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1 Heloar Pasqualini TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Proposta de Implantação do Programa Cinco Sensos no Setor de Apoio Administrativo da Empresa Perdigão Agroindustrial S.A. de Itajaí/SC Organização, Sistemas e Métodos ITAJAÍ (SC) 2008 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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1

Heloar Pasqualini

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Proposta de Implantação do Programa Cinco Sensos no Setor de Apoio Administrativo da Empresa Perdigão Agroindustrial S.A. de

Itajaí/SC

Organização, Sistemas e Métodos

ITAJAÍ (SC)

2008

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

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HELOAR PASQUALINI

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S NO SETOR DE APOIO

ADMINISTRATIVO DA EMPRESA PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S.A. DE

ITAJAÍ/SC

Trabalho de Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2008

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3

Primeiramente gostaria de agradecer

aos meus pais, por toda ajuda, compreensão e

paciência que tiveram comigo durante esse

período na universidade. O apoio em bancar

um curso superior não é fácil. Foi preciso

muito trabalho, muito suor e muita

cumplicidade entre essas duas pessoas

simplesmente especiais na minha vida: Pai e

Mãe. Além deles outras pessoas super

importantes durante essa caminhada foram

Tia Denise, Tio Valde e Lucas, Tio José, Tia

Rose colaborando com a acolhida em suas

casas durante um bom tempo. Vocês todos

com certeza serão sempre lembrados por mim.

Outras duas pessoas que me ajudaram muito,

me acompanharam e me apoiaram e acredito

que sempre estarão presentes de alguma

maneira em minha vida é minha amiga Gizeli

e meu namorado Thiago. Obrigada à vocês

dois por fazerem parte da minha vida e por

toda a paciência nesse período.

Quero agradecer também ao meu

coordenador de setor Alesander pela

oportunidade de realização deste trabalho na

empresa.

Não podendo me esquecer de meu orientador prof.

Raulino Pedro Gonçalves por ter aceitado este desafio

desde o início não deixando faltar absolutamente nada

para que este trabalho fosse possível. Dedicação,

paciência e perfeição em todos os detalhes.

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4

Zele por este momento. Mergulhe em suas

particularidades. Seja sensível a que você é,

ao seu desafio, à sua realidade. Livre-se dos

subterfúgios. Pare de criar problemas

desnecessários para si mesmo. Este é o tempo

de realmente viver; de se entregar por

completo à situação em que você está agora.

(Epiteto)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Heloar Pasqualini

b) Área de estágio

Organização, Sistemas e Métodos - OSM

c) Supervisor de campo

Alexander Miyamoto

d) Orientador de estágio

Prof. Raulino Pedro Gonçalves, Adm.

e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva, M. Sc.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Perdigão Agroindustrial S.A

b) Endereço

Rua Jorge Tzachel, 475 Térreo – Bairro Fazenda – Itajaí – SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Apoio Administrativo

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do orientador de campo

Alexander Miyamoto – Coordenador

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 27 de Outubro de 2008.

A Perdigão Agroindustrial S.A., pelo presente instrumento, autoriza a Universidade

do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de

Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pelo (a) acadêmico (a) Heloar

Pasqualini.

Alexander Miyamoto

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RESUMO

Há um aumento nítido de concorrência existente em todos os ramos de atividade, devido ao crescimento pela busca da qualidade. As organizações estão buscando cada vez mais a excelência, agregando valor aos produtos ou serviços. Além disso, deve existir uma preocupação com as pessoas que nelas trabalham. Este trabalho limitou-se ao aprofundamento sobre o Programa Cinco Sensos (5S) e propondo sua implantação ao setor de Apoio Administrativo da empresa Perdigão Agroindustrial S/A, através de um Manual de Implantação, apresentando como devem ser as etapas e os benefícios propostos pelo programa. Esta Proposta de Implantação tem como objetivo principal reeducar as pessoas em relação as suas atividades, buscando a colaboração e o envolvimento de todos quando da implantação. A tipologia deste trabalho foi a Proposição de Planos. A população foi composta pelos 11 colaboradores do setor em questão. Para o levantamento dos dados foram utilizados questionários, análise qualitativa e quantitativa do ambiente bem como a observação direta. O resultado da pesquisa possibilitou a elaboração do Manual de Implantação de acordo com as reais necessidades do setor e visão holística do processo de como deverá ser a implantação do programa e melhorias que proporcionará ao setor.

PALAVRAS-CHAVE: Qualidade, Cinco Sensos (5S), Manual de Implantação.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 Áreas da administração de materiais ............................................................. 27

Figura 1 Ciclo PDCA como melhoria contínua ............................................................ 35

Quadro 2 Significado do SEIRI..................................................................................... 39

Quadro 3 Significado do SEITON ................................................................................ 40

Quadro 4 Significado do SEISO ................................................................................... 41

Quadro 5 Significado do SEIKETSU ............................................................................ 42

Quadro 6 Significado do SHITSUKE ........................................................................... 43

Quadro 7 Principais benefícios do 5S ........................................................................... 45

Quadro 8 Considerações sobre aplicação do 5W2H ..................................................... 47

Figura 2 Logomarca 1930 ............................................................................................. 52

Figura 3 Logomarca 1940 ............................................................................................. 52

Figura 4 Logomarca 1950 ............................................................................................. 53

Figura 5 Logomarca 1960 ............................................................................................. 53

Figura 6 Logomarca 1970 e 1980 .................................................................................. 53

Figura 7 Logomarca 1990 ............................................................................................. 53

Figura 8 Slogan da campanha 2000 .............................................................................. 53

Figura 9 Visão da empresa ............................................................................................ 56

Figura 10 Estrutura do CSP Itajaí.................................................................................. 57

Figura 11 Centro de Serviços Perdigão Itajaí ................................................................ 58

Gráfico 1 Níveis de resistência à mudança no setor ...................................................... 62

Gráfico 2 Experiência com o programa cinco sensos ................................................... 63

Gráfico 3 Interesse em participar do comitê ................................................................. 63

Gráfico 4 Materiais necessários .................................................................................... 64

Gráfico 5 Atraso de processos por falta de material ou informação ............................. 65

Gráfico 6 Materiais/Equipamentos sem utilização ........................................................ 65

Gráfico 7 Organização do setor ..................................................................................... 66

Gráfico 8 Organização específica .................................................................................. 67

Gráfico 9 Está sendo disciplinado ................................................................................. 67

Gráfico 10 Disposição dos materiais ............................................................................. 68

Gráfico 11 Limpeza de ambientes ................................................................................. 69

Tabela 1 Legenda do gráfico11 ..................................................................................... 69

Tabela 2 Legenda do gráfico 11 .................................................................................... 69

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Gráfico 12 Disciplina .................................................................................................... 70

Tabela 3 Legenda do gráfico 12 .................................................................................... 70

Gráfico 13 Ajuda mútua ................................................................................................ 71

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 13

1.1 Problema de pesquisa ........................................................................................... 14

1.2 Objetivo geral e específico .................................................................................... 16

1.3 Aspectos metodológicos ........................................................................................ 16

1.3.1 Caracterização da pesquisa................................................................................... 17

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ................................................................... 18

1.3.3 Procedimentos e instrumentos da coleta de dados ............................................... 18

1.3.4 Tratamento e análise dos dados ............................................................................ 20

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 22

2.1 Contextualização e aspectos conceituais da administração ............................... 22

2.1.1 Teoria geral da administração .............................................................................. 23

2.1.2 Funções da administração .................................................................................... 23

2.2 Áreas da administração ........................................................................................ 26

2.2.1 Administração da produção .................................................................................. 26

2.2.2 Administração de materiais .................................................................................. 26

2.2.3 Administração de recursos humanos .................................................................... 28

2.2.4 Administração financeira ..................................................................................... 29

2.2.5 Marketing ............................................................................................................. 30

2.2.6 Organizações, sistemas e métodos ....................................................................... 30

2.3 Qualidade Total ..................................................................................................... 32

2.3.1 Qualidade na prestação de serviços ...................................................................... 34

2.4 PDCA ...................................................................................................................... 35

2.5 Melhoria Contínua – Kaizen ................................................................................ 36

2.6 Cinco Sensos .......................................................................................................... 37

2.6.1 Origem dos cinco sensos ...................................................................................... 37

2.6.2 Significados dos cinco sensos .............................................................................. 38

2.6.2.1 Senso de utilização (SEIRI) .............................................................................. 38

2.6.2.2 Senso de ordenação (SEITON) ......................................................................... 39

2.6.2.3 Senso de limpeza (SEISO) ................................................................................ 40

2.6.2.4 Senso de padronização (SEIKETSU) ................................................................ 41

2.6.2.5 Senso da disciplina (SHITSUKE) ..................................................................... 42

2.6.3 Objetivos dos cinco sensos ................................................................................... 44

2.6.4 Benefícios dos cinco sensos ................................................................................. 43

2.7 5W2H ...................................................................................................................... 44

2.8 Diagnóstico ............................................................................................................. 47

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2.6.4 Benefícios dos cinco sensos ................................................................................. 43

2.7 5W2H ...................................................................................................................... 46

2.8 Diagnóstico ............................................................................................................. 48

2.9 Mudança organizacional ....................................................................................... 49

2.10 Auditoria .............................................................................................................. 50

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ........................................ 52

3.1 Caracterização da empresa .................................................................................. 52

3.1.1 Histórico da empresa.......................................................................................... 52

3.1.2 Missão, visão, princípios e valores .................................................................... 55

3.1.3 Estrutura organizacional ................................................................................... 57

3.1.4 Setores e serviços da Perdigão Agroindustrial S/A ......................................... 58

3.1.5 Clientes ................................................................................................................ 59

3.1.6 Concorrentes ....................................................................................................... 60

3.2 Resultados da pesquisa ......................................................................................... 61

3.2.1 Etapas e benefícios do programa ...................................................................... 61

3.2.2 Necessidades da empresa ................................................................................... 61

3.2.3 Elaboração do manual de implantação ............................................................ 71

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 75

APÊNDICES ................................................................................................................ 79

DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA ........ ................. 84

ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS .................................................................... 85

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1 INTRODUÇÃO

Uma das dificuldades que as empresas encontram para a implantação efetiva da

gestão da qualidade total é a mudança de cultura em todos os seus níveis hierárquicos. Ponto

este fundamental para a busca da excelência dos processos. Em nosso país, este fenômeno é

agravado pelas deficiências educacionais da população. Neste sentido, as instituições, de

forma geral, precisam manter-se em constante atualização para se adaptarem as mudanças.

Inovações e evoluções também são necessárias para acompanhar as exigências do mercado

garantindo a sobrevivência da organização.

A Qualidade Total surgiu com amplas implicações para o gerenciamento.

Implicações estas na prevenção de problemas, trabalhando o planejamento, o fluxo

organizacional e a responsabilidade gerencial. Tudo isso para a garantia da qualidade e a

necessidade de estabelecer metas e objetivos para o melhoramento. Na visão de Deming – o

homem que primeiro ensinou sobre qualidade no Japão – todos querem qualidade, porém,

cada pessoa tem uma definição diferente de qualidade. As organizações preferem traduzir essa

exigência para linguagens mais práticas. Assim cada organização deverá orientar-se pelo

mercado, suas influências e atualizar-se tecnologicamente. Além de serem rigorosas na

seleção de pessoas buscando as mais qualificadas. Fazendo com que as mesmas tenham

condições de aplicar seus potenciais em diferenciais competitivos. Portanto, a qualidade

transcende a questão meramente conceitual e tem a necessidade de se tornar uma apropriação

cultural, onde são consideradas as relações humanas no trabalho.

O programa 5S foi adaptado para uso em organizações com o objetivo de transformar

o ambiente das mesmas e a atitude das pessoas, melhorando a qualidade de vida dos

funcionários, diminuindo desperdícios, reduzindo custos e aumentando a produtividade.

A Perdigão é uma das maiores empresas de alimentos da América Latina. Uma das

líderes no processamento de aves e suínos no Brasil e uma das principais empregadoras do

país, com mais de 58 mil funcionários. Para garantir seus bons resultados desde sua fundação

em 1934, vêm sempre oferecendo produtos e serviços de qualidade. No decorrer de seu

crescimento industrial a empresa teve como foco a qualidade. Por essa razão, agrega cada vez

mais programas para que suas marcas permaneçam sempre valorizadas e reconhecidas no

mercado. A Perdigão implantou em 1995 o QTP – Qualidade Total Perdigão, um programa

que está presente em diversas unidades da empresa. A QTP integra vários programas e ações

da Perdigão pra garantir que as melhorias necessárias (qualidade no ambiente de trabalho,

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qualidade dos produtos e serviços, qualidade dos processos, qualidade de vida) sejam

alcançadas permanentemente.

A Perdigão nomeia cada uma de suas unidades administrativas como CSP – Centro

de Serviços Perdigão, e nessas unidades encontram-se setores administrativos de destaque na

gestão, como recursos humanos, controladoria, financeiro, fiscal e apoio administrativo. O

CSP de Itajaí até o momento não pratica nenhum dos programas de qualidade que outras

unidades apresentam.

Dentro da QTP existe o Programa 5S, que é considerado pela empresa um excelente

meio de mobilização das pessoas no dia-a-dia. A empresa vê que os resultados obtidos no

Japão, como desenvolvimento do país, estímulo das pessoas, o trabalho em equipe e o

abandono do país de más práticas utilizadas no passado são aplicáveis nos setores da empresa

e que podem atingir resultados ainda melhores. Proporcionando maior bem-estar e

contribuindo para a melhoria contínua da qualidade dos serviços.

1.1 Problema de Pesquisa

Nessa busca incessante pela qualidade nos serviços ou produtos que as organizações

oferecem, tentam alcançar a satisfação dos clientes. Entre os principais pontos, a qualidade no

ambiente de trabalho e algumas melhorias como: organização, arrumação, limpeza,

padronização e disciplina. Esses são fatores que influenciam no desempenho do colaborador.

Assim pode-se considerar a necessidade de um programa que auxilie a instituição a ter um

controle desses aspectos importantes para o alcance da qualidade desejada.

A empresa Perdigão apresenta diversas unidades de serviços, conhecidas como CSP

(Centro de Serviços Perdigão). Em alguns dos centros existentes a empresa já aplica o

programa de qualidade cinco sensos. No CSP de Itajaí nenhum setor ainda pratica o

programa. O Apoio Administrativo está localizado no piso térreo do prédio que sedia a

empresa Perdigão em Itajaí, é um setor subordinado ao de recursos humanos. O setor vem

passando por uma mudança estrutural, mudança de layout e com isso a equipe passará por um

momento de reorganização, melhoria e integração ao novo ambiente.

A modificação na estrutura física do Apoio Administrativo visa uma maior

interatividade com os demais setores do prédio. Proporcionando maior visibilidade ao apoio

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administrativo, além de melhorias no ambiente, promovendo mais conforto e bem estar aos

colaboradores do setor.

Toda organização busca sempre a melhoria, seja essa nos produtos ou serviços que

oferece, bem como no atendimento e também no sentido de melhorar o ambiente de trabalho.

Pensando dessa, utilizando-se da proposta de implantar-se o programa cinco sensos no setor

de Apoio Administrativo da Perdigão há a possibilidade dessa melhoria na sua sede atual.

O programa cinco sensos no Apoio Administrativo da Perdigão será o momento de

reorganização, buscando padronizar o setor após a mudança de layout. Pois, implantando-se o

programa cinco sensos numa organização está se objetivando uma melhoria no ambiente de

trabalho de forma geral, possibilitando a qualidade dentro da organização. Diante disso, este

trabalho apresenta a seguinte pergunta-problema: De que maneira o programa cinco sensos

poderá melhorar o desempenho do setor de Apoio Administrativo da Perdigão e de seus

colaboradores?

Este trabalho é oportuno para verificar o que já está sendo e o que pode ser feito para

alcançar a qualidade dos serviços. Outro ponto que demonstra a importância da pesquisa é

qualidade de vida dos colaboradores, proporcionando aos mesmos um ambiente de trabalho

melhor. Contribuindo para que a empresa alcance melhores resultados. Para a estagiária este

trabalho é importante por ser um tema que desperta interesse ao ser aplicado, podendo

verificar os resultados de seu trabalho na possível implantação futura.

Quanto à originalidade, este trabalho é o primeiro a ser realizado nesta unidade da

empresa, no sentido de pesquisa de um programa de qualidade, mas já existem outros nesta

universidade.

Quanto à viabilidade da pesquisa, a empresa, e principalmente a coordenação do

setor de Apoio Administrativo se apresentou muito disposta à proposta implantação do

programa, colocando-se a disposição para o que foi necessário para o bom desenvolvimento

da pesquisa. Sendo a estagiária uma colaboradora do setor, isso facilitou o acesso aos

participantes e a coleta de dados.

Para solucionar o problema desta pesquisa, temos o objetivo geral e os objetivos

específicos que nos auxiliarão paralelamente e tornarão as atividades mais práticas.

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1.2 Objetivos geral e específicos

O objetivo geral deste trabalho é a Proposta de Implantação do Programa Cinco

Sensos no setor de Apoio Administrativo de Itajaí da Empresa Perdigão Agroindustrial S.A.,

visando à melhoria das condições de trabalho e criando o ambiente da qualidade.

Para que haja o alcance do objetivo geral, é necessário definir alguns objetivos

específicos como:

• apresentar as etapas, processos e benefícios do programa;

• analisar as necessidades do setor; e

• elaborar o manual de implantação;

Além dos objetivos específicos, este trabalho apresentou alguns aspectos

metodológicos que foram formas de apresentação, características e estudo da pesquisa.

1.3 Aspectos metodológicos

Este item apresenta a metodologia utilizada neste trabalho para a elaboração da

proposta de implantação do programa cinco sensos no setor de Apoio Administrativo da

Empresa Perdigão Agroindustrial S/A. A metodologia se refere à caracterização da pesquisa,

contexto e participantes da pesquisa, procedimentos e instrumentos de coleta de dados e

tratamento e análise dos dados.

Metodologia pode ser considerada uma preocupação instrumental. Tratando-se da

forma de fazer ciência. Cuidando dos procedimentos, das ferramentas e dos caminhos. A

metodologia busca atingir o tratamento entre a realidade teórica e prática, disponibilizando-se

de caminhos diversos (DEMO, 1985). Para Galliano (1986, p.32) “método é um conjunto de

etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de

uma ciência ou para alçar um determinado fim”. Para se decidir qual a melhor forma a ser

utilizada Roesch (1999) aconselha partir dos objetivos do projeto para definir que tipo de

projeto é mais apropriado.

O método é utilizado para se comprovar cientificamente uma pesquisa ou trabalho, a

metodologia é um dos caminhos para que a pesquisa tenha embasamento científico. Com a

metodologia adequada ao estudo, esta pesquisa também apresenta determinadas

características.

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1.3.1 Caracterização da Pesquisa

O objetivo geral desta pesquisa é a proposta de implantação do programa cinco

sensos, que busca a melhoria do desempenho. Portanto, é necessário definir o delineamento

do método e a tipologia do trabalho.

Este trabalho caracterizou-se como abordagem qualitativa e quantitativa. A

abordagem qualitativa é focada em uma compreensão detalhada de situações das pessoas

entrevistadas ou observadas. De acordo com Richardson (1999) a pesquisa qualitativa

caracteriza-se como a tentativa de uma compreensão mais detalhada dos significados e dados

obtidos. Características situacionais pelos entrevistados. Em lugar da produção de medidas

quantitativas, de características ou comportamento. Em relação à quantificação deste trabalho

se deu pela estatística realizada no estudo dos dados através dos instrumentos de coleta.

[...] tem como objetivo quantificar opiniões, dados, na coleta de informações. Permite o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as mais simples, como porcentagem, média, moda, mediana e desvio-padrão, até o uso mais complexo, como coeficiente de correlação, análise de regressão, etc., normalmente utilizadas em defesas de teses. (OLIVEIRA, 2002, p.54)

Quanto à tipologia, esta foi à proposição de plano, apresentando propostas através de

planos, sistemas ou estratégias para solucionar problemas. Baseado em Roesch (1999) a

proposição de planos pode apresentar soluções para problemas diagnosticados, podendo ou

não incluir a implementação do plano.

