disciplina de seus atos.

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal e de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (1998 p.24).

Cabe ao educador oportunizar um ambiente estimulador associado à

realidade do aluno, para que a ação educativa diária seja um constante desafio

estimulador. É o educar para a vida e para o exercício da cidadania. Cuidar significa

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auxiliar a criança em seus primeiros passos. O cuidar não é restrito ao aspecto

biológico do corpo, mas é associado também à dimensão afetiva, pois o educando

precisa de segurança, apoio, incentivo e envolvimento do professor. É relevante

considerar as necessidades, que quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem

nos fornecer dados significativos sobre a qualidade do que estão recebendo. Cabe

ao educador estabelecer um vínculo com quem é cuidado, auxiliando a identificar

suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las de forma eficaz.

Uma vez que a Educação deve ser estruturada com base paralelamente ao

educar e o ensinar, é de suma importância a formação consciente do professor,

como agente transformador do futuro dos educandos, a educação trás consigo a

disciplina, seja na escola, na família e na sociedade. Faz parte do ser humano ser

passivo de modificações em seus comportamentos que elaboram as bases e o

desenvolvimento da educação, com organização e respeito.

Desta forma, o trabalho do educador deve estar centrado na organização do

tempo, na escolha correta dos conteúdos e na disciplina rotineira do ambiente

escolar, como hábitos de comportamentos saudáveis gerando um convívio

harmonioso e, consequentemente, criador de atitudes sérias e produtivas.

5.27 Concepção de Violência e Drogas no Ambiente Escolar

A violência vem assumindo dimensões diferenciadas e contextualizadas, por

ser um fenômeno complexo e resultante de múltiplas determinações. De modo geral,

pode ser definida como qualquer ato ou ação de um indivíduo ou grupo cujo fim é

ferir ou ofender um indivíduo empenhado em evitar tal tratamento (BARON, 1977).

Nesse sentido, um ato é caracterizado como violento quando atende, de acordo com

Ferreira e Schramm (2000), às seguintes condições: causar dano a terceiros, usar

força física ou psíquica, ser intencional e ir contra a vontade de quem é atingido. A

violência pode ser considerada sob diversas ópticas, sendo, principalmente,

classificada em social ou urbana, psicológica e física.

Pode-se relacionar a violência social a fatores geradores e à forma como se

conduzem determinados segmentos da sociedade os quais podem ser

exemplificados pela indisciplina no trânsito, transgressões, roubos, assaltos,

assassinatos, contrabandos, exploração do trabalho infantil, dentre outros que

afetam o homem direta e indiretamente (SPOSITO, 1998).

Para a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a

Ciência e a Cultura), a escola, antes vista como segura, também experiência a

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violência que nada mais é que um “reflexo do clima de violência e de injustiça que

caracteriza seu entorno” (UNESCO, 2003, p.58).

A escola, como instituição que faz parte da sociedade, sofre os reflexos dos

fatores de violência externos que têm gerado conflitos manifestados dentro da sala

de aula, comprometendo o aprendizado e as relações interpessoais. Segundo

Spósito (1998), a violência escolar expressa aspectos epidêmicos de processos de

natureza mais ampla, ainda insuficientemente conhecidos, como o consumo de

drogas e as dificuldades em debater tal assunto em relação à prevenção e ao

consumo.

O mundo das drogas tem seu contexto e este modifica uma vida, por isso há

necessidade de pensar em fazer a prevenção. A escola tem papel fundamental na

promoção da saúde. Trabalhar com temas que estão presentes no dia a dia dos

alunos e orientar sobre seus perigos e desafios é de extrema importância para que

os jovens tenham uma posição reflexiva e crítica dentro e fora dos muros da escola.

5.28 Concepção de diversidade

O acesso e permanência na escola com qualidade no processo educacional é

direito de todos. Entende-se como “todos”, as populações do campo, agricultores

familiares, trabalhadores rurais temporários, acampados, assentados, negras e

negros, povos indígenas, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais. A escola

trabalha na perspectiva de assegurar o atendimento sem discriminação ou

preconceito desta população, bem como sempre que possível trazer a discussão a

problemática que envolve este assunto.

A partir de 2008 foi formada a Equipe Multidisciplinar, que tem como objetivo,

elaborar ações na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-

se positivamente pela valorização da história de seu povo, da cultura, da

contribuição para o país e para a humanidade.

O trabalho com a diversidade envolve o atendimento a todos os sujeitos que,

historicamente, encontravam-se excluídos do processo de escolarização e/ou da

pauta das políticas educacionais, tais como: as populações do campo, faxinalenses,

agricultores familiares, trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados,

assentados, ribeirinhos, ilhéus, negros e negras, povos indígenas, jovens, adultos e

idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.

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Diante disto, a escola deve assumir o compromisso político e social de

garantir a todos o direito ao acesso à escolarização e ao saber sistematizado

historicamente.

Compreender esta dinâmica possibilita identificar e reconhecer os diferentes

sujeitos (educadores e educandos) e os condicionantes sociais que determinam o

sucesso ou o fracasso escolar, visando criar mecanismo de enfrentamento aos

diversos preconceitos existentes para que possa garantir o direito ao acesso e a

permanência com qualidade no processo educacional.

O governo federal sancionou, em março de 2003, a lei nº 10639/03-MEC, que

instituiu a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos Africanos no

currículo escolar do ensino fundamental e médio. Estabeleceu também as Diretrizes

Curriculares para a implementação da mesma. Esta decisão resgata historicamente

a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira.

5.29 Concepção de Educação de Jovens e Adultos

O perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos na sua maioria são

trabalhadores proletariados, desempregados, dona de casa, jovens, idosos,

portadores de deficiências especiais. São alunos com suas diferenças culturais,

etnia, religião, crenças, trabalham e lutam para superar suas condições de vida

(moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc.).

A grande maioria é oriunda de um processo educacional fragmentado,

marcado por frequente evasão e reprovação no Ensino Fundamental e Médio

regulares, procuram a EJA porque precisam da escolarização formal tanto por

questões pessoais quanto pelas exigências do mundo do trabalho.

Muitos adolescentes, jovens, adultos e idosos ingressos na EJA trazem

modelos internalizados de vivências escolares ou outras. Neles, predomina a ideia

de uma escola tradicional, onde o educador exerce o papel de detentor do

conhecimento e o educando de receptor passivo desse conhecimento. Por isso,

muitos supõem que seja da escola a responsabilidade pela sua aprendizagem.

Esses educandos trazem uma bagagem de conhecimentos de outras

instâncias sociais, visto que a escola não é o único espaço de produção e

socialização dos saberes. Essas experiências de vida são significativas e são

consideradas na elaboração do currículo escolar, o qual tem uma metodologia

diferenciada porque apresenta características distintas do ensino regular.

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Os educandos da EJA trazem consigo um legado cultural – conhecimentos

construídos a partir do senso comum e um saber popular, não-científico, constituído

no cotidiano, em suas relações com o outro e com o meio – os quais devem ser

considerados na dialogicidade das práticas educativas. Portanto, o trabalho dos

educadores da EJA é buscar de modo contínuo o conhecimento que dialogue com o

singular e o universal, o mediato e o imediato, de forma dinâmica e histórica.

O atendimento escolar a jovens, adultos e idosos não se refere somente a

uma característica etária, mas à diversidade sociocultural de seu público, composto

por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas

especiais, indígenas, remanescentes de quilombos, entre outros, que demandam

uma educação que considere o tempo, os espaços e a sua cultura.

