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DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA PROJETOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA - I enfrentamentos e experiências O RGANIZADORES Andrea Paula dos Santos Oliveira Kamensky José Carlos Sebe Bom Meihy

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DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA

O projeto Gênero e Diversida-de na Escola, criado em uma parce-ria entre o Ministério da Educação, a Universidade Federal do ABC, a Secre-taria de Direitos Humanos e Cidadania e a Secretaria de Educação da Prefeitu-ra de São Paulo, desenvolveu um curso de aperfeiçoamento voltado para edu-cadoras/es e pessoas da comunidade escolar dispostas a construir novos co-nhecimentos e autoconhecimento por meio de quatro eixos temáticos:

1. Diversidades

2. Gênero

3. Sexualidades

4. Relações Étnico-Raciais

A metodologia foi desenvolvida a partir da elaboração de escritos auto-biográfi cos em diários, constituindo um memorial em que cada cursista pode relacionar sua própria história de vida e experiências pessoais com essas te-máticas, reunindo elementos de suas vivências e aprendizados para a cons-trução de um projeto de intervenção.

Nosso objetivo é sensibilizar a co-munidade escolar para esses saberes, cruzando categorias de análise da re-alidade social para produção de novos conhecimentos em práticas educativas e culturais, transformadoras do cotidia-no escolar. Buscamos favorecer uma formação humana integral, voltada para o aprendizado, a compreensão e o convívio com as diferenças, não per-mitindo que estas sejam transformadas em desigualdades, combatendo assim todo tipo de preconceito e promovendo

uma cultura de paz, o reconhecimento das diversidades culturais com garan-tia de direitos humanos.

Neste volume temos uma coletâ-nea de variados projetos de cursis-tas da formação docente em Gênero e Diversidade na Escola (GDE UFABC) em torno das temáticas Diversida-de e Gênero. Esta coletânea buscou organizar, reunir e dar publicidade a uma parte expressiva das ideias e ini-ciativas elaboradas por educadoras/es e trabalhadores/as da rede muni-cipal de ensino de São Paulo, partici-pantes do GDE.

Neste sentido, o grande mérito des-ta coletânea diz respeito a conhecer a multiplicidade de percepções dos/as educadores/as sobre os temas e a criação de um banco de projetos com-partilhados, documento único de uma história da educação contemporânea, evidenciando práticas pedagógicas inter e transdisciplinares, pautadas pela interseccionalidade (na defi ni-ção proposta por Kimberlé Crenshaw) entre diversos marcadores sociais e categorias de análise, tais como diver-sidade, gênero, sexualidade, relações étnico-raciais, entre outras.

A Série Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola é composta por livros impressos e digitais, com � nanciamento do Ministério da Educação - MEC em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo e a Universidade Federal do ABC. Os livros apresentam boa parte da produção colaborativa de conhecimentos realizada por cursistas, professores/as e pesquisadores/as do Curso de Aperfeiçoamento Gênero e Diversidade na Escola (GDE UFABC). A formação docente continuada em Educação a Distância (EaD, modalidade semi-presencial) foi desenvolvida entre os anos de 2015 e 2016, em oito polos da Rede UniCEU (Centros Educacionais Uni� cados - CEUs - Azul da Cor do Mar, Butantã, Navegantes, Paraisópolis, Perus, São Mateus, São Rafael e Vila do Sol).

A Série traz, em seu primeiro volume, um panorama histórico geral e algumas experiências locais e regionais de abrangência nacional, com ampla re� exão acerca das políticas públicas educacionais em Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola desenvolvidas pelo MEC e por inúmeras universidades na última década, com formação docente continuada de milhares de pessoas em todo Brasil.

Em seis volumes, apresenta também a reunião da produção individual e coletiva de escritos autobiográ� cos e projetos de educadores/as das periferias de São Paulo e das regiões metropolitanas, em diálogo com quatro Eixos Temáticos: Diversidade; Gênero; Sexualidade e Relações Étnico-Raciais. Outros quatro volumes trazem resul-tados de pesquisas e práticas metodológicas sobre Danças Circulares e Diversidades Culturais: Educação para uma Cultura de Paz; Gênero e Diversidades Sexuais; Sa-beres Interdisciplinares sobre Gênero e Relações Étnico-Raciais no Cotidiano e na Cultura Escolar; e História Oral e Audiovisual e as Experiências e Protagonismos nas Entrevistas Autobiográ� cas de Educadoras/es da Periferia de São Paulo.

Todos esses onze volumes da Série também são disponibilizados em formato impresso e em e-books, com mais um livro-bônus, apenas em formato digital, conten-do diversos artigos e outros materiais didáticos, totalizando doze volumes disponibili-zados numa plataforma colaborativa na internet, a DigitalPlural.

PROJETOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA - I

enfrentamentos e experiências

ORGAN I ZADORES

Andrea Paula dos Santos Oliveira KamenskyJosé Carlos Sebe Bom Meihy

PR

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I

GDE UFABC

capa vol6.indd 1 24/01/2017 20:21:52

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DIRE I TOS HUMANOS, GÊNERO E D IVERS IDADE NA ESCOLA

PROJETOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA - I

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Baixe gratuitamente todos os livros da Editora Pontocom no site

www.editorapontocom.com.br

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PROJETOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA - I

enfrentamentos e experiências

DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA

Organ i zadOres

Andrea Paula dos Santos Oliveira KamenskyJosé Carlos Sebe Bom Meihy

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Bibliotecária responsável: Aline Graziele Benitez CRB-1/3129

P958

1.ed.

Projetos na educação básica – I: enfrentamento e experiências / org. Andrea Paula dos Santos Oliveira Kamensky, José Carlos Sebe Bom Meihy. – 1.ed. – São Paulo: Editora Pontocom, 2016.Recurso digital

Formato: pdfRequisitos do sistema: adobe digital editionsModo de acesso: Word wide webISBN: 978-85-66048-81-0

1. Direitos humanos. 2. Diversidade. 3. Bullying. 4. Educação básica. I. Título.

CDD 323

Índice para catálogo sistemático:

1. Direitos humanos 323

Projeto gráfico e capa: Isabela A. T. Veras

Preparação de conteúdo: Marcia Borges

Revisão: Nora Augusta Corrêa

Diagramação: Fabricando Ideias

Produção de E-pub / Mobi: HM Editorial e Digital: Guilherme Henrique Martins Salvador

Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição--NãoComercial 4.0 Internacional. Para ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0

GDE UFABC

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Agradecimentos

A criação da Série Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola partiu do sucesso do projeto Gênero e Diversidade na Escola (GDE UFABC) que, por sua vez, só foi possível graças ao apoio, à cola-boração e confiança de muitas pessoas que ajudaram a torná-lo uma realidade. Por isso, fazemos questão de registrar aqui nossos agradecimentos. Consideramos essencial agradecer, em primeiro lugar, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania do Município de São Paulo, na figura de Jonas Waks, então coordenador adjunto de Educação em Direitos Humanos. A partir de seu contato - em virtude de já ter sido coordenadora do GDE no Paraná (UEPG/SED-PR) - mobilizamos as parcerias entre a Prefeitura de São Paulo, a Universidade Federal do ABC e o Ministério da Educação, que possibilitaram a existência do projeto GDE UFABC. Sua liderança, participação e entusiasmo foram fundamentais para a concreti-zação deste trabalho, que se integrou à política municipal de formação docente nas temáticas dos Direitos Humanos, entre os anos de 2013 e 2016, ofertando milhares de vagas em cursos de extensão e pós-gradua-ção para a rede municipal de ensino, juntamente com a UNIFESP e a UFSCar. A UFABC, por meio dessa parceria, ofertou mil vagas, tanto pelo GDE quanto pelo projeto Educação em Direitos Humanos (EDH), criado no mesmo contexto de negociação, para o qual posteriormente foram convidados a coor-denar Ana Maria Dietrich e José Blanes Sala. Nessa construção coletiva, especial foi também o apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI e sua equipe - Ale-xandre Bortolini, Daiane O. L. Andrade, Daniel A. Martins e Fábio M. H. Castro - para estruturar e executar o GDE UFABC no âmbito da política pública nacional de educação em Direitos Humanos e para que transcorresse com os devidos recursos e prazos, formando centenas de cursistas, constituindo-se numa das maiores experiências de formação docente continuada do Brasil.

Acreditamos nesta iniciativa como sendo histórica e de valor inestimável, considerando o impacto muito expressivo na formação de centenas de educadores/as que pudemos acompanhar diretamente em oito polos da Rede UniCEU das quatro regiões da cidade. Por isso, queremos agradecer também às equi-pes dos polos UAB/UniCEU que nos acolheram com tanto carinho e entusiasmo, nossos principais par-ceiros na mobilização e na interlocução com as populações locais. São eles e elas: Zilda Borges da Silva, do CEU Azul da Cor do Mar; Paulo Roberto R. Simões, Fátima Massara, Sebastião Arsani, Rita de Cássia N. Rossingnolli e André Santana, do CEU São Mateus; Maria Elza Araujo e Maria do Socorro L. Fer-nandes, do CEU São Rafael; Eliana M. Lorieri, do CEU Perus; Rosana de Souza e Ana Paula P. Gomes, do CEU Paraisópolis; Marcelo Costa e Beatriz Rodgher, do CEU Navegantes, Luciene B. Veríssimo, do CEU Vila do Sol; e Adriana de Cássia Moreira e Naíme Silva, do CEU Butantã.

À equipe gestora da Universidade Federal do ABC, nosso profundo agradecimento, especialmente na figura da Profa. Dra. Virgínia Cardia Cardoso, coordenadora do Comitê Gestor Institucional de Forma-ção Inicial e Continuada de Profissionais da Educação Básica - COMFOR, sobretudo quanto à mediação da obtenção e gestão dos recursos financeiros, pessoais e pedagógicos junto à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC), e Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD). Por isso, agradecemos também aos res-pectivos pró-reitores, Daniel Pansarelli e Adalberto de Azevedo (PROEC) e José Fernando Q. Rey e Paula Tiba (PROGRAD), Lucia Franco (UAB), bem como aos/às técnicos/as administrativos/as: Eduar-do S. Ré, Jussara Ramos, Kelly Gomes, Lídia Pancev, Lilian Menezes, Marcelo Alecsander, Marcelo

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Schiavo, Rail Ribeiro e Sandra Trevisan. Agradecemos igualmente ao trabalho da equipe da Fundação de Apoio à Pesquisa - FUNDEP, responsável pela gestão dos recursos financeiros do nosso projeto: Fabiana Barcelos, Fabiano Siqueira, Ana Rita Melo, Marilene Fernandes, entre outros que nos atenderam. Um agradecimento profundo ao Reitor, Prof. Dr. Klaus Kapelle, que nos incentivou logo na abertura oficial da política de formação docente, no Teatro Municipal de São Paulo, afirmando para milhares de pessoas ali presentes: “Somos uma universidade que respeita, incentiva, divulga e ensina Direitos Humanos. Portanto, nada mais natural do que ensinarmos Direitos Humanos.”

Agradecemos muito especialmente à equipe do projeto que desenvolveu um trabalho maravilhoso, superando as dificuldades de forma entusiasmada e companheira. Foram eles a formadora Gianne A. Barroso, bem como os/as tutores/as a distância: Ana Sueling A. Diniz, Ana Gisele V. Vale, Adriana G. de Paula, Adriana S. Morgado, Alessandra Di Benedetto, Aline B. Sant’Ana, Andrea G. Trindade, Emerson Costa, Everton A. T. de Godoi, Fernando V. L. Pereira, Luana Matias, Lucelia L. de Jesus, Marcia C. dos Santos, Mariana T. Faustino, Marinete T. C. Silva, Marta Miriam A. Santos, Mary Jane B. da Silva, Rena-ta Coelho, Rute M. dos Santos e Valdinar L. Bezerra. Gratidão eterna à Taís R. Tesser e Wanderley F. Santana da Silva, tutor e tutora voluntário/a e, sobretudo, ao tutor presencial João Reynaldo Pires Junior, que trabalharam incansável e comprometidamente neste projeto. Parceria, solidariedade, coragem e dedi-cação foi um pouco do que aprendemos juntos, base sólida a sedimentar nossa amizade por toda a vida.

Nosso agradecimento aos/às autores/as, especialmente ao Prof. Dr. José Carlos Sebe Bom Meihy (Di-versitas - NEHO/USP e UNIGRANRIO), que co-organizou e apresentou vários livros, contribuindo inestimavelmente com sua experiência de trabalho. O mesmo agradecimento sincero aos/às professores/as pesquisadores/as do projeto que se dedicaram a essa jornada: Evonir Albrecht, Graciela Oliver, Monique Hulshof, Suzana Ribeiro e Wagner Cremonezi. Não podemos nos esquecer de agradecer a equipe editorial, liderada por Isabela Teles Veras e Márcia Borges, que abraçaram a ideia e foram fundo na tarefa de mobili-zar todos os recursos para que fossem concretizados estes livros. Gratidão infinita à Livraria Alpharrabio, espaço cultural e afetivo, onde desenvolvemos nosso trabalho editorial, acolhidas por livros e principalmen-te por pessoas amigas que amamos e admiramos, Dalila Teles Veras, Luzia Maninha Teles Veras e Eliane Ferro. Um agradecimento fraterno e entusiasmado à nossa Editora Pontocom e à parceria e disponibilidade do editor André Gattaz, com quem sempre pudemos contar.

Por último, agradecemos todas as centenas de pessoas que foram cursistas do GDE UFABC e, como forma de gratidão maior, esperamos que cada colaborador/a tenha vivido momentos especiais de sensibi-lização e transformação em relação aos temas de nosso projeto. Tomara que nossa rede, criada nos espaços educativos dos CEUs, nas fronteiras da periferia com as regiões metropolitanas de São Paulo, se amplie cada vez mais! Esse trabalho é dedicado a minha família e a vocês que contribuíram com pesquisas, saberes e experiências, dando à nossa caminhada conjunta o verdadeiro valor da palavra colaboração, imprescindí-vel para nossas temáticas em tempos difíceis, de muitas lutas e, principalmente de, defesa e ampliação dos direitos conquistados.

Andrea Paula dos Santos Oliveira Kamensky Coordenadora do projeto Gênero e Diversidade na Escola UFABC

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Sumário

Apresentação ...................................................................................................................... 11

Projetos de Intervenção – dIversIdade

A cor do BrasilKaren Vanessa Nery Carreiro – EMEF Frei Damião ........................................... 18

Abraçando as diferençasFabiana de Souza Silva Guimarães, Natani Heloisa Belentani, Natália Cristina da Silva Molinari – EMEI Professor Manoel de Alvarenga Freire Junior .............. 20

Arte corporal em focoRosania Rosa de Jesus – EMEF Daisy Amadio Fujiwara .................................... 23

“Brincalendo” o jornal bilíngue – Aproximando a comunidade do CEI Jardim HercíliaNívea Cristina Matias – CEI Jardim Hercília .................................................... 25

Brinquedos e brincadeiras na educação infantilMaria De Lourdes Ricardo Ferreira, Ricardo Ferreira – CEI Jardim Rodolfo Pirani 28

Bullying: apesar das diferenças somos todos iguaisDaniela Barroso Miranda Lopes – EMEF Prefeito Adhemar de Barros .............. 31

Cine Clube PinheirinhoMaria Aparecida Souza Silva Pereira dos Santos – EMEB José Arnaud da Silva . 34

Conhecer, valorizar e respeitar a cultura afro-brasileira e indígenaTatiana Oliveira Mendes – EMEF Martin Luther King Jr. ................................ 37

Contos tradicionaisJanaína da Conceição Martins – EMEF Heitor de Andrade ............................... 39

Criança, o leitor da escuta e elo das relações: a literatura permeando as interações sociais e culturais na primeira infânciaVanessa Moreira – CEI Jardim Hercília .............................................................. 41

Direitos humanosMaria Elena dos Santos Silva – CEU Vila Curuçá ............................................. 43

Direitos humanos: superando preconceitos e reconhecendo diferençasAline Abdul Hadi – EMEF Padre Leonel Franca ............................................... 45

Discriminação no trabalhoOdete Maria de Fátima da Conceição Cabral de Melo – EMEF Dr Sócrates Brasileiro 48

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Discutindo diversidade na escolaSabrina de Souza Carvalho – EMEF Dr. Jose Dias da Silveira ........................... 50

Diversão e diversidade em todos os cantosSandra Borges da Costa Damiani – CEI Jardim Rodolfo Pirani ......................... 52

DiversidadeFlavia Cruz Rosso – EMEI Clycie Mendes Carneiro ........................................ 54

Diversidade culturalJuliana da Silva Oliveira – CEU CEI Perus ....................................................... 56

Diversidade étnico-racial na escolaSueli Aparecida de Lima – CEI Cohab Raposo Tavares ...................................... 58

Diversidade com direitos humanosAgnaldo Menezes Bastos – EMEF Enéas Carvalho de Aguiar e E. E. Prefeito Antônio Prátici .................................................................................................. 60

Encontrando a diversidade através do outroLucileide Cumaru dos Santos – CEU EMEI São Mateus .................................... 63

Colóquio Gênero e Diversidade na EscolaMarcos Roberto Martinez – Prof. Adamastor de Carvalho .................................. 66

Identidade indígena e o orgulho de ser índioKátia Messias Cunha – CEU EMEI Jorge Amado............................................. 68

Juntos somos iguais e mais fortesFernanda do Amaral Garcia – EMEF Antonio Pereira Ignácio .......................... 71

Mário sem fronteirasDebora Marins Campanhola – EMEI Mário de Andrade ................................... 73

No Raul Pompeia, todo mundo é igualMargareth de Almeida Reboledo – EMEF Raul Pompeia .................................... 75

O final feliz da históriaCibele Ribeiro dos Santos Vieira – CEU CEI Azul da Cor do Mar ..................... 78

Olhar do outroGisele Moreira da Silva, Rodgerio Carlos, Josielda Queiroz Ferro Machado – CEI Jardim das Vertentes .......................................................................................... 80

Onde canta o sabiá: conhecendo a multiplicidade para valorizar a diversidadeElizabete Leonide Fekete – CIEJA Parelheiros .................................................... 82

Projeto história contadaMaria Michele do Carmo Gomes – EMEF Dr. Manoel de Abreu ........................ 86

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Projeto Brasil: uma terra de todos! – Valorização da autoimagem, do respeito ao outro e à conscientização do nosso multiculturalismoKatia Peres Nunes dos Santos – CEI Jardim Colonia ........................................... 88

Projeto identidadeGisele Fiorese Bentz – EMEI Danton Castilho Cabral ....................................... 90

Projeto Identidade: conhecer e valorizar a diversidade culturalCristiane Alencar Maciel Brito – EMEF Raul de Leoni ...................................... 92

Projeto tolerância e respeitoJuliana Santa Rosa – EMEF Daisy Amadio Fujiwara ........................................ 94

Que bom! Somos diferentesMarli Ana Tomasi – EMEI Clycie Mendes Carneiro......................................... 96

Raiz brasileira – interligação de culturasMilena Gomes Malaquias – EMEF Gen. De Gaulle .......................................... 98

Reflexão e ação das diferenças para equidadeLuciene Aparecida Silva – CEI Rosa da China ................................................... 100

Contribuições indígenas para a cultura brasileiraAna Carolina Funicelli – CEU Tiquatira–PMSP ............................................... 102

(Re)Pensando as diferençasMaitê Thais de Oliveira Joaquim – EMEF Marina Vieira de Carvalho Mesquita .. 105

Ser negro é lindoMárcia Olinda Julio – EE Antônio Raposo Tavares ........................................... 108

Ser, reconhecer e interferirEliane Aparecida Ferreira da Silva Vasconcelos – EMEF Professor Laerte Ramos de Carvalho ....................................................................................................... 110

Sessão simultânea de leitura – livros com temáticas afro-brasileira, africana e indígenaJosenilda Maria da Silva Machado – EMEI Jesuína Nunes Barbosa ................... 112

“SIM” somos todos diferentes mas iguais nos direitos e deveres: declaração universal dos direitos humanosRosimeire Garcia dos Santos – EMEI Monteiro Lobato ...................................... 114

Valorização da cultura popular brasileira: quem contribuiu para sua formação?Lucineia Murakami Siqueira – EMEF Professor Fernando de Azevedo ............. 117

Valorização e diversidade na cultura popular nordestinaValéria Rodrigues Faria – EMEF Professor Linneu Prestes ................................ 119

Valorizar e respeitar a cultura afro-brasileira e indígenaRoseli Aparecida Couto – EMEF Daisy Amadio Fujiwara .................................. 121

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Viver, agregar, conhecer, respeitar, ensinar e aprenderAna Carolina Mandri – EMEF Professor Jairo de Almeida ............................... 123

Projetos de Intervenção – Gênero

A formação de professores/as para a educação de meninos e meninas na educação infantilLuana Rabethge de Freitas, Thais Harue Tanizaka, Vanessa Furtado de Mendonça Curtis – CEI Jd. São Luiz I ............................................................................... 128A mudança que desejo é a mesma que realizo?Ana Lúcia Ferreira Merschbacher – CEI Santa Teresa ......................................... 130A mulher e os enfrentamentos por representação na sociedade modernaLucilene de Freitas Baeta – Cursista GDE do Polo Butantã ............................... 132A representação da mulher na sociedade – Análise de imagem audiovisual: reflexão sobre o estereótipo feminino nas mídias Shirlei de Souza Almeida – EMEF Fagundes Varella ......................................... 135Baú da diversidade: trabalhando gênero e diversidade com as criançasSilvana Ribeiro Godoi – CEU CEI Campo Limpo ............................................ 137Brincadeira rosa e azulRenata Aparecida Souza Vieira – EMEI Professora Odiléa Botta de Mattos...... 139Brincando sem preconceito.Marina Castiglioni Duran – CEU CEI São Rafael ............................................ 141Brinquedos para criançasVânia Amaral Pinto – EMEI Dulce Salles Ferraz ............................................... 143Cantinhos “Vamos Brincar”Cintia Elidia Firmino – EMEI Professor Manoel de Alvarenga Freire Junior ... 145Coisas de homem ou mulher?Andréia Viçoso da Silva – EMEF Maurício Goulart ........................................... 148Como não construir certos estereótipos de gênero em ambiente escolar na educação infantil?Monica Pires Hirata – Centro de Educação Infantil Jardim Rebouças ............... 150Conhecer, identificar, refletir e compartilhar saberes e experiências sobre a violência doméstica no cotidianoAngela Venancio – CIEJA Campo Limpo ........................................................... 152Construindo um novo olhar sobre as culturas africanas e afro-brasileirasLina Asano Silva Ferreira – CEI Jardim Rodolfo Pirani .................................... 154Cultura de paz: diversidade e inclusão educacionalRenato Ubirajara dos Santos Botão – Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE-SP) ................................................................................................ 156

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Diversidade em focoGetúlio Márcio Soares, Silmara Ferreira – EMEI Professor Antonio Branco Lefevre 159

Diversidade na escolaIvanir dos Santos Ornellas – E. E. Estadual Professor Mario Marquês de Oliveira 161

Diversidade, as diferenças que nos fazem iguais: formando cidadãos desde pequenosOlga Romero – Centro de Ed. Infantil Jacarandá ................................................ 163

Etnocentrismo, estereótipo e preconceitoSusy dos Reis Costa Souza, Marelita Monteiro Keller – CEI Vila Ramos .............. 166

Formação de professores: um olhar para a diversidadeAntonio Cesar Alario Pires – EMEBS Professora Vera Lúcia Aparecida Ribeiro .. 168

Gênero e diversidade no cinema: meninas em “Minha Vida em Cor-de-Rosa” e “Indomável Sonhadora”Wendel Moreira de Oliveira – EMEF Professor Jairo de Almeida ....................... 170

Gênero e sexualidade: das curiosidades às descobertas Kelly Cristina Brantes – EMEF Nelson Pimentel Queiroz ................................ 172

Identidades de gênero: respeitando as diferençasAndré Luiz Fernandes Zumerle – EMEF Candido Portinari .............................. 174

Igualdade de gênero na educação infantilEliane Cristina da Silva Costa – C.E.I Goiti ...................................................... 175

Jardim das humanidadesIsabella dos Santos Pinton – Colégio Jardim São Paulo ....................................... 177

Ler e escrever para reduzir desigualdadesClaudia Simone Dias – EMEF Frei Damião ...................................................... 179

Mulher não é BLÁ, BLÁ, BLÁ!Marcelo Gerace Mello – EMEF Heitor de Andrade ............................................ 182

O dia internacional das mulheres: diferentes, mas não desiguais!Patricia Rosa Donato Teixeira – EMEF Professor Jairo de Almeida, EE Jocimara Vieira da Silva ................................................................................................... 184

Preconceito por gênero Rosangela Godinho Fragoso – EMEI Recanto dos Humildes I, CEU CEI Perus 186

Presença da mulher na literatura brasileira: bate-papo e sarauÂngela Harumi Yamaguchi – EMEF Carlos Francisco Gaspar ........................... 188

Problematizando a desigualdade de gêneroAline Ângela Victoria Ribeiro ............................................................................... 190

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Repensando questões de gênero no ambiente escolarMaria Elisa Portilho Rodrigues de Carvalho – EMEF Martin Luther king Jr. .... 192

Se ela dança, eu danço!Tatiane Romano Meira Rueda – EPG Paulo Autran.......................................... 195

Diferentes, somos todos iguais!Elaine Cristina Salinas – EMEF Heitor de Andrade ......................................... 197

Tratando as questões de gênero e diversidade sexual com a equipe técnica e pedagógicaFabricia Karen de Oliveira Manoel – EMEF Professor Gilberto Dupas ............. 200

Valorizando a produção poética afro-brasileira femininaPatricia Anunciada de Oliveira – EMEF Professora Maria Berenice dos Santos, EE Músico Wander Taffo ................................................................................. 202

Vivendo a dança educacionalmente na escola em prol das diversidadesRodrigo Dias Fernandes – Centro de Detenção Provisória III de Pinheiros ....... 204

Você sabia que o Brasil é o 7º do mundo em assassinato de mulheres?Juliana Sousa Veloso – EMEF Antônio Estanislau do Amaral ............................ 206

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Apresentação

“ Eu só peço: ‘Por que vocês não começam a falar, um de cada vez, sobre o que vocês fazem?’”

“...o empowerment muito mais do que um invento individual ou psicológico, indica um processo político...”

“Quando as pessoas comuns falam, elas procuram compreender a sua experiên-cia através de parábolas, metáforas e estórias, o que as mantém ligadas ao concreto. As estórias que contam são o modo que respondem às perguntas que fazemos”. *

Paulo Freire

Os dois livros "Projetos na Educação Básica: enfrentamentos e experiências" fa-zem parte de uma série que buscou organizar, reunir e dar publicidade a uma parte expressiva dos projetos elaborados por educadoras/es e trabalhadores/as da rede mu-nicipal de ensino de São Paulo como trabalho final para o Curso de Aperfeiçoamen-to Gênero e Diversidade na Escola, realizado entre 2015 e 2016 pela Universidade Federal do ABC em parceria com a então recém-criada Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

Tal curso, tendo sido realizado desde há uma década por todo o Brasil, em caráter de extensão, aperfeiçoamento e pós-graduação, contou com uma estratégia inovadora. Foram apresentados aos/às participantes, para escolha ou trabalho simultâneo, os vários Eixos Temáticos: Diversidade, Gênero, Sexualidade e Relações Étnico-Raciais. Foram solicitados como trabalhos a construção de diários que dialogassem com cada Eixo Temático e que se constituíssem em fragmentos autobiográficos reunidos num Memorial. O objetivo foi favorecer a produção de testemunhos e autoconhecimento, trazendo à tona a intersubjetividade e o protagonismo dos/as colaboradores/as sobre a própria realidade pessoal e profissional transposta para a comunidade.

A partir da etapa inicial, os participantes elaboraram projetos derivados de suas experiências e dos dilemas que enfrentam no cotidiano escolar.

* Paulo Freire In: FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e Ousadia - O Cotidiano do Professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986, pp. 92-72-93.

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15 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Esses projetos dão conta de uma multiplicidade de temáticas transversais que percorrem as atividades pedagógicas. Em função disso, foi construída uma agenda atenta ao pertencimento de toda comunidade escolar na formação humana em geral. O objetivo foi o enfrentamento de preconceitos expressos ou velados de situações que, de uma ou outra forma, inibem a garantia de direitos humanos básicos. Como condição fundamental, visou-se o direito democrático do exercício da cidadania.

Entendendo que a Educação Básica contempla a Educação Infantil (0 a 6 anos) e o Ensino Fundamental (1º ao 9º anos), os projetos se desdobraram em atividades diversificadas dirigidas às crianças e aos adolescentes em suas comunidades, impli-cando a participação ativa de todo universo escolar, especialmente das diferentes configurações familiares.

Com o fito de disseminar práticas de convívio, rodas de conversa, contações de histórias, exercícios de releitura e apropriação de saberes populares, mitos, lendas e outros fazeres, os projetos angularam práticas que colocam as experiências do diverso como exercício de aprendizado e convívio.

O mapeamento dos diferentes projetos exigiu que fossem levados em conta os pressupostos existentes nas variadas condições da cultura escolar. Transparecendo outras aventuras, esta proposta abrigou ousadias que se complementaram na compo-sição multicolorida de conhecimentos disciplinares e conhecimentos populares, in-clusive saberes griôs. Com isto, garante-se na própria formatação desses livros o cru-zamento de trajetórias complexas que, afinal, caminham para a renovação do sentido do vivido, pluralizando a cultura escolar.

O processo de seleção dos trabalhos obedeceu a proporção das escolhas refletindo as tensões, ambiguidades e tendências de cada núcleo escolar.

Ainda que nos resultados conceitos conflitantes estejam presentes, respeitou-se as várias combinações como mostra do convívio plural das propostas apresentadas.

Divergindo da percepção estabelecida de empoderamento segundo a tradição an-glo-saxônica, valorizou-se a indicação de Paulo Freire, afirmando que o empodera-mento não significa benevolência ou delegação de direito de voz, mas, pelo contrário, o reconhecimento da potência do fazer/agir dos/as protagonistas da ação educativa.

Nesses volumes, de acordo com o perfil de projetos apresentados, respeitou-se cada tendência. Presentes nas culturas escolares dos/as participantes, foram agregadas com-binações que, contudo, iniciando-se com escolhas de questões de um Eixo Temático (por exemplo, Diversidade e Gênero no primeiro volume de projetos e Relações Ét-nico-Raciais e Sexualidade no segundo volume de projetos, desdobrou-se para o en-

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Projetos na Educação Básica I • 16

caminhamento de discussões que se abriram para a complexidade de outros temas. O percurso sugerido a partir de um Eixo Temático permitiu variáveis complexas que, por si, se constituem em camadas temáticas interessantes para percepção de tendên-cias. O que se coloca como ponto de interesse a ser estudado, pois, é o teor da subje-tividade individual que se expressa no valor coletivo.

No primeiro volume de projetos, ganhou a primeira cena o conjunto de temas ligados à Diversidade e Gênero. E no segundo volume de projetos, constatando a desproporção derivada das escolhas individuais frente ao contexto coletivo, predomi-nou o tema do racismo no Eixo Relações Étnico-Raciais, ficando em um plano infe-rior as questões afeitas à Sexualidade. Fato que convida à perplexidade.

A multiplicidade de percepções, contudo, se constituiu em argumentação de du-plo sentido, moeda que negociou diferentes roteiros para se chegar a uma discussão comum tanto sobre as diversidades como sobre os gêneros, as relações étnico-raciais e as sexualidades, ainda como tabu. Com isto, afirma-se que nas ambiguidades e in-suficiências expressadas - não na sua homogeneização sempre idealizada - se dá a unidade da proposta. Inescapável pois a consagração do princípio que preza pela va-riação do direito de discussão pública e ampliada dos temas polêmicos, mas interdi-tos, que estão na ordem do dia.

O endereço do conjunto da publicação remete à possibilidade de leitura de todos os projetos. A comunhão desta alternativa visa estimular novas trocas e possíveis desdobramentos que permitam novos rumos a partir do que foi aferido nessa jornada.

Boa leitura!

Andrea Paula dos Santos Oliveira KamenskyProfessora Dra. da UFABC, Coordenadora do Projeto Gênero e Diversidade

na Escola (GDE UFABC), Professora Pesquisadora do Centro Simão Mathias de Estudos em História da Ciência - CESIMA/PUC-SP e do Núcleo de Estudos em História Oral - NEHO/USP

José Carlos Sebe Bom MeihyProfessor Dr. aposentado do Departamento de História da USP, Professor da

Unigranrio, Professor Pesquisador do Diversitas/USP e Coordenador do Núcleo de Estudos em História Oral - NEHO/USP.

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Projetos no Eixo Temático dIversIdade

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A cor do Brasil

Karen Vanessa Nery CarreiroEMEF Frei Damião

Quais os objetivos dessa ação?

Esse projeto tem como objetivo deixar claro como a cultura desse povo deu ori-gem ao que somos hoje, e é justamente por conta disso que precisamos mudar essa visão preconceituosa e eurocêntrica na qual está enraizada. Cabe esclarecer que não queremos que uma cultura sobressaia à outra, mas que sejam tratadas com igualdade. Desdobram-se os seguintes objetivos:

1. Promover ambiente de respeito na escola, para que a diferença não seja trata-da na óptica da exclusão, do desrespeito e da violência.

2. Desenvolver, a partir dos conteúdos ministrados a respeito de GÊNERO, SEXUALIDADE e RAÇA, atividades que primem pela equidade, respeito e valorização dos seres humanos.

3. Desenvolver atividades a respeito das leis 10.639/2003 e 11.645/2008.4. Desenvolver atividades a respeito da Lei Maria da Penha (Lei Nº

11.340/2006).5. Promover estudos a respeito de bullying, como forma de orientar os/as alu-

nos/as diante dessas práticas de violência e, ao mesmo tempo, contribuir para que ele/ela possa diferenciar o bullying do sexismo, da misoginia, do racismo e da homofobia.

