FESPSP – Comunicação por prof(a) Tânia Callegaro

Propaganda política brasileira 2010

Por Leidieice Santos

A cada ciclo eleitoral, nos deparamos com situações que ultrapassam

nossa expectativa. A forma de fazer campanha dos atuais candidatos segue a

velha receita de sempre, poluir visualmente e ambientalmente a cidade com

“santinhos”, cavaletes e porta-bandeiras a cada metro, propaganda no rádio e

na TV onde a ofensa aos concorrentes é habitual e corriqueira, entre outros.

Uma das campanhas que mais me chocou dessa vez foi a do candidato

a deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como

Tiririca, com o já popular bordão: pior que ta não pode ficar. Pessoas que usam

seu sucesso nas mídias sócias para angariar votos no governo já não têm nada

de surpreendente, no entanto, esse caso em especifico marcou porque não foi

o Everardo que se candidatou e sim seu personagem humorístico, Tiririca,

justamente nas eleições em que os programas de humor foram “censurados”

pelo STJ, a censura caiu, toda via quem ainda faz papel de palhaço somos

nós. Não da pra negar que o dito cujo tem forte apelo popular, mas vale pensar

sobre o assunto, esse será o perfil dos nossos representantes políticos daqui

pra frente? Pessoas sem capacitação, muitas vezes sem nem o ensino

fundamental, retrato do Brasil que apóia a aprovação automática e pensa que

apenas ir pra escola com uniforme dado pelo governo e ganha uma lata de leite

por mês já é educação.

Pessoas famosas são usadas como escudo por políticos apenas para

conseguir maioria na câmara. Penso que famosos que entram na vida pública

tem como única finalidade consegui votos para o partido, como é o caso de

“sub-celebridades” como mulher pêra, Kiko e Leandro do KLB entre outros. Em

suas campanhas ao invés de mostrar propostas, apenas relatam fatos do

cotidiano. Que bom que eles sabem que existe pedofilia e violência contra

mulher e outros tantos problemas que acercam a sociedade, mas como eles

pretendem agir contra esses problemas é algo que nunca iremos saber.

O ex-governador Serra e seu companheiro também ex-governador

Geraldo Alckimin, são as “figurinhas” tucanas mais carimbadas, ao menos em

São Paulo, ambos sempre muito sisudos, sérios, voz calma e pausada, a já tão

manjada camisa azul, e clareza em seus discursos, ou seja, raposas velhas da

política. Nessas eleições, Alckimin mais uma vez sai na frente e pelo que indica

as pesquisas, será novamente o governados paulista, enquanto Serra, que

começou liderando nas pesquisas, sofreu queda brusca. No inicio desse ano

comecei a “seguir”o candidato no twitter, sim ele é moderno, e desde então

percebo que o candidato vem se tornando mais social, simpático, faz até

piadas com humoristas da TV, toda essa mudança repentina de atitude, pode

ser ilustrada com a capa da revista “veja” em que o Zé aparece fazendo um

coração com as mãos, fofo, mas não convenceu, acho que o povo prefere o

velho José Serra, mais autentico, e não esse que quer ser “amiguinho”do povo,

essa seria uma das causas de sua queda nas pesquisa.

Por fim, depois de ver alguns candidatos querendo passar um ar mais

despojado e preparado como o Skaf ou radicais como os discípulos do Enéas,

o fato é que a cada dia que passa o povo tem menos confiança em seus

representas, esses que são escolhidos pelos mesmos de forma alheatória.

Parece que o brasileiro prefere se arrepender depois a pensar antes de

escolher seu voto.