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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO
“JOAQUIM MARQUES DE SOUZA”
ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS E MÉDIO
Rua Siqueira Campos nº 404 - Distrito de Alemoa Fone/Fax: (43) 3594-1141
e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SIQUEIRA CAMPOS
2016
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO
“JOAQUIM MARQUES DE SOUZA”
ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS E MÉDIO
Rua Siqueira Campos nº 404 - Distrito de Alemoa Fone/Fax: (43) 3594-1141
e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza” – Ensino Fundamental e Médio atualizou o presente projeto para ser apresentado ao Núcleo Regional de Ibaiti no ano letivo de 2016.
SIQUEIRA CAMPOS
2016
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO
“JOAQUIM MARQUES DE SOUZA”
ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS E MÉDIO
Rua Siqueira Campos nº 404 - Distrito de Alemoa Fone/Fax: (43) 3594-1141
e-mail: [email protected]
Presidente da APMF
Maria de Lourdes Campos
Diretora
Genísia Batista Ribeiro
Equipe Pedagógica
Cynthia Gabriela Muniz Martins
Elisângela Verchai Ávilla
Rosângela Dias da Silva
SIQUEIRA CAMPOS
2016
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.................................................................................. 07
2. Identificação do Estabelecimento...................................................... 08
3. Aspectos Históricos da Escola........................................................... 09
4. Base Legal do Projeto......................................................................... 10
5. OBJETIVOS.......................................................................................... 11
5.1. Objetivos Gerais................................................................................. 11
5.2. Objetivos Específicos......................................................................... 11
6 MARCO SITUACIONAL..................................................................... 12
6.1 Modalidade de Ensino........................................................................ 12
6.2. Aspecto Físico da Escola.................................................................... 12
6.3. Caracterização da População............................................................. 13
6.4. Caracterização dos Alunos................................................................. 14
6.5. A comunidade e a Escola................................................................... 14
6.6 Caracterização do Corpo Docente...................................................... 15
6.7 Caracterização dos Funcionários........................................................ 15
6.8 Caracterização da Direção e Equipe Pedagógica............................... 15
6.9 Caracterização da Educação no Campo............................................. 16
6.10 Recursos Humanos, Formação e Função........................................... 18
7. Descrição da Realidade Brasileira, do Estado, do Município, e da Escola................................................................................................ 19
8. Análise das Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente: Reflexão Teórico Prático..................................................................... 22
9. MARCO CONCEITUAL...................................................................... 24
9.1. Concepção de Sociedade................................................................... 24
9.2. Concepção de Homem....................................................................... 24
9.3. Concepção de Educação.................................................................... 25
9.4. Concepção de Conhecimento............................................................ 26
9.5. Concepção de Escola......................................................................... 27
9.6. Concepção de Ensino Aprendizagem................................................. 27
9.7. Concepção de Avaliação.................................................................... 28
9.8. Filosofia da Escola.............................................................................. 29
10 MARCO OPERACIONAL................................................................... 30
10.1. Critérios de Organização Interna da Escola....................................... 30
10.2. Perfil Exigido de Cada Profissional..................................................... 38
10.3. Núcleo Regional de Educação, Coordenadoria de Normas Pedagógicas e Secretaria da Educação.............................................. 39
10.4. Princípios da Gestão Democrática..................................................... 40
10.5. Grêmio Estudantil.............................................................................. 42
10.6. Conselho Escolar................................................................................ 42
10.7. APMF.................................................................................................. 42
10.8. Conselho de Classe............................................................................ 42
10.9. Reuniões Pedagógicas....................................................................... 43
11. Organização Curricular....................................................................... 43
11.1 Matriz Curricular do Ensino Fundamental.......................................... 44
11.2 Matriz Curricular do Ensino Médio...................................................... 45
12. Diversidade Educacional e Desafios Contemporâneos...................... 46
12.1. História e Cultura Afro-brasileira e Africana....................................... 46
12.2. Educação Ambiental.......................................................................... 47
12.3. Prevenção ao Uso de drogas.............................................................. 48
12.4. Gênero e Diversidade Sexual............................................................. 48
13. Educação do Campo.......................................................................... 49
14. Inclusão Educacional.......................................................................... 51
14.1. Sala de Recurso Multifuncional I........................................................ 52
15. Sala de Apoio à Aprendizagem.......................................................... 53
16. Programa de Atividade Complementar.............................................. 54
17. A tecnologia de Informação e Comunicação na Escola...................... 55
18. Organograma..................................................................................... 57
19. Referências Bibliográficas.................................................................. 58
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1. Apresentação
O Projeto Político Pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e
prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da
reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de
tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no
processo educativo: professores, equipe técnica, pedagogos, alunos, agentes
educacionais II e I, pais e a comunidade como um todo.
A construção do projeto Político Pedagógico deve estar amparada por
concepções teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus
agentes. Os agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta,
pois só assim terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se,
portanto, da conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia.
Para Vasconcelos (1995, p. 243) a produção deve ser fruto de um
trabalho coletivo, que vivendo num contexto em transformação, decide unir
forças no sentido de organizar o Projeto da escola, na qual os sujeitos estão
envolvidos. Essa diversidade de valores é diagnosticada nas práticas
desenvolvidas no interior da escola, permitindo assim a reflexão deste
movimento cotidiano, o resgate destas experiências e a identificação da
identidade de uma proposta pedagógica, administrativa e financeira para a
escola, que consegue iluminar as relações pedagógicas estabelecidas neste
ambiente. Por isso, a necessidade de construir uma direção, um eixo norteador
na escola é tão importante.
Os encontros pedagógicos na escola podem retratar a diversidade e a
complexidade da escola, de acordo com Freire (1996, p. 13), tornando-se uns
dos momentos necessários, permitindo aos professores, alunos, pais,
funcionários e direção, uma reflexão sobre a necessidade de uma organização
maior no que diz respeito à busca da formação da cidadania, do sujeito crítico
e atuante na sociedade.
O Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza” E. F. M.
apresenta no seu Projeto Político Pedagógico as suas finalidades, os seus
objetivos e os seus princípios epistemológicos, definindo a sua forma específica
de conduzir o processo ensino-aprendizagem, revelando o seu compromisso de
contribuir para formação de cidadãos competentes e comprometidos com as
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transformações sociais impostas pelo mundo moderno.
2. Identificação do Estabelecimento
Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza” – E.F.M
Código: 00372
Endereço: Rua Siqueira Campos, nº 404, Distrito de Alemoa
Telefone: (43) 3594 1141
Município: Siqueira Campos/ Paraná
Código: 2680
Dependência Administrativa Estadual
Código: 372
Núcleo Regional de Educação de Ibaiti
Código: 32
Entidade Mantenedora
Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização de Funcionamento do Colégio
Resolução nº 3550/1982 de 30/12/1982
Ato de reconhecimento do Ensino Fundamental 5/8
Resolução nº 2858/1990 de 02/10/1990
Ato de autorização para funcionamento do Ensino Médio
Resolução nº 1899/2004 de 24/05/2004
Ato administrativo de aprovação do Regimento Escolar
PAR – 71/2002 de 23/10/2002
Distância do Colégio ao NRE Ibaiti
80 KM (oitenta quilômetros)
Localização do Colégio
Zona Urbana
Horário de Atendimento
Período Matutino: 07:30 – 11:50 horas
Período Vespertino: 12:45 – 17:05 horas
Período Noturno: 18:45 – 22:50 horas
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3. Aspectos Históricos da Escola
O Colégio Estadual do Campo ”Joaquim Marques de Souza” – E.F.M., tem
como entidade mantedora o Governo do Estado do Paraná., funcionando em
prédio de alvenaria, em terreno com medida aproximada de 2.620 m2, situado
à Rua Siqueira Campos nº 404, no Distrito da Alemoa, município de Siqueira
Campos - Paraná, autorizado a funcionar pela Resolução 350/82 de 23 de
Dezembro de 1982, ministrando o Ensino de 1ª a 5ª séries do 1º Grau, com o
nome de Escola Joaquim Marques de Souza – E.P.G
No ano de 1983 através da Resolução nº 906/83 de 11 de Março de 1983,
passou a denominar-se Escola Joaquim Marques de Souza – Ensino de 1º Grau
com efeito retroativo a 1983, de acordo com a Resolução nº 7104/84 de 01 de
Outubro de 1984.
A partir do ano de 1990, por meio da Resolução nº 2858/90 de 02 de
Outubro de 1990, foi reconhecido o curso de 1º grau deste Estabelecimento.
A partir do ano de 1992, foram suspensas as atividades escolares de 1ª a
4ª série do 1º Grau, através da Resolução 4106/92 de 16 de Novembro de
1991, passando a documentação escolar das séries cessadas sob guarda e
responsabilidade da Prefeitura Municipal de Siqueira Campos.
No ano 2004 a escola passou a ministrar a 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino
Médio, de acordo com a Resolução nº 1899/04 de 24 de Maio de 2004, que
autorizou o funcionamento do Ensino Médio na Escola Estadual Joaquim
Marques de Souza – E.F., que em decorrência da mesma passou a denominar-se
Colégio Estadual Joaquim Marques de Souza – E.F.M.
Em 2012, a Escola passou a denominar-se Colégio Estadual do Campo “
Joaquim Marques de Souza” - E. F. M.
A clientela atual assistida pelo referido colégio pertence na sua maioria a
famílias de pequenos produtores rurais e lavradores.
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual do Campo “Joaquim
Marques de Souza”, está fundamentado na Lei 9394/96. O artigo 12 da LDB
fala claramente que é de incumbência da escola elaborar o seu projeto
pedagógico. Os artigos 13 e 14 colocam nas mãos dos professores,
orientadores e supervisores a responsabilidade de participar da elaboração
desse projeto. Com essa incumbência prevista no artigo 12, ela está ampliando
o conceito da escola para além da sala de aula e além dos muros da escola.
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Portanto, faz-se necessário criar uma proposta pedagógica que se preocupe
com o desenvolvimento do educando como um todo, a sua capacidade de ser
como pessoa, capaz de atuar e colaborar na transformação da sociedade em
que este está inserido.
O Colégio proporciona 6º ao 9º ano, buscando oferecer um atendimento
mais adequado, espaço físico provido de recursos materiais e didático
pedagógicos identificados com adolescentes e jovens.
A finalidade da escola é manter o Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano,
será denominado Ensino Fundamental de 09 anos dos anos finais, que ocorreu
de forma simultânea, com mudança apenas na nomenclatura, utilizando os
mesmos Atos de Autorização de Funcionamento, de Reconhecimento e de
Renovação do Reconhecimento, proporcionando um ensino básico de qualidade
para seus educandos, dando-lhes condições de enfrentar, sem dificuldades, o
Ensino Médio.
A dinâmica escolar dos professores do Colégio Estadual do Campo
“Joaquim Marques de Souza” possibilita o desenvolvimento da capacidade
intelectual do profissional, potencializando a competência para agir de forma
positiva na formação do educando. A atitude reflexa do professor, oriunda de
sua mentalidade dinâmica, concorre para que o mesmo, trabalhe e ensine de
modo a desenvolver a sua capacidade de continuar aprendendo.
O corpo docente do colégio reflete uma mescla desafiadora de tradições
reformadas, com o propósito de abrir as mentes para a plenitude da cidadania,
sendo formado por professores talentosos que agem como educadores hábeis,
dedicados a auxiliarem os alunos a aprenderem, seja conduzindo discussões
em seminários, desafiando, orientando e encorajando, conduzindo-os a
descobrir novas percepções neles mesmos.
