progressão harmônica

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Progressão harmônica Progressão harmônica também denominada progressão de acordes é uma sucessão de acordes musicais. Há uma diferença entre um acorde maior e um menor. Os acordes maiores são compostos de uma terça maior acrescido de uma terça menor,exemplo: dó-mi- sol, formando assim, uma quinta justa e o acorde menor é composto por uma terça menor e uma terça maior, exemplo: lá-dó-mi. Pegue-se uma seqüência de acordes qualquer de uma música, como por exemplo o padrão I, IV, V (C F G C). Isto é uma progressão de acordes. Se essa seqüência for tocada várias consecutivas experimentando diferentes ritmos e batidas será possível observar que todos os acordes se encaixam perfeitamente. Há um apelo entre os acordes, um acorde criando uma tensão maior ou menor. Este "apelo" é comumente denominado de tensão, ou seja, certos acordes conduzem à uma tensão crescente, acumulando tensão. Quando se volta ao C (Tônica) esta tensão é liberada. É possível perceber, ouvindo a algumas músicas essa tensão se acumulando em determinados trechos, até atingir um clímax (com certa freqüência a parte mais alta), para ser em seguida liberada. Esta progressão tomada como exemplo, que é uma das mais comuns nos dias atuais, é denominada de progressão I IV V, (aquela citada no exemplo acima) e tem justamente estas características de acúmulo de tensão e posterior liberação. Ela é denominada I IV V porque é composta dos acordes de numero I, IV e V de uma escala musical, neste caso a de C. Veja abaixo: C D E F G A B C I II III IV V VI VII VIII Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D G A D. Uma outra progressão bastante comum é a I III IV. Que na escala de C resultaria em C Em F. E na escala de E por exemplo E G#m A. Experimente com esta progressão em diferentes escalas e com diferentes batidas. A progressão de blues também é algo muito importante e deve ser estudada. Um grande número de canções baseia-se em progressões típicas e relativamente fáceis de serem aprendidas, através das quais é possível "tirar" músicas e "levar" outras sem conhecer sua composição. As progressões constituem-se apenas numa base que permite inúmeras variações, e não em regras fixas. Os grandes músicos são justamente aqueles que de certa forma desrespeitam estas progressões sem quebrar a harmonia do conjunto musical, ou seja, a tensão é acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes utilizando-se da criatividade.

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Page 1: Progressão harmônica

Progressão harmônica

Progressão harmônica também denominada progressão de acordes é uma sucessão de acordes musicais.

Há uma diferença entre um acorde maior e um menor. Os acordes maiores são compostos de uma terça maior acrescido de uma terça menor,exemplo: dó-mi-sol, formando assim, uma quinta justa e o acorde menor é composto por uma terça menor e uma terça maior, exemplo: lá-dó-mi.

Pegue-se uma seqüência de acordes qualquer de uma música, como por exemplo o padrão I, IV, V (C F G C). Isto é uma progressão de acordes. Se essa seqüência for tocada várias consecutivas experimentando diferentes ritmos e batidas será possível observar que todos os acordes se encaixam perfeitamente.

Há um apelo entre os acordes, um acorde criando uma tensão maior ou menor. Este "apelo" é comumente denominado de tensão, ou seja, certos acordes conduzem à uma tensão crescente, acumulando tensão. Quando se volta ao C (Tônica) esta tensão é liberada. É possível perceber, ouvindo a algumas músicas essa tensão se acumulando em determinados trechos, até atingir um clímax (com certa freqüência a parte mais alta), para ser em seguida liberada. Esta progressão tomada como exemplo, que é uma das mais comuns nos dias atuais, é denominada de progressão I IV V, (aquela citada no exemplo acima) e tem justamente estas características de acúmulo de tensão e posterior liberação.

Ela é denominada I IV V porque é composta dos acordes de numero I, IV e V de uma escala musical, neste caso a de C. Veja abaixo:

C D E F G A B CI II III IV V VI VII VIII

Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D G A D.

Uma outra progressão bastante comum é a I III IV. Que na escala de C resultaria em C Em F. E na escala de E por exemplo E G#m A. Experimente com esta progressão em diferentes escalas e com diferentes batidas.

A progressão de blues também é algo muito importante e deve ser estudada. Um grande número de canções baseia-se em progressões típicas e relativamente fáceis de serem aprendidas, através das quais é possível "tirar" músicas e "levar" outras sem conhecer sua composição. As progressões constituem-se apenas numa base que permite inúmeras variações, e não em regras fixas. Os grandes músicos são justamente aqueles que de certa forma desrespeitam estas progressões sem quebrar a harmonia do conjunto musical, ou seja, a tensão é acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes utilizando-se da criatividade.

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Progressão harmônica

Há uma diferença entre um acorde maior e um menor. Os músicos e estudantes de música, quando tentam expressar em palavras tal diferença, costumam dizer que o som dos acordes maiores são mais alegres, enquanto os acordes menores são mais tristes. Dessa forma, músicas com motivos tristes, tendem a ser construidas em acordes menores e vice-versa. Este tipo de sentimento que é normalmente gerado por diferentes acordes é também utilizado na construção de padrões seqüênciais denominados progressões. Pegue-se uma seqüência de acordes qualquer de uma música, como por exemplo o padrão I, IV, V (C F G C). Isto é uma progressão de acordes. Se essa seqüência for tocada várias consecutivas experimentando diferentes ritmos e batidas será possível observar que todos os acordes se encaixam perfeitamente. Há um apelo entre os acordes, um acorde criando uma tensão maior ou menor. Este "apelo" é comumente denominado de tensão, ou seja, certos acordes conduzem à uma tensão crescente, acumulando tensão. Quando se volta ao C (Tônica) esta tensão é liberada. É possível perceber, ouvindo a algumas músicas essa tensão se acumulando em determinados trechos, até atingir um clímax (com certa freqüência a parte mais alta), para ser em seguida liberada. Esta progressão tomada como exemplo, que é uma das mais comuns nos dias atuais, é denominada de progressão I IV V, (aquela citada no exemplo acima) e tem justamente estas características de acúmulo de tensão e posterior liberação.

Ela é denominada I IV V porque é composta dos acordes de numero I, IV e V de uma escala musical, neste caso a de C. Veja abaixo:

C D E F G A B CI II III IV V VI VII VIII

Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D G A D.

Uma outra progressão bastante comum é a I III IV. Que na escala de C resultaria em C E F. E na escala de E por exemplo E G# A. Experimente com esta progressão em diferentes escalas e com diferentes batidas.

A progressão de blues também é algo muito importante e deve ser estudada. Um grande número de canções baseia-se em progressões típicas e relativamente fáceis de serem aprendidas, através das quais é possível "tirar" músicas e "levar" outras sem conhecer sua composição. As progressões constituem-se apenas numa base que permite inúmeras variações, e não em regras fixas. Os grandes músicos são justamente aqueles que de certa forma desrespeitam estas progressões sem quebrar a harmonia do conjunto musical, ou seja, a tensão é acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes utilizando-se da criatividade.

