projeto polÍtico pedagÓgico - colÉgio estadual … · progressÃo parcial ... uma sala de apoio...
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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL MONTE REAL – EFM
Rua João Benedetti, 19 – Distrito Monte Real
Telefone/Fax: (43) 3596 1110]
E-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Santo Antônio da Platina2010
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.........................................................................................................................1
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO........................................................................2
3.OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEGAGÓGIGO......................................3
4. MARCO SITUACIONAL.............................................................................................................3
4.1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR..........................................................................3
4.2. BREVE HISTÓRICO DA REALIDADE.....................................................................................5
4.3. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO................................................................................................5
4.4. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR............................................................6
4.5. PORTE DA ESCOLA...................................................................................................................6
4.6. REGIME DA ESCOLA................................................................................................................7
4.7. CLASSIFICAÇÃO.......................................................................................................................7
4.8. PROMOÇÃO................................................................................................................................7
4.9. DEPENDÊNCIA ..........................................................................................................................8
4.10. PROGRESSÃO PARCIAL.........................................................................................................8
4.11. QUANTIDADE DE PROFESSORES EM CADA SETOR.......................................................8
4.12. FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO........................................................8
4.13. PROBLEMAS EXISTENTES NO COLÉGIO.........................................................................10
4.14. GESTÃO DEMOCRÁTICA.....................................................................................................14
4.15. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS .........................................................15
4.16. EDUCAÇÃO DO CAMPO......................................................................................................16
4.17. POLÍTICAS PÚBLICAS..........................................................................................................16
4.18. PROGRAMA VIVA ESCOLA................................................................................................16
4.19. CELEM.....................................................................................................................................16
5. MARCO CONCEITUAL............................................................................................................17
5.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO COLÉGIO.....................................................................17
5.2. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR..............................................................................21
5.3. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.............................................................................................21
5.4. MATRIZ CURRICULAR...........................................................................................................24
5.5. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS...............................................................26
5.6. ENSINO DE HISTÓRIA DO PARANÁ....................................................................................27
5.7. ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA.............................................................................27
5.8. CONCEPÇÃO DAS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS...................................................27
5.9. CONCEPÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR ..................................................27
5.10. CONCEPÇÃO DE DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS.........................28
5.11. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO..........................................................................................28
6. MARCO OPERACIONAL.........................................................................................................31
6.1. AÇÃO DA ESCOLA..................................................................................................................31
6.2. OBJETIVOS ..............................................................................................................................31
6.3. AÇÕES DO TRABALHO PEDAGÓGICO E ADMINISTRATIVO........................................32
6.4. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA-FUNÇÃO/AÇÃO..............................................35
6.5. PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS...........................................36
6.6. AÇÕES RELATIVAS Á FORMAÇÃO CONTINUADA........................................................37
6.7. ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS A
SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR..................................................37
6.8. PROGRAMA VIVA A ESCOLA...............................................................................................38
6.9. QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS PEDAGÓGICOS..............................................................39
7. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...39
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................................40
CALENDÁRIO ESCOLAR............................................................................................................42
ATA DE APROVAÇÃO .................................................................................................................43
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO................44
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES.........................................................45
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FISÍCA..................................54
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA..................................................67
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA............................................................70
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA...............................................73
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA......................................................81
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA..............................88
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA............................................104
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA...................................................112
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA.....................................................119
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA...............................................122
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCÍPLINA – LEM – INGLÊS..................126
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS.....................................................135
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO..................................167
COMPLEMENTAÇÃO ESCOLAR................................................................................................171
1
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
1. APRESENTAÇÃO
A necessidade de um Projeto Político Pedagógico na Escola antecede a qualquer decisão
política ou exigência legal, já que enquanto educadores e membros da instituição escola, devemos
ter claro a que horizonte pretendemos chegar com os nossos alunos, com a comunidade e com a
sociedade, caso contrário não estaremos exercendo o nosso papel de educador, mas simplesmente
de “aventureiro”, que não sabe onde quer chegar.
O presente projeto foi elaborado coletivamente pela comunidade escolar, através de
discussões, debates, pesquisas, grupos de estudos, chegando-se ao consenso para que o mesmo
fosse sistematizado.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu Capítulo IV, Art. 53, a criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para
o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. É também direito dos pais ou responsáveis
ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Portanto, o referido projeto também contou com a participação ativa dos pais e/ou responsáveis dos
alunos na elaboração das propostas educacionais aqui mencionadas, conforme o Estatuto da Criança
e do Adolescente.
O Projeto Político Pedagógico encontra-se amparado pela LDB – Lei 9.9394/96, onde
constam:
Art. 12 - INCISO I - Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, terão a incumbência de:
"I - elaborar e executar sua proposta pedagógica".
Art.13 e 14 - Definem as incumbências docentes com relação ao projeto pedagógico.
No Projeto Político Pedagógico destacam-se três atos : Situacional, Conceitual e Operacional.
No Marco Situacional, em discussão com o coletivo da escola, partimos da prática social
dentro da realidade na qual está inserida, explicitando de maneira crítica seus problemas e
necessidades.
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No Marco Conceitual, em face da realidade descrita e analisada, buscou-se condições para
construir a escola, educação, gestão, currículo, ensino, aprendizagem e avaliação ao ideal da escola
que pretendemos.
No Marco Operacional, definimos as linhas de ação, reorganizando o trabalho pedagógico
escolar na perspectiva administrativa, pedagógica, financeira e político-educacional,
redimensionando-os através da realidade concreta.
2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.
2.1. Estabelecimento
Colégio Estadual Monte Real Ensino Fundamental e Médio. Código: 00718
2.2. Endereço
Rua João Benedeti, 19 – Distrito de Monte Real.
2.3. Telefone/ fax
(43)3596 - 1110
2.4. Município
Santo Antônio da Platina. Código: 2430
2.5. Dependência Administrativa
Estadual. Código: 0007-6
2.6. NRE: Jacarezinho. Código: 017
2.7. Entidade Mantenedora: Governo Estadual do Paraná
2.8 Ato de Autorização do Colégio: Resolução nº 3163/82 de 05/01/1983.
2.9. Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº 2353/85 de 30/05/1985.
2.10. Ato Administrativo
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: nº 027/05 de 11/03/2005.
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2.11. Distância do Colégio do NRE: 32 Km
2.12. Local: Rural/ do Campo
2.13. Site do Colégio
2.14. E-mail: [email protected]
3. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Este Projeto tem por objetivo apresentar a realidade escolar da nossa comunidade e propor
ações que venham beneficiar o nosso aluno e estabelecer posições a serem tomadas tais como:
-o desenvolvimento pleno da capacidade de aprender do aluno;
-proporcionar ao educando uma educação gratuita, laica e de qualidade;
-preparar o aluno para o exercício da cidadania;
-levar o aluno a reconhecer-se como sujeito transformador da história.
4. MARCO SITUACIONAL
4.1. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
O Colégio conta hoje com 95 alunos no período matutino e 67 alunos no período noturno,
perfazendo um total de 162 alunos. Contamos atualmente com 23 professores, 2 pedagogas, ''1
funcionário da equipe técnico administrativa, 3 funcionários de serviços gerais e 1 diretora
4.1.1. Modalidade de Ensino:
O Colégio oferta as séries finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e o Ensino Médio,
sendo caracterizado como Educação do Campo. Ofertamos ainda uma Sala de Recursos e uma
turma de Centro de Língua estrangeira Moderna (CELEM), que funcionam no período vespertino.
4.1.2. Número:
No turno da manhã funcionam 4 turmas:
5ª série com 33 alunos
6ª série com 30 alunos
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7ª série com 21 anos
8ª série com 11 alunos
Já no turno vespertino funcionam (2) duas turmas do Programa Viva a Escola com 72 alunos,
(1) uma Sala de recursos que atende alternadamente 13 alunos, (1) uma Turma de CELEM com 38
alunos e (1) uma sala de Apoio de Matemática com 12 alunos e (1) uma sala de apoio de Português
com 12 alunos.
No período noturno temos 3 (três) turmas de Ensino Médio, e 2 (duas) turmas de Ensimo
Fundamental. O número de alunos envolvidos está descrito abaixo:
7ª série com 19 alunos
8ª série com 15 alunos
1º ano do Ensino Médio com 14 alunos
2º ano do Ensino Médio com 11 alunos
3º ano do Ensino Médio com 8 alunos
4.1.3. Turno de Funcionamento:
Períodos matutino, vespertino e noturno.
4.1.4. Ambientes Pedagógicos:
O número total de salas de aulas são quatro. No período da manhã são utilizadas as quatro
salas e no período noturno, além de usar as salas citadas, utiliza-se ainda uma sala emprestada da
Escola Municipal.
No período da tarde funciona uma sala de recurso para os alunos do ensino fundamental.
Também funciona no período da tarde duas turmas do Programa Viva a Escola, e outra turma do
CELEM. Além de Sala de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática. Contamos também com uma
biblioteca, uma sala Laboratório de Informática contando com 20 computadores com acesso a
internet e linguagem Linux
Para atividades físicas é utilizada uma quadra coberta próxima a Escola, pertencente à
comunidade.
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4.2. Breve Histórico da Realidade:
No atual contexto da realidade social, nosso Colégio enfrenta problemas comuns em relação à
sociedade brasileira, que muitas vezes apresenta crises nos aspectos políticos, sociais, culturais e
econômicos, ocasionados pelas desigualdades sociais, enfrentadas pela maioria da população e
refletidas no desemprego, na educação, na saúde, na segurança, etc.
O Estado do Paraná, inserido neste contexto, recebe influências do mesmo, sofrendo suas
consequências, porém, vemos que sempre que possível tenta solucionar estes problemas, investindo
em vários setores, principalmente na educação.
Com relação ao Município, a realidade não é diferente desse quadro, enfrentando problemas
de desemprego, desvalorização do trabalhador e baixa qualidade de vida, porém buscando
alternativas para o enfrentamento e superação dessa realidade. Ressaltamos que essa realidade se
apresenta fundamentada em pesquisas e fatos observados, imprensa falada e escrita e discussões
com todos os envolvidos neste projeto.
4.3. Histórico da Instituição:
Remanescente da Escola Isolada Osso de Porco do Distrito de Monte Real, município de
Santo Antônio da Platina, Paraná, que de acordo com alguns livros de chamada encontrados no
arquivo da escola, data-se de 1940, sem ato oficial. Em 1945, a escola passou a chamar-se Escola
Isolada “Rui Barbosa”, até 1959. Em 1960, sem ato oficial, passou a chamar-se Grupo Escolar de
Monte Real. Isto já funcionando em seu prédio de alvenaria, que antes era de madeira, localizado na
rua João Benedetti, s/nº, no Distrito de Monte Real, município e comarca de Santo Antônio da
Platina – Paraná. O ato oficial documentado é o Decreto nº 3.463/72 de 30/03/73, quando houve
mudança da denominação para Casa Escola de Monte Real. Nesta época, iniciaram-se as 1ª e 5ª
séries ginasiais, como extensão do Colégio Estadual Rio Branco. Com a implantação da Lei
5.692/71, gradativa no ano de 1982, de acordo com a Resolução nº 3.165/82 de 24/11/82, a escola
passou a chamar-se Escola Estadual Monte Real – Ensino de 1º Grau, funcionando de 1ª a 4ª séries,
pela manhã, e de acordo com a Resolução nº 931/83 de 11/03/83 nos termos da Lei nº 5.692/71, nº
746/83 do Departamento de Ensino de 1º Grau, fica autorizada a funcionar as 5ª e 6ª séries de 1º
Grau, ficando desativada do Colégio Estadual Rio Branco – Ensino de 1º e 2º Graus.
Com a Resolução nº 288/84 de 26/01/84 fica autorizada a implantação da 7ª e 8ª séries do
Ensino de 1º Grau, encontra-se funcionando de 1ª a 4ª séries, no período diurno, e 5ª a 8ª séries, no
período noturno.
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Através da Resolução nº 336/92, o Diretor Geral da Secretaria de Estado da Educação, delega
à Prefeitura Municipal de Santo Antônio da Platina, em assumir os encargos de 1ª a 4ª séries da
Escola Estadual Monte Real – Ensino de 1º Grau.
A Resolução nº 2867/96 autorizou o funcionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral,
denominado Colégio Estadual Monte Real – Ensino de 1º e 2º Graus, no ano de 1996.
No ano de 1999 abriu a primeira turma do Ensino Médio e permanece em regime de cessação
gradativa o antigo curso de Educação Geral.
O Colégio Estadual Monte Real oferece o Ensino Regular Fundamental e Médio, com
atividades de complementação curricular nas áreas de língua Espanhola, Mídias e Produção do
Conhecimento e Literatura.
4.4. Caracterização da Comunidade Escolar
Nossa Comunidade Escolar é composta, em sua maioria, de trabalhadores rurais. Nossos
alunos são provenientes de famílias humildes, carentes, nível sócio econômico baixo, residentes em
sítios, chácaras, os quais dependem quase que exclusivamente do próprio cultivo da terra para
sobreviverem.
A baixa escolaridade dos pais muitas vezes reflete na perspectiva de futuro dos seus filhos.
Percebe-se um desinteresse por parte de alguns alunos do período noturno quanto ao estudo, pois
muitas vezes vêm à escola exaustos, sonolentos e alguns sem alimentação, devido às próprias
condições de trabalho e também econômicas.
É importante ressaltar também que a maioria do alunado utiliza-se de transportes coletivos
para vir à escola, e em épocas de colheitas, alguns faltam às aulas ou abandonam o curso para se
dedicarem exclusivamente ao trabalho agrícola.
4.5. Porte da escola
A escola está enquadrada como porte 2.
4.6. Regime da Escola
Esta instituição funciona no regime regular.
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4.7. Classificação
O processo de classificação acontece na medida em que há incompatibilidade entre a etapa
de estudos do aluno e a idade do mesmo, sua experiência e desenvolvimento adquiridos por meios
formais ou informais. Desta forma inicia-se o processo de classificação que poderá se dar de três
formas:
a) Por promoção, para aqueles alunos que obtiveram aproveitamento, na série
anterior, na própria escola.
b) Por transferência de alunos provenientes de outras escolas do país ou do exterior,
considerando a classificação da escola de origem.
c) Mediante avaliação elaborada em conjunto, por professores e equipe pedagógica,
independentemente da escolarização anterior, para posicionar o aluno na série compatível ao seu
grau de desenvolvimento e experiência, sejam este adquirido por meios formais ou informais.
É importante ressaltar que a classificação tem caráter pedagógico e é centrada no aluno,
visando o melhor desenvolvimento deste, sendo assim, a classificação do aluno deverá ser
analisada, acompanhada e decidida por uma comissão formada entre corpo docente, equipe
pedagógica e direção da escola. Após a tomada de decisão pela realização deste processo, os
docentes deverão elaborar uma avaliação diagnóstica a fim de comprovar o nível de
desenvolvimento do aluno, depois em concordância com o aluno, o mesmo deverá iniciar o
processo. É necessário que todo o processo seja registrado em atas, que os instrumentos de
avaliação sejam arquivados e que os resultados sejam registrados no Histórico Escolar do aluno.
4.8. Promoção
A promoção é o resultado do conjunto de avaliações feitas pelo aluno, considerando também
a frequência do aluno durante o período letivo. Para que o aluno seja promovido para a série
seguinte ele precisa ter a média mínima anual de 6,0 (seis vírgula zero), e 75% de frequência que o
mínimo exigido por lei. Sendo que o resultado final dar-se-á resultante da seguinte fórmula.
MF= 1ºBim. + 2º Bim. + 3º Bim. + 4º Bim. = 6,0
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4.9. Dependência
A dependência se dará quando o aluno não obteve aprovação final em até três disciplinas no
regime seriado, podendo cursá-las no ano seguinte, concomitantemente às séries seguintes. As
disciplinas em dependência deverão ser cursadas em contraturno, para a aprovação na dependência,
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o aluno deverá ter a frequência de 75% e a média final de 6,0. Se não houver horário compatível,
deverá se elaborado um plano especial de estudos em um horário que seja compatível.
4.10. Progressão Parcial
O aluno poderá ser matriculado em Progressão Parcial, nas circunstâncias em que o aluno
não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las
subsequentemente e concomitantemente às séries seguintes.
4.11. Quantidade de Professores em cada setor
EF – anos finais
Ensino Médio S. de Recursos S. de Apoio SELEM/Espanhol
Viva Escola
17 13 1 2 1 2
4.12. Formação dos Profissionais em Educação
Nome do Profissional Formação
Alzira Aparecida dos Santos Ensino Superior - Matemática
Andréia Sabião Belasque Ensino Superior – Ciências Físicas e BiológicasEspecialização.
Dalva Maria José Pedroso Ensino Superior – Ciências Físicas e Biológicas e Especialização.
Eliana Aparecida Silva Ensino Superior – Pedagogia e HistóriaEspecialização em História
Fátima D'Ávila Bittencourt Ensino Superior - GeografiaEspecialização
Flaviana Sauné Fernandes Deichuke Ensino Superior: GeografiaEspecialização - Meio Ambiente e Des. Sustentável; Ed. Especial e Psicopedagogia.
Hilcéia Oliveira de Prado Ensino Superior – Letras: Língua Portuguesa e Francês. Especialização em Metodologia do Ensino do 1º e 2º Graus
Isvia Silva Gomes Ensino Superior: PedagogiaEspecialização: Metodologia da Ação Docente
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Ivone Marques de Oliveira Ensino Superior: Lingua PortuguesaEspecialização em Ed.Especial,Língua Portuguesa
João Carlos da Silva Ensino Superior: Língua PortuguesaEspecialização em Francês.
Joseli Angélica Orsini Zava Ensino Superior: Ciências e PedagogiaEspecialização em Educação Especial
Judite Spina Pereira Ensino Superior: PedagogiaEspecialização em Deficiência Mental
Juliana Maria Rodrigues Ensino Superior em Letras/ Anglo e especialização.
Julio Cesar Rezende Ensino Superior: História Especialização em História.
Léia Cândido Bonfim Araújo Ensino Superior: Educação Física
Leni Regina Crespo de Freitas Leni: Letras/ Anglo- Educação FísicaEspecialização em Português e Inglês.
Leomárcia Aparecida Antunes Ferreira Ensino Superior: Letras/inglêsEspecialização
Luciana Aparecida Miyao Ensino Superior Letras/HispanoEspecialização em Educação Especial
Luis Augusto Ormenese Ensino Superior: Ciências – Habilitação em Química.Especialização.
Maria Leoduina Belchior Zimmermann Ensino Superior: Ciências - Habilitação em Matemática Especialização.
Maria Silvia Lemes Gusmão Ensino Superior: HistóriaEspecialização
Mirian Regina Marques de Sá Ensino Superior: PedagogiaEspecialização
Nádia Regina Abdalla de O. Souza Ensino Superior: Educação Física Especialização: Ciências do Movimento do Corpo Humano.
Osvaldo Contini Filho Ensino Superior: MatemáticaEspecialização em Avaliação
Priscila Thomaz Avelar Pinotti Ensino Superior: BiologiaEspecialização
Ronielle Eliza dos Santos Ensino Superior: História Especialização.
Sandra Mara Lopes da Cruz Ensino Superior: Ciências com habilitação em Matemática.Especialização em Matemática e Psicopedagogia.
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Taís Amada Tinto Ensino Superior: PedagogiaEspecialização
Telma Sosmitzky da S. Galhardi Ensino Superior:Ciências com habilitação em Biologia .Especialização - Matemática
4.13. Índice de Aproveitamento Escolar
Ano: 2007
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES 5ª A 6ª A 7ª A 8ª A TOTAL
MATRICULADOS 24 16 20 18 78APROVADOS 23 14 18 14 69REPROVADOS 1 1 2TRANSFERIDOS 1 1 2 2 6DESISTENTES 1 1
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES 5ª B 6ª B 7ª B 8ª B TOTAL
MATRICULADOS 10 12 17 20 59APROVADOS 6 6 9 13 24REPROVADOS 2 2TRANSFERIDOS 1 1 2DESISTENTES 1 4 5RECLASSIFICADOS 3 4 4 11
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES 1ª A 2ª A 3ª A TOTAL
MATRICULADOS 38 18 23 79APROVADOS 24 17 17 58
11
REPROVADOS 6 1 7TRANSFERIDOS 2 4 6DESISTENTES 4 1 5RECLASSIFICADOS 3 3
ESTATÍSTICA ANUAL
Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Monte Real – EFM
Município: Santo Antônio da Platina
NRE: Jacarezinho
Ano: 2008
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES 5ª A 6ª A 7ª A 8ª A TOTAL
MATRICULADOS 30 24 9 18 81APROVADOS 25 24 9 15 73REPROVADOS 3 1 4TRANSFERIDOS 2 2 4
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES 7ª B 8ª B TOTAL
MATRICULADOS 16 11 27APROVADOS 8 7 15REPROVADOS 2 2 4TRANSFERIDOS 2 2DESISTENTES 4 2 6
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES 1ª A 2ª A 3ª A TOTAL
MATRICULADOS 36 24 15 75APROVADOS 19 18 12 49REPROVADOS 3 3
12
TRANSFERIDOS 4 3 1 8DESISTENTES 10 3 2 1
ESTATÍSTICA ANUAL
Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual Monte Real – EFM
Município: Santo Antônio da Platina
NRE: Jacarezinho
Ano: 2009
Ensino Fundamental – Período: manhã
INDICADORES 5ª A 6ª A 7ª A 8ª A TOTAL
MATRICULADOS 35 29 24 8 96APROVADOS 31 24 22 6 83REPROVADOS 3 2 1 1 7TRANSFERIDOS 1 2 1 1 5DESISTENTES 1 1
Ensino Fundamental – Período: noturno
INDICADORES 8ª B
MATRICULADOS 11APROVADOS 7REPROVADOS 2TRANSFERIDOS 2
Ensino Médio – Período: noturno
INDICADORES 1ª A 2ª A 3ª A TOTAL
MATRICULADOS 18 19 19 56APROVADOS 11 13 15 39
13
REPROVADOS 2 3 1 6TRANSFERIDOS 1 1 2DESISTENTES 4 2 3 9
4.13.1. Análise Crítica dos Problemas Existentes no Colégio
Analisando os dados estatísticos do Colégio em relação à evasão e repetência nos anos de ,
2007, 2008 e 2009, podemos constatar que um grande problema está na evasão, que está
concentrada nas turmas do noturno. Apesar dos trabalhos de conscientização da importância dos
estudos por parte de professores, equipe pedagógica e direção, observa-se que o alto índice de
evasão geralmente ocorre por motivos de trabalho, principalmente no período noturno. Quanto ao
número de reprovações, os índices poderão ser reduzidos ainda mais através dos trabalhos de
recuperação, reforço, sala de recurso e apoio.
A comunidade carente, composta em sua maioria por trabalhadores rurais, possui muitas
pessoas analfabetas, que por falta de oportunidades, não puderam ir à escola, portanto é maior o
compromisso que a escola tem com a universalização do conhecimento, dinamizando o
desenvolvimento do Programa Paraná Alfabetizado.
A indisciplina e o desinteresse por parte de alguns alunos, a falta de compromisso de alguns
pais diante da educação também interferem no processo ensino-aprendizagem.
Os professores, por sua vez, recebem formação continuada, através de cursos, grupos de
estudos, seminários de atualização uma vez que no cenário educacional o professor deve ser um
eterno pesquisador objetivando aperfeiçoar sua prática.
Quanto aos funcionários, são oferecidos cursos específicos para suas funções, havendo um
salto qualitativo após a implatação do profuncionários.
Em relação à organização do espaço, são necessárias salas para laboratórios de ciências, para
enriquecimento das aulas, bem como mais recursos financeiros para adquiri-los.O Colégio adota
critérios de gestão democrática, buscando a participação do coletivo da escola. A participação da
comunidade escolar nos eventos promovidos é razoável, uma vez que existem as dificuldades de
locomoção por se tratar de espaço rural, e disponibilidade de tempo.
Quanto à relação professores, funcionários, direção e pedagogos, observa-se um trabalho
integrado.
Essa escola recentemente foi denominada como Escola de Campo uma vez que está localizada
geograficamente no campo e tem como educandos esses sujeitos, filhos de pequenos agricultores,
assentados, lavradores, sem-terra, bóias-frias, meeiros, entre outros. Sendo assim ela deve garantir
14
um projeto educativo próprio, e isso muito nos tem incomodado, pois esses sujeitos tem uma raiz
cultural própria, um jeito de viver e de trabalhar, distinto do mundo urbano. Faz-se necessário a
qualificação adequada dos docentes para atuar nessa realidade, buscando a renovação pedagógica ,
uma vez que os currículos são deslocados das necessidades e das questões do campo e dos
interesses dos seus sujeitos. É urgente se contrapor a idéia de que escola de campo é escola pobre ,
ignorada e marginalizada, fugindo do discurso “sair do campo para poder estudar e estudar para sair
do campo” e sim reafirmar que é preciso estudar para viver no campo.
4.14. GestãoDemocrática.
4.14.1. Conselho de Classe:
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por
objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos
adequados a cada caso.
O Conselho de Classe é realizado bimestralmente, conforme o Calendário Escolar, com a
participação de todos os professores e equipe pedagógica e também com a participação indireta dos
alunos, através de um questionário respondido previamente pela turma, opinando sobre o processo
ensino-aprendizagem, fazendo críticas e dando opiniões e sugestões. Este questionário é lido pelo
pedagogo e analisado pelos demais.
4.14.2. Instâncias Colegiadas:
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa, fiscal e
decisório, com objetivo de estabelecer o Projeto Político Pedagógico da escola, critérios relativos a
sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da
legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçados pela Secretaria
de Estado Educação.
O Conselho Escolar é convocado sempre que há necessidades de deliberar sobre assuntos de
sua competência, sendo um órgão de auxílio à Direção.
O colégio está caminhando para a formação do Grêmio Estudantil, e foram eleitos um
representante de cada turma para se fazer representar nos Conselhos de Classe e demais instâncias
quando necessário.
