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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE MANUAL SOBRE O PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO MÉDICO NA LINHA DE CUIDADO DA CRIANÇA MARIA VALDILIA NOGUERA TORRES VOLTA REDONDA 2011

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE

PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE MANUAL SOBRE O PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO MÉDICO NA

LINHA DE CUIDADO DA CRIANÇA

MARIA VALDILIA NOGUERA TORRES

VOLTA REDONDA 2011

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO

PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE

PROPOSTA DE ELABORAÇÃO DE MANUAL SOBRE O

PREENCHIMENTO PRONTUÁRIO MÉDICO NA

LINHA DE CUIDADO DA CRIANÇA

Dissertação apresentada ao programa de

Mestrado Profissional em Ensino em Ciências

da Saúde e do Meio Ambiente do UniFOA

como requisito para obtenção de título de

Mestre.

VOLTA REDONDA 2011

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluna:

Maria Valdilia Noguera Torres

Título:

Proposta de Elaboração de Manual Didático-Institucional sobre

o Prontuário Médico na linha de cuidado da criança

Orientadoras:

Ilda Cecília Moreira da Silva

Rosane Moreira Silva de Meirelles

_________________________________________

Dra. Ilda Cecília Moreira da Silva

_________________________________________

Dra. Rosane Moreira Silva de Meirelles

_________________________________________

Dra. Maria Auxiliadora Motta Barreto

VOLTA REDONDA 2011

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Há, verdadeiramente, duas coisas diferentes:

saber e crer que se sabe. A ciência consiste

em saber, em crer que se sabe está a

ignorância (HIPÓCRATES, 460 a.C- 370 a.C).

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DEDICATÓRIA

Dedico a presente dissertação aos meus filhos,

Berenice e Eduardo pelos momentos de

ausência.

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AGRADECIMENTOS

Muitos são aqueles que merecem um grande

agradecimento por terem participado dessa

minha jornada. No entanto, é de extrema

importância ressaltar o grande apoio e

incentivo que toda a equipe de professores do

Centro Universitário de Volta Redonda me

ofereceu durante o curso.

Agradeço, também, em especial, às minhas

orientadoras Professora Doutora Ilda Cecília

Moreira da Silva e Professora Doutora Rosane

Moreira Silva de Meirelles.

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RESUMO

Esta dissertação teve como objetivo elaborar um Manual sobre o preenchimento e

implementação de um prontuário de pediatria, em nível ambulatorial, reformulado,

visando o Ensino em Ciências da Saúde. Para tanto, analisou, em primeiro lugar, o

prontuário médico pediátrico utilizado em Unidades Hospitalares da Rede (SUS)

Sistema Único de Saúde, de pacientes egressos, agendados, pós-internação

hospitalar para a primeira consulta de revisão, onde os prontuários ambulatoriais são

abertos, identificados pelo setor administrativo da Unidade Ambulatorial e, em

seguida, preenchidos pelos profissionais referenciados à consulta da clientela

pediátrica, durante a assistência clinica; em segundo lugar, promoveu uma revisão

da literatura acerca das transformações que o ensino da Medicina vem sofrendo nos

últimos anos, enfocando a necessidade de metodologias ativas, especialmente no

UniFOA, que procura formar o profissional inserido no contexto da sociedade, na

busca de oferecer o melhor tratamento para a clientela infantil. O método utilizado

para o estudo foi de caráter descritivo e abordagem quantiqualitativa, exploratória,

com pesquisas de campo, comparativa e bibliográfica. Para análise dos dados

coletados, foi utilizado o programa estatístico Epi Info, versão 5.3.1, versão 2008. Os

dados obtidos foram transcritos para um banco de dados criado com o referido

programa. Na análise estatística, as variáveis estudadas foram descritas pela

frequência. Na conclusão, apresentou-se um Manual que, certamente, vai promover

maior integração entre docentes e discentes sobre as melhorias na completude do

prontuário médico e nas reflexões sobre aspectos éticos e legais, dentro das normas

do Conselho Regional de Medicina, além de contribuir para a área de Ensino de

Ciências da Saúde no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que os docentes

poderão utilizar o referido Manual em atividades didáticas em sala de aula, e em

atividades ambulatoriais em defesa dos direitos da criança e em pesquisa.

Palavras-chave: Manual de Preenchimento de Prontuário Médico, Estudantes de

Medicina, Pediatra, Ensino de Ciências de Saúde.

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ABSTRACT

This dissertation aimed to develop a manual on the completion and implementation

of a pediatric patient records in outpatient, rewritten, aiming at the health sciences

education to this end, analyzed in the first place, the medical records used in

pediatric hospitals network (SUS) Health System, graduates of patients, scheduled,

post-hospitalization for the first query review, where the outpatient medical records

are opened, identified by management of the outpatient unit, and then filled by

professionals referenced consultation of pediatric clients during clinical care, and

secondly, promoted a review of the literature about the transformations that the

teaching of medicine has suffered in recent years, focusing on the need for active

methods, especially in Unifoa, which seeks to train professionals placed in the

context of society, seeking to offer the best treatment for child clients. The method

used for the study was descriptive and quanti approach, exploratory, with field

research, and comparative literature. to analyze the data collected, we used the

statistical program Epi info version 5.3.1, version 2008. The data were transcribed

into a database created with this program. Statistical analysis of the variables were

described by frequency. In conclusion, we presented a manual that certainly will

promote greater integration between teachers and students about the improvements

in the completeness of medical records and reflections on ethical and legal standards

within the Regional Council of Medicine, and contribute to the area of Health Science

Education in the teaching-learning, since teachers can use the Manual referred to in

educational activities in the classroom, and ambulatory activities in defense of

children's rights and research.

Keywords: Manual on the completion and implementation of a pediatric patients

records, medical students, School Of Health Sciences.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................... 14

2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................... 18

2.1 Prontuário Médico ......................................................................................... 18

2.1.1 Definição ............................................................................................ 18

2.1.2 Retrospectiva Histórica ...................................................................... 19

2.2 O Curso de Medicina do UniFOA ................................................................. 21

2.3 Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem............................................. 23

2.3.1 Discente com Autonomia: princípio das Metodologias Ativas ............ 24

2.3.2 Papel dos Professores no Processo de Ensino-Aprendizagem ......... 26

2.3.3 Problematização como Estratégia de Ensino-Aprendizagem ............. 30

3. MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................. 32

3.1 Contexto dos Prontuários Médicos ............................................................... 33

3.1.1 Critério de Seleção ............................................................................. 34

3.1.2 Critério de Inclusão/ Exclusão ............................................................ 34

3.1.3 Análise dos dados do Prontuário ....................................................... 35

3.2 Metodologia de Elaboração do Manual ........................................................ 36

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 38

4.1 Análise dos Dados ........................................................................................ 38

4.2 Identificação do Paciente .............................................................................. 39

4.3 Identificação da mãe do paciente ................................................................. 39

4.4 Identificação do pai do paciente ................................................................... 40

4.5 Data de nascimento do paciente .................................................................. 41

4.6 Sexo ............................................................................................................. 41

4.7 Naturalidade dos pacientes .......................................................................... 42

4.8 Anamnese..................................................................................................... 43

4.9 Caracterização da doença ............................................................................ 44

4.10 História de gestação, parto e nascimento, história patológica pregressa,

social e econômica, história de ambiente familiar, alimentar, de imunizações

e desenvolvimento ........................................................................................ 44

4.10.1 Exame ................................................................................................ 46

4.11 Dados antropométricos ................................................................................. 47

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4.11.1 Sinais Vitais ........................................................................................ 48

4.12 Exame físico ................................................................................................. 48

4.13 Conduta do profissional ................................................................................ 49

4.14 Plano Terapêutico ......................................................................................... 50

4.15 Alusão à prescrição ...................................................................................... 51

4.16 Encaminhamentos a posteriori ..................................................................... 52

4.17 Identificação do profissional responsável pelo atendimento ......................... 52

4.18 Manual sobre o Prontuário Médico ............................................................... 53

4.18.1 Construção do Manual ....................................................................... 53

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 56

6. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 58

7. LISTA DE ANEXOS....................................................................................................... 71

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Registros nos prontuários médicos referentes aos nomes dos pacientes ..... 39

Gráfico 2. Registros nos prontuários médicos referentes aos nomes da mãe dos

pacientes ............................................................................................................................ 40

Gráfico 3. Registros nos prontuários médicos referentes aos dados dos pais ou

responsáveis pelos pacientes ............................................................................................ 40

Gráfico 4. Registros nos prontuários médicos referentes à data de nascimento dos

pacientes ............................................................................................................................ 41

Gráfico 5. Registros nos prontuários médicos referentes ao sexo dos pacientes ........... 42

Gráfico 6. Registros nos prontuários médicos referentes ao endereço e telefone dos

pacientes ............................................................................................................................ 42

Gráfico 7. Registros nos prontuários médicos referentes ao sexo dos pacientes ........... 43

Gráfico 8. Registros nos prontuários médicos referentes a caracterização da doença .. 44

Gráfico 9. Número de prontuários que não contavam com os dados preenchidos quanto

à história da gestação, parto e nascimento; história social e econômica; história das

imunizações; história patológica pregressa, história do ambiente familiar, história do

desenvolvimento. ............................................................................................................... 46

Gráfico 10. Registros nos prontuários médicos referentes ao estado geral de

nutrição/hidratação dos pacientes ..................................................................................... 47

Gráfico 11. Registros nos prontuários médicos referentes aos dados antropométricos dos

pacientes ............................................................................................................................. 47

Gráfico 12. Registros nos prontuários médicos referentes aos sinais vitais dos pacientes

............................................................................................................................................ 48

Gráfico 13. Registros nos prontuários médicos referentes ao exame físico dos pacientes

............................................................................................................................................ 49

Gráfico 14. Registros nos prontuários médicos referentes ao diagnóstico realizado dos

pacientes ............................................................................................................................ 50

Gráfico 15. Registros nos prontuários médicos referentes ao plano terapêutico dos

pacientes ............................................................................................................................ 51

Gráfico 16. Registros nos prontuários médicos referentes à prescrição dos pacientes . 51

Gráfico 17. Registros nos prontuários médicos referentes aos encaminhamentos

realizados dos pacientes.................................................................................................... 52

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Gráfico 18. Registros nos prontuários médicos referentes ao nome e ao carimbo do

médico ................................................................................................................................ 53

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Parecer do Coeps para execução da pesquisa ............................................ 71

ANEXO 2-A Prontuário de Pediatria Ambulatorial SOPERJ/SBP (modificado) .............. 72

ANEXO 2-B - Modelo do Instrumento de Avaliação dos Prontuários Pediátricos

Consultados - Checklist ..................................................................................................... 76

ANEXO 3 - Correspondência enviada encaminhando o modelo de prontuário da Soperj

utilizado neste projeto. ....................................................................................................... 77

ANEXO 4 - Tabulação dos resultados do prontuário ambulatorial (Epi Info) .................. 78

ANEXO 5 - Histograma da presença do registro nos prontuários Médicos (Epi Info).... 81

ANEXO 6 - Modelo de Manual .......................................................................................... 82

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFM - Conselho Federal de Medicina

DCN - Diretrizes Curriculares Nacionais

ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente

EUA - Estados Unidos da América do Norte

FC - Frequência Cardíaca

FR - Frequência Respiratória

HDA - História da Doença Atual

HMR - Hospital Munir Rafful

HSJB - Hospital São João Batista

IS - Interrogatório Sintomatológico

MEC - Ministério da Educação

NTICS - Novas Tecnologias de Informação e Comunicação

PA - Pressão Arterial

PBL - Aprendizagem Baseada em Problemas

PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente

RN - Recém-Nascido

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria

SOPERJ - Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro

SUS - Sistema Único de Saúde

UNIFOA - Centro Universitário de Volta Redonda

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1. INTRODUÇÃO

Fazer bem feito não basta, é preciso registrar (CRM, 2006). O prontuário do paciente representa segurança para os médicos cultos e conscienciosos, ameaça constante para audazes sem escrúpulos, ignorantes incorrigíveis e uma barreira intransponível contra reclamações e caprichos de clientes descontentes (LACASSAGNE, s/d).

