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1 ¹Aluno do Curso de Engenharia Agronômica/IFC-Campus Sombrio [email protected] 2 Aluno do Curso de Engenharia Agronômica/IFC-Campus Sombrio [email protected] 3 Aluno do Curso de Engenharia Agronômica/IFC-Campus Sombrio [email protected] 4 Aluno do Curso de Engenharia Agronômica/IFC - Campus Sombrio [email protected] AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E DESENVOLVIMENTO INICIAL DAS MUDAS DE MELANCIA (Citrullus vulgaris) EM TUBETES COM DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTRATO. CARLOS FELIPPE NICOLEIT¹; JEAN CARLOS DE MATOS²; JONATHAN PAVANELLO³; RONALDO DA SILVA DAGOSTIM 4 1 Introdução A melancia é originária das regiões secas da África tropical. A domesticação ocorreu na África Central onde esta é cultivada há mais de 5000 anos. Tanto no Egito quanto no Médio Oriente é cultivada há mais de 4000 anos. Na América ela foi introduzida no século XVI, a mesma é uma hortaliça que se adaptou muito bem no Brasil, sendo cultivada em todo o território nacional. Tal planta é denominada como herbácea de ciclo vegetativo anual. O sistema radicular é extenso, mas superficial, com um predomínio de raízes nos primeiros 60 cm do solo. Os caules rastejantes são angulosos, estriados, pubescentes, com gavinhas ramificadas. As folhas da melancia são profundamente lobadas. A espécie é monóica. As flores são solitárias, pequenas, de corola amarela. Permanecem abertas durante menos de um dia e são polinizadas por insetos. As plantas são auto compatíveis e a percentagem de polinização cruzada é muito variável. O fruto é um pepônio cujo peso varia entre 1 a 3 kg, nas cultivares do tipo ice box até mais de 25 kg. A forma pode ser redonda ou alongada, podendo atingir 60 cm de comprimento. A casca é espessa (1-4 cm). O exocarpo é verde claro ou escuro, de uma tonalidade única, listado ou às manchas. A polpa é normalmente vermelha, podendo ser amarela, laranja, branca ou verde. As sementes encontram-se incluídas no tecido da placenta que constitui a parte comestível. (ALMEIDA, 2003) A quantidade de melancia produzida no Brasil ocupa o quarto lugar dentre as olerícolas, que têm produção anual em torno de 12,5 milhões de toneladas. As regiões Sul e Nordeste são as principais produtoras, destacando-se os estados do Rio Grande do Sul e Bahia. (GRANGEIRO & CECÍLIO FILHO, 2004) A melancia é produzida por semeadura direta no solo ou são feitas mudas, tanto em bandejas de isopor quanto em tubetes de plástico. O uso de mudas na cultura da melancia geralmente é empregado, quando as variedades utilizadas são sem semente ou o solo tem problemas de patógenos, mas até em cultivos convencionais é uma pratica muito importante, pois mantem um estande de mudas de reposição, caso as cultivadas direto no solo tenham muitas falhas. Para produção de mudas, são necessárias sementes de qualidade, com alta germinação, livre de patógenos e sementes invasoras. A principal utilização de mudas em plantios de melancia tem como objetivo a reposição de plantas em covas nas quais não houve germinação, é uma estratégia interessante para a garantia do estande inicial. A utilização de mudas de boa qualidade influenciará no sucesso de implantação de um cultivo considerando, entre outros fatores, um controle do estande inicial das

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¹Aluno do Curso de Engenharia Agronômica/IFC-Campus Sombrio – [email protected] 2Aluno do Curso de Engenharia Agronômica/IFC-Campus Sombrio – [email protected]

3Aluno do Curso de Engenharia Agronômica/IFC-Campus Sombrio – [email protected]

4Aluno do Curso de Engenharia Agronômica/IFC - Campus Sombrio – [email protected]

AVALIAÇÃO DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES E

DESENVOLVIMENTO INICIAL DAS MUDAS DE MELANCIA (Citrullus

vulgaris) EM TUBETES COM DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTRATO.