15
A APMF, ou similares, pessoa jurídica de direito, é um órgão de representação de pais,
mestres e funcionários do Estabelecimento de Ensino, não possuindo caráter político-partidário,
religioso, racial e nem fins lucrativos. Seus dirigentes e conselheiros são eleitos por tempo
determinado e não são remunerados.
A APMF participa ativamente no gerenciamento dos recursos materiais e financeiros, bem
como dos eventos promovidos pelo Colégio.
4.14.3. Hora-atividade:
A Hora Atividade é organizada de acordo com o horário de aula dos professores, não sendo
possível à organização da mesma conforme cronograma proposto por este NRE, devido ao corpo
docente atuar em várias escolas em horários e dias não compatíveis. A escola está localizada no
Distrito de Monte Real, o qual se localiza a 12 km de distância do espaço urbano, o que dificulta
ainda mais o acesso, impossibilitando a aplicação desse cronograma. Os professores utilizam a Hora
Atividade para preparar aulas,corrigir atividades, sanar dúvidas com a coordenação e direção, bem
como receber algumas orientações, organizar o material pedagógico na web., atender a alunos e
pais, atualizar-se e capacitar-se através de leituras de textos e de livros pertinentes à sua disciplina
ou de interesse geral.
4.15. Desafios Educacionais Contemporâneos
Inclusão
O Colégio viabiliza a inclusão de alunos com necessidades especiais, conscientizando os
demais alunos sobre a importância desta convivência para ambos, derrubando preconceitos e
fortalecendo a igualdade. Temos frequentando o colégio alunos com deficiência intelectual,os quais
tem recebido atendimento especializado na sala de recursos.
4.16. Educação do Campo
16
Este Colégio foi denominado como Escola de Campo em 2007. Como tal tem-se buscado
incentivar aos nossos professores em cada área a valorizarem os conhecimentos do campo,
destacando os conceitos científicos, muitas vezes presentes nas atividades diárias próprias do campo
e que no entanto muitas vezes são conhecidas somente a nível de senso comum.
4.17. Políticas Públicas
Em atendimento a Lei nº 11645/08 de 10 de março de 2008, o Colégio Estadual Monte
Real – EFM, passa a instituir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade das
temáticas “História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena” nos estabelecimentos de Ensino
Fundamental e Médio, bem como os Desafios Educacionais Contemporâneos, Programa Viva a
Escola, Programa Fera e Consciência, Jogos Colegiais e Programa Paraná Alfabetizado, os quais
são amparados pelas Diretrizes Curriculares e pela própria LDB 9394/96.
4.18. Programa Viva a Escola
Atualmente percebemos que a vulnerabilidade social atinge grande parte de nossos alunos
visto que pela necessidade socioeconômica, os pais têm uma carga horária de trabalho extensiva e
não conseguem acompanhar seus filhos de forma efetiva, ficando os mesmos com o tempo ocioso e
sem orientação adequada, correndo risco.
Assim, o programa Viva a Escola vem preencher esta lacuna, proporcionando a esses alunos
um atendimento em contraturno com atividades curriculares de complementação, na área de seu
interesse.
Reconhecemos a importância desse vultuoso programa, pois o mesmo vem de encontro com
os anseios em atender integralmente nossos alunos.
4.19. CELEM
O colégio oferece o curso de Espanhol em contra-turno.
5. MARCO CONCEITUAL
17
5.1. Fundamentação Teórica do Colégio:
Concepção de homem - O homem é um ser natural e social, ele age na natureza
transformando-a segundo suas necessidades
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o
outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política,
garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.
Concepção de sociedade - Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por
uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais
do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo
relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base
econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade.
Em nosso Colégio, queremos formar sujeitos críticos, capazes de interagir na sociedade,
desempenhando bem o seu papel de cidadão. Segundo Saviani, “é preciso entender como funciona a
sociedade, não se limitando às aparências, mas compreender as leis que a regem. Não são leis
naturais, mas sim leis históricas, ou seja, que se constituem historicamente”. Priorizamos uma
educação de qualidade, valorizando a cultura de cada um, tentando solucionar os problemas do dia-
a-dia. Um povo com cultura é um povo desenvolvido. Sendo assim, buscamos ainda contribuir na
superação do analfabetismo, isso significa resgatar a dívida histórica da sociedade paranaense para
com aquelas pessoas jovens, adultas ou idosas que não tiveram acesso à escolarização e não
possuem o domínio da escrita e da leitura. Isso significa oferecer a essas pessoas o direito básico do
acesso à educação, pública e de qualidade.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos dos quais citamos: Sexualidade, Educação Fiscal,
Drogadição, Combate a Violência, Questões Ambientais, Etc., serão trabalhados durante todo o ano
letivo, envolvendo todas as disciplinas, a comunidade escolar, objetivando a conscientização de
todos sobre as questões contemporâneas, desvelando mitos através de pesquisas, debates, palestras,
etc. buscando informações, esclarecendo dúvidas pertinentes aos temas.
Concepção de ciência - A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de
forma sistematizada utilizando métodos. Educação aliada à cultura científica, leva ao conhecimento
científico, sistematizado, desenvolvendo o senso crítico do aluno, para que ele transforme a sua
realidade econômica, social e política, e possa conviver de maneira democrática com as diferenças
sócio-econômicas, étnicas e culturais, afinal, a cultura é resultado de toda a produção humana
(Saviani).
18
Concepção de educação e de mundo - A educação é uma prática social, uma atividade
específica dos homens situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode
ser mudado pela sua ação na Sociedade e nas suas relações de trabalho. Desse modo, segundo Paulo
Freire: “nossa presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas de quem nele se insere”. É a
posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história.
Educação do Campo – A Educação do Campo é um projeto educacional compreendido a
partir dos sujeitos que tem o campo como seu espaço de vida. Nesse sentido, ela é uma educação
que deve ser no e do campo – No, porque “o povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”;
Do, pois “o povo tem o direito a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais” (Caldart, 2002, p.26). Nesse
sentido, busca ampliar e superar a visão do rural como local de atraso, no qual as pessoas não
precisam estudar ou basta uma educação precarizada e aligeirada.
Campo, nesta concepção, é entendido como lugar de vida onde as pessoas produzem
conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência. Há uma produção cultural no campo
que deve se fazer presente na escola. A organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos
devem ser trabalhados para que se efetive a valorização dos povos do campo na escola.
A escola do campo precisa olhar para o mundo a sua volta, se apropriar da sua história, da sua
cultura, dando significado a ele na articulação dos saberes escolares necessários a formação
humana. A escola do campo também tem uma tarefa importante para ressignificar o olhar sobre o
homem e a mulher do campo construído e reproduzido no currículo escolar. Isso implica em dar voz
aos saberes, a cultura, a história do campo e de seus sujeitos. Produzir novos saberes para serem
socializados no currículo escolar.
Concepção de escola - A escola é uma instituição especializada para operar a passagem do
saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita. A concepção
educacional do Colégio é discutir todo o saber que cada indivíduo traz consigo, através da
convivência com seus familiares e novos saberes compartilhados ou adquiridos por meio de
veículos de comunicação, livros, escola, etc., portanto, é fundamental para a construção da
identidade de um povo, valorizar e respeitar sua imensa pluralidade cultural, conquistas e
experiências pelas quais estes passaram. A educação é libertadora porque, segundo Boff (2000, p.
77), se faz necessário desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz
de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.
O Colégio tem como objetivo, hoje e sempre, a busca de uma sociedade sem preconceito, sem
desigualdade, mais humana, justa, em que cada indivíduo se sinta pleno em seus direitos, com seu
espaço na sociedade.
19
Para isto, nossa escola deve ser democrática, participativa, onde todos possam contribuir para
formar o educando crítico, criativo, que esteja apto para exercer o direito de cidadania.
O Colégio se identifica com uma proposta pedagógica histórico-crítica, pois entende que a
principal missão da escola é a sua função social de garantir o acesso de todos aos saberes científicos
produzidos pela humanidade.
Concepção de conhecimento - Conforme Freire, “o conhecimento é sempre conhecimento de
alguma coisa, é sempre ‘intencionado’, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”. O ato de
conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o
conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do
conhecimento em ação.
Concepção de tecnologia – A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada
e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das
desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o
aluno e o conhecimento em todas as áreas. A tecnologia tem um impacto significativo não só na
produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais
vigentes.
Concepção de ensino e aprendizagem – É o processo que se dá a partir da relação entre
sujeitos mediados pelo conhecimento, onde os papéis dos diferentes sujeitos expressam muito das
concepção educativa ali existente.
É necessária uma reflexão constante no processo ensino-aprendizagem, envolvendo todo o
sistema educacional, recebendo opiniões e críticas de toda a comunidade escolar.
Concepção de avaliação – A prática avaliativa na educação desenvolve-se como foco
principal no processo ensino-aprendizagem, e tem sido utilizada basicamente para verificar o
desempenho escolar dos alunos, tanto em sala de aula quanto em programas de avaliação de
rendimento escolar em âmbito nacional. O processo de avaliação carrega em si uma força
transformadora que deve ser reconhecida, mobilizada e explorada. A natureza das ações de
descrever, atribuir valor, analisar, levantar hipótese, compreender, inerentes ao ato de avaliar, traz
consigo o primeiro passo das transformações a serem realizadas. Quando se compreende o
problema, as soluções se iluminam.
Concepção de cidadania – De acordo com Boff (2000,p.51) “ cidadania é um processo
histórico- social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e
de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo,
como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.
20
Finalizando, o Colégio tem como missão um ensino voltado para o exercício da cidadania,
garantindo a ampliação das capacidades para combater a dualização da sociedade que gera
desigualdades cada vez maiores. Buscamos alcançar a contemporaneidade através de um ensino
voltado para a construção do conhecimento, a formação do caráter, assegurando um leque de
oportunidades, ou seja, um caminho bem sucedido, através do resgate e promoção da qualidade
desse ensino.
Para alcançarmos tudo isso, devemos manter uma relação solidária, envolvendo escola,
professores, alunos e comunidade, para construir uma sociedade justa e que todos sejam
comprometidos com o coletivo, para um efetivo exercício da cidadania.
A fundamentação teórica que norteia a prática pedagógica está embasada na LDB, Diretrizes
Curriculares Estaduais, Estatuto da Criança e do Adolescente, Capacitação Continuada, Grupos de
Estudos, Jornadas Pedagógicas, etc.
A democratização da escola se expressa no aprendizado de práticas democráticas, no exercício
da cidadania, efetivando-se como exercício permanente de formação de sujeitos participativos e
democráticos. Abrindo os portões e muros escolares como um exercício para a efetivação da
participação popular no interior da escola e desta na comunidade, é que vamos superar a lógica
burocrática, fragmentada e autoritária que ainda permeia o cotidiano da escola.
A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da
compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a formulação de um Projeto
Político Pedagógico libertador.
A superação da cultura da gestão autoritária só vai acontecer com o debate e a construção
coletiva. Com a participação de toda comunidade escolar, via Conselhos de Escola, Conselhos de
Classe, Grêmios Estudantis, Reuniões de pais e mães e Reuniões pedagógicas que aprofundem a
construção acerca da escola que queremos e de como construí-la. Refletindo e buscando soluções
em conjunto, com consensos possíveis e trabalhando com os discensos como algo saudável na
formação de sujeitos democráticos.
A Formação Continuada tem como objetivos principais capacitar e atualizar professores,
funcionários e equipe pedagógica. É realizada através de Cursos, Seminários, Reuniões, Grupos de
Estudos, Simpósios, proporcionados pela SEED, NRE e pela própria escola.
Estes eventos são realizados com datas e horários específicos, previstos no calendário escolar,
cumpridos rigorosamente de acordo com a determinações dos órgãos já citados. São realizados no
próprio Colégio e outros Estabelecimentos de Ensino, bem como em outras cidades como Faxinal
do Céu, Londrina, Curitiba, Jacarezinho, etc. Os recursos materiais utilizados são os mais diversos
possíveis, como textos, retro-projetor, data-show, vídeos, computadores, entre outros.
21
A organização da hora atividade deverá ser esquematizada conforme cronograma fornecido
pelo NRE, dentro das possibilidades.
No Conselho de Classe, queremos implantar a participação efetiva dos alunos, presente
através do seu representante de turma, em momentos específicos, aproveitando o momento para
discutir e avaliar as práticas pedagógicas.
5.2. Organização do tempo escolar
O tempo escolar é organizado por séries. O Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries é de 4 anos e
o Ensino Médio se organiza em de 3 anos, cumprindo respectivamente os 200 dias letivos anuais,
utilizando todo o tempo escolar para efetivo trabalho com os alunos. O tempo escolar compreende o
período de vigência pedagógica dos estudantes no ambiente escolar durante o curso básico. O
tempo escolar é o tempo pedagógico de aprendizagens significativas durante toda a vida. Porém,
não basta dar todo o tempo necessário, é preciso que o aluno tenha uma ajuda diferenciada para
aprender. O professor deve ter sensibilidade e adequar o conteúdo ao ritmo de seus alunos. O tempo
deve ser aproveitado ao máximo, tanto por parte de professores quanto de alunos para uma efetiva
aprendizagem.
A escola precisa estar atenta à organização significativa do trabalho pedagógico. Por isso, a
organização deve ser pautada numa visão do conhecimento interdisciplinar e transdisciplinar, que
possibilita o estabelecimento de relações recíprocas entre vivências, conteúdos e realidade.
5.3. Organização Curricular
A organização curricular é por disciplinas, trabalhadas de forma integrada e interdisciplinar.
Concepção Curricular – O Papel do Currículo na formação humana do aluno, os limites e as
possibilidades da prática docente
O currículo escolar é o resultado de escolhas intencionais que fazemos dentro do imenso
conjunto de conhecimentos produzidos pela humanidade. As dificuldades residem em saber
escolher, em primeiro lugar, o que norteia nossas escolhas. Queremos que este currículo resulte
numa seleção de conteúdos essenciais na formação do aluno crítico, atuante, participativo,
cultivando os valores de uma sociedade.
22
O conceito de currículo tem se modificado ao longo do tempo. O sentido mais usual relaciona-
se ao conteúdo, à matriz curricular, à organização dos conteúdos distribuídos pelas disciplinas e sua
carga horária. Outra definição aponta para planejamento, onde se procura escrever com exatidão os
objetivos. Outra ainda liga o currículo ao conjunto de experiências vividas pelos alunos, numa
concepção mais próxima da ação do aluno, que deve viver uma série de experiências educativas sob
a orientação da escola.
Todas essas definições estão presentes nas nossas práticas. O currículo se relaciona a um
conjunto de experiências, organizadas pelas escolas e pelas quais a escola se responsabiliza e
disponibiliza aos alunos, com o objetivo que os alunos aprendam algo. O eixo do currículo, em
torno do qual ele gira, é o CONHECIMENTO ESCOLAR. A centralidade do currículo é o
conhecimento, pois a escola deve ensinar.
O currículo apresenta algumas características:
• Ele é o instrumento sistematizador, organizador do processo educativo escolar. É através
dele que se materializa a ação educativa;
• Envolve ao mesmo tempo intenções e práticas, colocadas em ação para concretizar as
intenções;
• Ele é um conjunto de escolhas que ocorrem nas escolas e vão até a sala de aula, em cada
aula que se dá;
• O currículo gera efeitos, contribui para a construção das identidades, deixa marcas. A marca
de uma instituição, de um professor, de um conhecimento.
As escolhas devem ser feitas de maneira coletiva. Construir um currículo não é um trabalho
técnico, que uma pessoa faz para os outros seguirem. O planejamento, a implementação e a
avaliação de um currículo deve ser uma tarefa de cada um e a preocupação constante deve ser a
insatisfação com o existente e a busca do novo. Coletivamente, devemos ter condições de decidir o
que se considera significativo que os alunos aprendam, como fazer para que ele compreenda o
mundo em que vive e tente mudá-lo.
Quanto à seleção e organização do currículo, devemos, em primeiro lugar pensar nos
objetivos da escola. Este deve ser o principal critério de seleção curricular. É preciso enfrentar as
questões curriculares dentro de cada área do conhecimento. Para isso é preciso estabelecer duas
discussões, que se complementam: uma de ordem social e política e outra de ordem epistemológica,
compreendendo as suas relações.
Nenhum professor pode abdicar do direito e do dever de discutir o currículo com o qual vai
trabalhar. O aperfeiçoamento profissional é indispensável para uma boa atuação do professor em
23
sua prática cotidiana, pois vem influenciar positivamente, articulando fundamentação teórica e
prática.
O currículo deve contemplar também os Desafios Educacionais Contemporâneos. De acordo
com a atual LDB, nº 9394/96, a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e
deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática devem ser discutidos na
escola. A cidadania também implica no fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que assenta a vida social. Para objetivar-se o
aprimoramento do educando como pessoa humana, inclui-se a formação ética e o desenvolvimento
da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
São fins da educação que, deverão ser alcançados se trabalhados de forma articulada com as
diversas áreas do conhecimento, por meio de diferentes linguagens na prática docente. Daí a função
de mediação do professor, que deve desenvolver uma prática pedagógica que articule conteúdos e
empregue recursos didático-pedagógicos facilitadores da aprendizagem.
A Lei nº 11645 de 10 de março de 2008 altera a Lei 10.639 de 09 de janeiro de 2003, inclusa
na nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 – LDBN, para instituir no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena (Art.26 –A)
nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, passa a vigorar com nova redação,
objetivando atitudes, posturas e valores que preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e
partilha entre todos, sem as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e
discriminações.
O Currículo contempla ainda os Desafios Educacionais Contemporâneos, Programa Viva a
Escola, Programa Fera e Consciência, Jogos Colegiais e Programa Paraná Alfabetizado, os quais
são amparados pelas Diretrizes Curriculares e pela própria LDB 9394/96
O sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas, visando a reparações,
reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos negros e indígenas
brasileiros dependem necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais e afetivas
favoráveis para o ensino e para aprendizagens; em outras palavras, todos os alunos, bem como seus
professores, precisam sentir-se valorizados e apoiados. Depende também de maneira decisiva, da
reeducação das relações entre negros, indígenas e brancos, de trabalho conjunto, de articulação
entre processos educativos escolares, políticas públicas, movimentos sociais, visto que as mudanças
éticas, culturais, pedagógicas e políticas nas relações étnico-raciais não se limitam à escola.
Assim sendo, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens entre brancos e
negro e indígenas, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para
construção de uma sociedade justa, igual e equânime.
24
A escola, enquanto instituição social e responsável por assegurar o direito da educação a todo
e qualquer cidadão, deverá se posicionar politicamente, como já vimos, contra toda e qualquer
forma de discriminação. A luta pela superação do racismo e da discriminação racial é, pois, tarefa
de todo e qualquer educador, independentemente de seu pertencimento étnico-racial, crença
religiosa ou posição política. Daí a necessidade de se insistir e investir para que os professores, além
de sólida formação na área específica de atuação, recebam formação que os capacite não só a
compreender a importância das questões relacionadas à diversidade étnico-racial, mas a lidar
positivamente, com elas e, sobretudo, criar estratégias pedagógicas que possam auxiliar a reeduca-
las.
5.4. Matriz Curricular.
Ensino Fundamental Matutino
DISCIPLINAS SÉRIESCARGA
HORÁRIABASE
NACIONA
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 2 2 320 267
Ciências (301) 3 3 4 4 560 466
Educação Física (601) 3 2 2 2 360 300
* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 66
Geografia (401) 3 4 4 3 560 466
História (501) 3 3 3 4 520 433
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 534
Matemática (201) 4 4 4 4 640 534
SUB TOTAL 23 23 23 23 3.680 3.066
P. D L.E.M – Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333Ensino Fundamental Noturno
25
DISCIPLINAS SÉRIESCARGA
HORÁRIABASE
NACIONA
COMUM
5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R
Arte (704) 3 2 2 2 360 300
Ciências (301) 3 4 4 4 600 500
Educação Física (601) 3 2 2 2 360 300
* Ensino Religioso (7502) 1 1 80 66
Geografia (401) 3 4 4 3 560 467
História (501) 3 3 3 4 520 433
Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533
Matemática (201) 4 4 4 4 640 533
SUB TOTAL 23 23 23 23 3.680 3.066
P. D L.E.M – Inglês (1107) 2 2 2 2 320 267
SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333
TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333
Matriz Curricular do Ensino Médio
26
DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIA
BASE
NACIONA
COMUM
1ª 2ª 3ª H/A H/R
Arte (704) 2 2 160 133
Biologia (1001) 2 3 3 320 267
Educação Física (601) 2 2 2 240 200
Filosofia (2201) 2 2 160 133
Física (901) 2 2 160 133
Geografia (401) 2 2 2 240 200
História (501) 2 2 2 240 200
Língua Portuguesa (106) 4 3 3 400 334
Matemática (201) 3 3 3 360 300
Química (801) 2 2 2 240 200
Sociologia (2301) 2 2 2 240 200
SUB TOTAL 23 23 23 2.760 2.300
P. D. L.E.M – Inglês (1107) 2 2 2 240 200
SUB TOTAL 25 25 25 3.000 2.500
TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 3.000 2.500
TOTAL GERAL EM H/R 833 833 833 2.500
5.5. Educação das relações Étnico-raciais
O ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena tornam-se obrigatórios
nas escolas brasileiras a partir das leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08.
De acordo com a resolução CP nº1 de 17/06/2004, ficam instituídas as Diretrizes
Curriculares Nacionais Para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana. Sendo assim passa a integrar as discussões na disciplina de
história esta temática acima citada.
5.6. Ensino de História do Paraná
27
Historicamente o ensino de história do Paraná, oscilou entre a sua obrigatoriedade e a não
obrigatoriedade durante anos. Porém com a lei 13.381/2001 o ensino de História do Paraná passa a
ser obrigatório em nossos currículos. No caso desta instituição as disciplinas de História e
Geografia abordam os conteúdos de História do Paraná nas 5ªs e 6ªs séries e 1º Ano do Ensino
Médio , concomitantemente aos conteúdos ministrados.
5.7. Ensino de Filosofia e Sociologia
Em concordância com a Deliberação nº06/06 do CEE, o ensino de Filosofia e Sociologia são
ofertados no Ensino Médio como disciplinas da Base Nacional comum, possuindo diretriz
curricular estadual específica, a qual é a base para a elaboração curricular destas disciplinas.
5.8. Concepção das ações Didático-pedagógicas
As ações didático-pedagógicas são atividades ofertadas aos alunos com o intuito de
enriquecer e ampliar os horizontes educacionais de nossos educandos. Sendo assim, este colégio
oferta em contra-turno às aulas da matriz curricular o CELEM (centro de língua estrangeira
moderna) de Língua Espanhola, em sua modalidade de curso básico de 2 anos. Também
propiciamos a nossos alunos a participação no Fera Com Ciência e nos Jogos Colegiais do Paraná.
5.9. Concepção de Complementação Curricular
O governo do Estado do Paraná assume como políticas públicas as Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular através do Programa Viva a Escola.
Entendemos por complementação curricular, atividades relativas aos recortes do conteúdo
disciplinar previsto na Proposta Pedagógica Disciplinar e na Proposta Pedagógica da escola,
realizada numa seleção de atividades organizadas.
O Programa Viva a Escola está organizado a partir de quatro núcleos de conhecimento:
Expressivo Corporal, Científico-Cultural, Apoio à Aprendizagem e Integração à Comunidade e a
Escola.
A complementação curricular deverá respeitar as Diretrizes Curriculares Nacionais, as
Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná e as necessidades pedagógicas
e sociais dos educandos e da escola, descritas no Projeto Político Pedagógico.
28
5.10. Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos
Os desafios Educacionais Contemporâneos compreendem cinco temas que dizem respeito à
realidade social atual e que perpassam o relacionamento diário dentro de todas as instituições
escolares. Na tentativa de auxiliar no trabalho com estes temas tão inquietantes o Departamento da
Diversidade da SEED propôs cadernos temáticos com sugestões de atividades onde tais temas
podem ser abordados. Vale ressaltar que tais temas podem ser trabalhados dentro dos diversos
conteúdos escolares, sem que haja necessidade de tratar estes temas em separado dos conteúdos.
Os Desafios Educacionais contemporâneos são cinco:
* Educação Ambiental
* Prevenção ao uso indevido de drogas
* Relações Étnico-Raciais
* Sexualidade
* Violência na escola
5.11. Concepção de Avaliação
A avaliação é um instrumento didático-pedagógico utilizado para reflexão da prática dos
professores e alunos, num processo contínuo e dinâmico.
A avaliação é objeto de constantes pesquisas, voltadas para enfoques variados: político,
filosófico, tecnológico e sociológico. Inclui um julgamento a respeito do significado do resultado. É
feito a partir de algum critério, expectativa ou padrão de desempenho estabelecido. O julgamento
deve levar a um diagnóstico sobre os problemas apontados pelo resultado e também para uma ação
corretiva. Para que isto ocorra, os instrumentos devem ser muito bem elaborados, de forma que
professores e alunos possam compreender os problemas de desempenho a partir dos resultados.
Não se deve desprezar os instrumentos de medida (provas, testes ...) só porque, muitas vezes,
eles dão resultados que não nos agradam.
Uma das maiores preocupações é com o ensino de qualidade, como um diferencial na vida dos
alunos. Espera –se que o aluno seja capaz de saber mais sobre si e que consiga refletir sobre a
realidade que o cerca, que seja coerente e consequente. A escola deve ser responsável pelo
desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral dos alunos. Estes devem aprender e se desenvolver,
vencendo seus limites e dificuldades.
29
A avaliação deve garantir a meta de qualidade de desempenho para todos, no sentido de
aquisição de conhecimentos, indo além da meta quantitativa, garantindo a qualidade educativa que
implica consciência crítica e da capacidade de ação, do saber e na formação do indivíduo.
Nossa escola propõe a avaliação mediadora, formativa e somativa, pautada na ação-reflexão-
ação dos envolvidos no processo educacional.
