proposta de abertura de uma empresa

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Abertura de uma empresa com regime tributario pelo lucro real

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  • SISTEMA DE ENSINO A DISTNCIA CINCIAS CONTBEIS

    7 SEMESTRE

    LEIDIANE DA COSTA LOPES BRAGA

    ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO

    PESQUISANDO A ATIVIDADE E PROPONDO A CRIAO DE UMA EMPRESA

    DIVINPOLIS MG

    2015

  • LEIDIANE DA COSTA LOPES BRAGA

    ESTGIO CURRICULAR OBRIGATRIO

    PESQUISANDO A ATIVIDADE E PROPONDO A CRIAO DE UMA EMPRESA

    Trabalho apresentado em requisito a Estgio Curricular

    Obrigatrio relativo ao 7 Semestre, Portflio para as

    Disciplinas de:

    Percia, Auditoria e Aturia.

    Agnaldo Pereira

    Rgis Garcia

    Controladoria

    Regiane Alice Brignoli Moraes

    Planejamento Tributrio

    Fbio Rogrio Proena

    Tutora eletrnica: Andr Eugenio B. Costa

    Tutor(a) de sala: Pedro Melo.

    Divinpolis

    2015

  • Sumrio

    1 INTRODUO .................................................................................................. 03

    2. JUSTIFICATIVA................................................................................................ 04

    3. HISTRICO........................................................................................................ 04

    4. TRIBUTAO................................................................................................... 04

    4.1. Tributao Federal......................................................................................... 05

    4.2. Tributao Estadual....................................................................................... 06

    4.3. Tributao Municipal...................................................................................... 06

    5. LIVROS FISCAIS E CONTBEIS.................................................................... 07

    6. ENCARGOS TRABALHISTAS........................................................................ 08

    7. DEMOSNTRAES CONTBEIS.................................................................. 09

    8. PROPONDO A CRIAO DE UMA NOVA EMPRESA.................................. 10

    8.1. Estrutura de Capital....................................................................................... 10

    8.2. Estrutura Fsica............................................................................................. 11

    8.3. Estrutura de Pessoal...................................................................................... 11

    8.4 Projeo de Compras...................................................................................... 11

    8.5. Projeo de Vendas........................................................................................ 11

    8.6.Projeo de Fluxo de Caixa............................................................................. 12

    CONCLUSO ..................................................................................................... 13

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................................................... 14

  • 3

    1. Introduo

    Este estudo tem por finalidade explicar de maneira clara e objetiva como

    funciona a atividade econmica comercial e propor a criao de uma empresa nesta

    rea.

    Ele trs a histria dessa atividade, como ela comeou, seu desenvolvimento,

    sua viso e a sua misso.

    Ele tambm mostra o que preciso para se criar uma empresa, suas

    estruturas: de capital, fsica e pessoal.

    Mostra de um modo geral como feito a tributao nesta rea, seus livros

    fiscais e contbeis, os encargos trabalhistas, as suas demonstraes contbeis e as

    projees de compra e vendas desta nova empresa.

    Tudo isso com o intuito de proporcionar de forma prtica um pouco do trabalho

    do contabilista.

  • 4

    2. JUSTIFICATIVA

    Existem vrias atividades econmicas e escolher em qual me destacaria mais

    foi difcil, pois o leque muito grande, depois de muito analisar escolhi o Comrcio,

    e com foco no comercio alimentcio que est sempre aquecido, pois essa uma das

    necessidades primordiais para o ser humano.

    Irei propor a criao de uma Cafeteria, onde alm do to amado cafezinho o

    consumidor tambm vai encontrar chocolates, chs, livros, quitandas da melhor

    qualidade tudo isso em um ambiente bem agradvel e familiar.

    Como hoje em dia o consumo de cafs especiais est aumentando a cada dia

    esse atividade econmica uma excelente oportunidade de negcios. Comeou nos

    Estados Unidos e se espalhou rapidamente pelo mundo, so os chamados Coffee

    Shops, e como esse aumento se deu muito rapidamente esto sendo chamado pelo

    mundo de rebelio dos cafs especiais.

    E como no Brasil o cafezinho sempre muito aceito acredito que essa

    especialidade vai ter uma aceitao muito boa.

    3. HISTRICO

    Esta rebelio comeou em 1975, com nmeros bem pequenos de consumo

    que nem entrava nas estatsticas oficiais do setor e hoje em dia representa 13% do

    mercado e tem previso de chegar ate 30% no final dessa dcada.

    Existem muitas redes de Coffee Shops nos Estados Unidos, como a Starbucks

    Coffee, que tem mais de 1.500 unidades em operao e a cada ano so abertas em

    mdia 215 novas unidades.