4. Base Legal do Projeto
O Projeto Político pedagógico do Colégio Estadual do Campo “Joaquim
Marques de Souza” – E.F.M, fundamenta-se na Lei de Diretrizes e Bases nº
9394/96 no artigo 3º onde estão descritos os princípios norteadores da
educação, sendo eles:
I – Igualdade de condição para o acesso e permanência na escola;
II– Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
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pensamento, a arte e o saber;
III – Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV – Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – Coexistência da instituição pública e privada de ensino;
VI – Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – Valorização do profissional da educação escolar;
VIII– Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
Legislação dos sistemas de ensino;
IX – Garantia de padrão de qualidade;
X – Valorização da experiência extraescolar;
XI– Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
escolares.
Obedecendo e seguindo os preceitos desta Lei, os diversos segmentos do
Estabelecimento de Ensino construíram coletivamente para o presente Projeto.
5. Objetivos
5.1. Objetivos Gerais
• Informar quanto ao funcionamento das várias instâncias da escola;
• Proporcionar um ambiente educativo voltado para a formação
humana e a cidadania do aluno;
• Promover a integração da comunidade escolar dentro de uma visão
democrática;
• Formar alunos críticos, motivados e interessados pela
aprendizagem.
5.2. Objetivos Específicos
• Promover reuniões com palestras e leitura de mensagens para
melhorar a participação dos pais;
• Realizar projetos interdisciplinares e atividades extraclasse para os
alunos;
• Orientar os professores para que utilizem uma metodologia
diferenciada e mais atrativa;
• Reunir com funcionários para redefinir suas funções buscando
melhorar a conservação e manutenção do espaço físico bem como da merenda
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escolar;
• Conscientizar os alunos e demais profissionais de seus direitos e
deveres;
• Subsidiar os professores buscando melhorar a aprendizagem do
aluno, auxiliando-os em suas dúvidas.
6. MARCO SITUACIONAL
6.1. Modalidade de Ensino
O Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza” – E.F.M. oferta
as seguintes modalidades de Ensino:
• Ensino Fundamental de 09 anos – Séries finais;
• Ensino Médio;
• Educação Especial – Sala de recursos multifuncional tipo 1
• Sala Apoio
• Atividades Complementares (Mais Educação que engloba Tênis de
Mesa, Apoio Pedagógico em Língua Portuguesa, Mídias e
Comunicação e Múltiplas Vivências Esportivas; Atividades
Periódicas - Vôlei)
O Colégio apresenta-se com 1 turma de cada ano do 6º ao 9º ano do
ensino fundamental que funciona no período vespertino: das 12 hs e 45
minutos às 17 hs e 05 minutos. No Ensino Médio uma turma de cada série 1ª,
2ª e 3ª séries que funcionam no período noturno das 18 hs e 45 minutos ás 22
hs e 50 minutos.
6.2. Aspecto Físico da Escola
O Colégio Estadual do Campo Joaquim Marques de Souza conta com:
7 salas de aula
1 quadra de esportes coberta
2 secretarias compartilhada diretoria
1 sala de professores compartilhada com laboratório de informática
1 cozinha
1 dispensa
2 banheiro para meninos
3 banheiro para meninas
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1 banheiro para professores (as)
1 biblioteca em local improvisado/sala do pró-info
2 salas para pedagogas compartilhada com biblioteca do professor.
6.3. Caracterização da População
A população do Distrito da Alemoa constitui-se em em classe baixa, mas
considera-se que várias famílias saíram da situação de vulnerabilidade, devido
às oportunidades de trabalho e investimento na área turística local. A renda
das famílias vem do trabalho autônomo e da lavoura, como: colheita de café,
plantação de milho, produção de leite, fruticultura, entre outros. Os trabalhos
autônomos são barraquinhas na beira da água, outros se dedicam à pesca,
produzem doces caseiros, pães e pamonhas que são comercializados em
Siqueira Campos e em cidades vizinhas abrangendo inclusive municípios do
Estado de São Paulo, tendo alguns produtores participando de feira de produtos
em Brasília, Curitiba e Londrina.
Apenas uma pequena parte da população são proprietários de terras e
pequenos comerciantes. Pelo fato do distrito se localizar numa área de terras
banhadas pela represa de Chavantes, os moradores têm na “prainha da
Alemoa” seu ponto de lazer, local este muito frequentado por turistas de
bairros e cidades vizinhas do Paraná e São Paulo. Na questão religiosa, a
maioria professa a fé católica, porém, um número expressivo da população
professa a religião evangélica e Testemunhas de Jeová.
O Distrito de Alemoa compõe-se de um povo simples e acolhedor porém
carente de políticas públicas para atender as necessidades básicas como:
saúde, lazer e cultura.
No que diz respeito às oportunidades percebe-se que os alunos
pertencentes às classes mais favorecidas, têm maiores chances de ingressar
em Universidades Federais e/ou Estaduais por disporem de mais tempo para o
estudo e preparo para vestibulares ao contrário de alunos de classe mais
vulneráveis, pois trabalham para auxiliar na renda familiar ou se manter.
Com a implantação da Universidade Aberta do Brasil no Município abriu-
se oportunidades para muitos alunos e ex-alunos frequentarem os bancos
acadêmicos prestando vestibular através da Universidades Federal do Mato
Grosso do Sul, Universidade de Maringá e Universidade Estadual de Ponta
Grossa.
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Diante de tal realidade, os profissionais e professores do Colégio Estadual
do Campo “Joaquim Marques de Souza” buscam oferecer aos alunos um
ambiente acolhedor, fazendo uso constante do laboratório de informática e da
TV pendrive, desenvolvendo aulas motivadoras a fim de despertar mais
interesse e proporcionar uma aprendizagem que possibilite ao alunado adquirir
uma visão mais ampla de mundo, buscando conquistar seu espaço na
sociedade onde estão inseridos.
6.4. Caracterização dos Alunos
Os alunos que estudam no Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques
de Souza” E.F.M, residem no próprio distrito, na zona rural e em (bairros)
vizinhos. O transporte escolar é realizado por ônibus da prefeitura, juntamente
com alunos das escolas municipais. As opções de lazer destes jovens e
adolescentes são bastante restritas pois a maioria costuma frequentar a
prainha que em época de temporada em algumas datas ocorrem atividades
diferentes, como: shows nos dias de carnaval, campeonatos de sons, dia da
pesca, Lan House e além disso, o futebol de salão é bem movimento
proporcionando lazer nos domingos.
No inverno as diversões se restringem em festas promocionais realizadas
pelas igrejas locais e ou no próprio colégio, ou por ocasião de política, quando
realizam alguma reunião festiva.
Dos alunos (as) a maioria auxilia seus pais na lavoura ou no preparo e
vendas de doces, pamonhas ou mesmo no serviço doméstico para que seus
pais possam trabalhar. Muitos pais e alunos do Ensino Médio se deslocam 30
KM para trabalhar na cidade de Siqueira Campos.
A maioria dos alunos são: sociáveis, prestativos, dinâmicos, alegres e
festeiros, porém, a maioria do Ensino Médio são prejudicados em sua
aprendizagem pelo fato de faltarem muito às aulas ou chegarem atrasado
devido ao trabalho.
6.5. A comunidade e a Escola
A participação da comunidade na escola se dá quando os pais são
convidados para reuniões bimestrais, festas promocionais ou formaturas,
participação em oficinas e/ou exposições de encerramento da semana cultural
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ou em épocas de campanhas preventivas que são realizadas através de
palestras. São pais participativos. Também comparecem à escola quando
solicitados para resolver alguma situação envolvendo os filhos seja por motivos
pedagógicos e/ou disciplinares. Alguns pais participam ainda compondo o
Conselho Escolar e a A.P.M.F.
6.6. Caracterização do Corpo Docente
Os professores que fazem parte do corpo docente do Colégio Estadual do
Campo “Joaquim Marques de Souza” residem na cidade de Siqueira Campos,
alguns lotados no Colégio, mas estão com ordem de serviço em municípios
vizinhos. Todos são graduados nas áreas específicas às disciplinas que
ministram. Percebe-se que à maioria são comprometidos e conscientes do seu
papel de mediadores do conhecimento, buscando em suas práticas atender às
necessidades dos alunos, empenhando-se em adequar os conteúdos à
realidade dos mesmos. A maioria participa das capacitações ou Grupos de
Estudos oferecidos pela SEED.
6.7. Caracterização dos Funcionários
As agentes educacionais I (auxiliar de serviços gerais) residem no próprio
distrito, são dedicadas, caprichosas, criativas e mantém um relacionamento de
amizade e respeito com os (as) alunos (as) pelo fato de conhecerem quase
todos. Com os demais funcionários as mesmas mantêm um relacionamento de
respeito e colaboração. Os agentes já concluíram o prófuncionário e buscam
aperfeiçoamento profissional constantemente.
Os agentes educacionais II residem na cidade de Siqueira Campos e
também no próprio Distrito da Alemoa cuja atuação se dá da seguinte forma:
Um secretário e um apoio técnico administrativo, que desenvolvem seus
trabalhos na secretaria, dão apoio aos professores e demais funcionários.
Sendo distribuídos os horários da seguinte maneira: Secretário com 40 horas,
nos períodos da tarde/noite e 40 horas de apoio técnico administrativo nos
períodos da tarde e noite. Assim a escola conta com o profissional secretário
(a) em período integral de funcionamento.
6.8. Caracterização da Direção e Equipe Pedagógica
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A diretora do Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza”
reside na cidade de Siqueira Campos e convive com a comunidade
constantemente, o que contribui para o conhecimento da realidade local, das
famílias, favorecendo a busca de estratégias para solucionar problemas
relacionados ao cotidiano escolar em conjunto com os professores, pedagogas
e pais.
As pedagogas participam de forma ativa envolvendo-se com os alunos,
procuram socializar os conhecimentos adquiridos com professores buscando o
aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem, acessorando-os no
que se faz necessário e envolvendo os alunos em atividades sugeridas pela
SEED e NRE bem como outras criadas pela própria escola, complementando as
atividades que lhes competem.
Atualmente o Colégio conta com 3 pedagogas, para dar assistência no
período da manhã, tarde e noite.
6.9. Caracterização da Educação no Campo
A Educação do Campo, é uma política educacional compreendida a partir
dos sujeitos que têm o campo como seu espaço de vida. Nesse sentido, é uma
educação que deve ser no campo e do campo; Do campo porque “o povo tem o
direito de ser educado no lugar onde vive”, pois “o povo tem direito a uma
educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua
cultura e às suas necessidades humanas e sociais”. Nesse sentido, o conceito
de campo busca ampliar e superar a visão do rural como local de atraso, no
qual as pessoas não precisam estudar ou basta uma educação precarizada e
aligeirada. A Educação do Campo busca “romper o círculo vicioso de que se
estuda para sair do campo e/ou se sai do campo para estudar”. Esta educação
constitui um novo paradigma.
Baseado na formação humana compreendida a partir das heranças
culturais, da constante (re)invenção e (re)organização das relações do ser
humano com o ambiente cultural, compreendendo o sujeito nos diferentes
espaços “sócio-territoriais” — remanescentes de quilombos, terras indígenas,
acampamentos de sem terras, assentamento, comunidades ribeirinhas, de
ilhéus e outras comunidades camponesas. Portanto o campo é um lugar de
vida onde as pessoas podem morar, trabalhar e estudar com dignidade de
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quem tem direito a seu lugar e sua identidade cultural. Neste novo conceito de
educação incorporam-se as diversas formas singulares de viver em cada
território e suas temporalidades como fundamentais para produção de novas
formas de conhecimento provocando uma ruptura com o uso da ciência
pautada em uma perspetiva técnico-instrumental.
O educador(a) ao pensar a sua prática cotidiana na sala de aula deve,
como intelectual, compreender o universo de vida de seus educandos(as) para
que, desde seu lugar e posição de classe, reflita sobre sua prática no ambiente
escolar A complexa realidade do educando(a) deve ser o ponto de partida para
suas aulas, devendo o educador(a) ser capaz de fazer a dialética entre os
saberes experienciados pelos educandos(as) e o conhecimento universal
historicamente acumulado pela humanidade. Isto significa, a partir da
concepção da Educação do Campo, trazer para sala de aula em seus
planejamentos e conteúdos formativos “as questões que sempre foram
colocadas de fora dos conhecimentos escolares, tais como gênero, problemas
ambientais, democracia, justiça social e paz, conflitos étnicos, necessidades
especiais, entre outros.