CARLOS FELIPPE NICOLEIT¹; JEAN CARLOS DE MATOS²; JONATHAN PAVANELLO³;

RONALDO DA SILVA DAGOSTIM4

1 Introdução

A melancia é originária das regiões secas da África tropical. A domesticação ocorreu na

África Central onde esta é cultivada há mais de 5000 anos. Tanto no Egito quanto no Médio

Oriente é cultivada há mais de 4000 anos. Na América ela foi introduzida no século XVI, a

mesma é uma hortaliça que se adaptou muito bem no Brasil, sendo cultivada em todo o território

nacional.

Tal planta é denominada como herbácea de ciclo vegetativo anual. O sistema radicular

é extenso, mas superficial, com um predomínio de raízes nos primeiros 60 cm do solo. Os caules

rastejantes são angulosos, estriados, pubescentes, com gavinhas ramificadas. As folhas da

melancia são profundamente lobadas. A espécie é monóica. As flores são solitárias, pequenas, de

corola amarela. Permanecem abertas durante menos de um dia e são polinizadas por insetos. As

plantas são auto compatíveis e a percentagem de polinização cruzada é muito variável. O fruto é

um pepônio cujo peso varia entre 1 a 3 kg, nas cultivares do tipo ice box até mais de 25 kg. A

forma pode ser redonda ou alongada, podendo atingir 60 cm de comprimento. A casca é espessa

(1-4 cm). O exocarpo é verde claro ou escuro, de uma tonalidade única, listado ou às manchas. A

polpa é normalmente vermelha, podendo ser amarela, laranja, branca ou verde. As sementes

encontram-se incluídas no tecido da placenta que constitui a parte comestível. (ALMEIDA,

2003)

A quantidade de melancia produzida no Brasil ocupa o quarto lugar dentre as

olerícolas, que têm produção anual em torno de 12,5 milhões de toneladas. As regiões Sul e

Nordeste são as principais produtoras, destacando-se os estados do Rio Grande do Sul e Bahia.

(GRANGEIRO & CECÍLIO FILHO, 2004)

A melancia é produzida por semeadura direta no solo ou são feitas mudas, tanto em

bandejas de isopor quanto em tubetes de plástico. O uso de mudas na cultura da melancia

geralmente é empregado, quando as variedades utilizadas são sem semente ou o solo tem

problemas de patógenos, mas até em cultivos convencionais é uma pratica muito importante,

pois mantem um estande de mudas de reposição, caso as cultivadas direto no solo tenham muitas

falhas. Para produção de mudas, são necessárias sementes de qualidade, com alta germinação,

livre de patógenos e sementes invasoras.

A principal utilização de mudas em plantios de melancia tem como objetivo a reposição

de plantas em covas nas quais não houve germinação, é uma estratégia interessante para a

garantia do estande inicial. A utilização de mudas de boa qualidade influenciará no sucesso de

implantação de um cultivo considerando, entre outros fatores, um controle do estande inicial das

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plantas, o que pode ser dificultado com o plantio de sementes no local definitivo. A sementeira

permite assegurar um cultivo homogêneo. São vários os métodos de produção de mudas que

podem ser utilizados na cultura da melancia, no entanto, quaisquer que sejam, deve ser com o

sistema radicular protegido por um substrato, para evitar danos nas raízes. (EMBRAPA, 2010)

Objetivo deste trabalho é avaliar a germinação e o desenvolvimento de mudas de

melancia Citrullus vulgaris em tubetes com diferentes níveis de substratos incorporado com

terra.

2 Hipóteses

Tendo em vista os diferentes tratamentos, levantam-se as seguintes hipóteses:

H1: 100% terra prejudicará no desenvolvimento das mudas, principalmente no sistema radicular

devido ao pequeno espaço poroso e baixa capacidade de retenção de água.

H2: 50% terra + 50% substrato aumentará o espaço poroso, com isso facilitará o

desenvolvimento da raiz retendo mais água e ajudando no processo de transplante de mudas.

H3: 100% substrato teoricamente é o tratamento que apresentará o melhor desenvolvimento de

mudas, porém apresenta custo mais elevado para produção de mudas.