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Progressão harmônica

A Harmonia é a matéria da música, que trata da formação de acordes e a combinação entre eles, bem como estabelecer uma conexão adequada com a melodia. Uma Progressão Harmônica então, nada mais é do que uma sequência de acordes construída sobre uma determinada idéia harmônica ou para o acompanhamento de uma melodia.

Para estudar Progressões Harmônicas ou qualquer matéria referente a Análise Harmônica, faz-se o uso de Cifra Analítica; ou seja, os acordes são identificados pelo Grau da escala a que pertencem. Ex., na tonalidade de C:

C        |        Dm7        |        G7        |        C7M        |

I                  IIm7                 V7                   I7M

C   = 1º GrauDm7 = 2º GrauG7  =  5º Grau

Essa forma de estudar Harmonia, dá ao músico a vantagem de transpor a Progressão Harmônica para qualquer tonalidade, já que o eixo de estudo está na função do acorde e não necessariamente na tonalidade em que se encontra. Veja um exemplo da Progressão Harmônica citada acima, transposta para a tonalidade de Fá Maior:

F        |        Gm7        |        C7        |        F7M        |

I                  IIm7                 V7                 I7M

Note que os graus permaneceram os mesmos, e as funções dos acordes também foram mantidas. Esse recurso é extremamente importante para transposição de tonalidades de “emergência”. Duas horas antes do culto ou da apresentação, o solista está com problemas de garganta, e a música que foi ensaiada em uma tonalidade terá que ser tocada um tom abaixo…!   Fazendo a Cifra Analítica baseada na Cifra Original, você terá mapeado o caminho para transpor a música para qualquer outro tom.

Como já abordamos sobre as funções dos acordes, vamos detalhar o que determina a função de cada acorde. Numa tonalidade são encontrados acordes das funções:

TÔNICA (resolução)DOMINANTE (preparação)SUBDOMINANTE (meia resolução)

O acorde principal da função TONICA é o I Grau, podendo ser substituído pelo VI ou III Grau. O acorde principal da função DOMINANTE é o V Grau, podendo ser substituído pelo VII Grau. O acorde principal da função SUBDOMINANTE é o IV Grau podendo ser substituído pelo II Grau. Veja o gráfico:

Grau Principal da Função                               | Graus Substitutos

Tônica I |    III e  VI Dominante  V | VII Subdominante  IV | II

A função Tônica caracteriza-se pelo peso de resolução que é o maior dentre todas as outras. A Dominante é identificada por ser de preparação, ou ponte entre uma resolução e outra. A Subdominante é também de resolução, porém com um peso de conclusividade menor que a Tônica.

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Veja o exemplo desta Progressão Harmônica em Cifra Analítica com as respectivas funções indicadas:

I7M          |          IIIm7          |          VIm7          |           V7           |          I7M          |

Tônica                Tônica                   Tônica               Dominante             Tônica

Note que essa Progressão Harmônica começa com três resoluções da mesma função, variando somente os acordes: A primeira, uma Tônica com o Acorde Principal, a segunda e a terceira porém, variam com os acordes substitutos da mesma função; Logo após abrindo uma preparação com uma Dominante para finalizar a Progressão em uma resolução de Tônica.

Se fôssemos por exemplo, passar essa cifra analítica para a tonalidade de Sol Maior, teríamos a seguinte Progressão:

G7M          |          Bm7          |          Em7          |          D7          |          G7M          ||

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Harmonia musical

Explicar técnicamente o que é harmonia musical, exige um espaço um pouco maior que este artigo. Portanto, vamos ao popular.

A grosso modo, podemos dizer que harmonia musical é a área musical que define a construção e a a ordem dos acordes dentro do sistema tonal. Ou seja, quando você está tocando os acordes de uma determinada música, está fazendo a harmonia daquela música. Um acorde não é a harmonia e sim, faz parte da harmonia.

Explicando mais um pouco. Popularmente, sem entrar em detalhes técnico-teóricos profundos, podemos dizer que harmonia é o conjunto de acordes da música. Portanto, se uma música possui os acordes D, Bm, G e A7, esta é a sua harmonia musical, ou somente a harmonia da música.

Até agora, você já sabe que se alguém lhe perguntar se sabe a harmonia de uma determinada música, estará se referindo aos acordes da mesma. Dããã…

Muito bem. E onde isto nos leva? Porque é que aqueles benditos acordes estão lá? Só porque o compositor decidiu que deveriam estar? Nada disso. O compositor não decidiu nada, por mais que alguns possam achar que sim, que foram eles que decidiram por este ou aquele acorde.

 Campo harmônico

Acontece que qualquer música é feita numa determinada tonalidade. Esta tonalidade tem um campo harmônico. Eita! Agora o bicho pegou! É de comer isso aí? Peraí um pouquinho, que não é tão difícil assim.

Campo harmônico é o conjunto de acordes formados a partir das notas de uma escala. Se você já leu alguns dos artigos anteriores, como acordes relativos, com mais estas informações vai entender do que estou falando.

Tomemos por exemplo a escala de C (dó maior)

Grau 1 2 3 4 5 6 7

Nota C D E F G A B

Acorde C Dm Em F G Am Bdim

Menor ou maior + - - + + - dim

Repare como cada nota da escala gerou um acorde. Todos estes acordes formam o campo harmônico daquela tonalidade. Na última linha, a regra para a formação dos acordes na escala maior. Onde se vê (+) o acorde sempre será maior e (-) sempre menor. o sétimo grau, sempre diminuto.

Obs: As regras para a escala menor são diferentes.

A partir daí, você sabe, em qualquer tonalidade, quais os acordes do campo harmônico. Ou seja, quais acordes podem fazer parte de uma música que se encontra naquela tonalidade.

Lembre-se, entretanto, que estes são os acordes básicos. Não se deixe confundir pelas variações, como acordes com sétima, nona e por aí afora. Por exemplo, uma sequencia assim (usando a escala de C):

C, G/B, Am7, Dm, F, G7

Está perfeitamente de acordo com o campo harmônico:

C, G, Am, Dm, F, G

Portanto, conforme foi dito anteriormente, a gente não decide que acorde colocar na música. Ou melhor, até decide, entre aqueles acordes que as regras da harmonia musical permitem.

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Três acordes essenciais de violão

Se você ainda não sabe, esta é sua oportunidade. Há três acordes naturais, D, A e E, que são simplesmente essenciais para quem toca violão. principalmente para principiantes. Veja as fotos abaixo.

 

D = Ré maior

 

A = Lá maior

 

E = Mi maior

 E porque estes acordes são essenciais? Deixe-me contar uma história.

Sabe aquelas reuniões de família, churrascos, festas de aniversário? Então. Não tem sempre aquele que chama a atenção? É o contador de histórias, piadas e… o cara do violão. Se você procurar bem, pode reparar: parece que toda família tem um.

Na minha não era diferente. Um tio meu, a cada festa, lá vinha ele com seu violão. O homem tem uma voz invejável. Bonita e potente.

No começo, eu nem ligava. Era aquele velho chato com suas músicas chatas.

Mas à medida que fui me interessando pelo instrumento, minha atitude mudou. Eu ficava pensando: pô, esse velho não me parece um grande violonista. E não era mesmo.

Como é que ele tocava um montão de músicas? Aí é que entra o motivo deste artigo.