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Centro de Línguas Estrangeira Moderna - CELEM

O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), criado no ano de 1986

pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR), integra o

Departamento de Educação Básica (DEB) e tem por objetivo ofertar o ensino

gratuito de idiomas aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica matriculados

no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, na Educação Profissional e

na Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos professores e funcionários que estejam

no efetivo exercício de suas funções na rede estadual e também à comunidade.

O CELEM, além de promover o conhecimento do idioma das etnias

formadoras do povo paranaense contribui para o aperfeiçoamento cultural e

profissional de seus alunos.

A Resolução n. 3.904/2008 - SEED, que regulamenta o funcionamento do

CELEM, considera "a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras

Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de

valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas".

Atualmente, o CELEM oferta nove idiomas: alemão, espanhol, francês,

inglês, italiano, japonês, mandarim, polonês e ucraniano, em duas modalidades de

cursos:

- Curso Básico: 2 (dois) anos de duração (320h), 4 (quatro) horas/aula

semanais, exceção dos cursos de Língua Japonesa, Ucraniana e Mandarim que tem

3 (três) anos de duração (480h) e também 4 (quatro) horas/aula semanais.

- Curso de Aprimoramento: o CELEM tem ofertado desde o ano de 2004 o

Curso de Aprimoramento para alunos que concluíram o Curso Básico. O referido

curso tem 1 (um) ano de duração, com um total de 160 horas/aula em 4 (quatro)

horas/aula semanais.

Os interessados poderão cursar até dois idiomas, tendo disponibilidade e

compatibilidade de horários. Para isso, deverão entrar em contato diretamente com

o(s) estabelecimento(s) de ensino que oferta(m) o(s) idioma(s) de seu interesse para

as devidas providências.

O funcionamento dos CELEM é acompanhado pelos Núcleos Regionais de

Educação (NRE), os quais atendem as orientações definidas pela Coordenação do

CELEM/SEED.

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Organização Curricular

A escola tem uma organização curricular composta por disciplinas do núcleo

comum e parte diversificada. As disciplinas do núcleo comum são: Arte, Biologia,

Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História,

Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e uma disciplina da parte

diversificada: Língua Estrangeira Moderna: Inglês.

O ano letivo é composto de 200 dias letivos e a organização do tempo escolar

no Ensino Fundamental é por série, o primeiro ano do Ensino Médio também por

série, o segundo e o terceiro ano do Ensino Médio organizado por Blocos de

Disciplinas Semestrais. A cessação do E.M.B.D.S será feita gradativamente a partir

de 2015.

A metodologia utilizada é a expositiva, dialógica buscando desenvolver um

trabalho interdisciplinar e contextualizado centrada numa teoria progressista, numa

linha Histórico-Crítica.

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno. Faz parte do processo ensino-aprendizagem sendo,

portanto contínua, cumulativa, processual, diagnóstica, e qualitativa,serve como

direcionamento e ao professor como diagnóstico na retomada de suas decisões e

reflexões. Deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os

pressupostos e metodologias da disciplina.

Os instrumentos de avaliação são diversificados através de provas escritas,

orais, pesquisas, trabalhos, seminários, experiências e realização das atividades

escolares e domiciliares.

A oferta da recuperação de estudos é de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem, através de retomada paralela de conteúdos,

trabalhos e pesquisas. Depois de realizado os instrumentos de avaliação da

aprendizagem os resultados são os registrados em notas expressos em uma escala

de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Para os alunos do 6º ano e do 7º ano há o professor da Sala de Apoio que

trabalha com conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática o que tem propiciado

uma recuperação de estudos e um melhor desenvolvimento nas outras disciplinas.

Para os alunos do 6º ao 9º ano e do Ensino Médio a Sala de Recursos

também tem contribuído para a recuperação do desenvolvimento escolar dos

alunos.

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Os conteúdos trabalhados e a avaliação em notas são registrados no

Registro de Classe do professor, nos boletins, no Sistema SERE e no histórico

escolar do aluno.

Os resultados da avaliação são comunicados aos pais, no conselho de

classe, nas reuniões bimestrais e trimestrais através de boletins, e sempre que a

direção, equipe pedagógica e professores acham necessário que os pais tomem

conhecimento do rendimento escolar dos filhos.

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GESTÃO DEMOCRÁTICA

A escola se constrói na sua relação com a sociedade, sendo um reflexo das

necessidades socioculturais de cada época. A atualidade tem apresentado um ritmo

acelerado de transformações, com a sociedade vivendo uma dinâmica muito

acentuada de alterações, num processo frenético. Mais do que nunca, são exigidas

dos sujeitos uma participação intensa e efetiva, transparência em objetivos das

decisões.

Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, avaliar e agir

coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas,

percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das

possibilidades e necessidades.

Assim, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a

construção das ações cotidianas, encontrando sua forma original de trabalho. Essa

travessia permite a cada escola a construção coletiva de sua identidade.

Nesse contexto, papel importante desempenha as instâncias de decisões

coletivas atuando em sintonia para viabilizar o Projeto Político-Pedagógico:

Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Grêmio Estudantil, Conselhos de

Classe, representação de turmas, reuniões pedagógicas, etc são fundamentais e o

diretor da escola deverá pautar seu trabalho pelas discussões e pelos

encaminhamentos definidos por elas.

Na escola contamos com a participação da APMF, CONSELHO ESCOLAR,

GRÊMIO ESTUDANTIL, CONSELHO DE CLASSE que acontece bimestralmente,

trimestralmente e sempre que se faz necessário.

Princípios da Gestão Democrática

Para uma prática educativa social e transformadora devemos ter instituídos

constitucionalmente os princípios:

Igualdade de condições para acesso e permanência no processo educativo.

Gestão democrática, administrativa, pedagógica e financeira.

Valorização do Magistério.

Liberdade.

Autonomia administrativa, jurídica, financeira e pedagógica.

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6 MARCO OPERACIONAL

Sabemos que as mudanças na educação em nosso Colégio precisam ser

mais significativas. Precisamos delinear e reorganizar o nosso trabalho pedagógico

com ações que levem todos a compreender a importância da escola para construção

da cidadania. Estamos estudando, nos capacitando, melhorando a qualidade de

nossas aulas com projeção de uma sociedade idealizada pelos princípios da

igualdade, liberdade e justiça.

As práticas pedagógicas produzem normas, valores, visão de mundo e

atitudes que definem posições. As dimensões políticas e pedagógicas se evidenciam

nas opções curriculares e por isso estamos inevitavelmente comprometidos com o

que propomos e colocamos em prática no âmbito da escola.

6.1 Grandes linhas de ação

Definidos os aspectos conceituais que regem nossa prática, a escola propõe

ações para a concretização de suas concepções.

As grandes linhas de ação estão de acordo com os eixos norteadores do

plano de ação do diretor sendo:

6.1.1 Gestão Democrática

- Que haja maior participação da comunidade na escola, bem como maior

compreensão da importância dessa participação na vida escolar de seus filhos.

- Que a escola organize atividades que favoreçam o envolvimento de todos.

- Que as instâncias colegiadas pautem seu trabalho numa gestão democrática e

participativa.

- Que o relacionamento entre os segmentos e instâncias colegiadas ocorra num

processo democrático e participativo.

6.1.2 Proposta Pedagógica

- Que a proposta pedagógica da escola seja trabalhada de acordo com as Diretrizes

Curriculares Estaduais.

- Que o Conselho de Classe seja realizado com o propósito de refletir, avaliar e

propor ações pedagógicas que garantam a aprendizagem de todos os alunos.

