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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DO PARANÁ NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO CAMPO MOURÃO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA CASSEMIRO RADOMINSKI, 1332, CENTRO, CEP. 87250-000 PEABIRU FONE/FAX: (44) 3531-2026 PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR PEABIRU /2012 - 2013

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EESSTTAADDOO DDOO PPAARRAANNÁÁ SSEECCRREETTAARRIIAA DDEE

EESSTTAADDOO DDOO PPAARRAANNÁÁ

NNÚÚCCLLEEOO RREEGGIIOONNAALL DDEE EEDDUUCCAAÇÇÃÃOO –– CCAAMMPPOO MMOOUURRÃÃOO

CCOOLLÉÉGGIIOO EESSTTAADDUUAALL 1144 DDEE DDEEZZEEMMBBRROO –– EENNSSIINNOO FFUUNNDDAAMMEENNTTAALL EE MMÉÉDDIIOO

RRUUAA CCAASSSSEEMMIIRROO RRAADDOOMMIINNSSKKII,, 11333322,, CCEENNTTRROO,, CCEEPP.. 8877225500--000000

PPEEAABBIIRRUU FFOONNEE//FFAAXX:: ((4444)) 33553311--22002266 PPAARRAANNÁÁ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

E

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

PEABIRU /2012 - 2013

1

APRESENTAÇÃO

O Colégio Estadual 14 de Dezembro está situado no município de Peabiru PR,

do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, atende alunos da Educação

Básica regular e da modalidade Educação de Jovens e Adultos procedente da área

urbana e rural. A construção coletiva do Projeto Político Pedagógico no Colégio

Estadual 14 de Dezembro reflete a realidade escolar e a autonomia que ela tem para

elaborá-lo, enquanto Espaço púbico lugar de debates, do diálogo, fundamentado na

reflexão coletiva dos seus articuladores.

A identidade da instituição se revela nas ações dos diferentes agentes

internos e externos que muito influenciam os novos rumos da escola como uma

instituição social compromissada com uma ação intencionalizada, sistêmica, de

acordo com os princípios filosóficos, epistemológicos, pedagógicos, que reafirma-se

na pertinência da reflexão que ora se propõe.

O Projeto Político Pedagógico representa uma intencionalidade definida

coletivamente, articulando o compromisso sociopolítico com os interesses reais e

coletivos da comunidade escolar, visando a inserção de um sujeito participativo,

responsável, criativo e crítico na sociedade atual. Neste propósito, respeita a

identidade própria, os valores individuais, a formação religiosa.

Contudo queremos com ousadia propiciar qualidade para todos, entendendo que

a dinâmica social e política exige uma possibilidade de mudança, daí a autonomia para

reescrevê-lo quando se fizer necessário, redimensionando metas e estabelecendo novos

rumos.

2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................01

SUMÁRIO ...........................................................................................................................02

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO...............05

1.1 LOCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...........................................................05

1.2 CURSOS AUTORIZADOS E RECONHECIDOS.....................................................06

1.3 HISTÓRICO DO COLÉGIO.......................................................................................07

1.4 CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DE RECURSOS HUMANOS................15

1.5 ESTRUTURA FÍSICA:.................................................................................................15

1.6 EQUIPAMENTOS.........................................................................................................16

1.7 BIBLIOTECA................................................................................................................17

1.8 PORTE E REGIME ESCOLAR..................................................................................17

1.9 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO............................................................17

1.10 MATRÍCULA E CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS.....................19

1.11 CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO..................................22

1.12 PROGRESSÃO PARCIAL (DP).................................................................................22

1.13 QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO POR SETOR................23

1.14 PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA...............................23

1.15 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR PAIS E ALUNOS..........25

2 MARCO SITUACIONAL..........................................................................27

2.1 OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO..................................................................27

2.2 REALIDADE BRASILEIRA........................................................................................27

2.3 REALIDADE DO ESTADO.........................................................................................29

2.4 REALIDADE DO MUNICÍPIO DE PEABIRU.........................................................31

2.5 INCLUSÃO E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO.....................................................31

2.6 ATENDIMENTO NA SALA DE RECURSOS...........................................................33

2.7 ATENDIMENTO NA SALA DE APOIO E APRENDIZAGEM..............................35

2.8 HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES..............................................................38

2.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO........................................................39

2.10 POSSIBILIDADES E NECESSIDADES DE AVANÇOS NA

PRÁTICA PEDAGÓGICA...........................................................................................42

2.11 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR......................................................44

2.12 CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA LÍNGUA

ESPANHOLA.................................................................................................................45

2.13 DADOS REFERENTES AO ENSINO FUNDAMENTAL (8 anos) E ENSINO

MÉDIO................................................................................................................ ............47

2.14 ÍNDICES DA RELAÇÃO IDADE SÉRIE..................................................................48

3 MARCO CONCEITUAL...........................................................................51

3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO, CIDADANIA, DE TEMPO E DE ESPAÇO..51

3.2 CONCEPÇÃO DE MUNDO........................................................................................53

3

3.3 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E CONCEPÇÃO DE TRABALHO...................54

3.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM E DE CULTURA........................................................56

3.5 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA...................................................................................58

3.6 CONCEPÇÃO DE GESTÃO.......................................................................................60

3.7 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO...............................................................................62

3.8 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM E CONCEPÇÃO DE

CONHECIMENTO.......................................................................................................63

3.9 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO...........................................................................66

3.10 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA............................................................................67

3.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...............................................................................68

3.12 CONCEPÇÃO DE ESCOLA.......................................................................................81

3.13 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO..................................................................................84

3.14 FORMAÇÃO CONTINUADA....................................................................................85

3.15 CONSELHO DE CLASSE...........................................................................................86

3.16 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS................................................................................90

3.17 CONCEPÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS..................................91

3.18 CONCEPÇÃO DE DIRETRIZES CURRICULARES ORIENTADORAS PARA A

EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE ESTADUAL........................................................93

4 MARCO OPERACIONAL.........................................................................96

4.1 OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO – PROPOSIÇÕES PARA A

ORGHANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO............................................96

4.2 EVASÃO ESCOLAR.....................................................................................................98

4.3 INCLUSÃO EDUCACIONAL ....................................................................................99

4.4 AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR............................................................100

4.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS..............................................................................103

4.6 REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL.................................................................104

4.7 PLANO ESPECIAL DE ESTUDOS..........................................................................105

4.8 FORMAÇÃO CONTINUADA...................................................................................105

4.9 NOME SOCIAL DO ALUNO....................................................................................106

4.10 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO.............................................................................107

4.11 ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DOS SEGUIMENTOS DA COMUNIDADE

ESCOLAR...................................................................................................................106

4.12 RECURSOS MANTENEDORES..............................................................................110

4.13 ATIVIDADES INTEGRADAS AO CURRÍCULO..................................................112

4.14 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO...........................................................................136

4.15 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA...................................................141

4.16 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..................................143

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................144

ANEXO............................................................................................................149

PLANO DE ABANDONO E FORMAÇÃO DAS BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA

CIVIL NA ESCOLA..............................................................................................................149

ANEXO 1 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (ACCCs).........................................170

4

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

5

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

1.1 LOCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Denominação da Instituição:

COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – ENSINO FUNDAMENTAL

E MÉDIO

Endereço:

RUA CASSEMIRO RADOMINSKI Nº 1332

Bairro:

CENTRO

Município:

PEABIRU – PR.

CEP:

87.250-000

NRE:

CAMPO MOURÃO

Código do

Estabelecimento:

00010

Código do

Município:

1900

Código do NRE: 400008

Fone/Fax:

44- 3531-2026

E-mail:

[email protected]

Site:

www.pbuquatorzededezembro.seed.pr.gov.br

Entidade Mantenedora:

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CNPJ:

76.416.965/0001-21

Local e data de atualização.

Peabiru, Pr, 22 de dezembro de 2011.

6

1.2 CURSOS AUTORIZADOS E RECONHECIDOS

AUTORIZAÇÕES

NÚMERO DA RESOLUÇÃO

Ato de Autorização da Escola

Res. nº 3893/77 DOE de 15/09/1977

Ato de Autorização do Ensino Médio

Res. nº 4178/03 DOE de 15/12/2003

Ato de Autorização e Reconhecimento do

Ensino Fund. Fase II e Ensino Médio - EJA

Res. nº 3068/07 DOE de 10/07/2007

RECONHECIMENTOS

NÚMERO DA RESOLUÇÃO

Ato de Reconhecimento do Ensino Médio

Res. nº 2098/08 DOE de 20/05/2008

Ato de Renovação do Reconhecimento do

Ensino Fundamental

Res. nº 3172/08 DOE de 10/07/2008

REGIMENTO ESCOLAR

NÚMERO DA RESOLUÇÃO

Ato Administrativo de Aprovação do

Regimento Escolar

Ato Administrativo nº 351/2008 de

29/12/2008

7

1.3 HISTÓRICO DO COLÉGIO

A história de Peabiru está ligada à história do famoso Caminho do Peabiru, que

se estendia por mais de mil e duzentos quilômetros da costa do Oceano Atlântico ao

Oceano Pacífico, atravessando os rios: Tibagi, Ivaí e Piquiri, pelo qual passou a

grande expedição organizada em 1769 pelo Capitão Mor Afonso Botelho de San Pavo

e Souza.

O desenvolvimento se deu de maneira decisiva em 1903, quando inúmeros

colonizadores acompanhados de suas famílias, construíram suas casas, e se

dedicaram à agricultura incentivando a vinda de novas famílias à região.

A área compreendida entre Rio Dezenove ao Rio Ivai, passou a ser conhecida

como Sertãozinho, e foi marco inicial para a formação do povoado do mesmo nome.

Nesta região se destaca a presença de heroicos desbravadores: José Silvério, Américo

Pereira, Francisco Lázaro Moraes (conhecido como Lazinho Emídio ), João Xavier

Padilha, José Maria do Nascimento, Antônio Manuel do Prado, Sebastião Caldeira,

Bernadino Dutra Pereira, Pedro Luiz Pereira, Alfredo Aranha, Cândida de Nascimento

( D. Candinha ), Joaquim Viana Pereira, Eduardo Galesk, Ambrósio Senger, João

Muller, Família Albuquerque, Cláudio Siqueira Pinto, João Senger, entre outros que,

com fibra, dedicação e trabalho, venceram obstáculos e formaram as primeiras

lavouras de café e de cereais da região.

Entre os anos de 1940 e 1941, o Interventor Manoel Ribas, procurando expandir

a colonização do Estado do Paraná, efetuou a distribuição de posses de terra aos

colonizadores, por meio do Departamento de Geografia. A região estava subordinada à

5ª Inspetoria de Terras, com sede na cidade de Guarapuava. O chefe da 5ª Inspetoria,

Sady Silva, engenheiro de vasta experiência, resolveu iniciar o novo patrimônio no ano

de 1942. Para isso transferiu a sede da Inspetoria para a localidade Colônia Mourão,

atual Campo Mourão. Após longos estudos localizou a área ideal para a formação do

novo povoado, denominado PEABIRU.

As derrubadas e as queimadas foram efetuadas pelos senhores: Ernesto Matheus

e João Matheus, tendo como encarregado geral Júlio Regis, nomeado guarda florestal,

8

Cezinando Ribas como administrador, e chefe de segurança a cargo do Sargento

radiotelegrafista da força pública do estado Silvino Lopes de Oliveira e, como

auxiliares, os senhores: Júlio Carneiro e Osvaldo Carneiro.

Após a demarcação dos lotes urbanos e rurais, foi grande o fluxo de

compradores oriundos dos mais distantes pontos do país. No ano de 1945, o

patrimônio de Peabiru contava com grande número de estabelecimentos comerciais,

serrarias, posto de gasolina, farmácia e merecia ser elevado a município.

Peabiru foi elevado a Município no dia 14 de novembro de 1951, pela Lei

Estadual nº 790.

Em 1952, houve a primeira eleição, e o primeiro prefeito eleito foi Silvino

Lopes, Assumindo a administração em 14 de dezembro de 1952.

A situação geográfica de Peabiru abrangia grande extensão, os trabalhos

relativos ao setor judiciário se avolumaram de forma impressionante, e por

necessidades prioritárias, foi elevado à comarca, no dia 14 de dezembro de 1953, pela

Lei Estadual nº 1542, com a posse do primeiro Juiz de Direito, Dr. Jorge Andrigheto, e

como primeiro promotor público, Dr. Alceu Mendes da Silva.

O município de Peabiru possui uma área de 469.495 Km² 0,1773% do estado,

0,0626% da região e 0,0042% de todo território brasileiro.

A cidade tem início na Avenida Raposo Tavares, no sentido Peabiru/ Maringá,

surgindo assim a Escola Municipal de Peabiru, que ao longo dos anos passa por

várias etapas até chegar ao local onde está localizada atualmente.

O Histórico do Colégio Estadual 14 de Dezembro – EFM foi resgatado através

de Atas da Câmara de Vereadores de Peabiru, com auxilio de moradores, alunos e

professores que residem desde o início da criação do município.

A documentação original de sua fundação se perdeu em um imprevisível

incêndio no Departamento do Município, salvaguardando apenas a documentação das

escolas do Município a partir de 1969.

A escola foi fundada em 1954, com o nome de Ginásio Municipal de Peabiru,

através da Portaria nº 882 de 15 de outubro de 1954 pelo Dr. Armando Hildebrand,

9

Diretor do Ensino Secundário, ofertando as séries iniciais, denominadas de 1º ao 4º

ano do ensino primário, embasados nas doutrinas da Carta Magna de 1946.

A escola funcionava na Avenida Raposo Tavares, em um estabelecimento de

madeira, alugado, pois não tinha sede própria.

A educação nacional era organizada em três subcomissões: uma para o

Ensino Primário, uma para o Ensino Médio e outra para o Ensino Superior.

As pessoas da comunidade que não possuíam o certificado de conclusão do

primário, participavam de um exame de admissão sob a responsabilidade de um

Inspetor Federal e do Diretor de uma determinada escola, no mesmo local de

residência, ou em cidades vizinhas, ao estarem de posse desta documentação, os

formandos de 1º ao 4º ano estavam aptos a iniciar a carreira de professor no Ensino

Primário, ainda assim eram poucos o que se habilitavam a exercer a profissão de

professor.

De acordo com as Atas da Câmara Municipal de Peabiru, do dia 13 de

fevereiro de 1954, em reunião Ordinária e sob a Presidência do Sr. Vereador

Domingos Camargo Ribas, foi apresentado a plenária um projeto viabilizando a

possibilidade da criação de um Ginásio para Peabiru a fim de atender aos alunos de 5ª

a 8ª série, o qual foi aprovado por unanimidade pelos vereadores.

Aos 26 dias do mês de março de 1954, com o documento em mãos o então

Prefeito Silvino Lopes de Oliveira segue para a capital, com o objetivo de providenciar

a oficialização junto ao Ministério da Educação, para se cumprir as exigências

necessárias para abertura e funcionamento de 5º ao 8º ano ginasial.

Em 27 dias de janeiro de 1955, a sob a presidência do Sr. José Gatti e

vereadores, foi encaminhado para a comissão a seguinte proposta: ofício do Sr.

Prefeito Silvino Lopes solicitando suplementação de crédito especial de Cr$

100.000,00 ( Cem mil cruzeiros ) para fazer a manutenção do Ginasial Municipal de

Peabiru, cujo parecer foi favorável.

No ano de 1956 foi estadualizado, passando a chamar-se GINÁSIO

ESTADUAL DE PEABIRU.

10

Em abril de 1976 foi inaugurado o prédio próprio pelo então Governador Jaime

Canet Junior, na gestão municipal do Prefeito Antonio Manesco Basso, situado à Rua

Cassemiro Radominski, 1332 onde recebeu o nome de Escola Estadual 14 de

Dezembro - Ensino de 1º Grau

De acordo com o Decreto nº 3893/77, nos termos da Lei Federal nº 5692/71,

fica autorizado a funcionar o Complexo Escolar “Cristo Rei” – Ensino de 1º Grau.

fazendo parte esta Unidade de Ensino: Escola Felipe Silveira Bittencourt, Escola

Professor Nuno de Souza e Silva, Escola Emilio de Menezes e o Ginásio Estadual de

Peabiru que passou a denominar-se Escola Estadual 14 de Dezembro- Ensino de 1º

Grau, fato este ocorrido em 13 de setembro de 1977, desmembrando-se

definitivamente do Colégio Estadual “Olavo Bilac”, pois até então os diretores eram os

mesmos e assinavam as certificações dos alunos dos dois colégios.

No ano de 1979, recebeu o nome de Escola Estadual 14 de Dezembro - Ensino

de 1º Grau de 5ª a 8ª Séries, neste mesmo ano foram incorporados a este

estabelecimento de ensino os Ginásios Municipais D.Pedro I, Marcilio Dias e Osvaldo

Cruz, os quais foram denominados de “Escola 14 de Dezembro _ Extensão de Venda

Branca”, “ Escola 14 de Dezembro_ Extensão São Roque”, Extensão de Silviolândia”.

A partir de 12 de junho de 1980, de acordo com o Decreto nº 2485/80, ficou

autorizado a funcionar em termos de Lei vigente o Complexo Escolar “ Cristo Rei”_

Ensino de 1º e 2º Graus, resultante da reorganização do Ginásio Estadual de Peabiru.

Sendo que no ano de 1981, extinguiram-se as “Extensões de Venda Branca e

São Roque”.

Em 1982, a Escola 14 de Dezembro passou a atender também de 1ª a 4ªs Séries

e no ano seguinte desmembrou-se desta a “Extensão de Silviolândia”

No ano de 1998, o Ensino Fundamental de 1ª a 4ªs Séries, foi municipalizado, e

em dezembro do corrente ano, foi implementado através da Resolução 4042/98 o

funcionamento da Educação de Jovens e Adultos, passando a denominar-se Colégio

Estadual 14 de Dezembro -Ensino Fundamental e Médio.

11

Atualmente o colégio atende alunos do Ensino Fundamental, Ensino Médio e

EJA – Educação de Jovens e Adultos.

SÍMBOLOS DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – EFM

No ano de 2008 foram criados os símbolos oficiais do Colégio. A Bandeira e o

Hino do Colégio.

As cores da Bandeira são:

Verde – representa as matas.

O verde tem uma forte afinidade com a natureza e nos conecta com ela, nos faz

empatizar com os demais encontrando, de uma forma natural, as palavras justas.

Branco – representa a paz.

A cor branca é a mais pura de todas, assim que representa à pureza.

É a cor mais protetora, contribui à paz e ao conforto, alivia a sensação de

desespero e de choque emocional, ajuda a limpar e aclarar as emoções, os

pensamentos e o espírito.

Amarelo - representa a riqueza do colégio, nossos alunos.

O amarelo é uma cor que contribui para a felicidade. É uma cor brilhante,

alegre, que simboliza o luxo - é como estar em festa a cada dia.

Associa-se com a parte intelectual da mente e a expressão de nossos

pensamentos.

Azul – representa o infinito.

O azul é uma cor fresca, tranquilizante, que se associa com a parte mais

intelectual da mente, assim como o amarelo.

O azul representa o céu.

A estrela central na bandeira – representa a luz que ilumina e é também o

logotipo do colégio.

12

HINO DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – EFM

Ter um hino como símbolo, enfocando a história do Colégio Estadual 14 de

Dezembro, sempre foi um sonho.

Durante a gestão da professora Elza Rocha Fermino, 2006-2008, a mesma,

juntamente com a equipe pedagógica, não mediu esforços na busca de informações

para que esse sonho se tornasse realidade.

O colégio tem como nome a data da Emancipação Política de nosso município

“14 de Dezembro”. Assim, o Hino conta a história e os passos dos pioneiros que

desbravaram a nossa região, valorizando a história atual do município, com olhos

atentos em direção ao futuro.

As estrofes narram a importância do colégio como Instituição Educacional,

que objetiva uma sociedade melhor, por meio de um ensino de qualidade.

13

HINO DO COLÉGIO ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – EFM

Letra e música de Zenaidio Pereira

Melo

I

Nossa escola é um símbolo de glória

Tem o nome de uma data especial

O 14 de dezembro educandário

Lembra o aniversário desta terra em seu

natal. (BIS) II

Lembra um tempo em que marcou a

nossa história Quando tudo ainda era inicial

As famílias solidárias trabalhavam

Produzindo cereal no cafezal. (BIS)

III

Pioneiros desbravaram os sertões

Semeando esperanças e plantações

Dedicaram toda a sua mocidade

Pra fazer, pra fazer

O que é hoje esta cidade. (BIS)

REFRÃO

IV

O 14

Respeita sua gente

Não esquece o passado Que

eterniza o presente Valoriza

quem estuda e produz É um

facho que ilumina

Uma estrela que conduz. (BIS)

Solo de Intermédio

V

Pioneiros desbravaram os sertões

Semeando esperança e plantações

Dedicaram toda sua mocidade

Pra fazer, pra fazer,

O que é hoje esta cidade. (BIS)

REFRÃO

VI

O 14

Respeita sua gente

Não esquece o passado Que

eterniza o presente Valoriza

quem estuda e produz É um

facho que ilumina

Uma estrela que conduz. (BIS)

NOSSOS DIRETORES

a) Após a assinatura da Portaria nº 882 de 15/10/1954 pelo Dr. Armado

Hildebrand, Diretor do Ensino Secundário, assume como diretor:

b) Em 1954, assumiu a direção a Professora Irene Nallin Duarte, e diretor

substituto Dr. Aloysio de Barros Tostes.

c) Em 1956, pelo Decreto nº 7326/56 passando o nome para Ginásio Municipal

de Peabiru e através da Portaria nº 728 de 07/03/1957 foi designado o Diretor e

Professor Vital Antonio Costa.

14

d) Em 1964, pela Portaria 4364/64 de 22/09/64 foi designado o Diretor o

Professor João Parra Murro.

e) Em 1965, foi designada como Diretora a Professora Elza Sartorelli Ferreira ,

pela Portaria nº 4924 de 31/08/1965.

f) Em 1969, uma nova Portaria sob nº 6290/69 de 27/08/1969 a Diretora

Professora Elza Sartorelli Ferreira foi designada por mais três anos.

g) Em 1971, assumiu como Diretor Professor Silvadávio Nascimento Ribeiro, o

qual permaneceu no cargo de 12/08/1971 a 27/10/1971.

h) Em 1971, foi designada como Diretora a Professora Janete Lima Miranda.

i) Em 1973, foi designada como Diretora a Professora Elza Bueno.

j) Em junho de 1974, assumiu como Diretor o Professor Walter da Silva

Roque.

k) Em abril de 1976 foi inaugurado o prédio próprio.

l) Em março de 1977 assumiu como Diretor o Professor Odair Pasqualini e

tendo como Diretora Auxiliar a Professora Maria das Dores Freitas.

m) Em 1979 assumiu como Diretora a Professora Maria Antonia Mantovani

Pazian.

n) Em 1981 assumiu como Diretor o Professor José Carlos Bassi, e em 1983 o

Professor José Ferreira de Souza como Diretor Auxiliar.

o) Em 1983, foi designada como Diretora Valdete da Silva Santi e a Professora

Maria Antonia Mantovani Pazian como Diretor Auxiliar.

p) Em 1985, pela Portaria nº 795/85 de 26/03/85 assumiu como Diretora a

Professora Neusi Maria Rovel.

q) Em 1986, houve eleição para Direção. Foi eleita a Diretora e Professora Maria

Antonia Mantovani e Diretora Auxiliar a Professora Maria Aparecida de Souza

Ferreira.

r) Em 1987, foi releita como Diretora a Professora Maria Antonia Mantovani

Pazian e como Diretora Auxiliar a Professora Maria Aparecida de Souza

Ferreira.

s) Em 1990, após eleição, foi eleita como Diretora a Professora Maria Aparecida

de Souza Ferreira e como Diretora Auxiliar Maria das Graças Lopes Pedrezini.

t) Em 1993, após eleições foram reeleitas para mais uma gestão, a Professora e

Diretora a Professoras Maria Aparecida de Souza Ferreira como Diretora- Auxiliar

e Maria das Graças Lopes Pedrezini

15

u) Em 1996, foi eleita como Diretora a Professora Maria das Graças Lopes

Pedrezini e como Diretora Auxiliar a Professora Rita de Cássia Delconte Ferreira

que, em 1999 foi substituída pela Professora Lúcia Helena Avanço.

v) Em 2000, foi eleito como Diretor o Professor Ademir Bassi e como Diretor

Auxiliar o Professor Euclésio Eloi Salvadori que, em 2004 foi substituído pelo

Professor João Batista,

w) Em 2006 após ser eleita assumiu como Diretora a Professora Elza Rocha

Fermino e como Diretora Auxiliar a Professora Verginia Bandeira da Silva que, em

2007 foi substituída pela Professora Marlene Roseli Deckert.

x) Em 2009, após ser eleita assumiu como Diretora a Professora Marlene Roseli

Deckert e como Diretora Auxiliar a Professora Roseli Maria Bertipalha.

y) Em 2012, após ser eleito assumiu como Diretor o Professor Lucas Manoel

Prudencio de Brito e como Diretora Auxiliar a Professora Jôse Helen Lamonica Galo.

1.4 CONDIÇÕES FÍSICAS, MATERIAIS E DE RECURSOS HUMANOS

Atualmente a escola possui espaço físico necessário e adequado para

desenvolver suas atividades. O Colégio conta com 20 salas de aula distribuídas em 02

blocos. Conta também com laboratórios, biblioteca, salas para o setor administrativo,

sala de professores, pátio coberto, quadra de esportes, campo de futebol entre outros.

Considera-se que o ambiente físico da escola deve ser de qualidade, priorizando

a organização e a limpeza. Os equipamentos devem ser também de qualidade e com

condições de atender a comunidade escolar de maneira satisfatória. Tanto os

educandos, quanto os professores e funcionários devem ter garantidos esses direitos

assim como o dever de zelar por esses equipamentos para que se sintam motivados

sempre mais para exercer suas funções.

1.5 ESTRUTURA FÍSICA:

-20 salas de aula;

- Uma Biblioteca para os alunos;

16

- Uma Biblioteca para os professores com mais de 100 títulos;

- Um laboratório de química, biologia e física;

- Um laboratório de informática com 20 computadores;

-10 computadores do Proinfo;

- Uma impressora oki data;

- Uma fotocopiadora;

- Uma cozinha;

- Um refeitório;

- Uma sala para armazenamento de merenda;

- Sala dos professores;

- Duas salas para a equipe pedagógica;

- Uma sala para secretaria;

- Um auditório com palco, com 120 lugares para eventos

- Cantina comercial;- Uma quadra de esportes coberta;

- Um campo de futebol suíço;

- 2 banheiros para os alunos (com 05 sanitários em cada) e 04 para

professores e funcionários.

1.6 EQUIPAMENTOS

Principais materiais pedagógicos e aparelhos eletro – eletrônicos disponíveis:

- 03 Retro projetores (sendo 02 em manutenção)

- 19 televisores (TV pendrive);

- 01 Tv

- 01 filmadora;

- 01 Datashow;

- 01 vídeo cassete;

-06 aparelhos de DVD

- 02 micro system;

- 02 antenas parabólicas;

- Um acervo de aproximadamente 4.000 livros;

- Biblioteca do professor com mais de cem títulos;

- 05 computadores para uso da secretaria e equipe administrativa;

17

- 05 telas, 02 CPU e 02 impressoras;

- Duas caixas de som e um amplificador;

- Dois microfones;

- Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e de matemática.

Os demais materiais que a Escola possui estão relacionados em documentação

própria na Secretaria. Contamos com um laboratório de Ciências e um laboratório de

informática para atender a todos os professores e alunos que deles necessitarem, para

concretizar seus projetos de ensino-aprendizagem.

O espaço físico do Colégio conta também com um auditório de 120 lugares,

com palco móvel para ser usado em eventos promovidos pelo Colégio e Comunidade

Escolar quando solicitado.

1.7 BIBLIOTECA

A Biblioteca é o ambiente destinado ao atendimento da comunidade escolar e

busca dentre os objetivos principais propiciar atividades de incentivo à leitura,

conscientização sobre os cuidados com o livro, oportunizar espaço para pesquisa

dirigida e grupos de estudos, promover concursos de poesia, criar no aluno o hábito e o

gosto pela leitura,

1.8 PORTE E REGIME ESCOLAR

O Colégio Estadual 14 de Dezembro – EFM, enquadra-se no Porte 04.

Ofertando o Ensino Fundamental Anos Finais, o Ensino Médio e Educação de Jovens e

Adultos .

1.9 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO

18

O Colégio Estadual 14 de Dezembro - EFM, oferta em 2012 as modalidades de

ensino identificados na tabela abaixo, totalizando turmas incluindo as turmas da

organização individual e coletiva da Educação de Jovens e Adultos totalizando

alunos distribuídos da seguinte forma:

Modalidade

Quantidade de turmas por período

Total de

turmas

Número de

total de

alunos

Matutin

o

Vespertin

o

Noturno

(coletivo)

Noturno

(individual)

Ensino

Fundamental

Anos Finais

8

6

-

-

14

369

Celem

0

2

2

-

4

112

ala De Apoio À

Aprendizagem

(Port. E Mat.)

0

2

-

-

2

34

Atividade Em

Contraturno

-

02

-

-

02

50

Eja (por disciplina)

Ensino

Fundamental

-

-

03

08

11

85

Eja (por

disciplina)

Ensino Médio

-

-

05

12

17

98

19

O Colégio dispõe também do atendimento no Programa Sala de Apoio à

Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, atendendo alunos com defasagem

série/idade e dificuldades na aprendizagem abrangendo todas as turmas do Ensino

Fundamental Anos Finais, mediante solicitação e autorização para funcionamento

junto à SEED. Dispomos ainda de um professor contratado com 20 horas aulas para

atender alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental que apresentam Necessidades

Educativas Especiais na Sala de Recursos.

É possível verificar que o Colégio 14 de Dezembro - EFM atende um número

elevado de alunos, ainda assim pretende implantar novos cursos no sentido de atender

as necessidades da cidade e região contribuindo dessa forma com a melhoria da

qualidade de vida da população, na tentativa de oferecer ao mercado de trabalho,

profissionais bem preparados para assumir com responsabilidade e segurança um

trabalho digno.

1.10 MATRÍCULA E CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS

O Estabelecimento de Ensino assegura matrícula inicial ou em curso conforme

normas estabelecidas na legislação em vigor e nas instruções da SEED – Secretaria de

Estado da Educação e do Regimento Escolar do Estabelecimento de Ensino. A

matricula vincula o aluno ao Estabelecimento de Ensino, conferindo-lhe a condição de

aluno, parte integrante do processo de escolarização, fazendo-se cumprir todas as

atribuições, direitos e deveres ao mesmo.

No ano de 2012, o Colégio adotará em sem seu Regimento Escolar, Projeto

Político Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular, Plano de Trabalho Docente,

SERE, e demais documentos que norteiam e amparam a legalidade das ações da escola

e da vida escolar do aluno, o regime de nove (09) anos, 6º ao 9º ano, deverá ser de

forma simultânea, e consequentemente a extinção do Ensino Fundamental com oito

(08) anos de duração, conforme Resolução CNE/CEB nº 07/2010 de 15/12/2010,

Resolução nº 3011/2011 – GS/SEED de 22/07/2011, Parecer 407/2011 – CEE/PR de

26/05/2011 e Instrução nº 009/2011 – SUED/SEED de 25/07/2011. Diante disso, a

19

20

proposta para o Ensino de nove anos deverá atender os alguns critérios. A diferença

ficou reduzida a mera equivalência conforme segue:

EF 8 anos de duração – 2011

(séries finais)

EF 9 anos de duração – 2012

(anos finais)

8ª série – Terminalidade do EF 9º ano – Terminalidade do EF

7ª série 8º ano

6ª série 7º ano

5ª série 6º ano

Para definir a organização das turmas no início do ano, o Estabelecimento de

Ensino adota os seguintes critérios no caso de alunos novos são classificados conforme

idade e escolaridades mediante documentação apresentada no ato da matrícula.

Já com os alunos do próprio Colégio, procuramos organizar as turmas de acordo

com as afinidades de cada um, realizando alterações quando houver necessidade.

No caso de retenção do aluno, segue-se a mesma orientação.

Os resultados de Aprovação e Reprovação deverão atender os mesmos critérios

definidos na legislação vigente, citados anteriormente, devendo observar as seguintes

situações:

a) Alunos aprovados na 4ª série do Ensino Fundamental de 8 anos

deverão ser matriculados no 6º ano do Ensino Fundamental de 9 anos;

b) Os alunos aprovados na 5ª série do Ensino Fundamental de 8 anos deverão

ser matriculados no 7º ano do Ensino Fundamental de 9 anos;

c) Os alunos aprovados na 6ª série do Ensino Fundamental de 8 anos deverão

ser matriculados no 8º ano do Ensino Fundamental de 9 anos;

d) Os alunos aprovados na 7ª série do Ensino Fundamental de 8 anos deverão

ser matriculados no 9º ano do Ensino Fundamental de 9 anos;

21

e) Os alunos aprovados na 8ª série do Ensino Fundamental de 8 anos deverão

ser matriculados no Ensino Médio;

Considerando a aprovação do educando:

EF 8 anos de duração – 2011

(séries finais)

EF 9 anos de duração – 2012

(anos finais)

4ª série 6º ano

5ª série 7º ano

6ª série 8º ano

7ª série 9º ano

8ª série Ensino Médio

Considerando a retenção do educando:

EF 8 anos de duração – 2011

(séries finais)

EF 9 anos de duração – 2012

(anos finais)

5ª série 6º ano

6ª série 7º ano

7ª série 8º ano

8ª série 9º ano

Vale ressaltar também outro item sobre a matrícula do aluno. No Paraná, um

parecer de 2010 do Conselho Estadual de Educação (CEE), de caráter normativo, dá

aos transexuais e travestis maiores de 18 anos o direito de usar o nome social em

documentos internos de escolas públicas e privadas e de universidades estaduais. A

resolução vale apenas para documentos internos, como boletins e livros de chamada,

não para certificados e diplomas. Estes terão seus direitos garantidos mediante

solicitação por escrito, no ato da matrícula. Esta condição está assegurada pelo Parecer

22

001/2009 do CEE, a Instrução Conjunta nº 02/2010 e Adendo de Acréscimo nº

001/2010 ao Regimento Escolar deste Estabelecimento de Ensino, Artigo 188 – A.