O prontuário médico, ou prontuário médico do paciente, pode ser

caracterizado como um conjunto de documentos, nos quais se podem encontrar

informações detalhadas acerca da vida clínica e hospitalar dos indivíduos. É um

registro em saúde, do qual constam informações, relatos de sinais e imagens,

acontecimentos e situações relacionadas ao estado de saúde dos indivíduos, bem

como diagnósticos e o tipo de assistência que foi oferecido aos pacientes

(DONABEDIAN, 1988; CFM, 2002).

Para Machado (1977, p.442), prontuário, vem de pronto, do lat. promptu e

significa “posto às claras, visível, manifesto, que está pronto, prestes, disponível,

disposto, resolvido, decidido”, constituindo-se de elementos essenciais para o

desenvolvimento da atenção aos pacientes, para o ensino, a pesquisa e para a

administração da área de saúde. Na lição de Mota (2005), a palavra prontuário vem

do latim promptuarium e significa o local onde se guardam as coisas que podem ser

necessárias a qualquer instante.

As informações contidas no prontuário possuem natureza sigilosa e, ainda

que permaneçam sob a guarda das instituições de saúde, o acesso às mesmas é

restrito aos indivíduos a quem se referem e aos profissionais, prestadores e gestores

de serviço em saúde (LAWLOR; STONE, 2001; BARBOSA, 2010; MARTINS et al.,

2010).

Os primeiros registros em saúde vêm desde os tempos egípcios feitos em

papiros, sendo que a mais antiga contribuição ”mostrava o estudo de 48 casos de

doenças, estabelecendo o padrão de registros: exame físico, sintomas, diagnóstico

provisório, diagnóstico definitivo, prognóstico e tratamento (SOUNIS, 1993; VAN

BEMMEL et al., 1997; KABIRZADEH; SARAVI, 2005; SILVA, 2008).

De acordo com Massad et al. (2003), o prontuário passou a ser entendido

como atividade inerente à prática médica no final do século XVIII, sendo parte das

transformações do conhecimento e das práticas médicas que caracterizaram o

advento da medicina moderna, diferenciando-se, na forma, conteúdo e significado,

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dos registros elaborados anteriormente pelos médicos, caracterizados pelo relato de

casos, sem padrão definido, com o objetivo de registrar os casos considerados

excepcionais, que não deveriam ser esquecidos.

O prontuário em papel é utilizado desde o século V a.C. quando os médicos,

estimulados por Hipócrates, passaram a fazer seus registros por escrito, com o

objetivo de refletir, de forma exata, o curso da doença e a indicar-lhe as possíveis

causas. Até o início do século XIX, os prontuários eram escritos de acordo com o

que os médicos viam, ouviam e sentiam e se constituíam de um documento único,

contendo as informações de todos os pacientes, organizados em ordem cronológica

dos acontecimentos (MASSAD et al., 2003; KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

O prontuário individual teve origem, na Clínica Mayo, em 1907, nos Estados

Unidos da América do Norte (EUA), quando foi adotado o registro individual das

informações dos pacientes, que passou a ser arquivado separadamente (MASSAD

et al., 2003; KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

A necessidade do registro de todos os encontros entre médicos e pacientes

decorreu de uma mudança profunda na compreensão da natureza da doença,

entendida como processo, só passível de ser diagnosticada por meio da observação

sistemática, minuciosa e constante dos sintomas e sinais relatados e apresentados

pelos pacientes (MASSAD et al., 2003; VAN BEMMEL et al., 1997; KABIRZADEH;

SARAVI, 2005).

Nesse contexto, a qualidade do prontuário assegura a correta indicação da

assistência prestada, além da existência de um canal de comunicação entre os

diversos profissionais que compõem as equipes de saúde (OSELKA, 2002). É

documento vital para embasar o processo decisório de natureza clínica e para

facilitar a gestão, possibilitando o desenvolvimento de pesquisas científicas e

contribuindo para a formação e capacitação adequada do profissional (VAN

BEMMEL et al., 1997; KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

Além de oferecer subsídios para o planejamento de ações, não só de saúde,

como também gerenciais, as informações contidas nos prontuários viabilizam

políticas públicas que possam ser delineadas e avaliadas. São, também,

instrumentos de prova, muitas vezes, requisitados no advento de demandas judiciais

(OSELKA, 2002; KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

Uma parceria entre o Conselho Federal de Medicina e a Sociedade Brasileira

de Informática em Saúde resultou na elaboração da Resolução 1639/2002 que

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aprova as “Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados para a Guarda

e Manuseio do Prontuário Médico”. Este acordo teve como resultado o Prontuário

Eletrônico do Paciente (CFM, 2002). No Brasil, a preocupação com a elaboração e

desenvolvimento de um modelo de Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) surgiu

no meio universitário, na década de 90. Em 1999, por iniciativa do Ministério da

Saúde, foi proposto um conjunto mínimo de informações sobre o paciente que

devem constar no PEP, para permitir sua integração nos diversos sistemas de

informação de saúde nacionais (BRASIL, 2008) ainda a ser implementada em nossa

realidade.

Na área de Pediatria, o prontuário médico exige cuidado redobrado, pois se

trata de atender indivíduos que, na maioria das vezes, não conseguem expressar o

que sentem, exigindo a realização de exames clínicos detalhados e o registro

consciencioso, com o máximo de detalhes possível, para garantir o correto

diagnóstico, tratamento, prevenção e reabilitação.

A prática profissional da autora nessa especialidade, levou-a a observar

problemas detectados nos prontuários, ao desenvolver as atividades didático-

pedagógicas junto aos alunos do curso de Medicina do UniFOA. Algumas questões

norteadoras foram levantadas: Existem óbices para o correto e completo

preenchimento do prontuário médico-pediátrico? Que propostas podem minimizar ou

solucionar os problemas encontrados? Nesse contexto, esta dissertação se

desenvolveu.

O método utilizado para este estudo foi de caráter descritivo e abordagem

quantiqualitativa, exploratória, com pesquisas de campo, comparativa, aleatória e

bibliográfica.

Nesse sentido, o objetivo geral do projeto foi elaborar um manual sobre o

preenchimento e implementação de um prontuário de pediatria, em nível

ambulatorial, reformulado, visando o Ensino em Ciências da Saúde. Como objetivos específicos, o estudo pretende:

Analisar o preenchimento do Prontuário Médico em duas unidades

hospitalares, de acordo com as normas do Conselho Regional de

Medicina;

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Com base em tal análise, apresentar um modelo de preenchimento

adequado do prontuário pediátrico voltado para as práticas de Ensino

de Ciências da Saúde.

O produto deste Mestrado Profissionalizante é um Manual Prático, Modelo de

Manual apresentando o preenchimento correto e completo de um Modelo de

Prontuário Pediátrico.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

[...] se antes de cada ato nosso, nos puséssemos a prever todas as consequências dele, a pensar nelas a sério, primeiro as imediatas, depois as prováveis, depois as possíveis, depois as imagináveis, não chegaríamos sequer a mover-nos de onde o primeiro pensamento nos tivesse feito parar (SARAMAGO,1995).

2.1 Prontuário Médico

2.1.1 Definição

Diversas são as definições de prontuário médico encontradas. Neste estudo,

opta-se por entendê-lo como o documento onde estão presentes os dados relativos

à identificação do paciente, à sua história médica e, por vezes, também,

odontológica (CAMPOS et al., 2000; CRM, 2006).

A discussão acerca da definição de prontuário médico se situa, ainda na

nomenclatura e se observa a existência de esforço nacional e internacional, no

sentido de alterar sua denominação para prontuário do paciente, empenho

plenamente justificado, pois é o paciente que provê todas as informações que

constam do documento, sendo, ainda, a parte beneficiada com o uso das mesmas.

Por conseguinte, denominar tal documento de prontuário médico não caracteriza,

claramente, a sua natureza, o que justifica o esforço que vem sendo feito para

substituir a denominação tradicional por prontuário do paciente (LAWLOR; STONE,

2001).

Assim, torna-se necessário um exame sistemático, ordenado e completo,

através de um prontuário bem elaborado, embora cada profissional ou instituição

utilize um prontuário ou ficha clínica que julga conveniente, não havendo a

obrigatoriedade de padronização (GENOVESE apud KEDY, 2002, p.23).

Entretanto, não existe consenso na literatura médica acerca da estrutura a ser

empregada para a obtenção de um prontuário que merecesse receber a

denominação de ideal, embora haja o entendimento de que esse prontuário ideal

contribui para o desenrolar adequado das consultas e não compromete a precisão

dos diagnósticos enunciados. O prontuário é um instrumento, e, ainda que, de

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extrema relevância, não prescinde do comprometimento dos profissionais em prestar

um atendimento de competência e qualidade aos pacientes.

Nessa linha, este estudo, prioriza a necessidade de os profissionais, à frente

do tratamento e do atendimento ao paciente, preencherem o prontuário médico, de

maneira metódica, clara e cuidadosa (MASSAD et al., 2003; CAMPOS et al., 2002;

CRM, 2006).

2.1.2 Retrospectiva Histórica

O prontuário médico é documento tão antigo quanto a história da Medicina e

deve sua primeira versão ao médico egípcio Inhotep (3000-2500 a.C), autor do

papiro de Edwin Smith1, um dos documentos mais valiosos daquela época

(CARVALHO, 1977; KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

No século V a.C., Hipócrates já exortava os médicos a realizarem registros

escritos acerca dos cuidados que dispensavam a seus pacientes, com o intuito de

firmar um relato rico em exatidão acerca do surgimento e curso das doenças e

manter registro acerca das suas possíveis causas (VAN BEMMEL et al., 1997;

KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

A partir do século XIX, com o primeiro grande avanço tecnológico na

medicina, a introdução por Laenec em 1816 do estetoscópio na prática médica, o

prontuário foi acrescido por mais observações, pois o médico passou a buscar os

dados de dentro do corpo do paciente. Então, passaram e escrever não apenas

achados e observações, mas também os resultados dos tratamentos e dos exames

realizados (CARVALHO, 1977; VAN BEMMEL et al., 1997; KABIRZADEH; SARAVI,

2005).

A prática foi instituída e os médicos passaram a anotar suas observações,

sempre de acordo com a sua cronologia, o que deu origem ao prontuário do

paciente em uso até os dias de hoje. As informações relativas aos indivíduos que

necessitavam de tratamento médicos, ou de outros profissionais de saúde,

passaram a ser consideradas de grande relevância para garantir a continuidade e a

1 O Papiro de Edwin Smith: datado em aproximadamente 1700 a.C., é considerado como o tratado mais antigo de que se tem conhecimento a fazer uma referência direta ao cérebro. Além disso, encontram-se no Papiro de Edwin Smith referências diretas em relação ao cérebro (que é citado sete vezes ao todo no papiro), assim como as meninges, o líquido cefalorraquidiano e uma descrição dos giros corticais como “enrugamentos formados como cobre derretido” (FINGER, 2000).

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qualidade da assistência em saúde oferecida (VAN BEMMEL et al., 1997;

KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

Não obstante, a qualidade desses registros sempre foi questionada, sendo

emblemática a manifestação de Nightingale (1989, p.56), pioneira da Enfermagem

contemporânea, sobre a questão:

Na tentativa de chegar à verdade, eu tenho buscado, em todos os locais, informações; mas, em raras ocasiões eu tenho obtido os registros hospitalares possíveis de serem usados para comparações. Estes registros poderiam nos mostrar como o dinheiro tem sido usado, o quê de bom foi realmente feito com ele (…).

No final do século XIX, o cirurgião americano William Mayo fundou a Clínica

Mayo que, inicialmente, tinha um prontuário separado por médico, ou seja, o

paciente podia ter um prontuário para cada médico da instituição. Como os dados

não eram separados por paciente, tornava-se bastante difícil e complexo situar onde

se encontrava determinada informação relativa a um paciente em particular

(McDONALD; BARNETT, 1990; VAN GINNEKEN; MOORMAN, 1997;

KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

Em 1907, a Clínica Mayo adotou um prontuário único para cada paciente.

