proposta pedagÓgica curricular de ciÊncias · sistemas biolÓgicos morfologia e fisiologia dos...
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ESTADO DO PARANÁESTADO DO PARANÁESTADO DO PARANÁESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DO PARANÁ
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO – CAMPO MOURÃO
COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO –––– ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA CASSEMIRO RADOMINSKI, 1332, CENTRO, CEP. 87250-000
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída,
que influência e sofre influências de questões sociais, culturais, éticas e políticas.
A ciência, não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a
partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Fourez
(1995), modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a
respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que
compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis
e teorias.
Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma
construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num
determinado contexto histórico num cenário sócio- econômico, tecnológico, cultural,
religioso, ético e político, evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”.
“[...] para concretizar este discurso sobre a Ciência [...] é necessário e imprescindível
determiná- la no tempo e no contexto das realizações humanas, que também são
historicamente determinadas” (RAMOS, 2003, p. 16).
Muitas civilizações, ao longo do tempo, criaram mitos e divindades como
estratégias para explicar fenômenos da natureza. Tais relatos simbólicos tentavam
explicar a origem da Natureza mais do que contar a realidade dos fatos (FREIRE-MAIA,
2000).
Modelos construídos a partir de observações realizadas diretamente sobre os
fenômenos da Natureza permitiram ao ser humano afasta do mythos e aproxima da
physis.
Surgiram várias descobertas como a ideia do átomo com os gregos, o modelo
geocêntrico proposto por Aristóteles (século III a.C.), o modelo heliocêntrico proposto por
Aristarco de Samos (século III a.C.) e Nicolau Copérnico (1473-1543), modelo organicista,
modelo fixista, modelo evolutivo, modelo mecanicista sistematizado por Willian Harvey
(1578-1657), as sistematizações de Lavoisier (1743-1794), entre tantas descobertas que
surgiram.
O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo
estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da
Natureza. Isto não significa que no período pré-científico os naturalistas não se utilizavam
métodos para a investigação da Natureza, porém, essa investigação reduzia ao uso de
instrumentos e técnicas isoladas.
O modelo científico, como estratégia de investigação é constituída por
procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese
em leis ou teorias. Isso produz um conhecimento (científico) a respeito de um
determinado recorte da realidade, o que rompe com a forma de construção e divulgação
do conhecimento feito no período pré-científico.
Segundo Sevcenko (2001), mais de 80% dos avanços científicos e inovações
técnicas ocorreram nos últimos cem anos, destes, mais de dois terços após a Segunda
Guerra Mundial. Ainda, cerca de 70% de todos os cientistas, engenheiros, técnicos e
pesquisadores formados desde o início do século XX ainda estão vivos, continuam a
contribuir com pesquisas e produzir conhecimento científico.
Ressalta que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a superação
dos estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na
atividade científica e tecnológica, o processo de produção do conhecimento científico
seria mais bem vivenciado no âmbito escolar, possibilitando discussões acerca de como a
ciência realmente funciona (DURANT, 2002).
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e
recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas
sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,
2005, p.152).
Os museus de história natural, juntamente com outras antigas instituições como
as universidades e os institutos de pesquisa, contribuíram para a consolidação e
institucionalização das Ciências Naturais no país ao longo do século XIX. O Museu
Nacional do Rio de Janeiro e, depois, o conjunto dos museus brasileiros contribuíram
tanto no que diz respeito à produção do conhecimento científico quanto no ensino de
Ciências.
Na primeira República (1889-1930), as poucas instituições escolares que existiam
nas cidades, frequentadas pelos filhos da elite, contratavam professores estrangeiros
dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter formativo. Aos filhos da classe
trabalhadora, principalmente agricultores, era destinado um ensino em que os professores
não tinham formação especializada, trabalhavam em várias escolas e ensinavam
conhecimento cientifico sob caráter informativo (GHIRALDELLI JR, 1991).
O contexto histórico exigia um ensino científico frente às necessidades do
progresso nacional, e “para isso [era] mister construir cientificamente o Brasil”
(GHIRALDELLI JR, 1991, p. 34).