1.11 CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

A Classificação e a Reclassificação são procedimentos que o estabelecimento

adota segundo critérios próprios definidos pela Deliberação 09/01 do Conselho

Estadual de Educação do Estado do Paraná, aprovada em 01/10/2011 e pelo

Regimento Escolar do Colégio, Artigos 94 à 109, mediante aprovação do NRE de

Campo Mourão conforme Ato Administrativo nº 351/2008 de 29/12/2008, para

posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiências e

desempenho adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação e a reclassificação avalia o grau de experiência do aluno

matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à

etapa de estudos compatível com sua experiência e desempenho, independentemente

do que registre o seu histórico escolar.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

aliada à apuração de sua frequência. Na promoção ou, certificação de conclusão para

os anos finais do ensino Fundamental e Médio, a média final mínima exigida é de 6,0

frequência mínima de 75% do total de horas letivas anuais.

1.12 PROGRESSÃO PARCIAL (DP)

A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno não

obtendo aprovação final em até três (03) disciplinas em regime seriado poderá cursá-

las subsequente e concomitantemente ao ano seguinte. É recomendável que os alunos

de 6º e 7º ano não participem deste processo, pois esta dinâmica é muito complexa

para essa faixa etária, cabe ao conselho definir ações para recuperação de estudos e/ou

Aprovação por APCC.

23

Os critérios para reprovação e/ou aprovação do aluno por APCC deverão ser

definidos pelos membros do Conselho de Classe e registrados em Ata.

1.13 QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO POR SETOR

Direção 01

Direção Auxiliar 01

Secretária

01

Pedagogos

06

Professores

64

Professor Itinerante

0

Agente Educacional II

10

Bibliotecário

0

Laboratorista

0

Agente Educacional I

(Merenda)

03

Agente Educacional I 13

TOTAL D E

PROFISSIONAIS

99

1.14 PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA

DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR

Compete à equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de

garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidos

no Projeto Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no Regimento

Escolar.

24

EQUIPE PEDAGÓGICA

A Equipe Pedagógica tem como atribuições a de coordenar e implementar na

prática docente as Diretrizes Curriculares Estaduais, visando a melhoria da

qualidade de ensino na escola, além das atribuições relacionadas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar.

AGENTE EDUCACIONAL I E II

A Equipe Administrativa é composta por Secretaria e Serviços Gerais. Este

setor serve para dar suporte ao funcionamento de todos os setores do Estabelecimento,

proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais funções.

A equipe de Serviços Gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento, sendo subordinada,

coordenada e supervisionado pela Direção.

As atribuições destas equipes estão relacionadas no Regimento Escolar.

EQUIPE DE PROFESSORES

É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como

regentes, em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar ativamente

na elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Regimento Escolar e no

Estatuto do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de Desempenho do

Professor do Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de produtividade,

participação, assiduidade e pontualidade, que foi concebido como uma forma de

melhorar o desempenho dos docentes. O novo Plano de Carreira, Cargos e Salários

requer um novo tipo de avaliação que seja mais atualizada e funcional.

25

1.15 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR PAIS E ALUNOS

A comunidade escolar que se atende no Colégio Estadual 14 de Dezembro é

bastante diversificada. Atendemos alunos da área urbana e rural com níveis sociais

diferenciados.

Com as mudanças ocorridas na estrutura familiar e as modificações sócio-

culturais da atualidade, percebemos que a educação dos filhos assume um caráter de

maior liberdade junto aos pais, surge novas exigências, pois os educandos estão em

contato com informações emergentes da mídia, internet e sociedade em geral. Tal

exigência também é percebida na sociedade e reflete na escola, cobrando dos

professores e funcionários uma atuação cada vez mais elaborada.

Com vistas a essas exigências o Colégio Estadual 14 de Dezembro tem

realizado um trabalho diferenciado, atraindo a participação dos pais e estabelecendo

com os mesmos, parcerias orientando-os na educação dos filhos. Tal educação

promove uma melhora no comportamento, por parte dos educandos, o que favorece a

aprendizagem em sala de aula, melhor entrosamento entre alunos e professores , bem

como a conservação e valorização do patrimônio escolar.

A escola oferta alguns projetos que tem atraído novos alunos e despertando um

novo olhar da comunidade com a mesma.

Temos trabalhado ainda com adaptação curricular para atender alguns alunos

que apresentam necessidades educativas especiais, como Sala de Apoio Aprendizagem

para alunos com grandes dificuldades na aprendizagem e Sala de Recursos

(multifuncional) oportunizando assim maiores possibilidades ao nosso aluno, com

relação à sua aprendizagem e inclusão social.

26

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MARCO SITUACIONAL

27

2 MARCO SITUACIONAL

2.1 OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO

O Colégio Estadual 14 de Dezembro tem por objetivo promover a

democratização do saber e o acesso ao conhecimento sistematizado historicamente,

garantindo sua especificidade de maneira dialética, ampliando as oportunidades

educacionais a sua reelaboração crítica, assim como o aprimoramento da prática

educativa escolar visando a elevação cultural e científica dos educandos. Busca-se

também, oportunizar momentos de discussão, reflexão e avaliação sobre o

redimensionamento do Projeto Político Pedagógico.

Neste contexto, o Projeto Político Pedagógico possibilita a construção de um

processo democrático para a tomada de decisões, reflexão dos problemas da escola e a

busca de alternativas viáveis, considerando a intencionalidade do trabalho educativo.

Este, deve promover a reflexão coletiva na busca de mecanismos de ação e

transformação, trabalhando a interdisciplinaridade e a contextualização das disciplinas

com os temas vigentes, orientando e redimensionando o processo educacional na

instituição, tornando pública a produção docente e discente, para construirmos uma

Escola que promova o envolvimento e a participação de toda comunidade escolar.

2.2 REALIDADE BRASILEIRA

Em termos de economia, o Brasil figura, atualmente, entre as maiores potências

mundiais. No final de 2011, o país alcançou a sexta posição entre as nações mais ricas

do mundo. A avaliação foi realizada com base no PIB (Produto Interno Bruto).

Contudo, ainda há muito para avançar.

28

Embora entre os mais ricos do mundo, o Brasil está entre os países mais pobres

em termos de qualidade de vida. Isso se dá em razão da concentração de riquezas, do

pouco investimento em educação, saúde, saneamento básico, moradia entre outros

elementos importantes para o desenvolvimento humano.

De acordo com o comentarista econômico José Márcio Camargo, o conceito

mais importante de desenvolvimento tem a ver com o bem-estar. Ele afirma que se

deve olhar também a renda per capita, indicador no qual o Brasil continua muito atrás

da Inglaterra. No IDH, o Brasil está no 84 lugar do ranking de 187 países avaliados,

enquanto o Reino Unido está em 28.

As avaliações do economistas brasileiros diz que o Brasil não sai mais dessa

lista curta dos grandes países, pelas vantagens dadas pela demografia, pelos recursos

minerais, pela capacidade de produção agrícola e pelo desenvolvimento de ciência e

tecnologia que até recentemente não era um ponto forte.

No que se refere à Educação, o Sistema Educacional Brasileiro está legalmente

regulamentado pela Constituição Federal de 1988, incluindo a Emenda Constitucional

nº14, de 1996, e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9694/96 ao

qual define os níveis e modalidades que compõem a Educação Nacional, além da sua

forma de organização.

A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um número

cada vez maior de estudantes oriundos das classes populares. Ao assumir essa função,

que historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a

necessidade de discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de

sociedade que se quer para o país.

Atualmente, o Brasil vem registrando avanços importantes na educação. De

acordo com estudo recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o aumento da

escolaridade está se refletindo diretamente na melhoria de renda dos brasileiros. O

Brasil está entre os três países que mais evoluíram na educação.

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e os Índices de

Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) demonstram que o Brasil obteve uma

29

melhora tímida em todos os níveis de ensino. Numa escala que vai até 10, pulamos de

4,2 para 4,6 nos anos iniciais do Ensino Fundamental, de 3,8 para 4,0 nos anos finais

do Ensino Fundamental, e de 3,5 para 3,6 no Ensino Médio.

Porém não há muito que se comemorar pois apenas 6,7% das escolas públicas

dos anos iniciais do Ensino Fundamental e 0,3% dos anos finais tem qualidade de

primeiro mundo. Sem contar que, infelizmente, mais de 730 mil crianças e jovens de 6

a 14 anos estão fora da escola. O número é calculado pelo Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada (Ipea), demonstra que, apesar de 97,7% da população dessa faixa

etária frequentar a escola, ainda estamos longe da universalização.

A avaliação externa é uma contribuição importante no esforço geral para a

melhoria da Educação no país. Contudo, sozinha, ela não resolve nada. Sua função é

indicar a natureza dos problemas para fundamentar as políticas educacionais e planejar

a distribuição de recursos entre as escolas.

As informações fornecidas pelos resultados do Ideb, assim como os de outras

avaliações, permitem também, ter uma referência para analisar as estratégias didáticas

usadas na escola e os critérios utilizados na aprovação e reprovação dos alunos. A

avaliação só vai fazer sentido quando todos se sentirem responsáveis por ela. Desta

forma é essencial que os resultados do Ideb e de outros exames sejam socializados

com a comunidade escolar em função de um objetivo comum.

2.3 REALIDADE DO ESTADO

A educação pública do Estado do Paraná está pautada em princípios e

finalidades do processo educativo, no cumprimento da função social da escola e na

efetivação do processo de ensino aprendizagem. Nesse sentido, o valor da escola é

determinado pela qualidade do trabalho pedagógico, pela sua organização e, sobre tudo

pela intencionalidade no planejamento, na execução e na avaliação das ações

desenvolvidas no processo.

30

Após vários anos de reflexão, estudo e organização, a Secretaria do Estado da

Educação do Paraná optou por direcionar seu trabalho dando ênfase aos conteúdos

científicos e aos saberes escolares das disciplinas que compõem a matriz curricular e

não às competências e habilidades como era anteriormente. Assumir um currículo

disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento.

Hoje, o sistema estadual de ensino do Paraná oferta, em algumas poucas

unidades escolares, o ensino fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano) e, na maioria

delas, o ensino fundamental anos finais (6º ao 9º ano) e o ensino médio.

Os municípios ofertam nas suas redes, que fazem parte do sistema estadual,

educação infantil e o ensino fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano) e, por vezes, 5a à

8a séries. E há ainda a oferta de escolas de ensino médio que fazem parte do sistema

federal de ensino.

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e os Índices de

Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) demonstram que o Paraná obteve uma

melhora tímida em todos os níveis de ensino. Numa escala que vai até 10, mantemos o

índice de 5,2 nos anos iniciais do Ensino Fundamental, pulamos de 4,0 para 4,1 nos

anos finais do Ensino Fundamental, e de 3,7 para 3,9 no Ensino Médio.

Estes números nos remete à uma reflexão constante sobre eles e sobre os

processos avaliativos intra e extraescolares, e deve servir de subsídio para futuras

ações e planejamentos, com um olhar atento às demandas e necessidades de cada

escola, de forma questionadora, transformadora e implementadora, para além dos

resultados.

É preciso conhecer os problemas e as deficiências do ensino para que se

orientem novas políticas governamentais na busca constante da melhoria do ensino,

com novas intervenções para a promoção da equidade e sua efetivação.

31

2.4 REALIDADE DO MUNICÍPIO DE PEABIRU

A origem do nome é indígena e significa PE = caminho, trilha; ABIRU =

batido, ou seja caminho batido, que foi a denominação dada à trilha ou ao Caminho de

Peabiru existente e percorrida pelos povos indígenas.

O Município de Peabiru- Pr, com aproximadamente 14 mil habitantes, não é

diferente da maioria dos municípios do mesmo porte. É um município essencialmente

agrícola, uma pequena parcela da população é proveniente da zona rural. Outro fator a

considerar é o grande percentual de trabalhadores, residentes em Peabiru, que realizam

suas atividades serviçais em municípios vizinhos.

Peabiru possui 02 Centros Municipais de Educação Infantil de 0 a 4 anos, 05

Escolas Municipais que ofertam Educação Infantil de 04 a 06 anos e o Ensino

Fundamental Anos Iniciais. O distrito de Silviolândia possui 01 Escola Municipal de

Ensino Fundamental Anos Iniciais e 01 Escola Estadual que oferta a o Ensino

Fundamental Anos Finais, ainda no município de Peabiru contamos com 02 Colégios

Estaduais que ofertam Ensino Fundamental Fase II, Ensino Médio, sendo que uma

dessas escolas oferta a Educação de Jovens e Adultos – EJA Fase II e Ensino Médio e

a outra oferta o Ensino Profissionalizante. As escolas particulares somam um total de

02 que ofertam Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais. O município

conta também cursos de pós-graduação na área da educação.

O município de Peabiru vem se destacando nos índices do IDEB e

proporcionando aos seus habitantes, maior qualidade de ensino.

2.5 INCLUSÃO E DIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO

A diversidade, do ponto de vista cultural, pode ser entendida como a construção

histórica, cultural e social das diferenças. Ela é construída no processo histórico-

32

cultural, na adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das

relações de poder. Os processos e a luta pela inclusão na educação básica representam

um posicionamento político, uma reorganização do trabalho na escola, do tempo

escolar e da formação de professores, o trato ético e democrático dos alunos e seus

familiares, novas alternativas para a condição docente e uma postura democrática

diante do diverso.

Neste contexto, são necessários posicionamentos, práticas políticas e o

entendimento da relação entre inclusão, exclusão e diversidade, articulados a uma

visão ampla de educação e desenvolvimento sustentável.

As políticas educacionais devem se estruturar de forma a contribuir na

discussão da relação entre formação, diversidade, inclusão e qualidade social da

educação básica. Assim, é fundamental problematizar questões como a

contextualização curricular a partir da diversidade regional; a educação indígena; a

educação afrodescendência; a educação no campo; a educação de pessoas com

deficiências e altas habilidades; a educação de pessoas privadas de sua liberdade; a

educação e diversidade sexual.

A cobrança hoje feita à educação, de inclusão e valorização da diversidade, tem

a ver com as estratégias por meio das quais os grupos humanos e sociais considerados

diferentes passaram a destacar politicamente as suas singularidades e identidades,

cobrando tratamento justo e igualitário, desmistificando a ideia de inferioridade que

paira sobre diferenças socialmente construídas. Esses grupos questionam as políticas

de inclusão, buscando superar a visão assistencialista que ainda recai sobre elas.

Compreender a relação entre diversidade e educação básica implica delimitar

um princípio radical da educação pública e democrática: a escola pública se tornará

cada vez mais pública na medida que compreender o direito à diversidade e o respeito

às diferenças como um dos eixos norteadores da sua ação e das práticas pedagógicas.

Para tal, faz-se necessário o rompimento com a postura de neutralidade

diante da diversidade que ainda se encontra nos currículos.

Assim os desafios postos pela inclusão e a diversidade na educação básica

exigem medidas que garantam a todos os grupos sociais, principalmente

33

àqueles que se encontram histórica e socialmente excluídos, o acesso a uma educação

de qualidade.

O Colégio Estadual 14 de Dezembro compartilha destes conceitos e propõe um

currículo que reconhece o direito à diversidade e o respeito às diferenças,

oportunizando à todos uma educação de qualidade.

2.6 ATENDIMENTO NA SALA DE RECURSOS

Segundo a Deliberação Nº 02/03 do Conselho Estadual de Educação e a

Instrução Nº 05/2004, da Secretaria de Estado da Educação, a Sala de Recursos é um

serviço especializado de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento

educacional realizado em classes comuns do ensino fundamental do 6º ao 9ª ano,

estendendo -se a alunos do Ensino Médio que possuem o Transtorno do Déficit de

Atenção com Hiperatividade (TDAH). Esse atendimento possui caráter transitório e

exige obrigatoriedade de matrícula na classe comum do ensino regular. São atendidos

no programa de apoio especializado em sala de recursos, os alunos que apresentam

necessidades educacionais especiais, alunos egressos da educação especial ou de

sala de recursos do 1º ao 5º ano, e ainda aqueles que apresentam problemas de

aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou

deficiência mental e que necessitam de apoio especializado complementar para obter

sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.

O atendimento no programa pode se estender a alunos de escolas próximas nas

quais ainda não exista sala de recursos.

Entende-se que o trabalho realizado nas salas de recursos devem ser o de

suplementar, aprofundar, enriquecer o currículo (superdotados) e complementar (para

os demais) o atendimento educacional realizado em classes comuns da educação

básica, utilizando equipamentos e recursos pedagógicos diversificados, adequados às

necessidades educacionais especiais dos alunos. Os professores que atuam nas Salas de

Recursos do 6º ao 9º ano devem, portanto, utilizar uma grande diversidade de

34

estratégias na estruturação das intenções educacionais para que seus alunos se

apropriem dos conhecimentos.

A avaliação pedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto do ensino

regular, pelo professor da classe comum, professor especializado e equipe- técnico

pedagógica da escola com assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa) e

equipe do Núcleo Regional de Educação e/ou secretaria municipal de educação,

quando necessário.

O aluno matriculado na Sala de Recurso deverá receber atendimento de duas a

quatro vezes durante a semana, não ultrapassando duas horas diárias, em horário

diferente daquele em que frequenta a classe comum. Um professor contratado para

atender 20 horas aulas semanais deverá ter no máximo 30 (trinta) alunos, atendidos por

intermédio de cronograma preestabelecido, podendo o aluno ser atendido

individualmente ou em grupo de até 10 alunos, organizados preferencialmente por

faixa etária e/ ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes.

O aluno com Necessidades Educacionais Especiais, tem direito a uma educação

de qualidade, para adquirir o conhecimento necessário para o seu desenvolvimento

pessoal, social e acadêmico.

No grupo de sujeitos com deficiência intelectual, existem inúmeras

características que lhe são peculiares, as quais se expressam em forma de talentos,

capacidades, necessidades e algumas dificuldades. As abordagens de ensino baseiam-

se no reconhecimento de que indivíduos aprendem e se desenvolvem de maneiras

diferentes e em ritmos diferentes. Portanto, o ambiente escolar precisa ser flexível e,

ao mesmo tempo, oferecer alicerces para que possam assim, atender as necessidades

individuais de cada um, adaptando suas estruturas, seu currículo, o material didático e

as práticas de ensino.

Partindo desse princípio, o nosso Colégio desenvolve um trabalho pedagógico

visando a integração destes alunos na sociedade, por meio do estímulo de suas

potencialidades, com um processo educativo não discriminador, voltado a integração

social desses educandos.

35

Portanto, lhe é assegurado a acessibilidade, permitindo a sua entrada em todos

os ambientes do colégio com sala reservada para esse atendimento. É feito o

mapeamento na sala de aula regular, posicionando os educandos em lugares

estratégicos, para que possam acompanhar as aulas sem prejuízos a sua aprendizagem.

A avaliação é feita de forma diferenciada, por meio de diversos instrumentos e

critérios avaliativos, para que possam favorecer o pleno desenvolvimento do

educando, estabelecendo estratégias para sanar as dificuldades acadêmicas que estão

em evidência.

Portanto, a avaliação do contexto escolar deve ser analisada de modo a

relacionar a ação pedagógica do professor e as condições da escola, ou seja,

permitindo ao aluno o acesso a recursos que viabilize as condições e possibilidades de

realizar satisfatoriamente sua avaliação, dentre eles podemos considerar os

instrumentos tecnológicos como: computadores, calculadora (manuais , soroban e

outros), prova ampliada, jogos pedagógicos e outros. É sabido que a avaliação deve

centrar-se mais no processo de ensino aprendizagem, sendo uma mediação entre aluno

e professor, levando sempre em considerando a forma como o aluno aprende, sem com

isso descuidar da qualidade do que ele aprende.

2.7 ATENDIMENTO NA SALA DE APOIO E APRENDIZAGEM

Este Programa está apoiado na a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

nº. 9394/96; no parecer CNE/CEB nº. 04/98 que trata das Diretrizes Curriculares

Nacionais para o Ensino Fundamental; a Deliberação nº 007/99 – CEE– PR, que

define normas gerais para a Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação de

Estudos e Promoção de alunos, do Sistema Estadual de Ensino; a Resolução

Secretarial N. 2772/2011, que regulamenta a ampliação das Salas de Apoio a

Aprendizagem; a necessidade de definir os critérios para a abertura de demanda para

suprimento de horas- aulas em Salas de Apoio a Aprendizagem para os anos finais do

Ensino Fundamental; a necessidade de definir as funções ou atribuições de cada

36

professor integrante do processo de implantação das Salas de Apoio a Aprendizagem; a

ação pedagógica para enfrentamento dos problemas relacionados a aprendizagem de

Língua Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental,

no que se refere aos conteúdos básicos dessas disciplinas; a implantação do Ensino

Fundamental de 9 anos e o estabelecido no Plano de Metas da SEED.

O programa prevê o atendimento aos alunos matriculados no 6º e 9º ano em

contra turno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de

trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura,

escrita, bem como o raciocínio lógico, as formas espaciais e quantidades nas suas

operações básicas e elementares.

Desde a sua criação a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vem

promovendo capacitação aos professores e pedagogos que atuam nesta área, buscando

esclarecer os objetivos e encaminhamentos metodológicos, bem como, levar ao

conhecimento dos professores formas diferenciadas de atividades para serem

trabalhadas na Sala de Apoio a Aprendizagem.

A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua

Portuguesa e Matemática – será de 04 horas - aulas semanais para os alunos, sendo

ofertadas prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subsequentes, tendo

sempre em vista o benefício do aluno.

Dessa forma, as turmas serão organizadas em grupos de no máximo 20 (vinte)

alunos, com atendimento em espaço físico adequado, Professor e Plano de Trabalho

Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola.

A função da Equipe Pedagógica é apresentar e discutir a legislação específica

do Programa com o coletivo da escola, para decidir com os Professores regentes das

turmas do 6º e do 9º ano, a indicação dos alunos que irão compor as turmas, de acordo

com diagnóstico realizado, orientar o professor na elaboração do Plano de Trabalho

Docente, acompanhando sua efetivação, garantindo a participação dos Professores no

Conselho de Classe, acompanhar os alunos buscando sua participação integral no

Programa, mantendo pais ou responsáveis informados quanto à frequência e

aproveitamento dos educandos. Cabe ainda a Equipe Pedagógica, organizar os

37

materiais didáticos, garantindo o funcionamento das salas, orientando os Professores

quanto ao preenchimento dos relatórios, que são semestrais, acompanhar a

movimentação dos alunos matriculados nas Salas de Apoio, providenciando a

substituição do discente quando houver a superação das dificuldades apresentadas

oportunizando o atendimento a novos alunos.

Aos Professores Regentes compete, diagnosticar as dificuldades de

oralidade, leitura, escrita, formas espaciais e quantidades, referentes aos conteúdos dos

anos iniciais do Ensino Fundamental, indicando os alunos que irão participar do

Programa. Deve ainda participar juntamente com a Equipe Pedagógica e o

Professor da Sala de Apoio na definição de ações pedagógicas que possibilitem a

superação das dificuldades apresentadas pelos alunos, acompanhando o processo de

aprendizagem do aluno durante e após a sua participação no Programa. É de sua

responsabilidade decidir com a Equipe Pedagógica e os Professores das Salas de

Apoio, a permanência ou a dispensa dos alunos e preencher as fichas de

encaminhamento dos alunos indicados para o Programa.

Aos Professores de Salas de Apoio à Aprendizagem, cabe a função de

elaborar o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica e

professores regentes. Este deve estar de acordo com o disposto no Projeto Político

Pedagógico para Língua Portuguesa e Matemática, adequados à superação das

dificuldades de oralidade, leitura, escrita, bem como as formas espaciais e quantidades

nas suas operações básicas e elementares. Compete ainda organizar e disponibilizar

para o coletivo de Professores regentes da turma e Equipe Pedagógica, pastas

individuais dos alunos, manter o Livro Registro de Classe atualizado, comunicar por

escrito, as faltas consecutivas dos alunos, participar do Conselho de Classe e da

formação continuada promovida pela SEED/NRE/Escola.

Os pais ou responsáveis são orientados sobre o funcionamento e a importância

desse programa de apoio pedagógico para a aprendizagem do educando. Cabe aos

mesmos o compromisso de encaminhar o aluno para a Sala de Apoio à aprendizagem,

acompanhando a sua frequência.

38

O referido Programa tem como meta contribuir na aquisição dos conhecimentos

necessários para que o educando supere as dificuldades de aprendizagem, diminuindo

assim os índices de repetência, e de evasão escolar.

Diante disso, e respeitando o que determina a legislação, o Colégio Estadual 14

de Dezembro – EFM atende os alunos regularmente matriculados no 6º e no 9º ano do

Ensino Fundamental, do período Matutino. Esse atendimento é feito no período

vespertino e contamos com duas turmas da disciplina de Matemática e duas turmas da

disciplina de Língua Portuguesa, sendo duas turmas do 6º ano e mais duas turmas do

9º ano, nas respectivas disciplinas.

Nossos professores têm o compromisso de realizar um trabalho diferenciado

para os educandos que se encontram matriculados na Sala de Apoio à Aprendizagem,

desenvolvendo um trabalho de forma Lúdica, com atividades diversificadas, atendendo

as especificidades de cada um, propiciando a interação e a socialização desses alunos,

com um aprendizado significativo, visando a recuperação e a promoção dos mesmos.

2.8 HORA-ATIVIDADE DOS PROFESSORES

A Hora Atividade é o momento de troca de experiências reservado ao Professor

em exercício de docência, mediada pelo pedagogo como um espaço efetivo de

reflexão sobre o Plano de Trabalho Docente com vistas a rever

encaminhamentos metodológicos, processos de avaliação e recuperação de conteúdos,

viabilizando proposições diferenciadas de trabalho no decorrer do processo de ensino

aprendizagem.

Durante a Hora Atividade, os docentes também fazem as correções das

atividades dos discentes, elaboram e implementam programas e ações juntamente com

a direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED, bem como é feito o atendimento de

alunos, pais e (outros assuntos de interesse da comunidade escolar), criam e

desenvolvem estratégias de ações ao enfrentamento de problemas relacionados ao

ensino/aprendizagem dos educandos.

39

Esse espaço dentro da escola foi criado com o intuito de favorecer o trabalho

coletivo dos professores, conforme preconiza a Instrução nº 02/04 – SUED/SEED.

Em 2008 a chefia no NRE de Campo Mourão, juntamente com a Equipe

pedagógica do NRE, levou para discussão com os Documentadores Escolares,

Diretores e Professor Pedagogo de cada escola a importância da hora atividade

concentrada. Desde então ela acontece desta forma.

Portanto, a organização da Hora Atividade em nossa escola é feita dentro do que

determina a instrução acima citado, ela é concentrada por disciplina e destinada a

todos os professores, independente do vínculo (QPM, Extraordinária, PSS), sendo de

responsabilidade do Diretor do estabelecimento de ensino distribuição e verificação do

seu cumprimento.

No caso dos professores com vinculo, PSS e com aulas Extraordinárias que

atuam em outras escolas, a H/A também é concentrada por disciplinas e organizada de

acordo com a compatibilidade de horários do docente.

2.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

O Calendário Escolar da rede Estadual de Ensino do Paraná, tem instrução

própria que rege sua organização. Cabe à escola respeitar esta instrução, sendo este um

documento legal que tem por princípio do cumprimento dos 200 dias letivos e 800

horas de efetivo trabalho escolar.

Dentre as atividades desenvolvidas durante o ano letivo de 2011 podemos citar

14 turmas no Ensino Fundamental anos finais, 07 turmas no Ensino Médio e Educação

de Jovens e Adultos que diferencia-se no atendimento aos educandos com a

organização de turmas no Coletivo e no Individual. Para 2012 teremos 15 turmas no

Ensino Fundamental anos finais e continuaremos com o mesmo número de turmas no

Ensino Médio.

Em 2011 o Colégio pôde atender 04 turmas no Curso de Língua Estrangeira

Moderna Espanhol, e em 2012 contamos 02 turmas de lº ano e 02 turmas de 2º ano

40

noturno. Prestamos um atendimento diferenciado na Sala de Recursos que além de

oferecer atendimento aos educandos matriculados neste Colégio, atende também

alunos das escolas Estaduais do município.

Estamos inseridos no programa do Governo do Estado onde disponibiliza Salas

de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática do 6º ao 9º ano tanto no

período matutino como no vespertino, em 2011 proporcionamos o atendimento na

SAA aos alunos de 5ª e 8ª série, em 2012 este atendimento será mantido e estendido

para as demais turmas mediante solicitação ao NRE de Campo Mourão.

Estamos inseridos nos Programas do Governo Federal - PDE Escola e Escola

Acessível, tais programas tem o objetivo de melhorar a qualidade do ensino, por meio

de ações diferenciadas que são financiadas pelo MEC.

Dentre as ações desenvolvidas em 2011, estão as Atividades Curriculares

Complementares em Contraturno Rádio na escola e Xadrez. Para 2012

pretendemos ampliar estas atividades pois julgamos ser de suma importância para o

desempenho do educando.

Segue abaixo o calendário de 2011 e suas especificidades.

41

42

2.10 POSSIBILIDADES E NECESSIDADES DE AVANÇOS NA

PRÁTICA PEDAGÓGICA

O Colégio Estadual 14 de Dezembro entende como finalidade primeira dessa

instituição o exercício pedagógico, a democratização do saber, o acesso ao

conhecimento sistematizado historicamente e a ampliação das oportunidades

educacionais. Desta maneira professores e funcionários fazem uma leitura diferenciada

da escola, da realidade em que está inserida e da pertinência de cada prática

pedagógica a ser utilizada, imprimindo-lhe um caráter verdadeiramente público e

popular restituindo-lhe a função social que é o seu compromisso.

No decorrer dos últimos anos houve um avanço pelas ações que o Estado

promoveu na escola com a melhoria do espaço físico e infraestrutura, além da

aplicação de programas voltados á comunidade escolar. Com isso ocorreu uma

valorização da comunidade para com a escola, desta forma professores e comunidade

foram em busca das soluções para os problemas encontrados.

A visão da comunidade a respeito da escola já não é mais como outrora,

havendo interesse em resgatar a valorização da mesma, isto pode ser observado pelo

índice do IDEB, onde se verifica que a efetivação do processo de ensino aprendizagem

vem refletindo melhorias consideráveis.

A participação da comunidade no processo educativo se fortalece quando a

escola propicia momentos de interação, divulgando atividades no âmbito escolar.

Porém o envolvimento desta com a escola pode ser melhorada através de campanhas

educativas por meio da utilização de mídias, palestras sobre temas relevantes que

abordem as necessidades emergentes apontadas pelos envolvidos nesta tarefa.

Algumas práticas tem feito com que os pais participem mais da vida escolar dos

seus filhos, resultando em uma aproximação considerável entre família e escola.

Devido ao fato do nosso Colégio estar passando pelo Programa PDE-Escola,

foram intensificados os acompanhamentos dos índices internos e externos da avaliação

de desempenho escolar para subsidiar ações de melhoria na qualidade do ensino.

43

Dentre as ações podemos destacar um grande avanço no sistema de avaliações que

passaram a ser digitadas e contextualizadas.

Outro fator, muito importante dentro desse processo é a conscientização por

parte dos educadores, de que eles são agentes transformadores e que sua postura e

disposição reflete diretamente nas atitudes dos educandos. Pequenas ações e gestos

simples do cotidiano trazem grandes resultados. Seu comportamento forma valores

que refletirão no cidadão que a escola vai formar, que deverá ser um sujeito crítico,

participativo, consciente de suas ações e um agente transformador da sociedade em

que vive.

A atuação do educador deve estar pautada numa diversificação metodológica a

fim de atender à diversidade, promovendo uma educação inclusiva, acolhedora e de

qualidade, contanto com o envolvimento de todas as disciplinas para a busca de

objetivos comuns.

Sendo assim o Estabelecimento de Ensino propõe, além destes citados acima,

mais alguns critérios e a definição de princípios básicos para a ação educativa, são

eles:

Ação pedagógica formadora de cidadãos, conscientes, críticos,

participativos e capazes de atuar na transformação do meio em que

vivem.

Resgate da historicidade devolvendo aos educandos o poder da palavra

espontânea e consciente;

O espaço da sala de aula transcende os limites da escola atingindo a

comunidade;

Considerar os elementos culturais e valorativos imbricados nas práticas

sociais;

Valorizar o conhecimento tácito articulando ao conhecimento escolar a

fim de promover o desenvolvimento da cultura, desta forma os

educandos vislumbrarão melhores condições de vida por intermédio da

44

participação, exercitando sua cidadania, numa sociedade enquanto

cidadãos autônomos, intelectual e moral.

Neste contexto, o Projeto Político Pedagógico possibilita a construção de um

processo democrático, a medida que valoriza a participação de seus segmentos

constitutivos, entendendo que o seu funcionamento exige uma relação ao mesmo

tempo objetiva, pela via de definição de ações, como uma relação subjetiva, pela qual

movidos pelas suas próprias percepções, conferem pelo processo de tomada de

decisões as suas impressões, a reflexão dos problemas da escola, a busca de

alternativas viáveis, de ações transformadoras e contextualizadas, tornando pública a

produção docente e discente para construirmos uma escola que promova o

envolvimento e participação de toda a comunidade escolar.

Busca-se uma prática sistematizada em um processo dialético por meio da

práxis (teoria e ação) onde o conhecimento crítico é a base para uma prática

transformadora no plano histórico e social, ou seja, estar sempre avaliando trabalho

pedagógico educativo, pensando e repensando a escola como um todo, avaliando suas

formas, seus métodos, seu conteúdo, seus sujeitos, enfim sua intencionalidade.

2.11 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR

O Estabelecimento de ensino foi inserido em 2009, nos programas PDE- Escola

e Superação, com o propósito de melhorar a aprendizagem dos alunos e, por

consequência, elevar os Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). De

acordo com os documentos que norteiam este programa, houve a necessidade de

realizar uma análise dos dados estatísticos, a fim de identificar os possíveis problemas

da escola, possibilitando a realização de ações visando o aprimoramento da prática

pedagógica, bem como a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.