3 Metodologia

O trabalho será desenvolvido no Instituto Federal Catarinense - Campus Sombrio, nos

meses de outubro a dezembro de 2011. Será implantado na casa de vegetação da horta do

instituto, onde as sementes de melancia (Citrullus vulgaris) serão semeadas em 30 tubetes de

plástico cada um com 12 cm de comprimento, em profundidade de 10 mm. Sendo assim, serão

aplicados os tratamentos com diferentes proporções solo incorporados junto ao substrato

Germina Plant Horta Turfa Fértil onde apresenta pH variando de 5,8 ± 0,2, e condutividade

elétrica (CE) de 0,5 mS/cm, encontrado em estabelecimentos comerciais. Os tubetes serão

submetidos aos seguintes tratamentos: 100% substrato, 50% substrato + 50% solo, 100% solo.

Cada tratamento terá 10 repetições, onde serão semeados 10 tubetes para cada tratamento. Os

tubetes serão dispostos na estufa por delineamento experimental inteiramente casualizado.

Para que a germinação ocorra adequadamente, será disponibilizada irrigação sob

aspersão, conforme as necessidades hídricas da cultura. Após a estabilização do processo

germinativo, será determinado o vigor, através do índice de velocidade de emergência das

plântulas (Maguire, 1962) e a germinação, executanto a contagem de plântulas emergidas. O

índice de velocidade de emergência (IVE) será calculado através da fórmula proposta, dividindo-

se o número de plântulas emergidas em cada dia pelos dias transcorridos desde a semeadura e

somando-se os valores obtidos. A germinação (%) será determinada através da contagem do

número de plantas normais na avaliação feita aos 20 dias após a semeadura, quando o processo

germinativo encontra-se estabilizado. Faz-se medida da das plantas (cm) aos 25 dias após a

semeadura, através da medição com auxílio de régua milimetrada, da base caulinar até a gema

apical, juntamente com a contagem do número de folhas por planta.

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4 Cronograma

ATIVIDADE PERÍODO

Ano de 2011

J F M A M J J A S O N D

Planejamento do Experimento X

Coleta de Solo X

Preparo Dos Tubetes X

Semeadura X

Irrigação X

Contagem de mudas Germinadas X

Germinação (%) X

Índice de velocidade de emergência (IVE) X

Comprimento das Plantas (cm) X

Contagem do Número de folhas/planta X

Análise e interpretação dos dados X

5 Orçamento

Produto Quantidade Preço

Sementes 1 pacote com 50 sementes R$ 5,00

Substrato 3 amostras grátis (0,5 kg cada) R$ 0,00

Tubebes 30 unidades R$ 5,00

TOTAL R$ 10,00

6 Resultados Esperados

O substrato utilizado na produção das mudas tende a aumentar o rendimento destas,

ajudando a proteger as raízes dando mais aeração e facilitando o acesso à nutrientes para que a

muda se forme com qualidade.

7 Referências Bibliográficas

ALMEIDA, P. F. Cultura da melancia. Faculdade de ciência, Universidade de Porto, 2003.

Disponível em: <http://dalmeida.com/hortnet/Melancia.pdf>. Acesso em: 03 out. 2011.

EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Sistema de Produção de Melancia.

Disponível em:

<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProducaoMelanci

a/producaodemudas.htm>. Acesso em: 05 out. 2011.

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FLORESTALSA. Hortaliças - GerminaPlant. Disponível em :

<http://www.florestalsa.com.br/index.php/produtos/ver/hortalicas--germinaplant-11>. Acesso em: 05

out. 2011.

GRANGEIRO, L.C.; CECÍLIO FILHO, A.B. Exportação de nutrientes pelos frutos de

melancia em função de épocas de cultivo, fontes e doses de potássio. Horticultura Brasileira.

Brasília, v.22, n.4, p.740-743, 2004. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/hb/v22n4/23186.pdf>. Acesso em: 05 out. 2011.

MAGUIRE, J. D. Speed of germination-aid in selection and evaluation for seeding

emergence and vigor. Crop Science, Madison: v.2, n.2, p.176-177, 1962. Disponível em:

<https://www.soils.org/publications/cs/abstracts/2/2/CS0020020176>. Acesso em 06 out. 2011.