Nessa perspectiva, a avaliação somativa tem caráter de essência, ao elaborar um parecer sobre
o aluno. É necessário o apoio proporcionado pelos registros sistemáticos para subsidiar esse
parecer. A avaliação somativa leva a somar um ou mais resultados, de forma contínua, para que o
professor possa tomar uma decisão permeada por uma visão global. Assim, este tipo de avaliação
considera os progressos e limitações de cada aluno ao enfrentar os desafios decorrentes da
aprendizagem. O que muda é o uso da informação, e não a sua natureza.
A avaliação formativa permite ao professor colocar em prática ações que sirvam para corrigir
rumos, rever, melhorar, reformar, adequar a eficácia do ensino. A preocupação está em não
fragmentar o processo ensino-aprendizagem, mas relacionar o erro e a semelhança ao acerto.
“A avaliação mediadora deverá utilizar métodos interpretativos e descritivos de análise.
Corrige ou analisa as respostas dos alunos, com a intenção de orientá-los em sua dimensão de
coerência, precisão e profundidade na abordagem do tema.” (Hoffmann, 1998).
A avaliação institucional é instrumento valioso para a construção do conhecimento, num
processo dinâmico. Nessa perspectiva, os critérios de qualidade devem incorporar valores culturais,
éticos, filosóficos, sociais, psicológicos, enfim, valores humanos.
O Estabelecimento utilizará como procedimentos do processo avaliativo: avaliações orais e
escritas, atividades individuais ou em grupos, relatórios, entrevistas, apresentação de trabalhos,
debates, pesquisas e outros recursos que o professor achar necessário.
A avaliação traduzirá num trabalho cooperativo entre Direção, Pedagogos, Corpo Docente e a
Família, integrados na diagnose dos problemas que interferem no processo ensino-aprendizagem,
para dar-lhes solução adequada.
A avaliação será realizada durante todo o processo educacional, verificando sempre os conteúdos
necessários e fundamentais para a aprendizagem do aluno, dando subsídios ao professor para emitir
julgamento e atribuir ao aluno, ao final de cada bimestre, a nota relativa ao rendimento escolar.
Obrigatoriamente deve constar de no mínimo dois instrumentos de avaliação (Regimento Escolar
art.105 – parágrafo único) para todos os períodos de estudo e disciplinas. A nota bimestral constitui-
se-á da seguinte maneira: 6,0 +4,0= 10,0; sendo que 6,0 corresponde a no mínimo dois instrumentos
de avaliação escritos, preferencialmente , provas e ou testes e que os 4,0 pontos restantes, dizem
respeito a atividades realizadas em sala de aula, trabalhos individuais ou em grupos e tarefas de
30
casa. Vale ressaltar que os instrumentos de avaliação são diversificados podendo ser seminários,
trabalhos de pesquisa, relatórios, provas escritas, dentre outros. No entanto é consenso entre os
professores que a avaliação instrumentada se a nota for atribuida e 5,0 + 5,0 = 10,0, mantendo os
mesmos instrumentos já utilizados. Para isso será proposto ao Conselho Escolar adendo ao
Regimento. Se o mesmo estiver de acordo será enviado NRE-Jacarezinho para homologação e
entrará em vigor apartir de 2011.
A recuperação de estudos será ofertada obrigatoriamente por este Estabelecimento de Ensino,
de forma paralela, contínua e progressiva durante o período letivo, visando melhoria do
aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do currículo.
Para que os conteúdos sejam recuperados, os professores deverão utilizar técnicas e estratégias
pedagógicas adequadas às dificuldades de aprendizagem demonstradas pelos alunos, assumindo
várias formas como: estudo dirigido, pesquisas, atividades individuais e em grupo com
monitoramento de alunos que se sobressaem no conteúdo, avaliação oral, escrita e dramatizada.
O Colégio oferta uma sala de recursos para os alunos das 5˚ a 8˚ séries, com transtornos
funcionais de aprendizagem, para auxiliá-los nas suas dificuldades, com um trabalho diferenciado,
complementando a aprendizagem de sala de aula.
A adaptação é realizada através de atividades didático-pedagógicas, desenvolvidas sem
prejuízo das atividades normais da série em que o aluno está matriculado, para que possa seguir
com proveito o novo currículo, sendo realizada durante os períodos letivos, através de um programa
especial ministrado pelo professor da disciplina.
Para efetivação do processo, a equipe pedagógica, comparando o currículo, irá especificar as
adaptações a que o aluno estará sujeito, elaborando um plano próprio, flexível, e com a participação
do professor da disciplina.
A adaptação é um compromisso do aluno, que cumprirá as atividades elaboradas pelo
professor da disciplina, tendo por base o conteúdo programático da série em que a disciplina
constar.
As atividades serão elaboradas pelo próprio professor, poderão compreender um roteiro de
tarefas realizadas pelo aluno, como: leitura de livros, pesquisas, exercícios, e outras atividades
julgadas necessárias pelo professor da disciplina. As atividades serão acompanhadas pelo professor
da disciplina e equipe pedagógica.
Conforme o Regimento Escolar, este estabelecimento não ofertará o regime de progressão
parcial como modalidade de promoção. Para transferência recebida, com direito adquirido na escola
de origem, atenderemos com o regime de progressão parcial para as disciplinas que compõem a
matriz curricular do nosso Estabelecimento de Ensino.
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A Classificação é realizada no Estabelecimento segundo orientações do NRE, para posicionar
o aluno na série compatível com a idade, experiência e desempenho adquiridos, sendo realizada por
promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série anterior na própria escola, ou por
transferência, para alunos procedentes de outras escolas, ou independentemente da escolarização
anterior, mediante avaliação feita pela escola. Ela tem caráter pedagógico, centrado na
aprendizagem e é realizada conforme o Regimento Escolar.
Na Reclassificação a escola avalia o grau de desenvolvimento e experiência do aluno, levando
em conta as normas curriculares, para encaminhá-lo ao período compatível com sua experiência e
desempenho.
Os pais ou responsáveis tem o direito ao conhecimento do processo pedagógico, bem como de
participar da definição das propostas educacionais, sendo realizado através de boletins, reuniões
bimestrais, avisos, bilhetes e quando for convocado para comparecer à escola, ou sempre que assim
o desejar, visando o pleno desenvolvimento da educação dos seus filhos.
6. MARCO OPERACIONAL
6.1. Ação da Escola
Nos deparamos com inúmeros desafios para a efetivação dos princípios da educação e da
escola que desejamos, que precisam ser feitos no cotidiano da escola, em seu movimento
permanente de reflexão, de diálogo, de enfrentamento e de construção coletiva.
Portanto, estas ações a serem desenvolvidas na escola visam uma reflexão coletiva, sobre o
que planejamos e o que fazemos para podermos encontrar caminhos para uma escola humanizadora.
6.2. Objetivos
• Repensar a prática pedagógica, seus avanços, seus problemas, a fim de democratizar o
acesso e garantir a permanência do aluno, visando a qualidade do ensino;
• Desenvolver potencial criativo dos alunos, como a formação globalizada, desenvolvendo a
consciência crítica;
• Promover desenvolvimento integral do educando, através de sua participação ativa no
processo educativo, pela formação intelectual, científica, física, espiritual, social, formando
uma consciência crítica;
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• Garantir a transmissão – assimilação do conhecimento científico e processos de ensino –
aprendizagem em todo o trabalho pedagógico;
• Elaborar, juntamente com a comunidade escolar, projetos educacionais voltado para a
construção de uma educação emancipadora;
• Promover a participação da comunidade escolar via conselhos de escola, grêmios estudantis,
reuniões de pais e mães, reuniões pedagógicas, reuniões da APMF, buscando soluções em
conjunto;
• Incentivar a prática da solidariedade, respeitando a diversidade cultural para lutar contra a
discriminação de raça, orientação sexual, portadores de necessidades especiais, entre outras;
• Ampliar os espaços de participação e formação continuada de funcionários, professores,
pedagogos, conselheiros e alunos;
• Superar o autoritarismo, através da gestão democrática, tomando decisões em conjunto que
visem à construção de um Projeto Pedagógico viável e de uma escola pública de qualidade.
6.3. Ações do Trabalho Pedagógico e Administrativo
• A sala de recursos, será ofertada aos alunos das 5ª a 8ª séries, com 20 h/aula semanais, sendo
um trabalho dos professores e equipe pedagógica, em relação aos conteúdos e metodologias
empregadas, bem como o acompanhamento do desempenho e rendimento dos alunos,
visando sanar suas dificuldades e superar defasagens, em todas as disciplinas, através de um
trabalho diferenciado;
• Com relação às 5ª séries, será realizado um trabalho em conjunto com equipe pedagógica,
professores e alunos novos em relação ao período de adaptação destes, envolvendo um
trabalho diferenciado devido às dificuldades enfrentadas pela série, quanto a horários,
disciplinas, ritmo das atividades, avaliações, etc.;
• O trabalho com a disciplina de Ensino Religioso será realizado pelo professor dessa
disciplina e acompanhado pela equipe pedagógica, para que o mesmo aborde questões de
religiosidade moral, ética, valores, atitudes e conhecimentos sobre as diversidades religiosas
e culturais. As aulas devem estimular os alunos a participarem através de atividades em
grupo, jogos, dinâmicas, debates, montagem de painéis, cartazes, etc., serão ministradas a
alunos de 5ª e 6ª séries.
33
• No Ensino Noturno grande parte dos alunos são trabalhadores rurais, havendo, portanto, a
necessidade de constante incentivo ao estudo, bem como direcionar o trabalho pedagógico
para a realidade de Escola de Campo na qual estão inseridos;
• O Planejamento de Ensino será elaborado no início do ano letivo e realimentado ao final dos
primeiro semestre e sempre que se fizer necessário. A equipe pedagógica fará um
acompanhamento através de conversas acerca dos conteúdos, metodologias e avaliações
empregadas, dificuldades encontradas e as mudanças necessárias para a melhoria do
trabalho educativo;
• As Reuniões Pedagógicas serão realizadas três durante o ano letivo, programadas em
calendário escolar, ou sempre que for necessário para discutir assuntos relativos ao processo
ensino – aprendizagem, implementação de projetos, grupos de estudos, tomada de decisões
acerca de assuntos pedagógicos e administrativos, bem como resolução de problemas e
sugestões;
• Recuperação de Estudos será realizada com atividades diferenciadas, trabalhadas de forma
dinâmica e flexível e também com atividades extra – classe, tarefas, pesquisas, que reforçam
os conteúdos dos trabalhados em sala, criando hábitos de estudos.
• Promoção de palestras sobre temas relevantes e atuais;
• Promoção de atividades esportivas e culturais: visitas a clubes, caminhadas ecológicas,
gincanas, feiras e exposições culturais realizadas por outras comunidades escolares;
• Desenvolvimento de projetos que incentivem a interpretação de textos, música, arte, teatro,
coral, concursos, poesia, desenhos etc.;
• Abordagem de Temas Educacionais Contemporâneos e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena: Meio ambiente, drogadição, sexualidade humana, combate a violência, ECA,
Educação Fiscal, etc., que serão trabalhados durante todo o ano letivo através de pesquisas,
debates, palestras, produções, apresentações artísticas, etc.
• Oferecer turma de alfabetização para jovens, adultos e idosos que não tiveram oportunidade
de estudar através do Paraná-Alfabetizado.
• Oportunizar através do Programa viva Escola, a complementação curricular, enriquecendo
prática pedagógica.
• Organização de reuniões com Conselho Escolar, APMF, Professores, Alunos e Pais para
discussão e reflexão acerca do processo ensino – aprendizagem e da tomada de decisões;
• Realização de campanhas comunitárias que incentivem a solidariedade, a paz, a ajuda mútua
e a inclusão;
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• Valorização profissional dos envolvidos no processo educacional, através do incentivo aos
estudos e da participação de cursos, seminários, etc.
• Oferecer condições para o funcionamento do laboratório de Ciências, Química, Biologia,
adequando as aulas teórico – práticas.
Buscaremos parcerias com outras instituições como Sanepar, Copel, Secretaria Municipal de
Saúde, Conselho Tutelar, Serviço de Assistência Social, Corpo de Bombeiros,Secretaria Municipal
do Meio Ambiente, Patrulha Escolar, entre outros.
A avaliação, gerenciamento e otimização dos recursos financeiros serão realizadas através de
reuniões com o Conselho Escolar, APMF, visando à aplicação adequada dos recursos provenientes
do Fundo Rotativo, PDDE e promoções realizadas pelo Colégio.
O relacionamento entre a Equipe Administrativa (Direção e Funcionários), Equipe Pedagógica
e Corpo Docente deverá ser de maneira participativa, com a integração de todos, ajudando-se
mutuamente, visando uma melhoria da qualidade do ensino.
O Colégio adotará critérios de participação da família e comunidade através de reuniões ,
palestras, festividades, comemorações, realização de serviços voluntários de saúde.
As reuniões de acompanhamento com a presença dos pais ou responsáveis, serão feitas
bimestralmente ou conforme a necessidade, sempre que surjam problemas para serem resolvidos,
contando também com a participação dos professores.
As palestras serão realizadas esporadicamente durante o ano letivo, sendo convidados
profissionais atuantes na comunidade, onde serão esclarecidos assuntos referentes a temas
importantes como: saúde, trânsito, combate à violência, meio ambiente entre outros,
complementando o trabalho realizado pelos professores em relação aos desafios educacionais
contemporâneos, contando com a presença de toda comunidade escolar.
Esses eventos serão marcados conforme datas previstas no calendário, na medida em que for
possível a sua organização e efetivação, pois esse planejamento é flexível conforme as
possibilidades.
6.4. Organização Interna da Escola – Função/ação
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6.4.1. Direção
À Direção cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos
administrativos e pedagógicos do Estabelecimento de Ensino, bem como colocar em prática o plano
de ação definido no início do ano letivo.
6.4.2. Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e implementação,
no Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas pela Secretaria de Estado da
Educação, subsidiando o Diretor e o Conselho Escolar, acompanhando o processo de ensino,
atuando junto a professores, pais e alunos, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem
com vista a sua melhoria e efetivando ações que estão diretamente relacionados com o pedagógico,
com o exercício cotidiano de busca de coerência entre a teoria e a prática.
6.4.3. Corpo Docente
Ao Corpo Docente compete estabelecer processo de ensino e de aprendizagem tendo sempre o
respeito humano ao aluno, participando de todas as atividades escolares, sempre que solicitado,
organizando e atualizando seu planejamento e registros escolares, aperfeiçoando-se
profissionalmente através de capacitações, grupos de estudos, reuniões, seminários, pesquisas e
outros eventos.
6.4.4. Equipe Administrativa
É o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do Estabelecimento de
Ensino, proporcionando condições para que os mesmos cumpram sua reais funções. Tem ao seu
encargo todo o serviço de escrituração escolar e correspondência do estabelecimento, organizando e
mantendo em dia todos os documentos, observando o cumprimento dos prazos estabelecidos.
6.4.5. Serviços Gerais
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Os Serviços Gerais têm ao seu encargo o serviço de manutenção, prevenção, segurança e
merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, devendo estar integrados à Proposta Educacional
do mesmo, mantendo a organização e a limpeza em todas as suas dependências, atendendo as
solicitações da Direção e efetuando demais tarefas correlatas à sua função.
6.5. Papel e Participação das Instâncias Colegiadas
6.5.1. Grêmio Estudantil
Incentivar a Formação e participação do Grêmio Estudantil, atuar em conjunto com a Direção
em benefício do Colégio e dos alunos, através de participações em reuniões, dando sugestões e na
tomada de algumas decisões, nas festividades, comemorações e atividades envolvendo os alunos.
6.5.2. Alunos representantes de turma
Serão eleitos de forma democrática pelos próprios alunos no início do período letivo, dando
suporte à Direção, Equipe Pedagógica, Professores, atuando em sala de aula como verdadeiros
representantes. Serão convocados a participarem do Conselho de Classe, representando sua turma,
dando sugestões, fazendo críticas construtivas em benefício do processo ensino – aprendizagem.
6.5.3. Conselho Escolar
Será convocado sempre que houver necessidade de deliberar assuntos de sua competência,
auxiliando a Direção na tomada de decisões.
6.5.4. Conselho de Classe
Será realizado bimestralmente conforme o calendário escolar e sempre que se fizer necessário,
com a participação dos professores e equipe pedagógica, bem como com a participação dos
representantes de turma, que levarão ao referido Conselho os pareceres de sua classe.
6.5.5. APMF
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Buscaremos a participação ativa da APMF, juntamente com a direção no gerenciamento dos
recursos materiais e financeiros, reuniões e eventos promovidos pela escola.
6.6. Ações Relativas à Formação Continuada
Serão realizadas mediante Cursos, Seminários, Simpósios, Grupos de Estudo,
disponibilizados pela Secretaria de Educação, Núcleo Regional, aos professores, funcionários, pais
e alunos. A escola promoverá encontros com a comunidade escolar, no próprio colégio,
bimestralmente, ou conforme a possibilidade, onde serão montados grupos de estudos para reflexão
e debate sobre diversos temas relacionados à educação, bem como palestras com profissionais
convidados.
6.7. Atividades escolares em geral e as ações Didático-pedagógicas a serem desenvolvidas
durante o tempo escolar.
Serão realizadas atividades extra-classe, como passeios e visitas a EFAPI, Trilha Ecológica
“Mata do Godói”, Exposições Culturais de outros Estabelecimentos de Ensino, Passeatas pela Paz,
Desfile Cívico e atividades esportivas e recreativas em Clubes de Campo.
Serão desenvolvidos Programas envolvendo aspectos da cidadania como Preservação do Meio
Ambiente, Fera Com Ciência, Programa Agrinho, Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente,
Programa Segurança com Paz na Escola, FICA, Jogos Colegiais, Inclusão escolar e valorização da
vida, questões sociais, saúde (sexualidade e drogas), valores morais, violência dentro e fora da
escola, e outros promovidos pela escola. Estes assuntos serão trabalhados através de cartazes,
murais, conferências, exposições orais, palestras com profissionais da comunidade, contando
também com a participação da mesma.
Atividades culturais e esportivas, bem como campanhas de conscientização e solidariedade
também serão desenvolvidas, com a participação da comunidade, conforme a necessidade.
A Escola terá uma equipe interdisciplinar encarregada da supervisão e desenvolvimento de
ações que dêem conta da aplicação efetiva das diretrizes estabelecidas na Deliberação 04/2006, que
trata da Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana e indígena ao longo do período letivo, e não apenas em datas festivas, enfatizando a
grande contribuição dos negros e indígenas, levando o aluno a discutir, analisar, argumentar e
38
avançar na compreensão e valorização da cultura africana e indígena e suas contribuições para a
humanidade.
Os conteúdos serão desenvolvidos em todas as disciplinas, em forma de pesquisa,
levantamento de dados, debates, painéis, leitura de textos, de imagens, filmes, oficinas, que
auxiliem a organização e recondução das relações entre os descendentes africanos e indígenas, de
europeus e de outros povos.
6.8. Programa Viva a Escola
As Atividades Pedagógicas de complementação curricular têm como objetivos:
a) dar condições para que os profissionais da educação, os educandos e a comunidade escolar
desenvolvam atividades pedagógicas além do turno escolar;
b) viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em atividades pedagógicas
de seu interesse oferecidas pelo Estabelecimento de Ensino;
c) possibilitar o a educando maior integração na comunidade escolar, ao realizar atividades
que os levem à interação com os colegas, professores e comunidade.
Após análise e aprovação do Conselho Escolar sobre as atividades de complementação
curricular, ficou decidido que serão desenvolvidas através do Programa Viva a Escola, as seguintes
atividades pedagógicas científico-cultural:
• A hora da leitura
• A Construção do Conhecimento através da Mídias
6.8.1.A hora da Leitura
Esta atividade complementar terá a finalidade de proporcionar aos educandos incentivo à
leitura, seu desenvolvimento intelectual, valorizando a socialização e integração dos mesmos nas
práticas de leitura e produção de textos de variados generos literários. A prática da leitura se faz
necessária para que desperte nos alunos prazer e gosto pela mesma, que por sua vez, é um processo
que consiste na atividade ativa do leitor e também viabiliza o acesso, permanência e participação
dos alunos na melhoria de sua oralidade, na produção de textos entre outros.
39
6.8.2. A Construção do Conhecimento através da Mídias
O advento da informática criou uma nova facilidade na criação de mídias que agora começam
a aparecer em volume significativos. Então é necessário preparar os alunos para os recursos
midiativos englobando as novas tecnologias de informação e comunicação, gerando conhecimentos
e troca de informações, já que as mídias bem como a informática vem sendo cada vez mais
utilizada.
Desta forma, espera-se que com estes Programas, na medida em que há um aprofundamento
dos conhecimentos científicos, seja possível resgatar a dignidade humana de nossos educandos
elevando a auto-estima, o respeito mútuo e a melhoria na saúde mental e física dos mesmos.
6.9. Qualificação dos espaços pedagógicos
Quanto aos espaços pedagógicos, contamos com quatro salas de aula, biblioteca, uma sala de
professores, que também é utilizada como laboratório de Informática.
O laboratório de Ciências está sendo montado em sala própria, aguardando alguns recursos e
reparos.
A aquisição de novos computadores veio ampliar o laboratório de informática, que dispõe
atualmente de acesso à internet via satélite, para enriquecer as aulas com pesquisas em todas às
áreas de conhecimento.
7. Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico
As avaliações do desempenho dos docentes, pedagogos, funcionários e direção serão
realizadas através de questionários com os alunos, onde os resultados serão analisados para as
devidas considerações e melhorias no trabalho pedagógico.
Serão realizadas, também, auto-avaliações bimestrais com o objetivo de rever a prática,
buscando melhorar a qualidade do trabalho pessoal.
Quanto ao acompanhamento do Projeto Político Pedagógico, foram realizadas reuniões com
representantes de turmas, funcionários, professores, pais, Conselho Escolar, APMF e Direção da
Escola, com fins informativos, bem como para tomada de decisões e sugestões viáveis para a
elaboração e implantação do mesmo, sendo realizado coletivamente, conforme instruções recebidas
e cronograma proposto por este Estabelecimento.
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A partir da vigência do presente projeto, este será realimentado periodicamente, conforme a
necessidade, contando com a participação de todos os envolvidos na sua elaboração.
O Projeto Político Pedagógico será avaliado através de reuniões semestrais com os vários
segmentos, para discussão sobre a sua aplicabilidade, incorporando as mudanças necessárias
conforme sugestões da comunidade escolar.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei Federal nº 8069/90, de 13 de junho de 1990: dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências. Brasília, 1990.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96.
Brasília: MEC, 1996.
Caderno de Debates – IV Conferência Estadual de Educação da APP – Sindicato.
Material da Capacitação Descentralizada ( Curso de Diretrizes Pedagógicas e Administrativas para
a Educação Básica) SEED – Governo do Estado do Paraná – CADEP
Revista Gestão em Rede, nº 65, Outubro, 2005.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Fundamentos de um Projeto Político Pedagógico. In: Demerval Saviani
e a educação brasileira: o simpósio de Marília. São Paulo, Cortez. 1994 p.180-191.
DEMO, Pedro. Participação é conquista: Noções de política social participante. São Paulo,
Cortez, 1998.
DUARTE Valdir P Duarte, Escola Pública no Campo: Problemática e perspectivas: um estudo
a partir do Projeto vida na roça, Francisco Beltrão, Paraná, ASSESOAR, 2003
Organizadores: Solange Von Onçay, Rogéria Pereira Alba, Ed. ASSESOAR, Disciplina de
Desenvolvimento Rural Sustentável.: Para além da disciplina e do Rural- DRS – Francisco
Beltrão. 2007
41
BOFF, Leonardo. Projetos Políticos e modelos de cidadania. In: Boff, L. Depois de 500 anos:
que Brasil queremos? Petrópolis, RJ Vozes, 2000. P.57 – 74.
Esse Projeto Político Pedagógico foi construído coletivamente, por isso, é compromisso de todos.
Equipe Organizadora:
Santo Antônio da Platina, agosto de 2010
__________________________________
Dalva Maria José Pedroso
Diretora
___________________________________
Isvia Silva Gomes
Pedagoga
__________________________________
Miriam Regina Marques de Sá
Pedagoga
42
Ata de aprovação
43
44
COLÉGIO ESTADUIAL MONTE REAL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RUA JOÃO BENEDETI, 19 – DISTRITO DE MONTE REAL - CEP 86430000
FONE / FAX: (43) 3596 1110
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SANTO ANTONIO DA PLATINA- PARANÁ
E-mail: [email protected]
45
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
A partir das Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio, os professores e
pedagogos tiveram a responsabilidade de elaborar a presente Proposta Curricular, contemplando a
realidade da escola e dos alunos que a freqüentam, de modo que a concepção de disciplina e seus
fundamentos teórico-metodológicos façam sentido na organização e tratamento dos conteúdos e,
mais especificamente, na aprendizagem dos alunos. Este foi, portanto, o espaço para os professores,
na sua disciplina de atuação, expressarem as relações entre os conteúdos escolares, historicamente
construídos e os saberes de seus alunos e da comunidade. Constituiu-se também, num momento de
compartilhar experiências com outros professores, estabelecer novas relações profissionais e de
adotar práticas comprometidas com o zelo pelo processo de ensino e de aprendizagem
desenvolvidos na escola.
Portanto, esta ação educacional pretende além de desenvolver capacidade para tomada de
decisão, oferecer aos estudantes e ao próprio corpo docente uma reconstrução reflexiva da
realidade, tomando como ponto de partida as teorias, conceitos, procedimentos, costumes, etc., que
existem na sua comunidade e aos quais se devem facilitar o acesso. A proposta curricular deve ser
entendida como expressão de uma política cultural, na medida em que seleciona conteúdos e
práticas de uma dada cultura para serem trabalhados no interior da escola. Assim sendo o currículo
é a expressão dinâmica do conceito que a escola e o sistema de ensino têm sobre o desenvolvimento
dos seus alunos e que se propõe realizar com e para eles.
46
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde o século XVI, com a ação dos jesuítas, encontramos o ensino da Arte presente no
Brasil, cujo objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam. Este ensino
incluía a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a música e as Artes Manuais. Com a expulsão
dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no
ensino público brasileiro.
A Reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina (1792- 1800) – fez com que o
ensino da Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi associado à matemática na
forma de Desenho Geométrico.
No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte - o que resultou na
Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – porém, o ensino ainda era influenciado pelo
iluminismo, priorizando a área cientifica. Essa visão foi ratificada na 1º Reforma Educacional do
Brasil República em 1890, realizada por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a
Ciência e a Geometria.
A partir de 1931, por influência de Heitor Villa – Lobos, o ensino de Arte fez-se presente no
primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto Orfeônico imprimindo na escola
uma primeira noção da Arte como linguagem.
Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo o educador de
Artes como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser obrigatório no currículo das
escolas brasileiras, porém como forma de atividade e não disciplina. Somente em 1996, a Lei 9394
de Diretrizes e Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica
e a Arte passa a compor a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Em 1997, com a
publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Referenciais, a Música, Artes Visuais,
Dança e Teatro foi indicado como áreas de conhecimento autônomas dentre da disciplina de Arte.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que contemplem a arte
efetivamente como área do conhecimento e não como meio “DE APRESENTAÇÃO GERAL DA
DISCIPLINA
Desde o século XVI, com a ação dos jesuítas, encontramos o ensino da Arte presente no
Brasil, cujo objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam. Este ensino
incluía a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a música e as Artes Manuais. Com a expulsão
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dos jesuítas pelo Marquês de Pombal, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no
ensino público brasileiro.
A Reforma Educacional Brasileira – Reforma Pombalina (1792- 1800) – fez com que o
ensino da Arte perdesse a importância. O desenho, por exemplo, foi associado à matemática na
forma de Desenho Geométrico.
No início do século XIX, D. João VI incentivava o ensino da Arte - o que resultou na
Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – porém, o ensino ainda era influenciado pelo
iluminismo, priorizando a área cientifica. Essa visão foi ratificada na 1º Reforma Educacional do
Brasil República em 1890, realizada por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a
Ciência e a Geometria.
A partir de 1931, por influência de Heitor Villa – Lobos, o ensino de Arte fez-se presente no
primeiro projeto de educação pública de massa por meio do Canto Orfeônico imprimindo na escola
uma primeira noção da Arte como linguagem.
Com a lei 5692 de 1971, foi fundada uma nova visão tecnicista e entendendo o educador de
Artes como um profissional polivalente, o ensino da Arte passa a ser obrigatório no currículo das
escolas brasileiras, porém como forma de atividade e não disciplina. Somente em 1996, a Lei 9394
de Diretrizes e Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica
e a Arte passa a compor a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Em 1997, com a
publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais e dos Referenciais, a Música, Artes Visuais,
Dança e Teatro foi indicado como áreas de conhecimento autônomas dentre da disciplina de Arte.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que contemplem a arte
efetivamente como área do conhecimento e não como meio “dom”,entretenimento ou terapia. O
objetivo da proposta pedagógica para o ensino de Arte no Ensino fundamental e Médio no Paraná é
o aprendizado da Arte como linguagem, visando a um ser reflexivo, autônomo e inserido
criticamente na realidade em que vive.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – é concretizada
utilizando-se de elementos próprios da linguagem artística. A Arte nos fornece uma simbologia
própria e, portanto outras leituras do mundo que nos cerca. Ou seja, “as diversas leituras de mundo
via diferentes linguagens – não somente a verbal – possibilitam-nos conhecer, reconhecer, re-
significar e expressar o sentido da vida em sociedade.” (Marques e Brasil, 2005).
A Arte como linguagem utiliza – se de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na
Dança (movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização), e nas Artes
Visuais (forma e luz). Essa discussão em torno da Arte como linguagem pondera o entendimento de
que a arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe diálogo, comunicação e conhecimento.
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Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira singular, dando-lhes um
sentido pedagógico (Sacristan, J. G. 2001). Na escola, esse trabalho ressignifica os saberes e os
conceitos científicos produzidos na sociedade. Assim sendo, um dos elementos essenciais que
caracteriza o ensino da Arte no ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a
responsabilidade de relacionar, questionar, experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos
artísticos a fim de que façam sentido em nossas próprias vidas e na construção da sociedade
brasileira.
É com base nestes pressupostos que trataremos a Arte como linguagem artística. A partir
das concepções da arte, esta proposta considera alguns pontos conceituais que contribuem para as
reflexões a respeito do objeto de estudo desta disciplina : conhecimento estético, conhecimento
artístico e o conhecimento contextualizado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental e no Ensino Médio contempla as linguagens das artes
visuais, da dança, da música, e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados para essa
disciplina vem constituir a base para a prática pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos
estruturantes compreendem todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de
organização dos conteúdos específicos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
ÁREAS ELEMENTOS
FORMAIS
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
ARTES
VISUAIS
Imagem
Ponto
Linha
Forma
Textura
Luz
Sombra
Movimento
Espaço visual
Espaço material
Leitura
Bi e /Tridi-mensional
Contraste
Ritmo
Equilíbrio
Decomposição da cor
Cor e pigmento
Simetria
Tons e Matrizes
Pré-História
Arte Indígena (Paranaense)
Modernismo (Tarsila do Amaral e
Portinari)
Impressionismo
Movimentos do século XX
Cultura Afro
Percepção Manusear, Classificar,
49
MÚSICA
Rítmica
Sons
Qualidade do som
Estrutura Musical
Experimentar.
Sons naturais e culturais
Intensidade, Duração e
Altura.
Gêneros
Improvisação
DANÇA
Movimento Espaço
Ação corporal
Saltar, Deslocar, Gesticular.
Ritmo
Espaço
Tempo
Fluência
Técnicas
Coreografia
Gêneros
TEATRO
Personagem
(representação)
Espaço cênico
Expressão Corporal
Expressão Gestual
Expressão Vocal
Expressão Facial
Cenografia
Iluminação
Sonoplastia
Envio de roteiro
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES PARA O ENSINO MÉDIO
50
ÁREAS ELEMENTOS
FORMAIS
COTEÚDOS
ESPECÍFICOS
MOVIMENTO E
PERÍODO
ARTES
VISUAIS
Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Luz
Cor
Figurativa
Abstrata
Figura/fundo
Bidimensional/Tridi-
mensional
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Gêneros
Técnicas
Arte Pré-História
Arte no Egito Antigo
Arte Grego-Romana
Arte Pré-Colombiana
nas Américas
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Medieval
Renascimento
MÚSICA
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Intervalo melódico
Intervalo Harmônico
Tonal
Modal
Gêneros
Técnicas
Improvisação
Barroco
Neoclassicismo
Romantismo
Realismo
Impressionismo
Expressionismo
Fauvismo
Cubismo
Abstracionismo
Dadaísmo
Surrealismo
TEATRO
Personagem:E
x-pressões
corporais,
vocais, gestuais
e faciais.
Ação
Espaço cênico
Representação
Sonoplastia/iluminação/cenogr
afia/
Figurino/caracterização/maquia
gem/Adereços
Jogos teatrais
Roteiro
Enredo
Gêneros
Técnicas
Op-art
Pop-art
Teatro Pobre
Teatro do Oprimido
Música Serial
Música Eletrônica
Rap, Funk, Techo
Movimento Ponto de apoio Música Minimalista
51
DANÇA
corporal
Tempo
Espaço
Salto e queda
Rotação
Formação
Deslocamento
Sonoplastia
Coreografia
Gêneros
Técnicas
Arte Engajada
Hip hop
Dança Moderna
Vanguarda Artística
Arte Brasileira
Arte paranaense
Indústria Cultural
Cultura Afro
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas
numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem
e para o Ensino Médio, a partir de uma verticalização e de um aprofundamento dos conteúdos, a
ênfase será maior na associação da arte com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da
arte com a ideologia. Dessa forma, o aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento
presente nessas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade
das mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos específicos
que irá desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a sociedade com maior ou menor
ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos estruturantes.
A Cultura - Afro é colocada Artisticamente nos conteúdos estruturantes, para que se faça
conhecimento desta Cultura de forma aberta e amplificada. As influências Africanas em nossas
vidas, onde os negros não são vistos somente como descendentes de escravos.
De acordo com a lei nº 11645 de 10 de março de 2008 fica estabelecido para o ensino fundamental
e médio o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, a que se refere este artigo incluirá
diversos aspectos da história e da ciltura que caracterizam a formação da população brasileira , a
partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta do
negros e dos povos indígenas brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional
resgatando a suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes a história do
Brasil.
O ensino da história afro- brasileira , africana e indígena tem por objetivo reconhecer e
valorizar a identidade histórica e cultural dos mesmos, bem como a divulgar e produzir
conhecimentos, atitudes, posturas e valores que preparem o cidadão para uma vida de fraternidade
e partilha entre todos sem as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos e esterótipos e de
discriminação.
52
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Metodologia é o elemento da pedagogia que está mais intimamente ligado à prática em
sala de aula. Este trabalho deve ser pautado pela relação que o ser humano tem com a arte, essa
relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras
artísticas.
Na metodologia do ensino de arte, devemos contemplar três momentos de organização pedagógica:
o sentir e perceber, o conhecimento e o trabalho artístico.
Sentir e perceber:
É possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de música, teatro, dança e artes visuais
para que os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de produção da arte, bem como,
envolver a apreciação dos objetos da natureza e da cultura.
O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar essa apreciação apropriação
com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras e a realidade,
transcendendo as aparências, aprendendo parte da totalidade da realidade humano-social.
Conhecimento em Arte:
Conhecimento em arte, na perspectiva desta proposta materializa-se no trabalho escolar
com os conteúdos estruturantes (elementos formais, composição, movimentos e períodos, tempo e
espaço) da disciplina e como eles se constituem nas artes visuais, dança música e teatro.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos,
trabalhando em suas aulas os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações
artísticas que produzem significado de vida para estes alunos, tanto na produção como na fruição.
A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como aula teórica e
sim contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em arte se efetiva
somente quando esses três momentos são trabalhados.
Arte é um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de indivíduos,
histórica e socialmente datados, onde cada conteúdo tem sua origem e história, que devem ser
conhecidas para melhor compreensão por parte do aluno.
Este conhecimento transforma-se, através do tempo, em função dos modos de produção
social, o que implica, para o aluno, conhecer como se organizam as várias formas de produzir arte,
como também, a maneira pela qual a sociedade estrutura-se historicamente.
53
Trabalho Artístico
A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e momento do
exercício as imagens e criação. Apesar das dificuldades que a escola encontra para desenvolver
estas práticas, elas são fundamentais, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata,
o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos
artísticos e humanizados os sentidos.
Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino-aprendizagem em arte. Esses
três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de aula, pois apesar de serem
interdependentes, é preciso planejar a aula com recursos e metodologia específica para cada um
desses momentos.Podendo utilizar os recursos tecnológicos disponíveis da escola como: TV,
DVDs, vídeo, câmera digital, internet, retro-projetor, microfone, aparelho de som, etc.
Utilizaremos um mesmo encaminhamento metodológico, tanto para o Ensino Fundamental como
para o Ensino Médio, o que irá diferenciar será o aprofundamento em relação aos conteúdos do
Ensino Médio.
O encaminhamento pode iniciar-se por qualquer desses momentos, mas o fundamental é que
no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao conhecimento e ao
trabalho artístico.
AVALIAÇÃO
A avaliação em Artes deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os
conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciadas tanto no processo, quanto na produção
individual e coletiva desenvolvida a partir desses saberes. É necessário referir-se ao conhecimento
específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experimentais (práticos) quanto
conceituais (teóricos), pois a avaliação consiste e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos.
A avaliação significativa exige fundamentação, para que abra portas e aponte caminhos para
o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha
a produção do aluno.
A avaliação em arte supera dessa forma, o papel de mero instrumento de medição de
apreensão de conteúdos, busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno.
Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, estará discutindo
54
dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o
desenvolvimento do pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos
para a leitura da realidade. Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se
estabeleçam nos critérios para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles
referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
Arte História e Produção – Carla, Paulo e Raquel Vale.
Arte e Produção
Reviver nossa Arte
Link da Arte – Roseli Vitrela e Jaqueline Arruda.
Diretrizes Curriculares da Arte para o Ensino Fundamental e Médio.
Novos Caminhos – Música, Movimento e Artes Visuais.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
55
A Educação Física começou quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar,
fugir ou caçar para sobreviver. Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos mais
básicos e naturais desde que se colocou de pé: corre, salta, arremessa, trepa, empurra, puxa e etc.
A Educação Física baseada na cultura corporal e os conteúdos estruturantes permitem o
entendimento do corpo em toda sua complexidade. Tem-se inserido no plano de uma reflexão sobre
diferentes problemáticas sociais, algumas de há muito tempo são objetos de preocupação dos
educadores, outras que surgem conforme se transformam a própria organização social, como a
violência, os preconceitos étnicos, de cor, de sexo, classes, entre outros. O corpo surge como uma
das dimensões humanas que mais recebem atenção no seio de nossa cultura, seja do ponto de vista
estético, tecnológico, científico, profilático, isso trás uma série de conseqüências para o nosso
entendimento do significado “ser corpo” no mundo atual.
Portanto, faz-se necessário compreender os diferentes saberes, valores, sentimentos e
crenças que interferem sobre a constituição de nosso corpo, tanto no plano individual como no
social. Para tanto, a Educação Física deve ser trabalhada sob o viés de interlocução com disciplinas
variadas, que permitam entender o corpo em sua complexidade, ou seja, sob uma abordagem
biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política, justamente por sua
constituição interdisciplinar.
O papel da Educação Física é transcorrer o senso comum e desmistificar formas arraigadas
e equivocadas em relação as diversas práticas e manifestações corporais.
Nesse sentido a disciplina prioriza a construção do conhecimento sistematizado como
oportunidade de reelaboração de idéias e práticas, que por meio de ações pedagógicas,
intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimento produzido pela humanidade e
suas implicações para a vida. Assim, discutir sobre a diversidade cultural em termos corporais, com
intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem como se posicionar frente
a elas de modo crítico e autônomo envolvendo tanto o segmento que fazem parte do cotidiano do
aluno como também aqueles que desconhecem, promovendo assim a modificação das relações
sociais.
Por meio dos Conteúdos Estruturantes, é possível compreender a Educação Física como
parte integrante de uma totalidade, que se manifestam nas relações sociais, políticas, econômicas e
culturais, ou seja, a corporalidade, entendida como a construção histórica social do corpo e cultura
corporal. É por meio dela, que derivam-se os conteúdos específicos que compõem o trabalho
pedagógico e a relação de ensino e de aprendizagem no dia-a-dia escolar.
Devemos tratar o esporte nas aulas de educação física como um meio de se evidenciar a
discriminação e a exclusão dos modelos competitivos de produção e trabalho. A sua utilização tem
56
como objetivo a compreensão de suas particularidades como condições técnicas, táticas e elementos
específicos, além do sentido de competição e de cultura de um região. O esporte viabiliza
oportunidades de reflexão sobre preconceito, sexualidade, gênero, violência e competição,contexto
histórico-critico-social.
Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Fisica não deve limitar-se ao fazer
corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas, destrezas motoras,
táticas de jogo e regras.
Através da ginástica os alunos experimentarão as suas diversas formas de movimentos,
reconhecendo as suas possibilidades de representação. Por meio desses movimentos, eles poderão
experimentar e descobrir suas limitações e possibilidades de integração com o grupo, respeitando a
individualidade de cada um.
Nestas Diretrizes Curriculares, entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de
reconhecer as possibilidades do seu corpo.O objeto de ensino desse conteúdo deve ser as diferentes
formas de representação das ginásticas
Questões como a utilização de meios artificiais e a realização de exercícios extenuantes
com intuito de performance corporal serão estudadas como objeto de reflexão dos danos que podem
causar ao organismo.
A experimentação das danças nas aulas de Educação Física tem como objetivo o
conhecimento dos valores sociais, culturais, e pessoais atribuídos a elas. Os gestos de criação não
poderão deixar que as representações simbólicas das danças, especificas de cada modalidade, não
percam o sentido.Ao trabalhar a dança no espaço escolar, o professor deve trata-la de maneira
especial, considerando a conteúdo responsável por apresentar as possibilidades de superação dos
limites e das diferenças corporais.A Dança é a manifestação da cultura corporal responsável por
tratar o corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam
em diferentes práticas, como nas danças típicas(nacionais e regionais), danças folclóricas, danças de
rua, danças clássicas entre outras.
Os jogos devem ser abordados através do conhecimento da realidade da comunidade local
e de cada aluno. Esse tipo de conteúdo possibilita a construção e modificação de regras, dessa forma
os conteúdos poderão adaptar as brincadeiras e jogos de maneira que todos possam participar,
criando assim, uma consciência de integração. Por meio do jogo, é possível observar através dos
papéis que cada aluno desempenha na sua execução, as relações e o comportamento perante o
grupo.
As Lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordados de maneira reflexiva,
direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver capacidades e
57
potencialidades físicas.Dessa forma, os alunos precisam perceber e vivenciar essa manifestação
corporal de maneira critica e consciente, procurando sempre que possível, estabelecer relações com
a sociedade em que vive.a partir desse conhecimento proporcionado na escola, o aluno pode, numa
atitude autônoma, decidir pela sua prática ou não fora do ambiente escolar.
A Disciplina de Educação Física tem como objetivo priorizar a construção do
conhecimento sistematizado como oportunidade de reelaboração de idéias e práticas que, por meio
de ações pedagógicas intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimento
produzido pela humanidade e suas implicações para a vida. Assim, discutir sobre a diversidade
cultural em termos corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças
identificadas, bem como se posicionarem frente a elas de modo crítico e autônomo envolvendo
tanto os segmentos que fazem parte do cotidiano do aluno como também aqueles que desconhece,
promovendo assim a modificação das relações sociais.
Dentro de um projeto mais amplo de Educação do Estado do Paraná,entendesse a escola
como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento
produzido historicamente pela humanidade.Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de
ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere nesse projeto ao garantir o acesso ao
conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente
produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um
ser crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico,
político, social e cultural.
CONTEÚDOS
5ª Série
Conteúdo Estruturante.
Esporte
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Futsal/voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico
Individual
Conteúdo Específico
58
Atletismo
Tênis de mesa
Conteúdo estruturante
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e Brincadeiras Populares/Jogos de Tabuleiro
Conteúdo Específico
Brincadeiras Indígenas: Jogo de Gavião
Jogos de palito
Jogos de estafetas
Mãe-pega,Pular carniça
Jogos de Dama e Xadrez
Conteúdo estruturante
Dança
Conteúdo Básico
Danças Folclóricas e Criativas.
Conteúdo Específico
Danças Afro-Brasileiras, Indigenas, Paranaenses
Elemento e Qualidade de Movimento
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdo Básico
Ginástica Circense
Conteúdo estruturante
Acrobacias
Alongamento
(rolar, girar, equilibrar e outros)
Conteúdo estruturante
Luta
Conteúdo Básico
Lutas de Aproximação e Capoeira
Conteúdo Específico
Judô e Karate
59
Capoeira Regional e Angola
6ª Série
Conteúdo estruturante
Esporte
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Futsal/voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico
Individual
Conteúdo Específico
Atletismo
Tênis de mesa
Conteúdo estruturante
Jogos e Brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos e Brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiro
Jogos Cooperativos
Conteúdo Específico
Amarelinha,elástico,mãe pega,peteca
Adoletá, gato e ratodança da cadeira
Dama, trilha, xadrez, resta um
Futpar, volençol
Conteúdo estruturante
Dança
Conteúdo Básico
Danças Folclóricas
Danças de Rua
Danças Circulares
Danças criativas
60
Conteúdo Específico
Quadrilha e samba
Hip-Hop
Sagradas
Atividades de expressão corporal
Conteúdo estruturante
Ginástica
Conteúdo Básico
Ginástica Ritmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Conteúdo Específico
Cordas,arcos,bolas
Malabares e acrobacias
Rolamentos
Conteúdo estruturante
Luta
Conteúdo Básico
Lutas de Aproximação e Capoeira
Conteúdo Específico
Taekwondo, jiu-jtso
7ª Série
Conteúdo Estruturante.
Esporte
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Futsal/voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico
Individual
Conteúdo Específico
61
Tênis de mesa
Atletismo
Conteúdo Estruturante
Jogos e brincadeiras
Conteúdo básico
Jogos e Brincadeiras Populares
Jogos de Tabuleiro
Jogos Dramáticos
Jogos Cooperativos
Conteúdos Específicos
Stop,peteca,queimada
Xadrez, dama, trilha
Imitação e mímica
Cadeiras cooperativas e futpar
Conteúdo Estruturante
Ginástica geral
Conteúdo básico
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Conteúdo específico
Cordas e Bolas
Malabares, trapézio e Acrobacias
Movimentos gímnicos
Conteúdo Estruturante
Lutas
Conteúdo básico
Lutas com Instrumento Mediador
Capoeira
Conteúdo Específicos
Esgrima
Angola e Regional
62
8ª série
Conteúdo Estruturante.
Esporte
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Futsal/voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico
Individual
Conteúdo Específico
Tênis de mesa
Atletismo
Conteúdo Estruturante
Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos de tabuleiro;
Jogos dramáticos;
Jogos cooperativos.
Conteúdos Específicos
Xadrez,dama,trilha,resta um
Mímica e Imitação
Dança das cadeiras cooperativas
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdos Básicos
Danças Criativas e Circulares
Conteúdos Específicos
Elementos de movimento(tempo e espaço)Atividades de Expressão CorporalFolclóricas
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdo Básico
63
Ginástica Rítmica e Geral
Conteúdos Específicos
Origem da Ginástica e sua evolução
Recursos ergogênicos (doping)
Cordas, arcos e bolas
Conhecer os jogos e movimentos gimnicos
Ensino Médio
Conteúdo Estruturante.
Esporte
Conteúdo Básico
Coletivo
Conteúdo Específico
Futsal/voleibol/Handebol/Basquetebol
Conteúdo Básico
Individual
Conteúdo Específico
Tênis de mesa
Atletismo
Conteúdo Básico
Radicais
Conteúdo Específico
Skate, Rapel,Wellee ,MotoCross e outros
Conteúdo Estruturante
Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos
Jogos de tabuleiro;
Jogos dramáticos;
Jogos cooperativos.
Conteúdos Específicos
Xadrez,dama,trilha,resta um
Mímica e Imitação
Dança das cadeiras cooperativas,dinâmicas de cooperação
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Competir ou Cooperar :Eis a questão
Conteúdo Estruturante
Dança
Conteúdo Básico
Danças Folclóricas
Danças de Salão
Danças de Rua
Conteúdos Específicos
Quadrilha,Samba de roda,frevo
Valsa,vanerão,forró
Break
Elaboração de coreografias
Conteúdo Estruturante
Ginástica
Conteúdo Básico
Ginástica Artística Olímpica, Ginástica de Academia,Ginástica Geral
Conteúdos Específicos
Ginástica e o Mundo de trabalho(Laboral)
A evolução da Ginástica Olímpica(Olímpica solo, barra fixa, argola, paralelas)
Alongamentos,Ginástica aeróbica,pular corda
Conteúdo estruturante
Lutas
Conteúdo Básico
Lutas de Aproximação
Lutas que mantêm a Distancia
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Conteúdos Específicos
Judô,sumo,jiu-jtso
Boxe,taekwondo,Karatê
Esgrima
Angola e Regional
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
65
As atividades deverão ser propostas aos alunos e num primeiro momento o
professor deverá analisar o que os alunos sabem sobre o assunto (conhecimento prévio)
a fim de que os educandos, nas fases posteriores do processo, apropriem-se de um
conhecimento sistematizado e significativo para suas vidas. A seguir, deve-se criar um
ambiente de indagações, questionamentos sobre o assunto proposto levando em
consideração as exigências sociais; para então apresentar os instrumentos teóricos e
práticos necessários para recriar e transformar essa problematização. A Educação Física
é a área que contribui para desenvolver no educando o conhecimento ajustado de si
mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética,
estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na
busca do conhecimento e no exercício de cidadania. Deve dar oportunidade a todos para
que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva.
De posse de suas primeiras informações e dos conhecimentos teóricos e práticos
apresentados o momento posterior é o de sistematização por parte dos educandos dos
conteúdos e métodos da fase anterior, é uma nova compreensão, mais elevada, mais
consciente e bem estruturada do conteúdo apresentado anteriormente. Para finalizar o
processo pedagógico é necessário a transposição do teórico para o prático, a modificação
intelectual sobre as concepções dos conteúdos apresentados, nota-se nessa fase uma
maior clareza e compreensão da realidade. A perspectiva metodológica de ensino e
aprendizagem que se propõe é o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da par-
ticipação social e da afirmação de valores e princípios democráticos. Nesse sentido, bus-
ca garantir a todos a possibilidade de usufruir dos esportes, danças, ginásticas jogos e
brincadeiras e lutas apontados como conteúdos estruturantes da disciplina de educação
física.O encaminhamento metodológico dos conteúdos será flexível, isto é, podendo ser
alterado de acordo com as necessidades e desenvolvimento dos educandos. conheci-
mento é transmitido e discutido com o aluno,levando-se em conta o momento
político, histórico, econômico e social em que os fatos estão inseridos. Estare-
mos propiciando aulas com TV pendrive, laboratório de Informática, data show,som e todo
material disponível da escola, assim como pátio, quadras, bolas, arcos, cordas e outros.
AVALIAÇÃO
66
A prática avaliativa nesta disciplina será um processo contínuo, permanente e
cumulativo para aluno e professor repensarem sua prática, revisando o trabalho realizado,
identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de
replanejar e propor encaminhamentos.