6. Envolver alunos/as, funcionários/as e famílias/comunidade em discussões/eventos a respeito da diversidade e seus dilemas, buscando sempre a transfor-mação da escola em um lugar da liberdade, do respeito e da boa convivência, sem que se interfira nas diferenças, porém com foco nas desigualdades.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

O projeto será realizado dentro de um período de três a quatro semanas, onde diversas atividades culturais serão realizadas, com intuito da valorização e reconheci-

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Projetos na Educação Básica I • 20

mento da cultura afro-brasileira. Quatro turmas estarão incumbidas de realizar um trabalho com a temática para exporem aos outros colegas. Dentre essas atividades a arte será o ponto de partida.

A primeira turma fará confecção de máscaras africanas pintadas na telha de barro. A segunda turma fará um trabalho fotográfico entre os próprios alunos retra-tando a beleza da mulher negra. A terceira turma apresentará danças de origem africana (Samba de Roda, Maculelê, Carimbó, Maracatu). A quarta e última turma confeccionarão cartazes de conscientização além de pinturas sobre o tema.

O projeto será finalizado com a apresentação do grupo de Hip Hop HV2 Para a Vida.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

A atividade será realizada na unidade escolar EMEF Frei Damião e em seus es-paços, como quadra, pátio, salas de aula.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Rádio, músicas, vídeos, cola, tesoura, papéis para decoração, tintas, materiais reu-tilizáveis, mural, apresentações e vídeos.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas semanas.b) Para execução: de três a quatro semanas.

Qual o número ideal de participantes?

120.

Quem são os participantes?

• Quatroturmasdo9ºano.• Professoresdehistória,artes,informáticaeducativaedasaladeleitura.• Indiretamente,todoopúblicodaescola.

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Abraçando as diferenças

Fabiana de Souza Silva GuimarãesNatani Heloisa Belentani

Natália Cristina da Silva MolinariEMEI Professor Manoel de Alvarenga Freire Junior

Quais os objetivos dessa ação?

1. Expressar desejos, pensamentos e sentimentos por meio da interação com a literatura infantil, a fim de despertar desde os primeiros anos de vida, o estí-mulo e o gosto pelos livros.

2. Usar a linguagem oral para conversar, comunicar-se, relatar suas vivências e expressar desejos, vontades, necessidades e sentimentos nas diversas situações de interação presentes no cotidiano.

3. Trabalhar a questão da diversidade diariamente em sala de aula.4. Construir identidades étnico-raciais e de gênero positivas.5. Estimular o respeito às diferenças.6. Fazer escolhas de livros para leitura e apreciação.7. Ter independência e confiança em escolhas e ações.8. Apreciar a leitura de textos apresentados pelas professoras e pelas outras

crianças.9. Conhecer diferentes gêneros literários orais e escritos.10. Valorizar e adquirir atitudes de cooperação e solidariedade.11. Valorizar as diferenças e as escolhas dos colegas.12. Desenvolver a auto-estima.13. Proporcionar situações de valorização da diversidade.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

1. Roda de Conversa abordando os temas: coisas de menino e menina, negros, índios, apelidos etc.

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Projetos na Educação Básica I • 22

2. Roda de Manuseio: disponibilizar os livros que serão lidos para que a tur-ma possa folhear, manusear, observar as ilustrações e cores utilizadas (No momento da seleção, opte por livros que promovam a igualdade entre ne-gros e brancos, homens e mulheres, pessoas com deficiência e grupos de diferentes culturas).

3. Roda de leitura: a ser realizada uma vez por semana na sala de aula e men-salmente envolvendo todas as salas.

4. Roda de Intercâmbio: a ser realizada após cada leitura, para que as crianças possam compartilhar suas ideias e desdobramentos sobre o tema. Desta forma, serão incentivadas pelas professoras a falar sobre as diferenças abordadas em cada leitura e sobre o respeito a essas diferenças. Além disso, serão ressaltados e valorizados os comentários feitos pelas crianças, levando todos a refletir.

5. Ao final das leituras, os livros serão disponibilizados novamente para que as crianças possam manuseá-los, fazer seus comentários sobre a leitura com os colegas e professoras, recontar a história a partir das imagens e tratar dos fa-tos abordados no decorrer das Rodas.

6. No dia a dia na escola, as professoras deverão ajudar as crianças a refletir so-bre os acontecimentos referentes à diversidade remetendo-se às leituras e conversas realizadas. Ao notar manifestações de preconceito, as professoras deverão intervir, mostrando a importância do respeito às diferenças e da au-toaceitação. Uma boa estratégia é apoiar-se nos exemplos trazidos pelo ma-terial selecionado.

7. Para que a postura em casa ajude a iniciativa na escola, os pais devem ser envolvidos no trabalho. Organize uma reunião com eles para explicar a im-portância de se abordar a diversidade no dia a dia. Estimule-os a fazer um exame crítico de seu próprio comportamento, refletindo sobre como isso in-fluencia os pequenos.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, área externa, cantinho da leitura.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros, CDs, DVDs, brinquedos.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: um dia para ler e selecionar o livro da semana.

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23 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

b) Para execução: realizar a leitura e as 4 rodas, uma vez na semana. Aproxima-damente 50 minutos.

Qual o número ideal de participantes?

25 crianças e uma professora (quantidade de alunos da sala).

Quem são os participantes?

As crianças são da educação infantil entre 4 e 6 anos de idade, que estudam na EMEI.

Como essa ação foi ou será avaliada?

• Aavaliaçãoserácontínua.Observações,anotaçõeseregistrosdocomporta-mento em relação às questões de raça, gênero e deficiência feitas pela profes-sora poderão ser incluídas no diário da classe.

• Registrocomfotos,considerandotambémasproduçõesdaturmacomode-senhos e cartazes para identificar os que precisam de apoio para aceitar sua identidade e a dos colegas.

• Rodadeconversaparaouviroqueascriançasacharamdaatividade.

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Arte corporal em foco

Rosania Rosa de JesusEMEF Daisy Amadio Fujiwara

Quais os objetivos dessa ação?

Observando as dificuldades dos alunos da comunidade onde a escola está inse-rida e o interesse dos mesmos em atividades corporais, o projeto foi concebido vi-sando contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem com ênfase na valoriza-ção da realidade cultural local, além de validar as vivências diferenciadas do grupo em foco, promovendo reflexão relacionada aos temas complexos discutidos no de-correr do curso Gênero e Diversidade na Escola. Visa também o desenvolvimento das capacidades de expressão corporal, como relacionamento, espontaneidade, ima-ginação, observação e percepção que, embora sejam inatas aos seres humanos, pre-cisam ser aprimoradas através de várias ações, entre elas as atividades dramáticas, musicais, plásticas e os jogos teatrais. O movimento corporal é responsável pelo desenvolvimento físico e motor do ser humano e, consequentemente, pela autono-mia da própria criança.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A partir dos temas apresentados no curso Diversidade e Gênero e observando a comunidade escolar e a sua relação com o outro, o objetivo é inserir um projeto que contemple e atenda a essa comunidade proporcionando uma interação que estabeleça relações espontâneas de respeito entre seus membros. Busca-se assim contribuir com o desenvolvimento da aprendizagem de forma lúdica e possibilitando uma aprendi-zagem real na abordagem de temas diversos e necessários para a expansão da critici-dade e ampliando um repertório de situações que ajude a comunidade a resolver seus conflitos quando necessário. Visando contribuir com ações afirmativas que incenti-vem o aprimoramento intelectual e social, esse projeto propõe algumas ações para auxiliar estes alunos durante o seu percurso escolar.

A proposta é para um projeto anual no contraturno escolar, atendendo alunos do ensino fundamental I. No entanto, se houver interesse por parte de professores do

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25 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

ensino fundamental II, fica aqui o convite, pois sabemos o quanto os alunos desse nível apreciam essas atividades e como elas são importantes para eles.

O projeto será desenvolvido em etapas, a partir das discussões sobre os temas apresentados. Os alunos poderão escolher uma música e um poema que retrate a realidade, e será desenvolvida uma coreografia relacionada ao tema.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Em vários espaços internos e externos, com atividades como apresentações para os alunos dentro da escola e também fora dela, teatro etc.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Rádio, livros, multimídia, vídeo, computador.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: uma aula semanal.b) Para execução: duas aulas semanais.

Qual o número ideal de participantes?

45 alunos turma.

Quem são os participantes?

Preferencialmente alunos do 5º e 6º ano.

Como essa ação foi ou será avaliada?

De forma contínua, com apreciação do trabalho.

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“Brincalendo”, o jornal bilíngueAproximando a comunidade do CEI Jardim Hercília

Nívea Cristina MatiasCEI Jardim Hercília

Quais os objetivos dessa ação?

1. Divulgar as ações pedagógicas, desconstruindo estereótipos e instigando a troca de experiências bem como o conhecimento das diferentes culturas.

2. Propiciar o processo de construção da identidade infantil, embasado no direi-to de viver em relações de igualdade.

3. Ampliar a horizontalidade das relações e a circulação das informações. 4. Favorecer a compreensão da leitura em dois idiomas, valorizando a diversida-

de sociocultural em suas diferentes formas de expressão.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

O jornal, de veiculação bimestral, segue um cronograma de planejamento e ações que em cada edição se pauta nas necessidades pedagógicas e eventos/acontecimentos determinantes da unidade escolar.

Este projeto de intervenção está sendo desenvolvido de forma interdisciplinar, sustentado por uma metodologia dialética, envolvendo o diálogo e a escuta do outro, suas ideias, crenças e visões de mundo.

A ênfase está na aproximação das famílias através de atividades com as crianças. Em “Intervenções Literárias” e “Recorte cultural” os familiares são convidados a in-teragir com as crianças para apresentar um conto, música, prato ou dança típica de sua cultura.

Toda a vivência é transformada em comunicação escrita em dois idiomas, aproxi-mando e acolhendo a comunidade estrangeira/boliviana. Os pais são instigados a participar, contando um pouco de sua cultura e costumes, através de cantos, danças e roda de conversas.

Conteúdo:Como principais referências bibliográficas, utilizamos os livros: Chuva de manga,

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27 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

O cabelo de Lelê, Histórias africanas para contar e recontar, Te conto que me contaram=Te cuento que contaron (Edição Bilíngue), Diversidade, dentre outras histórias.

Os filmes Azur e Asmar e A princesa e o sapo, projetados como sessões de cinema no Centro de Educação Infantil, bem como as edições do nosso jornal “Brincalen-do”, contendo experiências vivenciadas com as crianças e a comunidade educativa, também são utilizados em nosso projeto de intervenção como mecanismo de valori-zação da diversidade humana e cultural. Os murais da unidade são usados para divul-gar as produções criadoras das crianças, aguçando novos olhares e sensibilizando a comunidade.

As ações são registradas através de fotografias, filmagens e registros.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Todos os espaços físicos da escola são utilizados para a realização das atividades propostas neste projeto de intervenção, como a sala de convivência, o refeitório, o parque, a sala de leitura, uma vez que acreditamos que todos os espaços da unidade são educativos.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Recursos materiais diversificados como livros, rádios, retroprojetores, tecidos, pa-péis e adereços fornecidos pela escola, bem como vestuários confeccionados pelas professoras, educadores e familiares. Câmeras fotográficas, computador, internet.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Planejamento: A cada edição é estabelecida uma reunião de pré-pauta entre os professores e

gestores para que sejam elencados os assuntos fixos. Após essa etapa é determinado um tempo de acolhimento do material e marcada uma reunião geral de pauta com representação de toda comunidade educativa, onde geralmente são convidados três familiares e um representante de cada segmento de serviços do CEI, diferentes a cada encontro.

As ações são planejadas em três reuniões semanais de formação e ação. b) Para execução: As crianças são ouvidas durante as rodas de conversas, contação de histórias e nas

intervenções livres das atividades lúdicas. A partir dessas observações e sugestões são pautadas as indicações literárias, dicas culturais, dicas de brinquedos e brincadeiras,

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Projetos na Educação Básica I • 28

enfim, assuntos pertinentes e rotineiros ao saber infantil. As interações com os pais são diárias nos empréstimos de livros no espaço literário e em atividades mensais, especialmente planejadas de acolhimento e interação.

Qual o número ideal de participantes?

O número fixo de coordenadores é de quatro profissionais de educação e uma família brasileira e uma boliviana, representadas geralmente pela mãe, a cada edição.

Quem são os participantes?

Professoras de educação infantil e professora convidada. Comunidade educativa e mães.

Como essa ação foi ou será avaliada?

As ações de interação entre a escola, família e criança estão permitindo a constru-ção de relações pautadas no respeito e na valorização da diversidade.

As crianças estão ampliando seu conhecimento de mundo através do enriqueci-mento do seu repertório literário e de experiências nas diversas linguagens com des-taque para as artes visuais que revelam o processo de construção da identidade infan-til através de autorretratos.

As famílias estrangeiras se sentem mais acolhidas e participam ativamente do cotidiano escolar através da realização deste projeto.

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Brinquedos e brincadeiras na educação infantil

Maria de Lourdes Ricardo FerreiraCEI Jardim Rodolfo Pirani

Quais os objetivos dessa ação?

Direcionado para crianças de três anos, tem a finalidade de ser uma “proposta ino-vadora no CEI, cuja interdisciplinaridade e transversalidade aborde questões de pre-conceitos sobre Gênero e Diversidade”. Foi um projeto criado e realizado com as crian-ças tendo como objetivo principal o resgate de valores desde a primeira infância quanto ao preconceito que fere e marca o cidadão na sociedade. Desdobram-se nos objetivos:

1. Brincar e interagir no ambiente escolar do CEI com diferentes brinquedos e brincadeiras de diferentes etnias.

2. Contar histórias que abordem a temática propiciando possíveis questiona-mentos.

3. Propiciar uma interação a partir da confecção, com sucatas, de instrumentos musicais das diferentes etnias.

4. Confeccionar um livro que traga implícitas questões de Gênero e Diversida-de, a partir do brinquedo e da brincadeira.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Primeiro Momento : Brincadeira com bonecas de diferentes etniasAula 1. No primeiro momento do projeto as atividades contaram com brincadei-

ras com bonecas de diferentes etnias, dentro da sala de aula. A professora da turma teve a oportunidade de observar as crianças enquanto brincavam, e isso foi importan-te, porque facilitou o entendimento de que as crianças não têm preconceitos com etnia. O que elas querem mesmo é somente brincar.

Aula 2 . Nesta aula a brincadeira aconteceu no pátio externo da escola, mas dessa vez contando com carrinhos de bonecas na interação.

• Segundo Momento: Roda de históriasAula 3. A roda de histórias é uma atividade que leva a criança ao letramento,

porque ao contar e recontar as histórias ouvidas numa sequencia lógica dos fatos ela

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Projetos na Educação Básica I • 30

passa a compreender o contexto da história. E isso acaba acontecendo com outros contextos vivenciados no seu dia a dia dentro e fora da escola.

Dois livros foram utilizados: Menina bonita do laço de fita e Berimbau mandou te chamar.

Durante a roda de histórias nenhum questionamento foi feito, mas as crianças tive-ram a oportunidade de manusear o livro, fazer leitura de imagens junto com os amigos.

Berimbau mandou te chamar, de Mariana Massarani e Bia Hetzel é um livro que traz uma temática de música e dança africana. O livro se fez oportuno para uma roda de música com as crianças, que se encantavam à medida que iam vendo as imagens desenhadas, chegando a fazer pequenos comentários entre si.

• Terceiro Momento: Bonecas abayomiAula 4. Brincadeira com as bonecas abayomi, que são bonecas africanas típicas do

período do escravismo no Brasil. A mãe negra e escrava rasgava a barra de suas saias para fazer bonecas abayomi para seus filhos brincarem. O tema trabalhado oportuni-za o resgate de brinquedos da cultura africana em sala de aula.

• Quarto Momento: Brincadeira com instrumento musical de sucataAula 5. Os instrumentos musicais com os quais as crianças brincaram foram

confeccionados pelos professores da unidade nos momentos de reunião do PEA. São instrumentos indígenas, africanos e europeus feitos pelos professores a partir de ma-teriais reciclados, de modo a enriquecer a brincadeira agregando valores e a custo zero. Os instrumentos musicais utilizados pelas crianças durante a aula foram: o pau de chuva, o trombone, o reco-reco e o tambor.

• Quinto Momento: Confecção do livro de músicaAula 6. Confecção de um livro de música (A Linda Rosa Juvenil), composto por

personagens de diferentes etnias, resgatando valores culturais, sociais e étnicos.Para a realização da atividade, as páginas do livro foram construídas a partir de

um quebra-cabeça, onde cada criança teve a oportunidade de brincar com os perso-nagens. Duas vezes por semana trabalhávamos na construção do livro, e o mesmo ficou pronto em quatro semanas. Segue-se o processo de Montagem da primeira página do livro:

– Uma roda de conversa foi organizada para apresentação do livro de música do MINI GRUPO II A.

– Roda de canto.– Apresentação do quebra-cabeça da primeira página, no qual as crianças têm

de montar a "Linda Rosa". Cada aluno tem sua parte da boneca para ser co-

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31 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

lada e eles terão que decidir onde irão colar para que a boneca fique parecida com a do Mini Grupo IIA.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Pode ser realizada em vários lugares disponíveis da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros, papel, cartolina, materiais diversos para construção de instrumentos mu-sicais, bonecas e bonecos de vários tipos e etnias, músicas selecionadas etc.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Ao longo do ano letivo ou definido pelo professor.

Quem são os participantes?

Crianças na faixa de 3 anos de idade.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação de Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil permeou todo o percurso do projeto, e seu registro ocorreu à medida que o trabalho discorria, com as observações efetuadas por meio das fotos e dos relatos das atividades. As crianças interagiram e participaram de todos os momentos das atividades com prazer.

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Bullying: apesar das diferenças somos todos iguais

Daniela Barroso Miranda LopesEMEF Prefeito Adhemar de Barros

Quais os objetivos dessa ação?

1. Estimular os alunos a reflexões sobre diversidade cultural, promovendo o re-conhecimento de que vivem em uma sociedade plural constituída de indiví-duos singulares.

2. Levar à conscientização da prática do bullying e suas consequências e dos danos físicos e/ou morais que pode causar a suas vítimas.

3. Levar o grupo a perceber a importância do respeito mútuo, do respeito às diferenças individuais.

4. Propiciar ao aluno a participação em debates geradores de reflexões, impul-sionando-o à autonomia de pensamento e ações.

5. Construir uma proposta de regras de convivência e contra o bullying na uni-dade escolar.

6. Mobilizar a comunidade interna e externa para ações de combate ao bullying escolar.

7. Reconhecer os valores positivos em si mesmos e nos outros, fortalecendo la-ços grupais.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

O bullying não é um problema simples; envolve toda a comunidade escolar (estu-dantes, docentes, familiares) e requer informações para que seja abordado profunda-mente. Partindo do princípio de que somos todos responsáveis pela mudança que queremos no mundo, esse projeto, com suas atividades interdisciplinares, fornece es-tratégias antibullying, que estimulam à pesquisa, ao diálogo e à troca de ideias, ofere-cendo suporte moral através de dinâmicas, filmes, debates, rodas de conversa, docu-mentários e palestras sobre como agir diante do problema, visando uma melhor con-vivência e harmonia entre os alunos.

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33 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

O projeto propõe a todos nós, docentes, trabalhar com os alunos na construção de valores de convivência e ambientes escolares cooperativos, onde os conflitos possam ser tratados e resolvidos de forma construtiva. As escolas devem promover a valori-zação da diversidade e reconhecer a todos e todas com suas qualidades particulares e individuais.

Proposta de Cronograma das atividades:• Atividade 1: Apresentar o conteúdo proposto através de slides.• Atividade 2: Montar com os alunos medidas socioeducativas, regras de

convivência para o combate e erradicação do bullying na escola por meio de cartazes.

• Atividade 3: Pesquisa na internet, revistas digitais e enciclopédias sobre o conceito de bullying e, logo após, debate para levantamento de propostas e conclusões.

• Atividade 4: Filmes A corrente do bem e Um grito de socorro.• Atividade 5: Montagem de mural para expor as pesquisas e descobertas,

sensibilizando alunos e a comunidade escolar em relação ao tema estudado.• Atividade 6: Roda de ideias e fatos com os alunos e docentes para discussão

do tema, suas características, seus casos, a seriedade do mesmo e as possíveis soluções para diminuir e acabar com a prática do bullying.

• Atividade 7: Recorte de revistas, em sala de aula. Os recortes de partes de pessoas (cabeça, tronco, pernas) serão recolhidos para que seja feita a junção com figuras diversas, formando assim diferentes corpos com feições e estru-turas físicas distintas. O objetivo é que os alunos possam perceber que as pessoas são diferentes umas das outras e que precisamos aprender a conviver e a respeitar essas diferenças.

• Atividade 8: Apresentação de seminários sobre os temas racismo, pluralidade cultural, orientação sexual, entre outros, com reflexões e debates.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, sala de vídeo, sala de informática, pátio, laboratório de artes, biblioteca.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Papel, cartolinas, revistas, tesoura, cola, livros, jornal, projetor, TV, vídeo, DVD, computador, revistas e mural didático.

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Projetos na Educação Básica I • 34

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Para planejamento: duas semanas. Para execução: dois meses, durante o bimestre a ser escolhido.

Qual o número ideal de participantes?

100 pessoas.

Quem são os participantes?

Alunos do 4º ano, com participação de professores regentes da sala das disciplinas de Artes e História, coordenadora pedagógica, dirigentes de escolas, pais, convidados e comunidade local.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será continuada, por meio de observação e de registros de fotos e fil-magens, tendo como critérios: a participação e interesse do aluno nas atividades pro-postas; as argumentações escritas ou orais; a manifestação espontânea dos alunos; o desejo de pesquisa, trazendo materiais que agreguem ao tema.

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Cine Clube Pinheirinho

Maria Aparecida Souza Silva Pereira dos SantosEMEB José Arnaud da Silva

Quais os objetivos dessa ação?

A atividade nasceu da vontade e união de pessoas do Conselho de Escola e mães de alunos, de um grupo de adolescentes secundaristas e dançarinos do bairro. Vimos a necessidade de montar uma atividade para integrar a comunidade do Jardim Pi-nheiros. A ação desdobrou-se nos seguintes objetivos:

1. Estimular a reflexão sobre os estereótipos femininos e étnicos.2. Divulgar desenhos e filmes que apresentassem abordagens sobre a diversida-

de cultural, de gênero, etnia e classe social, que não são tão frequentes na mídia.

3. Criar espaço de lazer alternativo (com uso da escola), integrando as várias faixas etárias da comunidade: crianças, jovens, idosos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A atividade foi realizada da seguinte forma: primeiro foi organizado um grupo de dança para crianças de 6 a 16 anos.

Chegou-se na proposta de se realizar, uma vez ao mês, apresentações de filmes e desenhos que questionassem os padrões que provocam preconceitos, criminaliza-ção (um dos participantes tinha várias tatuagens, por isso era olhado meio torto na comunidade).

Foi realizada uma discussão sobre a questão do preconceito quando, por exemplo, as meninas jogam bola, quando ficam num grupo de meninos, quando os meninos dançam. As imagens causavam estranhamento; nunca tinham assistido um desenho com personagens negros na TV e nem em outro meio. Houve também questiona-mentos sobre a quantidade de apresentadoras e apresentadores negros em programas de TV; as propagandas de produtos para os diferentes públicos: japoneses, negros, bolivianos, turcos; a diversidade que existe em nosso país; o tratamento que o poder público dá aos bairros do centro e aos da periferia.

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Projetos na Educação Básica I • 36

A partir dessa discussão foram elencados alguns filmes, como: Kiriku e a feiticeira, Valente, Vem dançar, Em busca de um milagre, Procurando Nemo, entre outros. Decidiu--se inaugurar o cine clube com o desenho Valente. Foram feitos convites, distribuídos a todos os alunos da escola, além de panfletagem na comunidade e cartazes espalha-dos pelo comércio do bairro.

Na segunda sessão foi apresentado o desenho Kiriku e a feiticeira, tendo como tema a beleza da cultura africana, desconstruindo o mito do negro feio e sem cultura. O desenho retrata o carinho no relacionamento entre mãe e filho e mostra Kiriku como uma criança perguntadora, pensante. A parte sobre seu nascimento foi extraor-dinária, e as crianças puderam conhecer desenhos com personagens negros.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

A atividade foi realizada no pátio da escola, utilizando os bancos do refeitório.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Papel sulfite para confecção dos convites, impressora para divulgação, convites para outros convidados.

Telão, computador, projetor, DVD.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas horas de reunião no sábado para organização de equipes para distribuir os convites na comunidade, bem como para colocar os cartazes no comércio do bairro.

b) Para execução: uma hora (sábado) antes da exibição para a equipe organizar o local da apresentação e os equipamentos. Duas horas de filme com interva-lo para a pipoca (que é feita no decorrer da exibição pela equipe responsável) e no final do filme 20 minutos de roda de conversa (proposto pelo grupo, podendo se estender de acordo com o público). Finalizando mais 30 minutos para o grupo limpar o local.

Qual o número ideal de participantes?

30 pessoas entre adultos e crianças.

Quem são os participantes?

Crianças convidadas, alunos da escola (do 1º ao 5º ano), seus pais e mães, pessoas

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37 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

da comunidade (com parentes), membros da APM (Associação de Pais e Mestres) e do Conselho de Escola (a diretora escolar), Sociedade Amigos do Bairro.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação se deu ao final de cada sessão, junto com o público e no grupo, sobre os ajustes necessários para a próxima exibição, bem como sobre a escolha da escola onde seria exibido o filme. Na avaliação após a primeira execução do projeto o feed-back foi positivo, com a solicitação das pessoas no bairro sobre sua continuidade.

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Conhecer, valorizar e respeitar a cultura afro-brasileira e indígena

Tatiana Oliveira MendesEMEF Martin Luther King Jr.

Quais os objetivos dessa ação?

1. Valorizar a cultura indígena, negra e seus afrodescendentes e afro-brasileiros na escola e na sociedade.

2. Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações em livros, jornais, revistas, filmes, visitas e passeios, a fim de confrontar dados e abordagens.

3. Conhecer os valores e as tradições culturais indígenas, desenvolvendo ati-tudes de respeito, cidadania e solidariedade necessárias a sua preservação e continuidade.

4. Despertar o espírito investigativo, crítico e a integração dos educandos.5. Trabalhar a interdisciplinaridade associando os conteúdos indígenas à Histó-

ria, Literatura e Arte.6. Valorizar a união entre os povos.7. Entender e valorizar a identidade do povo negro e das demais culturas

presentes na comunidade.8. Redescobrir a cultura negra, valorizando suas tradições esquecidas pelo tempo.9. Trazer à tona discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para

um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.10. Proporcionar condições a alunos e professores de apropriarem-se de novos

saberes sobre a cultura afro-brasileira.11. Estimular a visita a lugares onde podem ser estudados costumes, religiões,

línguas, tradições e conhecer objetos relacionados à cultura afro-brasileira

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Será realizada leitura de diferentes fontes de informação como livros, jornais, reportagens atuais, revistas, além de visitas a museus e exibição de filmes, músicas,

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39 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

apresentação de capoeira, construção com os alunos de resumos orais em forma de textos, gráficos, linha de tempo, criação de murais, apresentação de peças teatrais, apresentação de danças, coreografia, elaboração de comidas típicas, vestimentas, ins-trumentos e exposição dos trabalhos para a comunidade.

As atividades serão desenvolvidas na escola e os materiais utilizados serão: carta-zes, tinta, cola, canetas, blocos de anotações, vídeos, retroprojetores, aparelhos de som, tecidos, revistas, jornais, entre outros. As atividades deverão seguir o cronograma, com possíveis ajustes conforme a rotina da escola e dos alunos.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

De acordo com a disponibilidade da escola.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Durante o ano letivo.

Qual o número ideal de participantes?

500.

Quem são os participantes?

Alunos, pais, professores, equipe gestora (toda a comunidade escolar).

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de forma contínua e diagnóstica, com a intenção primordial de rever a própria prática docente criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem suas potencia-lidades, levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da coletivi-dade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades.

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Contos tradicionais

Janaína da Conceição MartinsEMEF Heitor de Andrade

Quais os objetivos dessa ação?

1. Ampliar o repertório de contos tradicionais das crianças.2. Reconhecer que em lugares diferentes no mundo as pessoas utilizaram e

utilizam o recurso da oralidade para transferir conhecimentos, saberes e culturas por meio de contos tradicionais, que esses contos vão além dos clássicos europeus difundidos em nossa sociedade.

3. Conhecer contos do continente africano e, por meio deles, desconstruir a ideia romanceada e unificada da cultura africana, valorizando a diversidade de países e etnias.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

1. Inicialmente será feito um levantamento dos contos conhecidos pela turma. 2. Depois será feita a pesquisa sobre a origem dos contos elencados.3. Será marcada no mapa mundi a localização da origem dos contos e escrita

uma legenda com o nome dos mesmos.4. Se observarmos que a maioria é de origem europeia, iniciaremos pesquisas e

leituras de contos tradicionais de outros continentes e países.5. Pesquisa sobre o país de cada conto, suas bandeiras, músicas e tradições po-

derão ser desdobramentos da proposta.

Que local pode ser realizada?

Em sala de aula ou em área externa, como jardins e gramados.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros, internet, mapa mundi, tachinhas, cartolina, canetinha.

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41 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas h/a por semana.b) Para execução: um semestre.

Qual o número ideal de participantes?

35 alunos (diretamente).

Quem são os participantes?

Alunos, familiares que ajudarão em pesquisas, convidados para realizar as leituras.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação se dará de maneira contínua, observando o envolvimento dos alunos, a curiosidade em buscar novos contos e a vontade de conhecer histórias de países localizados no mapa, além de recontá-las em sala de aula.

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Criança, o leitor da escuta e elo das relações: a literatura permeando as interações sociais

e culturais na primeira infância

Vanessa MoreiraCEI Jardim Hercília

Quais os objetivos dessa ação?

1. Propiciar o processo de construção da identidade infantil, embasado no direito de viver em relações de igualdade.

2. Abordar a valorização da diversidade sociocultural através da literatura em suas diferentes formas de expressão.

3. Desconstruir estereótipos, por meio de ações educativas, instigando a vivência de narrativas literárias e a troca de experiências.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Este projeto de intervenção está sendo desenvolvido de forma interdisciplinar, sustentado por uma metodologia dialética, envolvendo o diálogo e a escuta do outro, suas ideias, crenças e visões de mundo. A ênfase está na utilização de livros e contação de histórias que valorizam a diversidade cultural como ferramenta de formação cidadã para a leitura crítica do mundo.

As “Intervenções Literárias” são compostas por ações pontuais em que professo-ras, educadores e pais estimulam o prazer de conhecer a diversidade de culturas que compõem a comunidade educativa através de diferentes linguagens como: teatro, poesia, música, dança, brincadeiras no cotidiano do CEI.

Há também as ações intituladas de “Recorte Cultural”, em que familiares são convidados a interagir com as crianças para apresentar um conto, música, prato ou dança típica de sua cultura.

A “Festa Cultural” é aberta à comunidade educativa, representando o ápice da inte-gração, objetivando a ampliação do conhecimento e valorização das manifestações da diversidade humana e cultural. Os murais da unidade são usados para divulgar as pro-duções criadoras das crianças, aguçando novos olhares e sensibilizando a comunidade.

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43 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Conteúdo:Como principais referências bibliográficas, utilizamos os livros: Chuva de Manga,

O Cabelo de Lelê, Histórias africanas para contar e recontar, Te conto que me contaram=Te cuento que contaron, (Edição Bilíngue), Diversidade, dentre outras histórias.

Os filmes Azur e Asmar e a Princesa e o Sapo, projetados como sessões de cinema no Centro de Educação Infantil, bem como as edições do nosso jornal “Brincalendo”, contendo experiências vivenciadas com as crianças e a comunidade educativa também são utilizados em nosso projeto de intervenção como mecanismo de valorização da diversidade humana e cultural.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Todos os espaços físicos da escola são utilizados para a realização das atividades propostas neste projeto de intervenção, como a sala de convivência, o refeitório, o parque, a sala de leitura, uma vez que acreditamos que todos os espaços da unidade são educativos.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros, rádios, retroprojetores, tecidos, papéis e adereços fornecidos pela escola, bem como vestuários confeccionados pelas professoras, educadores e familiares.

As ações são registradas através de fotografias, filmagens e registros escritos.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: planejamos três vezes por semana nossas ações.b) Para execução: realizamos diariamente as rodas de leitura ou contação de

histórias e oportunizamos experiências lúdicas e artísticas no decorrer do ano letivo, constituindo um projeto de intervenção anual.

Quem são os participantes?

Professores/as de educação infantil, professores/as convidados, equipe de coorde-nação pedagógica, comunidade educativa e famílias estrangeiras convidadas.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Avaliação e observação das interações entre a escola, família e criança.

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Direitos humanos

Maria Elena dos Santos SilvaCEU Vila Curuçá

Quais os objetivos dessa ação?

1. Contribuir para a construção da cidadania.2. Fortalecer o respeito pelos direitos e liberdades humanas fundamentais.3. Demonstrar o valor que a educação tem para o desenvolvimento do ser

humano enquanto cidadão e membro de uma sociedade civil.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Seminário abordando os temas que abrangem direitos humanos, como:• Direitoàigualdadeétnico-racial.• Direitoàliberdadedeexpressão.• Direitodequeninguémpoderásofrerqualquertipodediscriminaçãoemrazão

de sexo, raça, cor, por ser pobre, pelas preferências sexuais ou crenças religiosas.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

No teatro da própria escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Para a confecção dos banners, cartazes e decoração: papel de vários tipos, cartoli-na, tesoura, cola, tecidos; aparelho de som, projetor, vídeos, computador.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: três meses.b) Para execução: um mês.

Qual o número ideal de participantes?

25.

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45 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Quem são os participantes?