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- Que os conteúdos sejam trabalhos numa prática constante de interdisciplinaridade

visando a totalidade do conhecimento pelo aluno.

6.1.3 Formação Continuada

- Que a formação continuada seja organizada de forma a atender os anseios dos

profissionais da educação bem como as necessidades da escola.

6.1.4 Especificidades Locais

- Que as ações sejam efetivadas com a participação de todos os segmentos e

instâncias colegiadas.

- Que a escola organize e incentive a participação de todos em campanhas,

concursos e em todas as atividades que priorize temas relevantes para uma efetiva

construção da cidadania.

- Que a escola incentive e acompanhe estágios não obrigatórios, efetivados pelos

alunos e desenvolvidos em ambiente de trabalho, que vise à preparação para o

trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando regulamente a escola,

de acordo com a legislação em vigência.

6.1.5 Qualificação dos espaços e dos equipamentos da Escola

- Que a escola busque junto a mantenedora recursos para construção, reforma e

adequação de seus espaços físicos, bem como equipamentos e materiais

necessários para desenvolver suas atividades pedagógicas.

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Função específica de cada segmento da comunidade escolar

Para efetivação do Projeto Político Pedagógico na escola contamos com uma

organização interna onde cada segmento possui sua função específica, descritas de

forma mais detalhada no Regimento Escolar, mas articulada, onde as relações entre

os aspectos pedagógicos e administrativos estão embasados em princípios da

gestão democrática. De acordo com o R

Direção

A direção é o órgão que preside o funcionamento dos serviços escolares no

sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais pedagógicos e

administrativos do Estabelecimento de Ensino bem como na efetivação do

ProjetoPolítico Pedagógico.

Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica desenvolve dentro da sua especificidade a organização

do trabalho escolar. Organização esta, que requer um trabalho de qualidade voltado

para aspectos inovadores, buscando estratégias de aprendizagem. Portanto, criando

condições favoráveis para que os professores desenvolvam com plenitude as

finalidades, os objetivos e as metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o

mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus

direitos e deveres.

Desenvolve-se em um serviço organizado na escola, onde especialista, em

cooperação e interação com a direção, professores, e outros membros do corpo

técnico-administrativo oferecem recursos para que os alunos possam resolver suas

dificuldades no âmbito da aprendizagem, do relacionamento interpessoal e da

integração escolar e social, as quais se evidenciam na medida em que os alunos,

identificando suas capacidades e necessidades, desenvolvem as e passam a fazer

uso adequado das mesmas.

O trabalho da Equipe Pedagógica é de assessoria ao processo ensino-

aprendizagem, desenvolvido na relação professor-aluno, assegurando a efetivação

do Projeto Político Pedagógico. Requer, portanto, o conhecimento não apenas dos

alunos, mas também das condições concretas, pessoais e profissionais dos

professores. Este conhecimento implica na compreensão de que professor e equipe

pedagógica têm tarefas diferentes numa luta comum.

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As atribuições com o estágio não obrigatório:

- acompanhar as práticas de estágio não obrigatório desenvolvidas pelo

aluno;

- manteros professores das turmas, cujos os alunos desenvolvem atividade

de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes

possam contribuir para esta relação prática;

- orientar e receber relatórios períodicos do estagiário;

- elaborar normas complemetares e instrumentos de avaliação dos estágios

deseus educandos;

- zelar pelo cumprimento do termo de compromisso com o educando, com a

parte concedente e o estabelecimento.

Professores

Conforme a LDB 9.394/96 os docentes incumbir-se ão de:

- Participar na elaboração da Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino.

- Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino.

- Zelar pela aprendizagem dos alunos.

- Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.

- Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar

integralmentedos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação, às reuniões e

ao desenvolvimento profissional.

- Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade.

Equipe Administrativa

A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de

todos os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que

os mesmos supram suas reais funções. A Equipe Administrativa é composta por

Agente Educacional I e Agente Educacional II.

Secretaria: é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar

e correspondência do estabelecimento.

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Serviços Gerais: tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,

segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e

supervisionado pela Direção.

Bibliotecário: O serviço do Bibliotecário é de garantir o acesso à informação, é

ensinar o aluno a buscar, localizar, selecionar, confrontar, estabelecer nexos e com

isso o aluno ser capaz de produzir o seu próprio discurso. O objetivo é criar leitores

autônomos mostrando que a biblioteca faz parte de seu dia-a-dia. A biblioteca deve

ser o espaço de informação e de educação para a informação.

Como parte das mudanças sociais, exige-se de todos os profissionais da

educação uma prática voltada para o respeito às diferenças, para o saber conviver

com a diversidade de culturas e para a construção de práticas de uma gestão

democrática.

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Calendário escolar

O Calendário Escolar é elaborado anualmente conforme normas emanadas

da SEED apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar, obedecendo à legislação

vigente de forma a assegurar as condições necessárias à oferta da Educação

Básica com qualidade, com base no que determina a LDB 9394/96, a qual

estabelece o mínimo de 800h (oitocentas horas) distribuídas por um mínimo de

200 dias letivos de efetivo trabalho escolar. Após, enviado ao órgão competente

para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à sua vigência.

O Calendário Escolar fixa:

I - Início e término do período letivo;

ll - Férias;

III - Semana Pedagógica;

IV - Planejamento;

V - Recesso;

Vl – Replanejamento;

VII – Plano de Abandono;

VIII – Integração Escola-Comunidade;

IX – Reunião Pedagógica;

X – Conselho de Classe;

XI – Complementação de Carga Horária;

XII – Formação Continuada.

Cabe à escola estabelecer os feriados municipais e recessos.

As complementações de carga horária do Ensino Médio do período matutino

e noturno são realizadas aos sábados.

Há reposições de aulas em contraturno de acordo com a disponibilidade da

escola e dos alunos, bem como aos sábados, sendo estes, utilizados em algumas

datas para realização de atividades extraclasses e cumprimento dos duzentos dias

letivos.

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Ações Didático Pedagógicas

Equipe Multidisciplinar

É uma instância de organização do trabalho escolar, preferencialmente

coordenada pela equipe pedagógica, e instituída por instrução da SUED / SEED, de

acordo com no disposto no art. 8° da Deliberação n° 04/ 06 – CEE/PR, com a

finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à educação

das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena, ao longo do período letivo.

As equipes multidisciplinares se constituem por meio da articulação das

disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes

Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para

Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos

Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para

que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de

seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.

É formada por representantes da equipe pedagógica, dos professores, dos

agentes educacionais I e II, pela direção escolar e por convidados das instâncias

colegiadas, com as atribuições de mobilizar a comunidade escolar para o

fortalecimento da Educação das Relações Étnico-Raciais e desenvolver ações de

Promoção da Igualdade Racial para uma educação efetivamente democrática,

promover estudos, debates e práticas pedagógicas em conjunto com os profissionais

do estabelecimento de ensino, com o objetivo de efetivar o ensino de História e

Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena no currículo escolar e realizar

acompanhamento junto aos demais professores do estabelecimento de ensino na

hora-atividade (se possível), para subsidiar e favorecer a implementação das

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e

para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; e das Leis Nº

10.639/03 e Nº 11.645/08 nos currículos escolares.

Cabe às/aos integrantes da Equipe Multidisciplinar organizar um Plano de

Ação a partir dos seguintes tópicos:Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena; Ações de Promoção da Igualdade Étnico-Racial, Planejamento

e realização do seminário na Semana da Consciência Negra.

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Programa Brigada Escolar

O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da

Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão de

Defesa Civil.

