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ROBSON ANDRADE DA FONSECA PROPOSIÇÃO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES PARA UM LATICÍNIO DO MUNICÍPIO DE VAZANTE-MG PARACATU, 2016 FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS FINOM CENTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO E CULTURA CENBEC GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

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ROBSON ANDRADE DA FONSECA

PROPOSIÇÃO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE

EFLUENTES PARA UM LATICÍNIO DO MUNICÍPIO DE

VAZANTE-MG

PARACATU, 2016

FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS – FINOM CENTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO E CULTURA – CENBEC

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

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ROBSON ANDRADE DA FONSECA

PROPOSIÇÃO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE

EFLUENTES PARA UM LATICÍNIO DO MUNICÍPIO DE

VAZANTE-MG

Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção de título de Bacharel em Engenharia Ambiental da Faculdade do Noroeste de Minas - FINOM.

Orientador: Prof. M.Sc. Edson Faria da Silva

PARACATU, 2016

FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS – FINOM CENTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO E CULTURA – CENBEC

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

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Dedico este trabalho primeiramente a Deus, por sempre estar presente em meus caminhos. Dedico também à minha família por acreditarem sempre em mim e me apoiarem.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por iluminar meu caminho durante esta caminhada. Por

ser Ele essencial em minha vida, meu guia, presente em todas as horas; sem ele eu

não teria forças para cumprir essa longa jornada. Agradeço aos meus pais, ao meu

irmão, à toda minha família e à minha namorada pelo carinho, pela força, pelo

incentivo e principalmente por acreditarem em mim.

Agradeço também a todos os professores que me acompanharam durante a

graduação, em especial ao professor orientador Edson Faria por todo suporte,

correções e incentivos que foram essenciais para a realização deste trabalho.

Aos colegas de classe por todo o companheirismo nestes anos de

convivência.

Enfim agradeço a todos que de alguma forma fizeram ou fazem parte desta

minha caminhada.

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“A responsabilidade social e a preservação ambiental significa um compromisso com a vida.” João Bosco da Silva

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RESUMO

As indústrias de laticínios geram efluentes com carga poluidora, acarretando em

danos ao meio ambiente, alterando a qualidade da água e do solo. Foram

analisados alguns parâmetros, como DBO, DQO, SST, pH. As amostras da água

residuária foram extraídas de uma indústria de laticínios localizada em Vazante -

MG, para a caracterização e tratamento do efluente. Após as análises e

dimensionamento foi escolhido o sistema de tratamento que melhor se adequou às

características do efluente e do local de instalação. Para que o sistema de

tratamento alcançasse uma eficiência de remoção de 80% de DBO, assim

atendendo a legislação em vigor e considerando uma margem de erro, será

necessário que a carga orgânica na saída do sistema tenha uma concentração de

749 mg/L. O sistema de tratamento será constituído por uma grade, um tanque de

equalização, uma caixa de gordura e uma calha parshall. O trabalho foi realizado

com a preocupação do risco de contaminação do curso d’água que abastece o

município e outros a jusante do ponto de lançamento e com o interesse de

apresentar a importância do tratamento de efluentes.

Palavras-chave: Laticínios, efluente, tratamento.

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ABSTRACT

The dairy industries generate effluents with polluting load, causing damage to the

environment, altering the quality of water and soil. Some parameters, such as DBO,

DQO, SST, pH, were analyzed. The wastewater samples were extracted from a

dairy industry located in Vazante - MG, for the characterization and treatment of the

effluent. After the analysis and design, the treatment system was chosen that best

suited the characteristics of the effluent and the installation site. In order for the

treatment system to achieve 80% removal efficiency of BOD, in accordance with

current legislation and considering a margin of error, the organic load at the exit of

the system must have a concentration of 749 mg / L. The treatment system will

consist of a grid, an equalization tank, a grease box and a parshall gutter. The work

was carried out with the concern of the risk of contamination of the watercourse that

supplies the municipality and others downstream of the launching point and with the

interest of presenting the importance of effluent treatment.

Keywords: Dairy, effluent, treatment.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8

2 JUSTFICATIVA ..................................................................................................... 9

3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 10

3.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 10

3.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 10

4 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 11

4.1 Água. ............................................................................................................ 11

4.2 Efluentes. ..................................................................................................... 14

4.3 Aspectos e Impactos Ambientais ................................................................. 15

4.4 Tratamento ................................................................................................... 16

5 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 19

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 27

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS: ............................................................................... 32

8 REFERÊNCIAS: ................................................................................................. 33

9 REFERÊNCIAS DE SITES: ................................................................................ 36

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1 INTRODUÇÃO

Laticínios são indústrias de leite, responsáveis pelo processamento e

transformação deste em produtos lácteos, que posteriormente serão disponibilizados

no mercado para o consumo humano.

Segundo SEBRAE (1997), entre as diversas indústrias que compõem a

economia mineira, o setor laticinista ocupa papel de destaque.