É muito simples. O esperto velhote tocava todas as músicas com apenas duas sequencias básicas de acordes. Uma delas é esta que lhes apresento agora: A, D e E (assista a um video sobre estes três acordes de violão)

Page 7: Progressão harmônica

Se você está começando, pode até duvidar. É estranho mesmo. A gente vê aqueles caras na TV, no Youtube, tocando trocentos acordes de violão em cada música!

Mas é verdade. Com esta sequencia, você pode tocar centenas, milhares de músicas!

Experimente você mesmo estes três acordes

Não acredita? Experimente. Pegue qualquer música conhecida e aplique esta sequencia. Bem, não vamos exagerar… deixe a MPB fora disso, que eles fazem umas músicas com milhares de acordes e um mais complicado que o outro.

Mas pense numa música simples, sertaneja, pop, romantica, e mande um A (lá maior), como tonalidade. comece a cantar a música e você vai perceber que: ou você deve ir para D (ré maior), ou para E (mi maior).

O que acontece, é que em músicas mais simples, quase sempre é utilizada uma sequencia básica (como esta). Os demais acordes, ou são variações dos acordes da sequencia, ou são relativos, na maioria dos casos.

Isto se chama – em termos populares – de “simplificar” a música.

Eu mesmo, quando começava a aprender, fazia isto direto. Conhecia já os acordes básicos, então quando aparecia na música um acorde para mim desconhecido, simplesmente pulava-o, partindo par ao próximo da sequencia básica.

No âmbito profissional esta prática – é claro – não é utilizada. Mas muitas e muitas músicas que você ouve no rádio todos os dias, só têm mesmo as sequencias básicas! “Aprender” a tocá-las chega a ser piada.

Se você é fã de sertanejo, isto é o que você precisa. É quase impossível encontrar uma música sertaneja com acordes complicados. É um, dois e três!

Na verdade, há músicos práticos que chamam estas sequencias de “primeira, segunda e terceira”. A primeira, no caso do nosso exemplo, é o A. a segunda, a preparação para o A, que é o E. A terceira é o D.

Eu prefiro associar os acordes com a escala musical. Ficando esta sequencia então como: “primeira, quarta e quinta”, pois na escala de A, a primeira nota é A, a quarta D, sendo a quinta E.

A sequencia é apresentada nesta ordem (1, 4 e 5), porque é a melhor resolução possível, devido ao fato de a quinta posição (E) “chamar” a primeira.

Em artigo futuro, abordaremos as demais sequencias básicas. Mas acredite: só com esta aí, você é capaz de tocar muitas e muitas músicas.

Faça suas experiências com diversas músicas e comprovará o que foi abordado aqui.

Quer achar os desenhos de acordes? Siga este link: Chordbook. É um site de acordes, muito bom. Apesar de ser em inglês, é bastante intuitivo, não há dificuldade em usá-lo.

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Como é o negócio dos três acordes…

O artigo três acordes essenciais de violão, um dos primeiros do blog, já rendeu tanto comentário, que vale a pena dar um reforço. 

É claro que ninguém vai sair por aí se achando o “rei do violão” sabendo só três acordes. Mas serve para incentivo aos iniciantes e também como um quebra galho quando não se sabe uma determinada música.

Teoricamente, qualquer música que tenha três acordes pode ser tocada com estes acordes. Que aliás são A (lá maior), D (ré maior) e E (mi maior). Basta saber que a tonalidade aí no caso é A. No campo harmônico temos então A = 1, D = 4 e E = 5. Leia também o artigo sobre transporte de tonalidade. 

Suponhamos que você encontre uma música com os seguintes acordes: C, F e G. A tonalidade aí é C. Para tocar com os nossos três amiguinhos, basta saber que C = 1, F = 4 e G = 5. Vamos dar um exemplo:

Música – Soy latino americano (Zé Rodrix)

Original

C                   F         G        F

Não acordo muito cedo

C                     F          G        F

Mas não fico preocupado

Com os novos acordes

A                   D         E       D

Não acordo muito cedo

A                     D          E        D

Mas não fico preocupado

Fácil, certo? Lembre-se sempre da sequencia 1, 4, 5. E leve em conta que nem sempre os acordes vêm nesta ordem. Você pode encontrar algo assim, por exemplo: G, D e C. Que seria 1, 5 e 4. Aí substituiria por: A, E e D.

Como você gosta de tudo mastigado, vou dar mais uma dica. Veja abaixo a equivalência dos acordes em cada tonalidade:

1          4          5C          F         GC#        F#      G#D          G         AD#       G#      A#

Nem precisa continuar, não é verdade? Basta seguir a escala cromática e você chega lá. Tá legal… aqui vai a escala cromática:

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C   C#  D  D#  E  F  F#  G  G#  A  A#  B 

Portanto, aí está a maneira de transportar qualquer música de três acordes (maiores) para nossos três acordes essenciais.

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Sequencias de acordes

Repare nas músicas de sua preferência como aparecem determinadas sequencias de acordes. Estas sequencias não estão ali por acaso. Nem tampouco foram “colocadas” ali porque alguém quis.

Na verdade, as sequencias de acordes dependem da melodia. Quem manda é a melodia. Os acordes só dão as caras por ali se forem chamados pela melodia. Uma maneira simples que encontrei de explicar esta coisa.

Tente, por exemplo, pegar um música que só tem três ou quatro acordes, e – obedecendo o campo harmônico – “enfiar” mais alguns acordes por ali. Pode até funcionar, mas só se a melodia permitir, entende? Se a melodia exige um A (lá maior), você pode até tentar colocar F#m (fá sustenido menor), que é o acorde relativo de A. Mas provavelmente não vai funcionar. Porque a melodia quer porque quer o A. E pronto.

Por este motivo é que músicos experientes parecem conhecer todas as músicas. O cérebro deles, ao ouvir uma melodia, já lhes diz quais acordes vão se encaixar aqui e acolá. Aí você fica olhando e pensa: “ah, se eu tocasse assim…”, é ou não é?

Quer chegar lá? Faça o que estes caras fazem. Estude muito, treine muito e toque muito. É claro que alguns têm mais facilidade. Tem gente que nasce com ouvido privilegiado, é uma coisa incrível. Mas estes são poucos. Se não for este o seu caso, estude as sequencias de acordes em músicas diferentes.

Como estudar sequencias de acordes

Não se deixe enganar por tonalidades. Explicando: uma sequencia de acordes não pertence a nenhuma tonalidade em particular. você pode ter a mesma sequencia de acordes em tonalidades diferentes. E a mesma tonalidade em sequencias de acordes diferentes. Eita! Complicou? Peraí um pouco…

Vamos pegar (pra variar) a tonalidade C (dó maior), cujo campo harmônico é:

1,   2  ,  3,    4,   5,   6,    7

C, Dm, Em, F, G, Am, Bdim

Pois bem. Temos nesta tonalidade os sete acordes do campo harmônico. Ou seja, os sete acordes básicos que podem ser usados nesta tonalidade. Através da numeração acima dos acordes, vamos montar nossas sequencias.

Sequencia A – 1 (C), 4 (F), 5 (G) – uma sequencia bem conhecida e muito usada.