Tem por objetivo promover a conscientização e capacitação da Comunidade

Escolar para ações preventiva e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou

causados pelo homem, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no

interior das escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um

segundo momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população

civil do Estado do Paraná.

A brigada escolar é formada por um grupo de cinco servidores do

estabelecimento que atuará em situações de emergências e terá como uma das

suas funções garantir a implementação do Plano de Abandono na escola, como

medida preventiva de enfrentamento às emergências e desastres naturais ou

provocadas pelo homem que comprometem a segurança da comunidade escolar.

Atribuições do grupo da Brigada Escolar:

- Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas

condutas rotineiras da comunidade escolar;

- Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,

de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,

por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser

registrado em calendário escolar;

- Promover revisões periódicas do Plano de Abandono, junto aos

componentes da Brigada Escolar;

- Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na

conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono.

- Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar, para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com

registro em ata específico ao Programa.

- Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca

de situações que ofereçam riscos a comunidade escolar, comunicando

imediatamente o Diretor para as providências necessárias;

- Observar em caso de sinistro e/ou simulações, o cronograma elaborado pela

Instituição de Ensino;

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Participar das formações para a Brigada Escolar, na modalidade de Ensino a

Distância e também presencial.

PROGRAMA DE COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR

Objetivo Geral

Implementar políticas públicas educacionais de prevenção e combate ao

abandono escolar, evitando a infrequência escolar e efetivando o direito ao acesso,

permanência e sucesso no Sistema de Ensino de todas as crianças e adolescentes.

Objetivos Específicos

Criar mecanismos de controle do abandono, através da criação de um Sistema

Estadual de acompanhamento, para as escolas públicas estaduais do Paraná;

Realizar estudos, debates e ações conjuntas entre profissionais da Rede Estadual

de Educação Básica do Paraná, representantes da Educação dos Sistemas

Municipais, Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, Instituições de Ensino

Superior, pais, mães, estudantes e comunidade em geral, despertando a

responsabilidade de cada segmento na inclusão e permanência das crianças e dos

adolescentes no sistema educacional;

Instrumentalizar os profissionais das escolas estaduais do Paraná em relação à

criação e manutenção da Rede de Proteção e incluí-la na sistemática de

enfrentamento ao abandono e exclusão escolar;

Mapear as causas da exclusão e abandono escolar, definindo as ações de acordo

com as características das diferentes regiões do Estado do Paraná.

Com base nas diretrizes da Secretaria de Estado da Educação do Paraná -

SEED, que contemplam a articulação, integração e conscientização de todos os

envolvidos no processo de ensino da Rede Estadual de Educação Básica do

Paraná, a Coordenação de Gestão Escolar, com o apoio do Ministério Público do

Estado do Paraná, e da Associação dos Conselhos tutelares, atendendo ao disposto

no Termo de Convênio de Cooperação Técnica celebrado em 21/11/2012, apresenta

o Caderno de Orientações do Programa de Combate ao Abandono Escolar no

Paraná. As ações previstas neste documento visam contemplar roteiro técnico de

atuação e modelo de notificação obrigatória de aluno ausente, visando assegurar a

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permanência e o sucesso da aprendizagem dos (as) estudantes matriculados(as)

nas escolas públicas do Paraná.

Com este Programa, a SEED busca confirmar a concepção democrática da

escola como direito de todos, não apenas um direito legal, mas uma preocupação

com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes

na escola. Com a implantação das orientações contidas neste caderno, pretende-se

auxiliar a escola na sistematização das suas ações e encaminhamentos de

enfrentamento ao abandono.

A escola, deverá sempre representar (...) um espaço democrático e

emancipatório por excelência, constituindo-se, juntamente com a família, em

extraordinária agência de socialização do ser humano, destinada aos propósitos de

formação, valorização e respeito ao semelhante. É, sobretudo na escola que a

criança e o adolescente encontram condições de enriquecimento no campo das

relações interpessoais, de desenvolvimento do senso crítico, de consciência da

responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de participação, de

exercício da criatividade, de manifestação franca e livre do pensamento, de

desenvolvimento, em necessário preparo ao pleno exercício da cidadania. (SOTTO

MAIOR NETO, 2004).

Na forma da Lei e da Constituição Federal, é de responsabilidade de todos,

Poder Público, família, comunidade ligada direta ou indiretamente à educação

escolar e sociedade em geral preocupar se com o enfrentamento ao abandono

escolar.

Importante se faz neste momento, salientar que as ações, ora apresentadas,

objetivam evitar que o abandono escolar venha a se efetivar como evasão escolar.

Termos que conceitualmente não podem ser utilizados como sinônimos, pois se

constituem situações educacionais distintas. Conforme Saraiva (2013) “abandono é

a condição de infrequência escolar que ocorre durante o andamento do ano letivo,

porém no outro ano escolar o (a) estudante é rematriculado. Já na evasão escolar,

não ocorre a rematrícula no ano posterior”. A escola e todos os integrantes da Rede

de Proteção Social da Criança e do Adolescente conseguem atuar diretamente nas

causas que levam ao abandono escolar e assim evitar a evasão escolar, conforme

mencionado acima.

Estudos apontam para diversas causas que podem levar a infrequência

escolar, tais como ausência de materiais escolares/uniforme, transporte escolar,

exploração do trabalho infanto-juvenil, exploração ou violência sexual, dificuldades

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pedagógicas, repetências, violência física e emocional, uso e tráfico de drogas,

dentre outros fatores (MISSÃO CRIANÇA, 2001).

Desta forma o Programa de Combate ao Abandono Escolar no Paraná

contará com o envolvimento de estudantes, funcionários, professores, equipes

pedagógicas e diretivas e também todas as instâncias colegiadas da comunidade

escolar: Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, Conselho Escolar,

Conselho de Classe, Grêmio Estudantil e da Rede de Proteção Social da Criança e

do Adolescente existente no município. Todos concentrando esforços para identificar

e resgatar os (as) estudantes com faltas seguidas e injustificadas.

O Combate ao Abandono Escolar

Em relação ao abandono escolar salientamos o importante papel da escola,

poiso(a) estudante está diretamente vinculado a ela em seu dia-a-dia. É necessário,

antes de mais nada, que a escola tome todas as iniciativas que lhe cabem, visando

a permanência do(a) estudante no sistema educacional, conscientizando o(a) da

importância da educação em sua vida e para seu futuro, mantendo contato frequente

e direto com os pais ou responsáveis, enfatizando a responsabilidade destes na

educação e na formação dos(as) filhos(as).

De acordo com o art. 205, da Constituição Federal de 1988, o “dever de

educar” é uma tarefa que deve ser compartilhada entre escola, Poder Público em

geral, família e sociedade: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e

da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando

ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

Esgotadas as possibilidades internas de reinserção do(a) estudante

infrequente, a escola deve acionar diretamente a Rede de Proteção dos Direitos da

Criança e do Adolescente, da qual também é integrante, para que outras ações

destinadas a promover o retorno do(a) estudante à escola sejam desencadeadas, a

partir da análise das peculiaridades de cada caso.

O que é a Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente

A Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente, preconizada através

das disposições legais (Art. 227, da CF de 1988, Art. 86 da Lei nº. 8069/90,

Resolução nº. 113 do CONANDA), pressupõe a ação integrada, intersetorial e

articulada de várias instituições da área social para prevenir e intervir diante das

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várias situações de violação dos direitos de crianças e adolescentes, dentre os quais

se inclui, por exemplo, o abandono escolar.