O uso da água no processamento de alimentos gera grandes quantidades de

efluentes líquidos, que necessitam ser tratados antes do seu lançamento em corpos

hídricos receptores. Dentre as indústrias alimentícias, a contribuição dos laticínios

para a poluição dos corpos hídricos é expressiva, visto que o beneficiamento do leite

gera considerável carga poluidora, decorrente da presença de grande quantidade de

compostos orgânicos em suspensão nas águas residuárias.

Uma estação de tratamento de efluentes, é uma infraestrutura de extrema

importância, pois trata – se de uma solução para a descontaminação e adequação

do efluente gerado aos padrões de lançamento preconizados pelas legislações

vigentes.

O trabalho foi realizado com a preocupação do risco de contaminação do

curso d’água que abastece o município e outros a jusante do ponto de lançamento e

com o interesse de apresentar a importância do tratamento de efluentes, mostrando

aos funcionários e proprietários do empreendimento a necessidade deste, pois este

irá adequar o efluente para ser descartado de acordo com as normas ambientais

aplicáveis.

O trabalho visa apresentar que o efluente, após o tratamento proposto,

alcance a eficiência de remoção de determinados compostos, exigidos pela

legislação em vigor no que tange o lançamento de efluentes em corpos hídricos,

contribuindo sobremaneira para a manutenção da qualidade da água a jusante do

ponto de lançamento, permitindo o seu uso em comunidades que dela dependem.

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2 JUSTFICATIVA

O trabalho foi realizado com o interesse em caracterizar e adequar o efluente

gerado no laticínio em estudo com as exigências das normas ambientais vigentes,

assim resguardando o empreendimento de possíveis autuações ambientais

conforme lei 9605/98 (BRASIL, 1998), mostrando também aos proprietários e

funcionário a importância do tratamento do efluente gerado antes de ser descartado.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Propor um sistema de tratamento de efluentes em uma empresa de laticínios

situada no município de Vazante-MG que atenda as legislações ambientais vigentes.

3.2 Objetivos Específicos

Analisar as características do efluente gerado e a área disponível para

implantação do sistema que mais se adéqua ao empreendimento;

Estimar a eficiência do sistema de tratamento proposto;

Propor a implantação do sistema desenvolvido no empreendimento em

questão.

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4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Água.

Sabe-se que assim como o sol a água é um recurso natural essencial para a

vida no planeta Terra.

“A água é considerada um recurso ou bem econômico, porque é finita,

vulnerável e essencial para a conservação da vida e do meio ambiente. Além disso,

sua escassez impede o desenvolvimento de diversas regiões.” (BORSOI e

TORRES, 2000).

De acordo com dados do último relatório da Organização das Nações Unidas

(ONU) sobre o tema, o volume total de água na Terra é de aproximadamente 1,4

bilhões de km³. Mas apenas 2,5% desse valor (cerca de 35 milhões de km³) é de

água doce. Desses 35 milhões de Km³, em torno de 70% está na forma de gelo,

encontrado nas regiões ártica e antártica e em topos de montanhas. Cerca de 30%

do recurso é encontrado sob o solo; de modo que somente 0,3% de toda a água

fresca do planeta está disponível em lagos e rios. (Fonte <ebc.com.br>, 2013).

A Terra possui 1,4 milhões de quilômetros cúbicos de água, mas apenas

2,5%, desse total, são de natureza doce. Os rios, lagos e reservatórios de onde a

humanidade retira o que consome só correspondem a 0,26% desse percentual. Daí

a necessidade de preservação dos recursos hídricos. Em todo mundo, cerca de 10%

da água disponibilizada para consumo são destinados ao abastecimento público,

23% para a indústria e 67% para a agricultura. (GOMES, 2011).

Entende-se que há uma diferença entre recurso hídrico e água. Para

Medeiros Filho (2009), “A água é a substância simples mais abundante no planeta

Terra e pode ser encontrada tanto no estado líquido, gasoso ou sólido, na

atmosfera, sobre ou sob a superfície terrestre, nos oceanos, mares, rios e lagos.”

“A parcela de água doce acessível à humanidade no estágio tecnológico atual

e a custos compatíveis com seus diversos usos é o que se denomina “recursos

hídricos”. (JÚNIOR, 2004).

De acordo com Resende (2002), como consequência do crescimento

vertiginoso das atividades urbanas e agropecuárias experimentado pela maioria dos

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países desenvolvidos e em desenvolvimento, há indicativos de que a qualidade da

água pode ser comprometida, de uma maneira tal que o homem ainda não dispõe

de meios para reversão do problema. Assim sendo, a melhor alternativa técnica e

econômica parece ser o controle efetivo dos fatores e processos que levam à

contaminação da água.

O desenvolvimento industrial é um dos principais responsáveis pela

contaminação das águas, seja pela negligência no tratamento de seus rejeitos antes

de despejá-los nos rios, ou por acidentes e descuidos cada vez mais frequentes, que

propiciam o lançamento de muitos poluentes nos ambientes aquáticos, contribuindo

para que as águas naturais se tornem residuárias (efluentes). (JORDÃO et al.,

1997).