Suponhamos que você tenha diante de si uma música com os acordes D, G e A. É a mesma sequencia, só que não mais na tonalidade C e sim na tonalidade D.

” Mesma sequencia, tonalidade diferente”

É bem fácil deduzir a minha outra afirmação: “mesma tonalidade, sequencia diferente”. Veja a sequencia abaixo:

C, Am, F, G  ou 1, 6, 4, 5 (confira lá em cima) = tonalidade C (mesma tonalidade), sequencia diferente.cordes

Como eu vou parar por aqui, você vai ficar achando que poderia ir mais longe, certo? E eu fui muito mais longe que isto, na apostila Acordes em sequencia, que você pode obter inteiramente grátis, inscrevendo-se no boletim acordes. Olhe aí ao lado, na barra lateral. 

Page 11: Progressão harmônica

Facilitando o acompanhamento de músicas

Há sequencias ou progressões de acordes usados constantemente em gêneros musicais populares, como sertanejo, romantico e outros.

As sequencias em geral obedecem um padrão conhecido, ou seja, um "caminho". Explicando melhor:

Uma determinada música é executada na tonalidade Dó maior (C). Se tiver somente três acordes, uma sequencia lógica seria C, F, G. Esta é uma sequencia que leva a canção "de volta para casa", ou melhor, de volta ao primeiro acorde (C), que dá nome à tonalidade da música.

Esta peculiaridade da música pode ser facilmente observada. A sequencia de acordes, não importando quantos são, sempre leva a canção de volta ao acorde inicial.

Entretanto, um principiante pode enganar-se ao analisar uma música com mais acordes. Encontrando acordes diferentes no meio do caminho, a coisa parece ficar mais complicada. Mas não é assim. Tudo tem sua explicação, sua lógica.

A explicação para as sequencias, está na escala musical. Tomemos por exemplo a escala de Dó maior (C):

1 2 3 4 5 6 7 8

C D E F G A B C

Seguindo a numeração das notas da escala, teríamos, na sequencia acima mencionada:

1 - C

4 - F

5 - G

Uma sequencia 1, 4, 5. Bastante utilizada em diversos generos musicais.

Suponhamos que você encontre uma sequencia assim:

C, Am, F, G

Tudo a ver com a escala, sem dúvida. A numeração seria:

1, 6m, 4, 5

E porque o acorde Am? Porque é o acorde relativo de C, porque a escala de Am possui as mesmas notas da escala de C.

Da mesma maneira, você poderia encontrar os acordes relativos de F (Dm) e de G (Em).

Outra sequencia possível:

C, G, F, Dm, G ou 1, 5, 4, 2m, 5

Enfim, não há regra definida para uma sequencia em uma música. Entretanto, alguns padrões estarão sempre presentes. E os acordes raramente fugirão da escala da tonalidade da música, a menos que haja uma variação de tonalidade, ou fatores mais complexos, normalmente não aplicados à música popular.

Outro fator que pode confundir um pouco a clara visualização da lógica na sequencia de acordes, é a inclusão de acordes com variações. Entretanto, olhando-se "mais de perto", é possível identificar a presença da sequencia básica. Tomemos como exemplo a seguinte sequencia:

Page 12: Progressão harmônica

C, G/B, Am, Dm, G11, G7

Você pode reparar que, mesmo com as variações nos acordes, a sequencia básica seria:

1, 5, 6m, 2m, 5, 5

Repare também, que o acorde Ré menor (Dm) está "substituindo" Fá maior (F), ou seja, a sequencia 1, 4, 5 está presente com uma ligeira modificação.

ATENÇÃO: As modificações feitas nos acordes que não o que dá nome à tonalidade, referem-se à própria escala do acorde. Por exemplo: no acorde G7, aplica-se a sétima nota da escala de sol menor (Gm). Não confundir com a numeração da escala da tonalidade com que se está trabalhando!

Lembre-se também que utilizando a numeração da sequencia conforme a escala, você facilita o transporte de tonalidade. Por exemplo:

Tonalidade = C

C, Am, F, G ou 1, 6m, 4, 5

Transportar para G

G, Em, C, D

Examinando músicas conhecidas, você poderá encontrar diversos padrões de sequencias de acordes. Conhecendo estas sequencias, torna-se cada vez mais fácil compreender o acompanhamento de novas músicas.

Page 13: Progressão harmônica

Violão – acordes relativos

Os acordes relativos, como você verá a seguir, acabam por si só, explicando muito das escalas maiores e menores. E também da formação de acordes.

Dizemos que um acorde é relativo de outro quando as duas tonalidades (uma maior e uma menor) possuem as mesmas notas em suas escalas. Fácil, certo? Ok, complicou um pouco, mas descomplicaremos já. Repare na tabela abaixo:

Tonal 1 2 3 4 5 6 7 8C C D E F G A B CAm A B C D E F G AC# C# D# F F# G# A# C C#A#m A# C C# D# F F# G# A#D D E F# G A B C# DBm B C# D E F# G A BD# D# F G G# A# C D D#Cm C D D# F G G# A# CE E F# G# A B C# D# EC#m C# D# E F# G# A B C#F F G A A# C D E FDm D E F G A A# C DF# F# G# A# B C# D# F F#D#m D# F F# G# A# B C# D#G G A B C D E F# GEm E F# G A B C D EG# G# A# C C# D# F G G#Fm F G G# A# C C# D# FA A B C# D E F# G# AF#m F# G# A B C# D E F#A# A# C D D# F G A A#Gm G A A# C D D# F GB B C# D# E F# G# A# B

G#m G# A# B C# D# E F# G#

Obs: Algumas notas deveriam ser representadas em suas escalas com o simbolo b (bemol), porém para efeitos práticos utilizamos apenas # (sustenido).

As linhas em branco são as tonalidades maiores e as linhas em cinza, as menores. No primeiro campo temos o nome da tonalidade e a seguir as notas de sua escala. A numeração indica o grau de cada nota na escala.

Muito bem. Olhe a primeira linha, tonalidade C (dó maior). A linha cinza logo abaixo é a tonalidade Am (lá menor). As duas tonalidades são relativas. Os dois acordes (C e Am) são relativos. Porque possuem as mesmas notas em suas escalas. E assim sucessivamente com as outras tonalidades.

No violão, acordes relativos são facilmente encontráveis, sem consultar a tabela. Para um determinado acorde maior, basta trazer a nota tônica (que dá nome ao acorde) três semitons para baixo, ou seja, três casas para baixo.

Por exemplo: suponhamos que você faça o acorde C e a tônica (C) está na terceira casa da quinta corda. Três casas para trás, teremos a quinta corda solta, que é A. Portanto, o acorde relativo de C é Am. Um acorde relativo de um dado acorde maior sempre será um acorde menor. E vice-versa.

Evidentemente, para achar no violão o acorde relativo de um acorde menor, “viajaremos” três casas para frente.

Page 14: Progressão harmônica

Suponhamos, por outro lado, que você esteja fazendo o acorde D (ré maior), na posição em que a quarta corda (D) fica solta. É claro que não é possível andar três casas para trás neste caso. Simplesmente encontre a nota ré em outra corda. Quinta corda, casa cinco, por exemplo. Andando três casas para trás, teremos a nota B. O acorde relativo de D é então Bm (consulte a tabela).