Nascia, então, o registro médico centrado no paciente (patient-centered medical

record) e, dessa forma, as informações relativas a cada indivíduo passam a ser

arquivadas em separado, surgindo o prontuário médico orientado para a figura do

paciente e organizado cronologicamente (VAN GINNEKEN; MOORMAN, 1997).

Em 1910, Flexner, ao elaborar relatório sobre educação médica, ressaltou a

importância do registro médico. Ademais, encorajava os médicos a manter

prontuário individualizado dos pacientes (KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

Durante a década de vinte do século passado, ainda, por iniciativa da mesma

Clínica Mayo, surge a tentativa de estabelecer o conteúdo mínimo que deveria estar

contido nos prontuários dos pacientes (McDONALD; BARNETT, 1990; VAN

GINNEKEN; MOORMAN, 1997; KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

Essa sistematização originou uma estrutura de apresentação que distingue o

prontuário do paciente, como explicado até agora, embora ainda seja comum,

atualmente, se encontrarem prontuários que sigam essa diretriz e se apresentem

como um amontoado desordenado de resultados de exames complementares,

planos de tratamentos, achados clínicos e anotações, a partir dos quais se torna

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extremamente difícil obter informações fidedignas e de claro entendimento acerca da

evolução da condição clínica dos pacientes. O quadro se torna mais complexo nas

situações em que o indivíduo apresenta múltiplas patologias, necessitando do

atendimento de profissionais de diferentes especialidades (MORAES, 2002;

KABIRZADEH; SARAVI, 2005).

Os registros realizados no prontuário do paciente ganham em relevância,

quando se considera que o seu atendimento e tratamento podem demandar o

envolvimento de profissionais médicos e outros profissionais, de áreas de formação

diferenciadas, que podem vir a ser realizados em diferentes setores e serviços das

unidades de saúde ambulatoriais e hospitalares, fato e, especialmente, sério no caso

dos pacientes pediátricos que, muitas vezes, possuem dificuldade ou não são

capazes de descrever seus sintomas.

Nesse contexto, os prontuários se tornam mais do que um registro

cronológico de sinais, sintomas, diagnósticos realizados e tratamentos

implementados, constituindo-se, em realidade, eficiente e necessária ferramenta de

comunicação (MORAES, 2002; KABIRZADEH; SARAVI, 2005). Nesse sentido, uma

parceria entre o Conselho Federal de Medicina e a Sociedade Brasileira de

Informática em Saúde resultou na elaboração da Resolução 1639/2002 que aprova

as “Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados para a Guarda e

Manuseio do Prontuário Médico”. Este acordo teve como resultado o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), modelo de prontuário médico digital padronizado

ainda a ser implantado no ensino Universitário (CFM, 2005).

2.2 O Curso de Medicina do UniFOA

Para entender a proposta do ensino de inserção das metodologias ativas no

curso médico do UniFOA e propor o produto final do estudo, necessário se torna

descrever o contexto atual do ensino médico em vigor, analisando a disciplina de

Pediatria em seus vários níveis. Também, apresentam-se e discutem-se os cenários

das metodologias ativas enfocando os sujeitos da educação e enfatizando-lhes a

importância no processo ensino- aprendizagem.

O Curso de Medicina do UniFOA foi instituido em 1968, e, desde 2008, de

acordo com as mudanças curriculares exigidas pelo Ministério da Educação (MEC) e

pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de graduação na area

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de saúde, numa ação transformadora, integradora com os diversos segmentos da

sociedade, desenvolve o Curriculo Modular, que orienta o aluno nas atividades

práticas desde o primeiro período da graduação médica, estimula a pesquisa e o

acesso aos novos processos de ensino aprendizagem, estando baseado em

metodologias proativas (BRASIL, 2001; 2004; 2005b; VENTURELLI, 2003; CECCIM;

FEUERWERKER, 2004).

A Instituição mantém, atualmente, 29 professores, especializados em

Pediatria, interagindo no processo ensino-aprendizagem em diferentes áreas de

atenção na linha de cuidado da criança, em parceria com Secretaria Municipal de

Saúde/SUS de Volta Redonda.

Os docentes recebem atualizações frequentes sobre o processo pedagógico,

através de uma equipe de professores ligados ao Núcleo Pedagógico do UniFO.A,

que realiza cursos de capacitação para esses professores, de acordo com a grade

curricular.

O conteúdo programático de Pediatria é distribuido pelo quinto,sexto, sétimo,

oitavo e internato (oito semanas com horário integral), estando, assim, distribuído:

Pediatria I (5º período, com carga horaria de 80 horas,o conteúdo programático da

disciplina refere o primeiro contato do discente com peculiaridades da consulta

pediátrica, anamnese e exame fisico), os alunos participam ativamente na prática

médica, iniciando a leitura do preenchimento do prontuário médico e registro dos

dados da clientela pediátrica atendida; na Pediatria II (6º Período com carga horária

de 80 horas, os discentes, além da anamnese e exame fisico, aprendem a elaborar

diagnóstico, terapêutica, prevenção e reabilitação da criança); Pediatria III (com

carga horária de 80 horas); Pediatria IV (8º período com carga horaria de 80 horas)

e Internato (10º periodo,52 horas).

Em todos os períodos letivos, nas disciplinas da linha de cuidado da criança,

o discente é estimulado ao conhecimento cientifico e sistemático do prontuário

médico. Assim, na linha de cuidados primários, participam nas unidades básicas de

Saúde (Programa de Saúde da Familia); na linha de cuidados secundários, atuam

no Hospital Munir Rafful, nos ambulatórios de Especialidades e Policlínica Prof.

André Bianco e, na llinha de cuidados terciários, interagem com os professores no

Hospital São João Batista (Enfermarias, Pronto Socorro, Área neonatal, Sala de

Parto e Ambulatórios (situados no Anexo do Hospital São João Batista) e Rede SUS.

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Os docentes e discentes, de forma multidisciplinar, articulam os saberes

teóricos com a prática durante a assistência à criança, aprendem a importância do

registro das ocorrências pediátricas e o preenchimento do prontuário médico, ainda

manual, em seus diferentes segmentos, a partir do quinto período no internato.

Nesse percurso, modelos diversificados de prontuários médicos são-lhes

apresentados, o que dificulta o registro de dados e gerenciamento do ensino e

pesquisa.

Nesse âmbito, impera a preocupação de formar um profissional mais crítico,

ético e reflexivo com esse dominio para atuar na sociedade. Para tanto, combinam-

se tributos como: no cognitivo (saber); habilidades-domínio psicomotor (saber fazer)

e atitudes-domínio afetivo (saber ser, saber conviver), o que possibilita a um

indivíduo ou equipe tomar iniciativa e assumir responsabilidades diante de uma

situação profissional (ALMEIDA, 2003; MARINS et al., 2004; OLIVEIRA; KOIFMAN,

2004; FEUERWERKER, 2002; FEUERWERKER, 2004; GRISI, 2004).

O prontuário médico, ferramenta pedagógica, indiscutivelmente ocupa espaço

de reflexão junto ao ensino, gestão e pesquisa na Universidade. Fonseca (2008,

p.54), ao discutir o tema ressalta que:

Repensar que essa formatação de memória coletiva através dos arquivos leva nos profundo redimensionamento desta área num processo reestruturador de seus espaços. Espaços científicos, tecnológicos e sociais. Espaços de crise e crescimento.

Quanto às novas tecnologias, através de relações interdisciplinares, a busca

de modelo de solução para administração de registros, arquivos públicos requer

construção critica e novo pensar e agir sobre este campo de conhecimento. Essa

busca leva à adoção de metodologias ativas de Ensino-Aprendizagem definidas a

seguir (DUMONT, 1983; JAEGER, 1991; KOMATZU et al., 1998; GANDILLAC, 1995;

RIOS, 1996; NEVILLE, 1999; CHAVES et al., 1999; FREIRE, 1987, 1999, 2006;

COSTA;SIQUEIRA-BATISTA, 2004; BORDENAVE, 2005).

2.3 Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem

Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo (FREIRE, 1981).

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2.3.1 Discente com Autonomia: princípio das Metodologias Ativas

As metodologias ativas alicerçam-se em um princípio teórico significativo: a

autonomia, explícita na Invocação de Paulo Freire (FREIRE, 2006). A educação

atual deve pressupor um discente capaz de autogerenciar ou autogovernar seu

processo de formação. Autonomia, do grego – autonomía – direito de se reger pelas

próprias leis, foi empregado no seio da democracia grega para indicar as formas de

governo autárquicas (MACHADO, 1977, p. 354; FERREIRA, 1980, p. 162). Nesse

sentido Castoriadis (1991, p. 131) cita que:

[...] a ideia da autonomia e da responsabilidade de cada um por sua [própria] vida pode facilmente tornar-se mistificação se a separarmos do contexto social e se a estabelecermos como resposta que se basta a si mesma.

A orientação do conceito de autonomia pode ser, ainda, buscada no

cristianismo primtivo, onde se celebrava a igualdade entre os homens, que, por

terem sido criados com almas individuais, à imagem e semelhança do Pai,

pertencem, em igual medida, ao plano e à obra de Deus, tendo o livre arbítrio para

aderir ou não aos ensinamentos cristãos (JAEGER, 1991; SCHRAMM, 1998).

Supondo-se que a autonomia possa ser buscada, sob o ponto de vista

histórico-conceitual, pode-se afirmar que foram o humanismo renascentista, a

reforma protestante, a revolução científica e a redescoberta do ceticismo antigo –

que permitiram a construção do indivíduo moderno (GANDILLAC, 1995; RIOS,

1996).

Com o advento da modernidade, o indivíduo, indiviso, se constitui como eu

pessoal, capaz de conhecer o mundo (sujeito epistêmico), e de agir autonomamente

no âmbito da ética (sujeito moral), erigindo os valores que nortearão o julgamento e

a práxis em sua vida social (DUMONT, 1983; BRAZ, 1999, p. 95). Nessa linha, o

ensinar exige respeito à autonomia do indivíduo e à dignidade de cada sujeito,

fundamentalmente no cerne de uma abordagem progressiva, alicerce para uma

educação onde o indivíduo emerge como ser que constrói a sua própria história.

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Esse respeito só se solidifica âmago de uma relação dialética na qual os atores

envolvidos – discente e docente – se reconhecem mutuamente de modo a não haver

docência sem discência, na medida em que as duas se explicam, e seus sujeitos,

apesar das diferenças, não se reduzem à condição de objeto um do outro. A questão

que surge é como concretizar o reconhecimento da autonomia do discente (COSTA;

SIQUEIRA-BATISTA, 2004; KOTTOW, 2000).

Como disse Freire (1999), propor um processo ensino-aprendizagem que

pressuponha o respeito à bagagem cultural do discente, bem como aos seus

saberes construídos na prática comunitária, só se torna possível se o docente tiver

como características principais a humildade.

Nesse contexto, o docente necessita reconhecer sua finitude, os limites de

seu conhecimento, o ganho substantivo advindo da sua interação com o aluno e a

importância de sua avaliação pelo aprendiz - e a amorosidade – especialmente

dirigida ao discente e ao processo de ensinar a partir da adoção de um atitude de

compaixão.

A metodologia ativa envolve desenvolver a autonomia do aprendizado pelo

estudante, ou seja, pressupõe estratégias educacionais que fometem a participação

ativa dos alunos. Para tanto, trabalhos interdisciplinares podem propiciar a

participação de profissionais da área da saúde e da educação em diferentes

momentos, não apenas do curso de Medicina, como dos demais cursos (ZANELLI,

2004, GOMES et al., 2008).

O respeito à autonomia parece ser o melhor modo para a compreensão, por

parte do binômio docente/discente, do processo de produção, expressão e

apreensão do conhecimento, dentro de uma perspectiva de transformação da

realidade, a partir da ideia de que conhecer é transformar (ZANELLI, 2004; GOMES

et al., 2008).