Tendo por base estes programas, observou-se um avanço considerável em todas

as questões. Maior comprometimento dos professores e profissionais da educação,

com também maior participação dos pais e envolvimento dos alunos.

45

Vale ressaltar que, comparado a 2008 o Colégio obteve resultados bastante

satisfatórios. Um destes resultados é a elevação da nota do IDEB, que saltou de 2,8 em

2007 para 3,9 em 2009. Este resultado é fruto do trabalho coletivo desenvolvido por

toda a comunidade escolar e necessita ser ampliado e melhorado anualmente.

Observou-se também um avanço significativo nas taxas de aprovação e

consequentemente a diminuição das taxas de abandono, reprovação e transferência

escolar. Segue abaixo uma tabela comparativa referente aos anos de 2008, 2009 e

2010. Neste quadro foram inseridos dados como taxas de transferência, abandono

escolar, aprovação e reprovação dos alunos organizados por modalidade de ensino.

2.12 CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - LÍNGUA

ESPANHOLA

O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), nesse caso, a Língua

Espanhola, tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, logo pode ser

propiciadora da construção das identidades dos sujeitos (educandos) ao

oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua

estrangeira na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações

entre a comunidade local e a de fronteira latino-americana.

O ensino do Espanhol como opção de uma língua estrangeira, se faz necessário

em nosso município, uma vez que nosso estado possui uma forte ligação com o

MERCOSUL contribuindo para o fortalecimento das relações políticas e

comerciais. Cabe salientar que em nosso município não existe uma escola que

ofereça o curso de Espanhol, e mesmo se existisse, este não seria gratuito. Por esse

motivo julgamos ser de fundamental importância a oferta do ensino da Língua

Espanhola em nossa escola, abrangendo não só os educandos regularmente

matriculados, mas também toda a comunidade, visto que nossos estudantes não

possuem condições financeiras suficiente para custear cursos nessa área.

46

Dessa forma, a oferta do ensino da Língua Espanhola no CELEM deste

estabelecimento de ensino atende às expectativas e demandas sociais contemporâneas,

propiciando a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas

gerações.

O Curso Básico de Língua Espanhola tem duração de 02 (dois) a nos,

com carga horária anual de 160 horas/aula, perfazendo um total de 320 horas/aula, e o

Curso de Aprimoramento terá duração de 01 ano, com carga horária de 160 horas/aula,

destinado apenas para àqueles que tenham Concluído o Curso Básico.

No decorrer deste ano contamos com três turmas de CELEM, uma no

período vespertino, outra no intermediário da tarde e outra no período noturno, ambas

do 1º ano do curso básico. Para o ano de 2012 estão previstas a abertura de quatro

turmas para o Curso Básico sendo, duas de 1º ano e duas de 2º ano, distribuídas entre

os períodos vespertino e noturno.

Os critérios de participação no curso CELEM atendem a Instrução

nº019/2008 - SUED/SEED onde são destinadas 10% do total das vagas para

professores e funcionários do estabelecimento, 30% para a comunidade em geral e

60% distribuídas entre os alunos do Ensino Médio regular.

47

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(Base

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Fin

al)

2.13 DADOS REFERENTES AO ENSINO FUNDAMENTAL (8 anos) E

ENSINO MÉDIO

Ensino Fundamental de 8

anos e Ensino Médio 2009 2010 2011

5ª Série 90% 96,9% 97%

6ª Série 85,3% 96,5% 87%

7ª Série 95,2% 95,6% 91%

8ª Série 88,2% 96,8% 96%

1º Ano 89,1% 93,4% 93%

2º Ano 91,1% 97,1% 91%

3º Ano 95,8% 97% 95%

5ª Série 10% 3,1% 3%

6ª Série 14,7% 3,5% 13%

7ª Série 4,8% 4,4% 9%

8ª Série 11,8% 3,1% 4%

1º Ano 10,9% 6,6% 7%

2º Ano 8,9% 2,9% 9%

3º Ano 4,2% 3,0% 5%

5ª Série 4,2% 5,4% 1,2%

6ª Série 2,5% 4,1% 2,6%

7ª Série 2,1% 4,4% 2,2%

8ª Série 7,2% 4,6% 3,2%

1º Ano 12,8% 8,8% 13%

2º Ano 5,4% 3,9% 8,5%

3º Ano 4,5% 2,0% 7,5%

48

2.14 ÍNDICES DA RELAÇÃO IDADE SÉRIE

Série

Matrícula Ativa em 2011

(com frequência) (A)

Até 12

anos

Até 13

anos

Até 14

anos

Até 15

anos

Até 16

anos

Até 16

anos

Até 17

anos EM

Total de alunos com idade

superior à série respectiva (B)

Taxa de Distorção

(B/A) x 100

5ª A 25 23 1 1 0 0 0 2 8%

5ª B 28 24 2 1 1 0 0 4 14%

5ª C 26 19 2 5 0 1 0 8 31%

6ª A 26 15 6 3 1 1 0 5 19%

6ª B 25 4 10 5 3 2 1 11 44%

6ª C 22 7 5 4 3 2 1 10 45%

6ª D 22 5 11 4 1 0 1 6 27%

7ª A 31 0 8 12 8 2 1 11 35%

7ª B 28 0 11 11 4 1 1 6 21%

7ª C 24 0 3 12 2 4 3 9 38%

7ª D 29 0 12 6 5 4 2 11 38%

8ª A 23 0 0 8 11 3 1 4 17%

8ª B 20 0 0 8 6 2 4 6 30%

8ª C 36 0 0 11 19 2 4 6 17%

49

1º A 24 0 0 0 0 11 8 5 5 21%

1º B 26 0 0 0 8 10 5 2 2 8%

1º C 33 0 0 0 7 11 5 10 10 30%

2º A 18 0 0 0 0 5 8 3 2 6%

2º B 20 0 0 0 0 6 8 4 2 11%

3º A 11 0 0 0 0 0 6 4 1 5%

3º B 13 0 0 0 0 0 8 3 2 18%

TOTAL

510

97

71

91

79

67

67

31

123

24%

50

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MARCO CONCEITUAL

51

3 MARCO CONCEITUAL

3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO, CIDADANIA, DE TEMPO E DE ESPAÇO

Sabemos que a educação é processo e uma prática social constituída e constituinte

das relações sociais mais amplas. “O homem é um ser de natureza social, que tudo que há

de humano nele provém de sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela

humanidade” (Silva & Eidt, p.3).

Para a psicologia histórico-cultural a educação é um processo social de

transformação do comportamento humano por meio da superação do comportamento

primitivo, conduzido pela base biológica (instintos reflexos), para o pleno domínio das

funções psicológicas superiores (linguagem, o pensamento, consciência, autocontrole,

apropriação da cultura, síntese e generalização). A educação e as práticas pedagógicas

deveriam estar comprometidas com o desenvolvimento destas funções psicológicas

superiores.

Desta forma o homem constrói sua especificidade e se constrói enquanto ser

histórico à medida que transcende o mundo natural pelo trabalho. Ao transcender a mera

natureza o homem ultrapassa o nível da necessidade e transita no âmbito da liberdade. A

liberdade é algo construído pelo homem à medida que constrói sua própria humanidade e

consequentemente sua cidadania. Incapaz de produzir diretamente sua existência natural,

o homem só pode fazê-lo no relacionamento e na troca de esforço com seus semelhantes.

Enquanto prática social a educação tem como lócus privilegiado a escola,

entendida como espaço de garantia de direitos. Portanto é necessário atentar para as

demandas da sociedade como parâmetro para o desenvolvimento das atividades com

vistas à superação das desigualdades.

Na Psicologia Histórico-cultural, ensinar implica “transferir” aos estudantes os

saberes sistematizados dando continuidade ao progresso histórico. Cabe ao professor o

domínio desse saber e dos meios de torná-lo acessível ao estudante. Para que a

apropriação ocorra, a comunicação verbal e prática devem ser intencionalmente

52

dirigidas de modo que sejam apropriadas pela criança como instrumentos simbólicos que

permitem a ação mental objetivadas nos conhecimentos historicamente produzidos.

Neste contexto a educação deve preparar progressivamente o educando para a

compreensão dos problemas humanos, bem como garantir-lhes o acesso sistemático aos

conhecimentos e também à compreensão das leis que regem as relações sociais de modo

que, desenvolvidas a reflexão e a criação, o educando possa chegar a uma autonomia

pessoal que lhe assegure uma participação consciente no meio social e no mundo do

trabalho, exercendo plenamente sua cidadania, desta forma saberá entre outras agir com

respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não violência, usando o diálogo nas

mais diferentes situações comprometendo-se com o que acontece na vida da comunidade

e do país.

Essa concepção de educação amplia os espaços, sinalizando para a

importância de que tal processo de formação se dê de forma contínua ao longo da vida.

Objetivando concretizá-la como direito inalienável do cidadão em consonância com o

artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a prática social da educação

deve ocorrer em espaços e tempos pedagógicos diferentes, para atender as diferentes

demandas.

A escola exerce um papel importantíssimo trabalhando com as diversas

formas de necessidades educativas especiais e as exclusões geradas pelas diferenças

sociais, econômica, psíquica, física, cultural e ideológica. Está sempre em busca de

estratégias que se traduzam em melhores condições de vida para a população, na

igualdade de oportunidades para todos os seres humanos e na construção de valores éticos

socialmente desejáveis por parte dos membros da comunidade escolar, pois acreditamos

ser este um bom trabalho visando a democracia e cidadania.

Percebemos alguns desafios a enfrentar para que a educação pública gratuita,

democrática, seja amplamente atendida em todos os seus seguimentos. Para isso faz- se

necessário repensar as políticas públicas para a garantia da permanência bem sucedida

para o educando, sendo ele criança, adolescente, jovem ou adulto, primando pela

democratização do saber em todas as etapas da educação básica.

53

3.2 CONCEPÇÃO DE MUNDO

A crise do novo milênio propicia a reflexão sobre as condições de vida e do mundo

moderno, no qual a escola passa a ter um novo papel.

A complexidade das relações sociais, de trabalho e a heterogeneidade dos

indivíduos demonstram a formação do coletivo como capacidade de emancipação e

democracia, e nos remete à homogeneidade dos seus componentes em busca dos mesmos

sonhos e ideais.

A educação como um processo de transformação humana, possibilitará que a

grande maioria da população mundial excluída para ter acesso ao mundo do

trabalho e à sociedade do conhecimento.

É necessário compreender o peso decisivo que adquirem hoje, o processo de

informação, o conhecimento, a qualificação, e o próprio processo educacional coordenado

à economia como forma de inserção social. Nesta perspectiva a terceira revolução

industrial, também denominada tecnológica ou científica-técnica vive um cenário bastante

difuso, pois nem toda a população mundial está vivendo esse processo ao mesmo tempo.

Algumas regiões do planeta ainda estão mergulhadas na primeira revolução industrial,

onde a base da produção é sustentada na produção fabril do século dezoito.

Além disso, o processo de escolarização como meta universal da educação básica

não atingiu a grande parcela da população. E a nossa constante busca para obter um título

ou um diploma, é a maneira pela qual uma sociedade seleciona, classifica, distribui,

transmite e avalia saberes educacionais.

Vivemos em um país com um sistema capitalista marcadamente excludente, com

elevada dívida social, em que os planos econômicos e mesmo os planos nacionais de

educação não exercem papel determinante no processo educacional brasileiro, onde o

planejamento é estabelecido a partir de regras e de relações capitalistas determinando

formas, os fins, as capacidades e os domínios do modelo do capital monopolista do

Estado.

54

A crise provocada pela nova organização do mundo do trabalho, a exploração

demográfica em algumas regiões do planeta, aumentando o índice de pobreza, a violência

provocada pela intolerância de toda ordem, e a desigualdade econômica, todo esse

contexto tem exigido do processo educacional outra forma de condução.

Neste sentido propõe uma forma de gestão educacional que mesmo convivendo

numa sociedade globalizada, possa ao mesmo tempo ser fraterna e solidária, atendendo a

grande maioria, ainda excluída das benesses da modernidade, possibilitando-lhes exercer

com dignidade a sua inserção social, e o enfrentamento dos desafios que o momento atual

questiona se é possível humanizar a formação do homem dentro de um modelo de mundo

globalizado.

3.3 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E CONCEPÇÃO DE TRABALHO

“Na prática tem que se dar um passo de cada vez, a teoria tem que dar um passo de

cada vez” ( Bertold B recht)

Toda sociedade vive porque consome, e para consumir depende da produção. Toda

sociedade vive porque cada geração nela cuida da formação da geração seguinte e lhe

transmite algo de sua experiência, educa-o.

Diante das exigências do mercado se tem a necessidade de uma flexibilidade em

relação aos avanços das tecnologias existentes nos diversos setores da sociedade.

Nesta perspectiva como ensinar ou produzir novas formas de conhecimento de

modo que se possa contribuir na construção cultural, mais precisamente em relação a

escolaridade ou seja como a educação sistematizada tem influência na oferta de trabalho

para o homem.

No entender de Marx, Gramsci, Frigotto, que em se referindo ao homem no

mercado de trabalho surge em meios a conflitos de uma sociedade capitalista e

desigualdade sociais, onde entende-se que o trabalho faz parte do homem e da natureza

55

deste, atitude esta que “por si só regula e regula o seu metabolismo com a natureza”

(Marx, 1983, p.149).

Com o surgimento da exploração e dominação entre as classes existentes, inicia-se

a disputa por apropriação, dividindo-as de forma a explorar os menos favorecidos, e tanto

na sociedade antiga ou medieval esta forma de exploração esteve em evidência

demarcado por uma separação entre escravos e patrões. O poder era construído como

dádiva divina e os menos favorecidos como animais que podiam falar.

Surge o sistema capitalista, dominante até os tempos atuais, centrados na

propriedade privada, com paradoxo contraditório de igualdade, liberdade, valores e

desenvolvimento positivista.

Com a desigualdade social, pressupõe-se que transformar o escravo em servos

livres este possa ter um melhor desempenho em suas atividades, neste processo ideológico

o homem passa a ser detentor da força física e mental. Ao romper com a servidão, o

homem precisa buscar meios para a sua sobrevivência, e o trabalho passa a ser

remunerado passando a se preocupar com o seu salário, ou seja ao tornar-se do seu

proprietário e sua mão de obra passa a ser negociada, passando a existir as relações de

força, dominação e poder entre as nações.

A educação e a formação humana fazem parte de uma cultura que nasce de uma

ideologia em que a instituição pública, gratuita, universal, laica e tem como função o

desenvolvimento de novas culturas, socializando de forma sistemática o conhecimento

científico e organizada na escola para aqueles que necessariamente não vendem a força do

seu trabalho seja na infância ou adolescência, evidenciando as relações sociais para se ter

uma escola igualitária para todos.

É na escola que mesmo em doses pequenas, o trabalhador tem acesso ao aprender,

pois muito cedo ensinam seus filhos a necessidade de buscar para si o sustento que muitas

vezes seu legado tenha melhores oportunidades de trabalho, diminuindo assim as

desigualdades entre as pessoas na sociedade a qual está inserido.

56

3.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM E DE CULTURA

A cultura nada mais é do que o processo de criação e transmissão contínuo dos

diversos saberes da humanidade. Tal processo é inseparável da condição social do

homem, visto que ele se transforma ao longo do tempo, é histórico, e por ser comum a

todos, é considerado universal. Sua ação procura reafirmar a condição do homem como

um ser que se distingue de todos os outros no conjunto da natureza. Disso decorre que a

educação é expressão do social, da cultura que caracteriza universalmente todos os seres

humanos, uma expressão que, por ser histórico transforma-se.

Não se pode compreender o homem dissociado da sociedade, da cultura e da

educação, construídas historicamente por ele próprio, portanto resgata uma perspectiva

relativizadora de sua presença no mundo.

O Homem em diferentes meios, tem necessidades diferenciadas, busca soluções

diversas para atendê-las, que resultam em experiências e conhecimentos singulares.

Para Vigotski o homem, por meio de sua atividade, torna-se dialeticamente produto

e produtor da sociedade e de si próprio, orientando-se do social para o individual. Assim a

formação do pensamento psíquico é mediado pelo conjunto das produções históricas,

coletivas e culturais, que se definem objetivamente na existência humana e nas suas

possibilidades de transformação e não de adaptação e acomodação ao meio como

preconiza outras concepção.

Cultura é tudo que é produzido pelo ser humano, seu desenvolvimento intelectual,

seus costumes e valores de uma sociedade. O homem não apenas sente, mas faz e age com

relação à cultura, no sentido filosófico. O existir humano é essencialmente cultural.

O comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um

processo chamado socialização. Pessoas têm comportamentos diferentes por terem

recebido uma educação diferenciada. Assim podemos concluir que é a cultura que

determina a diferença de comportamento entre os homens, ele é resultado do meio em que

foi socializado.

A cultura é um processo acumulativo, o homem recebe conhecimentos e

experiências ao longo das gerações que antecederam. A cultura é uma lente: pessoas de

culturas diferentes usam lentes diferentes e, portanto, têm visões distintas das coisas.

57

Os estudos culturais reconhecem que povos e contextos culturais são unidos por

tradições sociais, e estão profundamente entrelaçados em todo o sistema cognitivo, que a

visão do mundo em cada indivíduo é construída pela experiência cultural e a ela está

sujeita.

Vigotski acredita na importância da análise histórica para o entendimento dos fatos

e fenômenos, enfatiza a importância do papel ativo do homem em relação à natureza,

dominando-a através do trabalho, diferenciando-se dos animais. Por meio do trabalho, os

homens criam instrumentos materiais e psicológicos e que modificam sua constituição

biológica e psíquica. Para ele o acesso de todos aos bens culturais (instrumentos e signos)

impulsionaria o desenvolvimento de todos os indivíduos em sociedade, gerando a

consciência humana e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores,

proporcionando um salto qualitativo da espécie humana, do biológico ao cultural, por

meio da apropriação das produções humanas e das possibilidades de transformação destas

relações.

Neste sentido, os homens precisam reproduzir, por meio da sua atividade, a função

social dos objetos, dos usos e costumes e da linguagem criados ao longo da história

humana, para que deles possam se apropriar. O desenvolvimento humano não decorre da

interação do indivíduo com o meio mais próximo, mas é uma transformação cultural

oriunda do “processo de apropriação da experiência de toda a humanidade, acumulada no

processo da história social e transmissível no nosso processo de aprendizagem” (Luria in

Silva e Eidt, p.8)

Portanto, é por meio das relações sociais e educacionais estabelecidas com o

mundo exterior que se originam as formas superiores de comportamento e

consequentemente a promoção do desenvolvimento qualitativo destas potencialidades.

A educação escolar deve constituir um espaço privilegiado para o desenvolvimento

do aluno, através da superação de necessidades elementares e biológicas e a constituição

de novos interesses e necessidades produzidas pela cultura. As mediações produzidas e

sistematizadas devem buscar conteúdos significativos que garantam a qualidade do

ensino possibilitando ao indivíduo, graus de generalização mais complexos e formas

psicológicas sofisticadas de interagir com o mundo e de intervir na realidade por meio de

análises, sínteses e generalizações.

58

Consciente da importância da cultura na formação integral do homem, o

Colégio Estadual 14 de Dezembro tem proporcionado importante espaço cultural,

onde os alunos, professores e comunidade escolar, pode e tem expressado sua cultura

de forma enriquecedora para toda comunidade local, enaltecendo e internalizando os

conhecimentos e experiências das gerações que nos antecederam.

3.5 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

A inclusão das crianças de dez a quatorze anos no Ensino Fundamental nos faz

refletir acerca da organização do trabalho pedagógico e da concepção que irá conduzir o

processo ensino – aprendizagem.

O conceito de infância foi construído historicamente, ou seja , entendemos a

infância como uma condição da criança, uma fase distinta da vida adulta

(Kuhlmann,1998), sendo que essa condição é o resultado de determinações sociais mais

amplas (políticas, econômicas, históricas, culturais) . No contexto da práxis pedagógica é

preciso considerar que a criança emite opiniões e desejos de acordo com as experiências

forjadas nos diferentes grupos sociais e de classe a que pertence, ou seja, “as

crianças concretas expressam a inevitabilidade da história nos mais diferentes momentos”.

(Kuhlmann,1998,p.32)

Uma vez que o conceito de infância varia conforme a posição de sua família na

estrutura socioeconômica, cabe à escola, reconhecer estes sujeitos como capazes de

aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade e sistematizados

como conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância.

As singularidades que marcam a infância explicitam as formas que estas se

desenvolvem, na interação social, para aprender e relacionar-se com o mundo: a grande

capacidade de aprender; a dependência em relação ao adulto; o desenvolvimento da

autonomia e autocuidados; o intenso desenvolvimento físico- motor; a ação simbólica

sobre o mundo e o desenvolvimento de múltiplas linguagens; o brincar como forma

privilegiada de apropriar-se da cultura; a construção da identidade, por meio de laços

59

sociais e afetivos (Faria&Sallles,2007). A aprendizagem nesta fase não está condicionada

à maturação biológica, mas na interação social.

Os estudos de Vygostsky já evidenciaram que o desenvolvimento humano

privilegia a interação social na formação da inteligência e das características

essencialmente humanas. Estudos do mesmo autor indicam que é importante analisar

criticamente o contexto social, a fim de compreender com que criança se está trabalhando,

quais suas necessidades e como possibilitar que todas se apropriem dos conteúdos

organizados no currículo escolar.

A compreensão da infância como historicamente situada, implica que a escola em

seu conjunto, efetive um trabalho articulado, e com unidade de propósitos educativos.

Esses, devem ser discutidos, compreendidos e sistematizados pelo conjunto dos

profissionais do Colégio. Desta forma enfatizamos como Propósitos Educativos as

seguintes ações:

-Dar atenção ao ingresso da criança egressa dos anos iniciais do Ensino

Fundamental durante todo ano letivo, contemplando: regras comuns, possibilidades de

participação, atenção e receptividade, a fim de garantir sua boa socialização na nova

escola;

- Fazer a competente transição dos alunos dos Anos Iniciais para os Anos finais do

ensino Fundamental com momentos de formação para todos os profissionais que

compõem o espaço escolar, durante os quais serão delineadas estratégias para lidar com o

período de ingresso dos novos alunos;

- Aproximar, através da complementariedade e da continuidade dos processos de

aprendizagem, o Ensino dos Anos Iniciais e finais do Ensino Fundamental, assegurando o

aprofundamento da complexidade dos conhecimentos sistematizados. Os conteúdos do

Ensino Fundamental estão articulados aos conteúdos de outros níveis de ensino e se

ampliam gradualmente, conforme as possibilidades de compreensão dos alunos.

-Utilizar a Formação Continuada para aprofundar aspectos teóricos e práticos do

trabalho com os alunos do Ensino Fundamental – Anos Finais.

-Entender a brincadeira infantil com “...uma atividade dotada de uma significação

social precisa que, como outras, necessitam de aprendizagem.” (Brougère, 2002,p.20).

60

Isto significa usar a brincadeira como uma ferramenta de pedagogia, de aprendizado. Não

esquecer do Lúdico no Ensino Fundamental.

- Efetivação, por parte dos professores, de uma práxis pedagógica de superação do

conhecimento espontâneo. É preciso que o papel do professor seja exercido da seguinte

maneira: domínio dos conteúdos, escolha intencional das metodologias mais adequadas

aos seus alunos, o conhecimento das características de desenvolvimento infantil, a

adequada utilização do tempo no planejamento das atividades e o incentivo à expressão

dos alunos em sala de aula e em outras instâncias de participação da escola.

Nesse sentido, as práticas pedagógicas que levem em conta o caráter social da

criança, devem ser tomadas na sua concretude histórica, impondo de modo radical, a

noção de mediação do processo educativo, não como mero veículo de informação ou de

veículo sujeito-objeto, mas como instituição de uma verdadeira relação social.

3.6 CONCEPÇÃO DE GESTÃO

Para a concretização da real função da escola pública, faz-se necessário envolver

toda a comunidade escolar em um processo de discussão, reflexão coletiva e

conscientização da necessidade de uma concepção de educação transformadora e

humanizadora. O coletivo da escola deve assumir o papel de ser o agente da

mudança social por meio da construção de um projeto político pedagógico que seja capaz

de superar a fragmentação do saber, e construir um currículo vinculado às teorias críticas,

dinâmico, emancipatório e integrado.

O coletivo da escola desempenha um papel de fundamental importância frente aos

desafios de uma concepção histórica crítica e da gestão democrática. Esta por sua vez,

deve contribuir para eliminar a seletividade social.

“A democratização da escola pública, portanto, deve ser entendida aqui como

ampliação das oportunidades educacionais, difusão dos conhecimentos e sua reelaboração

crítica, aprimoramento da prática educativa escolar visando a elevação cultural e científica

das camadas populares, contribuindo, ao mesmo tempo, para responder às suas

61

necessidades e aspirações mais imediatas (melhoria de vida) e à sua inserção num projeto

coletivo de mudança da sociedade.” (LIBÂNEO; 1985; p.12).

Sendo assim, a escola pública deve proporcionar, por meio da abordagem histórico

cultural, o acesso ao conhecimento científico, necessária à formação humana para

que o sujeito atue de forma consciente na sociedade, sendo capaz de transformar a sua

prática social.

A formação do Gestor Escolar, para atuar na escola do século XXI, deve condizer

com a realidade do seu alunado, bem como contextualizar um direcionamento, voltado

para uma visão sistêmica e holística, para que todos os trabalhos sejam realmente

vinculados ao cotidiano escolar. Neste sentido, sua formação também é desafiada

constantemente, tendo em vista as transformações atuais importantes que atingem a

sociedade. Sendo assim, ressalta- se o papel do gestor escolar que possui a

responsabilidade de direcionar e conduzir o processo de desenvolvimento das atividades

escolares junto aos docentes, bem como de articular o gerenciamento das ações

educativas na comunidade em geral.

O gestor é sem dúvida o administrador do processo, e sendo assim a escola não

pode estar alienada ou até mesmo alheia a todas as transformações ocorridas na

sociedade do conhecimento.

Substitui o controle centralizado por formas de administrar mais flexíveis,

requerendo para tanto, maior autonomia de seus membros, especialmente dos professores.

É necessário que o gestor compreenda os trabalhos administrativos a partir do

fazer pedagógico, das experiências e demandas educativas para que direcione as

atividades de modo a facilitar a inserção das transformações necessária na práxis

educacional e no desenvolvimento das ações escolares.

62

3.7 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

O Currículo Escolar deve ser o reflexo da produção humana, constituída no

coletivo da escola, de forma intencional, com clareza da função da escola na transmissão,

apropriação e socialização do conhecimento.

O Currículo é a expressão das concepções de homem, de mundo, de ensino e

aprendizagem, de método e de educação, revelando no Projeto Político

Pedagógico todas as ações, aspirações e intenções sobre o ato educativo.

Desta forma, pensar em currículo nos dias atuais significa analisar quem são os

sujeitos da escola pública, de onde eles vêm e que referenciais sociais e culturais eles

trazem para a escola.

Partindo deste princípio, o currículo da escola deve estar pautado na busca de uma

educação de qualidade, fazendo-se necessário compreender o conhecimento em sua

totalidade.

Assim, o currículo da escola é a seleção intencional de diversos saberes (cultura)

que por sua vez, refere-se à toda produção humana que se constrói a partir das

interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo, numa

relação dialética, pressupondo a transformação da realidade concreta.

Sendo assim, é preciso selecionar os conhecimentos relevantes que incentivem

mudanças individuais e sociais, oferecendo ao estudante a formação necessária para o

enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu

tempo.

O currículo deve expressar o projeto de educação e de sociedade que se almeja,

assim como a intencionalidade do trabalho educativo e a concepção de conhecimento,

considerando suas dimensões científica, filosófica e artística, fundamentado nas teorias

críticas e com organização disciplinar.

Desta forma o educando deve ter acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. Nesta

perspectiva, é preciso que o professor busque compreender os fundamentos conceituais do

Projeto Político Pedagógico da escola, assim como da Proposta Pedagógica Curricular da

disciplina em que atua, para então organizar sua ação, fazendo com que o currículo ganhe

63

vida na sala de aula, atribuindo significados ao ato de educar e potencializando a

compreensão de mundo do educando.

Entretanto, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente

possuem uma função extremamente importante diante desse processo pois,

organiza o ensino e aprendizagem em sala de aula, explicita os Conteúdos Estruturantes,

Básicos e Específicos a serem trabalhados em cada bimestre, apresenta as especificações

metodológicas que fundamentam a relação ensino/aprendizagem, estabelece critérios e

estratégias para avaliar o processo desenvolvido e, acima de tudo, possibilita, através do

conhecimento, a compreensão do educando, quanto à sua condição como sujeito histórico.

Em síntese, é importante destacar que o Plano de Trabalho Docente parte da

relação estabelecida entre o Projeto Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica

Curricular, portanto se constitui na expressão do Currículo em sala de aula, que por

natureza, expressa e legitima a intencionalidade da escola.

3.8 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM E CONCEPÇÃO DE

CONHECIMENTO

Quem está ou deveria estar no foco ou na centralidade do processo de

ensino/aprendizagem? Quem decide e a partir do que se define a forma de conceber

esta relação entre ensinar e aprender? A quem compete o papel de ensinar e a quem

cabe aprender no âmbito da escola? O que se ensina e se aprende e quem determina isto?

Que concepção de ensino aprendizagem, portanto, se define para a escola pública e para

aqueles que dependem dela para apropriação do conhecimento?

Estes são alguns questionamentos que, historicamente, têm envolvido a escola

e, sobretudo, as políticas de educação. Posicionamentos diversos são defendidos por

várias concepções, as quais expressam diferentes intencionalidades sobre a função da

escola pública.

64

Entendemos que a função social da escola, é a de socializar o saber elaborado,

fazendo com que o educando aproprie-se crítica e historicamente dos saberes

acumulados, compreendendo a realidade social e atuando de forma crítica e democrática

para a transformação da realidade dos seus educandos, fazendo-os compreender que eles

são sujeitos históricos.

É preciso defender uma educação para todos, voltada para as necessidades

históricas dos trabalhadores, ou seja, daqueles que necessitam da escola como espaço para

apreender o conhecimento.

O conhecimento é fruto de uma relação mediada entre o sujeito que aprende,

o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento. Não há, portanto, produção do

conhecimento sem uma relação totalmente mediada entre ensinar e aprender.

Para tanto, a educação e as práticas pedagógicas deveriam estar comprometidas

com o desenvolvimento pleno do sujeito. Para a Psicologia Histórico-cultural,

ensinar implica “transferir” aos educandos o conhecimento sistematizado, dando

continuidade ao progresso histórico. Diante disso a relação professor-aluno, a

centralidade do processo ensino-aprendizagem está na mediação que acontece

também de forma significativa, quando o professor transmite o conhecimento

científico e apropriação do patrimônio cultural humano, partindo do saber real do seu

aluno, retomando o que ele já sabe para ir além, apropriando-se do que ele ainda não sabe.

Em todo o movimento de aprender, a criança sempre pode ir um pouco mais além com a

ajuda da mediação.

Para Vgotski, a criança pode desempenhar tarefas em níveis mais avançados com a

ajuda de adultos ou de companheiros que já tenham apropriado esse conhecimento. Para

explicar isso, ele define o aprendizado em dois níveis: o nível de desenvolvimento

real e o potencial. No primeiro nível a criança se encontra numa relação com o objeto do

conhecimento de forma autônoma, ou seja, significa o que a criança já sabe e pode

realizar sozinha. O segundo nível implica em tarefas, ações ou conhecimentos que ela

desenvolverá com a mediação – a ajuda – de outro alguém neste processo, por isso a

pessoa que media já deve ter se apropriado do conhecimento. O que se almeja para

este movimento de apreensão do conhecimento é aumentar as possibilidades de

mediação a fim de que a criança se aproprie cada vez mais de conhecimentos e possa

65

desenvolver mais tarefas com autonomia. A distância entre o nível real (o que a criança

desenvolve sozinha) e o nível potencial (o que ela desenvolve com a mediação) é o que

Vygotski define como zona de desenvolvimento proximal.

A zona de desenvolvimento proximal da criança é a distância entre seu

desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de

problemas e o nível de seu desenvolvimento potencial, determinado através da solução de

problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais

capazes. Esse movimento de mediação acontece em todas as relações citadas, mas com

conteúdos diferentes, por terem objetivos diferentes na relação.

Um dos fatores essenciais para que a mediação aconteça é a LINGUAGEM, sendo

ela um dos instrumentos do pensamento para o processo de internalização de conceitos.

Ele necessita utilizá-la como função planejadora, o que Vygotski considera FALA

INDIVIDUAL, que orienta o desenvolvimento cognitivo como a autoinstrução

cognitiva. Quando a informação é recebida pelo sujeito, esta precisa percorrer um

caminho para seu processamento e elaboração de novos conceitos para dar uma resposta

ao ambiente.

A linguagem é o sistema simbólico básico de todos os grupos humanos, sendo a

principal mediadora entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Em cada situação de

interação, o sujeito está em um momento de sua trajetória particular, trazendo consigo

determinadas possibilidades de interpretação do material que obtém do mundo

externo. Quanto mais possibilidades de aprendizagem são colocadas à criança, mais ela

desenvolve suas funções psicológicas.

Portanto a maturidade é consequência do processo de mediação da aprendizagem.

“É a aprendizagem que promove o desenvolvimento”.

Contudo, o conhecimento é uma produção histórica, cultural e social. Ao

passo em que ele não pode ser secundarizado, também não pode ser ele mitificado como

se fosse eterno, único e imutável. Da mesma forma, como ele é via de emancipação, se ele

for tomado com o olhar hegemônico da lógica conservadora e dominante, ele reproduz as

relações de dominação e de discriminação da nossa sociedade.

66

Não existe nenhuma neutralidade em nenhum conhecimento, o professor ao

selecionar o conteúdo de aula está fazendo uma opção: tomar o conhecimento como via

de reprodução ou emancipação. O conhecimento deve partir da prática social do aluno ou

das comunidades – partir do movimento do real - fundamentar, pensar e refletir a prática

social a fim de que, em alguma medida, em sua condição histórica, possa ser

transformada.