Cinco grupos de 5 alunos de cada sala do 5º ano fundamental. Serão convidados os pais e toda a comunidade.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será feita de forma contínua, analisando desde a preparação até a fi-nalização dos trabalhos.

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Direitos humanos: superando preconceitos e reconhecendo diferenças

Aline Abdul HadiEMEF Padre Leonel Franca

Quais os objetivos dessa ação?

1. Promover um ambiente de respeito entre as pessoas.2. Reconhecer e aceitar as diferenças, levando a compreensão de que as pessoas

não são iguais.3. Valorizar a diversidade cultural.4. Vivenciar situações de discriminação, levando os alunos à percepção dos sen-

timentos que são criados a partir das situações de desrespeito e agressões; orientar os alunos contra práticas violentas.

5. Transformar a escola em um ambiente de liberdade e boa convivência; cons-truir a concepção dos direitos humanos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Atividade 1: Realizar um desenho sobre os sentimentos, dividindo o espaço entre “O que me deixa feliz e o que me deixa triste”. Nessa atividade os alu-nos farão a representação em desenho das situações cotidianas que os deixam tristes e felizes. Após essa etapa, farão a apresentação para a classe explicando os seus sentimentos em relação às situações desenhadas. Durante as explica-ções, a professora vai mediando as falas, levando à compreensão dos direitos das pessoas, questionando se as pessoas têm ou não direito de passar por de-terminadas situações. Exemplo: se o aluno desenhou a família brigando como situação triste, a professora pergunta se as crianças têm direito à família em harmonia e ao respeito a suas configurações. Finalizada essa etapa, é confec-cionado um cartaz expondo as atividades.

• Atividade2:As crianças farão um debate sobre as situações erradas que en-contram no seu bairro e também na escola, como por exemplo: moradia, ali-mentação, lixo etc. Os elementos elencados pela turma serão colocados na

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47 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

lousa pela professora e a partir deles serão estabelecidos os direitos que as pessoas possuem. Também poderão ser construídos os deveres das pessoas. Ao final serão elaborados dois cartazes que também serão expostos, sobre os direitos que são atendidos e que não são atendidos em relação às comunida-des em que os alunos convivem.

• Atividade3:A professora fará, com a turma organizada em roda de conversa, a leitura de dois textos sobre os assuntos abordados: Declaração Universal dos Direitos Humanos (Ruth Rocha e Otavio Roth) e Mini Larousse dos Direitos das Crianças (Silvana Salermo e Michele Iacocca). A partir daí, serão listados os direitos humanos e elaborado um cartaz coletivo para exposição.

• Atividade4:Os alunos assistirão a uma seleção de curtas que retratam situa-ções de discriminação, entre eles Uma lição de discriminação, que retrata a vi-vência de uma turma em um dia de discriminação por uma determinada ca-racterística. Também assistirão Malu, que fala sobre o autismo; O teste de bo-necas que fala sobre a questão étnico-racial, e Índios do Brasil, quem são eles, que trata da questão indígena. Após a exibição farão uma roda de conversa, expondo as situações que vivenciaram envolvendo discriminação de diversos matizes: questão étnico-racial, deficiências, sexualidade, gênero etc. A partir dessa discussão, trocarão ideias sobre atitudes de cooperação, respeito, valori-zação e direitos entre as pessoas.

• Atividade5:A turma vivenciará situações em que sejam alvo de discrimi-nações: perda da visão, fazendo um trajeto com lenço amarrado nos olhos; perda da mobilidade, sendo amarrados a um colega para fazer tarefas cotidia-nas da escola como escrever, organizar cadeiras e mesas etc.; ser chamado durante o dia por apelidos colados nas costas sem que a pessoa saiba e um debate sobre uma situação de risco onde é preciso salvar algumas pessoas de uma seleção prévia, como crianças, idosos, homens, mulheres, entre outros.

• Atividade6:Os alunos farão a criação de um poema ou música sobre as questões trabalhadas anteriormente para ser apresentado à turma.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

As atividades serão realizadas na sala de aula e quando necessário nos espaços coletivos da escola, como pátio e parque.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolina, papel kraft, folha sulfite, lápis, canetas hidrocor; cordas, lenços e livros.

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Projetos na Educação Básica I • 48

Quanto tempo tomará para planejar e executar o projeto?

a) Planejamento: duas semanas para pesquisa e elaboração do projeto.b) Execução: três meses para a realização das atividades.

Qual o número ideal de participantes?

A quantidade de participantes varia de acordo com o número de alunos em cada classe, mas as atividades são aplicadas para uma turma de alunos.

Quem deve participar da execução desta ação?

Os participantes do projeto são alunos do 4º ano do ciclo interdisciplinar do ensino fundamental com o apoio de uma professora polivalente, com o acompa-nhamento da direção e coordenação da escola.

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Discriminação no trabalho

Odete Maria de Fátima da Conceição Cabral de MeloEMEF Dr. Sócrates Brasileiro

Quais os objetivos dessa ação?

1. Entender o conceito de trabalho decente e compreender que a discriminação é exemplo de violação a esse conceito.

2. Identificar como se manifesta a discriminação no trabalho em relação a negros, mulheres, gays, lésbicas, transgêneros.

3. Reconhecer-se sujeito de direitos, desenvolvendo atitudes reflexivas e parti-cipativas rumo a uma conscientização dos direitos dos trabalhadores em novos tempos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Sequência didática:• Dialogarcomosalunossobresuacondiçãodetrabalhadorerelatosdedepoi-

mentos sobre situações envolvendo preconceito e discriminação. • Dramatizaçõesdesituaçõesdiscriminatórias.• Analisarosconceitosdepreconceitoediscriminação.• Vídeossobreatemática.• Leituradetextoconceituandotrabalhodecente(OIT/ONU).• Leiturassobredireitoshumanos.• Leituradetextosobrediscriminaçãonotrabalho.• Análisedegráficossobrediferençassalariaisentrebrancosenegroseentre

homens e mulheres. • Análisedecartazdacampanhadogovernofederalsobrediscriminaçãono

trabalho em relação aos homossexuais. • Pesquisanainternetsobreatemática.• Relatóriofinalsobreatemáticaestudadanosentidodecompreenderoque

mudou na percepção sobre o preconceito e a discriminação.

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Projetos na Educação Básica I • 50

• Autoavaliação.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, sala de multimídia, pátio.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Textos de livros, revistas, jornais, panfletos, aparelho de vídeo, data show, compu-tador com acesso à internet.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: quatro aulas.b) Para execução: dez aulas.

Qual o número ideal de participantes?

35 por turma.

Quem são os participantes?

• AlunosdaEducaçãodeJovenseAdultos.• ProfessoresdetodasasdisciplinasdaEducaçãodeJovenseAdultos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Elaboração de relatório final que contenha as reflexões desencadeadas a partir da temática estudada e uma autoavaliação.

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Discutindo diversidade na escola

Sabrina de Souza CarvalhoEMEF Dr. Jose Dias da Silveira

Quais os objetivos dessa ação?

1. Conhecer o conceito de diversidade.2. Desenvolver a conscientização do respeito pelos diferentes tipos de pessoas e

culturas.3. Divulgar informações sobre a temática para a comunidade escolar.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Contarahistóriacomascriançassentadasemroda.• Ascriançasdeverãoseobservarnoespelho.• Desenharasimesmaemfolhasdesulfite.• Mostrar os desenhos para toda a turma e ressaltar que ali existem várias

crianças diferentes umas das outras, mas que todas podem viver em harmonia e com muito carinho e amizade, meninos e meninas, todos juntos.

• Montarumpainelparaexposiçãonaescolacomosdesenhoseumtextoco-letivo produzido pelas crianças sobre o que elas aprenderam.

Conteúdo:

Livro Todo mundo é diferente, de Todd Parr.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, pátio externo, parque.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Papel pardo, giz, canetinhas, lápis preto, lápis de cor, espelho, computador, internet.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: dois dias.

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Projetos na Educação Básica I • 52

b) Para execução: duas semanas.

Qual o número ideal de participantes?

25 alunos.

Quem são os participantes?

• 25alunosdo1ºanodoensinofundamentalI.• Comunidadeescolar:1ºa9ºdoensinofundamental.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Produção de texto coletivo.

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Diversão e diversidade em todos os cantos

Sandra Borges da Costa DamianiCEI Jardim Rodolfo Pirani

Quais os objetivos dessa ação?

O Projeto Diversão e Diversidade em todos os cantos propõe uma reflexão e co-nhecimento das crianças e da escola em geral sobre a importância e a valorização das diferentes culturas, resgatando a nossa identidade cultural e as várias culturas existen-tes em nosso país, o que contempla a história e cultura afro-brasileira e indígena. Desdobram-se os seguintes objetivos:

1. Reconhecer e valorizar as diversidades culturais existentes em nosso país, bem como suas particularidades, através do processo de conhecer e descobrir.

2. Possibilitar a construção e valorização de diferentes culturas e etnias africanas e indígenas.

3. Perceber-se e perceber o outro como diferente.4. Possibilitar a construção e valorização da cultura afro-brasileira.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Leitura do livro: Menina Bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado. A atividade será realizada inicialmente com uma roda de leitura, juntamente

com as crianças, contando a história, chamando atenção para as diferentes características dos personagens.

• Caixa de imagem: Cantos montados com tapetes e almofadas onde a profes-sora apresentará figuras com representantes de diferentes culturas e etnias.

• Manuseio de fantoches : Cantos montados com tapetes e almofadas onde a professora irá fazer um teatro com fantoches das famílias negras, brancas, indígenas etc.

• Leitura do livro: Berimbau mandou te chamar, de Mariana Massarani e Bia Hetzel.

A professora irá fazer a leitura do livro, mostrando diferentes cantigas carac-terísticas da cultura afro-brasileira.

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• Dança afro-brasileira: Capoeira Na sala a professora irá colocar o som característico da cultura afro-brasilei-

ra – capoeira, explicando suas características e contexto cultural, estabelecendo junto às crianças os movimentos característicos da cultura afro-brasileira.

• Painel de fotos: abordando imagens das diferentes culturas, onde as crianças poderão apreciar as diferentes características e especificidades dos povos in-dígenas e afro-brasileiros.

• Brincadeira com bonecas de diferentes etnias (branca, negra, japonesa): contemplando as diferentes características e contextos culturais.

• DVD Palavra Cantada: abordando diferentes tipos de sons, com materiais de sucata (lata).

• Instrumentos musicais: contemplando a produção de diferentes sons produ-zidos pelas crianças, a partir da utilização de diferentes instrumentos musicais.

Conteúdo:– Livro: Menina Bonita do laço de fita e Berimbau mandou te chamar– DVD Palavra Cantada.– CD Músicas Afro-Brasileiras.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, sala de vídeo, solário.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Papéis diversos, tesouras, imagens indígenas, imagens africanas, fantoches, papel contact, figuras de revistas, instrumentos musicais.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para o planejamento foi necessária uma semana para se pensar todas as ações que envolveriam o projeto.

b) Para a execução foram necessários 30 dias.

Quem são os participantes?

Os alunos são do berçário II do CEI (Centro de Educação Infantil), abrangendo a faixa etária de 2 a 3 anos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Acompanhamento e registro das observações feitas a cada atividade realizada.

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Diversidade

Flavia Cruz RossoEMEI Clycie Mendes Carneiro

Quais os objetivos dessa ação?

A escola tem um papel fundamental na valorização e no respeito às diferenças de seus alunos, familiares e funcionários. Meu projeto de intervenção se iniciou em 2010 e, desde esse ano, realizo-o com o meu grupo na escola. Este ano, iniciamos com a identidade das crianças, abraçando a diversidade cultural, regional e afro-brasileira.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A cada ano, novas referências são pesquisadas e o caminhar do projeto se dá de acordo com o interesse das crianças e das situações que surgem, que necessitam de intervenção, mediação, inclusão e resolução de problemas.

Iniciei o projeto com as crianças com a pesquisa da origem de seus nomes, onde nasceram e onde seus pais nasceram, e, depois, localizamos esses lugares no mapa. As famílias auxiliaram nessa pesquisa e as crianças contaram o que apren-deram aos colegas.

Em roda de conversa, contemplamos que cada um tem seu jeito, tem sua cor de pele, cabelos, olhos, tamanho, peso etc. Utilizei o paradidático Tudo bem ser diferente e escutei a opinião das crianças fazendo as mediações necessárias. Temos um baú de histórias na sala, que as crianças utilizaram para apreciação e manuseio.

Na roda da história e da conversa, fui incluindo, através de literaturas infantis, a diversidade e a origem do povo brasileiro, valorizando o que cada cultura traz, na origem das palavras que conhecemos, comidas, contos, danças, jogos, brincadeiras etc. Fizemos pesquisa na internet de vídeos de capoeira, danças folclóricas e músicas, assistimos DVDs de histórias que contemplam o tema e visitamos o museu Afro Brasil no Parque do Ibirapuera.

O registro foi feito com a construção de um livro (portfólio) com as pesquisas, registro com desenhos das histórias e aprendizados (gosto de brincar de..., sou as-

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Projetos na Educação Básica I • 56

sim...), fotos das crianças e atividades. A Exposição do Projeto às famílias foi feita por meio de mural, fotos e vídeos.

Este ano, o projeto foi encerrado com um teatro na escola do Boi Bumbá e feijoa-da no almoço. As famílias foram convidadas para participar das atividades. Toda a escola foi envolvida por essas atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra e o resgate do nosso folclore.

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Diversidade cultural

Juliana da Silva OliveiraCEU CEI Perus

Quais os objetivos dessa ação?

1. Pesquisar diferentes culturas da comunidade.2. Trabalhar interação entre família e escola.3. Possibilitar a construção da valorização das diferentes culturas que existem

no Brasil.4. Trabalhar a autoestima nos alunos para que estes possam relacionar-se com

o outro.5. Desenvolver uma imagem de si, atuando de forma mais independente, com

confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações.6. Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e seus pares, fortale-

cendo sua autoestima e ampliando suas possibilidades de comunicação e interação social.

7. Desenvolver o hábito de ouvir.8. Trabalhar a oralidade.9. Estimular o respeito às regras sociais e de convivência com o outro.10. Estimular o respeito às diversas culturas e ao próximo.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Rodasdeconversa.• Entrevistascomospais,comunidadeefuncionários.• Confecçãodecartazesepainel.• Leituradehistórias,contoselendas.• Reproduçãodeobrasdeartequeretratemculturasvariadas.• Receitastípicasdecadaregião.• DVDs,fotoseoutrosmateriaisdemídiasobreotema.

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Projetos na Educação Básica I • 58

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, espaços do CEI para exposição dos trabalhos.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros referentes ao tema (O Cabelo de Lelê, Bonequinha Preta, Menina Bonita do Laço de Fita), papéis, tintas, canetas, giz de cera, cola, entre outros, para confecção dos cartazes, DVDs, desenhos e músicas, fotos.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas semanas. b) Para execução: dois meses.

Qual o número ideal de participantes?

Por estimativa, o número usual de crianças que frequentam a turma.

Quem são os participantes?

Crianças da escola, professores e pais das crianças.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será feita de forma contínua e diagnóstica, por meio de observações e registros realizados pelo professor.

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Diversidade étnico-racial na escola

Sueli Aparecida de LimaCEI Cohab Raposo Tavares

Quais os objetivos dessa ação?

1. Criar condições necessárias para que as ações sejam realizadas.2. Estimular e participar das ações propostas e desenvolver atitudes de respeito

à diversidade.3. Estimular interações coletivas/individuais contra atitudes preconceituosas.4. Colaborar com ações que desenvolvam melhor o comportamento de todos os

envolvidos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Numprimeiromomento, estimular os alunos para uma rodade conversa,sugerindo intervenções contra atitudes preconceituosas, discutir problemas e soluções.

• Contaçãodehistórias,auxiliandonumamaiorcriatividadeereflexão.• Pesquisacompais,funcionários,professores,gestoresecomunidade.• Tabulaçãodapesquisa,parabasenoPPP–ProjetoPolítico-Pedagógico.• Utilizaçãodeváriosmeiostecnológicosparapropiciaraosenvolvidosmais

oportunidades.• Atravésdessapesquisa,exporemformadecartazesummeiodeconscien-

tização.• Tambématravésdacontaçãodehistória,ofereceràscriançasmaisinforma-

ções e meios de construção para introdução do assunto.• Proporatividades,cartazes,filmes,enfim,quelevemosalunosaumaaceita-

ção crítica do assunto abordado.• Eporfimfecharaatividadecomumdocumentárioconstruídopeloprofes-

sor, juntamente com os alunos, mostrando como esse trabalho pode ser feito diante dos preconceitos existentes; quais as mudanças que ocorreram depois de todo trabalho e qual a perspectiva e pensamento.

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Projetos na Educação Básica I • 60

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula e, quando necessário, pátio da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolina, canetinha, prancheta, cartazes.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: sete dias.b) Para execução: dez dias e/ou ano letivo, conforme a necessidade.

Qual o número ideal de participantes?

A escola toda, de preferência também pais e comunidade.

Quem são os participantes?

Público alvo: alunos, pais, funcionários, gestores e comunidade.

Como essa ação foi ou será avaliada?

De maneira formativa, processual e contínua.

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Diversidade com direitos humanos

Agnaldo Menezes BastosEMEF Enéas Carvalho de Aguiar e

E. E. Prefeito Antônio Prátici

Quais os objetivos dessa ação?

1. Promover um ambiente de respeito dentro da sala de aula e na escola, para que as diferenças sejam tratadas com dignidade em um lugar de liberdade, respeito e boa convivência, sempre na perspectiva de valorização humana.

2. Envolver a comunidade escolar e familiar dos alunos em discussões e eventos a respeito das diversidades (culturais, religiosas, étnico-raciais, de gênero, se-xuais, entre outras), buscando sempre a transformação de uma escola com foco nas igualdades.

3. Estimular os alunos a continuar os estudos a respeito das diversidades e a compartilhar experiências.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Seráfeitaumaexposiçãooraleexibiçãodealgunsvídeosabordandoostemas.• Serápedidoaosalunosquerealizemumapesquisasobreostemaseaapre-

sentem à sala de aula no formato de seminário.• SeráorganizadaumaMostradaDiversidade,ondeosalunosapresentarão

os materiais pesquisados, apresentados em sala de aula anteriormente, no formato de palestra/exposição oral e exposição de artes plásticas. Grupo de 4 a 8 pessoas.

Proposta de Cronograma das atividades:

1. Introdução de textos, por exemplo: “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo” [...] “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela sua cor de pele, por sua origem ou ainda sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensi-nadas a amar”. (Nelson Mandela)

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Projetos na Educação Básica I • 62

2. Proposição de trabalho em grupo de pesquisa com o tema “Diversidade e Direitos Humanos” para apresentação em formato digital: apresentação em slides (Power Point) de textos, fotos e/ou filmes.

Eixo condutor da pesquisa: Origem e história dos Direitos Humanos. Esco-lher um tema que aborde a diversidade: de gênero, étnico-racial, sexual, reli-giosa, cultural. Contar a história e contexto atual. Conclusão do grupo.

Modo de entrega: Trazer em CD, ou entregar arquivo em pen drive.3. Em aula, criação de um ambiente de bate-papo, com a pergunta “Você é

preconceituoso?”.4. Em aula, em um ambiente de bate-papo, solicitar aos alunos contem alguma

situação em que presenciaram ou sofreram algum tipo de preconceito. Soli-citar que tragam o material de pesquisas (vídeos/links que abordem o tema) que acharem interessantes para compartilhar.

5. Criar uma seção de exibição de vídeos: • (Pre)conceitos e (In)diferenças – Gênero e Diversidade na Escola –

GDE;• MarceloJeneci,Música:PraSonhar.Clipoficial;• NósDeveríamosTodosSerFeministas,ChimamandaNgoziAdichiepara

TEDxEuston.6. Organização da Mostra Cultural da Diversidade para apresentação das pes-

quisa em forma de seminários.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

As atividades começarão a ser apresentadas em sala de aula e depois serão expos-tas numa Mostra da Diversidade à comunidade, no formato de exposição e palestras.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Computador, impressora, televisão, projetor/data show, cartolina.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: cinco horas. b) Para execução: 60 dias, aproximadamente.

Qual o número ideal de participantes?

Grupos de 4 a 8 alunos por grupo, com aproximadamente 120 alunos e alguns convidados pelos alunos e professor.

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63 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Quem são os participantes?

Alunos dos 3ºs anos do ensino médio; direção da escola; professores que possi-velmente se envolverão no projeto.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será mediante a participação direta dos alunos nas apresentações dos Seminários e durante a Mostra da Diversidade.

A avaliação da apresentação e do material pesquisado será pontuada da seguinte forma: total de 10 pontos (apresentação de 1 a 5 pontos e material pesquisado de 1 a 5 pontos).

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Encontrando a diversidade através do outro

Lucileide Cumaru Dos SantosCEU EMEI São Mateus

Quais os objetivos dessa ação?

Este projeto de intervenção busca trabalhar com os alunos da Educação Infantil, visando oportunizar às crianças o conhecimento da diversidade étnico-cultural. Pre-tende-se que os alunos conheçam um pouco sobre a história e a geografia dos povos que aqui chegaram.

Esse contato com outros grupos étnicos visa possibilitar a compreensão e o res-peito mútuo por um único mundo, mas constituído por diferentes manifestações e expressões culturais.

Através das leituras, fotografias, músicas e danças de cada povo serão focalizadas a afetividade, a experiência e o desafio do novo que abre espaço para a cooperação, criatividade e integração, afirmando as identidades. Dentro dessa premissa, desdo-bram-se os seguintes objetivos:

1. Oportunizar uma concepção de educação preocupada com o desenvolvimen-to do ser humano de forma global.

2. Estimular as crianças a respeitar as diversidades étnico-culturais em seu meio social.

3. Apresentar os aspectos históricos, geográficos e culturais dos grupos étnico--culturais, através de leituras, jogos, arte e danças.

4. Encorajar as crianças a buscar seu lugar no grupo.5. Trazer musicalidade e ritmo para o seu cotidiano.6. Proporcionar acesso aos gêneros musicais como samba, rap e danças regionais.7. Interpretar obras de Candido Portinari que retratam a figura do negro.8. Ensinar danças para que as crianças compartilhem com suas famílias, am-

pliando o universo de sua convivência.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Emrodadeconversa,atravésdeleituradediversashistórias, lendas,mitosindígenas, explorar o tema diversidade étnica e cultural, levando a criança a

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65 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

perceber as diferenças que se apresentam entre elas. Nessa atividade será trabalhado o antes, o durante e o depois: as crianças se posicionam e falam sobre o texto e, logo após, manuseiam o livro, observando suas imagens.

• Construçãodetextocoletivotendooprofessorcomoescribadasleiturasrea-lizadas, desenhos que representem o que mais chamou a atenção nos textos.

• Dramatizaçãodehistóriasusandofantoches.• Apresentaçãodepeçasteatrais.• Exploraçãodefigurasderevistas,fotoseimagensproduzidaspelacomuni-

dade afrodescendente, conversando com os alunos, promovendo ações afir-mativas em prol da igualdade e desenvolvendo valores como respeito, soli-dariedade e amizade.

• Realizaçãodedançaseapresentaçãodesuasmanifestaçõescorporaisatra-vés dos vários ritmos.

• Utilizaçãodebrinquedos, brincadeiras e jogos, para que as crianças percebam os diversos tipos de brinquedos utilizados por outras crianças e, o mais im-portante, muitas vezes confeccionados por elas.

• Convite amembrosda comunidadequepossamapresentarmanifestaçõesculturais corporais expressas no folclore brasileiro. Por exemplo, a capoeira, dança muito conhecida pelas crianças e que traz uma história muito rica da cultura africana.

• Trabalhocombrincadeirasderoda/dançacircularindígena.• Confecçãodeuminstrumentomusicaljuntamentecomascrianças,umcho-

calho, por exemplo.• ConversacomascriançassobreCandidoPortinari,apresentaçãodealgumas

obras que retratam o negro e depois realização de um dia de exposição com fotos do artista e pinturas das crianças com suas observações.

Livros que serão utilizados:– O Cabelo de Lelê (Valéria Belém)– As tranças de Bintou (Sylviane A. Diouf )– Tudo bem ser diferente (Todd Parr)– Ana e Ana (Célia Godoy)– Crianças como Você (Barnabas e Anabel Kindersley)– Diversidade (Tatiana Belink)– Menina Bonita do Laço de Fita (Ana Maria Machado)– Peppa (Silvana Rando)

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Projetos na Educação Básica I • 66

– Chuva de Manga ( James Rumford)– Obax (André Neves)

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula e área externa da sala (pátio).

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cola, tesoura, argila, telas, tinta guache, papéis diversos, livros didáticos e paradi-dáticos, jornais, revistas, vídeos, CDs, internet, obras de arte.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Planejamento para levantamento dos materiais: uma semana. b) Execução: Essa intervenção será realizada durante um semestre letivo.

Qual o número ideal de participantes?

Aproximadamente 35 alunos.

Quem são os participantes?

Alunos da educação infantil, professora da sala, pais, equipe pedagógica e gestora, membros da comunidade.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será contínua, observando o envolvimento das crianças nas atividades e identificando atitudes que valorizam a diferença.

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I Colóquio Gênero e Diversidade na Escola

Marcos Roberto MartinezEscola Estadual Professor Adamastor de Carvalho

Quais os objetivos dessa ação?

1. Elaborar um colóquio temático na Escola. 2. Debater com profissionais da Universidade que atuam no curso GDE (Gê-

nero e Diversidade na Escola) através da participação no evento.3. Estimular os alunos (principalmente da EJA) a pensar criticamente sobre

preconceito, machismo, homofobia e racismo.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• RealizaçãodeumcolóquiosobreGDE,tendocomoparticipantesalunosdadisciplina Sociologia, professores e diretoria.

• Composiçãodemesacomcincoconvidadosparadiscutirostemas:Machis-mo, Homofobia, Preconceito e Racismo.

• Proposiçãodeumaatividadedissertativasobreareflexãodocolóquioparaconclusão do ano, inserido na disciplina de Sociologia.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Teatro.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Data show, mesa, microfone, caixa acústica, pen drive, papel, computador, mí-dia eletrônica, alimentos e bebidas para o lanche.

• Utilizaçãodemídiassociais:Facebook, Instagram, Blog, e-mails, material im-presso para divulgação do evento.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: 8 horas.

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Projetos na Educação Básica I • 68

b) Para execução: 3 horas.

Qual o número ideal de participantes?

Estimada a participação de 96 pessoas.

Quem são os participantes?

80 alunos convidados (EJA, ETEC, Regular, entre outros), diretoria da escola, 5 expositores, aproximadamente 9 professores.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será feita com a percepção do aproveitamento dos alunos pela ativi-dade desenvolvida após o colóquio e em debate com os participantes no intervalo (coffee break), e na atividade dissertativa para conclusão da disciplina de Sociologia, na qual os alunos deverão se expressar livremente sobre as impressões do colóquio.

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Identidade indígena e o orgulho de ser índio

Kátia Messias CunhaCEU EMEI Jorge Amado

Quais os objetivos dessa ação?

1. Conhecer a herança cultural deixada pelos indígenas compreendendo a pre-sença da mesma no nosso dia a dia.

2. Respeitar a diversidade histórica, cultural e social indígena.3. Estimular a criatividade e o olhar que os povos indígenas têm em relação à

natureza e os cuidados com o meio ambiente.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• 1ºmomento:Roda de História. Será realizada a leitura de um livro (Banho!, de Mariana Massarani) que conta a história de uma família indígena no mo-mento do banho; todos estão nus e cada um age e pensa de uma forma. Uma ótima história para trabalhar com as crianças.

• 2ºmomento: Roda de conversa, análise e reflexão sobre a cultura indígena, seus costumes e sua forma de ver o mundo e a natureza. Registro em vídeo desse primeiro momento.

• 3ºmomento: Filme: Tainá – posteriormente registro em desenho do filme.• 4ºmomento: Apresentação de um power point aos alunos sobre as regiões

brasileiras onde habitavam os índios, observando-se a quantidade de tribos e a diferença nos dias atuais. Fotografias da tribo indígena do Jaraguá, que está tão próxima de nós e poucos conhecem.

• 5ºmomento: Apreciação de músicas e instrumentos indígenas (apitos, pau de chuva, chocalhos) e, logo após, confecção de um chocalho.

• 6ºmomento: Através de desenhos confeccionaremos um cartaz sobre o que entendemos e conhecemos da cultura indígena até aqui.

Conteúdos e brincadeiras escolhidos:• Mangá, Tobdaé:Esta é uma brincadeira com peteca. Peteca é um nome de

origem Tupi e significa “tapear”, “golpear com as mãos”. Mas o jogo de pete-

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Projetos na Educação Básica I • 70

ca entre os Kalapalo guarda certa semelhança com a nossa “queimada” e é jogado com várias petecas ao mesmo tempo (quatro ou seis) e com dois joga-dores a cada vez.

• Figura com barbante:Crianças e adultos de todos os cantos do mundo criam nas próprias mãos figuras com fios que representam formas do cotidia-no, como: vassoura, estrela, rede, casa, pé de galinha, peixe, diamante, balão, morcego, entre outras.

• PeixePacu:Um participante é escolhido para ser o pescador, enquanto os demais deverão formar uma fila que deverá se mexer feito uma serpente. O pescador corre ao longo da fila para tentar tocar o último jogador com uma vara ou um pedaço de pau, que representa a vara de pescar, evitando ser im-pedido pelos outros jogadores.

• Acorridadosaci:Trace uma linha na terra ou na areia para definir o local de largada e outra, a uns 100 metros de distância, para definir a meta a ser atingida. O participante deverá correr em um só pé, sem poder trocar durante a corrida. Quem conseguir ultrapassar a linha da meta ou chegar mais longe é o vencedor.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Na sala de aula, as intervenções da professora, leitura de histórias, roda de conversa, registros de atividades. Na sala de vídeo, o filme Tainá. Na sala de música, apreciação de músicas e instrumentos musicais indígenas. No pátio interno, exposição dos regis-tros fotográficos, desenhos e cartazes dos alunos e a realização de brincadeiras. Na sala de artes faremos as oficinas de bijuterias indígenas.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Cartazesedesenhos:cartolinasbrancas,color set (várias cores), folhas de sul-fite, canetinhas, giz de cera, lápis de cor, fotos, imagens, revistas.

• Instrumento musical chocalho: papelão, garrafinhas PET, tintas diversas,cola, tesoura, durex colorido, fita crepe, penas coloridas.

• Parafazercomascrianças:macarrão,canudos,tinta,barbante.• Paraasbijuterias:caixadeleite,tecido,sementes,miçangas,linhas,conchas,

penas, tesoura, alicate de pressão, jornal, cola.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento e organização dos materiais e espaços a serem utilizados, cinco dias.

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71 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

• umdia–conclusãodoprojetodeintervenção/pesquisasebuscadecon-teúdo histórico e social para trabalhar com as crianças, incluindo brinca-deiras e artesanatos.

• umdia–organizaçãoeagendamentodosespaçosaseremutilizados.• umdia–preparaçãodosmateriais:filme,músicas,instrumentos,materiais

tecnológicos e de papelaria.• umdia–buscadeobjetoseacessóriosquefazempartedaculturaindígena.

b) Para execução e conclusão das atividades propostas: duas semanas:• setediaspararealizaçãodasatividadesecincodiasdeexposiçãodasativi-

dades realizadas.

Qual o número ideal de participantes?

25 alunos, uma professora, um ATE, um agente de organização, pais/responsáveis e comunidade.

Quem são os participantes?

Alunos do infantil na faixa de 5 e 6 anos de idade. Convidaremos os pais e a co-munidade para prestigiar os trabalhos dos alunos e participar de algumas atividades com eles.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será contínua e sistemática, observando o interesse, a participação e a interação dos alunos com as atividades propostas.

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Juntos somos iguais e mais fortes

Fernanda do Amaral GarciaEMEF Antonio Pereira Ignácio

Quais os objetivos dessa ação?

Desenvolver a valorização da cultura africana e afro-brasileira.1. Ressignificar e resgatar costumes e tradições culturais.2. Proporcionar trocas de experiências e vivências enriquecedoras para contri-

buir na formação da identidade e do protagonismo juvenil.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Só há respeito ao próximo quando se sente ou se passa por experiências parecidas; a inclusão do diferente acontece quando o outro passa a ser igual, suas diferenças são respeitadas e ele passa a ser aceito e acolhido.

Um exemplo ocorrido nesta unidade foi quando recebemos alguns alunos africa-nos, entre eles um em especial, que era nigeriano, de nome Richard Rorobi. Esse aluno estava em minha unidade e não falava o português ainda, somente o inglês. Os funcionários desenvolveram um intenso trabalho para que ele fosse bem recepciona-do e acolhido por todos. Neste contexto, se faz necessário um trabalho específico e personalizado para que ocorra um acolhimento positivo e a inclusão dessa nova etnia na unidade escolar. Minha sugestão inicial foi estimular que os próprios colegas de classe do Richard atuassem para que ele se sentisse acolhido. Outras iniciativas toma-das nessa ação foram:

• Pediracadaalunoqueescolhaalgoquepossaproporcionarprazerealegria(brincadeiras, danças, jogos, comidas etc) para demonstrar a hospitalidade ao novo aluno estrangeiro.

• Convidarafamíliadonovoalunoaseapresentarparaacomunidadeescolare nos falar sobre seus costumes e tradições, para que tanto os alunos da co-munidade local quanto a família (no caso, nigeriana) possam trocar experiên-cias prazerosas e positivas, assim desenvolvendo valor no trato humano.

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73 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

O espaço físico a ser utilizado para essas apresentações poderá ser a própria sala de aula ou laboratório de informática, pois o mesmo é amplo e possui recursos midiáticos.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolina, tesoura, canetas hidrográficas para a confecção de cartazes.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas aulas por semana durante um mês.b) Para execução: duas aulas por semana durante dois meses. No terceiro mês,

reservar duas últimas aulas da primeira quinzena para a realização das apre-sentações.