Outra característica deste trabalho também é o estudo de caso. Segundo Yin apud

Roesch (2007, p. 155) “é uma estratégia de pesquisa que busca examinar um fenômeno

contemporâneo dentro de seu contexto”. No estudo de caso verifica-se determinado assunto e

analisa-se o que é importante e verdadeiro, expondo sua opinião.

Este trabalho caracterizou-se também como pesquisa-ação, que é um dos enfoques

com maior diferencial da pesquisa qualitativa, onde está relacionada à teoria com a prática.

Segundo Jones apud Roesch (2007, p.156) “diferentemente dos métodos tradicionais de

pesquisa qualitativa que combinam observação com entrevista, na pesquisa-ação os

pesquisadores se preocupam em construir teoria para a prática”. O mesmo autor ainda fala

sobre os processos de solução dos problemas nas organizações. Relacionando assim as

soluções que devem ser aplicadas para se conseguir a implantação do programa cinco sensos

no setor.

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18

Com a caracterização da pesquisa determinada, outro fator importante da pesquisa

são as pessoas envolvidas neste contexto.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Contexto e participantes da pesquisa são todas as pessoas envolvidas na pesquisa,

chamadas também de população. Para Cervo e Bervian (1983) “população pode referir-se a

um conjunto de pessoas, de animais ou de objetos que representam à totalidade de indivíduos

que possuem as mesmas características definidas para um estudo”. Cobra (1992) diz que

população é o público-alvo total de que a empresa deseja obter informações, e esses

colaboradores serão as fontes e contribuintes para a implantação deste projeto.

Nesta pesquisa, todos os 11 colaboradores que se encontram no setor de Apoio

Administrativo da unidade de Itajaí foram envolvidos, caracterizando-se assim como uma

pesquisa censitária. Na opinião de Malhotra (2001, p. 301) “envolve a enumeração completa

dos elementos de uma população”. Sendo que estes colaboradores estão divididos entre seis

áreas distintas. Dentre essas áreas temos:

• Coordenação do setor, com 01 funcionário;

• Frota de veículos, com 01 funcionário;

• Controle de viagens, com 03 funcionários;

• Almoxarifado materiais de expediente interno, com 01 funcionário;

• Técnicos Toshiba, com 02 funcionários;

• Telefonia, com 02 funcionários;

• Malote, com 01 funcionários;

Através dos envolvidos na pesquisa, principalmente os colaboradores da empresa,

pôde-se obter informações e coletar os dados necessários e precisos para o desenvolvimento

da pesquisa.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

Essa pesquisa baseou-se, principalmente, em dados primários. Estes são os dados

colhidos diretamente pelo pesquisador, dados nunca antes buscados (ROESCH, 2007). Para

Richardson (1989) uma fonte primária é aquela que teve uma relação física direta com os

fatos analisados, existindo assim um relato ou registro da experiência vivida. O autor (op. cit)

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ainda diz que fonte secundária é aquela que não tem relação direta com o acontecimento

registrado, senão através de um elemento intermediário.

Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram a observação participante aberta

que permitiu à estagiária, observar e participar diretamente no ambiente de trabalho em

estudo. Roesch (2007, p.162) diz que “a observação participante de forma aberta ocorre

quando o pesquisador tem permissão para realizar sua pesquisa na empresa e todos sabem a

respeito de seu trabalho”. E a empresa colocou o ambiente a disposição para que esta

observação pudesse ser realizada. Além de a estagiária poder estar participando ativamente da

análise dos aspectos envolvidos por se tratar de uma colaboradora do setor a observação

participante permitiu compreender os fatos estudados e descobrir casos extremos para melhor

propor implantação do programa.

Outro instrumento utilizado foi à entrevista semi-estruturada. ROESCH (1996) diz

que em entrevistas semi-estruturadas são utilizadas questões abertas, que permitem que o

entrevistado entenda a perspectiva dos participantes da pesquisa. A entrevista tem por

objetivo minimizar resistências, com a possibilidade de envolver os entrevistados. Além

disso, a entrevista apresenta alguns objetivos adicionais como: obter melhor compreensão do

trabalho, cargo do indivíduo ou mesmo de toda empresa; opinião dos entrevistados a respeito

das questões que estão sendo levantadas. A entrevista foi aplicada ao colaborador que ocupa o

cargo de coordenador do setor.

Com base em Oliveira (1996) a entrevista apresenta algumas vantagens:

• permite que o entrevistado faça críticas ou sugestões em relação ao tema

pesquisado;

• possibilita ao entrevistador o conhecimento mas profundo do setor ou cargo em

análise; e

• algumas informações estão apenas na memória do entrevistado, e a entrevista

permite o alcance dessas informações.

Além da entrevista outro instrumento que foi utilizado foi o questionário. O

questionário possibilita dar andamento a um estudo que envolva um número considerável de

indivíduos. Neste caso envolvendo todos os colaboradores do setor de apoio administrativo da

Perdigão. O questionário foi um instrumento aplicado duas vezes no setor.

Assim como a entrevista, o autor (op. cit) coloca o questionário e suas vantagens

particulares como:

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• o pesquisador obtém as informações que necessita e ao mesmo tempo pode ir

observando ou coletando outras com outros materiais;

• permite ao questionado um período para reformular respostas; e

• detalhamento de respostas, pode buscar detalhamento das mesmas em arquivos,

outras pessoas ou outras fontes.

Dada a ocorrência da situação adversa na empresa, o trabalho como havia sido

concebido originalmente, não pôde ser realizado. Para que fosse possível a conclusão deste,

de modo satisfatório, optou-se em alterar o escopo inicial, que consistia na implantação do

programa, para uma proposição de implantação.

Essa alteração de escopo está fundamentada no pedido efetiva pela empresa, como

também, no pouco tempo hábil que se teria para a execução da proposta inicial, após a

empresa corrigir a adversidade ocorrida.

O último instrumento a ser utilizado é o formulário. Que servirá para avaliar as não

conformidades da implantação do programa, bem como uma avaliação inicial da estagiária em

relação ao ambiente em que será implantado o programa. Para Ribeiro (1994, p. 87) “o

formulário é uma ferramenta fundamental para a definição dos rumos da atividade dos cinco

sensos que no momento se desenvolve”. Este formulário será aplicado para a avaliação dos

três primeiros sensos, bem como nas auditorias internas para a avaliação e controle dos cinco

sensos após a implantação do programa.

Todos os dados obtidos com os instrumentos foram analisados e utilizados de acordo

com a necessidade da pesquisa.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

Com as informações e dados coletados foi realizado o tratamento e a análise dos

mesmos. Para Lakatos e Marconi (1999) o importante dos dados não são eles por si sós, mas

as respostas obtidas através deles. Com os dados obtidos na coleta junto aos funcionários,

poderão ser identificadas as fraquezas internas nos processos da organização. Soriano (2004)

diz que primeiramente, deve-se analisar, individualmente, os resultados obtidos em cada

pergunta, para se ter idéia da tendência do aspecto detectado. Em seguida deve-se analisar a

diferenciação das respostas que tratam do mesmo fator.

O primeiro contato com os dados levantados foram as respostas dadas ao

questionário aplicado com todos os funcionários, analisando o perfil dos mesmos em relação à

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resistência à mudança. Com o segundo questionário pôde-se observar e analisar as respostas

dadas em relação ao conhecimento do programa entre os colaboradores, promovendo

treinamento e atitudes de melhor compreensão e aperfeiçoamento para todos.

Desses dados foram feitas planilhas em Excel, tabulando as respostas dadas e

posteriormente colocados em gráficos. A análise dos mesmos foi feita resultando em

comentários a partir da interpretação dos gráficos elaborados, que se encontram a partir do

item 3.2.1 deste trabalho.

Com os formulários, pode-se avaliar a situação da organização antes e depois dos

sensos aplicados. Em princípio, os três primeiros sensos. E, após a implantação analisar o

desempenho que o programa apresentar na empresa. Podendo assim, tomar decisões de como

poderá manter-se ou melhorar a qualidade do programa.

Os resultados estão apresentados através de gráficos e de textos explicativos que

demonstrarão os objetivos atingidos com a aplicação da pesquisa.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo tem por objetivo apresentar um pouco da história da Administração e

algumas de suas diversas áreas de atuação, especificamente as áreas de estudo de qualidade

que é a área de abrangência dos Cinco Sensos.

2.1 Contextualização e aspectos conceituais da administração

Administrar, gerenciar, enfim, liderar, consiste em buscar soluções, tomar decisões,

escolher entre diversas alternativas, aquela que deverá ser mais apropriada. Para Fayol (1968),

o conceito de administração consiste em prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

A administração como ciência surgiu a partir dos estudos e dos conceitos na escola da

administração científica, criada por Frederick Taylor. Formando uma nova visão surge

paralelamente a escola clássica fundada por Henri Fayol. Descrevendo a administração a

partir dos altos escalões, adotando princípios e funções para a garantia do sucesso e a

especialização dos altos executivos.

Maia (1976) considera quatro os precursores da administração seriam eles: Taylor,

que lançou as bases científicas que haveriam de apoiar e orientar os empresários do mundo

contemporâneo. Fayol, que visava racionalizar o trabalho. Ford, revolucionário dos métodos

operacionais na indústria automobilística e Stakhanov que racionalizou a produtividade

industrial, importando e adaptando os métodos em uso no ocidente. Estes cada um a seu

modo, possuíam tendências e um modelo para a administração como ciência, criavam seus

próprios modelos de gerenciamento e algumas das funções são utilizadas até os dias atuais,

com devidas alterações para a sociedade e a economia diversificada que existe hoje.

As mudanças e aprimoramentos por quais passou a administração foram

determinadas por sua evolução, desde o homem econômico passando pelo sentido mais

humano formando uma área crescente onde surgiu também o homem social, culminando com

o contingencialismo.

O caminho percorrido pela administração mostra a evolução da ciência baseando-se

nos seus princípios fundamentais idealizados e pregados no passado, propagando-se até os

dias atuais. Formando, assim, as principais teorias da ciência da administração.

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2.1.1 Teoria geral da administração

A administração deve ser considerada parte fundamental para o crescimento de uma

organização. Suas funções, seus objetivos, enfim, tudo relacionado a esta ciência ou arte deve

ser considerado indispensável para a criação e desenvolvimento de uma empresa.

Administrar é o processo de tomar, realizar e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar objetivos. Embora seja importante em qualquer escala de aplicação de recursos, a principal razão para o estudo da administração é seu impacto sobre o desempenho das organizações mais ou menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos corretos. (MAXIMIANO, 2000, p.25)

Considera Maximiano (2000) que administrar significa em primeiro lugar ação. É um

processo de tomada de decisões e realizações que compreende quatro processos principais

interligados: planejamento, organização, execução e controle. Esses processos administrativos

são também chamados de funções administrativas ou funções gerenciais. Outros aspectos ou

funções que contribuem para a realização dos quatro processos principais são: coordenação,

direção, comunicação e participação.

O administrador tem como base às funções mencionadas. Assim sendo, a busca do

conhecimento e o aperfeiçoamento seguem uma linha tradicional envolvendo os mesmos, mas

sem deixar de buscar a inovação. Dentre os diversos conceitos existentes para esta área, não

há como caracterizar que um só esteja correto. Pois, cada um enfoca a administração do ponto

de vista de cada autor e segundo suas necessidades de abranger determinadas áreas da mesma.

2.1.2 Funções da administração

A habilidade do administrador consiste em conseguir lidar com os processos da

administração. Conforme Fayol apud Maximiano (2000, p. 60) “administração é um processo

de planejamento, organização, comando, coordenação e controle”. Assim, a empresa

competitiva administra suas atividades com base nos cinco processos citados.

O primeiro processo é o planejamento, pois para que qualquer ação seja realizada

com sucesso é necessário pensá-la e planejá-la. De acordo com Koontz e O´Donnel (1982)

planejamento envolve a seleção de objetivos, diretrizes, programas e procedimentos para os

atingir, seja para a empresa em seu conjunto ou para parte organizada da mesma.

Planejamento é a tomada de decisões no presente, que serão aplicadas futuramente, de vez

que envolve uma escolha entre muitas alternativas, prevendo resultados a curto ou longo

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prazo. Para Jucius e Schlender (1976) o planejamento é a predeterminação de metas

desejadas e o meio por que elas podem ser atingidas. O planejamento consiste em decidir ou

escolher, ou seja, optar por uma alternativa quando surgem diversas. Ainda coloca Loen

(1980) o seguinte: “planejamento é a determinação do que precisa ser feito, quando e por

quem, para cumprir a responsabilidade atribuída a alguém”. Assim sendo o planejamento

vem a colaborar com o futuro decisivo da organização. Além de ser um instrumento de

tomada de decisões pode ser também um meio de prever mudanças inesperadas, e deixar com

que a organização esteja preparada caso ocorra essas eventualidades.

Além do planejamento, a organização é outra função da administração que servirá

como facilitadora do alcance dos objetivos propostos pela empresa no planejamento. A

organização é uma função importante. Esta pode ser definida como uma das mais complexas,

pois da organização depende toda a estrutura da empresa. Segundo Koontz e O´Donnel

(1982) organização envolve a determinação e a enumeração de atividades necessárias para a

consecução de objetivos da empresa, sendo estes: o agrupamento destas atividades; a

destinação de tais grupos de atividades a um administrador; a delegação de autoridade para

que elas sejam desempenhadas; e provisão para coordenação de relações de autoridade

horizontal e verticalmente na estrutura de organização. A organização deve ser vista como

um meio para atingir os resultados, ou seja, colocando-se em prática o que foi planejado se

faz necessário organizar as atividades para que o objetivo preestabelecido seja cumprido. A

função organização deve ser definida ainda como a união de vários fatores e recursos

necessários para a execução de planos. Ela baseia-se na função do planejamento.

Com as atividades propostas organizadas a empresa terá maior facilidade e

praticidade para realizá-las, tornando-a mais eficiente. Com o planejamento realizado, e as

atividades organizadas, a empresa deverá por o que foi planejado em execução. Seguir com

as atividades, observando-as de forma que ocorram corretamente para que os objetivos

propostos sejam alcançados com bom desempenho.

A função direção está ligada às funções anteriores, dirigir é estar à frente, é observar

onde podem estar os erros, é cuidar para que o objetivo final seja alcançado. Consideram

Kootz e O´Donnel (1982) que a direção envolve orientação e supervisão de subordinados, a

direção bem sucedida resulta em pessoal bem treinado, que trabalha eficientemente para a

realização dos objetivos da empresa. A direção consiste não só no treinamento, mas na

execução das tarefas para que o objetivo final seja alcançado com um bom desempenho. Para

Jucius e Schlender (1976) a direção é a função de operar a organização à medida que esta

executa os planos que foram traçados. Dirigir ainda pode ser descrito como execução e

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cumprimento de planos aprovados através de subordinados para alcançar e superar objetivos

(LOEN, 1980).

Através da direção pode-se acompanhar o andamento das atividades em busca dos

objetivos e verificar se serão alcançados pela maneira com as mesmas vem sendo

conduzidas. Após a direção, a função que deve ser realizada é o controle. Para analisar o

desempenho das atividades, verificar quais pontos precisam ser melhorados ou mantidos.

O controle está no dia a dia das organizações como uma ferramenta para atingir com

eficiência os planejamentos desenvolvidos. Controle pode ser definido como medição do

progresso em relação a objetivos, avaliando o que precisa ser feito e então tomando a medida

corretiva para realizar ou superar os objetivos (LOEN, 1980). A tarefa de controlar exige do

administrador a eficiência, pois controlar significa acompanhar a prática das tarefas em busca

dos objetivos, observando ainda os pontos fortes e fracos, para a realização dos planos. De

acordo com Jucius e Schlender (1976) o controle é uma função administrativa que busca

restringir e regular vários fatores, de modo que as obras e projetos sejam concluídos através

da maneira por que foram planejados, organizados e dirigidos. O controle é a análise do que

vem sendo feito na empresa, se as funções anteriores vêm sendo bem aplicadas. Por fim, a

função de controle aparece para harmonizar as demais funções e garantir o sucesso da

aplicação das mesmas.

A coordenação consiste no estabelecimento da harmonia entre todos os atos de uma

empresa de maneira a facilitar o seu funcionamento e o seu sucesso (FAYOL, 1989). Em

todas as funções do administrador a coordenação está presente de modo que esta função é

parte do todo, exercer a coordenação é algo ligado ao planejamento ao controle, a direção e a

organização, sendo esta uma função de grande importância para o mesmo. Segundo Koontz e

O´Donnel (1982) a realização da harmonia do esforço individual no sentido de obtenção dos

objetivos do grupo é o propósito da administração. Cada função do administrador é um

exercício de coordenação.

As funções da administração são ferramentas que auxiliam a empresa a manter ou

melhorar os procedimentos que a mesma irá tomar no decorrer do alcance dos objetivos

desejados. Essas funções serviram como facilitadoras para o acompanhamento de todas as

atividades envolvidas na administração de uma instituição. Além das funções a administração

também se divide em diversas áreas específicas, que auxiliam cada setor e segmento a

melhorar seu desempenho.

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2.2 Áreas da administração

Neste item serão apresentadas as principais áreas da administração que são

fundamentais para o desenvolvimento das organizações e o administrador tem por

necessidade possuir no mínimo alguma noção das áreas que agora serão apresentadas.

2.2.1 Administração da produção

A administração da produção compreende uma parte importante para quaisquer

outras áreas de uma empresa, pois toda empresa é fundada com o objetivo de produzir,

podendo ser produtos ou serviços. Segundo Buffa (1976, p.12) “os princípios fundamentais de

economia de produção e o projeto de controle do equipamento aplicam-se tanto às pequenas

como as grandes organizações”. O autor (op. cit) ainda considera que a administração da

produção não é um conjunto de técnicas, mas ao contrário, é um conjunto de princípios gerais

estabelecidos para a economia da produção, o projeto de tarefas, o estabelecimento de

programas, o controle de qualidade e de estoques, a avaliação do trabalho o controle do

orçamento e do custo, a facilidade do processo em si.

O processo de produção numa empresa consiste na transformação da matéria-prima

em produto acabado para ser levado ao consumidor final, bem como prestar serviços. Com

base em Chiavenato (1991) a administração da produção executa a produção ou as operações

da empresa. Através dela a empresa consegue extrair as matérias-primas, transformando-as

para produzir o produto acabado ou prestar serviços especializados que a empresa oferece ao

mercado, indiferente do setor em que empresa atua.

Assim como a administração da produção é importante para as organizações

promovendo serviços ou produtos, é necessário que se tenha controle dos materiais utilizados.

Nesse contexto surge à área de administração de materiais.

2.2.2 Administração de materiais

Na busca da maximização dos lucros as empresas procuram aumentar a produção e

as vendas, mas muitas esquecem de fazer um bom controle de materiais.

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Para atingir as metas de uma empresa é necessário que se coloque em prática a

redução de estoques, sem que a produção pare ou que se diminuam as vendas. Assim, se faz

necessário um controle de materiais. Messias (1980) sugere que administração de materiais

pode ser definida como um ramo especializado da ciência da administração, tratando

especificamente de um conjunto de normas relacionadas com a gerência de artigos essenciais

à produção de um determinado bem ou serviço.

Segundo Dias (1990) o objetivo da administração de materiais é a otimização do

investimento em estoque, aumento do uso eficiente dos meios de planejamento e controle, a

minimização das necessidades de capital para o estoque. Os estoques de produto acabado,

matéria-prima e material em processo estão interligados e não podem ser vistos

independentemente. O descobrimento de fórmulas, modelos matemáticos de redução de

estoques, sem que haja um colapso da produção e sem um aumento de custos, é o grande

desafio.