Em geral, os poluentes lançados nos rios são de fontes artificiais e naturais.

As fontes artificiais incluem o esgoto doméstico, água residual industrial (que inclui a

água residual de restaurantes, escritórios, hotéis etc.) e água residual de criação de

animais. As fontes naturais incluem os poluentes derivados dos fenômenos

ecológicos e outros (formações minerais venenosas e colônias de microrganismos

venenosos etc. (SILVA, 2010).

Embora não seja o único agente responsável pela perda da qualidade da

água, a agricultura, direta ou indiretamente, contribui para a degradação dos

mananciais. Isto pode se dar por meio da contaminação dos corpos d’água por

substâncias orgânicas ou inorgânicas, naturais ou sintéticas e ainda por agentes

biológicos. Amplamente empregadas, muitas vezes de forma inadequada, as

aplicações de defensivos, de fertilizantes e/ou de resíduos derivados da criação

intensiva de animais são tidos como as principais atividades relacionadas à perda da

qualidade da água nas áreas rurais. (RESENDE, 2002).

“Pesticidas podem entrar no ambiente aquático através de diversos

caminhos, sendo que as fontes principais são provavelmente o uso na agropecuária,

esgoto industrial e municipal e o controle de ervas aquáticas e insetos.” (DORES,

2004).

O lançamento de esgotos domésticos, em ambientes aquáticos pode afetar a

qualidade da água do sistema receptor, provocando por exemplo, a redução do

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oxigênio dissolvido, aumento da turbidez, mudanças do pH, alterando as condições

de sobrevivência dos organismos e da saúde humana. (CARREIRA et al., 2001).

Outras fontes potenciais que competem com o laticínio na contaminação dos

recursos hídricos são listados nos parágrafos subsequentes e visam fornecer dados

comparativos com a água residuária gerada no empreendimento em estudo.

Para Ganem (2007), o curtume apresenta alto consumo de água entre 25 a

30 m³ por tonelada de pele salgada ou 630 l/pele salgada, em média. Um curtume

de porte médio, que processe 3.000 peles salgadas por dia, consome

aproximadamente 1.900 m³ de água/dia, equivalente ao consumo diário de uma

população de 10.500 habitantes, assim um curtume pode exerce alta pressão sobre

os mananciais hídricos. Líquidos eliminados pelas peles e restos de animais, sal,

cal, sulfeto de sódio, cloreto de sódio, aminoácidos, albumina, ácidos minerais e

orgânicos, cromo, taninos, etc. São alguns dos elementos responsáveis pela

contaminação das águas superficiais.

De acordo com Barros (2005), efluentes de abatedouros aumentam os níveis

de nitrogênio, fósforo, sólidos totais e da demanda bioquímica de oxigênio (DBO)

nos corpos d’água receptores, deixando-os potencialmente eutrofizados e com

subsequentes florações de algas. Além disso, microrganismos patogênicos dos

resíduos de animais, como suínos, bovinos e aves, também podem ser transmitidos

aos seres humanos que utilizam a água destes corpos receptores.

Os problemas ambientais gerados pela atividade de frigoríficos estão

relacionados com os seus despejos ou resíduos oriundos de diversas etapas do

processamento industrial. As águas residuárias contêm sangue, gordura,

excrementos, substâncias contidas no trato digestivo dos animais, fragmentos de

tecidos, entre outros, caracterizando um efluente com elevada concentração de

matéria orgânica. Esse efluente, quando disposto ao meio ambiente sem tratamento,

representa focos de proliferação de insetos e de agentes infecciosos, os nutrientes

presentes nos efluentes líquidos de frigoríficos, quando em excesso, trazem sérios

problemas, aos corpos receptores como o fenômeno da eutrofização. (MARIA,

2008).

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O controle da poluição da água é necessário para assegurar níveis de

qualidade compatíveis com sua utilização. A vida no meio aquático depende da

quantidade de oxigênio dissolvido, de modo que o excesso de dejetos orgânicos e

tóxicos na água reduz o nível de oxigênio e impossibilita o ciclo biológico normal.

(BORSOI; TORRES, 2000).

Os efluentes de indústrias de laticínios respondem muito bem ao tratamento

biológico, já que sua composição é rica em compostos orgânicos, facilmente

biodegradáveis e não apresentam, em geral, excesso de nutrientes. (MACHADO et

al., 2002 apud GOMES, 2006.).

O lançamento de efluentes de laticínios in natura nos cursos d’água provoca

resultados danosos ao meio ambiente. Devido ao caráter orgânico desses resíduos,

tornam-se altamente poluentes, em consequência do consumo do oxigênio

dissolvido da água. Este oxigênio retirado da água pelas bactérias e outros micro-

organismos, faltará para suprir a demanda de peixes e outros organismos aquáticos,

acarretando na morte dos mesmos por asfixia (BRAILE, 1993 apud BARBOSA et al.,

2009).