Sendo considerada Escola do Campo, este Colégio busca atender às
necessidades das crianças, jovens e adultos da comunidade onde a mesma
está inserida, ofertando o ensino de 5ª à 8ª séries/6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, disponibilizando uma tolerância de faltas
previstas em Lei, de forma a não prejudicar a aprendizagem e conclusão da
série em curso. Muitos trabalham na pesca, pecuária, agricultura e na
produção dos derivados destes produtos como: pamonha, doce caseiro,
rapadura, entre outros. A renda adquirida com estes trabalhos, auxilia no
sustento de suas famílias. Em casos de faltas abusivas, os alunos são
contactados e advertidos e, no caso de menores os pais são convocados e/ou
convidados a enviarem seus filhos para a escola. Quanto ao não atendimento
convocação da escola, esta conta com a assistência do Conselho Tutelar, a fim
de garantir a permanência e retorno do aluno à série em curso.
Temas que tratam conscientização da importância de permanência dos
indivíduos do campo, seja na luta pela terra seja através da atuação dos
mesmos, no cenário politico e cultural, são trabalhados especialmente nas
aulas de Sociologia, Geografia, História e Língua Portuguesa. Nelas enfatiza-se
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a importância do trabalhador do campo na contribuição da cultura e economia
local, estadual e nacional contribuindo para que se percebam como partícipes
e construtores da sociedade da qual fazem parte.
6.10. Recursos Humanos, Formação e Função
Direção
Nome: Genísia Batista Ribeiro
Formação Acadêmica: Pedagogia
Função: Diretora
Equipe Técnico Pedagógica
Nome: Cynthia Gabriela Muniz Martins
Formação Acadêmica: Pedagogia
Função: Pedagoga Tarde
Nome: Elizângela Verchai àvilla
Formação Acadêmica: Pedagogia
Função: Pedagoga Noite
Nome: Rosângela Dias da Silva
Formação: Pedagogia e Letras
Função: Pedagoga Manhã
Equipe Técnico Administrativo (Agente Educacional II)
Nome: Luis Henrique Aparecido Marques
Formação: Superior em Educação Física
Função: Secretário
Nome: Fábio Henrique dos Santos
Formação: Superior em Biomedicina
Função: Apoio Técnico Administrativo
Equipe de Serviços Gerais (Agente Educacional I)
Nome: Martha Said de Lima
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Formação: Ensino Médio
Função: Serviços Gerais
Nome: Soeli Aparecida dos Santos de Almeida
Formação: Ensino Médio
Função: Serviços Gerais
Nome: Daiane Moreira dos Santos
Formação: Ensino Médio
Função: Serviços Gerais
Nome: Joel Donizete de Oliveira
Formação: Superior em Pedagogia
Função: Auxiliar de Serviços Gerais
Professores
Língua Portuguesa:Rosângela Dias da Silva Aline Gabriele Benetti
Matemática: Wallace Guerra Assunção Silvia Maria Medina Cassiane Barbosa Ramos
História: Jaqueline Terezinha de Oliveira Luis Alberto de Souza
Geografia: Adhemar Granato Júnior Leanderson Clóvis dos Santos
Inglês: Daniele da Paixão Catia Aparecida da Silva
Ciências: Solange de Souza Costa
Educação Física: Dianayna Leal
Arte: Glaziele Aparecida da Silva Marli Jose de Almeida Rosângela Vieira Rodrigues
Ensino Religioso: Leanderson Clóvis dos Santos
Filosofia: Helionilton Gomes Júnior
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Sociologia: Bruno Cesar Bega Pereira
Química: Teflânio Fidêncio dos Reis
Física: Osvaldo Vieira
Biologia: Alzira Rodrigues Faustinoni
Sala de Recursos Multifuncionais: Milena Maria Barbosa
Acompanhamento Pedagógico: Jozicleia Aparecida de Oliveira
Mais Educação (Esporte e Lazer): Dianayna Leal
Mais Educação (Tenis de Mesa): Eluana Aparecida Araújo
Atividade Complementar Periódica (vólei): Dianayna Leal
7. Descrição da Realidade Brasileira, do Estado, do Município e da
Escola
A Constituição Federal do Brasil, no Capítulo III, artigo 206, inciso IV,
estabelece que “o ensino será ministrado com base no princípio de gratuidade
do ensino público em estabelecimentos oficiais”, e no artigo 208, combinado
com o inciso I do mesmo capítulo dispõe que: “o dever do Estado será
efetivado mediante a garantia de ensino fundamental obrigatório e gratuito
assegurado inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram
acesso na idade própria”.
Este princípio constitucional já era previsto desde a década de 30, no
qual se encontrava explícito como obrigação do Estado manter um sistema de
ensino público, gratuito, capaz de acolher todos os sujeitos que se encontram
em idade escolar.
Se a prática do sistema educativo não se submete ao princípio imposto
pela Constituição, não é apenas porque uma sociedade em vias de
desenvolvimento econômico e social, como é o caso do Brasil, enfrenta
dificuldades para responder às demandas de educação, mas porque, no seio do
modelo atual no qual se inscreve, a economia brasileira ainda não se utiliza de
toda a reserva potencial da qual dispõe e cujo nível corresponde à educação
mínima obrigatória.
Assim, uma sociedade em vias de desenvolvimento esbarra numa
21
desigualdade social muito mais acentuada do que a das sociedades que
atingiram um estágio mais avançado de desenvolvimento econômico e social.
Tal desigualdade encontra no sistema educativo um elemento importante, não
só enquanto desigualdade educativa, isto é, um patrimônio diferenciado mas
também enquanto instrumento da própria reprodução dessas desigualdades
que constitui um elemento importante do sistema educativo.
Com esta dinâmica, o imperativo constitucional encontra nessa barreira
social o verdadeiro limite para sua concretização.
O mundo como se estrutura o sistema educativo e funcionam, as escolas
refletem, como diz Anísio Teixeira, defensor da democratização do ensino no
Brasil, “o dualismo social brasileiro entre privilegiados e não privilegiados”. Por
isso, a escola comum, a escola para todos, nunca pôde materializar-se, nem
atender a todos. A escola foi e continua sendo reservada às elites. Seu
programa e seu currículo mesmo nas escolas públicas acabam por atender aos
poucos privilegiados que, em consequência do modelo da organização
econômica do País, na maioria das vezes, os familiares não conseguem manter
nas instituições privadas, logo, até mesmo as escolas públicas, as práticas
educativas eram e são adaptadas aos privilegiados.
Enquanto uma clientela tradicional, oriunda do mesmo meio sócio
cultural e linguístico, a qual a escola é organizada por uma elite, isto é, a
clientela das crianças “educadas” mas também previamente formadas por
cursos de alfabetização pode aprender a ler, escrever e contar muito
rapidamente seguir o programa preconizado, “os alunos oriundos das camadas
menos favorecidas não recebem o preparo exigido pelos programas escolares
inspirados pela elite que domina o sistema escolar nacional” (Cunha, 1975, p.
122), seja no lar ou na camada social a que pertence.
Além disso, os indivíduos não são escolarizados simplesmente no nível
institucional. E quando isso não acontece, pode resultar em dificuldades frente
ás situações escolares. Sem dúvida, esse fator interfere na questão do preparo
dos sujeitos constituindo-se em “atraso” no processo educacional ao longo de
sua formação.
O mais grave, é que esse atraso tende a manifestar-se, como afirmei
acima, da maneira cumulativa. Logo, aqueles sujeitos envolvidos no processo
educativo que ficam em defasagem no inicio da escolaridade terão maior
22
dificuldade de recuperá-la, pois há uma realidade cada vez mais complexa no
que tange a construção do conhecimento que necessita de um a priori que
começa a se constituir enquanto requisito necessário à
assimilação/acomodação dos conteúdos ao longo dos anos. Isto resulta em
uma taxa de fracasso frequente e crescente, principalmente nas séries
iniciais, acentuando-se de forma significativa ao longo do processo formacional
do sujeito.
O tempo necessário para uma formação mais elaborada e o nível
alcançado ao final do grau de ensino encontra-se em relação direta à classe
social de origem do aluno. As possibilidades de acesso ao ensino médio e ao
ensino universitário são determinadas por essa origem, e a redução
progressiva do número de indivíduos oriundos das camadas inferiores é notável
à medida que se eleva o nível de escolaridade.
Geralmente, o escalonamento dos destinos escolares segue o das
camadas sociais.
O sistema escolar não tem como objetivo a compensação das carências
culturais sofridas pelas crianças das classes menos favorecidas. A linguagem e
os conteúdos trabalhados no ensino são familiares às camadas médias e altas
e elaborados de maneira arbitrária, impostos às classes dominadas,
provocando a evasão escolar por um lado e o fracasso escolar por outro.
Segundo Bourdieu (apud Perrenoud, 2001), a escola, ao tratar todos os
sujeitos da aprendizagem “como iguais em direitos e deveres”, transforma
diversas diferenças e desigualdades em fracassos e sucessos escolares.
Isto porque o sujeito da aprendizagem é dotado de uma história
biológica, social, política, econômica e cultural diferenciada, logo, não se pode,
na situação de aprendizagem, tratar estes sujeitos como iguais, pois se acaba
por aumentar as desigualdades.
Deve-se, sim, buscar adequar o ensino em nível e necessidade do sujeito
que aprende, evitando distanciamentos entre o processo de aprendizagem e a
realidade do aluno.
Buscando a transformação da escola em âmbito estadual o governo do
Estado do Paraná propôs uma, série de ações a fim de melhorar a prática
pedagógica, e formação de seus alunos:
• A reforma curricular com a participação dos professores;
23
• A formação continuada para os profissionais da educação;
• Formação interativa através de portais como o dia a dia da educação
e outros programas de softwares educacionais;
• PDE: (Programa de Desenvolvimento Educacional);
• Projeto Folhas, Fera e Com ciência entre outros.
Semanas Pedagógicas que possibilitam a todo profissional de ensino
refletir continuamente sua prática em consonância com as Diretrizes
Pedagógicas bem como tomar ciência quanto à concepção de ensino adotada
pelo estado e a importância do trabalho em conjunto visando atingir um
ensino qualidade para nossos alunos.
Todas essas possibilidades situam a realidade educacional paranaense
como ponto de referência para outros estados brasileiros.
Em relação à integração estado - município pode-se citar o projeto de
articulação entre as 4ªs e 5ªs séries do Ensino Fundamental favorecendo uma
análise mais profunda em relação ao que e como estão sendo trabalhados os
conteúdos nas referidas séries buscando superar as dificuldades e defasagens
presentes no aluno quando este chega à 5ª série.
8. Análise das Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente:
Reflexão Teórico Prática.
O trabalho docente é parte integrante do processo educativo mais global
pelo qual os membros da sociedade são preparados para a participação na vida
social. Portanto a prática educativa, é um fenômeno social e universal, sendo
uma atividade humana necessária à existência e o fundamento de todas as
sociedades. A prática educativa, e especialmente os objetivos, os conteúdos de
ensino e o trabalho docente, estão determinados por fins e exigências sociais,
políticas e ideológicas. Ela é determinada por valores, pelas normas e pela
estrutura social. Por isso, faz-se necessário que o professor compreenda as
diferentes concepções teóricas pelas quais a educação passa; inteirando -se
da concepção adotada pelo sistema de ensino ao qual a escola pertence.