A administração de materiais pode-se dividir em varias áreas. Segundo Dias (1990,

p.16) “uma tradicional organização de um sistema de materiais pode ser dividida nas

seguintes áreas de concentração: controle de estoques, compras, almoxarifado, planejamento e

controle da produção, importação, transporte e distribuição”. Cada área tem sua importância

para a organização, destacando- se abaixo no quadro 1:

Área Importância

Estoque É necessário para o processo de produção-venda da empresa. O estoque pode ser de matéria-prima, como de produtos acabados

Compras Sua função é especializada na busca do melhor preço, para que o custo seja menor. É de responsabilidade de compras assegurar que as matérias-primas exigidas pela produção estejam disponíveis

Almoxarifado Responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em processo

Planejar e Controlar Produção

Responsável pela programação e pelo controle da produção

Importação Pode ser definida como uma compra para a empresa, no entanto, como se dá de outro país, com certa burocracia e todos os caminhos que deverão ser seguidos para que seja efetuada a compra ou importação do produto

Transporte e Distribuição

Área de extrema importância para empresa, por se tratar de entregar os produtos finais, de distribuir aos clientes

Quadro 1 – Áreas de administração de materiais. Fonte: Adaptado de Dias (1990)

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No quadro 1 pode-se verificar a importância que cada área da administração de

materiais. A influência que cada uma representa na cadeia administrativa.

Produzindo, administrando os materiais, são necessárias as pessoas que fazem com

tudo isso seja possível. O recursos humanos é área de recursos criativos, produtores,

pensantes de uma empresa que fazem com ela alcance seus objetivos. Sem as pessoas não

existe empresa.

2.2.3 Administração de recursos humanos

Administração de pessoal é um fator importante para as organizações, pois, trata-se

de um recurso muito valioso, as pessoas que trabalham e produzem. Para que haja qualquer

outra função na empresa é necessário que existam pessoas. E administrar pessoas é a uma

função delicada, porque as pessoas são diferentes. A administração de recursos humanos lida

com o recurso mais importante de uma empresa, seus colaboradores.

Conforme Blecher apud Pontes (2000, p.24) “a questão vital para as empresas hoje

não são o capital, a estratégia, os produtos inovadores ou a tecnologia de ponta, são todos

itens poderosos, mas perdem a intensidade e força quando confrontados com o talento”. Nada

é mais vital para as empresas hoje do que o talento, neste tempo de competição acirrada as

empresas buscam diferenciais, e ser talentoso em determinada área, ser conhecido pelo que

faz de melhor é um diferencial. A busca pelos talentos é imensa, consegui-los é difícil e

mantê-los dentro da empresa, suprindo suas necessidades é ainda mais difícil, de modo que a

busca crescente de uma melhoria na estrutura de recursos humanos da empresa é vital.

Das funções mais simples até aquela mais complexa dentro de uma empresa todas

tem uma relação em comum, que variam de acordo com sua função. Ou seja, seu cargo, mas

no final todos colaboram de alguma forma para a empresa tenha um benefício um pagamento

por sua colaboração.

Segundo Serson (1975, p. 33):

O cargo é o ponto de toque entre o trabalhador e a empresa, já que sua inter-relação se passa através do cargo e em razão do cargo, a pessoa constitui o objeto da administração porque exerce um cargo na empresa. Em função do cargo a empresa remunera, a empresa procura um trabalhador quando o cargo está vago, treina-o para atender às exigências do cargo, avalia o desempenho do cargo pelo trabalhador e assim por diante.

O salário é o beneficio que o empregado recebe por suas colaborações na empresa,

pelo exercício das suas funções. A relação entre cargos e salários é muito extensa porque um

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depende necessariamente do outro, ou seja, a função exercida por uma pessoa, o trabalho que

realiza é pago através de um beneficio a que se pode denominar salário.

Essas mesmas pessoas são as responsáveis pelos controles de produção, matérias e

recursos financeiros da empresa. A administração financeira é outra área da administração

importante para o fornecimento de informações da empresa. Com base nos dados fornecidos

por esta área é que a empresa deve tomar suas decisões.

2.2.4 Administração financeira

A área financeira constitui uma parte importante para a empresa porque a partir dela

são tomadas decisões, são os resultados que ela demonstra que farão com que o administrador

escolha entre muitas alternativas. A administração financeira relaciona-se com outras áreas de

outras ciências, como a economia, a contabilidade. Para Gitman, (1978) “a administração

financeira pode ser vista como uma forma de economia aplicada, que se baseia amplamente

em conceitos teóricos econômicos. A administração financeira também aproveita certos dados

da contabilidade, outra área da economia aplicada”. A administração financeira pode servir de

assessora a empresa juntamente com outras áreas. Fornecendo informações para que os

administradores tomem decisões devidas para o bom desempenho da empresa.

Além disso, a administração financeira numa empresa busca sempre uma maior

rentabilidade de seus investimentos. Sanvincente (1987) fala que nas decisões da

administração financeira, um dos objetivos implícitos é a maior rentabilidade possível sobre

os investimentos efetuados por indivíduos ou instituições que se caracterizem como

proprietários. Vale ressaltar que a rentabilidade deve ocorrer desde que não comprometa a

liquidez da empresa.

Com as informações fornecidas corretamente pela área financeira, é que os

administradores poderão se basear para formar seus preços, pesquisar o mercado, oferecer e

divulgar seus produto ou serviço. O marketing, outra área da administração, vem a colaborar

para que seja realizada a aceitação do que oferecemos no mercado.

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2.2.5 Marketing

A capacidade de oferecer um produto de modo que os consumidores desejem, de

satisfazer as necessidades do cliente em potencial pode ser chamado de marketing. Mas essa é

uma definição muito simples. Segundo Kotler e Armstrong (1991) o marketing pode ser

definido como um processo social e gerencial através do qual indivíduos e grupos conseguem

obter aquilo que necessitam e desejam por meio de criação e troca de produtos e valores.

A presença do marketing no dia-a-dia da população mostra como este tem um papel

importante na sociedade. Seus segmentos, suas funções, estão presentes diariamente em

muitos campos da atividade humana. E não poderia ser diferente para a administração. Pois, é

uma área ligada à pesquisa de mercado e vendas, onde se busca a satisfação do cliente, mas

também esta diretamente ligada ao consumo que gera lucro.

Conforme Cobra (1985) “o papel do marketing é sem dúvida, satisfazer as

necessidades do consumidor”. Buscando por meio de pesquisas ou outros recursos identificar

que produtos ou serviços o consumidor está buscando e tentar oferecer aquilo que fará com

que se sinta satisfeito.

As exigências do mercado e a necessidade de conhecer o cliente fazem com que o

marketing cresça nas organizações. Seus conceitos têm sido aplicados com cada vez mais

freqüência e a busca pelo melhor caminho para desenvolvê-lo tem sido um das preocupações

das organizações em geral. Para que a empresa caminhe em conformidade com as

transformações e exigências do mercado, é necessário que haja organização, bons sistemas e

métodos. Promovendo, assim, uma melhoria em todos os aspectos da empresa.

2.2.6 Organizações, sistemas e métodos

Uma das funções da administração é a organização e para que se organize uma

empresa são necessários muitos sistemas, métodos e aplicação de conceitos como planejar e

organizar.

Nos últimos 40 passaram-se grandes transformações sociais. Transformações essas

que também refletiam nas empresas e no modo como elas são administradas. Dessa forma as

empresas tiveram que começar a se adaptar as transformações e mudanças que surgiam

constantemente. E precisar de meios que facilitassem seu modo de administrar. Eis que a

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organização, os sistemas e os métodos são a oportunidade de promover essa contribuição nas

empresas. Segundo Miranda (1980, p.32) “organização e métodos é uma função especializada

que se estabeleceu para aconselhar na introdução de novos métodos de administração e

estruturas de organização que reduzam os custos sem impor um esforço insuportável ou

causar danos reais à estrutura social da empresa”. Assim como as demais áreas da

administração apresentam objetivos específicos, a área de organização, sistemas e métodos

também apresenta os seus. Pode-se definir alguns tais como: ajudar as organizações a adaptar-

se às mudanças, ajudar a resolver problemas específicos e promover a eficiência e

produtividade no escritório (BREADMORE, 1992).

Na busca de definições para cada palavra encontra-se um pouco mais de informações

sobre organização, sistemas e métodos, ou seja, suas definições e funções estão interligadas

de modo que para entender organização, sistemas e métodos, é preciso entender na sua

totalidade. Para tanto, apresenta-se entendimento sobre cada uma.

A organização é um fator importante para a execução de projetos, para a

administração de qualquer empresa e fundamental para os princípios de O & M conforme

descrito no item 2.1.2 deste trabalho. Os sistemas existem para tentar se compreender e

melhorar a empresa em geral. Para Oliveira (1996, p. 31) “sistema é um conjunto de partes

interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com

determinado objetivo e efetuam determinada função”. O método é a maneira de trabalho que a

empresa utiliza para se alcançar o resultado esperado. O nome dado ao estudo dos métodos é

metodologia. A metodologia deve ser conhecida pelo analista de organização e métodos para

o bom planejamento de seu trabalho, assim quando o mesmo dividir o projeto de um sistema

qualquer em fases, se estabelece fases de modo que cada uma delas se possa definir

claramente com um objetivo e um resultado esperado (OLIVEIRA, 1996).

Organização, sistemas e métodos permeiam todas as atividades de uma empresa

moderna devendo, portanto, ser constantemente observados, analisados e atualizados, visando

sua correta aplicação. Dessa forma é a empresa conseguirá promover em seus processos a

qualidade desejada.

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2.3 Qualidade total

Todas as organizações apresentam preocupação com a qualidade de seus produtos ou

serviços. E a gestão de qualidade na sua evolução passou por três grandes fases: era da

inspeção, era do controle estatístico e era da qualidade total. Na era da inspeção, o produto era

verificado pelo próprio produtor e pelo cliente, acontecimento este antes da Revolução

Industrial. Na era seguinte (controle estatístico), o controle de inspeção passou a ser realizado

por meio de técnicas estatísticas, verificando-se a qualidade de todo o lote, não sobre o

produto como no caso anterior. Oliveira (2004, p. 4) diz que: “Em função do crescimento da

demanda mundial por produtos manufaturados, inviabilizou-se a execução da inspeção

produto a produto, como na era anterior, e a técnica da amostragem passou a ser utilizada”.

Nessa nova fase um certo número de produtos era selecionado, aleatoriamente, para ser

inspecionado.

Na era da qualidade total, o cliente é o centro das atenções das organizações que

dirigem seus esforços para satisfazer às suas necessidades e expectativas. Conforme Oliveira

(2004, p. 4) “a principal característica da era de qualidade total é que toda empresa passa a ser

responsável pela garantia da qualidade dos produtos e serviços – todos os funcionários e todos

os setores”. Com o decorrer da evolução empresarial os clientes foram se tornando as figuras

principais nas decisões de processos operacionais, pois é com base nas suas necessidades e

expectativas que as empresas tomam suas decisões para atender ao requisito de satisfazer

completamente o cliente.

Oliveira (2004) refere-se à necessidade sobre os processos relacionados à gestão da

qualidade de forma sistêmica, de modo que haja inter-relação e interdependência de todos os

níveis da empresa para o alcance desta qualidade desejada.

Segundo Paladini (1995, p. 18):

A gestão da qualidade no processo pode ser definida, de forma sucinta, como o direcionamento de todas as ações do processo produtivo para o pleno atendimento do cliente. A estratégia básica para tanto consiste, exatamente, na melhor organização possível do processo, o que se viabiliza ao longo de três etapas: a eliminação de perdas, a eliminação das causas das perdas e a otimização do processo.

A noção da qualidade deve, evidentemente, ser inserida nas atividades de processo e

em todos os elementos que o compõem. E na verdade, têm sido desenvolvidas várias

ferramentas com esta finalidade. Não se pode deixar de citar a influência dos japoneses nas

atividades e implantações de sistemas de controles de qualidade. As indústrias japonesas

foram às iniciantes na percepção da importância que este fator tinha para seus clientes.

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Este é um dos fatores da indústria japonesa ser reconhecida mundialmente quando se

fala em qualidade. Segundo Ishikawa (1993, p.75) “as empresas japonesas tem sido orientadas

pelo principio da “qualidade total” ao aceitar e praticar o controle da qualidade total”. O modo

de pensar japonês faz toda a diferença numa empresa, pois está voltado para o coletivo e

harmonia entre os componentes, fazendo com que se reúnam em busca de objetivos idênticos.

Para Araújo (1997, p. 45) “gerenciamento pela qualidade total é um modelo de

gestão baseado no comprometimento de todos e na vivência da melhoria contínua, elevando

os patamares de qualidade e produtividade”. Prossegue o autor (op. cit) afirmando que a

qualidade deve começar de cima para baixo, e deve haver pouco discurso e muita ação, ou

seja, a qualidade se faz na prática.

Deming (1990) destaca também a qualidade praticada na prestação de serviços.

Onde, em sua origem, antes da era industrial o alfaiate, o carpinteiro, o sapateiro, conheciam

seus clientes pelo nome. Sabiam se o cliente estava insatisfeito e o que deveriam fazer para

melhorar a aceitação de seu produto. Segundo Deming (1990, p.133) “com a expansão da

indústria, foi fácil perder esse toque pessoal. Surgiram os atacadistas, intermediários e

varejistas e, na verdade, criaram uma barreira entre o fabricante e o consumidor final”. As

empresas, hoje, que não se preocupam seriamente com a qualidade dos seus produtos ou

serviços, e não colocam a satisfação dos clientes em primeiro lugar estão relegadas ao

fracasso. Sob o prisma operacional, a gestão da qualidade também se apresenta como um

excelente instrumento de controle de processo produtivo, possibilitando redução de

desperdícios, aumento da satisfação dos trabalhadores, maior estabilidade da organização e,

conseqüente, aumento de competitividade.

Oliveira (Org) (2004) enfatiza o aspecto de continuidade do programa de qualidade.

A dificuldade está na modificação constante do comportamento do consumidor. Isso exige

esforço de aperfeiçoamento também constante para a conquista da excelência na área de

prestação de serviços. Seja em qual for a atuação da empresa, produtos ou serviços, ela deve

batalhar pela qualidade dos mesmos, para garantir sua qualidade e seu espaço no mercado.

Diante disso, muitas empresas procuram implantar programas que colaborem para o

alcance da qualidade, ou na melhoria de seus processos e consideram que essa melhoria deve

ser continua.

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2.3.1 Qualidade na Prestação de Serviços

Quando uma empresa vende um produto ela está vendendo algo tangível, quando se

trata de um serviço ela também está vendendo um produto, mas este produto é intangível.

Para Senac (2001, p.14) “serviço é o resultado de pelo menos uma atividade desempenhada,

necessariamente, na interface do fornecedor com o cliente”. Entende-se dessa maneira como

serviço, algo realizado sem a existência de um objeto tangível na transação. Na qual o

fornecedor disponibilizará por meio de atividades realizadas por ele mesmo para que o cliente

receba o atendimento que ele procura.

Muitas empresas geralmente querem dar atenção focada em baixos preços para

ganhar o cliente. Outras empresas focam a importância também no atendimento. Ressalta

Barbulho (2001), todo o cliente ao adquirir um serviço possui expectativas sobre o que lhe é

oferecido o pelo que pagou. Assim o cliente espera encontrar qualidade de desempenho,

atendimento e custo.

O mesmo autor (op. cit) descreve que as atitudes do profissional prestador de

serviços devem ser de grande respeito aos clientes, o prestador deve atender com presteza e

urbanidade a todos que necessitarem do serviço; sempre dar alguma informação, agir como se

o cliente fosse você mesmo; se alguém solicitar informações, atenda corretamente e com

solicitude ou encaminhe a pessoa que seja capaz; lembrar que existem pessoas que não

tratarão o profissional de serviços com muita educação.

Acredita-se, que os clientes em qualquer hipótese, devem ser tratados com respeito,

não deixando dúvidas ao que será realizado e por que será sendo realizado, evitando discursos

ou desentendimentos no término do serviço.

A prestação de serviços, geralmente, depende de uma equipe. Completa Senac

(2001), que na prestação de serviços não existe espaço para individualismo. Todo o serviço é

entendido como resultado de um esforço conjunto e, portanto as glórias e os fracassos dos

serviços prestados são de responsabilidade de todos os membros da equipe e não de um único

profissional.

Assim, todos devem trabalhar juntos evitando que dependa de somente uma pessoa

e/ou que alguém possa estar prejudicando todo o trabalho do grupo se não participar

entrosado no todo, nesse pensamento devem buscar continuamente a melhoria no

atendimento.

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Dessa maneira o CSP – Centro de Serviços Perdigão de Itajaí, além de atingir o

consumidor final, oferecendo produtos de qualidade, presta seus serviços internos. Prezando

em atender bem seus clientes internos (colaboradores do prédio, demais unidades) formando

com a qualidade e reconhecimento que é.

2.4 PDCA

Todos os processos são passíveis de melhoria. O PDCA (Planejar, Executar, Checar

e Agir Corretivamente) tem como principal função a facilitação da resolução de problemas

que podem ocorrer em qualquer empresa, como também propiciar uma melhoria caso o

mesmo problema ocorra novamente. Assim, Araújo e Redi (1997, p. 76) sugerem que

“quando surge um problema na empresa é aquele corre-corre, todo mundo quer fazer tudo ao

mesmo tempo. A maioria não sabe nem por que está tendo determinada atitude”. Nesses

casos, após esse ‘corre-corre’, o problema é resolvido, mas talvez nenhum colaborador se

lembrará qual foi a solução, e assim caso o problema volte a ocorrer a mesma confusão irá

acontecer.

A seguir a figura 1 apresenta o Ciclo PDCA de Controle de Processos.

Figura 1 – Ciclo PDCA como melhoria contínua. Fonte: Adaptado de Taublib (1998).

Pelo fato do PDCA ser conhecido como Ciclo PDCA, Taublib (1998), explica que o

ciclo e como funciona a seqüência. O PDCA como se observa é formado por quatro letras que

Atuar corretivamente

(A)

Agir

Definir metas e métodos para atingi-las

(B) Planejar

Executar a tarefa

(D) Executar

Verificar resultados

(C)

Checar

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representam quatro etapas a serem seguidas para a resolução de um determinado problema na

organização. Conforme observa-se na figura 1, o PDCA funciona rotativamente, sempre

buscando uma melhoria nos processos e na solução de problemas, o mesmo funciona mesmo

como um ciclo de melhorias contínuas.

Taublib (1998) diz que toda melhoria deve ser planejada e mesmo que estejamos

satisfeitos com sua execução, isso será apenas momentaneamente. Pois todo processo é

segundo o autor (op. cit), passível de melhoria. Neste caso, com várias voltas do ciclo,

denominamos um processo de melhoria contínua, chamado também de Kaizen.

2.5 Melhoria Contínua – Kaizen

As empresas, de forma geral, prezam pela qualidade de seus produtos e serviços.

Atingindo a satisfação dos clientes é necessário mantê-los satisfeitos e aumentar ainda mais a

qualidade dos produtos e serviços. Para isso Rangel (1995), define melhoria contínua como

uma busca contínua pela melhoria fazendo sempre certo e melhor, incrementando as mesmas

em cada passo do processo.

Associado a idéia de melhoria contínua temos o Kaizen devido a seu significado:

KAI, que significa modificar , e ZEN, que significa para melhor. Essa idéia de melhoria

contínua japonesa está associada não apenas no trabalho como também no lar e na vida social.

Com relação ao kaizen Martins (2005, p. 465) diz que:

É uma cultura voltada à melhoria contínua com foco na eliminação de perdas em todos os sistemas de uma organização e implica na aplicação de dois elementos, ou seja, na melhoria, entendida como mudança para melhor e na continuidade, entendida como ações permanentes de mudança.

Como filosofia gerencial, o kaizen é mais amplo que a gestão da qualidade total, pois

abrange a necessidade de melhoria contínua dos gerentes, dos operários em todos os aspectos

de vida. As empresas precisam de qualidade total, mais após adquiri-la, para continuar

sobrevivendo no mercado turbulento e fornecer aos clientes um produto/serviço que satisfaça

as suas necessidades, a mesma deve estar sempre em busca de melhorias continuas nos

processos, assim não perderá seu lugar mercado.

