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CANDIDATURA À BOLSA DE INVESTIGAÇÃO FUNDAÇÃO ASTRAZENECA / FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA PROJETO RM da Neuromelanina como biomarcador da associação entre Melanoma e Doença de Parkinson Candidato: Carla Filipa Pestana Leão Guerreiro, MD Orientador: Sofia Cristina Pereira Coutinho Reimão, MD, phD Unidade de investigação: Clínica universitária de Imagiologia da FMUL

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CANDIDATURA À BOLSA DE INVESTIGAÇÃO FUNDAÇÃO ASTRAZENECA / FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE

DE LISBOA

PROJETO RM da Neuromelanina como biomarcador da associação entre

Melanoma e Doença de Parkinson

Candidato: Carla Filipa Pestana Leão Guerreiro, MD

Orientador: Sofia Cristina Pereira Coutinho Reimão, MD, phD

Unidade de investigação: Clínica universitária de Imagiologia da FMUL

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Índice

Título........................................................................................................................... 3 Palavras-chave ........................................................................................................... 3 Introdução ................................................................................................................... 3 Objectivos ................................................................................................................... 5 Programa de trabalho e calendarização ..................................................................... 5 Equipa de projecto ...................................................................................................... 8 Resultados previsíveis ................................................................................................ 9 Implicações éticas ...................................................................................................... 9 Orçamento detalhado ............................................................................................... 10 Referências bibliográficas ......................................................................................... 10

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Título RM da neuromelanina como biomarcador da associação entre Melanoma e Doença de Parkinson

Palavras-chave Doença de Parkinson, Melanoma, Neuromelanina

Introdução

Doença de Parkinson (DP)

A DP é a segunda doença neurodegenerativa mais frequente em todo o mundo e tem

uma prevalência estimada em Portugal de cerca de 18.000 doentes (1), com um

aumento esperado de incidência na próxima década com o envelhecimento da

população (2). A idade é o principal fator de risco associado ao desenvolvimento da

DP, que é conhecido por aumentar significativamente após os 60 anos (3).

Pensa-se que a DP resulta de uma interação complexa entre genes e fatores

ambientais. O facto da maioria dos casos de DP serem esporádicos, sendo apenas

cerca de 10% de casos familiares (4), sugere que os fatores de risco podem

desempenhar um importante papel etiológico. Um grande número de estudos

epidemiológicos demonstrou fortes associações de risco positivo e negativo para

desenvolvimento de DP com vários fatores ambientais, como o consumo de cafeína

e o tabagismo (4–7). Esses fatores podem ser uma pista para compreender a

fisiopatologia da doença e até mesmo abrir uma possibilidade para o desenvolvimento

de intervenções modificadoras da doença.

DP e Melanoma

O melanoma é um tumor maligno de células produtoras de melanina (melanócitos),

com apresentação normalmente na pele. Apesar de não ser a forma mais comum de

cancro da pele, a sua incidência tem vindo a aumentar paulatinamente ao longo dos

anos (8).

Vários estudos epidemiológicos descreveram uma maior incidência de melanoma em

doentes com DP e vice-versa (5,6). O maior estudo prospetivo de melanoma na DP

relatou um aumento de sete vezes do risco relativo de melanomas nesta população

(7). Outro estudo associou o diagnóstico de melanoma a um aumento do risco de

4

desenvolvimento subsequente de DP em 50%(9). Também dados de um estudo que

incluiu 160 000 indivíduos sem doença neurológica mostrou que indivíduos com

história familiar de melanoma têm mais que o dobro do risco de desenvolver DP (10).

Além disso, a associação negativa entre o tabagismo e a incidência de DP favorece

a noção de que a melanose do fumador potencialmente protege contra melanomas e

DP (11).

Neuromelanina (NM): o elo de ligação entre DP e Melanoma?

A DP é patologicamente caracterizada pela depleção neuronal dopaminérgica da

substancia nigra (SN) pars compacta e pela presença de corpos de Lewy e neurite

de Lewy, inclusões intracelulares primárias compostas de alfa-sinucleína (α-SYN)

(12). A perda de pigmentação da SN, também uma característica conhecida da DP,

está relacionada com perda de um pigmento negro chamado NM, uma alteração que

ocorre no início da doença e que até foi descrita em estágios pré-clínicos (13). A perda

de NM foi também descrita em associação com o envelhecimento (14).

