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1 COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Projeto elaborado coletivamente pela comunidade escolar do Colégio Estadual Unidade Polo e aprovado em Assembléia para a sua implantação a partir de 2010. Campo Mourão 2010

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COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto elaborado coletivamente pela comunidade escolar do Colégio Estadual Unidade Polo e aprovado em Assembléia para a sua implantação a partir de 2010.

Campo Mourão 2010

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

ORLANDO PESSUTI – GOVERNADOR

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

ALTEVIR ROCHA DE ANDRADE – SECRETÁRIO

ALAYDE MARIA PINTO DIGIOVANNI – SUPERINTENDENTE

ALEXANDRA CARLA SCHEIDT – DIRETORA GERAL

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

FÁTIMA IKIKO YOKOHAMA – DIRETORA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

MARIA DE FÁTIMA NAVARRO P. LINS - CHEFIA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E TRABALHO - DEP

SANDRA REGINA DE OLIVEIRA GARCIA – CHEFIA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO EDUCACIONAL

ANGELINA CARMELA ROMÃO MATTAR MATISKEI - CHEFIA

CHEFE DO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO

JOÃO LUIZ CONRADO

COLÉGIO ESTADUAL UNIDADE POLO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

MARIA DE LOURDES ROBERTO CEOLIM – DIREÇÃO

SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO – DIREÇÃO AUXILIAR

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 06

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 07

1.1 Identificação do Estabelecimento....................................................................... 07

1.2 Histórico do Colégio............................................................................................ 07

1.3 Organização da Entidade Escolar....................................................................... 09

1.4 Espaço Físico...................................................................................................... 11

1.5 Caracterização da Comunidade Escolar............................................................. 12

1.5.1 Quadro de Profissionais da Educação....................................................... 17

1.5.1.1 Agente Educacional I...................................................................... 17

1.5.1.2 Agente Educacional II e Agente Profissional..................................17

1.5.1.3 Quadro de professores efetivos..................................................... 18

1.5.1.4 Quadro de professores Não Efetivos/2010.................................... 19

1.5.1.5 Quadro de professores pedagogos................................................ 21

1.5.1.6 Quadro de diretores....................................................................... 22

2. OBJETIVO GERAL................................................................................................... 23

2.1 Objetivos específicos.......................................................................................... 23

3 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR....................................... 24

4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO...................................................... 27

5 A REALIDADE EDUCACIONAL............................................................................... 29

5.1 A realidade do Brasil.......................................................................................... 29

5.2 A realidade do Paraná........................................................................................ 31

5.3 A realidade do município de Campo Mourão..................................................... 34

5.4 A realidade do Colégio Estadual Unidade Polo.................................................. 36

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6 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA

DOCENTE: APONTANDO CAMINHOS........................................................................ 37

7 CONCEPÇÕES QUE NORTEARÃO AS PRÁTICAS ESCOLARES........................ 52

8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO................................................................................ 59

9 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA............................................................ 62

10 OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS................. 65

10.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar............................. 65

10.1.1 Direção..................................................................................................... 65

10.1.2 Direção auxiliar.........................................................................................65

10.1.3 Corpo docente......................................................................................... 66

10.1.4 Professor pedagogo................................................................................ 68

10.1.5 Secretaria................................................................................................ 69

10.1.6 Biblioteca................................................................................................. 70

10.1.7 Agente Educacional I............................................................................... 70

10.1.8 Agente Educacional II.............................................................................. 73

10.2 Papel das instâncias colegiadas....................................................................... 74

10.2.1 Conselho Escolar................................................................................... 74

10.2.2 Associação de Pais, Mestre e Funcionários........................................... 76

10.2.3 Conselho de Classe.............................................................................. 77

10.2.4 Grêmio Estudantil................................................................................... 78

10.2.5 Representante de Turma........................................................................ 79

10.2.6 Professor Monitor de Turma................................................................... 80

11 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA...................................... 82

11.1Critérios para elaboração do calendário escolar e horários

letivos/não letivos..................................................................................................... 82

11.2Critérios para organização de turmas e distribuição por professor

em razão de especificidades.................................................................................... 82

11.3 Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos.................. 83

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12 PROJETOS.............................................................................................................. 86

12.1 Projeto mostra interdisciplinar.......................................................................... 87

12.2 Projeto evasão escolar: proposta de prevenção.............................................. 87

12.3 Projeto cultura-afro: promoção da igualdade racial......................................... 88

12.4 Agenda 21 escolar: projeto verde que te quero ver-te..................................... 89

12.5 Projeto gincana esportiva, recreativa, cultural e filantrópica............................ 90

13 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO.............. 91

14 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA............................................................................. 94

14.1 Equipe pedagógica..........................................................................................102

16 ACOMPANHAMENTO AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO. 110

17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................111

18 ANEXOS.................................................................................................................113

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APRESENTAÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de organizar,

coletivamente, o trabalho escolar do Colégio Estadual Unidade Polo, garantindo a

democratização do ensino e a formação da consciência crítica e coletiva a fim de

possibilitar ao ser humano o direito à cidadania.

A perspectiva deste Projeto é provocar as mudanças básicas em nossa escola

onde, a participação se tornará o aspecto fundamental em todo o processo de ensino-

aprendizagem, com avaliação constante para atingir as metas propostas. Não

aceitamos mecanicamente a idéia de que a escola é simplesmente o local da

reprodução da ideologia dominante e que os seres humanos são sujeitos determinados

e programados. Concebemos os seres humanos como criativos e ativos construtores de

cultura e história, por isso propomos a intervenção nos destinos escolares como

educadores responsáveis por construirmos outra história.

Sendo assim, estabelecemos o debate, a discussão e a reflexão coletiva,

envolvendo alunos, professores, funcionários, pais, direção, equipe pedagógica e

demais membros da sociedade local a fim de formularmos as concepções que

embasarão as ações educativas que serão desenvolvidas por este estabelecimento de

ensino com o propósito de construir uma sociedade justa, igualitária e democrática.

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Identificação do estabelecimento

O Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental, Médio e Profissional

(código 00047), está situado na Rua Santos Dumont, nº 1984, centro, CEP 87303 250,

na cidade de Campo Mourão (código 0430), e-mail < [email protected]>. O

Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria

de Estado da Educação encontra-se jurisdicionado ao Núcleo Regional de Educação de

Campo Mourão (código 0005).

1.2 Histórico do colégio

O Colégio Estadual Unidade Polo iniciou suas atividades no dia 01 de março de

1976, sob o nome de Escola Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º Grau, atuação de 5ª

à 8ª séries, com autorização de funcionamento, através da Resolução nº 1968/77, DOE

de 09/11/1977.

Em 08 de agosto de 1978, através do Decreto nº 5.340/78 de 02/08/1978 e DOE

de 08/08/1978, integrou-se ao Complexo Escolar “Marechal Rondon”.

O Colégio oferecia até 1982, os cursos de 5ª à 8ª séries e os cursos

profissionalizantes de Técnicas Agrícolas, Técnicas Industriais, Técnico Comercial e

Técnicas Caseiras. No ano de 1983 o ensino profissionalizante foi substituído pelo

propedêutico.

O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi autorizado a funcionar através da

Resolução 935/83 de 14/03/1983. Em 29 de novembro de 1983, através da Resolução

nº 4.023/83 de 13/01/1984, obteve o reconhecimento do 1º Grau e passou a denominar-

se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino de 1º e 2º Graus.

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O Ensino de 2º Grau Propedêutico foi reconhecido através da Resolução nº

902/85 de 01/03/1985, DOE de 12/03/1985, e em 1998 extinto, sendo implantado o

curso de Ensino Médio.

O Colégio passou a chamar-se Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino

Fundamental e Médio, conforme Resolução da Secretaria de Estado da Educação nº

3.120/98 – DOE de 11/09/1998, abrangendo os cursos de Ensino Fundamental

Regular, reconhecido pela Resolução – DOE 13/01/1984 e o curso do Ensino Médio

Regular reconhecido, através da Resolução nº 902/85 de 12/03/1985.

Em 2010, foi denominado Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino Fundamental,

Médio e Profissional, abarcando o curso fundamental de 5ª a 8ª séries, o ensino médio,

e a partir deste mesmo ano foi autorizado o funcionamento do Curso de Educação

Profissional Técnico de Nível Médio em Serviços de Restaurante e Bar, Eixo

Tecnológico: Hospitalidade e Lazer. Aprovado em 09/02/2010, Processo nº 505/09

Câmara de Educação Básica, com 800 Horas/aulas.

Alguns outros atos legais que respaldam o funcionamento do colégio:

Ato de Reconhecimento do Ensino Fundamental – Resolução nº 4023/1983 –

DOE de 13/01/1984;

Ato de Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução nº 902/1985 – DOE

12/03/1985;

Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Fundamental - Resolução nº

1534/2008 – DOE de 28/07/2008;

Ato de Renovação do Reconhecimento do Ensino Médio - Resolução 1525/2008

– DOE 28/07/2008;

Ato de Aprovação do Regimento Escolar do Ensino Fundamental e Médio –

Parecer nº 220/2007 de 28/12/2007 homologado pelo Ato Administrativo nº

411/2007 de 28/12/2007 do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão.

Além do curso regular e profissionalizante, o colégio também oferta:

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A Sala de Recursos para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, dando

atendimento aos Educandos com Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais

Especificos, autorizado seu funcionamento através da Resolução 195/2007 – DOE de

26/02/2007, com seu funcionamento prorrogado através da Resolução 859/2009 – DOE

de 09/06/2009.

O Curso Basico de Língua Espanhola/Celem, como oferta de atividade

extracurricular e gratuita de ensino de língua estrangeira, destinado a alunos,

professores, funcionários e à comunidade do Colégio, autorizado por meio do Protocolo

nº 9.767.040-4 de 11/03/2008 da Secretaria de Estado da Educação no colégio

O Programa Viva a Escola, como complementação curricular, buscando dar

atendimento aos estudantes em horário contrário ao turno em que atualmente

freqüentam o ensino regular, autorizado pela Resolução 3683/2008 – DOE de

11/09/2008.

O Programa de Apoio a Aprendizagem, implantado desde 2004, objetivando

atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que freqüentam

a 5ª série/6º ano do Ensino Fundamental.

O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar - SAREH,

praticado a partir de 2008, objetivando o atendimento educacional aos alunos que estão

impossibilitados de freqüentar a escola em virtude de situação de internamento

hospitalar ou tratamento de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de

escolarização, a inserção ou a reinserção em seu ambiente escolar.

1.3 Organização da entidade escolar

Atualmente o Colégio funciona nos períodos, matutino, vespertino e noturno

ofertando o Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries), Ensino Médio Regular, o Ensino

Médio Profissional Subsequente e Celem/Língua Espanhola, com 37 turmas, sendo 19

turmas de Ensino Fundamental, 13 de Ensino Médio diurno, 04 de Ensino Médio

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noturno, 01 de Ensino Médio Profissionalizante e 02 de Língua Espanhola/Celem,

totalizando 1261 alunos, distribuídos em 16 salas de aula.

O Colégio conta com 31 professores efetivos, 28 funcionários, sendo que a

equipe de direção da escola é composta por 01 Diretor Geral (com 40 horas semanais),

01 Diretor Auxiliar (20 horas) e 05 professores pedagogos (20 horas) e 01 professor

pedagogo (40 horas).

A organização do tempo escolar é efetivada de 5ª a 8ª séries no Ensino

Fundamental, 1ª a 3ª séries no Ensino Médio e por semestre no Ensino Profissional. A

matriz curricular do Ensino Fundamental e Médio é estruturada por disciplina,

constituído pela Base Nacional Comum e Parte Diversificada. O Ensino

profissionalizante é composto pela Formação Especifica e Estágio Supervisionado.

O registro da avaliação da aprendizagem dos alunos é realizado por meio de

notas bimestrais. Desde 2007 o Colégio não proporciona o Regime de Progressão

Parcial no Ensino Médio determinado sua extinção por Assembléia Geral de pais,

professores e funcionários.

As normatizações do Colégio encontram-se inseridos no Regimento Escolar e

Regulamento Interno.

O Colégio Estadual Unidade Polo é uma instituição educacional inclusiva

aceitando alunos com necessidades educativas especiais. Desde o ano de 2007

passou a atender, com apoio pedagogico e professor devidamente formado e

concursado, no período contraturno, os alunos avaliados para Sala de Recursos. Oferta

e atende ainda a Sala de Apoio a Aprendizagem, nos turnos contrários a matricula, 02

turmas de Língua Portuguesa e 02 turmas de Matemática.

Tanto a Sala de Recursos como o Apoio Pedagógico são programas essenciais

para a obtenção de melhores resultados na aprendizagem.

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A formação continuada para os profissionais da educação acontece durante os

Encontros Pedagógicos previstos em calendário escolar estabelecida pela

mantenedora, por meio do Núcleo Regional de Ensino/ SEED e quando organizada

pela escola, sobrevém nos momentos de Conselho de Classe, por meio de Projetos de

Grupos de Estudos em consonância com a da Universidade Estadual do Paraná

campus Campo Mourão, nos Grupos de Estudos organizados pelos profissionais da

educação sobre análise de conjuntura internacional, nacional, estadual e municipal,

discussões acerca da carreira e condições de trabalho dos profissionais da educação e

debates sobre a aprendizagem e avaliação do processo de ensino-aprendizagem.

1.4 Espaço Físico

O trabalho pedagógico é realizado contando com:

Dezesseis salas de aula, sendo três readequadas (49,30m² cada)

Dois banheiros (um masculino e um feminino) (37,61m² cada)

Uma sala de multimídia com televisão e vídeo cassete (48,60m²)

Uma sala para Laboratório de Física e Biologia (73,09m²)

Uma sala para Laboratório de Química e Ciências (73,09m²)

Uma sala para Biblioteca (112,88m²)

Uma sala para Laboratório de Informática com 74,28m², dispondo de 36 (trinta e

seis) computadores, em bom estado para uso, provenientes do PR Digital e

PROINFO.

Uma cozinha (35,92 m²)

Um Refeitório utilizado também para palestras, reuniões, comemorações

(203,36m²)

Um Ginásio de Esportes (1.450m²)

Um mini ginásio de esportes (780m²)

Uma sala de Artes/Multimídia utilizada para atividades de teatro, artes plasticas e

para Sala de Recurso e de Apoio à Aprendizagem, readequada, para os alunos

de 5ª série com televisão e DVD (73,09m²).

Uma sala para a Secretaria (43,05m²)

Uma sala para a Direção (13,94m²)

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Uma sala para a Direção Auxiliar e Atendimento Financeiro (12m²)

Uma sala para a mecanografia (14,14m²)

Duas salas para atendimento Pedagogico (17m2)

Uma sala para Professores (39,78m2)

Uma sala para guardar os materiais de Educação Fisica e Arquivo Morto

(24,21m2)

Uma sala para o Deposito/Projeto Rádio Polo (3m2)

Dois banheiros para professores (um masculino e um feminino) (5m2 cada)

Um pátio coberto (171,19m²)

O Colégio Estadual Unidade Polo conta com uma área aberta de 18.071,00 m2.

Nesta área encontra-se o Bosque Robson Paitach (Reserva Ambiental tombada através

do ITCF e Prefeitura Municipal), um espaço destinado a Horta Escolar contando com

5.874,86m2, uma pista de atletismo/campo de futebol suíço com 2.079m2, a casa do

zelador com 56,21m2, a casa do permissionário com 52,50m² e ampla área de

jardinagem.

Atualmente o Colégio vem sofrendo reformas podendo ocorrer mudanças em sua

estrutura física.

1.5 Caracterização da comunidade escolar

Com o propósito de conhecer a realidade sócio-economico-cultural e de subsidiar

a elaboração do Projeto Político Pedagogico desta instituição de ensino, no ano de

2005, foi realizada uma pesquisa, através de questionário, com alunos e pais,

abrangendo 10% dentre os 1.181 estudantes dos três períodos, matutino, vespertino e

noturno, sendo detectada a situação descrita abaixo.

Os alunos, em sua grande maioria são solteiros, residem em casa própria, de

alvenaria, porém financiadas. Moram na zona urbana, tanto nos bairros que circundam

o estabelecimento de ensino como outros mais distantes.

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As famílias, num indice de aproximadamente 60%, são compostas de pais, mães

e irmãos, entretanto há de considerar que o restante encontra-se em outras situações,

vivem com mãe e irmãos; com avós, entre outros. A renda mensal enquadra-se em até

três salários minimos, sendo duas pessoas trabalhadoras. A média de alunos

trabalhadores, que cursam o Ensino Médio, corresponde a 80% para os que estudam

no noturno e 15% para o matutino.

Em relação ao nível de escolaridade e atividades sócio-culturais da família, os

adultos, numa média de 85%, estão classificados entre Ensino Fundamental

incompleto, Ensino Fundamental completo e Ensino Médio incompleto, tendo como

lazer atividades relativas a esportes e filmes em DVD.

Sobre o comprometimento com a vida educacional dos filhos, os pais alegaram

que vêm à escola somente quando solicitada a sua presença e fizeram a opção por

matricularem os filhos neste estabelecimento pela proximidade à residência (37%), pela

qualidade de ensino (29%) e por tratar-se de uma escola pública, gratuita (15%).

Consideram que o ensino/aprendizagem oferecido é de bom nível e esperam que seus

filhos adquiram conhecimento suficiente para prestarem o vestibular e ingressarem na

faculdade; que sejam preparados para o mundo do trabalho e que através desta escola

também melhorem o nível de instrução global e humanização.

Sobre o que esperam da escola, como ação administrativa e pedagógica, os pais

querem que, através das ações propostas no Projeto Político Pedagógico, seja dado

suporte para:

Os alunos melhorarem na disciplina, cidadania e humanização;

Formar integralmente o ser humano contemplando respeito, solidariedade,

justiça, criticidade, organização, etica e responsabilidade;

Incluir aulas de ensino religioso em todas as turmas;

Exigir mais conteúdos para os alunos enfrentarem as dificuldades da vida e do

trabalho com responsabilidade, devendo ser a informática o carro-chefe.

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Referindo-se aos projetos que a escola já oferece (relatados a eles e constados

neste documento) disseram serem todos de grande importância e por isso deve ter

continuidade.

Após os pais reunirem-se novamente para atualizar este levantamento sobre o

que esperam da escola. Algumas das solicitações foram conquistadas, como a sala de

informática, o ensino religioso também na 6ª série, entre outras. Os pais decidiram que

todos os projetos devem ser mantidos e sugerem ainda projetos sobre valores morais,

como respeito ao outro, projetos de culinária, reciclagem e projeto em parceria com

psicologos. Gostariam também que a escola oferecesse cursos profissionalizantes para

os alunos. Esperam que todos os alunos tenham um otimo desempenho escolar, que

saiam preparados para o vestibular, motivados, valorizando os estudos e que

professores saibam respeitar a opinião dos alunos e vice-versa.

Os alunos do Ensino Fundamental deste estabelecimento de ensino esperam

receber um ensino que possa dar-lhes uma boa formação para cursarem o ensino

superior e exercerem uma profissão, possibilitando melhores condições de vida. Eles

solicitam oportunidades para participarem das principais decisões da escola,

especialmente das escolhas de melhorias para o colégio. Os alunos desejam “uma

escola onde nós tenhamos o direito de dar nossa opinião e que as crianças sejam mais

responsáveis, com conhecimentos que permitam compreender melhor o mundo em que

vivemos” (6ª F).

Os alunos querem que a escola seja mais organizada, crítica, segura e rigorosa.

Na opinião deles, “podemos observar que os alunos estão desmotivados,

desinteressados, indisciplinados e a maioria não faz tarefas” (6ª B). Para sanar estas

dificuldades, eles sugerem que os professores sejam mais rigidos em sala de aula, a

fim de acabar com a indisciplina, possibilitando que todos aprendam. Para tanto,

solicitam que seja aplicado o Regimento Interno que prevê suspensão aos alunos

indisciplinados. Eles reconhecem que estão falhando e solicitam mudanças no ensino.

De acordo com os mesmos, o “nosso ensino deve basear-se na solidariedade, amizade

e respeito. Devemos ser cidadãos conscientes dos nossos direitos e deveres e, dentro

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dessa comunidade, não podemos deixar de cumprir com nossas tarefas. Essa

transformação depende um pouco de cada um” (6ª C).

De acordo com os alunos, a escola deve ser mais limpa, com espaço fisico

saudável, portanto são necessárias a reforma dos banheiros e a instalação de armários

com produtos de higiene pessoal neles; salas de aulas ventiladas e com iluminação

adequada; ambiente mais agradável, com menos barulho; atividades para os alunos

fora da sala de aula; maior número de mesas no refeitório; uniforme completo para as

merendeiras; reforma dos laboratórios, acesso à sala de informatica; instalação de

armários para os materiais dos alunos.

A respeito da participação deles no Projeto Político Pedagogico, os alunos

afirmam que podem participar da elaboração e execução, dando idéias e sugestões, a

fim de melhorar o aprendizado no Colégio, ajudando a transformá-lo em um ambiente

mais organizado, limpo, educativo, respeitado, solidário, com alunos cuidadosos e

estudiosos que elaborem projetos com atividades esportivas e culturais para incentivar

os estudos, a leitura e o bom relacionamento. Querem que a escola procure melhorar

cada vez mais a sua qualidade de ensino.

De acordo com os alunos do Ensino Fundamental, os Projetos devem continuar

sendo elaborados coletivamente, contemplando a opinião de todos a fim de melhorar a

escola cada vez mais. Para eles, o que falta é a consciência e a participação de todos

na elaboração dos trabalhos. Eles sugerem que além dos já existentes, devemos

implantar os seguintes projetos: curso de canto, de dança, teatro, artesanato,

computação, informativo escolar (jornal), cantinho de leitura na biblioteca, som

ambiente, reforma do refeitório, duchas após a Educação Fisica, projetos culturais,

olimpíadas em todas as disciplinas, grupos de estudos ampliados para outras

disciplinas, projetos de higiene e boas maneiras, aula de circo, visitas educativas,

banda musical, festas folcloricas.

Os alunos do Ensino Médio esperam receber uma boa educação com ensino de

qualidade, possibilitando adquirir os conhecimentos necessários para o mundo do

trabalho. Para tanto, é importante que tenham acesso a bons materiais didaticos,

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palestras sobre emprego e os diversos cursos do ensino superior, materiais atualizados

na biblioteca, oportunidade de estágios em empresas públicas, informações acerca do

acesso a cursos profissionalizantes. Os alunos também demonstram preocupações em

relação ao vestibular. A esse respeito eles sugerem que os professores apliquem as

provas dos vestibulares das universidades da região para conhecerem como são e que

conteúdos exigem.

Os alunos do Ensino Médio também solicitam maior rigidez dos professores em

relação à disciplina. Eles declaram que, “não podemos reclamar dos professores, pois

somos nós os culpados pela bagunça e notas baixas, só que os professores deveriam

ser mais rígidos e nós, mais responsáveis, por exemplo: se um aluno está fazendo

bagunça, o professor deve tirá-lo da sala e lhe dar suspensão” (2ª D). Eles exigem e

esperam que o Colégio siga o Regimento Interno que prevê as sanções para os alunos

indisciplinados.

De acordo com os alunos do Ensino Médio, os projetos que devemos implantar

são: escolinha de futsal masculino para os alunos mais velhos, rádio escolar,

computação, campeonatos esportivos mensais de diversas modalidades, visita a várias

faculdades, aplicação de simulados, cursos de empregabilidade, rodas culturais,

coletivo jovem, grupos de estudos para os alunos do Ensino Fundamental com

monitoria do Ensino Médio.

Quando foram novamente consultados sobre o que se relatou, tanto alunos do

Ensino Fundamental como os do Ensino Médio, decidiram manter o que esperam da

escola e acrescentam ainda o seguinte: que esperam mais responsabilidades dos

professores, evitando faltar, que tenham atenção especial aos alunos com mais

dificuldades, que o sistema de avaliação seja mais rigoroso e que os pais tenham maior

participação na escola.

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1.5.1 Quadro de Profissionais da Educação

1.5.1.1 Agente Educacional I

NOMES GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

ANA SMAHA DO ESPÍRITO SANTO NORMAL SUPERIOR ADM.,ORIENTAÇÃO E SUPERV. EDUCACIONAL

ANTONIO PURISSIMO DA SILVA ENSINO MÉDIO

APARECIDA DE DEUS ROGOSKI MAGISTÉRIO

APARECIDA VILELA FREDERICO ENSINO FUNDAMENTAL

ELENA RUBIRA DA SILVA ENS. FUND. INCOMPLETO

ESTER BATISTA DOS SANTOS ENS. FUND. INCOMPLETO

FELIPE FERREIRA ENSINO FUNDAMENTAL

INÊS DE OLIVIERA IAGLA NORMAL SUPERIOR

IRONEI DE OLIVEIRA PEDAGOGIA (em curso)

LUZINETE MARIA C. TENÓRIO ENS. FUNDAMENTAL

MARIA APARECIDA KISSIK ENSINO MÉDIO

MARIA AUGUSTA SOUZA SILVA ENSINO MÉDIO

MARIA NILMA DOS SANTOS LUIZ ENSINO MÉDIO (em curso)

NILSA DE LIMA SILVA ENSINO MÉDIO

ROSELI AMBROSIO SANTOS PEDAGOGIA (em curso)

TÂNIA MARA FERREIRA DA SILVA PEDAGOGIA (em curso)

1.5.1.2 Agente Educacional II e Agente Profissional

CONCEIÇÃO ORÁCIO COSTA PEDAGOGIA

EDSON JOSÉ ALVES DA SILVA CIÊNCIAS CONTÁBEIS

HEDI ALTEVOGT GEOGRAFIA

JOÃO RENATO DA SILVA RIBEIRO TECNOLOGIA EM SISTEMA DE INFORMÁTICA (em curso)

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LAIRDA APARECIDA N. VENTURY ADMINISTR. DE EMPRESAS RH. e O.S.D.

MARIA SUELI CASTILHO ALVES TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA (em curso)

MEIRE TRASPADINI GAZOLA CIÊNCIAS E QUÍMICA C.T. do EJA

NILCEIA DAS DORES COELHO LETRAS

ORIOSVALDO VIEIRA DE LIMA NORMAL SUPERIOR

SOLANGE CASALI CIÊNCIAS CONTÁBEIS

1.5.1.3 Quadro de professores efetivos

NOME

GRADUAÇÃO

PÓS-GRADUAÇÃO

ALESSANDRA MARTINS LETRAS LÍNGUA INGLESA

APARECIDA FRANCA BUKOWSKI GEEOGRAFIA SUP.ESC – MET.ENS.GEOG.