Segundo opinião de Joana Paulin Romanorwisk, “os professores, em seus
relatos e depoimentos sobre a prática pedagógica empregadas nas aulas,
expressam preocupação metodológica para tornar como ponto de partida os
24
conhecimentos da experiência dos alunos. Dizem eles que esse conhecimento
possibilita contextualizar o saber escolar, isto é, favorece as interações em
aula, a aproximação do aluno com o conhecimento cientifico. No entanto, a
aprendizagem do saber escolar não significa a discrição do saber da
experiência, do conhecimento tácito, é preciso ir além, buscar a compreensão
do conhecimento e de sua sistematização.
Na prática pedagógica é importante, segundo os professores “conhecer e
compreender como se valoriza o processo de desenvolvimento cognitivo”. Os
professores também reconhecem a importância de considerar a diversidade
dos alunos na promoção da aprendizagem interativa, e que a diversidade dos
processos de aprendizagem dos alunos devem ser consideradas, requerendo
diferenciação das estratégias didáticas.
Apesar dos esforços, alguns professores ainda encontram dificuldades em
descobrir a maneira para transformar a sala de aula em um ambiente
prazeroso, tornando a aprendizagem agradável para os educandos. Esses
professores trazem para a sala de aula receitas prontas, aulas teóricas, as
quais também não ajudam a desenvolver a aprendizagem do aluno.
De acordo com as reflexões e produções dos professores na última
Semana Pedagógica ocorrida em agosto de 2010, para despertar o interesse do
aluno, o professor deve utilizar metodologias diferenciadas, levando em
consideração o meio social em que o aluno está inserido bem como os
aspectos econômicos e culturais dos mesmos. O aprender e o ensinar são
processos inseparáveis e o conhecimento historicamente produzido pela
humanidade deve ser sistematizado na escola e mediado pelo professor,
portanto, o conhecimento é fruto de uma relação mediada entre o sujeito que
aprende e o sujeito que ensina e o objeto do conhecimento, possibilitando
compreender a realidade em suas contradições.
Discussões sobre a realidade educativa, precisam ser constantes na ação
docente, buscando soluções e ações a serem desenvolvidas, juntamente com
os alunos, no cotidiano na sala de aula, pois, sem a compreensão do que se
faz, sem as competências necessárias para desenvolver o conhecimento nos
diversos âmbitos, sem a consciência do saber, pensar e refletir e, sobretudo,
sem a vontade de buscar inovações e mudanças no desempenho do seu
trabalho, a ação pedagógica do educador não passa de mera reprodução de
25
conteúdos e atividades definidas por outrem.
9. MARCO CONCEITUAL
9.1. Concepção de Sociedade
Atualmente é comum ouvir as pessoas dizerem que a sociedade está
desestruturada, pois, vivemos numa época em que os indivíduos pensam que
tudo pode fazer. A sociedade atual passa por uma crise de identidade agravada
por ondas de violências, marginalidade e drogas; principalmente entre os
jovens que na maioria das vezes se encontram desnorteados. Para complicar,
vivemos uma época de maus exemplos na esfera política, demonstrado pelos
mensalões, Petrolões e CPIs que acabam em pizza. Sem contar a má
distribuição de rendas e desemprego.
Apesar de alguns avanços nos últimos anos, não se pode negar a
existência das desigualdades sociais dos últimos tempos, mesmo possuindo
imensas riquezas, o país apresenta expressivas desigualdades regionais,
herdadas dos tempos de colônia, escravocrata e de exclusão social.
Em meio a tudo isto está a família que sofre as consequências de tudo
que se passa fora dela. É impossível passar despercebido a desestruturação
familiar em nossos dias, pois hoje existem muitas e inúmeras formas de
estruturas familiares: a família de pais separados que realizam novas uniões,
das quais resulta uma convivência entre filhos dos casamentos anteriores e os
novos filhos do casal, a família chefiada por mulher (em todas as classes
sociais), a nuclear, a extensa, a homossexual, enfim, observa-se uma
infinidade de tipos que a cultura e os novos padrões de relações humanas vão
produzindo.
Um dos caminhos para superarmos as enormes diferenças sociais, o
atraso e a exclusão social é o de ampliar as oportunidades educativas e fazer
da Educação a locomotiva do desenvolvimento nacional.
9.2 Concepção de Homem
Há quem defina o homem como a única criatura Bio-Psico-Social-
Espiritual da terra, o que significa um ser: vivo (Bio), que pensa (Psico),
organizado em sociedade (Social) que reflete sobre uma realidade, sem ser
superior responsável pela sua existência (Espiritual).
26
Por isso há quem diga que a diferença fundamental entre homens e
animais, é a cultura.
O homem é também um ser dual, que pensa e age. Vivendo pois, com a
interação dessas características e seus pensamentos, ele irá vivenciar e
promover certos atos através do trabalho, relacionamento com outros homens
e com o meio. Assim é que o homem produzindo cultura e conhecimento
constitui-se num ser histórico.
Sendo o homem um ser social e inserido no meio faz-se necessário que
se busque formas de se relacionar bem com os outros homens e com a
natureza a fim de lhe garantir uma existência tranquila, saudável e possível.
9.3. Concepção de Educação
Os desafios enfrentados pelas sociedades contemporâneas fazem com
que a educação apareça como elemento indispensável para que o indivíduo
possa progredir em direção aos ideais de paz, liberdade e justiça social. A
educação manifesta-se também como amor pela infância e juventude, na
família, na comunidade.
A educação que permite a todos o acesso ao conhecimento, ajudando a
descobrir o mundo e outro, contribui para que se possa desenvolver, também
um melhor conhecimento de si mesmo, aumentando a solidariedade e
aceitação das diferenças culturais.
A escola tem imensas tarefas no contexto da globalização e
transformações cientificas, não apenas na formação das pessoas, mas como
aquela que exerce a pratica educativa social planejada ao longo da vida dos
alunos.
No mundo contemporâneo, torna-se necessário que a educação trabalhe
a formação ética dos alunos, principalmente como espaço social.
O exercício da cidadania exige o acesso de todos a totalidade dos
recursos culturais para a interação e a participação na vida social, desde o
domínio da língua falada e escrita, dos princípios da reflexão matemática, das
coordenadas espaciais e temporais que organizam a percepção do mundo, dos
princípios da explicação cientifica, das condições de desfrute das obras de arte
e das mensagens estéticas até outras exigências que se manifestam como
imposições do mundo contemporâneo.
27
Desta forma, impõe- se a necessidade urgente de que a educação:
• Antecipe a luta contra as exclusões, pois o fracasso escolar é uma das
origens de algumas formas de violência e desajustes individuais. A educação
deve contribuir para a promoção e integração de grupos minoritários;
• Colabore com a construção de uma cidadania consciente e ativa;
• Forneça aos alunos bases culturais que lhes permitam decodificar as
transformações que ocorrem associando as ações educativas as tecnologias da
comunicação;
• Sirva como elemento de coesão social e identidade nacional;
• Atue em diferentes planos: éticos e cultural, científicos e tecnológicos
econômico e social.
9.4 Concepção de Conhecimento
Conhecimento: refere-se ao conjunto de explicações produzidas pelos
homens sobre a natureza, sobre as relações dos homens com a natureza, sobre
si mesmo e sobre as relações entre os homens.
No processo de “extrair” da natureza aquilo que precisa, os homens
produzem conhecimento sobre o mundo natural; estabelecem normas para
regulamentar suas relações com a natureza e com os outros homens. Portanto
conhecimento é constituído coletivamente e por isso é também um fato social.
Na história da humanidade podemos perceber a existência de distintas formas
de organização social, econômica e política onde o homem adquire e produz
conhecimento.
Sendo a escola parte desse sistema, o ser constrói e reconstrói seus
conhecimentos e o professor será aquele que facilitará para que este processo
ocorra e por isso, deverá estar bem munido de conhecimento já que este é o
seu objetivo de trabalho.
9.5 Concepção de Escola
A sociedade atual reclama por uma escola transformadora e formadora
28
de indivíduos capazes de modificar a realidade. A escola deve favorecer a
formação de cidadãos participativos que saibam decidir com base em critérios
bem definidos. Assim propõe-se pensar em uma escola que propunha uma
educação com atividades que nos remete para a mudança de paradigmas de
como se ensina e de como se aprende. A escola deve conhecer e responder as
diversas dificuldades, enfrentadas pelos alunos, redefinindo métodos
pedagógicos em ritmos de aprendizagem, assegurando a todos uma educação
de qualidade por meio de currículo apropriado, modificações organizacionais,
estratégias de ensino e parcerias com a comunidade.
A escola desempenha um papel preponderante no sentido de
conservação da estrutura social vigente. Formando e aprimorando a forma de
trabalho, ratificando as desigualdades sociais, inculcando a ideologia
dominante, ou seja, difundindo crenças, ideias, valores transmitindo o
conhecimento e o desenvolvimento da autonomia, fatores essenciais para se
atingir o objetivo transformador da escola. O seu papel é transmitir, de
maneira lógica, coerente e sistemática, os conhecimentos acumulados
historicamente pelo homem, ou seja, os conhecimentos científicos,
tecnológicos, filosóficos, culturais, etc. (Gadotti, 1990)
9.6 Concepção de Ensino Aprendizagem
A aprendizagem é resultado das relações pessoais estabelecidas entre o
professor e seus alunos. O fazer docente deverá estar articulado com o
contexto sócio cultural.
Os professores enfatizam que nas relações entre eles e os alunos, tanto
quanto na cognição como sobre os aspetos da efetividade, quanto na
promoção de aprendizagem consideram necessário tomar como ponto de
partida as experiências dos alunos, o conhecimento da vida cotidiana e, a
partir disso, articular com o conhecimento universal.
Para os professores, os alunos são o centro da aprendizagem e precisa
ser considerado na promoção da aula interativa e no projeto pedagógico da
escola.
Apontam os professores como ponto de partida para a realização da
aprendizagem a experiência, como nesses depoimentos: “os alunos aprendem
pela vivencia, pela reflexão, pela crítica”, é a experiência anterior do aluno o
29
ponto de partida para o ensino” e a realização de um ensino que resulte em
aprendizagem por todos os alunos como sujeitos históricos, pois como
destacam os professores “é preciso contextualizar o ensino”.
A aprendizagem realizada na escola direciona-se da sistematização das
experiências cotidianas para a mudança em conhecimento cientifico, como
analisa Oliveira (2000) para um pensamento empírico. A aprendizagem escolar
segundo depoimento dos professores, sofre uma mudança de reprodução do
conhecimento, repetição das lições para um processo de valorização da
compreensão.
A aprendizagem segundo Campos (1975, p. 248), está presente em toda
a vida do ser humano. Logo que nasce, a criança já começa a aprender, a
conhecer as pessoas e tudo que está ao seu redor, até o momento de ir para a
escola, onde aprenderá de uma forma dirigida e formal os conhecimentos,
habilidades hábitos, atitudes e onde adquirirá cada vez mais informações.
9.7 Concepção de Avaliação
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem.
Portanto, pressupõe a relação entre o professor, o aluno e o conhecimento.
Aluno como construtor do próprio conhecimento. Esta construção só se dá pela
mediação do professor como facilitador e orientador da aprendizagem.
A construção de conhecimento é um processo interior do sujeito da
aprendizagem, estimulado por condições exteriores criadas pelo professor.
Avaliar a aprendizagem dos alunos tem um sentido amplo. A avaliação é
feita de formas diversas, com instrumentos variados, sendo o mais comum em
nossa cultura a prova escrita.
Porém a avaliação da aprendizagem é angustiante para muitos
professores por não saberem como transformar uma prova escrita num
processo que não seja mera cobrança de conteúdos aprendidos “décor” de
forma mecânica e sem significado para aluno.
Ao tratarmos da avaliação educacional não podemos deixar de considerar
que avaliar em qualquer contexto emite imagens, conceitos que estão
arraigados no social e trazem uma gama de ideias, pensamentos e
conhecimentos eruditos que passam pelo ser na qualidade de indivíduo uno e
coletivo.