Apesar da ser há muito conhecido que a despigmentação característica da SN na DP

se relaciona com a perda NM, a investigação do papel da NM na fisiopatologia da DP

é uma área recente de investigação.

A NM é uma substância resultante do metabolismo da dopamina e da noradrenalina,

que se pensa proteger os neurónios do stress oxidativo mediado por metais livres ou

radicais livres (15). Este pigmento de melanina deriva do aminoácido tirosina e as

enzimas tirosinase (TYR) e tirosina hidroxilase (TH) estão envolvidas na sua

biossíntese (16). Estas enzimas, envolvidas na biossíntese de melanina e dopamina,

estão presentes tanto em melanócitos cutâneos (17) como em células

dopaminérgicas da SN (18). A descoberta de que a α-SYN pode interagir com a TYR

(19) e inibir a TH (16) implica a α-SYN na regulação da síntese de NM, possivelmente

explicando a associação entre DP e melanoma. Por outro lado, também foi

demostrado que a cafeína modula a α-SYN, o que implica mais uma vez a NM na

associação negativa entre consumo de cafeína e a incidência de DP (20).

Sequências de ressonância magnética (RM) sensíveis à NM

Em estudos recentes (21–24), nomeadamente do nosso grupo de investigação (21)

(anexo 1), foi utilizada uma sequência específica de imagem de RM para o estudo da

5

NM na SN (21,22,25), uma vez que as propriedades paramagnéticas deste pigmento

resultam em hipersinal em sequências de RM específicas ponderadas em T1. Nestes

estudos foi descrita uma redução significativa no sinal gerado pela NM na SN de

doentes com DP (22,25,26), permitindo a deteção in vivo da degenerescência de

neurónios da SN com um padrão característico, que reproduz as alterações

patológicas conhecidas na DP e permite o diagnóstico em estádios muito precoces

de doença e até em estádios pré-clínicos (21). Estes achados sugerem a NM como

um possível biomarcador válido de degenerescência da SN em pacientes com DP.

Estas sequências de RM são um método amplamente disponível e livre de risco para

investigar a relação entre melanoma e DP, estudando a NM.

A identificação de alterações na NM em doentes com melanoma poderá contribuir

para a compreensão da fisiopatologia da DP e ainda poderá permitir a identificação

de uma ligação adicional entre melanina cutânea e neuromelanina.

Objectivos Os objetivos específicos deste trabalho são:

Objetivo primário: Comparar a NM na SN de doentes com diagnóstico de

melanoma e de controlos.

Iremos avaliar quantitativamente a NM (área e intensidade de sinal) na SN

usando sequências de RM específicas.

Objetivo secundário: Estudar a melanina da pele e correlacionar a melanina

cutânea com a NM da SN.

Iremos comparar os valores de NM obtidos por RM com a melanina cutânea,

medida através de espectrofotometria e quantificação de tecido (biópsia).

Programa de trabalho e calendarização Para estudar a relação entre melanoma e a neuromelanina na SN, vamos realizar um

estudo prospetivo caso-controlo, de cariz multidisciplinar, com a colaboração das

especialidades de Neurorradiologia, Neurologia e Dermatologia do Centro Hospitalar

de Lisboa Norte.

Este estudo incluirá duas visitas: a primeira visita para avaliação do potencial para

inclusão no estudo; a segunda visita para colheita de dados epidemiológicos, para

avaliação clínica neurológica, para avaliação dermatológica e para o estudo por RM.

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1) Participantes

Serão recrutados os participantes que concedam um consentimento informado e que

cumpram os seguintes critérios de inclusão:

• Casos: Doentes com diagnóstico de melanoma realizado no Departamento de

Dermatologia do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) nos anos 2016 a

2018, recrutados de forma consecutiva;

• Controlos: Familiares (por exemplo, cônjuges), emparelhados para idade,

com história similar de exposição à radiação ultra-violeta;

• Idade ≥ 18 anos.

Serão critérios de exclusão os seguintes:

• História de demência ou alteração cognitiva, diagnóstico clínico de DP ou

síndrome parkinsónico atípico;

• Metastização cerebral conhecida

• Contra-indicação para realização de RM em equipamento 3.0 Tesla

(nomeadamente com dispositivos implantados ativados mecanicamente,

magneticamente ou eletronicamente, cujo funcionamento pode ser alterado

por técnicas de imagem RM, corpos estranhos ferromagnéticos ou dispositivos

implantados incompatíveis com o scanner);

• Ansiedade ou claustrofobia, que não permitam a realização de RM;

• Gravidez - conforme reportado pelo próprio participante ou por teste de urina

positivo para gravidez realizado nos 5 dias anteriores à RM.