Como achar a escala menor relativa a partir da escala maior

Dada uma escala maior, achar a escala relativa daquela tonalidade é muito fácil. As notas se repetem a partir do sexto grau. Veja a tabela abaixo:

Tonal 1 2 3 4 5 6 7 8C C D E F G A B CAm A B C D E F G AC# C# D# F F# G# A# C C#A#m A# C C# D# F F# G# A#D D E F# G A B C# DBm B C# D E F# G A BD# D# F G G# A# C D D#Cm C D D# F G G# A# CE E F# G# A B C# D# EC#m C# D# E F# G# A B C#F F G A A# C D E FDm D E F G A A# C DF# F# G# A# B C# D# F F#D#m D# F F# G# A# B C# D#G G A B C D E F# GEm E F# G A B C D EG# G# A# C C# D# F G G#Fm F G G# A# C C# D# FA A B C# D E F# G# AF#m F# G# A B C# D E F#A# A# C D D# F G A A#Gm G A A# C D D# F GB B C# D# E F# G# A# B

G#m G# A# B C# D# E F# G#

Como você pode ver, as notas se repetem. Porém, é claro, começando pela nota que dá nome à nova tonalidade. Veja por exemplo o sexto grau da escala de B (si maior). É a nota G# (sol sustenido). A linha abaixo, da tonalidade G#m começa então com a nota G#. Repare que, continuando em frente, temos a repetição do sétimo e oitavo graus. Como o oitavo grau é a mesma nota do primeiro, podemos ver claramente a repetição, na seguinte sequencia: 6,7,1,2,3,4,5 da tonalidade B.

Uma das muitas utilidades de saber que uma determinada escala maior é igual a uma outra menor, é na hora de improvisar um pequeno solo, por exemplo. Se você sabe tocar a escala maior e a tonalidade da música é menor, voilá! As notas são as mesmas, lembra?

Para “tirar” uma música de ouvido, também é bastante útil conhecer os acordes relativos. Uma vez que você saiba a tonalidade em que a música está, saberá que poderão aparecer os seguintes graus e seus relativos, para começar:

I, IV e V

Na escala de C (dó maior), teríamos:

I – C e AmIV – F e DmV – G e Em

Page 15: Progressão harmônica

É claro que podem aparecer outros acordes, mas seguindo esta diretriz, você com certeza já estará com meio caminho andado – ou mais! Estude um pouco a tabela e com certeza achará outras peculiaridades nas escalas.

Acordes em posições diferentes

É importante aprender outras posições para os acordes para, dependendo da música que se está tocando, você tenha mais opções de arranjo.

Uma das maneiras de se obter os acordes em outras posições no braço do violão, é guiar-se pelos três graus que formam o acorde, e procurar as respectivas notas ao longo do braço. Com um pouco de paciência, você vai achar posições que jamais imaginou possíveis.

Os acordes lá estão, bonitinhos, à espera dos seus dedos.

No exemplo abaixo, coloquei duas posições diferentes para o acorde A (lá maior). A primeira posição com a tônica na quinta casa, sexta corda (quadrinhos azuis) e a segunda posição com a tônica na décima-segunda casa, quinta corda (quadrinhos laranja).

As posições são muito fáceis de se executar, sem dificuldade. Importante: lembre-se que ao fazer estas posições você deve tocar somente as três cordas apertadas!

 

Page 16: Progressão harmônica

 Obs: Fonte da figura do braço:  http://www.brendanburns.com

 

Achando diferentes posições para os acordes de violão

 Repare que na parte de baixo da figura segue a escala de A (lá maior). Em vermelho, as notas que formam o acorde. O primeiro, terceiro e quinto graus da escala.

Guiando-se pela escala de cada tonalidade, você pode achar outras posições para outros acordes.

Suponhamos que você queira tocar uma determinada música, e os acordes não possibilitem mudanças fáceis, talvez muito longe (ao longo do braço do violão) um do outro. Você pode procurar um ou mais acordes da maneira descrita acima para facilitar a execução da música.

Outra utilidade seria por exemplo se você estiver fazendo um pequeno solo, algumas casas adiante do acorde original. Ache uma posição mais próxima às casas do solo, para ficar mais fácil voltar ao acorde.

Enfim, as possibilidades são muitas. Tenho certeza que você, em pouco tempo pode achar inúmeras posições para quaisquer acordes.

Page 17: Progressão harmônica

É claro que nem todas as posições encontradas (como as do exemplo) são para serem utilizadas em todas as situações. Mas servem de exemplo da versatilidade do violão.

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Como usar um capotraste

 

Capotraste é este negócio aí da foto. Existem diversos modelos e marcas diferentes.

Basicamente o capotraste, uma vez colocado no braço do violão, funciona como um (#) sustenido, ou seja, aumenta em meio tom – para cada casa do braço – a tonalidade das cordas. A tabela abaixo explica melhor.

 Capo na

Cordas

sem capo Casa 1 Casa 2 Casa 3 Casa 4

Sexta E F F# G G#

Quinta A A# B C C#

Quarta D D# E F F#

Terceira G G# A A# B

Segunda B C C# D D#

Primeira E F F# G G#

E assim por diante. Tudo bem, mas isso serve pra quê?

Você pode usar o capotraste – por exemplo – para obter um som diferente, mais agudo, para uma determinada música. Ou para transportar a tonalidade de uma música, sem mexer nos acordes.

Transportando a tonalidade com o capotraste

Suponhamos que você esteja tocando uma música em D (ré maior). Os acordes são D, Bm, G, A7. Mas a tonalidade está um pouco baixa para a voz do cantor. Suponhamos que um tom acima seria suficiente. Você deveria então transportar a harmonia, ficando os acordes assim: E, C#m, A, B7.

Usando o capotraste, você não precisaria fazer isto. Basta colocar o capotraste na segunda casa e tocar a música como se fosse com os acordes originais, ou seja, nas mesmas posições.

O que acontece aí, é que fazendo o acorde D com o capotraste na segunda casa, ele já não é um D e sim, um E. A mesma coisa com os demais. O capotraste fez ali uma pestana para você.

Mas você também pode usar o capotraste caso a tonalidade esteja muito alta. Vamos pegar o mesmo caso acima. Supondo-se que a tonalidade tivesse que ser três semitons abaixo, você ficaria com os acordes: B, G#m, E, F#7. Mas você não quer tocar estes acordes todos com pestana. Transporte então a tonalidade para A. Acordes: A, F#m, D, E7. Coloque o capotraste na segunda casa e toque com a nova sequencia (A).

Page 19: Progressão harmônica

Parece meio complicado a princípio, mas funciona. As possibilidades são muitas. Imagine que você coloque o capotraste na quarta casa. Fazendo então uma sequencia G, C, D, na verdade estará tocando B, E, F#.

Com o capotraste na mesma casa (quarta), se você tocar D, G e A, estará tocando F#, B e C#. Trazendo o capotraste uma casa para trás, a mesma sequencia ficaria sendo F, A# e C.