Na disciplina de Ciências, então, transmitiam informações gerais por meio de
metodologia centrada na aula expositiva, não dialogada, que exigia a memorização da
biografia de cientistas importantes e da divulgação dos conhecimentos provenientes de
suas descobertas. Desse modo, privilegiava a quantidade de informações científicas em
prejuízo de uma abordagem de base investigatória.
O IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura), fundado em 1946
objetivando promover a melhoria da formação científica dos alunos que ingressariam no
ensino superior, proporcionou o desenvolvimento de pesquisas e treinamento de
professores, bem como a implantação de projetos que influenciaram a divulgação
científica na escola por meio de atividades como mostras de projetos em feiras; visitas a
museus e a criação de Clubes de Ciências. Desenvolveu, também, o projeto “Iniciação
Científica” e produziu kits destinados ao ensino de física, Química e Biologia para
estudantes dos cursos primários e secundários (BARRA e LORENZ, 1986).
Com o apoio das sociedades científicas, das universidades e de acadêmicos
renomados, apoiados pelo governo dos EUA e da Inglaterra, foram elaborados projetos
que tiveram circulação no Brasil, mediados pelo IBECC.
As decisões políticas instituídas na LDB n0 9694/96 apontaram para o
fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos
avanços em relação às reformas educacionais de décadas anteriores foi à ampliação da
participação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar, ampliando para todas
as séries da etapa ginasial a necessidade de preparo do indivíduo (e da sociedade como
um todo) para o domínio dos recursos científicos e tecnológicos por meio do exercício do
método científico.
Nesse contexto, o ensino de Ciências passou a assumir compromisso de suporte
de base para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo grau, visando às
necessidades do mercado de trabalho e o desenvolvimento industrial e tecnológico do
país, sob controle do regime militar.
Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e
estadual, iniciou no Paraná um processo de discussão coletiva com objetivo de produzir
novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova identidade para o
ensino de Ciências.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende - se por
natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua
complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados
na Natureza, resultante das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a
interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,
técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a
elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de
dominar a Natureza, compreender e se apropriar dos seus recursos.
ESTRUTURANTE E BÁSICOS
6º ano CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
UNIVERSO SISTEMA SOLAR MOVIMENTOS TERRESTRES MOVIMENTOS CELESTES ASTROS
MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA
BIODIVERSIDADE
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ECOSSISTEMAS
EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
ASTROS MOVIMENTOS TERRESTRES
MOVIMENTOS CELESTES
MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS CELULAS MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS.
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA
BIODIVERSIDADE
ORIGEM DA VIDA ORGANIZAÇÃO DOS SERES
VIVOS SISTEMATICA
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
ORIGEM E EVOLUCAO DO UNIVERSO
MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS CELULAS MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS.
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA
BIODIVERSIDADE
EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
ASTROS GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
MATÉRIA PROPRIEDADES DA MATÉRIA
SISTEMAS BIOLÓGICOS MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS
MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA
ENERGIA
FORMAS DE ENERGIA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
BIODIVERSIDADE INTERAÇÕES ECOLOGICAS
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO
O professor de Ciências, no momento da seleção de conteúdos específicos e da
opção por determinadas abordagens, estratégias e recursos, dentre outros critérios,
precisa levar em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes. Visto que, a
escolha de abordagens, estratégias e recursos pedagógicos adequados à mediação
pedagógica contribuem para que o estudante se aproprie de conceitos científicos de
forma mais significativa e para que o professor estabeleça critérios e instrumentos de
avaliação.
Assim, algumas possibilidades de encaminhamento são a observação, o trabalho
de campo, os jogos de simulação e desempenho de papéis, visitas às indústrias,
fazendas, museus, projetos individuais ou em grupos, redação de cartas para
autoridades, palestrantes convidados, fóruns, debates, seminários, conversação dirigida,
dentre outras. Outras atividades que estimulam o educando ao trabalho coletivo são as
que envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos,
dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras.