A atividade de ensino deve ser apreciada por todos os atores. Nesse sentido,

ao envolver a autoiniciativa, a aprendizagem alcança as dimensões afetivas e

intelectuais, tornando-se mais duradoura e sólida. Por isso, a produção de novos

saberes exige a certeza de que a mudança é possível, o exercício da curiosidade,

da intuição, da emoção e da responsabilidade, além da capacidade crítica de

observar e perseguir o objeto para confrontar, questionar, atuar e "re"-conhecê-lo.

Dessa forma, o ato de aprender deve ser um processo reconstrutivo que

permita o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos e objetos,

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desencadeando ressignificações/ reconstruções e contribuindo para a sua utilização

em diferentes situações (ROGER, 1986; FREIRE, 1999; ALVES, 2003; FREIRE,

2006; DEMO, 2004).

Para Coll (2000), há duas condições para a construção da aprendizagem

significativa: a primeira é a existência de um conteúdo potencialmente significativo;

a segunda, a adoção de uma atitude favorável para a aprendizagem, diferentemente

da aprendizagem mecânica onde não se conseguem estabelecer relações entre o

novo e o anteriormente aprendido.

Além disso, a aprendizagem significativa se organiza em um movimento de

continuidade/ ruptura complexo. O processo de continuidade se dá quando o aluno

consegue relacionar o conteúdo apreendido aos conhecimentos solidificados; o

processo de ruptura, por sua vez, se estabelece quando surgem novos desafios, que

trabalhados criticamente, vão permitir ao aluno ultrapassar os seus conceitos

anteriores e ampliar suas possibilidades de conhecimento (AUSUBEL et al., 1978).

O preenchimento adequado do prontuário médico estimula o aluno, com

supervisão docente, a integrar, de forma ética, ensino individual e grupal para uma

nova pratica com transformação da realidade.” Em instituições de ensino, é preciso

constar, ao lado do nome e carimbo do profissional assistente, nome ou assinatura

do acadêmico se este fez as anotações. O acadêmico médico pode ter carimbo com

sua identificação (nome a expressão acadêmico de Medicina, sigla da instituição de

ensino) (v. acadêmicos de medicina, p. 72 - Prontuário médico do paciente:

Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal. (CRM, 2006).

2.3.2 Papel dos Professores no Processo de Ensino-Aprendizagem

Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo, nem ensino (FREIRE, 2006).

Os professores de instituições de ensino superior, na maioria das vezes, não

passaram por um programa de formação pedagógica, na graduação ou na pós-

graduação. Nessa linha, o bom desempenho do professor de ensino superior se

deve ao domínio dos conhecimentos referentes ao conteúdo que leciona aliado,

sempre que possível, à prática profissional (GIL, 2008).

Em geral, o corpo docente das organizações de ensino superior é composto

de um conjunto de profissionais de diferentes áreas cuja maioria, muitas vezes, não

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tem formação inicial ou continuada para a docência. Em tempos idos, devido ao

estágio de desenvolvimento socioeconômico e cultural e ao número reduzido de

estudantes que cursavam o ensino superior, essa ideia era aceita e pouco se

questionava o desempenho dos professores de ensino superior e os resultados

eram considerados bastantes satisfatórios, pois se tratava de docentes geralmente

dotados de elevada competência técnica, mas cuja competência didática poderia ser

questionada (SGUISSARI, 2002; PERRENOUD, 2002; PIMENTA; ANASTASIOU,

2002).

À medida que o número de estudantes que alcançam o ensino superior

aumenta, os cursos se tornam mais especializados, o mercado assume um caráter

mais competitivo, a sociedade assume uma posição mais crítica do ensino, emerge

a necessidade de um novo professor, agora dotado de conhecimentos e habilidades

pedagógicas. E, no ensino superior, como a maioria dos docentes não dispõe de

preparação pedagógica, verifica-se a menor diversidade de práticas didáticas. As

aulas expositivas são as mais frequentes e o professor, de modo geral, aprende a

ensinar por ensaio e erro (SGUISSARI, 2002; PERRENOUD, 2002; PIMENTA;

ANASTASIOU, 2005).

Pimenta & Anastasiou (2005) consideram os docentes universitários que não

tiveram formação pedagógica como “ocupantes da docência. As autoras entendem

que, nos processos e formação de professores, é preciso considerar a importância

dos saberes das áreas de conhecimento (ninguém ensina o que não sabe), dos

saberes pedagógicos (pois o ensinar é uma prática educativa que tem diferentes e

diversas direções de sentido na formação do humano), dos saberes didáticos (que

tratam da articulação da teoria da educação e da teoria de ensino para ensinar

situações contextualizadas), dos saberes da experiência do sujeito professor (que

dizem do modo como nos apropriamos do ser professor em nossa vida). Para

ensinar, não bastam as experiências e os conhecimentos específicos, mas se fazem

necessários os saberes pedagógicos e didáticos, e, nessa linha, a falta de um

embasamento teórico pode levar esses docentes a se sentirem inseguros para

buscarem metodologias de ensino que atendam melhor às demandas atuais da

educação.

Por isso, urge a necessidade de adoção de metodologias ativas em educação

superior, com base na discussão do cotidiano da prática e a capacitação para a

utilização dessas novas metodologias (GARCIA, 1995; ALARCÃO, 1996; 1998)

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Para tanto, a formação do professor universitário deve oferecer condições

para o desenvolvimento de potencial crítico e transformador, capacitando-o para o

exercício cotidiano da reflexão, partindo dos problemas concretos da realidade

educacional (NÓVOA, 1995; CARLINI et al., 2008).

Nesse sentido, no UniFOA, os docentes, como dito anteriormente, recebem

atualizações frequentes sobre o processo pedagógico na busca de que esse novo

professor seja capacitado para utilizar o conjunto de modalidades didáticas

presenciais ou virtuais, adequadas às necessidades heterogêneas dos estudantes e,

também, se situe eficazmente em espaços educativos onde atuam pessoas de

procedências sociais distintas (CMES, 2009; PERRENOUD, 2000, 2002, 2003).

Severino (2002), nessa perspectiva, considera que a formação do

professor/educador deverá ser uma autêntica formação humana em sua

integralidade, superando, a formação do educador como mera habilitação técnica,

aquisição e domínio de informações e habilidades didáticas.

O Curso de Medicina do UniFOA, com ênfase na área da criança, é sensível

a essas necessidades e procura desenvolver uma proposta pedagógica utilizando a

metodologia ativa como dinamizadora do processo ensino aprendizagem. Os

professores de Pediatria recebem grupos de alunos previamente estabelecidos, dos

diferentes períodos para a prática médica nos diversos níveis de atenção na linha de

cuidado da criança.

A partir daí, numa perspectiva dialógica, desenvolvem atividades dinâmicas,

onde o professor e o discente atuam na assistência à criança em seus diferentes

percursos e aprendem a importância do registro das ocorrências no prontuário

medico, de identificação do paciente, historia, clinica, exame físico, diagnósticos,

medidas terapêuticas, curativas preventivas, reabilitação e interação com outros

setores da saúde / comunidade.

O relacionamento com o professor, a interatividade dos grupos de alunos, o

registro no prontuário medico com as discussões, que neste momento ocorrem, tem

efeito benéfico por possibilitar e estimular os estudantes a responsabilidades

crescentes como agente prestador de cuidados e atenção compatíveis com seu grau

de autonomia. Isto norteia o aprendizado e a construção do conhecimento de forma

multidimensional, pois, como ensina Freire (1996, p.52):

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[...] Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou sua construção [...] “formar" é muito mais que formar o ser humano em suas destrezas, atentando para a necessidade de formação ética dos educadores, conscientizando-os sobre a importância de estimular os educandos a uma reflexão crítica da realidade em que está inserido.

Nesse enfoque, cabe ao professor, dentro do contexto de ensino, usar os

instrumentos para a construção de novas realidades considerando as normas do

novo Código de Ética Médica (CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA, 2009).

Vale lembrar, ainda, uma vez que o preenchimento do prontuário do paciente

é obrigação e responsabilidade intransferível da equipe de saúde, mesmo nas

unidades de ensino, onde o preenchimento é feito sob supervisão docente. Em

relação à equipe médica, a Resolução do CFM nº 1.246/1988, de 08 de janeiro de

1988, do Código de Ética Médica, no capitulo V - Relação com familiares e

Pacientes, dita que é vedado ao médico: “Art.69 – deixar de elaborar o prontuário

medico de cada paciente”.

Em relação à criança, o Conselho Federal de Medicina (CFM) faz referências

ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei n 8.069 de 13 de julho de 1990,

– no Capitulo I - “Do Direito à Vida e à Saúde” - estabelece:

Art.10 – Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: 1. manter o registro das atividades desenvolvidas ,através de prontuários individuais pelo menos dezoito anos (ECA, 1990).

O ECA prevê que todas as informações referentes a uma criança devem ser

guardadas até a sua maioridade (18 anos), quando, então, passa a contar o prazo

de 20 anos já definido na legislação. Portanto, somente ao final de 20 anos, o

prontuário pode ser substituído por métodos de registro capazes de assegurar a

restauração plena das informações nele contidas (microfilmagem, por exemplo) e os

originais poderão ser destruídos.

O CFM, através da Resolução nº 1638, de10 de julho de 2002, define

prontuário médico e torna obrigatória “a Comissão de Revisão de prontuários nas

Instituições de saúde” (CFM, 2002, p. 185).

O reconhecimento e a aplicabilidade com rigor dessas normas pela equipe

ensino/ saúde é uma estratégia pedagógica que contribui para a melhoria da

sistematização das habilidades clínicas, possibilita ao aluno lidar com problemas

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reais, vinculando formação médico acadêmica à integralidade na assistência à

criança, pesquisa e às necessidades sociais.

2.3.3 Problematização como Estratégia de Ensino-Aprendizagem

[...] as verdaderas innovaciones serán el resultado de las características, necesidades e imaginación local de quienes las hagan… El cambio es parte del proceso educacional. Los métodos van mejorando y seguiremos aprendendo. (VENTURELLI, 2003).

Na metodologia da problematização, os problemas são extraídos da realidade

com base em observação realizada pelos alunos. A Aprendizagem Baseada em

Problemas (PBL) é o eixo principal do aprendizado teórico do currículo de algumas

escolas de medicina, nas quais o aprendizado é centrado no aluno (SAKAI;

LIMA,1996; BERBEL, 1995; 1996; 1998).

Trata-se de método baseado no estudo de problemas com a finalidade de que

o aluno estude determinados conteúdos; não é meramente informativo, como os

métodos tradicionais, pois estimula o aluno a buscar o conhecimento de uma

maneira ativa. O PBL tende a capacitar o discente a procurar o conhecimento por si

mesmo quando se depara com uma situação problema ou um caso clínico (UEL,

1997; SCHÖN,1997; BERBEL, 1998).

As metodologias ativas de ensino utilizam a problematização como estratégia

de ensino-aprendizagem, com o objetivo de alcançar e motivar o discente que,

diante do problema, se detém, examina, reflete, relaciona a sua história e passa a

ressignificar suas descobertas.

A problematização pode levá-lo ao contato com as informações e à produção

do conhecimento, principalmente, com a finalidade de solucionar os impasses e

promover o seu próprio desenvolvimento. Ao sentir que a nova aprendizagem é um

instrumento necessário e significativo para ampliar suas possibilidades, o aluno pode

exercitar a liberdade e a autonomia na realização de escolhas e na tomada de

decisões (CYRINO; TORALLES-PEREIRA, 2004; PENAFORTE, 2001).

No mundo contemporâneo, a atitude do professor está se transformando de

especialista que ensina para a do profissional da aprendizagem que incentiva e

motiva o estudante, apresentando-se com a disposição de ser uma ponte entre o

aprendiz e sua aprendizagem. A ele – professor - cabe o papel de orientador e

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facilitador do processo de aprendizagem do estudante e não o de mero transmissor

de informações (SCHÖN,1997; BERBEL, 1998; MASETTO, 2003).