Integrantes da Rede de Proteção

O abandono escolar constitui-se como uma grave forma de violência contra a

criança e o adolescente, sendo fundamental que a comunidade escolar e a Rede de

Proteção Social da Criança e do Adolescente articulem-se para evitar sua ocorrência

e/ou para promover a reintegração escolar dos(as) estudantes infrequentes,

conforme Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

Estatuto da Criança e do Adolescente e outras leis vigentes.

Para tanto, cada escola conta com aliados da Rede de Proteção Social da

Criança e do Adolescente para buscar o(a) estudante que está em situação de

abandono escolar. Os principais integrantes da Rede de Proteção são:

Centro de Referência de Assistência Social (CRAS);

Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS);

Centro de Atendimento Psicossocial (CAPs);

Conselho Tutelar;

Conselho Estadual de Educação;

Conselho Municipal de Educação;

Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente;

Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente;

Conselho Estadual da Assistência Social;

Conselho Municipal da Assistência Social;

Escolas Estaduais;

Escolas Municipais;

Fórum de Direitos de Crianças e Adolescentes (Fórum/DCA);

Hospitais e postos/unidades de saúde;

Agentes comunitários de saúde;

Ministério Público;

Secretarias de Estado e Municipais ligadas direta ou indiretamente às

áreas da criança, adolescente e família;

Vara da Infância e da Juventude;

Conselhos Comunitários;

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Programa/serviço municipal especificamente dedicado à prevenção e ao

combate ao abandono escolar.

Salientamos que os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e

Adolescente são órgãos deliberativos e de controle da execução de políticas

públicas para a infância e a adolescência, podendo ser demandados (juntamente

com os Conselhos Municipais de Educação) no sentido da implementação de uma

política pública intersetorial voltada à prevenção e ao combate ao abandono escolar,

assim como para própria implementação e organização da Rede de Proteção à

Criança e ao Adolescente (caso o município ainda não a possua e/ou caso não

esteja funcionando de forma adequada - e “resolutiva”).

Os Conselhos de Direitos (e os Conselhos Populares de um modo geral) são

espaços democráticos, plurais e participativos, devendo estar sempre de portas

abertas às reivindicações da sociedade (assim como da comunidade escolar) no

sentido da melhoria das condições de atendimento às crianças e adolescentes do

município, o que importa na criação ou adequação de programas e serviços,

inclusive aqueles destinados ao atendimento dos (as) estudantes de um modo geral,

sejam eles oriundos da Rede Estadual, da Rede Municipal ou Rede Particular de

ensino.

É fundamental, portanto, que as escolas se organizem e, através de

representantes eleitos (integrantes do Conselho Escolar, APMF e/ou Comunidade

Escolar) participem ativamente das reuniões dos Conselhos de Direitos da Criança e

do Adolescente de Educação (dentre outros), e a eles levem suas reivindicações e

propostas de ações voltadas à efetivação do direito à educação nas suas diversas

dimensões, a começar pela garantia de acesso e permanência no Sistema de

Ensino, para que o presente programa constitua-se num dos instrumentos colocados

à disposição da sociedade.

Cada membro da Rede tem responsabilidades para com a implementação da

política e para com o sucesso do programa, sendo certo que uma atuação rápida

será decisiva para o retorno do estudante.

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PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ESCOLAR

É um programa da Secretaria de Estado da Educação que tem como objetivo

o empoderamento educacional dos sujeitos envolvidos através do contato com os

conhecimentos, equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no

território em que está situada, através da ampliação de tempos, espaços e

oportunidades educativas.

O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo Escolar, que

oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. O atendimento

do programa é para alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social,

bem como para as necessidades socioeducacionais, considerando o contexto social

descrito no Projeto Político-Pedagógico da Escola e o baixo IDEB.

As Atividades de Ampliação de Jornada Periódicas estão organizadas nas

áreas do conhecimento, articuladas aos componentes curriculares, nos seguintes

Macrocampos: Aprofundamento da Aprendizagem, Experimentação e Iniciação

Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer, Tecnologias da Informação, da

Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Promoção da

Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.

Sua finalidade é:

Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de

tempos, espaços e oportunidades educativas em contraturno, na escola ou no

território em que ela está situada, a fim de atender às necessidades

socioeducacionais dos alunos;

Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao

Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e

aos anseios da comunidade;

Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,

democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

As Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo possibilitam aos alunos o

acesso a prática esportiva visando pleno desenvolvimento de suas habilidades

específicas promovendo a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no

âmbito da escola, possibilitando equipes competitivas para a participação nos Jogos

Escolares do Paraná e em outros eventos similares seja local, regional, estadual e

nacional.

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A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada Ampliada

nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de ensino.

Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de

Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos

tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de

aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que

está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação

Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica

deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica

Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais

e às necessidades da comunidade escolar.

A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por

meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem a criatividade e a

potencialidade artística. Articuladas aos conhecimentos necessários para a formação

humana integral dos alunos proporcionando a implantação de atividades vinculadas

as questões culturais, sociais e artístico-expressivas, faz desta prática pedagógica

possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos estudantes para o

desenvolvimento artístico, tendo em vista benefícios que a prática artística oferece

para a vida social do aluno. A oferta da Atividade Periódica de Artes Visuais promove

a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempo, espaço e

oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola ou no território em

que está situada, a fim de atender as necessidades sócio educacionais dos alunos e

os anseios culturais da comunidade.

Objetivos Gerais

Promover a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempos

espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que

está situada atendendo as necessidades sócio educacionais dos alunos;

Articular as atividades de ampliação de jornada aprimorando o Projeto Político

Pedagógico da instituição de ensino e inserido no Regimento Escolar em forma de

adendo, respondendo as demandas educacionais e aos anseios da comunidade.

Possibilitar maior integração entre alunos, escolas e comunidade, democratizando

o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

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Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos de educação Básica da

rede pública estadual de ensino.

Possibilitar atividades organizadas por meio de macro campos que promovam o

desenvolvimento dos estudantes.

Ampliar as oportunidades de experiências significativas dos estudantes para

acesso aos bens culturais que contribuam para a formação humana integral.

Macrocampo: Cultura e Arte

Atividade: Artes Visuais

Objetivos Específicos

Compreender a Arte (mural, pintura mural, parietal) sua origem, gênero, técnica e

principais artistas;

Compreender efeito de textura, volume, cor, luz, etc., existentes nas diversas obras

de arte;

Adquirir conhecimento a partir da mistura de diversas cores, para se obter vários

tons;

Expandir a capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

Compreender a Arte (muralista, pintura mural,parietal) sua origem, gênero, técnica

e principais artistas;

Compreender efeito de textura, volume, cor, luz, etc., existentes nas diversas obras

de arte;

Adquirir conhecimento a partir da mistura de diversas cores, para se obter vários

tons;

Expandir a capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

Macrocampo: Cultura e Arte

Atividade: Teatro

Objetivos Específicos

Conhecer a linguagem do teatro e suas especificidades.

Construir um processo de criação em teatro, desde a preparação corporal até a

encenação.

Desenvolver autonomia, criticidade e criatividade por meio da linguagem teatral.

Atuar de forma disciplinadora tendo o teatro como mecanismo de condução para

expressar a liberdade criativa e social.

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Identificar e reconhecer os elementos essenciais para a construção cênica:

atuantes/papéis, atores/personagens, estruturas dramáticas/peça, roteiro/enredo,

cenário/espaço.

Experimentar a pesquisa e criação com os elementos e recursos da linguagem

teatral como maquiagem, figurino, máscaras, adereços, música, iluminação, entre

outros.

Compreender e analisar diferentes formas teatrais regionais, nacionais e

internacionais, esclarecendo suas tradições, características e modos de

construção.