    E agora essa especialidade est chegando ao Brasil.

    4 TRIBUTAO

    O valor dos impostos, o prazo e a forma deles vai depender de qual a atividade

    que a empresa desempenha. Neste caso usarei os impostos que incidem sobre o

    comrcio e com tributao do lucro pelo Lucro Real.

  • 5

    O regime de Lucro Real o lucro lquido do perodo de apurao ajustado

    pelas adies, excluses ou compensaes estabelecidas em nossa legislao.

    Este sistema o mais complexo de todos, mais que pode ser tambm a melhor

    opo para a empresa dependendo de uma srie de fatores que devem ser

    avaliados pelo contador.

    Para se calcular o tributo devido, se aplica uma alquota de 15% sobre o lucro

    lquido. Se a parcela do lucro exceder o valor de R$ 20.000,00 dever ter um

    adicional de 10%, multiplicado pelo nmero de meses do perodo. Neste caso o

    imposto dever ser recolhido mensalmente sobre o lucro lquido estimado. Mas os

    tributos tambm podem ser determinados trimestralmente ou anualmente.

    4.1 Tributao Federal

    Os tributos federais so:

    CSL: Contribuio Social sobre o Lucro, e regra geral feito assim:

    Base de Clculo: lucro lquido. Alquota de 9%, podendo ser a apurao

    trimestral ou anual. No caso de apurao anual a empresa recolher

    com base em estimativa.

    PIS: Programa de Integrao Social: alquota de 1,65% - compensvel.

    COFINS: Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social,

    Alquota de 7,60% - compensvel.

    INSS: Previdncia Social, 20% sobre a folha de pagamento de salrios,

    pr-labore e autnomos. O recolhimento do INSS feito atravs da Guia

    de Previdncia Social- GPS.

    IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados possui alquotas variadas, e

    deve ser verificada na TIPI- Tabela de Incidncia do Imposto sobre

    Produtos Industrializados, a alquota que se aplicada a cada produto.

  • 6

    4.2 Tributao Estadual

    ICMS: Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Prestaes de Servios de Transporte Interestadual, Intermunicipal e Comunicao. Alquota de 18% para Minas Gerais.

    4.3 Tributao Municipal

    TFE: Taxa de Fiscalizao de Estabelecimento Recolhimento anual, o valor da taxa varia anualmente de acordo com a atividade, por isso deve ser verificado junto prefeitura.

    4.4 Outros encargos e taxas

    FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Servio, Base de Clculo: total das remuneraes devido a cada trabalhador no ms anterior ao depsito. Alquota de 8,5% sobre as remuneraes mensais.

    Contribuio Sindical Patronal: devida pelas empresas em geral, em favor do sindicato representativo da respectiva categoria, se no houver sindicato da categoria, a contribuio dever ser paga Federao correspondente. O valor da contribuio sindical patronal corresponde importncia proporcional ao capital social da firma ou empresa, registrado na Junta Comercial ou Cartrio das Pessoas Jurdicas.

    Contribuio Sindical dos Empregados: obrigatrio e o valor corresponde a um dia de salrio por ano, cabendo ao empregador realizar o desconto no ms de maro e efetuar o recolhimento no ms de abril de cada ano, em favor do respectivo sindicato da categoria profissional do empregado. Quando no tiver sindicato representativo, a contribuio ser creditada Federao correspondente mesma categoria econmica ou profissional.

  • 7

    5. LIVROS FISCAIS E CONTBEIS

    Toda empresa obrigada a seguir uma ordem uniforme de escriturao,

    mecanizada ou no, utilizando os livros e papis adequados de acordo com a sua

    necessidade.

    E no caso do Comrcio os livros obrigatrios so:

    Livro Dirio: deve ser encadernado com folhas numeradas

    seguidamente, onde lanado dia-a-dia, diretamente ou por reproduo,

    os atos ou operaes da atividade, ou que modifiquem ou possam vir a

    modificar a situao patrimonial da pessoa jurdica. No caso do Lucro

    Real, aceito, pelos rgos da Secretaria da Receita Federal, a

    escriturao do Livro Dirio autenticado em data posterior ao movimento

    das operaes nele lanadas, desde que eles tenham sido promovidos

    at a data prevista para a entrega da declarao de rendimentos do

    correspondente exerccio financeiro.

    Livro Razo: a escriturao deve ser individualizada e em ordem

    cronolgica das operaes. E a empresa que tributada pelo lucro real

    dever sempre mant-lo em ordem, segundo as normas contbeis

    recomendadas. E se no for feito assim implicar no arbitramento do

    lucro da pessoa jurdica. No necessrio autentic-lo.