A avaliação priorizará na pratica pedagógica o conhecimento sistematizado,como
oportunidade de reelaborar idéias e atividades que ampliem a compreensão do educando
sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.É preciso
que eles reconheçam que a dimensão corporal é resultado de experiências objetivas, fruto
de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva, sejam eles a
família, a escola , o trabalho e o lazer.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de ex-periências
Como critério de avaliação será observado o comprometimento e envolvimento dos
alunos no processo pedagógico: Participação das atividades teóricas e práticas
respeitando as regras, a organização, os colegas e o professor, com responsabilidade,
interesse e pontualidade. Interação com seus colegas sem estigmatizar ou discriminar por
razões físicas, sociais, culturais ou de gênero; Estabelecimento de algumas relações
entre a prática de atividade corporal e a melhora da saúde individual e coletiva.
Capacidade de criação e resolução de situações problemas e apreensão dos objetivos
inicialmente traçados pelo professor; Valorização e apreciação das diversas
manifestações da cultura corporal, identificando suas possibilidades de lazer e
aprendizagem. A avaliação caracteriza-se, nesta proposta, como elemento integrador
entre aprendizagem do aluno e atuação do professor no processo de construção de
conhecimento, sendo compreendida como um conjunto de atuações que tenha função de
diagnosticar, de perceber o domínio dos conteúdos, de superar as dificuldades através da
realimentação dos conteúdos e de apreciar criticamente o próprio trabalho. Para o aluno é
um instrumento de tomada de consciência das suas conquistas, dificuldades e
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
Os critérios de avaliação serão estabelecidos, considerando o comprometimento e
envolvimento dos alunos no processo pedagógico: Comprometimento e envolvimento -se
os alunos entregam as atividades propostas pelo professor;se houve assimilação dos
conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos e regras; se o aluno consegue
resolver, de maneira criativa, situações problemas sem desconsiderar a opinião do outro,
respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as divergências, se o
aluno se mostra envolvidos nas atividades, seja através de participação nas atividades
67
práticas ou realizando relatório.Partindo-se desses critérios, a avaliação será um
processo contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96,em que
o ,professor organizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como
a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.Serão realizadas as
avaliações através de provas teóricas, práticas, observação, debates, trabalhos em
grupos e individual.
REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREIRE, João Batista. Educação como Prática Corporal. – 2004.
Metodologia da Educação Física. – Coletivo de Autores – São Paulo: Cortez, 1992.
PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino
Médio. – Curitiba, PR: SEED, 2008.
PARANÁ, O Estado do. Livro Didático Público de Educação Física para o Ensino
Médio. – Curitiba, PR: SEED, 2006.
PEDAGÓGICO, O Projeto Político. Colégio Estadual Professor Segismundo Antunes
Netto. Siqueira Campos, PR, 2006.
TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. – 1996
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Filosofia se constitui como pensamento racional e sistemático há mais de 2600 anos. A
história desse pensamento traz consigo o problema de seu ensino, de modo que a questão
68
pedagógica do conhecimento filosófico é uma temática tão antiga quanto a filosofia. A filosofia é
uma atividade que se ocupa de questões cujas respostas estão longe de serem obtidas pela ciência.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mito e Filosofia
Teoria do Conhecimento
Ética
Filosofia
Política
Filosofia da Ciência
Estética
Conteúdos Básicos
Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e Filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia?
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica;
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;
Concepções de ciência;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia;
69
Ciência e ética;
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e Ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou participativa;
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
Estética e sociedade;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da
filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do
estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo
estruturante Filosofia Política e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica,
tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
AVALIAÇÃO
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas particularidades e
especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os conteúdos
básicos do conteúdo estruturante Filosofia Política, elaborando respostas aos problemas suscitados e
investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica com
os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de forma escrita ou
oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com
caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. LDB 9.394/96 PARANÁ.
70
Diretriz Curricular para o Ensino Médio.
Livros didáticos.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
71
Entende-se que o ensino da Física deve enfatizar fenômenos físicos com redução da ênfase
na formulação Matemática, sem perder a consistência teórica, vendo a importância da compreensão
da evolução dos sistemas físicos, e suas aplicações na sociedade contemporânea.
Qualificando temas da Física Moderna, lembrando que a física é uma ciência em processo
de construção. A Física tem como objetivo de estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por
isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza que permite elaborar modelos
de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo microscópico das partículas que compõe a
matéria, ao mesmo tempo permite desenvolver novas fontes de energia e criar novos materiais,
produtos e tecnologias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
Movimentos
Quantidade de movimento (momentum) e inércia.
A conservação do momentum.
Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton.
Conceito de equilíbrio e 3ª Lei de Newton.
Potência Movimentos retilíneos e curvilíneos .
Gravitação Universal.
A energia e o principio da conservação da energia .
Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos,oscilações num sistema de massa mola, ondulatória,
acústica.
Movimentos dos fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos
fluídos, comportamento de superfícies e as interações mecânicas.
Introdução aos sistemas caóticos.
Termodinâmica
1ª Leis da Termodinâmica: Lei Zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades
termométricas, medidas de temperatura;
72
2ª Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, á idéia de entropia,processos
irreversíveis/reversíveis;
3ª Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas
proximidades do zero absoluto.
A idéia da Termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica
Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.
Eletromagnetismo
Conceitos de carga elétrica e pólos magnéticos;
As Leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Lei de Gauss, Lei de Faraday, Lei de Ampére e Lei de Lenz.
Campos elétrico e magnético, as linhas de campo;
Força elétrica e magnética, Força de Lorentz;
Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito;
As ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética;
Propriedades da luz como onda e como partícula: A Dualidade onda-partícula; Óptica Física e
Geométrica. A dualidade da matéria;
As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.
Os conteúdos abordados nesta proposta têm como finalidade fazer com que o aluno
compreenda que a produção do conhecimento cientifico é parte da cultura humana.
Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento de Física e faz parte do
cotidiano do aluno. Por isso, é importante buscar-se o entendimento das possíveis relações entre o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia as diversas transformações culturais, sociais e
econômicas.
Elevadores hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos,
telescópios, aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na produção vegetal –
estufas, bactérias e degradação de petróleo, influencia da alimentação na saúde, instrumentos de
medida, tecnologias em produtos elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola,
microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e
questões ambientais, educação, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologias.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
73
-Prática de Leitura de texto;
-Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
-Utilização de materiais gráficos diversos(fotos, gráficos, tirinhas);
-Utilização do laboratório de ciência e de informática.(TV Pendrive)
AVALIAÇÃO
Buscar sempre uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo.
Realizar Leitura compreensiva do texto científico;
Ao avaliar deve-se considerar a apropriação do conteúdo pelos estudantes.
Considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e
culturais, a evolução das idéias e a não neutralidade da ciência.
Deve-se buscar sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo,
não só para verificar o aprendizado, mas para, a partir dela, o professor encontrar subsídios
para intervir.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes curriculares de Física para o ensino médio.
PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia tem como objeto de estudo o “Espaço Geográfico”, entendido como o espaço
produzido (LEFEBURE,1974) e apropriado pela sociedade, composta por objetos (naturais,
74
culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionadas
(SANTOS, 1996). Desta perspectiva os objetos geográficos são indissociáveis das ações humanas,
mesmo sendo eles objetos naturais.
O espaço geográfico é dinâmico, não se apresenta pronto e acabado. É necessário que o
aluno compreenda essa dinamicidade do processo de construção do espaço.
A geografia fornece ao educando uma visão crítica e construtiva do seu espaço no âmbito
social, físico e histórico, passando a fazer parte do processo de mudança do mundo em que vive.
A relevância da geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma
dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto, a escola é
um dos lugares que produz, analisa e sistematiza conhecimentos subsidiando os alunos para que
sejam capazes de interpretar com olhar crítico o mundo que o cerca, sem deixar de considerar a
diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.
As teorias críticas da geografia possibilitam um ensino geográfico com base na análise das
relações sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global, retornando ao local.
A cultura africana, afro-brasileira,indígena e a educação do campo são parte integrante dos
conteúdos para que se conheça a diversidade cultural,bem como suas influências marcantes na
cultura brasileira e suas contribuições. Tendo sempre em vista o respeito à diversidade
cultural,racional,social e econômica.
Conteúdos do Ensino Fundamental e Médio (conteúdos por série/ano -
estruturantes/específicos)
5ª SÉRIE
- Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão econômica do espaço geográfico.
- Dimensão política do espaço geográfico.
- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
- Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
- Conteúdos Básicos:
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e de produção;
75
- Formação, localização e exploração dos recursos naturais;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da
paisagem, a (re) organização do espaço geográfico;
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
- A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural;
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª SÉRIE
- Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão econômica do espaço geográfico.
- Dimensão política do espaço geográfico.
- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
- Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
- Conteúdos Básicos:
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
- A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial,
indicadores e estatísticos da população;
- Movimentos migratórios e suas motivações;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- Os movimentos sociais, urbanos e rurais e a apropriação do espaço;
- A formação, o crescimento das cidades a dinâmica do espaço urbano e
urbanização;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico;
- A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.
7ª SÉRIE
76
- Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão econômica do espaço geográfico.
- Dimensão política do espaço geográfico.
- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
- Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
- Conteúdos Básicos
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a re-organização dos territórios do
continente americano;
- A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado.
- O comércio e suas implicações sócio-espaciais;
- Circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e informações;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a re-organização do espaço
geográfico;
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- A mobilidade populacional e as manifestações só-espaciais da diversidade
cultural;
- A formação, a localização e exploração dos recursos naturais.
8ª SÉRIE
- Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão econômica do espaço geográfico.
- Dimensão política do espaço geográfico.
- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
- Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
- Conteúdos Básicos
77
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A nova ordem mundial, os territórios supra-nacionais e o papel do Estado;
- A revolução técnico-científico – informacional e os novos arranjos no espaço
da produção;
- O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais;
- A formação, mobilidades da fronteiras e a reconfiguração territorial;
- A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos;
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
reorganização do espaço geográfico;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
− O espaço em rede: produção, transporte e comunicações, na atual configuração
territorial.
ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes:
- Dimensão econômica do espaço geográfico.
- Dimensão política do espaço geográfico.
- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico.
− Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
A formação e a transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
78
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço de
produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supernacionais e o papel do Estado.
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em seus conteúdos
específicos, os grandes conceitos geográficos que somente inter-ligados tornam-se
significativos e contribuem para a compreensão do espaço Geográfico, onde, não são, desde
sempre os mesmos conteúdos que constituem o campo de estudo da Geografia, enquanto
estes citados acima tiveram sua abordagem teórica reelaborada, em função das
transformações históricas que modificaram as relações sócio- espaciais em diferentes escalas
geográficas.
Dos conteúdos estruturantes, derivam os conteúdos específicos, os quais devem ser abordados a
partir das relações entre poder, espaço-tempo e sociedade-natureza, pois essas relações estão
perpassando os mesmos, garantindo assim a totalidade da abordagem.
79
Considera-se que, ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno terá noções geográficas sobre
os diferentes recortes territoriais do planeta. No Ensino Médio esses conhecimentos serão
aprofundados em abordagens que considerem o princípio de complexidade crescente, enfatizando
um tratamento relacional dos conteúdos, respeitando a crescente capacidade de abstração do aluno,
agora adolescente e a conseqüente possibilidade de formações conceituais mais amplas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A paisagem local e o espaço vivido são as referências para o professores organizarem seu
trabalho e, a partir daí, introduzir os alunos nos espaços geográficos.
O aluno precisa aprender a dialogar com o espaço geográfico para compreender os
diferentes elementos desse espaço, e para isso o professor deve manter constante diálogo, debates,
realizar experiências e reflexões que estabeleçam relações entre as comunidades animais e vegetais
que povoam a terra.
Os conhecimentos das diferentes culturas é importante para o aluno entender o processo
simultâneo de mundialização e fragmentação em que vive a humanidade face ao diversidades
culturais impondo internet, e–mail e a mídia de um modo geral como comunicação rápida para a
compreensão desse mundo tecnológico que se renova dia-a-dia.
A geografia como outras ciências humanas dá ao aluno a possibilidade de pensar o homem
por inteiro em sua dimensão humana e social aberto ao novo com força para intervir na realidade da
qual é participante.
As atividades serão trabalhadas de forma crítica e dinâmica, e serão abordados e enfocados
temas do conteúdo estruturante de acordo com algumas metodologias como:
Interpretação de texto; atividades cartográficas; gráficos e tabelas e dados estatísticos (fazendo a
leitura e atividades de cada recurso);
80
Uso de recursos áudio visuais – fotos, ilustrações, filmes, charges, reportagens, enfocando
temas relevantes, aproveitando os recursos tecnológicos disponíveis na escola, como: vídeo, DVD,
aparelho de som, retroprojetor, etc.
Aula de campo – com atividades dirigidas de acordo com a pesquisa; fazer a visita in loco,
sistematizando a observação, descrição, relatos, registro de informações;
Pesquisas bibliográficas, com a exposição de cartazes, orais, individuais e/ou grupos;
Aulas expositivas e orais, utilizando-se livros didáticos, textos de apoio.
AVALIAÇÃO
Na avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios
dos alunos e relaciona-los com as mudanças que ocorrem no processo de ensino e aprendizagem.
Para a efetivação da avaliação utilizaremos instrumentos que terão como alguns
pressupostos: procedimentos atitudinais, a aquisição de conteúdos conceituais, observando
pensamentos ou argumentos lógicos; coerentes e críticos.
A avaliação será diagnóstica, somativa, contínua e gradativa, contemplando as diferentes
práticas pedagógicas. A proposta avaliativa será bem clara para os alunos, ou seja, será esclarecido
previamente, como eles serão avaliados.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental – julho 2006.
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio- julho 2006.
Série Novo Ensino Médio - Lucia Marina e Tércio
Geografia – De olho no mundo do trabalho - Hélio Carlos Garcia e Tito Marcio Garavelho
Geografia Geral – O espaço natural e sócio-econômico - Marcos de Amorim Coelho e Lygia Terra
Paraná – Aspectos da Geografia - José Mauro Palhares
81
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
82
O histórico da disciplina tem como objetivo suscitar reflexões a respeito dos aspectos
políticos, econômicos, culturais, sociais, bem como das relações entre o ensino da disciplina com a
produção do conhecimento histórico, sem a pretensão de esgotar o tema.
A História, enquanto disciplina escolar, possibilita ampliar estudos sobre as problemáticas
contemporâneas, situando-se nas diversas temporalidades, redimensionando aspectos da vida em
sociedade e sobre o papel do indivíduo nas transformações do processo histórico. O objeto do
estudo da história são processos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem
como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas.
A finalidade da História é expressa no processo de produção do conhecimento humano sob a
forma da consciência histórica dos sujeitos voltada para a interpretação dos sentidos do pensar
histórico por meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento.
Os conteúdos estruturantes são saberes, conhecimentos considerados fundamentais para
compreensão de estudo da disciplina escolar.
Nesta proposta curricular, os conteúdos estruturantes de História do Ensino Fundamental e
do Ensino Médio ( Relações de Trabalho, Relações de Poder, Relações Culturais) aqui apresentados
em suas respectivas dimensões, articulações ou inter-relações, estão em consonância com os
fundamentos teóricos metodológicos da disciplina.
Nos dias atuais, pretende-se analisar também as principais características do currículo da
disciplina, suas permanências, mudanças, rupturas e a inserção da produção historiográfica nas
práticas escolares, a fim de definir diretrizes curriculares que orientam a organização do currículo
para o Ensino Fundamental e Médio na Rede Pública Estadual.
A História tem como objetivo de estudos os processos históricos relativos às ações e ás
relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas,
tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem
ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de
racionalizar, de representar, de imaginar, de instituir , portanto de se relacionar social, cultural e
politicamente através de:
Construir a identidade social, individual e com as gerações passadas;
Aprender o tempo histórico como instrução cultural;
Reconhecer e valorizar fontes documentais de natureza diversa;
Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos;
Identificar os diferentes tipos de duração temporais ou várias temporalidades
(acontecimentos breves, conjunturas e estruturais);
83
Extrair informações das diversas fontes documentais e interpretá-las;
Comparar problemáticas atuais e de outros tempos;
Redimensionar o presente em processos contínuos e nas relações que mantém com o
passado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
5ª série - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
6ª série - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
A relação entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
7ª série- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
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Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os Trabalhadores e as conquistas de direito.
8ª série- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
A constituição das instituições sociais.
A formação do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
Tema 1Trabalho escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
Tema 2Urbanização e industrialização.
Tema 3O estado e as relações de poder.
85
Tema 4Os sujeitos, as revoltas e as guerras.
Tema 5Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
Tema 6Cultura e religiosidade.
Os conteúdos estruturantes do Ensino Fundamental são conhecimentos considerados
fundamentais para a compreensão e organização de estudos da disciplina, deles derivam os
conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação ensino–aprendizagem.
É importante ressaltar que as dimensões da vida humana constituem enfoques significativos
para o conhecimento de História. O aluno deve ser estimulado a compreender fenômenos de amplo
efeito sobre diferentes recortes sincrônicos, diacrônicos, permanências e continuidades a partir de
movimentos de inter-relações, em que os conteúdos não sejam tomados de forma isolada.
Na disciplina de História do Ensino Fundamental a Cultura afro–brasileira, africana, História
do Paraná e Indígena será trabalhada construindo um novo olhar sobre a História nacional, regional
e local, ressaltando a contribuição dos africanos e afrodescendentes na constituição da nação
brasileira.Também serão abordadas as questões relativas a Educação do Campo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO
Relações de Trabalho.
Relações de Poder.
Relações Culturais.
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e a natureza ao
realizar as atividades de transformação de elementos da natureza, os homens se relacionam entre si.
Assim, o estudo de relações de trabalho no Ensino Médio deve contemplar diversos tipos de
fontes históricas, para que professores e alunos possam a partir de diferentes visões perceber a
História para além dos documentos oficiais.
A investigação sobre as relações de trabalho a partir de problemáticas do presente, tais
como: impactos ambientais, movimentos sociais e culturais, desemprego, desigualdade social,
fome, violência etc., e articuladores aos demais conteúdos estruturantes, permite aos alunos e
86
professores entender como as relações de trabalho foram construídas no decorrer do processo
histórico.
O estudo das relações de poder geralmente remete a idéia de poder político. Porém, as
relações de poder não se limitam somente à dimensão política, essas relações encontram-se também
na dimensão econômico–social e na dimensão cultural, ou seja, em todo corpo social.
O entendimento que as relações de poder são exercidas nas diversas instâncias sócio–
históricas, como o mundo do trabalho, as políticas pública e as diversas instituições, permite ao
aluno perceber que estas relações fazem parte de seu cotidiano.
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada sociedade e
relações entre elas. O processo histórico constituído na relação entre as diversas sociedades é o que
pode ser chamado de cultura comum.
O estudo das relações humanas do passado parte de problematizações feitas no presente, o
ambiente, as paisagens, os territórios, os caminhos, as conquistas territoriais, as migrações, etc.,
fazem parte do conhecimento histórico bem como da memória social de uma sociedade. O modo
como o espaço é apresentado pelos homens que vivem em um determinado local, a localização e a
relação entre os seres humanos e o ambiente constituem a categoria de análise, espaço que, junto
com a categoria de análise tempo, permite a delimitação de marcos históricos que são necessários
ao estudo de um tema.
Em todas as séries do ensino Médio, os conteúdos estruturantes permitem aos professores
desenvolverem seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas bem como
os que representam as demandas sociais estabelecidas em lei, tais como: a lei 10.639/09/2003, a
qual estabelece a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” bem como a lei
estadual 13.381/12/2001 a qual toma obrigatória a inclusão de conteúdos da história do Paraná.
Os conteúdos estruturantes estão organizados ao longo do curso do ensino médio e
evidenciam como seqüência dos conteúdos do Ensino Fundamental assumindo uma dimensão mais
ampla. Constituem um processo histórico, dinâmico, no qual a abordagem deve ser reelaborada
conforme o contexto histórico que os alunos estão inseridos.
METODOLOGIA
A metodologia proposta por esta diretriz curricular tem como base a utilização dos
conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os temas
selecionados pelos professores e devem estar assegurados no projeto Político Pedagógico da Escola.
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A Metodologia de História deve-se constituir do processo histórico das diversas sociedades
humanas, desde as comunidades primitivas e a sociedade atual globalizada.
Os conteúdos da disciplina de História serão desenvolvidos de forma que cada tema
trabalhado seja uma oportunidade oferecida aos alunos para possibilitar um aprendizado eficiente.
Caberá, ao problematizar o conteúdo propondo a produção do conhecimento, considerando
que a apropriação pelo aluno é processual, exigindo assim, constante retomada do mesmo.
Este encaminhamento metodológico terá que ir além do livro didático, buscando outros
referenciais que possam compreender o conteúdo tratado em sala de aula.
Para enriquecimento das aulas, o uso da biblioteca e dos materiais didáticos, tecnológicos
tais como: DVD, TV, CD, filmes, retroprojetores, computador, etc., é de fundamental importância,
sendo orientado pelo professor.
AVALIAÇÃO
Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de História neste currículo, objetiva-se
favorecer a busca da coerência entre a concepção da história defendida e as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve ser colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas.
Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório, autoritário, que
desvinculam a sua função da aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento
conforme as concepções pedagógicas definidas no projeto pedagógico da escola.
Propõe-se para o ensino de História uma avaliação formal, processual, continuada e
diagnóstica, considerando três aspectos importantes: (1) a apropriação de conceitos históricos; (2) o
aprendizado dos conteúdos estruturantes e, (3) específicos.
A avaliação deve possibilitar uma constante elaboração não só do conhecimento produzido,
mas da ação pedagógica como um todo.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental. Curitiba: Secretaria de
Estado da Educação e Superintendência da Educação, 2006.
______. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Curitiba: Secretaria de Estado da
Educação e Superintendência da Educação, 2006.
88
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A língua Portuguesa passou a fazer parte do currículo escolar a partir das ultimas décadas do
século XIX. Antes disso, nos primeiros tempos da colonização, houve confronto de culturas. Não
havia ainda instituições educacionais e sim práticas de alfabetização preocupadas com o social.
Percebia-se na época um ensino reprodutivo, imitativo, preocupado em incutir a fé e a obediência.
89
Tendo tornado-se disciplina, manteve-se elitista até 1967,quando houve a ampliação de
vagas e o aumento de alunos, oriundos de diferentes classes sociais.
Com essa abertura, surgiram novas necessidades, considerando as diferenças entre os
falantes e suas culturas, e consequentemente a adaptação à essas diferenças.
Na mesma época, houve o processo de industrialização que buscava uma educação voltada
para o trabalho. Sendo assim, mudam-se os rumos da educação e do ensino da Língua Portuguesa,
preocupando-se com o caráter utilitário.
Com a lei 5692/71, até os primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa
baseava-se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Devido à demanda, e ao curto prazo para o preparo do professor, adotou-se o livro didático
como ponto de apoio, e com ele a utilização de fragmentos de textos, questionários, preenchimento
de lacunas. Fatalmente o professor perde a sua autonomia e a responsabilidade pedagógica.
Na década de 90 criou-se o Currículo Básico, através do qual pretendia-se uma prática
pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo, no entanto, ainda havia problemas
que deveriam ser solucionados para uma educação de qualidade.
Por tudo isso, busca-se uma nova proposta e novos posicionamento baseados no contexto
onde se reconhece a linguagem como uma realidade social e histórica, como uma fato lingüístico do
qual o homem se serve para construir o seu mundo e a sua história.
Nessa perspectiva, o grande objetivo da Língua Portuguesa é a interação, a comunicação
com o outro dentro de um espaço social. É preciso basear-se nas práticas de oralidade, leitura e
escrita a partir do uso da língua em situação concretas de produção e reflexão.
Vale a pena lembrar que aprender a Língua não significa apenas aprender palavras, mas sim,
seus significados que são construídos no processo de interação. Portanto, está em contínua mudança
e aquele que a utiliza não é um ser passível, mas o sujeito da comunicação, tendo o discurso como
prática social.
Sendo assim, a disciplina deve contemplar conteúdos estruturantes que envolvam leitura,
oralidade e escrita. Buscando através da análise lingüística, o uso de uma linguagem mais flexível
capaz de cumprir sua função na comunicação.
Essa proposta curricular tem como principio educativo a perspectiva do campo, uma vez que
a prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores
construídos historicamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a
essa problemática, no sentido de explicações de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo
um conhecimento com base nas ciências, na história e na filosofia.
90
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
Oralidade: baseando-se em situações reais e tendo o aluno como sujeito do processo, lembrando-se
sempre de que a oralidade está presente em todos os momentos da vida do aluno, compete à escola
valorizar a fala como forma de expressão a as possibilidades de adequação de acordo com a
situação.
Leitura: é a produção de significados entre o leitor e texto. O leitor utiliza estratégias em seu
conhecimento lingüístico para construir o significado do texto. Através da leitura, o aluno viaja pra
o mundo imaginário, científico e informativo, experimentando meio diferentes de ampliar seu
mundo e sua visão, tendo como ponte a leitura de diferentes textos.
Escrita: através da leitura de diferentes textos, o aluno perceberá a diferença da estrutura e função
de cada um e terá maiores condições de produzir de acordo com o gênero do texto, percebendo a
utilidade aquilo que produz e a quem é dirigido.
Para que se produza com sucesso é preciso que haja um envolvimento do autor com aquilo que
ele escreve por meio da motivação, reflexão e revisão daquilo que fez.
Análise lingüística: dá-se através da leitura e produção de textos, momento em que o professor leva
o aluno a refletir sobre as diferentes possibilidades de ligação e construção de um texto, levando-o á
construção gradativa de um saber lingüístico mais elaborado. Dessa forma pensa-se a Língua
Portuguesa, durante o Ensino Fundamental, como um processo dinâmico e histórico onde o sujeito
se reconhece, compreende a realidade em que está inserido.
Gêneros textuais discursivos
Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de texto (informativo,
instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse, etc.)
Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo, ideologia, posição do autor,
contexto histórico, social, econômico, entre outros.
Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos lógico-discursivos,
tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo, interlocutor, idéia central, seqüência lógica,
progressão, retomada dos elementos coesivos, título como elemento coesivo entre outros.
Discurso direto e indireto;
91
Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.
Relações referenciais: Elipse, repetição, sinais de pontuação.
Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia, paragrafação, título,
legibilidade, aceitabilidade, entre outros. Ambigüidade como recurso de construção do texto.
Ambigüidade como problema de construção de texto.
Informações explícitas, implícitas e intertextualidade.
Relações entre imagem e texto
Análise lingüística decorrentes da pratica de leitura e escrita.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª série - CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOSPara to trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como
conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao
professor fazer a seleção de gêneros nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma
das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras da linguagem.
ESCRITA
92
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras da linguagem.
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª série - CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para to trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como
conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao
professor fazer a seleção de gêneros nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja em
93
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma
das séries.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Aceitabilidade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal e nominal
94
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos linguísticos: entonação, pausa, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica.
7ª série - CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para to trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como
conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao
professor fazer a seleção de gêneros nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma
das séries.
LEITURA
• Conteúdos temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
95
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica
• Operadores argumentativos;
• Ambiguidade;
• Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
• expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
• Conteúdos temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Concordância verbal e nominal
• Papel sintático estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• Semântica;
• Operadores argumentativos;
• Ambiguidade;
• Significado das palavras;
• Sentido conotativo e denotativo;
• Expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORABILIDADE
• Conteúdos temático;
• Finalidade;
96
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e Interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (léxicais, semânticas, prosódias entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetições;
• Elementos semânticos;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª série - CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para to trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como
conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao
professor fazer a seleção de gêneros nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma
das séries.
LEITURA
• Conteúdos temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
97
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica;
• Operadores argumentativos;
• Polissemia;
• Sentido conotativo e denotativo;
• expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
• Conteúdos temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito etc.;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
98
• Semântica;
• Operadores argumentativos;
• Modalizadores;
• Polissemia;
ORABILIDADE
• Conteúdos temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e Interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetições conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ENSINO MÉDIO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para to trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como
conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao
professor fazer a seleção de gêneros nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja em
conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma
das séries.
LEITURA
• Conteúdos temático;
99
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Progressão referencial no texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica;
• Operadores argumentativos;
• Modalizadores;
• Figuras de linguagem;
• Sentido conotativo e denotativo;
ESCRITA
• Conteúdos temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
100
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Progressão referencial no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica;
• Operadores argumentativos;
• Modalizadores;
• Figuras de linguagem;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito etc.;
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
ORABILIDADE
• Conteúdos temático;
• Finalidade;
• Intencionalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e Interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódias entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
101
LITERATURA - ENSINO MÉDIO
No que se refere ao trabalho com a literatura, há que se considerar a necessidade da escolhas
de métodos que orientarão o estudo de textos. O conhecimento de teorias literárias que o professor
possui precisa ser revisado e realimentado com freqüência para que se possa definir a mediada do
alcance da abordagem metodológicas.
A concepção sóciointeracionalista da linguagem pode-se destacar dos estudos de Bakhtin
sobre a literatura, a enunciação, o dialogismo e conceito de heterogiossia. A literatura não diz que
sabe alguma coisa, mas que sabe de alguma coisa, ou melhor: que ela sabe de algo das coisa; ou
melhor: que ela sabe algo das coisa – que sabe muito dos homens.
O trabalho com a literatura em sala de aula permite que o aluno perceba seu papel na
interação com o texto, uma vez que este carrega em si ideologias, mas somente a partir da visão de
mundo de quem o lê, em determinado tempo histórico, é possível estabelecer relações que venham
aceitar ou refutar os valores ali presentes.
Devem ser acrescidos os seguintes conteúdos de Literatura:
-Arte Literária e as outras artes História e literatura
-Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.
-Periodização e estilos de época da literatura brasileira. O Quinhentismo brasileiro (literatura de
informação, barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e Naturalismo, Parnasianismo,
Simbolismo, Vanguardas européias, Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-Modernismo.)
Serão inseridos ainda conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
através de analise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-brasileiros
como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam ganhar
amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e plurietnica, lei
11645/03/08 que integra a historia e Cultura Afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de ensino
fundamental e de ensino médio. Serão abordadas ainda, os conteúdos de Educação do Campo, tendo
em vista a locaqlização da escola. '
METODOLOGIA
O ensino de Língua portuguesa/Literatura, deve cumprir a natureza do ser humano, que
quando inicia uso da linguagem, tem sempre o outro na sua relação de uso. Considerando qualquer
produção de linguagem como se fosse uma estrutura autônoma, indiferente à ação humana, ou por
reproduzir a linguagem a esquema fechados, de captura e emissão de mensagem, não se possibilita
102
a realização do discurso que é a finalidade. Portanto, há de se buscar metodologias que valorizem a
interação:
Prática de leitura: a leitura deve der vista em função de uma concepção interacionista de
linguagem, segundo a qual, busca-se formar leitores na âmbito escolar (Bakhtin). O texto deve ser
entendido como um veículo de intervenção no mundo, ao mesmo tempo em que está articulado ao
modo de produção textual.
A leitura não pode ser feita apenas a partir do livro didático, mas deve propor uma infinidade
de textos que desenvolvam a subjetividade do aluno, considerando também a sua preferência ao
selecioná-lo.
Pratica da oralidade: sendo o nosso maior meio de comunicação, torna-se fundamental considerá-la
em seu aspecto formal e informal, valorizando a influência cultural.
Considerando a função da fala, é preciso trabalhar os aspectos argumentativos do discurso e
a capacidade de ouvir, pois ela sempre teve um espaço muito restrito nas aulas de língua
portuguesa. As diretrizes dão a ela a sua devida importância, o devido respeito ao aluno, a relação
dialógica, usando assim a sua variedade.
Prática da escrita: a escrita deve ser pensada e trabalhada em uma perspectiva discursiva que aborda
o texto como unidade potencializadora de sentidos, através da prática textual. Esta prática não deve
ser ligada apenas à norma padrão, pois a assimilação da escrita onde há reducionismo lingüístico,
autoritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno passou a não ser mais eficiente.
A escrita deve ser vista como uma atividade sociointeracional, pois da escrita cobra-se uma
continua adequação do nosso dizer ás circunstâncias de sua produção. Devemos então,
contextualizá-las, transformando numa atividade efetivamente geradora de sentidos.
Análise lingüística: tendo em vista que buscamos formar uma cidadão capaz de expressar
através da fala, escrita e leitura, torna-se importante ele entenda a estrutura e formação desses textos
que lhe servirão de apoio. Sendo assim, a análise lingüística contribui para a compreensão da
organização, unidade coerência e clareza dos diferentes tipos de texto.
Dessa forma, obtemos uma amadurecimento e exploramos novos caminhos. Daí a
importância de uma metodologia consistente para o conjunto das séries do Ensino Fundamental.
AVALIAÇÃO
A avaliação é o instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos. Precisa
ser contínua, pois o processo de aprendizagem dá-se a cada momento e faz-se necessário priorizar o
desenvolvimento do aluno e não um momento em destaque.
103
Há de se ter em mente que a avaliação serve para perceber os avanços e dificuldades do
aluno, portanto será usada principalmente como referência para o professor selecionar os conteúdos
e metodologia a serem utilizados, de acordo com o objetivo. Portanto é fundamental que se faça uso
de instrumentos variados para verificação do desempenho de acordo com o conteúdo proposto.
Numa avaliação diagnostica torna-se possível escolher o caminho a seguir.
Nessa perspectiva, adota-se uma avaliação formativa, que respeita o ritmo e processo de
aprendizagem de cada aluno, considerando as diferenças individuais.
A avaliação formativa considera a participação do aluno em atividades orais, de leitura e
escrita, focando os objetivos gerais.
Na oralidade busca-se um aluno que expresse suas opiniões em debates, discussões e
narrações, com clareza e adequação. Observando sempre, o seu interlocutor.
Quanto a leitura é preciso verificar se houve compreensão do texto lido e qual seu posicionamento
diante do tema.
Na escrita observa-se o caminho que o aluno percorreu e sua capacidade de rever o texto,
adequando a linguagem ao gênero.
Vale a pena lembrar que antes de avaliar o aluno, é preciso oferecer a ele condições de
produção que estejam cumprindo a função da linguagem e o seu uso.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a educação básica para a Rede Estadual de
Ensino.
Secretaria de Estado da Educação.
104
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A história da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações conseguiram
desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que
se conhece hoje. Como ciência, a matemática emergiu somente mais tarde na Grécia entre os
séculos VI e V a.C. Foi através dos pitagóricos, que ocorreram as preocupações sobre a importância
e o papel da matemática no ensino e na formação de pessoas. Embora o objeto de estudo da
Educação Matemática, ainda encontre-se em processo de construção, pode-se dizer que ele está
centrado na prática pedagógica da matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o
ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Outra finalidade apontada pelos autores “é
fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e
105
atitudes de natureza diversa, visando à formação integral do ser humano e, particularmente, do
cidadão, isto é, do homem público”. A concepção da Educação Matemática não pode ser tomada
por práticas autoritárias, sendo assim, o ensino da Matemática, assim como todo ensino, contribui
para as transformações sociais não apenas através da socialização do conteúdo matemático, mas
também através de uma dimensão política que é intrínseca a essa socialização. Trata-se da dimensão
política contida na própria relação entre o conteúdo matemático a forma de sua transmissão –
assimilação.
Pensar numa prática docente a partir da Educação Matemática, portanto, implica pensar na
sociedade em que vivemos, constituindo-se, assim, o ato de ensinar numa ação reflexiva e política.
Esta é a Educação Matemática proposta para estas Diretrizes Curriculares de Matemática. Este
campo de investigação prevê a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas
suas relações sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos, dentre eles o
matemático.
Construir o conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos
são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do
pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias e das tecnologias. Ensinar
matemática para que o aluno amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o
desenvolvimento da sociedade. Desenvolver o ensino da matemática como instrumento para a
compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de modificações
do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento técnico, o progresso do
discernimento político.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS:
PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL:
Série Conteúdo:
5ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Sistemas de Numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
106
- Potenciação e radiciação;
- Números Fracionários;
- Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema Monetário.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Dados, tabelas e gráficos;
- Porcentagem.
6ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Números Inteiros;
- Números racionais;
- Equação e Inequação do 1º grau;
- Razão e proporção;
- Regra de três.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Medidas de temperatura;
- Ângulos.
107
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometrias Não- Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Pesquisa Estatística;
- Média Aritmética;
- Moda e mediana;
- Juros simples.
7ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Números Irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Medida de comprimento;
- Medida de área;
- Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Gráfico e Informação;
- População e amostra.
108
8ª Série
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Números Reais;
- Propriedades dos radicais;
- Equação do 2º grau;
- Teorema de Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
- Trigonometria no Triângulo Retângulo;
FUNÇÕES:
- Noção intuitiva de Função Afim .
- Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria Não- Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Noções de Análise Combinatória;
- Noções de Probabilidade;
- Estatística;
- Juros Composto.
PROPOSTA DE CONTEÚDOS PARA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
ENSINO MÉDIO:
Conteúdos Estruturantes e Conteúdos Básicos:
109
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
- Números reais;
- Números complexos;
- Sistemas lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios.
- Equações e Inequações
Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
- Medidas de área;
- Medidas de Volume;
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
FUNÇÕES:
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Polinomial;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
GEOMETRIAS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
110
- Geometrias Não- Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:
- Analise Combinatória;
- Binômio de Newton;
- Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
Conteúdo Afro-brasileiro Lei nº 11645/03/08: Reflexão referente à cultura afro-brasileira,
com intuito de preparar uma construção de críticas construtivas, e apontar soluções para construção
de relacionamentos positivos em relação às diversidades. Especificamente montar gráficos e fazer
porcentagens referente pesquisas realizadas na própria escola.
Essa proposta curricular tem como principio educativo a perspectiva do campo, uma vez que
a prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores
construídos históricamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a
essa problemática, no sentido de explicações de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo
um conhecimento com base nas ciências, na história e na filosofia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquirido em séries anteriores ou de
forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos deverão
ser aprofundados e sistematizados, com objetivo de validá-los cientificamente, ampliando-os e
generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como
instrumentos de aprendizagem.
Desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir
como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as
diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e
técnicas. Objetivando uma formação científica geral, os procedimentos e estratégias a serem
desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na
aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da
própria ciência matemática.
111
Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica para resolução de
problemas, não somente pertinentes à ciência matemática, mas, como nas demais ciências que, em
determinados momentos, fazem uso da matemática.
Possibilitar aos estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e
formulação de idéias. Aulas expositivas, pesquisas extra-classe, trabalho em grupo, aula-prática.
Utilização de material concreto.
Recursos Tecnológicos: vídeo, Dvds, TV, retro-projetor, computador, internet, etc.
Os conteúdos propostos nestas diretrizes devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, como:
-Resolução de problemas;
-Modelagem matemática;
-Uso de mídias tecnológicas;
-Etnomatemática;
-História da Matemática;
-Investigações matemáticas.
AVALIAÇÃO
Propor atividades em sala de aula, sempre insistir com os alunos para que explicitem os
procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar oralmente ou por escrito as suas
afirmações, quando estiverem tratando algoritmos, resolvendo problemas, entre outras. A avaliação
deve ser continua, diagnóstica, cumulativa, participativa e somativa.
Encaminhamentos diversos como trabalho extraclasse, pesquisas, tarefas, prova escrita
atividades em grupo bem como a observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividade,
isto é, buscar diversos métodos avaliativos, incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador
e calculadora.
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de
modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática. Assim, será
então possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para basearem-
se numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
112
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio, versão preliminar –
2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Ao longo da história da humanidade, a preocupação com a descrição dos seres vivos e dos
fenômenos naturais levou o homem a diferentes concepções sobre o que é VIDA.
Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos
diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas, foram sendo registradas
nas pinturas rupestres dentro das cavernas.
Sendo assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio
não implicam o resultado de apreensão contemplativa da natureza em si, mas evidenciam o esforço
de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
113
Na Idade Média, sob a influência do cristianismo, a Igreja tornou-se uma instituição
poderosa, o conhecimento do universo foi associado a Deus, institucionalizando o dogmatismo
teocêntrico, porém, mesmo sob a influência da Igreja, dentro das universidades medievais
compostas no séc. XII, as divergências relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciaram
mudanças de pensamento dos que não se enquadravam à escolástica; ao romper à visão teocêntrica,
a explicação para os fenômenos naturais passou a ter uma nova trajetória na história da humanidade.
O período entre Idade Média e Idade Moderna foi marcado por mudanças significativas em
diversos segmentos, como por exemplo, a navegação, a ampliação favorável de trocas de
mercadorias, o que propiciou a abertura de novos caminhos para as revoluções industriais do séc.
XVIII.
Já no período da Renascença, surgiram novas contribuições para o ensino da Biologia, Carl
von Linné, fundador do sistema moderno de classificação cientifica, em sua obra Systema
Naturae(1735), propôs a organização dos seres vivos a partir de características estruturais,
anatômicas e comportamentais, mantendo a visão de mundo estático idêntico, mantendo o principio
da criação divina, o ser perfeito.
Sob a influencia do pensamento positivista, reafirmou-se o pensamento mecanicista, que
compreende que, para entender o funcionamento da Vida, a Biologia precisou fracionar os seres
vivos em partes cada vez mais especializadas e menores, para entender as relações e causa, efeito e
funcionamento de cada uma delas.
No final do séc. XVIII e inicio do séc.XIX, a imutabilidade da VIDA foi questionada com as
evidências do processo evolutivo dos seres vivos, estudos sobre a mutação dos seres vivos foram
apresentadas por Monet e Erasmus Darwin.
Lamarck, outro naturalista da época, adepto da teoria da geração espontânea, criou o
conceito de sistema evolutivo em constante mudança.
Já no início do séc. XIX, o também naturalista britânico Charles Darwin, apresentou suas idéias
sobre a evolução das espécies, quando se afirmou que todos os seres vivos atuais e do passado
tiveram origem evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural
sobre a ação individual, criou-se a base para a Teoria da evolução das espécies, assentada no ponto
de integração entre pensamento científico e filosófico.
Para consolidar suas teorias, Darwin demonstrou evidências evolutivas, as quais foram consideradas
provas e suporte de suas concepções: registro de fósseis, distribuição geográfica das espécies,
anatomia e embriologia comparadas e a modificação de organismos domesticados.
A partir dessas provas, ele foi um dos primeiros a aplicar o que hoje é conhecido como
Método hipotético-dedutivo.
114
As leis que regulam a hereditariedade, tal como foi proposto por Mendel, eram
desconhecidas de Darwin. Na época, o modelo usado para explicar a hereditariedade defendia a
herança por misturas, das quais patrimônios heterogêneos dariam origem à homogeneidade entre
indivíduos.
Em 1865, Mendel apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de características entre os
seres vivos. Ainda não se conheciam os mecanismos de divisão celular e de transmissão de
caracteres hereditários, mas Mendel realizou diversos cruzamentos entre ervilhas para observar
como as características eram transmitidas.
Destaca-se também que a Biologia fez grandes progressos no séc. XIX, com a proposição da
Teoria celular, onde vários cientistas e botânicos, afirmavam que todas as coisas vivas, eram
compostas por células, com aperfeiçoamento dos estudos sobre a origem da vida.
No séc. XX, a nova geração de geneticistas confirmou os trabalhos de Mendel e provocou
uma revolução conceitual em Biologia, tal concepção contribuiu para a construção de um modelo
explicativo dos mecanismos evolutivos, vinculados ao material genético, o que marcou a influência
do pensamento biológico evolutivo.
Na década de 1930, os currículos escolares ampliaram a abordagem dos conhecimentos
biológicos, pois fatores sociais e econômicos passaram a ser considerados, entretanto, a ênfase no
conteúdo se manteve sob um ensino de natureza descritivo, livresco e memorístico.
Já na década de 1950, os alunos estudavam os vários grupos de organismo separadamente e
as suas relações filogenéticas, e as aulas práticas tinham como meta ilustrar as aulas teóricas.
A tradicional divisão em botânica e zoologia passou do estudo sistemático das diferenças
dos seres vivos para a análise dos fenômenos comuns entre eles, incluindo assuntos sobre
constituição molecular, ecologia, genética e evolução.
Decorrentes das pesquisas nessas áreas destacaram-se, nesse período, a importância ao
método científico e a preocupação com a Formação do Cidadão.
O sistema de ensino brasileiro sofreu mudanças significativas com a promulgação da LDB
(5692/71), que fixava Diretrizes e Bases da Educação. Essa lei trazia alterações que continham os
aspectos liberais constantes na lei anterior e estabelece um ensino tecnicista para atender ao regime
vigente do estado.
Em 1980, os conteúdos de biologia eram aprendidos com base na observação, a partir da
qual poderiam ser explicados por raciocínio lógicos comprovados pela experimentação. Surgiu
então no Brasil um movimento pedagógico que reconheceria como fonte de inspiração a análise do
processo de produção do conhecimento na Ciência.
115
Na década de 1990, surgiu outro campo de pesquisa, o da mudança conceitual, os estudos
buscavam compreender explicações previamente existentes, com análises do empreendimento do
individuo no processo de mudança para uma explicação científica.
Apesar da tentativa de superar o ensino tradicional e tecnicista com a pedagogia histórico-
crítica, tal proposta apresentava uma visão de totalidade caracterizando “conteudista” os
conhecimentos de Biologia.
Em 1998, foram promulgadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio,
para normatizar a LDB. O ensino passou a ser organizado por áreas de conhecimento, ficando a
Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), apontaram como objeto de estudo na
disciplina de biologia o fenômeno VIDA, em sua diversidade de manifestações, eles apresentaram
propostas inovadoras de avanços teóricos e metodológicos, numa tentativa de romper as concepções
teóricas anteriores, mas na verdade promoveram um esvaziamento dos conteúdos formais, com a
presença de temas geradores e criação de subsistemas, em que valores, conhecimentos e
capacidades, estariam continuamente em transformação, orientados por uma sociedade aberta,
controlada pela competência individual.
Nas últimas décadas as mudanças estão ocorrendo de forma muito rápida, vivemos num
mundo em contínua transformação, não só tecnológica, como também social, cada vez mais, a
sociedade vai ter que opinar sobre problemas éticos referentes a organismos geneticamente
modificados, bebês de proveta, mães de aluguel e etc. O ensino de Biologia para o ensino médio
deve preparar os adolescentes na sua maioria para uma vida adulta, onde mais importante do que
apresentar grande quantidade de conceitos, é fornecer aos jovens maneiras de buscar informações,
estimulá-los a questionar e propor soluções em diversos aspectos sócio-biológicos.
Em suma o maior objetivo do Ensino de Biologia hoje, é que os jovens “aprendam a
aprender”, isto é, saibam procurar respostas de que precisem, há uma necessidade de que a escola
repense seu papel, de conteudista e acadêmica, dando uma atenção real à necessidade do indivíduo,
preparando-o para a vida, para o mercado de trabalho e para a cidadania.
Para que tudo isso se efetive, faz-se necessário que o ensino de Biologia seja ágil e
instigante, devendo fomentar a análise crítica e estimular o posicionamento consciente dos alunos
diante de situações no seu cotidiano; espera-se que os alunos adquiram uma visão crítica do que lhe
é proposto e apresente o conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem
atemporal.
Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico,
116
Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles têm origem nos
modelos construídos a partir da investigação da Natureza.
Propiciar o acesso ao conhecimento da história da Biologia, associando os conhecimentos
científicos com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que originaram sua construção.
Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção científica não
deve ser entendida como uma verdade absoluta.
Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as questões
sociais e ambientais.
Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com obstáculos
conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais.
Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da
aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados para
estabelecer relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens
anteriores e o que aprende de novo.
Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais; superando a construção fragmentada do conhecimento.
Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa
científica que envolva a manipulação genética.
Para que se efetive a valorização da cultura dos povos do Campo na escola, é necessário
repensar a organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos específicos a serem trabalhados,
as experiências a serem apresentadas pelos professores, sinalizando que esta reorganização pode ser
articulatória, sistematizando os conteúdos de Biologia com a realidade do Homem do Campo.
Os saberes escolares localiza-se em dois planos: os saberes da experiência trazida pelos
alunos com os saberes da experiência trazida pelos professores, somados aos específicos de cada
área do conhecimento.
Elencar temas centrais para a prática pedagógica escolar da Escola de Campo, pode ser um
caminho para articular os conhecimentos específicos das áreas. Por exemplo: Meio Ambiente,
Trabalho na terra, Alimentação, Saúde podem ser temas de projetos escolares, porem a essência do
trabalho estará na articulação a ser feita entre as áreas do conhecimento científico. O envolvimento
de professores, equipe pedagógica, alunos e comunidade rural é um dos caminhos para a realização
da participação social e garantira da qualidade de aproximação disciplinar.
117
Cabe à escola valorizar as indagações feitas pelos alunos da Escola de Campo e seu
aprofundamento, para que ocorram apropriação e produção de novos conhecimentos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECIIFICOS DO ESINO DE BIOLOGIA
Nestas DCEs, valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos biológicos articulados a
cultura cientifica, socialmente valorizada. A formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico,
portanto, consolida-se por meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de
superar concepções pedagógicas anteriores, aos mesmo tempo em que compartilha com os alunos a
afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão do fenômeno
Vida.
Organização dos Seres Vivos; (a classificação dos seres vivos é uma tentativa de
compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas ou
não; atualmente adota-se o sistema dos cinco reinos, baseados na proposta de Whittaker).
Mecanismos Biológicos; (para compreender o funcionamento das estruturas que compõem
os seres vivos, fez-se necessário, ao longo da construção do pensamento biológico, pensar o
organismo de forma fragmentada, permitindo análises especializadas de cada função biológica, sob
uma visão microscópica do mundo natural).
Biodiversidade; (pretende-se discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem
modificações, mutações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas,
garantindo a diversidade dos seres vivos, destacando o pensamento biológico evolutivo).
Implicações dos Avanços Biológicos no fenômeno VIDA; (poderão ser estudados os avanços
tecnológicos da genética molecular, as biotecnologias aplicadas e aspectos bioéticos dos avanços
biotecnológicos, como fertilização in vitro e células-tronco, clonagem, eutanásia, transgênicos,
entre outros temas).
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Compreender o fenômeno da Vida e sua complexidade de relações, na disciplina de
Biologia, significa analisar uma Ciência em transformação, cujo caráter provisório permite a
reavaliação dos seus resultados e possibilita mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento
histórico, social, político, econômico e cultural.
O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deverá ocorrer de forma integrada, à medida
que se discute um conteúdo específico do conteúdo estruturante, biodiversidade, por exemplo,
118
requer conhecimentos sobre os mecanismos biológicos e organização dos seres vivos, para
compreender melhor porque determinados fenômenos acontecem e como a Vida se organiza na
Terra para tais implicações dos avanços biológicos decorrentes.
Como recurso metodológico, é recomendável diagnosticar primeiro as idéias dos alunos,
favorecendo debates em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a formação de um
sujeito investigativo, interessado, que busca conhecer e compreender a realidade.
Para que aconteça a efetivação do processo pedagógico com os conteúdos específicos de
Biologia em sala de aula, faz-se necessário:
a prática social, que se caracteriza como ponto de partida cujo objetivo é perceber e denotar, às
concepções alternativas do aluno a partir de uma visão sincrética, desorganizada, de senso comum a
respeito do conteúdo a ser trabalhado;
a problematização do assunto, implica no momento para detectar e apontar as questões a serem
resolvidas na prática social e, por conseqüência, estabelecer que conhecimentos são necessários
para a resolução destas questões e as exigências sociais de aplicação do conhecimento;
a instrumentalização, consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para que os alunos
assimilem e os transforme em instrumento de construção pessoal e profissional;
a catarse seja a fase de aproximação entre o conhecimento adquirido pelo aluno e o problema em
questão. A partir da apropriação dos instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de
transformação social, o aluno passa a entender e elaborar novas estruturas de conhecimento, ou seja,
passa da ação para a conscientização.