Diante disso, muitas empresas procuram implantar programas que colaborem para o

alcance da qualidade, ou na melhoria de seus processos. O programa 5S é um desses, que

promove a mudança de comportamento nas pessoas, possibilitando o desenvolvimento de um

ambiente propício à obtenção da qualidade total.

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2.6 Cinco Sensos

Este capítulo apresenta um pouco da história dos cinco sensos, sua origem,

significado e os benefícios. O programa cinco sensos para ser implantado passa por diversas

etapas dentro de uma organização, bem como diversos processos acontecem para que tudo

possa ocorrer trazendo bons resultados.

2.6.1 Origem dos cinco sensos

O 5S como também é conhecida, é uma prática desenvolvida no Japão, onde os pais

ensinam a seus filhos princípios educacionais que os acompanham até a fase adulta. Para

Ribeiro (1994), depois de ocidentalizada esta prática ficou conhecida também como

housekeeping e pode ser praticada em qualquer ambiente, desde nossa casa até nosso trabalho.

O cinco sensos proporciona não apenas a melhora nos processos operacionais da

empresa, mas também o ambiente de trabalho e a vida das pessoas envolvidas no programa.

Para Oliveira (1997, p.9) “o programa dos Cinco Sensos visa à melhoria da nossa qualidade

de vida, através da prática de ações consideradas óbvias e que nos possibilitarão mudarmos

para melhor a nossa vida em todos os ambientes que freqüentamos”. A prática desse programa

é acessível a todos, basta à conscientização dos envolvidos, de que é possível mudar e

melhorar sempre.

Ribeiro (1994) relata que o início do programa cinco sensos se deu no Japão, logo

após a segunda grande guerra e a necessidade de reconstrução do país, onde o professor

Kaoru Ishikawa disse que deveriam começar varrendo. Essa foi a indicação concreta do início

da prática dos cinco sensos. A partir desse início, começou também o processo de melhoria

contínua da qualidade naquele país, assim como em suas organizações e instituições. Os cinco

sensos são novos hábitos que irão colaborar para que as tarefas que devem ser realizadas

aconteçam da melhor forma possível.

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2.6.2 Significado dos cincos sensos

É importante esclarecer o que são, exatamente, os cincos sensos e como precisam ser

estruturados para que sejam alcançados de forma eficaz. Nomeados em seu país de origem, o

Japão, são chamados de: seiri, seiton, seiso, seiketsu e shitsuke. Traduzidas para o português

são conhecidas como: organização, arrumação, limpeza, padronização e disciplina. Visando

manter a concepção inicial o termo senso é acrescido em cada denominação. A seguir

apresenta-se o significado de cada um.

2.6.2.1 Senso de utilização (SEIRI)

Utilizar as coisas significa separar as coisas necessárias das desnecessárias.

Eliminando assim do ambiente aquelas que não são úteis. Os itens considerados

desnecessários deverão ser descartados ou disponibilizados para outros locais, para que outras

pessoas utilizem. Os que permanecerem deverão ficar guardados, identificados para que seja

facilitados o uso posterior. Para Osada (1992, p. 26) “na linguagem dos 5S’s, significa

distinguir o necessário do desnecessário, tomar as decisões difíceis e implementar o

gerenciamento pela estratificação, para livrar-se do desnecessário”. Liberar área, retirar os

itens desnecessários e jogá-los fora essa é a função do Seiri.

A seguir o quadro 02 de Ribeiro (2006), apresenta conceito, atitudes e valores

resgatados do senso de utilização:

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SEIRI

Resumo Colocar em ordem o que está desarrumado

Significado Utilização – é saber usar sem desperdiçar

Atitudes resultantes

- Redução de consumo; - Manutenção dos recursos úteis em

condições adequadas; - Reutilização dos recursos; - Disponibilização dos recursos

desnecessários; - Compartilhamento dos recursos; - Descarte adequado dos recursos úteis;

Valores resgatados

- Carinho com os recursos úteis; - Perda de apego às coisas materiais; - Melhor conhecimento do próximo,

pelo ato de compartilhar; Quadro 2 – Significado do SEIRI Fonte: Adaptado de Ribeiro (2006)

Pode-se observar no quadro 2 que o senso de utilização visa o bom uso dos recursos

existentes na empresa, mantendo no local de trabalho somente o necessário para desenvolver

as atividades, compartilhando com os demais setores os materiais existentes e não utilizados.

Depois do senso de utilização fica necessário uma ordenação do restante dos materiais

necessários para o uso das pessoas que pode ser realizado no senso de utilização.

2.6.2.2 Senso de ordenação (SEITON)

Agrupar as coisas necessárias, de acordo com a facilidade de acesso. Deve-se

extinguir a procura de objetos. Essa arrumação vem a garantir a qualidade e segurança em seu

local de trabalho. O ambiente será mais agradável e, conseqüentemente, mais produtivo.

Araújo (1997, p. 105) diz que:

O seiton é uma importante ferramenta em prol da qualidade e da produtividade. Trata-se de arrumar os materiais de acordo com seu grau de uso, deixando os mais utilizados à mão. Ou seja, resume-se em determinar o local onde qualquer coisa seja encontrada com muita facilidade.

Dispor os itens necessários em uma ordem apropriada para que possam ser

facilmente localizados para uso, o Seiton é o senso responsável por essa função.

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A seguir o quadro de Ribeiro (2006), apresenta conceito, atitudes e valores

resgatados do senso de ordenação:

SEITON

Resumo Colocar em ordem o que está desarrumado

Significado Ordenação – facilitar o acesso e a reposição.

Atitudes resultantes

- planejar locais adequados para a guarda de recursos, otimizando espaço e tempo;

- desenvolver visão espacial (planejar espaço para as coisas);

Valores resgatados

- desenvolvimento da capacidade de planejamento;

- preocupação com a segurança, o conforto e a eficiência;

Quadro 3 – Significado do SEITON Fonte: Adaptado de Ribeiro (2006)

Analisando-se o quadro 3, pode-se entender a necessidade de uma organização dos

materiais utilizáveis, para, posteriormente, serem fáceis de encontrar pelos colaboradores.

Proporciona também ao colaborador desenvolver a capacidade de manter o material reposto,

não faltando no momento que mais for necessário. Realizado a ordenação de tudo que é

utilizável e importante a limpeza de todo local, ocorre com o senso de limpeza.

2.6.2.3 Senso de limpeza (SEISO)

Limpar é eliminar a sujeira. A limpeza também é uma oportunidade de inspecionar e

reconhecer o ambiente. Embora o significado óbvio da palavra limpeza, seja eliminar o lixo e

a sujeira, ela vem se tornando cada vez mais importante. Com as altas tecnologias, cada

usuário deve conhecer a limpeza necessária de seu equipamento.

Segundo Oliveira (1997, p. 36):

Devemos executar durante o Senso de Limpeza rigorosa inspeção dos locais, objetos, equipamentos e ferramentas, de forma que possamos detectar antecipadamente futuros problemas que podem ser resolvidos antes de causar transtornos a até acidentes envolvendo pessoas.

Limpar seu local de trabalho completamente para que não haja pó ou sujeira em lugar

nenhum.

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Novamente o quadro de Ribeiro (2006), apresenta conceito, atitudes e valores

resgatados do senso de limpeza:

SEISO

Resumo Tornar limpo, livrar de impurezas, purificar

Significado Limpeza – é saber usar sem sujar, atacando as fontes de sujeira.

Atitudes resultantes

- evitar sujar; - inspecionar no momento da limpeza,

zelando pelos recursos e pelas instalações;

- atacar fontes de sujeira;

Valores resgatados - preocupações com o meio ambiente,

humildade, simplicidade; - percepção critica e sugestiva;

Quadro 4 – Significado do SEISO Fonte: Adaptado de Ribeiro (2006)

Pode-se observar conforme quadro 4, a importância da limpeza no local de trabalho.

Fazer uma limpeza nos lugares onde pode acumular muita poeira, insetos que podem

prejudicar os equipamentos, o meio ambiente e, principalmente, as pessoas que no local

trabalham. A limpeza deve se tornar um hábito para os colaboradores, realizando uma

manutenção constante, por meio do senso de padronização.

2.6.2.4 Senso de padronização (SEIKETSU)

Significa que os três Sensos iniciais estão bem implantados e praticados. Este senso

também conhecido como asseio tem a função de conservar a higiene, tendo o máximo de

cuidado para que os três estágios da organização, a arrumação e a limpeza anteriores não

retrocedam. Isto é executado através da padronização de hábitos. Osada (1992) diz que

padronizar é manter a utilização, a ordenação e a limpeza contínua e constante. Essa limpeza a

que ele se refere é tanto limpeza pessoal quanto a limpeza do ambiente. Manter sempre um

alto padrão de arrumação e organização do local de trabalho. O que fica necessário é manter o

local como ficou após implantada as três etapas. Evitando que volte a ser aquele local

desorganizado.

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A seguir o quadro de Ribeiro (2006), apresenta conceito, atitudes e valores

resgatados do senso de saúde/asseio:

SEIKETSU

Resumo Padrão de arrumação e organização

Significado Saúde – é procurar padronizar e manter os três primeiros “S” no dia-a-dia, além de cuidar da saúde do corpo e da mente.

Atitudes resultantes

- melhorar a educação alimentar; - investir em todas as dimensões, na

busca da felicidade; - evitar dependência química;

Valores resgatados - amor, felicidade, o valor pela vida, qualidade de vida no trabalho;

Quadro 5 – Significado do SEIKETSU Fonte: Adaptado de Ribeiro (2006)

No quadro 5 anterior, observa-se a importância da limpeza para a saúde. A

preocupação com o bem estar próprio é importante para a qualidade de vida. Manter o corpo e

a mente em harmonia, visando sempre aumentar a motivação. Para isso os três primeiros “S”

devem estar em plenitude. A motivação é a chave para o senso de disciplina para a melhoria

contínua dos Cinco Sensos.

2.6.2.5 Senso da disciplina (SHITSUKE)

Ser disciplinado é seguir rigorosamente aquilo que for estabelecido pelo grupo.

Respeitar as decisões que foram tomadas. Para Osada (1992, p. 32) “na linguagem dos 5S’s,

significa criar (ou ter) a capacidade de fazer as coisas como deveriam ser feitas”. Treinar as

pessoas para seguirem uma boa disciplina de housekeeping espontaneamente. Para Ribeiro

(1994) é uma atitude de respeito ao próximo; existe uma lista com algumas normas que são

verificadas para ter certeza de que o 5S esteja funcionando mesmo e deve-se obedecê-la.

A seguir o quadro de Ribeiro (2006), apresenta conceito, atitudes e valores

resgatados do senso de disciplina:

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SHITSUKE

Resumo Respeito – obediência

Significado Disciplina – é cumprir rigorosamente o que é estabelecido.

Atitudes resultantes

- aprender a conviver; - respeitar as regras, normas e leis; - respeitar individualidades; - desenvolver espírito de equipe;

Valores resgatados - cooperação; - respeito; - responsabilidade;

Quadro 6 – Significado do SHITSUKE Fonte: Adaptado de Ribeiro (2006)

A disciplina conforme quadro 6, serve para que haja continuidade rumo ao sucesso

do programa dos cinco sensos. Treinamento contínuo para uma melhoria, o respeito mútuo na

empresa, uma dosagem de recompensas pelo trabalho realizado com sucesso, todos são

motivos para que a qualidade total permaneça na empresa. O Programa cinco sensos possui

além de satisfação pessoal e qualidade de vida para a organização e para os funcionários.

2.6.3 Objetivos dos cinco sensos

Com a implantação dos cinco sensos o principal objetivo a ser alcançado é o bem

estar dos envolvidos, melhorando sua qualidade de vida no ambiente de trabalho ou no

ambiente que for implantado o programa. Buscando uma qualidade de vida total, nos

produtos, serviços e, principalmente, nas pessoas.

Para Oliveira (1997, p.15)

O importante é a busca da Qualidade Total e não Parcial ou apenas dos processos produtivos. Se a minha vida não melhorar por causa da prática dos Programas de Qualidade, não valerá a pena dispender minha energia física e mental para tais programas, que na verdade não estão em busca da Totalidade, ou seja, tudo e todos melhorando.

A segurança também é outro item a ser destacado, acidentes no ambiente de trabalho

acontecem. Isso pode se dar muitas vezes por ambientes desarrumados, objetos fora de ordem.

Assim, os cinco sensos com o intuito de organização e arrumação, buscam a prevenção de

acidentes, que em algumas vezes podem ser fatais.

Além da qualidade e segurança, os sensos visam à melhoria da produtividade.

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Oliveira (1997, p.16) diz que:

Se as pessoas que estão nas instituições realizam suas atividades querendo fazer bem-feito e são permanentemente educadas e treinadas para tal em novas tecnologias, desenvolvimento humano, técnico e prática das ações aos Sensos, os índices de produtividade melhorarão, aumentando os lucros e sobrevivendo à competição do mercado, que se torna cada vez mais exigente.

Com os colaboradores mais cientes dos resultados e benefícios que podem alcançar

com a prática correta dos cinco sensos, pode-se alcançar também uma redução de custos.

Oliveira (1997) diz que o programa dos cinco sensos é conhecido também como programa de

combate ao desperdício. Além de nos conscientizarmos de utilizarmos racionalmente os

recursos disponíveis e matérias-primas, também ficarmos atentos as atitudes tomadas para que

evite-se paradas por quebras e os cuidados que devemos ter com os objetos que utilizamos.

Esse programa vem como uma reeducação, de como fazemos as coisas, de como

utilizamos nossos recursos e se faz necessário uma reflexão do que cada um pode e precisa

fazer para conseguir o sucesso desejado com a implantação dos cinco sensos.

2.6.4 Benefícios dos cinco sensos

A seguir apresenta-se o quadro 7 com os benefícios que podem ser alcançados em

cada senso. Ribeiro (1994) diz que esses benefícios só serão devidamente compreendidos por

aqueles que praticarem o Cinco Sensos.

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BENEFÍCIOS SEIRI SEITON SEISO SEIKETSU SHITSUKE

Eliminação do desperdício X X X X X

Otimização do espaço X X O O O

Racionalização do tempo O X O X X

Redução do “stress” das pessoas O X O X X

Redução de condições inseguras O O X O X

Prevenção de quebras O O X O X

Aumento da vida útil O O X O X

Padronização O X O

Prevenção da poluição X O X

Melhoria da qualidade O X X

Melhoria de relações humanas O O X O X

Incremento da eficiência X X X X X

Confiabilidade dos dados O O X

Redução de acidentes O O X O X

Incentivo , será criatividade X X X X X

Autodisciplina O O X

Dignificação do ser humano O O O X X

Base para a Qualidade Total O O O X X

O – Boa Contribuição X – Ótima Contribuição

Quadro 7: Principais benefícios do 5S Fonte: Ribeiro (1994, p.19)

O quadro 7 apresenta a importância de cada senso em cada aspecto influenciador da

organização. Além desses outros aspectos podem ser estudados e analisados para que a

implantação do programa seja ainda melhor. Silva (1996) apresenta os benefícios individuais

de cada senso:

• Senso de utilização (SEIRI): liberação de espaços para devidos fins; reciclagem

de recursos escassos; e re-alocação de pessoas e materiais que não estejam sendo

bem utilizados.

• Senso de ordenação (SEITON): diminuição do cansaço físico por movimentação

desnecessária; melhoria do fluxo de pessoas e materiais; e rapidez na

movimentação e resgate de pessoas em caso de emergência.

• Senso de limpeza (SEISO): sentimento de bem estar nos empregados; sentimento

de excelência transmitido aos clientes; e manutenção de equipamentos.

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• Senso de padronização (SEIKETSU): garantia de melhoria na qualidade de vida

no trabalho dos colaboradores; e possibilidade de transformação da energia física

e metal em bens e serviços.

• Senso de disciplina (SHITSUKE): aumento do índice de participação espontânea

em equipes de trabalho; envolvimento dos colaboradores nos cumprimentos dos

padrões técnicos e éticos, com a melhoria contínua em nível pessoal e

organizacional.

A primeira etapa do programa cinco sensos é a sensibilização dos futuros envolvidos

com o programa: alta direção, gerência e demais colaboradores. Nessa fase a estagiária deverá

apresentar os conceitos do programa para a organização, por meio de palestras, depoimento

ou reunião. Também apresentar exemplos de empresas que já implementaram o cinco sensos

e os resultados que foram alcançados com o programa. Conscientes da implantação, a

definição de quem promoverá o cinco sensos na organização será a próxima etapa.

Em seguida, deve ser realizado o anúncio oficial, demonstrando o comprometimento

da administração em relação ao cinco sensos. Deve ocorrer também treinamento do gestor do

programa, nesse caso a estagiária. Se preparar com leituras específicas, visitas à organizações

que estejam em estágio mais avançado do cinco sensos, participação de cursos, enfim, todo

esse preparo é essencial para que o estudo e implantação do programa tenha sucesso.

A próxima etapa é a elaboração do plano-diretor do cinco sensos que tem como

objetivo orientar o seu desenvolvimento por toda a organização. Este plano deve ter o

seguinte conteúdo: objetivo, processo de implantação, responsabilidades, metas, lançamento

do cinco sensos, auditorias.

Em concordância com a primeira etapa, de sensibilização, é necessário conhecer um

pouco de cinco sensos. Sua origem, quais os objetivos desse programa e os benefícios que ele

pode trazer para a empresa.

Antes da implantação do programa na empresa será necessário avaliar a condição

que se encontra. Assim, é necessário diagnosticar a situação em relação a cada senso.

2.7 5W2H

Para realizar a implementação de um programa de qualidade é muito importante que

seja desenvolvido um plano de ação, onde são estabelecidas as metas quanto às necessidades

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da empresa. Será utilizado pela estagiária para a formulação do plano de ação o modelo de

analise 5W2H. Segundo Ribeiro (2006), o 5W2H que deriva das palavras em inglês: what?,

why?, where?, who?, when?, how? e how much?. Que no português significa: o que?, por

que?, onde?, quem?, quando?, como?, quanto custa?. Originalmente, o 5W2H foi utilizado

como uma ferramenta auxiliar para administradores de empresas responsáveis pela elaboração

de projetos voltados para a área administrativa e qualidade dos serviços e produtos. Passando

a se constituir em um meio simples e importante nas atividades gerenciais. Sua

operacionalização consiste em reunir todo o staff de uma empresa visando apresentar uma

resolução para uma determinada causa/problema, identificada pelos próprios funcionários em

uma etapa anterior. O quadro 8 abaixo ilustra a aplicação do 5W2H:

5W2H Tradução Perguntas estimuladas What? O que? O que é isso? O que aconteceu? O que pode ser feito? Who? Quem? Quem fez ? Quem é responsável? Quem observou? A quem

interessa? When? Quando? Quando aconteceu? Quando deve ser feito? Quanto tempo leva

para fazer? Why? Por quê? Por que acontece? Por que isso de ser feito?

Where? Onde? Onde fica isso? Onde o fato aconteceu? Onde a ação deve ser tomada?

How? Como? Como será feito? How

much? Quanto custa?

Quanto custará para a empresa?

Quadro 8: Considerações sobre a aplicação do 5W2H Fonte: Dados primários

Como se pode observar no quadro 8, a partir do 5W2H a empresa pode fazer uma

avaliação e reflexão do que pode e como melhorar. A utilização do procedimento 5W2H

possui elementos que caracterizam o estudo descritivo. Segundo Oliveira (2001, p. 114),

“permite o desenvolvimento de um nível de análise que viabiliza a identificação das diferentes

formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação”, bem como a “[...] explicação das

relações de causa e efeito dos fenômenos, ou seja, permite analisar o papel das variáveis que,

de certa maneira, influenciam ou causam o aparecimento dos fenômenos”.

A finalidade principal é fazer com que todas as tarefas a serem executadas sejam

planejadas de forma cuidadosa e objetiva, assegurando a implementação de forma organizada.