A ideia de delegar ao próprio estudante maior responsabilidade por sua

aprendizagem, treinando-o para fazer bom uso de seus próprios recursos, de acordo

com suas necessidades e capacidades permeia todo o processo de ensino-

aprendizagem atual. Dessa forma, o tempo do professor é utizado de modo mais

proveitoso e efetivo, pois o livra de proporcionar ao estudante o que ele pode obter

por seu próprio esforço. Para tanto, a prática docente exige que os conhecimentos e

atividades profissionais estejam sempre atualizados por meio de participações em

cursos de capacitação, aperfeiçoamento, especializações, fóruns, em congressos e

simpósios, em intercâmbio com especialistas, dentre outros (SCHÖN,1997;

BERBEL, 1998; MOURA, 2007).

Entre as competências de metodologias de ensino-aprendizagem está a

capacitação no uso de metodologias ativas de ensino e a aprendizagem centrada no

estudante, que se referem a técnicas que têm o objetivo de encorajar os estudantes

a realizar mais trabalhos no curso, durante as aulas e, assim, os tornarem

participantes ativos e não passivos da aprendizagem. Ao solicitar aos estudantes

que falem, ouçam, escrevam, leiam ou reflitam, a meta é sempre promover-lhes o

envolvimento em seu próprio aprendizado, para que este aprendizado reflita seus

estilos de aprendizagem individual e preferências. Um ambiente de classe que

encoraja a aprendizagem ativa é aquele em que o professor selecionou

cuidadosamente os objetivos e as técnicas e compartilhou os mesmos com seus

alunos, que promoveu ativamente um relacionamento interpessoal e tem sido

sensível à classe como um espaço de ensino que pode ser usado criativamente

SAKAI; LIMA,1996; BERBEL, 1995;1996; 1998; MOURA, 2007).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O método utilizado para o estudo foi de caráter descritivo e abordagem

quantiqualitativa, exploratória, com pesquisas de campo, comparativa e bibliográfica.

O estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos sob o

processo número 193/09 de 14 de dezembro de 2009 (Anexo 1).

O presente estudo teve, como primeiro objetivo, analisar o prontuário médico

pediátrico utilizado em Unidades Hospitalares da Rede (SUS) Sistema Único de

Saúde, de pacientes egressos, agendados, pós-internação hospitalar para a primeira

consulta de revisão, onde os prontuários ambulatoriais são abertos, identificados

pelo setor administrativo da Unidade Ambulatorial e, em seguida, preenchidos pelos

profissionais referenciados à consulta da clientela pediátrica, junto do discente,

durante a assistência clínica.

O segundo objetivo visou apresentar um modelo de prontuário. O modelo

padrão de prontuário utilizado para esta pesquisa foi o Modelo de Prontuário

Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (SOPERJ) (Anexo 2 - A).

Baseado nesse modelo, os registros (também chamados de dados) do Prontuário

padrão foram transferidos para um instrumento de avaliação de dados, o

CHECKLIST (Anexo 2-B), onde cada prontuário avaliado recebeu a numeração de 1

a 50, num total de cem prontuários, sendo cinquenta do HSJB e cinquenta do HMR,

item de importância na análise de dados.

Para a tabulação e análise dos dados foi utilizado o software Epi Info, versão

5.3.1(2010). Em um primeiro momento, uma ficha foi criada para cada parâmetro

avaliado nos prontuários através do link “Criar ficha” presente no menu principal do

programa Epi Info. Em seguida, os dados foram inseridos nas diferentes fichas

criadas anteriormente a partir do link “Entrar dados”. E por último, a análise dos

dados e criação dos gráficos foi obtida a partir do link “Analisar dados”.

Os dados gerados e contidos no banco de dados do Epi info são

apresentados em forma de tabulação (Anexo 3) e em forma de gráficos, expostos na

seção de resultados deste trabalho. Na análise estatística, as variáveis (registros)

estudadas foram descritas pela freqüência em dados percentuais. Os gráficos foram

elaborados com o uso do programa Microsoft Oficce Excel 2007 e feito um

histograma dos registros contidos nos prontuários. Na estatistica, um histograma

(Anexo 4) é uma representação gráfica da distribuição de uma massa de medições

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(no estudo os dados do Prontuario Padrâo) normalmente um gráfico de barras

verticais. A seguir, enfatizamos a trajetória do desenho metodológico. Como

resultado da pesquisa, elaboramos o Manual do Prontuário Médico na linha de

cuidado da criança (Anexo 6).

3.1 Contexto dos Prontuários Médicos

Para a pesquisa foi realizado um estudo retrospectivo acerca do

preenchimento e completude do prontuário médico pediátrico, de pacientes

agendados para primeira revisão pós-alta hospitalar nas Unidades Ambulatoriais da

Rede do SUS, em parceria com o UniFOA entre janeiro de 2006 a dezembro de

2008. Nessas unidades assistenciais, atuam os docentes/discentes de Medicina do

10°, 11°, 12° períodos e outros profissionais nas atividades prático-pedagógicas e de

pesquisa.

Nesse sentido, foram avaliados cem prontuários, selecionados de forma

aleatória, sendo cinquenta do Ambulatório do Hospital Doutor Munir Rafful e

cinquenta do Hospital São João Batista. Ambas as Unidades Hospitalares

pesquisadas pertencem à rede de saúde da Prefeitura Municipal de Volta Redonda.

No município, já existe o chamado prontuário eletrônico do paciente (PEP),

desde janeiro de 2006, através do Sistema de Gestão Hospitalar, SPDATA (v.9.0),

do Ministério da Saúde, mas o prontuário especifico, único, à clientela pediátrica

ainda carece de implementação. Vários modelos de Prontuário Médico do paciente

cartão/caderneta de criança a nível ambulatorial foram observados nas Unidades

referenciadas, sendo os prontuários, dirigidos à clientela adulta em sua estrutura

organizacional.

A avaliação da caderneta de Saúde da Criança, durante a consulta pediátrica,

é referencial de qualidade do atendimento. O novo modelo Caderneta de Saúde da

Criança Passaporte da Cidadania está implantado desde 2009 (MS, 2010), para

crianças até 10 anos e a partir de 10 anos Caderneta de Saúde do Adolescente. O

registro, nos prontuários examinados, sobre os dados da Caderneta Criança

estavam ausentes.

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3.1.1 Critério de Seleção

Foram selecionados durante o período de 2006 a 2008, num total de cem

prontuários, sendo cinquenta em cada unidade ambulatorial, buscando diferentes

profissionais registrados pela Unidade Hospitalar no atendimento à criança. Na

amostra selecionada não havia referência quanto ao resumo de alta, referencia do

CRM do Distrito Federal (CRM, 2006) da Unidade Hospitalar a todo paciente

internado, no momento de alta hospitalar com cópia para o arquivo medico. No HMR

a listagem de prontuários de pacientes pediátricos, internados e agendados, para

consulta ambulatorial, no período citado, foi retirada do livro de registro de alta

hospitalar e em seguida feita a busca dos referidos prontuários no Setor de Arquivo

médico após o Consentimento da Unidade Hospitalar. No HSJB, a seleção foi feita

através de prontuários de pacientes pediátricos que estiveram internados, sendo

referenciados e agendados aos profissionais do ambulatório, armazenados em

caixas-arquivos identificadas e relacionadas aos médicos, pediatras, que atuam na

unidade ambulatorial.

3.1.2 Critério de Inclusão/ Exclusão

Neste estudo, o critério de inclusão foi de incluir todos os prontuários que

preenchiam as variáveis do modelo checklist (Instrumento de Avaliação dos

Prontuários Pediátricos SUS-HSJB e HMR) (Anexo 2), elaborado e modificado

pela autora, segundo o Modelo de Formulário de avaliação de Prontuários de Silva

e Tavares-Neto (2007), que realizaram levantamento sobre a avaliação dos

Prontuários Médicos de Hospitais de Ensino no Brasil. No checklist, foram incluídos

todos os dados do Prontuário Ambulatorial da SOPERJ.

O critério de exclusão foi o de retirar os prontuários que não preencheram os

registros de dados do checklist, que estivessem danificados, em branco ou com

rasuras. Neste contexto, os modelos de prontuários ou fichas de atendimento

utilizados, ainda seguem o modelo tradicional, com suporte, em papel, manuscrito.

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3.1.3 Análise dos dados do Prontuário

Para análise dos dados dos prontuários, registrados no checklist, foi seguido

o Modelo do Prontuário de Pediatria Ambulatorial da SOPERJ/SBP, apresentado e

publicado nos Anais do III Congresso Brasileiro Integrado de Pediatria Ambulatorial,

Saúde Escolar e Cuidados Primários em 19 de abril de 2000, em Natal

(SOPERJ/SBP, 2000) e no Congresso da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio

de janeiro de 2006 (CONSOPERJ, 2006).

Nessa perspectiva, a pesquisadora solicitou o aval da SOPERJ, através de

carta de solicitação, por e-mail, em 7 de agosto de 2009, ao Comitê Ambulatorial da

SOPERJ do novo modelo de Prontuário de Pediatria Ambulatorial da SOPERJ, que

emitiu resposta favorável, anexando a forma de como/quando foi elaborado o

referido prontuário (Anexo 3). Esse modelo já está em fase de implementação nos

ambulatórios da Rede SUS, no Campus do UniFOA, como plano piloto, desde 2005,

pela disciplina de Pediatria. À época a autora, membro do Comitê de Ensino da

SOPERJ, juntamente com outros professores da Pediatria, procederam ao plano

piloto.

Foram examinados aspectos relativos à consulta pediátrica como

identificação do paciente, anamnese, exame físico, conduta médica e a identificação

do profissional responsável pelo atendimento. Com relação à identificação do

paciente analisou-se o preenchimento dos seguintes aspectos: número de registro

do paciente na unidade de saúde, nome completo do paciente, nome completo da

mãe do paciente ou de seu acompanhante, nome do pai ou responsável, data de

nascimento do paciente, naturalidade do mesmo e seu endereço e telefone.

Quanto à anamnese, foi observado o preenchimento dos seguintes quesitos:

queixa principal, caracterização da doença apresentada pelo paciente, história da

gestação, parto e nascimento, história patológica pregressa, social e econômica,

história do ambiente familiar, alimentar e de imunizações, história do

desenvolvimento e avaliações auditiva, visual e oral.

No que concerne à conduta adotada pelo profissional à frente do atendimento,

foram considerados o preenchimento dos seguintes aspectos: diagnóstico, plano

terapêutico, prescrição e encaminhamentos realizados. Em relação à identificação

do profissional responsável pelo atendimento, foram avaliados a assinatura e o

carimbo do médico. Neste momento não foi considerado o Código Internacional de

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Doenças (CID) e resultado de exames do paciente, pois nos prontuários avaliados

estes dados estavam ausentes.

Para a tabulação e análise dos dados foi utilizado o software Epi Info, versão

5.3.1 (ano 2010). Em um primeiro momento, uma ficha foi criada para cada

parâmetro avaliado nos prontuários através do link “Criar ficha” presente no menu

principal do programa Epi Info. Em seguida, os dados foram inseridos nas diferentes

fichas criadas anteriormente a partir do link “Entrar dados”. E por último, a análise

dos dados e criação dos gráficos foi obtida a partir do link “Analisar dados”.

Os dados gerados e contidos no banco de dados do Epi info são

apresentados em forma de tabelas e quadros (Anexo 4) e em forma de gráficos,

expostos na seção de resultados deste trabalho.

Na análise estatística, as variáveis estudadas foram descritas pela frequência

em dados percentuais. Os gráficos foram elaborados com o uso do programa

Microsoft Office Excel 2007. Como todos os prontuários foram analisados por

somente um examinador, não houve necessidade da realização de calibração de

examinadores A tabulação de dados no Epi Info mostrou combinação com os dados

do gráfico de histograma. (Anexo 5)

3.2 Metodologia de Elaboração do Manual

A fim de contribuir no ensino, pesquisa e discussões de aspectos éticos,

legais e econômicos, o estudo propõe a elaboração de um manual instrucional sobre

o preenchimento adequado do modelo do prontuário ambulatorial da SOPERJ, tendo

como público-alvo, profissionais da área de saúde e discentes que estavam

cursando o estágio de treinamento na área ambulatorial.