O retorno à prática social, se caracteriza pela apropriação do saber concreto e pensado para
atuar e transformar as relações de produção que impedem a construção de uma sociedade
igualitária. A visão sincrética apresentada pelo aluno no inicio do processo passa de um estágio de
menor compreensão do conhecimento para uma fase de maior clareza e compreensão.
AVALIAÇÃO:
Conceber e considerar a avaliação em Biologia um instrumento de aprendizagem, que
permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos. Ao considerar o
professor co-responsável pelos resultados que os alunos obtiverem o foco da pergunta muda,
devemos ampliar o conceito e a prática da avaliação ao conjunto de saberes, destrezas e atitudes que
contemplem a aprendizagem de conceitos biológicos e que superem sua habitual limitação a
rememoração de conteúdos conceituais.
119
É preciso compreender a avaliação como prática emancipatória, desse modo, na disciplina
de Biologia, avaliar implica num processo cuja a finalidade é obter informações necessárias sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de
aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento analítico prevê um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professores e alunos se tornem
observadores dos avanços e das dificuldades encontradas, a fim de superarem os obstáculos
existentes.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Biologia
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Química está ligada intimamente a todo o desenvolvimento das civilizações, a partir das
primeiras necessidades do homem pré-histórico, tais como: necessidades de sobrevivência, de
comunicação, de desenvolvimento de técnicas de domínio de fogo, etc. Também não se pode falar
da história da Química sem se reportar a fatos políticos, religiosos e sociais.
O poder, representado pela riqueza, e a cura de todas as doenças, sinônimo de vida eterna,
são buscas incessantes da humanidade. Sendo assim, as primeiras citações acerca da Química são
provenientes da alquimia, que buscava o elixir da vida eterna e a pedra filosofal. O século XIX foi o
120
período no qual a ciência se consolidou e passou a definir as marcas na caminhada da humanidade.
A s primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a Química no Brasil, surgiram
também neste século, provenientes das transformações de ordem política e econômica que ocorriam
na Europa. Muito embora existam, atualmente, formas distintas de conceber o ensino de Ciências e
de Química, a pedagogia sócio-histórica já é um referencial teórico na prática de alguns professores.
Qual seria a concepção de ensino de Química que romperia com as abordagens tradicionais do
objeto de estudo da disciplina? Chassot, propõe "alternativas para um ensino com utilidade onde se
busca mostrar uma educação, através da Química, que: contribua para alfabetização científica do
cidadão e da cidadã; faça a migração do esoterismo ao exoterismo e, assim, facilite a leitura do
mundo". (CHASSOT, 1995, p. 151).
Acredita-se, pois, que o ensino de Química que leva à alfabetização científica do sujeito
deve estar centrado na inter-relação de dois componentes básicos: conhecimento químico e o
contexto social, possibilitando o entendimento do mundo sua interação com ele, enfatizando o
histórico da Química, contextualizando a Química no meio ambiente e no desenvolvimento
agrícola, enfim, reconhecer o papel da Química em todo o processo de desenvolvimento das
civilizações a partir das primeiras necessidades humanas, como processo produtivo industrial, rural,
ambiental e com o desenvolvimento científico, tecnológico e os aspectos sócio- político- culturais,
dentro dos limites éticos e morais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
CONTEÚDOS BÁSICOS:
MATÉRIA
SOLUÇÃO
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
EQUILÍBRIO QUÍMICO
LIGAÇÃO QUÍMICA
REAÇÕES QUÍMICAS
FUNÇÕES QUÍMICAS
RADIOATIVIDADE
ÓXIDO-REDUÇÃO
121
GASES
Conteúdo referentes a Cultura Afro-brasileiroa, Africana e Indígena Lei nº 11645/03/08 :
Estudo das característica biológicas (biotipo dos diversos povos); bem como as contribuições dos
povos africanos de seus ascendentes para os avanços da Ciência e da tecnologia.
Essa proposta curricular tem como princípio educativo a perspectiva do campo, uma vez que
a prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores
construídos historicamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a
essa problemática, no sentido de explicações de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo
um conhecimento com base nas ciências, na história e na filosofia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Implementar uma relação dialógica em sala de aula expressa em oportunidades pelas quais
as múltiplas formas de pensar e as pré-concepções dos alunos entrem em contato umas com as
outras, vinculando o cotidiano do aluno ao conhecimento cientifico, valorizando os conhecimentos
de cada aluno, quer seja adquirido em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e
experiências provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados, com
objetivo de validá-los cientificamente, ampliando-os e generalizando-os. Sendo assim, quando a
abordagem for do conteúdo estruturante Biogeoquímica, dialogar com a atmosfera, hidrosfera e
litosfera; na abordagem do conteúdo estruturante Química Sintética, o foco é a produção de novos
materiais e com o conteúdo estruturante Matéria e sua natureza relacionar o comportamento
macroscópico e microscópico da matéria. Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química
Sintética, a sistematização dos conceitos acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental, representacional e experimental dos conteúdos químicos. Para o conteúdo estruturante
matéria e sua natureza, a abordagem representacional explorando as fórmulas químicas e modelos
amplamente. Enfatizando também a utilização de modelos para explicar comportamentos
microscópicos e experimentação para compreensão dos fenômenos químicos. Os trabalhos poderão
ser desenvolvidos através de aulas expositivas e práticas, pesquisas extra-classe, palestras
relacionadas às atividades químicas desenvolvidas na região, videoconferências, seminários, etc. A
tecnologia digital foi um avanço no processo de aprimoramento da prática pedagógica. A
implantação de laboratório de química e informática, bem como os programas educativos vistos via
satélite e via internet a partir dos conteúdos pedagógicos, serão utilizados na prática docente.
AVALIAÇÃO:
122
A avaliação deve ser continua, diagnóstica, cumulativa, participativa e somativa, podendo o
professor utilizar-se dos seguintes instrumentos: leitura e interpretação de textos, produção de
textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em
laboratório, avaliação escrita e oral, apresentação de seminários, conferências, simpósios, etc.
Esse processo deve ser desenvolvido de acordo com o contexto escolar e com o Projeto
Político Pedagógico da Escola.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio 2008.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Sociologia, ciência marcada pela análise e eventuais intervenções na realidade social, os
métodos específicos da disciplina não impedem que discordâncias apaixonadas sobre o que é, e o
que deve ser a realidade, aflorem no debate científico.
Induzida como disciplina oficial nos cursos secundários no início do período republicano foi
excluídas no início do séc. XX, e no decorrer deste, ora foi implantada, ora retirada.
Retornando, a Sociologia no presente tem o papel histórico que vai muito além da leitura e
explicações teóricas da sociedade. Sendo assim tem por Objetivos:
123
Levar o aluno a compreender as diferenças formas de organização social e os processo,
indissociados das situações econômicas, políticas e culturais de cada sociedade no tempo e no
espaço.
Contribuir para o desenvolvimento da argumentação do aluno, estimulando o senso crítico
cor meio de questionamento concernentes à realidade social, cooperando para a sua constituição
como sujeito da história e, conseqüentemente, para o exercício da cidadania ativa.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA
A inserção da Lei 11.645 que dispões sobre a Cultura afro–brasileira e Africana e Indígena
nas Diretrizes Curriculares Nacionais, faz-se necessário para conhecer a situação desses povos que
aqui vivem e aprender a valorizá-los é para que isso aconteça é preciso trabalhar desde as suas
origens até a situação atual. Este tipo de abordagem leva os alunos a entenderem a complexidade
das origens da população brasileira como uma confluência de heranças que se preservam,vencendo
políticas explícitas de homogeneização cultural havidas no passado, resistindo, recolocando-se,
recriando-se, ativas em diferentes momentos da história.
A existência de cultura, tecnologia e modos de vida própria desses povos são pontos
ainda obscuros na história do Brasil, que está para ser contada: a história dos negros e dos índios.
Como até então, essas questões passaram em branco no ensino tradicional de História do Brasil e
nos livros didáticos, agora, justifica-se um tratamento à parte, propondo uma visão ampla sobre a
trajetória dessas culturas e etnias, como forma de resgatar a dignidade desses povos que também são
partes integrantes e essenciais da nossa própria história.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
O compromisso com a formação do cidadão ativo faz com que a escolarização assuma
alguns princípios básicos que, tradicionalmente não era da sua área, até mesmo era tabu falar sobre
determinados assuntos, sexo, por exemplo, só de maneira conceitual, técnica, pois quem devia falar
sobre isso era a família; hoje, já não é possível ficar alheia à medida que a gravidez na adolescência
aumenta a cada ano – observada na própria escola –, a violência, as drogas já chegaram à escola, e
em vista disso, abordagens sobre indisciplina, meio ambiente, drogadição, saúde, ética entre outros
devem ser discutidos à luz da realidade, pois os temas sugeridos são fundamentais tanto para a
própria formação do aluno quanto para a sua atuação de modo crítico na sociedade, constituindo-
se, pois, de conhecimentos sociais relevantes e presentes no seu dia-a-dia.
124
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
1. O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais
3.Cultura e Indústria Cultural
4.Trabalho, Produção e Classes Sociais
5. Poder, Política e Ideologia
6. Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
ESPECÍFICOS
Processo de Socialização;
Grupos sociais;
Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
Instituições de Ressocialização: prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.;
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes
sociedades;
Diversidade cultural;
Identidade;
Indústria cultural;
Meios de comunicação de massa;
Sociedade de consumo;
Indústria cultural no Brasil;
Preconceito;
Questões de gênero;
Cultura afro-brasileira e africana;
Cultura indígena.
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
Trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização;
Relações de trabalho;
Neoliberalismo;
Trabalho no Brasil;
125
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos: civis, políticos e sociais;
Direitos Humanos;
Conceito de cidadania;
Conceito de Movimentos Sociais;
Movimentos Sociais urbanos e rurais;
Movimentos Sociais no Brasil;
Movimentos ambientalistas;
ONG's;
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Em Sociologia devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de
diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e
obras literárias.
Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão
de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização
de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem
o a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Em Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira
que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão
e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a
articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e
contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem
constantemente entre si e permitir também que o conhecimento sociológico dialogue com os
conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
126
AVALIAÇÃO
O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;
Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;
Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da sociedade e dos
indivíduos.
Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para capacidade de análise e
crítica da realidade social que os cerca.
Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a diversidade de
interesses existentes na sociedade.
BIBLIOGRAFIA
LORENSETTI, E. et all. Sociologia. Curitiba: SEED-pr, 2006.
TOMAZZI, Nelson (org. Iniciação à Sociologia.
Livro Didático Público.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA -LEM –INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APRESENTAÇÃO GERAL DISCIPLINA
O boom da língua estrangeira (LE), no caso o idioma inglês, tem sua origem na
dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos a partir da Segunda Guerra
Mundial. Na década de 190, professores universitários, militares, cientistas, artistas, imbuídos por
missões norte-americanas, vieram para o Brasil e, com eles, a produção cultural daquele país. Dessa
forma, falar inglês passou a um anseio das populações urbanas, de modo que o ensino dessa língua
ganhou cada vez espaço no currículo, desbancando o francês, que até predominava. De mesma
127
maneira que o inglês está subordinado ao “imperialismo” americano, o nosso “ francês” estava
subordinado à cultura francesa desde os tempos imperiais.
Observa-se, por outro lado, desde a década de 1950, o sistema educacional brasileiro viu-se
responsável pela formação de seus alunos para o mundo do trabalho. Essa mudança nos rumos da
educação gerou uma crise que se intensificou nas décadas seguintes, exigindo a ampliação da rede
escolar. Diante das exigências do mercado, o ensino de humanidades foi substituído,
paulatinamente, por um currículo cada vez mais técnico, o que dez diminuir a carga horária das
LEs.
A 1ª Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n. 4.024, promulgada em 1961, criou os
Conselhos Estaduais, estes decidiriam acerca da inclusão ou não da LE nos currículos. Outra
medida foi a sua retirada na modalidade colegial.
A 2 ª Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n. 5.692 de 1971, desobrigava a inclusão
de LE nos currículos de 1º e 2º Graus.
Em 1976, o ensino de LE voltou a ser valorizado, quando a disciplina se tornou novamente
obrigatória, somente no 2º Grau. Entretanto, não perdeu o caráter de recomendação para o 1º Grau,
se a escola tivesse condições de oferecê-las. Isso fez muitas escolas excluírem ou reduzirem para
uma hora semanal, por apenas um ano, com um único idioma.
O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas não passou despercebido da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), quando, a partir de 1982, incluiu no vestibular as línguas
espanholas, italiana e alemã.
Em 1986, o Estado do Paraná criou, oficialmente, os Centros de Línguas Estrangeiras
Modernas (Celem), como forma de valorizar a diversidade étnica que marca a história paranaense.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) n. 9.394 de 1996, determinou a oferta
obrigatória de pelo menos uma LE moderna no Ensino Fundamental, a partir da 5ª série, cuja
escolha foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento (Art. 26, §
5º).
Para o Ensino Médio, a lei determina ainda que seja incluída uma língua estrangeira
moderna como disciplina obrigatória, e uma segunda optativa, escolhida pela comunidade.
Como resultado de um processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul, foi criada a lei
n.11.161, que tornou obrigatória a oferta de língua espanhola nos estabelecimentos de Ensino
Médio, com o objetivo de atender interesses políticos-econômicos para melhorar as relações
comerciais do Brasil com países de língua espanhola.
128
A oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula facultativa para o aluno.
Por sua vez, os estabelecimentos de ensino têm cinco anos, a partir da data da publicação da lei,
para implementá-la.
Ao contextualizar o ensino da LE, pretendeu-se, problematizar as questões que envolvem o
ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os aspectos que o têm marcado, sejam eles políticos,
econômicos, sociais, culturais e educacionais. A partir dessa análise, serão apresentados, a seguir,
os fundamentos teórico-metodológicos que orientarão o ensino de LE na Rede Pública Estadual.
CULTURA AFRO–BRASILEIRA E AFRICANA E INDÍGENA
A inserção da Lei 11.645 que dispões sobre a Cultura afro–brasileira e Africana e Indígena
nas Diretrizes Curriculares Nacionais, faz-se necessário para conhecer a situação desses povos que
aqui vivem e aprender a valoriza-los é para que isso aconteça é preciso trabalhar desde as suas
origens até a situação atual. Este tipo de abordagem leva os alunos a entenderem a complexidade
das origens da população brasileira como uma confluência de heranças que se preservam,vencendo
políticas explícitas de homogeneização cultural havidas no passado, resistindo, recolocando-se,
recriando-se, ativas em diferentes momentos da história.
A existência de cultura, tecnologia e modos de vida própria desses povos são pontos ainda
obscuros na história do Brasil, que está para ser contada: a história dos negros e dos índios. Como
até então, essas questões passaram em branco no ensino tradicional de História do Brasil e nos
livros didáticos, agora, justifica-se um tratamento à parte, propondo uma visão ampla sobre a
trajetória dessas culturas e etnias, como forma de resgatar a dignidade desses povos que também são
partes integrantes e essenciais da nossa própria história. Os objetivos da disciplina são:
Demonstrar capacidade de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita.
Aplicar, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas.
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social.
Reconhecer a relevância papel das línguas na sociedade.
Apreciar a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento
cultural do país.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E DO ENSINO MÉDIO
129
PROPOSTA DE CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE INGLÊS NO ENSINO
FUNDAMENTAL
5ª Série. Conteúdos estruturantesDiscurso como prática socialConteúdos básicosI. Leitura
Identificação do tema, do argumento principal.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.II . Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.III. Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas.
Clareza de idéias.
IV. Análise Lingüística
Coesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, substantivos,
preposições,verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Acentuação.
( espanhol).
Vocabulário.V. Sugestões de gêneros discursivos para a 5ª série.
História em quadrinhos, piadas, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de TV, diário,
quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de compras,
avisos, música, etc.
6ª Série. Conteúdos estruturantesDiscurso como prática socialConteúdos básicosI. Leitura
Identificação do tema, do argumento principal.
130
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
Linguagem não verbal.
II. Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.
III. Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas.
Clareza de idéias.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.IV. Análise Lingüística
Coesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, advérbios,
preposições, verbos, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, concordância verbal e
nominal e outras categorias como elementos do texto.
Acentuação.
(espanhol)
Vocabulário.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.V. Sugestões de gêneros para a 6ª série.
Entrevista, notícia, música, tiras,textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário,
cartoon, narrativa, música, etc.
7ª série.Conteúdo estruturante
Discurso como prática social
Conteúdos básicos.
I. Leitura
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.
Linguagem não- verbal.
131
II. Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em diferentes países.
IV. Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas.
Clareza de idéias.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.V. Análise Lingüística
Coesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos,
preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas,substantivos, substantivos
contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como
elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
Acentuação.
(espanhol) Sugestões de Gêneros discursivos para a 7ª série.
Reportagem, slogan,sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog, etc.
8ª série: Conteúdos estruturantesDiscurso como prática socialConteúdos básicosI. Leitura
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.
Linguagem não-verbal.
Realização de leitura não linear dos diversos textos.II. Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em países diversos.
132
Finalidade do texto oral.
Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.
III. Escrita
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas.
Paragrafação.
Clareza de idéias.
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.IV. Análise Lingüística
Coesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios, locuções
adverbiais, palavras interrogativas,substantivos, su-bstantivos contáveis e incontáveis, question
tags, falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como elementos do texto.
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
Vocabulário.
Acentuação. (espanhol)
V. Sugestões de gêneros discursivos para a 8ª série.
Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges,
entrevistas,depoimentos, narrativa, imagens,etc.
PROPOSTA DE CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE INGLÊS NO ENSINO
MÉDIO
ENSINO MÉDIOConteúdo estruturanteDiscurso como prática socialConteúdos básicosI . Leitura
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade
e intertextualidade do texto.
Linguagem não- verbal.
As particularidades do texto em registro formal e informal.
Finalidades do texto.
Estética do texto literário.
133
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
II. Oralidade
Variedades lingüísticas.
Intencionalidade do texto.
Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.
Finalidade do texto oral.
Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.
III. Escrita
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas.
Paragrafação.
Clareza de idéias.IV. Análise Lingüística
Coesão e coerência.
Função dos pronomes, artigos,adjetivos, numerais preposições, advérbios, locuções adverbiais,
conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos,
substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, vozes verbais,
verbos modais, concordância verbal e nominal, orações
outras categorias como elementos do texto.
Acentuação. ( espanhol)
Vocabulário.
condicionais, phrasal verbs e
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
V. Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio.
Crônica, lendas, contos, poemas,fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas,
cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra, piadas, debates, folhetos, horóscopo,
134
provérbios, charges, tiras,etc.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Pretende-se trabalhar a partir de textos de diferentes gêneros que permitam ampliar o
domínio da língua. Assim como o estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir de gêneros
selecionados para leitura ou escrita de textos produzidos pelos alunos, com discussão sobre o tema
a ser produzido.
A utilização de materiais diversos como fotos, gráficos, quadrinhos entre outros, serão
também considerados a para interpretação de textos, incluindo ainda, seleção de discursos de outros
como: entrevista, cenas de desenhos, reportagem.
Na oralidade utilizar-se-á estratégias da dramatização de pequenos diálogos.
Recursos como DVDs, CD- ROMs, Internet , trabalhos no pen drive entre outros serão utilizados
sempre que o contexto exigir.
AVALIAÇÃO
O objetivo da avaliação para Língua Estrangeira deve considerar os aspectos gradativo pelo
qual o aluno domina o conteúdo da língua e não deve ter com foco a leitura e a escrita, mas também
a oralidade deve ser avaliada progressivamente, devendo-se considerar a participação individual do
aluno, a sua exposição de idéias, de modo claro, a fluência de sua fala, a participação organizada, o
seu desembaraço, as suas contribuições e principalmente a consistência argumentativa de sua fala.
O que é relevante é não perder de vista a função diagnóstica da avaliação, pois ela será usada
como parâmetro para revisão do processo ensino-aprendizagem.
Portanto, espera-se que o aluno consiga realizar leitura compreensiva do texto, levando em
consideração a sua condição de produção; localizar informações explícitas no texto; emitir opiniões
a respeito do que leu; conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a
informações de outras culturas e de outros grupos sociais; utilizar seu discurso de acordo com a
situação de produção (formal e informal); apresentar clareza nas idéias; produzir textos atendendo
135
as circunstâncias de produção proposta.; diferenciar a linguagem formal da informal; utilizar,
adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, o uso do artigo, dos pronomes,etc.
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras
culturas e de outros grupos sociais. Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as
novas informações aos saberes já adquiridos. Desenvolver a oralidade através de sua prática.
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna o Ensino Fundamental e Ensino
Médio. Curitiba: Secretaria de Estado da Educação e Superintendência da Educação, 2006.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de
elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao Homem cabe
interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre
elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo das ciências
naturais e da disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de natural é uma maneira
de enunciar tal forma de legitimação. Chauí (DCEs) corrobora tal afirmação ao lembrar que no
século XIX, sob influência dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a
partir de critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado
136
obtido. Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das
ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos
filosóficos, artísticos e do saber cotidiano. As relações entre os seres humanos com os demais seres
vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de condições favoravéis de sobrevivência. Contudo, a
interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas,
conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a
cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento
cientifíco, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se
apropriar dos seus recursos.
Segundo KNELLER, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento
científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de
pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam. Nesses termos, analisar o passado da
ciência e daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a
Natureza, interpretá-la e compreendê-la, nos diversos momentos históricos.
Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962) contribuiu de
forma significativa com reflexões voltadas à produção do conhecimento científico, apontando
caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos científicos anteriormente
aceitos como explicações para determinados fenômenos da natureza. Para esse autor existem três
grandes períodos do desenvolvimento do conhecimento científico: estado pré-científico, estado
científico e novo espiríto científico.
No estado pré-científico, esse pensamento representa, segundo Bachelard (1996), um
período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.
Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base em
sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de intenso
registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do séc. XVIII.
RONAN afirma, com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a divindade
dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Pelo mito e pelas divindades o ser
humano expressava o entendimento do mundo natural sob o ponto de vista “de um mundo divino
operando no mundo da natureza” .
Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno,
composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à Terra, descrevendo
movimentos circulares perfeitos,formulou as bases para o modelo geocêntrico. A explicação para a
dinâmica do Universo, sistematizada por Aristóteles, pressupunha a existência de um quinto
137
elemento da Natureza, o éter, constituinte da lua, dos planetas e das estrelas fixas; essas esferas
consideradas superiores à esfera da Terra, referência imóvel e central (modelo geocêntrico).
A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava,
principalmente, a transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com a cura de todas
as doenças (RONAN, 1997c). Outra interpretação da finalidade da alquimia relacionava-a com uma
prática de investigação a respeito da constituição da matéria para dividir os compostos em
elementos e estudar sua recombinação. Tal interpretação foi superada no século XVIII.
No estado científico, o século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico
marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído para a
compreensão da Natureza.
No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de
investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento científico em
obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.
No estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo como
infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências de mudanças
na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a transformação da matéria e a conservação
de energia.
Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição da matéria,
desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa matéria na Natureza. Tais
estudos, associados aos conhecimentos relativos à lei da conservação da energia, contribuíram para
o entendimento de que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se contrapôs à idéia de criação
e destruição e estabeleceu modelos de transformação da energia na Natureza.
Nesse mesmo contexto, a mecânica clássica e o modelo “newtoniano-cartesiano”
influenciaram fortemente o pensamento científico que se apropriou das “verdades” mecanicistas
para explicar o funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da natureza, o movimento dos corpos
celestes e os fenômenos ligados à gravitação.
O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de cunho científico
não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma elite intelectual que
as acessava por meio dos cursos universitários.
No estado do novo espírito científico configura-se também, como um período fortemente
marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de divulgação, em que a tecnologia
influenciou e sofreu influências dos avanços científicos.
A preocupação crescente com a educação científica vem sendo defendida não só por
educadores em ciências, mas por diferentes profissionais; seus objetivos têm tido uma grande
138
abrangência. Nesse sentido, torna-se importante discutir os diferentes significados e funções que se
têm atribuído à educação científica com o intuito de levantar referenciais para estudos na área de
currículo, filosofia e política educacional que visem analisar o papel da educação científica na
formação do cidadão.
Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no compreendera função
social da ciência.
Pela natureza do conhecimento científico, não se pode pensar no ensino de seus conteúdos
de forma neutra, sem que se contextualize o seu caráter social, nem há como discutir a função social
do conhecimento científico sem uma compreensão do seu conteúdo.
Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes ciências de
referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras. O ensino de Ciências
deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados, de modo a promover o entendimento
do objeto de estudo da disciplina de Ciências. Essas inter-relações devem ser fundamentar nos
Conteúdos Estruturantes (ciência atividade humana).
A disciplina de ciências tem como objetivos gerais:
Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico,
Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles tem origem nos modelos
construídos a partir da investigação da Natureza.
Propiciar o acesso ao conhecimento da história da ciência, associando os conhecimentos científicos
com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que originaram sua construção.
Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção científica não deve ser
entendida como uma verdade absoluta.
Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as questões sociais e
ambientais.
Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com obstáculos conceituais e
adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e
contextunstrução fragmentada do conhecimento.
Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos corpos (Matéria); a
constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas Biológicos); a conservação e
transformação de energia (Energia); o conceito de biodiversidade (Biodiversidade).
139
Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa fazer da aprendizagem
dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados para estabelecer
relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagem anteriores e o que
aprende de novo.
Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais; superando a construção fragmentada do conhecimento.
Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos corpos (Matéria); a
constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas Biológicos); a conservação e
transformação de energia (Energia); o conceito de biodiversidade (Biodiversidade).
CONTEÚDOS
5ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Universo – Galáxias, Movimento do Universo.
Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua, constelações, dias
e noites.
Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.
Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros,meteoritos, cometas.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas atmosféricas,
solos, rochas, minerais, água.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular,pluricelular,
procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.
140
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.
Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, Diversidade das espécies, extinção de espécies,
comunidade, população.
Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que
podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o
encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é
necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua
complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas
de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida, fósseis, efeito
estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases, fontes de energia
renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas,
pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças,
influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica,
distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as
doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte, evolução
cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o
sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana,
importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
141
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais,
órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: instrumentos astronômicos, história da astronomia, contaminação
da água, desertificação, minerais e a tecnologia: jóias, relógios e outros, mineração, sismógrafos,
poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura,
compostagem, contaminação do solo, conservação dos aqüíferos, tratamento da água, lixo tóxico,
aquecimento global, biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e
o ambiente, coleta seletiva de lixo, reservas ambientais – APA, código florestal brasileiro, fauna
brasileira ameaçada de extinção, ação humana nos ecossistemas, desmatamento, poluição do ar,
balões e aviões, instrumentos de vôo , aquecimento global, saneamento básico, questões de higiene,
alimentos transgênicos, aterro sanitário, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia,
forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola,
microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e
questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do
campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
6ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Astros – Constituição físico-química dos astros.
Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do surgimento da
vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto terrestre,núcleo terrestre, estrutura
química da célula.
142
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular, fotossíntese, reserva
energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos, órgãos e sistemas
animais e vegetais,
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica
Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas ectotérmicos,
sistemas endotérmicos,
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – , diversidade das espécies, extinção
de espécies.
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações.
Ecossistemas – Eras geológicas.
Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres
autótrofos e heterótrofos.
Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento da vida,
geração espontânea.
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas,
filogenia,populações.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que
podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o
encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é
necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua
complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas
143
de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, a ação
de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia renováveis e não renováveis, Ilhas
de calor, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas,
pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças,
influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica,
distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as
doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte, evolução
cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o
sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana,
importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais,
órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água,
poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura,
contaminação do solo, tratamento da água, lixo tóxico, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente,
unidades de conservação, ocupação da mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da
mata ciliar, exploração da mata das araucárias, tráfico de animais, ação humana nos ecossistemas,
espécies exóticas, desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da
caça e pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar , aquecimento global, resíduos químicos
no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e ONG, tecnologia na
produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil,
vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização
provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de
comercialização, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais,
fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico,
144
medicamentos, influência da alimentação na saúde
, aterro sanitário, corantes e tingimento de tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez precoce,
DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação
ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
7ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de coordenadas, a esfera celeste
e seu coordenadas.
Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo ( Teorias
Cosmogônicas), modelos de Universo finito, modelos de Universo infinito, modelos de
Universo inflacionário, modelos de Universo em expansão, a teoria da relatividade e a
cosmologia moderna.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição química da matéria – alimentos , sangue, tecidos.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva
energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais, estrutura e
funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de diferentes seres vivos,
sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas exclusivos de algumas espécies, diversidade
de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes grupos de seres vivos e suas particularidades,
como por exemplo, sistema digestório, sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.
145
Mecanismos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – sistema sensorial , sistema
reprodutor , sistemade Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos, gene,DNA,
RNA, mitose, meiose.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia,nuclear,
energia elétrica, energia química, energia eólica.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que
podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o
encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é
necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua
complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas
de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de
energia renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas,
pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças,
influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica,
distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as
doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte, evolução
146
cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o
sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana,
importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais,
órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de
petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos,
automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser
humano na produção de frutos de comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes
exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene,
tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia, melhoramento
genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sangüíneos, transfusões e doações
sangüíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica, CTNBio, influência da
alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde,
reprodução humana assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias e
questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do
campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
8ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
147
Constituição da matéria - Conceito de matéria, átomos, modelos atômicos, elementos químicos,
íons, ligações químicas substâncias, reações químicas, funções químicas inorgânicas ácidos, sais,
bases, óxidos,lei da conservação da massa,compostos orgânicos.
Propriedades da matéria –Massa, volume densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade,
indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, elasticidade,
permeabilidade, condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Mecanismos Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos - Noções de hereditariedade, cromossomos,
gene, DNA, RNA, mitose, meiose.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Conversão de Energia - Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria, eletromagnetismo,
movimentos, velocidade, aceleração, colisões, trabalho, potência, eletromagnetismo, conversão de
energia potencial em cinética.
Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão de energia, leis
de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações intraespecíficas.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que
podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o
encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é
necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua
complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas
de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
148
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis, Ilhas de
calor, máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas,
pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças,
influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica,
distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as
doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte, evolução
cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o
sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana,
importação e exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e
fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais,
órgãos sensoriais e a arte, entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável, elevadores
hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos, telescópios ,
aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na produção vegetal – estufas,
bactérias e degradação de petróleo, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas,
métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde, instrumentos de medidas, tecnologias em
produtos de eletrônica, dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel,
corantes e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes
químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, instrumentos e escalas
termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia
elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da
comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito,
educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –história e cultura
afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas, Lei 9795/99 –
política nacional de educação ambiental.
Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro- Brasileira e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-
149
brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que precisam
ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural e
pluriétnica , lei 11.645/03/08 que integra a História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao
Currículo de Ensino Fundamental e Médio.
Essa proposta curricular tem ainda, como principio educativo a perspectiva do campo, uma
vez que a prática social é a agricultura familiar, o trabalho do campo, os conhecimentos e valores
construídos históricamente no campo. Assim a educação escolar estará vinculada organicamente a
essa problemática, no sentido de explicações de suas contradições , ao mesmo tempo, construindo
um conhecimento com base nas ciências, na história e na filosofia.
METODOLOGIA
Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem de Ausubel que
propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir
estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir
outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.
A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às
estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu
conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu
menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado
isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. Quando o conteúdo
escolar a ser aprendido não consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chama de
aprendizagem mecânica, ou seja, quando as novas informações são aprendidas sem interagir com
conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa decora fórmulas, leis, mas
esquece após a avaliação.
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o
aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo
arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser
aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e
psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o
significado psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem
dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio.
Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso trabalho docente
tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o
150
Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está
inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas
sobre os avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das relações a
serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de
ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final.
Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais tanto para a
nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos, assim três aspectos
importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental.
Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos instrucionais,
dentre outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no processo ensino-
aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das concepções alternativas, as
apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de ciência do professor e a qualidade de sua
prática de ensino.
Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de forma bem
articulada os seguintes itens:
· recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático,
texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa
(geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula,
olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, televisor, computador,
retroprojetor, entre outros;
· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas
V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios, exposições de
ciência, seminários e debates.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais são
fundamentais para nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma significativa para
melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos metodológicos
que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a problematização, a
contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a
observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico.
151
Abordagem problematizadora
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo conteúdo.
Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o
conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A problematização como estratégia de
ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na primeira, levaremos em conta o
conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na
segunda, realizaremos a problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do
conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados.
Relações contextuais
Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto histórico
e geográfico do nosso aluno, com outros momentos históricos, com os interesses políticos e
econômicos que levaram à sua produção para que o conhecimento disciplinar seja potencialmente
significativo. A contextualização pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de
modo mais concreto e próximo à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e
específica. A contextualização pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a
opção por iniciar a nossa prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.
Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das
estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no
âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que fazem uso, necessariamente, de
conceitos teóricos precisos e claros, voltados para a abordagem das experiências sociais dos sujeitos
históricos produtores do conhecimento.
Relações interdisciplinares
A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que muitos
conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e
isso torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas
escolares.
As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada
disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as relações
interdisciplinares podem ocorrer quando buscamos nos conteúdos específicos de outras disciplinas,
contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o conhecimento científico resultante da
investigação da Natureza.
152
Pesquisa
A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento. Essa
estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação desse material e
chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral,
entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída
com redação do próprio aluno, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar idéias e
explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na
apresentação oral o aluno deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão
crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.
Divulgação científica
A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos e nós,
professores, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior aprofundamento de
conceitos. Cabe analisarmos o material a ser trabalhado, levando em conta o grau de dificuldade da
abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de
divulgação que podem ser utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:
1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br
2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional – Disponível em
www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).
3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da Editora Duetto –
Disponível em www.sciam.com.br
4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação – Disponível em
www.mec.gov.br
Atividade em grupo
No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar suas
proposições aos outros alunos, confrontar idéias, desenvolver espírito de equipe e atitude
153
colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a
contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante.
Observação
A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar fenômenos em
seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por outro lado, permite que nós,
professores, perceber as dificuldades individuais de interpretar tais fenômenos devido à falta de
atenção e a lacunas teórico-conceituais. Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a
própria natureza da disciplina, pois o aluno pode desenvolver observações e superar a simples
constatação de resultados, passando para construção de hipóteses que a própria observação
possibilita.
Atividade Experimental
A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se como uma
importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós, professores, de forma a
desenvolver o interesse nos alunos e criar situações de investigação para a formação de conceitos.
Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que podem ser
realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos
convencionais. Entretanto, é importante que nossas práticas proporcionem discussões,
interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados na sala. Não devemos, portanto,
propiciar apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das aulas teóricas.
Recursos Instrucionais
Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações, diagramas
V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise do conteúdo
científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem. Esses
recursos são instrumentos potencialmente significativos para sala de aula porque se fundamentam
na aprendizagem significativa e subsidiam nosso trabalho com o conteúdo científico escolar,
porque são compostos por elementos extraídos da observação, da experimentação, da
contextualização, da interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso
154
aluno criar sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no
momento da aula, seja no momento da avaliação.
Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a serem
utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter estruturas diversas, pois
ultrapassam a idéia de serem apenas sínteses conceituais.
Lúdico
O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se de
instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como
jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente por nós, professores. O
lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta
interação, maior será o nível de percepções e reestruturações cognitivas realizadas pelo estudante. O
lúdico será considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da faixa etária do
aluno, porém, adequaremos a elas quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos recursos
utilizados como apoio.
AVALIAÇÂO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua e cumulativa
em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
INSTRUMENTOS
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção
de avaliação contínua e formativa.
Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa
continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que
acontecem na sala de aula.
INSTRUMENTO 1
155
ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos a
compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e
aquele adquirido na Educação Básica. Assim, devemos considerar algumas situações para esse tipo
de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual apresentada
em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do aluno. A
escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a
permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.
Critérios de Avaliação
Neste contexto são utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos
alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:
houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e sistematizou o conhecimento de
forma adequada;
foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
INSTRUMENTO 2
Projeto de pesquisa bibliográfica
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa
consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi
escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se
resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente
apenas o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso requer que
tenhamos conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros quanto periódicos ou
outros materiais, para podemos fazer indicações de leituras para nossos alunos. Além da Biblioteca
Escolar, podemos e devemos indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções
156
de leitura para que nosso aluno tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu
texto.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao
aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
1.Contextualização
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço / temporal) no
qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.
2. Problema
Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara,
objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema.
3. Justificativa
Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores
encontram-se inseridos.
4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica
É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se
aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.
Critérios de avaliação:
Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão atendendo as
orientações.
INSTRUMENTO 3
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da
linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por
conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas
atividades humanas. Qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre
inserido num contexto dialógico.
157
Consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos textos que solicitaremos aos
nossos alunos para que eles possam assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe
Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve
fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada,
conforme as práticas vigentes na sociedade”.
Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem ser
trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de escrita numa abrangência maior de
esferas de atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.
Critérios de avaliação:
Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.);
Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);
Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de
formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de
estrutura;
Elaborar argumentos consistentes;
Produzir textos respeitando o tema;
Estabelecer relações entre as partes do texto;
Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
INSTRUMENTO 4
158
PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL
A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão do aluno a
respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das idéias.
Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma
palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um aluno
da Educação Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de
um conteúdo).
Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:
Conhecimento do conteúdo;
Argumentos selecionados;
Adequação da linguagem;
Seqüência lógica e clareza na apresentação;
Produção e uso de recursos;
INSTRUMENTO 5
Atividades Experimentais
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São práticas que
dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo.
Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a
intuição. Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados ou os próprios
caminhos da observação, uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que ocorre é tão
importante quanto o produto.
É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele conhecimento com
o qual nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta significação está diretamente
relacionada a uma discussão teórica consistente, muito mais do que com a sofisticação dos
equipamentos.
159
A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua compreensão
do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da interação
quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Ressaltaremos que o uso
adequado e conveniente dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de
experimentação forem sistemáticas. Não conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e
do instrumental se estas atividades forem apenas eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que o aluno
compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das hipóteses e dos passos seguidos
no procedimento são importantes para avaliarmos juntos a atividade.
Critérios de avaliação:
quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado,
do conceito a ser construído ou já construído,
a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
INSTRUMENTO 6
Projeto de Pesquisa de Campo
O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas alternativas para
o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de conhecimentos e
para a formação dos nossos alunos como agentes sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º
encontro) descreve o trabalho de campo como: a revelação de novos conteúdos decorre da
descoberta de que a observação investigativa proporciona, paralelamente à interpretação, à análise
reflexiva e crítica que possibilita a formulação de noções ou conceitos; a realização das ações,
notadamente no trabalho docente, insere na dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a
reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo de nós, professores, (ou
do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de protagonista da própria aprendizagem.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de
informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência educacional
insubstituível.
160
Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:
Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como o específico,
discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os interesses do alunos e suas
expectativas;
Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;
Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias, questionamentos ou
problematização;
Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;
Definir o material necessário para a pesquisa de campo;
Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;
Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado, concluindo assim o
trabalho prático.
O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos alunos durante
todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e
aos dados que se quer coletar.
A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis, produção de
texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos avaliaram sua compreensão a
respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua
capacidade de síntese.
Critérios de avaliação:
Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de campo.
INSTRUMENTO 7
Relatório
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os relatórios
auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também,
um instrumento de ensino, pois possibilita ao aluno a reflexão sobre o que foi realizado,
reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório,
atividade experimental, entre outras.
161
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas e
como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades desenvolvidas
durante o processo de ensino e aprendizagem.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos
desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados obtivemos.
São elementos do relatório:
1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório,
apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos
conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou
atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que
sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma
reflexão que permita que se aprimore a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram
obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido.
Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma
visualização melhor dos resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram
origem à atividade em questão.
Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida foi
significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados
obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
importante, pois vai possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos,
a aprendizagem alcançada.
Critérios de avaliação:
- Avaliaremos analisando os elementos do relatório.
INSTRUMENTO 8
Seminário
162
O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a leitura e
a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, onde cada um participa
questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados.
A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em
aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato direto com a atividade científica e
engajá-lo na pesquisa.
Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se fossem aulas
expositivas dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados em livros. Os seminários
devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela equipe, tais como experimentos,
observações, coleta de dados, entrevista com especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade
permite que o aluno fale em público, ordene as idéias para expô-las, ouça críticas debatendo-as,
perca a inibição e fale aos colegas com seriedade.
Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa parte, pois
podemos cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se expressar. É importante
que a a avaliação do seminário seja dividida em itens, com valores específicos para cada um deles.
Entre algumas possibilidades, é importante que avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na
apresentação quanto nas réplicas; a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos
textos utilizados); a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos
trazidos para enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções dos integrantes
do grupo que assiste a apresentação.
O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde falhou e possa
melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os alunos na ocasião em que
o seminário for proposto.
Critérios de avaliação:
a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;
a compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);
a adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;
os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;
a adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.
INSTRUMENTO 9
163
DEBATE
É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes
de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos.
Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do debate, os participantes devem atender as
seguintes normas, que constituem-se em possíveis critérios de avaliação:
1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos divergentes;
2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;
3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição;
4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;
5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições
particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos
participantes;
6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate.
Além disso, o debate nos possibilita avaliar:
- o uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
- o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
- a compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina.
INSTRUMENTO 10
Atividades com textos literários
Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem poderemos, entre várias
possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido; apresentar o
conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como metáfora do que está sendo exposto.
O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a
escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de
leitura), os critérios de avaliação.
Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no que tange ao
nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a linguagem utilizada.
164
Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa disciplina, porém,
vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos
artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc.
A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:
a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;
a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido.
o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.
INSTRUMENTO 11
Atividades a partir de recursos Audiovisuais
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem enriquecer
o trabalho com os conteúdos das disciplinas.
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a nossa
pesquisa sobre o recurso a ser levado para os alunos.
Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado
naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com
intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe a nós,
professores.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar, entre outros
critérios:
a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo
audiovisual;
o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;
INSTRUMENTO 12
TRABALHO EM GRUPO
165
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o
aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma
interação social; é aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento,
contribuindo de forma significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas
ações são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade,
redireciona as atividades.
Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de formas e com
intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como ocasião de
enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou
observações que muitos alunos não colocam para nós, são socializadas no grupo.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas,
orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os
conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:
Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção
coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a
contemporaneidade e o seu cotidiano.
INSTRUMENTO 13
QUESTÕES DISCURSIVAS
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a
qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva
nos possibilita avaliar o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a
exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva
permite que identifiquemos com maior clareza o erro do aluno, para que possamos dar a ele a
importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
166
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem
da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de
análise e síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios
devem ser considerados:
Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é
preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de
clareza e objetividade.
Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada.
Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da
língua portuguesa.
Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma clara, com
qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os
critérios previamente considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.
INSTRUMENTO 14
QUESTÕES OBJETIVAS
Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação, nunca deve ser
aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do
conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um
vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para
a construção desse tipo de questão devemos definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos
adquiridos.
BIBLIOGRAFIA
167
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro, Avaliação
– um processo Intencional e Planejado
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação -
Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental - 2008
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de Brasília,
Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências;
Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e
desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos.
Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl, Márcia Pirih
Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso, embora de matrícula facultativa, cumpre parte importante na formação
da criança, pois, atualmente, em meio a tanta intolerância religiosa faz-se necessário estabelecer
relações entre culturas, espaços e diferenças como forma de incutir o respeito pela crença do outro.
168
Desenvolver a vivência do diálogo e do respeito às diferenças pessoais, culturais e religiosas
em seu social, através da identificação dessas diferenças e semelhanças a fim de firmar atitudes de
paz, compreensão, solidariedade e superação de toda forma de preconceito.
Reconhecer a importância dos ritos sociais, culturais e religiosos na vida das pessoas, bem
como os símbolos, os rituais e as espiritualidades das diferentes Tradições Religiosas que orientam
a vivência da fé dos adeptos, sua experiência e relação com Transcedente, desenvolvendo respeito
pela experiência e expressão religiosa das culturas afros do Brasil.
Identificar a diversidade cultural na realidade social e conhecer a origem história das
diferenças religiões, bem como um dado da cultura, situando-se nele e desenvolvendo o diálogo, o
sentido da tolerância e do convívio respeitoso das religiões africanas presentes no Brasil.
CULTURA AFRO–BRASILEIRA E AFRICANA E INDÍGENA
A inserção da Lei 11.645 que dispões sobre a Cultura afro–brasileira e Africana e Indígena
nas Diretrizes Curriculares Nacionais, faz-se necessário para conhecer a situação desses povos que
aqui vivem e aprender a valoriza-los é para que isso aconteça é preciso trabalhar desde as suas
origens até a situação atual. Este tipo de abordagem leva os alunos a entenderem a complexidade
das origens da população brasileira como uma confluência de heranças que se preservam,vencendo
políticas explícitas de homogeneização cultural havidas no passado, resistindo, recolocando-se,
recriando-se, ativas em diferentes momentos da história.
A existência de cultura, tecnologia e modos de vida própria desses povos são pontos ainda
obscuros na história do Brasil, que está para ser contada: a história dos negros e dos índios. Como
até então, essas questões passaram em branco no ensino tradicional de História do Brasil e nos
livros didáticos, agora, justifica-se um tratamento à parte, propondo uma visão ampla sobre a
trajetória dessas culturas e etnias, como forma de resgatar a dignidade desses povos que também são
partes integrantes e essenciais da nossa própria história.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
O compromisso com a formação do cidadão ativo faz com que a escolarização assuma
alguns princípios básicos que, tradicionalmente não eram da sua área, até mesmo era tabu falar
sobre determinados assuntos, sexo, por exemplo, só de maneira conceitual, técnica, pois quem
devia falar sobre isso era a família; hoje, já não é possível ficar alheia à medida que a gravidez na
adolescência aumenta a cada ano – observada na própria escola –, a violência, as drogas já
169
chegaram à escola, e em vista disso, abordagens sobre indisciplina, meio ambiente, drogadição,
saúde, ética entre outros devem ser discutidos à luz da realidade, pois os temas sugeridos são
fundamentais tanto para a própria formação do aluno quanto para a sua atuação de modo crítico na
sociedade, constituindo-se, pois, de conhecimentos sociais relevantes e presentes no seu dia-a-dia.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
ESPECÍFICOS
5ª série
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
6ª série
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os Conteúdos Básicos devem ser tratados sob a ótica dos três Conteúdos Estruturantes.
A linguagem utilizada deve ser a científica e não a religiosa a fim de superar as tradicionais
aulas de religião.
É vedada toda e qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que os conteúdos do
Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da diversidade sócio-político e
cultural.
AVALIAÇÃO
170
Para efetivar o processo de avaliação no Ensino Religioso, é necessário definir os instrumen-
tos e estabelecer os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do conteúdo específico
da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras disciplinas. A avaliação pode revelar também
em que medida a prática pedagógica, fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultu-
ral e religiosa, contribui para a transformação social.
A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em diferentes si-
tuações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem ser tomadas como amplos cri-
térios de avaliação no Ensino Religioso:
· o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm opções religiosas dife-
rentes da sua?
· o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
· o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade
de cada grupo social?
· o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações
do sagrado?
A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino Reli-
gioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir instrumentos de avalia-
ção que permitam acompanhar e registrar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno
em articulação com a intencionalidade do ensino explicitada nos planos de trabalho docente. O que
se busca, em última instância, com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos
passam a ser referenciais para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.
Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá elementos para plane-
jar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como para retomar as lacunas identifi-
cadas na aprendizagem do aluno. Terá também elementos indicativos dos níveis de aprofundamento
a serem adotados em conteúdos que desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de reorga-
nização do trabalho com o objeto e os conteúdos estruturantes.
Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se levar em conta
as especificidades de oferta e freqüência dos alunos nesta disciplina que todo professor ao minis-
trá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de implementação nas escolas e, por
isso a avaliação pode contribuir para sua legitimação como componente curricular. Apesar de não
haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-
se que o professor registre o processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola,
ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina. A ava-
171
liação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões
propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social e, como, enfim, am-
pliou o seu conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o sagrado, sua com-
plexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.
BIBLIOGRAFIA
MARCHON Bent ; KIEFFER, Jean François. As grandes religiões do mundo.
Diretrizes curriculares de ensino religioso para o ensino fundamental. Secretaria de Educação de
estado da educação.
ELIADE, Mircea. Tratado de história das religiões
COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
Programa Viva a Escola
1. Atividade 1: Construção do Conhecimento através das mídias
2. Núcleo de conhecimento/ disciplinas contempladas: CIENTÍFICO-CULTURAL,
Ciências
172
3. Justificativa:
As mídias, bem como a informática, vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário
educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social
vem aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por
mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova realidade, os professores devem lançar
mão dos recursos tecnológicos para otimizar o processo ensino-aprendizagem, entretanto os
alunos não dispõem de informações básicas sobre Tv miltimídia,informática, Tv/video,
etc. Esses assuntos são abordados na disciplina de ciências, entretanto pouco explorados,
devido o número reduzido de aulas e o acúmulo de conteúdos. Sendo assim, faz se
necessário preparar os alunos para o uso desses recursos midiáticos englobando as novas
tecnologias da informação e comunicação, a educação, a participação, possibilitando a
construção de uma cidadania, critica e participativa . Será um meio para promover a
melhoria da qualidade de vida, garantir maior liberdade social, gerar conhecimento e troca
de informações.
4. Objetivos:
•Dinamizar as aulas de Ciências, utilizando as mídias bem como o laboratório de
informática como ferramentas pedagógicas no processo de ensino-aprendizagem, dando
suporte aos professores na prática de sala de aula;
•Incorporar ao ensino de Ciências as diferentes fontes de informação e recursos
tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
•Orientar o aluno na utilização das tecnologias de informação, como meio pra apropriação
dos conhecimentos científicos;
•Oferecer aos alunos interessados, a oportunidade de elaborarem e desenvolverem, sob
supervisão de profissional competente, periódicos escolares, jornais, murais, etc.
•Contribuir positivamente para a aquisição de conhecimentos científicos bem como para
uma inclusão digital e tecnológica por parte dos alunos, professores e comunidade;
5. Critérios de participação:
Ser aluno deste colégio; ter interesse pelos conteúdos de ciências, priorizando os alunos em
situação de vulnerabilidade social.
1. Atividade 2: Atividades Literárias
2. Núcleo de conhecimento/ disciplinas contempladas: CIENTÍFICO-CULTURAL- Língua
Portuguesa.
173
3. Justificativa: O presente Programa terá a finalidade de proporcionar aos educandos
incentivo à leitura, seu desenvolvimento intelectual, valorizando a socialização e integração
dos mesmos nas práticas de leitura e produção de textos de variados generos literários.
A prática da leitura se faz necessária para que desperte nos alunos prazer e gosto pela
mesma, que por sua vez, é um processo que consiste na atividade ativa do leitor e também
viabiliza o acesso, permanência e participação dos alunos na melhoria de sua oralidade, na
produção de textos entre outros.
4. Objetivos: Propiciar a prática de leitura aos educandos em suas diversas formas
fundamentada na participação, formação integral, rendimento e valorização do ser humano,
contribuindo para a melhoria e qualidade da aprendizagem auxiliando no processo de
formação de jovens leitores; promover o desenvolvimento intelectual, pessoal e social dos
educandos através da prática de leitura;confrontar a linguagem formal e informal;identificar
as palavras no contexto;viabilizar os valores e práticas de leitura como prática de atividades
lúdicas.
5. Critérios de participação: Alunos da rede pública que apresentem interesse no programa,
alunos de acordo com suas necessidades socioeducacionais, priorizando aqueles que se encontram
em situação de vulnerabilidade social.