Para auxiliar a aplicação de um plano de ação bem elaborado, baseado na prática do 5W2H

pode ser realizado um diagnóstico situacional

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2.8 Diagnóstico

Com a execução do trabalho na empresa, por meio da observação participante,

entrevistas e questionários aplicados pela estagiária, ocorrerá a realização de um diagnóstico

situacional do setor. Verificando o que vem acontecendo e estudando possíveis soluções para

problemas identificados. Envolvendo dessa forma o planejamento a mudanças, aperfeiçoando

o clima e a estrutura organizacional, bem como os processos e os métodos de trabalho

(CURY, 1994). De um modo geral essa etapa inicial pode ser considerada como uma fase de

sensibilização por parte dos envolvidos. Para Araújo (1991, p. 60) “sensibilizar é tornar o

indivíduo integrante de um processo de mudança, [...]. É fazê-lo entender as razões e os

porquês da mudança”. Os envolvidos em qualquer processo de mudança numa organização

precisam saber e entender porque e onde a empresa quer chegar com as modificações

pretendidas.

O mesmo autor (op. cit) denomina essa fase inicial de etapa zero. Onde ocorre as

identificações necessárias como demandas, coleta de dados, informações para projetar as

estratégias necessárias para o estudo da problemática que a empresa apresenta. Araújo (1991)

destaca a importância das reuniões de sensibilização, para promover inicialmente a

participação do envolvidos.

CURY (1994) ainda coloca que existem, basicamente, dois momentos distintos,

tratados como pontos fundamentais da análise administrativa, dentro de um enfoque

comportamental, sendo: diagnóstico situacional das causas e intervenção planejada, que

envolve o estudo das soluções dos problemas e o planejamento das mudanças. Tendo decidida

a realização de qualquer trabalho, que envolva a análise administrativa, a direção da empresa

deverá divulgar isso, a conhecimento de todos. Segundo Cury (1994, p. 292):

[...] a alta direção da empresa deverá dar ampla divulgação da intervenção a ser realizada, ou delegar essa divulgação ao nível setorial, onde serão expostas as razões da medida e os objetivos a serem atingidos, deixando claro, finalmente os prováveis benefícios que poderão advir para a organização e sua força de trabalho.

Além desses momentos, Cury (2005) ainda enfatiza três fases distintas, que servirão

como programa de trabalho para que a análise administrativa seja realizada. Na primeira fase,

considerada como diagnóstico situacional das causas é realizado o levantamento. Coleta e

análise de instrumentos inscritos, aplicação de questionários, entrevista com o pessoal de

gerencia e observação pessoal, mediante comparação de informações nos métodos anteriores.

Além do levantamento, também é realizada uma crítica do mesmo. Elaborando-se um

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relatório de acordo com os dados coletados, confrontando com as conclusões preliminares e

adequando-se soluções a serem projetadas.

Na segunda fase, considerada por Cury (2005) como o estudo da solução dos

problemas, a primeira atitude a ser tomada é o planejamento da solução. Onde deve-se

planejar as modificações necessárias, buscando a melhoria da organização. Assim como deve

ser realizado um a crítica do levantamento, também é preciso fazer uma crítica do

planejamento, avaliando a solução proposta.

Na última fase, Cury (2005) fala da implementação das mudanças. Em que a

implantação do plano traçado é colocado em prática. Seguido de controle dos seus resultados

e verificação se esse era realmente o melhor plano a ser adotado pela organização.

Esse procedimento complexo servirá de apoio e controle para o estudo da

implantação do programa cinco sensos. Como citado acima, com esse estudo ocorrerão

mudanças no setor, e nem sempre essas mudanças são aceitas facilmente por todos os

colaboradores e demais envolvidos à instituição.

2.9 Mudança Organizacional

Muitas empresas buscaram consistentemente apenas a estabilidade. Essas precisam

submeter-se a mudança destrutiva, rápida, ou entrarão em extinção. Para Robbins (2003, p.

455) “as organizações que historicamente experimentaram períodos prolongados de sucesso

tendem a ser particularmente resistentes à mudança”. Hoje as resistentes à mudança precisam

repensar seu modo de administrar, pois as mudanças são constantes em qualquer setor. Motta

(2001) diz que existe um outro extremo onde apresentam-se algumas organizações viciadas

em mudança, com desejos insaciáveis de mudar. O que pode resultar em desgastes dos

funcionários, sobrecarga de iniciativas, caos decorrente de mudança e a ansiedade tornando-se

esses eventos caros de se concretizar e suscetíveis ao fracasso.

A mudança organizacional ocorre quando se altera a maneira das pessoas pensarem.

Diante disso, Motta (2001) coloca que a única maneira de mudar é inculcar novos valores ou

rearticular antigos para instituir um novo sistema de crenças. Com outro enfoque, Araújo

(2001), observa que a mudança organizacional é qualquer alteração significativa, articulada,

planejada e operacionalizada por pessoal interno e/ou externo à organização que tenha apoio

da administração superior, que atinja o comportamento, estrutura, tecnologia e estratégia.

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Sendo assim, todas as mudanças devem ser trazidas com cautela, pois toda

organização origina-se com uma cultura, e se mantém até que seja necessária uma mudança.

Conceitua Cury (2005, p. 286) “a cultura compreende, além das normas formais, também o

conjunto de regras não escritas, que condicionam as atitudes tomadas pelas pessoas dentro da

organização”. Por meio desta cultura podem ocorrer resistências à mudança a ser realizada.

Afirma Davis e Newstrom (1996), a resistência se manifesta por intermédio das atitudes de

cada colaborador, para gerar uma reação que é agregada pelos sentimentos em relação à

mudança.

Desta forma, verifica-se que o ambiente de trabalho e a cultura do indivíduo

influenciam as reações destes em relação às mudanças.

Segundo Robbins (2003, p.456):

A resistência à mudança não surge necessariamente em formas padronizadas. Ela pode ser pública, implícita, imediata ou adiada. É mais fácil à administração lidar com a resistência quando ela é pública e imediata. O desafio maior é administrar a resistência que é implícita ou adiada.

Fazer com que as pessoas aceitem a idéia de que o seu trabalho, os seus empregos,

sofreram mudanças não é uma guerra que se ganha em uma única batalha. Trata-se de uma

campanha educacional e de comunicação. É uma tarefa de venda que começa pela percepção

da necessidade de mudança e que só perde o ímpeto bem depois de os processos reformulados

terem sido implantados.

Portanto, para a implantação de novos métodos, alterações de rotinas, novos

processos, programas que busquem a qualidade total deve ser considerado que as

organizações são administradas e alcancem seus objetivos por meio das pessoas. E essas

mesmas pessoas deverão manter e avaliar a implantação, seja qual for o meio utilizado, deve

haver algum controle ou monitoramento após a implantação.

2.10 Auditoria

Auditoria é um processo de avaliação humano, para determinar o grau de

cumprimento de padrões estabelecidos e que traz como resultado um parecer. Para Mills

(1994) a auditoria é uma atividade muita estabelecida e respeitada junto à classe dos

contadores. As auditorias não são padronizadas, o auditor deve conduzi-las de forma que

alcance uma amostragem. Segundo Martins (1996, p. 99) “o fato de terem sido observadas

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algumas não-conformidades não significa que não existam outras”. A auditoria colabora com

a organização no sentido de verificar se está havendo o cumprimento das atividades ou

processos estabelecidos como conformidade da empresa.

Após a implantação do programa cinco sensos devem ocorrer auditorias para avaliar

o andamento do programa. O grupo responsável pela administração do cinco sensos no setor

será designada após sua implantação e serão consideradas pessoas-chave para a continuidade

do programa no apoio administrativo. Araújo (1997) chama esse período de Olho Vivo,

considera que as auditorias devem ser realizadas periodicamente, com objetivo de pontuar os

setores da empresa em cada senso já apresentado:

• pode-se desenvolver listas de verificação com critérios bem definidos de

pontuação;

• desenvolver uma equipe de auditores internos, com pessoas das mais variadas

seções para avaliar os trabalhos;

• evitar que os auditores avaliem suas próprias seções de trabalho;

• divulgação dos resultados das avaliações e elaboração de uma lista de

recomendações e melhorias;

• os formulários podem voltar a aparecer nesse momento.

Após a auditoria é necessário se fazer uma avaliação dos resultados. Levando em

consideração o que foi observado, onde foi constatada a não-conformidade, quem foi à pessoa

ou setor que consensou a não-conformidade e ter ações corretivas de aprimoramento.

Assim as auditorias da qualidade se tornam importantes instrumentos de

aperfeiçoamento no sistema de qualidade, onde é possível avaliar o grau de implementação

dos procedimentos, orientando-se os responsáveis e respectivos setores auditados a corrigir

eventuais falhas.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capítulo apresenta o resultado da pesquisa realizada na empresa Perdigão

Agroindustrial S.A. para implantação do programa cinco sensos, destacando a caracterização

da empresa e o resultado da pesquisa.

3.1 Caracterização da empresa

Este item apresenta um breve histórico da empresa, a missão, a visão, objetivos,

organograma, estrutura de funcionários, seus principais serviços, clientes e concorrentes.

3.1.1 Histórico da empresa

Nos primeiros anos da década de 30, no meio-oeste de Santa Catarina, descendes de

duas famílias e imigrantes italianos – os Ponzoni e os Brandalise – estabeleceram um pequeno

negócio cujo crescimento deu origem a um dos maiores complexos agroindustriais do mundo.

Em 1934 Inaugurado em Vila das Perdizes, às margens do Rio do Peixe, um

armazém de secos e molhados com o nome de Ponzoni, Brandalise & Cia., negócio que deu

origem à Perdigão. Em 1939 a empresa inicia suas atividades industriais com um abatedouro

de suínos. No ano de 1941 a empresa muda sua identificação visual e é criado um novo

logotipo, que traz um casal de perdizes. A empresa apresenta um histórico em logomarcas

representado pelas figuras 2, 3 4, 5, 6, 7 e 8 abaixo, que tiveram suas mudanças normalmente

a cada dez anos de existência da empresa.

Figura 2: Logomarca de 1930 Figura 3: Logomarca de 1940 Fonte: Site da empresa Fonte: Site da empresa

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Figura 4: Logomarca de 1950 Figura 5: Logomarca de 1960 Fonte: Site da empresa Fonte: Site da empresa

Figura 6: Logomarca de 1970 e 1980 Figura 7: Logomarca de 1990 Fonte: Site da empresa Fonte: Site da empresa

Figura 8: Slogan de Campanha 2000 Fonte: Site da empresa As figuras acima referem-se as logomarcas da empresa, marcando sempre cada dez

anos que a empresa permanecia no mercado, com exceção da figura 6 que ficou representando

a empresa durante duas décadas.

Em 1942 o abate de suínos alcança marca de 100 animais/dia, o que exigiu melhoria

tecnológica dos equipamentos do frigorífico. Em 1943 a Sociedade Curtume Catarinense

(mais tarde chamada de Curtume Perdigão), foi adquirida pelo Ponzoni, Brandalise e Cia,

para expandir os negócios através do processamento das peles de suínos próprias e de

terceiros. Em 1º. de março de 1944 foi criado o município de Videira, a partir da união das

Vilas de Perdizes e de Vitória. Em 1945 os negócios com comércio, indústria e curtume foram

agrupados em uma sociedade anônima, que denominou-se Ponzoni, Brandalise S.A.

Comércio e Indústria. Em 1947 a empresa fez seu primeiro investimento no setor madeireiro,

adquirindo serrarias. Consolidada a atividade comercial e de processamento de suínos, os

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investimentos da empresa em 1954 direcionaram-se para a agropecuária, com a construção da

Granja Santa Gema, em Videira (SC), voltada à produção de animais de alta linhagem. Em

1955 iniciou-se ao abate de aves, a atividade era realizada de forma artesanal nas

dependências do frigorífico de suínos. Em 1956 a razão social da empresa foi alterada para

completar a atividade de transporte, passando a denominar-se, Ponzoni, Brandalize S.A. –

Comércio, Indústria e Transporte. Em 1958 denomina-se Perdigão S.A. Comércio e Indústria.

Na década de 1960 passam a 500 aves/dias abatidas, comercializadas e resfriadas em São

Paulo. Em 1963 foram instalados laboratórios para o controle microbiológico e físico-químico

dos produtos nas unidades industriais, esses laboratórios foram os embriões das áreas de

Controle de Qualidade e de Pesquisa & Desenvolvimento da empresa. No ano de 1966 a

empresa criou a SEP – Sociedade Esportiva Perdigão, patrocinando um time de futebol

consagrado no mesmo ano campeão catarinense de futebol. Na década de 1970 a empresa

investe na melhoria da infra-estrutura da cidade de Videira (SC), construindo um hotel e

instalando um supermercado. Os negócios passam a incluir fruticultura da maçã, com a

compra de fazendas produtoras na região de Fraiburgo (SC). Em 1974 foi construída a

Perdigão Rações S.A. – Comércio e Indústria, responsável pelas fábricas produtoras de ração

animal, mais tarde denominada Perdigão Alimentos S.A.

Esta década também é marcada pela incorporação das Rações Pagnocelli S.A.,

fábrica localizada em Catanduvas (SC). Com a finalidade de oferecer ao mercado uma

alternativa diferenciada de consumo de carne de aves, a Perdigão importou dos Estados

Unidos, as primeiras matrizes da espécie Gallus gallus e deu início a um programa de

melhoramento genético, com o objetivo de desenvolver uma ave especial com 70% de suas

carnes concentradas no peito e coxas. Nasceu aí a marca Chester ®.

Em 1981 a holding Perdigão S.A. Comércio e Indústria abre seu capital e passa a

comercializar ações na bolsa de valores. Essa década de 1980 foi marcada pela linha

Chester®, novas linhas, novas empresas. Já a década de 90 foi marcada pela

profissionalização da gestão e expansão da produção.

No primeiro semestre do ano 2000, a Perdigão comprou 51% do controle acionário

do Frigorífico Batávia e o manteve como empresa independente. O investimento marca a

entrada da Perdigão no mercado de carne de peru e deu início a uma parceria na área de

distribuição na América do Sul com a Parmalat. E no início de 2001 comprou os 41%

restantes das ações. Pelo segundo ano consecutivo, a Perdigão também em 2000 foi eleita

pela Revista Exame como uma das 100 melhores empresas para se trabalhar.

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A Perdigão é uma das maiores empresas de alimentos da América Latina. Ocupa o

terceiro lugar em abate de aves e está entre as 10 maiores em abates de suínos no mundo,

sendo também uma das principais companhias brasileiras na captação de leite. É uma empresa

de escala internacional; seus produtos chegam a mais de 110 países.

A empresa emprega hoje mais de 58 mil funcionários e opera unidades industriais em

oito Estados brasileiros, além da Argentina, Inglaterra, Holanda e Romênia. Escritórios

comerciais da empresa estão instalados na Inglaterra, Holanda, Hungria, Espanha, Áustria,

Itália, França, Rússia, Emirados Árabes Unidos (Dubai), Cingapura, Japão e Ilha da Madeira

(Portugal), além de centro de distribuição na Holanda.

Com receita bruta de R$ 7,8 bilhões, registrada em 2007, atua nas áreas de carnes e

de lácteos, além dos segmentos de massas prontas, tortas, pizzas, folhados e vegetais

congelados. É esta determinação que reflete o seu portfólio de mais de 1.500 itens, destinados

para os mercados interno e externo, com diversas marcas, entre as quais se destacam

Perdigão, Batavo, Elegê, Perdix, Chester® e Cotochés.

Desde 2006, a Perdigão integra o Novo Mercado da Bovespa, o que consolidou sua

posição de excelência em gestão, com controle difuso e pulverizado, assegurando direitos

igualitários aos acionistas e oferecendo um padrão ainda maior de transparência às operações.

Foi a primeira empresa brasileira de alimentos a lançar ações (ADRs) na Bolsa de Nova York.

A empresa está sempre na vanguarda das tendências mundiais e preocupada em contribuir

para a facilitar a vida do consumidor. E isso está claro na missão da empresa.

3.1.2 Missão, visão, princípios e valores

O conceito de missão para Oliveira (1991, p. 69) “é a determinação do motivo

central do planejamento estratégico, ou seja, a determinação de onde a empresa que ir”.

Nesse âmbito a Perdigão tem como missão “Participar da vida das pessoas, oferecendo

alimentos saborosos, de alta qualidade e a preços acessíveis, em qualquer lugar do mundo”.

A visão é a maior expectativa para a empresa, um sonho realista a visão é como a

expressão do maior desejo interno das pessoas. (BORNHOLDT, 1997)

Nesta expectativa a Perdigão impôs como visão “O futuro tem Perdigão” representado

pela figura 9 abaixo, que retrata o desejo da empresa futuramente.

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Figura 9: Visão da Empresa Fonte: Manual do funcionário, pág. 06

A Perdigão quer estar sempre presente na vida das pessoas, em qualquer lugar,

expandindo sempre suas operações, fazendo de seu trabalho de hoje um mundo melhor

amanhã. Isto é o que representa a figura 9, a visão futurística da empresa Perdigão.

Além dessa valorosa visão, a empresa conta com princípios e valores dignos de uma

empresa de seu porte:

• Confiabilidade: nós somos confiáveis, éticos e transparentes. Cumprimos o que

prometemos e assim construímos relações de respeito mútuo com nossos clientes,

fornecedores, colegas de trabalho e acionistas.

• Qualidade: nós temos obsessão pela qualidade e segurança alimentar.

Perseguimos a inovação para estar na vanguarda e contribuir para o bem-estar de

nossos consumidores em todas as partes do mundo.

• Participação: nós trabalhamos com paixão para sermos uma das melhores

empresas globais de alimentos. Somos comprometidos com o que fazemos e

fazemos com garra, força e determinação.

• Simplicidade: nós acreditamos na simplicidade operacional e a praticamos como

estilo de trabalho. Resolvemos problemas de forma rápida e prática.

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• Pessoas: nós somos comprometidos, desenvolvemos e valorizamos o espírito de

equipe e assim construímos o futuro de nossa empresa.

• Eficiência: nós praticamos uma gestão que valoriza a eficiência e a lucratividade,

evita o desperdício e assim respeita nossos acionistas.

• Responsabilidade Socioambiental: nós temos e teremos, cada vez mais, um

papel importante como agente de desenvolvimento social nas localidades onde

atuamos.

E são com esses princípios que a empresa vem se desenvolvendo, e construindo uma

gestão comprometida.

3.1.3 Estrutura organizacional

A seguir a figura 10 representa o organograma do CSP – Centro de Serviços

Perdigão - unidade da empresa Perdigão Agroindustrial em Itajaí, apresentando sua estrutura e

o setor em que será aplicado o programa cinco sensos.

Figura 10 – Estrutura do CSP Itajaí Fonte: Reunião de Líderes 08/2008

Conforme se pode observar na figura 10, está representada a estrutura organizacional

do Centro de Serviço Perdigão em Itajaí. Essa estrutura organizacional se encontra numa

estrutura física alugada, conforme figura 11 a seguir:

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Figura 11: Centro de Serviços Perdigão Itajaí Fonte: Arquivos do setor de Recursos Humanos

A empresa tem um projeto de construir sua sede própria, mas ainda está sem data e

local divulgado do projeto. Mas, atualmente, sua estrutura está dividida pelos cinco andares

da estrutura alugada, que comporta seus diversos setores.

3.1.4 Setores e serviços da Perdigão Agroindustrial S.A.

Como apresentado anteriormente na estrutura organizacional, a empresa Perdigão

possui diversos setores no CSP Itajaí. Entre eles estão: financeiro, controladoria, sistemas,

relacionamento com clientes, controles internos e recursos humanos. Dentro do setor de

recursos humanos, além de toda sua administração, encontra-se o setor de apoio

administrativo, que auxilia diretamente toda a gestão do setor de recursos humanos. No setor

de apoio encontram-se outros sub-setores como:

• Controle de viagens: responsável por conferência e integração de despesas de

hotéis e passagens dos colaboradores da empresa;

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• Almoxarifado : responsável pela distribuição de material de expediente de todo o

CSP Itajaí e parcialmente das demais unidades da empresa;

• Frota de veículos: organiza veículos para viagens, emergências, entre outros

serviços para a unidade de Itajaí;

• Técnicos Toshiba: todos as máquinas de fotocópias, aparelhos de fax do CSP

Itajaí são da marca Semp Toshiba, e dentro do apoio administrativo há dois

técnicos registrados por uma empresa autorizada Toshiba à Perdigão. Os mesmos

prestam serviços de manutenção desses aparelhos facilitando o uso dos mesmos;

• Telefonia: responsável pelo controle de telefonia fixa e móvel de todas as

unidades, também pela instalação e manutenção dos aparelhos de telefone do CSP

Itajaí;

• Malote: recebimento e envio de correspondências, materiais são feitos a partir do

malote do CSP Itajaí, que se encontra anexo ao Apoio Administrativo. Com

convênios junto aos Correios e transportadoras.