30
Ao evocar a avaliação existe sempre a ideia de valor, julgamento, medida
de comparação, peso, em que há os melhores e os piores na escola de
qualificação / quantificação. Se falar especificamente da avaliação na escola,
ainda pode-se ampliar essa lista com a classificação, controle e seleção, entre
outros.
Luckesi propõe uma avaliação inclusiva, democrática e amorosa, em que
não há submissão e sim autonomia, não há medo, mas sim liberdade e busca.
Não há chegada definitiva, mas travessia permanente, em busca do melhor.
Para Hoffmann, numa perspectiva construtiva, a avaliação é a reflexão
transformada em ação. Um processo dialógico em que alunos e professores
saem modificados, uma investigação e dinamização do processo de construção
de conhecimento.
Avaliação é a análise da prática pedagógica de todos os envolvidos no
processo educativo, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para
que a aprendizagem ocorra. Ao avaliar a aprendizagem dos alunos também se
avalia a prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o
próprio sistema de ensino como um todo.
9.8 Filosofia da Escola
A filosofia adotada pelo Colégio Estadual do Campo Joaquim Marques de
Souza é a Progressista.
Orientado pelo pedagógico Crítico Social dos conteúdos, o Colégio tem
como filosofia de trabalho educativo, prestar serviços educacionais, de forma
dialética.
A teoria dialética do conhecimento pressupõe a construção recíproca
entre o sujeito e o objetivo, já que é pela práxis do homem sobre o mundo, que
tanto o homem quanto o mundo se modificam e se movimentam. Baseados na
teoria dialética do conhecimento, nossa ação educativa deverá levar em conta
que:
a) a prática social é a fonte do conhecimento;
b) a teoria deve estar a serviço de e para ação transformadora;
c) a prática social é o critério de verdade e o fim último do processo de
conhecimento.
Respeitar a comunidade de cada sujeito de um determinado grupo é uma
31
aprendizagem necessária e fundamental numa vivência dentro de uma
perspectiva interdisciplinar, sendo necessário eliminar as barreiras que se
criam entre as pessoas para o estabelecimento de uma relação dialógica.
Assim, dentro da Concepção Crítico Social dos Conteúdos espera-se que
os alunos deste estabelecimento de ensino sejam instrumentalizados para
atuar de forma crítica e dialógica em todas as situações do seu cotidiano.
Para isto a escola procurou elaborar o Projeto Político Pedagógico
envolvendo todos os profissionais de ensino, pais e comunidade escolar a fim
de que sua proposta retrate o mais claramente possível a realidade e anseios
da mesma.
10. MARCO OPERACIONAL
10.1. Critérios de Organização Interna da Escola
Registro de Classe
A presença diária do aluno bem como seu comportamento, os conteúdos
trabalhados em sala de aula e notas serão registradas no Livro de Registro de
Classe do Professor, este deve permanecer na escola para posteriormente ser
vistado pela pedagoga em forma bimestral.
Sala em funcionamento
• 07 turmas de ensino regular com 137 alunos
• 01 turma de atividades complementares com 30 alunos
• 01 turma de Atividades Periódicas com 27 alunos
• 01 sala de recursos multifuncional com 08 alunos
• 01 turma do Projeto Mais Educação (Tênis de Mesa, Mídias, Apoio
Pedagógico em Português e Múltiplas Vivências Esportivas) com 30 alunos
Recursos Humanos
• 25 professores (as)
• 03 pedagogas
• 01 secretário
• 01 agente educacional II
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• 04 agentes educacionais I
• 01 diretora
Número de alunos por série/ano
Ensino Fundamental
• 6º ano: 19 alunos
• 7º ano: 15 alunos
• 8º ano: 21 alunos
• 9º ano: 21 alunos
Ensino Médio
• 1º ano: 21 alunos
• 2º ano: 11 alunos
• 3º ano: 19 alunos
Matrícula - O aluno que irá se matricular neste estabelecimento de
ensino deverá vir munido de histórico escolar, documentos pessoais xerocados,
comprovante de residência da copel, histórico escolar, matriz curricular, carta
matrícula e xerox dos documentos dos pais ou responsável legal.
Transferências - Ao requerer transferência para outro estabelecimento
de ensino no município ou para outro município, o aluno deverá requerer a
declaração de vaga do estabelecimento para o qual pretende ser matriculado e
assinar a declaração de abdicação de vaga da escola a qual está se
transferindo. O aluno que irá se matricular neste estabelecimento de ensino
deverá vir munido da declaração de transferência, documentos pessoais
xerocados, comprovante de residência da copel, histórico escolar, matriz
curricular, notas parciais se houver necessidade e xerox dos documentos dos
pais ou responsável legal.
Adaptação de matrícula - Ao chegar transferido para este
estabelecimento de ensino, o documento escolar do aluno é analisado pela
equipe pedagógica a fim de verificar a necessidade de adaptação. Caso seja
33
necessário, estuda-se a melhor forma de realizá-la com os professores das
disciplinas buscando um melhor aproveitamento e adaptação do aluno na
escola de acordo com o prescrito no Regimento Escolar.
Progressão Parcial - Conforme Deliberação nº 09/91 – CEE, o
estabelecimento de ensino oferta a matrícula em Regime de Progressão Parcial,
para atender os alunos transferidos vindos de Estabelecimentos que adotaram
este regime. Aos alunos que cursaram o Ensino Médio neste estabelecimento e
que ficaram em dependência em até três disciplinas, é estabelecido um plano
especial de estudos de trabalhos, plano este que será registrado em relatório
que deverá integrar a pasta individual do aluno.
Relações com a família - O relacionamento com a família acontece
através de reuniões propostas pela escola, em situações festivas, em casos de
faltas do aluno sem justificativas e/ou quando os pais comparecem à escola
com intuito de resolver alguma questão pedagógica ou outros assuntos
importantes envolvendo os filhos.
Avaliação - Segundo (SOUZA et al, 2005, p. 19). o objetivo da
avaliação é conhecer o que os alunos aprenderam distante ou perto dos
objetivos educacionais que lhes foram propostos.
Fazendo uso dos princípios básicos a compreensão ampla da realidade e
a relação com o conhecimento produzido, os professores buscam um trabalho
pedagógico para atingir os objetivos propostos, visando o desenvolvimento
intelectual, seus avanços, dificuldades e possibilidades, como uma ação que
ocorre durante todo o processo de ensino. A avaliação deverá estimular a
reconstrução do conhecimento, mobilizar o raciocínio, a experimentação, e
solução de problemas.
A avaliação necessita ser global, analisando o conjunto das tarefas
realizadas pelo aluno, revelando seu progresso dando importância à
apropriação do conhecimento.
Ele serve como instrumento de promoção do aluno e análise das práticas
pedagógicas com objetivo de direcionar a aprendizagem e seu
desenvolvimento.
34
Em suma, a avaliação é compreendida como elemento integrador entre a
aprendizagem e o ensino, um instrumento que possibilita ao aluno tomar
consciência ensino e aprendizagem e não apenas em momento específico.
Para que esse procedimento se efetive, professores, equipe pedagógica e
administrativa precisam proporcionar novas oportunidades de
encaminhamentos pedagógicos, avaliativos e consequentemente melhor
qualidade de ensino.
O Colégio Estadual do Campo Joaquim Marques de Souza tem a política
educacional de assegurar a participação dos pais ou responsáveis quanto ao
processo educativo e avaliativo, assim sendo estabelece como procedimento
reuniões bimestrais, mesmo com as notas parciais, convocação em caso de
notas abaixo da média.
Todos os procedimentos quanto ao registro, periodicidade, critérios e
instrumentos encontram-se descritos no Regimento Escolar desse
estabelecimento.
Recuperação de Estudos e da Promoção - A avaliação é uma prática
pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de
diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola.
E vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político
Pedagógico.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando a comparação
dos alunos entre si.
35
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa
reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as
necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações
pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem.
A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados.
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar área de estudos e
os conteúdos da disciplina.
O sistema de avaliação bimestral será composto pela somatória da nota
4,0 (quatro) referente a atividades diversificadas; mais a nota 6.0 (seis)
resultante de no mínimo 02 avaliações (instrumentos diversificados),
totalizando nota final de 10,0 (dez).
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade de sua vida escolar.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro
de Classe.
A recuperação de estudos, encaminhamento de caráter pedagógico,
destinado a aluno de aproveitamento escolar insuficiente, será ofertada
obrigatoriamente por este estabelecimento de ensino de forma paralela,
continua e progressiva durante o período letivo, visando melhoria do
aproveitamento escolar e aperfeiçoamento do currículo.
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O estabelecimento de ensino proporcionará a Recuperação a todos os
alunos que não atingirem a nota integral, sendo:
a) a recuperação possui valor substitutivo, valendo sempre a maior nota.
b) a recuperação das atividades far-se-à de maneira concomitante para
que o estudante possa assimilar os conteúdos e, consequentemente, recuperar
suas notas.
c) o professor retomará o assunto possibilitando aos estudantes as
correções necessárias, garantindo o acréscimo à nota inicial de acordo com a
aprendizagem dos educandos.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno, aliada à apuração da sua frequência. O aluno que não comparecer para
fazer a avaliação no dia programado, só poderá fazê-Ia com apresentação de
atestado médico ou mediante justificativa dos pais ou responsável tendo o
prazo de três dias para se justificar.
Plano de trabalho docente - O plano de trabalho docente é um
documento que contempla o conteúdo estruturante, conteúdos básicos, a
justificativa (objetivos), o encaminhamento metodológico e avaliação
constando os instrumentos e critérios.
Todos os professores entregam seus planos de trabalho docente
semestral nos primeiros trinta dias do 1º bimestre. Após a entrega no próximo
semestre. É acompanhado na medida do possível pela equipe pedagógica,que
auxilia e sugere mudanças quando necessárias. Isso é previsto para ser
realizado na hora-atividade do professor.
Evasão escolar - O colégio praticamente não tem índice de evasão.
Quando surge caso de resistência por parte do aluno para frequentar as aulas,
são usados todos os recursos disponíveis, esgotados todos os meios, os pais
são convocados a assinarem um termo de compromisso, e se após todas as
medidas tomadas o aluno não retornar para a escola entra- se em contato com
o Conselho Tutelar enviando a ficha do FICA e solicita verbalmente uma visita
imediata na residência afim de que o aluno retome as atividades em menor
tempo possível.
Justificativas de faltas do aluno – As faltas dos alunos serão
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justificadas nas seguintes condições: mediante atestado médico, comunicado
dos pais (se menor), comprovante do responsável pelo transporte de alunos,
jogos escolares, trabalho (época de colheita) através de comprovante.
Boletim bimestral de notas e frequências - Os boletins são entregues
aos alunos ao final de cada bimestre para que os mesmos tomem
conhecimento de suas notas e faltas e leve ao conhecimento de seus pais. Os
alunos que não atingirem a média, seus pais serão convocados a fim de
tomarem ciência da situação escolar do(a) filho(a).
Uniforme - É de uso obrigatório, tendo sido decidido pelos pais através
de votação realizada em reunião. Quanto aos alunos carentes, o uniforme é
distribuído pela APMF do Colégio; e ainda, é opcional ao aluno que não possui
uniforme vir com vestimenta condizente com o ambiente escolar. Tais decisões
encontram-se registradas em ata.
Diplomas ou certificados - Aos alunos das séries finais do Ensino
Fundamental e Médio, o Colégio entrega ao término do curso Certificado e
Histórico Escolar contendo todos os dados que comprovem a conclusão do
curso.
Livro ponto - As frequências dos professores e dos demais funcionários
são registradas em folha ponto individual que ficam arquivadas no Colégio
sendo de responsabilidade da Secretária o acompanhamento e arquivo das
mesmas.