2) Recolha de dados epidemiológicos

Um questionário epidemiológico detalhado avaliará a exposição prévia de cada

participante a fatores de risco de DP conhecidos (27) - possíveis fatores

confundentes.

3) Avaliação dermatológica

Um dermatologista realizará uma avaliação completa da pele de todos os indivíduos

para excluir a presença de melanoma em indivíduos controlo e a história pessoal e

familiar de melanoma será registada. Além disso, será realizada avaliação por

espectrofotometria, bem como biópsia do braço (zona não foto-exposta) para

determinar a concentração de melanina.

Commented [DFPMP1]: Leonor: será que temos de incluir aqui a forma como será feita essa determinação?

Commented [DFPMP2]: Ver com dermatologia se se inclui

7

4) Avaliação Neurológica

Todos os sujeitos serão avaliados por um investigador especializado na avaliação de

doentes com doenças do movimento, que aplicará escalas standard de avaliação da

DP, i.e., o score da Movement Disorders Society - Unified Parkinson’s Disease Rating

Scale (MDS-UPDRS) (28).

Adicionalmente, serão também incluídos testes neurocognitivos, o Montreal Cognitive

Assessment (MOCA)(29), e a avaliação da escala de depressão de Beck (30).

5) Estudo RM crânio-encefálica

As imagens de RM serão adquiridas com um protocolo dedicado num equipamento

3.0T, incluindo uma sequência T1 específica sensível à NM na SN (área, intensidade

do sinal). Outras sequências morfológicas serão incluídas para excluir alterações

cerebrais que possam interferir com a análise. Se qualquer aspecto patológico for

encontrado, os indivíduos serão informados e/ ou referenciados aos seus médicos

assistentes. Todas as análises dos estudos de RM serão realizadas por um

neurorradiologista, cego para os dados clínicos e demográficos do examinado.

6) Criação de base de dados de RM e dados epidemiológicos

Será criada uma base de dados para estudos subsequentes, observando as leis

relativas ao anonimato e à privacidade dos dados, incluindo:

o Informação epidemiológica detalhada sobre fatores de risco de DP;

o Registo de avaliações clínicas, de acordo com avaliações standard de DP e

testes de função cognitiva;

o Repositório de imagens de RM.

7) Análise dos dados

O outcome primário será a área e intensidade do sinal da NM na SN (outcome

contínuo) e os preditores serão os grupos melanoma/ controlo (preditor dicotómico),

que serão correlacionados com um teste-t. Adicionalmente, será realizada regressão

múltipla ajustando para outros fatores de risco de DP/ fatores confundentes. Com base nos resultados prévios de Reimão et al., Mov Disord 2015 (15), admitimos

que uma diferença de 10% (2,5mm2) na área média e largura do hipersinal T1 na SN

8

entre casos e controlos é de relevância fisiopatológica e significativa para um estudo

exploratório. Considerando a distribuição normal dos dados e o desvio padrão

encontrado em controlos saudáveis em estudos anteriores, a inclusão de 65 doentes

de melanoma (casos) e 65 indivíduos controlo, ajustados para sexo e idade, permitirá

rejeitar a hipótese nula de que a diferença é zero com probabilidade (potência) 0.8. A

probabilidade de erro Tipo I associada a este teste é de 0,05.

Finalmente, o conteúdo de melanina cutânea determinado por espectrofotometria e

biopsia de tecido será correlacionado com a área da NM na SN determinada por RM

(outcome secundário), usando um teste-t.