    Alm desses livros de contbeis obrigatrios, dever tambm possuir os

    seguintes livros:

    Registro de Inventrio: dever conter com especificaes que facilitem

    sua identificao: as mercadorias. Os produtos manufaturados. As

    matrias-primas e os bens em almoxarifado existentes na data do

    balano patrimonial levantado ao fim de cada perodo de apurao;

    Registros de Entrada: devem contar todas as entradas;

    Apurao do Lucro Real LALUR: so lanados os ajustes do lucro

    lquido do perodo de apurao, transcrever a demonstrao do lucro

    real, manter os registros de controle de prejuzos fiscais a compensar

    em perodos de apurao subsequentes, do lucro inflacionrio a realizar,

  • 8

    da depreciao acelerada incentivada, da exausto mineral, com base

    na receita bruta, bem como dos demais valores que devam influenciar a

    determinao do lucro real de perodos de apurao futuros e no

    constem da escriturao comercial;

    Manter os registros de controle dos valores excedentes a serem utilizados no

    clculo das dedues nos perodos de apurao subsequentes.

    O livro LALUR pode ser escriturado mediante a utilizao de sistema eletrnico

    de processamentos de dados, observadas as normas baixadas pela Secretaria da

    Receita Federal.

    6. ENCARGOS TRABALHISTAS

    Encargos trabalhistas so tributos pagos pelas empresas sobre a folha de

    pagamento e despesas com previdncia e seguridade social.

    E so eles:

    Contribuio previdenciria patronal: 20% sobre o total da folha de

    pagamento, inclusive pr-labore;

    Contribuio previdenciria do empregado: calculada mediante a

    aplicao da alquota correspondente, de forma no cumulativa, sobre o

    salrio de contribuio mensal, de acordo com a seguinte tabela:

    Alquota para fins de recolhimento ao INSS (%)

    -at R$ 1.399,12..............................................................8%

    -de R$ 1.399,13 at R$ 2.331,88....................................9%

    -de R$ 2.331,89 at R$ 4.663,75....................................11%

    Os scios contribuem com 11% sobre o valor auferido no ms.

    FGTS: 8% SOBRE A REMUNERAO DO EMPREGADO

    A seguir uma tabela, com os percentuais aplicveis sobre a folha de

    pagamento de uma empresa optante pelo Lucro Real:

    ENCARGOS SOCIAIS................REGIME NORMAL

  • 9

    INSS.................................................20,00%..

    SENAI / SENAC.................................1,00%.

    SESI / SESC......................................1,50%

    SALRIO EDUCAO......................2,50%

    INCRA................................................0,20%

    SEBRAE.............................................0,60%

    SAT.....................................................2,00%

    FGTS..................................................8,00%

    13 Salrio........................................11,32%

    Frias...............................................11,32%

    1/3 s/ Frias................................... ...3,77%

    Auxlio Doena...................................0,50%

    Eventuais............................................1,50%

    TOTAL..............................................64,21%

    7. DEMONSTRAES CONTBEIS

    Com as Demonstraes Contbeis possvel analisar a situao financeira da

    empresa, e so peas fundamentais para que as empresas se tornem slidas e

    competitivas.

    So elas:

    Balano Patrimonial: constitudo pelo Ativo, Passivo e Patrimnio Lquido.

    Demonstrao do Resultado: apresenta de forma vertical e resumida o

    resultado apurado em relao ao conjunto de operaes realizadas no

    perodo;

    Demonstrao do Fluxo de Caixa: visa mostrar como ocorreram as

    movimentaes das disponibilidades e o fluxo de caixa no perodo, para

    auxiliar na avaliao da capacidade da entidade de gerar fluxos de caixas

    lquidos positivos.

  • 10

    8. PROPONDO A CRIAO DE UMA NOVA EMPRESA

    Proponho a criao de uma cafeteria, um lugar tranquilo e familiar onde se

    possa tomar um caf e ter uma conversa bem agradvel com amigos, familiares, e

    at uma conversa profissional.

    E ter um plano de negcios bem estruturado fundamental para o sucesso do

    empreendimento. Ele tem de ter aspectos e anlises certas e induzir s decises

    crticas para se alcanar o sucesso da empresa.

    preciso ter uma definio clara e objetiva das caractersticas da nova

    empresa, preciso saber a misso e a viso da empresa.

    Neste caso a misso proporcionar aos clientes, lazer, cultura, distrao e

    entretenimento em um ambiente agradvel, tranquilo, atraente, organizado e

    familiar. E a viso ser considerado como um local de satisfao e bom gosto que

    atenda todas as expectativas e necessidades dos clientes.

    Na cafeteria poder se encontrar alm de vrios tipos de cafs especiais e

    temperos para caf, salgados, quitandas, chocolates, sucos, livros, entre outras

    coisas.