CELSO ALVES EDUCAÇÃO FISICA ENS. ED. FIS. 1º GRAU

CLAUDINEIA APARECIDO DO NASCIMENTO

LETRAS LINGUÍSTICA APL. AO ENS. DE LÍNGUA PORTUGUESA

DALGIMA GASPARINO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PSICOPED. EDUC.E CLÍNICA E MESTRE EM AGRONOMIA

EDNA MARIA FERRI SURMANI GEOGRAFIA GEOGRAFIA REGIONAL E AMBIENTAL DO BRASIL

FATIMA APARECIDA FORASTIERE CIÊNCIAS BIOLOGICAS INSTRUMENTALIZAÇÃO ÀS CIÊNCIAS

FERNANDO RODRIGUES DA SILVA GEOGRAFIA GEO.AMBIENTAL

GENI ENGELMANN VILETTI LETRAS PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL

GISLAINE IZELLI SANTINI CIÊNCIAS/MATEMÁT. FUND. MATEMATICA

GUILHERMINA RODRIGUES PEREIRA EDUCAÇÃO ARTISTICA

HELENA MARIA KRZYZANIAK LETRAS(PORT/ING/LIT) ESTR. LÍNG. PORTUGUESA

IRENE TEREZINHA DA SILVA GEOGRAFIA GESTÃO AMBIENTAL

ISMAR KATH ED. FÍSICA ED. FÍS. ED. BÁSICA

JOAQUIM AUGUSTO POLIZER MATEMATICA CIÊNCIAS-FIS/BIOL.

JOCERLEI MARISA B. BALDICEIRA LÍNG. PORTUGUESA DID. E MET. ENSINO

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LIDIA BOTEGA ALVES MATEMATICA ED. MATEMATICA

LUCIA DE FÁTIMA SOUZA CABREIRA HISTÓRIA ED. ESPECIAL

LUCIA FERREIRA CIÊNCIAS EDUCAÇÃO MATEMATICA

LUCIANA BARANDAS SANTINONE CIÊNC. BIOL. E MATEM. EDUCAÇÃO MATEMATICA

LUIZ CARLOS DE ANDRADE CIÊNC. MAT. FÍSICA MATEMATICA

MARIA DA GRAÇAS DE F. GOMES GEOGRAFIA PLANEJ.GEO.AMBIENTAL

MARIA NATALIA MARQUES FABRO LETRAS LUINGUÍSTICA

MARICLENE DE GRANDIS DE SOUZA LETRAS LING.APLIC.ENS.LING.PORT.

MARILSA DE FATIMA RODRIGUES CIÊNCIAS DE 1º GRAU EDUCAÇÃO MATEMATICA

NEUCY HELENA DE OLIVEIRA GEOGRAFIA ED. INFANTIL

ROSANE DORALICE LANGE SCHMIDT HISTÓRIA FILOSOFIA E GEOGRAFIA

ROSENEIDE AURÉLIO ED. ARTÍSTICA AD. OR. SUP. ESCOLAR

ROSIMEIRE TANIA REIS CARNEIRO GEOGRAFIA PLANEJAMENTO GEO AMBIENTAL

ROSINEIDE DE JESUS CAETANO CIÊNCIAS EDUCAÇÃO MATEMATICA

ROZELI APARECIDA BARAZZETTI DA SILVA

ADM. –CIÊNC.CONT. – MATEMÁTICA

COM.EXTERIOR – MATEMÁTICA

RUBY RADKE VALLIN MATEMÁTICA EDUCAÇÃO MATEMATICA

SAMIRA AYOUB VIEIRA QUÍMICA – ENGª QUÍMICA GER. MEIO AMBIENTAL

TEREZA SIBALDELI SABO HISTÓRIA PSICOPEDAGOGIA

VERA LUCIA KLOSTER HISTÓRIA SUPERV. ESCOLAR

VILMA TEREZINHA DE SOUZA PINTO LETRAS ESTRUT.MORF.SINTÁT. E SEMÂNT. DA LINGUAGEM

VIVIANE LOPES CORREIA BURACK LETRAS LÍNGUA PORT. E LITERAT.

YARA RAINEKE SARDI DIAS – HISTÓRIA MET.E DIDÁTICA – EJA

1.5.1.4 Quadro de professores Não Efetivos/2010

ANGELA MARIA E. F. DOS REIS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EDUC. GESTÃO AMBIENTAL

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ADEMIR CORDEIRO CURSO FORM. PSICOL.

ADRIANA WANDERMUREM CORREA LETRAS

ALAN RODRIGO PADILHA FILOSOFIA

ANGELA DA SILVA LETRAS

CARLA ANDREIA ARANTES GEOGRAFIA M.P.E.G.R.A.B – ED.ESP.

CLAUDINEIA ALVES KIRACH CIÊNCIAS BIOLÓGICAS FISIOLOGIA HUMANA

DAYANE CRISTINA LEMES HISTÓRIA

ELEANO ALVES GEOGRAFIA P.G.E.MEIO AMBIENTE

FERNANDO PUSCH RODRIGUES TECN. EM GASTRON.

FLAVIA PALHANO TECN. EM ALIMENTOS VIG. SAN. DOS ALIMENTOS

IOLANDA MARQUES PALOCO PEDAGOGIA PSICOPEDAGOGIA – EJA

JANAIARA MOREIRA SEBOLD BERBEL NUTRIÇÃO MBA–G. DE UN. ALIM.NUTR.

JOÃO BATISTA CEOLA FILHO MATEMÁTICA

JOSI MARIA SOUZA CARAMEL GEOGRAFIA – HISTÓRIA G.,SUP. E ORIENT. EDUC.

KELI PARREIRA DA SILVA GEOGRAFIA ORIENT. E SUPERV. EDUC.

KELLY CRISTINA MARINHO UMBELINO HISTÓRIA EDUC. ESP. INCLUSIVA

LUIS CARLOS SANTOS SILVA LETRAS

LUCIMARA AP. DA LIMA BATISTA MATEMÁTICA EDUC. EM PROEJA

MARCO ANTONIO FACIONE BERBET FILOSOFIA

MARIA HELENA LOYDI EDUCAÇÃO ARTÍSTICA

MARIA LUCIA MICHELATO FRANCO LETRAS PSICOPED. INSTITUCIONAL

NAJARA DE OLIVEIRA MACHADO FÍSICA

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NEILA DUNCKE EDUCAÇÃO FÍSICA PSICOPEDAGOGIA

NELSON MACHADO FILHO LETRAS EDUC. INTEGR. AO PROEJA

OSVALDO HAAGSMA CIÊNCIAS SOCIAIS EDUC.INTEGR. AO PROEJA

ROBERTA CAROLINE THOMAZ CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

SILVIA EVANGELISTA TECN. AMBIENTAL

SILVIO CESAR COELHO COM.SOCIAL – HISTÓRIA

SOLANGE DA SILVA TEIXEIRA FISICA

SONIA MARIA FEITOSA PINTO MATEMÁTICA

SONIA MARA DE OLIVEIRA CIÊNCIAS EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

TANIA SILLA GOMES LETRAS EDUCAÇÃO ESPECIAL

VANESSA ALEIXO LETRAS

VANESSA MARCIANO GEOGRAFIA-PEDAGOGIA

VANIZE CRISTHINE WANDERBROOK EDUCAÇÃO FÍSICA ADM.SUP. E ORIENT.EDUC.

1.5.1.5 Quadro de professores pedagogos

NOMES

GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

ANDRÉA CHORNOBAI PEDAGOGIA PSICOPEDAGOGIA

CRISTINA MARGARETE BARILI TEIXEIRA PEDAGOGIA PSICOPEDAGOGIA

EIZAIRA DOS SANTOS RODRIGUES PEDAGOGIA DIDÁTICA MET. ENSINO

LORICE DE OLIVEIRA RIBEIRO PED./DIREITO ADM., SUP. E ORIENT. EDUC.

MARIA ISABEL R. DANTAS PEDAGOGIA ADMINIST.ESCOLAR/FILOSOFIA

SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO PEDAGOGIA FILOSOFIA

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1.5.1.6 Quadro de diretores

NOMES

GRADUAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO

MARIA DE LOURDES ROBERTO CEOLIM MATEMÁTICA PSICOPEDAGOGIA

SANDRA MARIA SANTANA MANCHENHO PEDAGOGIA FILOSOFIA

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2 OBJETIVO GERAL

Organizar o trabalho pedagógico do Colégio Estadual Unidade Polo dentro dos

princípios da igualdade, gratuidade, qualidade, liberdade, gestão democrática e

valorização do magistério, com a finalidade de formar o cidadão participativo,

responsável, compromissado, crítico e criativo na construção de uma sociedade justa,

igualitária e democrática.

2.1 Objetivos específicos

Definir as ações educativas e as características necessárias para que a escola

cumpra seu papel na formação do cidadão participativo, responsável, compromissado,

critico e criativo.

Explicitar claramente o diagnóstico da realidade sócio-econômica e educacional

dos alunos, pais, funcionários, professores e, a partir deste, definir as ações que

nortearão o currículo e as atividades escolares.

Garantir a permanente reflexão, discussão e busca de soluções acerca dos

problemas da escola, através de reuniões e conferências a serem definidas no plano de

ação.

Propiciar a participação democrática de todos os membros da comunidade

escolar.

Organizar o trabalho pedagógico de forma que possibilite romper com as

relações competitivas, corporativas e autoritárias.

Eliminar os efeitos fragmentários da divisão do trabalho no interior da escola

provenientes da hierarquização dos poderes de decisão.

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3 PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

A capacidade do educador de pensar sobre sua prática cotidiana vai além de

enumerar as teorias da educação de acordo com as concepções pedagógicas e de

saber se está sendo construtivista, tradicionalista, idealista ou racionalista. De acordo

com Dermeval Saviani (2000), a Filosofia da Educação não seria outra coisa senão a

reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade educacional

apresenta. Então, uma atitude filosófica na educação, requer a habilidade de identificar,

analisar e buscar soluções para os problemas educacionais.

De acordo com Saviani (2000), a tarefa da Filosofia da Educação é de oferecer

aos educadores um método de reflexão que lhes permitam encarar os problemas

educacionais, penetrando na sua complexidade e encaminhando a solução de

questões, tais como, o conflito entre filosofia de vida e ideologia na atividade do

educador, a relação entre meios e fins da educação, a relação entre teoria e prática, os

condicionamentos da atividade docente, até onde se pode contá-los ou superá-los

Para Antonio Severino (1994), as características específicas da educação,

exigem que o profissional dessa área deva ser formado com solidez e competência

para ter “um rigoroso domínio dos conteúdos científicos e de habilidades técnicas, uma

consistente percepção das relações situacionais dos homens e uma abrangente

sensibilidade às condições antropológicas de sua existência”.

Os educadores precisam compreender que consciente ou inconscientemente

toda prática pedagógica está embasada numa teoria, numa filosofia, ou seja, numa

concepção de mundo, de educação e de homem que se pretende formar. Essa deve

ser a primeira definição a ser feita, antes mesmo de se definir quais os objetivos da

educação.

Nossa educação tem sido pautada pelos princípios do silêncio, da obediência, do

autoritarismo, da hierarquia, da passividade, da dissimulação (fingir o ensinar e o

aprender), da omissão, da exclusão, da fraude, da desigualdade. Como resultado dessa

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prática espera-se que o aluno seja um cidadão crítico, atuante, participativo, honesto,

solidário, criativo e humano. É a grande contradição se revelando entre o discurso e o

fazer pedagógico.

Os conflitos existem porque os interesses das classes sociais são divergentes.

Uns lutam pela manutenção do status quo, outros querem a transformação da estrutura

social a fim de que se desenvolva maior eqüidade social, e muitos, por não terem

consciência de como se dão as relações de poder na sociedade, alienam-se. Nesse

contexto, para Gadotti, (1988) o papel diário do educador deve ser crítico e

revolucionário: “Seu papel é o de inquietar, incomodar, perturbar. A função do

pedagogo parece ser esta: à contradição (opressor/oprimido, por exemplo) ele

acrescenta a consciência da contradição”.

Essa não é tarefa fácil, mas o educador precisa assumir esse desafio, nessa

sociedade de conflitos, de classes e de interesses, de criar condições necessárias que

fortaleçam o aparecimento de uma nova concepção de homem, materializada em

pessoas conscientes, solidárias, organizadas e capazes de superar o individualismo.

No contexto da dominação política e da exploração econômica capitalista, o papel do

educador revolucionário é o de ser um agente atuante do discurso contra-hegemônico.

Precisamos abrir espaços de comunicação com o nosso aluno, permeada pelo

ato da fala e da escuta. Devemos permitir que este se expresse sobre seu cotidiano,

seus sonhos, sua família, seus desejos, seus medos, suas desilusões, suas alegrias,

suas tristezas, suas fantasias, seus conhecimentos. Esta é a forma de considerá-lo

como sujeito de sua história, buscando construir sua identidade e subjetividade.

De acordo com o pensamento de Libâneo (1994) é através do domínio de

conteúdos científicos, de métodos de estudo e habilidades, e hábitos de raciocínio

científico que os alunos poderão formar consciência crítica face às realidades sociais.

Assim, terão capacidade de assumir no conjunto das lutas sociais, a sua condição de

agentes ativos das transformações sociais e de si próprios.

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O papel da escola na sociedade contemporânea exige mudanças na sua

estrutura. Assumindo que nessa mudança, é necessária a adoção de uma nova

abordagem que enseje aos egressos a capacidade de investigação de forma a criar

condições para o processo de educação permanente.

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4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A organização do trabalho no Colégio Estadual Unidade Polo está embasada nos

princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita. Estes princípios são os

princípios da igualdade, da qualidade, da gestão democrática, da liberdade e da

valorização do magistério, fundamentados na Constituição Federal de 1988, na Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96) e nas Diretrizes Curriculares

Estaduais do Paraná

A Constituição Federativa do Brasil em seu Artigo 205 garante a educação como

direito de todos e dever do Estado e da família, visando o pleno desenvolvimento da

pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

O Artigo 206, da Constituição, institucionaliza que o ensino será ministrado, a

todos, com base nos princípios da igualdade de condições para o acesso e

permanência na escola; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o

pensamento, a arte e o saber; do pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

da gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; da valorização dos

profissionais do ensino; da gestão democrática do ensino público; da garantia de

padrão de qualidade.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (nº 9394/96), reitera os

princípios anteriormente citados; disciplina a educação escolar, que se desenvolve,

predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias e estabelece que a

educação escolar deva vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

No Estado do Paraná, as Diretrizes Curriculares para a educação pública alvitra

uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos. Os sujeitos da

Educação Básica, crianças, jovens e adultos, em geral oriundos das classes

assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e

culturais (FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. A

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instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das classes menos

favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao

mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a

arte. Assim, atendendo os princípios contidos na Constituição Federal e Lei de

Diretrizes e Bases da Educação, as DCEs do Estado do Paraná prima por uma

educação na escola pública proporcionando o acesso ao conhecimento, onde todos,

especialmente os alunos das classes menos favorecidas, possam ter um projeto de

futuro que vislumbre trabalho, cidadania e uma vida digna.

Sendo assim, este Projeto Político Pedagógico está constituído dentro dos

princípios citados, que favorecem o desenvolvimento da capacidade do aluno de

apropriar-se de conhecimentos científicos, sociais, tecnológicos e artísticos filosóficos

produzidos historicamente e devem ser resultantes de um processo coletivo de

avaliação emancipatória.

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5 A REALIDADE EDUCACIONAL

5.1 A realidade do Brasil

A educação encontra-se entre os direitos que devem ser assegurados pelo

Estado, assim como a saúde, a moradia, o transporte, a segurança, o saneamento

básico e o lazer. A maioria da população brasileira não desfruta desses direitos, ou

seja, as políticas públicas sociais não atingem a milhões de cidadãos. Esse quadro é

resultado da excessiva concentração de renda nas mãos de poucos, enquanto a

maioria dos brasileiros vive em condições precárias.

Conforme consta em Paraná (2005), a exclusão social é elevada e isso se reflete

na educação. O índice de analfabetos é altíssimo. De acordo com os dados do

Ministério da Educação e Cultura, 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais,

são analfabetos; 33 milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente

alfabetizados; 4,3 milhões de crianças entre 04 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre

15 e 17 anos estão fora da escola; 1,3 milhão de crianças, entre 10 e 17 anos, estão

trabalhando ao invés de estudar e 4,8 milhões são obrigados a trabalhar e estudar ao

mesmo tempo; apenas 42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série.

Ainda em Paraná (2005), esses números revelam a exclusão de milhões de

brasileiros de seus direitos à educação. As crianças e jovens que não estão fora das

escolas recebem, segundo o MEC, uma educação de baixa qualidade, pois, 59% dos

alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente e, 52% não dominam habilidades

elementares de Matemática. Dentre os 31 países investigados, o Brasil ficou em último

lugar na média de desempenho em Matemática.

Os dados apresentam-se elevados e alarmantes, “apesar ou com pesar”, das

políticas neoliberais educacionais adotadas no governo federal de Fernando Henrique

Cardoso (1995-2002), quando foi efetivada uma reforma educacional nos diferentes

níveis de ensino, especialmente na educação básica. A referida reforma compreendeu

as mudanças nas Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais, na forma de gestão,

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na formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação

centralizados nos resultados, nos programas de educação à distância, no programa de

distribuição de livros didáticos ao Ensino Fundamental e na forma do financiamento da

educação.

As reformas que se efetivaram no país, durante o período do governo de

Fernando Henrique Cardoso estiveram atreladas aos interesses de agências

multilaterais como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e a

UNESCO, que financiam projetos e modelos de soluções dos problemas educacionais

com a finalidade de adequar a educação ao mercado de trabalho.

Os objetivos dessas mudanças na educação não foram apenas de ordem

econômica para enxugar o Estado, reduzir gastos e otimizar os custos. No fundo destas

reformas encontra-se um objetivo estratégico do capitalismo, de modelar um ser

humano cada vez mais individualista e competitivo, a partir da lógica empresarial, com

base nos valores do mercado, ao mesmo tempo em que impossibilita o avanço das

classes populares no acesso ao conhecimento sistematizado.

Entre os efeitos perversos do neoliberalismo temos o aprofundamento do

individualismo, a política do “cada um por si” resolvendo seus problemas, afirmando que

o fracasso é responsabilidade individual. A sociedade brasileira é excludente, com

fortes marcas do neoliberalismo, doutrina na qual predomina o Estado mínimo na

direção da sociedade, deixando ao mercado o controle das relações sociais e

econômicas. Nessa sociedade predomina a falta de humanismo, de respeito ao outro e

às instituições sociais, com preconceitos, racismo e altos índices de violência; a falta de

perspectivas, desprovida de valores éticos e morais, com corrupção na política e

desigualdades sócio-econômicas; o imediatismo; a falta de planejamento e perspectivas

futuras. Todo o fracasso da educação pública é interpretado como problema de cada

trabalhador da educação, individualmente, deslocado das condições materiais e do

desmonte do Estado.

A referida reforma educacional priorizou a autonomia do currículo, utilizando-se

de Parâmetros Curriculares Nacionais, que não contemplaram a diversidade sócio-

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cultural brasileira e o desenvolvimento social necessário à população marginalizada e

excluída. As mudanças organizacionais, curriculares e pedagógicas não atenderam aos

objetivos prioritários da escola. Essas políticas educacionais induziram os Sistemas

Estaduais à municipalização do Ensino Fundamental e a nuclearização das escolas.

Os trabalhadores em educação, organizados em sindicatos, associações e

confederações, se posicionaram contra essas reformas e contestaram,

incansavelmente, mobilizando e esclarecendo a sociedade civil a esse respeito, mas as

referidas reformas foram implantadas.

5.2 A realidade do Paraná

O Estado do Paraná foi um dos primeiros estados brasileiros a assumirem as

referidas reformas educacionais propostas pelo governo federal de Fernando Henrique

Cardoso. Esse Estado caracteriza-se como um dos mais ricos e desenvolvidos da

Federação, porém tem a concentração de renda nas mãos de poucos que dominam os

meios de produção, gerando exclusão e desigualdades sociais.

O Estado tem sua economia baseada na produção agro-industrial, no entanto, a

concentração da população se dá no meio urbano. Há o predomínio de grandes

propriedades agrícolas de monocultura de soja e trigo para a exportação, gerando

assim, o êxodo rural, o extermínio dos pequenos agricultores e da diversificação de

culturas, gerando desemprego e subemprego no campo. A utilização de alta tecnologia

no plantio e na colheita, com maquinários de última geração têm dispensado quase que

totalmente a mão-de-obra.

Então, as reformas propostas pelo governo federal, determinando que os

municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1ª a 4ª séries, influenciou no

processo de aceleração da migração do campo para a cidade. Os municípios não

dispunham de infra-estrutura suficiente para dar suporte a uma educação de qualidade.

O processo de municipalização incluiu como medida administrativa de economia a

nuclearização das escolas. Esse processo descaracterizou as comunidades e também

estimulou a migração da população do campo para a cidade.

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Neste período, o governo Jaime Lerner (1995-2002), implantou medidas de

terceirização na educação pública. Implantou o Paranaeducação, Paranaprevidência,

Proem (este programa extinguiu cerca de 1080 cursos profissionalizantes das escolas

públicas do Estado), Correção de Fluxo, aumento do número de alunos por turma,

redução da grade curricular, proibição de turmas do Ensino Fundamental no noturno,

alteração do porte das escolas (reduzindo horas do quadro administrativo e da equipe

pedagógica, provocando perdas de empregos), municipalização de ensino, corte do

adicional de difícil acesso, alteração das regras de aposentadoria dos professores com

RDT e Ensino Especial, dentre outras.

As medidas privatizantes efetivadas pelo governo de Jaime Lerner, não

trouxeram benefícios à educação paranaense, pois as avaliações realizadas pelo SAEB

permitem afirmar que muitos alunos do Ensino Fundamental chegam à 5ª série sem

conhecimentos básicos de leitura, escrita e cálculo e, concluem a 8ª série sem adquiri-

los. Persistem os altos índices de evasão e repetência, distorção idade/série,

aprendizagem sem qualidade.

Sem investimentos suficientes para corrigir tais deficiências, o governo estende

para o Ensino Médio, a responsabilidade sobre a aprendizagem que deveria ter sido

adquirida no Ensino Fundamental. Além disso, o Ensino Médio, historicamente, tem tido

um caráter de dualidade, no qual a formação técnica profissional é dissociada da

formação humana. A superação desta dicotomia deve ser um compromisso de políticas

públicas para esta modalidade de ensino, que o Estado deve assumir como obrigatória,

ou seja, onde não há formação humana integral deslocada da formação técnica

profissional.

Um dos maiores problemas enfrentados pela educação no Estado do Paraná é a

evasão escolar, principalmente no Ensino Médio. A evasão escolar não é um fator

unicamente educacional, mas social e econômico. Jovens e adolescentes deixam a

escola para trabalhar, não conseguem conciliar o trabalho com os estudos, chegam

cansados, atrasados para as primeiras aulas, não acompanham os conteúdos e

acabam desistindo. A escola não dá conta de resolver esses problemas, pois eles

ganham outras dimensões.

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Os problemas da evasão, da reprovação e da educação sem qualidade social

ainda são reflexos da falta de investimentos na educação por um longo período de

tempo. Os governos federais e estaduais deixaram de investir conforme deveriam na

educação (o governo estadual deve investir no mínimo 25% da arrecadação). Deixaram

de investir adequadamente, por longo tempo na carreira, no salário e na formação

inicial e continuada dos profissionais da educação. Não destinaram verbas suficientes

às escolas para que pudessem recuperar e ampliar suas instalações garantindo uma

infra-estrutura adequada para o trabalho pedagógico de qualidade, e que contemplem

adaptações adequadas às pessoas com necessidades educativas especiais, bem como

espaços para atividades artísticas, esportivas e recreativas.

A realidade educacional, até então, precisava imediatamente de mudanças, pois

uma quantidade significativa da população que necessitava da escola pública, recebia

educação deficitária, gerada pela rotatividade de professores nas escolas; pelo

despreparo de muitos professores que assumiam aulas que não estão dentro de sua

área de formação; pelo acúmulo de carga horária (excesso de aulas semanais - 60

horas/aula) dos professores; pela ausência de formação continuada eficiente tanto dos

professores quanto dos funcionários; pela falta de um regime diferenciado de trabalho

com dedicação exclusiva; pela falta de um plano de carreira adequado para os

funcionários com perspectivas de progressão na carreira. Agravando esses problemas,

estão as estruturas físicas e as instalações inadequadas das escolas com bibliotecas

desatualizadas e acervo bibliográfico insuficiente, falta de material didático pedagógico

para o trabalho dos professores e laboratórios de Química, Física, Biologia e

Informática.

O Governo Requião (2003-2006) iniciou um processo de transformação na

educação pública paranaense que está sendo reconhecida no Brasil. Visando melhorar

a qualidade do ensino, implantou o livro didático gratuito, o portal Dia-a-dia Educação

visando um modelo de aprendizagem colaborativa e como parte do processo de

formação continuada dos professores com o projeto Folhas, o Grupo de Trabalho em

Rede e os Objetos de Aprendizagem Colaborativa; o Programa Paraná Digital que

contempla 40 mil computadores e toda a rede escolar interligada com Internet de fibra

ótica ou via satélite; a TV Paulo Freire, o plano de cargos e salários, concurso público, o

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retorno da Educação Física e do Ensino Fundamental no período noturno, a ampliação

da carga horária do noturno de 20 para 25 horas-aula semanais, a implantação da hora

atividade remunerada ao professor, a construção de novos colégios e salas de aula, o

Programa Paraná Alfabetizado, a volta do ensino profissionalizante, as Salas de Apoio

e de Recursos. A Lei 15.228/06 - Instituiu a obrigatoriedade das disciplinas de filosofia e

sociologia na grade curricular do ensino médio. Criou-se também o PDE – Programa de

Desenvolvimento Educacional, com ações na modalidade de educação à distância que

visam à interação entre professores.

Reeleito para o período (2007-2010) o governo Requião está realizando novo

concurso público e anunciou o aumento de verbas para a educação. O PEC (Proposta

de Emenda Constitucional) - ampliam de 25% para 30% os recursos para a educação

pública. Algumas escolas estão recebendo recursos para reformas e foi implantada a

TV Multimídia, projeto de televisores de 29 polegadas, com entrada para cartão de

memória e pendrive para todas as salas de aula da rede estadual, com curso e

orientação de uso direcionada a todos os profissionais da educação. No mesmo

período, foi doado aos professores da rede, um pendrive, abrindo oportunidades de uso

de recursos tecnológicos como forma pedagógica.

Esperamos que essas mudanças realmente diferenciem o quadro da qualidade

educacional no Paraná. Porém, sabemos que os resultados aparecem em longo prazo

e não temos ainda condições de medir adequadamente os resultados efetivos dessas

ações iniciadas com o governo Requião.