Qual o número ideal de participantes?

Aproximadamente 32 alunos.

Quem são os participantes?

Alunos do 3º ano do ensino fundamental I regular.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação processual será feita de maneira coletiva e participativa com todos os envolvidos.

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Mário sem fronteiras

Debora Marins CampanholaEMEI Mário de Andrade

Quais os objetivos dessa ação?

1. Estimular a convivência étnica entre os alunos.2. Ampliar laços culturais entre as crianças.3. Integrar as etnias através das brincadeiras.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Algumas famílias de alunos bolivianos serão convidadas a um bate-papo com as crianças para contar seus costumes, falando um pouco de como é a infância e as brin-cadeiras no seu país de origem, vestimentas, músicas, artesanatos de forma descon-traída e simples em um ambiente decorado. Ao final da roda de conversa, alguns pratos típicos serão oferecidos às crianças.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de leitura, pátio e refeitório.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Materiais para artesanato diversos, rádio, cadeiras, utensílios de cozinha, TV, projetor.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: 20 horas/aula.b) Para execução: 5 horas/aula.

Qual o número ideal de participantes?

Cinco apresentações com 35 alunos cada, o que corresponde a uma turma.

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75 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Quem são os participantes?

Professores de educação infantil, equipe de apoio, crianças do ensino infantil I e II, familiares estrangeiros para colaborar na decoração, palestra, elaboração de pratos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Será avaliado o grau de interesse das crianças através da confecção de artesanato para transmitirem aos seus familiares o que foi aprendido e também a integração das crianças durante as brincadeiras.

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No Raul Pompeia, todo mundo é igual

Margareth de Almeida ReboledoEMEF Raul Pompeia

Quais os objetivos dessa ação?

1. Mostrar aos alunos a beleza das diferenças, das singularidades de cada in-divíduo.

2. Incentivar o amor ao próximo, independente das crenças, sexo, sexualidades, etnia, posição social.

3. Valorizar a si próprio para valorizar e admirar o outro. 4. Expor igualdades e diferenças e como um pode completar, complementar o

outro, com suas qualidades, cultura, aprendizado.5. Aceitar o outro, o diferente e, principalmente, respeitar a todos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

O projeto consiste em um conjunto de diversas atividades, com utilização dos conhecimentos pré-existentes de cada criança, suas dúvidas, preconceitos etc. Todas as disciplinas estarão integradas no projeto, cada uma contribuindo da sua maneira: o Português será a base para a criança escrever sua redação; a História terá o funda-mento teórico de como surgiu todo o preconceito (racial, por etnia, sexual, por gêne-ros etc...) e como surgiu a escravidão no Brasil, como a mulher vem sendo tratada ao longo dos séculos e o que podemos melhorar; a Geografia apresentará a complemen-tação geográfica de onde vieram os povos que compõem os brasileiros da atualidade, o que cada um trouxe ao nosso país e como se formou a miscigenação; as Ciências mostrarão que existem diferentes gêneros e sexualidades, importantes na composição da sociedade.

Proposta de cronograma de atividades:• Exibir um cartaz mostrando que todos somos iguais e criar um outro

cartaz com as crianças, indicando que "somos todos iguais, mesmo sendo diferentes".

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77 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

• Mostraraelasabelezadecadaum,sejapelacomparaçãodeigualdadeoudediferença, e a importância que cada um tem na sala de aula, na escola e na comunidade e, futuramente, para a sociedade.

• Mostrarquenossosgostosdiversos só trazembenefíciosa todos;poisumpode ser o futuro médico que cuidará do futuro padeiro, que alimentará um mecânico com seu pão, que consertará o carro de um dentista que cuida dos dentes do mecânico, e assim por diante.

• Mostrarqueamelaninade todosécompletamentediferente,nãoexistemtrês cores (branco, preto e amarelo), mas cada qual com seu tom, encostando os braços de todos em uma grande roda.

• Fazerdiscussãoemsalasobreatemática,dandomaioroumenorimportânciaaos temas de acordo com os interesses da turma, por exemplo, maior discus-são sobre racismo, sexualidade, diferenças genéticas, obesidade, etnias, reli-giões etc., mas sem perder o foco, enquadrando todas as nuances e variações da temática da melhor forma possível.

• Fazerredaçãosobreotemaigualdade.• Depoiscriarcoletivamenteumaúnicaredaçãodasaladeaulasobreotemae

expor em mural da escola, juntamente com os cartazes feitos pelos alunos.

Vídeos Utilizados:• Umexemplodevídeoutilizado:Vídeooficialdacampanha“PorumaInfân-

cia sem Racismo!” - UNICEF Brasil • Outrosvídeossobreastemáticaspoderãoserpesquisados.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Na sala de aula inicialmente, depois os cartazes serão espalhados pelos murais da escola e expostos no dia da família para os pais também no pátio da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolina, tesoura, caderno, lápis preto, borracha, canetinha, lápis de cor, fita ade-siva, celular (para fotografar trabalhos realizados pelas crianças durante todo o perío-do do projeto), impressora (para imprimir tais fotos), mural da escola, rádio, projetor.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas semanas, para organização de ideias, separação de material, busca de novas mídias etc.

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Projetos na Educação Básica I • 78

b) Para execução: Esse é um projeto que deve ser levado por todo o período escolar, com a execução mínima de cinco meses para que as crianças possam assimilar o conteúdo, entender o diferente e criar seu material, sua redação com pensamento próprio e sem tantas mistificações e preconceitos.

Qual o número ideal de participantes?

30 alunos.

Quem são os participantes?

A participação será feita pelos meus alunos do 3º ano do ensino fundamental.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação de um aluno é sistêmica e normativa, mas antes de tudo contínua, e visa o constante aprendizado e desenvolvimento do aluno. No caso do projeto em si, é importante observar como a aceitação ao outro vem aos poucos, com menos bullying e preconceito.

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O final feliz da história

Cibele Ribeiro dos Santos VieiraCEU CEI Azul da Cor do Mar

Quais os objetivos dessa ação?

1. Oferecer às crianças a oportunidade de observar as histórias vividas no coti-diano, oferecendo a um personagem real um final feliz.

2. Estimular a criança a detectar uma situação de preconceito. 3. Estimular a criança a lutar contra o preconceito imaginando como a situação

poderia ser diferente sob um novo olhar.4. Estimular o hábito da pesquisa.5. Desenvolver o gosto por boas leituras.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A atividade será realizada com crianças do ensino fundamental I. Diante de uma situação real de preconceito ou desigualdade noticiada ou não (pode ser vivida pelas crianças dentro ou fora da escola, com ela ou com terceiros), a criança deve elaborar soluções diferentes das que aconteceram, situações onde as próprias crianças narrem o que elas fariam e, chegando a um acordo, produzam uma história noticiando o fato como ele é e como ele deveria ser.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, quadra de esportes, parque, biblioteca, refeitório.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Notícias de jornais, blogs, redes sociais, depoimentos, computador, internet, tele-visão, DVD, cadernos de desenho, lápis, lápis de cor, canetas, tintas coloridas, mural.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: 1h30m (uma hora e meia) para organização do material.

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Projetos na Educação Básica I • 80

b) Para execução: duas aulas para debate sobre o fato, espaço para opiniões, e organização das ações a serem adotadas.

Quem são os participantes?

Os debates estarão abertos aos alunos, mas durante os mesmos pode-se buscar depoimentos e apresentações de demais membros da organização escolar.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Será avaliado o envolvimento dos alunos diante das propostas e a reações dos grupos para a elaboração de um produto final, como um livro ou um mural de obras de arte.

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Olhar do outro

Gisele Moreira da Silva Josielda Queiroz Ferro Machado

Rodgerio CarlosCEI Jardim das Vertentes

Quais os objetivos dessa ação?

1. Estimular a observação do ser humano sobre características peculiares e comuns.

2. Valorizar as características de cada participante como forma de respeito à diversidade.

3. Valorizar as produções artísticas de cada um, derrubando as barreiras da padronização.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A atividade será iniciada convidando-se os participantes a escolher um parceiro(a) para desenhá-los, lembrando-os que devem libertar-se das “amarras” das padronizações geradas pela mídia, pelas regras dos desenhos impostas na infância, deixando-os à von-tade para a escolha das telas, das tintas, dos pincéis. Ao final da atividade são abertas as discussões, quando cada participante descreverá a sensação da produção da própria obra. Finalmente, as obras serão expostas pela escola, valorizando a expressão de cada um.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Espaço amplo, áreas livres.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Telas para pintar de diversos tamanhos, pincéis, tintas acrílicas, fita adesiva.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: 30 minutos.

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Projetos na Educação Básica I • 82

b) Para execução: uma hora.c) Uma hora para discussão e exposição das telas.

Qual o número ideal de participantes?

Até 20 professores.

Quem são os participantes?

Professores de educação infantil, participantes do PEA - Projetos Especiais de Ação.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Pela observação do interesse e envolvimento das professoras nas produções e nas discussões posteriores.

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Onde canta o sabiá: conhecendo a multiplicidade para valorizar a diversidade

Elizabete Leonide FeketeCIEJA Parelheiros

Quais os objetivos dessa ação?

1. Fortalecer a escola por meio de práticas respeitosas e inclusivas para que ela possa ser considerada um local privilegiado de inclusão e emancipação social.

2. Compreender que as diversas manifestações presentes na cultura do Brasil influenciam a subjetividade, o pensamento e o modo de agir da brasileira e do brasileiro, o que demonstra a necessidade de se falar de inclusão, de diversi-dade, de educar para desnaturalizar as diferenças.

3. Contribuir para o desvelamento das causas condicionadoras das raízes de todas as formas de preconceitos em um povo.

4. Contribuir para que a escola possa ser um espaço onde questões de gênero, de sexualidade, de relações étnico-raciais e de diversidade cultural possam ser me-lhor entendidas, com a finalidade de erradicar preconceitos e discriminações.

5. Ressignificar, por meio de um diálogo respeitoso, o contexto histórico-cultu-ral dos educandos, para estabelecer relações entre os conhecimentos que tra-zem e os saberes divulgados no ambiente escolar.

6. Valorizar a linguagem oral, rompendo com o mito da unidade linguística, buscando-se subsídios nos estudos contemporâneos das variedades linguísti-cas, com a intenção de compreender que falar diferente não é errado.

7. Propiciar condições de debate e reflexão sobre os fatores políticos e econômi-cos que contribuem para a manutenção das desigualdades no Brasil.

8. Conscientizar o grupo docente da importância da formação continuada como instrumento de aprimoramento da própria subjetividade e de troca de experiências.

9. Compreender que a diversidade cria a arte, a cultura, a solidariedade, o per-tencimento e o respeito à dignidade da pessoa humana.

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Projetos na Educação Básica I • 84

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Os Círculos de Cultura, metodologia escolhida para nortear as formações docentes do Projeto de Intervenção, considera características essenciais da formação humana. Reconhece a pessoa como sujeito histórico, em permanente construção da sua subje-tividade, a qual (re)constrói seus conhecimentos por meio das relações dialógicas, de colaboração, corresponsabilidade e solidariedade. Objetiva compreender as relações políticas e pedagógicas que se estabelecem na sociedade e aquelas que se estabelecem entre a escola e o seu contexto social, desvendando, durante o estudo, o movimento que a leva aos seus resultados educacionais e sociais. O mesmo estudo possibilita a produção de um comprometimento que permite transformar as situações-problema da escola em práticas mais humanizadoras.

O processo formativo dividir-se-á em três momentos:1. Diagnosticador: elaborar-se-á um questionário socioeconômico com a fina-

lidade de conhecer o perfil das/dos estudantes intentando compreender os determinantes produtivos e não produtivos, ou seja, as desigualdades gerado-ras das situações-problema.

2. Tematizador: as reflexões serão resultado do estudo e da fundamentação teó-rica sob a luz das teorias antropológicas, sociológicas, linguísticas, literárias, artísticas e historiográficas, associados à contribuição dos saberes das áreas do conhecimento que compõem o currículo da EJA, bem como às práxis de cada um das/dos docentes participantes. Em suma, buscar-se-á diferentes saberes para a discussão das situações-problema, problematizando-as em seu contex-to e buscando ampliar a compreensão do problema.

3. Executor: sob os princípios da interdisciplinaridade e da dialogicidade, cada área de conhecimento organizará ações pedagógicas viáveis com a finalidade de se trabalhar a temática discutida durante os encontros formativos na sala de aula junto às alunas e aos alunos.

• Descrição detalhada do Momento Executor: O sucesso de qualquer projeto de intervenção depende de sua execução, de sua avaliação e reprogramação durante seu desenvolvimento. No caso de uma proposta para fortalecer a es-cola por meio de práticas respeitosas e inclusivas para que ela possa ser con-siderada um local privilegiado de inclusão e emancipação social, as propostas precisam ser analisadas com rigor. Por isso, descreveremos com detalhes como se dará a implementação da proposta junto ao grupo discente em cada uma das áreas do conhecimento a seguir.

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– Área de Linguagens e Códigos: Para favorecer a compreensão das nossas matrizes de origem enquanto povo brasileiro, as ações pedagógicas recorre-rão aos gêneros literários dos contos e lendas de origem africana, indígena e europeia como subsídios para explicar de modo ontológico a gênese do mundo, da natureza e do homem que cada povo legou à cultura brasileira.

Também se enfatizará ações pedagógicas que intentem valorizar a lingua-gem verbal, na vertente oral, com a intenção de conscientizar as/os estu-dantes de que a vertente escrita é a representação da língua coloquial. Nes-se sentido, se desenvolverá ações na tentativa de romper com o mito da unidade linguística presente ainda em nosso cotidiano. Para isso, aprofun-daremos os estudos sobre as Variedades Linguísticas para incluir a varieda-de geográfica, os dialetos, levando-os a compreender que falar diferente faz parte da riqueza da língua vernácula.

– Área de Ciências Humanas: À área de Ciências Humanas caberá condu-zir os momentos tematizadores de formação continuada docente. Para tanto, nos fundamentará teoricamente utilizando os estudos da Antropo-logia, Sociologia e Historiografia, selecionando os conteúdos mais perti-nentes, os quais facilitem uma melhor compreensão das três matrizes ba-silares do povo e cultura brasileiros.

– Área das Ciências da Natureza e Matemática: Em relação à disciplina de Matemática, esta desenvolverá ações cujos temas organizar-se-ão de modo que possam ser vistos como uma rede de significações. Ao se utilizar as informações obtidas por meio do questionário socioeconômico, realizado no momento diagnosticador, as operações matemáticas passarão a ter ou-tro significado para as/os estudantes, os quais perceberão o seu uso em situações do dia a dia.

Já quanto à disciplina de Ciências, esta oportunizará momentos em que o alunado constate que os vínculos existentes entre saúde e melhorias am-bientais dependem de um olhar crítico voltado às questões da educação, habitação, obras públicas, grupos comunitários, entre outros, para discus-são sobre um desenvolvimento sustentável da região. O alunado deve se conscientizar de que é impossível haver desenvolvimento saudável sem uma população saudável, ao mesmo tempo em que também perceba que todas as atividades voltadas para o desenvolvimento urbanístico afetam o meio ambiente e, consequentemente, podem causar muitos problemas de saúde na população local.

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Projetos na Educação Básica I • 86

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Os momentos de formação docente na escola acontecerão em dois espaços prin-cipais: a sala de informática e o auditório. Serão viabilizados momentos de formações externas ao ambiente escolar às/aos docentes, como visitas monitoradas às/aos: Mu-seu da Língua Portuguesa, Museu Afro Brasil, Museu de Antropologia e Etnologia, Memorial da América Latina, Aldeias Krukutu e Tenondé Porã.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Materiais:todos aqueles disponíveis na unidade escolar: papéis de diversas texturas e tamanhos, lápis de cor, giz de cera, tintas diversas, tesouras, colas etc.

• Recursosmidiáticos:e-books, projetor multimídia, computadores, notebooks, impressora, telão, internet, caixas acústicas, câmera, máquina fotográfica, DVD, entre outros.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Tempo estimado de seis horas semanais, com a duração de oito (8) meses.

Qual o número ideal de participantes?

Definido pelo professor.

Quem são os participantes?

19 professoras do ensino entre fundamental I e ensino fundamental II, e aproxi-madamente cinco pessoas da equipe gestora (assistentes e coordenadores pedagógi-cos e educacionais).

Como essa ação foi ou será avaliada?

No caso de uma proposta que objetiva o trabalho com a diversidade cultural presente em uma dada localidade, a avaliação deve se pautar nos princípios da avalia-ção processual e formativa, a qual deve estar a serviço da aprendizagem, a fim de proporcionar uma educação emancipatória. Portanto, será contínua para verificar se as temáticas trabalhadas nos encontros formativos estão alcançando as/os estudantes. Em outras palavras, a avaliação permeará os encontros formativos a fim de acompa-nhar o desenvolvimento do projeto de intervenção, diagnosticando os problemas a serem resolvidos e os avanços.

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Projeto história contada

Maria Michele do Carmo GomesEMEF Dr. Manoel de Abreu

Quais os objetivos dessa ação?

O projeto “História Contada” tem como objetivo norteador despertar o educando para o respeito à diversidade e à pluralidade étnica existentes no Brasil. O que nos leva à execução de tal projeto não é apenas a obrigatoriedade do ensino da história dos indígenas instituída por lei, mas o desejo de promover a valorização de todas as etnias no contexto escolar e em nossa comunidade. Este projeto tem como diretrizes:

1. A afirmação das identidades étnicas.2. A recuperação das memórias históricas. 3. A valorização das línguas e ciências dos povos indígenas.4. Conhecimento da história de resistência dos povos indígenas.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

O projeto proposto vem sendo desenvolvido pelas professoras da sala de Leitura em parceria com os professores de Língua Portuguesa, História, Arte e professores do fundamental I e consiste na leitura e/ou contação de histórias que retratam o universo dos diferentes povos indígenas do Brasil, literaturas que valorizam as dife-renças e a diversidade cultural desses povos.

As obras, selecionadas pela própria equipe de professores e coordenação pedagógi-ca, a partir do acervo da escola e outras adquiridas pela própria escola, são as seguintes:

• Caçadores de aventuras, Daniel Munduruku (1º, 2º e 3ºs anos)• Kuery, Júlio Emílio Brás (4º e 5º ano)• Tekoa, Olívio Jukupê (4º e 5º ano)• Preta, parda e pintada, Helena Gomes (6º e 7º ano)• Vou lá buscar a noite e já volto, Susana Ventura (6º e 7º anos)• Histórias indígenas dos tempos antigos, Pedro Cesarino (8º e 9º ano)• Metade cara, metade máscara, Eliane Potiguara (8º e 9º ano)

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Projetos na Educação Básica I • 88

O desenvolvimento é simples: alunos e professores sentados no chão, em roda, contando e ouvindo histórias, de autores índios e não índios, sobre a temática indíge-na, suas culturas, valores, contribuições e processos de resistência, interagindo com o universo da cultura indígena, recriando a tradição da oralidade desses povos. Rodas de histórias, de conversas, de conhecimento.

A coordenação pedagógica terá o papel de acompanhamento, seleção dos ma-teriais didáticos e sistematização do projeto, junto com o grupo de professores envolvidos.

A Direção (diretora, assistentes) dará o suporte material (recursos financeiros, viabilização dos espaços físicos, divulgação junto às famílias e comunidade escolar em geral e outros) para o desenvolvimento do projeto.

Os ATEs envolvidos serão responsáveis pela organização e acompanhamento dos alunos nos diferentes espaços escolares durante o desenvolvimento do projeto.

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Projeto Brasil: uma terra de todos!Valorização da autoimagem, do respeito ao outro e à

conscientização do multiculturalismo

Katia Peres Nunes dos SantosCEI Jardim Colonial

Quais os objetivos dessa ação?

A criança, ao frequentar a educação infantil, tem a possibilidade de vivenciar expe-riências significativas que promovem o cuidado de si e do outro, a convivência de forma respeitosa, possibilitando sua formação global. Acolhendo a identidade e contexto so-cial de cada criança, o projeto "Brasil: uma terra de todos" busca ressignificar as relações entre as mesmas, contextualizando, através da literatura infantil, musicalização, fanto-ches, vídeos educativos, o estímulo à criticidade, a valorização da autoimagem, o respei-to ao outro, a conscientização e a possibilidade real de inserir nas crianças valorosas e justas formas de convivência com a diversidade cultural, para que cresçam como jovens capazes de fazer a diferença na sociedade e construir um mundo melhor para as futuras gerações,preparadas para viver em sua plenitude de forma livre e sem preconceitos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Essa intervenção foi realizada com várias atividades lúdicas, nas quais as crianças puderam se reconhecer como alguém importante e também perceberem suas diferenças:

1. Brincadeiras simbólicas nas quais puderam assumir diferentes papéis foi uma proposta bastante presente.

2. A partir da proposta de diversidade foram confeccionados junto às crianças fantoches de diferentes etnias, e todos puderam manusear e brincar livre-mente com os mesmos.

3. A observação da própria imagem e a do outro refletida no espelho promovia a valorização e respeito às características físicas.

4. As rodas de conversa também fizeram parte desse processo. Tínhamos um tema disparador ou uma ficha com uma determinada imagem e as crianças

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Projetos na Educação Básica I • 90

falavam sobre o que estavam vendo, lembrando que todos tinham direito de se expressar livremente baseando-se no respeito à opinião alheia.

5. Montamos painéis com diferentes imagens de pessoas, e com atividades de de-senho relacionadas ao tema de uma roda de conversa ou de uma história ouvida.

6. Músicas de diferentes ritmos e países, vídeos que mostravam essas diferentes formas de viver foram apreciados por nossas crianças.

7. Como referência bibliográfica, utilizaram-se os livros: O cabelo de Lelê; A me-nina e o Tambor; Menina bonita do laço de fita; Chuva de Manga; Aritana, o índio que foi à Lua; A felicidade das borboletas; Na minha escola todo mundo é igual; Gosto de ser como sou; Peppa.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Em todos os espaços disponíveis da escola. No caso, a aplicação desta proposta foi feita em um CEI (Centro de Educação Infantil).

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Livrosparacontaçãodehistórias,porexemplo:O cabelo de Lelê; A menina e o tambor; Meu pé de manga; Aritana, o índio que foi a lua etc.

• Músicas,confecçãoemanuseiodefantoches,manipulaçãodeobjetosdiver-sificados, sucatas para confecção de instrumentos musicais, painéis, vídeos sobre o tema.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

O projeto pode ser planejado e implementado ao longo do ano letivo.

Qual o número ideal de participantes?

Número de participantes nesta experiência: 21.

Quem são os participantes?

Na aplicação original foi feito para turma do berçário I. Próximo passo, para as demais turmas do CEI.

Como essa ação foi ou será avaliada?

O processo de avaliação ocorrerá de forma gradativa e contínua, através da obser-vação diária das crianças e análise dos registros, bem como a autoavaliação das pro-fessoras envolvidas.

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Projeto identidade

Gisele Fiorese BentzEMEI Danton Castilho Cabral

Quais os objetivos dessa ação?

1. Conhecer melhor quem são nossos(as) alunos(as) e, consequentemente, a co-munidade escolar.

2. Resgatar a identidade da escola e da comunidade por meio das atividades propostas.

3. Explorar a diversidade cultural presente na comunidade.4. Promover vivências para que as crianças conheçam, valorizem e respeitem as

diferenças.5. Aproximar a comunidade do ambiente escolar.6. Favorecer parcerias entre a escola e a comunidade.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Inicialmente, condução de pesquisa de campo para coletar informações sobre a própria história do(a) aluno(a) ou da comunidade, sendo pertinente a busca de fotos, objetos, artesanato, entrevistas com familiares ou moradores antigos, árvore genealó-gica, registros dos pais/responsáveis.

Com as informações coletadas, construir com as crianças murais, gráficos e tabelas com as características e informações relevantes que foram encontradas, promover de-bates sobre temas relacionados à diversidade, registrar os momentos do processo do projeto com fotos e filmagens, confeccionar livrinhos em que a criança reúna as infor-mações sobre a sua história, entre outras ações que sejam condizentes com a proposta.

Buscar na comunidade talentos em diversas áreas culturais: dança, música, artesa-nato, literatura, artes plásticas e convidá-los para se apresentar ou para realizar ofici-nas na escola.

Encerrar o projeto com uma exposição de tudo o que foi realizado para a comu-nidade em um evento, como Mostra Cultural ou Dia da Família.

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Projetos na Educação Básica I • 92

Por ser um projeto com uma riqueza de conteúdos e flexível, cada professora en-volvida poderá ampliá-lo com a variedade de mais atividades e outras propostas en-riquecedoras, desde que mantenha o foco proposto no projeto.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

O projeto será realizado nas salas de aula, pátio e quadra.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Papéisdiversos(cartolina,kraft, dobradura, sulfite, cartão, color set), EVA, te-soura, cola, TNT, cola quente, impressora.

• Livros,murais,projetor,TV,vídeo,DVD,computador,microfone,caixadesom, CD, máquina fotográfica, filmadora.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: 15 dias.b) Para execução: 8 semanas.

Qual o número ideal de participantes?

O projeto sugere a participação de toda a equipe escolar, famílias e comunidade.

Quem são os participantes?

Coordenador pedagógico, professores, alunos(as) infantil I e II, pais e responsá-veis e pessoas convidadas da comunidade.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será processual e terá como subsídio o envolvimento de todos na realização do projeto e, principalmente, a finalidade a se alcançar, ou seja, o resgate da identidade das crianças e comunidade relacionada ao conhecimento, respeito e valo-rização da diversidade.

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Projeto identidade: conhecer e valorizar a diversidade cultural

Cristiane Alencar Maciel BritoEMEF Raul de Leoni

Quais os objetivos dessa ação?

1. Reconhecer sua identidade cultural.2. Conhecer a sua própria história, da família, da casa, do bairro, da cidade, do

país e do mundo do qual faz parte.3. Identificar suas características físicas, sociais, culturais e afetivas.4. Compreender que todos somos resultado de uma diversidade cultural.5. Respeitar e valorizar as diversas culturas presentes na nossa sociedade.6. Desenvolver habilidades sociais.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Leituradeobrasquevalorizemadiversidadecultural,como:Peppa, O cabelo de Lelê, Bruna e a galinha d'Angola, Minha família é colorida, Menina bonita de laço de fita, O sumiço da noite.

• Conhecendosuahistória.– Pesquisa do nome: Pesquisar a origem do nome e seus possíveis significados.– Construção de uma árvore genealógica: Investigar e refletir sobre a histó-

ria da própria família. – Conhecendo a comunidade: Construção coletiva de uma maquete repre-

sentando o entorno da escola.• Proporreflexãosobreasdiferençasatravésdamúsica: Diversidade, Lenine Muitos Brasis, Israel Filho Diversidade, Val Donato• Assistir filmes que demonstrem a diversidade cultural e sua aceitação como,

por exemplo, Megamente e Hotel Transilvânia.

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Projetos na Educação Básica I • 94

• Brinquedos e Brincadeiras: Apresentando os brinquedos e brincadeiras esuas origens como, por exemplo: pipa da China, pião da margem do rio Eu-frates, corda da Grécia e Roma antiga.

• Jogoseesportes:Apresentaçãodejogoseesportesesuaorigem,porexemplo:Capoeira (cultura afro-brasileira); judô (cultura japonesa); balé (cultura ita-

liana); xadrez (cultura indiana, origem mais aceita).• Formaçãoculturaldopovobrasileiro.

– Vídeos que mostrem a riqueza da diversidade cultural brasileira.– Introdução à história do Brasil: Desde sua colonização até a consolidação do

país como nação independente e democrática. Os alunos terão a oportunida-de de ter conhecimento sobre a grande imigração dos quatro cantos do mun-do para o país tropical, antes colônia de Portugal. Relatar a miscigenação ocorrida através da mistura de povos e etnias. Incentivar o estudo da origem do país para que o aluno faça a identificação de cidadão brasileiro durante o estudo de sua própria origem, através de seus pais, avós e antepassados.

– Exposição dos trabalhos dos alunos à comunidade escolar no pátio do colégio.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, anfiteatro, vídeos, brinqueoteca, pátio do colégio.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolina, isopor, crepom, revistas, jornais, lápis de cor, canetinha, tesoura, cola, régua, pincéis, tinta, internet, livros, vídeos, músicas.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: cinco dias.b) Para execução: oito semanas.

Qual o número ideal de participantes?

Salas de aula com 30 alunos.

Quem são os participantes?

Alunos do 5º ano e comunidade escolar.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Avaliação contínua, ou seja, durante todo o processo serão analisadas a participa-ção e as atitudes frente a situações propostas mediante o tema.

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Projeto tolerância e respeito

Juliana Santa RosaEMEF Daisy Amadio Fujiwara

Quais os objetivos dessa ação?

1. Desenvolver o conhecimento em torno da história. 2. Estimular a tolerância e o respeito em torno da diversidade social-histórico-

-cultural.3. Estimular o diálogo entre pares.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Filme:Um sonho Possível (Após o filme iniciaremos uma roda de conversa para debater as abordagens vistas).

• Filme:Histórias Cruzadas (Após o filme iniciaremos uma roda de conversa para debater as abordagens vistas).

• Pesquisadesuaprópriaárvoregenealógica.• Pesquisasobreaslutasdosnegrosemulheresnasociedade.• Diálogocoletivosobreasparticipaçõesdasvivênciasrealizadas.• Relatórioescrito.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, sala de vídeo, sala de informática.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Filmes, papel, DVD, vídeo, TV, computador.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: uma semana.b) Para execução: dois meses.

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Projetos na Educação Básica I • 96

Qual o número ideal de participantes?

30.

Quem são os participantes?

O projeto será desenvolvido com alunos do 6º ano da rede pública do município de São Paulo. Disciplinas envolvidas: Educação Física e Língua Portuguesa.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será contínua em todo o projeto, através de observações, registros de professores e alunos e relatório.

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Que bom! Somos diferentes

Marli Ana TomasiEMEI Clycie Mendes Carneiro

Quais os objetivos dessa ação?

1. Levar as crianças a respeitar e aceitar as diferenças que existem entre nós.2. Conhecer e valorizar a cultura afro-brasileira e ampliar o conhecimento

cultural.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A atividade será iniciada na roda da leitura com o livro Bruna e a galinha d’Angola. Partindo dessa leitura vamos discutir onde a história acontece, onde fica esse lugar, quais os personagens, qual o animal que aparece e qual é a sua importância. As crian-ças farão o registro da história no papel e confeccionarão um pano com o carimbo da mão para formar a galinha d’Angola.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

A atividade será feita na sala de convivência, sala de leitura, sala de vídeo e área externa da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Papéis, cola, lápis, canetinhas, tesoura, tintas, livros paradidáticos, vídeos, pesquisa na internet, CD da Arca de Noé, música, computador, aparelho de som.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: o planejamento já foi iniciado e será revisado sempre que necessário; a preparação do material será feita diariamente.

b) Para execução: o período será de duas semanas, de 16 a 27/11 e depois con-tinuará com outras atividades, como lendas africanas e confecção das bonecas Abayomi (bonecas com nós).

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Projetos na Educação Básica I • 98

Qual o número ideal de participantes?

A classe toda participará, são trinta crianças e duas professoras.

Quem são os participantes?

São 30 crianças de 5 e 6 anos do infantil II. Ficam na escola no período de 6 horas, das 7 às 13 horas.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será permanente, com a observação, pois o objetivo é que as crianças respeitem as diferenças, e isso será avaliado no dia a dia.

Através das rodas de conversa, registros e exposição dos trabalhos realizados.

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Raiz brasileira – interligação de culturas

Milena Gomes MalaquiasEMEF Gen. De Gaulle

Quais os objetivos dessa ação?

1. Inserir e valorizar a cultura e a diversidade em nosso território. 2. Conhecer algumas danças brasileiras. 3. Desenvolver a postura corporal, a criatividade, o ritmo.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Na escola já havia um grupo de danças brasileiras desde o início do ano. São crianças de 10 a 12 anos (dança do coco e de roda).

Há uma ONG próxima à nossa escola chamada Bloco do Beco, que está sempre participando dos eventos e atividades conosco, sobretudo porque muitos de nossos alunos fazem atividades no contraturno. Essa ONG tem um grupo de Maracatu, no qual alguns de nossos alunos participam.

Convidei a regente do grupo para realizar um trabalho de conscientização de nossa cultura, em relação à dança. Ela veio à escola, conversou um pouco sobre a origem do Maracatu e realizou com o grupo de alunos uma oficina de dança, que foi apresentada aos pais no dia da família na escola.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Pátio da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Instrumentos de percussão, computador.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas horas.b) Para execução: uma hora.

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Projetos na Educação Básica I • 100

Qual o número ideal de participantes?

35.

Quem são os participantes?

Regente do grupo, alunos que participam do grupo de Danças Brasileiras, per-cussionistas do Bloco.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Os alunos foram ouvidos a respeito da atividade e comentaram o que sabiam a respeito das danças brasileiras, como maracatu, e o que ainda não sabiam.

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Reflexão e ação das diferenças para equidade

Luciene Aparecida SilvaCEI Rosa da China

Quais os objetivos dessa ação?

1. Valorizar as diferenças e o respeito ao outro.2. Explorar a linguagem corporal e verbal.3. Elevar a autoestima para construção positiva da identidade.4. Explorar a expressividade das linguagens artísticas.5. Refletir a alteridade.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Roda de conversa para ressaltar as características aparentes de cada um.Como somos em relação à cor de pele, tipo de cabelo, estatura, peso e outros. As nossas diferenças étnicas e culturais e o conceito de beleza.

• Produçãodoautorretratoapósobservaçãonoespelho.• Apreciaçãodevídeoscomo:Timothy vai à escola: convivendo e cooperando, Os

sete monstrinhos: A família, Pingu: Entre irmãos, Pingu: Melhores amigos, com o objetivo de fazer paralelos entre as ações dos personagens e as nossas ações no dia a dia.