Esta defesa da dimensão política da educação, da indissociabilidade entre o ensino

e aprendizagem, entre o fazer e o pensar, a relação de movimento dialético, bem como o

enfrentamento às insuficiências do construtivismo são algumas das muitas defesas da

abordagem histórico-cultural. Esta concepção de ensino- aprendizagem fundamenta as

possibilidades de apropriação do conhecimento e democratização da escola pública, e não

pode ser de forma alguma uma defesa partidária de governo, e sim uma conquista

histórica dos professores.

3.9 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde

a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. O letramento designa

práticas de leitura e escrita, não basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso.

O aluno precisa saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e escrita. O

letramento compreende tanto a apropriação das técnicas para a alfabetização quanto esse

aspecto de convívio e hábito de utilização da leitura e da escrita.

O letramento não é só de responsabilidade do professor de língua portuguesa ou

dessa área, mas de todos os educadores que trabalham com leitura e escrita. Cada

professor é responsável pelo letramento em sua área. O professor de geografia tem que

ensinar seus alunos a ler mapas, por exemplo. Porém, é preciso oferecer contexto de

letramento, não adianta simplesmente letrar quem não tem o que ler nem o que escrever.

Letramento é pois, o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem

como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais.

67

Assim, o letramento abrange o processo de desenvolvimento e o uso dos sistemas

da escrita nas sociedades, isto é, surge a partir das novas relações estabelecidas com as

práticas de leitura e escrita na sociedade, não basta apenas saber ler e escrever, mas que

funções a leitura e a escrita assumem em decorrência das novas exigências impostas pela

cultura letrada.

A escola precisa discutir sobre o desenvolvimento do letramento como prática

social, não apenas como aquisição de códigos alfabéticos e numéricos. É preciso que o

educando aproprie-se da escrita e sua utilização nas diversas práticas que envolvem a

leitura e a escrita, considerando as práticas vivenciadas cotidianamente nos contextos

culturais.

3.10 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

A sociedade do conhecimento já está em constante evolução. Assim, são

necessários questionamentos sobre o processo de mudança e construção de todo o

contexto social – econômico – educacional.

As tecnologias da informação e comunicação podem habilitar os indivíduos e

oferecer-lhes um meio de alcançar a soberania pessoal. Neste sentido, cabe ressaltar

a importância das tecnologias da informação e comunicação aplicadas à educação.

Estamos vivenciando um processo de transformação social, em que a instabilidade

é constante e a insegurança são visíveis em todos os níveis sócio- culturais e, em

especial, educacionais. Assim o processo educacional e as mudanças sociais sofrem

influências visíveis e tangíveis na construção e evolução da sociedade.

A educação, isto é, a escola está no meio desse turbilhão de informações, e

embutida nessa imensa indução de receptividade de dados. A sociedade está, de certa

forma, rodeada de complexidades e desigualdades surgindo assim, a inclusão digital.

O gestor escolar necessita compreender e analisar que o professor precisa refletir

sobre o processo de sistematização e articulação de todas as informações que

68

o rodeia, bem como sobre a capacidade de questionar, de reconstruir e de avaliar a

sua própria construção do conhecimento.

Assim o professor gestor, terá cada vez mais a responsabilidade de gerenciar todo o

processo de ensino e aprendizagem, pois o aluno recebe muitas informações, não

conseguindo contextualizá-las ou até mesmo incorporá-la em sua vida.

Cabe ao docente fazer com que esta situação ocorra, tendo em vista a necessidade

da compreensão da própria vivência e sobrevivência humana.

Todos nós já temos consciência de que a tecnologia é apenas o meio de todo o

processo de construção e evolução da educação. Neste sentido, as tecnologias da

informação e comunicação são apenas uma ferramenta educacional que o professor utiliza

de maneira produtiva em sala de aula, pois todo e qualquer recurso técnico-pedagógico é

uma alternativa de trabalho para que o docente desenvolva atividades reflexivas e

autônomas para que seu aluno consiga desenvolver habilidades e construir seu

próprio conhecimento.

Todas essas questões são um desafio para o professor da atualidade, pois ao mesmo

tempo em que as tecnologias fascinam, ela também faz com que seja repensada a

educação, bem como um novo sentido para que o processo educativo seja claro e objetivo,

e que o docente consiga desenvolver os trabalhos pedagógicos e não ter dúvidas de ser o

profissional responsável por essa transformação. Neste sentido faz-se necessária a

interlocução e sistematização das informações, para que sejam efetivados trabalhos

conectados com a realidade vigente.

3.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação tem parte fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Ela serve

também de ponto de apoio para o professor rever sua metodologia de ensino, e por isso é

importante que o docente procure novos métodos de avaliação.

69

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnostica, isto é, ela não possui

uma finalidade em si mesma, mas tem como função subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação do processo ensino – aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do

processo educacional, que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão

construindo coletivamente.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor

e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias

para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

A avaliação é um instrumento imprescindível para fornecer informações sobre

como está se realizando o processo ensino-aprendizagem como um todo, e não

simplesmente focalizar o aluno, seu desempenho cognitivo e o acúmulo de

conteúdos, de forma a classificá-lo em: aprovado/reprovado.

O professor deve deixar de lado o aspecto classificatório da avaliação, e passar

a entendê-la como um processo de acompanhamento, para identificar os problemas, os

avanços e redimensionar a ação educativa, visando o sucesso escolar, minimizando os

casos de repetências e evasões.

A avaliação, com critérios previamente estabelecidos, servirá para que o professor

repense sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades de seus

alunos. Será por meio dela que o professor perceberá quais são os conhecimentos que

ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordados mais

exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os mesmos.

É importante no processo avaliativo que consideremos o aluno em sua

singularidade, respeitando seu tempo e seu espaço para a construção do conhecimento,

desta forma os alunos inclusos com necessidades especiais devem ter um atendimento

apropriado a cada situação para que possam se apropriar do conhecimento.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão

metodológica, de responsabilidade do professor, será respaldada por alguns instrumentos

seguidos dos critérios avaliativos, porém faz-se necessário enfatizar que os critérios

70

avaliativos são diferentes dos instrumentos avaliativos, Os critérios estão diretamente

relacionados aos objetivos traçados para cada conteúdo, ele determina a finalidade da

avaliação e a relação/apropriação deste com o conhecimento. Estes critérios devem estar

claros no Plano de Trabalho Docente.

O aluno precisa conhecer os critérios de avaliação do professor, desta forma, ele

está participando na análise de seu processo de aprendizagem, pois ele também precisa se

avaliar.

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à

concepção de avaliação contínua e formativa que visa a aprendizagem, a formação do

aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de

ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Os instrumentos e critérios descritos

abaixo foram retirados do texto do Grupo de Estudos sobre Avaliação, realizado em 2008

para professores da rede Pública Estadual.

A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor

verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento

prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o professor deve

considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de

análise e os critérios de avaliação.

Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual

apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa

etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do

conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos

horizontes de conhecimento.

Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos

dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.

Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se:

Houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o

texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias?

O aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o

conhecimento de forma adequada?

71

Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula?

Com relação à avaliação do projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da

Educação Básica, constitui-se como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que

já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto,

não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para

isso, não é suficiente que se dê para ele o título da pesquisa.

O projeto de pesquisa bibliográfica demanda do professor o papel de

orientador. Isso requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar, tanto os

livros quanto periódicos ou outros materiais, para poder fazer indicações de leituras

para os alunos. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve indicar artigos ou

textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que o aluno tenha

subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto.

A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se

propõe ao aluno.

É importante que o professor defina com os alunos os critérios que serão adotados

para a análise deste instrumento. Portanto, para uma boa consulta bibliográfica é preciso

considerar:

1.Contextualização - significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o

contexto (espaço/temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma

introdução ao tema.

2. Problema - uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema,

apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de

solução para o problema.

3. Justificativa – é preciso argumentar sobre a importância da pesquisa para o

contexto em que alunos e professores encontram-se inseridos.

4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica - é o texto escrito pelo aluno, a

partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos textos lidos, através de

citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.

72

As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e

interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a

linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de

linguagem que concretizam nas atividades humanas. O texto de Física, de História, de

Matemática, ou de quaisquer das disciplinas são construídos, assim, na esfera de um

agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social. Além disso, qualquer texto

produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto

dialógico.

É preciso considerar, então, as circunstâncias de produção dos textos que são

solicitados ao aluno para que ele possa assumir-se como locutor e, desta forma, conforme

propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para

quem dizer.

As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,

se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social

determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, pp.62-63).

Há diversos gêneros, nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem

ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita numa abrangência

maior de esferas de atividade.

Na prática da escrita, há três etapas articuladas:

• planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;

• escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;

• revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade

definida.

Critérios de avaliação:

Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidade, etc.);

Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);

73

Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes

graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em

termos de léxico, de estrutura;

1. Elaborar argumentos consistentes;

2. Produzir textos respeitando o tema;

3. Estabelecer relações entre as partes do texto;

4. Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do

aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e

exposição das ideias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito

como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo

de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que pronuncie uma palestra

de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo).

1. Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são:

2. Conhecimento do conteúdo;

3. Argumentos selecionados;

4. Adequação da linguagem;

5. Sequência lógica e clareza na apresentação;

6. Produção e uso de recursos;

As atividades experimentais são aquelas atividades que têm, de fato, a

característica de experimentação. São práticas que dão espaço para que o aluno crie

hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo.

As atividades experimentais levam em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a

intuição.

Não se deve, portanto, antecipar para o aluno os resultados ou os próprios

caminhos da observação, uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que

ocorre é tão importante quanto o produto.

74

É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele

conhecimento com o qual os alunos estão envolvidos, entendendo que esta significação

está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito mais do que com

a sofisticação dos equipamentos.

A atividade experimental possibilita que se avalie o estudante quanto à sua

compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído,

a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras

possibilidades. Ressalte-se que o uso adequado e conveniente dos materiais, só poderá

ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não se

vai conseguir uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas atividades

forem apenas eventuais.

A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que

o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das hipóteses e

dos passos seguidos no procedimento são importantes para que professor e aluno

avaliem a atividade.

O projeto de pesquisa no campo é um método capaz de auxiliar o professor na

busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem,

colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e para a formação dos alunos

como agentes sociais. Alguns autores descrevem o trabalho de campo como: a revelação

de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação investigativa proporciona,

paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica que possibilita a formulação de

noções ou conceitos; a realização das ações, notadamente no trabalho docente, insere na

dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a reprodução, e como ação

compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo do professor (ou do livro didático) que

coloca o aluno no papel de protagonista da própria aprendizagem.

Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de

informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência

educacional insubstituível.

Encaminhamento de uma pesquisa de campo:

75

Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como

o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os

interesses do alunos e suas expectativas;

Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;

Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias,

questionamentos ou problematização;

Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local; Definir

o material necessário para a pesquisa de campo;

Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;

Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado,

concluindo assim o trabalho prático.

O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o desempenho

dos alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em

relação ao tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar.

A conclusão do projeto poderá ocorrer na forma de relatórios, elaboração de

croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos

terão avaliada sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de

análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.

O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Na

Educação Básica, os relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área

específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita

ao estudante a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual

foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre

outras.

O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou

desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-

se extrair deles.

76

Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades

desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.

O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos

desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados se chegou.

São elementos do relatório:

1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao

relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do

conteúdo abordado, dos conceitos construídos.

2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se

deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta, não pode

omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que

se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos

resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações

interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar

tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. É

importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os procedimentos

realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram origem à atividade em

questão.

4. Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a

atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o

aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os

objetivos da atividade realizada.

Este é um item importante, pois vai possibilitar ao estudante a apreciação sobre o

trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.

O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a

leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de ideias, onde cada um

participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados.

77

A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações

feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto com a

atividade científica e engajá-lo na pesquisa.

Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se fossem

aulas expositivas dadas pelos estudantes, onde relatam sobre assuntos estudados em

livros. Os seminários devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela equipe,

tais como experimentos, observações, coleta de dados, entrevista com especialistas, entre

outros. Além disso, esta atividade permite que o estudante fale em público, ordene as

ideias para expô-las, ouça críticas debatendo- as, perca a inibição e fale aos colegas com

seriedade.

A forma de avaliação em seminário merece atenção especial por parte do professor,

pois podem-se cometer erros em relação aos estudantes que têm dificuldade em se

expressar. É importante que a avaliação do seminário seja dividida em itens, com

valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante que se

avalie: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a

compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a

adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para

enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do

grupo que assiste a apresentação.

O estudante precisa saber como foi esta avaliação, para que veja onde falhou e

possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os estudantes

na ocasião em que o seminário for proposto.

É no debate que podemos expor nossas ideias e, ouvindo os outros, nos tornarmos

capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a

participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do debate, os

participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em possíveis critérios

de avaliação:

1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos

divergentes;

2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;

78

3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;

4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;

5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação

de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível

entre as posições dos participantes;

6. Registrar, por escrito, as ideias surgidas no debate. Além disso, o debate

possibilita que o professor avalie: o uso adequado da língua portuguesa em situações

formais; o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; a

compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da

disciplina.

Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem, o professor

poderá, entre várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está

sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como

metáfora do que está sendo exposto.

O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua

efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões,

seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

Na escolha do texto, o professor deve atentar para adequação do mesmo, tanto no

que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a

linguagem utilizada.

Na elaboração da atividade, o professor deverá considerar a especificidade de sua

disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou

expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc.

A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie

• a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;

lido.

• a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário

• o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.

79

Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem

enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.

O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a

pesquisa do professor sobre o recurso a ser levado para os alunos.

Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo

abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e

com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo

cabe ao professor. As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que

o professor avalie, entre outros critérios:

• a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;

• a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual;

• o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;

O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos,

na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de

aprendizagem.

A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações

pedagógicas envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição

de atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o

conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua

aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do professor são as de um orientador

que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as

atividades.

Quando se considera que os estudantes se aproximam do objeto de estudo de

formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta- se

como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo.

Além disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para o professor,

são socializadas no grupo.

80

O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas,

escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e

outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno:

• Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na

produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;

• Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua

relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

As questões discursivas fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e

possibilitam verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala

de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de

investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo,

dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor

identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância

pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características

decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de

sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta

completa. Alguns critérios devem ser considerados:

• Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta

compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o

próprio enunciado carece de clareza e objetividade.

• Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi

adequada.

• Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da

norma padrão da língua portuguesa.

• Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.

Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um enunciado de forma

clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de

81

dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que

constituem o processo de avaliação.

As questões objetivas deverão ser utilizadas como um componente da avaliação,

nunca devem ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal

objetivo é a fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,

usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do

que foi solicitado.

Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um

bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para

cada série com vistas a não cometer injustiças.

A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a

apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de

conhecimentos adquiridos.

3.12 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A função social da escola é a de socializar o saber elaborado, fazendo com que o

educando aproprie-se crítica e historicamente dos saberes acumulados, compreendendo a

realidade social e atuando de forma crítica e democrática para a transformação da

realidade dos seus educandos, fazendo-os compreender que eles são sujeitos históricos.

Para que esta prática seja de fato incorporada no seio da escola, faz-se necessário

envolvimento e comprometimento por parte dos professores e demais profissionais da

educação, bem como maior participação da comunidade escolar, assumindo o desafio de

ser o agente da tão esperada mudança social. Assim, “a escola seria uma das principais

instituições para responder pelo desenvolvimento das funções psicológicas superiores,

pois ajuda a criança a se apropriar dos signos/mediadores culturais, que permitem o

82

autodomínio ou autocontrole das capacidades mentais (intelectuais e emocionais)”

(Tuleski, 2008:143).

O desenvolvimento principalmente o psicológico/mental, que é promovido pela

convivência social, pelo processo de socialização, além das maturações orgânicas,

depende da aprendizagem na medida em que se dá por processos de internalização de

conceitos que são promovidos pela aprendizagem social, principalmente aquela planejada

no meio social.

A função de um educador é a de favorecer esta aprendizagem, servindo de

mediador entre a criança e o mundo. Tem o papel explícito de interferir na zona de

desenvolvimento proximal dos alunos provocando avanços que não ocorreriam

espontaneamente. A aprendizagem e o desenvolvimento constituem uma unidade

dialética, onde a aprendizagem impulsionando o desenvolvimento gera novas

aprendizagens mais complexas.

A educação escolar também é importante para o avanço dos conceitos científicos

sob os espontâneos. Os conceitos espontâneos baseiam-se na experiência que a criança

adquire em seu meio ambiente através da observação, da manipulação dos objetos que

tem à sua disposição e do contato informal com os adultos. Os conceitos científicos são

desenvolvidos a partir do ensino escolar e se apoiam nos espontâneos, processo da própria

experiência da criança.

É preciso fortalecer as discussões, para que os professores tenham

consciência da importância desta concepção para que de fato se cumpra com o real papel

da escola na sociedade.

Aprender e ensinar são processos inseparáveis. O ato de ensinar é o ato de produzir,

direta e intencionalmente, em cada indivíduo, a humanidade que é produzida

histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. A aprendizagem é um processo

histórico, fruto de uma relação mediada, e possibilita um processo interno, ativo e

interpessoal. Os processos de produção do conhecimento permitem, ao aluno, sair do

papel de passividade e fazer parte dessa relação, através do desenvolvimento de suas

funções psicológicas superiores, entre elas a linguagem. Ao professor, cabe a função de

desenvolver procedimentos metodológicos, estratégias adequadas para viabilizar a

83

apropriação desses saberes pelos alunos. É a transmissão, de geração em geração, das

aquisições humanas que permitiria sua fixação e a continuidade do progresso histórico”

(Leontiev in Tuleski; 2008:130).

Assim, “o desenvolvimento pleno das funções psicológicas superiores

permitiria ao homem o controle de seu próprio comportamento, bem como da organização

e da disciplina necessárias à produção socialista” (Tuleski, 2008:134).

Entende-se por transmissão-apropriação dos conhecimentos científico, filosófico

e artístico a mediação do professor entre o aluno e o conhecimento historicamente

acumulado, e esta relação é privilegiada para engendrar mudanças substanciais no

psiquismo dos alunos e contribuir para a constituição daquilo que é o fim mais almejado

do ensino, tornar o aluno alguém capaz de criar novas práticas e novas teorizações sobre o

real.

As ações desenvolvidas junto à criança e as atividades que ela realiza devem ser

provocadas pela apropriação daquilo que de mais elaborado a sociedade já construiu ao

longo do seu desenvolvimento histórico.

Assim a escola, como instrumento de transformação social, busca no materialismo

histórico dialético alternativas para solucionar os problemas sociais e compreender a

realidade a partir de suas contradições dentro do processo histórico em constante

transformação. O materialismo histórico dialético é, na verdade, todo o processo histórico,

decorrente aos fatores materiais originário das forças produtivas e das relações de

produção. Significa olhar dialeticamente para os fenômenos históricos, para todos os

fatos da história humana, pois, segundo Marx, a história é feita de transformações sociais.

Todavia, é preciso fazer com que a escola pública compreenda na sua essência, a

concepção do materialismo histórico dialético, para que cumpra de fato com sua função

social por meio da apropriação dos conhecimentos produzidos historicamente, abrindo

espaço para que, as classes populares mais emergentes, se insiram num processo mais

amplo de construção de uma nova sociedade.

O desenvolvimento da consciência, do autocontrole, seria a melhor arma para a

efetivação da sociedade. Se os homens são capazes de revolucionar a sociedade e sua

forma de organização, são capazes de revolucionar, de transformar sua própria natureza,

84

podem desejar ser algo diferente do que são e concretizar tal desejo. Assim, o sujeito

poderá abandonar os comportamentos individualistas, competitivos e egoístas e

desenvolver a cooperação e a solidariedade, atitudes que visem ao bem comum. Este seria

o papel do aluno e da escola frente a esta concepção.

3.13 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO

Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão de

benefícios da vida em sociedade, provocada pela falta de classe social, origem geográfica,

educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais. Inclusão Social é

oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um

sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais favorecidos no sistema meritocrático

em que vivemos.

Uma sugestão para que se caminhe para a educação de qualidade é que as escolas

elaborem com autonomia, de forma participativa o seu Projeto Político Pedagógico, que

conheçam a realidade de seus alunos onde estão e porque estão fora dela, para que

seja possível elaborar um currículo escolar que reflita o meio social e cultural em que

se insere. A integração entre as áreas do conhecimento e as novas propostas partem do

respeito à realidade do aluno, de suas experiências de vida cotidiana, dos seus limites e

possibilidades para chegar a sistematização do saber. Ao adequar o processo de

aprendizagem ao ritmo de condições de desenvolvimento dos aprendizes, estamos

respeitando tais limitações e propiciando um dos princípios da escola de qualidade para

todos.

O professor não predetermina a extensão e a profundidade dos conteúdos a serem

construídos pelos alunos, pelo contrário é ele que se adapta ao novo conhecimento e só ele

é capaz de regular o seu processo de construção intelectual. Outra possibilidade são os

processos avaliativos estabelecendo de modo claro e objetivo os critérios a serem

adotados para alunos inclusos. É preciso valorizar o conhecimento tácito do aluno e

85

nortear o trabalho do professor, tornando-o cada vez mais adequado, eficiente e flexível às

necessidades de aprendizagem dos alunos.

A meta principal da escola é a aprendizagem como centro das atividades escolares,

independente do desempenho de cada um, são condições de base para que se caminhe na

direção da escola acolhedora, no sentido de ser receptiva a todas as crianças, pois as

escolas existem, para formar as novas gerações, e não apenas alguns de seus futuros

membros, os mais privilegiados. Os alunos aprendem até o limite em que conseguem

chegar, se o ensino for de qualidade, isto é, se o professor considera o nível de

possibilidades de desenvolvimento de cada um e explora essas possibilidades por meio de

atividades abertas, nas quais o aluno se enquadra por si mesmo, na medida em que seus

interesses e necessidades seja para construir uma ideia, resolver um problema e/ou

realizar uma tarefa.

Essas ações desenvolvem a cooperação, o reconhecimento dos

talentos humanos e a socialização do trabalho de cada pessoa, independente da

diversidade, promovem a formação de cidadãos cada vez mais atuantes na

sociedade.

3.14 FORMAÇÃO CONTINUADA

O processo de formação continuada dos profissionais da educação implica

em uma reflexão sobre o próprio significado do processo educativo, que para a formação

prática educativa e progressista devem ser obrigatórios alguns saberes fundamentais a

essa prática de formação docente. É indispensável que o formando docente saiba que

ensinar não é somente transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a

sua produção ou a sua construção.

O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente

reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão, bem como

não se prender apenas em ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo.

86

Apesar de conscientes destas necessidades, nem sempre as instituições superiores

(universidades e faculdades) têm colocado no mercado de trabalho, profissionais

realmente habilitados para tal exercício.

Desta forma as instituições educacionais têm lançado mão de alguns recursos

para solucionar os problemas advindos desta situação, tais como:

- Cursos à distância(Plataforma Freire);

- Cursos de capacitação oferecidos pelo Estado;

- Grupo de Estudos;

- Reuniões pedagógicas;

- Palestras;

- Formação continuada;

- Grupo de Trabalho em Rede;

- Plano de Desenvolvimento Educacional PDE-PR, entre outros.

Contudo é pré-condição para o aperfeiçoamento como a autoridade e liderança do

professor a inserção dele no coletivo da profissão através da formação adequada.

Estes momentos de estudos proporcionam ao educador um aprofundamento

teórico-prático, ampliando seu conhecimento na área atuante, possibilitando a troca de

experiência entre os profissionais da educação e a produção de novos saberes.

3.15 CONSELHO DE CLASSE

A Deliberação n.º 07/99 do Conselho Estadual de Educação e Secretaria de Estado

da Educação estabelece:

Art. 7º- Caberá ao órgão indicado pelo Regimento Escolar o acompanhamento

do processo de avaliação do ano, ciclo, grau ou período, devendo debater e analisar todos

os dados intervenientes na aprendizagem.

87

§ 1.° - O órgão será composto, obrigatoriamente, pelos Professores, pelo Diretor e

pelos profissionais de supervisão e orientação educacional.

§ 2.º - É recomendável a participação de um representante dos alunos.

§ 3.°- A individualidade do aluno e o seu domínio d os conteúdos necessários

deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação. Partindo deste

princípio e da necessidade de uma visão total do processo, apesar de ser um órgão

colegiado específico da equipe docente, recebe a colaboração dos funcionários, pais e

alunos, contando também com a participação do Diretor(a) e/ou Diretor(a) Auxiliar,

professores pedagogos e todos os professores das diferentes disciplinas.

O Conselho de Classe configura-se como uma instância avaliativa, pois seu objeto

de estudo é o ensino/aprendizagem e suas relações com a avaliação. Dentro do Conselho

de Classe o pedagogo é o articulador do discurso dos educandos e dos professores,

identificando a partir destes discursos, os problemas mais urgentes.

É Importante ressaltar, que a gestão democrática citada na LDB 9394/96 garante à

equipe pedagógica e aos professores da escola o direito de estabelecer os princípios, as

finalidades e os objetivos de seu Conselho de Classe.

Diante disso, os Conselhos de Classe na nossa escola são realizados no fim de cada

bimestre, onde são discutidas as dificuldades no desenvolvimento da aprendizagem dos

educandos e tem como objetivo principal diagnosticar a razão das dificuldades, apontando

as mudanças necessárias para que o educando possa alcançar maior sucesso educacional,

superando assim as dificuldades encontradas durante o período em discussão.

Portanto, o Conselho de Classe ocorre em três fases: o Pré-Conselho; o

Conselho de Classe e o Pós Conselho.

O Pré–Conselho ocorre da seguinte forma: primeiramente é enviado por e-mail

um formulário (Google Docs) contendo questões que norteiam as ações relevantes para o

Conselho de Classe. Estas questões referem-se à metodologia utilizada, recursos didáticos

e procedimentos avaliativos, permite também indicar as dificuldades dos educandos, os

problemas encontrados, os avanços significativos, alunos que se destacaram no bimestre,

assim como perfil geral da turma. Após análise minuciosa pelo professor da turma, o

professor envia o formulário on-line que será arquivado em uma planilha formatada com

88

todos os outros formulários reunindo todas as disciplinas da turma. Em seguida a Equipe

Pedagógica realiza a análise destes dados de modo a questionar-se sobre dificuldade do

aluno em mais de uma disciplina, os recursos utilizados pelo professor, os índices de

desempenho bimestral dos alunos em todas as disciplinas com o auxílio do Relatório de

Conferência Bimestral (SERE WEBE), análise do relatório geral de faltas e o perfil da

turma conforme relato do professor. Diante disso é possível traçar estratégias de ação para

com a turma/ aluno/ professor/ responsáveis pelos alunos. Estes dados são compartilhados

com os professores da turma.

No Conselho de Classe, diante dos dados apresentados a direção, a equipe

pedagógica e professores regentes e de programas como Sala de Apoio à Aprendizagem,

direcionam as discussões para as ações que deverão ser realizadas pelo coletivo. O

enfoque deve se restringir ao processo de ensino aprendizagem dos educandos.

Com esta dinâmica, a equipe pedagógica possui todas as informações necessárias

para propor, junto aos professores, encaminhamentos que busquem sanar as dificuldades

tanto dos alunos como dos professores. Os casos são tratados individualmente, e o

conselho tem acesso ao desempenho do educando (notas) que fica disponibilizado, em

tempo real, na tela de projeção, bem como o formulário com as análises de todos os

professores preenchida no pré-conselho. Todas as decisões tomadas pelo coletivo da

escola são registradas em atas pelos funcionários da secretaria e assinadas por todos os

presentes. O relato é feito por turma, registrando o nome dos alunos que necessitam de

maior atenção.

Esse é um momento de tomada de decisão, onde os critérios adotados não são para

excluir ou aprovar alunos, mas para discutir e refletir sobre o todo que envolve a

aprendizagem, indicando novas metodologias e formas diferenciadas de avaliação para

que o educando possa atingir um nível de conhecimento esperado para o ano em que está

inserido.

No Pós-Conselho a Equipe pedagógica irá intervir, juntamente com os professores,

auxiliando-o quanto às questões metodológicas, aos objetivos específicos dos conteúdos,

aos procedimentos avaliativos, daria atenção especial ao planejamento docente dentre

outras ações, para que ele obtenha resultados satisfatórios com relação ao processo de

ensino aprendizagem. A equipe pedagógica deverá realizar ainda um trabalho de

89

orientação e conscientização com os educandos para que os mesmos possam analisar

algumas situações possíveis de ser alteradas por eles mesmos e que contribuiria no

desempenho dos mesmos.

Outro trabalho de grande importância deve ser realizado com as famílias dos

alunos, os mesmos são convocados à comparecer no Colégio para tomar conhecimento da

situação escolar de seus filhos e poder assim, acompanhar e contribuir para o bom

desempenho dos mesmos.

O Colégio procura organizar as ações para o Pré-Conselho, Conselho de Classe e

Pós-Conselho tendo como base o calendário do ano vigente.

Ainda no Pós-Conselho a Equipe Pedagógica realiza a entrega do Boletim escolar,

incentivando os alunos que obtiveram bons resultados e conscientizando os educandos

que não alcançaram resultados satisfatórios a procurar apoio com professores, equipe

pedagógica, pais e até mesmo colegas de turma para superação dos mesmos.

Existem outras ações que a Equipe pedagógica realiza contribui para a

aprendizagem do aluno e maior disciplina e motivação aos mesmos. Tais ações são:

Conversas com alunos tanto individuais como coletivamente;

Acompanhamento do Professor Pedagogo aos alunos com dificuldades;

Mapeamento das turmas; Palestras para os educandos;

Convocação dos pais ou responsáveis, sempre que necessário; Reuniões de pais;

Reuniões com professores em caráter extraordinário;

Encaminhamento dos alunos para Avaliações com profissionais responsáveis, e

mediante laudo médico, inserção deste na Sala de Recursos;

Organização dos alunos para atendimento em Salas de Apoio à Aprendizagem;

Acompanhamento do aluno em caso de faltas com atestado médico,

encaminhamento de atividades domiciliares.

Contato com a família em caso de faltas constantes sem justificativa, e convocação

do Conselho Tutelar caso necessário, dentre outras ações.

90

3.16 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A Lei Federal 9394/96 prediz que a recuperação de estudos deva ocorrer

paralelamente ao ano letivo, ou seja, durante todo o processo escolar em que o educando

está frequentando, sendo flexível em cada estabelecimento de ensino desde que esteja

explicito no Projeto Político Pedagógico contendo adaptações e estratégias na demanda.

O artigo 24 alínea “e” da referida Lei, recomenda que ele seja paralelo para os casos de

baixo rendimento escolar e estar contemplado no Regimento Escolar. Desta forma os

educando que não obtiveram bom desempenho escolar, em qualquer época do ano letivo,

deverão realizar recuperação de estudos devendo o professor munir-se de novas

metodologias e instrumentos de ensino, afim de romper com a cultura de reprovação,

mesmo porque as notas ou conceitos são flexíveis e pré-definidos pela escola, garantindo

a qualidade de aprendizagem.

As atividades apresentadas pelo professor na recuperação devem estar

contempladas no Plano de Trabalho Docente, com critérios bem definidos a cada término

de conteúdo, verificando se houve aprendizagem, a fim de que o educando possa avançar

em relação a aprendizagem.

Para que esta recuperação de estudos aconteça será necessário que se reveja as os

critérios avaliativos, os objetivos do conteúdo apresentado e a metodologia utilizada,

visto que as atividades e os recursos metodológicos devem ser diferenciados para que não

seja apenas a recuperação de notas mas de conteúdos, respeitando o ritmo da

aprendizagem de cada educando.

A avaliação ocorre de forma continua revelando a prática educativa contribuindo

neste sentido para o desenvolvimento do educando. Cabe ao professor, intervir de forma a

superar as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos.

As atividades de Recuperação de Estudos poderão ser elaboradas junto a Equipe

Pedagógica se assim fizer necessário, no sentido de criar hábitos de estudos por parte

do educando com conteúdos significativos. É preciso desenvolver atividades

diversificadas durante o ano letivo possibilitando ao aluno diferentes situações de

91

aprendizagem, com recursos didáticos diversificados, priorizando a apropriação do

conhecimento, oportunizando a todos o feedback dos objetivos propostos em cada

conteúdo.

3.17 CONCEPÇÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS

O direito à educação, entendido como um direito inalienável do ser humano,

constitui o fundamento maior destas Diretrizes. A educação, ao proporcionar o

desenvolvimento do potencial humano, permite o exercício dos direitos civis, políticos,

sociais e do direito à diferença, sendo ela mesma também um direito social, e possibilita a

formação cidadã e o usufruto dos bens sociais e culturais.

O Ensino Fundamental se traduz como um direito público subjetivo de cada um e

deve comprometer-se com uma educação com qualidade social, igualmente entendida

como direito humano, dever do Estado e da família na sua oferta a todos.

Segundo a Resolução nº 07/10 “as escolas que ministram esse ensino deverão

trabalhar considerando essa etapa da educação como aquela capaz de assegurar a cada um

e a todos o acesso ao conhecimento e aos elementos da cultura imprescindíveis para o seu

desenvolvimento pessoal e para a vida em sociedade, assim como os benefícios de uma

formação comum, independentemente da grande diversidade da população escolar e das

demandas sociais”.

§ 2º - A educação de qualidade, como um direito fundamental, é, antes de tudo,

relevante, pois reporta-se à promoção de aprendizagens significativas do ponto de vista

das exigências sociais e de desenvolvimento pessoal, deve também ser pertinente devido

à possibilidade de atender às necessidades e às características dos estudantes de diversos

contextos sociais e culturais e com diferentes capacidades e interesses, deve ser equitativa

por considerar de suma importância tratar de forma diferenciada o que se apresenta como

desigual no ponto de partida, com vistas a obter desenvolvimento e aprendizagens

equiparáveis, assegurando a todos a igualdade de direito à educação..