• Coordenação: para que todos estes sub-setores trabalhem em harmonia, há uma

coordenação que orienta todos os processos anteriores.

Com o bom controle de todos os seus setores e áreas, a perdigão se mantém bem

posicionada no mercado perante seus clientes bem como concorrentes.

3.1.5 Clientes

A perdigão sendo uma empresa global possui clientes em todo o mundo.

Conquistando-os com a diversidade de produtos que oferece . Cada marca que está inserida

no grupo Perdigão busca suprir a necessidade particular de cada pessoa.

A Perdigão Agroindustrial conta com várias divisões entres elas:

• Perdigão: oferecendo produtos como massas, aperitivos, frios em geral, carnes;

• Perdix: é o grupo Perdigão no exterior;

• Batavo: atuando também com produtos na linha de frios;

• Elegê: oferecendo o que há de melhor na linha de lácteos;

• Bovinos: atividade de bovinos, focada principalmente na exportação;

• Cotochés: lácteos, principalmente produtos naturalmente saudáveis;

• Avipal: comercializando principalmente aves e suínos.

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O principal cliente da Perdigão é o consumidor final. Mesmo adquirindo seus

produtos através de redes de supermercados, distribuidores, os produtos Perdigão seja no

mercado interno ou externo chegarão as mesas dos consumidores finais.

Entre as redes de distribuição, os de maior destaque que negociam com a Perdigão

tem-se: Cia Brasileira de Distribuição – CBD; Makro Atacadista S/A; Wal Mart Brasil Ltda;

WMS Supermercados do Brasil Ltda; Carrefour Com. Ind. Ltda; Dia Brasil Sociedade Ltda;

Sendas Distribuidora S/A; Atacadão Distribuidora Ind. Ltda; Bom Preço S/A e Eldorado S/A

Com. Ind. Importação. E assim, com bons produtos e clientes que a empresa vem se

destacando no mercado perante seus concorrentes.

3.1.6 Concorrentes

A Perdigão está inserida num mercado do ramo alimentício, em que a concorrência

vem obtendo um crescimento nítido. O mercado em que está inserida é globalmente

concorrido. Compras de empresas menores para ampliar seu cenário perante as demais, suas

marcas e produtos. Busca por expansão de seus negócios internos e externos. Esses são alguns

aspectos que a Perdigão enfrenta perante sua concorrência. Que estão entre elas empresas

como: Sadia, Seara/Cargill, Parmalat, Aurora, entre as que situam-se no exterior uma das

maiores concorrentes é a Tyson Foods e o grupo Bunge.

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3.2 Resultados da Pesquisa

Os dados apurados através da entrevista realizada, dos questionários aplicados, da

observação estabelecida pela pesquisadora, foram demonstrados em percentuais, ilustrados

por gráficos e textos explicativos abordando as necessidades relacionadas aos objetivos

propostos por este trabalho.

3.2.1 Etapas e benefícios do programa

Conforme apresentados a partir do subitem 2.6.2.1 ao subitem 2.6.2.5 o programa

cinco sensos é composto por cinco etapas principais, sendo a aplicação de cada senso em si.

Além dos momentos de sensibilização, treinamento e avaliações descritos no manual de

implantação em apêndice.

A implantação do programa objetiva a melhoria do ambiente e das pessoas

envolvidas ao que o mesmo é implantado. Dessa forma, o item 2.6.4 deste trabalho apresenta

os benefícios que o programa alcança quando bem sucedido.

3.2.2 Necessidades da empresa

Com os instrumentos de coleta utilizados para esta pesquisa pôde-se avaliar a

situação do setor e suas necessidades. A pesquisa foi feita com os funcionários do setor de

apoio administrativo, utilizando um questionário com questões simples e acessíveis, conforme

apêndice I, para avaliar o nível de resistência à mudanças dos colaboradores. Para conhecer o

perfil dos colaboradores em relação ao programa cinco sensos, foi utilizado o questionário em

apêndice II.

Conhecendo o perfil dos colaboradores e do ambiente em questão. Conforme o

gráfico 1 a seguir, baseado nas respostas dadas a aplicação do questionário específico, foi

possível analisar a porcentagem de funcionários que poderão ser mais resistentes à aplicação

do programa do no setor. Possibilitando dessa maneira as atitudes cabíveis na elaboração do

plano de ação futuro para que haja a melhor aceitação possível desses colaboradores.

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Gráfico 1: Níveis de resistência à mudança no setor Fonte: Elaborado pela pesquisadora Conforme o gráfico 1, o facilitador poderá encontrar dificuldades na implantação do

programa por 64% dos colaboradores do setor se apresentar num nível intermediário de

resistência à mudança (nível esse que ainda deve ser dado atenção, pois há resistência dos

colaboradores) e 36% num nível bom, em que há pouca resistência, porém, não se

demonstram totalmente abertos à mudanças. O nível ruim, considerando que os colaboradores

não seriam nada flexíveis a idéias de mudanças, assim como o nível excelente em que os

colaboradores aceitassem prontamente idéias de mudanças, não apresentaram nenhum índice

de respostas.

Quando perguntados sobre a experiência de cada um em relação ao programa, teve-

se o perfil seguinte apresentado no gráfico 2.

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Gráfico 2: Experiência com o programa cinco sensos Fonte: Elaborado pela pesquisadora

A maioria dos colaboradores de alguma forma conforme o gráfico 2, já teve acesso

ao programa. Isso poderá facilitar a implantação do programa, pois o facilitador poderá contar

com o apoio dessas pessoas no auxílio às pessoas com entendimento um pouco menor do

programa.

A pergunta seguinte tratava-se do interesse dos colaboradores em participar do

comitê do programa. Demonstrada no gráfico 3 abaixo.

Gráfico 3: Interesse em participar do comitê Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Conforme o resultado apresentado no gráfico 3, a maioria dos colaboradores não

teria interesse em participar do comitê dos cinco sensos. O que poderá comprometer a

formação do comitê para a implantação do programa.

A pergunta seguinte fazia com que o colaboradores avaliassem seus materiais, já

fazendo-os indiretamente reconhecer o senso de utilização. O resultado dessa questão é

apresentado no gráfico 4 abaixo.

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Gráfico 4: Materiais Necessários Fonte: Elaborado pela pesquisadora

O gráfico 4 representa a análise dos colaboradores em relação aos materiais que

utilizam na rotina diária. Muitas vezes cada colaborador tem coisas desnecessárias ao seu

redor e nem percebe que aquilo poderia ser despachado para outro ambiente ou outra pessoa.

Conforme o gráfico acima, a maioria dos colaboradores com 60% possui todos os materiais

necessários para seu trabalho.

A pergunta seguinte continuava em relação aos materiais ou informações, se a

ausência de um desses itens estava prejudicando o andamento dos processos no setor. O

gráfico 5 a seguir apresenta o resultado obtido.

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Gráfico 5: Atraso de processos por falta de material ou informação Fonte: Elaborado pela pesquisadora Conforme o gráfico 5, 73% dos colaboradores apontaram nunca atrasar processos.

Enquanto 27% apresentou ter acontecido atraso às vezes.

A pergunta seguinte, apresentada no gráfico 6 abaixo, instigava os colaboradores a

analisar o setor e conforme sua percepção se consideravam se algum equipamento que não

esta sendo usado permanecia no setor.

Gráfico 6: Materiais/Equipamentos sem utilização Fonte: Elaborado pela pesquisadora

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Conforme o gráfico 6, 73% dos colaboradores identificaram equipamentos ou

materiais não usados no setor, quanto 27% não identificaram essa situação.

Quando perguntados se consideravam o setor organizado, obteve-se o resultado

apresentado no gráfico 7 abaixo.

Gráfico 7: Organização do setor Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Conforme o gráfico 7, a maioria dos colaboradores com 91% , considera o setor

organizado e 9% considera organizado, mas que pode ser melhorado.

A pergunta seguinte tratava da organização de alguns itens específicos. O gráfico 8 a

seguir representa as respostas dadas.

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Gráfico 8: Organização específica Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Conforme o gráfico 8, a maioria dos colaboradores (46%) considera que os itens

questionados não possuem nenhum tipo de organização. Enquanto 36% identifica alguma

organização em alguns itens. O senso de organização deverá ser muito bem trabalhado no

setor em questão.

A pergunta seguinte tratava-se das atividades de cada colaborador. O gráfico 9

representa as respostas dadas.

Gráfico 9: Está sendo disciplinado Fonte: Elaborado pela pesquisadora

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Conforme o gráfico 9, diante das cinco opções apresentadas na questão, quatro

demonstraram que os colaboradores estão em atraso com as atividades e precisam agilizar

alguns processos. Analisando-se o resultado obtido na resposta dada ao questionamento

representado pelo gráfico 5 comparando-se ao resultado da questão representada pelo gráfico

9. Que os colaboradores se contradisseram, pois, o gráfico 5 com apresentou 73% de não

atraso as atividades dos colaboradores, quando no gráfico 9, apenas no item Horários (A)

responderam estar em dia com tal cumprimento.

A pergunta seguinte com era com relação à disposição dos materiais. O gráfico 10

representa as respostas dadas.

Gráfico 10: Disposição dos materiais Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Conforme o gráfico 10, a maioria dos materiais utilizados encontram-se em estoque e

podem ser solicitados, considerados também próximos e acessíveis, devido o almoxarifado de

materiais de expediente se encontrar dentro do setor.

A pergunta seguinte tratava da limpeza do setor. Como os colaboradores observam a

limpeza em determinados locais. O gráfico 11 a seguir representa essa questão.

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Gráfico 11: Limpeza de ambientes Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Sendo que para o gráfico 11, as letras e os números da legenda representam

conforme tabela 1 e 2 abaixo:

1 Péssimo

2 Mau

3 Regular

4 Bom

5 Ótimo

Tabela 2: Legenda do gráfico 11 Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Tabela 1: Legenda do gráfico 11 Fonte: Elaborado pela pesquisadora

A Pisos/Paredes B Tetos C Janelas/Portas D Prateleiras/Armários E Mesas/Gavetas/Móveis F Cortinas/Cadeiras G Portaria H Instrumentos e Ferramentas I Refeitório/copa J Almoxarifado/Depósitos K Máquinas e parelhos L Banheiros M Lixeiras N Corredores O Estacionamento P Fachadas Q Luminosos/Placas de propaganda

R Lâmpadas S Veículos

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Conforme o gráfico 11, em diversos ambientes solicitados para que analisassem o

nível de limpeza se manteve no nível Bom, sendo que com a implantação do programa deve

chegar ao nível ótimo.

Questionados sobre a disciplina de cada um em diferentes aspectos, obteve-se o

seguinte resultado apresentado no gráfico 12

Gráfico 12: Disciplina Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Sendo que para o gráfico 12, as letras representam:

A Busco praticar educação, cortesia e disciplina B Colaboro com a limpeza e higiene dos ambientes C Cumpro normas e prazos estabelecidos D Respeito os horários e acordos E Obedeço aos regulamentos F Cumpro os planos de trabalho G Tenho vontade de aprender mais e evoluir

H Busco trabalhar e promover o trabalho com segurança

I Guardo os materiais corretamente J Utilizo os materiais e recursos sem desperdício Tabela 3: Legenda do gráfico 12 Fonte: Elaborado pela pesquisadora

Conforme o gráfico 12, entre as 10 opções que os colaboradores precisavam se auto

avaliar, a maioria respondeu Sempre ser disciplinado ao item em questão. Demonstrando que

o setor é bastante disciplinado quanto normas e regras da empresa. Com a observação pessoal,

foi possível perceber o comprometimento dos colaboradores quanto seu horário de trabalho,

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assim como no seu envolvimento com suas atividades, buscando executá-las o quanto antes e

da melhor forma possível.

A ultima pergunta, buscava os dados de como está sendo vivenciado a ajuda mutua

no setor. O gráfico 13 representa o resultado.

Gráfico 13: Ajuda Mutua Fonte: Elaborado pela pesquisadora Conforme o gráfico 13, o grupo Sempre busca se ajudar mutuamente representando

64% das respostas e na maioria das vezes 36%, colaborando dessa forma para um setor

harmônico e bom convívio no ambiente de trabalho.

Diante dos resultados obtidos com os questionários, o setor de apoio administrativo

demonstrou ser bastante envolvido com suas atividades, porém, o programa cinco sensos pode

possibilitar mais qualidade em alguns aspectos que viu-se que há necessidade de melhoria,

aspectos esses encontrados nos resultados que não atingiram níveis ótimos nas questões

levantadas.

3.2.3 Elaboração do manual de implantação

Sugere-se que para que haja a implantação do programa a partir do manual de

implantação, o setor precisa de um reforço em sua cultura organizacional, pois o início do

implantação irá exigir que os colaboradores estejam conscientes de que a participação efetiva

de cada um. Será necessário que todos estejam conscientes de que o setor poderá adquirir

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mais qualidade com o programa cinco sensos, mas que será preciso conhecer o assunto e

adequar-se a ele.

Para iniciar o processo de implantação, o setor terá como base o Manual de

Implantação do Programa Cinco Sensos, exposto ao final deste trabalho, apêndice III,

elaborado pela estagiária. Utilizando também, os materiais de treinamento e avaliação,

contidos ao final do Manual.

Dessa maneira o setor de apoio administrativo estará promovendo seus trabalhos com

ainda mais utilidade, organização, limpeza, saúde e disciplina, trazendo a Perdigão

Agroindustrial S/A mais produtividade e qualidade.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo geral propor a implantação do Programa Cinco

Sensos no Setor de Apoio Administrativo da empresa Perdigão Agroindustrial S/A. Os

colaboradores responderam a um questionário em que se pôde verificar o nível de resistência

a mudanças no trabalho e ao conhecimento sobre o programa cinco sensos. Um Manual de

Implantação do programa foi elaborado para que o facilitador possa promover a implantação

futuramente no setor.

Esse estudo foi importante para a empresa, pois pôde verificar a situação atual do

setor e quais suas deficiências, podendo identificar e aplicar atividades no manual de acordo

com os aspectos mais necessitados como utilização e organização.

A implantação do Programa Cinco Sensos poderá melhorar e muito o ambiente físico e

organizacional do setor, proporcionando:

• Maior agilidade nos processos;

• Melhor disposição dos colaboradores em manter os materiais, máquinas úteis e

organizadas;

• Ambiente limpo e saudável;

• Uso correto dos materiais;

• Organização (acesso e disposição dos materiais);

• Saúde mental dos colaboradores

O programa cinco sensos só poderá agregar ainda mais qualidade à empresa Perdigão

Agroindustrial S/A, servindo como uma ferramenta de incentivo para os colaboradores, além

de suas rotinas na empresa. Conscientizando-os da utilização correta de materiais,

organizando-os de maneira pratica a facilitar seu acesso e disposição, mantendo um ambiente

limpo e agradável colaborando com sua saúde mental e profissional e respeitando sua empresa

e seus colegas de trabalho.

Neste trabalho abordou-se o Programa Cinco Sensos, propondo sua implantação ao

setor. A coleta e análise dos dados para a conclusão deste trabalho foi interessante por ter

acesso aos mais diferentes níveis de conhecimento sobre o programa e de importância para

alcançar os objetivos deste trabalho.

A pesquisadora considera que o trabalho realizado conseguiu apresentar os

benefícios que o programa irá promover no setor e com isso a empresa poderá estender a

implantação do programa para mais setores além do setor de apoio administrativo.

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A realização da pesquisa e a leitura dos dados, permitiram entender com mais clareza

o que revelam as informações as quais se propôs buscar no início do trabalho. Dificuldades

foram encontradas, imprevistos fortes ocasionando mudanças por algumas vezes no trabalho e

em sua elaboração. Tudo o que aconteceu até a conclusão deste trabalho, é gratificante ver seu

resultado.

Deixando o Manual de Implantação disposto à utilização e acreditando no sucesso

que será a realização do programa no setor. Considera-se não ter realizado somente um

trabalho de pesquisa, mas a aplicação dos ensinamentos passados pelos professores, autores,

que fornecem base para enfrentar a vida profissional, levando muito conhecimento também

para a vida pessoal.

Ao final deste trabalho encontra-se o Manual de Implantação do Programa Cinco

Sensos com seus anexos, que facilitará a implantação do mesmo e auxiliará a manutenção do

programa.

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APÊNDICE I – Questionário de avaliação em relação à resistência à

mudança

Até que ponto você é bom para lidar com a mudança associada ao trabalho?

Instruções: Encontram-se listadas a seguir algumas declarações feitas por um gerente de 37

anos sobre seu trabalho em uma grande e próspera empresa. Se o seu cargo possuísse essas

características, como você reagiria a elas? Após cada declaração, assinale a letra que melhor

descreve o modo como você acha que a reagiria, utilizando a seguinte notação:

A – Eu gostaria muito disso; é totalmente aceitável;

B – Isso seria agradável e aceitável na maior parte do tempo;

C – Eu não teria uma reação de um tipo ou de outro diante dessa característica, ou ela seria

igualmente agradável e desagradável;

D – Essa característica seria um pouco desagradável para mim;

E – Essa característica seria muito desagradável para mim.

Após as declarações, verifique sua pontuação.

1. Eu passo regularmente de 30% a 40% do meu tempo em reuniões.

2. As responsabilidades que assumo ou que constantemente me são atribuídas ultrapassam a

autoridade que tenho para cumpri-las.

3. Em meu cargo, a qualquer momento, tenho em média uma dúzia de telefonemas para fazer

ou e-mails para mandar.

4. Parece haver muito pouca relação em meu trabalho entre a qualidade de meu desempenho

e meu salário e benefícios adicionais.

5. Em média, cerca de um terço de meu tempo é gasto com emergências inesperadas que

obrigam o adiamento de todo o trabalho programado.

6. A formação universitária que obtive (ou vou obter) para este tipo de trabalho poderá vir a

se tornar obsoleta e, provavelmente, deverei voltar ou continuar a estudar.

7. Durante o período em que estou neste emprego, a companhia inteira ou a divisão na qual

trabalho tem sido anualmente reestruturada.

8. Existem várias promoções possíveis a minha frente, mas acho que não disponho de

nenhum plano real e objetivo de carreira.

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9. Existem varias promoções possíveis a minha frente, mas acho que não disponho de

nenhuma chance realista de chegar ao nível de gerência à e/ou diretoria.

10. Eu tenho muitas idéias sobre como fazer as coisas funcionarem melhor, mas não

tenho nenhuma influência direta nas decisões da empresa.

11. Computadores avançados e outra tecnologia eletrônica estão sendo continuamente

introduzidos em minha divisão, exigindo aprendizagem constante de minha parte.

12. O terminal de computador que tenho em meu escritório pode ser monitorado nos

escritórios de meus chefes sem meu conhecimento.

13. As pessoas com que trabalho deveriam se ajudar mutuamente. Promovendo um

espírito de coleguismo entre os colaboradores.

14. Sinto-me satisfeito com meu trabalho, mas poderia ser mais reconhecido pelo que

realizo.

15. Quando me delegam alguma responsabilidade, aproveito a oportunidade de aprender

e fazer algo que não faz parte de minha rotina, utilizando o máximo de minha capacidade

profissional.

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APÊNDICE II – Questionário de avaliação conhecimento e reconhecimento

do programa cinco sensos

SETOR: CARGO:

1) Você já teve experiência ou algum acesso à filosofia dos cinco sensos?

Sim Não

2) Você gostaria de participar do comitê dos cinco sensos?Por quê? (Máximo 500 caracteres)

3) Você tem todo o material necessário para realizar seu trabalho?