Outra metodologia é a de fazer experimentos que podem ser o ponto de partida
para desenvolver a compreensão de conceitos ou a percepção de sua relação com as
ideias discutidas em aula. Uma aula experimental, seja ela com manipulação do material
pelos alunos ou demonstrativa, não está associada a um aparato sofisticado, mas sim a
sua organização, discussão e reflexão, possibilitando ainda, a interpretação dos
fenômenos biológicos e a troca de informações entre o grupo que participa das aulas. As
aulas experimentais completam e integram o conteúdo trabalhado em sala de aula,
completando a qualidade do ensino, pois permitem aos educandos relacionarem os
conceitos da ciência com o seu cotidiano. Além disso, nas práticas eles podem comprovar
os conceitos teóricos sobre a ciência, despertando assim o seu interesse pela disciplina, a
criatividade, curiosidade e um pensamento crítica baseados em experimentações para
comprovação.
Outra forma é a utilização de textos para leitura no ensino de ciências e da
história e cultura afro-brasileira e indígena. Porém o texto não deve ser visto como se
tivesse todo o conteúdo, mas sim como um instrumento de meditação na sala de aula,
entre aluno - aluno e aluno - professor, levando a novas questões e discussões. Esta
metodologia será aplicada através de: aulas expositivas com explicação oral do conteúdo;
pesquisas em jornais, livros, revistas, internet e outros meios de pesquisas coerentes;
trabalhos em sala de aula, individuais e em grupos com apresentação dos mesmos para
os demais alunos; debates de textos complementares; resolução de exercícios e questões
propostas.
Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os mais
variados recursos pedagógicos como slides, TV Pendrive, DVDs, rádios, computadores e
softwares livres, dentre outros.
Os recursos pedagógicos devem ser utilizados de maneira predominantemente
investigativa, pois deve propiciar o desenvolvimento da autonomia do aluno e a
construção de conhecimentos de distintas áreas do saber, por meio de busca de
informações significativas, representação e resolução de uma situação – problema.
É importante que o professor de Ciências ao elaborar seu Plano de Trabalho
Docente, garanta a inserção dos conteúdos referentes ao previsto: História e Cultura afro-
brasileira, africana e indígena (Lei nº11. 645/08);Prevenção ao uso indevido de drogas,
sexualidade humana; Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec. 4201/02;
História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº11. 645/08); torna
obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura afro-brasileira e
africana. Igualmente deve ser resguardado o espaço para abordagem da história e cultura
dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08.
Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana; A prevenção ao uso
de indevido de drogas segue a Lei 16212 de 17 agosto de 2009, no âmbito das escolas
publicas estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que
requer uma abordagem desprovida de preconceitos e discriminações, bem como ser
fundamentada teoricamente, por meio de conhecimentos científicos.
Em relação á sexualidade humana orientar os educandos que a prevenção é
maneira mais barata de garantir a qualidade de vida.
Educação ambiental; Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em
concordância com a Lei n. 9.795/99 Dec.4201/02; que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e permanente
no desenvolvimento dos conteúdos específicos sendo necessário que o professor
contextualize esta abordagem em relação aos conteúdos estruturantes, de tal forma que
os conteúdos específicos sobre as questões ambientais não sejam trabalhados
isoladamente na disciplina de Ciências.
AVALIAÇÃO
É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo, a
avaliação na disciplina de Ciência, passa a ser entendida como instrumento cuja,
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. Pois, são pré-
requisitos básicos da avaliação emancipadora a análise, a crítica e a transformação. Têm
por propósito a modificação e a melhora contínua. Ela é vista como um instrumento
educativo da emancipação do aluno, do seu senso de autocrítica e auto desenvolvimento.
Parlett e Hamilton, já na década de 1970, defendiam a prática de uma "avaliação
iluminativa" como uma alternativa ao modelo clássico, a qual levasse em conta o
processo educativo como um todo, que o iluminasse, de maneira a permitir a
compreensão da complexidade das situações.
Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento dos
resultados de sua aprendizagem e organiza para as mudanças necessárias.
O processo de avaliação não termina com a elaboração de provas. A análise dos
resultados é uma etapa importantíssima, responsável por validar todo o trabalho
desenvolvido até o momento. Se o professor apenas lançar notas e não analisar o que
elas significam, a prova não serviu para nada.