Os sistemas de ensino e as escolas adotarão, como norteadores das políticas

educativas e das ações pedagógicas, os princípios Éticos, Políticos e Estéticos. Estes

92

princípios visam desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável

para o exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em

estudos posteriores, mediante os objetivos previstos para esta etapa da escolarização, a

saber:

No que se refere ao Princípio Ético mencionamos a justiça, solidariedade, liberdade

e autonomia; de respeito à dignidade da pessoa humana e de compromisso com a

promoção do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer

manifestações de preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas

de discriminação.

Os Princípios Políticos referem-se ao reconhecimento dos direitos e deveres de

cidadania, de respeito ao bem comum e à preservação do regime democrático e dos

recursos ambientais; da busca da equidade no acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos

bens culturais e outros benefícios; da exigência de diversidade de tratamento para

assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes necessidades;

da redução da pobreza e das desigualdades sociais e regionais.

E com relação ao Princípio Estético relatamos o cultivo da sensibilidade

juntamente com o da racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e do

exercício da criatividade; da valorização das diferentes manifestações culturais,

especialmente a da cultura brasileira; da construção de identidades plurais e solidárias.

De acordo com esses princípios, e em conformidade a Lei nº 9.394/96 (LDB), as

propostas curriculares do Ensino Fundamental devem promover o desenvolvimento da

capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e

do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das artes, da

tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade; a aquisição de conhecimentos

e habilidades, e a formação de atitudes e valores como instrumentos para uma visão

crítica do mundo; o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

O Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) anos, abrange a população na

faixa etária dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de idade e se estende, também, a todos os

que, na idade própria, não tiveram condições de frequentá-lo. O trabalho educativo no

93

Ensino Fundamental deve empenhar-se na promoção de uma cultura escolar acolhedora e

respeitosa, que reconheça e valorize as experiências dos alunos atendendo as suas

diferenças e necessidades específicas, de modo a contribuir para efetivar a inclusão

escolar e o direito de todos à educação.

3.18 CONCEPÇÃO DE DIRETRIZES CURRICULARES ORIENTADORAS

PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA DA REDE ESTADUAL

Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está

inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o

compreende e como dele lhe é possível participar. Ao definir qual formação se quer

proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui para determinar o tipo de participação que

lhes caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza, um

forte caráter político.

Nas Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação Básica da Rede

Estadual, propõe-se uma reorientação na política curricular com o objetivo de construir

uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos. Para isso, os sujeitos

da Educação Básica, crianças, jovens e adultos, em geral oriundos das classes

assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e

culturais (FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares.

Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola como lugar de

socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar é especialmente

importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma

oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do conhecimento

científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte.

Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo contextualizado,

estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a

rigidez com que tradicionalmente se apresentam quanto o estatuto de verdade atemporal

dado a eles. Desta perspectiva, propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a

94

crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da

sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão

filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.

Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica, colocando em

perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos conhecimentos

historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo escolar. Nesse

sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes

metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de

avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade

de uma transformação emancipadora.

95

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

MARCO OPERACIONAL

96

4 MARCO OPERACIONAL

O referido Projeto Político Pedagógico parte do pressuposto de que a finalidade da

educação como uma prática social, é a transmissão sistemática dos conteúdos de ensino,

os conhecimentos produzidos e acumulados no movimento histórico pela humanidade, de

modo a assegurar que os alunos se apropriem de novos conhecimentos e possam

reelaborá-los, processando uma crítica concreta, embasada na compreensão científica do

real. Entende ainda que a educação abrange a produção, a construção, a reflexão, a análise

e a divulgação dos conhecimentos, conteúdos e práticas culturais nas mais variadas

situações educativas.

Dentro deste contexto educativo, nossa escola procurará oportunizar através do

Projeto Político Pedagógico, por meio dos conteúdos trabalhados em sala de aula, dos

projetos a serem desenvolvidos na escola, nas interações com a comunidade em reuniões,

conselhos escolares; nas atividades formais e informais, oportunizando uma aprendizagem

significativa e uma maior relação entre sujeitos históricos.

O Projeto Político Pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e

prioridades estabelecidas pela coletividade. Estabelece através da reflexão, as ações

necessárias à construção de uma nova realidade. O Projeto Político Pedagógico é antes de

tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo

educativo: professores, equipe técnica, alunos, pais de alunos e a comunidade como um

todo. Trata-se, portanto, da conquista coletiva de um espaço para o exercício da

autonomia.

Para tanto descreveremos as ações que nortearão nosso trabalho no decorrer

dos próximos anos.

4.1 OBJETIVOS DO ESTABELECIMENTO – PROPOSIÇÕES PARA A

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

O Colégio Estadual 14 de Dezembro tem por objetivo promover a democratização

do saber e o acesso ao conhecimento sistematizado historicamente, garantindo sua

97

especificidade de maneira dialética, ampliando as oportunidades educacionais a sua

reelaboração crítica, assim como o aprimoramento da prática educativa escolar visando a

elevação cultural e científica dos educandos. Busca-se também, oportunizar momentos de

discussão, reflexão e avaliação sobre o redimensionamento do Projeto Político

Pedagógico.

Neste contexto, o Projeto Político Pedagógico possibilita a construção de um

processo democrático para a tomada de decisões, reflexão dos problemas da escola e a

busca de alternativas viáveis, considerando a intencionalidade do trabalho educativo. Este,

deve promover a reflexão coletiva na busca de mecanismos de ação e transformação,

trabalhando a interdisciplinaridade e a contextualização das disciplinas com os temas

vigentes, orientando e redimensionando o processo educacional na instituição, tornando

pública a produção docente e discente, para construirmos uma Escola que promova o

envolvimento e a participação de toda comunidade escolar.

Professores e funcionários fazem uma leitura diferenciada da escola, da realidade

em que está inserida e da pertinência de cada prática pedagógica a ser utilizada,

imprimindo-lhe um caráter verdadeiramente público e popular restituindo-lhe a função

social que é o seu compromisso.

O Estabelecimento de Ensino propõe alguns critérios e a definição de

princípios básicos para a ação educativa, são eles:

Ação pedagógica formadora de cidadãos, conscientes, críticos, participativos e

capazes de atuar na transformação do meio em que vivem.

Resgate da historicidade devolvendo aos educandos o poder da palavra espontânea

e consciente;

O espaço da sala de aula transcende os limites da escola atingindo a comunidade;

Considerar os elementos culturais e valorativos imbricados nas práticas sociais;

Valorizar o conhecimento tácito articulando ao conhecimento escolar a fim de

promover o desenvolvimento da cultura, desta forma os educandos vislumbrarão melhores

condições de vida por intermédio da participação, exercitando sua cidadania, numa

sociedade enquanto cidadãos autônomos, intelectual e moral.

98

Neste contexto, o Projeto Político Pedagógico possibilita a construção de um

processo democrático, a medida que valoriza a participação de seus segmentos

constitutivos, entendendo que o seu funcionamento exige uma relação ao mesmo tempo

objetiva, pela via de definição de ações, como uma relação subjetiva, pela qual movidos

pelas suas próprias percepções, conferem pelo processo de tomada de decisões as suas

impressões, a reflexão dos problemas da escola, a busca de alternativas viáveis, de ações

transformadoras e contextualizadas, tornando pública a produção docente e discente para

construirmos uma escola que promova o envolvimento e participação de toda a

comunidade escolar.

Busca-se uma prática sistematizada em um processo dialético por meio da práxis

(teoria e ação) onde o conhecimento crítico é a base para uma prática transformadora no

plano histórico e social, ou seja, estar sempre avaliando trabalho pedagógico educativo,

pensando e repensando a escola como um todo, avaliando suas formas, seus

métodos, seu conteúdo, seus sujeitos, enfim sua intencionalidade.

4.2 EVASÃO ESCOLAR

A Evasão Escolar é uma constante na luta diária de toda escola, seja por motivos

financeiros ou por falta de motivação. Diversas pesquisas e investimentos já realizados

ainda não zeraram essa dificuldade na escola. As escolas do Estado do Paraná possuem a

obrigatoriedade do preenchimento da Ficha de Comunicação do Aluno Ausente (FICA)

apresentado com o título de Fica Comigo foi lançada em 2005. “Tal instrumento teve e

tem como objetivo acompanhar os casos de evasão de todos os alunos a partir do

momento em que apresentem ausência de cinco dias consecutivos e sete dias alternados”

(SEED, 2009, p. 6-7). As fichas devem ser preenchidas cotidianamente nas escolas e,

depois de esgotados os recursos escolares, serem enviadas ao Conselho Tutelar para

providências, fazendo cumprir o direito das crianças e adolescentes garantidos pela Lei de

Diretrizes e Bases – LDB e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

99

4.3 INCLUSÃO EDUCACIONAL

Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão de

benefícios da vida em sociedade, provocada pela falta de classe social, origem geográfica,

educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais. Inclusão Social é

oferecer aos mais necessitados oportunidades de acesso a bens e serviços, dentro de um

sistema que beneficie a todos e não apenas aos mais favorecidos no sistema meritocrático

em que vivemos.

Uma sugestão para que se caminhe para a educação de qualidade é que as escolas

elaborem com autonomia, de forma participativa o seu Projeto Político Pedagógico, que

conheçam a realidade de seus alunos onde estão e porque estão fora dela, para que

seja possível elaborar um currículo escolar que reflita o meio social e cultural em que

se insere. A integração entre as áreas do conhecimento e as novas propostas partem do

respeito à realidade do aluno, de suas experiências de vida cotidiana, dos seus limites e

possibilidades para chegar a sistematização do saber. Ao adequar o processo de

aprendizagem ao ritmo de condições de desenvolvimento dos aprendizes, estamos

respeitando tais limitações e propiciando um dos princípios da escola de qualidade para

todos.

O professor não predetermina a extensão e a profundidade dos conteúdos a serem

construídos pelos alunos, pelo contrário é ele que se adapta ao novo conhecimento e só ele

é capaz de regular o seu processo de construção intelectual. Outra possibilidade são os

processos avaliativos estabelecendo de modo claro e objetivo os critérios a serem

adotados para alunos inclusos. É preciso valorizar o conhecimento tácito do aluno e

nortear o trabalho do professor, tornando-o cada vez mais adequado, eficiente e flexível às

necessidades de aprendizagem dos alunos.

A meta principal da escola é a aprendizagem como centro das atividades escolares,

independente do desempenho de cada um, são condições de base para que se caminhe na

direção da escola acolhedora, no sentido de ser receptiva a todas as crianças, pois as

escolas existem, para formar as novas gerações, e não apenas alguns de seus futuros

membros, os mais privilegiados. Os alunos aprendem até o limite em que conseguem

chegar, se o ensino for de qualidade, isto é, se o professor considera o nível de

possibilidades de desenvolvimento de cada um e explora essas possibilidades por meio de

100

atividades abertas, nas quais o aluno se enquadra por si mesmo, na medida em que seus

interesses e necessidades seja para construir uma ideia, resolver um problema e/ou

realizar uma tarefa.

Essas ações desenvolvem a cooperação, o reconhecimento dos

talentos humanos e a socialização do trabalho de cada pessoa, independente da

diversidade, promovem a formação de cidadãos cada vez mais atuantes na

sociedade.

4.4 AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR

Esta prática de avaliação, objetiva analisar as condições atuais do desempenho

escolar do aluno, as habilidades emergentes, os aspectos socioculturais, a relação

professor aluno e o contexto educacional como um todo. Trata-se de uma prática de

avaliação de cunho não classificatório e seletivo, que reforce uma visão prática

excludente.

Este processo de avaliação, possibilita a identificação dos sucessos, das

dificuldades e fracassos, apoiando encaminhamentos e tomadas de decisões sobre ações

necessárias, sejam elas de natureza pedagógica, estrutural ou administrativa. As

informações obtidas permitem conhecer, descrever, compreender, explicar, prever e

formular um juízo de valor acerca da realidade avaliada e permitem também tomar

decisões educativas, sociais e terapêuticas, para prevenir possíveis distorções ou

disfuncionalidades, ou para modificar e, em suma, otimizar - quando necessário - a

realidade avaliada. Esta avaliação configura-se tanto como uma prática de investigação do

processo educacional quanto como um meio de transformação da realidade escolar. É a

partir da observação, da análise, da reflexão crítica e do registro sobre a

realidade/contexto, pelos profissionais envolvidos nesse modo de avaliar, que se

estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação para os processos de

ensino e de aprendizagem, proporcionando informações a fim de melhorar a ação docente

do professor e a aprendizagem dos alunos.

101

OBJETIVOS

Obter informações sobre o processo de ensino e de aprendizagem.

Analisar o contexto da aprendizagem e decidir qual tipo e intensidade do

apoio requerido pelo aluno.

Detectar e prevenir as dificuldades de aprendizagem antes que elas se

agravem.

Buscar soluções e alternativas para a remoção de barreiras da aprendizagem,

através de medidas de intervenção pedagógicas.

Promover um ensino de melhor qualidade para todos.

Tomar decisões quanto ao processo avaliativo para identificação das

necessidades educacionais.

Promover uma participação efetiva do professor especializado no processo

avaliativo.

Instrumentalizar o professor da Classe Comum para que ele se torne um

avaliador-investigador de seu aluno em sala de aula.

Envolver a equipe pedagógica do Núcleo Regional da Educação (NRE), da

escola e o professor especializado, junto ao professor da classe comum, na

tomada de decisão quanto ao tipo e intensidade de apoio que o aluno irá

necessitar.

Propor flexibilização curricular.

O QUE AVALIAR

As estratégias utilizadas pelo aluno para a aprendizagem. Contexto

sociocultural em que se encontra inserido este aluno.

Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste aluno.

A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia

a dia.

102

Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula

(conhecimentos prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades

individuais), em relação aos novos conteúdos de aprendizagem.

COMO AVALIAR

Realizar entrevistas (professor, equipe técnico pedagógica, família, aluno).

Observar o aluno no coletivo e no individual.

Analisar a produção do aluno (material escolar).

Investigar as áreas do desenvolvimento: cognitivo, motor, afetivo e social e

áreas do conhecimento: acadêmico.

Utilizar testes formais somente quando necessário e em situações

específicas.

Utilizar instrumentos como: observações, jogos, avaliação dos conteúdos

pedagógicos e outros.

Registrar todas as informações possíveis, no decorrer do processo

avaliativo valorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

PESSOAL ENVOLVIDO

Todos os profissionais da escola responsáveis pelo processo de ensino e de

aprendizagem.

Professor especializado, professores da classe comum e profissionais

capacitados psicólogos, pedagogos, entre outros).

Família do aluno.

Equipe pedagógica do NRE.

Contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno.

Desenvolvimento motor, cognitivo, socioafetivo e escolar deste aluno.

103

A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia

a dia.

Identificar os conhecimentos do que o aluno manifesta na sala de aula

(conhecimentos prévios, cultura, assim como as dificuldades/necessidades

individuais), em relação aos novos conteúdos de aprendizagem.

4.5 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A Lei Federal 9394/96 prediz que a recuperação de estudos deva ocorrer

paralelamente ao ano letivo, ou seja, durante todo o processo escolar em que o educando

está frequentando, sendo flexível em cada estabelecimento de ensino desde que esteja

explicito no Projeto Político Pedagógico contendo adaptações e estratégias na demanda.

O artigo 24 alínea “e” da referida Lei, recomenda que ele seja paralelo para os casos de

baixo rendimento escolar e estar contemplado no Regimento Escolar. Desta forma os

educando que não obtiveram bom desempenho escolar, em qualquer época do ano letivo,

deverão realizar recuperação de estudos devendo o professor munir-se de novas

metodologias e instrumentos de ensino, afim de romper com a cultura de reprovação,

mesmo porque as notas ou conceitos são flexíveis e pré-definidos pela escola, garantindo

a qualidade de aprendizagem.

As atividades apresentadas pelo professor na recuperação devem estar

contempladas no Plano de Trabalho Docente, com critérios bem definidos a cada término

de conteúdo, verificando se houve aprendizagem, a fim de que o educando possa avançar

em relação a aprendizagem.

Para que esta recuperação de estudos aconteça será necessário que se reveja as os

critérios avaliativos, os objetivos do conteúdo apresentado e a metodologia utilizada,

visto que as atividades e os recursos metodológicos devem ser diferenciados para que não

seja apenas a recuperação de notas mas de conteúdos, respeitando o ritmo da

aprendizagem de cada educando.

104

A avaliação ocorre de forma continua revelando a prática educativa contribuindo

neste sentido para o desenvolvimento do educando. Cabe ao professor, intervir de forma a

superar as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos.

As atividades de Recuperação de Estudos poderão ser elaboradas junto a Equipe

Pedagógica se assim fizer necessário, no sentido de criar hábitos de estudos por parte

do educando com conteúdos significativos. É preciso desenvolver atividades

diversificadas durante o ano letivo possibilitando ao aluno diferentes situações de

aprendizagem, com recursos didáticos diversificados, priorizando a apropriação do

conhecimento, oportunizando a todos o feedback dos objetivos propostos em cada

conteúdo.

4.6 REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL

A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno não obtendo

aprovação final em até três (03) disciplinas em regime seriado poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente ao ano seguinte no contraturno. A frequência do aluno

é de fundamental importância visto que as aulas são presenciais, necessitando de 75% de

frequência e média bimestral igual ou superior a 6.0..

O aluno não poderá ser matriculado na 3ª série do Ensino Médio, devendo

dependências da 1ª série conforme Regimento Escolar.

É recomendável que os alunos de 6º e 7º ano não participem deste processo, pois

esta dinâmica é muito complexa para essa faixa etária, cabe ao conselho definir ações para

recuperação de estudos e/ou Aprovação por APCC.

Os critérios para reprovação e/ou aprovação do aluno por APCC deverão ser

definidos pelos membros do Conselho de Classe e registrados em Ata.

105

4.7 PLANO ESPECIAL DE ESTUDOS

O Colégio Estadual 14 de Dezembro inseriu em seu Regimento Escolar o regime

de progressão parcial, onde o educando poderá cursar subsequente e concomitantemente o

ano (série) seguinte e até três disciplinas que não obteve aprovação.

Portanto, conforme INSTRUÇÃO CONJUNTA N.º 01/09- SEED/SUED/DAE,

havendo incompatibilidade de horário, o Estabelecimento de Ensino deve instituir plano

especial de estudos, de forma a garantir o cumprimento integral da carga horária e

conteúdos obrigatórios da disciplina em dependência.

A direção juntamente com a Equipe Pedagógica, Secretaria e Professores deverão

analisar cada caso antes de aplicar o Plano Especial de Estudos. Estas ações deverão ser

registradas em documentos próprios garantindo a legalidade da ação.

4.8 FORMAÇÃO CONTINUADA

O processo de formação continuada dos profissionais da educação implica

em uma reflexão sobre o próprio significado do processo educativo, que para a formação

prática educativa e progressista devem ser obrigatórios alguns saberes fundamentais a

essa prática de formação docente. É indispensável que o formando docente saiba que

ensinar não é somente transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a

sua produção ou a sua construção.

O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente

reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão, bem como

não se prender apenas em ensinar conteúdos, mas também ensinar a pensar certo.

Apesar de conscientes destas necessidades, nem sempre as instituições superiores

(universidades e faculdades) têm colocado no mercado de trabalho, profissionais

realmente habilitados para tal exercício.

Desta forma as instituições educacionais têm lançado mão de alguns recursos

para solucionar os problemas advindos desta situação, tais como:

106

- Cursos à distância(Plataforma Freire);

- Cursos de capacitação oferecidos pelo Estado;

- Grupo de Estudos;

- Reuniões pedagógicas;

- Palestras;

- Formação continuada;

- Grupo de Trabalho em Rede;

- Plano de Desenvolvimento Educacional PDE-PR, entre outros.

Contudo é pré-condição para o aperfeiçoamento como a autoridade e liderança do

professor a inserção dele no coletivo da profissão através da formação adequada.

Estes momentos de estudos proporcionam ao educador um aprofundamento

teórico-prático, ampliando seu conhecimento na área atuante, possibilitando a troca de

experiência entre os profissionais da educação e a produção de novos saberes.

4.9 NOME SOCIAL DO ALUNO

Conforme os pareceres CP/CEE nº 01/09, nº 04/09 do Ministério Público do Paraná

e a Instrução Conjunta nº 02/2010 – SEED/SUED/DAE estabelecem que o nome social é

o nome pelo qual travestis e transexuais femininos ou masculinos se reconhecem e

preferem ser chamados, sendo que os estabelecimentos do Sistema Estadual de Ensino do

Paraná deverão incluir, a partir do ano letivo de 2010, o nome social do aluno e/ou aluna

travesti ou transexual, maior de 18 anos, que queira, por escrito (declaração) esta inserção,

nos documentos escolares internos, tais como: espelho do Livro Registro de Classe, Edital

de Nota e Boletim Escolar. A referida declaração deverá ser arquivada na pasta individual

do aluno e/ou aluna. Os documentos escolares oficiais deverão permanecer inalterados.

107

4.10 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

A inserção do estágio não obrigatório no Projeto Político-Pedagógico da escola não

pode contrapor-se à própria concepção de escola pública, ainda que o estágio seja uma

atividade que vise a preparação para o trabalho produtivo, conforme Lei n° 11788 / 2008. A

função social da escola vai para além do aprendizado de competências próprias da atividade

profissional e, nesta perspectiva, vai para além da formação articulada às necessidades do

mercado de trabalho.

Conceber trabalho como princípio educativo pressupõe oferecer subsídios, a partir

das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições sociais, as quais se

explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer instrumentos

conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação, bem como as

possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.

Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos conhecimentos

produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro

trabalhador se apropriar das etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto

implica em ir para além de uma formação técnica que secundariza o conhecimento,

necessário para se compreender o processo de produção em sua totalidade.

Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta dimensão

contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro trabalhador atuar no mundo do

trabalho de forma mais autônoma, consciente e crítica.

Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno estagiário,

não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma

plena, integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.

Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações

desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa,

relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das

relações de trabalho.

108

Assim, cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio desenvolvidas pelo

aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa mediar a natureza do estágio e

as contribuições do aluno estagiário com o plano de trabalho docente, de forma que os

conhecimentos transmitidos sejam instrumentos para se compreender de que forma tais

relações se estabelecem histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao

pedagogo, também, manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividades

de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes possam

contribuir para esta relação prática.

Desta forma, o estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no

ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do educando que

esteja frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação

profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino

fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. O estágio visa ao

aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização

curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à

carga horária regular e obrigatória. No estágio não-obrigatório, é compulsório o recebimento

de bolsa ou outra forma de contraprestação acordada, bem como auxílio-transporte. A

eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte, alimentação e saúde,

entre outros, não caracteriza vínculo empregatício. As instituições de ensino da rede

estadual, obrigatoriamente, deverão prever o estágio não-obrigatório. O desenvolvimento do

estágio não-obrigatório deverá estar descrito no Plano de Estágio de cada curso.

O estágio Profissional não-obrigatório deverá ser assumido pela instituição de ensino

a partir da demanda dos alunos, desenvolvido como atividade opcional para o aluno,

acrescida à carga-horária regular e obrigatória. O estágio não-obrigatório não interfere na

aprovação/reprovação do aluno e não é computado como componente curricular.

109

4.11 ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DOS SEGUIMENTOS DA COMUNIDADE

ESCOLAR

DIREÇÃO E DIREÇÃO AUXILIAR

Compete à equipe de Direção, a gestão de serviços escolares no sentido de garantir

o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidos no Projeto

Político Pedagógico e demais atribuições relacionadas no Regimento Escolar.

As atribuições da Direção e Direção Auxiliar estão relacionadas no Regimento

Escolar.

EQUIPE PEDAGÓGICA

A Equipe Pedagógica tem como atribuições a de coordenar e implementar na

prática docente as Diretrizes Curriculares Estaduais, visando a melhoria da

qualidade de ensino na escola, além das atribuições relacionadas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar.

As atribuições da Equipe Pedagógica estão relacionadas no Regimento Escolar.

PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Os profissionais especializados em educação especial têm com atribuição para sua

função, identificar as necessidades educacionais especiais para definir, implementar,

liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização, adaptação curricular,

procedimentos didáticos pedagógicos e práticas alternativas, adequados ao atendimentos

das mesmas, bem como trabalhar em equipe, assistindo o professor de classe comum nas

práticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com necessidades

educacionais especiais.

110

CORPO DOCENTE

É formada por todos os profissionais que atuam no Estabelecimento como regentes,

em sala de aula ou outra função pedagógica. Além de participar ativamente na

elaboração do PPP, suas funções estão relacionadas no Regimento Escolar e no Estatuto

do Magistério do Paraná. O Paraná realiza a Avaliação de Desempenho do Professor do

Quadro Próprio do Magistério englobando critérios de produtividade, participação,

assiduidade e pontualidade, que foi concebido como uma forma de melhorar o

desempenho dos docentes. O novo Plano de Carreira, Cargos e Salários requer um novo

tipo de avaliação que seja mais atualizada e funcional.

As atribuições do Corpo Docente estão relacionadas no Regimento Escolar.

CORPO DISCENTE

A comunidade escolar que se atende no Colégio Estadual 14 de Dezembro é

bastante diversificada. Atendemos alunos da área urbana e rural com níveis sociais

diferenciados.

Com as mudanças ocorridas na estrutura familiar e as modificações sócio- culturais

da atualidade, percebemos que a educação dos filhos assume um caráter de maior

liberdade junto aos pais, surge novas exigências, pois os educandos estão em contato com

informações emergentes da mídia, internet e sociedade em geral. Tal exigência também é

percebida na sociedade e reflete na escola, cobrando dos professores e funcionários uma

atuação cada vez mais elaborada.

Com vistas a essas exigências o Colégio Estadual 14 de Dezembro tem realizado

um trabalho diferenciado, atraindo a participação dos pais e estabelecendo com os

mesmos parcerias orientando-os na educação dos filhos. Tal educação promove uma

melhora no comportamento, por parte dos educandos, o que favorece a aprendizagem em

sala de aula, melhor entrosamento entre alunos e professores, bem como a conservação e

valorização do patrimônio escolar.

A escola oferta alguns projetos que tem atraído novos alunos e despertando um

111

novo olhar da comunidade com a mesma.

Temos trabalhado ainda com adaptação curricular para atender alguns alunos que

apresentam necessidades educativas especiais, como Sala de Apoio Aprendizagem para

alunos com grandes dificuldades na aprendizagem e Sala de Recursos (multifuncional)

oportunizando assim maiores possibilidades ao nosso aluno, com relação à sua

aprendizagem e inclusão social.

As atribuições do Corpo discente e dos Pais e/ou Responsáveis, estão

relacionadas no Regimento Escolar.

AGENTES EDUCACIONAIS II

Os Agentes Educacionais II são compostos pela Secretária e técnicos

administrativos. Este setor é responsável pela organização da documentação escolar dos

discentes, das matrículas, dos arquivos de documentações bem como o cadastro destes no

SERE/WEB e SEJA, além de toda a movimentação burocrática que envolve a vida escolar

dos mesmos. Além disso, tem a responsabilidade de organizar as documentações

referentes aos funcionários e docentes que atuam neste Estabelecimento, propiciando o

suporte necessário ao funcionamento de todos os setores do Estabelecimento,

proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais funções.

As atribuições dos Agentes Educacionais II estão relacionadas no Regimento

Escolar.

AGENTES EDUCACIONAIS I

Os Agentes Educacionais I tem a seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do Estabelecimento, sendo subordinada,

coordenada e supervisionado pela Direção.

As atribuições dos Agentes Educacionais I estão relacionadas no Regimento

Escolar.

112

4.12 RECURSOS MANTENEDORES

Os governos Estadual e Federal possuem vários programas que disponibilizam

recursos à escola, entre eles encontram-se o Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE

(federal) e o Fundo Rotativo – FR (estadual), ambos são creditados diretamente em contas

específicas para cada programa, sendo que a conta do FR tem como responsável o diretor

do estabelecimento de ensino e a conta do PDDE tem como responsáveis o presidente e o

tesoureiro da Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF. Apesar de estas

pessoas serem as responsáveis pelos pagamentos, efetuados única e exclusivamente à

vista e através de cheques nominais e cruzados, elas não decidem os gastos sozinhas. São

realizadas reuniões com a comunidade escolar, membros da APMF, Conselho Escolar e

Direção para priorizar estes recursos, sendo que os gastos apenas serão efetuados após

processo de licitação com, pelo menos, três empresas/comércio e aprovação do Plano de

Aplicação dos recursos. A comunidade escolar, além de participar na aprovação do Plano

de Aplicação, participa também no acompanhamento da execução das despesas, nos

relatórios e prestação de contas.

Os recursos do FR vêm através de cotas durante o ano letivo com destinos pré-

definidos, ou seja, atender às necessidades emergenciais do dia-a-dia, entre eles a

manutenção e conservação do estabelecimento de ensino e despesas relacionadas com a

atividade educacional, incluindo aquisição de materiais de limpeza, expediente, didático,

esportivo, gás, lâmpadas, a execução de pequenos reparos como troca de vidros, limpeza

de caixa d’água, fechaduras, instalação elétrica e hidráulica e complementação da

merenda escolar através do Projeto Escola Cidadã, em forma de Cota Extra.

Os gastos são planejados através do Plano de Aplicação e feitos no Sistema Gestão

de Recursos Financeiros – GRF, onde o responsável pela prestação de contas da escola

cadastra uma senha para acessar o sistema via web e registrar quanto será gasto em cada

atividade. Todos os dados ficam disponibilizados na internet, no site –

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br – Consulta Escola. Os gastos da escola devem seguir

como planejados, uma vez que a prestação de contas é baseada neles e ainda na

apresentação de notas fiscais que os comprovem. No FR não é permitida a aquisição de

material permanente/equipamentos, salvo quando é liberado o recurso através uma cota

extra para esse fim, mediante solicitação do estabelecimento de ensino e aprovação da

113

Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED.

A prestação de contas do FR é feita semestralmente e de duas formas: documental e

on-line.

O recurso do PDDE difere do FR em alguns aspectos, pois, vem apenas uma vez ao

ano, no segundo semestre e pode ser dividido entre custeio e capital – onde é permitida a

aquisição de material permanente, conforme as necessidades do estabelecimento de

ensino. Este recurso restringe a sua aplicação apenas ao que for de uso coletivo do aluno.

É fundamental que os gestores dos recursos públicos tenham o máximo cuidado

nesta movimentação, pois, além de priorizar os gastos conforme suas necessidades devem

estar atentos ao controle do saldo bancário, a obrigatoriedade de conhecer as normas dos

Programas e toda a legislação que norteia a execução das despesas. Para a comprovação

de gastos na prestação de contas é necessária a assinatura de membros da APMF e/ou

membros do Conselho Escolar e da Direção do estabelecimento de ensino, além das notas

fiscais e extratos bancários. No caso do FR, é cadastrado um único CNPJ para todas as

escolas, sendo assim, se um dos gestores emitir um cheque sem saldo, todas as contas de

todas as escolas do estado ficam bloqueadas.

O Governo Federal vem implementando nas escolas uma Política Nacional da

Educação da criança em tempo integral, com projetos diferenciados, principalmente nas

escolas que obtiveram notas abaixo da média nas avaliações do IDEB ou localizada em

área de risco social, www.mec.gov.br , a partir de 2009. Todos os recursos visam à

melhoria da infraestrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar, o

fortalecimento da participação social e a elevação dos índices de desempenho da educação

básica e tem como referência o número de alunos do ensino fundamental e médio de

acordo com o censo escolar do ano anterior.

Além de receber as verbas do FR e do PDDE, o colégio em que atuo, está inserido

em outro programa: o PDE ESCOLA que também é de responsabilidade da APMF. Desde

então, recebeu as duas verbas a que tinha direito, a principal e a complementar que foram

utilizadas para reverter a situação em que o colégio se encontrava devido ao baixo índice

de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB. Dentro deste contexto, tem-se investido

em diversos setores objetivando melhorar a aprendizagem e desempenho dos alunos

elevando, desta forma, os índices do IDEB, através da aquisição de livros infanto-juvenis,

da construção de uma cidade-mirim para o exercício da cidadania, cadeiras para o

114

anfiteatro, diversos projetos em forma de contra turno, atletismo, viagens a Itaipu e

Curitiba com alunos do colégio, realização de palestras para os profissionais da educação

do nosso colégio, entre outros. Sendo assim, já foram constatados significativos aumentos

nos índices de aproveitamento dos alunos, tanto pelos profissionais da educação que

acompanham de perto esses avanços como através das avaliações do IDEB.

4.13 ATIVIDADES INTEGRADAS AO CURRÍCULO

A escola ganha uma nova dimensão através dos programas e atividades extra

curriculares. Eles são necessários para dinamizar a prática pedagógica, tornando a escola

mais convidativa e atraente fazendo com que o educando se aproprie do conhecimento de

forma prazerosa.

Dessa forma a teoria, o conhecimento e a prática se complementam

conduzindo conhecimento científico por meio da ação.

Por meio dos programas, estabelecemos um vínculo entre o ambiente escolar

e a comunidade, promovendo a divulgação do conhecimento através das ações

desenvolvidas.

O Colégio Estadual 14 de Dezembro se propõe a trabalhar com as seguintes

atividades integradoras:

CENTRO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LÍNGUA

ESPANHOLA

O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), nesse caso, a Língua Espanhola,

tem por objetivo expandir as formas de conhecimento, logo pode ser propiciadora da

construção das identidades dos sujeitos (educandos) ao oportunizar o

115

desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido pela língua estrangeira na

sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações entre a

comunidade local e a de fronteira latino-americana.

O ensino do Espanhol como opção de uma língua estrangeira, se faz necessário em

nosso município, uma vez que nosso estado possui uma forte ligação com o

MERCOSUL contribuindo para o fortalecimento das relações políticas e comerciais.

Cabe salientar que em nosso município não existe uma escola que ofereça o curso de

Espanhol, e mesmo se existisse, este não seria gratuito. Por esse motivo julgamos ser de

fundamental importância a oferta do ensino da Língua Espanhola em nossa escola,

abrangendo não só os educandos regularmente matriculados, mas também toda a

comunidade, visto que nossos estudantes não possuem condições financeiras suficiente

para custear cursos nessa área.

Dessa forma, a oferta do ensino da Língua Espanhola no CELEM deste

estabelecimento de ensino atende às expectativas e demandas sociais contemporâneas,

propiciando a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas

gerações.