Tocando em dupla

Outra grande pedida, é quando você está tocando com outra pessoa, dois violões. Um usa o violão normal e outro com o capotraste. A harmonia fica mais cheia, mais bonita. Uma música com os acordes G, C, Am e D, por exemplo. O primeiro violão, sem o capotraste tocas estes acordes (é claro). No segundo violão, coloca-se o capotraste na quinta casa e toca-se as posições D, G, Em e A.

Veja as fotos abaixo. A primeira simplesmente mostra o capotraste junto ao braço, antes de ser colocado. A segunda, o capotraste já colocado na quinta casa.

 

 

 Fiz uma curta gravação tocando estes acordes nas duas posições (normal e com capotraste). Ouça abaixo:

[audio:http://acordesdeviolao.com.br/audio/trilhacapo.mp3]

Compreendendo o capotraste

Enfim, as possibilidades são inúmeras. Basta comprender a mecânica da coisa. Com o capotraste no braço do violão, você está fazendo a posição de um acorde e obtendo outro som, tantos semitons acima daquele acordes, quantas forem as casas adiante em que você colocou o capotraste.

Para comprender melhor, faça qualquer acorde solto, como A, por exemplo e vá seguindo adiante no braço do violão.

Page 20: Progressão harmônica

Acorde normal, na segunda casa = A

Acorde na terceira casa = A# – o que é que fica faltando aí? A pestana, certo? Coloque o capotraste na primeira casa.

Acorde na quarta casa = B – fica faltando a pestana. Coloque o capotraste na segunda casa.

Acordes na quinta casa = C – fica faltando a pestana. Coloque o capotraste na terceira casa.

E assim por diante. Faça o exercício acima com outros acordes soltos, como G, E, D e C e você acabará descobrindo mais alternativas. Além de estar compreendendo melhor o braço do violão.

Na tabela abaixo, você pode escolher nas colunas (sentido vertical) que som quer obter com o capotraste na casa desejada. Exemplo: Capotraste na casa 4 e você quer os acordes E, B e A. Volte na mesma direção horizontalmente até a coluna azul e achará a posição que deve fazer. Neste caso, E = C, B = G e A = F

Portanto você vai armar as posições C, G e F, mas vai obter o som de E, B e A.

Page 21: Progressão harmônica

Teoria musical – transporte de tonalidade

Toda música tem a sua tonalidade, o tom em que foi feita e/ou gravada. Em algumas situações é necessário tocar esta mesma música em outra tonalidade, mais alta ou mais baixa. A este procedimento chamamos de transporte de tonalidade.

Um pouco de teoria musical

Estamos aqui falando – naturalmente – de violão. Mas vamos aproveitar para esclarecer algo que pode escapar se falarmos somente de acordes.

Quando fazemos o transporte de tonalidade, não só os acordes são transportados e sim, a música toda. Sim, óbvio, mas fiz questão de mencionar, porque em violão popular lidamos somente com acordes e por vezes nos esquecemos que a música tem a melodia que – neste caso – está “guardada” na voz de quem canta.

Ou seja, se imaginarmos a música escrita na partitura (veja figura abaixo), todas aquelas notas musicais (as bolinhas pretas) deverão mudar de lugar, para cima (tonalidade mais alta) ou para baixo (tonalidade mais baixa) ao ser feito o transporte de tonalidade.

Continuando no exemplo acima, imagine que transportemos a música acima um tom acima. A primeira nota é C (dó). Um tom acima = D (ré). Repare que a nota está no terceiro espaço de baixo para cima. Ela irá então para a quarta linha (e não espaço), tornando-se um D (ré).

O transporte de tonalidade no violão

Transportar tonalidades no violão não é bicho-de-sete-cabeças. Uma vez conhecendo-se as regras, é pão comido.

A primeira coisa a se fazer, é não pensar nos acordes individualmente. Os acordes fazem parte de uma sequencia. Você vai transportar a sequencia toda. Transportando o acorde que dá nome à tonalidade da música, basta “levar” os outros junto com este, na mesma quantidade de semitons.

Utilizando a escala cromática para transportar tonalidade

É fácil de compreender o transporte através da escala cromática. Suponhamos que uma música tenha a seguinte sequencia: D, Bm, G, A, D, G, Em, A7, sendo D a tonalidade. Queremos transportá-la para G(sol maior).

Devemos então localizar D na escala cromática e depois G. Contamos a mesma quantidade de semitons “andados” para frente ou para trás, para cada um dos outros acordes.

Escala cromática (meio em meio tom)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

C C# D D# E F F# G G# A A# B

Em vermelho, D, a tonalidade original. Em verde, G, a nova tonalidade, que está 5 (cinco) semitons para frente (mais alto). O segundo acorde é Bm, que está na posição 12 nesta escala cromática. Como esta é a

Page 22: Progressão harmônica

última nota da tabela, contamos cinco posições reiniciando, ou seja, a partir da posição 1 (um). Portanto o acorde Bm será Em. O terceiro acorde é G (oito). Cinco semitons adiante será igual a C (um). E assim por diante, contando sempre cinco semitons para a direita.

Lembre-se que tudo o que vem depois da cifra do acorde permanece. Exemplo: você achou E para transportar Bm. Basta adicionar “m” e você terá Em.

No braço do violão

Este mesmo procedimento é muito simples no braço do violão. As casas do braço seguem a escala cromática. Portanto, basta achar a nota original e “caminhar” as casas necessárias.

Continuando com o exemplo acima, D está na quinta corda, quinta casa. Cinco casas adiante, teremos G. B está na quinta corda, segunda casa. Cinco casas adiante = E.

Não se esqueça: tudo o que vem depois da cifra permanece ( m, 7 etc.).

A tabela abaixo ilustra melhor a mecânica da coisa. Mas não “vicie” em tabelas de transporte. Aprenda a transportar pela escala cromática e não se verá em apertos quando não houver uma tabela disponível.

Procure o exemplo acima nesta tabela. Na primeira coluna da esquerda, achamos a tonalidade D. O segundo acorde da sequencia é Bm. Seguindo à direita, achamos a nota B na sexta casa da tabela. Para transportar, Achamos a tonalidade G na primeira coluna e andamos para a direita, até a casa seis, onde encontraremos o nosso já muito falado E. Portanto o segundo acorde (de novo…) é Em.

Atenção: as escalas acima não são cromáticas e sim escalas de cada tonalidade.

Como você percebeu, não há nenhum mistério em transportar tonalidade. É pura matemática.

Transportando uma sequencia de acordes

Sequencias mais simples são bem fáceis de serem transportadas, partindo do princípio das posições dos acordes segundo a escala da tonalidade. Utilizando a mesma tabela acima, sabemos que o campo harmônico de cada tonalidade gera acordes conforme segue:

1 2 3 4 5 6 7

Maior Menor Menor Maior Maior Menor Diminuto

Utilizando o mesmo exemplo dado anteriormente, repare que tudo bate novamente. O segundo acorde encontrado foi E, na sexta posição. Veja na tabela que a sexta posição precisa ser menor. Portanto (lá vamos nós…) = Em.

Page 23: Progressão harmônica

Finalizando, aqui está a nossa sequencia:

D, Bm, G, A, D, G, Em, A7

D Em ? G A(A7) Bm  ?