• Apreciaçãodemúsicaclássica,africanaeindígena,paradançarefazerusodeobjetos sonoros (pandeiros e chocalhos) e pintura facial.

• Cantos:profissões(médico,escritório),jogodemontar.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Quadra (área externa), arena (área interna), sala de dança, sala de aula.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros, CDs e DVDs com músicas diversificadas, imagens, gravuras e/ou fotos de diversas pessoas, cola, tesoura, fita adesiva, giz de cera, variedades de papéis, espelhos, kit de pintura infantil.

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Projetos na Educação Básica I • 102

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

•Rodadeconversa:Começamos conversando sobre como somos. As crianças farão as comparações

entre elas ao serem questionadas e ao observarem as semelhanças e diferenças entre os corpos: cerca de 20 minutos.

•Apreciaçãodesuaimagemnoespelho:Olhar-se no espelho, observar seus detalhes do rosto, cabelos, corpo. A seguir

faremos o autorretrato. Ao escolher o giz a criança deve se ater ao que se aproxima de seu tom de pele conforme nossa intervenção: cerca de 50 minutos.

•Apreciaçãodevídeostecendorelaçõesdospersonagensesuasações,atitudes,valores, a igualdade, a cooperação, a solidariedade:

- Vídeo Pingu: um dia; - Vídeos Timothy e Os sete monstrinhos: um dia.•Brincandodecantos:Médico e escritório/jogo de montar. Momentos de vivência, da prática da alteri-

dade: respeito e direitos individuais e coletivos: um dia.•Apreciaçãodemúsicaclássica,indígenaeafricana:Primeiro a música e a seguir a dança, o movimento escolhendo os objetos sonoros

e fazer a pintura facial: um dia.

Qual o número ideal de participantes?

Turma composta por 18 crianças, das quais 3 são meninas.

Quem são os participantes?

Educação infantil: mini grupo II, crianças de 3 e 4 anos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação da turma foi feita por observação e acompanhamento da evolução das crianças no processo de construção do conhecimento e sua percepção.

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Contribuições indígenas para a cultura brasileira

Ana Carolina FunicelliCEU Tiquatira–PMSP

Quais os objetivos dessa ação?

Trata-se da proposta de um plano de aula que possibilite o conhecimento sobre a contribuição indígena para a cultura brasileira, a fim de promover a formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial, para interagirem na construção de uma nação democrática, em que te-nham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada, através do:

1. Desenvolvimento de ações contra o preconceito e a discriminação através do conhecimento da história da cultura indígena.

2. Desenvolvimento de estratégias de sensibilização dos alunos, estabelecendo relações entre a cultura indígena e a cultura brasileira.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

a) A contribuição do índio na formação da cultura brasileira• Apresentarpara os alunos, com o auxilio de ilustrações, a influência indígena

na cultura brasileira. Dar uma breve introdução sobre a importância do que será abordado, mas realizar a atividade como uma “contação de estórias” para que não se torne cansativa e prenda a atenção dos alunos dessa faixa etária.

• Iniciarcontando que antes do “descobrimento” do Brasil, nosso país já era ocupado pelos índios. Falar sobre como viviam, se alimentavam, buscavam alimentos, dividiam tarefas, sua relação com a natureza e como viviam livres.

• Citarcomosurgiuotermo“índio”.• Abordarachegadadoseuropeusnadapacífica,aocupaçãodeterrasindíge-

nas e a imposição da cultura europeia sobre os índios que aqui estavam.• Apresentar as contribuições indígenas na formação da cultura brasileira,

como as técnicas de plantio utilizadas por pequenos agricultores por todo o país até hoje, na culinária, no conhecimento das plantas domésticas como o

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Projetos na Educação Básica I • 104

milho, a batata doce, cará, feijão, abacaxi, mamão, tomate, amendoim, erva--mate, guaraná, além de árvores como as de caju, pequi e cacau; no artesa-nato; no tratamento de saúde com ervas medicinais; enfim, mostrar aos alunos que a cultura brasileira resulta da conjunção de muitas influências culturais indígenas.

Participação dos alunos: Participar com suas dúvidas durante e após a apresen-tação da atividade. Propor que os alunos façam uma pesquisa com a temática apre-sentada em aula, e produzam cartaz ilustrativo que represente o entendimento da atividade proposta.

b) Na boca do povo: diversidade cultural e linguística• Darcontinuidadeaotrabalhoiniciadonaaulaanterioreabordarainfluência

indígena em nomes de lugares e nomes próprios. Mostrar a diversidade cul-tural e linguística dos povos indígenas que influenciou os modos de ser da população brasileira.

• Utilizaralousaeapresentarnomesdeorigemindígenaeseussignificados,como pipoca (do guarani) que significa saltar, brincar, nomes de lugares como Ipiranga, Itaquaquecetuba, e solicitar que os alunos contribuam com nomes e significados da pesquisa que realizaram. Ao final da atividade fazer com que reflitam sobre a herança dos povos indígenas para o Brasil, contribuindo para que sejamos um país multicultural.

Participação dos alunos: Propor que os alunos realizem uma pesquisa, anterior à aula, sobre palavras de origem indígena incorporadas à língua portuguesa, para que seja possível a discussão em sala.

c) Atividade prática: Brinquedos e brincadeiras indígenas• Comentarcomosalunosqueosbrinquedosindígenassãofeitosdemateriais

retirados da floresta, e que em boa parte das atividades as crianças brincam em grupos e sem competir, aprendendo diversas práticas do cotidiano.

• Mostrar-lhesumapetecaeverificarsesabemoqueé.Proporqueconfeccio-nem sua própria peteca com folhas de jornal e papel crepom colorido, bar-bante ou elástico.

• ContaraosalunosqueemMinasGeraisojogodepetecaéumesportereco-nhecido e muito praticado, destacando a influência indígena na nossa cultura.

Participação dos alunos: Propor uma discussão após a brincadeira de peteca, fazendo uma relação entre as brincadeiras e brinquedos indígenas e as brincadeiras e brinquedos dos alunos.

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105 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Que tipo de material pode ser usado?

Imagens ilustrativas, quadro branco (lousa), folhas de jornal e papel crepom colo-rido, barbante ou elástico.

Qual o prazo estimado da atividade?

Três aulas de três horas.

Quem são os participantes?

Alunos da 3ª série/4º ano.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Através de proposta aos alunos para que realizem, com base no que foi apresen-tado em sala de aula, uma produção textual com a visão que eles têm sobre o índio e qual a importância indígena para nossa cultura. Essa atividade nos possibilitará ter um feedback que nos informará se os objetivos propostos foram atingidos.

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(Re)Pensando as diferenças

Maitê Thais de Oliveira JoaquimEMEF Marina Vieira de Carvalho Mesquita

Quais os objetivos dessa ação?

1. Reconhecer a diversidade étnica, étnico-racial e cultural da unidade escolar, da comunidade na qual está inserida e na sociedade brasileira.

2. Promover um ambiente de respeito na escola, para que a diferença não seja desculpa e motivo para a exclusão, o desrespeito e a violência.

3. Identificar e promover ações de conscientização relacionadas às formas de relações preconceituosas, discriminatórias e excludentes.

4. Envolver alunos/as, funcionários/as e famílias/comunidade em discussões/eventos a respeito da diversidade e seus dilemas, buscando sempre a transfor-mação da escola em um lugar da liberdade, do respeito e da boa convivência.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Sensibilização:Filme: O Xadrez das Cores. Direção: Marco Schiavon, 2004, Ficção, 22 minutos, Brasil. Cida, uma mulher negra de quarenta anos, vai trabalhar para Maria, uma velha de oitenta anos, viúva e sem filhos, que é extremamente racista. A relação entre as duas mulheres começa tumultuada, com Maria tripudiando em cima de Cida por ela ser negra. Cida atura tudo em silêncio, por precisar do dinheiro, até que decide se vingar através de um jogo de xadrez.

• DinâmicadaRoda:– Somos todos iguais ou diferentes? Se existem diferenças, quais são elas?

Essas diferenças nos aproximam ou nos distanciam? Por quê?– Na escola e em outros espaços de convivência social, vocês procuram se

relacionar com pessoas que são diferentes de vocês? Como agem em rela-ção ao jeito diferente de ser e de se comportar do outro? Respeitam o outro, o colega, apesar das diferenças?

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107 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

– Conseguem identificar pessoas com que vocês evitam conviver por al-gum julgamento negativo em relação a elas? Como explicam essa atitude de vocês?

Durante a problematização na Roda de Conversa, solicitar aos alunos que realizem o registro em uma folha entregue previamente.

• VídeoseRodadeConversa:Durante a semana, sempre no início da aula, os alunos assistirão aos vídeos relacionados e conversarão sobre suas impressões e sentimentos, com a mediação do professor. Nessa etapa também é de suma importância que os alunos realizem o registro de suas observações, pensa-mentos e sentimentos.– 1º dia: Filme Vista Minha Pele. Direção: Joel Zito Araújo, Brasil. O filme coloca a realidade dos negros em evidência ao propor uma inversão.– 2º dia: Filme Cores e Botas. Direção: Juliana Vicente, Brasil. Joana tem um sonho comum a muitas meninas dos anos 80: ser paquita.

Sua família é bem sucedida e a apoia em seu sonho. Porém, Joana é negra, e nunca se viu uma paquita negra no programa da Xuxa.

• DinâmicadaRoda:– O que é padrão de beleza? Existe um padrão de beleza? Por quê? Esse

padrão é brasileiro? De onde veio esse padrão? Geralmente, quem está nas capas de revistas? Como eles são? Por quê?

– Quais são as origens do nosso povo? Se as nossas matrizes são o índio, o negro e o branco, por que adotar um único padrão? Se há um único pa-drão, então devemos ser todos exatamente iguais?

Durante a problematização na Roda de Conversa, solicitar aos alunos que realizem o registro em uma folha entregue previamente.

• Produção,ExposiçãoeDivulgaçãodeMateriais:Separar os alunos em gru-pos de cinco. Nos grupos os alunos devem falar sobre as reflexões realizadas, propor e desenvolver materiais (panfletos, vídeos, folders) visando a valoriza-ção das diferenças, mostrando que a diversidade deve ser admirada.

Os materiais produzidos serão apresentados aos alunos, aos familiares e à comunidade escolar. Os materiais também poderão ser divulgados nas redes sociais visando à reflexão e conscientização do maior número de pessoas.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, laboratório de informática, com tela e projetor.

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Projetos na Educação Básica I • 108

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Folha sulfite, caneta, lápis, borracha, apontador, computador, impressora, acesso à internet.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Cada atividade a ser realizada levará em média 1h30m, e serão todas realizadas no decorrer do bimestre letivo. A produção de materiais será realizada na sala de aula, na sala de leitura e no laboratório de informática.

Qual o número ideal de participantes?

De 30 a 35 alunos.

Quem são os participantes?

Os participantes são os alunos regularmente matriculados no 5º ano da EMEF, localizada na Zona Sul da cidade de São Paulo.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Participação individual e coletiva nas diferentes atividades propostas.

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Ser negro é lindo

Márcia Olinda JulioEE Antônio Raposo Tavares

Quais os objetivos dessa ação?

1. Apresentar a história da África tecendo um diálogo entre as disciplinas de História e de Língua Portuguesa, ofertando conhecimento histórico a partir de fontes diferenciadas, a partir de textos literários do período, filmes e estu-dos do meio.

2. Aprofundar os conhecimentos sobre a história da África, destacando o con-tinente como berço da humanidade e a formação dos grandes reinos africa-nos da Antiguidade, valorizando a produção cultural do povo negro.

3. Fazer com que o aluno seja capaz de compreender e se expressar em diferen-tes gêneros discursivos, a partir do domínio de um dado conhecimento.

4. Levar o aluno a refletir sobre a sua identidade a partir de uma nova constru-ção histórica que valorize a trajetória e as contribuições culturais e econômi-cas dos seus ancestrais.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Essa atividade foi realizada. Iniciou-se com a sensibilização dos alunos, com apre-sentação do projeto e o cronograma das atividades e temas a serem discutidos. Hou-ve aula no ACESSA (sala de informática) sobre a África, desconstruindo diversos estereótipos sobre o continente, a partir do portal do MEC “Explorando a África antes dos Europeus”, da professora Alinne Graziele Neves Costa. Em novembro, discussão em sala sobre o que é ser negro nos dias de hoje, apresentação do projeto para a comunidade, sessões de fotografia com os voluntários (alunos, professores, funcionários) e montagem do mural.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala do ACESSA São Paulo, sessão de fotos no pátio, corredor central da escola.

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Projetos na Educação Básica I • 110

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Sulfite, cartucho para impressão preto e colorido, máquina fotográfica, mural, projetor, vídeo, DVD, notebook.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: 15 dias.b) Para execução: um bimestre.

Qual o número ideal de participantes?

45.

Quem são os participantes?

Para o desenvolvimento do projeto, trabalhou-se com oito turmas de primeiro ano do ensino médio, além dos professores da turma/escola e funcionários que auxi-liaram nas fotos e na montagem.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Através da observação da participação/envolvimento dos alunos na atividade e produção de um relato em vídeo sobre o que é ser negro hoje no Brasil (ou o perten-cimento a outra minoria).

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Ser, reconhecer e interferir

Eliane Aparecida Ferreira da Silva Vasconcelos EMEF Professor Laerte Ramos de Carvalho

Quais os objetivos dessa ação?

1. Promover discussões sobre o direito humano à educação, visando proporcio-nar ao aluno condições de sentir, reconhecer e interferir na educação como espaço de garantia e promoção de seus direitos de cidadão.

2. Aprofundar a reflexão sobre a problemática dos direitos humanos e da diversidade.

3. Construir processos educativos a partir das discussões.4. Valorizar e estimular o intercâmbio entre os ciclos.5. Privilegiar os espaços de educação formal e não formal como âmbito especial-

mente significativo para a afirmação da diversidade e dos direitos humanos.6. Promover uma cidadania ativa e o desenvolvimento de uma consciência prá-

tica dos direitos humanos na sociedade civil brasileira.7. Contribuir para construir uma educação como espaço de garantia e promo-

ção de direitos dos cidadãos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Lançamento:Como proposta para o lançamento cada professor(a), em sua sala/componente curricular/ciclo, poderá desenvolver a discussão sobre o tema a partir da exibição de curtas-metragens do acervo do Festival de Cur-tas Metragens de Direitos Humanos – Entretodos 2013 e 2014.

• Desenvolvimento:O desenvolvimento acontecerá de acordo com o plano de ensino de cada ano, seguindo a proposta do projeto “Ser, reconhecer e inter-ferir”, com objetivo de apresentar como produto final o que foi realizado du-rante o percurso através de fórum de apresentações envolvendo alunos/alunas, representantes dos ciclos de alfabetização, interdisciplinar e autoral, Mais Educação do Macrocampo, Educação em Direitos Humanos e Protagonismo Juvenil (Parceria entre as disciplinas História e Informática Educativa).

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Projetos na Educação Básica I • 112

• Sugestõesparaodesenvolvimento:– Ciclos de debates.– Vídeo fóruns.– Seminários.– Intercâmbios e parcerias.– Ciclos de oficinas pedagógicas com professores/as, coordenadores e direção.– Ciclos de oficinas com convidados e comunidade.– Ciclos de oficinas pedagógicas com jovens e crianças.

• Encerramento:Fórum de apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos/alunas no percurso e que serão apresentados por representantes dos ciclos de Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Salas de aula, sala de vídeo, sala de informática, sala de leitura, outra áreas da unidade.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Papéis, canetas, tesoura, cola, pen drive, DVD, computador, com data show.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas semanas.b) Para execução: um bimestre.

Quem são os participantes?

Alunos do Ciclo de Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral e professores.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Autoavaliação, em que aluno/aluna se reconheça como um ser que pode interferir e transformar através da educação, como espaço de garantia e promoção dos seus direitos de cidadão, o meio em que vive. Análise coletiva dos envolvidos no projeto, durante o fórum sobre as contribuições do mesmo para uma melhora da qualidade social de educação.

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Sessão simultânea de leitura – livros com temáticas afro-brasileira, africana e indígena

Josenilda Maria da Silva MachadoEMEI Jesuína Nunes Barbosa

Quais os objetivos dessa ação?

1. Envolver os professores da escola em um projeto de fomento à leitura.2. Trocar opiniões e discutir interpretações sobre aspectos dos contos.3. Abordar as questões relativas à cultura indígena e africana.4. Valorizar a diversidade cultural que compõe o país.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• 1ªetapa:Os professores deverão selecionar a história com a temática africana e indígena para ler nas sessões de leitura. É importante que não sejam livros conhecidos das crianças. Os professores entregam suas resenhas para a coor-denadora, que irá fazer os cartazes que ficarão expostos na sala de leitura.

• 2ªetapa:Cada professor deverá levar os alunos para a sala de leitura, onde fará a leitura das resenhas para que cada criança escolha a história que quer ouvir. Assim cada um faz a inscrição para a leitura que gostaria de ouvir.

• 3ªetapa:No dia marcado da sessão, oriente as crianças sobre o espaço para o qual devem se dirigir e se prepare para receber seu público leitor. No começo da atividade, apresente o conto de modo a gerar suspense e curiosidade e, então, realize a leitura. Depois, abra espaço para conversar sobre a história. 

• 4ªetapa:Quando as crianças retornarem para as salas de convivência, crie uma roda de conversa onde elas possam contar qual foi a história que ouvi-ram e explorar um pouco a temática da Sessão Simultânea de leitura.

• 5ªetapa: As sessões se repetem mais duas vezes, com intervalos semanais ou quinzenais, para que as crianças tenham oportunidade de ouvir outras histó-rias pelas quais tenham interesse.

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Projetos na Educação Básica I • 114

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Diversos espaços da escola: sala de convivência, sala de leitura, pátio, jardim, cor-redores externos, parque etc.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros que abordam a temática africana e indígena

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: uma semana para escolha dos livros e confecção dos cartazes.

b) Para execução: três dias, sendo dois para escolha e um para realização da Sessão Simultânea de Leitura. Duração da sessão de aproximadamente 20 minutos.

Qual o número ideal de participantes?

Aproximadamente 8 grupos com 30 crianças.

Quem são os participantes?

Alunos, professores, funcionários e equipe gestora.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação deve ser contínua no decorrer do processo, por meio da observação e do registro.

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“SIM” somos todos diferentes mas iguais nos direitos e deveres: declaração universal

dos direitos humanos

Rosimeire Garcia dos SantosEMEI Monteiro Lobato

Quais os objetivos dessa ação?

1. Sensibilizar a turma com os trabalhos da artista Françoise Schein (exposi-ção permanente da Estação da Luz/SP), referente à declaração dos direitos humanos.

2. Criar registros (fotos e vídeos) da diversidade cultural e histórica da comuni-dade escolar tendo como referência desenhos da declaração dos direitos hu-manos: “todos temos os mesmos direitos como seres humanos”.

3. Abordar a declaração universal dos direitos humanos como um jogo lúdico que aborde as temáticas de gênero, cultura e diversidade cultural.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• ApresentaràturmaaDeclaração Universal dos Direitos Humanos através de ví-deos, fotografias e imagens da artista dos direitos humanos Françoise Schein.

• Agendar uma visita monitorada à exposição da artista Françoise Schein,mostra permanente na Estação da Luz/SP, para inspirar a turma a desenvol-ver desenhos da temática: Gênero, Cultura e Diversidade Cultural, conside-rando a Declaração Universal dos Direitos Humanos e os trabalhos da artista Françoise Schein.

• Trabalharidentidadeeculturadosalunos,seusfamiliaresecomunidadees-colar, com mapas (localidade de nascimento e da cidade em que moram), culinária típica das regiões de origem das famílias e comunidade escolar (exe-cutar as receitas e criar um livro com receitas típicas e imagens do seu prepa-ro das receitas típicas), músicas, danças, diversidade, entre outros. Lembran-do sempre de sensibilizar as crianças com histórias, lendas, citações, poemas, músicas das regiões (Luiz Gonzaga entre outros), para que compreendam

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Projetos na Educação Básica I • 116

que apesar de diferentes somos todos iguais de acordo com a declaração dos direitos humanos; temos os mesmo direitos e deveres, e por este fato devemos ter respeito à diversidade e às diferenças, sem rótulos.

• Através dos desenhos cria-se um jogo de tabuleiro gigante, em que as crianças se movimentam conforme os números correspondentes nos dados, respondendo perguntas relacionadas ao tema estudado, “Declaração Uni-versal dos Direitos Humanos”, e a resposta errada compra uma carta que corresponde a um pedido de desculpas ou a algumas rodadas na prisão, e a resposta correta pula o número de casas tirado nos dados. Porém todas as regras, perguntas e o jogo de modo geral, tudo será elaborado coletivamen-te e de modo democrático.

• Parafinalizarserápensadaumamostracultural,juntamentecomtodacomu-nidade escolar, para exposição dos trabalhos e da aprendizagem das crianças, com barracas típicas separadas por regiões do país para divulgar e sensibilizar toda comunidade escolar para a diversidade, para o fato de que, apesar de diferentes, somos iguais em direitos e deveres, portanto ser preconceituoso ou excludente é também uma renúncia da própria cultura e história do nosso país, conforme Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Estação da Luz, área interna e externa do EMEI.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Papel cartão, cola, tesoura, canetinhas coloridas, caixas de leite vazias (dados), sulfite, régua, cartolina (duas cores para os cartões: perguntas e respostas erradas), papelão (tabuleiro do jogo), imagens, desenhos e textos (dos alunos). Utensílios e ingredientes para culinária, rádio, TV e DVD, retroprojetor, materiais para feira cul-tural (lona, madeira, instrumentos, entre outros). Folder da exposição da artista Fran-çoise Schein e a declaração universal dos direitos humanos.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: um mês.b) Para execução: um semestre.

Qual o número ideal de participantes?

25 crianças por turno.

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117 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Quem são os participantes?

Alunos de 5 anos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Durante todo o processo e pelo envolvimento dos alunos, comunidade escolar e participação e aceitação do projeto pela comunidade; pela percepção de quais foram os desafios, as conquistas, os caminhos diferentes a seguir para uma próxima oportu-nidade, e de quais foram as aprendizagens significativas e as falas da comunidade escolar e principalmente das crianças ao longo de todo o processo.

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Valorização da cultura popular brasileira: quem contribuiu para sua formação?

Lucineia Murakami SiqueiraEMEF Professor Fernando de Azevedo

Quais os objetivos dessa ação?

1. Criar na turma o sentimento de que as diferenças não são critérios para defi-nição de inferioridade ou superioridade.

2. Demonstrar que as pessoas têm características diferentes umas das outras.3. Incentivar o respeito entre as pessoas.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A atividade terá base na formação cultural do povo brasileiro através da imigra-ção, enfocando as regiões brasileiras e sua formação. Será trabalhada no ano de 2016 em uma turma do 5º ano; a mesma turma com que trabalhei em 2015 no 4º ano.

Nessa turma já foram tratados conteúdos referentes ao “descobrimento” do Brasil, escravidão dos índios e africanos, vinda de outros povos para trabalhar nas lavouras e plantações.

O enfoque neste momento será as contribuições culturais que cada povo trouxe e como estas ajudaram na formação do povo brasileiro como vemos hoje.

Serão realizadas pesquisas referentes à colonização de cada região, etnias encon-tradas, costumes, festas, comidas e danças típicas etc. Poderá haver demonstrações das obras arte, das comidas e danças, se estendendo à comunidade escolar o apreciar.

O objetivo é mostrar que o Brasil é um país multicultural, tendo na sua cultura traços oriundos de diversas partes do mundo, demonstrando que cada povo tem os seus valores, independente de sua origem.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, laboratório de informática, sala de vídeo, pátio e quadra da escola.

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119 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Cartolina, lápis de cor, canetinha, papel sulfite, tesoura, régua, tnt, tecidosdiversos, telas para pintura, entre outros.

• Livros,dicionários,projetor,TV,vídeo,mídias.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: uma semana no início dos bimestres.b) Para execução: ano letivo (dividido em 4 bimestres).

Qual o número ideal de participantes?

30 alunos. Idealmente o projeto foi pensado para que participassem as professoras dos outros 5ºs anos, podendo se estender pra aproximadamente 90 alunos e 3 profes-soras, além dos professores especialistas: informática, inglês, artes e leitura.

Quem são os participantes?

• Alunosdo5ºanodoensinofundamental.• Professorasregentes.• Professoresespecialistas.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será feita de forma contínua através da observação e registros, autoa-valiação realizada pelos alunos e através do produto final, a ser apresentado possivel-mente na mostra cultural já existente no projeto da escola e no calendário escolar.

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Valorização e diversidade na cultura popular nordestina

Valéria Rodrigues FariaEMEF Professor Linneu Prestes

Quais os objetivos dessa ação?

1. Valorizar a cultura popular nordestina.2. Resgatar a identidade dos alunos através da cultura popular.3. Divulgar a importância da cultura popular nordestina para a formação do

povo brasileiro.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

1. Pesquisa sobre a cultura popular nordestina.2. Participação nas apresentações teatrais de cordéis e de cultura popular nos

equipamentos no entorno da escola: Biblioteca Belmonte, Teatro Paulo Eiró, Samba da Vela.

3. Desenvolvimento de atividades de criação literária na sala de leitura com a professora responsável.

4. Preparação da Mostra Cultural.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Salas de aula, sala de leitura, sala de informática educativa, pátio da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Papel, cola, tesoura, tecido (chita), painéis, cartolina, papel crepon, tachinha, fitas coloridas, livros, jornais, revistas, multimídia, computador, retroprojetor, violão, murais.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: 2 semanas.b) Para execução: 14 semanas.

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121 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Qual o número ideal de participantes?

300 pessoas.

Quem são os participantes?

• 80alunosqueseapresentaramnaMostraCultural.• 150alunosparticipantes.• ProfessoresdofundamentalIeII,coordenadoreartistasconvidados.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Através de uma comanda onde foram selecionados os seguintes critérios de 1 a 5.• Criatividade.• Organização.• Apresentação.• Coerência/objetivo.

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Valorizar e respeitar a cultura afro-brasileira e indígena

Roseli Aparecida CoutoEMEF Daisy Amadio Fujiwara

Quais os objetivos dessa ação?

O projeto busca criar momentos para discussão, reflexão e análise dos conheci-mentos das culturas indígenas e africanas. Em uma perspectiva de educação e refle-xão sobre a inclusão percebe-se que os aspectos da cultura indígena e afro-brasileira são necessários no currículo escolar, planos de ensino e projetos didáticos assumidos oficialmente pelo sistema educacional. São objetivos:

1. Identificar a importância dos procedimentos históricos e geográficos na construção do conhecimento histórico escolar.

2. Analisar historicamente os processos de exclusão/inclusão social promovidos pelas sociedades, considerando o respeito aos direitos humanos e à diversidade.

3. Valorizar a cultura indígena e negra.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• LeituradasobrasdeMacieldeAguiar.• ExibiçãodoFilme:Amistad.• ExibiçãodoFilme:Brava Gente Brasileira.• ExibiçãodoFilme:Um Sonho Possível.• ExibiçãodoFilme:Kuriku e a Feiticeira.• ExibiçãodoFilme:A Princesinha.• Audição,análisedasmúsicasdeGabrielPensador:"Racismoéburricee

ninguém nasce racista".O desenvolvimento do projeto estará em consonância com os blocos temáticos

citados e será feito de acordo com as necessidades das turmas e a realidade local, es-tabelecendo o problema e a proposta de conteúdo para a classe. O tema será desen-volvido na sala de aula por meio de atividades para a sua exploração, sistematização e

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123 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

para a conclusão dos trabalhos. Os alunos devem fazer observações diretas no entor-no familiar, observações indiretas em ilustrações e/ou vídeos, experimentações e lei-turas. Para tanto vamos utilizar:

Bloco Temático:• História,CulturaeDiversidade.• Serhumano,direitoshumanoseigualdade.• Educação,éticaeetnia:valorizaçãoerespeitoànossaprópriaidentidade.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros, computador, internet.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Será realizada ao longo do ano letivo.

Qual o número ideal de participantes?

Aproximadamente 420 alunos, divididos em 19 turmas.

Quem são os participantes?

Alunos do ensino fundamental.

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Viver, agregar, conhecer, respeitar, ensinar e aprender

Ana Carolina MandriEMEF Professor Jairo de Almeida

Quais os objetivos dessa ação?

Perceber a escola como mais uma esfera da sociedade que elege um padrão, uma norma, um biótipo de ser humano ideal, de cultura válida e oficial, é essencial para fazer a crítica e combater a produção e reprodução de práticas educativas excludentes. Se é na escola que aprendemos e ensinamos os conhecimentos oficiais e convencio-nalmente legitimados pela sociedade, é na escola que podemos reconhecer os conhe-cimentos indígenas e afro-brasileiros, as diversidades de sexo e gênero como parte legítima de nossa história e cultura.

É nesse sentido, o de conhecer e reconhecer os valores das culturas indígenas e afro-brasileiras, seus traços identitários, seus costumes e história, que este projeto se organiza e objetiva.

Tencionamos, portanto, não relegar a temática da diversidade aos temas transver-sais ou currículo oculto, outrossim, alçar a diversidade ao objetivo principal da educa-ção escolar, estabelecendo os seguintes objetivos:

1. Combater as discriminações diversas na escola.2. Promover um ambiente que valorize a diversidade na escola.3. Estimular a criticidade e o combate dos alunos às práticas discriminatórias.4. Conhecer e reconhecer a si e o outro.5. Cuidar de si e do outro.6. Conhecer e experimentar outras culturas, diferentes das naturalizadas.7. Desconstruir imagens ideais de formas físicas e biótipos; festejar as dife-

rentes formas de cultura popular; apreciar artes e artesanatos indígenas e afro-brasileiros; conhecer a história de lutas feministas e LGBTT.

8. Reconhecer os diferentes tipos de família como famílias legítimas.

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125 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

9. Identificar em mapas a origem das famílias e as histórias de migração que carregam; reconhecer diversas culturas, de diversos povos e origens, como aditivos, participantes, atuantes e agregadores em nossa cultura.

10. Empoderar as crianças para que possam construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Reorganizaçãodaescolacomoambientequeprivilegieadiversidade,asiden-tidades do povo brasileiro, através de cartazes, ilustrações de atividades coti-dianas e permanentes, de forma a privilegiar graficamente a diversidade das cores, formas e maneiras de se organizar das pessoas, povos, famílias e cultu-ras brasileiras.

• Utilizaçãodelivrosdidáticoseparadidáticosqueespecificamentetratemdetemas da cultura e história afro-brasileira e indígena para assim oferecer por-tadores oficiais de conteúdos e conhecimentos que fujam da norma eurocen-trista adotada pela escola historicamente.

• Apresentaçãodefilmesevídeosque,maisumavez,apresentemimagenspositivas de diversos biótipos de gente, de culturas, de diversidade de gêne-ro e sexual.

• Apreciaçãodemúsicas,dançasediversasexpressõesartísticasquevalorizemoutras possibilidades de arte e identidade cultural e que rompam com o pa-drão socialmente aceito como norma.

• Visitaçãoamuseus(MuseuAfroBrasil),shows,espetáculoseexposiçõesquemostrem tópicos de culturas diversas.

• Rodasdeconversa,discussão,histórias,músicasedançasdaculturabrasileira,afro-brasileira e indígena. Troca de experiências sobre conhecimentos diver-sos entre as crianças e professoras e professores.

• Discussãosobreumtemauniversal:"cor-de-pele"naescola,problematizan-do a questão da imposição da raça branca como a única válida, e a conotação que esse nome e cor (geralmente rosa ou salmão) carregam.

• Rodasdecapoeira,pesquisasobredanças,jogos,brinquedosebrincadeirasecomidas tradicionais de africanos e indígenas.

• Confecçãodebrinquedos,comoaAbayomi,bonecatípicaproduzidapelasmães africanas nos navios negreiros com retalhos de suas roupas para acal-mar suas crianças durante a viagem ao Brasil. E brinquedos indígenas, como a peteca.

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Projetos na Educação Básica I • 126

• Disponibilizaçãodediferentesmodelosdebrinquedosemateriaisdeinteres-se infantil e que discutam raça, cor, etnia, gênero e diversidade, como bonecas negras, um único tipo de brinquedo por dia para meninos e meninas como carrinho ou panelinha, ou mesmo bonecas historicamente tidas como exclu-sividade de menino ou de menina, para estimular a experimentação de outras maneiras de ser menina e menino.

• Organizaçãodefeirasculturaiseexposiçõesdetrabalhosproduzidospelosalunos que incluam as diferentes linguagens de expressão e valorização da diversidade cultural.

• Realização de saraus, espaçosmusicais, desfiles, que valorizem a culturaafro (cabelos, roupas e acessórios) e a diversidade sexual, disponibilizando, a posteriori, fotos e vídeos desses eventos, deixando-os acessíveis aos alunos e alunas.

• Manutenção de uma atitude consciente, diariamente, preocupada em nãovalorizar um único modelo de criança, de cultura, e também da preocupação constante em combater discriminações e elitização de um grupo em detri-mento de outros. Combate diário a toda forma de violência com destaque ao racismo, à misoginia, à homofobia, à transfobia e ao bullying.

• Filasúnicasparameninosemeninas.• Bilhetesdirecionadosàsfamílias,enãomarcandoamãecomoúnicafigura

responsável pela educação das crianças em casa.

Que tipo de material pode ser usado?

Livros, DVDs, CDs, reprodução de telas, tecidos, alimentos, vestes, brinquedos, internet e aparelhos multimídia, meios de transporte para aulas-passeio.

Quem são os participantes?

Toda a comunidade escolar, alunos e alunas, funcionários e funcionárias, profes-sores e professoras, gestão escolar, comunidade do entorno e famílias.

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Projetos no Eixo Temático Gênero

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A formação de professores/as para a educação de meninos e meninas na Educação Infantil

Luana Rabethge de FreitasThais Harue Tanizaka

Vanessa Furtado de Mendonça CurtisCEI Jardim São Luiz I

Quais os objetivos dessa ação?