Calendarização

Equipa de projecto

Carla Guerreiro, MD- médica interna de Neurorradiologia no Centro Hospitalar de

Lisboa Norte, Investigador responsável

Sofia Reimão, MD, PhD – Neurorradiologista no Centro Hospitalar de Lisboa Norte,

responsável pela Clínica Universitária de Imagiologia da Faculdade de Medicina da

Universidade de Lisboa, Aquisição de imagem e orientação e supervisão do projeto

Actividade Início Conclusão

Submissão do estudo à Comissão de ética 01-10-2018 30-10-2018

Recrutamento dos participantes (primeira visita) 01-12-2018 31-05-2019

Avaliação dermatológica, avaliação neurológica e RM

(segunda visita) 01-12-2018 30-06-2019

Optimização de sequências e pós-processamento 01-11-2018 31-03-2019

Análise das imagens de RM 01-01-2019 31-07-2019

Criação de base de dados 01-01-2019 31-07-2019

Análise de dados 01-08-2019 30-09-2019

Exploração e disseminação de resultados 01-10-2019 31-12-2019

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Joaquim J. Ferreira, PhD, MD - Neurologista, responsável pelo Laboratório de

Farmacologia Clínica e Terapêutica da Faculdade de Medicina da Universidade de

Lisboa, orientação e supervisão do projeto.

João Maia Silva, MD, PhD – Dermatologista no Centro Hospitalar de Lisboa Norte,

Avaliação clínica dos participantes

Leonor Lopes, MD – Dermatologista no Campus Neurológico Senior, Avaliação clínica

dos participantes

Leonor Correia Guedes, MD, PhD – Neurologista no Centro Hospitalar de Lisboa

Norte, Avaliação clínica dos participantes

Madalena Rosário, MD - Médica interna de Neurologia no Centro Hospitalar de Lisboa

Norte, Avaliação clínica dos participantes

Rita Nunes, PhD – Engenheira Física, Instituto Superior Técnico, optimização de

sequências de imagem

Daisy Abreu, MsC- Estatista, Laboratório de Farmacologia Clínica e Terapêutica da

Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, análise estatística.

Resultados previsíveis Com base nos dados epidemiológicos prévios, esperamos encontrar uma redução

significativa de NM na SN em doentes com melanoma. Antecipamos também que a

biópsia cutânea e a avaliação da melanina cutânea revelem uma menor concentração

deste pigmento, correlacionando-se com os níveis de NM na SN.

A identificação de alterações na NM da SN por RM em doentes com melanoma pode

fornecer pistas adicionais sobre a fisiopatologia da DP, nomeadamente os

mecanismos da associação entre melanoma e DP, por intermédio da α-syn.

A detecção de alterações na NM por RM em doentes pré-sintomáticos com melanoma

pode sustentar a utilização desta técnica de imagem como um biomarcador válido da

degenerescência da SN e contribuir para a identificação de candidatos para futuros

ensaios clínicos com agentes modificadores da doença.

Implicações éticas Todas as avaliações clínicas e imagiológicas serão realizados com o consentimento

informado de cada sujeito, com a aprovação do comité de ética local, e em

conformidade com a legislação nacional e as diretrizes da Declaração de Helsínquia.

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Caso sejam encontradas alterações patológicas na avaliação clínica ou imagiológica,

o participante será informado e encaminhado para o seu médico assistente.

Atualmente os dados sobre a segurança do uso de Ressonância Magnética em

mulheres grávidas, principalmente durante o 1º trimestre de gravidez, não são

conclusivos. Para proteção dos participantes, as mulheres em idade fértil só

realizarão a Ressonância Magnética após confirmado o resultado negativo do teste

de gravidez na urina, que será realizado nos 5 dias antes.

Será também efetuada uma biopsia de pele na menor área cutânea possível, em zona

não foto-exposta, observando todas as condições de assepsia necessárias; serão

fornecidas as recomendações necessárias para a melhor cicatrização da pele.

Os dados serão recolhidos por um investigador obrigado à confidencialidade médico-

doente e serão anonimizados e guardados num local seguro, com acesso restrito aos

investigadores. Também os exames de RM serão anonimizados e armazenados de

modo similar.

Orçamento detalhado

Descrição Custo

Colheita de tecido biológico (130*€20) € 2600

Overheads (submissão à CNPD, impressão de consentimentos informados, cadernos de recolhas de dados)

€ 400

Reuniões e congressos, “publication fees” € 2.000

Total € 5000

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Anexo 1- RM da substancia nigra, com sequência dedicada ao estudo da neuromelanina

Corte de RM axial ao nível do mesencéfalo de sujeito controlo (A) e com doença de

Parkinson (B); segmentação das áreas de neuromelanina nos mesmos sujeitos:

controlo (C) e doença de Parkinson (D), demonstrando a redução característica do

sinal da neuromelanina na porção ventro-lateral da substancia nigra na doença de

Parkinson.

Adaptado de Reimão et al., Mov Disord 2015

A

B

C D

A