Sim, tudo o que preciso

Sim, tenho até coisas desnecessárias

Não, sempre preciso solicitar algo

4) O seu setor costuma atrasar processos devido à falta de material ou informação?

Nunca Na maioria das vezes Às vezes Sempre

5) Existem materiais ou equipamentos que não estão/são usados, mas que permanecem no

seu setor?

Sim Não

6) O seu setor é organizado?

Sim

Sim, mas pode ser melhorado

Não

Se a resposta for “sim, mas pode ser melhorado” ou “não”, indique o que pode ser melhorado: (Máximo 500 caracteres)

7) Como estão organizadas (os) as(os) caixas, pastas, armários do seu setor?

Com etiquetas

Por ordem alfabética dos nomes dos objetos

Alguns (mas) possuem etiquetas, mas não é o que consta dentro das caixas ou pastas

Não há nenhum tipo de organização quanto a isso

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8) Com relação as suas atividades, identifiquei como está a situação das mesmas.

Anote:

1 – se apresentar em dia com tais cumprimentos;

2 – se pode ou deve melhorar;

3 – se está em atraso e precisar agilizar.

Como estão suas atividades:

1 2 3

Horários

Prazos de serviços

Armários organizados

Atividades diárias

Contatos a realizar

9) Com relação aos materiais que você utiliza, classifique os itens abaixo:

Materiais que você utiliza Nunca Na maioria das vezes Sempre

Estão próximos a você

Estão disponíveis em estoque

Precisa solicitar a compra com freqüência

Estão em fácil acesso

Estão identificados para localização

No caso de lugar específico: estão disponíveis

10) Como você classificaria a limpeza no seu setor de trabalho?

Considerando: 1- Péssimo; 2- Mau; 3- Regular; 4- Bom; 5- Ótimo

Como está a limpeza de: 1 2 3 4 5

Pisos/Paredes

Tetos

Janelas/Portas

Prateleiras/Armários

Mesas/Gavetas/Móveis

Cortinas/Cadeiras

Portaria/Recepção

Instrumentos e ferramentas (após o uso) Refeitório/Copa

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Almoxarifado/Depósitos

Máquinas e aparelhos

Banheiros

Lixeiras

Corredores

Estacionamento

Fachadas

Luminosos/Placas de propaganda

Lâmpadas

Veículos

11) Agora considere a sua disciplina em relação aos itens abaixo e assinale a opção que

melhor representa o seu comportamento.

Itens Nunca Na maioria das vezes As vezes Sempre

Busco praticar educação, cortesia e disciplina

Colaboro com a limpeza e higiene dos ambientes

Cumpro normas e prazos estabelecidos

Respeito os horários e acordos

Obedeço aos regulamentos

Cumpro os planos de trabalho

Tenho vontade de aprender mais e evoluir

Busco trabalhar e promover o trabalho com segurança

Guardo os materiais corretamente

Utilizo os materiais e recursos sem desperdício

12) As pessoas com quem você trabalha se ajudam mutuamente?

Nunca Na maioria das vezes Às vezes Sempre

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DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA

A empresa Perdigão Agroindustrial S/A declara, para devidos fins, que a estagiária

Heloar Pasqualini aluna do curso de Administração do Centro de Educação Superior de

Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com a carga horária

prevista para o período de 01/08/08 a 20/10/08, seguiu o cronograma de trabalho estipulado

no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 27 de outubro de 2008.

Alexander Miyamoto

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Heloar Pasqualini

Estagiária

Alexander Miyamoto

Supervisor de campo

Raulino Pedro Gonçalves

Orientador de estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelo Estágio Supervisionado

APÊNDICE III

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Perdigão Agroindustrial S/A

Apoio Administrativo

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S

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1 INTRODUÇÃO

Este manual tem como objetivo geral proporcionar que seja realizada a implantação do

programa cinco sensos no setor de Apoio Administrativo da empresa Perdigão Agroindustrial

S.A. Para que seja possível a utilização deste manual resultando na implantação do programa,

é necessário que haja real interesse dos responsáveis pelo setor. Bem como o

comprometimento dos mesmos, enfatizado em ações que transmitam aos demais

colaboradores o desejo, a conscientização da necessidade e o envolvimento de todos os

colaboradores nas ações necessárias.

Deve de início escolher a pessoa responsável pela condução de implantação, esse será

denominado como o facilitador do programa.

Ao iniciar o processo o responsável que conduzirá a implantação do programa cinco

sensos deverá utilizar de uma lista de verificação para realizar o diagnóstico inicial como o

anexo I, se o mesmo for aplicado com considerável demora ou o setor ter sofrido alguma

grande alteração no seu perfil. Caso contrário o diagnóstico atual é válido. Com base no

diagnóstico realizado através dessa lista de verificação, o facilitador deverá elaborar o

cronograma de aplicação como representado pelo cronograma no anexo II. Determinando

prazos, locais, reuniões, cartazes e registro da situação do setor em fotos para comparativo

futuro após a implantação do programa. Em seguida a elaboração do plano de ações que

deverá tomar para que haja a implantação do programa e como fazê-las.

Este plano de ação deverá ser a base de algumas atividades a serem realizadas para a

implantação dos sensos, como no anexo VI.

1.1 Etapas de Implantação – Fase de Preparação

Algumas fases compreendem a implantação do programa cinco sensos que estão

relacionadas a seguir.

1.1.1 Primeira Etapa – Comprometimento da Organização

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O comprometimento do responsável pelo setor a ser implantado o programa, é

fundamental para que seja alcançado o sucesso na implantação. A qualidade de uma

organização reflete sempre a qualidade de seus responsáveis e a primeira evidência dessa

qualidade se manifesta nas condições de trabalho e comportamento de seus colaboradores.

O gestor do setor em questão será responsável por dar todo o apoio na implantação do

programa cinco sensos, motivando seus funcionários, mostrando a importância deste e

principalmente sendo exemplo para os demais.

1º. Passo – Mensagem do Coordenador (responsável pelo setor)

O coordenador do setor deverá elaborar uma mensagem a respeito do programa cinco

sensos, abordando sua importância, objetivos e benefícios, bem como a necessidade do

comprometimento de todos com a realização e sucesso do programa. Deverá também,

informar aos colaboradores a necessidade de ter uma pessoa para coordenar os trabalhos,

informando ainda a necessidade de formar um comitê de apoio para o acompanhamento e

auxílio na implantação do programa. Nesta mesma mensagem o coordenador deverá enfatizar

da necessidade da operação de todos no programa, bem como da importância na participação

no comitê. Poderá reforçar nesse momento a política de qualidade da empresa. Um bom meio

para reforçá-la, é confeccionando um cartaz para expor o compromisso da organização com a

qualidade.

2º. Passo - Identificação do responsável (facilitador para o comitê)

O coordenador do setor, logo que tenha decidido implantar o programa deverá definir

a pessoa a ser o facilitador do programa, caso já esteja definida, deverá ser nomeada. Caso o

responsável escolhido seja de dentro da organização e precise ser treinado, deverá ser

considerado um tempo destinado ao aprofundamento dos conhecimentos específicos sobre o

programa, por parte da pessoa escolhida.

3º. Passo – Sensibilização das pessoas-chave da organização

Como o setor de apoio administrativo envolve poucos funcionários a sensibilização

inicial poderá ser com todos os colaboradores do CSP. Neste momento o facilitador deverá

identificar e nomear pessoas-chave que lhe auxiliarão na implantação do programa, formando

o comitê dos cinco sensos. Com a formação do comitê concluída, o facilitador deverá

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convocá-los para uma reunião, cujo objetivo é a sensibilização para a qualidade. Reforçando

da necessidade da participação e colaboração de todos, destacando a importância das pessoas-

chave para a formação da estrutura de apoio. Durante este processo o facilitador poderá

apresentar a síntese da situação do setor adquirida através do diagnóstico inicial realizado por

meio da lista de verificação.

1.1.2 Segunda Etapa – Estrutura de Apoio (comitê cinco sensos)

Sem essa estrutura é inviável a implantação do programa. É necessário o facilitador e

algumas pessoas que o auxiliem na avaliação e desempenho das atividades e atitudes do

próprio facilitador. O número de integrantes vai depender conforme o tamanho e

complexidade da organização/setor. Devido ao pequeno número de funcionários do setor,

sugere-se que o comitê seja formado por 3 ou 5 participantes e os mesmos devem ter algumas

atribuições básicas como:

• Assimilar o conhecimento necessário sobre o assunto a partir das fontes

pertinentes;

• Traçar em nome do coordenador do setor, estratégia e diretrizes do programa; e

• Promover o programa de forma a alcançar o sucesso de sua implantação,

levantando dados sobre o andamento do mesmo, propondo ações corretivas para

mantê-lo e melhorá-lo.

Além de colaborar com a implantação do programa, as pessoas envolvidas no comitê

devido ao pequeno número de funcionários poderão ser os avaliadores do programa após sua

implantação, pois estarão preparados para dar manutenção ao programa, avaliando cada senso

e mostrando oportunidades de melhoria.

Com a formação do comitê, o mesmo deverá preparar todo o material que será

necessário durante todo o programa, para que os procedimentos fluam da melhor maneira,

sem interrupções para aquisição de materiais.

1.1.3 Terceira Etapa – Registro da Situação Atual

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O registro da situação atual do setor deve ser feito com dupla finalidade: criação de

material para a sensibilização inicial e registro das melhorias alcançadas para manter a

existência do programa. Esses registros podem ser feitos através de fotos, filmagens e

situações críticas para a organização. Apesar da ênfase desta prática ser os aspectos

perceptíveis aos olhos, é conveniente que as situações escondidas, como o índice de acidentes,

por exemplo, também sejam registrados e levadas em consideração.

A implantação do programa deve ser realizada em um determinado período que não

ocorram alterações significativas no desenvolvimento do serviços da empresa, como alteração

do quadro de funcionários, reformas estruturais, ou quaisquer outros fatores que possibilitem

a revisão das evidencias.

1.1.4 Quarta Etapa – Lançamento do Programa

O facilitador deverá marcar uma reunião com o comitê e o coordenador do setor para

discutirem como será o lançamento do programa, levando algumas sugestões.

Aproximadamente 15 dias antes do lançamento, instigar os colaboradores ao

programa. Colocando mensagens nos murais, cartazes pelo setor, para aguçar a curiosidade

dos mesmos, como por exemplo: “Preparem-se, elesssss essssstão chegando!”.

Produzir o convite para a reunião.

Para o lançamento oficial do programa, realizar evento reunindo todos os

colaboradores, seguindo os seguintes passos:

1º. Mensagem do coordenador (o coordenador do setor deverá dar seu depoimento

sobre suas expectativas do programa e os objetivos que está buscando com a aceitação da

implantação do mesmo);

2º. Apresentação do Programa Cinco Sensos pelo facilitador do programa (informando

que todos serão treinados e a data da implantação do primeiro senso);

3º. Convidar o responsável por outra implantação em outra unidade da empresa para

falar do programa; e

4º. Café de integração.

Materiais didáticos e de apoio:

• Cartazes

• Sala de reunião, equipada com data show

• Filme (Ex. D´Olho na qualidade – Programa SEBRAE)

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• Café (salgadinhos, refrigerantes, guardanapos, pratos, copos, etc)

1.1.5 Quinta Etapa – Treinamento e Ação – Fase de Execução

O facilitador do programa devidamente capacitado deverá conduzir o treinamento

aos envolvidos. Sendo um número pequeno de pessoas que o setor apresenta, o treinamento

será unificado: comitê, demais colaboradores e avaliadores.

No treinamento o facilitador fará uso do material que se encontra no apêndice V. O

objetivo do treinamento é conscientizar os colaboradores de que a qualidade total que a

empresa promove pode ser melhorada ainda mais com a aplicação do programa cinco sensos,

apresentando aos colaboradores a história do programa, seus benefícios e estimular a ação dos

colaboradores.

1.1.5.1 Roteiros de Implantação do Programa Cinco Sensos

A seguir os roteiros para a implantação do programa cinco sensos.

1.1.5.1.1 Roteiro de Implantação do 1º. Senso – Utilização:

Reunir todos os colaboradores.

Cumprimentar o grupo e agradecer a presença de todos.

Fazer uma pequena introdução:

Estaremos iniciando as ações do programa cinco sensos. A partir de hoje (data início)

até (data fim) estaremos realizando o 1º. S – Senso de Utilização.

Após esta implantação, de forma programada passaremos aos próximos sensos. Nós

sabemos que o programa 5S vem ajudando as pessoas e as empresas a promoverem

mudanças, dando sustentação aos programas de qualidade.

Introduzir o assunto do 1º. S – Senso de Utilização

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Questionar o grupo com a seguinte pergunta:

O que é senso de Utilização? (Deixar o grupo falar – Esse momento poderá servir para avaliar

como está a comunicação do facilitador, observando se o grupo compreendeu o conteúdo

repassado no treinamento).

Após, comentar:

O primeiro S é o Senso de Utilização. Devemos separar o útil do inútil, ou seja,

vamos usar apenas o necessário e útil. O que é inútil para nós, pode ser útil para outra área.

Vamos evitar os excessos, os desperdícios e qualquer utilização incorreta de todos os

materiais, equipamentos e outros recursos.

Vamos manter o local de trabalho somente os objetos, materiais e “outros recursos”

que nos sejam estritamente necessários.

Os materiais deverão ser classificados da seguinte forma:

Servíveis: são os materiais que estão em condições de uso;

Recuperáveis: são os materiais que necessitam de conserto;

Inservíveis: são os materiais sem condições de uso, que deverão ser sucateadas.

Para facilitar a separação e controle dos materiais, deverá ser feito o Balanço dos Descartados,

conforme tabela no anexo III.

Enfatizar os resultados que serão esperados

Liberação de espaços;

Reaproveitar os recursos;

Redução de custos;

Melhorar o visual;

Redução de burocracia.

Como faremos:

A participação de todos é essencial;

Todos sabemos o que nos é útil e o que não é, o que está sendo usado na quantidade

certa e o que não está.

A empresa terá uma área de descarte (indicar o local). Para onde serão levadas as

coisas inúteis ou que estão em excesso. E ficará sob a responsabilidade do (nome da pessoa

responsável).

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Cronograma: no período de (data), os materiais ficarão disponíveis em uma área de

descarte, aguardando a visita dos setores para verificar se existe algum material que lhes seja

útil. Se houver, contata-se o responsável pela área do descarte, que providenciará a

transferência do bem.

Avaliação

Uma vez por mês, o grupo de avaliadores fará a auditoria de como anda o

desempenho e manutenção do programa.

Encerramento

Estimar o bom trabalho que a equipe vai fazer e que em breve estaremos sentindo as

melhorias.

Agradecer a atenção e presença de todos e se houverem dúvidas, colocar-se a

disposição para esclarecê-las

1.1.5.1.2 Roteiro de Implantação do 2º. Senso – Organização

Cumprimentar o grupo e agradecer a presença de todos.

Fazer uma pequena introdução:

A partir de hoje (data) estaremos agregando o 2º. S do nosso programa – Senso de

Organização. O programa 5S pode realmente ajudar as empresas e as pessoas.

Iniciar com o questionamento:

O que é o 2º. S? – Senso de Organização.

Solicitar comentários sobre o que é o senso de Organização. (Deixar o grupo falar –

Esse momento poderá servir para avaliar como está a comunicação do facilitador, observando

se o grupo compreendeu o conteúdo repassado no treinamento).

Organizar significa guardar em ordem os objetos, equipamentos e informações que

são necessários ao bom desempenho dos trabalhos. De modo que facilite o seu acesso e que

sua utilização possa ser mais rápida a todos que deles necessitam.

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É importante que todos tenham conhecimento de como foi feita essa organização.

Para facilitar pode-se classificar da forma a seguir:

Se usado a toda hora Coloque ao alcance das mãos

Se usado todo dia Coloque em lugar próximo

Se usado toda semana Coloque em lugar específico e de fácil acesso

Se usado de vez em quando Coloque no depósito

Enfatizar os benefícios do Senso de Organização

Economizar tempo;

Menor esforço físico nas movimentações;

Facilitar a identificação e a comunicação;

Otimizar os recursos;

Como faremos:

Analisar como as pessoas pegam e guardam os objetos, e porque consomem tanto

tempo;

Definir um lugar para cada coisa e padronizar a nomenclatura de cada item com

etiquetas;

Os objetos parecidos devem ficar distantes um do outro para evitar enganos;

Guardar os objetos e equipamentos corretamente, em locais onde possam ser

facilmente encontrados e à mão.

Avaliação

Na avaliação, será verificado não só a arrumação, mas também o conhecimento dado

às demais pessoas que precisam dos itens guardados, a forma de arrumar deverá ser adequada

e conhecida por todos para manterem a ordem e o controle da qualidade visual.

Encerramento

O sucesso do programa dependerá da disposição de todos em praticar cada senso.

Agradecer a participação de todos e se houverem dúvidas colocar-se a disposição

para esclarecê-las.

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1.1.5.1.3 Roteiro de Implantação do 3º. Senso – Limpeza

Cumprimentar o grupo e agradecer a presença de todos.

Fazer uma pequena introdução

A partir de hoje (data), estaremos agregando o 3º. S do programa – Senso de

Limpeza. Cada “S” do programa colabora e agrega um ao outro melhorias para que o

programa alcance seus objetivos. O senso de limpeza proporciona além de efeito visual que é

facilmente interpretado por todos, a manutenção de equipamentos mantendo todo material em

plenas condições de uso.

A organização e a limpeza são hábitos valorizados por todos nós e no setor de

trabalho para que haja o melhor desenvolver das atividades devem estar sempre presentes.

Introduzir o assunto 3º. S – Senso de Limpeza

Além dos significados básicos que conhecemos de limpeza, como livrar-se de

impurezas, purificar, podemos destacar os significados de aprimoramento, coisa bem feita e

acabada. O senso de limpeza significa tornar e manter as coisas limpas e em perfeitas

condições de uso.

Além da limpeza em objetos, esse senso inclui a eliminação de maus hábitos, como

intrigas, desperdícios, procedimentos errados, etc.

Enfatizar os benefícios do senso de limpeza

Prevenção de acidentes;

Bem - estar pessoal;

Melhorar manutenção;

Ambiente de trabalho mais agradável e saudável

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Como limpar

A meta é manter o local de trabalho limpo, além de colaborar com a limpeza dos

demais ambientes freqüentados na empresa. (Poderá ser pedido auxílio para equipe

responsável pelos serviços de limpeza da empresa para a execução desse senso)

Recomendações para a limpeza

• Definir o que deve ser limpo. Estabelecer uma seqüência e itens que todos saibam

o que fazer;

• Remover sujeiras e impurezas de equipamentos utilizados nas atividades diárias.

As mesas devem estar limpas e em condições adequadas de uso;

• Conhecer o funcionamento e procedimento de manutenção dos equipamentos do

local de trabalho;

Avaliação

Induzir os colaboradores a verificarem como está o senso de limpeza/higiene no setor

sob sua responsabilidade. Refletindo suas atitudes em relação a este senso e como cada um

poderá contribuir para manter o ambiente limpo e com maior qualidade de vida no trabalho.

Encerramento

O sucesso do senso de Limpeza assim como dos demais sensos dependerá da

participação efetiva de cada um em praticá-los.

Agradecer a participação de todos e se houverem dúvidas colocar-se à disposição

para esclarecê-las.

1.1.6 Sexta Etapa – Avaliação Preliminar – Fase Avaliação

Após a conclusão de implantação do 3º. Senso, deve-se fazer uma avaliação do

ocorrido, captando os resultados obtidos até o momento e planejar o futuro. Neste momento

pode-se considerar concluído um dos ciclos PDCA, bem como a implantação do programa

cinco sensos, pois a partir daí, ele deverá ser mantido e melhorado.

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A implantação dos 2S´s restantes implica apenas numa extensão do trabalho iniciado,

com ênfase em higiene, segurança no trabalho e saúde ocupacional (senso de saúde) e

incentivo às iniciativas pessoas e espontâneas para fazer o que deve ser feito e bem feito

(senso de autodisciplina).