1. Investir em processos permanentes de autoconhecimento, desenvolvimento e atualização de educadores.

2. Revelar práticas que reforçam a divisão e classificação de gênero.3. Problematizar as representações produzidas acerca da educação das crianças,

possibilitando uma melhor atuação dos/as profissionais em diferentes con-textos educativos.

4. Estimular a reflexão acerca do tema, com encaminhamentos em sala e desdo-bramentos no ambiente social.

5. Promover a formação continuada dos professores da escola em conteúdos transversais que dialoguem com a temática da diversidade.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Esse projeto de intervenção tem como objetivo revelar como e o quanto o gênero ainda é critério, dentro dos espaços escolares, para avaliarmos crianças, suas condutas e experiências. Na dimensão intitulada “Relações Étnico-Raciais e de Gênero” dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana, notamos que o grupo de professoras não estava consciente do quanto a construção do conceito de gênero é histórica e social. Com um trabalho prévio de pesquisa dos espaços da escola e das intervenções das docentes, será reunido material para que se discuta a ideia comum de que “não existem práticas que segregam a partir do gênero”. Para possibilitarmos uma discussão mais embasada, alguns textos serão utilizados (bibliografia do curso GDE-UFABC) e outros que já foram alvo de estudo na unidade.

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Projetos na Educação Básica I • 130

Metodologia a ser utilizada:• Encontrosdeformaçãodialogados.• Exibiçãodevídeos.• Leituradabibliografialevantada.• Avaliação.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Refeitório da unidade escolar, por ser amplo e possibilitar diferentes dinâmicas, com apoio de data show, bem como a sala de professores.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Projetor, TV, vídeo, DVD, computador e mural.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: quatro semanas para reunir todo o material que embasa-rá tanto a ideia de que a escola ainda perpetua a questão do gênero, quanto a bibliografia a ser estudada.

b) Para execução: doze semanas, com encontros de uma hora, três dias por se-mana, nos horários coletivos de formação.

Qual o número ideal de participantes?

30 a 35 pessoas, divididas em dois grupos.

Quem são os participantes?

Serão convidadas todas as professoras da unidade escolar com formação inicial no magistério e/ou Pedagogia.

Como essa ação foi ou será avaliada?

O Projeto de intervenção será avaliado no fim de sua aplicação ou a qualquer momento por solicitação do grupo. Para avaliação serão considerados:

• Ocumprimentodocronogramaapresentado,aproveitamentoeapertinênciado conteúdo bibliográfico e a sua relação com a prática pedagógica.

• Autoavaliaçãoeavaliaçãocoletivadosparticipantesedatemáticacomregis-tro em livro próprio dos pontos positivos, negativos e encaminhamentos quanto à participação, à dinâmica e ao conteúdo.

• Olevantamentodeencaminhamentosquebusquemdemonstrardequefor-ma os conhecimentos teóricos refletiram na prática educativa.

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A mudança que desejo é a mesma que realizo?

Ana Lúcia Ferreira MerschbacherCEI Santa Teresa

Quais os objetivos dessa ação?

1. Realizar nos ambientes escolares projetos que sejam efetivos na discussão do xenofobismo, do machismo, do preconceito em geral, que envolvesse todas as partes.

2. Conversar com os profissionais da escola em HTPC (horas de trabalho pe-dagógico coletivo) abordando com o grupo meio de trabalho que envolva toda a comunidade escolar.

3. Realizar em Reunião Pedagógica trabalho com a comunidade escolar defi-nindo quem agride, quem é agredido e quem só observa.

4. Definir o papel transformador de todas essas partes e como integrá-las.5. Colocar em prática atividades e atitudes que transformem o ambiente escolar.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

1. Inicialmente, realização de discussão em HTPC com os professores sobre os temas.

2. Pesquisas com os professores sobre os modos de pensar os temas abordados.3. Organização de projetos com os alunos sobre o tema.4. Discussão sobre os temas juntamente com a comunidade escolar utilizando

os indicadores de qualidade da educação que tratam sobre o tema.5. Definição, juntamente com a comunidade, de projetos integradores com os

que estão sendo realizados com as crianças.6. Divulgação do trabalho realizado.7. Avaliação final das mudanças ocorridas a partir do trabalho realizado.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Nas dependências da unidade escolar.

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Projetos na Educação Básica I • 132

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Textos para discussão, organização de relatórios e pesquisas, materiais para traba-lho com as crianças que forem necessários, materiais para cartazes e anotações.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas horas semanais do HTPC para pesquisas com os professores; duas reuniões pedagógicas para discussão com a comunidade es-colar.

b) Para execução: três horas semanais para trabalho com as crianças, distribuí-das dentro da rotina escolar; uma reunião pedagógica para divulgação para a comunidade escolar dos resultados obtidos.

Qual o número ideal de participantes?

Toda a comunidade escolar.

Quem são os participantes?

Toda a comunidade escolar: professores, trio gestor, corpo discente, profissionais da parte administrativa, cozinha e limpeza, como pais e a comunidade no entorno da escola que deseje participar.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação em si se fará durante o processo, com a discussão dos resultados ob-tidos nos HTPC nas discussões com os professores, com a devolutiva dos alunos do trabalho realizado, e também com a comunidade nas reuniões pedagógicas.

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A mulher e os enfrentamentos por representação na sociedade moderna

Lucilene de Freitas BaetaCursista GDE do Polo Butantã

Quais os objetivos dessa ação?

Objetivos pretendidos com a atividade proposta:

1. Desenvolver a consciência do respeito mútuo entre pessoas no ambiente es-colar, valorizando o papel da mulher.

2. Apoiar diálogos de luta por representação feminina no ambiente escolar.3. Questionar o rompimento de ideologias que hierarquizam o papel social da

mulher na sociedade e nas instituições, como a escola.4. Estimular atividades que valorizem o reconhecimento do “outro” e como a

mulher pode conquistar os mesmos espaços e profissões que permaneceram pela liderança feminina até hoje.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A ideia para o projeto de intervenção para a escola seria um processo durante um bimestre, dividido em aulas da seguinte maneira:

1. Apresentação do tema, com uma breve fala discorrendo sobre o conceito de gênero e como os estudantes percebem essa questão em seu cotidiano.

2. Em primeiro lugar, formar grupos que tenham só meninas/mulheres e gru-pos compostos por meninos/homens para que conversem entre si sobre o tema e apresentem brevemente suas conclusões para a sala.

3. Depois, formação de grupos mistos com meninos/homens e meninas/mu-lheres, juntos, para um levantamento de ideias sobre a questão de gênero e breve apresentação das mesmas para a sala.

4. Como foi a experiência de conversar sobre gênero só com meninas, ou só com meninos? E a terceira experiência, que foi em grupos mistos? Como as pessoas entendem a questão de gênero quando estão em grupos mistos?

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Projetos na Educação Básica I • 134

5. Realização de breve caminhada pela escola para que as pessoas percebam se o ambiente tem estrutura física que seja voltada ao gênero masculino e femi-nino, e se no cotidiano em casa ou em ambientes sociais existe essa percepção.

6. Levar para a sala de aula objetos ou imagens que representem separadamen-te os gêneros feminino e masculino e questionar por que tais objetos são usados apenas por homens ou apenas por mulheres.

7. Por meio de grupos mistos, os estudantes devem fazer uma breve encenação sobre o cotidiano da mulher e o cotidiano do homem, levantando questiona-mentos do “por quê?” da existência de tais padrões na sociedade.

8. Roda de conversa, para que os participantes possam falar sobre suas vivências ou de familiares, amigos etc. – atividade livre sugerida – não “obrigatória”.

9. Solicitar aos participantes que pensem em formas de combater ou minimi-zar a discriminação e o preconceito e levantar como eles podem fazer isso em sua dia a dia.

10. Roda de conversa – o que os estudantes aprenderam sobre a questão de gê-nero nesse período em que se reuniram?

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Salas de aula e ambiente escolar como um todo, para que os alunos possam cami-nhar, sentar e discutir os temas propostos.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Materiais como papel, tesoura, cartolina, além de outros para montagem de pai-néis e exposição. Cada momento exigirá objetos ou materiais diferentes: livro, mural, jornal, projetor, TV, vídeo, DVD, computador etc.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: para esse processo se estima um mês de planejamento para o preparo de leituras, vídeos e contato com pessoas que possam realizar oficinas e apresentações durante a oficina/projeto.

b) Para execução: se calcula um bimestre letivo ou aproximadamente 20 aulas, sendo duas por semana.

Qual o número ideal de participantes?

40 pessoas por oficina/projeto.

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135 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Quem são os participantes?

O projeto se estende a toda a comunidade escolar, podendo ser assistido por fa-miliares do estudante, gestoras/es, professores/as. Quanto à participação de estudan-tes, é recomendável que sejam do 8º e 9º ano do ensino fundamental e todas as séries do ensino médio.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação da atividade será por meio de relatos dos participantes e produção de cartazes ou diversas formas de arte que expressem os temas e questionamentos abordados.

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A representação da mulher na sociedade Análise de imagem audiovisual: reflexão sobre o

estereótipo feminino nas mídias

Shirlei de Souza Almeida EMEF Fagundes Varella

Quais os objetivos dessa ação?

1. Apresentar a Declaração Universal dos Direitos Humanos em grupos para que os estudantes observem suas características de violação e não violação.

2. Identificar o papel da mulher em revistas, jornais, músicas, filmes, novelas e clipes musicais.

3. Exposição e reflexão em roda de conversa sobre as observações realizadas nas mídias.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

As propostas serão realizadas em pequenos grupos, dando ênfase à discussão e à troca de opiniões. Na apresentação da Declaração Universal dos Direitos Humanos os estudantes terão contato com o documento e, em grupos, realizarão a leitura e seu posicionamento sobre a temática estudada, disponibilizando tempo para que os de-mais grupos possam também opinar sobre o tema apresentado.

Através do manuseio de revistas e jornais de circulação nacional e local previa-mente selecionados, são levantados questionamentos necessários para o entendimen-to da mulher e seu papel na sociedade, para assim abrir o debate. Após a apreciação, pelos alunos, de músicas, filmes, novelas e clipes musicais selecionados pelo professor, acontece a reflexão sobre como o papel da mulher está definido na sociedade e a re-lação com a violência praticada contra ela.

A temática estudada tem como objetivo principal a exposição por meio da dialo-gicidade, propiciando aos estudantes uma reflexão sobre a violência cometida no co-tidiano da sociedade e na escola, para mudança de atitudes e comportamentos.

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137 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, sala de vídeo.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Vídeo, retroprojetor, cartolina, sulfite, tesoura, cola, lápis.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: três dias. b) Para execução: quatro semanas.

Qual o número ideal de participantes?

35 alunos.

Quem são os participantes?

• Alunosdo8ºano.• ProfessoresenvolvidosdasdisciplinasdeGeografiaePortuguês.

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Baú da diversidade: trabalhando gênero e diversidade com as crianças

Silvana Ribeiro GodoiCEU CEI Campo Limpo

Quais os objetivos dessa ação?

1. Vivenciar momentos lúdicos através da literatura infantil, refletindo sobre questões de diversidade e gênero;

2. Experimentar brincar com brinquedos do gênero oposto;3. Desenvolver a solidariedade, estimular a afetividade e o cuidar do outro.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• 1ºdia: Levar à sala de aula um baú, escondê-lo em algum lugar e pedir para que as crianças procurem pela sala, citando que dentro dele há um tesouro. Assim que for encontrado, a professora mostrará que o tesouro dentro dele são dois livros muito importantes para a vida deles, ou seja, esses tesouros (os li-vros) não podem ficar por muito tempo escondidos no baú, temos que tirá-los e transmitir a história deles para o maior número de pessoas. Portanto, a di-versidade existe no mundo e não podemos deixá-la escondida, como os livros (tesouros) no baú. Diferenças existem e temos que respeitá-las. Após fazer uma roda de história, ler ou contar a história Tudo bem ser diferente, a profes-sora deve mostrar as ilustrações do livro e conversar a respeito da história.

• 2ºdia: Roda de Conversa – relembrando a história do livro. Pedir para que as crianças observem as figuras do livro e solicitar que cada

uma escolha uma ilustração de que mais gostou. Fazer uma montagem com a imagem do livro com a qual cada criança se identificou e ao lado a foto de cada criança fazendo o oposto da respectiva foto, ou imitando a figura que escolheu.

• 3ºdia: Roda de história, ler ou contar a história do 2º livro: O fusquinha cor--de-rosa. Após a leitura, fazer uma roda de conversa e perguntar às crianças as

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139 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

seguintes questões: Vocês acham que meninos não podem usar cor-de-rosa? As mães de vocês dirigem? Do que vocês mais gostam de brincar? Vocês brincariam com o fusquinha da história?

• 4ºDia: Experimentar brincar com brinquedos do gênero oposto.• 5ºDia: Confecção de um painel coletivo. Com a pintura do fusquinha cor-

-de-rosa desenhado em um papel kraft e o rosto de cada criança impresso no papel-foto, fazer uma colagem com todos os rostos das crianças dentro da figura do fusquinha que pintaram.

Conteúdo:• LivrosdeLiteraturaInfantil:

– PARR, Todd. Tudo bem ser diferente. São Paulo: Panda Books, 2009. – RITER, Caio. O fusquinha cor-de-rosa. 6. ed. São Paulo: Paulinas, 2013.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros, câmera fotográfica, papéis, pincéis e tintas.

Qual o número ideal de participantes?

25 participantes.

Quem são os participantes?

Crianças na faixa etária de 3 a 4 anos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Diariamente as crianças serão avaliadas através dos diálogos e participação nas atividades. Observação das rotinas dos educandos, para verificar se houve progresso nas questões de gênero e diversidade durante e após o período de realização do projeto.

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Brincadeira rosa e azul

Renata Aparecida Souza VieiraEMEI Professora Odiléa Botta de Mattos

Quais os objetivos dessa ação?

1. Mostrar a importância das brincadeiras para as crianças, incentivar o agir/sentir, autonomia e criatividade.

2. Desenvolver nos adultos a prática de brincadeiras para todos, resgatar o lúdi-co e incentivar o desenvolvimento real das crianças.

3. Estimular as crianças a se envolverem em brincadeira sem o título de brinca-deira de meninas e de meninos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Contaçãodehistóriasparacriaçãodereferências.• Confecçãodebrinquedos.• Brincadeirascomosbrinquedosconfeccionados.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Dentro da sala de aula, no pátio da escola e sala multifuncional.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Barbante, enchimento, tinta, cola, tesoura, tecidos de malha.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: um mês.b) Para execução: dois meses.

Qual o número ideal de participantes?

Média de 40 participantes.

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141 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Quem são os participantes?

• Alunosdo6°anodaEMEI(idade5a6anos).• Professores,coordenadores,famíliasdascrianças.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será feita através de conversas com as próprias crianças e famílias, para saber o que as experiências trouxeram de positivo.

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Brincando sem preconceito

Marina Castiglioni DuranCEU CEI São Rafael

Quais os objetivos dessa ação?

1. Promover um debate com as famílias sobre as brincadeiras infantis na visão da criança e chamar à reflexão o brincar como instrumento de educar sem preconceitos.

2. Mobilizar a gestão da unidade para um debate em grupo, gestão, professores e família, aproveitando o momento de reunião de pais, durante o ano.

3. Estimular entre as crianças as brincadeiras sem que exista a eleição de brin-cadeiras para meninas ou meninos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Brincadeiras de casinha, carrinhos e motocas, bolas, pinturas de rosto. Exposição de vídeos e figuras de mídias que representem as várias profissões exercidas por ho-mens e mulheres. Atividades de representação (teatro), onde meninos e meninas pos-sam representar sem distinção de papéis como, por exemplo, um lobo mau feminino, ou uma mamãe masculina.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Em todos os espaços disponíveis na unidade: biblioteca, sala de aula, gramado, quadra.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Vídeo, Tv, recursos de material de papelaria, brinquedos, espelhos, perucas, proje-tor, computador, mural, bilhetes para convite das famílias.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Aplicado ao longo do ano letivo, com atividades mensais. Tempo estimado de onze meses. Tempo estimado para planejamento e execução de cada atividade: sete dias.

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143 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Qual o número ideal de participantes?

18 crianças da sala e seus familiares.

Quem são os participantes?

Crianças na faixa etária inicial de 3 a 4 anos e seus familiares, pais, mães, ou qual-quer outro responsável pela criança, legalmente ou por parentesco. Professora, dire-tora, coordenadora, auxiliar técnico em educação.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Avaliação através de relatórios para registro de cada atividade aplicada, fotos e fichas de acompanhamento dos familiares.

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Brinquedos para crianças

Vânia Amaral PintoEMEI Dulce Salles Ferraz

Quais os objetivos dessa ação?

1. Desmistificar o pensamento de que existem objetos e atividades que só ser-vem para meninos ou meninas.

2. Estimular a apreciação e o respeito ao outro. 3. Valorizar as próprias criações e as dos outros. 4. Desenvolver o convívio pacífico.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A atividade consiste em desmistificar o pensamento de que existem objetos e atividades que só servem para meninos ou meninas. Sendo assim, inicia-se com o docente levando para a aula uma caixa de brinquedos que, socialmente, serviriam somente para meninos ou meninas, como, por exemplo, uma caixa de panelinhas e utensílios de cozinha, e deixando essa caixa para brincarem ao menos por uma sema-na. Na semana seguinte a caixa é trocada, por exemplo, por outra contendo cami-nhões e carrinhos. Certamente os meninos, inicialmente, aguardarão e questionarão onde estão os brinquedos para eles, e depois também as meninas. O professor inicia então a discussão na turma, dizendo que os objetos são usados por eles diariamente, então, por que não podem brincar com eles? Assim, as crianças são estimuladas a expressar que suas mães dirigem carros, trabalham, tomam decisões e os pais arru-mam a casa, cozinham, e comem usando os objetos na caixa.

Em outra ocasião, pode-se conduzir brincadeiras de competição, onde nos grupos tem tanto meninas quanto meninos, evitando ao máximo a separação de gênero, como filas de meninos e fila de meninas. O objetivo é propiciar diversos desses mo-mentos, onde trabalharão juntos meninos e meninas.

Para que desenvolvam o apreço por criar e valorizar suas criações e as criações dos colegas, deve-se estimular que façam desenhos livres e depois reproduzi-los para que

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145 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

todos da turma pintem, evitando entregar desenhos prontos e deixando que as crian-ças pintem os seus próprios desenhos e os desenhos de seus colegas.

Pode-se usar vídeos como Phineas e Ferb, que mostram o dia de um grupo de crianças composto por meninos e meninas de diferentes etnias e porte físico, onde eles trabalham juntos para construir objetos para se divertirem.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Em qualquer espaço, na sala de aula, parque, campo, refeitórios, enfim, o impor-tante é as crianças estarem juntas, sem divisão por gênero.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Materiaisparacompetiçãoemgeral,comobolas,cordas,bolinhascoloridas.• Brinquedoscomocarrinhos,panelinhas,bonecos,bonecas,monta-tudo.• Papelparadesenharepintar,canetinhas,lápisdeescrever,lápisdecor,gizde

cera, tinta para pintar, pincéis.• Mídiascomdesenhosqueabordamotema,paredeclaraouteladeprojeção,

projetor.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas semanas. b) Para execução: um semestre.

Qual o número ideal de participantes?

Todos os alunos da turma. Aproximadamente 35.

Quem são os participantes?

Professora da turma, funcionários que dão apoio, gestores que participam com o fornecimento dos materiais, alunos, famílias que são informadas sobre o projeto e participam com seus retornos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação se iniciará desde o começo da aula, quando o professor observa as rea-ções iniciais e finais das crianças, com constantes anotações para avaliação descritiva.

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Cantinhos “Vamos Brincar”

Cintia Elidia FirminoEMEI Professor Manoel de Alvarenga Freire Junior

Quais os objetivos dessa ação?

1. Escolher com autonomia, tendo suas decisões respeitadas e apoiadas pelos adultos.

2. Realizar ações autônomas ou com pouca ajuda do adulto e de outros parceiros.3. Valorizar ações de cooperação e solidariedade, desenvolvendo atitudes de

ajuda e colaboração e compartilhando suas vivências.4. Valorizar as diferenças e as escolhas dos colegas.5. Proporcionar situações de valorização da diversidade.6. Relacionar-se com os outros, adultos e crianças, demonstrando suas necessi-

dades, interesses, gostos e preferências.7. Cuidar de si, do outro e do ambiente.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

O brincar é o local seguro para a criança experimentar os vários papéis que a so-ciedade impõe, e com isso, na brincadeira, o menino pode ser a mãe, a menina pode ser o pai, um irmão, uma avó e isso independe de como as crianças são na vida real, em suas casas, pois estão brincando, experimentando. O mesmo acontece em relação às armas, pois a violência está presente junto com o medo, e no brincar a criança morre e ressuscita. Assim, o brincar dá abertura, na educação infantil, para a abordagem de temas que ainda para muitos são tabus, mas que não podem mais ser desprezados.

Na roda de conversa, é explicada a atividade e como serão organizados os cantos, e então o professor pede a colaboração da turma na organização dos mesmos, antes da brincadeira propriamente dita.

Organizar a sala em áreas é muito importante, pois favorece a movimentação das crianças e sua participação em atividades que venham ao encontro de seus interesses. Essa divisão atende ainda à própria diversidade das ações das crianças, que, em geral,

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147 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

alternam seu engajamento, em momentos diversos, na busca de satisfação de suas necessidades de desenvolvimento e conhecimento.

Depois da organização as crianças terão liberdade para brincar onde quiserem e com quem quiserem, fazendo parcerias. Lembrando que todos podem brincar com tudo, sem a diferenciação: ISSO É DE MENINA OU DE MENINO. O aluno aprenderá que cada lugar é específico para realizar determinada tarefa, aprendendo as-sim a se organizar e identificar os ambientes e para o que serva cada um deles. Com esse cantinho o ensino fica mais direcionado, facilitando para o professor e para o aluno.

No final da brincadeira a turma também irá organizar o ambiente, guardando os brinquedos em seus lugares. Em seguida é organizada uma roda de conversa, onde cada um terá a chance de verbalizar o que achou dos cantinhos, se valeu a pena a atividade e se quer brincar novamente.

É muito importante proporcionar às crianças, sempre, novos desafios. Às vezes pequenas interferências no jogo, na disposição do material e em sua organização permitem uma nova forma de olhar para a mesma brincadeira. Assim, a tradicional brincadeira de casinha, por exemplo, ganha nova dimensão à medida que é enrique-cida com novos elementos trazidos pelas crianças, por suas experiências pessoais. Outra ação é a observação cuidadosa do professor, um olhar interessado em saber do que as crianças gostam de brincar para ajudar a construir as novas possibilidades de jogo simbólico que vão aparecendo em um grupo. Assim, por exemplo, ao observar que as crianças brincam de carreta, transportando a geladeira e o fogãozinho da casi-nha em um caminhão improvisado em um banco, o professor pode incrementar esse jogo, oferecer novos materiais ou mesmo perguntar o que poderia contribuir para o jogo. Numa dessas conversas, é possível descobrir novas possibilidades para o jogo: barbantes para enrolar mercadorias, plástico bolha para protegê-las, caixas de dife-rentes tamanhos para separar e organizar os objetos da mudança e assim por diante.

O mesmo acontece quando as crianças pegam a boneca negra e percebem a dife-rença na cor, ou de como ela parece um coleguinha. Isso mostra que cada pessoa tem uma cor, que ninguém é igual a ninguém. Quando as crianças percebem que o pro-fessor é um aliado que pode contribuir também se sentem mais à vontade para criar e sugerir novas possibilidades de brincadeira. Caberá ao adulto, apenas, “construir um ambiente que estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se tem certeza de que a criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumen-tamos, assim, as chances de que ela o faça; num universo sem certezas, só podemos trabalhar com probabilidades. Portanto, é importante analisar seus objetivos e tentar, por isso, propor materiais que aperfeiçoem as chances de preencher tais objetivos”.

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Projetos na Educação Básica I • 148

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Como a atividade irá acontecer duas vezes por semana podem ser utilizados vá-rios espaços da escola (EMEI) para montar os Cantinhos:

• Saladeaula.• Áreaexterna.• PátiodaEMEI.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Kits de cozinha, ferramentas, salão de beleza, artes, mercado, escritório.• Bonecasebonecos,carrinhos,livros.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: um dia para planejar a semana e separar os materiais.b) Para execução: realizar os cantinhos duas vezes por semana por mais ou me-

nos 45 minutos.

Qual o número ideal de participantes?

25 alunos.

Quem são os participantes?

São alunos da educação infantil com quatro anos que estudam na escola munici-pal (EMEI).

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será contínua e processual, com observações e anotações feitas pela professora, registro com fotos, além de roda de conversa para ouvir o que as crianças acharam da atividade.

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Coisas de homem ou mulher?

Andréia Viçoso da SilvaEMEF Maurício Goulart

Quais os objetivos dessa ação?

1. Propiciar a reflexão para questões de gênero construídas historicamente e socialmente.

2. Compreender as diferenças entre gêneros, percebendo as desigualdades acar-retadas por esses fatores.

3. Aprender a respeitar as diferenças entre gêneros para construção de uma so-ciedade democrática por direito.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

1. Convidar a instituição Pombas Urbanas para enriquecer o olhar do gênero com a cultura para os alunos, trazendo outra forma do lúdico para reflexão.

2. Em relação ao posto de saúde, enriquecer as discussões com a comunidade sobre os problemas ocasionados em relação ao gênero com a violência dentro de casa.

3. Escolha do projeto a ser desenvolvido, levando em conta que o número de alunos adolescentes envolvidos em violência contra alunas adolescentes na escola está banalizado.

4. Percebendo essa necessidade, pensar em como desenvolver esse projeto, tra-balhando com propagandas e documentários curtos que possam abrir para reflexão através de discussões.

5. Pesquisar no Youtube vídeos que possam ser mobilizadores das discussões:• Campanha“MulhereseDireitos” pede fim da violência e promoção da igual-

dade de gênero• Vídeo–documentário“MulheresInvisíveis”• NossoCorpoNosPertence?• DocumentárioFortesMulheres(WomenofStrength)–AndréFrançois• Silênciodasinocentes• EraumavezumaoutraMaria(Completo)

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Projetos na Educação Básica I • 150

• La vida de Juan – Cortometraje en animacion• CRPSP–DireitosHumanos–OTecidoeoTear6. Fundamentar as discussões com leituras baseadas em teorias e textos jorna-

lísticos, trazendo olhares para a proposta do vídeo.7. Na primeira reunião pedagógica do ano, conversar e discutir com a equipe

escolar o projeto, tentando envolver a todos sobre sua importância.8. Possibilitar que o projeto seja desenvolvido no primeiro semestre de 2016,

com reuniões quinzenais com alunos e a equipe escolar.9. Possibilitar que o projeto seja desenvolvido com a comunidade, adaptado do

formato a ser apresentado para os alunos e a equipe, para envolver a todos (comunidade aprendente).

10. Dar aos alunos condições de se apropriarem do conhecimento como protagonis-tas, produzindo um produto final sobre o aprendizado no formato escolhido por eles, que será apresentado à comunidade através de um evento para a exposição.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de vídeo e pátio da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Xerox de materiais para leitura, tesoura, papel pardo, canetinhas, cola, revistas e outros para confecção de cartazes.

• Datashow,DVD,computador,televisão,blog da escola e jornal mural.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: um mês (fevereiro).b) Para execução: quatro meses (março a junho).

Qual o número ideal de participantes?

Previsão de 350 participantes.

Quem são os participantes?

Alunos dos 8º e 9º anos, equipe escolar (40 funcionários) e o convite para a pró-pria comunidade (responsáveis pelos alunos, instituição não governamental Pombas Urbanas e psicólogos/médicos do posto de saúde).

Como essa ação foi ou será avaliada?

Produto final produzido pelos alunos e todo processo de envolvimento dos alunos.

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Como não construir certos estereótipos de gênero em ambiente escolar na

educação infantil?

Monica Pires HirataCentro Educação Infantil Jardim Rebouças

Quais os objetivos dessa ação?

1. Estimular a construção de identidades dos meninos e meninas enquanto in-divíduos sem a referência de gênero.

2. Desenvolver jogos e brincadeiras sem a distinção meninos e meninas. 3. Compartilhar a proposta com as famílias.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Estudar comogrupodeprofessores conteúdoque crie repertório sobreotema gênero e diversidade nas escolas.

• Incluiremnossoplanode trabalho ações que constituam oportunidades de construir a igualdade de gênero.

• Identificar,analisarerefletirsobreassituaçõesdodiaadianaescolaenafamília, considerando a perspectiva de gênero.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

As atividades serão desenvolvidas em todos os ambientes da escola e nas diversas situações da rotina escolar: sala de aula, parque, refeitório.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolinas, material esferográfico e brinquedos diversos (para as vivências). Tex-tos, flip chart, mural, vídeos, equipamento de projeção.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: três meses.

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Projetos na Educação Básica I • 152

b) Para execução: oito meses, ao longo do ano letivo.

Qual o número ideal de participantes?

Todos os servidores da unidade escolar.

Quem são os participantes?

Equipe de apoio: merendeiras e limpeza. Equipe de professores e professoras. Equipe Gestora: diretor da escola, assistente de diretor e coordenador pedagógico.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Autoavaliação e práticas inovadoras que reflitam as discussões e proposições do tema.

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Conhecer, identificar, refletir e compartilhar saberes e experiências sobre a violência

doméstica no cotidiano

Angela VenancioCIEJA Campo Limpo

Quais os objetivos dessa ação?

Conhecer, identificar, refletir e compartilhar saberes e experiências sobre a violên-cia doméstica no cotidiano.

Como foi realizada a ação?

No mês de novembro foram realizadas diversas atividades dentro e fora da sala de aula sobre o tema gênero e diversidade. Projeção de vídeos, imagens, documentários, leituras, pesquisas, reflexões, debates, depoimentos etc. Para finalizar as atividades pontuais convidei as coordenadoras da União Popular de Mulheres que atuam no Centro de Convivência Mulheres Vivas, localizado na região do Campo Limpo.

As convidadas apresentaram o espaço, as atividades desenvolvidas e como reali-zam o acolhimento de mulheres vítimas de violência. Para tanto iniciaram a discussão com a projeção do vídeo: Um sonho possível.

A animação aborda a questão da jornada de trabalho da mulher e as reponsabili-dades domésticas que não são divididas. O público foi convidado a participar apre-sentando suas impressões e opiniões sobre o assunto e ampliando a reflexão sobre a relação homem e mulher.

Em seguida, discutiram o conceito violênciadoméstica e as suas diferentes con-figurações: violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Durante a dinâmica muitos alunos e alunas se sentiram à vontade para fazer perguntas, expor dúvidas, opiniões, frustrações, sentimentos e breves depoimentos pessoais.

No final da atividade alguns alunos e alunas demonstraram grande interesse em conhecer o espaço e fizeram os devidos contatos.

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Projetos na Educação Básica I • 154

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Espaço do CIEJA Campo Limpo.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Computador, projetor, filmes.

Qual o prazo estimado para seu execução?

Um dia para realização e debate. Realizada uma intervenção em 12 de novembro de 2015.

Quem são os participantes?

Toda a comunidade escolar.

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Construindo um novo olhar sobre as culturas africanas e afro-brasileiras

Lina Asano Silva FerreiraCEI Jardim Rodolfo Pirani

Quais os objetivos dessa ação?

1. Refletir sobre a temática étnico-racial com a comunidade educativa.2. Estabelecer ações que contextualizem a cultura africana para as crianças.3. Trabalhar a identidade, respeito e valorização das diferenças.4. Avaliar o processo.5. Dar voz a toda comunidade, convidando-a para o debate sobre esta temática.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• 1ºmomento: Seleção do referencial teórico, para formação nos horários co-letivos dos docentes.

• 2ºmomento: Oficina para confecção das bonecas abayomi.• 3ºmomento:Elaboração das sequências didáticas dos docentes. • 4ºmomento: Execução das sequências com as crianças e devolutiva dos do-

centes em horário coletivo.• 5ºmomento: Avaliação dos indicadores.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de formação dos professores, sala de aula, parques e demais dependências da unidade educacional.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Fantoches:famíliasnegrasebrancas;bonecas:negras,brancase japonesas;tecidos, tesoura, fitas.

• Livros e textopara formaçãodoprofessor, livros, rádio, aparelhodeTV,datashow, vídeos da cultura afro-brasileira para crianças, vídeos da cultura afro-brasileira para adultos, vídeos de trabalhos realizados por outras UEs.

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Projetos na Educação Básica I • 156

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: dois meses.b) Para execução: doze meses.

Qual o número ideal de participantes?

Todos os educadores e crianças e famílias da unidade educacional.

Quem são os participantes?

Equipe gestora, assistente de diretor de escola, coordenadora pedagógica, profes-sores, crianças e suas famílias, auxiliar técnico de educação, agente de apoio.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Será realizada pela devolutiva do professor para a coordenação, através dos regis-tros das observações realizadas sobre as crianças, por meio dos Indicadores da Qua-lidade da Educação Infantil Paulistana e por registro de fotos e vídeos.

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Cultura de paz: diversidade e inclusão educacional

Renato Ubirajara dos Santos Botão Secretaria de Estado da Educação de São Paulo (SEE-SP)

Quais os objetivos dessa ação?

1. Desenvolver atividades externas que aperfeiçoem e melhorem a conexão en-tre escola-comunidade-família, atuando sobretudo para o fortalecimento da Gestão Democrática da Escola, especialmente junto aos Conselhos Escola-res, Grêmios Estudantis e Programa Escola da Família.

2. Compreender melhor os direitos fundamentais das crianças e adolescentes.3. Trabalhar os diversos valores da convivência, tais como o diálogo, o respeito,

a alteridade, a amizade, a civilidade, a confiança, a fraternidade, a cortesia, a cordialidade, a generosidade, a sensibilidade, a compreensão, a escuta, a pa-ciência, a interconexão, entre outros.