4.2 Efluentes.

O esgoto sanitário ou efluente doméstico são os termos utilizados para

caracterizar dejetos provenientes de residências, edifícios comerciais, indústrias,

instituições ou quaisquer edificações que contenham banheiros e/ou cozinhas,

dispostos em fossas ou tanques de acúmulo. Compõem-se basicamente de líquidos

de hábitos higiênicos e das necessidades fisiológicas como urina, fezes, restos de

comida, lavagem de áreas comuns, etc. Sua composição inclui sólidos suspensos,

sólidos dissolvidos, matéria orgânica, nutrientes (nitrogênio e fósforo) e organismos

patogênicos (vírus, bactérias, protozoários e helmintos). (LIMA, 2013).

Para Lima (2013), o efluente industrial biodegradável possui características

próprias, inerentes aos processos industriais. Suas características químicas, físicas

e biológicas variam de acordo com o ramo de atividade da indústria, operação,

matérias-primas utilizadas, etc.

Os efluentes de laticínios são compostos por variáveis quantidades de leite

diluído, materiais sólidos flutuantes originados de diversas fontes, como detergentes,

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desinfetantes, lubrificantes e esgoto doméstico. A quantidade e a carga poluente das

águas residuárias das indústrias de laticínios variam bastante, dependendo,

sobretudo, da água utilizada, do tipo de processo e do controle exercido sobre as

várias descargas de resíduos. (NIRENBERG; FERREIRA, 2005).

Os efluentes líquidos das indústrias de laticínios abrangem os efluentes

líquidos industriais, os esgotos sanitários gerados e as águas pluviais captadas e

contaminadas na respectiva indústria. São constituídos pelos despejos líquidos

originários de diversas atividades desenvolvidas na indústria. (MACHADO et al.,

2002 apud GOMES, 2006).

A indústria de laticínios caracteriza-se por consumir grande quantidade de

água para operações de processamento e limpeza, tendo por outro lado, a geração

de vazões elevadas de efluentes (1,1 a 6,8 m³ por m³ leite processado) contendo

nutrientes, poluentes orgânicos persistentes e agentes infectantes. (SARAIVA et al.,

2008).

Os efluentes brutos (não tratados) de laticínios apresentam valores de

DBO/DQO na faixa de 0.50 a 0.70. Quanto maior esse valor, maior é a fração

biodegradável dos efluentes e tanto mais indicado é o seu tratamento por processos

biológicos. (GOMES, 2006).

A vazão dos efluentes líquidos de uma indústria de laticínios é extremamente

variável ao longo do dia, dependendo das operações de processamento ou de

limpeza que estejam em curso na indústria. Há também as flutuações sazonais

devido às modificações introduzidas no perfil qualitativo e/ou quantitativo de

produção. (GOMES, 2006).

4.3 Aspectos e Impactos Ambientais

Um aspecto ambiental significativo é aquele que gera impacto(s)

significante(s) e, dessa forma, as organizações têm condições de priorizar os

aspectos ambientais e estabelecer medidas de controle. Os aspectos ambientais

significativos devem ser considerados quando forem estabelecidos os objetivos e as

metas ambientais das organizações. (SARAIVA, 2008).

Para a Resolução nº 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente

(CONAMA), de 17 de março de 2005, impacto ambiental é qualquer alteração das

propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causadas por

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qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta

ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população.

A atividade de preparação e fabricação de produtos de laticínios é

amplamente desenvolvida em todas as regiões do Brasil, constituindo-se em parcela

importante da indústria alimentícia. Essa atividade gera considerável quantidade de

efluentes líquidos industriais, sendo, portanto, necessário e obrigatório o tratamento

prévio de seus despejos líquido antes do lançamento no ambiente. (SARAIVA,

2008).

A resolução Conama 430/11, trata de lançamento de efluentes em corpos

hídricos, de acordo com a resolução os efluentes de qualquer fonte poluidora

somente poderão ser lançados diretamente no corpo receptor desde que obedeçam

as condições e padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências

cabíveis (BRASIL, 2011).

As principais condições de lançamento de efluentes: pH entre 5 a 9;

temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do corpo receptor

não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura; materiais sedimentáveis: até

1 ml/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas,

cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis

deverão estar virtualmente ausentes; regime de lançamento com vazão máxima de

até 1,5 vez a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor, exceto

nos casos permitidos pela autoridade competente; e Demanda Bioquímica de

Oxigênio (DBO 5 dias a 20°C): remoção mínima de 60% de DBO sendo que este

limite só poderá ser reduzido no caso de existência de estudo de auto depuração do

corpo hídrico que comprove atendimento às metas do enquadramento do corpo

receptor;

4.4 Tratamento

Segundo Lima (2013), para que sejam avaliados os parâmetros de

tratamento, é necessário que uma amostra do resíduo líquido seja coletada e

enviada para caracterização em um laboratório credenciado. O laudo resultante

deverá incluir a análise dos parâmetros listados no artigo 19A do Decreto 8468/76,

mais DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), DQO (Demanda Química de

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Oxigênio), SST (Sólidos Suspensos Totais), entre outros. Informações essas que

devem ser levadas em consideração ao realizar a gestão de resíduos de uma

empresa.