5.3 A realidade do município de Campo Mourão

O município de Campo Mourão está situado numa região economicamente

privilegiada, conta com uma agricultura desenvolvida, excelente estrutura urbana, boa

posição geográfica, possuindo um dos maiores entroncamentos rodoviários do sul do

país. No entanto, é um município cuja população sofre pela ausência de políticas

sociais e com o predomínio do monopólio da agricultura. O latifúndio e a mecanização

do campo têm expulsado os trabalhadores para a cidade. Esses trabalhadores não

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estão preparados para a vida urbana e, desempregados, passam a viverem

marginalizados.

As escolas estaduais e municipais recebem, em sua maioria, alunos advindos de

meios sociais precários, crianças desnutridas, carentes de afetividade, com problemas

psicológicos, sem recursos financeiros para adquirir os materiais escolares. Esses

alunos encontram uma escola igualmente sem estrutura física e financeira para atendê-

los com qualidade. Enfim, todos os problemas que ocorrem no país e no Estado, são

encontrados em Campo Mourão. Nessa cidade, o Ensino Fundamental de 1ª à 4ª séries

é ofertado pela rede municipal em 22 estabelecimentos de ensino, sendo que 05 destas

escolas atendem de 1ª à 8ª séries. O Ensino Médio público é ofertado em 14 escolas da

rede estadual e em 01 da rede federal.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, os índices de reprovação na

rede municipal são mais elevados na 1ª e na 5ª séries. Na 1ª série constata-se que a

falta de contato com materiais escritos em casa dificulta a aprendizagem. Na escola,

alguns fatores contribuem para a retenção do aluno como, a metodologia, a forma de

avaliar, o número excessivo de alunos na sala de aula, dentre outros.

Em relação à 5ª série, entre os fatores que levam à reprovação segundo a

Secretaria Municipal de Educação está a fragmentação entre a 4ª e 5ª série, a falta de

interesse e a indisciplina dos alunos, o não comprometimento e acompanhamento da

família, o número excessivo de alunos por sala de aula, a metodologia, a avaliação e as

condições de trabalho dos professores.

No Ensino Médio, constata-se que as causas mais freqüentes de reprovação e

evasão escolar são a gravidez na adolescência, a falta de interesse, a dificuldade de

conciliar o trabalho com os estudos, a falta de estímulo da família, a metodologia

adotada pelas escolas e a avaliação.

A realidade educacional no município de Campo Mourão precisa ser melhorada,

ainda é grande a falta de estrutura das escolas, salas com excessivo número de alunos,

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bibliotecas defasadas, falta de funcionários e outros fatores que levam à evasão e

reprovação dos alunos.

5.4 A realidade do Colégio Estadual Unidade Polo

O Colégio Estadual Unidade Polo localiza-se no limite entre o centro e os bairros

em seu entorno. A escola não apresenta grande distinção entre os três períodos, ou

seja, nos períodos matutino, vespertino e noturno, estão matriculados alunos

provenientes de famílias com nível sócio-econômico de classe média e baixa.

De acordo com o Relatório Final Anual de 2007, 2008 e 2009, a reprovação no

período de 2008 atingiu índices elevados em comparação a 2007 e 2009, sendo que no

ano de 2009 a diminuição foi significativa em relação ao item reprovação. Corroborando

as informações, no Ensino Fundamental, em 2007, ocorreram 14% de reprovação,

sendo que 2008 a reprova atingiu um índice de 24%, e 2009 diminui para 19%. No

Ensino Médio, a referência de reprovação foi a seguinte: 2007 incidiu em 10%, 2008 em

12% e 2009 em 9%.

No quesito evasão, observa-se que o indice no Ensino Fundamental nos anos de

2007, 2008 e 2009 não ultrapassou a 2%. No Ensino Médio, período diurno e noturno,

em 2008 e 2009, com 12% de abandono, superaram o ano de 2007 com índice de 10%.

Assim, o grande responsável, nos três últimos anos, pelo alto fator evasão se deu no

periodo noturno com o ensino médio, sendo que na somatória dos anos citados, no

periodo diurno, correspondeu a 8% e no noturno chegou a um indicador de 26%.

A evasão e a reprovação preocupam a comunidade escolar. Essa escola está

longe de alcançar os objetivos propostos nesse Projeto Político Pedagógico. Sabemos

que muitos fatores interferem no processo de ensino-aprendizagem e serão explicitados

no decorrer dos textos que sucederão a este. Temos a convicção que o desafio é

grande, mas a escola continuará desenvolvendo o Projeto contra a evasão e

reprovação escolar, em andamento desde 2004, e todas as ações estão,

principalmente, voltadas à redução dos índices de reprovados e evadidos dessa

instituição escolar.

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6 ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA

PRÁTICA PEDAGÓGICA DOCENTE: APONTANDO CAMINHOS

No Brasil, a política educacional que se diz comprometida com a universalização

da escola pública com qualidade social ainda não superou o processo de exclusão do

sistema educacional como a reprovação, evasão, gestão autoritária, avaliação

quantitativa, aceleração de estudos, prédios ruins, salas de aulas superlotadas,

iluminação inadequada, carência de recursos didáticos, a não aplicação do piso salarial

nacional e falta de condições de trabalho adequadas para os trabalhadores em

educação.

Vivemos numa sociedade em crise, marcada pelo capitalismo que move nossos

jovens pelo imediatismo e hedonismo, que expressam valores de consumo fácil, do

pouco esforço físico e intelectual. Neste contexto, a escola deve fazer um esforço no

sentido de aproximar o ensino-aprendizagem da metodologia da mediação dialética no

sentido de desvelar o mundo, problematizá-lo do ponto de vista ético, político e

econômico e assim repensar sua função sócio-histórica.

Nas décadas de 80 e 90, com o avanço do neoliberalismo, a educação pública

se pautou pela lógica da mercantilização. As questões pedagógicas tomaram outro

rumo, pois, o currículo passou a ser visto como um rol de competências e habilidades

voltadas para o mercado de trabalho, através de parâmetros curriculares vagos e

imprecisos sem o compromisso com a transformação da sociedade e com os

trabalhadores. Temas essenciais da educação foram abandonados, entre eles, os

debates acerca dos trabalhadores em educação como intelectuais, a organização da

escola de maneira coletiva e solidária, a gestão democrática, o significado e a função

do conhecimento trabalhado na escola, entre outros.

Desvelar uma sociedade injusta implica em explicitar as condições de trabalho,

de salário e a intrínseca relação entre o pedagógico, o político e o econômico. A

realidade da escola pública brasileira, ainda é permeada por muitas contradições. Nela

lutamos, indagamos anunciando um mundo com melhores perspectivas.

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Para reorganizar a escola pública e repensar o currículo é preciso colocar na

pauta de nossas reflexões as mudanças econômicas, sociais, culturais, científicas e

políticas, vivenciadas nas últimas décadas no mundo. Novos problemas exigem novas

respostas. Porém, antes disso é necessário discutir e estabelecer que relações nós,

educadores, aspiramos ou ao menos apontar outras formas de relações nessa

comunidade escolar. Afirmamos que “na base de todas as relações humanas,

determinando e condicionando a vida, está o trabalho, uma atividade intencional que

envolve formas de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida

humana” e que precisam ser distribuídos para toda sociedade na mesma proporção

Ao estabelecer as relações em nossa comunidade escolar, devemos estar

atentos à construção de um currículo que interrogue a realidade e que nos permita ser

interrogados pela sociedade. Devemos estabelecer sempre o aspecto público da

escola, tornar as relações mais democráticas permanentemente, mostrando que a

educação não é mercadoria, não pode ser vendido. É um direito da sociedade.

O trabalho e o emprego estão na base da produção, da criação de riqueza e bem

estar e se ligam às decisões sobre o que e como produzir e como organizar a

reprodução da vida humana. Isso implica em olhar para o conjunto das necessidades

da população, em particular ao trabalho e emprego, para avançar na construção de

uma sociedade com igualdade. Alertar que a economia está voltada para os mega

projetos que beneficiam as transnacionais, os banqueiros e o agronegócio. É preciso

compreender a política econômica do país para intervir nos seus rumos.

Na sociedade de mercado, dominada pela busca incansável do lucro, há um

predomínio das empresas transnacionais que vão destruindo os sistemas locais de

produção, circulação e venda dos produtos. Enfrentar essa realidade para melhorar as

condições da classe trabalhadora é fundamental.

O programa Fome Zero atua a partir de 04 eixos articuladores: acesso aos

alimentos, fortalecimento da agricultura familiar, geração de renda e articulação,

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mobilização e controle social. O programa Bolsa Família1 é considerado o carro chefe

do programa Fome Zero. Neste colégio, dos 1261 alunos matriculados em 2010,

participam deste programa 35 alunos.

Outra mudança ocorrida no Brasil nos anos 90 deve-se a distribuição de renda

do trabalho das mulheres. De acordo com o ultimo censo do IBGE, a média de salários

aumentou de 28,7% em termos reais de 1889 e 1999. Corroborando estes dados e

conforme a Síntese dos Indicadores Sociais 2007², elaborada na maior parte com os

dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o número de mulheres

que são indicadas como a pessoa de referência da família aumentou

consideravelmente entre 1996 e 2006, correspondendo a uma variação de 79%,

enquanto, neste mesmo período, o número de homens “chefes” de família aumentou

apenas 25%. Em relação à “chefia” feminina, observou-se que as maiores proporções

de mulheres que se declaravam como pessoa de referência da família estava nos

grupos etários de 25 a 39 anos e de 60 anos ou mais de idade, cada grupo

correspondendo a 26,7%. Estas, no entanto, possuem rendimentos médios menores do

que aos dos homens.

Ainda, devido à necessidade da mulher ingressar-se no mercado de trabalho,

verifica-se que as mesmas estão cada vez mais em busca de escolarização. Segundo o

Pnad, houve um aumento considerável das mulheres em relação aos estudos. Em

1996, entre as pessoas que freqüentavam estabelecimentos de ensino superior, 55,3%

eram mulheres, passando para 57,5%, em 2006. Nota-se que os homens estão

perdendo espaço no processo de escolarização, pelo menos, no que tange a taxa de

escolarização superior. Estes resultados têm sugerido novas discussões e estudos

sobre políticas para a continuação do processo de melhora do padrão de distribuição de

renda no país. As atuais linhas de pesquisa enfatizam, sobretudo, a importância da

educação para reduzir a desigualdade de renda.

1 Programa Bolsa Família (PBF) é um programa brasileiro de transferência direta de renda, destinado às famílias em

situação de pobreza, com renda per capta de R$ 70,00 de até R$ 140,00 mensais, que associa à transferência do benefício financeiro o acesso aos direitos básicos: saúde, alimentação, educação e assistência social.

² IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Síntese de Indicadores Sociais – 2007

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=987&id_pagina=1

Acesso em 04 nov.2010.

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A melhora no padrão de distribuição de renda do trabalho aconteceu

paralelamente a uma aceleração da taxa de crescimento do número médio de anos de

estudo da população. A média de anos de estudo aumentou de 4,55 em 1989 para 5,75

em 1999. Este fato ilustra a importância da educação para a distribuição de renda do

trabalho.

Em 1999 quase 40% da população empregada receberam menos de 03 salários

mínimos por mês, enquanto os 1,6% mais ricos receberam mais de 20 salários

mínimos. Além disso, 40,6% da população não tiveram renda.

Durante as últimas 04 décadas a concentração de renda no Brasil se manteve

praticamente inalterada, oscilando entre as 10 últimas posições do mundo. O primeiro

avanço significativo para melhora da desigualdade econômica no país ocorreu em

2004, com o programa Bolsa Família do governo Lula. A taxa de crescimento de renda

per capta para os mais pobres foi de 14,1%, enquanto a renda per capta média cresceu

3,6% no mesmo período.

A distribuição de renda no Brasil é tão desigual que “a metade pobre da

população brasileira ganha em soma quase o mesmo valor (12,5% da renda nacional)

que os 1% mais ricos (13,3%).

A afirmação da diversidade e a exigência da abolição das diferentes formas de

opressão - de gênero, de raça, de geração, de liberdade sexual, contra as pessoas com

necessidades educacionais especiais – têm sido eixos de lutas dos movimentos sociais,

bem como a preocupação com as questões ambientais e a exigência da participação

popular, através de Fóruns, Conselhos e da constituição de Redes Solidárias de

colaboração, de produção e de consumo que inauguram uma nova economia. O

sistema capitalista reage de várias maneiras, com guerras, massacres étnicos,

imposições econômicas e com a mídia cooptada, causando prejuízo à informação e à

autonomia da classe trabalhadora. É preciso criar novas alternativas através das redes

virtuais de relacionamento para enfrentamento das imposições ideológicas da grande

mídia.

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Após a árdua tarefa para reverter às políticas neoliberais de oito anos de mando

(1995 a 2002), o atual governo ao longo desses 08 anos (2003 a 2010) retomou a

reconstrução da escola pública e vem implantando algumas políticas educacionais

assumidas, após discussão coletiva, com os profissionais da educação.

Essas políticas visam avançar na direção de uma escola que não separe

instrução de educação. Como dizia Gramsci, uma Escola Unitária, uma escola que não

separe o pensar do fazer, uma escola que instaure nossas relações entre trabalho

intelectual e trabalho manual, que seja um espaço de formação humana pautada no

acesso ao conhecimento como condição fundamental para a transformação da

sociedade.

A escola pública que queremos tem que ser conquistada e construída por todos.

O desafio que nos cabe é o de construir coletiva e democraticamente esta escola.

Acreditamos que este é o caminho, além da luta constante, devemos nos pautar pela

formação continuada, discussão, análise, debate e proposições da escola que

queremos, com a comunidade, com professores, funcionários, pais e alunos.

O governo tem a obrigação de investir recursos para financiar as políticas

educacionais de formação continuada para todos os trabalhadores em educação. Essa

deve fazer parte de uma política de qualificação profissional, com qualidade do ponto

de vista pedagógico, ético, político e técnico. Para isso é preciso transformar em

políticas públicas os atuais programas de formação continuada com investimento na

capacitação docente e dos demais trabalhadores em educação. Os profissionais da

educação devem estar inseridos no processo de construção do Plano Estadual de

Educação, enquanto sujeitos do fazer político-pedagógico.

Em relação à gestão democrática na educação, entendemos que ela é, antes de

tudo, um processo onde todos os que participam são representantes dos segmentos

sociais que formam a comunidade escolar. Sua forma de ação acontece através de

mecanismos como o Conselho Escolar, Associação de Pais, Mestres e Funcionários, a

elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola, bem como a eleição direta para

diretores dos estabelecimentos de ensino.

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A realização de eleição direta para a direção da escola garante a sua autonomia

pedagógica, além de cumprir um dispositivo constitucional. A Constituição Estadual, em

seu artigo 178, inciso VII, garante a “gestão democrática e colegiada das instituições de

ensino mantidas pelo Poder Público estadual, adotando-se sistema eletivo, direto e

secreto, na escolha dos dirigentes, na forma da lei”. Portanto, esse processo deve ser

plural, democrático e representativo. Sendo assim, alguns indicadores são

fundamentais na construção da gestão democrática, como a autonomia, a

representatividade social e a formação da cidadania. A autonomia é entendida aqui

como a autonomia pedagógica necessária para a comunidade escolar elaborar o seu

Projeto Político Pedagógico, escolher diretamente seus dirigentes e, a escola ter como

instância máxima, o Conselho Escolar pensando na administração da educação sempre

à luz da natureza do trabalho pedagógico, buscando sua universalização, enquanto

acesso de todos e, sua universalidade, enquanto conhecimento.

Em Paraná (2008), a escola é por princípio, o local do conhecimento produzido,

reelaborado e sociabilizado dialeticamente, sempre na busca de novas sínteses,

construídas na e com a realidade. Os Desafios Educacionais Contemporâneos trazem

em foco as influências que as múltiplas determinações, o ambiente, as culturas e as

diversas interferências do processo educacional causam nelas próprias e em seu

entorno. Tais desafios trazem as inquietudes humanas, as relações sociais,

econômicas, políticas e culturais levando-os a avaliar os enfrentamentos que devemos

fazer.

Esta nova demanda faz parte de nossa realidade e constam neste Projeto

Político Pedagógico visando à inserção dos temas a serem trabalhados de forma

científica, associado quando possível, ao conteúdo das diferentes disciplinas, não

estando fragmentado e nem desvinculado das DCEs do Estado do Paraná. Neste

aspecto, as questões que envolvem os Desafios Educacionais Contemporâneos:

prevenção ao uso indevido de drogas; educando para as relações étnico-raciais;

enfrentamento à violência na escola e educação ambiental, são pertinentes e

necessárias no trabalho escolar.

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Propomos um estudo acerca das questões sociais mundiais e locais, numa

perspectiva crítica, sócio-histórica, política, econômica e pedagógica. Com o intuito de

fornecer subsídios teórico-metodológicos referentes a tais demandas. Serão utilizados

como material de apoio os Cadernos Temáticos produzidos pela SEED, Coordenação

dos Desafios Educacionais Contemporâneos.

Ainda no prisma de desafios da chamada revolução de paradigmas do processo

de ensino-aprendizagem de nossa época é a educação inclusiva. O sistema

educacional contemporâneo tem realizado uma busca por respostas para as

discussões sobre o processo inclusivo iniciado na década de l990, com o objetivo de

proporcionar a equidade de oportunidades às pessoas com necessidades educacionais

especiais, atendendo ao dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

– LDBEN - nº 9394/96, em seu Art. 58, que preconiza que a Educação Especial é uma

modalidade de ensino que deve oferecida, preferencialmente na rede regular de ensino.

A inclusão implica em valorizar as peculiaridades de cada aluno, atendendo a

todos na escola com equidade, incorporando a diversidade, sem nenhum tipo de

distinção. Cabe dizer que, em Paraná (2010?, p 10), [...] equidade de oportunidades

“não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e

serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas

singularidades”. Esse processo, a inclusão, necessita de ações eficazes que garantam

os desenvolvimentos intelectual, social, afetivo e profissional do alunado a qual se

destina.

Neste sentido entende-se que devem ser atendidas todas as condições

necessárias para que possa ser concretizada esta modalidade de ensino, para

educandos com necessidades especiais. O compromisso do Estado deve ser na

manutenção de um modelo público de educação especial, em todas as modalidades,

como educação precoce, iniciação profissional, habilitação e qualificação para o

trabalho, ensino médio e superior.

É fundamental a efetivação de políticas educacionais que incluam, de forma

adequada, humana e com dignidade, as crianças e adolescentes com necessidades

educacionais especiais. As pessoas com necessidades especiais de aprendizagem ou

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de locomoção têm direito ao acesso à educação de qualidade, de forma que sua

singularidade seja respeitada, superando toda forma de preconceitos e limitações

estruturais e de recursos humanos para recebê-las com qualidade.

Lutamos pela garantia ao acesso e permanência dos alunos com necessidades

educativas especiais nas escolas comuns e especializadas, prioritariamente públicas.

Mas não podemos admitir que estas pessoas sejam matriculadas aleatoriamente nas

escolas sem antes serem tomadas medidas que afirmem seus direitos de forma digna.

Torna-se então primordial, proporcionar aos alunos atividades que lhes permitam

demonstrar seu conhecimento prévio, desenvolvendo-o gradativamente para o

conhecimento científico e com este, interagir socialmente.

Neste contexto, a escola possui alunos com Transtorno Déficit de Atenção,

Hiperatividade (TDAH) e Deficiência Intelectual (DI), ou seja, alunos com Necessidades

Educativas Especiais (NEE) que estão inseridos em salas de aula do Ensino Regular,

por vezes em turmas numerosas, fator este que interfere no aprendizado pleno.

Também fazem parte do corpo discente, alunos com repetência, evasão e

problemas sócio-emocionais dificultando o atendimento, por parte dos professores,

para uma aprendizagem qualitativa.

Para sanar as defasagens de aprendizagem a escola oferece a Sala de Apoio à

Aprendizagem (SAA) aos alunos das 5ª séries, nas disciplinas de Língua Portuguesa e

Matemática, em duas turmas distintas; a Sala de Recursos, com professores

especializados, atendendo alunos de 5ª a 8ª séries, com Deficiência Intelectual (DI),

Transtornos Funcionais Específicos (TFE); e o SAREH - Serviço de Atendimento a

Rede de Escolarização Hospitalar-, proporcionando também o Atendimento Domiciliar

aos alunos do Ensino Fundamental e Médio.

Num processo interventivo, em meio a tais diversidades, o professor da Sala de

Recursos e Serviço de Apoio a Aprendizagem interagem com os demais docentes da

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sala do ensino regular que buscam desenvolver um trabalho com metodologias

diferenciadas a fim de atender as dificuldades apresentadas pelos alunos.

O professor da Sala de Recursos, buscando um elo no tripé escola, família e

serviço especializado, tem apresentado grandes êxitos com os alunos inseridos no

programa.

O governo deve investir recursos financeiros para a formação continuada dos

profissionais da educação para que os alunos com necessidades educativas especiais

possam ser educados com qualidade. Para tanto, conforme APP-Sindicato (2001), é

necessário realizar a adequação curricular, a destinação de recursos financeiros para a

adequação de instalações físicas apropriadas, como a remoção de barreiras

arquitetônicas e outras adaptações que se fizerem prementes; a aquisição de material

especializado às diferentes deficiências com qualidade e em quantidade aceitável,

como acervo bibliográfico, videoteca, equipamentos, materiais específicos com

impressoras em Braille, acervo bibliográfico em Braille, fitoteca, grupo de ledores

voluntários ou bolsistas, intérpretes para LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais.

Os investimentos financeiros do governo do Estado não podem se restringir ao

espaço escolar. O governo deve investir no transporte adequado aos educandos com

necessidades educativas especiais, nas equipes interdisciplinares e de saúde, na

avaliação diagnóstica, na relação adequada ao número de alunos por professor e

garantir o atendimento domiciliar à educandos, em casos graves, quando não puderem

se locomover até a instituição escolar.

Outro tema que se apresenta como desafiador para o debate são as relações

étnico-raciais. O Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, é um país plural

em sua identidade, contudo ao longo da nossa história o preconceito e as relações de

discriminação e exclusão social impedem muitos brasileiros da vivência plena de sua

cidadania.

A SEED, desde 2007, instituiu o Departamento da Diversidade – NEREA, que

discute e define as políticas para o atendimento a todos os sujeitos que historicamente

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encontram-se excluídos do processo de escolarização e/ou da pauta das políticas

educacionais. Destacamos na Educação do Campo, os moradores e trabalhadores do

campo, agricultores familiares e trabalhadores rurais temporários; na Educação das

Relações Étnico-Raciais e Cultura Afrobrasileira, Africana e Nativa, a população de

negros (as), étnico-raciais e índios; a Alfabetização de Jovens e Adultos trabalhando

com os jovens, adultos e idosos analfabetos; na educação de Gênero e Diversidade

Sexual, referindo-se as relações afetivo-sexuais de indivíduos ou grupos, tais como

lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Na sociedade brasileira, a superação da discriminação, é o grande desafio da

escola. Sendo assim, é necessário conhecer e reconhecer a riqueza apresentada pela

diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, cultural e econômico

brasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos sociais.

É imprescindível tratar da diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a,

sendo que para superar as discriminações é atuar sobre um dos mecanismos de

exclusão, tarefa necessária, ainda que insuficiente, para se caminhar na direção de

uma sociedade mais democrática. É um imperativo do trabalho docente a construção

da cidadania, uma vez que tanto a desvalorização cultural, quanto a discriminação são

entraves à plenitude da cidadania de todos, portanto da própria nação.

A Lei 10.639, assinada em 09 de janeiro de 2003 pelo Presidente da República

Luis Inácio Lula da Silva e o Ministro da Educação Cristóvan Buarque, alterou

dispositivos da LDB (Lei nº 9394/96) e tornou obrigatório o ensino da temática História e

Cultura Afro-brasileira e Africana nos estabelecimentos de ensino da Educação Básica

do país. Em 10 de março de 2004, o Conselho Nacional de Educação aprovou o

parecer 003/2004, instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. A

temática deve ser trabalhada no âmbito de todo o currículo escolar em todas as

disciplinas.

Nesse panorama de inclusão social além da Lei nº 10.639/01 tem sido

amplamente discutido e inserido como componente curricular de caráter obrigatório nas

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instituições escolares o cumprimento da Lei Nº 13.381/01 que torna obrigatório no

Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual os conteúdos de História do

Paraná, e da Lei Nº 11.645/08 que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino

da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.

A Lei 10.639/03, Lei Nº 13.381/01 e a Lei Nº 11.645/08 somam-se à luta pela

implementação de políticas afirmativas para a superação do quadro de exclusão

produzido pela estrutura do racismo e de classe presentes na sociedade brasileira. A

prática dessa lei, embora esteja em vigor no papel, é um desafio constante. Faz-se

necessário que ao implantar a lei, o poder público e nós educadores, desenvolvamos

práticas pedagógicas no interior da escola que promovam a igualdade das

diversidades.

Atendendo as Leis que amparam e preceituam as Diversidades, desde 2003,

consiste como prática desta instituição de ensino o trabalho educacional direcionado a

Educação Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana. Em 2007 foi constituída a equipe multidisciplinar que orienta e encaminha a

práticas pedagógicas no interior da escola promovendo a igualdade e o respeito à

heterogeneidade étnico-racial, visando à transformação social.

A temática Sexualidade que discute questões de gênero, doenças sexualmente

transmissíveis, educação sexual, entre outros temas correlatos, tem sido um tema

constante difundido na mídia, por meio das novelas, dos cinemas, da publicidade, dos

programas de auditório para jovens, das revistas voltadas para o público adolescente, o

que nos chama a responsabilidade da discussão do tema, na perspectiva dos direitos

humanos constituídos e fundamentados na Constituição da República Federativa do

Brasil quando diz, sobretudo, que um dos objetivos fundamentais é “promover o bem de

todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de

discriminação” (Art. 3º, IV)

A educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos

humanos, o que tem levado o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos

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minoritários. Entre estes grupos estão os grupos de gênero representados pelo grupo

LGBTT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

No Brasil, há muitos estudos sobre a exclusão de mulheres, porém poucos

estudos educacionais acerca do tema da diversidade sexual. Essa ausência na

educação, provavelmente, tem como causa a predominância de proposições

essencialistas e excludentes nos conceitos utilizados para pensar identidades sexuais

e de gênero.