O Curso Básico de Língua Espanhola tem duração de 02 (dois) a nos, com

carga horária anual de 160 horas/aula, perfazendo um total de 320 horas/aula, e o Curso

de Aprimoramento terá duração de 01 ano, com carga horária de 160 horas/aula, destinado

apenas para àqueles que tenham Concluído o Curso Básico

No decorrer deste ano contamos com três turmas de CELEM, uma no

período vespertino, outra no intermediário da tarde e outra no período noturno, ambas do

1º ano do curso básico. Para o ano de 2012 estão previstas a abertura de quatro turmas

para o Curso Básico sendo, duas de 1º ano e duas de 2º ano, distribuídas entre os períodos

vespertino e noturno, e uma turma do Curso Avançado no período noturno.

Os critérios de participação no curso CELEM atendem a Instrução

nº019/2008 - SUED/SEED onde são destinadas 10% do total das vagas para

professores e funcionários do estabelecimento, 30% para a comunidade em geral e 60%

distribuídas entre os alunos do Ensino Médio regular.

116

ATENDIMENTO NA SALA DE APOIO E APRENDIZAGEM

Este Programa está apoiado na a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.

9394/96; no parecer CNE/CEB nº. 04/98 que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Fundamental; a Deliberação nº 007/99 – CEE – PR, que define normas

gerais para a Avaliação do Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção

de alunos, do Sistema Estadual de Ensino; a Resolução Secretarial N. 2772/2011, que

regulamenta a ampliação das Salas de Apoio a Aprendizagem; a necessidade de definir os

critérios para a abertura de demanda para suprimento de horas- aulas em Salas de Apoio a

Aprendizagem para os anos finais do Ensino Fundamental; a necessidade de definir as

funções ou atribuições de cada professor integrante do processo de implantação das Salas

de Apoio a Aprendizagem; a ação pedagógica para enfrentamento dos problemas

relacionados a aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos

finais do Ensino Fundamental, no que se refere aos conteúdos básicos dessas disciplinas; a

implantação do Ensino Fundamental de 9 anos e o estabelecido no Plano de Metas da

SEED.

O programa prevê o atendimento aos alunos matriculados no 6º e 9º ano em contra

turno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as

dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como

o raciocínio lógico, as formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e

elementares.

Desde a sua criação a Secretaria de Estado da Educação do Paraná vem

promovendo capacitação aos professores e pedagogos que atuam nesta área, buscando

esclarecer os objetivos e encaminhamentos metodológicos, bem como, levar ao

conhecimento dos professores formas diferenciadas de atividades para serem trabalhadas

na Sala de Apoio a Aprendizagem.

A carga horária disponível para cada uma das disciplinas – Língua

Portuguesa e Matemática – será de 04 horas - aulas semanais para os alunos, sendo

ofertadas prioritariamente, em aulas geminadas, em dias não subsequentes, tendo sempre

em vista o benefício do aluno.

117

Dessa forma, as turmas serão organizadas em grupos de no máximo 20 (vinte)

alunos, com atendimento em espaço físico adequado, Professor e Plano de Trabalho

Docente integrado ao Projeto Político Pedagógico da escola.

A função da Equipe Pedagógica é apresentar e discutir a legislação específica do

Programa com o coletivo da escola, para decidir com os Professores regentes das turmas

do 6º e do 9º ano, a indicação dos alunos que irão compor as turmas, de acordo com

diagnóstico realizado, orientar o professor na elaboração do Plano de Trabalho Docente,

acompanhando sua efetivação, garantindo a participação dos Professores no Conselho de

Classe, acompanhar os alunos buscando sua participação integral no Programa, mantendo

pais ou responsáveis informados quanto à frequência e aproveitamento dos educandos.

Cabe ainda a Equipe Pedagógica, organizar os materiais didáticos, garantindo o

funcionamento das salas, orientando os Professores quanto ao preenchimento dos

relatórios, que são semestrais, acompanhar a movimentação dos alunos matriculados nas

Salas de Apoio, providenciando a substituição do discente quando houver a superação das

dificuldades apresentadas oportunizando o atendimento a novos alunos.

Aos Professores Regentes compete, diagnosticar as dificuldades de

oralidade, leitura, escrita, formas espaciais e quantidades, referentes aos conteúdos dos

anos iniciais do Ensino Fundamental, indicando os alunos que irão participar do

Programa. Deve ainda participar juntamente com a Equipe Pedagógica e o

Professor da Sala de Apoio na definição de ações pedagógicas que possibilitem a

superação das dificuldades apresentadas pelos alunos, acompanhando o processo de

aprendizagem do aluno durante e após a sua participação no Programa. É de sua

responsabilidade decidir com a Equipe Pedagógica e os Professores das Salas de Apoio, a

permanência ou a dispensa dos alunos e preencher as fichas de encaminhamento dos

alunos indicados para o Programa.

Aos Professores de Salas de Apoio à Aprendizagem, cabe a função de elaborar

o Plano de Trabalho Docente juntamente com a Equipe Pedagógica e professores

regentes. Este deve estar de acordo com o disposto no Projeto Político Pedagógico para

Língua Portuguesa e Matemática, adequados à superação das dificuldades de oralidade,

leitura, escrita, bem como as formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e

elementares. Compete ainda organizar e disponibilizar para o coletivo de Professores

regentes da turma e Equipe Pedagógica, pastas individuais dos alunos, manter o Livro

118

Registro de Classe atualizado, comunicar por escrito, as faltas consecutivas dos alunos,

participar do Conselho de Classe e da formação continuada promovida pela

SEED/NRE/Escola.

Os pais ou responsáveis são orientados sobre o funcionamento e a importância

desse programa de apoio pedagógico para a aprendizagem do educando. Cabe aos

mesmos o compromisso de encaminhar o aluno para a Sala de Apoio à aprendizagem,

acompanhando a sua frequência.

O referido Programa tem como meta contribuir na aquisição dos conhecimentos

necessários para que o educando supere as dificuldades de aprendizagem, diminuindo

assim os índices de repetência, e de evasão escolar.

Diante disso, e respeitando o que determina a legislação, o Colégio Estadual 14 de

Dezembro – EFM atende os alunos regularmente matriculados no 6º e no 9º ano do

Ensino Fundamental, do período Matutino. Esse atendimento é feito no período

vespertino e contamos com duas turmas da disciplina de Matemática e duas turmas da

disciplina de Língua Portuguesa, sendo duas turmas do 6º ano e mais duas turmas do 9º

ano, nas respectivas disciplinas.

Nossos professores têm o compromisso de realizar um trabalho diferenciado para

os educandos que se encontram matriculados na Sala de Apoio à Aprendizagem,

desenvolvendo um trabalho de forma Lúdica, com atividades diversificadas, atendendo as

especificidades de cada um, propiciando a interação e a socialização desses alunos, com

um aprendizado significativo, visando a recuperação e a promoção dos mesmos.

AGENDA 21

A humanidade vive tempos de grandes avanços propiciados pelas novas

tecnologias. Muitos desses avanços possibilitaram ao homem certas facilidades e

melhorias nas condições de vida que, consequentemente, resultaram em mudanças

gradativas nas concepções, estilos e valores de vida. Olhando por esse prisma, poderíamos

pensar que tais tempos seriam o presságio de que o homem estaria cada vez mais

próximo da perfeição em termos de sobrevivência, o que não é uma realidade.

119

Por um lado, não há como negar as melhorias na vida das pessoas, como por

exemplo, os avanços na medicina possibilitando a cura para diversas doenças. Mas,

olhando por outro prisma, a questão é que muitos dos avanços apresentam também

resultados negativos, ou seja, efeitos colaterais que hoje estão fazendo com que o homem

desperte para tais problemáticas.

Como vimos, o homem, por muito tempo, guiou-se unicamente pelo anseio de

evoluir, de conquistar e de criar, sem se preocupar no que estava se transformando e sem

escutar a sua voz interior que está ligada às coisas simples e que fazem com que a vida

tenha sentido. Por algum tempo a intervenção extrativista desenfreada precedeu ser

inócua ao meio ambiente. No entanto, a Gaia (nome que a mitologia Grega deu a Terra)

nossa casa, sofrendo com a exploração, passou a dar sinais de alerta, sinais que indicam o

seu descontentamento com o homem que, por sua vez, não procura conhecer os limites a

serem respeitados.

Essa indiferença do homem, que representa a ausência de uma ética ambiental, fez

com que ele hoje se encontre diante de uma crise ambiental mundial, situação inédita na

qual deverá escolher se continuará vivendo ou se espera pela própria autodestruição.

Infelizmente essa é a situação que enfrentamos hoje, em decorrência do risco

imposto pela própria atividade humana que fez com que o homem fosse lobo do próprio

homem.

Se não fizermos nada estaremos na eminência de um colapso como o que

aconteceu com os dinossauros, só que a diferença desta vez é que o asteroide ameaçador

não vem do céu, o asteroide se chama Homo sapiens.

Alguns autores alertam: “os indicadores da situação mundial são alarmantes.

Deixam transparecer pouco tempo para as mudanças necessárias. Estimativas otimistas

estabelecem como data-limite o ano de 2030. A partir daí a sustentabilidade do sistema

Terra não estará mais garantida.”

Destacam ainda que são tre s os problemas a serem enfrentados para que possamos

ao menos tentar amenizar a atual crise. O primeiro problema é o da exaustão dos

recursos naturais não renováveis, o segundo da suportabilidade da terra quanto à agressão

que sofre, e o terceiro a injustiça social mundial. Compreendemos que não basta o homem

tomar conhecimento de tais problemas e continuar sem fazer nada para mudar. Com isso

120

estamos querendo dizer que, para continuar a viver e, para tal, deverá também enfrentar

esses problemas para que possa garantir as condições de sua sobrevida. Esse

enfrentamento requer bom senso para captar as transformações necessárias a um novo

projeto de vida em que as prioridades precisam ser levantadas com sabedoria.

Mas para que haja um novo projeto de vida, faz-se urgente uma mudança na forma

de pensar, de sentir e de avaliar. Tais mudanças requerem uma revolução civilizacional

que possibilite novos princípios de relação do homem com a terra. Somente com uma

relação saudável é que os seres humanos poderão salvar-se e salvar também o planeta.

Para tanto, precisaremos repensar o mundo, entendê-lo, senti-lo, estabelecendo

uma relação de respeito, de admiração por este planeta que é a nossa verdadeira

morada no plano da vida material.

Podemos considerar que as soluções virão a partir do momento em que o homem

decidir lançar um novo olhar para as questões ambientais, assumindo a perspectiva da

complexidade ambiental que é resultado da crise civilizatória.

Queiramos ou não, teremos que pagar o preço por tudo que usufruímos, até hoje,

sem nos preocuparmos com a sua origem e destino. O preço será encarar de frente a

complexidade ambiental, analisar os fatores responsáveis por ela que são a tecnificação e

economização do mundo, os quais fizeram com este chegasse ao seu limite: o caos e a

incerteza.

Através da compreensão da complexidade ambiental e dos fatores responsáveis há

chances de construirmos uma racionalidade alternativa para um mundo sustentável.

Destaca como necessários serão encontrados nos conhecimentos interdisciplinares e

transdisciplinares mediados por práticas educativas capazes de construir um novo saber,

uma nova racionalidade, pois a atual crise ambiental não é apenas uma crise ecológica, é

uma crise da razão.

No entanto, na área educacional, podemos dizer que os professores que hoje

cultivam as ideias e sensibilidades ecológicas e que, mesmo com as precariedades pelas

quais a escola passa, compõe sua prática educativa dos ideais ecológicos, podem também

ser considerados sujeitos ecológicos.

Consideramos que, essa aprendizagem é fundamental para a formação do sujeito

ecológico. É possível através da educação, mais especificamente da educação ambiental,

121

por ser a via capaz proporcionar e possibilitar ao homem oportunidade de compreensão

sobre a complexidade ambiental e, consequentemente, instrumentalizá-lo para uma

reconstrução do mundo. Por essa razão é que a constituição de uma atitude ecológica,

ou seja, a formação de sujeitos ecológicos é a principal aspiração da nossa educação

ambiental, pois ela oferece um ambiente de aprendizagem social e individual dos valores

ecológicos capazes de reconstruir a história do planeta, iniciando por transformações em

nossa escola e município, assegurando uma ética ambiental, pois acreditamos que uma

ética ambiental garante menos danos ao planeta, pois os homens agem segundo sua

consciência ambiental que reconhece o valor da natureza, não só para a

preservação do meio ambiente, mas também para a preservação da espécie humana.

EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE

HISTÓRIA E CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA

A diversidade, do ponto de vista cultural, pode ser entendida como a construção

histórica, cultural e social das diferenças. Ela é construída no processo histórico-cultural,

na adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de

poder. Os processos e a luta pela inclusão na educação básica representam um

posicionamento político, uma reorganização do trabalho na escola, do tempo escolar e da

formação de professores, o trato ético e democrático dos alunos e seus familiares, novas

alternativas para a condição docente e uma postura democrática diante do diverso.

Neste contexto, são necessários posicionamentos, práticas políticas e o

entendimento da relação entre inclusão, exclusão e diversidade, articulados a uma visão

ampla de educação e desenvolvimento sustentável.

As políticas educacionais devem se estruturar de forma a contribuir na discussão da

relação entre formação, diversidade, inclusão e qualidade social da educação básica.

Assim, é fundamental problematizar questões como a contextualização curricular a partir

da diversidade regional; a educação indígena; a educação afrodescendência; a educação

no campo; a educação de pessoas com deficiências e altas habilidades; a educação de

pessoas privadas de sua liberdade; a educação e diversidade sexual.

A cobrança hoje feita à educação, de inclusão e valorização da diversidade, tem a

122

ver com as estratégias por meio das quais os grupos humanos e sociais considerados

diferentes passaram a destacar politicamente as suas singularidades e identidades,

cobrando tratamento justo e igualitário, desmistificando a ideia de inferioridade que paira

sobre diferenças socialmente construídas. Esses grupos questionam as políticas de

inclusão, buscando superar a visão assistencialista que ainda recai sobre elas.

Compreender a relação entre diversidade e educação básica implica delimitar um

princípio radical da educação pública e democrática: a escola pública se tornará cada vez

mais pública na medida que compreender o direito à diversidade e o respeito às diferenças

como um dos eixos norteadores da sua ação e das práticas pedagógicas. Para tal, faz-

se necessário o rompimento com a postura de neutralidade diante da diversidade

que ainda se encontra nos currículos.

Assim os desafios postos pela inclusão e a diversidade na educação básica exigem

medidas que garantam a todos os grupos sociais, principalmente àqueles que se

encontram histórica e socialmente excluídos, o acesso a uma educação de qualidade.

O Colégio Estadual 14 de Dezembro compartilha destes conceitos e propõe um

currículo que reconhece o direito à diversidade e o respeito às diferenças, oportunizando à

todos uma educação de qualidade.

EDUCAÇÃO FISCAL

A Educação Fiscal deve tratar da compreensão do que é o Estado, suas origens,

seus propósitos e da importância do controle da sociedade sobre o gasto público, através

da participação de cada cidadão, contribuindo para o fortalecimento do ambiente

democrático e o exercício de uma prática educativa na perspectiva de formar um ser

humano socialmente consciente.

A Educação Fiscal tem como objetivo possibilitar e estimular o

crescente poder do cidadão quanto ao controle democrático do Estado,

incentivando-o a participação individual e coletiva na definição de políticas públicas e na

elaboração das leis para sua execução.

Portanto, a Educação Fiscal deve ser compreendida como uma abordagem

didático-pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e dos

123

gastos públicos, estimulando o cidadão a compreender o seu dever de contribuir

para o benefício do conjunto da sociedade, e por outro lado, estar consciente da

importância de sua participação no acompanhamento de uma gestão pública eficiente,

transparente e honesta quanto à captação, alocação e aplicação dos recursos públicos.

Promovendo a participação do indivíduo por meio de uma prática comprometida com a

transformação da realidade em benefício da qualidade de vida da população.

Segundo Pedro Demo (1996), “participação é conquista social”. A Educação Fiscal

é uma ponte que nos liga a essa fonte de saber, uma porta que se abre para a construção

de um processo de participação popular para que, professores, líderes comunitários,

universitários, entre outros, possam realizar seu papel de modo cada vez mais consciente e

responsável.

Diante disso, vemos que a educação escolar cidadã é aquela que leva o educando a

ter uma leitura de mundo, compreendendo suas relações naturais, sociais, políticas e

econômicas.

Para disseminar o Programa de Educação Fiscal em nosso colégio, nossos

docentes e discentes buscam desenvolver um trabalho por meio de uma conduta

responsável com as seguintes ações:

• Desenvolver atividades interdisciplinares no decorrer do ano letivo,

objetivando a formação de uma consciência de bem comum através de ação individual e

permanente, mostrando a importância de exigir a nota fiscal ao adquirir um produto,

no intuito de compreender a função e o papel da comunidade na emissão da nota fiscal;

• Desenvolver atividades teóricas e práticas em todas as disciplinas, sobre

impostos e taxas;

• Realizar pesquisas de campo, onde os educandos possam ter contato com

notas fiscais, para poder compreender como é feito o cálculo do imposto embutido em

tudo que consumimos, revelando a função sócio- econômica dos tributos;

• Levar por meio do Programa “Cidade Mirim” o conhecimento sobre

administração pública, controle de gastos, aplicação dos recursos resultantes do imposto

entre outros temas relacionados ao exercício da cidadania e do controle social,

sensibilizando o educando para a função social econômica dos tributos. Levando ao seu

conhecimento a importância e a função da Administração Pública, no controle dos

124

gastos públicos, bem como, o acompanhamento e fiscalização da aplicação dos recursos

públicos e tributação.

Entendendo a relevância deste trabalho junto aos nossos educandos, temos como

objetivo para o ano de 2012, dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido

por professores, alunos, direção, equipe pedagógica e funcionários, pois esse é um

trabalho que exige o envolvimento de toda comunidade escolar. Contaremos ainda com o

apoio do comércio do nosso município para a implementação e inovação do Programa.

Para que os nossos objetivos obtenham o resultado esperado serão desenvolvidos

trabalhos das mais diferentes formas, com atividades teóricas e práticas cada vez mais

eficazes, levando até o nosso aluno o conhecimento necessário para que possam ser

conhecedores dos seus direitos e deveres, agindo em seu meio com criticidade,

participando ativamente da vida em sociedade, pois a construção da cidadania é

adquirida por meio da conquista de direitos e o cumprimento dos deveres.

EDUCAÇÃO DO CAMPO

A diversidade cultural é muito mais ampla, multifacetada e complexa do que

pensamos. A luta pelo direito e reconhecimento das diferenças não pode resultar em

práticas culturais, políticas e pedagogias solitárias. Desta maneira percebemos que a

escola é o espaço privilegiado para fomentar o diálogo e a garantia da cidadania para

todos, buscando uma reflexão sobre o trato pedagógico e o reconhecimento da

diversidade bem como o estabelecimento de padrões de respeito, de ética, a

garantia dos direitos sociais para a construção de uma sociedade justa, democrática e

igualitária.

Tendo em vista que boa parcela dos nossos educandos são oriundos da área rural

pensamos em uma educação vinculada aos interesses e ao desenvolvimento sociocultural

dos diferentes grupos sociais que habitam e trabalham no campo. Urge a necessidade de

equacionar a função social da educação e da escola em um projeto de inserção do

aluno do campo no conjunto da sociedade. É preciso educar para um modelo de

agricultura que inclua os excluídos, que amplia os postos de trabalho, que aumenta as

oportunidades do desenvolvimento das pessoas e das comunidades que avança na

125

produção e na produtividade centradas em uma vida mais digna para todos e respeitadora

dos limites da natureza. Buscamos preparar o nosso aluno do campo para ser sujeito desta

construção. Com uma educação que garanta o direito ao conhecimento, a ciência e à

tecnologia socialmente produzidas e acumuladas assegurando a construção e afirmação

dos valores e da cultura das autoimagens e identidades da diversidade que compõe hoje o

povo brasileiro do campo.

SEXUALIDADE

A educação pautada nos direitos humanos constitui-se em uma preocupação de

âmbito federal e estadual, já que os sujeitos como detentores de direitos, têm e devem ter

no princípio da dignidade da pessoa humana o seu maior fundamento; portanto, todas as

pessoas devem ser tratadas com dignidade, não importando a sua raça, etnia, idade, credo,

cor, gênero, profissão ou, ainda, a sua orientação sexual. Diante disso e considerando

especialmente a diversidade cultural e a transformação social, a Secretaria de Estado da

Educação do Paraná em suas ações, no que se refere à discussão crítica da Sexualidade

nas escolas, compreende que as relações entre os gêneros, o poder e a violência

constituem-se em assuntos pertinentes a serem inseridos na formação continuada das

professoras e professores, bem como dos profissionais da educação em geral.

Pode-se perceber que é impossível conceber em tempos atuais a construção de um

currículo que não contemple a Sexualidade inserida nos conteúdos das várias disciplinas

da Educação Básica.

Diante disso o Colégio Estadual 14 de Dezembro – EFM intervém na realidade

escolar no que se refere às questões da abordagem da Sexualidade nas escolas por meio de

uma metodologia diferenciada, inserindo-as no currículo, por meio dos conteúdos

elencados nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica.

126

ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO: RÁDIO EDU14: A

rádio que Educa

O rádio exerce forte influência dentro da sociedade, o que o torna um dos meios de

comunicação de massa mais eficazes e um recurso pedagógico em potencial já que todos,

sem distinção, temos acesso a ele. Segundo Araújo (2003), “há décadas o rádio educa,

aproxima, apaixona, entretém, informa, sugere, mobiliza, confunde, liberta e anima”. O

aprendizado através do rádio é útil e agradável o que o torna uma mídia de grandes

possibilidades educacionais. Para a UNESCO (2004), a ciência e a tecnologia não se

aprendem apenas nos livros, mas acima de tudo com uma metodologia de ensino pautada

na experimentação e no incentivo da atitude investigativa por parte dos alunos.

O objetivo da mídia rádio na escola é a sua utilização como estratégia de ensino-

aprendizagem a fim de ampliar a capacidade intelectual e as habilidades dos envolvidos

no processo, melhorar a comunicação institucional, favorecer o protagonismo juvenil,

desenvolver nos alunos o seu lado inventivo e sua criatividade, melhorar as

práticas de leitura, escrita, oralidade, produção de texto, socialização, interação e

valorização do ser humano enquanto cidadão crítico e participativo da vida em

sociedade, oportunizar aos educandos o exercício de novas linguagens e proporcionar

momentos de cultura e lazer que contribuam para a qualidade do ensino.

Para ASSUMPÇÃO (2006), a comunicação no espaço escolar representa um

alicerce no processo educativo. Na relação entre professor e aluno apresenta-se como

mediadora do diálogo, do conhecimento e da cultura. Nesse contexto acrescenta: “ a

radioescola pode ser mais um recurso para o exercício da cidadania, construção e

disseminação do conhecimento e da cultura”.

Nessa perspectiva, o fazer rádio na escola concretiza-se no exercício da

comunicação e do diálogo. Parte do que o aluno já conhece, estimula a pesquisa, o contato

com as diferentes linguagens, a leitura e a escrita, a construção do conhecimento, o

desenvolvimento do potencial criador do aluno, a disseminação da cultura.

O trabalho com rádio integrado aos projetos que a escola desenvolve potencializa o

trabalho do professor e estimula a autoria dos alunos, além de melhorar as práticas de

leitura, escrita, oralidade, produção de texto, socialização, interação e, consequentemente,

127

a valorização do ser humano enquanto cidadão crítico e participativo da vida em

sociedade.

Dentre os resultados positivos esperamos que, com o uso do rádio, haja melhoria

no espaço de convivência na escola, que seja possível aumentar a aproximação e

integração aluno- escola, que possam ser ampliadas as possibilidades de práticas

interdisciplinares e transdisciplinares, que se favoreça o protagonismo juvenil, que

possamos complementar o aprendizado e ampliar a capacidade intelectual e as

habilidades dos envolvidos no processo. Além de dar mais oportunidade para os

assuntos da comunidade e melhorar a comunicação institucional como um todo. Como

dificuldades a serem superadas podemos relacionar a necessidade de melhorar os

equipamentos, para construção efetiva da proposta educomunicativa em sala de aula.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR EM CONTRATURNO: XADREZ: Componente

de Formação Pedagógica

Esta atividade procura desenvolver estratégias metodológicas para o

desenvolvimento da aprendizagem do jogo de xadrez, utilizando o processo pedagógico

do jogo de xadrez para desenvolver o raciocínio lógico, concentração, atenção, respeito

mútuo e autonomia, proporcionando uma atividade que possa atingir um público da escola

que apresente dificuldades na aprendizagem.

Objetiva também buscar integração das propriedades do jogo de xadrez em

contexto interdisciplinar, e auxiliar os alunos nas resoluções de problemas reais, bem

como a análise do contexto em que estão inseridos.

Pretende-se envolver os alunos de forma individual e coletiva, levando em conta

diversas situações de aprendizagem e utilizando diferentes metodologias.

O trabalho terá a elaboração de um conjunto de ações didáticas como: origem e

história do jogo de xadrez bem como sua evolução, xadrez no Brasil, atividades de caráter

lúdico, jogos pré enxadrísticos, apresentação, disposição e movimentação do tabuleiro e

peças estratégicas para início, meio e fim, movimentos especiais do jogo de xadrez como:

roque, enpassant, promoção dos peões e cheque-mate, xadrez com o uso da tecnologia e

participação em competições como circuito de xadrez, jogos colegiais e em competições

128

em geral.

Os alunos envolvidos no projeto serão avaliados de forma comprometida, contínua,

permanente e cumulativa. A avaliação terá como critérios a participação e assiduidade dos

alunos nas aulas, quanto nas atividades extras propostas, observação da utilização das

habilidades básicas do jogo de xadrez, das relações de respeito aos outros e as regras,

desenvolvimento e apreensão dos conteúdos do xadrez, compreensão e relação do jogo de

xadrez nas relações sociais.

Com a atividade de Xadrez, busca-se promover avanços significativos no

desempenho escolar dos alunos participantes do projeto, tendo um aumento da atenção e

concentração, a prevenção da violência dentro e fora da escola, ter no xadrez um

norteador da socialização disciplinar e concepção de cidadania, organização do espaço

escolar em torno de atividades desportivas, participar de jogos internos e externos da

escola, trazendo benefícios em sua totalidade.

PDE (SEED-PR)

O PDE é, uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da

Educação Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico- práticas

orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na

prática escolar da escola pública paranaense.

Tem por objetivo proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios

teórico-metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, e

que resultem em redimensionamento de sua prática, compreendendo o professor como

sujeito epistemológico.

A orientação Pedagógica do PDE está fundamentada nos princípios educacionais

da SEED e nas Diretrizes Curriculares da SEED e é destinado aos professores do Quadro

Próprio do Magistério – QPM.

O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE oferece cursos e atividades

nas modalidades presencial e à distância e disponibilizando apoio logístico e meios

tecnológicos para o funcionamento do Programa.

129

O professor que ingressar no PDE terá garantido o direito a afastamento

remunerado de 100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo

ano do Programa. Este afastamento está regulamentado pela Resolução 1670/2009.

No Colégio Estadual 14 de Dezembro existem dois professores que

concluíram suas atividades no ano de 2011 e atualmente uma professora está em fase de

conclusão das atividades. Até o momento não foram divulgados os resultados da seleção

para ingresso em 2012.

Os Professores desenvolveram suas práticas no próprio Colégio e obtiveram

resultados satisfatórios. Segue abaixo um resumo das atividades desenvolvidas por estes

profissionais.

PDE: A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO CONTEXTUALIZADA NO

PROCESSO DA APRENDIZAGEM DE ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

A avaliação nada mais é que um instrumento inclusivo que permite ao professor,

uma auto-avaliação do seu trabalho, mediando os conteúdos em sala de aula como

também se os objetivos propostos foram atingidos pelos alunos. A avaliação é utilizada

sob diversas formas e proporciona subsídios ao professor para a retomada do conteúdo.

Entende-se que a finalidade da avaliação no contexto escolar também cumpre com

os registros regulamentados na lei.

A avaliação acontece quando o aluno compreende e contextualiza o conteúdo

apresentado pelo professor, e transcorre durante o processo pedagógico, tendo em mente

que não ocorre de forma isolada, mas numa relação dialética/dialógica.

É importante ressaltar que a avaliação não pode e nem deve ser utilizada

como coação ou castigo, mas com a função de perpassar pelo aluno sem maiores

consequências, seja no sentido pedagógico, psicológico ou sociológico.

De acordo com Ramos (p.02,2004) ”o processo de ensino-aprendizagem

contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança

do aluno.” O processo avaliativo deve direcionar o trabalho pedagógico sob uma nova

perspectiva, orientando as possibilidades do desempenho futuro, proporcionando um novo

130

olhar para os encaminhamentos metodológicos, atribuindo maior responsabilidade quanto

à investigação e intervenção pedagógica.

Ao professor cabe o acompanhamento da aprendizagem dos alunos e no

desenvolvimento dos processos cognitivos.

Busca-se com este projeto compreender o processo avaliativo primando pela

qualidade do processo ensino aprendizagem, sendo este um dos grandes desafios tanto

para os educadores quanto para os educandos. Ao explorar as diversas formas de

avaliação, é possível identificar as dificuldades encontradas pelos alunos em determinados

conteúdos, como também pontuar os avanços do educando, visando o sucesso escolar do

mesmo.

O referido projeto está fundamentado nas teorias da pedagogia histórico- crítica

tendo como precursores Vigotski, Luckesi, Gasparin.

Espera-se por meio deste estudo, subsidiar o trabalho do professor quanto à

avaliação contextualizada objetivando a apropriação do saber pelo educando.

PDE: “O JOGO DO XADREZ COMO COMPONENTE DE FORMAÇÃO NA

EDUCAÇÃO ESCOLAR”

O projeto “O Jogo do Xadrez como componente de formação na educação escolar”

tem por objetivo verificar entre os alunos do 6º ano do Ensino fundamental como o jogo

de xadrez interferirá na sua formação educacional, considerando que os referenciais e

pesquisas já realizadas nos apontam diversos benefícios com a prática desse jogo. A

pesquisa consistirá na perspectiva da pesquisa ação. O projeto está sendo desenvolvido

inicialmente em 32 h no que se refere à implementação. O referido projeto será estendido

aos demais anos do Estabelecimento oportunizando- o a toda a comunidade escolar.

PDE: A LEITURA E A MÚSICA EM HARMONIA: UMA PROPOSTA PARA O

DESENVOLVIMENTO DA CRITICIDADE

Na tentativa de evidenciar a real importância que a leitura como prática social, e

131

em especial, a leitura de letras de músicas, exerce na vida do ser humano, é que

procuramos desenvolver um projeto que atingisse de forma ampla esse universo mágico,

que é o mundo da leitura, despertando no jovem leitor a imaginação, a sensibilidade, a

fantasia, a criticidade e seu lado humano.

Se é verdade que a educação passa por momentos difíceis, também é um fato que a

leitura é uma forma de amenizarmos muitos problemas vivenciados pelas escolas. Ao nos

referirmos à leitura, não fazemos referência à leitura como pura decodificação, mas àquela

que nos provoca e nos conduz, de forma intrigante, à reflexão, à tomada de consciência

diante dos fatos, que nos permite fazer escolhas e ter uma visão mais amadurecida diante

do mundo.

Construir um país formado por leitores críticos não é tarefa fácil, nem é possível

esperar que a leitura transforme toda a sociedade ou acabe com a miséria no mundo, mas

uma coisa é certa: por meio da leitura teremos condições de buscar novas possibilidades,

desejar galgar degraus mais altos. A leitura de letras de músicas, aqui entendida como um

processo para a leitura crítica é condição para uma educação libertadora e uma verdadeira

ação cultural.

Segundo Leffa (1996, p. 10) "(...) ler é, na sua essência, olhar para uma coisa e ver

outra." Ler é estar à frente dos questionamentos e apresentar respostas consideráveis,

rever conceitos e compreender outras realidades além daquela que é comum a todos.

Com esse trabalho, buscamos considerações a respeito do papel da leitura como

instrumento valioso na edificação do conhecimento. E todo conhecimento é fruto de

reflexão, de análises, ou seja, é resultado de muitas leituras.

A leitura crítica envolve o desafio de posicionamento ideológico, perturba a

passividade de alguns leitores diante de "verdades" aceitas como óbvias ou absolutas, e é

um dos instrumentos para que o ser humano construa seu conhecimento e exerça sua

cidadania.

Para o desenvolvimento desse material, elaboramos revisão bibliográfica de vários

autores, entre eles: Bakhtin, Saviani, Iser, Jauss, Antonio Candido, Zilberman, Marcuschi,

e outros pesquisadores envolvidos com o encantador e complexo universo da leitura.

132

ATIVIDADE EXTRACURRICULAR:

VARAL DE POESIAS

Criado com intuito de incentivar a criação literária e cultura dos alunos, o varal de

poesias do Colégio Estadual 14 de Dezembro, Peabiru - PR contou com 56 poesias

inscritas e 24 selecionadas pelos professores de língua portuguesa. Dessa forma,

prevalecendo sempre a soberania dos jurados, elegeu-se dentre as poesias selecionadas

três que representam o espírito cultural da escola e ainda, somando- se os esforços dos

professores no sentindo de apoiar, ajudar na criação e no aprendizado de uma maneira

geral. Entendendo que os educadores dessa escola estão, ainda que em meio às

dificuldades, apontado olhares reveladores aos seus alunos, lançando-os como sujeitos

históricos, respeitando seus saberes e conhecimento de mundo que cada educando traz em

si.

A maioria dos poemas selecionados conta as experiências dos alunos, fala

sobre o meio onde vivem como escola, família, amizade e primeiro amor. Neste sentido, a

proposta do varal de poesias, idealizados pela professora Marlene e pelo professor Paulo

Rogério Diniz, torna-se notório que as atividades extracurriculares são ferramentas

importantes para o aprendizado, para a aquisição de conhecimento e para a

socialização, uma vez que, estando o aluno interagindo com colegas de outras

turmas, partilham experiências e refletem sobre elas e podem, a partir disso, colaborar

para a construção de um mundo igualitário e melhor.