1.1.5.1.4 Roteiro de Implantação do 4º. Senso – Saúde

Cumprimentar o grupo e agradecer a presença de todos.

Fazer uma pequena introdução

Enquanto a prática dos três primeiros sensos traz efeitos imediatos, isso não ocorre

com o senso de saúde, pois seus resultados não são prontamente observáveis. Ao praticar os

três sensos, iniciou-se a prática do senso de saúde. Excesso de materiais, má ordenação,

sujeira, são causas de acidentes no trabalho e estresse. Combatendo essas causas já significa

uma grande iniciativa para conservar a vida da empresa e dos colaboradores em boas

condições.

Introduzir o assunto 4º. S – Senso de Saúde

SEIKETSU, como denomina-se em japonês o 4º. “S”, traduzido para o português

significa saúde, higiene e asseio. Este senso procura melhorar a qualidade de vida das pessoas,

tanto no aspecto pessoal quanto profissional.

O objetivo maior do senso de saúde é a contribuição de cada um em manter e

solicitar que as outras pessoas mantenham as coisas necessárias (1º.S) no lugar certo (2º.S) e

num ambiente limpo (3º.S). A participação de toda a equipe, possibilita a incorporação de

novas atitudes para a melhoria da saúde, equilibrando os níveis físico, emocional e

profissional.

Benefícios do senso de saúde

Trabalho agradável;

Redução de riscos;

Maior participação;

Menor preocupação.

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Como deve ser o estímulo para o senso de saúde?

• Trabalhando para manter e melhorar os sensos de utilização, organização e

limpeza;

• Mantendo excelentes condições de higiene nos banheiros, corredores, mesas, etc.;

• Trabalhando em grupo, respeitando os colegas e a instituição que você trabalha;

• Seguindo as normas de segurança e dicas passadas pela equipe do CIPA.

Avaliação

A avaliação deste senso poderá ser realizada algumas semanas após a avaliação

preliminar. Pois se trata da continuidade e manutenção dos três primeiros sensos. Poderá ser

realizada a utilização de cartazes reflexivos em relação às fases anteriores. Explorando as

diferenças havidas entre esta avaliação e a avaliação anterior, discutindo causas e debater as

possíveis soluções caso haja necessidade.

Encerramento

Faça da higiene e limpeza um hábito em sua vida e sua empresa. O sucesso do senso

de saúde dependerá da disposição de todos da equipe em praticá-lo.

Agradecer a participação de todos e se houveram dúvidas colocar-se a disposição

para esclarecê-las.

1.1.5.1.5 Roteiro de Implantação do 5º. Senso – Autodisciplina

Cumprimentar o grupo e agradecer a presença de todos.

Fazer uma pequena introdução

Nesse momento o programa cinco sensos já deve estar fazendo parte de nossa vida e

nossa rotina, acontecendo de forma natural e constante, tanto na empresa como em outro lugar

que estejamos. Estamos realizando a partir de então o lançamento do 5º.S – Senso de

Autodisciplina. Este senso esta indiretamente presente na aplicação dos sensos anteriores.

Quando cada colaborador se dispõe a praticar de forma a alcançar o sucesso em cada senso

está se disciplinando ao programa.

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Introduzir o assunto 5º. S – Senso de Autodisciplina

O senso de autodisciplina pode ser executado a partir de sete passos:

O QUE COMO

1. Praticar os 4 Sensos anteriores 2. Comunicação Eficaz - Dar ordens claras e precisas;

- Usar o “feedback” para garantir que a ordem foi compreendida.

3. Definir responsabilidades e autoridades

Definir as responsabilidades e autoridades para cada colaborador Proporcionar treinamento dos colaboradores para o cumprimento de suas responsabilidades.

4. Reconhecer Elogiar cada sucesso alcançado ou bom trabalho desempenhado.

5. Trabalhar em equipe Estimular o trabalho em equipe 6. Seguir regras Praticar o hábito de obedecer as regras da

empresa e do setor. 7. Propiciar oportunidade de auto

desenvolvimento Estimular leituras, participação em eventos culturais, especializações.

Benefícios do Senso de Autodisciplina

Auto inspeção e autocontrole;

Melhorar continuamente

Prever resultados

Satisfação pessoal

Comprometimento e qualidade em tudo o que se faz

Encerramento

Agradecer a participação de todos e colocar-se à disposição para esclarecer dúvidas

1.1.7 Sétima Etapa – Avaliação do 5S

Este procedimento tem as seguintes finalidades:

Promover a integração e a comunicação entre as pessoas;

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Gerar um clima de ajuda mútua;

Identificar possibilidades de melhoria;

Divulgar as realizações das pessoas;

Gerar um ambiente de competição sadia;

Dar sustentação ao sistema.

As avaliações deverão ser feitas com freqüência maior no início (semanal ou

quinzenal), com o passar do tempo essa freqüência deve diminuir, à medida que as pessoas

incorporem os hábitos inerentes à pratica do 5S. No primeiro momento a avaliação poderá ser

feita pela facilitador do programa, pois poderá estar coletando subsídios e conhecimento para

repassar aos avaliadores.

1.1.7.1 Listas e critérios de verificação

As listas de verificação são de fundamental importância para a identificação de

oportunidades para ações corretivas. Devem ser elaboradas sob medida pelos interessados ou

com sua participação. Um bom critério de avaliação proporciona oportunidades de

crescimento as pessoas, tornando-os melhores observadores e aptos a solicitar modificações

quando necessárias.

O anexo IV serve de exemplo para tal verificação.

1.1.7.2 O avaliador

Como determinado no início da implantação do programa, para a avaliação no setor

serão três pessoas responsáveis (colaboradores do setor). Os avaliadores deverão registrar as

irregularidades percebidas para que as devidas ações corretivas sejam providenciadas,

utilizando da lista de verificação para tal avaliação.

1.1.7.3 O avaliado

A melhor maneira de se preparar para uma avaliação é se auto avaliando. Os

avaliados devem estar cientes dos propósitos da avaliação, adotando comportamento

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cooperativo deixando o avaliador a vontade, atendo suas solicitações quando necessário. É

importante criar um clima de ajuda mútua nas avaliações, pois é um indicador de que o

espírito 5S está sendo compreendido.

1.1.7.4 Resultados

Deverá ser feito uma cópia do relatório de não-conformidades realizado pelo

avaliador e repassado ao coordenador do setor. Com as devidas sugestões de ações corretivas

que trarão resultados positivos, caso contrário, não deverá fazê-lo.

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ANEXO I – Lista de verificação para diagnóstico inicial

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ANEXO II – Cronograma de implantação

Cronograma de Implantação

Semanas Etapas

Planejamento X Lançamento X Utilização X X Organização X X X Limpeza X X Higiene X X ... Ordem mantida X X ... Perpetuando o sucesso X X...

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ANEXO III – Balanço dos descartados

Balanço dos descartados Classificação

Data Discriminação Qte. Transferir Material a ser

Material para Lixo

de setor vendido recuperação

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ANEXO IV – Formulário de avaliação dos sensos

AVALIAÇÃO DOS SENSOS

UTILIZAÇÃO

(SEIRI)

EM CONFORMIDADE Sim Não

Descarte de equipamentos sem serventia

Objetos de uso pessoal permitidos no local

Quantidade ideal de material sobressalente, ferramentas e instrumentos

Como esta o local para guardar ferramentas que não estão em uso.

ORDENAÇÃO

(SEITON)

EM CONFORMIDADE Sim Não

Existe local adequado para cada tipo de ferramenta e material correspondente

Os objetos estão nos locais estabelecidos

Identificação de local dos equipamentos, ferramentas e ambientes

As bancadas e móveis estão mantidos em ordem durante e após a utilização do ambiente de trabalho.

LIMPEZA

(SEISO)

EM CONFORMIDADE Sim Não

Local limpo e agradável

Equipamentos estão todos limpos

Aspectos pessoais

O local de sucatas esta vazio

SAÚDE

(SEIKETSU)

EM CONFORMIDADE Sim Não

Bem estar pessoal

Boa impressão causada aos visitantes do setor

Criar ambiente mais saudável

Pessoas motivadas

DISCIPLINA

(SHITSUKE)

EM CONFORMIDADE Sim Não

Todos estão cumprindo normas efetivadas

Os profissionais estão participando das atividades propostas pela gerência.

Existe comportamento adequado do pessoal no trabalho

Os colaboradores estão realizando organização no final do expediente colocando cada coisa em seu lugar.

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ANEXO V – Treinamento

A BASE PARA A QUALIDADE TOTAL

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Origem

5S é uma prática desenvolvida noJapão, onde os pais ensinam a seus filhosprincípios educacionais que os acompanhamaté a fase adulta. A denominação 5S é devidaàs cinco atividades seqüenciais e cíclicasiniciada pela letra “S”, quando nomeadas emjaponês.

Significado

SEISO

Limpeza

SEIRI

Utilização SEITON Ordenação

SEIKETSU Saúde

SHITSUKE Autodisciplina

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BenefíciosComo o 5S é um processo educacional, é

difícil delimitar os seus benefícios. A explicaçãopara os benefícios citados, emborademonstrada ao longo deste, só serádevidamente compreendida por aqueles quepraticarem o 5S.

Senso de Utilização (SEIRI).

Neste senso, devemos separar aquilo quem tem utilidade daquilo que não

será mais utilizado. Os aspectos ligados ao relacionamento, comportamento e atitudes.

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BENEFÍCIOS

Reaproveitar os recursos

Relacionamento

comunicação objetiva

Combater a burocracia

Processos mais simples

Liberar espaço

Melhorar os relacionamentos

Melhorar o visual

Reduzir os custos

Dificuldades para praticá-lo.

Uso do conceito de que “apenas um já é suficiente”

Confronto entre os conservadores e liberais no aproveitamento de materiais, recursos,

pessoas, etc.

Aspectos emotivos (mania de guardar coisas que não servem).

Praticar mudanças.

Classificação do que serve ou não.

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Como fazer?->Seguir o fluxograma abaixo (classificação).

->Seguir o fluxograma abaixo (classificação).

->Os itens relacionados à memória da empresa deverão ser encaminhados para um local

próprio.

->Quantificar e divulgar os dados relativos aos materiais desnecessários existentes.

CLASSIFICAÇÃO

OBJETOS E DADOS NECESSÁRIOS

USADOS OCASIONALMENTE

COLOCAR UM POUCO AFASTADO DO

LOCAL DE TRABALHO

USADOS CONSTANTEMENTE

COLOCAR MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DO LOCAL DE

TRABALHO

USADOS RARAMENTE, MAS

NECESSÁRIOS

COLOCAR SEPARADOS NUM

LOCAL DETERMINADO

OBJETOS E DADOS DESNECESSÁRIOS

POTENCIALMENTE ÚTEIS OU VALIOSOS

TRANSFERIR PARA ONDE FOREM ÚTEIS

SEM USO POTENCIAL

VENDER OU DISPOR IMEDIATAMENTE

QUE REQUEREM OUTRO LOCAL

ESPECIAL

DETERMINAR OUTRO LOCAL

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Senso de Organização (SEITON)

Organizar aquilo que foi selecionado no primeiro

senso da melhor maneira para todos.

O ideal é ter o layout disposto de uma maneira

que otimize a sua visualização.

O que está organizado além de facilitar o

uso, propicia um ambiente mais adequado ao

trabalho.

Benefícios-> Economizar tempo.

-> Menor esforço físico nas movimentações.

-> Facilitar a identificação.

-> Otimizar os recursos.

-> Propiciar maior segurança.

->Facilitar a comunicação.

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Dificuldades para praticá-lo

-> A maior dificuldade está em estabelecer o

melhor layout e os padrões a serem adotados.

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Como fazer?-> Guardar os itens de acordo com a freqüênciade uso descrito abaixo.

-> A nomenclatura deve ser padronizada.

-> Depositar tudo usando PEPS (1º que entra éo 1º que sai).

-> Criar rótulo e cores vivas para identificação.

-> Expor visualmente os locais críticos.

-> Usar comunicação visual fácil e rápida.

USO: LOCAL ONDE DEVE SER GUARDADO?

Toda hora No local de trabalho

Todo dia Muito próximo ao local de trabalho

Toda semana

Próximo ao local de trabalho

Sem previsão

Colocar à disposição

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Ordenação (organização)

Senso de Limpeza (SEISO)

Limpar é eliminar a sujeira, inspecionandopara descobrir e atacar as fontes de problemas.

A medida que se mantém rigorosamentelimpos os ambientes e equipamentos,favorecemos também a sua conservação.

A expressão “sujeira” passa a ser tudo quevenha a agredir o meio-ambiente e ao homem(físico e intelectual).

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Dificuldades para praticá-lo

-> Mudar o hábito do profissional.

-> Mudar o hábito de quem comanda.

-> Lugares de difícil acesso são esquecidos facilmente.

Benefícios

-> Prever acidentes.

-> Bem estar pessoal.

-> Causar boa impressão aos clientes.

-> Melhorar manutenção.

-> Aproximar profissionais.

->Criar ambientes saudáveis.

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Como fazer?

� Eliminar os causadores de sujeira. (equipamentos, maquinas, pessoas).

� Definir as tarefas por profissional.

� Estabelecer horário, para que todos pratiquem a limpeza.

� Educar para não sujar.

� Treinar todos os profissionais nas máquinas e equipamentos que usam.

� Elaborar check list de todos os pontos a serem observados na limpeza.

Limpeza

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SENSO DE SAÚDE(SEIKETSU)

Praticar o senso de Saúde é ter o cuidado para que os estágios de utilização, ordenação e

limpeza não retrocedam.

Benefícios

-> Trabalho agradável.

-> Reduzir riscos.

-> Maior participação.

-> Menor preocupação.

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Pessoas

Corpo

+ Qualidade

Mente

Dificuldades para praticá-lo

-> Exige mudança das pessoas no tocante ao

comportamento e no uso dos materiais.

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Como fazer?

-> Implantar os três primeiros esses (3 S s).

-> Eliminar fontes geradoras de perigo.

-> Estabelecer um padrão de apresentação para o local de trabalho.

-> Difundir materiais educativos sobre saúde.

-> Eliminar fontes geradoras de insatisfação pessoal.

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Saúde

Senso de Autodisciplina (SHITSUKE)

Ser disciplinado é

cumprir

rigorosamente as

normas e tudo que for

estabelecido pelo

grupo do qual se está

relacionado.

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Benefícios

-> Auto-inspeção e autocontrole.

-> Melhorar continuamente.

-> Prever resultados.

-> Satisfação pessoal.

Dificuldades para praticá-lo

-> Não cumprimento das normas, procedimentos.

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Como fazer?-> Estabelecer metas possíveis.

-> Compartilhar visão e valores.

-> Dar recompensa moral.

-> Educar para a criatividade.

-> Ter padrões simples.

-> Melhorar as comunicações.

-> Treinar, treinar, treinar.

-> Dar exemplo, fazendo.

Ordenação Limpeza SaúdeUtilização

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Act Plan

Check Do

PLANEJAR

EXECUTAR

AGIRCORRETIVAMENTE

CONTROLAR

Plano de Ação

Senso? O que fazer ?

Quem? Quando? Onde? Porque? Como?

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Equipe de Avaliação

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APÊNDICE VI

Plano de Ação

Senso de Utilização – SEIRI

O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como Quanto Custa

Avaliação do funcionamento dos equipamentos nos setores

Todos os colaboradores

Evitar perda de tempo e espaço com equipamentos defeituosos

Setor

-Realizar testes;

-Descartar o material e equipamentos com defeito e desnecessário.

Custo com equipamentos novos somente quando necessária reposição

Descarte de materiais, documentos ultrapassados e inutilizáveis.

Todos os colaboradores

Evitar acúmulo de coisas inutilizáveis

Setor

Retirar todos os materiais, documentos ultrapassados que não se enquadram nas rotinas da empresa

Somente mão-de-obra dos colaboradores

O primeiro senso, deverá ser o descarte de equipamentos, documentos materiais inutilizados, reservando os itens descartados para posterior avaliação.

Senso de Organização – SEITON

O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como Quanto Custa

Organização de todos os materiais

do setor

Todos os colaboradores

Acesso fácil aos materiais de uso diário evitando perda de tempo

Setor e Almoxarifado interno

-Organizar os equipamentos, documentos e materiais; -Identificar o local para cada um deles

Aquisição de etiquetas para identificação

Layout Todos os

colaboradores

Melhorar o acesso e

movimentação de pessoas

dentro de cada setor

No setor

se houver essa

necessidade

-Remodelar layout; -Adaptar móveis existentes

Nenhum custo com

novos móveis,

aproveitar os existentes.

O segundo senso trata de organizar aquilo que restou de útil ao setor, mesas, armários. Etiquetar, colocar nos devidos lugares.

Senso de Limpeza – SEISO

O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como Quanto custa

Limpeza do local Todos os

colaboradores

Proporcionar um ambiente livre de focos

de sujeira formados

durante longo tempo

Setor

-Realizar uma limpeza dentro de gavetas, armários (limpeza superficial)

Gasto com produtos de limpeza, em

torno de R$ 25,00

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-Solicitar ajuda do pessoal de serviços gerais para a limpeza pesada

O senso de limpeza é a remoção de equipamentos, locais de pouco acesso. Manter locais limpos, pedir auxilio para equipe de limpeza.

Senso de Asseio – SEIKETSU

O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como Quanto Custa

Melhoria da qualidade de

vida no trabalho

Todos os colaboradores

Para proporcionar uma maior motivação, ganhando

mais produtividade, eficiência e

eficácia

Setor

-Manter o local adequado e harmônico; -Respeitar os três primeiros S

Somente mão-de-obra

dos colaboradore

s

Otimização de processos

Todos os colaboradores

Evitar perda de tempo com processos não

divulgados para todos

Setor

-Transformar conhecimento tácito para explicito; -Aumentar o fluxo de informações nos setores

Somente mão-de-obra

dos colaboradore

s

Manter o local limpo e

organizado

Todos os colaboradores

Sempre

Manter local livre para

outro dia de expediente

Setor

-Fazendo uma limpeza no fim do expediente de cada dia

Somente mão-de-obra

No quarto senso poderá ser realizado uma avaliação do andamento dos três primeiros sensos.

Senso de Disciplina – SHITSUKE

O que fazer Quem faz Quando Por que Onde Como Quanto Custa

Reunião com os colaboradores

Facilitador

Passar os objetivos do Programa 5S na empresa

Setor

Realizando uma conversa informal em grupo

Somente tempo e

mão-de-obra

Conscientização sobre a

filosofia dos cinco sensos

Facilitador

Conscientizar e preparar

todos do que é a filosofia

do 5S, apresentar

plano de ação e melhoras

proporcionadas pelo

programa

Sala apropriada para o treiname

nto

-Utilizar Datashow; -Material Informativo; -Recursos de áudio e vídeo;

Aproximadamente R$ 50,00 com material

Melhoria no relacionamento

Todos os colaboradores

Melhorar o ambiente de

trabalho, proporcionan

do um

Setor

-Realizar eventos que incentivem o coleguismo; -Encontros

Em torno de R$ 50,00 mensais

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ambiente de respeito com

todos

mensais;

Elaboração e Aplicação do

formulário para avaliação

Facilitador

Avaliar o andamento dos sensos, relatando problemas quanto a

implantação

Setor

-Avaliação de implantação dos 3 primeiros sensos, notificando irregularidades nos sensos;

Somente com mão-de-obra

Definição de critérios de avaliação e apresentar

status do setor

Avaliadores

Possuir critérios para avaliação do

setor por meio do

formulário de avaliação e o conhecer do

status do setor após a avaliação

Setor

-Definir critérios conforme formulário de avaliação; -Realizar uma avaliação do setor

Somente com mão-de-obra

Documentar soluções e

problemas e de conhecimento

Todos os colaboradores

Sempre

Proporcionar solução mais rápida aos problemas ocorridos

diariamente

Setor

Utilizar a base de conhecimento para relatar a solução dos problemas passo-a-passo

Somente custo com mão-de-obra