Entre as medidas de controle da poluição, existem os tratamentos de

efluentes, isto é, do conjunto de resíduos líquidos lançados para o meio ambiente,

como o esgoto doméstico, o da agricultura e o que é resultado de atividades

industriais (efluente industrial). (FOGAÇA, 2010).

Estes efluentes podem causar grande dano ao ambiente pela, depleção da

concentração de oxigênio dissolvido e por conseguinte mortandade de animais

aquáticos mais exigentes; eutrofização; confere gosto, sabor e odor na água,

tornando-a imprópria para o consumo; contaminação com patógenos, etc. Por isso

necessitam de tratamentos antes de serem descartados.

O tratamento ideal para cada tipo de efluente é indicado de acordo com a

carga poluidora e a presença de contaminantes. Existem vários tipos de tecnologias

usadas para esse fim, mas os principais tipos de tratamentos de efluentes resumem-

se em três: tratamentos primários, secundários e terciários. (FOGAÇA, 2010).

Abaixo há uma descrição sucinta sobre cada um desses tipos de tratamento

de acordo com Fogaça (2010).

“Tratamento primário: é aquele que usa processos físico-químicos para

separar da água os sólidos em suspensão e materiais que ficam flutuando. ”

Fazem parte desse nível de tratamento de efluentes os processos de:

gradeamento, decantação, flotação, separação de óleo, equalização e neutralização.

Tratamentos secundários: nesse caso, são usados tratamentos biológicos

para a retirada de substâncias biodegradáveis presentes no efluente. Isso significa

que os métodos de tratamentos secundários de efluentes visam à remoção da

matéria orgânica, que pode estar dissolvida ou em suspensão.

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Constam como etapa do processo secundário de tratamento de efluente:

lagoas de estabilização, lagoas aeradas, lodos ativados e suas variantes, filtros de

percolação, RBC’s (Contactores Biológicos Rotativos) e reatores anaeróbicos.

Os tratamentos terciários de efluentes consistem em técnicas físico-químicas

ou biológicas para a retirada de poluentes específicos que não foram retirados pelos

outros processos mais comuns. Alguns desses poluentes específicos podem ser

matéria orgânica, compostos não biodegradáveis, nutrientes, metais pesados, entre

outros.

Esses tratamentos terciários podem incluir diversas etapas que vão depender

do tipo de poluição do efluente e do grau de depuração que se deseja obter. Além

disso, os diferentes processos que podem ser aplicados nos tratamentos terciários

podem ser classificados em dois tipos principais:

Tecnologias de transparência de fase, tecnologias destrutivas, microfiltração,

adsorção (carvão ativado), troca iônica, osmose reversa, ultrafiltração, eletrodiálise,

cloração, ozonização e PAOs (Processo Avançado de Oxidação).

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5 MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi desenvolvido no município de Vazante-MG. A

economia da cidade concentra-se na extração e beneficiamento de minérios,

agropecuária, reflorestamento, produção de carvão vegetal e produção de produtos

lácteos. Estima se que em 2016 a sua população seja de 20.720 habitantes. (Fonte:

IBGE, 2010).

A Figura 1 apresenta a localização do Município de Vazante no mapa de

Minas Gerais.

Figura 1 – Localização da Cidade de Vazante – MG. Disponível em:

<http://www.vazante.mg.gov.br/>.

Vazante-MG tem o clima do tipo Aw (clima tropical com estação seca de

inverno) segundo a classificação climática de Koppen.

A Figura 2 apresenta a localização do empreendimento na cidade de Vazante

- MG.

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Figura 2 – Localização do Empreendimento. Fonte - Arquivo pessoal. Google Earth.

Para a caracterização da Água Residuária de Laticínio (ARL), foram

realizadas as seguintes análises: DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), DQO

(Demanda Química de Oxigênio), pH (Potencial Hidrogeniônico), SST (Sólidos

Suspensos Totais). Estas análises foram realizadas para a comparação dos

resultados obtidos com a resolução CONAMA 430/11 de lançamento de efluentes.

(BRASIL, 2011).

As analises foram realizadas no laboratório de qualidade das água da

Faculdade do Noroeste de Minas (FINOM).

As análises foram desenvolvidas conforme recomendação do Standard

Methods (APHA, 1995 apud SARAIVA, 2008) e apresentada na tabela a seguir:

Tabela 1: Procedimentos metodológicos das análises realizadas.

Parâmetro Metodologia utilizada

DBO Análise por titulometria com tiossulfato de sódio 0,00625 mol/L após incubação em temperatura controlada a 20 ºC por 5 dias.

