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COLÉGIO MARISTA CRICIÚMA Professora: Angélica Manenti Redação ENEM 2013 Proposta #2 Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema O MEDO E O REPÚDIO PELO NOVO OU PELO DIFERENTE QUE CAUSAM A INTOLERÂNCIA, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Um grito pelo fim da intolerância religiosa A Constituição Federal garante liberdade religiosa a todo cidadão brasileiro. Isso inclui o direito de escolher a religião que deseja e o de expressar as tradições e ritos da crença escolhida. Mas, nas comunidades afro-religiosas do Brasil isso não vem ocorrendo há anos. Em cada canto do país, adeptos das diversas religiões “ditas verdadeiras”, fazem suas próprias leis, perseguindo adeptos da Umbanda e do Candomblé, por pensarem não serem estas, “religiões verdadeiras”, mas quem pode dizer o que é verdadeiro ou falso quando se trata de religiosidade? O “verdadeiro” está na fé de cada um, está nas boas ações, no entender o outro como seu igual, suprimindo as diferenças, respeitando o livre arbítrio. Em todo o Brasil grupos afro-religiosos unem-se para pedir o fim da discriminação e intolerância religiosa. Tem sido comum, caminhadas e fóruns, nos quais, o segmento afro-religioso, e até artistas, intelectuais e representantes de várias crenças, denunciam o preconceito e a perseguição por parte de outros grupos religiosos ou não. Cotidianamente, lê-se nas revistas e jornais que os ataques são “sistemáticos”, inclusive pelos veículos de comunicação, por meio de programas evangélicos que mostram as religiões de matriz africana e ameríndias, como religiões do diabo. O segmento afro-religioso convive com ofensas e com o desrespeito a sua crença; em cada esquina, vândalos depredam as oferendas aos orixás, que são simbologias importantíssimas para os afro-religiosos, dentre outros tipos de desrespeito e depredação. Fonte: ACÁCIO, Mara Sílvia Jucá. (com adaptações)

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Page 1: Proposta 2

COLÉGIO MARISTA CRICIÚMA

Professora: Angélica Manenti

Redação ENEM 2013

Proposta #2

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema O MEDO E O REPÚDIO PELO NOVO OU PELO DIFERENTE QUE CAUSAM A INTOLERÂNCIA, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Um grito pelo fim da intolerância religiosa A Constituição Federal garante liberdade religiosa a todo cidadão brasileiro. Isso inclui o direito de escolher a religião que deseja e o de expressar as tradições e ritos da crença escolhida. Mas, nas comunidades afro-religiosas do Brasil isso não vem ocorrendo há anos. Em cada canto do país, adeptos das diversas religiões “ditas verdadeiras”, fazem suas próprias leis, perseguindo adeptos da Umbanda e do Candomblé, por pensarem não serem estas, “religiões verdadeiras”, mas quem pode dizer o que é verdadeiro ou falso quando se trata de religiosidade? O “verdadeiro” está na fé de cada um, está nas boas ações, no entender o outro como seu igual, suprimindo as diferenças, respeitando o livre arbítrio. Em todo o Brasil grupos afro-religiosos unem-se para pedir o fim da discriminação e intolerância religiosa. Tem sido comum, caminhadas e fóruns, nos quais, o segmento afro-religioso, e até artistas, intelectuais e representantes de várias crenças, denunciam o preconceito e a perseguição por parte de outros grupos religiosos ou não. Cotidianamente, lê-se nas revistas e jornais que os ataques são “sistemáticos”, inclusive pelos veículos de comunicação, por meio de programas evangélicos que mostram as religiões de matriz africana e ameríndias, como religiões do diabo. O segmento afro-religioso convive com ofensas e com o desrespeito a sua crença; em cada esquina, vândalos depredam as oferendas aos orixás, que são simbologias importantíssimas para os afro-religiosos, dentre outros tipos de desrespeito e depredação. Fonte: ACÁCIO, Mara Sílvia Jucá. (com adaptações)

Page 2: Proposta 2

Intolerância contra homossexuais se repete em todo o país Só neste ano, houve 205 mortes provocadas por violência homofóbica. Segundo o Grupo Gay da Bahia, 3.330 homicídios de homossexuais foram registrados desde 1980. Nas últimas semanas, o país acompanhou duas histórias de preconceito e intolerância em São Paulo e no Rio de Janeiro: quatro jovens foram agredidos brutalmente em vias públicas por assumirem uma orientação sexual diferente da maioria. Assassinatos aumentaram - Os casos não são isolados. Não há dados oficiais sobre agressões a homossexuais. De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), único a reunir números sobre o tema, o Brasil é o país onde há mais assassinatos de homossexuais – um a cada dois dias. A Organização Não-Governamental cruza números de homicídios com as notícias sobre casos em que houve motivação preconceituosa por causa da orientação sexual. O governo alega que não reúne dados oficiais porque é difícil tipificar os crimes relacionados à homofobia e muitas vítimas têm medo de assumir a homossexualidade ao denunciar. O levantamento do GGB aponta um crescimento do número de assassinatos nos últimos anos. Em 2009, foram 198 casos - 11 a mais que em 2008 e 76 a mais que em 2007. Em 2010, somente de janeiro a novembro, o grupo contabiliza 205 casos em todo o país. Desde que o grupo foi criado, em 1980, 3.330 homicídios de homossexuais foram registrados. O antropólogo e fundador do GGB, Luiz Mott, afirma que somente 10% dos autores desses crimes são localizados e punidos. “A maioria acontece no meio da noite e em lugares desertos, o que dificulta a localização dos criminosos”, comenta. Os grupos que defendem os direitos de homossexuais se revoltaram. “A pressão dos fundamentalistas religiosos impede o progresso dos direitos humanos no país”, critica o fundador do GGB, Luiz Mott. “A gente não quer transformar a sociedade em homossexual, quer apenas garantir o direito constitucional de ter liberdade para se expressar”, completa o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Ideraldo Beltrame. Fonte: www.veja.abril.com.br (com adaptações)

INSTRUÇÕES: O rascunho da redação deve ser feito antes da versão final. O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha própria, em até 30 linhas. A redação com até 7 (sete) linhas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.