O Manual foi elaborado com o objetivo principal de orientar sobre os

procedimentos a serem adotados no preenchimento do Prontuário Médico

Ambulatorial da SOPERJ a ser executado pelos discentes/profissionais da área de

saúde, em estágio de treinamento na área ambulatorial de Pediatria do UniFOA ou

entidades congêneres.

Os procedimentos presentes neste Manual são amparados pelas Legislações

Federal, Estadual e Municipal, aí entendidos a Política de Saúde em vigor,

representada pelo Ministério da Saúde, no Departamento de Atenção Básica: saúde

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da criança, pelo SUS, pela Prefeitura de Volta Redonda, pelo Estatuto do UniFOA,

pela SOPERJ, pelo ECA, dentre outros.

As orientações pretendem servir de apoio não apenas aos docentes/discentes

do UniFOA, mas também aos Tutores, Coordenadores e demais interessados e

sofrerão constantemente ajustes e adequações, desde que amparados em

Legislação pertinente, ou em Atos Deliberativos, na intenção de, cada vez mais,

fortalecer procedimentos que melhorem o atendimento à criança.

Para elaborar este Manual, foram observados alguns manuais de Pediatria,

citados na bibliografia do MINISTÉRIO DA SAÚDE (2005), em combinação com os

resultados de pesquisa nos prontuários médicos, arquivados entre 2006-2008, em

dois hospitais do Município, que recebem alunos para treinamento na área

ambulatorial, onde se constatou a precariedade no preenchimento dos referido

prontuários e no Cartão de Saúde ou na Caderneta de saúde da criança.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Análise dos Dados

A amostra aqui analisada se constituiu de um total de cem prontuários

pediátricos referentes ao período compreendido entre 2006 e 2008. Para análise

dos dados coletados foi utilizado o programa Epi Info, versão 5.3.1. e os gráficos

tabelados no Excel,2007.

Os cinquenta prontuários, oriundos do Hospital Municipal do Retiro,

correspondem a 50% da amostra; outros cinquenta, do Hospital São João Batista

correspondem a 50% da amostra. Ambas as Unidades Hospitalares pesquisadas

pertencem à rede de saúde da Prefeitura Municipal de Volta Redonda.

Foram examinados aspectos relativos à identificação do paciente, anamnese,

exame físico, conduta médica e a identificação do profissional responsável pelo

atendimento. O número de registro do paciente se encontrava presente em noventa

e sete dos prontuários analisados. Dois deles não contavam com o número de

registro e, em um deles, o mesmo apesar de presente mostrou-se de pouca valia,

pois estava ininteligível. Com relação à identificação do paciente, foi examinado o

preenchimento dos seguintes aspectos: número de registro do paciente na unidade

de saúde, nome completo do paciente, nome completo da mãe do paciente ou de

seu acompanhante, nome do pai ou responsável, data de nascimento do paciente,

naturalidade do mesmo e seu endereço e telefone. Cinco prontuários não contavam

com o nome completo do paciente.

Após a seleção dos números dos prontuários a serem analisados, uma

relação foi entregue a cada uma das Unidades Hospitalares relacionadas acima. Os

prontuários foram, então, separados e disponibilizados à autora, que realizou

avaliação crítica dos documentos, utilizando a lista de checagem de sua autoria

como instrumento para a coleta de dados. Todos os prontuários foram analisados

pela própria autora, o que dispensou a realização de calibração de examinadores.

O número de registro do paciente se encontrava presente em noventa e sete

dos prontuários analisados. Dois deles não contavam com o número de registro e

em um deles, o mesmo apesar de presente mostrou-se de pouca valia, uma vez que

ininteligível.

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4.2 Identificação do Paciente

Com relação à identificação do paciente, foi examinado o preenchimento dos

seguintes aspectos: número de registro do paciente na unidade de saúde, nome

completo do paciente, nome completo da mãe do paciente ou de seu

acompanhante, nome do pai ou responsável, data de nascimento do paciente, idade,

naturalidade do mesmo e seu endereço e telefone.

O resultado apontou que cinco prontuários não contavam com o nome

completo do paciente, sendo que, em 95 deles, o paciente se encontrava

adequadamente identificado (Gráfico 1).

Gráfico 1. Registros nos prontuários médicos referentes aos nomes dos pacientes

4.3 Identificação da mãe do paciente

Quanto às mães dos pacientes, encontravam-se corretamente identificadas

em oitenta e nove dos prontuários estudados (89%). Onze por cento dos prontuários

(11%), não contavam com identificação das mães dos pacientes. Vale lembrar que

o nome da mãe é dado de relevância, uma vez que empregado, via de regra, para

dirimir dúvidas quando da existência de homônimos (MEZZOMO, 1991; COSTA,

2005; MS, 2001, 2002, 2007, 2009, 2010).

(95%)

(5%)

Número de prontuários com dados ausentes

Número de prontuários com os referidos dados

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Gráfico 2. Registros nos prontuários médicos referentes aos nomes da mãe dos pacientes

4.4 Identificação do pai do paciente

O número de prontuários que contava com o pai ou o responsável dos

pacientes corretamente identificados foi menor. Apenas 53% contavam com essa

informação, que se encontrava ausente em 47% da amostra (Gráfico 3). A correta

identificação do pai ou responsável se reveste de importância crucial para o caso de

tomada de decisão quanto ao tratamento a ser efetuado (MEZZOMO, 1991;

MORAES, 2002; COSTA, 2005; BRASIL, 2001, 2002, 2007, 2009, 2010).

Gráfico 3. Registros nos prontuários médicos referentes aos dados dos pais ou responsáveis

pelos pacientes

(11%)

(89%)

Número de prontuários com dados ausentes Número de prontuários com os referidos dados

(53%)

(47%)

Número de prontuários com dados ausentes

Número de prontuários com os referidos dados

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4.5 Data de nascimento do paciente

Em 5% dos prontuários analisados não contavam com qualquer dado

referente à data de nascimento do paciente. Em 2% deles, os dados foram

parcialmente preenchidos e em noventa e três registros foram realizados de maneira

conveniente. Assim sendo, no que se refere a este quesito, 93% da amostra se

encontravam dentro do padrão (GRÁFICO 4).” A data de nascimento, dado relevante

do registro civil,” requisito básico para que a criança seja reconhecida como cidadã

e tenha acesso a serviços e benefícios públicos, e que, ainda, é negado a mais de

um quinto dos recém-nascidos no País”.(BARBOSA, 2010; MARTINS et al., 2010;

BRASIL, 2001, 2002, 2007, 2009, 2010; UNICEF, 2004).”

Gráfico 4. Registros nos prontuários médicos referentes à data de nascimento dos pacientes

4.6 Sexo

Os pacientes foram identificados corretamente no que concerne ao sexo em

84% da amostra. 16% não discriminavam o sexo do paciente (GRÁFICO 5). Os

autores consultados ratificam a necessidade de preencher todos os campos dos

prontuários (MEZZOMO, 1991; BARBOSA, 2010; COSTA, 2005; MORAES, 2002;

MARTINS et al., 2010; CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA, 2009).

(93%)

(2%) (5%)

Número de prontuários com dados ausentes Número de prontuários com dados incompletosNúmero de prontuários com os referidos dados

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Gráfico 5. Registros nos prontuários médicos referentes ao sexo dos pacientes

4.7 Naturalidade dos pacientes

Apenas 3% da amostra não contavam com dados referentes à naturalidade

dos pacientes. Do total, 97%, com endereço completo do paciente e 75% dos

mesmos traziam o telefone registrado de maneira adequada. Vale lembrar a grande

importância desses dados, pois é através dos mesmos que a Unidade de Saúde

consegue entrar em contato com o paciente e seus familiares, quando necessário

(GRÁFICO 6) (VIANA et al. ,2004).

Endereço Telefone

Gráfico 6. Registros nos prontuários médicos referentes ao endereço e telefone dos pacientes

(84%)

(16%)

Número de prontuários com dados ausentes Número de prontuários com os referidos dados

Número de prontuários com dados ausentes Número de prontuários com os referidos dados

(3%)

(97%)

(25%)

(75%)

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4.8 Anamnese

Quanto à anamnese, foi observado o preenchimento dos seguintes quesitos:

queixa principal, caracterização da doença apresentada pelo paciente, história da

gestação, parto e nascimento, história patológica pregressa, social e econômica,

história do ambiente familiar, alimentar e de imunizações, história do

desenvolvimento e avaliações auditiva, visual e oral.

Sob esta visão 37% da amostra estudada, ou seja, percentual bastante

significativo, não faziam qualquer menção à queixa principal do paciente. 53% dos

documentos em questão ofereciam esses dados (GRÁFICO 7).

Como é sabido, “a anamnese é essencial para a formulação diagnóstica e

para o estabelecimento das condutas médicas que irão beneficiar o paciente, tendo

um efeito psicológico positivo e terapêutico sobre a recuperação do doente. A

anamnese é, ainda, o melhor caminho para o estabelecimento da boa relação

médico/paciente, indispensável no manejo clínico. A anamnese deve ser realizada

de acordo com determinadas etapas, necessárias ao estabelecimento de ordem nas

informações. A obtenção de uma boa anamnese requer certas qualidades e uma

atitude primordialmente ética do entrevistador” (...) ”o que está a exigir uma revisão

dos propósitos e métodos de ensino da Semiologia”. Mais uma vez, enfatiza-se a

necessidade de um preenchimento completo do prontuário (SANTOS, 1999;

LISSAUER; CLAY DEN, 2008; BARBOSA, 2010; MARTINS et al., 2010, BRASIL,

2001, 2002, 2007;KOBINGER 2003).

Gráfico 7. Registros nos prontuários médicos referentes ao sexo dos pacientes

(53%)

(37%)

Número de prontuários com dados ausentes Número de prontuários com os referidos dados

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4.9 Caracterização da doença

Com o objetivo de levantar se os prontuários apresentavam registro sobre a

caracterização da doença, foi observado que 75% registravam adequadamente a

caracterização da doença. Entretanto, 24% dos prontuários analisados nada

informavam quanto à caracterização da doença e 1% trazia a informação registrada,

mas ininteligível (GRÁFICO 8). O médico deve ter uma visão holística de seu

paciente, estabelecendo boa relação com a criança e ou acompanhante visando a

prevenção ou cura do estado que o levou á consulta medica (DUARTE, 2011).

Neste caso, a maior parte dos prontuários estava corretamente preenchida.

Gráfico 8. Registros nos prontuários médicos referentes a caracterização da doença

4.10 História de gestação, parto e nascimento, história patológica pregressa, social e econômica, história de ambiente familiar, alimentar, de imunizações e desenvolvimento

No que se refere aos dados relativos à história de gestação, parto e

nascimento, história patológica pregressa, social e econômica, história de ambiente

familiar, alimentar, de imunizações e desenvolvimento, a situação mostrou-se

bastante dramática. Assim sendo, em face da situação encontrada, preferiu-se

quantificar os prontuários que não traziam esses dados registrados, 94% dos

prontuários nada informavam quanto a avaliações auditivas, visuais e orais

(GRÁFICO 9).

(24%)

(75%)

Número de prontuários com dados ausentes Número de prontuários com os referidos dados Inteligíveis

(1%)

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A história de gestação, parto e nascimento (HGPN) é essencial para o

estabelecimento do diagnóstico correto. Nesse sentido, é preciso perguntar à mãe:

gesta/para abortamentos (espontâneos/provocados), idade na gestação, se era

gestação desejada ou não, tentativas de abortamento, se fez pré-natal,

intercorrências, exames realizados/resultados, uso de medicamentos, fumo, uso de

álcool ou drogas ilícitas, local e tipo de parto, tempo de bolsa rota. Se teve ameaça

de parto prematuro, se a mãe recebeu corticóide (para evitar doença de membrana

hialina no bebê) (BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN,

2008; COSTA, 2005; BRASIL, 2001, 2002, 2005, 2006, 2010).