DQO Digestão ácida com utilização do dicromato de potássio e posterior titulação com sulfato ferroso amoniacal

pH Leitura direta com auxílio do eletrodo no peagâmetro.

SST Secagem em estufa e estimativa por gravimetria. Fonte: Acervo próprio.

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O sistema de tratamento foi dimensionado a partir de dados como a vazão

(Que é de 0,9 m³/d, esse valor foi calculado sobre 80% do valor de água gasto

diariamente no empreendimento), e a carga orgânica presente no efluente.

Atualmente o efluente gerado no processo é descartado na rede esgoto da

cidade. A empresa responsável pelo tratamento de esgoto do município autorizou

esse descarte.

Após visitas no empreendimento foi escolhido o local para a construção do

sistema de tratamento, devido a facilidade de acesso, superfície plana (demandando

menos movimentação de solo), área disponível, proximidade dos locais de geração

do efluente e por se encontrar estrategicamente bem localizado para o posterior

descarte do efluente.

O descarte do efluente deverá estar em consonância com a legislação, os

parâmetros a serem atendidos são aqueles realizados em laboratório: DBO, DQO,

pH, SST. A eficiência do sistema de tratamento será determinada tendo em vista a

resolução Conama 430/11, que estabelece 60% de eficiência de remoção de DBO.

O sistema de tratamento proposto foi composto por uma grade (peneiras), um

tanque de equalização, uma caixa de gordura e uma calha parshall, pois a atividade

é caracterizada pelo excesso de óleos e gorduras produzido.

De acordo com Silva e Carvalho (2010), o tratamento preliminar é constituído

unicamente por processos físicos. Nesta etapa, é feita a remoção dos materiais em

suspensão, através da utilização de grelhas e de crivos grossos (gradeamento), e a

separação da água residual das areias a partir da utilização de canais de areia

(desarenação).

O gradeamento é a etapa na qual ocorre a remoção de sólidos grosseiros,

onde o material de dimensões maiores do que o espaçamento entre as barras é

retido. As principais finalidades do gradeamento são: proteção dos dispositivos de

transporte dos efluentes (bombas e tubulações); proteção das unidades de

tratamento subsequentes e proteção dos corpos receptores. (SILVA e CARVALHO,

2010).

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O tanque tem a finalidade de equalizar o efluente gerado, pois o efluente de

laticínios não é produzido de forma contínua, podendo variar de acordo com o

horário e a atividade.

A caixa de gordura foi inserida com a finalidade de reter os óleos e gorduras

ou quaisquer substâncias que possuem a capacidade de flotar, dada a sua

densidade inferior à da água.

A Calha Parshall é um medidor de vazão, responsável pela mensuração

contínua da vazão, utilizada em ETA’s (estação de tratamento de água) e ETE’s

(estação de tratamento de efluentes).

A destinação do efluente pós-tratamento, conforme já mencionado, é a rede

de tratamento de esgoto da cidade. A empresa responsável pelo tratamento firmou

essa parceria com o empreendimento em estudo.

Para o dimensionamento do sistema serão utilizadas as operações e

considerações que seguem.

Foi escolhido um tanque com o formato cônico em polietileno, com o diâmetro

da base medindo 1,43m e o diâmetro do topo 1,77m, tendo 1,05m de altura, a

capacidade de armazenamento é de 1,5m³, assim tendo a capacidade de armazenar

todo o efluente gerado diariamente e então manter uma vazão mínima que garanta o

funcionamento contínuo do sistema. Conforme Figura 3 abaixo.

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Figura 3 – Tanque de Equalização. Acervo Pessoal.

Para o dimensionamento da grade torna –se necessário determinar a área

útil. À área útil é o “espaço” vago entre as grades, por onde o fluído passa. Para o

seu dimensionamento utilizou-se a equação 1 abaixo:

Au =Q

V (Equação 1)

Au = Área Útil (m²)

V = Velocidade do Escoamento (m/s)

Q = Vazão (m³/s)

Para limpeza manual a inclinação pode varia de 45º a 60º e a velocidade de

0,30 m/s a 0,60 m/s (VON SPERLING, 2005), foi adotada a inclinação de 45º para

facilitar a manutenção (limpeza com o rastelo) e a velocidade de 0,45 m/s por ser o

valor médio da variação.

Foi adotada a espessura das barras de 0,2cm e o espaçamento entre elas de

0,2cm. Esses valores foram escolhidos em função do efluente gerado conter sólidos

de pequena granulometria.

Para o dimensionamento da seção do canal utilizou-se a equação 2 abaixo:

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S =Au∗(a+t)

a (Equação 2)

S = Seção do Canal (m²).

Au = Área Útil (m²).

a = Espaçamento Entre Barras (cm).

t = Espessura das Barras (cm).