O professor deve definir o que precisa ser avaliado com clareza e objetividade,
além de equilíbrio entre o número de itens e questões também são essenciais.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelos professores ao longo do ano letivo. Professores
e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os
obstáculos.
Serão utilizados os instrumentos avaliativos citados abaixo de acordo com o perfil
de cada série:
• Atividade de leitura
A avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a compreensão dos
conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a escolha criteriosa do
texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a permitir a reflexão e a
discussão, bem como a ampliação de conhecimento. Como critério de avaliação o aluno
deverá compreender as ideias presentes no texto e interagindo por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar sobre o texto, o educando
deverá expressar suas ideias com clareza e sistematizar o conhecimento de forma
adequada, estabelecendo relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
• Projeto de Pesquisa Bibliográfica
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que
se pretende. O aluno, deverá identificar a situação e o contexto com clareza de seu
projeto de pesquisa bibliográfica, de forma objetiva, delimitando o foco da pesquisa,
buscando soluções e referenciando o conteúdo da mesma adequadamente.
• Produção de Texto
A atividade de produção escrita deve considerar a característica dialógica e
interativa da linguagem e o processo inter-locutivo. Portanto, precisa ser relacionada ao
que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes gêneros textuais. O educando
deverá produzir texto expressando ideias claras com argumentos consistentes,
estabelecendo assim relações entre as partes do texto, relação entre a tese e os
argumentos elaborados para sustentá-lo.
• Palestra/Apresentação Oral
A atividade de palestra/apresentação oral possibilita ao aluno demonstrar
sua compreensão a respeito do conteúdo abordado, bem como argumentar, organizar e
expor suas ideias. Portanto o educando deverá em sua apresentação mostrar uma
sequência lógica com clareza e argumentos.
• Atividades Experimentais
Estas atividades requerem clareza no enunciado e propiciam ao aluno criar
hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o
erro, o acaso, a intuição, de forma significativa. O aluno ao realizar um experimento
deverá saber usar adequadamente e de forma conveniente os materiais e instrumento
necessário, diagnosticando as hipóteses e os passos a ser seguidos, compreendendo o
fenômeno experimentado;
• Projeto de Pesquisa de Campo
Essa atividade exige um planejamento prévio que demande a busca de
informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse sentido, colabora para a
construção de conhecimentos e formação dos alunos como agentes sociais. Á princípio o
aluno ao proceder sua pesquisa de campo deverá registrar as informações, no local,
organizando - se e examinando os dados coletados, conforme orientações e
conhecimento construído, demonstrando sua capacidade de análise dos dados coletados
e de síntese.
• O Relatório
É um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliando no
aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão sobre o que foi
realizado e a reconstrução de seu conhecimento, que deve apresentar introdução,
metodologia e materiais, análise e considerações finais.
No relatório o aluno deverá apresentar quais dados ou informações foram
coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais
resultados podem-se extrair deles.
• Seminário
Oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma
discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de modo
fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto
com a atividade científica e engajando na pesquisa. Sendo assim o aluno terá que
demonstrar consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas,
apresentando compreensão do conteúdo abordado.
• Debate
Possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos, permitindo que haja
turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a
participação de todos. O discente deverá respeitar respeita os pensamentos divergentes
que ultrapassa os limites das suas posições pessoais e explicita racionalmente os
conceitos e valores que fundamentam a sua posição.
• Atividades a partir de recursos Audiovisuais
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer
que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela
mídia esteja de acordo com o tema trabalhado e que apresenta a linguagem específica e
com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A metodologia do conteúdo
caberá ao professor. Cabe ao aluno compreender e interpretar a linguagem utilizada,
articulando o conceito/conteúdo/tema discutidos nas aulas.
• Trabalho em grupo
Desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos
alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. Nesse sentido, possibilita
a interação social, conduzindo o aluno a compartilhar seu conhecimento.
• Questões discursivas
Essas questões possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o
conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor
avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a
exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão
discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que
possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do
conhecimento.
• Questões objetivas Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,
usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do
que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve
desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada
questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. O aluno
realizará leitura compreensiva do enunciado, demonstrando apropriação de alguns
aspectos definidos do conteúdo, utilizados de conhecimentos adquiridos.
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