E ainda, sobre o respeito à livre orientação sexual, recentemente a aprovação

de alguns documentos oficiais contribuiu para o fortalecimento das discussões acerca

dos direitos sexuais da população LGBTT, entre eles, o Decreto nº. 5.397, de 22 de

março de 2005, que dispõe sobre a composição, a competência e o funcionamento do

Conselho Nacional de Combate à Discriminação – CNCD, o qual compete propor,

acompanhar e avaliar as políticas públicas afirmativas de promoção da igualdade e da

proteção dos direitos de indivíduos e grupos sociais e étnicos afetados por

discriminação racial e demais formas de violência.

Esse conselho é composto além de órgãos ministeriais, por representantes de

entidades e organizações não-governamentais das populações negra, indígena e do

segmento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBTT.

No Estado do Paraná, a Lei nº 11.733, de 28 de maio de 1997, que autoriza o

poder executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual a serem veiculadas

nos estabelecimentos de ensino estadual de primeiro e segundo graus do Estado do

Paraná dão amparo legal e abertura à prática de uma Educação Sexual na escola.

É imprescindível refletir no contexto escolar sobre as questões de gênero e

diversidade sexual, a fim de promover uma educação democrática e inclusiva, sem

preconceitos nem discriminações, desconstruindo padrões estereotipados que geram a

exclusão social. O trabalho de esclarecimento visa contribuir na promoção da equidade

de gênero sexual e no enfrentamento ao sexismo e homofobia, bem como promover a

defesa dos direitos sexuais.

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Pensar em educação de forma ampla é abarcar a população do campo. Nos dias

atuais há necessidade de refletir sobre as políticas públicas que vem sendo

desenvolvidas em torno da valorização do homem do campo e de suas especificidades,

tendo em vista que o aluno advindo da zona rural não difere amplamente daquele

residente na zona urbana. A função primeira da escola é incentivar, valorizar e procurar

demonstrar ao aluno do campo a importância do trabalho agrícola para o bom

andamento de um país.

Nesse sentido a escola deve adaptar-se ao artigo 28 da LDB, que prevê, entre

outros, conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e

interesses dos alunos da zona rural.

Tal adaptação faz-se necessária, uma vez que o aluno poderá construir

conhecimentos concretos sobre o manejo e produção, e assim utilizá-los na construção

de formas diversificadas de trabalhos dentro do campo, podendo obter renda justa

desse local e adquirir forças para continuar a habilitar e cuidar da zona rural.

Sendo assim, este estabelecimento de ensino busca valorizar o conhecimento

dos diferentes sujeitos da aprendizagem. Considera que o desenvolvimento das

pessoas é construído não só por meio dos diferentes processos formativos, mas

valoriza a escolarização inicial e continuada, resgatando ao mesmo tempo nas áreas

educativas as questões específicas de cada grupo, principalmente no respeito ao

ambiente como forma de assegurar as condições do desenvolvimento sustentável.

Da mesma forma, as questões ambientais em discussão no mundo hoje, nos

apontam que é necessário cuidar da natureza. A educação ambiental torna-se aliada na

compreensão de que a sociedade e a natureza interagem. Para tanto, a Agenda 21

Escolar, documento que prevê iniciativas e ações de todos os setores sociais, inclusive

os desta escola, contribui nesse trabalho educativo de consciência ambiental.

A Agenda 21 é composta pela Agenda Global, Brasileira, Estadual, Local,

resultando dessa estrutura, a proposta para a elaboração da Agenda Escolar. A escola

tem influência efetiva, não apenas dentro dos seus muros, nos momentos formais, mas

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em toda a comunidade formada pelos respectivos familiares e moradores de seu

entorno.

As atividades referentes à Agenda 21 Escolar devem ser desenvolvidas no

coletivo a partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o

desenvolvimento do projeto abordando o tema definido, buscando conscientizar a

comunidade escolar na busca de soluções visando uma melhor qualidade de vida, onde

a participação de todos é fundamental para um resultado positivo.

Somos trabalhadores e construímos a educação de nosso Estado. Nossa

ferramenta de trabalho deve ser o conhecimento científico, filosófico, artístico, político e

tecnológico. Sabemos que através dele é possível contribuirmos para a transformação

da sociedade. Estamos motivados a construir uma educação em que o lucro não seja a

medida de todas as coisas. O que nos move são a vida humana em sua integridade

cultural, ética, política e social.

Em 2010 foi autorizado o funcionamento do Curso de Educação Profissional

Técnico de Nível Médio em Serviços de Restaurante e Bar, Eixo Tecnológico:

Hospitalidade e Lazer. Aprovado em 09/02/2010, Processo nº 505/09 Câmara de

Educação Básica, com 800 Horas/aulas, mais 50 horas de estágio profissional

supervisionado. O regime de matrícula é semestral, com duração mínima de 01 (um)

ano e máximo de 05 (cinco) anos.

O curso profissionalizante Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, cuja

modalidade é subsequente ao Ensino Médio foi visto como necessário, em virtude de

que é uma área que exige do profissional, conhecimentos específicos para trabalhar

eficientemente.

A oferta do curso veio consolidar o fortalecimento das políticas públicas

educacionais implantadas pela Secretaria de Estado da Educação para os cursos de

Educação Profissional em nosso município.

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Abrange alunos cuja terminalidade é recente e outros que se formaram há anos.

O eixo definidor está centrado nos processos produtivos e sociais que regem e são

regidos por princípios científicos, políticos e tecnológicos determinados pelo mundo da

produção e organização social capitalista.

O técnico em serviços de Restaurante e Bar vem ao encontro da necessidade da

formação do técnico numa perspectiva de totalidade e constitui-se numa atividade com

crescente exigência de qualificação. Assim ao concluir o curso deverá compreender,

tomar decisões e propor soluções relativas aos serviços de Restaurante e Bar,

atendimento aos clientes em todos os aspectos. Controlar e avaliar o processo de

organização, higiene e manipulação dos alimentos em mesas e bandejas, depósitos e

cozinha do local de trabalho. Desempenhar com qualidade todos os serviços correlatos

à função do garçom, comunicando-se com eloqüência, seguindo as regras de etiqueta e

privilegiando a boa relação com a equipe e os clientes.

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7 CONCEPÇÕES QUE NORTEIAM AS PRÁTICAS ESCOLARES

O marco conceitual do Projeto Político Pedagógico busca expressar as

concepções de homem, sociedade, trabalho, educação, cultura, ciência e tecnologia.

Os conceitos aqui expressos definem as visões do coletivo da escola, definidos em

reuniões e baseados em teorias progressistas, “partindo de uma análise crítica das

realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sócio-políticas da educação”

(SILVA, 2010). De acordo com as discussões realizadas entre os segmentos da

comunidade escolar verificou-se a preferência pela tendência progressista crítico-social,

que valorize os conteúdos científicos, questionando assim, o modelo hegemônico

vigente.

Nesta perspectiva, concebemos o homem como um ser natural e histórico-social.

Para sobreviver ele precisa relacionar-se com a natureza, pois dela provêm condições

que lhe permitem perpetuar-se enquanto espécie. Na busca das condições para a sua

sobrevivência, o ser humano atua sobre a natureza transformando-a segundo suas

necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve

múltiplas relações em determinado momento histórico, acumulando experiências, e em

decorrência, produz conhecimentos que são transmitidos de geração a geração por

meio da educação e da cultura.

Ao alterar a natureza, o homem altera a si mesmo. A interação homem-natureza

é um processo permanente, de mútua transformação e se constitui no processo de

produção da existência humana. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo

trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de diferentes

formas pela humanidade. Ao alterar a natureza, o homem provoca desequilíbrios que

afetam toda a biodiversidade.

O processo de produção da existência humana é um processo social, sendo

assim, o ser humano não vive isoladamente, ao contrário, depende de outros para

sobreviver. Existe interdependência dos seres humanos em todas as formas da

atividade humana, sejam quais forem suas necessidades, desde a produção de bens

até a elaboração de conhecimentos, costumes, valores. Essas necessidades são

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criadas, atendidas e transformadas a partir da organização e do estabelecimento de

relações entre os homens.

Na base de todas as relações humanas, determinando e condicionando a vida,

está o trabalho, uma atividade intencional que envolve formas de organização,

objetivando a produção dos bens necessários à vida humana. Essa organização implica

uma dada maneira de dividir o trabalho necessário à sociedade, ao mesmo tempo em

que o condiciona. A forma de dividir e organizar o trabalho determina também a relação

entre os homens na organização política e social, sobretudo quanto à propriedade dos

instrumentos e materiais utilizados e à apropriação do produto do trabalho.

Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação intencional, do

homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de

bens. Assim, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranqüila, já

que está impregnado de relações de poder.

O desenvolvimento do homem e de sua história não depende de um único fator.

Seu desenvolvimento ocorre a partir do suprimento de suas necessidades materiais, da

forma de se relacionar para satisfazê-las e de produzir e reproduzir as idéias. Nesse

processo do desenvolvimento humano multideterminado, que envolve inter-relações e

interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica é o

determinante fundamental.

A sociedade em que vivemos estrutura-se em classes, com diferentes ideologias,

histórias e culturas. Uma sociedade capitalista, na qual a maioria dos indivíduos não

tem acesso ao desenvolvimento, tendo poucas oportunidades sobre a ação social. Esta

sociedade passou a viver profundas transformações causadas, especialmente, pelas

enormes inovações que começaram a surgir, tais como as novas tecnologias. O acesso

a essa nova sociedade de informações propiciaram que mudanças monumentais

acontecessem na sociedade em geral, entretanto, questões de suma importância

permaneceram intactas, como o aumento desenfreado do desemprego que se

cristalizou mundialmente e o número de pessoas que vivem bem abaixo do nível de

pobreza. Além disso, avolumou-se a instabilidade emocional da maioria da população

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devido ao temor que tomou conta dos indivíduos de se tornarem também excluídos e

de sofrerem perda ou redução do poder aquisitivo.

As condições econômicas em uma sociedade baseada na propriedade privada

resultam em grupos com interesses conflitantes, com possibilidades diferentes no

interior da sociedade, ou seja, resultam num conflito entre classes. Em qualquer

sociedade onde existem relações que envolvem interesses antagônicos, as idéias

refletem essas diferenças e as que predominam são aquelas que representam os

interesses do grupo dominante. Há a necessidade de se produzir idéias que

representem a realidade de vista de outro grupo que reflita a possibilidade de

transformação que está presente na própria sociedade.

Segundo Dermeval Saviani (1992), o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade. Estas leis não são naturais, mas sim

históricas, ou seja, são leis que se constituem historicamente.

Para a sociedade que queremos, faz-se necessário efetivar ações que

contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, construindo uma sociedade

mais esclarecida, que tenha conhecimento do seu processo histórico-cultural e

compreenda que as relações que ocorrem entre os indivíduos não são naturais, mas

sim construídas historicamente. Uma sociedade que busca construir oportunidades de

participação efetiva de todos os indivíduos que a compõem, que combata o

individualismo, conformismo, enfim, que valorize o ser e não o ter.

Dentre as idéias que o homem produz, parte delas constitui o conhecimento

referente ao mundo. O conhecimento humano, em suas diferentes formas, senso

comum, científico, tecnológico, filosófico, estético, exprime as condições materiais de

um dado momento histórico.

O conhecimento é construído através das relações culturais, sociais, econômicas

e de poder de trabalho dos homens. Esse conhecimento é influenciado pelo modo de

produção, gerando uma concepção de homem, ideologia, cultura e sociedade. Como

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uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer da sua história, a

ciência é determinada pelas necessidades materiais do homem ao mesmo tempo em

que nelas interfere.

A ciência caracteriza-se pela necessidade do homem de explicar, através de

métodos, os fatos observados, de forma sistematizada. É a tentativa de o homem

entender e explicar racionalmente a natureza, buscando formular leis que, em última

instância, permitam a atuação humana.

Tanto o processo de construção de conhecimento científico quanto seu produto

reflete o desenvolvimento e a ruptura ocorridos nos diferentes momentos da história.

Em outras palavras, os antagonismos presentes em cada modo de produção e as

transformações de um modo de produção a outro, são transpostos para as idéias

científicas elaboradas pelo homem.

No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou

transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma

desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais da classe

dominante, não atingindo a totalidade da população.

O conhecimento acadêmico é fruto de disputas políticas. Portanto, estudar a

produção científica de cada área é conhecer não apenas o que está sendo produzido,

mas quais são as principais discussões e disputas que se processam no espaço

acadêmico e compreender sua historicidade, ou seja, porque estas questões estão

sendo postas neste momento histórico e qual o contexto em que surgem. A ciência não

é neutra; ela é produzida em torno de discordâncias e disputas.

O conhecimento acadêmico é transformado em conhecimento escolar ao

adentrar a escola, adquirindo objetivos próprios. A incorporação dos avanços da ciência

e da tecnologia aos programas escolares deve passar pelo estudo do caráter histórico

da produção do conhecimento. Cabe à escola socializar e, possibilitar a apropriação

deste conhecimento pelos educandos, representantes da classe trabalhadora,

permitindo aos mesmos, reconhecer e defender seus interesses.

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Pretendemos uma educação voltada para a transformação social, sendo essa,

libertadora, crítica e humanitária, oportunizando ao educando um conhecimento

científico, político e cultural, visando formar um cidadão crítico e consciente de seus

direitos e deveres, preparado para a vida. Um indivíduo capaz de interagir com o outro

e com o meio ambiente de forma equilibrada.

A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes

científicos produzidos pela humanidade e permitir que os estudantes desvelem a

realidade. Esse processo é indispensável para que não apenas conheçam e saibam o

mundo em que vivem, mas com isso saibam nele atuar e transformá-lo.

Deve proporcionar um conhecimento dinâmico com liberdade na troca de

experiências, que busque inovações, procurando sair das atividades rotineiras,

instigando o aluno a ousar, por em prática o conhecimento científico mediado pela

escola, adquirindo senso crítico e autonomia para tomada de decisões. O conhecimento

é percebido quando há manifestação de mudança de atitudes e comportamentos, na

prática social. Portanto, o conhecimento mediador, num processo ação-reflexão-ação

simultaneamente, possibilitando a transformação social.

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-

os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua

ação na sociedade e nas suas relações de trabalho. De acordo com SAVIANI (1992), a

”educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, o que significa afirmar que ela

é, ao mesmo tempo, uma experiência do e para o processo de trabalho, bem como é

ela própria, um processo de trabalho”.

Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis as manifestações e expressões

culturais de grupos dominados, observam-se o predomínio de formas culturais

produzidas e veiculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem

de forma destacadas as produções culturais em sua dimensão material e não-material

da classe dominante.

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Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa

contemplar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na

escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais,

especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-las à

produção de uma cultura erudita, como afirma SAVIANI (1995), “a mediação da escola,

instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber

sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel político

fundamental”.

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita, cabe

à escola aproveitar essa diversidade existente para conhecer e vivenciar o

multiculturalismo, que vise à transformação do ser humano, da sociedade e do mundo.

Não existe uma cultura inferior ou superior a outra, o que temos é uma diversidade

cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser

humano.

No contexto educacional, a tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta

sofisticada e alternativa, pois a mesma pode contribuir para o aumento das

desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer

mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. É necessário continuar

lutando pela escolarização como um bem público, contra a domesticação política,

contribuindo para que a educação em geral e o currículo, em particular, se constitua

numa efetiva base para que os menos favorecidos transformem sua concepção de

poder.

Ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica não será suficiente

para o acesso de todos à escola. Sem que haja uma vontade e ação política

possibilitando investimentos para que esses recursos tecnológicos, elementares e

sofisticados, existam e possam contribuir para o desenvolvimento do pensar. Os

recursos tecnológicos podem estabelecer relações entre o conhecimento científico,

tecnológico e histórico-social, não será possível que o indivíduo passe a pensar sobre a

realidade em que se encontra, tornando-se um cidadão consciente.

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A cidadania requer uma atitude de independência, que o indivíduo adquire

quando passa a pensar sobre a realidade em que se encontra. Nessa dinâmica do

pensar, a escola e os profissionais que nela se encontram inseridos exercem um papel

fundamental.

De acordo com Leonardo Boff, “cidadania é um processo histórico-social que

capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de

elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar

a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino” (BOFF, 2000, p.

51). Sendo assim, a formatação da cidadania acontecerá quando o indivíduo conseguir

sair do conformismo em que se encontra, onde o poder público assume um papel

paternalista/assistencialista e o indivíduo o papel de dependência desse sistema. Para

atingir o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária, participativa,

formativa e crítica, é necessária a concepção de uma cidadania plena e consciente dos

direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas.

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8 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Concebemos a avaliação, conforme PARANÁ (?), no materialismo histórico

dialético, entendendo que a concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua

existência, transcendência da natureza e, portanto, livre no sentido de agir

intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas, não naturais, optar

por uma coisa ou outra, decidir entre o que é bom e o que não é. Desse modo a

avaliação no contexto escolar não é um processo isolado, mas está intrinsecamente

ligada aos objetivos da escola e dos cursos, é a analise da prática pedagógica de todos

os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a

aprendizagem ocorra. Ao avaliar a aprendizagem dos alunos também se avalia a

prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de

ensino como um todo.

A avaliação da aprendizagem deve centrar-se na forma como o aluno aprende,

sem descuidar da qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção

pessoal do sujeito que aprende influenciada tanto pelas características pessoais quanto

pelo contexto social. Com tal abrangência, a avaliação é contínua e formativa, na

perspectiva do desenvolvimento integral do aluno, com objetivo de detectar e prevenir

os problemas identificados, estabelecendo um diagnóstico correto para cada aluno e

identificando as possíveis causas de seus fracassos ou dificuldades, visando uma maior

qualificação da aprendizagem, promovendo a participação efetiva do professor nesse

processo.

A avaliação deve configurar-se como uma prática de investigação do processo

educacional e como meio de transformação da realidade escolar partindo da

observação, da análise, de reflexão crítica sobre a realidade/contexto. Esse processo

exige o envolvimento, o comprometimento e a responsabilidade de todos no processo

de avaliação, onde estabelecem as necessidades, prioridades e as propostas de ação

para os processos de ensino e de aprendizagem, na construção de uma educação

transformadora, cidadã e responsável socialmente. De acordo com Cipriano Luckesi, “a

prática da avaliação nas pedagogias preocupadas com a transformação deverá estar

atenta aos modos de superação do autoritarismo e ao estabelecimento da autonomia

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do educando, pois o novo modelo social exige a participação democrática de todos”.

(LUCKESI, 2002, p. 32).

A avaliação democrática é aquela que não exclui o educando, mas o inclui no

círculo da aprendizagem. É o diagnóstico que permite a decisão de direcionar ou

redirecionar o processo de ensino e aprendizagem. Para que a avaliação diagnóstica

seja possível, é preciso compreendê-la e realizá-la comprometida com uma concepção

pedagógica. Sendo essa preocupada com a perspectiva de que o educando deverá

apropriar-se criticamente do conhecimento.

Pensar em mudanças na prática avaliativa é partir para novos rumos, inovar o

ensino-aprendizagem, pensar na forma que ensinamos a quem ensinamos e porque

ensinamos para chegar ao e como avaliar, quem avaliar e para que avaliar.

Nesta perspectiva, a avaliação serve para verificar a apropriação do

conhecimento por parte do aluno. O ensino, aprendizagem e a avaliação não são

momentos separados, acontecem de forma contínua em interação permanente. Os

objetivos devem ser bem claros e os conteúdos selecionados pelo seu grau de

importância para a vida do aluno. A avaliação deve ser parte integrante do processo de

aprendizagem, deve ser incorporada às atividades normais da sala de aula, envolvendo

os alunos no processo chamado de auto-avaliação, a fim de que possam refletir sobre

como e o quanto aprenderam.

A avaliação não se limita apenas na etapa final de uma determinada prática. Ela

deve estar sempre presente, indicando o caminho a seguir. Quando se constata que o

aluno não aprendeu o que foi ensinado, o professor deve rever os programas, retificá-

los, repensar a metodologia, descobrir falhas no processo, buscar outros caminhos,

lançar novas indagações e, partir para novas práticas em busca de melhores

resultados. Mudar a avaliação não é tarefa simples e fácil, porém é imprescindível.

Para transformar a prática avaliativa, é necessário questionar a educação desde

suas concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Isso

implica em mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes e

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discentes, entre outros. A transformação da avaliação abre caminhos para a construção

de novas possibilidades e de novas questões. É mais um meio para fazer avançar o

processo de ensino-aprendizagem, garantindo a qualidade social do ensino. Sendo

assim, é necessário pensar em conjunto, envolvendo todos os interessados para propor

uma reestruturação interna da escola, quanto a sua forma de avaliar e se efetivar a

aprendizagem. Para Celso Vasconcellos, “os educadores devem se comprometer com

o processo de transformação da realidade, alimentando um novo projeto comum de

escola e sociedade” (VASCONCELLOS, 1994, p. 85). Assim, o educador estará

consciente que seu trabalho servirá para construir uma sociedade mais humana e mais

justa, onde o direito do saber não pertence só a uma determinada classe de pessoas.

Com base nos preceitos já elencados o Colégio adota a avaliação dentro das

disposições orientadas como regras comuns ao Ensino Fundamental e Médio, previstas

na LDB 9394/96, Art. 24, Inciso V e Deliberação nº 007/99, e de acordo com as DCES

de cada disciplina, sendo contínua, cumulativa, processual e diagnóstica, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Ainda no aspecto avaliação, deve-se dar relevância a Recuperação de Estudos,

direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos

básicos, e dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino-

aprendizagem.

Buscam-se processos de recuperação de estudos, porque os processos de

ensino e aprendizagem não foram completamente efetivados. De acordo com

Vasconcellos (2003, p.82) a recuperação de Estudos consiste na retomada de

conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os

alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente

acumulado, por meio de metodologia diversificada e participativa.

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9 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

A participação do cidadão e o exercício de sua cidadania no campo educacional

e, mais especificamente, na gestão da escola, estão ligados a um processo mais amplo

de extensão da cidadania social à cidadania educacional. A cultura democrática cria-se

com a prática democrática. Os princípios e as regras dessa prática, embora ligados à

natureza universal dos valores democráticos, têm uma especificidade intrínseca à

natureza da escola e ao projeto pedagógico de cada escola, a qual não é democrática

só por sua prática administrativa, ela torna-se democrática por toda sua ação

pedagógica, essencialmente educativa.

A escola precisa ser concebida não como uma organização burocrática, mas

como instância de articulação de projetos pedagógicos partilhados pela direção,

funcionários, professores, pais, alunos e comunidade, onde todos os envolvidos são

considerados cidadãos e atores participantes de um processo coletivo de fazer

educação.

Participação significa a intervenção dos profissionais da educação e dos demais

seguimentos que fazem parte do contexto escolar. Há dois sentidos de participação

articulados entre si. No primeiro sentido, a participação é ingrediente dos próprios

objetivos da escola e da educação. A escola é lugar de aprender conhecimentos,

desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, éticas e estéticas. Mas é

também lugar de formação de competências para a participação na vida social,

econômica e cultural. No segundo sentido, por canais de participação da comunidade, a

escola deixa de ser uma redoma, um lugar fechado e separado da realidade, para

conquistar o status de uma comunidade educativa que interage com a sociedade civil.

Vivendo a prática da participação nos órgãos deliberativos da escola, os pais, os

professores, os funcionários, os alunos, vão aprendendo a sentirem-se responsáveis

pelas decisões que afetam num âmbito mais amplo da sociedade.

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Alguns princípios básicos da organização e gestão democrática são:

Autonomia das escolas e da comunidade

Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe

escolar.

Envolvimento da comunidade no processo escolar.

Planejamento coletivo das tarefas.

A formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional dos

integrantes da comunidade escolar.

O processo de tomada de decisões deve basear-se em informações concretas,

analisando cada problema em seus múltiplos aspectos e na ampla

democratização das informações.

Avaliação compartilhada.

Relações humanas produtivas e criativas na busca de objetivos comuns.

De acordo com o Regimento Escolar do Colégio Estadual Unidade Polo – Ensino

Fundamental e Médio, a Gestão Escolar é o processo que rege o funcionamento da

escola, compreendendo a tomada de decisões conjuntas no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo

a participação de toda a comunidade escolar.

A estrutura organizacional do Colégio Estadual Unidade Polo é composta de:

Conselho Escolar; Direção: Direção e Direção Auxiliar; Pedagógico: Professor

Pedagogo, Corpo Docente, Conselho de Classe e Biblioteca; Administrativa: Agente

Educacional I e Agente Educacional II e Biblioteca; Órgãos Complementares:

Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio Estudantil.

O Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres e Funcionários e Grêmio

Estudantil são regidas por Estatutos próprios.

A comunidade escolar é o conjunto constituído pelos profissionais da educação,

alunos, pais ou responsáveis e funcionários que protagonizam a ação educativa do

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estabelecimento. Sendo assim, a Gestão Escolar, como decorrência do princípio

constitucional da democracia e colegialidade, tem como órgão máximo de direção o

Conselho Escolar.

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10 OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

10.1 O papel específico dos segmentos da comunidade escolar

10.1.1 Direção

A Direção é o órgão decisório executivo e co-responsável que supervisiona,

coordena e fiscaliza todas as atividades administrativas e pedagógicas da instituição de

ensino. Ela deve assegurar a fidelidade dos princípios educacionais do estabelecimento

de ensino em sua práxis educativa, zelando, prioritariamente, pela qualidade dos

serviços educacionais e do ensino praticado na escola.

A função da Direção é de congregar e dinamizar todas as forças vivas da

comunidade educativa e canalizá-las rumo a objetivos educacionais visando uma

qualidade de ensino, procurando integrar todos os organismos da estrutura

administrativa e pedagógica assegurando a unidade de pensamento e de ação.

É responsabilidade da Direção, representar o estabelecimento de ensino, em

caráter oficial, perante as autoridades do poder público e junto às instituições culturais,

profissionais, associativas, sindicais e outras; fazer cumprir as leis e determinações

legais dos órgãos competentes; acompanhar e avaliar o desempenho profissional dos

funcionários e professores; administrar verbas; cuidar e zelar pelo patrimônio da

instituição de ensino.

A Direção deve fazer cumprir as determinações legais da SEED e NRE,

procurando promover o bem estar dos profissionais que atuam na instituição de ensino,

exercendo as demais atribuições inerentes ao cargo.

10.1.2 Direção Auxiliar

É o órgão responsável pelo comando e assessoramento das atividades técnico-

administrativas em cada turno de funcionamento, zelando pela manutenção da

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organização, de tal forma que permita o controle imediato das ocorrências. Compete

ainda à Direção Auxiliar, assessorar a Direção na determinação de normas gerais de

organização e funcionamento do estabelecimento; prestar esclarecimento aos

professores, funcionários, pais e alunos sobre determinações diversas emanadas da

Direção, quando for solicitado; assessorar a Direção na seleção de mecanismos

adequados para o acompanhamento e controle das atividades realizadas na escola;

assessorar a Direção no provimento dos recursos humanos, físicos, materiais e

financeiros para o colégio; manter atualizada a coletânea de legislação de ensino,

emanada dos órgãos competentes; orientar o pessoal administrativo em exercício na

escola; comunicar à Direção, as providências adotadas na solução de problemas

surgidos; atender às solicitações da Direção, relativas a assuntos de sua competência;

substituir o Diretor em suas faltas ou impedimentos.