Demanda - O Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza” –
E.F.M. disponibiliza de:
• 60 horas de Equipe Pedagógica;
• 40 horas de Direção Geral;
• 40 horas Secretário Escolar
• 40 horas Apoio Secretaria Escolar
• 160 horas de Auxiliar de Serviços Gerais
O número de horas/aulas dos professores é atribuída de acordo com as
38
normas da matriz curricular do colégio para cada disciplina.
Hora Atividade - O controle de Hora Atividade, é assinado na folha
ponto.
Registro de Classe - Nele são registrados a frequência dos alunos,
notas, conteúdos trabalhados pelo professor e ocorrências relacionadas à
disciplina. Estes diários permanecerão na escola e a pedagoga vistará
bimestralmente.
Horário de Expediente - O horário de atendimento do Colégio acontece
da seguinte forma:
Manhã 07:30 hs 11:50 hs
Tarde 12:45 hs 17:05 hs
Noite 18:45 hs 22:50 hs
Horário de aulas - O Colégio Estadual do Campo Joaquim Marques de
Souza desenvolve – se as aulas obedecendo ao seguinte horário:
1ª
aula
2ª
aula
3ª
aula
4ª
aula
5ª
aula
Manhã – Ativ. Complementar
Sala de Recurso
Sala de apoio
07:30
08:20
08:20
09:10
09:10
10:00
10:10
11:00
11:00
11:50
Tarde
Ensino Fundamental
12:45
13:35
13:35
14:25
14:25
15:15
15:25
16:15
16:15
17:05
Noite
Ensino Médio
18:45
19:35
19:35
20:25
20:25
21:15
21:25
22:10
22:10
22:50
Escala de férias: Os professores gozam de férias de acordo com o
calendário escolar: 30 dias em Janeiro, 07 dias de recesso em Julho, 08 dias de
recesso, conforme estabelece a LDB nº 9394 /96. Os agentes educacionais I e II
gozam de 30 dias de férias em janeiro.
Livro de registros - O Colégio dispõe de livro ata para registrar
39
reuniões de professores e funcionários; Conselho Escolar; ocorrência
disciplinar; Conselho de Classe, APMF, termo de posse ou termo de exercício
que ao tomar posse o Professor ou funcionário dirige-se até o estabelecimento
e assina o livro de posse perante o diretor; livro de fatos ocorridos onde é
registrado algum fato grave ocorrido na escola por parte do aluno ou professor.
São documentos que ficam sob a responsabilidade do secretário e diretor.
Correspondência - A correspondência deste estabelecimento de
ensino é redigida pela direção quando compete à mesma e pela pedagoga
quando de trata de assuntos pedagógicos e secretária quando se trata de
documentos referentes a secretaria. São enviadas para o Setor de Siqueira
Campos e que, após protocoladas são encaminhadas via malote aos seus
destinos. As correspondências endereçadas ao estabelecimento são enviadas
pelo Setor que as entregará ao diretor e distribuirá aos respectivos
destinatários do colégio.
Merenda Escolar - A merenda escolar deste estabelecimento de ensino
é distribuída pelo Programa Estadual de Alimentação Escolar (PEAE) e é
enriquecido com outros alimentos naturais tais como: pães, verduras, frutas,
legumes, entre outros através do Programa Agricultura Familiar atendendo
assim os alunos do Ensino Fundamental e Médio deste estabelecimento de
ensino. Os cardápios são elaborados semanalmente pela merendeira com o
apoio do secretário do Colégio, são cardápios variados e saudáveis distribuídos
diariamente.
10.2. Perfil exigido de cada Profissional
Diretor - Um profissional capacitado para exercer a função de gestor
escolar com comprometimento, sensibilidade para as inovações tecnológicas e
pedagógicas, com habilidades para gerir os recursos financeiros e humanos da
escola, ou seja, de fazer uma gestão democrática.
Equipe Pedagógica - A equipe pedagógica tem que atuar exercendo
sua função pedagógica. Ser de fato um auxílio para os professores e sempre
40
procurando intervenções que possam auxiliar tanto os alunos, pais e
professores.
Professores - Cumprirem sua função que é ensinar,trabalhando os
conteúdos científicos,visando a aprendizagem dos alunos.
Secretário - É o profissional responsável pela parte legal e funcional do
estabelecimento. Portanto deve trabalhar em consonância com a demanda.
Auxiliar de Secretaria - Este profissional deve estar voltado para as
atuais necessidades da escola e em conexão com as prioridades e deveres
pertinentes ao seu papel.
Auxiliar de Serviços Gerais - Comprometidos com o bem-estar da
escola em toda sua amplitude e voltados para as possibilidades de mudança,
contornando problemas, buscando soluções, tomando decisões participativas,
criando condições melhores de trabalho e organização.
10.3. Núcleo Regional de Educação, Coordenadoria de Normas
Pedagógicas e Secretaria de Educação
Estatística Anual: Faz-se por meio de Relatório Final obtido pelo
Sistema SERE WEB ao final de cada ano letivo, relacionando os alunos
aprovados, reprovados, transferidos e desistentes.
Relatório Anual das Atividades: Será realizado a partir deste ano, ao
término do ano letivo, a fim de avaliar as atividades desenvolvidas no Colégio.
Projeto Político Pedagógico: Tendo sido elaborado com a participação
da comunidade escolar, o atual Projeto Político Pedagógico após ter sido
homologado em doze de dezembro de 2005, enviado ao Núcleo Regional para
ser avaliado e retornado à escola encontra-se em processo de atualização
anualmente.
Concursos para Docentes, Diretores e Funcionários: Com exceção
41
do Diretor que é eleito pela comunidade escolar e pais, os demais funcionários
e professores são contratados pela SEED, através de concursos, testes
seletivos e P.S.S. (Processo Simples de Seleção) de acordo com os editais da
SEED.
Verbas Fundo Rotativo, outras verbas: MEC / FNDE e APMF: As
verbas do Fundo Rotativo são destinados à manutenção e conservação do
Estabelecimento, e a parcela do PDDE é destinada à manutenção, conservação
e uma parte é destinada à compra de material permanente.
Prestação de Contas: Fundo Rotativo é feito em duas etapas que
acontecem ao final dos dois semestres do ano, prestando contas à FUNDEPAR e
ao PDDE, através do encaminhamento das Prestações de Contas e um ofício à
SEED.
10.4. Princípio da Gestão democrática da escola
A Constituição Federal estabelece no artigo 206 os princípios sobre como
o ensino deve ser ministrado. Dentre eles, destaca-se a gestão democrática do
ensino público, na forma de lei.
Cabe, no entanto, aos sistemas de ensino, definirem as normas da gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
a) participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
b) participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares
ou equivalentes (LDB – Art. 14).
É um processo político no qual as pessoas que atuam na escola
identificam problemas, dialogam e discutem, deliberam e planejam,
encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações
voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca da solução daqueles
problemas. Este processo, sustentado no diálogo, na alteridade e no
reconhecimento às especificidades técnicas das diversas funções presentes na
escola, exige a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade
escolar, o respeito às normas coletivamente construídas para os processos de
42
tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos
da escola. Gestão democrática é lei e está amparada legalmente nos seguintes
documentos:- Constituição Federal (CF) de 1988, Lei de Diretrizes e bases da
Educação Nacional (LDB), Lei nº 9,394/96.
A gestão da escola, além de ser instrumento, é também uma ação
político-pedagógica que deve ser balizada pelos princípios da democracia, da
igualdade, da universalidade e da laicidade.
“O reconhecimento do que é público decorre da necessidade de
entendermos que existe uma esfera coletiva na vida humana, de interface e
convívio entre pessoas (CHAUÍ, 1991).”
A participação da comunidade escolar não depende somente da abertura
que a escola propicia,mas principalmente da conscientização dos diversos
segmentos acerca da importância da participação de cada um no processo
pedagógico.
A ideia de uma educação pública está solidificada na garantia da sua
universalidade, ou seja, em uma educação que atinja a todos e de forma
obrigatória, pelo menos, durante um período da vida, uma vez que ao direito
de se educar corresponde o dever social de frequentar a escola.
[...] a gestão democrática da Educação é hoje um valor já consagrado no Brasil e no mundo, embora não totalmente compreendido e incorporado à prática social global e à prática educacional brasileira e mundial. É indubitável sua importância como um recurso de participação humana e formação para a cidadania. É indubitável sua necessidade para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É indubitável sua importância como fonte de humanização(Ferreira,2000.p.167).
Educação pública é a educação de todos para todos. (Souza, 2003. p19).
Em uma visão democrática quando se fala em cidadania, devem-se
discutir as questões políticas, éticas, epistemológicas e metodológicas da
Educação. Sabe-se que não é tarefa fácil, constitui-se um desafio permanente,
em especial, na luta pela construção de uma sociedade democrática.
Se a finalidade da educação é a formação de cidadãos, então, a
qualidade da educação precisa estar voltada para esse fim e necessita
sustentar-se em um tipo de gestão que propicie o exercício da cidadania,
promovendo a participação de todos os segmentos que compõem a escola,
além da comunidade local externa, ou seja, deve-se sustentar na gestão
democrática e para isso, precisa da atuação das Instâncias Colegiadas:
43
10.5. Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual do Campo Joaquim Marques de
Souza recebe o nome de Grêmio Estudantil da Paz.
Essa Instância até então não atuou de forma eficiente, por falta de
compreensão da sua importância. Antes de realizar as eleições, fazer um
trabalho conjunto da equipe pedagógica e professores junto aos alunos, para a
conscientização da importância da atuação do Grêmio. Pretende reunir com
frequência para instrumentalizar o mesmo, ficando uma pedagoga e uma
professora responsável por essa Instância. Uma das primeiras ações será
formar uma equipe de cuidadores da escola, para que possam cuidar do
estabelecimento.
10.6. Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa. É o órgão máximo de
direção do Estabelecimento, constituído pelos princípios de representatividade
democrática, da legitimidade e da coletividade.
O Conselho Escolar se reúne uma vez por mês, ou extraordinariamente
quando necessário. O Conselho deste estabelecimento é bem participativo,
estando presente nas necessidades da escola.
10.7. APMF
Órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino. É um órgão de grande que tem participação e
atuante nas decisões do Colégio. Através da gestão democrática, a escola
garante a participação de toda a comunidade escolar nas decisões, na
responsabilidade e na construção propriamente dita do Colégio que queremos.
Se reúne 1 vez por mês,e extraordinariamente quando necessário.
10.8. Conselho de Classe
Se reúne de acordo com o Calendário Escolar, visando intervenções
pedagógicas que possam auxiliar na aprendizagem das turmas.
10.9. Reuniões pedagógicas
44
Realizadas conforme o calendário escolar, tendo como objetivo analisar e
discutir concepções,documentos e temas, visando contribuir com a prática
realizada pelos professores em sala de aula, bem como a atuação dos demais
profissionais da escola.
A reunião é dirigida pela equipe pedagógica, que elabora a pauta de
acordo com as orientações da equipe pedagógica do NRE.
11. Organização Curricular
O Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza” – E.F.M. adota
as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná cujos conteúdos estão
contemplados nas Propostas Pedagógicas e distribuídos nos Planos de Trabalho
Docente, trabalhados e avaliados por bimestre. A matriz teórica de cada
disciplina descreve o que pretende desenvolver no educando ao término de
cada modalidade de ensino, ou seja, nas séries/anos do Ensino Fundamental de
09 anos e Ensino Médio.
11.1. Matriz Curricular do Ensino Fundamental Ano letivo 2013
45
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza”
CURSO: Ensino Fundamental 6/9 Ano TURNO: Tarde
PERÍODO LETIVO: 2013 –1 CÓDIGO DA MATRIZ: 351483DISCIPLINAS / SÉRIES 6 7 8 9
B
A
S
E
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
ARTE...............................................................................
CIÊNCIAS........................................................................