4. Subsidiar os gestores regionais sobre os temas do curso, para que possam re-plicá-los em escolas de sua jurisdição.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Serão realizadas mesas de debate sobre as temáticas discutidas nesse curso e ou-tras relacionadas com a educação. As mesas serão divididas nos seguintes temas:

1. Introdução aos Direitos Humanos e Direitos das Crianças e Adolescentes. 2. Educação plural: gênero e diversidade sexual.3. Enfrentamento aos estereótipos, preconceitos e violências nas relações esco-

lares e sociais.4. Modalidades de ensino e temáticas inclusivas: garantia do direito à educação

e inclusão educacional. 5. Gestão democrática da Escola. 6. Boas práticas da Rede Estadual de Ensino sobre os temas desse curso.

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Projetos na Educação Básica I • 158

Proposta de Cronograma das atividades:Cada mesa terá subtemas os quais as/os palestrantes irão abordar, conforme o

transcorrer do debate. • Mesa 1: serão abordados temas como: direitos civis, direito à educação, ECA,

socioeducação, entre outros. • Mesa 2: temas abordados: gênero, sexualidade e diversidade sexual; violência,

discriminação e direitos da população LGBT; violência doméstica e formas de prevenção; gênero e sexualidade na educação básica.

• Mesa 3: serão discutidos temas sobre formas de violência, verbal, moral, sexual, psicológica, física, material, virtual; enfrentamento à intimidação sis-temática (bullying); racismo × bullying; prevenção à intimidação sistemática na rede mundial de computadores (cyberbullying).

• Mesa 4: serão abordados os seguinte temas: Educação de Jovens e Adultos: EJA e EJA nas prisões; Educação Escolar Indígena; Educação Escolar Qui-lombola; Quilombos em São Paulo; Educação Especial; Educação para as Relações Étnico-Raciais – Leis n. 10.639/2003 e 11.645/2008; Educação em Direitos Humanos: Diretrizes Nacionais e Práticas; Educação e medidas so-cioeducativas em meio aberto: Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade na escola; Educação do Campo.

• Mesa 5: serão discutidos: noções essenciais sobre democracia; Proposta Pe-dagógica e Regimento Escolar; os Conselhos Escolares; os Grêmios Estu-dantis; Programa Escola da Família: a necessidade do fortalecimento da co-nexão entre escola-comunidade-família.

• Mesa 6: serão selecionadas algumas práticas escolares escolhidas pelas/pelos cursistas, realizadas nas escolas em que atuam.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

O curso será auto instrucional e ofertado via Videoconferência, e transmitido pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Professores (EFAP), via Rede do Saber, que é uma rede pública de videoconferência. Ela está presente nos órgãos centrais da Secre-taria de Estado da Educação de São Paulo, nas suas 91 regionais e em 5.300 escolas.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Leitura prévia de textos relacionados a cada mesa de debate, que serão disponibili-zados via e-mail uma semana antes de cada tema entrar no ar. Para as/os cursistas que

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159 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

não puderem se deslocar até uma sala da Rede do Saber, as Videoconferências serão transmitidas por streaming, assim ela/ele poderá acompanhar o curso de qualquer apa-relho com internet. Para isso, bastará que acesse o endereço www.rededosaber.sp.gov.br, clique no ícone “Cursos e Programas” e depois no curso “Cultura de paz: diversidade e inclusão educacional”.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: três dias. b) Para execução: quatro horas cada aula. A/o cursista terá uma semana para ler

o texto de apoio, assistir a aula e produzir o diário.

Qual o número ideal de participantes?

910.

Quem são os participantes?

Cada dirigente regional de ensino indicará cinco Professores Coordenadores de Núcleo Pedagógico (PCNP) e cinco supervisores de ensino, alocados nas Diretorias Regionais de Ensino para realizar o curso.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Ao final de cada mesa de debate os/as cursistas produzirão um diário com suas impressões sobre o tema. Esses diários serão reunidos em um único arquivo e envia-dos para a equipe da EFAP responsável pela avaliação do curso.

Cada Diretoria de Ensino terá que escolher duas propostas de intervenção para escolas que estão sob a jurisdição de sua regional.

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Diversidade em foco

Getúlio Márcio SoaresSilmara Ferreira

EMEI Professor Antonio Branco Lefevre

Quais os objetivos dessa ação?

1. Sensibilizar a comunidade escolar através de filmes sobre questões acerca da diversidade.

2. Refletir com os educadores sobre o preconceito em relação à identidade de gênero.

3. Estimular a criança a pensar como é estar e se sentir no lugar do outro

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• ApresentaçãodofilmeMinha Vida em Cor de Rosa (Alain Berliner, 1997- Bélgica, França e Reino Unido) para os educadores com a finalidade de de-bater sobre o protagonismo da criança na significação de seu próprio mundo e em sua identificação de gênero e como os adultos, em especial a família e a escola, têm dificuldades de lidar com seus preconceitos.

• ApresentaçãodofilmeKhumba (Anthony Silverstos, 2014 – África do Sul), para as crianças do infantil II matriculadas na EMEI, com a finalidade de abordar de forma lúdica a temática da diversidade que abrange questões como rejeição, autoaceitação e integração ao grupo.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de projeção.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Vídeos dos filmes a serem exibidos, projetor e DVD.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas horas.

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161 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

b) Para execução: cinco horas.

Qual o número ideal de participantes?

• Crianças:90.• Adultos:25.

Quem são os participantes?

As crianças matriculadas na unidade escolar no infantil II com idade de cinco anos e os educadores que compõem toda a equipe escolar (equipe docente, equipe de apoio e equipe gestora).

Como essa ação foi ou será avaliada?

Através de roda de conversa com as crianças e os educadores, onde será proposto aos participantes que se coloquem no lugar de um dos personagens dos filmes assis-tidos e digam qual seria sua postura/atitude diante dos desafios vivenciados.

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Diversidade na escola

Ivanir dos Santos OrnellasE. E. Estadual Professor Mario Marquês de Oliveira

Quais os objetivos dessa ação?

1. Promover ambiente de respeito na escola, para que a diferença não seja trata-da na óptica da exclusão, do desrespeito e da violência.

2. Desenvolver, a partir dos conteúdos ministrados a respeito de GÊNERO, SEXUALIDADE e RAÇA, atividades que primem pela equidade, respeito e valorização dos seres humanos.

3. Desenvolver atividades a respeito das leis 10.639/2003 e 11.645/2008.4. Desenvolver atividades a respeito da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006).5. Promover estudos a respeito de bullying, como forma de orientar os/as alu-

nos/as diante dessas práticas de violência e, ao mesmo tempo, contribuir para que ele/ela possa diferenciar o bullying do sexismo, da misoginia, do racismo e da homofobia.

6. Envolver alunos/as, funcionários/as e famílias/comunidade em discussões/eventos a respeito da diversidade e seus dilemas, buscando sempre a transfor-mação da escola em um lugar da liberdade, do respeito e da boa convivência, sem que se interfira nas diferenças, porém com foco nas desigualdades.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

1. Aulas expositivas, dinâmicas, músicas e vídeos voltados para as questões de GÊNERO, SEXUALIDADE e RAÇA.

2. Aulas para capturar qual é o entendimento e qual a compreensão dos/as alu-nos/as sobre o que significa ser “homem” e ser “mulher” na sociedade, por meio de debates e atividades discursivas.

3. Por meio da utilização de um glossário, o projeto avançou muito com relação à apropriação de conceitos que eram fundamentais na desconstrução das re-lações baseadas na biologização, por parte dos alunos e até mesmo dos pro-

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163 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

fessores. Dentre os conceitos trabalhados, destacamos os seguintes: gênero, identidade de gênero, expressão de gênero, sexo biológico, orientação sexual, preconceito, Direitos Humanos, patriarcado, assimetria de gênero, misoginia, homossexualidade, bissexualidade, heterossexualidade, travesti, transexual, transgênero, homofobia e tantos outros.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, auditório da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolina, textos para serem trocados entre as salas, entre outros. Internet, jornais, revistas, murais.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: dois meses.b) Para execução: oito meses.

Qual o número ideal de participantes?

Não tem numero ideal, já que este projeto tinha o objetivo de envolver toda a escola.

Quem são os participantes?

Alunosdos8°e9°anosdoensinofundamentalII.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Este projeto foi aplicado e avaliado durante o ano letivo de 2014 na Escola Esta-dual Sapopemba, Zona Leste da cidade de SP, sendo realizado pelos professores eventuais da escola. Envolveu todas as disciplinas da escola. Em oito meses de traba-lho, o projeto Diversidade na Escola conseguiu mostrar para os/as alunos/as uma nova consciência. A grande maioria já aponta para uma visão mais justa de mundo no que diz respeito à convivência na escola. Com relação às questões das mulheres, prin-cipalmente com relação à lei, estas entendem a importância de se denunciar os agres-sores, falam dos seus dilemas, como suas vidas melhoraram a partir do uso da lei, se sentem mais seguras e mostram mais felicidade no cotidiano. Aos poucos estão tor-nando a escola um lugar muito melhor e da boa convivência.

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Diversidade, as diferenças que nos fazem iguais: formando cidadãos desde pequenos

Olga RomeroCentro de Educação Infantil Jacarandá

Quais os objetivos dessa ação?

1. Proporcionar à comunidade escolar adulta e infantil e às famílias das crianças um olhar reflexivo e sensível sobre nossas singularidades.

2. Direcionar o olhar para as diferenças e semelhanças das famílias e seus filhos, professores, equipe gestora e de apoio, tais como o amor, a amizade, os laços fa-miliares, as necessidades, capacidades e dificuldades comuns a todas as pessoas.

3. Sensibilizar e promover autorreflexão sobre as questões da sociedade atual no tocante à convivência entre diferentes etnias, as questões de gênero, as tarefas e trabalho comuns a homens e mulheres, a formação e composição das famílias.

4. Promover a cultura da paz e do respeito, combater o preconceito de etnias, contra imigrantes (xenofobia) e racismo.

5. Mostrar que mesmo diferentes somos iguais nos sentimentos, necessidades e capacidades, enfim, todos cidadãos com valores, direitos e deveres iguais.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Montagem de um grande mural ou painel onde ficarão expostas frases e fotos referentes aos temas que trarão reflexão. Deverá ser localizado num lugar estratégico, visível, preferencialmente na entrada da unidade escolar e ao alcance do olhar de crianças e adultos. As fotos ou gravuras serão trocadas semanalmente ou quinzenal-mente, de acordo com as atividades espontâneas ou dirigidas com as crianças duran-te o ano letivo, e as famílias serão convidadas a colaborar trazendo ou fotografando o que for solicitado. Nesse painel teremos os seguintes títulos:

1. Gênero:• Eu gosto e posso brincar de carrinho!Tirar fotos demeninos emeninas

brincando com carrinho (avião), pedir que os pais também tragam fotos deles

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165 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

(pai/mãe) brincando em casa e principalmente, dirigindo carros na vida adul-ta. A comunidade adulta da escola também poderá trazer fotos de casa.

• Eugostoepossobrincardeboneca!Assimcomonoitemanterior,teremosfotos das meninas e meninos brincando com bonecas e os pais (pai/mãe) trarão de casa fotos também brincando e, principalmente, segurando seus fi-lhos/as no colo, dando banho etc.

• Eugostodebrincarcompanelinhaefogão!Comonoitemanterior,pedindoaos pais, homens e mulheres, funcionários da escola, professores, que tragam ou produzam fotos brincando com os filhos (meninos e meninas) e fotos dos adultos homens e mulheres cozinhando ou pondo a mesa em casa.

2. Amor e amizade:• Comoégostosoumabraço!Fotosdasatividadesemqueascriançasabracem

e sejam abraçadas entre elas e pelos adultos. Os funcionários e pais trarão ou produzirão fotos de abraços entre as famílias e amigos.

• Vejameuamigo/a!Fotografarcenasdocotidianodaescolaondeascriançasestejam com colegas meninos e meninas nas brincadeiras, atividades de rotina, rodas de leitura etc. É importante destacar as amizades entre dife-rentes etnias, entre meninos e meninos, meninas e meninas, meninos e me-ninas. Pedir igualmente aos pais e adultos da escola que tragam fotos de seus amigos.

3. Seres humanos iguais (corpos diferentes!) Olha, eu tenho mão! Olha, eu tenho nariz! Olha, eu tenho boca! Olha, eu

tenho cabelo! Obs.: Nessas fotos, mostrar que mesmo diferentes, de várias formas, cores,

tamanhos, texturas todos temos o mesmo corpo humano, e da mesma forma que nos outros itens, os pais também serão convidados a trazer fotos de casa, de seus cabelos, mãos, nariz.

4. Qualsorrisoémaisfeliz? Fotos das crianças, pais e mães, avós, tios, funcionários da escola tendo o

cuidado de privilegiar várias etnias.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Em todos os espaços da escola onde pudermos fazer registro fotográfico das ati-vidades espontâneas ou programadas, nas casas das crianças, no refeitório, na cozinha.

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Projetos na Educação Básica I • 166

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Brinquedos, rádio e CDs para atividades de dança, máquina fotográfica, tinta e impressora, painel ou mural de madeira ou azulejo, papéis para forrar ou decorar.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: reunião com os professores para definir mais itens e a fre-quência de troca de temas no painel (no máximo uma semana).

b) Para execução: uma ou duas reuniões com os pais. Pretende-se que o projeto seja trabalhado durante todo o ano letivo, aproveitando inclusive os dias programa-dos para o “Dia da Família na Escola”.

Qual o número ideal de participantes?

Pretendemos envolver todos os alunos, professores e familiares.

Quem são os participantes?

Famílias e crianças de diferentes etnias e faixas etárias, adultos da unidade escolar, ou seja, homens, mulheres e crianças, membros da comunidade interna e externa do CEI. As crianças têm entre poucos meses a três para quatro anos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Através de pesquisa de opinião com os pais sobre o projeto ao final do primeiro semestre e no final do ano, de observação do comportamento e interesse das crianças e adultos pelas fotos do mural e, no caso das crianças maiores, através de promoção de rodas de conversa sobre os temas tratados para ouvir as crianças.

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Etnocentrismo, estereótipo e preconceito

Susy dos Reis Costa SouzaMarelita Monteiro Keller

CEI Vila Ramos

Quais os objetivos dessa ação?

1. Propiciar a percepção da temática étnico-racial e de gênero nas crianças de 4 anos através de leituras infantis que desenvolvam os assuntos.

2. Provocar pensamentos sobre as leituras através de rodas de conversa, com perguntas provocativas após as leituras.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• 1ºmomento:roda de conversa inicial: colocar em uma caixa os brinquedos descritos nos materiais e ir perguntando: que brinquedo é esse? Quem pode brincar com esse brinquedo? Por quê?

Exibição do clipe musical: Menina Moleca (Palavra Cantada)• 2ºmomento: leitura: Anton e as Meninas. Roda de conversa – meninos e

meninas são diferentes? No quê? Meninos e meninas gostam das mesmas coisas? Todos podem brincar das mesmas coisas? Do que é divertido brincar junto?

• 3ºmomento: leitura: Meninos de Verdade. Meninos e meninas têm os mes-mos sentimentos? Quem já sentiu medo? Quem já foi corajos@? Quem já ficou muito feliz, cansad@, com raiva?

• 4ºmomento: leitura: Eu tenho duas mães. Roda de conversa – alguém pode ter dois pais também? O que seria divertido em ter dois pais ou duas mães?

• 5ºmomento: leitura: Chuva de manga. Roda de conversa – apresentar a Áfri-ca no mapa mundi e explicar que a África é um continente com vários países e essa história se passa no Chade – localizar. Deixar claro que, como no nos-so país, existem áreas urbanas e rurais. Mostrar fotos da internet do Chade e pedir que as crianças descrevam o que veem.

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Projetos na Educação Básica I • 168

• 6ºmomento: exibição do filme: Kiriku e a feiticeira – curta: canto tradicional africano (curta 6 minutos).

• 7ºmomento: leitura: Obax. Roda de conversa: revisitar o álbum do projeto Animais realizado no primeiro semestre, marcando os animais das savanas afri-canas. Quem acha que a Obax parece com a gente? Quem gosta de passear, de contar histórias? E de ouvir histórias? Contar um pouco sobre @s contador@s de histórias e como el@s são importantes para manter um povo vivo.

• 8ºmomento: leitura: Escola de chuva. Roda de conversa: olha como é impor-tante estudar. Essas crianças constroem suas escolas e cuidam dela. Como podemos cuidar da nossa escola? Vocês sabiam que aqui no Brasil também se contruiu muita coisa com barro? Mostrar fotografias de taipa de mão e de pilão, imagens de aldeias africanas, indígenas e cidadezinhas do interior. Pe-dir para que as crianças descrevam o que veem.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula (espaço da roda), sala de vídeo.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Brinquedos: skate, bola, carrinho, boneca, liquidificador, ferro e roupinhas, que-bra-cabeça, blocos de montar, motoca, fantasia de princesa, fantasia de super-herói, livros e filmes descritos nas atividades. Televisão, computador, cabo HDMI, máquina fotográfica, tripé para máquina, bibliografia de trabalho.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: três horas.b) Para execução: dez dias.

Qual o número ideal de participantes?

18.

Quem são os participantes?

Crianças do minigrupo (3-4 anos).

Como essa ação foi ou será avaliada?

Avaliação processual das atividades.

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Formação de professores: um olhar para a diversidade

Antonio Cesar Alario PiresEscola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos - EMEBS

Professora Vera Lúcia Aparecida Ribeiro

Quais os objetivos dessa ação?

Há alguns anos tive a oportunidade de trabalhar como formador do GTPOS (Grupo de Trabalho, Pesquisa e Orientação em Sexualidade), desenvolvido na peri-feria de São Paulo, no bairro de Perus. Na escola, durante um ano e meio recebemos treinamento e pudemos multiplicar nosso trabalho entre jovens e adolescentes. As temáticas mais aprofundadas foram sexualidade, concepção e contracepção; gravidez na adolescência e formas de sexualidade. Nesse trabalho percebi que os alunos rece-biam bem as conversas e orientações, até que entramos no tema da homossexualida-de. Pudemos, através do trabalho e de muita conversa, descontruir alguns preconcei-tos, não muitos, é verdade, mas assim colaboramos. A partir desta experiência, desdo-bramos os seguintes objetivos:

1. Aprofundar as discussões sobre gênero, sexualidade e relações étnico-raciais na escola.

2. Discutir formas de conter a violência contra grupos culturais no interior da escola.

3. Desenvolver uma cultura de paz, baseada no respeito mútuo.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

As atividades podem ser realizadas durante a formação de professores, com coor-denação dos membros e equipe gestora e relatada em livro de registro próprio.

Duas vezes por semana, com encontros de 1h30m.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de formação de professores.

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Projetos na Educação Básica I • 170

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Utilização da sala multimeios: computador, retroprojetor, DVD e lousa digital.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Planejamento: 6 horas. b) Execução: 24 horas.

Qual o número ideal de participantes?

12 participantes.

Quem são os participantes?

Professores do fundamental I e II e gestores.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Avaliação individual. Avaliação do projeto em grupo com discussão aberta.

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Gênero e diversidade no cinema: meninas em “Minha Vida em Cor-de-Rosa” e

“Indomável Sonhadora”

Wendel Moreira de OliveiraEMEF Professor Jairo de Almeida

Quais os objetivos dessa ação?

Mais do que ensinar conceitos sobre gênero e diversidade, sobre tolerância e ra-cismo, a escolha da linguagem da arte do cinema propõe o contato com outras possi-bilidades de ser, de existir e destituir a visão padrão da personagem protagonista de filmes. Desdobram-se assim os objetivos:

1. Estimular a criticidade das alunas e alunos.2. Apresentar filmes alternativos ao cinema comercial tradicional.3. Promover maior reflexão sobre relações de gênero, diversidade étnico-racial e

relações sociais.4. Escutar meninas e meninos sobre as variedades de vida.5. Apoiar o debate horizontal de meninos e meninas.6. Oferecer suporte teórico, técnico e jurídico de confronto às formas de dis-

criminação.7. Promover a cultura de paz e tolerância na escola.8. Reconhecer a diversidade como característica humana.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Uma sessão de cinema dupla, podendo ser dividida em dois dias, para que não haja cansaço das jovens e dos jovens, seguida de debate mediado: em uma roda de conversa, alunas e alunos serão convidados a falar sobre suas concepções de gênero, identidade de gênero, orientação sexual, raça etc., mas também serão informados e confrontados com termos técnicos, leis e acordos internacionais de direitos humanos, valorização estética e tolerância.

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Projetos na Educação Básica I • 172

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de vídeo da escola, ou espaço com telão e recursos audiovisuais no pátio da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• AparelhodeTV,aparelhodeDVD,kitmultimídia,caixasdesom,projetoretelão. DVDs dos filmes.

• Blog da escola ou página da escola no Facebook. Internet.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: uma semana.b) Para execução: dois dias.

Qual o número ideal de participantes?

Uma turma de alunos por vez, em média 30 alunos. No entanto, a atividade pode ser repetida e reelaborada com diversas turmas.

Quem são os participantes?

Alunas e alunos do ensino fundamental II, do 6º ao 9º ano, entre 11 e 15 anos de idade.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Através da observação e registro de falas das meninas e meninos, além da expres-são direta de saberes prévios e conhecimentos novos sobre a temática do gênero, di-versidade e relações étnico-raciais.

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Gênero e sexualidade: das curiosidades às descobertas

Kelly Cristina BrantesEMEF Nelson Pimentel Queiroz

Quais os objetivos dessa ação?

1. Identificar quais concepções as crianças e as/os professore/as têm sobre as identidades de gênero e sexualidade.

2. Analisar se há mudanças nas concepções e práticas das/os professoras/os das séries iniciais ao vivenciarem um processo de formação continuada em servi-ço sobre a temática de gênero e sexualidade.

3. Compreender quais aprendizados podem ser construídos pela pesquisadora, por uma professora e pelas crianças ao desenvolverem projeto sobre o tema gênero e sexualidade.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

As etapas do projeto de intervenção se constituirão de: 1. Com os/as professores/as:

• Sondageminicialrealizadapormeiodeestudosdecasoenvolvendotemasrelacionados a gênero e sexualidade com as professoras na formação con-tinuada em serviço.

• Discussãoereflexãosobreosconceitosdegêneroesexualidadesobaóticados Estudos de Gênero.

• Apresentaçãodesugestõesdeatividadespedagógicasparaotrabalhocomessa temática com crianças dos anos iniciais do ensino fundamental, por meio do estudo do meio (artefatos culturais presentes na sociedade que tendem a subjetivar os sujeitos na ótica da heteronormatividade, como brinquedos, vestimentas, e discursos sexistas e machistas presentes nos mais diversos meios de comunicação).

2. Com as crianças:• Exibiçãodocurta-metragemO menino de vestido rosa (2004), uma produção

da TV Escola, com o objetivo de problematizar o sexismo e a misoginia. Após

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Projetos na Educação Básica I • 174

a exibição, dividir as crianças em grupos de quatro a cinco alunos/as para desenharem a cena do filme que mais chamou a atenção delas e problemati-zar com as crianças as múltiplas formas de ser menino e menina no mundo.

• Subversõeseempoderamentoinfantil:proporàscriançasproduçãodede-senhos invertendo papéis atribuídos a super-heróis e personagem de dese-nhos infantis.

• Emtodasasatividadespropostas,darvisibilidadeàscuriosidadesdascrian-ças sobre o tema gênero e sexualidade, com isso espera-se que, à medida em que as atividades vão sendo produzidas e problematizadas, as curiosidades das crianças sejam objeto de problematização para as dinâmicas seguintes.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Espaço de reuniões pedagógicas, sala de vídeo/multiuso, sala de aula.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Projetor, caixa de som, computador e ou/notebook, cartolinas, lápis de cor.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas semanas.b) Para execução: propõe-se quatro encontros com as/os professores/as na for-

mação continuada em serviço e de quatro a cinco encontros com as crianças.

Qual o número ideal de participantes?

Professoras dos anos iniciais da unidade na formação continuada (8 professores/as).

Quem são os participantes?

• Professores/asdosanosiniciaisdoensinofundamental.• Alunos/asdasturmasemqueesses/essasprofessores/assãoregentesdeclas-

se. Para esse projeto, sugere-se turmas de alunos/as do 4ºano do ensino fun-damental, anos iniciais. Cada turma tem em média 35 alunos/as.

Como essa ação foi ou será avaliada?

• Registrodasatividadesdeproduçãodoscartazes(crianças).• Registrodascuriosidadesdascriançasparaposteriordiscussãoeproblema-

tização.• Verificar sehámudançade concepção sobre o temagênero e sexualidade

antes, durante e depois do projeto com as/os professores/as e as crianças.

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Identidades de gênero: respeitando as diferenças

André Luiz Fernandes ZumerleEMEF Candido Portinari

Quais os objetivos dessa ação?

1. Compreender as diferentes sexualidades.2. Promover o respeito às diferenças.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Aatividadeseiniciacomaseguintequestão:oquesãosexualidades?• Apósadiscussão,seráfeitaaleituradepequenostextosdiversossobresexua-

lidades, homofobia, transfobia, entre outros assuntos pertinentes ao tema.• ExibiçãodofilmeTransamérica e debate sobre a temática.• Elaboraçãodefoldersecartazesquepromovamorespeitoàssexualidades.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, sala de vídeo.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Equipamento multimídia, cópias de textos diversos, cartolina, impressões.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas aulas.b) Para execução: cinco a seis aulas.

Qual o número ideal de participantes?

Uma turma (aproximadamente 30 alunos).

Quem são os participantes?

Alunos do 9º ano (entre 13 e 15 anos).

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação ocorrerá durante todo o processo por meio da observação e produção dos alunos.

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Igualdade de gênero na educação infantil

Eliane Cristina da Silva CostaCEI Goiti

Quais os objetivos dessa ação?

1. Desmistificar tabus em relação a brincadeiras de meninas e meninos.2. Promover atividades que coloquem meninos e meninas em posição de

igualdade.3. Ressaltar aos pais que a sexualidade é um assunto que deve ser tratado com

naturalidade.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

No primeiro momento, organizar a sala de aula separando por cantos. Canto dos carrinhos, bonecas, casinha, animais e livros.

No segundo momento, cada criança escolhe o canto que mais despertou interesse, podendo transitar livremente por esses espaços.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

A atividade pode ser realizada na sala de aula ou no ambiente externo (solário).

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Brinquedos(carrinhos,bonecas,casinha,animais,livros,mesinhas,panos,ba-nheiras para bonecas e panelinhas)

• Recursosmidiáticos:máquinafotográfica,camêrafilmadora.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Planejamento: um dia.b) Execução: uma hora.

Qual o número ideal de participantes?

Aproximadamente vinte alunos.

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177 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Quem são os participantes?

Berçário II (1 a 2 anos), minigrupo (2 a 3 anos).

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação desse projeto será contínua, transcrita em relatórios a partir das ob-servações dos professores em relação à criança e suas emoções diante das atividades propostas.

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Jardim das humanidades

Isabella dos Santos PintonColégio Jardim São Paulo

Quais os objetivos dessa ação?

1. Incentivar os alunos a realizar uma pesquisa importante para os aspectos so-ciais como, por exemplo, a violência contra a mulher.

2. Discutir sobre o projeto com o professor e ampliar o repertório teórico sobre a temática.

3. Apresentar o projeto para a comunidade escolar.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Basicamente, o Jardim das Humanidades permite que os alunos escolham uma causa e façam uma pesquisa sobre o tema de escolha baseada em filósofos, dados, li-vros, outras pesquisas etc. Muitos temas como racismo, depressão e feminicídio fo-ram escolhidos. É uma atividade extracurricular na qual os alunos preparam um pro-jeto e os melhores são selecionados para serem apresentados no final do ano para os pais, alunos e professores.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Na escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Livrossobreotema,papel,microfoneparaaapresentação.• Internetparaaspesquisas.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: oito meses para que os alunos montem seu projeto com auxílio do professor.

b) Para execução: a apresentação dura um dia.

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179 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Qual o número ideal de participantes?

Entre 10 e 15.

Quem são os participantes?

Alunos do ensino médio.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A qualidade do projeto desenvolvido e a forma como o aluno aborda o tema são importantes para a avaliação.

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Ler e escrever para reduzir a desigualdade

Claudia Simone DiasEMEF Frei Damião

Quais os objetivos dessa ação?

1. Criar condições para que os alunos construam seu conhecimento através da leitura de mundo e da aquisição da linguagem escrita e avancem na aquisição de conhecimentos matemáticos e sobre a natureza e a sociedade.

2. Desenvolver potencialidades para construir meios de compreensão da reali-dade, garantindo que sua participação nas relações sociais, políticas e cultu-rais do espaço onde vivem esteja fundamentada por um conjunto de valores positivos.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Paratrabalhargênero,diversidadeesexualidadeéprecisoidentificarosas-pectos relevantes ligados ao tema. Observando os dados obtidos com os ins-trumentos de avaliação e sondagens realizadas na unidade, realizar levanta-mento dos conhecimentos teóricos e das práticas metodológicas do trabalho dos professores.

• Emseguida,observaroqueosdados revelam sobre os alunos da escola. É preciso formação conceitual e prática de respeito ligadas às novas teorias so-bre gênero e diversidade favorecendo a aquisição de conhecimentos, princi-palmente em relação às novas abordagens em Língua Portuguesa e Matemá-tica. Observar a bagagem trazida sobre as concepções de gênero, sexualidade, raça/etnia, geração, nacionalidade, pautadas muitas vezes pela desigualdade.

• Dentrodarotinadasescolas,elaboraçãodeprojetosepautasdediscussãoquefundamentem o trabalho do professor em sala de aula.

• OrganizaçãodoProjetodeLeitura/SARAUenvolvendotodooensinore-gular e EJA.

• ImplementaçãodoProjetoXadrez.

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181 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

• Acompanhamentoeconstanterevisãodoprojetopedagógico,favorecendodentro dessas atividades a percepção de que todos são iguais e merecem respeito.

• Ofereceraosalunosespaçoparadebatessobreotema,emrodasdeconversa,após a leitura, na construção de textos coletivos, desmitificando as ideias de que meninos e meninas não brincam da mesma coisa, não usam as mesmas cores etc. Dar suporte às dúvidas e questões existentes.

• Alémdosencaminhamentosdosproblemasquesurgirementreosjovens,osprofessores selecionarão atividades para os alunos, de acordo com o nível de conhecimento destes. Os alunos da escola, com o apoio do corpo docente, participarão dos projetos Sarau, Cinema Brasileiro e projetos variados, que envolvam dança, esporte etc.

Proposta de cronograma de atividades:• 2 meses: fevereiro/ março

– Elaboração da recepção dos alunos; plano semanal promovendo a intera-ção dos alunos.

– Primeira sondagem e conhecimento dos alunos.– Elaboração dos planos de aula.

• 1 mês: abril– Encontros de formação, com discussão de textos e práticas apresentadas

pelos professores. – 1ª avaliação do projeto.

• 2 meses: maio / junho– Encontros de formação, com discussão de textos e práticas apresentadas

pelos professores. • 1 mês: julho

– 2ª avaliação do projeto.• 2 meses: agosto / setembro

– Continuidade da formação e das discussões metodológicas. – 3ª avaliação do projeto.

• 2 meses: outubro/novembro– Encontros de formação, com discussão de textos e práticas apresentadas

pelos professores. • 1 mês: dezembro

– 4ª avaliação do projeto (avaliação final).

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Projetos na Educação Básica I • 182

– Apresentação do produto final colhido dos alunos.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Pode ser realizada em qualquer espaço disponível da escola: sala de aula, pátios etc.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros de pesquisa, filmes, desenhos, textos, cartolinas, tintas, lápis coloridos, canetinhas, xerocópias de pesquisas, papel kraft, caixas vazias, sucatas, brinquedos variados, cola, tesoura, músicas, sulfite.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Planejamento no início do ano letivo e execução ao longo do ano, conforme pro-posto no cronograma de atividades.

Como essa ação foi ou será avaliada?

No encerramento do trabalho, com uma avaliação que poderá ser ou individual, ou em duplas ou em grupos, por meio da observação direta, avaliação da participação, da responsabilidade, criatividade e da realização de tarefas. Haverá contínuo registro das atividades desenvolvidas pelo aluno.

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Mulher não é BLÁ, BLÁ, BLÁ!

Marcelo Gerace MelloEMEF Heitor de Andrade

Quais os objetivos dessa ação?

1. Permitir que os alunos reflitam sobre a mulher nos tempos atuais.2. Possibilitar que os alunos, a partir de diferentes fontes de pesquisa, exponham

suas opiniões e reflitam sobre opiniões divergentes vindas de seus colegas, permitindo, assim, a ampliação de seu repertório e a prática do respeito.

3. Permitir que os alunos se observem como sujeitos, donos de seus corpos e cidadãos, responsáveis por suas atitudes.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Como disparador, os alunos assistirão ao documentário Clandestinas. A partir desse documentário, pretende-se abrir uma roda de conversa para abordar diversas questões referentes à mulher como: criminalização do aborto, abuso sexual de diver-sas formas, a posição de submissão em que muitas mulheres são colocadas pelos seus parceiros ou pais.

Além desses temas presentes de forma explícita ou implícita no documentário, pretende-se ampliar a discussão para o mercado de trabalho para a mulher e a ques-tão étnico-racial.

Após discutir coletivamente os temas acima, os alunos farão uma intervenção no colégio utilizando a linguagem artística em que tiverem mais interesse (pintura, es-cultura, fotografia, teatro, expressão corporal, dança, música, mídias digitais).

Em data pré-estabelecida juntamente com a coordenação, os trabalhos serão apresentados e expostos na unidade escolar.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Os alunos assistirão ao documentário na sala de informática e participarão da roda de conversa na própria sala de aula. A apresentação de seus trabalhos poderá ser

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Projetos na Educação Básica I • 184

no pátio, nos corredores ou na própria sala de aula, dependendo da linguagem artís-tica escolhida e do interesse dos alunos.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Saladeinformáticaparaassistiremaodocumentário,queestádisponívelnainternet.