10.1.3 Corpo Docente

O corpo docente é constituído por profissionais que têm a função de ensinar.

Esta prática implica uma reflexão sobre o que, como e por que se ensina. Assim,

envolve competência profissional, a necessidade de estudo e pesquisa permanente e, o

compromisso ético e político com a sociedade e com a escola pública.

O profissional docente tem a responsabilidade de elaborar o Projeto Político

Pedagógico junto com a comunidade escolar na qual atua, bem como elaborar e

cumprir o seu plano de trabalho em conformidade com o mesmo.

O docente deve estabelecer uma relação afetiva, ética e política com o

educando. Sendo sua responsabilidade a formação do cidadão solidário, participativo,

ético, responsável, crítico e criativo, capaz de exercer sua cidadania, fazendo parte de

uma sociedade mais justa e igualitária.

O professor tem a incumbência de zelar pela aprendizagem dos seus alunos,

estabelecerem estratégias de recuperação aos de menor rendimento, revendo

conteúdos, mudando metodologias, buscando alternativas de ensinar e aprender. O

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professor deve cuidar para que não haja discriminação de cor, raça, sexo, religião e

classe social, resguardando sempre o respeito humano ao aluno.

O docente deve detectar, através do acompanhamento de ensino/aprendizagem,

os possíveis casos de excepcionalidades e encaminhá-los ao professor pedagogo para

avaliação diagnóstica; estimular e garantir a participação efetiva dos educandos com

necessidades educacionais especiais nas atividades escolares e elaborar, junto à

equipe pedagógica, o plano especial de ensino, fazendo adaptações no currículo e na

avaliação, se houver necessidade.

Cabe ao professor escolher, juntamente à equipe pedagógica, livros e materiais

didáticos conforme a proposta pedagógica da SEED, apresentar projetos de

enriquecimento curricular, novas estratégias de trabalho e recursos didáticos para

melhorar a qualidade de ensino. É responsabilidade do professor, manter o livro de

registro de classe atualizado, com todos os campos devidamente preenchidos, sendo

os registros fidedignos à realidade; comunicar ao professor pedagogo, secretaria ou

direção, todos os problemas referentes ao processo pedagógico, como faltas de alunos,

aprendizagem, comportamento, buscando orientação da equipe pedagógica quando

houver dúvidas relacionadas ao seu trabalho, reavaliar constantemente os resultados,

procurando rever sua prática quando necessário, buscando novas alternativas de

trabalho.

O professor deverá comparecer às convocações do estabelecimento de ensino,

reuniões, Conselho de Classe, cumprir os dias letivos e horas-aulas estabelecidas pela

Lei e não deixar faltar carga horária ao aluno. Cabe também ao professor, participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao

desenvolvimento profissional, colaborar com as atividades de articulação da escola com

as famílias e a comunidade, zelar pelo tratamento aos pais, diante de problemas

conflituosos.

A escola pública brasileira ainda está permeada por muitas contradições. Cabe

ao profissional da educação estar refletindo sobre a sua identidade e sua função.

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Sabendo que poderá enfrentar desafios e dificuldades concretas. Portanto, é

necessário manter o exercício permanente do diálogo, a organização do trabalho

pedagógico, estar em formação continuada, tendo sempre o compromisso de buscar

uma escola pública de qualidade para todos.

10.1.4 Professor pedagogo

O professor pedagogo é o profissional responsável pela organização do trabalho

pedagógico escolar e deve, juntamente com a equipe pedagógica da escola, agir,

intervir, lançar novos desafios, quebrar o equilíbrio e, assim, contribuir com a busca de

novos conhecimentos e práticas libertadoras, na construção da escola pública

democrática de qualidade. Entendendo que não há construção isolada de um projeto de

escola, de educação e de sociedade. O trabalho é coletivo, permanente, e exige a

participação, o debate e o diálogo.

Cabe ao professor pedagogo, fomentar a organização de espaços na escola, a

fim de possibilitar o debate sobre trabalho pedagógico, definindo em conjunto, o

calendário escolar, a organização das classes, horários, rituais, metodologias, reuniões

por áreas, atividades extracurriculares, o currículo, questões disciplinares, avaliação e

implementação dos programas de ensino e projetos pedagógicos para a comunidade

escolar.

A organização do trabalho pedagógico está diretamente vinculada ao debate

acerca do modelo de gestão escolar, da construção cotidiana do Projeto Político

Pedagógico, da tomada de decisões nas instâncias colegiadas e na transparência do

uso dos recursos públicos na escola. Portanto, cabe também ao professor pedagogo,

acompanhar a relação entre alunos, funcionários, professores, direção, pais e

comunidade, participar na composição e nas ações do Conselho Escolar e APMF,

participarem na formulação e na aplicação do regulamento da biblioteca, do Regimento

Escolar, no cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, participar da

discussão sobre o processo de seleção do livro didático. Enfim, atuar efetivamente em

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todas as questões que estão diretamente relacionadas com o pedagógico, com o

exercício cotidiano de busca de coerência entre a teoria e a prática.

O professor pedagogo deve ter o compromisso com as ações pedagógicas que

possibilitam a apropriação do conhecimento de todos, sem discriminação e

preconceitos, estando atento às questões como a evasão, a repetência, o baixo

rendimento escolar, o atendimento às pessoas com necessidades educativas especiais,

questões étnico-raciais. Para tanto deve conduzir discussões, reflexões, promovendo o

trabalho integrado de toda equipe, em busca de meios para que todos tenham melhor

qualidade de ensino, visando construir caminhos de emancipação. Desvelando

dialogicamente a realidade opressora e o opressor que muitas vezes são reproduzidas

na prática cotidiana escolar. Sendo assim, são necessárias propostas educativas

voltadas para a formação humana, valorizando o sentido da solidariedade e

fraternidade, o pleno exercício da cidadania.

10.1.5 Secretaria

A Secretaria é o órgão que tem a seu encargo a responsabilidade pela

escrituração, documentação e correspondência do Estabelecimento, assessorando a

Direção em sua área de atuação. Os serviços de Secretaria são coordenados e

supervisionados pela direção, ficando a ela subordinados. O cargo de secretário (a)

deve ser exercido por profissional devidamente qualificado para desempenhar essa

função, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação (SEED), em

ato específico.

O secretário ou a secretária, por condições legais e regimentais, exerce uma

ação ao mesmo tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor relaciona-se com

todos os demais setores envolvidos no processo pedagógico e na vida escolar. São

atribuições do secretário escolar:

Responsabilizar-se pelo funcionamento da Secretaria.

Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos.

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Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares.

Manter em dia a escrituração, arquivos, fichários, correspondência escolar e

resultado das avaliações dos alunos.

Compatibilizar Histórico-Escolar (Adaptação).

Manter as estatísticas da escola em dia.

10.1.6 Biblioteca

A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo está à disposição

de toda comunidade escolar. A Biblioteca está a cargo de profissional qualificado, de

acordo com a legislação em vigor, com regulamento próprio, onde estão explicitados

sua organização, funcionamento e as atribuições dos responsáveis. O Regulamento da

Biblioteca deve ser elaborado pelo seu responsável, sob a orientação da Equipe

Pedagógica, com aprovação da Direção e do Conselho Escolar.

A Biblioteca tem a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de estudos e

pesquisas, através de leitura e consultas em livros, revistas, periódicos, além de outros

materiais bibliográficos.

O profissional bibliotecário para atuar no serviço de referência e atendimento aos

usuários necessita agir com cordialidade, paciência, bom diálogo e amabilidade;

qualidades estas, indispensáveis para a boa atuação com os educandos.

10.1.7 Agente Educacional I

Os Agentes Educacionais I são coordenados e supervisionados pela Direção.

Tem como áreas de concentração:

Alimentação escolar;

A manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente;

Interação com o educando.

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Em relação à área de concentração Alimentação Escolar, o colégio conta com

duas merendeiras para realizar o trabalho relativo à merenda, executando o trabalho

nos período da manhã, tarde e noite. Este número de profissionais é insuficiente

havendo, constantemente, a necessidade de direcionar o auxílio de Agente Educacional

I, da área de manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente no

auxílio de cardápio mais elaborado. A função da merendeira consiste nos itens

descritos abaixo.

Alimentação escolar: preparar a alimentação escolar sólida e líquida

observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando

e diversificando a merenda escolar; responsabilizar-se pelo acondicionamento e

conservação dos insumos recebidos para a preparação da alimentação escolar;

verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria, a

fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos; atuar como educador junto à

comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene, lixo e

poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na

construção de bons hábitos alimentares e ambientais; organizar espaços para

distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os

alunos a evitar o desperdício; acompanhar os educandos em atividades

extracurriculares e extraclasse quando solicitado; realizar chamamento de emergência

de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à

chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; comunicar ao(à)

diretor(a), com antecedência, a falta de algum componente necessário à preparação da

alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; efetuar outras tarefas correlatas

as ora descritas.

A manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente:

zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico

escolar; executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar

salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos

estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a

necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e

materiais; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação

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do mobiliário escolar; abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica

para garantir a segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola;

efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo

acomodação necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em

todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo,

orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal;

coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar serviços

internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; racionalizar o uso de

produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras, baldes, panos,

espanadores, etc.; comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de

material de limpeza, para que a compra seja providenciada; abrir, fechar portas e

janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do

estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da

escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso,

ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos;

Interação com o educando: zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio,

realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais

anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando, quando

necessário, atendimento policial, do Corpo de bombeiros, atendimento médico de

emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata;

controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino,

cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar;

encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme

necessidade; acompanhar os alunos em atividades extraclasses quando solicitado;

preencher relatórios relativos à sua rotina de trabalho; participar de cursos,

capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às funções exercidas

ou sempre que convocado; agir como educador na construção de hábitos de

preservação e manutenção do ambiente físico, do meio-ambiente e do patrimônio

escolar; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas;

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10.1.8 Agente Educacional II

Este Estabelecimento de Ensino conta com 10 agentes educacionais II, número

insuficiente para realizar todo o trabalho sob seu encargo que incide nas seguintes

áreas de concentração:

Administração escolar;

Operação de multimeios escolares

As atribuições do Agente Educacional II consistem em:

Administração escolar - realizar atividades administrativas e de secretaria da

instituição escolar onde trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de

ensino, atuando como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e

tecnologia; manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar

documentos em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir correspondências em

geral, juntamente com a direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor,

históricos e transferências escolares; classificar, protocolar e arquivar documentos;

prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone; prestar

orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades

desenvolvidas na unidade escolar; lavrar termos de abertura e encerramento de livros

de escrituração; manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não

docentes do estabelecimento de ensino; manter atualizada lista telefônica com os

números mais utilizados no contexto da escola; comunicar à direção fatos relevantes no

dia-a-dia da escola; manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação

atinente ao estabelecimento de ensino; executar trabalho de mecanografia e de

reprografia; acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou

extracurriculares; participar de reuniões escolares sempre que necessário; participar de

eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material de

expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material

de expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;

executar outras atividades correlatas às ora descritas;

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Operação de multimeios escolares: catalogar e registrar livros, fitas, DVD,

fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos

laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da biblioteca,

laboratório de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros materiais de

leitura; atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do

banco de dados; zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da

Biblioteca; conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos

laboratórios de informática e de ciências; reproduzir material didático através de cópias

reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; registrar

empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda para utilização de espaços

de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos

disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua

organização, agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do

educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola; quando solicitado;

participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da unidade

escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática

escolar; executar outras atividades correlatas às ora descritas.

Sabemos que para o bom relacionamento entre todos os profissionais da

educação que atuam na escola, independente da função que cada um exerce, deve

prevalecer o respeito e a cordialidade para uma boa educação de qualidade. Por isso, o

Colégio Estadual Unidade Polo buscará, constantemente, essa harmonia,

proporcionando momentos de diálogo entre todos os seguimentos que compõem essa

equipe, procurando detectar problemas que possam estar acontecendo e juntos, buscar

soluções possíveis no intuito de tornar o ambiente de trabalho mais educativo e

prazeroso.

10.2 Papel das instâncias colegiadas

10.2.1 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado representativo da comunidade

escolar, de natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora sobre a organização e

realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar, conforme as

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políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição Federativa do

Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o Estatuto da Criança e do

Adolescente, o Projeto Político Pedagógico da escola e o Regimento Escolar.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada

que abrange toda a comunidade escolar numa perspectiva de democratização da

escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de

Ensino.

Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e

linhas gerais das ações às questões pedagógicas e financeiras quanto ao

direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar.

A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para diminuir dúvidas e

tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no

âmbito de sua competência.

Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações

educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de

problemas e alternativas para a melhoria de seu desempenho, garantindo o

cumprimento das normas da escola e a qualidade social da instituição escolar.

E por fim, a função fiscalizadora a qual se refere ao acompanhamento e

fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar,

garantindo a legitimidade de suas ações.

Os membros do Conselho Escolar não são remunerados e não recebem

benefícios pela participação no colegiado, por se tratar de órgão sem fins lucrativos.

Poderão participar do Conselho Escolar, todos os segmentos da comunidade escolar,

representantes dos movimentos sociais organizados e comprometidos com a escola

pública.

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10.2.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de representação dos

pais, professores e funcionários do estabelecimento de ensino. A APMF é pessoa

jurídica de direito privado, instituição auxiliar do estabelecimento de ensino e não tem

caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados

os seus dirigentes e conselheiros. A APMF rege-se por Estatuto próprio. Esse órgão é

de extrema importância para as ações da escola, tendo como objetivos:

Discutir e decidir sobre as ações para a assistência ao educando, o

aprimoramento do ensino e para a integração da família, da comunidade e da

escola.

Prestar assistência ao educando assegurando-lhe melhores condições de

eficiência escolar.

Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política educacional,

visando sempre à realidade dessa mesma comunidade.

Proporcionar condições ao educando, criticar, participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização livre em grêmios estudantis.

Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à

escola contribuindo, dessa forma para a melhoria do ensino e da melhor

adequação dos planos curriculares.

Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores, funcionários e

membros da comunidade através de atividades sociais, educativas, culturais e

desportivas.

Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento e do

estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade, sendo as

condições dos educandos fator de máxima prioridade.

São inúmeras as atividades que poderão ser desenvolvidas pela APMF,

objetivando a colaboração, promovendo desta forma uma escola de qualidade onde

todos aqueles que dela fazem parte direta ou indiretamente, sintam-se co-responsáveis

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pelos resultados obtidos. Porém, todas as iniciativas deverão estar em consonância

com o Projeto Político Pedagógico elaborado coletivamente.

10.2.3 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativo/consultiva e não de

voto em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma do

estabelecimento de ensino. Constitui-se num momento/espaço previamente planejado

para a avaliação, reflexão e redefinição das práticas pedagógicas, buscando superar a

fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que

realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.

O Conselho de Classe busca a tomada de decisões relativas aos

encaminhamentos necessários tendo em vista os resultados obtidos e a superação dos

problemas diagnosticados; definição de atribuições/ações a serem implementadas para

a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e prazos/espaços para implementação

das propostas acordadas.

O Conselho de Classe das turmas do Colégio Estadual Unidade Polo é composto

pela direção, equipe pedagógica, secretária, professores, alunos. À direção cabe a

função de acompanhar todas as discussões e sugerir encaminhamentos. À equipe

pedagógica cabe a escolha do tema/assunto para a reflexão; a explanação de dados

sobre a turma; a organização da pauta do conselho; a retomada e avaliação dos

conselhos anteriores. A secretária tem a incumbência de disponibilizar os dados e as

informações sobre a vida escolar dos alunos como, notas, transferências, desistências

e outros.

Os professores devem retomar e avaliar os encaminhamentos do Conselho de

Classe anterior; explanar sobre os resultados positivos e negativos obtidos e as

alternativas de atividades/procedimentos que obtiveram êxito; sugerir

encaminhamentos para os alunos e a turma; anotar decisões referentes à sua prática;

comprometer-se a redefinir, quando necessário, a metodologia, os instrumentos de

avaliação e outros procedimentos. Os alunos participam do Conselho de Classe de

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duas formas, sendo que a primeira é para todas as turmas e consiste no pré-conselho,

isto é, preenchimento de uma ficha de avaliação em relação à turma, à direção, equipe

pedagógica, funcionários e professores e sugestões; a segunda forma é através do

Conselho participativo quando toda a turma participa do Conselho de Classe. Os

Conselhos participativos são sugeridos pelos professores para algumas turmas em

especial.

Ao encerrar o Conselho de Classe com o colegiado, constituído pela direção,

equipes pedagógicas e docentes da série, o resultado é socializado aos pais através de

reunião, informando, orientando e repassando as medidas pedagógicas deliberadas ao

aluno ou turma, utilizando também como meio de corroborar os dados, uma ficha de

acompanhamento individual, anexada junto com o boletim. Para os alunos, a

socialização ocorre com reuniões promovidas pela equipe pedagógica com as turmas e

ou individualmente.

10.2.4 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil viabiliza a luta coletiva dos jovens educandos e estimula o

relacionamento e a convivência entre os jovens. Por serem institucionalizados, podem

representar melhor a rica experiência que é a busca coletiva dos anseios, desejos e

aspirações dos estudantes.

São os jovens que devem reconhecer a sua importância e definir o seu perfil,

pois os Grêmios organizados exercem influência na formação do aluno, que deve ter

um bom relacionamento social, cultural e também político.

O Grêmio é formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo

atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre

assuntos de seus interesses e que fazem parte do Currículo Escolar. É muito

importante a existência do Grêmio Estudantil na escola, pois ele é um órgão que auxilia

a Direção escolar.

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10.2.5 Representante de turma

O Representante de Turma é o aluno que, eleito democraticamente por sua

turma, ajuda na organização, na participação e representa o pensamento da maioria

dos alunos de sua sala junto à Direção, à Equipe Pedagógica, ao Professor Monitor e

ao Representante de Alunos no Conselho Escolar deste estabelecimento de ensino.

São atribuições do Representante de Turma:

Manter o bom relacionamento com todos os alunos de sua turma.

Acolher e levar sugestões votadas pela maioria dos alunos da sala para o

representante dos alunos no Conselho Escolar, o Professor Monitor, a Direção e

a Equipe Pedagógica, de acordo com o teor da questão votada.

Participar das reuniões de Representantes de Turma sempre que convocado

pela Direção, pela Equipe Pedagógica ou pelo Representante dos alunos no

Conselho Escolar.

Oportunizar discussões com a turma acerca dos problemas de ensino-

aprendizagem ou relacionamentos entre os alunos da turma.

Cuidar do ambiente físico da escola no tocante à conservação e limpeza.

Manter-se, continuamente informado sobre os problemas dos colegas de sua

turma com relação à data de aniversários, causas de faltas, problemas de

doenças e/ou outros.

Promover o bom relacionamento e entrosamento na turma e desta com as

demais turmas da escola.

Auxiliar na organização da turma em eventos culturais esportivos e de lazer.

Participar, sempre que convocado, das reuniões de organização da classe

estudantil como a UMES, UPES e UBES.

Intermediar as relações entre os alunos da turma e o Professor Monitor.

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10.2.6 Professor Monitor de Turma

O Professor Monitor de Turma é eleito democraticamente pelos alunos da turma.

Este professor é escolhido entre todos os professores que atuam diretamente na escola

e na turma.

São atribuições do Professor Monitor de Turma:

Manter o bom relacionamento com os alunos da turma.

Acompanhar o rendimento escolar dos educandos.

Acolher e levar os responsáveis pela área pedagógica as sugestões dos alunos

que visem à melhoria do processo ensino-aprendizagem.

Oportunizar discussão com a turma na busca de mecanismos e estratégias que

visem o melhor aproveitamento de estudos.

Manter-se informado das condições disciplinares de sua turma e colaborar, na

medida do possível, com recursos preventivos com o corpo docente e direção da

escola.

Acompanhar o aproveitamento de suas turmas, procurando entrar em contato

com os professores da referida turma, para que se conscientizem dos problemas

existentes e solucioná-los.

Assegurar, que no âmbito escolar, não ocorra discriminação de cor, raça, sexo,

religião ou classe social.

Realizar atendimento individual nos casos simples e procurar auxílio da Equipe

Pedagógica da escola, nos casos mais complexos.

Promover o entrosamento e o bom relacionamento entre sua turma e as demais

turmas da escola.

Estimular e orientar a organização democrática de sua turma, assim como as

obrigações e limites de autoridades do Representante de Turma.

Desenvolver um sadio espírito de grupo, incentivando a cooperação entre os

componentes de sua turma.

Incentivar e promover as boas iniciativas culturais, esportivas e de lazer de sua

turma.

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Colaborar com o Representante de Turma, ajudar a coordenar a organização de

atividades paralelas ou complementares.

Levar, sempre que necessário, junto ao Professor Representante no Conselho

Escolar, as sugestões ou reivindicações da turma para análise e deliberação

daquele órgão.

Comparecer em todos os Conselhos de Classe de sua turma.

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11 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

11.1 Critérios para elaboração do calendário escolar e horários letivos/ não letivos

O calendário escolar é planejado pela Secretaria de Estado da Educação de

acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) que

possibilita a flexibilidade para cada Estado, de acordo com os feriados federais e

estaduais. O calendário é elaborado pela SEED que repassa aos Núcleos Regionais de

Ensino para a consulta feita junto aos professores sobre os recessos e feriados

municipais, sempre respeitando os 200 dias letivos e às 800 horas/aulas que são

obrigatórios. Após discussão e homologação feita pelo Chefe do NRE, o calendário

escolar entra em vigor, não tendo as escolas autonomia para definir outras mudanças

sem justificativa pedagógica.

11.2 Critérios para organização de turmas e distribuição por professor em razão

de especificidades

Os critérios para a distribuição de aulas aos professores do estabelecimento de

ensino seguem as resoluções da SEED que regulamenta o processo na rede estadual

de ensino, estabelecendo normas e diretrizes para tal. Primeiramente são distribuídas

as aulas aos professores lotados no estabelecimento, seguindo uma lista previamente

enviada pelo NRE, onde se encontra a classificação do professor por tempo de serviço

no estabelecimento, de acordo com a disciplina de concurso.

As aulas remanescentes do estabelecimento são enviadas ao NRE e, este as

distribui seguindo os critérios da resolução específica. Primeiramente, são distribuídas

as aulas aos professores não lotados e ocupantes de cargo efetivo, as aulas que

restarem são distribuídas nas escolas aos professores efetivos na forma de aulas

extraordinárias, as aulas remanescentes voltam ao NRE para a distribuição aos

professores contratados pelo regime CLT e outros contratos temporários especiais.

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Para a distribuição de aulas é considerada a carga horária disponível no

estabelecimento de ensino. Estas vagas são geradas para o ano letivo, de acordo com

o número de turmas e modalidade de ensino, previstos em regulamentação específica e

na matriz curricular aprovada pelo NRE. A distribuição de aulas é acompanhada pela

chefia do NRE, Diretores e professores interessados.

11.3 Critérios para a organização e utilização dos espaços educativos

A recuperação de estudos se dá no momento em que for detectado o baixo

rendimento do aluno, oportunizando a este, a revisão de conteúdos e outras atividades

e/ou instrumentos de avaliações referentes ao conteúdo trabalhado. Os professores

buscam sanar as defasagens no rendimento escolar através da organização dos grupos

de estudos entre os alunos e com monitores, em contraturno ou encaminhando os

alunos das 5ª séries do Ensino Fundamental para a Sala de Apoio à Aprendizagem.

Outra medida que a escola toma em relação ao aluno com baixo rendimento

escolar detectado no Conselho de Classe e em conversas informais com os professores

ou durante a hora-atividade, é o acompanhamento individual a fim de diminuir as

dificuldades em relação às atividades desenvolvidas. Após essa constatação, a equipe

pedagógica, o professor e/ou a direção orientam e encaminham novas medidas

pedagógicas ao aluno e, se necessário, com os pais, no intuito de conscientizá-los da

real situação para acompanhá-los nessa trajetória, orientando-os para um melhor

desempenho em suas atividades objetivando seu sucesso escolar. Os alunos com

dificuldades de aprendizagem são estimulados a participarem de grupos de estudos

monitorados por acadêmicos.

A hora-atividade dos professores é cumprida no Colégio, distribuída no horário

de aulas, conforme determinação do NRE, visando o resultado do trabalho coletivo dos

professores, favorecendo a dinâmica interdisciplinar. A organização do trabalho docente

na escola e, em especial as ações que nortearão a hora-atividade, devem, nesta

perspectiva, aproveitar esse tempo e espaço para estabelecer as propostas, conteúdos,

estratégias de planejamento, de reuniões pedagógicas, de correção de tarefas dos

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alunos, de estudos e reflexões sobre o currículo, as ações, os projetos e as propostas

metodológicas, de troca de experiências, de atendimento aos alunos, pais e outros

assuntos educacionais do interesse dos professores.

O Conselho de Classe constitui-se num momento/espaço de avaliação coletiva

do trabalho pedagógico, na tomada de decisões para os encaminhamentos

necessários, tendo em vista os resultados obtidos e a superação dos problemas

diagnosticados. O Conselho de Classe é também um momento de definir

atribuições/ações a serem implementadas para a melhoria do processo de ensino-

aprendizagem, definindo espaços/prazos para exercitar as propostas acordadas. Sendo

esse momento previamente planejado, possibilita a participação de todos os envolvidos

nesse processo, ou seja, professores, equipe pedagógica, alunos, secretaria da escola

e direção.

As atividades referentes à Agenda 21 Escolar são desenvolvidas no coletivo, a

partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o desenvolvimento do

projeto, abordando o tema definido no Fórum realizado neste estabelecimento de

ensino em setembro de 2005.

O Projeto Agenda 21 Escolar desenvolve atividades voltadas à problemática

encontrada em nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta, o bosque, o jardim

da escola, bem como a coleta seletiva de resíduos sólidos por ela produzidos. Este

projeto visa conscientizar a comunidade escolar na busca de soluções a fim de

melhorar a qualidade de vida, onde a participação de todos é fundamental para um

resultado positivo.