EDUCAÇÃO FÍSICA..........................................................
ENSINO RELIGIOSO........................................................
GEOGRAFIA....................................................................
HISTÓRIA........................................................................
LÍNGUA PORTUGUESA.....................................................
MATEMÁTICA..................................................................
L.E. – INGLÊS.................................................................
2
3
2
1
2
3
5
5
2
2
3
2
1
3
2
5
5
2
2
3
2
0
3
3
5
5
2
2
3
2
0
3
3
5
5
2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
11.2. Matriz Curricular do Ensino Médio
46
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual do Campo “Joaquim Marques de Souza”
CURSO: Ensino médio 1/3 TURNO: Noite
PERÍODO LETIVO: 2013-1 CÓDIGO DA MATRIZ 351482 DISCIPLINAS / SÉRIES
ARTE.....................................................................
BIOLOGIA..............................................................
EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................
FILOSOFIA.............................................................
FÍSICA...................................................................
GEOGRAFIA...........................................................
HISTÓRIA..............................................................
LÍNGUA PORTUGUESA...........................................
MATEMÁTICA.........................................................
QUÍMICA................................................................
SOCIOLOGIA..........................................................
L.E.M.-ESPANHOL..................................................
L.E.M.-INGLÊS.......................................................
1 2 3
B
A
S
E
N
A
C
I
O
N
A
L
C
O
M
U
M
2
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
4
2
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
4
2
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
4
2
TOTAL GERAL 29 29 29O currículo da escola contempla em suas disciplinas os estudos do
Estado do Paraná, estudo com as diferentes temáticas da diversidade e
também dos desafios contemporâneos dentro das disciplinas.
12. Diversidade Educacional e Desafios Contemporâneos
47
Os Desafios Educacionais Contemporâneos são demandas que possuem
história, vidas de contradições da sociedade capitalista, ou dos anseios dos
movimentos sociais. São movimentos importantes para a comunidade escolar
por estarem presentes nas experiências praticas e identidades dos educandos
e educadores.
A Diversidade está inserida nos conteúdos das diferentes disciplinas do
currículo contempladas no Projeto Político – Pedagógico, muito além de urna
simples pedagogia de projetos (pautada por ações esporádicas e pontuais) a
abordagem pedagógica desses assuntos, a partir dos conteúdos escolares e da
apropriação dos conhecimentos sistematizados visa propiciar o resgate da
função social da escola.
E necessário pontuar que os desafios educacionais contemporâneos
inseridos na escola e nas políticas educacionais são marcos legais
conquistados pela sociedade. Constitui-se parte integrante dos conteúdos
como necessidade para observação, análise e explicação de fatos sociais.
Desta forma os fatores sociais (violência, drogas, relações étnico-raciais,
questões ambientais e direitos humanos, são assuntos que permeiam a
Educação e a formação critica dos sujeitos levando integrar de forma
abrangente todo o PPP e trabalhado em todas as disciplinas.
Para abordar tal temática, a escola tem se utilizado de diversas
metodologias tais como: filmes, debates, palestras e entre outros.
12.1. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
A Lei nº 10.639 de 09 de Janeiro de 2003, altera a Lei nº 9.394 de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, para incluir no currículo Oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade
da temática “História e Cultura Afrodescendente”.
Nos Estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, oficiais e
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura
Afrodescendentes.
O conteúdo programático a que se refere o caput dese artigo incluirá o
estudo de História da África e dos Africanos, a Luta dos Negros no Brasil, a
Cultura Negra Brasileira e o Negro na Formação Nacional resgatando a
contribuição do povo negro na área social, econômica e política pertinentes à
48
História do Brasil.
O Calendário Escolar incluirá o dia 20 de Novembro como “Dia Nacional
da Consciência Negra”.
No Colégio os conteúdos referentes à História e Cultura Afrodescendente
serão ministrados no decorrer do ano, com maior ênfase nas de Ensino
Religioso, Geografia, Artes e História.
No Ensino Religioso são relacionadas às religiões e cultos africanos
presentes no Brasil como: o Candomblé, Xangô, Tambor de Mina, Batuque,
Macumba, Umbanda e o estudo dos Orixás.
Em Geografia quando se ensina a contribuição do negro no tempo e no
espaço, é observado quando os escravos representaram mão de obra de
extrema importância no desenvolvimento da economia brasileira, a
miscigenação dos povos, a origem dos grupos étnicos que vieram para o Brasil
onde o negro se faz presente juntamente com o branco e o índio em questões
relacionadas ao trabalho e renda.
Na disciplina de História se estuda o tráfico dos negros e as
consequências das Diásporas Africanas, a resistência dos negros através dos
movimentos como Quilombos, Revolta dos Malês, Revolta da Chibata e de
todas as formas de negociação e conflitos. Os reinos africanos, as organizações
culturais, políticas e sociais de Mali, do Congo, entre outros, e, personagens
negros que marcaram a história de nosso país e do mundo.
Em Artes, pesquisa-se e discute-se a influência da cultura afro nas
diversas modalidades: dança, pintura, artesanato entre outras, e também
confecciona materiais relacionados às modalidades citadas.
12.2. Educação Ambiental
Atualmente existe uma considerável preocupação da sociedade com o
futuro do mundo, por isso, é necessária uma prática efetiva pautada em
conhecimento, criar no educando uma reflexão critica, acerca das questões
sociais e ambientais locais e mundiais.
Portanto, espera-se que os alunos bem como a comunidade escolar
adotem uma postura consciente e participativa na utilização e conservação dos
recursos naturais.
Diante do contexto acima, “a educação é vista como um dos processos
49
do desenvolvimento humano, responsável pelas estruturas das políticas de
conhecimento, pela mudança de mentalidades, bem como pela formação de
novas identidades sociais”. (MORALES, 2008. pag. 10. in Cadernos Temáticos
da Diversidade – Educação Ambiental).
A localização da escola esta próxima a uma represa e no meio rural,
portanto o corpo docente deverá oportunizar conhecimentos para mudança na
realidade local, através da formação consciente e critica de nossos alunos é um
trabalho coletivo de todos na escola, inserindo no contextos de todas as
disciplinas e conteúdos relacionados aos problemas sociais, ambientais,
culturais, são parte das Propostas Curriculares, bem como deverão estar
presentes nos Planos de trabalho dos professores.
12.3.Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
A juventude está inserida numa sociedade contemporânea e talvez um
dos maiores problemas seja o uso abusivo de drogas, que tem direta ou
indiretamente interferido na formação escolar e social dos educandos, sabe-se
através de pesquisas que crianças e adolescentes estão mais suscetíveis as
drogas devido a fase de desenvolvimento psíquico, e social que se encontram.
Cabe portanto, a escola desenvolver ações preventivas ao uso indevido de
drogas, essas ações se constroem pelo conhecimento construído em bases
sólidas fundamentadas em assuntos, textos e matérias resultantes de
pesquisas sérias não meras informações que possam despertar o uso pelas
drogas.
A formação do professor é fundamental para que aconteça o processo
educativo de educar para a vida, considerando o contexto social em que vivem
os alunos.
A Equipe juntamente com os professores trabalham de forma articulada o
contexto social dos alunos e aos conteúdos ofertados pelas disciplinas do
Currículo, o tema prevenção ao uso indevido de Drogas.
12.4. Gênero e Diversidade Sexual
O tema Diversidade sexual na escola, ainda é vista como um tabu, a
escola procura trabalhar uma educação pensada, pensando em todos os
problemas que cercam a comunidade no contexto Deversidade e Desafios
50
Comtemporâneos, pensar em educação requer pensar em tudo e em todos que
estão inseridos nesse processo.
Cabe, portanto, a escola tratar do tema sexualidade e sexo, visando o
respeito a livre orientação sexual e relações igualitárias de gênero, classe,
raça/etnia para que saibamos agir cotidianamente de forma reflexiva sem pré-
conceitos discriminações ou exclusões.
É necessário que todo corpo docente e equipe conheçam o aluno para
compreendê-lo, e saber orientá-lo respeitando sua sexualidade. Para tanto,
requer rever conceitos é pré-conceitos empreguinados na sociedade, resquícios
de uma sociedade discriminatória e egoísta.
13. Educação do Campo
A Educação do Campo, é um uma política educacional compreendido a
partir dos sujeitos que têm o campo como seu espaço de vida. Nesse sentido, é
uma educação que deve ser no campo e do campo; Do campo porque “o povo
tem o direito de ser educado no lugar onde vive”; Do, pois “o povo tem direito
a uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua participação,
vinculada à sua cultura e às suas necessidades humanas e sociais”. Nesse
sentido, o conceito de campo busca ampliar e superar a visão do rural como
local de atraso, no qual as pessoas não precisam estudar ou basta uma
educação precarizada e aligeirada. A Educação do Campo busca “romper o
círculo vicioso de que se estuda para sair do campo e/ou se sai do campo para
estudar”. Esta educação constitui um novo paradigma.
Baseado na formação humana compreendida a partir das heranças
culturais, da constante (re)invenção e (re)organização das relações do ser
humano com o ambiente cultural, compreendendo o sujeito nos diferentes
espaços “sócio-territoriais” — remanescentes de quilombos, terras indígenas,
acampamentos de sem terras, assentamento, comunidades ribeirinhas, de
ilhéus e outras comunidades camponesas. Portanto o campo e um lugar de
vida onde as pessoas podem morar, trabalhar e estudar com dignidade de
quem tem direito a seu lugar e sua identidade cultural. Neste novo conceito de
educação incorporam-se as diversas formas singulares de viver em cada
território e suas temporalidades como fundamentais para produção de novas
formas de conhecimento provocando uma ruptura com o uso da ciência
51
pautada em uma perspetiva técnico-instrumental.
O educador(a) ao pensar a sua prática cotidiana na sala de aula deve,
como intelectual, compreender o universo de vida de seus educandos(as) para
que, desde seu lugar e posição de classe, reflita sobre sua prática no ambiente
escolar A complexa realidade do educando(a) deve ser o ponto de partida para
suas aulas, devendo o educador(a) ser capaz de fazer a dialética entre os
saberes experienciados pelos educandos(as) e o conhecimento universal
historicamente acumulado pela humanidade. Isto significa, a partir das
concepção da Educação do Campo, trazer para sala de aula em seus
planejamentos e conteúdos formativos “as questões que sempre foram
colocadas de fora dos conhecimentos escolares, tais como gênero, problemas
ambientais, democracia, justiça social e paz, conflitos étnicos, necessidades
especiais, entre outros.
Sendo considerada Escola do Campo, este Colégio busca atender às
necessidades das crianças, jovens e adultos da comunidade onde a mesma
está inserida, ofertando o ensino de 5ª à 8ª séries/6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, disponibilizando
uma tolerância de faltas previstas em Lei, de forma a não prejudicar a
aprendizagem e conclusão da série em curso. Muitos trabalham na pesca,
pecuária, agricultura e na produção dos derivados destes produtos como:
pamonha, doce caseiro, rapadura, entre outros. A renda adquirida com estes
trabalhos, auxilia no sustento de suas famílias. Em casos de faltas abusivas, os
alunos são contactados e advertidos e, no caso de menores os pais são
convocados e/ou convidados a enviarem seus filhos para a escola. Quanto ao
não atendimento convocação da escola, esta conta com a assistência do
Conselho Tutelar, a fim de garantir a permanência e retorno do aluno à série
em curso.
Temas que tratam conscientização da importância de permanência dos
indivíduos do campo, seja na luta pela terra seja através da atuação dos
mesmos, no cenário politico e cultural, são trabalhados especialmente nas
aulas de Sociologia, Geografia, História e Língua Portuguesa. Nelas enfatiza-se
a importância do trabalhador do campo na contribuição da cultura e economia
local, estadual e nacional contribuindo para que se percebam como partícipes
e construtores da sociedade da qual fazem parte.