Além disso, o médico deve treinar para perguntar sobre as coisas mais

delicadas (abortamento, uso de drogas, DST), sempre com cuidado, dentro de um

contexto, com afetividade, devendo evitar perguntas como se estivesse “fazendo

censo de IBGE”. Quanto mais as perguntas forem feitas com delicadeza, dentro de

um contexto que faça sentido, também, para o paciente ou responsável (FIRMIDA;

PINTO, 2009; BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN,

2008).

Sobre recém nascido (RN) vale perguntar se ele é a termo ou pré-termo? Se

possível, anotar de quantas semanas foi a gestação. APGAR, peso, estatura e

perímetro cefálico ao nascimento, quando eliminou mecônio, quando tempo depois

de nascer mamou no seio pela primeira vez e se teve alguma dificuldade. Onde ficou

(alojamento conjunto, Unidade Intermediaria para recém nascidos ou Unidade de

Terapia Intensiva) e em quanto tempo teve alta (FIRMIDA; PINTO, 2009; BARBOSA,

2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN, 2008). Se houver relato de

qualquer intercorrência, detalhar tudo o que for possível a respeito (ex. icterícia,

fototerapia, dificuldade respiratória, convulsão, infecção). Ver se usou O2

(oxigenioterapia), se permaneceu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por que e

por quanto tempo.

Em terceiro lugar, o médico deve perguntar se fez Teste do Pezinho, Teste do

Olhinho (Reflexo Vermelho) e Teste da Orelhinha (Emissão otoacústica), além de

verificar época da queda do coto umbilical, se fez alguma vacina. Vale ressaltar que

esses rastreamentos são condutas mais novas na puericultura e, por isto, nem

sempre estão presentes em roteiros dos livros de semiologia ou em roteiros de

programas antigos de disciplinas de semiologia (FIRMIDA; PINTO, 2009; BARBOSA,

2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN, 2008).

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A história clínica, quando bem realizada, fornece informação suficiente para

se fazer o diagnóstico na maioria dos pacientes que procuram atendimento pela

primeira vez, antes mesmo do exame físico (VIGIL; MANGAS,1999; BARBOSA,

2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN, 2008).

Gráfico 9. Número de prontuários que não contavam com os dados preenchidos quanto à

história da gestação, parto e nascimento; história social e econômica; história das imunizações; história patológica pregressa, história do ambiente familiar, história do

desenvolvimento.

4.10.1 Exame

Com relação ao exame, foram observados os registros relativos ao estado

geral, nutrição e hidratação do paciente, seus dados antropométricos, sinais vitais e

exame físico.

Apenas 22% dos prontuários analisados apresentavam dados referentes ao

estado geral, a nutrição e hidratação dos pacientes. Na grande maioria, ou seja, em

78% deles, não foi possível obter qualquer dado referente a esses aspectos

(GRÁFICO 10). Estes são dados de extrema relevância no combate à pobreza, fome

que priorizam políticas de inclusão social (MS, 2005). Nos prontuários analisados, os

dados relativos ao crescimento e desenvolvimento estavam ausentes.

História da gestação parto e nascimento História patológica pregressa

História social e econômica História do ambiente familiar

História das imunizações História do desenvolvimento

(86%) (68%)

(49%)

(76%)

(80%)

(79%)

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Gráfico 10. Registros nos prontuários médicos referentes ao estado geral de

nutrição/hidratação dos pacientes

4.11 Dados antropométricos

Os dados antropométricos dos pacientes foram registrados adequadamente

apenas em 28% dos prontuários examinados; 43% não faziam referência aos

mesmos e 29% deles tiveram esses dados registrados de maneira incompleta

(Gráfico 11).

O conhecimento das medidas antropométricas: peso; altura; índice de massa

corporal; relação cintura-quadril e estado de nutrição é essencial para um bom

diagnóstico clinico evolutivo do crescimento e desenvolvimento pondero estatural da

criança. Como, muitas vezes, o médico pode não estar presente, o correto

preenchimento no prontuário assume importância crucial no seguimento da criança

(BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN, 2008; MACHADO

et al., 2008).

Gráfico 11. Registros nos prontuários médicos referentes aos dados antropométricos dos pacientes

(29%)

(28%)

Número de prontuários com dados ausentesNúmero de prontuários com os dados incompletosNúmero de prontuários com os referidos dados

(43%)

(22%)

(78%)

Número de prontuários com dados ausentesNúmero de prontuários com os referidos dados

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4.11.1 Sinais Vitais

Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da

função corporal. Dentre os inúmeros sinais utilizados na prática diária para o auxílio

do exame clínico, destacam-se, pela sua importância: a pressão arterial, o pulso, a

temperatura corpórea e a respiração.

Quanto ao registro dos sinais vitais, 82% dos prontuários não faziam

referência aos mesmos; 7% traziam registros corretos; outros 9% traziam dados

incompletos e, em 2%, ininteligíveis (GRÁFICO 12). (BARBOSA, 2010: MARTINS et

al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN, 2008).

Gráfico 12. Registros nos prontuários médicos referentes aos sinais vitais dos pacientes

4.12 Exame físico

O exame físico foi registrado de maneira satisfatória em 25% dos prontuários

da amostra selecionada; 25% não traziam registro de exame físico; Em 45% deles, os

dados foram anotados de maneira incompleta. Em 5% dos prontuários, o registro foi

realizado, porém, não havia como compreender o que havia sido anotado (BARBOSA,

2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN, 2008) (GRÁFICO 13).

O preenchimento adequado de todos os dados de identificação da criança, o

diagnóstico, plano e evolução do tratamento, assim como autorizações, exames

complementares, atestados, receitas e recibos devem ser arquivados no prontuário

do paciente. Para se alcançar rapidamente o correto diagnóstico e plano de

tratamento, o exame clínico deve ser realizado de forma detalhada e cuidadosa, sem

(9%) (7%)

82 (82%)

Número de prontuários com dados ausentesNúmero de prontuários com os dados incompletosNúmero de prontuários com os referidos dadosRegistros inteligíveis

(2%)

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deixar de observar o paciente como um todo, avaliando dados de imediato que

podem traduzir estado de alerta ou gravidade durante consulta pediátrica.

(BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN, 2008).

Gráfico 13. Registros nos prontuários médicos referentes ao exame físico dos pacientes

4.13 Conduta do profissional

No que concerne à conduta adotada pelo profissional à frente do atendimento,

foi considerado o preenchimento dos seguintes aspectos: diagnóstico, plano

terapêutico, prescrição e encaminhamentos realizados.

O diagnóstico realizado foi corretamente registrado em 66% dos prontuários;

30% não faziam menção ao diagnóstico realizado e, em 4%, a letra era ilegível

(BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; LISSAUER; CLAY DEN, 2008).

Os casos em que o prontuário não foi corretamente preenchido estão

elencados no Código de Ética Médica que reza que o médico não se pode omitir de

assinar o prontuário (CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA, 2010).

(25%) (25%)

(45%)

Número de prontuários com dados ausentes Número de prontuários com os dados incompletosNúmero de prontuários com os referidos dados Registros inteligíveis

(5%)

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Gráfico 14. Registros nos prontuários médicos referentes ao diagnóstico realizado dos

pacientes

4.14 Plano Terapêutico

O plano terapêutico foi corretamente registrado em 64% dos prontuários.

Entretanto, não houve referência ao plano terapêutico implementado em 33% dos

prontuários analisados e, em 3% os registros foram ineficazes por inteligíveis

(Gráfico 15).

O médico tem “obrigação de meio”, em contraposição à “obrigação de

resultado”, ou seja, ele se obriga a empregar os meios adequados, segundo o

estado da técnica e da arte médicas, para curar o paciente, mas não se obriga a

garantir o resultado da cura. Por isso, a sua responsabilidade surge, não do

fracasso na obtenção do resultado da cura em si, mas tão-somente do emprego de

meios inadequados para atingir aquele resultado, quando ele não é atingido

(LISSAUER; CLAY DEN, 2008; BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; BRASIL,

2001, 2002, 2009, 2010).

Nesse contexto, deve-se enfatizar a necessidade do preenchimento correto

do prontuário para a eficácia do plano terapêutico.

(4%) (30%)

(66%)

Número de prontuários com dados ausentesNúmero de prontuários com os referidos dados Registros inteligíveis

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Gráfico 15. Registros nos prontuários médicos referentes ao plano terapêutico dos pacientes

4.15 Alusão à prescrição

Observou-se que 34% dos prontuários não faziam alusão à prescrição

realizada; 64% registraram adequadamente a prescrição; em 2%, apesar de os

registros terem sido realizados, não foi possível entender-se o significado dos

mesmos (Gráfico 16).

A anotação correta da prescrição no prontuário vai permitir, em caso de

suposição de erro médico, defesa ampla para o profissional (LISSAUER; CLAY

DEN, 2008; BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; BRASIL, 2001, 2002, 2009,

2010).

Gráfico 16. Registros nos prontuários médicos referentes à prescrição dos pacientes

(64%)

(33%)

Número de prontuários com dados ausentesNúmero de prontuários com os referidos dadosRegistros inteligíveis

(34%)

Número de prontuários com dados ausentesNúmero de prontuários com os referidos dados

(64%)

(2%)

Registros inteligíveis N=100

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4.16 Encaminhamentos a posteriori

Dentre os prontuários, cerca de 44% nada mencionavam acerca de

encaminhamentos realizados a posteriori, deixando dúvida, sobre a não

necessidade de realizá-los, ou descuido quanto ao registro, 56% dos prontuários

traziam as devidas anotações referentes aos encaminhamentos realizados após o

atendimento hospitalar (GRÁFICO 17).

Vale lembrar que todas as informações são essenciais para bom seguimento

do paciente em doenças crônicas ou facilitam as referências e contra referências a

outras unidades assistenciais de saúde à criança, através de equipe multidisciplinar

(LISSAUER; CLAY DEN, 2008; BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; BRASIL,

2001, 2002, 2009, 2010; CÓDIGO DE ÉTICA MEDICA, 2002).

Gráfico 17. Registros nos prontuários médicos referentes aos encaminhamentos realizados dos pacientes

4.17 Identificação do profissional responsável pelo atendimento

Na análise dos prontuários, foi verificado que 10% dos prontuários não

traziam a assinatura do médico; em 11% deles, não constava o carimbo do

profissional que realizou o atendimento, mas, em 88%, foi aposto o carimbo

(GRÁFICO 18) e1% encontrava se ininteligível.

Esta não identificação é altamente negativa, pois deixa o doente e a equipe

de saúde sem saber a quem recorrer no caso de uma intercorrência (LISSAUER;

CLAY DEN, 2008; BARBOSA, 2010: MARTINS et al., 2010; BRASIL, 2001, 2002,

2009, 2010).

(56%)

(44%)

Número de prontuários com dados ausentes Número de prontuários com os referidos dados

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Gráfico 18. Registros nos prontuários médicos referentes ao nome e ao carimbo do médico

4.18 Manual sobre o Prontuário Médico

Os resultados obtidos no objetivo 1 mostraram que a maioria dos prontuários

analisados apresentavam erros de preenchimento ou falta de dados. Assim,

propomos a elaboração de um Manual visando o correto preenchimento por

profissionais e discentes da área de ciências da saúde. O protótipo inicial foi

avaliado por um grupo de profissionais da área de Pediatria, que atuam diretamente

na atenção básica de saúde. Foram observados aspectos ligados à formatação,

redação e layout do manual apresentado. Tais observações foram integradas à

versão atual apresentada neste texto.