1 2 3 4 5 6 7

Maior Menor Menor Maior Maior Menor Diminuto

Deduza você agora: Se tivéssemos mais dois acordes, na terceira e sétima posições, quais seriam? Ah, sim. Fica por sua conta fazer o restante do transporte… uma moleza, diga a verdade!

Page 24: Progressão harmônica

Tabela de acordes

Questão : Os acordes cálculados na tabelas de acordes não são os que eu quero. O que é que eu posso fazer ?

A base de dados ou tabelas modal abaixo dá-lhe todos os acordes que podem ser tocadas numa determinada tonalidade.

Cada linha desta tabela dá-lhe 7 acordes básicos para cada tonalidade. Na primeira coluna está a tonalidade.

Em cada célula encontra nomes de acordes de 3 e 4 notas.

Para usar esta tabela:

        • Identifique a tonalidade da partitura         • Procure esta tonalidade na primeira coluna         • Você pode usar todos os acordes das duas linhas..

        I       II      III     IV      V       VI      VII Do      Do      Rem     Mim     Fa      Sol     Lam     Sidim         DoM7    Rem7    Mim7    FaM7    Sol7    Lam7    Sim7b5

Fa      Fa      Solm    Lam     Sib     Do      Rem     Midim         FaM7    Solm7   Lam7   SibM7   Do7     Rem7    Mim7b5

Sib     Sib     Dom     Rem     Mib     Fa      Solm    Ladim         SibM7   Dom7    Rem7    MibM7   Fa7     Solm7   Lam7b5

Mib     Mib     Fam     Solm    Lab     Sib     Dom     Redim         MibM7   Fam7    Solm7   LabM7   Sib7    Dom7    Rem7b5

Lab     Lab     Sibm    Dom     Reb     Mib     Fam     Soldim         LabM7   Sibm7   Dom7    RebM7   Mib7    Fam7    Solm7b5

Reb     Reb     Mibm    Fam     Solb    Lab     Sim     Dodim         RebM7   Mibm7   Fam7    SolbM7  Lab7    Sim7    Dom7b5  

Solb    Solb    Labm    Sibm    Dob     Reb     Mibm    Fadim         SolbM7  Labm7   Sibm7   DobM7   Reb7    Mibm7   Fam7b5

Fa#     Fa#     Sol#m   La#m    Si      Do#     Re#m    Mi#dim         Fa#M7   Sol#m7  La#m7   SiM7    Do#7    Re#m7   Mi#m7b5

Si      Si      Do#m    Re#m    Mi      Fa#     Sol#m   La#dim         SiM7    Do#m7   Re#m7   MiM7    Fa#7    Sol#m7  La#m7b5

Mi      Mi      Fa#m    Sol#m   La      Si      Do#m    Re#dim         MiM7    Fa#m7   Sol#m7  LaM7   Si7     Do#m7   Re#m7b5  

La      La      Sim     Do#m    Re      Mi      Fa#m    Sol#dim         LaM7    Sim7    Do#m7   ReM7    Mi7     Fa#m7   Sol#m7b5

Re      Re      Mim     Fa#m    Sol     La      Sim     Do#dim         ReM7    Mim7    Fa#m7   SolM7   La7     Sim7    Do#m7b5

Sol     Sol     Lam     Sim     Do      Re      Mim     Fa#dim         SolM7   Lam7    Sim7    DoM7    Re7     Mim7    Fa#m7b5

Page 25: Progressão harmônica

Por exemplo, a armadura da partitura diz-me que a tonalidade da música está Sol (um sustenido na clave). Portanto eu posso usar os 14 acordes das duas linhas do Sol:

E eu escolho acordes de 3 notas. (do Sol ao Fá#dim) Eu escolho uma sequência de acordes para os 4 primeiros compassos da minha composição: colunas I, VI,II e V ou seja:     Sol, Mim, Lám, Ré.

Esta seuqência de acordes (I,VI,II,V) é bastante usada em música.

Para aprender as notas de cada acorde, veja a entrada "acorde" no Glossário

O programa usa a tabela modal para determinar de quais acordes um acorde calculado pode ser seleccionado. Você pode no entanto seleccionar qualquer acorde de qualquer compasso clicando-o e fixando-o.

Page 26: Progressão harmônica

PROGRESSÃO DE ACORDES

Esta lição requer uma boa dose de capacidade de "sentir" os sons. É a partir deste ponto que musica deixa de ser um conjunto de regras lógicas e assume seu caráter mais "artístico". Vamos lá. Toque um acorde maior qualquer, o de G, por exemplo. Ouviu? Sentiu? Agora toque um Gm. Ouviu a diferença? Sentiu a diferença? A maioria dos autores, quando tenta expressar com palavras esta diferença, costuma descrever o som dos acordes maiores como alegres, para cima, "up" e outros adjetivos similares, enquanto os acordes menores são descritos com sendo exatamente ao contrário, ou seja, tristes, para baixo, "down". Assim, músicas com motivos tristes, de "fossa", etc, tendem a ser construidas em tons menores, ao contrário das musicas alegres, que exprimem felicidade. Este tipo de sentimento que é normalmente gerado por diferentes acordes é também utilizado na construção de padrões sequênciais pré-definidos, ou seja, que contem sequências de acordes, denominadas progressões.

À prática. Pegue uma sequência de acordes qualquer numa canção, uma como C F G C. Isto é uma progressão de acordes. Entendeu? Agora ao que realmente interessa. Pegue uma guitarra e toque esta progressão. Repita a seqüência várias vezes experimentando diferentes ritmos e batidas. Parece que todos os acorde se encaixam perfeitamente? Soa familiar? Pois bem, devia. Você deveria ser também capaz de perceber (sentir?) que quando chega ao G ele parece estar pedindo que uma outra nota seja tocada logo em seguida. Este "apelo" é comumente denominado de tensão. Ou seja, certas notas conduzem à um crescendo, à um acúmulo de tensão. Quando você volta ao C esta tensão é liberada. Da próxima vez que ouvir uma boa musica (clássica ou popular) tente perceber a tensão se acumulando em determinados trechos, até atingir um clímax (com certa freqüência a parte mais alta), para ser em seguida liberada. Esta progressão, que é uma das mais comuns nos dias atuais, é denominada de progressão I IV V, e tem justamente estas características, quais sejam, acúmulo de tensão e posterior liberação.

É capaz de adivinhar porque ela é denominada de I IV V? ... porque é composta dos acordes de número I, IV e V de uma escala musical, neste caso a de C. Veja abaixo: escala maior

C     Dm      Em     F     G      A m    B dim     C

I      IIm      IIIm    IV     V      VIm    VII dim    VIII

Escala menor Im      II dim    III bem    IVm     V      VI bem   VII bem   VIII m Cm     D dim   E bem   Fm      G      A bem     B bem Na escala de D, por exemplo, ela teria a seguinte formação: D G A D. Volte à lição II e confira. Monte esta mesma progressão para as diferentes escalas.

Uma outra progressão bastante comum é a I III IV. Que na escala de C resultaria em C E F. E na escala de E? Isto mesmo, E G# A. Experimente com esta progressão em diferentes escalas e com diferentes batidas..