52
14. Inclusão Educacional
A Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os
níveis,etapas e modalidades,realiza o atendimento educacional
especializado,disponibiliza recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização
no processo de ensino aprendizagem nas turmas do ensino regular.
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política,
cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os
alunos de estarem juntos,aprendendo e participando sem nenhum tipo de
discriminação.
A Educação Inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado
na concepção dos direitos humanos,que conjuga igualdade e diferença como
valores indissociáveis e que avança em relação à ideia de equidade formal ao
contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e
fora da escola.
Não basta apenas assegurar a matrícula do aluno em turma regular de
ensino, ou criar estruturas físicas adequadas ou mesmo estabelecer leis que
assegurem o direito à educação inclusiva aos que dela necessitam.
Segundo Bueno, (1998)
temos que pensar que para que a inclusão se efetue, não basta estar garantido na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças deverão levar em conta o contexto sócio-econômico, além de serem gradativos, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade.
A inclusão depende de mudança de valores da sociedade e a vivência de
um novo paradigma que não se faz com simples recomendações técnicas,
como se fossem receitas de bolo, mas com reflexões dos professores, direções,
pais, alunos e comunidade. Contudo essa questão não é tão simples, pois,
devemos levar em conta as diferenças.
Nesta perspectiva,o MEC/Secretaria de Educação Especial apresenta a
Política Nacional da Educação Inclusiva que acompanha os avanços do
conhecimento e das lutas sociais visando construir políticas públicas
promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos. O
Atendimento Educacional Especializado - AEE tem como função identificar,
elaborar e organizar os recursos pedagógicos e de acessibilidade, eliminem as
barreiras para a plena participação dos alunos,considerando suas
53
necessidades específicas, para que os alunos tenham independência e
autonomia na escola ou fora dela.
Considera-se público alvo do AEE:
a) Alunos com deficiência, aqueles que tem impedimentos a longo prazo
de natureza física,intelectual ,sensorial,os quais,em intenção com diversas
barreiras podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com
igualdade de condição com as demais pessoas.
b) Alunos com transtornos globais do desenvolvimento,aqueles que
apresentam um quadro de alterações no desenvolvimento neuro-psicomotor
,comprometimento nas relações sociais,na comunicação ou estereotipias
motoras.
c) Alunos com Altas/Habilidades: aqueles que apresentam um potencial
elevado e grande envolvimento do conhecimento humano isoladas ou
combinadas:Intelectual,acadêmica,liderança,motora,arte e criatividade.
14.1. A Sala de Recursos Multifuncional Tipo I
A sala de recurso Multifuncional Tipo I é um serviço de Apoio
Especializado,de natureza pedagógica que complementa o atendimento
educacional realizado em classes comuns do ensino fundamental e Ensino
Médio ofertado no período contrário daquele em que o aluno frequenta na
Classe Comum, com professor da Educação Especial, em espaço físico
adequado.
Este estabelecimento possui uma Sala de Recurso Multifuncional Tipo I
para atendimento no período da manhã dos alunos de 6º ao 9º ano e ensino
médio que tem por objetivo desenvolver processo cognitivo, motor, sócio-
afetivo, emocional, necessários para a apropriação e produção de
conhecimentos.
A Sala de Recurso Multifuncional Tipo I, funciona no período contrário
ao de estudo dos alunos, ou seja, no período da manhã oferece Serviço de
Apoio Complementar Especializado, atendendo aos alunos portadores de
deficiência intelectual, física neuromotora, transtornos globais do
desenvolvimento – TGD (autismo,síndromes do espectro do autismo, síndrome
de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância (Psicose Infantil), síndrome de
Asperger, entre outros transtornos invasivos) ou transtornos funcionais
54
específicos, que envolve distúrbios de aprendizagem (dislexia, discalculia,
disgrafia, disortografia) e transtornos do deficit de atenção e hiperatividade,
alunos que apresentam alterações qualitativas das interações sociais
recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito,
estereotipado e repetitivo.
Também são atendidos nestas salas os alunos com altas
habilidades/superdotação, os quais demonstram potencial elevado em
qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande
criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas
de seu interesse (BRASIL, MEC/SEESP, 2008).
Atualmente são atendidos em média 20 alunos, distribuídos em
cronograma de atendimento semanal.
Oferece metodologia diferenciada, cujo objetivo é estimular através de
jogos e materiais concretos todos os sentidos do aluno, facilitando a aquisição
de estruturas formais lógicas, a psicomotricidade, a sociabilidade, etc. Um
trabalho que se investe em diferentes metodologias oferece novas
oportunidades de aprendizagem. O professor que desenvolve este trabalho é
um profissional formado em pedagogia e habilitado em Educação Especial.
Para o ingresso na sala de recursos será realizada avaliação do contexto
escolar pelo pelos professores regentes, pedagogo e psicólogo/neurologista. Os
conteúdos trabalhados pelos professores da sala de Recurso são registrados
em uma ficha (relatório), onde são descritas as dificuldades e os avanços
apresentados durante o processo ensino-aprendizagem.
O encaminhamento, a saída ou a permanência do aluno na sala de
Recursos se dá mediante concordância dos professores regentes da sala
regular /recurso e também da equipe pedagógica.
15. Sala de apoio à Aprendizagem
O Colégio Estadual do Campos “Joaquim Marques de Souza” possui uma
sala de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e uma sala de Matemática
com alunos de 6º ao 9º ano que apresentam defasagem de conteúdos
necessários para cursarem a referida série, com um total de aproximadamente
15 a 20 alunos por disciplina.
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Salas de Apoio são salas que tem como objetivo atender aos alunos dos
anos finais do Ensino Fundamental em suas dificuldades de aprendizagem, no
que se refere aos conteúdos básicos das disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, com o atendimento no contraturno, trabalhando as dificuldades
referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como
às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares.
O encaminhamento é feito após diagnóstico realizado no início do ano letivo
pelos professores regentes e realiza-se reunião com os pais, que são alertados
da importância da participação do seu filho nessa sala, para que possa ser
trabalhada as dificuldades apresentadas no momento.
Para cada aluno é feito uma ficha, elaborada pelo professores regentes,
que diagnosticam as dificuldades dos alunos.
Os conteúdos trabalhados pelos professores da sala de apoio são
registrados em uma ficha relatório, onde são descritas as dificuldades e os
avanços apresentados durante o processo ensino-aprendizagem.
O encaminhamento, a saída ou a permanência do aluno na sala de apoio
são decisões conjuntas entre professor da sala de apoio, professor regente e
equipe pedagógica da escola.
16. Programa Mais Educação e Atividade Complementar
A gestão democrática propõe um processo político em que a escola
permite a discussão, o planejamento e a solução dos problemas que envolvem
a comunidade escolar. Neste sentido a problematização da organização do
currículo para o estabelecimento de ensino é de fundamental importância.
A constituição de um currículo formador abrange além dos conteúdos
estruturantes presentes nas DCE’S, as atividades que complementam esse
currículo.
As atividades de complementação curricular propõe a inserção do
conhecimento que possibilite o entendimento,o desenvolvimento e
sistematização dos conteúdos históricos, científicos, filosóficos, artísticos,
universais que devem ser socializados a todos.
O colégio implantou o programa de atividades complementares
trabalhando o esporte na área do voleibol com objetivo de possibilitar maior
integração na comunidade escolar, além de viabilizar o acesso, a permanência
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e a participação de atividades pedagógicas de seu interesse e torná-las
pessoas ativas e preparadas para a vida.
A hora treinamento funciona no horário noturno das 18 hs e 45 minutos
ás 22 hs e 50 minutos.
17. A Tecnologia de Informação e Comunicação na Escola
O acesso às tecnologias de informação e comunicação amplia a
possibilidade de transformação e desencadeia uma série de mudanças na
forma como se constrói o conhecimento. Frente a este cenário de
desenvolvimento tecnológico que vem provocando mudanças nas relações
sociais, a educação tem procurado construir novas estratégias pedagógicas
elaboradas sob a influência do uso dos novos recursos tecnológicos, resultando
em práticas que promovam o currículo nos seus diversos campos dentro do
sistema educacional. A extensão do uso desses recursos tecnológicos na
educação, além de se constituir como uma prática libertadora,uma vez que
contribuir para inclusão digital,também busca levar os agentes do currículo a
se apropriarem criticamente dessas tecnologias, de modo que descubram as
possibilidades que elas oferecem no incremento das práticas educacionais.
O tema referente ao uso das tecnologias informação e comunicação é
relevante e merece ser considerado por todos aqueles que movimentam o
currículo dentro da escola. Esse pensamento não pode e não deve ser
desvinculado do pensamento curricular, isto é, do pensamento pedagógico
quando este se detém na consideração das práticas educacionais.
Mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e/ou ilustrar a
apresentação de conteúdos, o uso das mídias web, televisiva e impressa
mobiliza e oportuniza novas formas de ver ler e escrever o mundo. Contudo, é
importante que essas ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um
procedimento de reflexão critica que potencialize o pensamento sobre as
práticas pedagógicas.
Inserção de novos recursos tecnológicos encurta as distâncias, promove
novas práticas sociais, aproxima dentro do mesmo currículo as esferas politico
- administrativas das salas de aula; aproxima as salas de aula entre si dentro
da escola e entre as escolas, numa atividade de interação solidaria com vistas
tanto a apropriação do conhecimento quanto à criação de novos saberes.
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Não se trata de tomar as tecnologias como os sujeitos das práticas, como
se as tecnologias, pudessem estabelecer a mediação entre o aluno e o
conhecimento mas, sim, considerar as tecnologias como potencializadoras
destas práticas. Os artefatos tecnológicos, ao aproximarem os sujeitos do
currículo numa relação dialógica, quer em torno do conhecimento, quer em
torno da reflexão acerca de uma obra de, arte por exemplo, criam as condições
para a própria pratica dialógicas em que se constitui o sujeito. Vale dizer
recursos tecnológicos não são os sujeitos das relações dentro do currículo.
18. Organograma:
58
19. Referências Bibliográficas
NRE -Ibaiti Setor Siq. Campos
SEED
Col.Est. Joaquim Marques de Souza
Direção
Cons.EscolarA.P.M.FCons. Classe
Eq.Téc.Ped. Professores Agente Educacinal I e Agente Educacional II
Corpo Discente
59
VIANA. M. DA C. Ensino Integrado. Livro – texto: Ensino Fundamental . Ed.
Didática Paulista
BARBOSA. M.C.L. Avaliações: faces e interfaces no processo ensino –
aprendizagem. Revista Psicologia Brasil. Brasil – São Paulo: Criarp Ltda, a 2, n8,
p.18,19, abr. /2004.
OLIVEIRA. A. P.L. A complexidade da escola e a dinâmica sócio escolar. ABC
EDUCATIO. São Paulo: Criap Ltda, a 5, n.41. p. 22,24,25, jan.2005
MATTOS. P.H.C. A superação da desigualdade social pela educação. Mundo
Jovem. Rio Grande do Sul: PUCRS, a XLIII. n. 353, p. , fev./2005
BALZER, M., CARVALHO, P. E FANK, Educação e Ideologia: quando a
pseudoneutralidade expressa uma opção pela naturalização das
desigualdades. II SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO BRASILEIRA “Os Desafios
Contemporâneos para a Educação Brasileira e os Processos de Regulação”.
Campinas, SP: Unicamp, 2009.
PARO, VITOR HENRIQUE. ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR: introdução crítica. 15.ed.
São Paulo: Cortez, 2008.
RAMOS, M. N. O PROJETO UNITÁRIO DE ENSINO MÉDIO SOB OS PRINCIPIOS DO
TRABALHO DA CIÊNCIA E DA CULTURA. Exposição na sessão especial na reunião
anual da ANPED realizada em Poços de Caldas, período de 07 a 11/10/2003.