Após a passagem do efluente pelas grades e pelo tanque, considerando que

os sólidos grosseiros já foram removidos, a próxima etapa é a caixa de gordura,

tendo em vista que esse tipo de atividade possui em média 575 mg/L de óleos e

graxas e partículas com capacidade de flotar (GOMES, 2006). Para o

dimensionamento da área superficial da Caixa de Gordura utilizou – se a equação 3

abaixo:

As =Q

Vas (Equação 3)

A velocidade de ascensão pode variar de 1 a 15 m/h (VON SPERLING,

2005), foi adotada 8 m/h, pois este é o valor médio de variação.

As = Área Superficial (m²).

Q = Vazão (m³/s).

Vas = Velocidade de Ascensão (m/h).

O tempo de detenção hidráulica pode variar entre 1 a 15 minutos (VON

SPERLING, 2005), foi adotado o tempo de detenção hidráulica de 8 minutos, pois

este é o valor médio de variação.

Q = V/th Equação (4)

Q = Vazão (m³/s).

V = Volume (m³)

th = Tempo de Detenção Hidráulica (s).

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Foi adotada a relação L/B = 2, ou seja L = 2B, onde L = Comprimento e B =

Largura. Essa relação foi escolhida para manter um formato de paralelepípedo

retangular afim de facilitar a inserção do anteparo na caixa de gordura.

Para o dimensionamento da largura e comprimento da caixa de gordura

utilizou – se a equação 5 abaixo:

As = L . B (Equação 5)

O caixa de gordura foi dimensionado para o formato de um paralelepípedo,

retangular. Para o dimensionamento do volume (da caixa de gordura) utilizou – se a

equação 6 abaixo:

V = L . B . H (Equação 6)

Onde V = volume, L = comprimento, B = largura e H = altura.

Foi adotada a calha parshall modelo CA-03, pré fabricada em fibra de vidro

com garganta de 3’’, dada a vazão necessária de escoamento. Essa calha possui

sensibilidade para medir vazões de 0,8 a 53,8 L/s. (Fonte <caldefiber.com.br>). A

Figura 4 abaixo apresenta um desenho esquemático da calha parshall.

Figura 4 – Imagem ilustrativa da Calha Parshall. Acervo Pessoal.

Todas as medidas apresentadas na figura acima estão na unidade metros.

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Para calcular a eficiência esperada pelo sistema proposto foi utilizada a

equação 7 abaixo.

E = (DBOaf – DBOef)/ DBOaf (Equação 7).

E = Eficiência.

DBOaf = Concentração de matéria orgânica na entrada do sistema (afluente)

(mg/L)

DBOef = Concentração de matéria orgânica na saída do sistema (efluente)

(mg/L)

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6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após análises em laboratório e cálculos matemáticos encontrou - se os

seguintes valores de DBO, DQO, SST e pH para o efluente do laticínio em estudo,

os valores desses parâmetros segue no Quadro 1 abaixo.

Quadro 1 – Resultados dos Parâmetros.

Amostra DBO (mg/L) DQO (mg/L) SST (mg/L) pH

ARL 3744,23 6122,50 172,0 10,0 Fonte Acervo Pessoal.

Nota-se que a biodegradabilidade da água residuária do laticínio (DBO/DQO)

é de 63%, Considera-se, portanto, que o efluente é, em sua maior parte, composto

por material biodegradável, possibilitando o uso de sistemas que utilizam princípios

predominantemente biológicos.

Gomes (2006), encontrou em seus estudos um valor de DQO média de 2200

mg/L. No trabalho em estudo foi encontrado o valor de 6122,50 mg/L, a diferença

nos valores do parâmetro DQO encontrados por Gomes (2006) e os valores

encontrados neste trabalho se dá pelo diferente processo produtivo das empresas

de laticínios. O laticínio em estudo trabalha na produção de queijo minas e

pasteurização de leite, o estudado por Gomes produz iogurte, queijo “petit – suisse”,

manteiga, requeijão cremoso e queijo frescal, e refazem o reuso do soro. Gomes

(2006) observa que para o parâmetro DQO no efluente final a média das

concentrações ficou em 80 mg/L, e que a eficiência média de remoção foi de 95%.

Logo os resultados encontrados por Gomes (2006) com a eficiência do tratamento,

são semelhantes aos esperados por este trabalho.

Nirenberg e Ferreira (2005), encontraram em seus estudos um valor de 2600

mg/L de DBO para o efluente bruto, já o presente trabalho apresenta uma DBO de

3744,23 mg/L, a diferença entre os valores encontrados para os parâmetros de

DBO, no trabalho em estudo e os valores de Nirenberg e Ferreira (2005), se dão

pelo diferença no processo de produção. A empresa estudada por Nirenberg e

Ferreira (2005) tem a produção de determinado produtos, como, leite ou queijo até

uma complexa flexibilidade de multiprodutos, tais como, requeijão, cremes, sorvetes,

iogurtes, leite em pó, leite condensado, entre outros, e fazem reutilização do soro, já

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o laticínio em estudo neste trabalho produz queijo minas e leite pasteurizado.