PRODUÇÕES LITERÁRIAS - Projeto Biblioteca para Todos

Cabe a escola buscar caminhos para estimular e incentivar o gosto e o hábito de

leitura. Para atingir este objetivo o Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino

Fundamental e Médio de Peabiru desenvolve semestralmente, um concurso literário

como projeto de leitura.

133

O concurso é aberto a todos os alunos do Colégio. Há uma premiação em

livros, para os alunos vencedores até o 3º lugar, por categoria:

1ª Categoria 6º e 7º ano;

2ª Categoria 8º e 9º ano;

3ª Categoria Ensino Médio.

No segundo semestre abre-se uma categoria especial para atender todos os alunos

do 5º ano das escolas municipais, possibilitando a convivência das crianças na biblioteca,

sua aproximação para novos amigos, integrando as atividades do colégio.

Alguns alunos disputam acirradamente, outros o fazem pelo prazer da

confraternização de encerramento.

RECICLAGEM

Antigamente o produto de limpeza mais usado era o sabão. O mesmo era preparado

nas próprias residências, de maneira rudimentar que exigia quase um dia de trabalho de

uma pessoa. Esse era usado para todo o trabalho doméstico e também na higiene pessoal.

Atualmente, com o avanço das novas tecnologias de informação e comunicação,

verifica-se que essa prática de preparo caseiro de sabão foi praticamente abandonada pela

maioria das famílias e este passou a ser comprado. Além disso, verifica-se também,

um consumo crescente de outros produtos utilizados nas residências, como por

exemplo, sabão em pó, sabonetes, shampoo, alvejante, limpa vidro, entre outros, e que

representa um porcentual elevado no orçamento doméstico. Portanto é interessante

retomar a prática de preparação de produtos de limpeza, visto que considerando o

baixo custo da matéria-prima, facilidade na sua manipulação, à não exigência de

equipamentos sofisticados, o curto espaço de tempo para o preparo das fórmulas, além de

ajudar a minimizar o impacto que causa ao meio ambiente, optou-se por desenvolver

junto aos educandos o preparo de produtos de limpeza, pois além de

familiarizarem com a linguagem química, visa proporcionar economia no orçamento

doméstico, melhoria de higiene, e conscientizá-los em vários aspectos de seu

cotidiano, fazendo com que os mesmos interajam entre si e a ciência , para

134

melhoria de sua própria vida e da comunidade, culminando em um ensino aprendizagem

mais significativo, pois as aulas experimentais completam e integram o conteúdo

trabalhado em sala de aula, completando a qualidade do ensino, permitindo aos

educandos relacionarem os conceitos da ciência com o seu cotidiano. Além disso, nas

práticas eles podem comprovar os conceitos teóricos sobre a ciência, despertando assim o

seu interesse pela ciência, a criatividade, curiosidade e um pensamento crítica

baseados em experimentações para comprovação.

ATIVIDADE TEATRO

O Teatro na escola possibilitará um processo de aprendizagem humana,

aprofundamento da percepção e experiências de auto-investigação e atitude reflexiva,

facilitando no trato das relações humanas. O teatro desperta no aluno o interesse pela

educação contribuindo para que a aprendizagem por meio da interpretação aconteça com

maior facilidade estimulando o pensamento lógico e criativo garantindo a continuidade do

processo cultural, com contato direto com diferentes formas de expressão artística,

literatura, música e dança.

ATIVIDADE CIDADE MIRIM

Entendemos a educação como um caminho estratégico para garantir o exercício da

cidadania e para uma melhor inserção do jovem trabalhador na sociedade contemporânea.

Preocupados e compromissados em contribuir com as pessoas no

processo de envolvimento, compreensão e atividade consciente nesse mundo, e de modo

a estimular nesse sujeito sua capacidade de criação, de usufruir os benefícios que

esse mundo propõe, sendo ele um sujeito participativo, propomos um programa que

proporcione à comunidade escolar os recursos necessários para o desenvolvimento do

espírito de cidadania, norteando todo o processo de ensino e aprendizagem por meio de

atividades concretas para o preparo da vida adulta.

A aplicação da atividade da Cidade Mirim tem o intuito de aguçar o interesse pelas

135

ações comunitárias e a investigação científica por meio da pesquisa despertando no

educando o prazer pelo ato educativo, uma vez que ele vivenciará situações cotidianas de

uma cidade, as ações de uma prefeitura, eleição para prefeito e vereadores,

administração da câmara municipal, administração do comércio da cidade, do banco,

dentre muitas outras ações. Este programa se torna uma complementação curricular das

atividades pedagógicas desenvolvidas pela escola, afim de promover a interação entre

alunos, professores e comunidade.

ESCOLA DE EMPREENDEDORES

Muitos entendem empreendedorismo como abertura de negócios, mas essa é uma

visão limitada. Empreendedor é a pessoa que apresenta comportamentos diferentes da

média (como iniciativa, planejamento, estabelecimento de metas, espírito de liderança) e

por causa disso obtém grandes resultados.

O comportamento empreendedor pode estar ligado tanto à abertura de negócios

quanto a metas individuais, coletivas ou sociais. Por isso, empreendedor é quem monta

seu negócio sim, mas também há empreendedores em outras funções: professores, líderes

de entidades de bairro, políticos, padres também podem ser empreendedores.

O projeto “Escola de Empreendedores” teve como público alvo alunos da rede

pública estadual de Peabiru em especial alunos do Colégio estadual 14 de Dezembro. Seu

objetivo principal foi estimular o comportamento empreendedor nesses alunos, por meio

da participação em oficinas e atividades fora do ambiente escolar, visando superar

desigualdades econômicas, sociais e instrucionais.

Trabalhando com técnicas de aprendizagem vivencial (aprender – fazendo),

buscou-se estimular nos participantes a reflexão sobre seus comportamentos, bem como o

aperfeiçoamento de características empreendedoras. O foco principal foram os seguintes

comportamentos: percepção e análise crítica da realidade, iniciativa, planejamento,

estabelecimento de metas, liderança e cooperação.

Desde o inicio do projeto foram realizadas oficinas com mais de 150 participantes,

divididos entre duas faixas etárias: 10 a 12 anos e 13 a 14 anos. No total foram mais de 70

oficinas realizadas nas dependências do Lions Clube de Peabiru. Além das oficinas, foram

136

realizados 2 cursos e 7 palestras, envolvendo a comunidade (alunos, professores, pais

de alunos, parentes e autoridades municipais), focando o tema empreendedorismo.

Também foram realizadas oficinas de iniciação teatral, com a temática de

empreendedorismo, culminando na realização do Festival de Teatro Empreendedor,

realizado em Dezembro de 2010. Os ingressos foram trocados por alimentos, e a

participação da comunidade peabiruense surpreendeu mais uma vez.

Ao final do projeto, foram aplicados questionários com os pais e com a equipe

pedagógica do colégio envolvido, a fim de identificar mudanças positivas

observadas nos participantes. Os dados surpreenderam: 100% dos entrevistados

declararam ter percebido mudanças significativas nos adolescentes, principalmente

relacionadas com responsabilidade, interesse pelo estudo, autonomia e iniciativa.

Outros números do projeto: três formaturas realizadas com mais de 150 formandos

e mais de 550 participantes, 90 Cadernos dos Sonhos elaborados, cerca de 100 atividades

desenvolvidas para trabalho com adolescentes, 2 cadernos- roteiro de atividades, 1

Bolsa de Estudo doada para aluno do projeto. Pretendemos retomar as atividades iniciadas

em 2010 e estabelecer parcerias entre comunidade escolar e universidade.

Equipe Atual:

Coordenador do Projeto:

Prof. Jorge Leandro Delconte Ferreira;

Equipe técnica:

Prof. Eder Stela;

Carlos Alberto Facco – Sebrae; Antonia Fernandes – Sebrae; Alessandra Serra –

Instituto Okawa.

Bolsistas:

Administração: Caroline Cantieri; Pedagogia: Joice , Adriana de Lima; Geografia:

Eunice Otto;

Matemática: Camila Viudes Costa.

Recém Formados:

137

Pedagogia: Rosa de Camargo; Administração: Rosimeire Vargas; Turismo:

Fernanda Brito.

4.14 PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO

Ao pensar no plano de educação da escola pensamos em políticas direcionadas a

garantia de inclusão social, ao respeito à diversidade, à formação continuada dos

profissionais da educação, no sistema avaliativo inclusivo, n a gestão democrática,

estabelecido em um regime de colaboração entre toda a comunidade escolar.

Nessa perspectiva, devemos levar em conta o acelerado desenvolvimento

econômico e a necessidade de ofertar aos educandos, uma educação que lhes permita a

apropriação dos saberes historicamente acumulado, a superação das desigualdades sociais

e culturais, e sua inserção no mundo do trabalho, permitindo- lhes atuar de maneira

consciente na sociedade.

O plano de ação da Escola é um instrumento de trabalho dinâmico e flexível, deve

envolver a realidade escolar e a legislação vigente, visando a melhoria da gestão

pedagógica e administrativa, propondo ações para implementar o Projeto Político

Pedagógico, com vistas à superação dos problemas diagnosticados pela comunidade

escolar.

Desta forma o Plano de Ação do Colégio Estadual 14 de Dezembro objetiva

priorizar a formação integral do educando através de uma escola participativa e humana,

propiciando o acesso e permanência de todos, onde os conhecimentos e saberes

historicamente acumulados sejam transmitidos de forma crítica, criativa, reflexiva e

interativa promovendo mudanças na vida dos educandos bem como na sociedade onde

vivem.

Neste contexto temos que pensar ainda na inclusão escolar e social de forma

provocativa, conscientizando os nossos alunos e professores que todos temos o direito de

sermos iguais quando a diferença nos inferioriza; e temos o direito de sermos diferentes

quando a igualdade nos descaracteriza.

Preconiza também valorizar o trabalho e atuação do professor com as

138

diferenças na sala de aula num contexto da diversidade cultural, otimizando o

desenvolvimento de diferentes atividades, respeitando os variados ritmos de

aprendizagens, sejam eles com ou sem necessidades educativas especiais.

Para que aconteça, por parte do professor, a articulação entre a teoria e a prática, a

escola propõe grupos de estudos contínuos para planejamento e trocas de experiências,

bem como a elaboração de um planejamento que esteja articulado com as outras

disciplinas da mesma série, afim de, otimizar o trabalho pedagógico em sala de aula,

assessorados pela equipe pedagógica, equipe multidisciplinar, direção e Núcleo Regional

de Educação.

O gestor educacional deve ser um líder intelectual responsável pela coordenação do

projeto pedagógico da Escola, facilitando o processo coletivo de aprendizagem,

responsável pela condução deste processo.

Esse trabalho conjunto será realizado de maneira democrática, englobando todos os

segmentos da comunidade escolar, sendo o conhecimento o principal fator de inovação,

por meio de um processo dinâmico focado na real função da escola.

A democratização da gestão deverá envolver a distribuição de responsabilidades

entre os atores da comunidade escolar, e não a definição de funções. Esta divisão de

responsabilidades presume em uma tomada de decisão e a busca por soluções dos

problemas sociais, políticos e pedagógicos do estabelecimento, realizadas em conjunto,

refletindo na pluralidade de interesses e visões que existem entre dos envolvidos.

Para atender a demanda do desenvolvimento político e tecnológico, a

aprendizagem deve ser permanente e desafiadora, primando por uma educação de

qualidade. Dessa forma daremos continuidade à integração dos profissionais da educação

nesse processo de formação continuada dentro da filosofia e dos objetivos definidos

no PPP da escola, visando atender as necessidades dos educandos e da comunidade. A

escola dará continuidade às parcerias já existentes ampliando seus projetos, firmando

novas parcerias, com os pais, comunidade, com o comércio local e ensino superior

regional.

Com o objetivo de motivar, e incentivar nos educandos pela dedicação aos estudos,

a escola manterá o apoio aos passeios num incentivo ao intercambio cultural,

comemoração alusivas a datas importantes como: formaturas, dia das mães, dia dos

139

pais, dia dos estudantes, dia dos professores, dia da consciência negra, etc.

A atual gestão propõe maior incentivo às atividades desportivas e culturais

promovendo reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na

superação de contradições e na valorização da educação considerando os

contextos e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da

comunidade. Para tanto tem sido trabalhado atividades de atletismo, danças, jogos de

basquete, vôlei, salão, suíço e handebol, atividades recreativas, tendo antes trabalhado a

teoria voltada para a ética, companheirismo, competitividade e regras etc.

O colégio se propõe a promover um evento científico aos moldes da Feira

das Ciências onde os educandos terão a oportunidade de expor os trabalhos realizados em

sala de aula por meio de uma pesquisa prévia direcionada pelo professor responsável.

Esta atividade será realizada pelos alunos do Ensino Regular e uma versão

diferenciada desta feira é realizada com os alunos da EJA sendo que os trabalhos

expostos são produzidos de acordo com a habilidade de cada aluno, podendo ser

trabalhos manuais, alimentícios dentre outros, oportunizando-os expor e

comercializar os seus produtos entre a comunidade escolar e local.

É preciso também mediar a atuação junto à comunidade escolar quanto ao

acompanhamento e avaliação das ações do Projeto Político Pedagógico a fim de

concretizar os objetivos propostos cumprindo com sua função social, redimensionando o

processo de ensino e aprendizagem, propiciando a apropriação dos conhecimentos

historicamente sistematizados.

No que se refere à organização do trabalho pedagógico o Colégio se propõe a

promover espaços para a discussão com toda a comunidade escolar de modo a

aperfeiçoar a prática pedagógica.

Acreditamos que a escola é uma realidade histórica em processo contínuo. É

preciso ser entendida como uma instituição voltada para a realização da prática pessoal e

social contextualizada nas dimensões espacial e temporal, revestida de caráter

contraditório e complexo. Sendo assim precisamos privilegiá-la como processo e não

como produto acabado.

O Colégio por ter uma visão democrática, atua juntamente com as instâncias

colegiadas nas tomadas de decisões. Para tanto se faz necessário descrever suas funções e

importância para o êxito da atuação do mesmo.

140

GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola.

No Colégio 14 de dezembro ele tem permitido que os alunos discutam, criem e fortaleçam

inúmeras possibilidades de ação, tanto no próprio ambiente escolar, como na comunidade,

tem sido ainda um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência,

responsabilidade e de luta por direitos. Tem uma efetiva participação, auxiliando a

escola na organização de campeonatos, palestras, projetos, discussões, contribuindo para

atrair de forma prazerosa a presença dos pais, bem como também auxiliando o trabalho de

funcionários, professores, direção e equipe pedagógica. A atuação do Grêmio vem somar

às ações político-administrativas da escola, reconhecida e valorizada por toda a

comunidade.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar,

de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a organização e a realização do

trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as

políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição Federal, a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o

Regimento do Colégio, para cumprimento da função social e específica da Escola.

A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas

gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras e ao direcionamento

das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar. A função, consultiva

refere-se à emissão de pareceres a fim de tomar decisões quanto às questões pedagógicas,

administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência. A função avaliativa, refere-

se ao acompanhamento sistemático das ações educativas desenvolvidas pela unidade

escolar, objetivando a identificação de problemas, propondo alternativas para melhoria do

seu desempenho, garantindo a transparência do processo pedagógico, administrativo e

financeiro.

141

O Conselho Escolar, desta instituição deve ter sua ação norteada pelo pressuposto

de que a educação é direito inalienável de todo cidadão que deve ter o acesso e

permanência garantida em escola pública, laica, gratuita e universal. Deve garantir a

qualidade do ensino na escola pública, como forma de promover a emancipação numa

dimensão coletiva em que todos os atores sociais estejam envolvidos. Isso somente será

possível onde houver uma gestão escolar democrática, participativa, legitimando desta

forma todas as decisões.

Por sua característica eminentemente educativa, o Conselho Escolar não tem

finalidade e/ou vínculo político-partidário, religioso, racial, étnico ou de

qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade

educativa da escola, prevista nesse Projeto Político Pedagógico.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e de

participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola

pública, constituindo-se como órgão máximo da direção do Estabelecimento de

Ensino. A comunidade escolar é compreendida como o conjunto de profissionais da

educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados e frequentando

regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos, representantes de segmentos

organizados presentes na comunidade, comprometido com a educação. Esses

representantes tem sua participação legitimada através de escolha pelos seus pares

mediante princípio da democracia, sem os quais o conselho perde sua finalidade e

função político- pedagógico na gestão escolar.

Uma prerrogativa importante do Conselho Escolar é aprovar e acompanhar a

efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola , eixo de toda e qualquer ação a ser

desenvolvida no estabelecimento de ensino.

Como órgão colegiado ele deve contemplar os segmentos sociais

organizados comprometidos com a Escola Pública, assegurando-se que sua representação

não ultrapasse aos parâmetros apontados no que estabelece o Regimento Interno da

Escola.

142

ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS

A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem

fins lucrativos. Objetiva discutir, no seu âmbito de ação, ações de assistência

ao educando, aprimoramento do ensino e integração família, escola e comunidade. Visa

ainda proporcionar condições ao educando, para participar de todo o processo escolar,

estimulando a organização do Grêmio Estudantil, com o apoio da APMF e do Conselho

Escolar.

Objetiva também promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e

funcionários e toda a comunidade, por meio de atividades diversas, seja ela na área

cultural, esportiva, educativa ou social.

Fica a cargo da APMF gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que

lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas

em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata.

A APMF do Colégio Estadual 14 de Dezembro está atuando ativamente em todos

estes objetivos e propõe a continuidade deste trabalho pois julga ser de grande

importância para o bom andamento da escola como um todo.

4.15 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Planejar, replanejar e acompanhar a execução do Projeto Político Pedagógico-

Mediar a atuação junto à comunidade escolar, concretizando a função social da escola

através do redimensionamento do processo ensino aprendizagem, viabilizando a

elaboração e apropriação do conhecimento sistematizado por parte do aluno.

Refletir e encaminhar as discussões, junto à comunidade escolar, do processo de

articulação da Proposta Pedagógica Curricular, mediando e intervindo para que o

educando seja foco permanente de reflexão e redirecionamento da Ação Pedagógica.

Atuar, coordenar e orientar serviços especializados, programas especiais, projetos,

143

estágios nas diferentes áreas- Participar da coordenação da ação do coletivo,

redimensionando a relação entre alunos, professores, direção, equipe pedagógica, família,

funcionários, serviços especializados, programas especiais, projetos, entre outros.

Planejamento, execução e avaliação- Planejar, executar, avaliar os desdobramentos

e encaminhamentos, de forma permanente: dos conselhos de classe, das reuniões

pedagógicas, reuniões de pais, de planejamento, grupos de estudos e projetos.

Organização do trabalho pedagógico- Propiciar a discussão junto aos pais, equipe

pedagógica e professores, sobre o processo ensino-aprendizagem dos alunos, visando o

acompanhamento, discussão e encaminhamentos necessários.

Acompanhar os desdobramentos do Projeto Político Pedagógico- Planejar,

coordenar, executar, acompanhar e avaliar, de forma permanente, o plano de ação do

Estabelecimento de Ensino, bem como da Equipe Pedagógica frente às ações do projeto

político pedagógico.

Articular e acompanhar a utilização de recursos didático-pedagógicos da Escola.

Contribuir para o acesso e permanência de todos os alunos da escola- Intervir com

especificidade de mediador da realidade do aluno no currículo, mobilizando os

professores para a qualificação do processo ensino-aprendizagem através da composição,

caracterização e acompanhamento das turmas, no horário escolar e questões curriculares.

Acompanhar o rendimento escolar dos educandos- Participar da análise qualitativa

e quantitativa do rendimento escolar junto com o professor, visando reduzir os índices de

evasão e repetência, qualificando o processo ensino-aprendizagem.

Elaborar projetos de melhoria de aprendizagem- Coordenar a elaboração,

execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros,

objetivando o atendimento e acompanhamento do aluno, nos aspectos que se referem ao

processo ensino-aprendizagem, bem como o encaminhamento destes a outros

profissionais que assim o exigirem.

O trabalho pedagógico será voltado para propiciar uma aprendizagem significativa

aos alunos mediante a atuação didático-metodológica do professor, propiciando a

superação das condições desfavoráveis que a sociedade lhe proporciona. A superação das

condições significa possibilitar a atuação na comunidade em que está inserido, como

reflexo da formação escolar que recebeu.

144

Tais ações objetivam articular a Organização do Trabalho Pedagógico de modo a

aperfeiçoar a atuação dos pedagogos, tornando sua atuação menos espontânea e mais

direcionada, com vistas à melhoria do processo ensino aprendizagem e a conseqüente

emancipação dos educandos e o cumprimento da real função social da escola.

4.16 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Político do Estabelecimento deve ser construída de forma

coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades da instituição e do

sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social

e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.

Assim, a avaliação possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e

aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação

pública de qualidade.

Aliado a isso, deve-se acrescentar obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva

implementação das mudanças necessárias, definindo a clareza das finalidades essenciais

da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a

reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e

impactos positivos à população que demanda escolarização.

A avaliação do Projeto Político Pedagógico deve abranger toda a escola,

professores, educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e

demais membros da comunidade escolar.

O processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar voltado

para atender as necessidades dos educandos, considerando o perfil e a função social da

Escola, seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.

Esta avaliação deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica

e administrativa do Estabelecimento. Esta avaliação será realizada no início de cada ano.

145

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Desafios Educacionais

Contemporâneos e o Currículo Escolar. Superintendente da Educação/SEED-PR.

CALDART, Roseli Salete. Elementos para a Construção do Projeto

Político Pedagógico da Educação do Campo. Trabalho necessário disponível

em: http://www.uff.br/trabalhonecessário/rcaldart.

CIPRIANO, A. Luckesi. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 6.ed. Cortez: 1997.

CONFERÊNCIA NACIONAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA; Ministério d a

Educação; Brasília – DF; 2008.

Conferências, Escola e trabalho numa perspectiva histórica: contradições

e controvérsias. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade

de Lisboa, 12 de Fevereiro de 2009.

Estatuto da Associação de Pais Mestres e Funcionários do Estado do

PR.

Estatuto do Conselho Escolar.

Estatuto do Grêmio Estudantil.

FAZENDA, Ivani. Metodologia da pesquisa educacional. Capítulo 6 “O enfoque da

dialética materialista histórica na pesquisa educacional. 9ª edição. São Paulo:

Cortez, 2004.

Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Departamento

de Educação Especial. Inclusão e Diversidade: Reflexões para a construção do

projeto político pedagógico.

Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Departamento

de Educação Básica. Educação Básica e a opção pelo Currículo Disciplinar.

Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,

Departamento de Educação Básica. DIRETRIZES CURRICULARES

DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Vol. I. Paraná 2008

Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,

Departamento de Educação Básica. DIRETRIZES CURRICULARES

DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Vol. II. Paraná 2008.

146

Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Estado da Educação,

Departamento de Educação Básica. Quando as políticas educacionais

voltam- se para a legitimação do tempo, do espaço e da autonomia da

escola na definição de seu projeto Político Pedagógico. Semana

Pedagógica, agosto de 2010.

LARA, Tiago Adão. Filosofia Ocidental, do renascimento aos nossos dias.

Capítulo

IV A razão historizada. Editora Vozes, 1999.

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública, A

pedagogia crítico social dos conteúdos; Ed. Loyola, São Paulo;

1985.

LONGHI, Simone Raquel Pagel & Karla Lúcia Bento. Projeto Político

Pedagógico: Uma construção coletiva. Revista de

divulgação técnico- científica do

ICPG. Vol. 3 nº 9 jul-dez/2006.

Ministério da Educação. Ética e Cidadania: Construindo Valores na Escola

e na

Sociedade. Brasília- DF; 2007.

PADILHA. Regina Célia Habib Wipiesk; Tendências atuais de gestão.

Guarapuava: Ed. Da Unicentro, 2009.

Programa Fica disponível em: http

//www.daada.pr.gov.br/cge/arquivos/Fe/FICA_fnazado.pdf

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual 14 de

Dezembro 2010. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA

EDUCAÇÃO. Quando as Políticas Educacionais voltam-se para a

Legitimação

do Tempo, do Espaço e da Autonomia da Escola na Definição de seu Projeto Político- Pedagógico. Orientações para a organização da semana pedagógica

Série Educação em Ação. Gestão democrática da escola pública. Ed.

ABDR, 3ª EDIÇÃO, 2005.

SEVERINO, Antonio Joaquim. O Projeto Político Pedagógico: a

saída para a escola. Revista da AEC. Brasília: V.27, no107, abr/jun/1998.

SFORNI, Marta Sueli de Faria. Aprendizagem e

desenvolvimento: O papel da mediação.

SILVA, Graziela Lucchesi Rosa da Silva e EIDT, Nadia Mara.

Oposições teórico- metodológicas entre a Psicologia Histórico-

Cultural e o Construtivismo Piagetiano: implicações à educação

escolar.

147

TULESKI, Silvana Calvo; Vygotski: A Construção de uma psicologia

marxista. 2ª Ed. Maringá: Eduem, 2008.

VEIGA, I. P. A. Projeto Político Pedagógico: novas trilhas para a

escola. In VEIGAS, I. P. A. E Fonseca, M. (ongs.). As dimensões do

projeto político pedagógico. Campinas, São Paulo: Papirus, 1995.

VEIGA, Ilma Passos. Perspectivas para Reflexão em torno do Projeto

Político

Pedagógico. Campinas, São Paulo: Papirus, 1998.

ZANDONATO, Zilda Lopes – UNESP GT: Educação Fundamental/nº 13.

148

ANEXO

149

PLANO DE ABANDONO E FORMAÇÃO DAS

BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA

JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA

Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem

vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o Programa

Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola opta em trabalhar no ambiente escolar,

onde se espera mitigar os impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto

que crianças e adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma

transformação cultural e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como

multiplicadores das medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as

escolas da rede estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las

internamente para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de

riscos, sejam eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e

incêndios, entre outros.

OBJETIVO GERAL

O Programa Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola tem como objetivo a

proteção humana, mantendo a comunidade escolar segura em situações de risco,

realizando treinamentos pautados em normas de segurança nacionais e internacionais,

buscando fundamentalmente organizar a saída da população de maneira ordeira dos

ambientes escolares, doutrinando a população para agir proativamente em situações que

envolvam ameaça de desastres.

Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Colégio

Estadual 14 de Dezembro para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos

danosos, naturais ou humanos, bem como, o enfrentamento de situações emergenciais

no interior do Colégio para garantir a segurança de todos.

150

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Levar a comunidade escolar do Colégio Estadual 14 de Dezembro a construir

uma cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;

Proporcionar aos alunos do colégio condições mínimas para enfrentamento de

situações emergenciais no interior das escolas, assim como conhecimentos para se

conduzirem frente a desastres;

Promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,

com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas na vistoria do Corpo de

Bombeiro;

Preparar os profissionais do Colégio Estadual 14 de Dezembro, a fim de

promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de riscos de

desastres e preparação para o socorro, destacando-se ações voltadas ao suporte básico

de vida e combate a princípios de incêndio;

Articular os trabalhos entre os integrantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia

Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e do Grupo de Brigada Escolar da escola;

Adequar a edificação escolar do Colégio Estadual 14 de Dezembro às normas

mais recentes de prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros,

acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes

desse local.

ESTRATÉGIAS

O Plano de Abandono é um procedimento realizado pelas pessoas que ocupam

uma edificação que apresente algum risco a vida ou que esteja em eminência de sofrer

um acidente. De uma forma geral é uma ação de desocupação do prédio, que tem por

objetivo minimizar e prevenir o máximo possível a ocorrência de acidentes que possam

provocar danos pessoais.

É a eficiência de um abandono que delimita as perdas humanas, principalmente

em edifícios de vários pavimentos, tais como hospitais, creches, escolas e qualquer

estabelecimento em que haja um número considerável de pessoas fixas e/ou circulantes.

O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de ensino.

151

Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar

formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do

estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem

ações no sentido de:

• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da

comunidade escolar;

• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,

de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por

meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser registrado

em calendário escolar;

• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na

conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com

registro em livro ata específico ao Programa;

• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca

de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências

necessárias.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de

Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e presencial.

Para tanto se deve ter claro as função e as atividades de cada momento do Plano

de abandono:

Os integrantes do Grupo da Brigada Escolar juntamente com a Comunidade

Escolar do Colégio Estadual 14 de Dezembro devem realizar um planejamento das

ações e definir a rota de fuga e o local a ser usado como ponto de encontro, onde serão

reunidos todos os alunos, professores, funcionários e outras pessoas que estejam em

visita à escola.

1. PONTO DE ENCONTRO

Local previamente estabelecido pelos integrantes do Grupo das Brigadas

Escolares do Colégio Estadual 14 de Dezembro, onde serão reunidos todos os alunos,

152

professores, funcionários e outras pessoas que estejam em visita à escola. Neste local, o

professor fará a chamada dos alunos para verificar eventuais ausências para posterior

averiguação. As faltas de alunos constatadas pelos professores ou a ausência de

funcionários deverão ser comunicadas o mais breve possível ao responsável pelo Ponto

de Encontro. Ele por sua vez deve repassar as informações ao chefe de equipe de

emergência para que as devidas providências sejam tomadas. Nenhum aluno deverá

voltar para a sala de aula para buscar objetos que eventualmente tenham sido

esquecidos. Os alunos com deficiência física receberão atenção especial e

acompanhamento de no mínimo dois alunos para que sejam conduzidos ao ponto de

encontro.

2. ROTA DE FUGA

Trajeto a ser percorrido em passo rápido do local onde esteja a pessoa até o

Ponto de Encontro. Na análise desse trajeto devem ser observados os pontos críticos do

caminho como por exemplo: cantos vivos de parede, locais escorregadios, escadarias

sem corrimão, guarda- corpos irregulares, portas e portões de difícil acesso.

3. PLANTA DE EMERGÊNCIA

Representação gráfica em forma de planta que orienta os ocupantes de cada

ambiente da escola sobre qual rota deve ser seguida para o abandono da edificação em

segurança, de forma a dirigi-los ao Ponto de Encontro. Na tabela abaixo encontra-se a

Planta de Emergência do Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino Fundamental e

Médio e a rota que deverá ser seguida para o Plano de Abandono.

153

154

155

4. FUNÇÕES

4.1 MONITOR

Aluno designado com antecedência para conduzir a turma do ambiente onde

estiver até o Ponto de Encontro seguindo a Rota de Fuga contida na Planta de

Emergência ou orientada pelo responsável do bloco. Se houver na turma alunos com

necessidades especiais, deverão ser escolhidos dois alunos para acompanhá-los.

A direção da escola deverá selecionar criteriosamente os alunos para

desenvolver a função de monitor.

PROCEDIMENTOS ATRIBUÍDOS AO MONITOR DE TURMA

156

4.2 RESPONSÁVEL PELO PONTO DE ENCONTRO

Estes profissionais tem a função de organizar a chegada e a formação dos

alunos, professores e funcionários no ponto de encontro. Recomenda-se que sejam

designados pelo menos dois auxiliares para ajudar a organizar as filas dos alunos. Os

dois auxiliares devem estar em condições de assumir a função, caso o responsável não

esteja na escola no momento do sinistro.

PROCEDIMENTOS ATRIBUÍDOS AO RESPONSÁVEL PELO PONTO DE

ENCONTRO

157

4.3 RESPONSÁVEIS POR BLOCOS DE SALAS DE AULA/ANDARES

Este profissional tem a função de organizar o fluxo de alunos nos corredores

das salas de aula. Deve ficar atento para liberar uma turma de cada vez, de modo a não

haver filas duplas. Ao encerrar a saída de seu andar ou bloco, deverá conferir se todas

as salas estão vazias e marcadas com um traço na diagonal, só então deve se deslocar

até o Ponto de Encontro. Nos pontos de conflito (cruzamentos, escadas e etc.), orienta

as filas que devem avançar de acordo com a prioridade da emergência, não permitindo

cruzamentos das filas nem correria. Importante não esquecer de verificar os banheiros.

Concluída a verificação em todo o bloco ou andar, segue atrás da fila de alunos para o

Ponto de Encontro. O bom desempenho desta função é fundamental para a execução e

sucesso do abandono das instalações, visto que os corredores são os locais mais

prováveis de haver aglomeração de pessoas, o que pode gerar tumulto e pânico.

4.4 RESPONSÁVEL PELO SETOR ADMINISTRATIVO

Este profissional ordenará a saída dos funcionários do setor administrativo em

direção ao Ponto de Encontro. Ao encerrar a retirada das pessoas, deve conferir se todos

os ambientes do seu setor como banheiros, laboratórios, secretaria, sala dos professores,

etc., estão vazios e marcados com um traço na diagonal, só então se desloca até o Ponto

de Encontro. Caso algum funcionário necessite retornar ao setor administrativo, deve

ser autorizado pelo diretor ou responsável no Ponto de Encontro, após concluído o

abandono.

4.5 TELEFONISTA

Efetuará as ligações telefônicas pertinentes. Ao soar o alarme, deverá se

deslocar imediatamente ao Ponto de Encontro e apresentar-se ao diretor ou responsável,

solicitando autorização para retornar à edificação e fazer os devidos contatos se

necessário ou fazê-lo através de um celular no próprio Ponto de Encontro. Manter lista

de telefones de emergência.

158

Corpo de Bombeiros 193

Polícia Militar 190 ou (44) 3531-2168

Defesa Civil 199

Este profissional deverá além de efetuar as ligações, deve fornecer as seguintes

informações:

Nome e número do telefone utilizado;

Endereço completo do Colégio;

Pontos de referência, (próximo ao...)

Características do incêndio;

Quantidade e estado das eventuais vítimas.

4.6 PORTEIRO

Funcionário responsável pela portaria. Só permitirá a entrada das equipes de

emergência e será responsável pela liberação do trânsito e acesso a edificação. Deverá

ter acesso ao claviculário, onde estarão todas as chaves de portas, portões e cadeados.

Se a escola tiver disponibilidade de funcionários, o ideal é que o porteiro tenha outra

pessoa para ajudá-lo. Também será responsável pelo impedimento da saída de alunos e

entrada de estranhos sem as devidas autorizações, evitando tumultos.