PROGRAMA DE AULAS ESPECIALIZADAS EM TREINAMENTO ESPORTIVO

A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por

meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem potencialidades

esportivas e disciplinares. Articuladas aos conhecimentos necessários para a

formação humana integral dos alunos, proporcionando esta prática na implantação

de atividades vinculadas as questões sociais, culturais e esportivas, faz desta prática

pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos alunos

para o desenvolvimento da cultura corporal e esportiva, tendo em vista

conhecimentos necessários para a formação humana integral dos estudantes.

A oferta das Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo na modalidade

possibilitará aos nossos alunos o acesso pratica esportiva visando pleno

desenvolvimento de suas habilidades específicas, bem como promoverá a

descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola que

possibilitarão equipes competitivas para a participação nos Jogos Escolares do

Paraná e em outros eventos similares seja ele local, regional, estadual e nacional.

Objetivos Gerais

Possibilitar aos alunos da rede pública de ensino o acesso a prática esportiva nas

diversas modalidades ofertadas, visando o pleno desenvolvimento de suas

habilidades específicas, de acordo com sua idade.

Possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos Jogo

Escolares do Paraná e outros eventos similares.

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Propiciar aos estudantes da rede estadual de ensino o acesso à prática esportiva

em diversas modalidades com vistas ao pleno desenvolvimento das habilidades

específicas, levando em consideração a idade cronológica dos estudantes;

Promover a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da

instituição de ensino da rede pública estadual;

Macrocampo: Esporte e Lazer

Atividade: Futsal

Objetivos Específicos

Garantir aos alunos o direito de acesso à prática esportiva, adaptando-as a

realidade escolar;

Incentivar o aluno a participar de jogos e competições esportivas;

Contemplar o aprendizado dos fundamentos, técnicas, táticas e regras esportivas

durante o treinamento;

Proporcionar aos alunos interação social com outros alunos através de

competições e jogos Estudantis.

Incentivar os alunos a adotar atitudes de espírito esportivo, de não à violência, de

ética, de respeito às regras, integração social, aprender a interagir com o próximo

compreendendo a cidadania como exercício de direitos e deveres, conhecer o

próprio corpo e o dele cuidar valorizando e adotando aspectos saudáveis,

despertar o raciocínio, sendo um agente mediador dessas transformações dentro e

fora das quadras ou salas de aula.

Desenvolver os fundamentos técnicos do futsal para rendimento esportivo.

Macrocampo: Esporte e Lazer

Atividade: Tênis de mesa

Objetivos Específicos

Desenvolver a aptidão física, sociabilidade e saúde dos alunos.

Conhecer os esportes de raquete;

Participar de eventos esportivos em Paranavaí e região;

Melhorar os indicadores de saúde dos alunos;

Trabalhar a interdisciplinaridade através dos esportes de raquete;

Desenvolver a motivação e esforço pessoal dos alunos através dos jogos e

brincadeiras;

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Participar dos Jogos Escolares do Paraná;

Melhorar a condição de disciplina com a distribuição de funções durante as aulas;

Melhorar a autoestima dos alunos;

Incentivar a adoção de um estilo de vida ativo dos alunos.

PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR - ProEMI

O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela Portaria nº. 971,

de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o Ensino Médio junto aos

Sistemas de Ensino Estaduais e Distrital fomentando propostas curriculares

inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio técnico e financeiro,

consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico, flexível e que atenda

às demandas da sociedade contemporânea.

Neste contexto, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação

(PDE), como estratégia do Governo Federal para induzir o redesenho dos currículos

do Ensino Médio, compreendendo que as ações propostas inicialmente vão sendo

incorporadas ao currículo, ampliando o tempo na escola e a diversidade de práticas

pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes do ensino

médio.

Os Projeto de Redesenho Curricular (PRC) deverão atender às reais

necessidades das unidades escolares, com foco na promoção de melhorias

significativas que busquem garantir o direito à aprendizagem e ao desenvolvimento

dos estudantes, reconhecendo as especificidades regionais e as concepções

curriculares implementadas pelas redes de ensino,

REDESENHO CURRICULAR

O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) estabelece em seu Documento

Base um referencial de tratamento curricular, indicando as condições básicas para

implantação do Projeto de Redesenho Curricular (PRC).

a) Carga horária mínima de 3.000 (três mil horas), entendendo-se 2.400 horas

obrigatórias, acrescidas de 600 horas a serem implantadas de forma gradativa;

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b) Foco em ações elaboradas a partir das áreas de conhecimento, conforme

proposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e que são

orientadoras das avaliações do ENEM;

c) Ações que articulem os conhecimentos à vida dos estudantes, seus

contextos e realidades, a fim de atender suas necessidades e expectativas,

considerando as especificidades daqueles que são trabalhadores, tanto urbanos

como do campo, de comunidades quilombolas , indígenas, dentre outras;

d) Foco na leitura e letramento como elementos de interpretação e de

ampliação da visão de mundo, basilar para todas as áreas do conhecimento;

e) Atividades teórico-práticas que fundamentem os processos de iniciação

científica e de pesquisa, utilizando laboratórios das ciências da natureza, das

ciências humanas, das linguagens, de matemática e outros espaços que

potencializem aprendizagens nas diferentes áreas do conhecimento;

f) Atividades em Línguas Estrangeiras/Adicionais, desenvolvidas em

ambientes que utilizem recursos e tecnologias que contribuam para a aprendizagem

dos estudantes;

g) Fomento às atividades de produção artística que promovam a ampliação

do universo cultural dos estudantes;

h) Fomento as atividades esportivas e corporais que promovam o

desenvolvimento integral dos estudantes;

i) Fomento às atividades que envolvam comunicação, cultura digital e uso de

mídias e tecnologias, em todas as áreas do conhecimento;

j) Oferta de ações que poderão estar estruturadas em práticas pedagógicas

multi ou interdisciplinares, articulando conteúdos de diferentes componentes

curriculares de uma ou mais áreas do conhecimento,

k) Estímulo à atividade docente em dedicação integral à escola, com tempo

efetivo para atividades de planejamento pedagógico, individuais e coletivas;

l) Consonância com as ações do Projeto Político-Pedagógico implementado

com participação efetiva da Comunidade Escolar;

m) Participação dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio

(ENEM);

n) Todas as mudanças curriculares deverão atender às normas e aos prazos

definidos pelos Conselhos Estaduais para que as alterações sejam realizadas.

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O Projeto de Redesenho Curricular (PRC) deverá apresentar ações que

comporão o currículo e estas poderão ser estruturadas em diferentes formatos tais

como disciplinas optativas, oficinas, clubes de interesse, seminários integrados,

grupos de pesquisas, trabalhos de campo e demais ações interdisciplinares e , para

sua concretização, poderão definir aquisição de materiais e tecnologias educativas e

incluir formação específica para os profissionais da educação envolvidos na

execução das atividades. A escola deverá organizar o conjunto de ações que

compõem o PRC a partir dos macrocampos e das áreas de conhecimento ,conforme

necessidades e interesses da equipe pedagógica, dos professores, da comunidade

escolar, mas, sobretudo, dos adolescentes, jovens e adultos, alunos dessa etapa da

educação básica. A escola deverá contemplar os três macrocampos obrigatórios* e

pelo menos mais dois macrocampos a sua escolha, totalizando ações em no mínimo

cinco macrocampos:

Acompanhamento Pedagógico (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas

e Ciências da Natureza)*;

Iniciação Científica e Pesquisa*;

Leitura e Letramento*;

Línguas Estrangeiras;

Cultura Corporal;

Produção e Fruição das Artes;

Comunicação, Cultura Digital e uso de Mídias;

Participação Estudantil.