Nirenberg e Ferreira (2005) caracterizam a eficiência da estação de tratamento do

parâmetro demanda bioquímica de oxigênio (DBO), onde percebem valores baixos

para o efluente tratado (30 mg/L). Percebe –se que os valores encontrados por

Nirenberg e Ferreira (2005) que o sistema adotado para o tratamento é eficiente.

Nirenberg e Ferreira (2005), encontraram em seus estudos um valor de pH =

9,8, já no trabalho em questão foi encontrado o valor de pH = 10,0, o valor

encontrado no presente trabalho se dá pelo uso de detergentes altamente alcalinos

(NaOH soda caustica) para a limpeza de equipamentos e do piso. Os valores

obtidos neste trabalho corroboram com aqueles encontrados por Nirenberg e

Ferreira (2005), que encontraram valores semelhantes.

Gomes (2006), encontrou em seus estudos um valor de SST = 500 mg/L. No

trabalho em estudo foi encontrado o valor de SST = 172 mg/L, a diferença nesse

valor se dá pelo diferente tipo de processo produtivo como já foi dito anteriormente.

Para atendimento da CONAMA 430/11 (BRASIL, 2011), o sistema de

tratamento removerá no mínimo 60% da DBO do efluente gerado, assim o sistema

comprova a sua eficiência e atende a legislações vigentes.

A área disponível do empreendimento para a construção do sistema de

tratamento, possui um desnível máximo de 2% e com área livre capaz de receber a

estação proposta.

Para o atendimento da CONAMA 430/11 (BRASIL, 2011), adotar-se-á uma

eficiência mínima de 80% na remoção de DBO. Esse valor suplanta aquele definido

por lei, para que se durante o processo ocorra algum erro o efluente final ainda

assim consiga atender o mínimo exigido pela legislação (que é de 60%).

Utilizando a equação que permite a estimativa da eficiência obtém-se que a

DBOef deve ter um valor de 749 mg/L para que o sistema alcance a eficiência

esperada de 80%.

Conforme cálculos já citados no trabalho, a grade do sistema de tratamento

foi dimensionada com os seguintes valores:

Área útil (Au) de 2 m².

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Espaçamento entre barras (a) de 0,2 cm.

Espessura das barras (t) de 0,2 cm.

Seção do canal (S) de 4 m².

Abaixo segue a Figura 5 que representa o sistema de grades utilizado no

sistema de tratamento. A grade tem 2,5m de altura por 1,6m de largura e o

espaçamento entra as barras é de 0,2cm.

Figura 5 – Imagem ilustrativa da Grade adotada. Fonte - Acervo Pessoal.

A caixa de gordura foi dimensionada a partir dos memoriais de cálculos já

apresentados no trabalho. A caixa tem o formato de um paralelepípedo retangular,

que tem as seguintes dimensões:

Volume (V) = 500 m³.

Área Superficial (As) = 400 m².

Comprimento (L) = 20 m.

Largura (B) = 10 m.

Altura (H) = 2,5 m.

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A Figura 6 apresenta a caixa de gordura do sistema de tratamento.

Figura 6 – Imagem ilustrativa da Caixa de Gordura. Fonte - Acervo Pessoal.

O anteparo da caixa de gordura tem a finalidade de reter os óleos e graxas e

as substâncias com capacidade de flotar, está localizado a aproximadamente 2/3 da

entrada (13,5m) e a 1/3 da saída (6,5m) e mede 1,5m de altura, deixando uma

passagem livre para o efluente, portanto, de 1,0m.

Em seguida será apresentado o croqui do sistema montado, em sequência de

cada processo, na Figura 7.

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Figura 7 – Croqui do Sistema de Tratamento. Fonte - Acervo Pessoal.

Na Figura 8 é apresentada a planta do empreendimento com a localização

para a instalação do sistema de tratamento proposto. Onde se vê na Figura 8 o

prédio 1 é a fábrica, o prédio 2 o setor administrativo e o sistema de tratamento.

Figura 8 – Planta do empreendimento com a localização do sistema de tratamento. Fonte -

Acervo Pessoal

Fluxo

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS:

As ARL (água residuária de laticínios) são constituídas por parâmetros

físicos químicos relativamente poluentes, como a DBO, DQO, SST, pH, entre outros,

os quais exigem um tratamento de efluentes eficaz, assim reduzindo a carga

poluidora dos despejos e preservando a qualidade do meio ambiente.

Encontrou-se, em sua caracterização, 3744,23 mg/L de DBO, 6122,50 mg/L

de DQO, 172 mg/L de SST e pH 10,0. A área disponível do empreendimento para a

construção do sistema de tratamento, possui um desnível máximo de 2% e com de

área livre capaz de receber a estação proposta.

A DBO efluente deve ter um valor de 749 mg/L para que o sistema alcance a

eficiência esperada de 80%, e assim atenda o exigido pela legislação, já

considerando uma margem de erro da sua operação.

O sistema proposto constitui-se de grades (peneiras), um tanque de

equalização, uma caixa de gordura e uma calha parshall.

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