Nos vamos voltar às progressões quando falarmos de blues. Há, entretanto, duas coisas que deve lembrar neste momento: (1) um grande número de canções baseia-se em progressões típicas e relativamente fáceis de serem aprendidas e (2) as progressões constituem-se apenas numa base que permite inúmeras variações, e não em regras fixas. Aliás, os grandes músicos são justamente aqueles que de certa forma desrespeitam estas progressões sem, entretanto, quebrar a harmonia do conjunto musical. Em outras palavras, a tensão é acumulada e quebrada através de uma progressão não convencional de acordes (o termo criatividade em toda sua extensão).   BLUES - Um Pouco de História

Muito se tem escrito e falado sobre a origem do Blues que, evidentemente, permanecerá incerta para sempre. Não obstante é possível traçar algumas de suas mais significativas influências, quais sejam, os cantos de trabalho e os "hollers" (lamentos).

Os cantos de trabalhos eram tipicamente utilizados por negros trabalhando em grupos no sul dos Estados Unidos, particularmente no Mississipi e Louisiana. Um solista cantava frases curtas que eram então repetidas pelo conjunto dos demais trabalhadores. Estas frases eram emitidas de forma mais ou menos lenta e ritmada,

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na verdade no ritmo em que se desenvolvia o trabalho. Você provavelmente já deve ter visto isso em algum filme (especialmente aqueles que apresentam um grupo de presos trabalhando na beira de alguma estrada do Mississipi).

Os "hollers", por outro lado, eram produzidos por indivíduos normalmente sozinhos e, por isto, os cantos eram bem mais altos. As atuais canções que se ouve nas igrejas negras protestantes do Estados Unidos ("spirituals") são claramente inspiradas neste estilo.

Na musica africana, aonde evidentemente encontram-se as raízes do Blues, a escala musical é pentatônica, ou seja, constituída por apenas 5 notas musicais. Escalas pentatônicas são ainda hoje, principalmente devido a sua relativa simplicidade, utilizadas por musicos dos mais diversos, inclusive no estilo Blues. Veremos este tipo de escala com mais detalhes na lição XI.

Quando se interpretavam as canções de trabalho, ou os "hollers", sem acompanhamento instrumental, como deve ter acontecido no principio quando os negros as cantavam no campo, a diferença entre a escala africana (pentatônica) e a escala européia, que contem 7 notas musicais (a chamada escala diatônica, que poderia ser também denominada heptatônica), não trazia consigo qualquer problema. Entretanto, quando se tentava acompanhar estas mesmas canções com instrumentos musicais europeus, construídos para a escala diatônica, o conflito era inevitavel. Tal conflito gerou o que hoje se conhece por blue notes, que são consideradas uma tentativa dos músicos afro-americanos de tocar exatamente aquilo que cantavam. Estas blue notes são normalmente a III e a VII da escala, que são tocadas com aumento ou descida de meio tom (veremos isto também na lição XI).

Outro aspecto interessante é a de que no Blues normalmente não se encontram canções inteiramente no modo menor. Veremos uma das progressões de acordes mais típicas do Blues na lição X. Não obstante, os solos podem ser amiúde realizados numa escala menor, o que contribui para dar à este estilo musical uma conotação dúbia ou incerta. Uma conotação Blues, diriam os mais puristas.

Evidentemente não pretendemos escrever um guia completo sobre Blues, nem mesmo um guia. Nossa intenção é de apenas introduzir as bases teóricas deste estilo, para que se possa, se não toca-lo, pelo menos ouvi-lo de forma mais crítica e apurada.

 

Page 28: Progressão harmônica

Exemplos de Sequencias Harmonicas

Memorize e exercite  as sequencias conforme apresentado abaixo, você perceberá que várias musicas segue esse padrão e facilitará muito quanto você tentar tirar musicas apenas ouvindo as mesmas.

Tonalidade maior            

Sequencia 1  

                                          

                           

 Sequencia 2

                                                     F#m                    Bm                    Em                        A7                        D

      Sequencia 3

                                                   G#m                   C#m                  F#m                    B7                         E

      Sequencia 4

                                                      Am                 Dm                Gm                         C7                          F           

      

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Sequencia 5

                                                    Bm                  Em                    Am                  D7                            G             

Sequencia 6

                                                       C#m             F#m                    Bm                  E7                            A

 Sequencia 7

                          F#7  Pestana casa 2                                                                                                     F#7 Pestana casa2

                                                            D#m         G#m               C#m              F#7                          B

  

 Tonalidade Menor

  Sequencia 1

                                    

   Sequencia 2

                                    

 

 Sequencia 3

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  Sequencia 4                                                                             pestana casa 1 Bmb 

                                    

 Sequencia 5

                                       

 Sequencia 6

                                        

 Sequencia 7

                  pestana na casa 2 F#7.                                                                      Pestana na casa 2 F#7.       

                                             

 As sequencias abaixo deixei de propósito sem os desenhos dos acordes, para que os alunos pesquisem no dicionario de acordes, e comecem a memorizar os mesmos.

 Do - Rem - Mim - Fa - Sol – Lam -  Sidim - Do 

DoM7 - Rem7 - Mim7 - FaM7 - Sol7 - Lam7 - Sim7b5 - DoM7 

Fa Fa Solm Lam Sib Do Rem Midim FaM7 Solm7 Lam7 SibM7 Do7 Rem7 Mim7b5

Sib Sib Dom Rem Mib Fa Solm Ladim SibM7 Dom7 Rem7 MibM7 Fa7 Solm7 Lam7b5

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Mib Mib Fam Solm Lab Sib Dom Redim MibM7 Fam7 Solm7 LabM7 Sib7 Dom7 Rem7b5

Lab Lab Sibm Dom Reb Mib Fam Soldim LabM7 Sibm7 Dom7 RebM7 Mib7 Fam7 Solm7b5

Reb Reb Mibm Fam Solb Lab Sim Dodim RebM7 Mibm7 Fam7 SolbM7 Lab7 Sim7 Dom7b5

Solb Solb Labm Sibm Dob Reb Mibm Fadim SolbM7 Labm7 Sibm7 DobM7 Reb7 Mibm7 Fam7b5

Fa# Fa# Sol#m La#m Si Do# Re#m Mi#dim Fa#M7 Sol#m7 La#m7 SiM7 Do#7 Re#m7 Mi#m7b5

Si Si Do#m Re#m Mi Fa# Sol#m La#dim SiM7 Do#m7 Re#m7 MiM7 Fa#7 Sol#m7 La#m7b5

Mi Mi Fa#m Sol#m La Si Do#m Re#dim MiM7 Fa#m7 Sol#m7 LaM7 Si7 Do#m7 Re#m7b5

La La Sim Do#m Re Mi Fa#m Sol#dim LaM7 Sim7 Do#m7 ReM7 Mi7 Fa#m7 Sol#m7b5

Re Re Mim Fa#m Sol La Sim Do#dim ReM7 Mim7 Fa#m7 SolM7 La7 Sim7 Do#m7b5

Sol Sol Lam Sim Do Re Mim Fa#dim SolM7 Lam7 Sim7 DoM7 Re7 Mim7 Fa#m7b5