O Ensino da História e Cultura Afro-descendente, Africana e Indigena, e as

Relações Étnico-Raciais e questões referentes às Diversidades são desenvolvidos em

todas as disciplinas. Além do trabalho desenvolvido nas disciplinas, a escola vem

realizando desde 2004, projetos relacionados ao tema. Esse trabalho visa superar a

discriminação e proporciona aos alunos o conhecimento da riqueza apresentada pela

diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio, econômico, político e

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cultural do povo brasileiro. Para que esse objetivo seja alcançado, faz-se necessário um

esforço coletivo dos professores na busca do aprofundamento de seus estudos sobre a

questão estando sempre atualizados com informações pertinentes.

A Educação Fiscal é trabalhada na escola de forma interdisciplinar, visando

provocar mudanças culturais na relação entre o Estado e o cidadão e, ao mesmo

tempo, buscando contribuir para uma sociedade comprometida com as suas garantias

constitucionais.

A Educação Fiscal fundamenta-se na conscientização da sociedade acerca da

estrutura e o funcionamento da administração pública; a função sócio-econômica dos

tributos; a aplicação dos recursos públicos; as estratégias e os meios para o exercício

do controle democrático.

Neste sentido, a Educação Fiscal pode ser entendida como uma nova prática

educacional que tem como objetivo o desenvolvimento de valores e atitudes

necessárias ao exercício de direitos e deveres. A vivência dos princípios éticos,

estéticos e políticos na educação escolar, constituem mecanismos de formação de

hábitos e atitudes coletivas; mecanismos que estimulam crianças, jovens e adultos a

participarem de movimentos sociais que buscam uma vida mais justa e solidária para o

resgate da dignidade humana.

A formação continuada dos profissionais da escola, não se limita aos conteúdos

curriculares, mas estende-se à discussão da escola como um todo e suas relações com

a sociedade. Fazem parte dos programas de formação continuada de nossa escola,

questões relacionadas com a cidadania, necessidades educacionais especiais, as

questões da diversidade étnico-cultural, a gestão democrática, a avaliação, a

metodologia de pesquisa e ensino, a análise de conjuntura política, econômica e

educacional internacional, nacional, estadual e municipal. Estes temas poderão ser

ampliados, conforme a necessidade e são oportunizados, durante o Conselho de

Classe, a Hora/atividade e/ou outros momentos/espaços previamente planejados pela

equipe pedagógica e direção, visando a qualidade do ensino e da aprendizagem.

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12 PROJETOS

O Colégio Estadual Unidade Polo conta com cinco grandes Projetos que são a

Mostra Interdisciplinar, Agenda 21 Escolar: Verde que Te Quero Ver-te, Cultura Afro:

Promoção da Igualdade Racial, Evasão Escolar: Proposta de Prevenção e Gincana

Esportiva, Recreativa, Cultural e Filantrópica.

Os Projetos Grupo de Estudos com Monitoria de Estagiários do Curso de

Matemática, Grupos de Estudos entre alunos, Viajando na Leitura, Baú de Leitura,

Amor, Educação Fiscal, Revitalização da Biblioteca, Projeto Estágio-Grupos de Estudos

com assessoria do Departamento de Letras da UEPR campus Campo Mourão, Projeto

Escolinhas Esportivas (modalidades: tênis de mesa, xadrez, vôlei, futsal masculino e

feminino), Revendo os Conteúdos de Biologia e Crer para Ver (noturno) que estavam

sendo desenvolvidos e, outros que forem elaborados, serão denominados Ações de

Apoio Pedagógico às disciplinas. Estas Ações de Apoio estarão englobadas no “Projeto

Evasão Escolares: Proposta Prevenção” que visa impedir a reprovação e a evasão

escolar e melhorar a qualidade do ensino.

A Agenda 21 Escolar será desenvolvida dentro do Colégio, cuidando das áreas

verdes que a escola dispõe como o Bosque, os gramados, os jardins e a horta. Sendo

assim, os Projetos Horta, Jardinagem, Bosque e Coleta e Seleção de Resíduos Sólidos,

estarão englobados no “Projeto Verde que te Quero Ver-te”, tema da Agenda 21

Escolar do Colégio em 2006.

A Mostra Interdisciplinar vem sendo desenvolvido no colégio com sucesso e

terão continuidade em 2010 porque na avaliação dos pais, alunos, funcionários e

professores, eles colaboram com o processo de ensino-aprendizagem e amenizam as

evasões e reprovações, auxilia nas discussões acerca das questões ambientais, a de

étnico-culturais, a convivência pacífica, bem como outros assuntos gerais.

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12.1 Projeto mostra interdisciplinar

O objetivo deste Projeto é capacitar os alunos para a busca de equilíbrio pessoal

e desenvolvimento de habilidades necessárias ao engajamento na vida social e

produtiva com responsabilidade, dedicação e cooperação.

O Projeto visa tornar o aluno sujeito de um projeto pedagógico criativo, crítico,

participativo, que cria, revisa e avalia sua prática. Para tanto, o aluno deve tornar-se

capaz de produzir, cientificamente, uma pesquisa interdisciplinar, aprendendo normas

de convivência, através do trabalho em equipe, desenvolvendo o senso de

responsabilidade, respeito e participação.

O Projeto se desenvolve durante o ano letivo e consiste na:

Definição, feita por cada turma da escola, do objeto de pesquisa;

Divisão da turma em equipes para o desenvolvimento da pesquisa;

Efetivação da pesquisa;

Organização e apresentação da pesquisa em Seminário;

Entrega à equipe pedagógica da Monografia elaborada pelos alunos sobre o

tema pesquisado;

Exposição dos resultados da pesquisa para a comunidade através de estandes.

O desenvolvimento da Mostra Interdisciplinar envolve todos os alunos, os

funcionários e professores da escola, os pais, a equipe pedagógica, a direção e a

comunidade local. O cronograma de trabalho é rigorosamente seguido e todas as fases

são avaliadas pelos professores e equipe pedagógica. A pesquisa inicia em março e

tem sua conclusão em novembro.

12.2 Projeto evasão escolar: proposta de prevenção

O objetivo deste Projeto é democratizar o acesso, a permanência e a aprovação

dos alunos no Colégio Estadual Unidade Polo.

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Este projeto consiste em acompanhar, permanentemente, as faltas e notas dos

alunos, efetuando as intervenções necessárias e organizando as Ações de Apoio

Pedagógico que visam o êxito no processo de ensino-aprendizagem e a convivência

pacífica entre os alunos, a fim de evitar a reprovação e a evasão.

As intervenções que se fizerem necessárias, em casos de faltas excessivas ou

notas abaixo da média, serão decididas em Conselho de Classe e podem conjugar: as

mudanças na metodologia e avaliação dos professores; as reuniões com o aluno, com

a família e professores da turma para encontrar soluções; o fornecimento da “Carteira

de chegada atrasada” ao aluno trabalhador que estuda no período noturno, mediante

documento comprobatório do empregador; reuniões com a família e o Conselho Tutelar;

Ações de Apoio Pedagógico.

As Ações de Apoio Pedagógico que continuarão sendo desenvolvidas no Colégio

consistem em Grupos de Estudos com Monitoria de Estagiários do Curso de

Matemática, Grupos de Estudos entre alunos, Grupos de Estudos de professores,

atividades culturais, Escolinhas Esportivas: de vôlei, tênis de mesa, futsal, atletismo e

xadrez, Educação Fiscal, Revitalização da Biblioteca, Projeto Crer para Ver (noturno).

O Projeto Evasão Escolar: Proposta de Prevenção desenvolve-se durante o ano

letivo e envolvem todos os alunos e professores dos períodos matutino, vespertino e

noturno, equipe pedagógica, diretores, funcionários, UEPR campus Campo Mourão e

comunidade local.

12.3 Projeto cultura-afro: promoção da igualdade racial

O objetivo deste projeto é proporcionar aos alunos o conhecimento acerca da

riqueza apresentada pela diversidade étnico-cultural que compõe o patrimônio sócio-

econômico, político e cultural do povo brasileiro.

Esse projeto visa incluir no contexto escolar, os estudos e atividades que

proporcionam o conhecimento acerca da cultura africana e das contribuições

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econômicas, sociais, históricas e culturais da população negra para a sociedade

brasileira. Para tanto, faz-se necessário reunir uma bibliografia sobre esse assunto,

dando embasamento teórico para os trabalhos relevantes ao tema. Esses conteúdos

devem ter como referência, os princípios da consciência política e histórica da

diversidade; o fortalecimento de identidade e de direitos; ações educativas de combate

ao racismo e às discriminações.

Esperamos que no desenvolvimento desse projeto ocorra a superação da

discriminação através do conhecimento da riqueza da diversidade étnico-cultural do

país. Para tanto, é necessário que a comunidade escolar reconheça, valorize, divulgue

e respeite os processos históricos de resistência negra desencadeados pelos africanos

escravizados no Brasil e por seus descendentes na contemporaneidade,

conscientizando-se quanto a necessidade de combater toda forma de discriminação.

Desde a II Conferência Infanto-Juvenil sobre o Meio Ambiente realizada em

setembro de 2005, onde se discutiu e definiu como responsabilidade dessa escola:

“Nos comprometemos a garantir a vigilância permanente sobre o modo de tratamento

entre todos os componentes da comunidade escolar, através da conscientização para

que não ocorra nenhuma forma de preconceito ou discriminação”, vem sendo

trabalhado, diariamente a conscientização e o respeito em relação à diversidade étnico-

racial.

Na referida Conferência foi proposta e aprovada a seguinte ação: “Vigiar o

tratamento entre todos os componentes da comunidade através de palestras, teatro,

dança, cartazes, poemas e textos distribuídos na escola, na Associação de Bairro, nas

igrejas e locais públicos do bairro”. Portanto, o Projeto Igualdade Racial será ampliado

com as realizações das ações aprovadas na Conferência.

12.4 Agenda 21 escolar: projeto verde que te quero ver-te

O objetivo do Projeto é desenvolver a consciência ambiental e ética, valores e

atitudes, técnicas e comportamentos que favoreçam as ações integradas visando

contribuir para uma melhor qualidade de vida da comunidade escolar e local.

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Este projeto desenvolverá atividades voltadas à problemática encontrada em

nossa escola e refere-se aos cuidados com a horta, o jardim, o bosque e a coleta

seletiva de resíduos sólidos produzidos por ela. Esse trabalho visa promover os

cuidados com o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável a fim de aumentar a

capacidade de abordar questões de meio ambiente e desenvolvimento dos

componentes dessa comunidade escolar, conforme aprovado no Fórum da Agenda 21

Escolar em setembro de 2005.

Para a realização do projeto será necessária a participação da comunidade

escolar, do poder público, bem como a mobilização dos setores da sociedade que de

alguma forma possam auxiliar na concretização deste projeto relativo à solução dos

problemas.

12.5 Projeto gincana esportiva, recreativa, cultural e filantrópica

Tem por objetivo principal a prática sadia do esporte e do lazer, a exploração da

capacidade artística e intelectual do educando e um maior entrosamento entre

educadores, educandos e comunidade escolar.

Inserido neste projeto encontra-se o Festival de Dança possibilitando ao

educando o contato com a dança considerando sua maneira ativa, crítica e participativa

de ver , sentir e expressar o mundo à sua volta, oportunizando o autoconhecimento e

consequentemente a autovalorização, a socialização e integração do grupo; a Gincana

Cultural buscando estimular a leitura e produção de poemas, contos e crônicas,

refletindo sobre as especificidades desses generos textuais, de modo a aprimorar a

expressão oral e escrita, bem como valorizar e disponibilizar ao conhecimento público,

a capacidade criadora de nossos alunos; a Gincana Filantrópica visando utilizar a

escola enquanto espaço de educação para levar conhecimento e a conscientização do

educando para que exerçam o papel de cidadãos adotando atitudes que venham a

contribuir nas questões humanas, sociais e ambientais; e a Gincana Desportiva tendo

por objetivo geral trabalhar o aspecto espiritual, intelectual, social e físico, de forma

saudável e equilibrada.

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13 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO

POLÍTICO PEDAGÓGICO

O Colégio Estadual Unidade Polo recebe dois recursos financeiros públicos. O

Governo do Estado destina à escola o Fundo Rotativo (Recursos Descentralizados para

Escolas Estaduais do Paraná) e o Governo Federal envia o PDDE (Programa Dinheiro

Direto na Escola). Estas verbas são calculadas a partir do número de alunos

matriculados e declarados ao Censo Escolar.

O Fundo Rotativo tem como finalidade o repasse de recursos financeiros aos

Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual. Criado por Lei, este recurso viabiliza a

manutenção e despesas relacionadas com a atividade educacional. Cabe à

FUNDEPAR estabelecer diretrizes para a política de seu funcionamento. O critério de

sua distribuição tem como base o número de alunos matriculados, valor linear e outros

indicadores educacionais e sociais.

A FUNDEPAR repassa, ainda, através do Fundo Rotativo, cotas suplementares

para investimentos, desde que caracterizada a sua necessidade e previamente

solicitadas pelos gestores e autorizadas pelo FUNDEPAR. Estes investimentos não

podem ultrapassar o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais).

O gasto do repasse mensal do Fundo Rotativo deve efetuar-se com manutenção

e conservação da escola, tanto para assistência aos alunos (uso comum e pedagógico),

como materiais de expediente, materiais hidráulicos, vidros. A verba do Fundo Rotativo

não pode ser usada para aquisição de materiais permanentes.

O gestor (a) do Fundo Rotativo é o Diretor (a) do estabelecimento durante o seu

mandato e deve cumprir as determinações, efetuando a prestação de contas a cada

semestre. As liberações são mensais e em conta específica, única e especial em nome

do Fundo. A movimentação da conta bancária efetuada pelo Diretor (a) do

estabelecimento é através de cheque nominal, estando a guarda e zelo do talão de

cheques sob sua inteira responsabilidade.

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Foi criada a Gestão de Recursos Financeiros, prestação de contas diária do

Fundo Rotativo, via on line, e semestralmente, é encaminhada a liberação ao

NRE/SEED para análise e aprovação.

A cada liberação mensal da verba, o Diretor (a) deverá elaborar um plano de

aplicação junto com a APMF e o Conselho Escolar e assinado devidamente. Estes

acompanharão a realização de suas ações, pois ao final de cada semestre, estas

instâncias colegiadas, devem assinar o relatório final comprovando que realmente o

recurso foi gasto de forma correta.

A verba do Fundo Rotativo que o Colégio Estadual Unidade Polo recebeu no ano

de 2009 foi de R$ 36.802,48 (trinta e seis mil e oitocentos e dois reais e quarenta e oito

centavos) pagos em 10 parcelas (em média, R$ 2.633,00 por parcela), para consumo, a

fim de suprir todas as despesas com manutenção da escola (vidros, portas, fechaduras,

instalação elétrica e hidráulica), bem como a compra de materiais de expediente e

pedagógico (desde que seja de uso comum para os alunos), e 04 parcelas (em média

R$ 2.620,48) para prestação de serviços.

Desde 2005, o Colégio está recebendo uma verba complementar do Fundo

Rotativo chamado “Projeto Escola Cidadã” que é destinada, exclusivamente para a

melhoria da merenda dos alunos. O valor desta verba em 2009 foi de 05 parcelas,

totalizando R$ 4.815,72 (quatro mil e oitocentos e quinze reais e setenta e dois

centavos). A direção da escola tem a responsabilidade de gastar e prestar contas sobre

esta verba em conjunto com a APMF e o Conselho Escolar.

Em 2008, foi disponibilizado em horário contrário das matrículas dos alunos, com

o objetivo de dar condições para o desenvolvimento de diferentes atividades

pedagógicas nas escolas, o colégio vem implementando o Programa Viva a Escola,

com verba específica para recursos materiais, via Fundo Rotativo.

O PDDE consiste na transferência de recurso financeiro anual, através do

FNDE/MEC, em parcela única, destinado às escolas públicas do Ensino Fundamental,

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como sistema de ações e assistência educacional. Este recurso tem como objetivo

contribuir para a manutenção e melhoria da infra-estrutura física e pedagógica das

instituições de ensino, concorrendo para a elevação da qualidade do Ensino

Fundamental. As escolas a serem beneficiadas devem possuir alunos matriculados nas

modalidades regular, especial ou indígena de acordo com os dados extraídos do Censo

Escolar, realizado pelo INEP. São as informações obtidas através do Censo que irão

determinar quanto cada escola receberá de recurso.

Para receber esta verba, a escola deve estar em atividade, ter mais de 50 alunos

matriculados no Ensino Fundamental e dispor de uma unidade executora que é a

APMF. A entidade APMF será a responsável pelo seu recebimento, execução e

prestação de contas dos recursos transferidos pelo FNDE em conta específica.

Os recursos do PDDE devem ser aplicados na aquisição de materiais

permanentes, manutenção e material de consumo. Sendo duas as categorias

econômicas, a de custeio e a de capital. A de custeio refere-se à aquisição de bens e

materiais de consumo e contratação de serviços para funcionamento e manutenção da

escola, a de capital são recursos a cobrir despesas com material permanente que

resultem em reposição ou elevação patrimonial. A unidade executora ao receber o

recurso deverá fazer um plano de aplicação juntamente com a Direção da escola e o

Conselho Escolar, fazendo pesquisas de preços antes da aquisição dos materiais a

serem adquiridos.

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14 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

EIXO GESTÃO DEMOCRÁTICA

OBJETIVOS - Redimensionar uma inserção social, ampliando os laços de parceria e cooperação com

a sociedade civil e as diversas esferas do governo, em ações que visem o

desenvolvimento sócio-econômico, a diminuição das desigualdades sociais e a melhoria

da qualidade de vida.

- Desenvolver uma gestão democrática baseada na integração das atividades dos

discentes sob a ótica da pluralidade, da ética e da transparência.

- Proporcionar condições para que seja assegurada a fidelidade dos princípios

educacionais da SEED em sua práxis educativa e a qualidade dos serviços

educacionais.

- Subsidiar a reestruturação e estimular o fortalecimento do Grêmio Estudantil no

planejamento e desenvolvimento de suas atividades.

- Promover a transparência nas prestações de contas, conforme determinação da

SEED.

DETALHAMENTO

A Gestão Democrática ocorrerá por meio da (o):

- Participação dos pais na escola.

-Participação dos professores, funcionários, pais e alunos nas decisões mais

importantes, juntamente com as instâncias colegiadas: Conselho Escolar, APMF,

Grêmio Estudantil.

- Acompanhamento das Instâncias Colegiadas, profissionais da educação, comunidade

escolar e alunos, nos planos de aplicações e prestação de contas das verbas liberadas

ao colégio.

- Autonomia do Grêmio Estudantil na elaboração e execução das ações planejadas por

eles e socialização das idéias e ações.

CONDIÇÕES

- Para que as ações sejam efetivadas, o colégio:

- Buscará parceria com diversos segmentos da sociedade, efetivando um trabalho

diversificado, aberto à comunidade.

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- Proporcionará recursos financeiros e humanos, dentro das possibilidades existentes,

para a realização das ações planejadas.

- Dará acesso às Instâncias Colegiadas, Grêmio, APMF, Conselho Escolar e

Profissional da Educação em participar das decisões diárias do colégio.

- Promoverá assembléias e reuniões com calendário e pauta definida (mensalmente,

bimestralmente, extraordinariamente).

- Levarão ao conhecimento da comunidade escolar, através de via on line, os eventos

da escola.

- Proporcionará ao Grêmio Estudantil condições de subsistência.

- Apoiará o Grêmio Estudantil na continuação do projeto Rádio Escola, visando a

socialização das idéias e ações.

CRONOGRAMA

- Ano letivo

RESPONSÁVEL

- Direção, Equipe Pedagógica, Agente Educacional I e II, Conselho Escolar, APMF,

Grêmio Estudantil.

EIXO

FORMAÇÃO CONTINUADA

OBJETIVOS

- Implementar uma política educacional, propiciando meios para que as atividades

desenvolvidas no Colégio alcancem padrões de qualidade.

- Congregar e dinamizar todas as forças vivas da comunidade e canalizá-las rumo a

uma prática educativa de qualidade.

- Assegurar, em articulação com a equipe pedagógica, a realização de estudos dirigidos

para funcionários e professores.

- Incentivar os profissionais da educação a buscarem o aprimoramento em sua função.

- Oportunizar a formação continuada a professores e funcionários.

DETALHAMENTO

- A formação continuada será realizada:

- Com reuniões pedagógicas;

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- Por meio de encontros, palestras, mini-cursos, fóruns, seminários e conferências que

envolvam toda a comunidade escolar;

- Dando continuidade aos grupos de estudos de professores com ou sem parceria da

UEPR – campus Campo Mourão e/ou outros órgãos afins;

- Dando suporte ao aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores e

funcionários da escola, por meio de Grupos de Estudos na Escola, Equipe

Multidisciplinar e Implementação do Programa de Desenvolvimento Educacional.

CONDIÇÕES

- Para que possa ocorrer a formação continuada, será:

- Assegurado, em articulação com a equipe pedagógica, a realização de estudos

dirigidos para os profissionais da educação.

- Realizado convênios e acordos com instituições de ensino superior para a promoção

de cursos para professores e demais funcionários da escola.

- Elaborado projetos, buscando, junto a comunidade escolar, instituição mantenedora,

empresas públicas e privadas, os recursos financeiros para a realização das ações

planejadas.

- Viabilizado espaço físico e recursos materiais necessários para a implementação das

ações.

- Proporcionado recursos humanos da própria escola e de outras instâncias, por meio

de parcerias com as IES, sociedade civil, NRE, SEED, MEC para a realização da

formação continuada.

CRONOGRAMA

- Ano letivo.

RESPONSÁVEL

- Direção, professores, Agente Educacional I e II, Equipe Pedagógica, Instituições

Parceiras, NRE, SEED, MEC.

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97

EIXO

QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS DA ESCOLA

OBJETIVOS

- Propor à mantenedora, os investimentos destinados à manutenção, adequação e

atualização constante de materiais de laboratório, biblioteca, pedagógico e tecnológico,

através de projetos sistematizados.

- Planejar as atividades aproveitando os recursos existentes, de forma organizada para

que favoreça o bom convívio e atinja a qualidade de ensino.

- Construir espaços/ambientes para redimensionar os projetos já existentes e a existir.

- Viabilizar junto a SEED, a manutenção e adequação da estrutura física, bem como a

substituição de conjuntos escolares.

- Preservar e recuperar o Espaço Verde existente no colégio - meio ambiente,

ajardinamento, bosque, horta.

DETALHAMENTO

- O eixo qualificação dos espaços e equipamentos da escola acorrerá por meio de:

- Planejamento, para que haja organização e utilização dos recursos existentes,

adequando o material ou espaço para a prática pedagógica.

- Aquisição de recursos em consonância com a APMF e Conselho Escolar, junto à

comunidade.

- Direcionamento de verbas para a aquisição de materiais, manutenção e readequação

dos espaços físicos.

- Limpeza nas mediações do bosque, retirando os entulhos existentes; isolando a área

do bosque; realizando e preservando o plantio de espécies nativas típicas do cerrado e

promovendo a identificação científica de espécies vegetais existentes no bosque.

CONDIÇÕES

- Estabelecendo contato, pessoalmente e/ou através de ofício, com os responsáveis no

NRE, APMF, SEED e sociedade civil organizada.

- Buscando recursos financeiros junto a Secretaria de Meio ambiente- SEMA/IAP e

parceria técnica da UEPR- campus Campo Mourão, Faculdade Integrado e IAP para a

implementação da preservação e recuperação do Espaço Verde.

- Utilizando os espaços existentes, com qualidade, zelando pela conservação e

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valorização dos mesmos.

- Solicitando recursos da Fundepar para a construção de anfiteatro, salas ambientes e

salas de aula.

CRONOGRAMA

- Ano letivo.

RESPONSÁVEL

- Direção, APMF, Equipe Pedagógica, professores, Agente Educacional I e II, alunos,

pais, SEED, Fundepar, NRE, MEC.

EIXO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

OBJETIVOS

- Criar uma política de apoio pedagógico aos estudantes.

- Incentivar a integração das ações de Ensino, Pesquisa e Iniciação Científica por meio

de monitoria e orientação da UEPR- campus Campo Mourão.

- Atuar junto ao coletivo de professores e funcionários na elaboração de projetos e/ou

ações que visem à recuperação de estudos.

- Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais e de

ensino, junto ao coletivo de professores da escola.

- Dinamizar e democratizar a utilização da biblioteca.

- Criar a Escola de Pais em consonância com a UEPR- Campus Campo Mourão,

visando integrar a comunidade escolar.

- Promover o Conselho de Classe visando à qualificação do ensino e aprendizagem.

DETALHAMENTO

Para que aconteça a proposta pedagógica no colégio, buscar-se-á:

- Realizar convênios e acordos com instituições de ensino superior, para subsidiar o

aluno na aprendizagem do conhecimento, bem como promover palestras e

conhecimento teórico e prático aos pais e familiares.

- Organizar grupos de estudos na escola com monitoria dos alunos da própria

instituição ou de acadêmicos do ensino superior, levando como sugestão para as

instituições parceiras o aproveitamento da referida atividade como estágio

supervisionado para os universitários.

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- Incentivar e apoiar as atividades esportivas com ampliação das escolinhas nas várias

modalidades esportivas.

- Promover estudos sistemáticos, troca de experiências, debates, oficinas entre outros,

para a disseminação e socialização dos conhecimentos.

- Identificar as dificuldades e necessidades de aprendizagem em sala de aula.

CONDIÇÕES

- Para uma aprendizagem de qualidade aos alunos a escola buscará:

- Estabelecer contato com parceiros monitores entre alunos do próprio estabelecimento

e estagiários de instituições superiores.

- Fornecer espaço físico e material para a concretização dos estudos.

- Facilitar o acesso de docentes e funcionários a cursos de aperfeiçoamento e grupos

de estudos.

- Apoiar e subsidiar a realização dos projetos e programas existentes no colégio.

- Buscar a parceria da comunidade local e educacional nos diversos níveis.

- Assegurar recursos humanos, físicos e materiais para o desenvolvimento dos

programas e projetos educativos existentes no colégio.

CRONOGRAMA

- Ano letivo

RESPONSÁVEL

- Direção, Equipe Pedagógica, Equipe Multidisciplinar, NRE, SEED, MEC.

EIXO

ATIVIDADE DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR

OBJETIVOS

- Promover o aprimoramento teórico-prático-pedagógico dos alunos incentivando e

apoiando os Projetos, Programas Educacionais e atividades extracurriculares no interior

do colégio.

DETALHAMENTO

Serão promovidas atividades extracurriculares através de projetos e programas que

proporcione o aperfeiçoamento dos aspectos físico, psíquico, social, cultural e

pedagógico dos alunos:

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- Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE- os professores que fazem parte do

programa, proporcionam aos alunos aprimoramento extracurricular dentro de suas

disciplinas, buscando proporcionar uma melhor qualidade de ensino e o aprimoramento

e desenvolvimento dos alunos.