• Para a produção artística, os alunospoderãoutilizar diversosmateriais depapelaria disponíveis na escola ou, dependendo da linguagem artística esco-lhida, poderão utilizar sucata, criar figurino, cenário etc.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Em uma aula será apresentado o documentário que tem, aproximadamente, 23 minutos e iniciaremos a reflexão sobre o que foi assistido. Serão necessários mais três encontros para ampliar a discussão/reflexão sobre os temas abordados – diretamente ou indiretamente – no documentário, além de outras questões a respeito da mulher na nossa sociedade atual.

Qual o número ideal de participantes?

Aproximadamente 90 alunos (três turmas).

Quem são os participantes?

Alunos/as entre 14 e 15 anos. No geral, são adolescentes que estão iniciando a vida sexual, repletos de dúvidas e curiosidades. Constantemente, percebe-se entre eles a reprodução de atitudes e termos misóginos e preconceituosos de diversas formas, decorrentes das músicas que escutam e do meio em que vivem.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação será contínua, a partir da participação dos alunos nas rodas de con-versa e na produção artística.

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O Dia Internacional das Mulheres: diferentes, mas não desiguais!

Patricia Rosa Donato TeixeiraEMEF Jairo de Almeida

EE Jocimara Vieira da Silva

Quais os objetivos dessa ação?

1. Conhecer a origem da data e histórico do dia 8 de março de 1857 e as lutas de mulheres antes e depois.

2. Refletir sobre os papéis determinados historicamente para mulheres e ho-mens, questionando suas pertinências e consequências.

3. Construir relações de alteridade, sororidade, respeito à diversidade e igualda-de em direitos.

4. Romper preconceitos e discriminações e contribuir para o respeito à diversi-dade de gênero.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Trabalho interdisciplinar envolvendo todas as disciplinas: História, Arte, Geo-grafia, Português, Matemática, Ciências, Inglês etc. Enfatizando:

• Levantamentodeconceitosprévioserodadeconversasobrefeminismo,se-xismo e as relações de gênero.

• Históriadodia8demarçoebiografiasdemulheres.• Papéis sociais comusodo vídeoAcorda, Raimundo... Acorda! e do livro O

menino Nito e debate.• Diferentesfamílias.• TrabalhodomésticopormeiodecontaçãodehistóriadaMãe não trabalha e

Elogio ou crítica. Profissões e trabalho fora de casa.• Violênciadoméstica:slides,leituradeimagens,debate e atividade.• ALeiMariadaPenha.• FeminismointerseccionalcomovídeoAlma Preta/Por que o empoderamento

das mulheres negras tanto incomoda? – Djamila Ribeiro • FeminismoNegro comovídeo25 de julho – o filme (completo)/feminismo

negro contado em primeira pessoa.

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Projetos na Educação Básica I • 186

• Exercitandosuaalteridade/direitodeamar.• GêneroeIdentidadedeGênero:mulher,homem,feminino,masculino,femi-

nilidades, masculinidades, transexual, trangênero, travesti etc.• Sexualidades:heterossexual,homossexual,bissexualetc.• Debate sobre as reportagensMenino consegue na Justiça mudar para gênero

feminino e trocar de nome, publicada em 30/01/2016 no portal G1 e Criança transexual é proibida de usar banheiro feminino em escola nos EUA, publicada em 07/04/2013 no portal globo.

• Direito ao próprio corpo: aborto, estupro e “mas, também...”; história da“Marcha das Vadias” e das “Paradas Gay”.

• Palestrassobresexualidadesecoletivos.Conteúdo:Leituras de textos escritos e imagéticos, livros, filmes, poesias, desenhos e pintu-

ras, teatro, canto, dança.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

As atividades ocorrerão em todos os espaços da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Tecidos, papéis, tintas, tesoura, aparelhos multimídia etc.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: duas semanas.b) Para execução: dois meses.

Qual o número ideal de participantes?

Toda comunidade escolar.

Quem são os participantes?

A realização deste projeto contou com a equipe pedagógica da escola, inclusive com os professores elaborando e compartilhando materiais e atividades pensadas para o propósito do tema.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Ocorrerá processualmente através de observação, participação e produção. Encer-ramento com uma atividade de avaliação: “Avalie as aulas, sua participação e opinião sobre conteúdos trabalhados”.

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Preconceito por gênero

Rosangela Godinho FragosoEMEI Recanto dos Humildes I

CEU CEI Perus

Quais os objetivos dessa ação?

Essa intervenção tem a intenção de proporcionar aos alunos uma melhor reflexão sobre nossa sociedade tão taxativa quanto ao que “é de menino ou é de menina”. Esse fato já se encontra fortemente presente nos alunos, pois tenho dificuldades quando, por exemplo, uma aluna quer jogar futebol e os meninos não aceitam, ou quando um me-nino quer usar batom e as meninas não aceitam. Desdobram-se os seguintes objetivos:

1. Estimular o uso de objetos para todos os alunos, independente do sexo.2. Desenvolver a solidariedade, a paciência e tolerância dos alunos.3. Socializar os objetos e brinquedos, para que todos tenham acesso e façam uso

dos mesmos, de forma igualitária.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Essa atividade será realizada com os alunos da EMEI, em etapas, como segue:1º Roda de conversa, explicando a todos como será realizada a sequência de

atividades.2º Os alunos irão retirar um objeto/brinquedo (da caixa surpresa) e fazer um

breve relato sobre seu uso.3º Os outros alunos serão estimulados a fazer uma discussão sobre como todos

poderão explorar o objeto e onde poderá ser encontrado/utilizado.4º Nesse momento, os alunos serão interrogados sobre quem utiliza o objeto e

por quê. A intenção é que façam uma reflexão sobre o que “acham” que é correto.

5° Haverá a intervenção e questionamento (se necessário) com ilustrações sobre a vida comunitária e pessoas (familiares) que também usam o objeto.

Exemplo: carro – que a mãe usa, boneca – o pai cuida dos filhos.

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Projetos na Educação Básica I • 188

6º Finalização do trabalho com exposição de fotos e trabalhos dos alunos afixa-dos na parede.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Caixa de papelão com objetos diversos, folha sulfite e lápis de cor para o registro.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: dois dias.b) Para execução: seis dias (um para cada momento).

Qual o número ideal de participantes?

25 a 35 alunos.

Quem são os participantes?

• EssasequênciadeatividadesserárealizadacomosalunosdaEMEIdafaixaetária de 5 anos, turma do infantil 2.

• Emposteriorperíodo,comosalunosdaCEI,faixaetária2anos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Será realizada avaliação no decorrer do processo, com relatos dos alunos sobre o assunto e, posteriormente, sobre como o tema foi tratado com os familiares.

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Presença da mulher na literatura brasileira: bate-papo e sarau

Ângela Harumi YamaguchiEMEF Carlos Francisco Gaspar

Quais os objetivos dessa ação?

A discriminação em relação às mulheres não foi totalmente desarmada. Elas ocu-pam, cada vez mais, espaços na sociedade, devido ao conhecimento adquirido e de-monstram competências e capacidades que lhes abrem portas anteriormente fecha-das. Ainda hoje, setores mais conservadores da sociedade veem a emancipação da mulher como um perigo a seus interesses. Nesse sentido, a discussão acerca desse tema é essencial para tornar possível a desconstrução dessa cultura de opressão. Se-guem-se os objetivos dessa proposta:

1. Divulgar e estimular a leitura de autoras mulheres.2. Conhecer autoras renomadas e as que estão à margem da produção literária

do país.3. Criar espaços de discussão e reflexão, abordando o contexto histórico e lite-

rário das obras.4. Pensar na imagem dos protagonistas das obras: como vivem, como são cria-

dos, suas personalidades, o que representam etc.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Encontrossemanais,comleituracoletivadecontooupoema(umpoemaouconto por encontro).

• Breveapresentaçãobiográficadasautorasselecionadas.• Análisedetextosliterários(poemasecontos)dasautoras.• Rodadeconversaondeserãodebatidasasformaseconteúdosdotextosele-

cionado para cada encontro.Proposta de Cronograma das atividades1. Primeiro encontro: Clarice Lispector.

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Projetos na Educação Básica I • 190

2. Segundo encontro: Cora Coralina.3. Terceiro encontro: Carolina Maria de Jesus.4. Quarto encontro: Jennifer Nascimento (livro: Terra fértil); Kiusam de Oliveira

(livro: O Mundo no Black Power de Tayó).5. Quinto encontro: Excursão. 6. Sexto encontro: Sarau.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Salas de aula e, possivelmente, uma excursão para um espaço público relacionado ao tema como, por exemplo, a Biblioteca Cora Coralina e a exposição de Carolina Maria de Jesus no Museu Afro Brasil.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Livros e textos impressos.

Qual o prazo estimado para a atividade?

Seis encontros, com 2h/aula (1h30m) num total de 9 horas de curso.

Quem são os participantes?

Alunos e alunas na faixa etária de 10 a 12 anos.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Participação nas discussões e no sarau.

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Problematizando a desigualdade de gênero

Aline Ângela Victoria RibeiroCursista GDE Polo CEU Azul da Cor do Mar

Quais os objetivos dessa ação?

1. Estimular a reflexão dos alunos acerca da desigualdade de gênero e das pro-blemáticas relacionadas a ela.

2. Desenvolver o pensamento crítico dos alunos em relação à naturalização dos papéis de gênero.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A atividade será composta por duas partes. Inicialmente, será utilizada uma notí-cia para introduzir o tema e a reflexão sobre o assunto. Depois os alunos assistirão a um filme que permita aprofundar o assunto. Dinâmica utilizada:

• A/oprofessora/odeveentregarumanotíciaimpressaparaosalunos,sobreotema desigualdade de gênero. Sugere-se que a notícia seja sobre a disparidade salarial existente entre homens e mulheres como a de título Mulheres ainda ganham 74,5% do salário dos homens, aponta IBGE, publicada pela Folha de São Paulo no dia 13/11/2015.

• Apósdarumtempoparaosalunos leremanotícia, a/oprofessora/odevepedir-lhes que se divididam em grupos para discutir a seguinte questão: “por que as mulheres recebem menos que os homens, mesmo que muitas vezes tenham a mesma formação e exerçam os mesmos cargos que eles?”

• Aofimdadiscussão,a/oprofessora/opedeparacadagrupo falar para a sala sua resposta.

• Na próxima aula, a/o professora/o deve passar o filme Acorda, Raimundo... Acor-da. O curta-metragem apresenta uma família na qual os papéis sociais de gêne-ro são o inverso do que é comumente disseminado em nossa sociedade. Ficha técnica: Direção: Alfredo Alves; Tipo: Ficção; Ano de produção: 1990; Dura-ção: 16 minutos; Origem: Brasil (RJ); Produtora: CETA-IBASE, Iser vídeo.

• Apósofilme,a/oprofessora/odevemediarumadiscussãoentreosalunos,primeiramente pedindo que eles digam o que acharam sobre o curta, e depois

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Projetos na Educação Básica I • 192

pedindo que respondam se a situação apresentada no filme gera estranha-mento e por quê. É importante que a/o professora/o aborde a construção social dos papéis de gênero, buscando desnaturalizar esses papéis e mostran-do aos alunos que são questões culturais que determinam o que é ser mulher/homem, o que é considerado “coisa de mulher” e “coisa de homem”, entre outros tópicos relevantes para o tema.

• Aofimda aula a/o professora/odeve passar a atividadede avaliação, queconsistirá na elaboração de um pequeno texto ou projeto (com colagens, fo-tografias, desenhos, entre outros) sobre a temática discutida em sala de aula, buscando explicitar o que aprenderam.

• Naaulaseguinte,osalunosdeverãoapresentarseusprojetosoutextos.Essaauladeve ser finalizada pela/o professora/o retomando os principais pontos aborda-dos (desigualdade de gênero, construção de gênero, papéis sociais, entre outros).

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula ou sala de vídeo (se a escola possuir).

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Notícia impressa, filme, TV, retroprojetor, computador com acesso à internet.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: uma semana; b) Para execução: uma aula para leitura e discussão sobre a notícia; uma aula

para exibição do filme Acorda, Raimundo... Acorda e discussão (a atividade de avaliação será proposta no final dessa aula, com prazo de elaboração de uma semana); uma aula para apresentação da atividade final.

Qual o número ideal de participantes?

Até 30 alunos/alunas.

Quem são os participantes?

Alunos/alunasdo1°anodoensinomédio.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Elaboração de texto ou projeto visual sobre a temática. Será avaliado se o aluno compreendeu os conceitos-chave e conseguiu entender os pontos abordados pela/o professora/o.

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Repensando questões de gênero no ambiente escolar

Maria Elisa Portilho Rodrigues de Carvalho EMEF Martin Luther King Jr.

Quais os objetivos dessa ação?

1. Apresentar conteúdo teórico sobre questões de gênero para gestores e corpo discente que compõem a unidade escolar.

2. Trabalhar, nos horários destinados à formação, o tema gênero e diversidade.3. Desenvolver ações, junto ao corpo docente, de atividades que privilegiam o

respeito e a diversidade de gênero.4. Realizar, mensalmente, “oficinas” de troca de experiências com os docentes

da unidade escolar.5. Promover palestras e debates com a comunidade escolar (pais, responsáveis,

alunos e demais interessados). 6. Propiciar momentos de autorreflexão de ações consideradas “machistas” ou

“feministas”.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• 1ªetapa:Problematização Os docentes, gestores e funcionários se reunirão e discutirão, com base em índices

e notícias, as desigualdades de gênero presentes na sociedade – diferença salarial en-tre homens e mulheres, o poder masculino sobre o feminino, jogos e brinquedos destinados a meninos e meninas etc. Irão refletir sobre como as disparidades se refletem na cultura escolar. Será aplicado nessa etapa do projeto um questionário anônimo para identificar as práticas sexistas reproduzidas na instituição. A equipe será incentivada a compartilhar percepções e informações sobre o comportamento das crianças, dos jovens e dos próprios adultos.

• 2ªetapa:Formação da equipe e comunidade escolarAs relações de gênero fazem parte de um processo cultural e são reproduzidas

pelas instituições sociais, entre elas a escola. Para mudá-las, é preciso construir um

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Projetos na Educação Básica I • 194

novo olhar sobre a identidade de homens e mulheres. Nos encontros formativos (Projetos Especiais de Ação e Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo), os docen-tes estudarão o tema proposto por meio da leitura e reflexão sobre textos teóricos específicos, palestras, oficinas e momentos de “troca de experiências”. Serão organi-zadas sessões de cinema com curtas-metragens que ajudam na discussão sobre ma-chismo, preconceito e sexualidade, como: Vida Maria, de Márcio Ramos, Acorda, Raimundo, Acorda!, de Alfredo Alves, Por Outros Olhos, de Álvaro Oliveira e Sylvia Assis e Shirley Valentine, de Lewis Gilbert. Mensalmente, a comunidade escolar será convidada a participar de palestras e oficinas sobre o tema.

• 3ªetapa:Implantação das ações Junto com os docentes, pensaremos em práticas não sexistas e as introduziremos

no cotidiano escolar, por exemplo: como dividir igualmente o tempo de uso das qua-dras entre eles e elas, organizar grupos mistos nas mesas do refeitório e oferecer os mesmos brinquedos e jogos a ambos os sexos. A igualdade de gênero também deve se refletir no tratamento dispensado a alunas e alunos por parte dos educadores. Ocorrerá semanalmente, uma “troca de experiências” entre os docentes, que relatarão uma atividade que foi aplicada com a turma para que os outros docentes do grupo possam “analisar” qualitativamente e expor suas impressões sobre o tema.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

As atividades do projeto em questão serão realizadas na unidade escolar (sala dos professores, sala de formação docente, pátio escolar e sala de aula).

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Será necessária bibliografia sobre o tema do projeto, que envolve leitura de livros, artigos, notícias impressas e on-line, vídeos, desenhos, músicas, além de jornal, CD, DVD, computador, livro, aparelho de CD player e recursos humanos.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: essa etapa inicial do projeto demandará uma semana, porém o planejamento e replanejamento serão permanentes devido à com-plexidade do tema abordado e ações dos participantes.

b) Para execução: essa etapa terá duração de um semestre (seis meses).

Qual o número ideal de participantes?

O projeto contará com a participação de todos os envolvidos no processo educa-

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195 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

cional que ocorre dentro da unidade escolar (30 colaboradores: gestores, docentes e pessoal de apoio escolar) e fora dela (média de 120 pessoas, contando com a partici-pação de um integrante de cada aluno matriculado).

Quem são os participantes?

Os participantes de tal projeto compõem dois grandes grupos: escolar e extraescolar.No grupo escolar temos dois membros da gestão (diretora e coordenadora), vinte

docentes que atuam na educação infantil (berçário, grupo 2, grupo 3, grupo 4 e grupo 5) e oito pessoas que fazem parte do apoio escolar (duas pessoas que trabalham no setor operacional, secretaria da unidade, e seis que atuam no setor de limpeza e cozi-nha). No grupo extraescolar os participantes advêm das famílias dos educandos: pai, mãe, avô, avó, irmão, irmã, tio, tia e outras pessoas que são responsáveis pela criança.

Como essa ação foi ou será avaliada?

O principal indicador de sucesso do projeto é a mudança de atitude de todos os segmentos da comunidade escolar. Outra estratégia é observar a prática diária dos docentes em relação à divisão de grupos, brinquedos, atividades e tarefas. No fim de cada bimestre, será refeito com a equipe docente e os alunos o levantamento sobre as percepções e os comportamentos relacionados à questão do gênero. O resultado de tal levantamento será divulgado nos murais das áreas comuns e nas reuniões de pais.

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Se ela dança, eu danço!

Tatiane Romano Meira Rueda Escola Pública de Guarulhos Paulo Autran

Quais os objetivos dessa ação?

1. Conhecer diferentes gêneros musicais e expressões corporais.2. Explorar com liberdade os ritmos através dos movimentos corporais. 3. Respeitar toda e qualquer manifestação cultural e lutar para defender toda e

qualquer forma de discriminação.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

As crianças assistem diferentes apresentações artísticas de danças com ritmos e gêneros musicais dos mais diferentes, onde haja meninos e meninas dançando todos esses ritmos. Depois faremos uma roda de conversa: existe dança de menina ou de menino? Em outros momentos escutaremos diferentes ritmos musicais e dançare-mos livremente conforme sentirmos vontade, individualmente ou em duplas.

Criaremos em grupo cartazes baseados em pesquisas em livros, revistas e internet com imagens de crianças e adultos dançando em diferentes situações e pequenos textos relacionados à dança.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, quadra poliesportiva.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolina, tesoura, cola, fita crepe, projetor, DVDs, CDs, mural, livros, revistas e internet.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: três semanas. b) Para execução: cinco semanas.

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197 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Qual o número ideal de participantes?

20.

Quem são os participantes?

Alunos do ensino fundamental I, professores polivalentes, de Educação Física e Artes.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Por meio de relatórios de falas, fotos e vídeos dos alunos durante a realização das atividades do projeto e no cotidiano escolar.

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Diferentes, somos todos iguais!

Elaine Cristina SalinasEMEF Heitor de Andrade

Quais os objetivos dessa ação?

1. Oferecer aos alunos, a partir de diversificadas fontes, materiais que permitam reflexão e discussão a fim de trocar experiências, expor opiniões e favorecer o debate acerca do preconceito.

2. Possibilitar que, através de filmes, os alunos reflitam sobre as formas de pre-conceito e a posição que a mulher ocupa na sociedade.

3. Criar espaço para rodas de conversa sobre preconceito e relato de experiências.4. Promover espaço para ampliação de conhecimento através das várias formas

de arte, incentivando o bom convívio e o respeito.5. Favorecer a autonomia do pensamento, a autocritica e senso de julgamento

coeso e responsável.6. Transformar o espaço escolar no espaço lúdico e esclarecedor, onde todas as

formas de participação e de arte são valorizadas. 7. Vencer dificuldades por meio da prática de atividades globais de expressões e

de opiniões e experiências.8. Oferecer aos alunos espaço e materiais que nos permitam tornar o tido como

diferente numa sociedade preconceituosa ainda que veladamente, como parte do cotidiano.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

O projeto pretende abordar todas as formas de preconceito e terá início com uma série de filmes (material esse que alcança o interesse de praticamente a totalidade dos alunos de qualquer idade), mais que textos, livros e exposições orais. Pesquisando, elenquei os dez melhores filmes sobre preconceito e discuti com os colegas cada um eles. Como a atividade será oferecida a partir dos 5ºs anos até os 9ºs anos, pensamos num filme por classe, assim as séries terão ainda mais material para fazer correlações com suas experiências e, portanto, enriquecer a discussão posterior.

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199 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

Onde está o preconceito no filme do patinho feio? Como a personagem Preciosa se vê diante da sociedade? De que forma e a que preço queremos ser o que a mídia vende como lindo? E assim, vamos criando várias oportunidades para o aluno passar de ouvinte a falante e protagonista desse projeto.

Na íntegra, cada sala assistirá apenas um dos dez filmes selecionados, porém terá acesso aos outros nove, através dos trabalhos espalhados pela escola, das propagandas dos traillers e até da produção dos cartazes.

Primeiro haverá uma propaganda do material “anexo” espalhada pela escola, oferecendo uma sessão de cinema e instigando os alunos quanto aos filmes que serão exibidos.

Após sorteio ou escolha dos filmes para a classe, estes serão projetados na sala de informática.

Na sala de leitura os alunos realizarão suas rodas de conversa, sua troca de expe-riências, e ouvirão um podcast sobre o tema retirado do site “Não me critica”.Também serão instigados a convidar pessoas da família ou comunidade para contar suas expe-riências com o preconceito, principalmente suas mães e avós, se for o caso. E, final-mente, os professores das demais disciplinas organizarão esses debates também em sala de aula e farão produção, seja textual ou artística.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Todo o espaço físico disponível da escola, contagiado pela proposta com cartazes, e principalmente a sala de leitura e de informática, onde passaremos os filmes e fare-mos as rodas de conversa.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Toda a gama de material que a escola possa oferecer para produções artísticas, retroprojetor, TV e DVD.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

Pensamos em dedicar um mês à atividade e repeti-la bimestralmente com outros subtemas (sexualidade, etnia etc.) do gerador “Tornar indiferente, o diferente”. Po-rém, antes, será preciso realizar atividades de sensibilização aula a aula, o que pode levar mais uma semana.

Qual o número ideal de participantes?

Todos os alunos do fundamental, subdivididos em classes.

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Projetos na Educação Básica I • 200

Quem são os participantes?

Alunos/as entre 11 e 15 anos. No geral, crianças e adolescentes acostumados a desvalorizar assuntos como sexo, mulheres, raça, ao mesmo tempo em que estão re-pletos de dúvidas e curiosidades. Distantes das formas de produção artística como cinema e teatro, acabam ouvindo músicas que também banalizam o sexo e a mulher, e acabam reproduzindo em seus comportamentos esse descaso.

Como essa ação foi ou será avaliada?

• Processual(duranteoprocessodasexibiçõesdosfilmes,observarosalunosem seus comentários e suas posturas) e continuada, sendo que depois do término de um mês os professores relatarão as mudanças observadas no comportamento e nas atitudes dos alunos, principalmente daqueles que sa-bemos que sofrem com o preconceito ou dos que nitidamente praticam ações preconceituosas.

• Memorialdasproduçõestextuaisparaaofinalobservarasmudançaseperce-ber o crescimento como pessoa participante no processo antipreconceito.

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Tratando as questões de gênero e diversidade sexual com a equipe técnica e pedagógica

Fabricia Karen de Oliveira ManoelEMEF Professor Gilberto Dupas

Quais os objetivos dessa ação?

Capacitação da equipe técnica e pedagógica em relação às questões de gênero e diversidade sexual.

como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Esse projeto prevê a realização de um debate e roda de conversa com a equipe técnica e pedagógica na reunião de Planejamento do Ano Letivo.

Nessa apresentação serão exibidos os vídeos: Cartão Vermelho (14 min.) e Gênero nas Escolas – Loralay Fox (5 min.) para dar introdução à discussão dos temas gênero e diversidade sexual.

Após apresentação dos vídeos será proposta uma discussão e levantamento de opiniões dos presentes, para então dar prosseguimento com a leitura coletiva dos textos do curso GDE: O aprendizado de gênero – socialização na família e na escola e O combate à discriminação sexual e de gênero.

Finalizando a apresentação do projeto, será solicitado aos presentes que coletiva-mente construam um plano de ação que tenha o objetivo de minimizar as ações dis-criminatórias, fazendo com que elas não sejam reproduzidas pelos alunos.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de webconferência da universidade.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

• Computadorcomacessoàinternet,aparelhodedatashow.• Cadeirasparaosparticipantes.• Quadrobrancoparaanotações.

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Projetos na Educação Básica I • 202

• 70cópiasdos textos: O aprendizado de gênero – socialização na família e na escola e O combate à discriminação sexual e de gênero.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: quatro a cinco dias. b) Para execução: de duas a três horas.

Qual o número ideal de participantes?

O projeto foi criado para contemplar toda equipe técnica e pedagógica, que abrange aproximadamente 70 (setenta) pessoas.

Quem são os participantes?

Diretora e assistentes de direção, coordenadoras pedagógicas, secretária, auxiliares técnicos de educação; Secretaria/Inspeção: professores, estagiárias, agentes escolares e demais funcionários da unidade escolar.

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação do projeto deverá ser realizada por meio de observação às atividades e ações realizadas na unidade escolar durante o ano letivo. Espera-se amenizar com-portamentos que afirmem a discriminação e o preconceito, desenvolvendo nos edu-cadores uma consciência que possibilite ações positivas, em respeito às diferenças e promovendo a igualdade no contexto escolar e também social.

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Valorizando a produção poética afro-brasileira feminina

Patricia Anunciada de OliveiraEMEF Professora Maria Berenice dos Santos

EE Músico Wander Taffo

Quais os objetivos dessa ação?

1. Promover a difusão da poesia produzida por autoras afro-brasileiras como Cristiane Sobral, Elisa Lucinda e Jenyffer Nascimento.

2. Discutir temas relacionados à discriminação étnico-racial e de gênero.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

• Aula1: Serão levantados e anotados na lousa os nomes das autoras que os alunos conhecem de um modo geral. Após esse levantamento, os nomes des-sas autoras serão apresentados e se buscará saber se os alunos já ouviram falar delas e quais obras delas conhecem.

• Aula2:Será apresentado o poema Mulata exportação, de Elisa Lucinda. Os alunos lerão o poema e assistirão ao vídeo em que a autora declama o poema. Em seguida será feita uma discussão sobre o papel da mulher negra na socie-dade brasileira e em que medida esse poema retrata essa situação.

• Aula3:Será apresentada Jenyffer Nascimento, autora feminista cuja obra é permeada pela denúncia da objetificação da mulher negra e da violência físi-ca e simbólica a que muitas mulheres são submetidas todos os dias. Serão li-dos alguns poemas do livro Terra Fértil, da mesma autora.

• Aula4:Será apresentada a autora Cristiane Sobral, cuja obra é marcada pela denúncia do racismo e pela valorização da beleza negra, criticando o padrão eurocêntrico imposto pela sociedade às mulheres de um modo geral. Serão lidos alguns poemas do livro Só por hoje vou deixar meu cabelo em paz.

• Aulas5e6:Os alunos serão divididos em grupo e selecionarão os poemas para fazer uma intervenção poética na escola. Escreverão os poemas em papel

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Projetos na Educação Básica I • 204

cartolina e/ou kraft, farão ilustrações dos mesmos e espalharão esse material pela escola.

• Aula7: Realização do sarau na escola com a temática do projeto “Valorizan-do a produção poética afro-brasileira feminina”.

• Aula8:Autoavaliação e discussões sobre o projeto, sobre o que os alunos mais gostaram, as impressões que tiveram e sobre como o projeto poderia ser aprimorado para as próximas edições.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Sala de aula, pátio da escola.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Cartolina, caneta, papel kraft, lápis de cor, canetinha, lápis de escrever, caneta, canetão, mural da escola.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: uma semana.b) Para execução: três semanas.

Qual o número ideal de participantes?

100.

Quem são os participantes?

• Alunosde15a18anosdoensinomédio(2ºe3ºanos)deumaescolapúbli-ca no Capão Redondo.

• ProfessoresdeLínguaPortuguesaeArtes.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Avaliação participativa, por meio da avaliação do envolvimento dos alunos na realização do projeto e na realização das atividades propostas.

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Vivendo a dança educacionalmente na escola em prol das diversidades

Rodrigo Dias FernandesCentro de Detenção Provisória III de Pinheiros

Quais os objetivos dessa ação?

1. Reconhecer a importância da cultura corporal do movimento na formação do cidadão sem preconceitos.

2. Mesclar ou misturar meninas e meninos na atividade coletiva, enfatizando o trabalho em grupo e a equiparação dos gêneros.

3. Enfatizar a importância do conhecimento através da pesquisa e origens dos movimentos a serem desempenhados na atividade.

4. Desmistificar a dança ou atividade rítmica em relação a qualquer estereótipo relacionado à sexualidade.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

Atividade livre de dança como ballet, salão, break, hip hop, capoeira, danças espor-tivas em grupo de no máximo 10 componentes ou individual, sendo que todas as apresentações serão dotadas de trabalho escrito ou impresso pelos participantes, so-bre país de origem, historicidade, tendo grande ênfase em trabalhos que compreen-dam a diversidade cultural, de gênero e sexual.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

Quadra poliesportiva ou pátio.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

Aparelho de som, telão ou datashow, projetor.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: 60 dias ou dois meses.

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Projetos na Educação Básica I • 206

b) Para execução: de três a cinco dias no calendário escolar (tarde ou noite).

Qual o número ideal de participantes?

50 a 100 participantes por período, ou de acordo com a conveniência escolar pe-dagógica.

Quem são os participantes?

Alunos de todas as séries do fundamental II e ensino médio, com participação efetiva das disciplinas de Artes, Educação Física, História, Ciências e etc., juntamen-te com a coordenação e direção pedagógica.

Como essa ação foi ou será avaliada?

Participativa e de banca de professores das turmas em questão ou convidados da comunidade escolar.

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Você sabia que o Brasil é o 7º do mundo em assassinato de mulheres?

Juliana Sousa VelosoEMEF Antônio Estanislau do Amaral

Quais os objetivos dessa ação?

1. Compreender o conceito de gênero e sua aplicação nas relações sociais. 2. Discutir e analisar as mudanças de papéis sociais na atualidade.3. Analisar e interpretar textos verbais e audiovisuais.4. Produzir comentários sobre a realidade da mulher na sociedade brasileira.5. Discutir relações de gênero e racismo.

Como foram ou serão realizadas as atividades dessa ação?

A proposta dessa intervenção foi aprimorada a partir das aulas compartilhadas na sala de Informática (onde atuo no momento) com a professora de Língua Portugue-sa. Já há o exercício do debate do tema tanto nas aulas de Informática, quanto nas aulas de Português, a respeito da violência contra a mulher, a sexualização do corpo feminino e a violência sofrida por mulheres negras.

• Passo 1: Gênero, sexo e sexualidade– Exibição do vídeo Eles por Elas e discussão de gênero:– Quem estabeleceu essa diferenciação nos papéis de ser homem e ser

mulher?– A quem beneficia essa diferenciação?– Faz sentido essa diferenciação entre homens e mulheres?

• Passo 2: Exibição de vídeos para provocar um debate e aprofundar os conceitos:– A culpa é sua (uma sátira realizada por comediantes indianos acerca da

onda de estupros no país).– Exibição de um trecho do programa Pânico (Carol Dias na prova do Lava

Jato – 05/05/2013).Discussão a respeito das relações de gênero em ambos os vídeos.

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Projetos na Educação Básica I • 208

• Passo 3: Discutir a violência contra a mulher e os motivos para que isso ocor-ra. Exibição dos vídeos:– Violência contra a mulher no Brasil em números. – Lei Maria da Penha: veja os números da violência contra a mulher.

• Passo 4: Feminismo Negro – conhecer o Movimento Feminista e o Feminis-mo Negro.– Leitura do texto Cláudia Ferreira da Silva: arrastada sim, sem identidade

não, de Thiane Neves Barros (Blogueiras Negras). Problematizar a violên-cia sofrida.

– Leitura e discussão de trechos do texto Feminismo e periferia: Invisibilidade e dedo na ferida, de Luma Oliveira (Blogueiras Negras).

• Passo 5: Discutir o tema da redação do ENEM: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira.– Propor a escrita de texto dissertativo ou a produção de um vídeo que pos-

sa ser utilizado como uma campanha de conscientização na escola.

Em que local foi ou poderá ser realizada?

As atividades foram realizadas no laboratório de informática e na sala de aula durante as aulas de Português.

Quais recursos (materiais, equipamentos, profissionais convidados etc.) serão necessários?

– Lápis, caderno e, se possível, cópias dos textos para leitura individual.– Computador com acesso à internet, projetor.

Qual o prazo estimado para seu planejamento e execução?

a) Para planejamento: cinco horas (pesquisa de vídeos no Youtube e resumo dos textos para leitura).

b) Para execução: dois meses (considerando uma aula de 45 minutos na sala de informática por semana).

Qual o número ideal de participantes?

O número dos alunos de uma sala de aula (na rede municipal de São Paulo, 35 alunos).

Quem são os participantes?

• JovensdoensinofundamentalII–8ºe9ºanos.

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209 • Direitos Humanos, Gênero e Diversidade na Escola

• Professoras(Informática,Português,interdisciplinar).

Como essa ação foi ou será avaliada?

A avaliação ocorre ao longo de todas as atividades, as quais contemplam o desen-volvimento das habilidades de leitura, de expressão oral e de escrita.

Primordial a participação ativa de cada jovem, no sentido de entender a impor-tância da construção de ideias e conceitos que respeitem a igualdade de gênero.