4.7 PROFESSOR

Deve orientar os alunos em sala de aula no dia do exercício, expondo como

ocorrerá o deslocamento até o Ponto de Encontro e como devem se comportar no local.

O professor só iniciará a retirada dos alunos ao sinal do funcionário responsável

pelo andar ou bloco ou quando este considerar oportuno, de modo a evitar

aglomerações.

Caso verifique alguma emergência iniciando em sua sala, deve proceder ao

abandono imediato do local e avisar o Diretor, sendo o último a sair, certificando-se que

ninguém permaneceu na sala de aula. Somente então fechará a porta e fará um risco de

giz em diagonal nela ou na parede ao lado do acesso à sala, isso significa que foi

conferido o ambiente e não há mais ninguém lá dentro. Tal sinal será identificado pelas

159

equipes de emergência direcionando as buscas a possíveis vítimas em locais que não

tenham esse sinal. O professor é responsável pela turma que acompanha desde a saída

da sala até o término do evento, o controle do professor da chegada ou não de todos os

seus alunos no Ponto de Encontro é crucial para ação de resgate. É importante frisar que

as faltas de alunos constatadas pelos professores deverão ser comunicadas o mais breve

possível ao responsável pelo Ponto de Encontro. Ele por sua vez deve repassar as

informações ao chefe de equipe de emergência para que as devidas providências sejam

tomadas. Nenhum aluno deverá voltar para a sala de aula para buscar objetos que

eventualmente tenham sido esquecidos. Os alunos com deficiência física receberão

atenção especial e acompanhamento de no mínimo dois alunos para que sejam

conduzidos ao ponto de encontro.

É importante ressaltar que o professor deve adotar o hábito de ao chegar à sala

de aula para as tarefas diárias, realizar imediatamente a chamada, pois, se necessário o

deslocamento ao Ponto de Encontro, fará uso do livro de chamada para conferência dos

alunos. Terminada a conferência, informará as alterações ao Responsável pelo Ponto de

Encontro, mantendo o controle da turma.

4.8 EQUIPE DE APOIO

Além do telefonista e do porteiro, na equipe de apoio deve conter funcionários

que devem ser previamente designados para realizar as seguintes funções: Abertura das

saídas de emergência, corte de energia, gás e da água (exceto em caso de incêndio),

neste caso os funcionários podem utilizar o extintor da sua área (sabendo manusear o

equipamento);

4.9 ORGANOGRAMA

O Organograma da Brigada deverá ser preenchido pelo diretor da escola, que

por sua vez, detêm o conhecimento da capacitação de cada um dos componentes. Nele

será descrito o turno de trabalho e as funções de cada brigadista, necessitando ser

incluído o nome logo abaixo de cada função. Se não houver pessoas suficientes para

compor todos os quadros, deverão ser priorizados os de chefia.

160

ORGANOGRAMA DA EQUIPE DE ABANDONO DO COLÉGIO

ESTADUAL 14 DE DEZEMBRO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Turno: Manhã

Turno: Tarde

161

Turno: Noite

5. EXECUÇÃO

5.1 COMPETÊNCIAS DO DIRETOR DA ESCOLA E/OU

RESPONSÁVEL PELO PLANO DE ABANDONO

O Coordenador do Programa no Colégio será o Diretor do estabelecimento de

ensino. Ele deverá nomear os responsáveis e os respectivos suplentes para atuarem em

todas as funções específicas. A nomeação deverá ser de caráter permanente e os

nomeados serão os responsáveis numa situação real. Compete ao diretor do colégio

responsável pelo plano de abandono:

Decidir se é viável ou não executar o Plano de Abandono. Supervisionar o

abandono.

Receber as equipes de socorro e fornecer informações sobre casos pontuais de

maior risco.

162

Determinar a desativação do Plano de Abandono, fazendo com que os alunos

retornem às salas de aula após a simulação. Em caso de uma situação real, depois

de conferidas todas as pessoas e autorizado pelo Corpo de Bombeiros, os alunos

poderão ser liberados para os pais ou responsáveis.

Convencionar o toque do alarme de emergência, que obrigatoriamente deverá ser

diferente do usado para início e término das aulas.

Nomear um responsável para acionar o toque de emergência.

Traçar as rotas de fuga nas plantas de emergência.

Estabelecer locais para o Ponto de Encontro.

Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes à segurança do estabelecimento de ensino, com

registro em livro ata específico ao Programa;

Reunir trimestralmente a Brigada de Emergência para rever e reavaliar o Plano

de Abandono.

Designar suplentes para todas as funções.

Manter listagens das pessoas, planilha de dados, plantas de emergência e

organogramas atualizados em locais de fácil acesso.

O presente plano deverá ser discutido em conselho antes da sua aprovação, e

poderá ser alterado dado às suas particularidades após sua discussão.

Telefones de emergência: Corpo de Bombeiros (193); Polícia Militar (190);

Defesa Civil (199).

Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar formalmente a

Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do estabelecimento que

atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem ações no sentido de:

Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;

Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de

forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,

por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a

ser registrado em calendário escolar;

Promover revisões periódicas do Plano de Abandono;

163

Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, como na conduta da

comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;

Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências

necessárias.

Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos

específicos, englobando capacitação para professores, funcionários e alunos,

organizados e coordenados pela Brigada Escolar.

Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de

Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância - EaD e Presencial.

5.2 PREPARAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR

Manter em locais estratégicos (secretaria, sala da direção, sala da orientação e

supervisão) informações e plantas baixas com orientações contendo o quantitativo de

salas, alunos, funcionários e professores de cada ambiente escolar. No setor

administrativo, deve haver relação nominal de funcionários por ambiente.

Todo ambiente escolar deve ser sinalizado, indicando as saídas, rotas de fuga e

Ponto de Encontro.

5.3 PROCEDIMENTOS DO EXERCÍCIO DE ABANDONO

Aciona-se o alarme, definido pela escola, por ordem do responsável (Diretor,

Vice-Diretor, Coordenador, entre outros), iniciando o processo de deslocamento da

comunidade escolar, que deve seguir as orientações estabelecidas pelos responsáveis

pelos blocos/andares, evitando pânico e descontrole.

Na saída das salas de aula, o professor abre a porta e faz contato visual com o

responsável pelo andar. Ao receber o aviso de saída, libera os alunos para iniciarem o

deslocamento em fila indiana, começando pelos mais próximos da porta. O professor se

certifica da saída de todos os alunos, fecha a porta e a sinaliza com um traço em

diagonal, mantendo-se como último da fila e evitando o pânico. Os alunos seguem em

164

passos rápidos, sem correr, com as mãos cruzadas no peito pelo lado direito do corredor

ou conforme indicado nas plantas afixadas nos corredores até ao Ponto de Encontro. Lá

chegando, o professor confere todos os alunos que estão sob a sua responsabilidade com

o auxílio do livro de chamada e apresenta as alterações ao responsável pelo Ponto de

Encontro, informando as faltas se houver. Aos professores sugere-se a prática da

chamada no início das aulas, para que em uma situação de emergência, possa fazer a

conferência dos alunos no Ponto de Encontro.

Aos alunos a orientação é de que deixem todo o material na sala de aula e não

retornem até que seja autorizado pelo responsável. Para os exercícios simulados, objetos

de valor como celulares deverão ser guardados no bolso, para evitar posteriores

problemas de extravio, mesmo porque não são objetos pedagógicos.

Os alunos encarregados de auxiliar o professor na retirada do colega portador

de necessidades especiais deverão acompanhá-lo durante todo o trajeto.

Se por algum motivo alguém se encontrar isolado, deverá seguir as setas de

saída indicadas na planta de emergência onde se encontra e sair pela porta mais

próxima. Caso não o consiga, deverá fazer-se notar para que o socorro possa lhe

encontrar.

Os alunos com deficiência física receberão atenção especial e acompanhamento

de no mínimo dois alunos para que sejam conduzidos ao ponto de encontro.

5.4 O PLANO DE ABANDONO SERÁ EXECUTADO EM CASOS DE:

Incêndio.

Explosão ou risco de, por exemplo, vazamento de gás.

Desabamento.

Abalo sísmico de grande intensidade.

Acidentes de grande vulto que ofereçam insegurança às pessoas.

Outras situações que o diretor entender necessárias.

165

5.5 SITUAÇÕES QUE NÃO REQUEREM O ACIONAMENTO DO

PLANO DE ABANDONO

Vendavais ou ciclones, pois o abrigo é o edifício escolar;

Inundação pelas chuvas que não atinja o espaço escolar bem como em temporais

com granizo;

Fuga de gás sem incêndio, pelas áreas isoladas com central de gás independente

e restritas, deve ser considerado sinistro facilmente controlável;

Na ocorrência de sismos (terremotos) de fraca intensidade, o espaço escolar é o

melhor abrigo.

5.6 NORMAS DE PROCEDIMENTOS EM SITUAÇÃO DE RISCO

A primeira providência é garantir a integridade física das pessoas. Se ocorrer

vazamento de gás, desligar a válvula do gás, não acionar qualquer dispositivo que

provoque faíscas inclusive o interruptor de luz, abrir portas e janelas arejando o local,

retirar-se do local e comunicar o incidente ao responsável pelo Plano de Abandono da

escola.

Se ocorrer uma fuga de gás no laboratório, fechar a válvula de segurança, arejar

a sala, abrindo portas e janelas lentamente, não acender fósforos ou isqueiros nem

acionar interruptores, abandonar o laboratório e comunicar imediatamente o acidente ao

responsável pelo Plano de Abandono da escola.

Se ocorrer um derramamento de substâncias tóxicas, recolher ou neutralizar a

substância derramada de acordo com as recomendações presentes no rótulo do produto

ou conforme orientações técnicas do fabricante. Se for um ácido ou outro produto

corrosivo não se deve lavar com água. (procurar sempre orientações de um técnico

bioquímico).

Se ocorrer um incêndio, acionar o Corpo de Bombeiros (193) e as demais

equipes de emergência. Os ocupantes das instalações deverão sair imediatamente,

respeitando integralmente o percurso da rota de fuga ou seguindo orientação do

responsável pelo bloco. Se houver obstrução das saídas pela presença de fogo ou

acúmulo de fumaça, as pessoas deverão abaixar-se próximas do chão, a fim de buscar

melhor qualidade de ar, com maior concentração de oxigênio, dirigir-se-ão para o local

166

mais afastado do foco de incêndio, aguardando socorro. Nesta situação deverão abaixar-

se para fugir da concentração de fumaça, fechando sempre as portas a fim de retardar a

propagação do fogo.

Se ocorrer um incêndio na cozinha e/ou refeitório, avisar a pessoa mais

próxima, fazer uso do extintor se tiver capacidade técnica e cortar o fornecimento de

gás e energia elétrica (desligar o disjuntor fora do ambiente).

Caso não consiga dominar a situação, fechar portas e janelas e comunicar

imediatamente o acidente ao responsável pelo Plano de Abandono.

Na ocorrência de sismo (terremoto), os ocupantes das instalações deverão

imediatamente colocar-se debaixo das mesas e nos vãos das portas, com as mãos à volta

da cabeça, como medida de proteção. Nunca deverão abandonar a sala onde se

encontram enquanto durar o sismo. Se soar o alarme, deverão se retirar do edifício

cumprindo as orientações do Plano de Abandono;

Em outros tipos de ocorrências (como explosões ou desabamentos), mantenha a

calma e saia do ambiente que estiver em risco, comunique imediatamente o acidente ao

responsável pelo Plano de Abandono.

Na ocorrência de temporais, os ocupantes do edifício permanecerão nas salas,

afastando-se das janelas, até que seja segura a saída do edifício.

167

6. MAPA AÉREO COM IDENTIFICAÇÃO DAS ENTRADAS E PONTOS

DE ENCONTRO.

Ponto de Encontro 1 (P1) – Quadra Poliesportiva

Ponto de Encontro 2 (P2) – Pátio Externo

Colégio Estadual

14 de Dezembro

P1

P2

168

7. ATIVIDADES PERMANENTES:

O Diretor terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de implantação e

implementação do Plano de Abandono.

Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,

professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de

exercícios simulados e em tempo razoável.

Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e

as datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.

São atribuições do Grupo da Brigada Escolar do Estabelecimento:

Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas condutas

rotineiras da comunidade escolar;

Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de

forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,

por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a

ser registrado em calendário escolar;

Promover revisões periódicas do Plano de Abandono, junto aos componentes da

Brigada Escolar;

Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na

conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de

Abandono;

Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para

discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com

registro em ata específico ao programa;

Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de

situações que oferecem riscos a comunidade escolar, comunicando

imediatamente o Diretor para as providências necessárias;

Observar em caso de sinistro e/ou simulações, o organograma elaborado pela

Instituição de Ensino;

Participar das formações para a Brigada Escolar, na modalidade de Ensino a

Distância e também Presencial.

169

REFERÊNCIA

PARANÁ, Defesa Civil. Brigadas Escolares - Defesa Civil na Escola:

Manual de Procedimentos do Plano de Abandono. 2012

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação.

INSTRUÇÃO Nº 024/2012. de 21/12/2012.

Peabiru, 05 de junho de 2013.

170

ANEXO I DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLÉGIO: Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino Fundamental e Médio

SISTEMA/AVALIAÇÃO:(X) Bimestral ( ) Trimestral( ) Semestral( ) Blocos

MUNICÍPIO: Peabiru - Pr

DOS PROGRAMAS E PROJETOS: PROGRAMA DE ATIVIDADE

COMPLEMENTAR CURRICULAR EM TURNO DIFERENCIADO

(CONTRATURNO)

1. DA NATUREZA E FINALIDADE

As Atividades de ampliação de jornada visam propiciar maior oportunidade de

aprendizagem e de formação dos alunos por meio da oferta das atividades

pedagógicas, articuladas ao currículo da base comum, organizadas didaticamente no

Projeto Político Pedagógico e regulamentadas no Regimento Escolar, em forma de

adendo, o qual normatiza a prática pedagógica da instituição de ensino.

As atividades de complementação curricular podem possibilitar aos alunos

do Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino Fundamental e Médio:

I. Democratizar a oferta de atividades de ampliação de jornada, que se

configuram na expansão do tempo pedagógico de forma contextualizada, perpassando

todo o currículo e propiciando a interlocução entre os diferentes saberes e os

diferentes campos do conhecimento para os alunos da Educação Básica da rede

Estadual de Educação como política pública assumida pela Secretaria de Estado da

Educação.

II. Viabilizar o aprofundamento dos conteúdos curriculares, complementando-

os com componentes não disciplinares e alternativos que promovam soluções

singulares que favoreçam o aprimoramento pessoal, social e cultural.

III. Criar um ambiente favorável, flexível que considere e valorize as

experiências dos estudantes, servindo-se de metodologias que incentive o estudo, a

pesquisa investigativa própria, que valorize o saber e garanta o direito de aprender.

171

IV. Possibilitar a articulação, pela equipe gestora, diretor e pedagogo, da

participação dos docentes envolvidos nas atividades de ampliação de jornada, na

elaboração do planejamento conforme previsto no calendário escolar.

V. Utilizar as Tecnologias de Comunicação e Informação – TICs, como

instrumentos pedagógicos, ampliando o seu uso nos processos de dinamização dos

ambientes de aprendizagem.

O Colégio Estadual 14 de Dezembro – Ensino Fundamental e Médio oferta o

Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contraturno regulamentados,

autorizados e desenvolvidos em conformidade com a Resolução nº 1690/2011 e

Instrução nº 007/2011- SEED/SUED.

Ratificamos que a Instrução nº007/2011 foi revogada pela Instrução

nº021/2012- SEED/SUED, em vigência.

1.1. DOS OBJETIVOS

As Atividades de Complementação Curricular em Turno Diferenciado do têm

os seguintes objetivos:

I. Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação

de tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas no Colégio no território em

que está situada atendendo às necessidades socioeducacionais dos alunos.

II. Articular as atividades de ampliação de jornada aprimorando o Projeto

Político- Pedagógico da instituição de ensino e inserindo no Regimento Escolar em

forma de Adendo, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da

comunidade.

III. Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,

democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

IV. Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos da Educação

Básica da rede Pública Estadual de Ensino.

172

1.2. DO FUNCIONAMENTO

As Atividades Complementares Curriculares em Turno Diferenciado

(Contraturno) podem ser: Permanentes e Periódicas.

Essas Atividades estão organizadas nas áreas do conhecimento, articuladas aos

componentes curriculares, nos seguintes Macrocampos: Aprofundamento da

Aprendizagem, Experimentação e Iniciação Científica, Cultura e Arte, Esporte e

Lazer, Tecnologias da Informação, da Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente,

Direitos Humanos, Promoção da Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.

Para as Atividades Periódicas, o Colégio oferta a Rádio Escola. Esta proposta

consiste na instalação de uma rádio pátio de alcance interno, com programação semanal,

preparada antecipadamente, que vá ao ar, nos três turnos de funcionamento da escola

durante os 15 minutos de intervalo. A referida programação será desenvolvida por

alunos do ensino médio e EJA do Colégio Estadual 14 de Dezembro – EFM, contando

com o apoio da direção, equipe pedagógica e administrativa. Nos encontros os alunos

aprenderão como se faz rádio na escola - o que cabe a cada função, como fazê-lo, a

linguagem utilizada, os gêneros radiofônicos. Realizarão pesquisas, leituras, exercícios

de entonação e dicção. Adequarão os textos impressos à linguagem radiofônica.

Redigirão os roteiros e gravarão as reportagens e as falas dos locutores. Farão a inserção

dos áudios e recursos de sonoplastia. Serão responsáveis pela veiculação dos programas

produzidos. A programação deverá conter músicas, informações, histórias, poesias,

produções dos alunos nas diversas áreas do conhecimento, arquivos sonoros disponíveis

na internet, recados de utilidade pública, entre outros, destinada para adolescentes,

jovens e adultos que estudam e trabalham na instituição. No trabalho pedagógico de

uma rádio é necessário planejamento, organização e diálogo, definindo o que cada um

dos membros da equipe vai desenvolver na produção dos programas.

As funções são subdivididas em locutores, pauteiros, roteiristas, produtores,

coordenador geral, repórteres, produtores e editores dos programas, entretanto, o

programa final deve ser resultado da integração dos trabalhos de cada grupo. O assunto,

definido previamente, ganha enfoques diferentes que se complementam. Os programas,

na maioria das vezes, são temáticos, isto é, ligados a projetos e eventos em

desenvolvimento na escola. Na perspectiva de aprimorar esse trabalho, estão previstas

173

uma visita a uma rádio bem como oficinas para que os alunos aprendam um pouco mais

sobre a linguagem radiofônica e aperfeiçoamento da prática. Será utilizado o audacity,

um software livre, como um dos recursos para edição digital de áudio. A equipe do

CRTE do NRE de Campo mourão se prontificou a fornecer o suporte necessário para

maior domínio do software e dos equipamentos utilizados na Rádio.

Para a Proposta de Xadrez busca-se desenvolver estratégias metodológicas para

o desenvolvimento da aprendizagem do jogo de xadrez, utilizar o processo pedagógico

do jogo de xadrez para desenvolver o raciocínio lógico, concentração, atenção, respeito

mútuo e autonomia, proporcionar uma atividade que possa atingir um público da escola

que apresente dificuldades na aprendizagem, a integração das propriedades do jogo em

contexto interdisciplinar, assim como auxiliar os alunos na resoluções de problemas

reais, bem como a análise do contexto em que estão inseridos.

Para esta atividade, pretende-se envolver os alunos de forma individual e

coletiva, levando em conta diversas situações de aprendizagem e utilizando diferentes

metodologias. Será abordado o histórico do xadrez desde seu surgimento até os dias

atuais, com abertura de espaço para discussões e fatos relevantes; Iniciação ao jogo com

as características de cada peça: valores e movimentação, e apresentação do tabuleiro;

Serão abordadas práticas de jogos lúdicos através dos jogos pré enxadrísticos com o

objetivo de memorização dos movimentos específicos de cada peça; Assistir filmes

relacionados ao xadrez com ênfase em temáticas sociais; Construção do tabuleiro e

peças através do xadrez humano, fazendo com que os mesmos estabeleçam relações de

cooperação; Desenvolver atividades práticas do jogo de xadrez como o jogo e

possibilidades estratégicas e regras oficiais; Vivenciar o jogo de xadrez com o uso da

tecnologia levando-os a sala de informática, onde poderão vivenciar o jogo online;

Participação em competições através de torneio entre eles, circuito de xadrez, jogos

colegiais, etc.

Para as Atividades Periódicas ficou estabelecido que o turno seria o vespertino

e teria a seguinte distribuição: Xadrez preferencialmente para alunos matriculados no

Ensino Fundamental e Rádio Escola preferencialmente para alunos matriculados no

Ensino Médio.

Para as Atividades Permanentes o Colégio oferta as seguintes propostas:

Leitura, escrita e oralidade Língua Portuguesa. Busca-se com esta proposta, investigar

a relação entre obras literárias e outras artes como: pinturas e músicas de diferentes

174

contextos, analisar a linguagem verbal das obras literárias e a linguagem não-verbal nas

pinturas analisadas, bem como a linguagem simbólica nas músicas. Incentivar à

observação e percepção com a utilização, ora de pinturas, ora de obras musicais,

partindo das experiências de leitura dos alunos para que aprofundem seus

conhecimentos, fazendo com que eles se distanciem do senso comum em que se

encontram e tenham seu horizonte de expectativa ampliado o campo interpretativo do

texto literário, considerando que ele está sujeito a modificações históricas em suas

relações dialógicas com outros textos e sua articulação com outros campos: o contexto

de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, e a história.

A atividade de Leitura, Escrita e Oralidade em Língua Portuguesa busca trazer

encaminhamentos para o ensino de literatura, de forma que ampliem os sentidos dos

textos literários, com a utilização de pinturas e obras musicais que abordem a mesma

temática tratada nos textos.

A execução desta proposta pauta-se nas etapas do Método Recepcional:

determinação do horizonte de expectativas que consiste em interesses específicos da

área de leitura do aluno; o atendimento do horizonte de expectativas, que consiste em

proporcionar ao aluno textos que satisfaçam as suas necessidades; a ruptura do

horizonte de expectativas que corresponde a introdução de textos que abalem as

certezas e costumes do aluno, seja em termos de literatura ou de vivência cultural, o

questionamento e ampliação do seu horizonte de expectativas.

Para a Atividade de Matemática busca-se promover, por meio de ferramentas da

Modelagem Matemática (jogos), a integração entre os alunos participantes e destes com

a comunidade escolar e com os diversos grupos sociais da cidade, estimulando o

reconhecimento da Matemática como meio para promoção do raciocínio, da interação

social, da valorização de múltiplas competências e da formação dos indivíduos como

cidadãos críticos e atuantes. Tem como objetivos específicos desenvolver o raciocínio

lógico e o conhecimento geométrico espacial, estimular a criatividade, a imaginação, a

auto-afirmação e a autonomia, envolver capacidade de concentração e raciocínio,

estimular a comunicação e a cooperação, melhorando o relacionamento inter-pessoal

dos alunos, desenvolver habilidades de resolução de problemas, estimular a percepção

dos alunos como cidadãos críticos e transformadores de sua realidade, compreender o

papel sócio-cultural da matemática, tornando-a assim, mais importante, conhecer a

história e origem de cada jogo, construir e aplicar no mínimo 15 jogos durante o

175

projeto, dentre eles: hex, traverse, dominó das quatro cores, xadrez chinês, matix, trilha,

poliminó, tangram, etc.

O ensino da matemática, nessa proposta, está voltado tanto para os aspectos

cognitivos como para a relevância social desse ensino.

Os conteúdos trabalhados estarão articulados entre si, visto que não se pode

trabalhar a matemática de maneira fragmentada, mas como parte de um todo que se

completa no diálogo entre os conteúdos estruturantes da disciplina.

O conteúdo estruturante abordado nesse trabalho são as geometrias,

especificamente a geometria plana e a geometria espacial. O desenvolvimento do

conteúdo será realizado por meio do uso dos modelos confeccionados para evidenciar

elementos e propriedades geométricas existentes no próprio modelo e/ou nos passos

necessários para confeccionar estes modelos.

Na primeira etapa do projeto (1ºsemestre), serão apresentados aos alunos jogos

já existentes. Os alunos serão então convidados a confeccionar os jogos (tabuleiros,

peças, dados, etc). Após a confecção, orientaremos o desenvolvimento de jogos intra-

grupo, para em seguida realizar exposições e apresentações na Escola, envolvendo

inclusive a possibilidade de organizar competições. Ao longo de todo o processo

(apresentação do jogo, construção e utilização dos jogos), será feita a correlação com

conceitos da geometria e com os elementos geométricos envolvidos.

A segunda etapa será desenvolvida de maneira semelhante à primeira, com um

aspecto a acrescentar: os jogos a serem trabalhados não serão mais jogos já existentes.

Os alunos, agrupados em equipes e orientados pela professora, criarão novos jogos,

usando os conhecimentos adquiridos no semestre anterior. Nessa etapa, serão

estimulados os comportamentos relacionados à cooperação, trabalho em equipe,

criatividade, inovação, dentre outros. Além do resultado material (os jogos), espera-se

produzir, nessa etapa, diversos resultados subjetivos listados nos objetivos e nos

resultados esperados.

Para a Atividade de Teatro, espera-se contribuir para com a formação de

cidadãos críticos e atuantes na sociedade, abrir oportunidades de reflexão acerca da

árdua tarefa que é crescer, e construção de uma escola participativa e decisiva na

formação do sujeito social.

Frente às dificuldades de nossos jovens alunos de terem acesso à cultura é que

pensamos no teatro como uma maneira de aliarmos diversão, cultura e reflexão por

176

meio de peças teatrais fundamentadas por leitura e debates sobre cada tema/situação a

ser trabalhada em forma de arte. Promover discussões sobre a postura do jovem frente à

sociedade, suas relações com o meio. No teatro buscamos não só sua função

integradora, mas também a apropriação crítica, investigadora dos conteúdos sociais e

culturais no processo dinâmico da experimentação, da fluência criativa, liberdade de

expressão, imaginação, emoção, memória e raciocínio.

Esta atividade busca propor ao aluno o acesso ao teatro de forma que valorize a

diversidade destacando a criatividade, socialização, memorização, levando em

consideração aquilo que o aluno traz como referência. Trabalhar exercícios de

relaxamento, aquecimento, elementos formais do teatro: personagens – expressão vocal,

gestual, corporal e facial. Composição – jogos teatrais, improvisações e transposição de

texto literário, pequenas encenações construídas pelos alunos. Também abordaremos a

teorização em arte dos movimentos e períodos artísticos importantes da história do

teatro.

Quanto à proposta de Empreendedorismo, busca-se compreender o modo de

produção da sociedade em que vivemos, para assim analisar a economia e seu

funcionamento no sistema capitalista em sua totalidade. Busca desenvolver no aluno o

interesse pelos assuntos relacionados ao funcionamento da economia em seu município

e posteriormente em seu estado e país. Apresentar aos alunos conceitos básicos de

economia como as noções de o que é capitalismo, Neoliberalismo econômico, lei da

oferta e da procura etc. Visa ainda proporcionar ao aluno conhecer como funciona a

câmara dos vereadores de sua cidade, principalmente nos assuntos relacionados a

orçamento e outros aspectos econômico/financeiros.

Em um primeiro momento será necessário realizar uma prática social inicial,

para saber o que os alunos sabem sobre esses assuntos, em seguida Problematizar

(Porque disso? Por que daquilo), e depois contextualizar com aulas expositivas

utilizando-se para isso diferentes recursos, como textos sociológicos, geográficos,

Históricos, textos didáticos, textos jornalísticos, recursos audiovisuais como filmes,

imagens, músicas e charges.

Em seguida convidar profissionais que atuam na área da economia como

bancários, Técnicos da SEBRAE, vereadores, administradores públicos e privados que

serão convidados a apresentarem aos alunos o cotidiano de suas respectivas profissões.

177

Posteriormente serão utilizados os espaços da Cidade Mirim que já existe no

Colégio Estadual 14 de Dezembro, para que os alunos simulem o funcionamento do

sistema financeiro de uma cidade. Essas etapas contribuirão para que os alunos

relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva de

novos saberes. Teremos ainda, como proposta para a cidade mirim, o processo de

construção da cidadania e de democracia, revelando a importância da participação dos

educandos na escolha de seus governantes.

Para a Atividade Horta Escolar Orgânica pretende-se desenvolver interesses e

habilidades do educando na investigação dos tipos de solo do Colégio Estadual 14 de

Dezembro, para o cultivo de plantas medicinais e hortaliças em geral. Objetiva também

levar em consideração a importância terapêutica, nutricional e sua utilização na

merenda escolar (dos produtos cultivados na horta), assim como despertar a consciência

ecológica e preservacionista através das técnicas de cultivo orgânico.

A primeira etapa consiste na visitação de locais onde a prática já é executada,

como a Chácara da Sagrada Família de Bérgamo, Rua Santos Dumont s/n, em Peabiru-

PR.

Vinculado aos estudos de campo, inicia-se a fundamentação teórica, as

experiências práticas de pesquisa, o preparo do solo, adubação, plantio, tratamento e

colheita de temperos, hortaliças e plantas medicinais.

Conforme a terra responder ao tratamento aplicado, faz-se a correção dos

problemas encontrados. Paralelo ao trabalho, realiza-se o controle biológico de insetos,

fungos e outros parasitas que atacam as plantas.

Espera-se com esta proposta o desenvolvimento da consciência ecológica e

preservacionista, adoção de práticas saudáveis com o consumo de alimentos produzidos

sem agrotóxicos, a valorização do espaço escolar para produção de alimentos orgânicos

e como disseminador de conhecimentos que poderão ser utilizados para além dos muros

escolares, a melhoria das condições da merenda escolar, com o reforço de alimentos

produzidos sem a utilização de agrotóxicos e maior proximidade com as famílias dos

alunos participantes, através da adoção de práticas preservacionistas por parte dos

filhos.

Para as Atividades Permanentes foi estabelecido que ofertaríamos no turno

vespertino com alunos do oitavo ano.

178

1.3. DA ABERTURA E ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS:

PERIÓDICAS E PERMANENTES

O Colégio Estadual 14 de Dezembro - EFM oferta as Atividades

Complementares Curriculares Permanentes e Periódicas no Ensino Fundamental e no

Ensino Médio.

Dessa forma, as atividades de complementação curricular serão desenvolvidas

conforme calendário Escolar.

Entretanto, poderão participar das Atividades Periódicas alunos matriculados

em qualquer instituição de ensino da Rede Pública Estadual, por nível de ensino,

Fundamental e Médio para grupos de alunos da mesma série/ano, iguais/diferentes, no

mínimo dois (2) dias da semana sendo quatro (04h/aula) semanais e uma 01 hora/aula

para planejamento do professor (H/A).

Por outro lado, não poderão participar de atividades propostas no período

noturno, alunos do Ensino Fundamental, menores de quatorze (14) anos.

Em se tratando das Atividades Permanentes poderão participar somente alunos

regularmente matriculados da mesma instituição, na mesma série/ano, na Rede Pública

Estadual, devendo ser desenvolvidas exclusivamente, nos turnos da manhã e tarde.

Ressaltamos que as Atividades Permanentes terão carga horária de 04(quatro)

horas/aulas semanais para cada atividade proposta, mais 01(uma) hora aula para o

planejamento do professor (H/A), devendo ser ofertada prioritariamente, em aulas

geminadas para cada atividade proposta pelo estabelecimento de ensino e deverão ser

desenvolvidas nos cinco (05) dias letivos da semana, ou seja, de segunda a sexta-feira.

Vale lembrar que, as atividades propostas, contempladas na Proposta

Pedagógica Curricular (PPC) e inclusas no Projeto Político Pedagógico, amparada nas

Diretrizes Curriculares Estaduais/DCEs, devem ser proposta pelo coletivo da escola,

com a participação da comunidade escolar e com anuência do Conselho Escolar.

É importante lembrar que, os conteúdos desenvolvidos nas Atividades

Complementares Curriculares de ampliação de jornada ofertadas pelas instituições de

ensino serão registrados no Livro Registro de Classe e inseridos no Sistema de

Administração Escolar/SAE e no Sistema de Registro Escolar (SERE).

179

A escola deverá priorizar a participação de alunos que se encontram em

situação de vulnerabilidade social e as atividades serão desenvolvidas com um número

mínimo de vinte e cinco (25) alunos.

Segundo as normas vigentes, não será permitida vacância nas atividades

em turno diferenciado. Em caso de desistência de alunos inscritos nas atividades, a

vaga deverá ser ocupada por outro participante.

Determina-se, outrossim, que não haverá mudança de turno no decorrer do

ano ara as atividades Periódicas e Permanentes.

É de responsabilidade do Estabelecimento de Ensino constar, no Histórico

Escolar do aluno participante, a carga horária cumprida no programa.

1.4. DAS ATRIBUIÇÕES DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Colégio Estadual 14 de Dezembro deverá apresentar e discutir a legislação

específica do Programa de Atividades Complementares Curriculares Permanentes e

Periódicas com o coletivo da instituição de ensino.

É atribuição do diretor, da equipe pedagógica e do professor proceder a

inserção e acompanhamento, no Sistema de Acompanhamento das Atividades

Complementares Curriculares via Secretaria de Estado da Educação/SEED/CELEPAR.

É de responsabilidade dos professores elaborarem o Plano de Trabalho

Docente, os Relatórios semestrais e a finalização das Atividades Complementares,

encaminhar ao Núcleo Regional de Educação via Sistema SEED/CELEPAR.

1.5. DO CANCELAMENTO

Em caso de não funcionamento das atividades Permanentes ou Periódicas

conforme prescrito na legislação vigente compete à Direção do Colégio, solicitar o

cancelamento.

180

Neste sentido, deverá consultar a comunidade escolar e protocolar junto ao

Núcleo Regional de Educação/NRE, ofício assinado pelo diretor e cópia da ata e

encaminhar ao NRE para análise e Parecer. Este, por sua vez, encaminhará o

protocolado ao Departamento de Educação Básica para as providências cabíveis.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Instrução nº 021/2012 – SEED/SUED: Oferta de atividades de ampliação de

jornada nas instituições de ensino da rede pública estadual.