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AÇÕES DE FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR

Conscientizar a comunidade escolar sobre o objetivo da Sala de Recursos

Multifuncional, Sala de Apoio à Aprendizagem e ao Programa de Ampliação de

Jornada Escolar no início e durante o ano letivo, assim como a importância dos

responsáveis para o encaminhamento e acompanhamento das frequências dos

filhos encaminhados aos programas.

Orientar pedagogicamente os professores em relação aos alunos inseridos na Sala

de Recursos, na Sala de Apoio à Aprendizagem e nos demais programas.

Convocar os professores da Sala de Recursos para participar do conselho de

classe de forma a apresentar as questões relativas à aprendizagem dos alunos;

Orientar os professores da Sala de Recursos quanto ao preenchimento dos

relatórios e Livro de Registro de Classe tanto do ensino regular como na Educação

de Jovens e Adultos.

Conscientizar os professores durante a formação continuada, reuniões

pedagógicas e no cumprimento da hora atividade, o encaminhamento e

direcionamento da flexibilização curricular aos alunos inseridos na Sala de

Recursos Multifuncional;

Orientar os professores quanto à elaboração do Plano de Trabalho Docente, de

forma a atender a flexibilização do currículo em todas as modalidades de ensino

que a escola oferece;

Dialogar com os professores no início e durante o ano letivo, sobre as possíveis

características e encaminhamentos dos alunos a serem inseridos tanto na Sala de

Recursos Multifuncional como na Sala de Apoio à Aprendizagem;

Utilizar diferentes procedimentos de avaliação adaptando-os aos diferentes estilos

e possibilidades de aprendizagem;

Flexibilizar a organização do tempo para que o aluno realize atividades e

avaliações em sua integralidade;

Orientar professores, pais e/ou responsáveis dos alunos quanto aos procedimentos

cabíveis em relação aos estudantes afastados pelo Decreto-Lei nº 1044/69 e pela

Lei nº 6202/75 em todas as modalidades de ensino.

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Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico

A autonomia da escola na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico

concede-lhe o direito e o dever de avaliá-lo em todas as suas dimensões e de

divulgar os resultados a todos os interessados.

A avaliação de todo o processo e de todos os envolvidos pelos que dele

participaram é uma ação fundamental para a garantia de êxito do projeto e para as

decisões significativas a serem tomadas, daí a importância da própria escola avaliar

seu trabalho e apresentar à comundade os resultados obtidos, assim como suas

necessidades, dificuldades e metas futuras.

A avaliação interna e sistemática é essencial para a definição, correção e

aprimoramento de rumos e neste contextodireção, equipe pedagógica, professores,

agentes educacionais I e II,alunos, representantes das instâncias colegiadas farão a

avaliação do Projeto Político-Pedagógico anualmente, tendo como ponto de partida

uma análise crítica da realidade – diagnóstico,buscando explicar e compreender

criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas

mudanças e proposição de metas, ações e soluções alternativas.

O diagnóstico será por meio de questionários, reuniões gerais, análise dos

resultados da escola, reuniões por segmentos e nas capacitações de acordo com o

calendário escolar. O Projeto é dinâmico e passível de reformulações constantes,

por isso,a avaliação e implementação dar-se-á diante da necessidade de mudanças

e (re) encaminhamentos, contando sempre com a participação do coletivo escolar.

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RELAÇÃO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA

- Leitura, análise e discussão do Projeto Político Pedagógico e Regimento

Escolar com todos os segmentos da escola.

- Envolver as instâncias colegiadas: Grêmio Estudantil, APMF e Conselho

Escolar nos eventos previstos em calendário escolar e outros encontros que se fizer

necessário.

- Eleição dos alunos representantes de turma – monitores.

- Orientação e acompanhamento da atuação dos alunos representantes de

turma.

- Execução do Programa de combate ao Abandono Escolar.

- Execução do Plano de Abandono.

- Escolha pela equipe pedagógica e professores do Professor Orientador de

turma.

- Elaboração de plano de reposição de aulas nos trimestres obedecendo aos

critérios de contraturno, sábados e troca de horário com outro professor.

- Acompanhamento do Plano de Trabalho Docente, com atendimento aos

professores durante a hora-atividade.

- Viabilizar encontros de Grupo de Estudos com a participação da Direção,

Equipe Pedagógica e Professores.

- Realizar o Pré- Conselho com professores, durante a hora atividade.

- Realizar os Conselhos de Classe, trimestralmente priorizando a discussão

coletiva sobre o processo de ensino e de aprendizagem.

- Elaboração de Relatório, individual do aluno, para preenchimento por parte

de todos os professores, em suas respectivas disciplinas, com a finalidade de

informar aos responsáveis sobre o desempenho do aluno.

- Proporcionar reuniões de pais e ou responsáveis para conscientização do

seu compromisso e responsabilidade quanto ao acesso, permanência e o

aproveitamento de seus filhos na escola.

- Encaminhamento e acompanhamento dos alunos nas salas de Recursos,

dos professores e Equipe pedagógica.

- Eleição a cada dois anos do Grêmio Estudantil.

- Colaborar, articulando ideias e recursos, na execução das Atividades

Curriculares Complementares, acompanhando a execução das mesmas.

- Atualização permanente do acervo da Biblioteca, com aquisição de novos

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exemplares.

- Aquisição de material didático pedagógico, com recursos do PDDE e Fundo

Rotativo.

- Continuidade ao Curso de Língua Espanhola (CELEM) no período vespertino.

- Oportunizar a todos os alunos atividades extraclasses.

- Oferecer aos funcionários da escola, material de expediente necessário para o

desempenho de suas atividades.

- Favorecer a todos os funcionários, momentos de participação nas reuniões e

decisões da escola.

- Promover e viabilizar os projetos encaminhados pela Secretaria de Estado e

Educação (SEED).

- Coordenar o uso correto da Tecnologia de Informação e Comunicação – TIC´s.

- Adequar a infraestrutura da escola no que se refere ao acesso e permanência

de alunos e servidores com necessidades especiais.

- Incentivar os professores da Instituição a planejarem suas atividades em

conjunto, buscando a interação das disciplinas.

- Reduzir índices de evasão e repetência.

- Melhorar a infraestrutura física, estudando e viabilizando a construções de

ambientes de aprendizagem (salas de aula, quadra de esportes, refeitório, ala

administrativa, auditórios, etc.).

- Alcançar a meta estipulada no IDEB.

- Implantação de ficha diária de acompanhamento dos alunos nas aulas,

preenchidas pelo professor e repassada à equipe pedagógica no final do dia letivo.