    8.1. Estrutura de Capital

    A cafeteria vai se chamar: Caf e Prosa ser situada no centro de Nova

    Serrana-MG, e vai ter trs scios: Eder da Silva, Leidiane da Costa Lopes Braga e

    Elson Braga. Onde sero somente eles envolvidos nos trabalhos, com horrios

    alternados e atividades divididas.

    O capital social no valor de R$ 30.00,00, divididos em 30.000 cotas no valor

    de R$1,00 cada cota, onde cada scio entra com 10.000 cotas. E com expectativa

    de manter um bom capital de giro com este capital social, no se tem expectativa de

    emprstimos e financiamentos.

  • 11

    8.2. Estrutura Fsica

    A cafeteria ser situada no centro de Nova Serrana, em um salo bem amplo e

    aconchegante. Com mquinas de caf expresso, utenslio domsticos, misteiras e

    chapas para se fazer os lanches. Mesas e cadeiras sofisticadas e confortveis.

    8.3. Estrutura de Pessoal

    Os prprios scios vo fazer os trabalhos necessrios para a operao da

    empresa. Com horrios alternados e com cargos divididos.

    Cada scio ter retirada mensal de pr-labore, com valores que sero

    convencionados entre eles de comum acordo, baseado na situao financeira da

    empresa. E um auxiliares de servios gerais com salrio mensal de R$820,00 reais

    mensais e vale transporte.

    8.4. Projeo de compras

    A Projeo de Compras da empresa est estimada em R$ 5.000,00, na compra

    de matria-prima, de produtos de limpeza, de higiene e marketing.

    8.5. Projeo de vendas

    A projeo de vendas muito importante para o controle de uma empresa,

    conhecer a quantidade de vendas, em termos unitrios ou em valor monetrio que a

    empresa movimenta em determinado perodo.

    Uma tcnica comum calcular a porcentagem de aumento e decrscimo de

    vendas e projetar essa quantidade para um perodo futuro.

    Para cada produto se utiliza a seguinte frmula:

    Valor do ms anterior * (Fixo) Taxa do produto+ Valor do ms anterior Estima-se que tenha vendas mensais no valor de R$ 10.000,00.

  • 12

    8.6 Projeo do Fluxo de Caixa

    Fluxo de Caixa pode ser utilizado tanto como uma ferramenta de gesto

    operacional (curto prazo), uma forma de gesto estratgica (mdia e longo prazo)

    fazendo uma projeo futura de entradas e sadas de recursos financeiros, em

    determinado perodo.

    Seu objetivo o planejamento estratgico da empresa, prevendo prejuzos,

    financiamentos e investimentos.

    A Projeo do Fluxo de Caixa a estimativa de entrada e sada de dinheiro ou

    outras formas de recebimentos e pagamentos, baseados em dados passados e

    projees de cenrios futuros.

    DESCRIO RECEITAS DESPESAS

    Demonstrativo de Fluxo de Caixa em abril/2015:

    Capital integralizado R$ 30.000,00

    Aluguel R$ 1.500,00

    Despesas R$ 5.000,00

    Pagamento Funcionrios R$ 820,00

    Vale Transporte R$ 112,24

    Pr-labore R$ 4.500,00

    Mveis, mquinas e utenslios R$ 6.000,00

    Vendas vista R$ 10.000,00

    Total caixa dia 31/05 R$ 22.067,76

    .

  • 13

    Concluso

    Conclui-se com este estudo que a Contabilidade est cada vez mais sendo

    uma importante ferramenta para a criao e manuteno das empresas.

    Antes de se criar uma empresa o empresrio necessita compreender bem o

    mercado onde vai atuar, fazer um bom planejamento fiscal e um bom oramento.

    Para que sua empresa no tenha uma vida til pequena e frgil e sim que alcance o

    sucesso.

    E em todo esse processo fundamental o acompanhamento e orientao de

    um contabilista, que um profissional capacitado a atender todos esses processos.

    E por outro lado o contabilista tambm deve ser um profissional que procura se

    atualizar sempre para poder acompanhar todas as mudanas na legislao que

    ocorrem no cenrio fiscal e poltico, para melhor assessorar seu cliente.

  • 14

    Referncias Bibliogrficas

    Reis, Luciano Gomes dos. Pizzo, Joo Cludio Machado. Costa, Jos Manoel

    da. Percia Contbil. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

    Garcia, Rgis. Controladoria. Londrina: Unopar, 2014.

    Proena, Fbio Rogrio. Planejamento Tributrio. Londrina: Unopar, 2014.

    Atividades Econmicas. Disponvel em: http://www.cnae.ibge.gov.br