4.18.1 Construção do Manual

O Manual foi dividido em três partes: a primeira destaca os conceitos sobre o

prontuário médico, acentuando a retrospectiva histórica. A segunda parte fornece

instruções gerais sobre a semiologia pediátrica, e a terceira parte tece informações

sobre a consulta pediátrica (anamnese, exame físico, hipóteses diagnósticas e

conduta). A lista de tópicos do prontuário que deve ser abordada nas consultas à

criança pode variar de acordo com as características de cada criança/família

tornando um instrumento flexível e aplicável a diferentes faixas etárias em suas

distintas realidades socioantropológicas e culturais.

Número de prontuários com dados ausentesNúmero de prontuários com os referidos dados

(10%)

(90%)

(11%)

(88%)

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Este manual foi elaborado com o objetivo de auxiliar os acadêmicos de

medicina no preenchimento do prontuário pediátrico de forma ética, critica,

construtiva e reflexiva além de instrumentalizá-lo com conteúdo mínimo referenciado

pelo Módulo de Pediatria a ser desenvolvido, de forma interativa, com os docentes,

preceptores de pediatria e todos os profissionais que participam do processo

pedagógico ligado á linha de cuidado da criança voltada para as necessidades da

comunidade, para o trabalho em equipe, para a saúde e a cidadania, construída com

atitudes éticas e compromisso social (CNE, 2001). Portanto, o que se pretende, com

esse novo modelo estratégico, não é apenas solucionar os problemas já existentes,

mas, principalmente, evitar a ocorrência dos óbices citados na pesquisa, através de

um trabalho pedagógico preventivo de Ciências de Saude em consenso com a

comunidade. Este tipo de instrumento vem ao encontro das necessidades do SUS,

pois utilizar o prontuário bem preenchido como referencial prático, estabelecendo

relações deste com o ensino. O cuidado à criança/ família e comunidade

internalizam a importância da ética, dos conhecimentos prévios e daqueles a serem

adquiridos em fundamentos a serem compartilhados na prática cotidiana.

A metodologia para o preenchimento do manual preconiza técnicas proativas,

onde o discente, sob supervisão, toma iniciativa, assume atividade e

responsabilidades de fazer, decidir de cada espaço do prontuário junto aos

preceptores, professores, sobre o que queremos e como vamos fazer (COVEY,

2008). Além disso, é focada na prática embasada em conceitos e técnicas. Neste

contexto espera-se promover uma cultura de autonomia responsável, facilitando a

criatividade e inovação com consequentes impactos nos resultados (FIGUEIRA,

2011).

Quanto ao preenchimento do prontuário, existe um tempo estimado de

duração, pois deve ocorrer durante a consulta pediátrica, deve ser adaptado o

número de discentes participantes e preceptores determinados previamente. Os

encontros no décimo período são em média de quatro/ semanas, estando os

supervisores à disposição dos alunos para tutorá-los.

Todas as atividades da consulta, na Pediatria, ocorrem com o seguinte

roteiro: um acadêmico representa o papel de médico, preenche o prontuário, sob

supervisão docente, os outros fazem anotações sobre as considerações da consulta

e preenchimento do prontuário, caderneta de saúde da criança, que serão avaliadas,

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ao seu final de forma oral, em grupo, discutindo-se o diagnostico e traçando-se a

conduta.

Este instrumento de pesquisa contempla um manual com modelo de

prontuário preenchido (ANEXO 6) com referências bibliográficas atualizadas,

corroborando para melhor aprendizagem/pesquisa em Ciências de Saúde.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados apresentados, nesta dissertação, apontam para duas

perspectivas de discussão. A primeira perspectiva aponta a incompletude do

preenchimento dos prontuários médicos pediátricos nas unidades de ensino

pesquisadas, mostrando a necessidade de maior interação e discussão sobre o

tema pelas equipes que atuam na linha de cuidado integral à criança. A não

completude adequada dos prontuários médicos infantis como observado no presente

trabalho dificulta a assistência a estes pacientes.

Segundo diversos autores como Massad et al., 2003; Kabirzadeh; Saravi,

2005, a qualidade do prontuário médico assegura a correta indicação da assistência

prestada e consiste em um documento essencial para embasar o processo decisório

de natureza clínica e para o desenvolvimento de pesquisas científicas, auxiliando a

formação e capacitação adequada dos profissionais da saúde.

Segundo autores como Campos et al., 2002; CRM, 2006, os profissionais de

saúde à frente do atendimento ao paciente necessitam ter o cuidado e o empenho

necessários para preenchê-lo de maneira metódica, clara e cuidadosa.

A segunda perspectiva abre uma frente de discussão quanto à metodologia

de ensino que deve ser aplicada para os alunos das Ciências da Saúde, os quais

devem manter a discussão desde o início do curso sobre aspectos éticos e legais

sobre documentação e andamento de processos visando à melhoria no atendimento

na Atenção Básica à Saúde.

Pela prática de docência, observamos que a aprendizagem centrada no

aluno, enquanto alternativa de metodologia de ensino, pode ser uma opção, uma

vez que os discentes são estimulados a observar a realidade, discutir e buscar

soluções para os problemas encontrados.

O aprendizado centrado no aluno é, pois, um desafio para a construção de

novos conhecimentos, pela aproximação da realidade em que o tema em estudo é

vivido por diferentes atores sociais. Uma das principais competências das

metodologias de ensino-aprendizagem é o encorajamento dos estudantes para

realizar mais trabalhos no curso, durante as aulas e, assim, os tornarem

participantes ativos e não passivos da aprendizagem.

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Assim, neste projeto, adverte-se sobre a necessidade de conscientização e

compromisso social do grupo sobre o preenchimento integral do prontuário médico.

O objetivo geral do projeto, de elaborar um manual sobre o preenchimento e

implementação de um prontuário de pediatria, em nível ambulatorial, visando o

Ensino em Ciências da Saúde, foi, dessa forma atingido (Anexo 2-A).

Espera-se que, com este Manual elaborado (nexo 6), possa haver maior

integração entre docentes e discentes sobre as melhorias na completude do

prontuário médico e nas reflexões sobre aspectos éticos e legais, dentro das normas

do Conselho Regional de Medicina.

Além disso, deseja-se, também, contribuir para a área de Ensino de Ciências

da Saúde e para o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que os docentes

poderão utilizar o referido Manual em atividades didáticas em sala de aula, e em

atividades ambulatoriais em defesa dos direitos da criança e da pesquisa.

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7. LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 - Parecer do Coeps para execução da pesquisa

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ANEXO 2-A

Prontuário de Pediatria Ambulatorial SOPERJ/SBP (modificado)

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ANEXO 2-B - Modelo do Instrumento de Avaliação dos

Prontuários Pediátricos Consultados - Checklist

SILVA. F.B.; TAVARES-NETO, J. Avaliação dos prontuários médicos de hospital de ensino do

Brasil. RBEM.; v. 31, n.2, p.113-126, 2007.

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ANEXO 3 - Correspondência enviada encaminhando

o modelo de prontuário da Soperj utilizado neste projeto.

-----Mensagem original-----

De: Leda Amar de Aquino [mailto:[email protected]]

Enviada em: sábado, 7 de novembro de 2009 13:50

Para: [email protected]

Assunto: Re: Fwd: FW:Prontuario-Valdilia

Prezada Valdilia,

encaminho em anexo o prontuário elaborado pelo Comitê de Pediatria da

SOPERJ, com o aval da SBP.

E também a história da sua construção. Só não tenho a página dos anais onde

foi publicado. Avise-me se é isso que você precisa.

Um grande abraço

Leda

------------------------------------------------------------------------

> From: [email protected]

> To: [email protected]

> Subject: Re:

> Date: Fri, 6 Nov 2009 17:42:11 -0200

> Valdilia,

> olá!

> Este é o nosso prontuário sim. Foi construído pelo Comitê de Pediatria Ambulatorial da SOPERJ.

> Apresentamos sob forma de poster no III Congresso Brasieiro Integrado de Pediatria Ambulatorial,

Saúde Escolar e Cuidados Primários, em 19 de abril de 2000, em Natal.

> Nome do poster: "Proposta de uniformização do prontuário de pediatria ambulatorial".

> Autoria: Madeira IR; Aquino LA; Ferreira AL; Liquornik PA; Melo EMSC; Pereira VQB; Pinheiro

MCCM; Rodrigues ALM; Senna SV.

> Quase com certeza foi publicado nos anais do congresso, pois o integrado não costumava ter seus

anais publicados em revista, mas como eu não fui ao congresso, não tenho cópia dos anais para te

afirmar. Também não sei em que página dos anasi foi publicado – só tenho a cópia do certificado.

> Quem pode ter os anais é a Leda Aquino ou o Peter Liquornik, que foram ao congresso. Segue os tel

dos dois, pode ligar e falar em meu nome.

> Leda: 22670504; 25213886; 99838497.

> Peter: 99776426; 25110614; 25273898.

> Qualquer coisa, estou à disposição! Boa sorte! Isabel.>

> >> ----- Original Message -----

> *From:[email protected]

> *To:* [email protected]

> *Sent:* Friday, November 06, 2009 5:11 PM

> Alô Isabel

> Sou pediatra do UniFOA, docente membro e associado do comitê de ensino e Aleitamento

materno da SOPERJ. Objetivo: estabelecer as normas do prontuário da SBP ao nível de Ambulatório,

Enviar Referência, Site ou publicações.

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ANEXO 4 - Tabulação dos resultados do prontuário ambulatorial (Epi Info)

Tabela 1 - Nome

Número (%) Presença do dado 5 não

95 sim

Gráfico 2 – Identificação da mãe

Número (%) Presença do dado 11 não 89 sim

Gráfico 3 – Identificação do pai ou responsáveis

Número (%) Presença do dado 47 não 53 sim

Gráfico 4 – Registro da data de nascimento

Número (%) Presença do dado 5 não

93 sim 2 incompleto

Gráfico 5 – Identificação do sexo

Número (%) Presença do dado 16 não 84 sim

Gráfico 6 – Naturalidade (endereço)

Número (%) Presença do dado 3 não

97 sim

Gráfico 6 – Naturalidade (telefone) Número (%) Presença do dado

25 não 75 sim

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Gráfico 7 – Registro da queixa principal

úmero (%) Presença do dado 37 não 53 sim

Gráfico 8 – Caracterização da doença

Número (%) Presença do dado 24 não 75 sim 1 inteligível

Gráfico 9 – Informações sobre o histórico do paciente Número (%) Presença do dado

68 História da gestação, parto e nascimento 80 História social e econômica 49 História patológica regressa 79 História do ambiente familiar 76 História das imunizações 86 História do desenvolvimento

Gráfico 10 – Estado geral -Nutrição e hidratação

Número (%) Presença do dado 78 não 22 sim

Gráfico 11 – Registro dados antropometricos

Número (%) Presença do dado 43 não 28 sim 29 incompleto

Gráfico 12 – Registro dos sinais vitais

Número (%) Presença do dado 82 não 2 sim 9 incompletos 2 inteligíveis

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Gráfico 13 – Registros relativos ao exame físico

Número (%) Presença do dado 25 não 25 sim 45 incompletos 5 inteligíveis

Gráfico 14 – Registro do diagnóstico realizado

Número (%) Presença do dado 30 não 66 sim 4 inteligíveis

Gráfico 15 – Registro do plano terapêutico

Número (%) Presença do dado 33 não 64 sim 3 inteligíveis

Gráfico 16 – Registro das prescrições realizadas

Número (%) Presença do dado 34 não 64 sim 2 inteligíveis

Gráfico 17 – Registro das encaminhamento a posteriori Número (%) Presença do dado

44 não 56 sim

Gráfico 18 – Presença da assinatura do médico

Número (%) Presença do dado 10 não 90 sim

Gráfico 18 – Presença do carimbo médico

Número (%) Presença do dado 11 não 88 sim

Fonte: Tabulação de resultados, Epi Info versão 5.3.1 (ano 2010).

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ANEXO 5 -

Histograma da presença do registro nos prontuários Médicos (Epi Info)

Fonte: Epi Info versão 5.3.1 (ano 2010).

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ANEXO 6 - Modelo de Manual

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