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6 Referências

BOFF, Leonardo. Cidadania, com-cidadania, cidadania nacional e cidadania territorial. In: Depois de 500 anos: que Brasil queremos? Leonardo Boff. Petrópolis, RJ. Vozes. 2000. p. 51-84 CAMBI, Franco. História da pedagogia. São Paulo: Editora UNESP, 1999. DALBEN, Ângelo I. L. de Freitas. O que é Conselho de Classe? In: Conselho de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP. Papirus, 2004, p. 31-39. ___________.Gestão escolar democrática e o lugar dos conselhos de classe. In: Conselho de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP. Papirus, 2004, p. 55-68. EDLER CARVALHO, Rosita. Educação inclusiva: com os pingos nos is. Porto Alegre: Mediação, 2004. FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. Coleção Leituras. São Paulo: Paz e Terra, 1996. ___________. Pedagogia do Oprimido. 14ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1983. ___________. Política e educação. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1995. (coleção questões denossa época; v.23). ___________. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 32ª ed. SãoPaulo: Cortez, 1996. GADOTTI. Moacir. Escola Cidadã. 4ª edição. Coleção Questões de Nossa Época; v.24. São Paulo: Cortez, 1997. KRAMER. Sônia. Propostas Pedagógicas ou Curriculares: Subsídios para uma leitura crítica. In: Currículo: Políticas e práticas / Antonio Flávio Barbosa Moreira (org.) Campinas, SP: Papirus, 1999, p. 165-183. LIBÂNEO, J. C. Didática. 1. ed. São Paulo: Cortez, 1994. LUCKESI. Cipriano Carlos. Avaliação do aluno: a favor ou contra a democratização do ensino? In: Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições, 15ª edição. SP: Cortez, 2003, p. 60-84. _________. Verificação ou avaliação: O que pratica a escola? _________. In: Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e proposições. 15ª edição, SP: Cortez, 2003, p.85-101. _________. Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e proposições. 15ª edição, SP, Cortez, 2003, p. 168-180. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.

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Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba: SEED-PR, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba, SEED/SUED/DEE: 2006. MOREIRA. Antonio Flávio; SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.) Currículo, Cultura e Sociedade. 2ª edição. São Paulo: Cortez. 1997. _________. Currículos e Programas no Brasil. Campinas: Papirus, 1990. PINTO, Álvaro Vieira. Conceito de Educação. Forma e conteúdo da educação e as concepções ingênua e crítica da educação. In: Sete lições sobre educação de adultos / Álvaro Vieira Pinto. São Paulo: Cortez, 1994. RODRIGUES. Neidson. Lições do Príncipe e outras lições. 16ª edição, Coleção Questões de Nossa Época; v. 15 São Paulo: Cortez, 1995. SAUL. Ana Maria. Para mudar a prática de avaliação do processo de ensino-aprendizagem. In: BICUDO. Maria Aparecida V.; SILVA JÚNIOR, Celestino da. (Orgs.) Formação do educador e avaliação educacional: conferências e mesas-redondas. SP. Editora UNESP, 1999, p.101-110, (Seminarios e debates, v.1) SAVIANI. Demerval.Escola e democracia. Coleção Polêmicas do Nosso Tempo. 40. ed. Campinas: Autores Associados, 2008. ______. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores Associados, 2008. _______ Sobre a natureza e especificidade da Educação, Pedagogia Histórica - crítica: primeiras aproximações. 3ª ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1992. p. 19-30. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Algumas reflexões sobre o Acompanhamento da Avaliação da aprendizagem. Revendo a Deliberação 007/99. SEVERINO. Antonio Joaquim: O Projeto Político Pedagógico: a saída para a escola. Revista da AEC. Brasília, V. 27, nº 107, p. 81-91, abril/junho, 1998. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003. VEIGA. Ilma Passos A. e FONSECA. Marília (Orgs.). As Dimensões do Projeto Político Pedagógico. Campinas: Papirus. 2001. ______. Projeto Político Pedagógico da escola: Uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.

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ANEXOS

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ANEXO 1 - BRIGADA ESCOLAR

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI – EFM Rua Egídio Danelute, nº 100 – Distrito Sumaré – Paranavaí - Paraná

CEP- 87720-017– Fone: 44 3424 2099 E-mail – [email protected]

Implantação do Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola: Plano de

Ação – Formação da Brigada Escolar e Execução do Plano de Abandono

JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem

vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o

Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os

impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e

adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural

e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das

medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede

estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente

para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam

eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios,

entre outros.

OBJETIVO GERAL

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do

Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou

humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das

escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo

momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do

Estado do Paraná.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma

cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

• proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para

enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como

conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;

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• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,

com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do

Corpo de Bombeiros;

• preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações de

Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a

prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se

ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;

• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de

Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de

Educação;

• adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de

prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida

dos ocupantes desses locais.

ESTRATÉGIAS

Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos

específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra

para a Brigada Escolar.

O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de ensino.

Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar

formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do

estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem

ações no sentido de:

• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;

• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de

forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por

meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser

registrado em calendário escolar;

• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta

da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com

registro em livro ata específico ao Programa;

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• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências

necessárias.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de

Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância – EaD e PRESENCIAL.

ATIVIDADES PERMANENTES

O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o

trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono.

Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,

professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de

exercícios simulados e em tempo razoável.

Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e as

datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.

PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO

Formação da Brigada Escolar

A Brigada Escolar é composta pelos seguintes servidores:

- Célia Maria Barbosa – Diretora

- Maria Semprebom – Secretária

- Rosangela Antonio Lima – Representante da Equipe Pedagógica

- Reginaldo Turini – Agente Educacional II

- Fátima da Silva – Agente Educacional I

Plano de Abandono

Plano de Abandono é um procedimento realizado pelas pessoas que ocupam uma

edificação que apresente algum risco a vida ou que esteja em eminência de sofrer

um acidente. De uma forma geral é uma ação de desocupação do prédio, que tem

por objetivo minimizar e prevenir o máximo possível a ocorrência de acidentes que

possam provocar danos pessoais.

Procedimentos do Plano de Abandono

- Aciona-se a sirene de alerta, definido pela escola, por ordem do responsável,

iniciando o processo de deslocamento da comunidade escolar, que deve seguir as

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orientações estabelecidas pelos responsáveis pelos blocos/andares, evitando pânico

e descontrole.

- Na saída das salas de aula, o professor organiza a turma em fila indiana ainda

dentro da sala começando pelos mais próximos da porta, abre a porta e faz contato

visual com o responsável pelo bloco.

- Ao receber o aviso de saída, libera os alunos para iniciarem o deslocamento em fila

indiana.

- O professor se certifica da saída de todos os alunos, fecha a porta e a sinaliza com

um X, mantendo-se como último da fila e evitando o pânico.

- o responsável pelo bloco certifica se todas as salas de aula foram evacuadas.

- Os alunos seguem em passos rápidos, sem correr, com as mãos cruzadas no peito

pelo lado direito do corredor ou conforme indicado nas plantas afixadas nos

corredores até o Ponto de Encontro.

- Lá chegando, o professor confere todos os alunos que estão sob a sua

responsabilidade e informa a Direção, que é responsável pelo Ponto de Encontro, se

há ou não faltas de alunos.

- A Direção confere o número de turmas e alunos no Ponto de Encontro.

- Aos alunos a orientação é de que deixem todo o material na sala de aula e não

retornem até que seja autorizado pelo responsável.

Exercícios de Simulação do Plano de Abandono:

As simulações serão feitas duas vezes ao ano uma no primeiro semestre e uma no

segundo semestre. As datas previstas para a execução do Plano de Abandono no

ano de 2013 são: 02 de abril e 01 de agosto.

Para os exercícios simulados, objetos de valor como celulares deverão ser

guardados no bolso, para evitar posteriores problemas de extravio, mesmo porque

não são objetos pedagógicos.

Os alunos encarregados de auxiliar o professor na retirada do colega portador de

necessidades especiais deverão acompanhá-lo durante todo o trajeto.

ATENÇÃO: Se por algum motivo alguém se encontrar isolado, deverá seguir as

setas de saída indicadas na planta de emergência onde se encontra e sair pela porta

mais próxima. Caso não o consiga, deverá fazer-se notar para que o socorro possa

lhe encontrar.

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ANEXO 2 – PLANO DE AÇÃO