- Programa Viva a Escola: Projetos em desenvolvimento: Rádio-Escola; A Dança

enquanto Expressão Corporal; Esporte na Formação Cultural da Criança. No período

de abertura da demanda do programa, serão apresentadas outros projetos para a

apreciação, aprovação e implementação no colégio.

- Projeto Agenda 21 – tem o intuito de conscientizar a comunidade escolar na

responsabilidade de cada pessoa na construção de valores coletivos, consagrando o

direito que todos temos a um meio ambiente saudável e igualmente o dever ético, moral

e político de preservá-lo, buscando soluções para uma melhor qualidade de vida, onde

a participação de todos é fundamental para um resultado positivo.

- Projeto Evasão Escolar: Proposta Prevenção – busca democratizar o ensino,

diminuindo o número de alunos evadidos no colégio, especialmente o período noturno.

- Projeto Verde Que Te Quero Vida – tem por objetivo incutir na comunidade estudantil

e na sociedade a necessidade de revitalizar e utilizar de forma racional a área verde

“Bosque Robson Paitach”, existente no interior do Colégio Unidade Polo.

- Mostra Interdisciplinar – Tem como identificador o conhecimento, a pesquisa e a ação,

envolvendo toda a comunidade escolar, levando em conta que o conhecimento é uma

construção histórica e social e as atividades de interação permitem interpretar a

realidade e construir significados, novas possibilidades de ação e conhecimento.

- Palestras e Oficinas – durante o ano letivo escolar são proporcionadas diversas

palestras e oficinas educacionais, direcionados aos alunos, envolvam os desafios

educacionais contemporâneos e outros temas atuais.

- Projeto Escolinhas Esportivas – junto a Fundação de Esportes do Município a escola

proporciona a escolinha de esporte, visando o desenvolvimento do aluno e a prática

desportiva nas modalidades de tênis de mesa, xadrez, vôlei, basquete, futsal masculino

e feminino.

- Programa Sala de Apoio a Aprendizagem - busca atender às defasagens de

aprendizagem apresentadas pelas crianças que freqüentam a 5ª série/6º ano do Ensino

Fundamental.

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- Sala de Recurso – promove o atendimento aos Educandos com Deficiência Intelectual

e Transtornos Funcionais Específicos, dando suporte para um aprendizado de

qualidade.

- Curso Básico de Língua Espanhola/Celem, - oferta o ensino de língua estrangeira,

destinado a alunos, professores, funcionários e à comunidade do Colégio.

- Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar – SAREH, proporciona

atendimento educacional para alunos que se encontram impossibilitados de freqüentar

a escola, em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento de saúde,

permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção ou a

reinserção em seu ambiente escolar.

CONDIÇÕES

Para que possam ser desenvolvidas com qualidade as atividades extracurriculares,

além dos recursos humanos e materiais do estabelecimento, buscar-se-á:

- Estabelecer contato, pessoalmente e/ou através de ofício, com os responsáveis no

NRE, APMF, SEED e sociedade civil organizada, para angariar verbas e/ou aprovação

dos projetos e programas existentes no estabelecimento.

- Proporcionar espaço físico e assessoria pedagógica para o desenvolvimento das

atividades extracurriculares.

- Viabilizar e direcionar os recursos existentes para a aquisição de materiais, buscando,

através da APMF e do Conselho Escolar uma aplicação democrática e consciente em

sua utilização.

- Planejar para que haja organização e utilização dos recursos existentes adequando o

material ou espaço à prática pedagógica.

- Viabilizar recursos junto a Secretaria de Meio ambiente- SEMA-IAP, e apoio técnico

com a UTFPR- campus Campo Mourão, para a implementação do Projeto Verde que te

quero Vida- Bosque Robson Paitach.

- Incentivar, proporcionando suporte estrutural e físico e apoiando às atividades

esportivas com ampliação das escolinhas nas várias modalidades esportivas

- Viabilizar e apoiar o Grêmio Estudantil na utilização do Projeto Rádio Escola, para a

socialização das idéias e ações empreendidas.

CRONOGRAMA

- Ano letivo.

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RESPONSÁVEL

- Direção, APMF, Equipe Pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais, SEED,

Fundepar, NRE, MEC, SEMA-IAP, UTFPR-campus Campo Mourão, UEPR-campus

Campo Mourão, Faculdade Integrado.

14.1 Plano de ação da equipe pedagógica

O Colégio Estadual Unidade Polo está situado no final da região central da

cidade de Campo Mourão e atende alunos de nível sócio econômico médio e baixo,

provenientes dos bairros periféricos.

Esta escola baseia-se na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº

9394/96), nas diretrizes emanadas pela SEED e nas teorias progressistas da educação,

tendo como objetivo a transmissão/assimilação da cultura e conhecimentos científicos

historicamente acumulados, conforme aponta Dermeval Saviani:

[...] a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao

conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não

fragmentado; a cultura erudita e não à cultura popular. [...] A escola

existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que

possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciências), bem como o

próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da

escola básica devem se organizar a partir dessa questão. [...] Daí

que a primeira exigência para o acesso a esse tipo de saber é

aprender a ler e escrever. Além disso, é preciso também aprender

a linguagem dos números, a linguagem da natureza e a linguagem

da sociedade (SAVIANI, 1995, p. 19-20).

Em conformidade com essas prerrogativas, o Colégio Estadual Unidade Polo

oferece o Ensino Fundamental, Médio e Profissional. A finalidade do Ensino Médio,

proposta na LDB, Art. 35, consiste em consolidar e aprofundar os conhecimentos

adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitar o prosseguimento de estudos; preparar

para o trabalho e cidadania para continuar aprendendo, ser capaz de adaptar-se,

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aprimorando e educando como pessoa humana, incluindo a formação ética, o

desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico; compreender os

fundamentos científico-tecnológicos, e relação teoria e prática no ensino de cada

disciplina.

Partindo dos pressupostos teóricos e legais acima expostos de função da escola

e do Ensino Médio, cabe ao professor pedagogo, o trabalho de articulação e

planejamento das atividades escolares, partindo da coordenação para a elaboração e

execução do Projeto Político Pedagógico, buscando juntamente com professores,

funcionários, alunos e comunidade as melhores metodologias e encaminhamentos para

que a escola seja de fato democrática, supondo-se aqui a competência na transmissão

dos conhecimentos acumulados historicamente pela sociedade.

O trabalho do pedagogo na organização do trabalho escolar está também

vinculado ao debate acerca do modelo de organização e de gestão da escola; à

construção cotidiana do projeto político pedagógico, de como tomar decisões, em que

instâncias, à transparência do uso dos recursos públicos na escola; à relação entre

funcionários, professores, pais, alunos, equipe pedagógica e direção; à composição e

às ações do Conselho Escolar, o Regimento Escolar e suas aplicações. Estas questões

estão diretamente relacionadas com o pedagógico, com o exercício cotidiano de busca

de coerência entre a teoria e a prática.

Os objetivos e as atividades do professor pedagogo, neste plano de ação, estão

separados por área de atuação para melhor enfoque:

Orientação à família

Colaborar com a família no desenvolvimento e educação do aluno.

Contribuir para o processo de integração entre a escola, a família e a

comunidade, atuando de forma que se consolide uma gestão democrática e

participativa.

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Desenvolver atitudes favoráveis à efetiva participação dos pais na tarefa

educativa e em relação ao estudo dos filhos.

Identificar possíveis influências do ambiente familiar que possam estar

prejudicando o desempenho do aluno na escola.

Estudar e debater o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como o papel do

Conselho Tutelar junto às famílias.

Orientar os pais quanto à responsabilidade de encaminhar os filhos à escola e

acompanhar o rendimento escolar dos mesmos.

Orientar as famílias a buscarem ajuda nas instituições competentes a fim de

solucionarem problemas relacionados a dependências químicas, saúde,

escolarização e profissionalização dos membros da família.

Coordenação e organização do trabalho pedagógico escolar

Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político

Pedagógico e do Plano de Ação da escola.

Colaborar na análise dos indicadores de aproveitamento escolar, evasão,

repetência e absenteísmo2.

Desenvolver uma ação integrada com o corpo docente, visando a melhoria do

aproveitamento escolar da adoção de metodologias adequadas e

desenvolvimento de hábitos de estudo.

Coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta curricular da escola,

a partir das políticas educacionais emanadas pela SEED e Diretrizes Nacionais

do Conselho Nacional de Educação.

Orientar o processo de elaboração e efetivação dos planejamentos anuais de

ensino junto ao coletivo de professores da escola.

Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo de temas

relativos ao trabalho pedagógico e de intervenção na realidade escolar.

Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na escola.

Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos e/ou ações

que visem a recuperação de estudos, a partir das necessidades de

2 De acordo com o dicionário, absenteísmo significa falta de assiduidade. (FERREIRA, 1986, p. 15).

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aprendizagem identificadas em sala de aula e/ou nos Conselhos de Classe

bimestrais.

Organizar a realização dos Conselhos de Classe:

garantindo um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho

pedagógico, através de estudos de textos;

definindo metas para cada turma;

atribuindo medidas que deverão ser tomados por professores, alunos, pais,

pedagogos, representantes, direção e funcionários a fim de possibilitar a melhor

aprendizagem;

efetivando o levantamento prévio dos problemas pedagógicos junto aos

professores, alunos e pais para que o Conselho de Classe seja um momento

para definir e buscar soluções e não enumerar os problemas.

Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores da

escola, promovendo estudos sistemáticos, troca de experiências, debates,

oficinas entre outros.

Acompanhar o registro no Livro de Registro de Classe dos professores,

bimestralmente ou sempre que se fizer necessário, de modo a garantir a

efetivação da proposta curricular e o planejamento anual, bem como registros de

notas, recuperação, freqüência e carga horária das diferentes disciplinas,

fazendo anotações e orientações.

Organizar e coordenar a hora-atividade do coletivo de professores, de maneira a

garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo

pedagógico e preparação de aulas.

Organizar horário e acompanhar o planejamento das aulas de apoio oferecidas

pelos professores da escola em contraturno para atender alunos com problemas

de aprendizagem.

Repensar, juntamente com os professores, o processo de avaliação, por meio de

estudos de textos e práticas de novas experiências, incentivando o trabalho

coletivo entre os alunos, a avaliação diagnóstica, a pesquisa e a auto-avaliação.

Formação ética e para cidadania do educando

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Levar o aluno a vivenciar, analisar, discutir e desenvolver valores, atitudes e

comportamentos, fundamentados em princípios universais.

Desenvolver o respeito à dignidade e às liberdades fundamentais do homem.

Desenvolver a compreensão dos direitos e deveres, da pessoa humana, do

cidadão, da família, do Estado e demais grupos que compõem a cultura dos

alunos.

Despertar nos educandos a consciência da liberdade, o respeito pelas diferenças

individuais, o sentimento de responsabilidade e a confiança e utilização de meios

pacíficos para a solução dos problemas humanos.

Desenvolver nos alunos atitudes e comportamentos de respeito no trato com

colegas e profissionais de educação na escola.

Desenvolver uma atuação integrada com professores para o desenvolvimento

dos valores éticos e sociais acima descritos.

Desenvolver nos alunos atitudes compatíveis com respeito às normas gerais de

boa educação e conduta e às regras do Regimento Escolar.

Desenvolver a dimensão espiritualista, sem proselitismo cultural ou religioso,

obedecendo a princípios gerais de respeito humano.

Evitar ocorrência de discriminação por motivos de convicções filosóficas,

religiosas ou qualquer preconceito de classe, cor ou questões de gênero.

Favorecer a integração dos alunos no ambiente escolar e entre os seus pares.

Apoiar as iniciativas do Grêmio Estudantil da escola.

Incentivar a participação dos alunos em eventos, oficinas, festivais e palestras

em locais fora da escola a fim de oportunizar a convivência com pessoas de

outras comunidades escolares.

Encaminhamentos relacionados à saúde física e mental dos alunos

Colaborar com a escola e a família no desenvolvimento de aspectos importantes

da educação, tais como, o afetivo, o sexual, de higiene, da saúde e do lazer.

Desenvolver a compreensão dos valores, das implicações e das

responsabilidades em relação à dimensão afetiva e sexual da personalidade do

aluno.

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107

Atuar preventivamente, via encaminhamento, em relação a saúde física e mental

dos alunos.

Identificar, assistir e encaminhar tanto os alunos que apresentem excelente

desempenho como também os que apresentam necessidades especiais,

colaborando no processo de inclusão.

Orientação vocacional

Levar o aluno a reconhecer a importância da escolha profissional e a

necessidade de informações educacionais e profissionais.

Desenvolver atitudes de valorização do trabalho como meio de realização

pessoal e de fator de desenvolvimento social.

Levar o aluno a reconhecer a necessidade de assumir o papel de agente de sua

escolha profissional.

Desenvolver no aluno a capacidade de relacionar suas características pessoais

às características das profissões.

Estágio supervisionado do academicos-pedagogos

Colaborar na formação e preparo do futuro profissional.

Sensibilizar o estagiário para as necessidades do pedagogo, visando uma maior

eficiência no seu futuro trabalho.

Levar o estagiário a uma percepção realista, propiciando vivência de situações

reais e problemas que permeiam a ação do pedagogo.

Levar o estagiário a estabelecer um vínculo significativo entre teoria e prática,

interagindo com as instituições de Ensino Superior formadoras dos novos

pedagogos.

Estágios supervisionados de academicos-professores

Encaminhar os estagiários aos professores de suas respectivas disciplinas.

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Fornecer aos estagiários, as informações sobre o Projeto Político Pedagógico,

Planejamento Anual e Plano de Ação da Escola.

Fornecer informações sobre metodologias adequadas a sua disciplina, sobre o

domínio de classe, e projetos da escola em que possa colaborar.

METODOLOGIA

Para atingir seus objetivos e desenvolver suas atividades, o pedagogo estará

adotando diversas metodologias e estratégias, baseando-se na pesquisa participante

que visa à inserção junto à comunidade escolar e ações que possam colaborar na

mudança das problemáticas identificadas. Adotará uma didática baseada na Pedagogia

Histórico-Crítica e/ou Libertadora, partindo da prática social inicial de professores e

alunos para que junto a eles e com eles, busque soluções adequadas no conhecimento

sistematizado e científico, utilizando-se das áreas de psicologia, sociologia, filosofia,

didática, políticas educacionais, levando em conta o conhecimento prévio e a cultura

local.

PROCEDIMENTOS

Reuniões.

Palestras.

Entrevistas.

Pesquisas teóricas e práticas.

Orientação individual.

Orientações coletivas.

Convocações aos pais ou responsáveis.

Elaboração e coordenação ou colaboração em projetos.

Elaboração e coordenação ou colaboração em atividades escolares.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

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PLANEJAMENTO X X X X

ORGANIZAÇÃO CLASSES X

BUSCA DE DADOS ALUNOS X X

APRESENTAÇÃO DO PLANO X X

REUNIÃO COM PAIS X X X X

ESCOLHA REP. DE SALA X

PALESTRA PARA ALUNOS X X X X

AVALIAÇÃO DO P.P.P X X

ANÁLISE REND. ALUNO X X X X X X

APRES. REGULAMENTO INT. X X

ORGANIZAÇÃO FICHAS ALUNOS X X

ENTREVISTA COM O ALUNO X X X

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15 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O Projeto Político Pedagógico será acompanhado por todos os envolvidos na

sua construção. As avaliações pontuais ocorrerão bimestralmente e acontecerão, em

especial, no momento do Conselho de Classe ou quando se fizer necessário. A grande

avaliação e reformulação do Projeto deverão acontecer no início de cada ano letivo.

Para a realização destas avaliações semestrais serão convocados os pais, alunos,

funcionários, direção, professores e pedagogos objetivando analisar os pontos positivos

e negativos. Após esta análise, serão efetuadas as mudanças que se fizerem

necessárias.

Professores, funcionários, direção e equipe pedagógica decidiram estabelecer

assembléia de alunos nos períodos matutino, vespertino e noturno para reformular o

texto sobre a comunidade escolar. Ficou definido que a cada dois anos a equipe

pedagógica realizará uma pesquisa por meio de questionário sócio-econômico

utilizando uma amostragem de 20% para atualizar os dados acerca do diagnóstico

dessa comunidade escolar.

Os dados acerca dos índices de alunos matriculados, aprovados, reprovados,

desistentes e transferidos devem ser analisados e discutidos anualmente e, no PPP

devem constar todos os dados analisados nos últimos cinco anos.

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111

16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APP-SINDICATO. Construindo o plano estadual de educação: para um novo

governo. Curitiba: W3 Publicidade, 2001. BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº

9.394/96. Brasília: MEC, 1996. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1998. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da Língua Portuguesa. Rio

de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. GADOTTI, Moacir. Pensamento pedagógico brasileiro. São Paulo: Ática, 1988.

IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2006. Síntese de Indicadores

Sociais – 2007 http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=987&id_pagina=1 Acesso em 04 nov.2010 Jornal da Marcha Mundial de Mulheres. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e

proposições, 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002. PARANÁ, Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 007/99. Normas gerais para a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos do sistema estadual de ensino, em nível Fundamental e Médio. Curitiba: SEED, 1999. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Plano Estadual de Educação: uma

construção coletiva (versão preliminar). Curitiba: SEED, setembro 2005. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Cortez, 1983. ________________. Pedagogia histórico-crítica – primeiras aproximações. 5ª ed. Campinas: Autores Associados, 1995. ________________. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São

Paulo: Autores Associados, 2000.

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112

SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia da educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994. VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação – concepção dialético-libertadora. São

Paulo: Libertad, 1994. www.caixa.gov.br acesso em 17/10/2007. www.fomezero.gov.br/programas-e-ações acesso em 17/10/2007. www.app.com.br acesso em 30/10/2007. www.aenoticias.pr.gov.br discurso de posse do Governador Requião em 01/01/2007.

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ANEXOS

ANEXO I - Matriz curricular de 5ª/8ª séries do ensino fundamental

ANEXO II - Matriz curricular do ensino médio

ANEXO III - Apresentação da proposta pedagógica curricular do ensino

fundamental e médio

ANEXO IV - Matriz curricular do ensino profissional – Tecnico em Serviços de

Restaurante e Bar

ANEXO V - Proposta curricular do ensino profissional - Técnico em Serviços de

Restaurante e Bar

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ANEXO I

MATRIZ CURRICULAR DE 5ª/8ª SÉRIES DO ENSINO FUNDAMENTAL

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃO

ESTABELECIMENTO: 00047 – UNIDADE POLO, C. E. – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 – ENSINO 1º GRAU 5ª/8ª SÉRIES TURNO: MANHÃ/TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS / SÉRIES 5ª 6ª 7ª 8ª

B A

S E

N

A C

I O

N

A L

C

O M

U M

a

M

ARTES

CIÊNCIAS

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO RELIGIOSO*

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

1

3

3

4

4

2

3

3

0

3

4

4

4

2

4

2

0

4

3

4

4

SUB TOTAL 22 22 23 23

P

D

P

D

L.E.M. – INGLÊS**

2

2

2

2

SUB. TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA:Matriz curricular de acordo com a lei nº 9394/96 * Não computado na carga horária da matriz por ser facultativo para o aluno. ** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.

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ANEXO II

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 05 – CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0430 – CAMPO MOURÃO

ESTABELECIMENTO: 00047 – UNIDADE POLO, C. E. – ENS. FUND., MÉDIO E PROFISSIONAL ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ/NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS /SÉRIES 1ª 2ª 3ª

B

AS

E N

AC

ION

AL

CO

MU

M

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

QUÍMICA

FILOSOFIA

SOCIOLOGIA

2

2

2

2

2

2

2

3

2

2

2

0

2

2

2

2

2

4

3

2

2

2

0

2

2

2

2

2

4

3

2

2

2

SUB TOTAL 23 23 23

P D

L.E.M.INGLÊS

2 2 2

L.E.M.ESPANHOL*

4 4 4

SUB. TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 * Disciplina de matricula facultativa, ofertada no turno contrário no CELEM.

OBS.: MANHÃ – Serão ministradas 05 aulas de 50 minutos. NOITE - Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.

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ANEXO III

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

A construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência da

Educação da Secretaria de Estado da Educação, apontou os referenciais teóricos,

metodológicos e as orientações para o processo de discussão e construção desta

Proposta Pedagógica Curricular, baseada no estudo da história educacional do Estado

do Paraná, nos princípios políticos apontados pela atual gestão e na legislação

constitucional e educacional vigente no país.

A discussão e elaboração do Projeto Político Pedagógico iniciado em 2005

possibilitaram a investigação da realidade escolar, na avaliação e identificação dos

elementos norteadores e nas ações a serem desenvolvidas. Nesse processo, firmou-se

o compromisso com os seguintes princípios: o compromisso com a diminuição das

desigualdades sociais; a articulação das propostas educacionais com o

desenvolvimento econômico, social, político e cultural da sociedade; a defesa da

educação básica e da escola pública, gratuita e de qualidade, como direito fundamental

do cidadão; a articulação de todos os níveis e modalidades de ensino e a compreensão

dos profissionais da educação como sujeitos epistêmicos.

A Proposta Pedagógica Curricular faz parte do Projeto Político Pedagógico no

processo de construção da mesma. Neste estabelecimento de ensino, evidenciou-se a

necessidade de recorrer à visão de mundo, de homem e de escola que foram

estabelecidas no início das discussões acerca da construção do Projeto Político

Pedagógico do Colégio. O resgate do questionamento – que escola nós temos, e que

escola queremos? – foi fundamentado na concepção de educação vislumbrada pela

pedagogia histórico-crítica e nos estudos da realidade sócio-econômica e cultural

nacional, estadual e de nossa região, no perfil do aluno e do professor da escola e dos

órgãos colegiados que a compõem.

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Na construção dessa Proposta Curricular buscaram-se estratégias para garantir

a participação do coletivo dos profissionais da educação nas discussões, com o firme

propósito de questionar práticas excludentes que ainda persistem no meio escolar e

que, se não forem superadas por encaminhamentos pedagógicos que contemplem

todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem, estarão contribuindo para a

manutenção das desigualdades sociais que marcam a vida de muitos alunos de nossas

escolas.

Tendo a consciência da diversidade e dentro dos princípios de uma pedagogia

histórico-crítica está a preocupação com a educação como direito de todos; com a

valorização dos profissionais da educação, do trabalho coletivo, e da gestão

democrática; com o atendimento às diferenças, evidenciando a inclusão, não apenas

das pessoas com deficiências, mas buscando atender às diferenças individuais,

respeitando as necessidades educacionais de todos os alunos, beneficiando-os com

recursos humanos, técnicos, tecnológicos e materiais que promoverão a sua inclusão.

Dentro dessa Proposta Pedagógica Curricular, buscou-se evidenciar a

organização do processo de aprendizagem que possibilitará a flexibilização/adaptação

de conteúdos curriculares (conteúdos, métodos e avaliação), de modo a contemplar a

participação e o sucesso de todos os alunos, considerando seu conhecimento prévio,

suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social, vislumbrando a

construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.

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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO 1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso constitui-se como disciplina na superação do proselitismo no

espaço escolar, passando desta forma a deixar claro que aquilo que para as igrejas é

objeto de fé, para a escola é objeto de estudo, sem excluir o horizonte dos valores

éticos, que fazem parte do processo educacional. A Religião Católica Apostólica

Romana, religião oficial do Império, conforme constituição de 1824 determinava que o

ensino religioso fosse tradicionalmente o ensino do catolicismo. Após a proclamação da

República passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório, rejeitando as normas

únicas do catolicismo que exercia o monopólio do ensino.

Nas Constituições de 1937, 1946 e 1967 o Ensino religioso foi mantido como

matéria do currículo, tendo caráter confessional e freqüência livre para o aluno. Na

década de 60 surgiram grandes debates retomando a questão da liberdade religiosa,

devido à pressão das tradições religiosas e sociedade civil organizada que partiu de

diferentes manifestações religiosas, perdendo nesse contexto, sua função catequética,

o modelo pluralista passou a ser intensamente questionado.

O entendimento sobre essa importante e fundamental área do conhecimento

humano implica uma concepção, que tem por base a diversidade presente nas

diferentes expressões religiosas. Nesse enfoque, o sagrado e suas diferentes

manifestações religiosas possibilitam a reflexão sobre a realidade, numa perspectiva de

compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do conhecimento

religioso.

O Ensino Religioso foi implantado como disciplina escolar em 1972, através da

Lei 5692/71. A Educação Religiosa pressupõem propor ao educando a oportunidade de

processo de escolarização fundamental para se tornarem capazes de entender os

movimentos religiosos específicos de cada cultura.

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Nos dias atuais a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº 9394/96, determina que a

disciplina seja de matrícula facultativa sem ônus para o poder público, deve ser

ministrada de acordo com a diversidade religiosa do aluno, o reconhecimento e

aceitação das diferentes manifestações culturais e religiosas da humanidade.

A disciplina de Ensino Religioso visa contribuir para o conhecimento e respeito

às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural, que compõem a

sociedade brasileira, bem como possibilitar o acesso às diferentes fontes da cultura

sobre o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto

histórico sócio-cultural do educando.

Também proporciona ao educando sua formação integral, através do

desenvolvimento de atitudes éticas que qualifiquem as relações do ser humano consigo

mesmo, promovendo a educação para a paz, com o outro e com a natureza, entendido

nesta concepção como, sujeito do processo de formação continuada.

Sendo assim, o objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes

manifestações do sagrado no coletivo, analisar e compreender o sagrado como o cerne

da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural.

O Conselho Educacional de Educação do Paraná. Em 2002, aprovou a

Deliberação nº 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas escolas públicas do

Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

No final de 2005, a SEED encaminhou aos núcleos regionais de educação e com

os professores ao Conselho Estadual de Educação (CEE). Em 10 de fevereiro de 2006

o mesmo conselho aprovou a Deliberação nº 01/06, que institui novas normas para o

Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná.

O resultado final é a proposta de implementação de um Ensino Religioso laico e

de forte caráter escolar.

O Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos estará

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120

sempre a ele relacionado.

A organização dos conteúdos deve partir do estudo de manifestações religiosas

menos conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural do educando.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS

Paisagem Religiosa: lugar onde se situa o espaço geográfico sagrado.

Símbolos: linguagem que expressam sentidos, como forma de comunicação.

Textos Sagrados: sendo de diferentes maneiras, como pinturas sacras, textos

orais e escritos entre outros.

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE

Organizações Religiosas;

Lugares Sagrados;

Textos Sagrados orais ou escritos;

Símbolos Religiosos.

6ª SÉRIE

Temporalidade Sagrada;

Festas Religiosas;

Ritos;

Vida e Morte.

Organizações religiosas;

Líderes religiosos ou fundadores de religiões;

Estruturas hierárquicas;

Organizações religiosas mundiais e regionais;

Lugares sagrados;

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras.

Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas;

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Respeito à diversidade religiosa;

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa;

Direito de professar fé e liberdade de opiniões e expressão;

Direito à liberdade de reunião e associação pacifica.

Universo simbólico religioso;

Festas Religiosas;

Festas familiares;

Datas comemorativas;

Vida: a manifestação do sagrado;

Respostas para a vida além da morte;

Ressurreição, reencarnação, ancestralidade e outros;

Diferentes concepções de vida e crença, as questões vitais que inquietam o ser

humano, respostas aos questionamentos de onde viemos e para onde vamos?

Ritos;

Ritos de passagem;

Peregrinação;

Mortuários;

Propiciatórios;

Nos Ritos;

Nos Mitos;

No cotidiano

3. METODOLOGIA

A partir de uma visão de mundo e de homem, a linguagem utilizada ao ministrar

o conteúdo de Ensino Religioso deve partir do pressuposto pedagógico e não do

religioso. Nesse processo deve ser respeitada a liberdade de consciência e a opção

religiosa em relação ao sagrado, buscando opiniões e questionamentos que

contemplem a contextualização frente a atitudes práticas e concretas do cotidiano em

relação ao sagrado

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos

os alunos possibilidades de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação para

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todos, pressupõe a prática de currículos abertos a flexíveis que estejam comprometidos

com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas

especiais ou não. Nesse sentido, é preciso propor encaminhamento metodológico

baseado na aula dialogada, isto é, a partir da experiência religiosa do aluno e se seus

conhecimentos previstos para, sem seguida apresentar o conteúdo que será

trabalhado, e que ofereçam condições para que o estudante com necessidades

especiais de educação possa absorver o conhecimento de forma participativa.

Os desafios educacionais contemporâneos serão trabalhados, dentro da

disciplina de Ensino Religioso buscando contemplar as dimensões filosóficas, artísticas

e cientificas à medida que os conteúdos permitirem de forma a valorizar os conteúdos

curriculares da disciplina.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96 e as

disciplinas da Lei 11645/08 que contemplo a História e Cultura Afro-Brasileira e

indígena.

Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso,

mais do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em

sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse

trabalhado, pois uma abordagem nova no conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a

novos métodos de investigação, análise e ensino.

O professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma clara, objetiva e critica

quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural. Assim, exercerá o

papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem

trabalhados em sala de aula.

Deve-se propor a problematizarão do conteúdo, a fim de identificação dos

principais problemas postos pela pratica social. Essa etapa pressupõe a elaboração de

questões que articulem o conteúdo em estudo a vida do estudante.

As interdisciplinares são fundamentais para efetivar a contextualização ao

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conteúdo, pois se articulam os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e,

ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino

Religioso.

Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem faz-se necessário abordar

cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, sendo necessário

respeitar o direito a liberdade de consciência e a opção religiosa.

4. AVALIAÇÃO

Avaliação da aprendizagem faz parte do processo educativo e deve ser

realizada de forma que possibilite acompanhar o processo de apropriação do

conhecimento de cada educando, bem como da turma, através de manifestações de

aceitação das diferenças religiosas existentes entre os colegas. Esse processo deve

ser contínuo, diagnóstico e cumulativo, permitindo ao professor planejar intervenções

necessárias no processo de ensino-aprendizagem.

No acompanhamento dos estudantes com necessidades especiais de educação

é fundamental que o professor seja flexível, verifique e valorize o progresso de cada

aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e

suas atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem, respeitando

seu tempo.

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluo se apropriou do conteúdo,

como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção

da realidade social e, como ampliar o seu conhecimento em torno do objetivo de estudo

do Ensino Religioso.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – n 9394, de 20 de

Dezembro de 1996.

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124

BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil. 1967.

BRASIL, Lei n 11645/08 – História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. 2008

POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,

2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS – ENSINO

FUNDAMENTAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de ciências, introduzidas nos currículos de ensino, inicialmente se

apresentaram com caráter informativo (Ghiraldelli Jr, 1991 apud DCC, 2008), e o

conhecimento resultante das pesquisas científicas eram organizados e selecionados e

socializados de formas diferenciadas para as diferentes classes.

Com o advento da “Guerra Fria” o ensino de Ciências, sob influência

estadunidense, passa a ser repensado com preocupação na formação de futuros

cientistas. Nesse contexto, a ciência e a tecnologia foram referenciadas como

atividades imprescindíveis no desenvolvimento econômico, cultural e social, trazendo,

então, os reflexos para a importância do ensino de Ciências. No Brasil, esse contexto

histórico de interferência internacional, justificava a preocupação com o ensino de

Ciências presente nos currículos para a necessidade do conhecimento científico ser

utilizado como instrumento de superação da dependência tecnológica do país (DCC,

2008, p.52).

Com os problemas sociais se avolumando no mundo, entre 1960 e 1980,

relacionados ao meio ambiente, o aumento da produção, à crise energética, aos

movimentos sociais como a revolta estudantil e às lutas antissegregacionista racial, o

ensino de Ciências passa por transformações que redirecionam os objetivos e

encaminhamentos de seu ensino.

O objetivo primordial do ensino de Ciências, anteriormente focado na formação

do futuro cientista ou na qualificação do trabalhador, voltou-se, neste momento

histórico, à análise das implicações sociais da produção científica, com vistas a fornecer

ao cidadão elementos para viver melhor e participar do processo de redemocratização

iniciado em 1985 (DCC, 2008, p.55).

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Segundo Marandino (2005), o ensino de Ciências se caracterizou com o objetivo

da “necessidade de uma cultura científica a um público cada vez mais amplo, como

instrumento de cidadania” (DCC, 2008, p. 49). Assim, compreendemos que muitos

foram os objetivos históricos que fizeram com que o ensino de ciências estivesse nos

currículos de ensino, mas inegavelmente, o ensino de Ciências não poderia estar fora

dele, pois sua necessidade se dá pela própria razão natural de compreensão sobre as

mudanças, manifestações e transformações, naturais e artificiais, do mundo em que

vivemos.

O ensino de Ciências presente nos currículos tem sido analisado por

pesquisadores e educadores das Instituições de Ensino Superior, assim como por

curriculistas das Secretarias de Estado da Educação. Em virtude disso, o estado do

Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Educação e Superintendência Estadual

da Educação, num processo de construção de Diretrizes Curriculares para o Estado, ao

construírem diretrizes para o ensino de ciências, analisou as propostas contidas nos

Parâmetros Curriculares Nacionais acerca dos pressupostos teóricos e metodológicos

desta disciplina e, como resultado dessa leitura concluiu que o ensino de Ciências

sofreu uma desconfiguração pela ênfase dada aos problemas sociais, deixando de

trabalhar conceitos científicos ou abordando-os de maneira superficial. Sendo, assim, a

SEED/Pr. apresenta em sua proposta curricular para o ensino de Ciências a retomada

do estudo disciplinar com ênfase no domínio de conceitos científicos, historicamente

construídos e necessários ao rompimento de obstáculos epistemológicos advindos de

conhecimentos cotidianos e alternativos.

Para essa perspectiva, comparando os processos de investigação científica da

natureza, que se utiliza de diferentes métodos científicos, as DCC apresentam para o

ensino de Ciências, a adoção do Pluralismo metodológico como opção à abordagem

dos conteúdos escolares e sugerem a ampliação de encaminhamentos metodológicos

com o intuito de contribuírem na compreensão dos conceitos científicos e superação

dos conceitos alternativos e cotidianos.

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2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5ª SÉRIE/6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Níveis de organização

ENERGIA

Formas de energia Conversão de energia Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Organização dos seres vivos Ecossistemas Evolução dos seres vivos

6ª SÉRIE/7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros Movimentos terrestres Movimentos celestes

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia Transmissão de energia

BIODIVERSIDADE

Origem da vida Organização dos seres vivos Sistemática

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7ª SÉRIE/8º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Origem e evolução do Universo

MATÉRIA

Constituição da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos

ENERGIA

Formas de energia

BIODIVERSIDADE

Evolução dos seres vivos

8ª SÉRIE/9º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ASTRONOMIA

Astros Gravitação universal

MATÉRIA

Propriedades da matéria

SISTEMAS BIOLÓGICOS

Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética

ENERGIA

Formas de energia Conservação de energia

BIODIVERSIDADE

Interações ecológicas

3. METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico para o ensino dos conceitos científicos se dará

principalmente pela ação do professor, principal agente mediador do ensino, que se

utilizará de diferentes abordagens. Dentre os encaminhamentos necessários, a análise

criteriosa de manuais didáticos, revistas de divulgação científica, livros didáticos e

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129

paradidáticos deverão ser investigados com olhar crítico, a fim de evitar o ensino de

conceitos equivocados.

O professor deverá observar as implicações necessárias à dosagem do trabalho

pedagógico, objetivado para o ensino dos conteúdos, portanto, deverá selecionar os

conteúdos específicos de acordo com o número de aula de cada série, com o

calendário letivo e, com o Projeto Político Pedagógico da Escola.

O ensino dos conteúdos científicos deve ocorrer de maneira integradora, ou seja,

o professor deverá estabelecer as relações do conceito estudado com outros conceitos

que permitem a compreensão de um fenômeno e as inter-relações desses conceitos no

sistema (relações interdisciplinares). Também, deve analisar o aspecto contextual do

fenômeno ou sistema estudado permitindo situar o conhecimento em relação à sua

determinação política, histórica, social e econômica.

No ensino de conceitos científicos também será contemplado aspectos da

História e Cultura Afrobrasileira e Indígena, conforme preconizam as Leis 10.639/03 e

11.645/08 e educação ambiental (Lei 9.795/99).

A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, estabelece na inclusão no currículo

oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afrobrasileira

e Indígena”.

De acordo com o art.1 § 2o, conteúdos referentes à história e cultura afro-

brasileira e dos povos indígenas brasileiros “serão ministrados no âmbito de todo o

currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história

brasileira”.

Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na

Metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos, nas

contextualizações, intertextualidades, pesquisas: biográfico-culturais e etc.

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130

Quanto aos aspectos essenciais ao ensino de Ciências, assim como à formação

do professor, a história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental

complementam-se na prática pedagógica e propiciam melhor integração dos conceitos

científicos escolares.

A variedade de metodologias para a abordagem do conteúdo proporciona vê-lo

sobre diferentes angulos, portanto problematizar uma situação em que exija o uso do

conceito, utilizar a investigação cientifica por meio de pesquisas, promoverem

atividades em grupo, tanto experimentais como de debate e, promover situações

lúdicas sobre o conteúdo, são elementos que valorizam, motiva e promove o ensino

dinamico do conteúdo disciplinar.

O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso de:

Recursos pedagógicos e tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais

como, livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revistas em

quadrinhos, música, quadro branco, mapa (geográficos, sistemas biológicos,

entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho,

desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo telescópio,

televisor multimídia, computador, retroprojetor, entre outros;

Recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é a atividade do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos

científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser continua e

cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante

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aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar

sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado da

avaliação tão somente classificatória e excludente. A investigação da aprendizagem

significativa pelo professor pode ser por meio de problematizações envolvendo relações

conceituais, interdisciplinares ou contextuais, ou mesmo a partir da utilização de jogos

educativos, entre outras possibilidades, como o uso de recursos instrucionais que

representem como o estudante tem solucionado os problemas propostos e as relações

estabelecidas diante dessas problematizações. Dentre essas possibilidades, a prova

pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do estudante e de

diagnostico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos por ele, alem

de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível real

(VYGOTSKY, 1991b). Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e

considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de aula.

As modalidades de avaliação estarão diretamente relacionadas aos objetivos e

os tipo de conteúdo que o professor deseja avaliar, podendo utilizar para isso atividade

de leitura, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto, palestras e

apresentações orais, atividades experimentais, relatórios, seminários, debates,

atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalhos em grupo, questões discursivas,

questões objetivas, sendo que os critérios de avaliação serão estabelecidos

observando-se a série e o conteúdo trabalhado (DCCs, 2008).

Quanto aos Instrumentos utilizados para as atividades de sondagem de

aprendizagem, serão considerados os seguintes critérios:

Numa atividade de leitura dos alunos o professor deve considerar se houve

compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto

por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;

O aluno, ao falar sobre o texto, expresse suas idéias com clareza e sistematize o

conhecimento de forma adequada;

Nas atividades de pesquisa bibliográficas, deve-se considerar se o aluno

compreende os passos de uma apresentação de trabalho científico, expressando

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por meio da escrita, a sistematização da pesquisa e compreendendo a

importância de apresentar conclusões a respeito do que foi pesquisado.

As produções textuais devem obedecer às circunstâncias de produção (gênero,

interlocutor, finalidade, etc.);

A apresentação oral deve expressar a compreensão do conhecimento sobre o

conteúdo abordado com criatividade e deverá cuidadosamente prepará-lo para o

desenvolvimento de habilidades de expressão oral para grupos:

As atividades experimentais deverão proporcionar ao aluno a oportunidade de

fazer conclusões a respeito do fenômeno observado e levantar hipóteses que

poderão ser comprovadas ou testadas com outras atividades experimentais ou

por meio de pesquisa.

Na Pesquisa de campo o aluno deverá ser capaz de compreender os

procedimentos necessários à coleta de dados e o exame do material para a

conclusão do trabalho prático.

O uso de questões discursivas deve considerar se o aluno consegue se

expressar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua

portuguesa.

O uso de questões objetivas deve expressar o quanto o aluno entendeu o

enunciado da questão e analisou minuciosamente as possibilidades

apresentadas.

Relatório - ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se

o aluno atende aos seguintes tópicos:

Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade) que

deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta

atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos

construídos.

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Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se

deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição sucinta,

não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor

compreenda a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma

reflexão que permita o aprimoramento da atividade.

Análise: constam os elementos e situações interessantes que tenham

acontecido. Na analise é importante que se estabeleça as relações entre a

atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem

à atividade em questão.

Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,

confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item

importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho

(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.

A avaliação na inclusão – é fundamental que o professor, dentro desse processo

seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que

inclua uma variedade de situações de aprendizagem.

Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente

e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com

atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações

efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento.

Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em

cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político

Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB,

conforme segue:

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

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escala de 0,0 (zero virgula zero) a 10,0 (dez virgula zero).

Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis

virgula zero).

5. REFERÊNCIAS

CRUZ D. Ciências e Educação Ambiental/obra coletiva. Editora Ática.26ª Ed. São Paulo, 2001. GOWDAK, D. Ciências/obra coletiva. Editora FTDA. São Paulo, 1987.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Ciências. Curitiba, 2008. POLO, Colégio Estadual Unidade – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,

2010. POLO, Colégio Estadual Unidade – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

PROJETO ARARIBÁ: Ciências/obra coletiva. Editora Moderna. 1 ed. 4 v. São Paulo,

2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE - ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A disciplina de Arte nos mostra a necessidade do ser humano se comunicar. E

mais, ela se dá, também, pela necessidade da humanização dos nossos educandos. E

segundo, Arco-Verde (2003), quando o aluno entra em contato com este instrumento, “a

arte”, tende a perceber quem somos e a que viemos. Assim estamos possibilitando a

eles o domínio dos sentidos para a vida; instrumentalizando-os para as batalhas que se

apresentam no dia-a-dia.

A arte possibilita, dentro do seu processo de criação, o recriar do ser humano. E

nessa produção dialética nasce um ser propenso a perceber a si e ao outro.

Acreditamos, também, que o processo histórico de formação desta disciplina é

imprescindível para a compreensão de quem realmente somos.

De acordo com a Diretriz Curricular do Estado do Paraná, arte é uma forma de

expressar emoções, idéias, vivências, entre outros. É também uma forma de

comunicação, presume a capacidade de atingir o outro, de ser compreendida pelo

outro. Essa compreensão só é possível se o outro entende o “código”, se ele domina,

na maior parte das vezes de modo inconsciente, os princípios desorganização da

mensagem. Mensagem que se concretiza seja através de sons, na música, e daí por

diante.

Se o interesse depende da capacidade de compreensão, a distância que a

maioria do povo brasileiro mantém das formas de arte, principalmente daquelas ditas

eruditas, é gerada pela falta de referência adequada que permitam aprender as

linguagens artísticas como significativas. A capacidade de compreender não se deve a

um dom inato ou algo assim; deve-se sim, a certas formas de perceber, de pensar e

mesmo de sentir que dependem da vivência, da experiência de contato com as obras

de arte. Em outros termos, a capacidade de aprender as linguagens artísticas, o que

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podemos chamar de “competência artística”, depende da posse de esquemas de

percepção, pensamento e apreciação que são gerados pela familiarização.

A competência artística depende, assim, do ambiente sócio cultural em que se

vive, uma vez que depende das possibilidades de contato com as obras artísticas. Esse

contato continuado, essa frequência, vai construindo gradativamente a familiarização,

vai formando, lentamente e de forma imperceptível, os referenciais necessários para a

apreensão e compreensão das linguagens artísticas.

Valendo-se de todas as linguagens disponíveis, no momento, nas artes (meios

tecnológicos para sua produção e veiculação) para a construção do pensamento de

uma sociedade realmente preocupada com o seu meio, faz-se a reorganização e

reordenação dos conteúdos em Estruturantes e Básicos em consonância com as

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná(2009), conforme segue:

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Artes Visuais;

Música;

Teatro;

Dança.

3. CONTEÚDOS BÁSICOS

MÚSICA- 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Ritmo

Melodia

Escala: diatônica,

pentatônica,

Greco-romano

Oriental

Ocidental

Africana

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137

Densidade cromática

Improvisação

Indígena

ARTES VISUAIS- 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: pintura,

escultura, arquitetura.

Gêneros: cenas da

mitologia

Arte greco-romana

Arte africana

Arte oriental

Arte pré-histórica

Arte Indígena

TEATRO- 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais

e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço cênico,

adereços.

Técnicas: jogos

teatrais, teatro indireto

e direto,

improvisação,

manipulação,

mascara...

Gênero: tragédia,

comedia e circo.

Greco-romana

Teatro oriental

Teatro medieval

Renascimento

Indígena

Africana

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DANÇA - 5ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de apoio

Movimentos

articulares

Fluxo (livre e

interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e

baixo)

Deslocamento (direto

e indireto)

Dimensões (pequeno

e grande)

Técnica: improvisação

Gênero: circular

Pré-história

Greco-romana

Renascimento

Dança clássica

Indígena

Africana

MÚSICA- 6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico,

Musica e étnica (ocidental e

oriental)

Indígena

Africana

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139

indígena, popular e

étnico

Técnicas vocais:

vocal, instrumental e

mista

Improvisação

ARTES VISUAIS -6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnica: pintura,

escultura,

modelagem, gravura...

Gêneros: paisagem,

retrato, natureza

morta...

Arte indígena

Arte popular

Brasileira e paranaense

Renascimento

Barroco

Africana

TEATRO - 6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERIÓDICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais

e faciais

Ação

Espaço

Representação,

leitura dramática,

cenografia.

Técnicas: jogos

teatrais, mimica,

Comédia dell’arte

Teatro popular

Brasileiro

Paranaense

Teatro africano

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140

improvisação, formas

animadas...

Generos: rua e arena,

caracterização.

Indígena

DANÇA- 6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERIÓDICOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal

Teatro

Espaço

Ponto de apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e pesado)

Fluxo(livre,interrompido

e conduzido)

Lento, rápido e

moderado

Níveis (alto, médio e

baixo)

Formação

Direção

Genero: folclórico,

popular e africano.

Dança popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

MÚSICA-7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Ritmo

Melodia

Indústria Cultural

Eletrônica

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141

Timbre

Intensidade

Densidade

Harmonia

Tonal, modal e a

fusão de ambos.

Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Minimalista

Rap, Rock, Tecno

Indígena

Africana

ARTES VISUAIS - 7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas: desenho,

fotografia, audiovisual

e mista...

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte

Contemporânea

Indígena

Africana

TEATRO - 7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem: expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação no

Cinema e Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos

teatrais, sombra,

adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

Indígena

Africana

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142

DANÇA - 7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e

desaceleração

Direções (frente,

atrás, direita e

esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

Indígena

Africana

MÚSICA - 8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal,

instrumental

e mista

Gêneros: popular,

folclórico e étnico

Música Engajada

Música Popular

Brasileira.

Música

Contemporânea

Indígena

Africana

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143

ARTES VISUAIS - 8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura,

grafite,

performance...

Gêneros: Paisagem

urbana, cenas do

cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte

Latino-Americana

Hip Hop

Indígena

Africana

TEATRO - 8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo,

jogos teatrais, direção,

ensaio,

Teatro-Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Engajado

Teatro do

Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do

Absurdo

Vanguardas

Indígena

Africana

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DANÇA - 8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão (perto e

longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero: Performance

e moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança

Contemporânea

Indígena

Africana

ENSINO MÉDIO

TEATRO – 1ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem: expressões

corporais, vocais, gestuais e

faciais.

Ação

Espaço

Técnicas: jogos

teatrais, teatro direto e

indireto, mímica,

ensaio, Teatro-Fórum

Roteiro

Encenação e leitura

dramática.

Teatro Greco-

Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

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145

Gêneros: Tragédia,

Comédia, Drama e

Épico

Dramaturgia

Representação nas

mídias

Caracterização

Cenografia,

sonoplastia, figurino e

iluminação

Direção

Produção

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do

Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de

Vanguarda

Teatro

Renascentista

Teatro Latino-

Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

Indígena

Africana

DANÇA – 1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e Queda

Giro

Rolamento

Movimentos

articulares

Lento, rápido e

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

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146

moderado

Aceleração e

desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo,

indústria cultural,

étnica, folclórica,

populares e salão...

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança

Contemporânea

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A arte é um instrumento que alavanca os sentidos, as percepções, auxiliando na

construção de sua identidade cultural, independente das diversidades sócio-culturais e

das necessidades especiais. Ao utilizar os recursos artísticos, é importante que ocorra

dentro da visão de ensino-aprendizagem da pedagogia Historico-Critica. Para tanto a

escola deve ser percebida com um todo e vista como um “centro de experiência

permanente”. Deve também possibilitar a co-responsabilidade do professor e aluno no

processo de aprendizagem.

É fundamental que durante as aulas o professor, num primeiro momento, deixe

claro para os alunos a importância do conteúdo, partindo do seu ponto de vista e indo

para a explicação dos porquês e dos como serão os trabalhos. A postura do professor

deve ser a de quem: explica, informa,questiona, corrige. Isso é agir na zona de

desenvolvimento imediato do aluno, segundo Vigotski. Com isso buscar a catarse no

aluno para que este possa explicar, agir e interagir as informações adquiridas com os

colegas, com o professor, com a escola, enfim com o meio que o cerca, o mundo.

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147

Os conteúdos devem ser como já ditos acima, abordados partindo do

conhecimento prévio dos alunos, incluindo as suas idéias pré-concebidas sobre o

ensino da arte. Para tanto a cada conteúdo serão realizadas discussões em sala de

aula sobre a importância que estes na vida prática do aluno. Os trabalhos serão

realizados em por meio de grupos ou individuais, pesquisas, oficinas, visitação a

museus, teatros e bibliotecas; visando a atender a toda diversidade que se encontra na

comunidade escolar. Utilizando também toda tecnologia disponível.

Para Ana Mãe Barbosa ao trabalharmos com o ensino da arte devemos ter em

mente o tripé: do fazer, do sentir e do perceber as dimensões artísticas. Assim, a aula

poderá iniciar por qualquer desses eixos ou pelos três simultaneamente. Uma vez que

para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão

tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da

arte com a linguagem.

Resumidamente o ensino de Artes neste estabelecimento de ensino parte da

concepção das Diretrizes Curriculares adotadas para a disciplina, cabendo ao professor

na sua prática pedagógica considerar:

As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região e as

várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como

produção cultural;

As peculiaridades culturais de cada aluno/comunidade escolar como ponto de

partida para a ampliação dos saberes em arte;

As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos

processos de criação e execução nas linguagens artísticas.

A experimentação como meio fundamental para ressignificação desse

componente curricular levando em conta que esta prática favorece o

desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

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A Arte em toda sua trajetória contou a história da humanidade e o seu meio, e

dentro da disciplina de Artes procuramos contemplar todos os alunos,

independentemente das suas características físicas, mental, social e espiritual,

buscando dentro do social abranger o maior conhecimento, numa obstante se

esquecendo que cada ser é único em seu universo e que respeitar estas diferenças é

nos respeitar. Deixando o fluir das artes aflorarem diante dos alunos para que estes

busquem o conhecimento na compreensão das realidades e que, ao se ampliar sua

sensibilidade, possa discutir assuntos os mais variados com propriedade, aguçando os

seus sentidos.

De acordo com a LDBEN (nº 9.394/96, art. 24, inciso V) e com Deliberação 07/99

do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º.), a avaliação em Arte deverá

levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e

a sua realidade, evidenciados tanto no processo, quanto na produção individual e

coletiva desenvolvida a partir desses saberes. Não obstante, devemos dentre estes

conhecimentos aplicados, reforçarmos a recuperação de conteúdos e não só de notas.

A recuperação de notas fica estabelecida que tenha no mínimo 2 avaliações e máximo

6 avaliações, e que terá valor máximo de cada uma 5,0 (cinco vírgula zero) e de no

mínimo 1,0 (um vírgula zero), isto por bimestre.

Avaliar exige que a façamos formal e informal e contemplar as varias formas de

avaliar, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os

critérios para em seguida, escolherem seus procedimentos, inclusive aqueles referentes

à seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino aprendizagem. E

se tratando de avaliação devemos ter o cuidado de conduzir a teoria de forma

especifica, contextualizando, trazendo para a Arte a realidade de cada sala de aula e

para a realidade de cada aluno e, sendo neste ou no momento oportuno, dispor de

materiais expositivos, para maior clareza e para que possam atuar na pratica com o

conhecimento, diante disso é notório que o professor deva ter um conhecimento de

linguagem artística em questão, bem como da relação entre criador e o que foi criado,

pois sim, que o aluno dentro do conhecimento gerando critérios adquiridos, possa se

expressar de uma forma pessoal, ampla e irrestrita, abandonando a prática pragmática.

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Neste processo oportunizamos o surgir da pessoa crítica, conhecedora de sua

realidade, diante de um social a que envolve, podendo traçar metas, objetivos para

poder mudar a realidade de si e de seus, buscando a felicidade. Isto nos dará com

clareza as soluções das problematizações apresentadas.

Assim a avaliação será contínua, ou seja, se dará constantemente a cada

encontro, e será considerado o avanço individual de cada aluno em relação a suas

potencialidades. E em cada atividade serão focados os pontos determinados pelos

conteúdos estruturantes.

6. BIBLIOGRAFIA

BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação – Mini manual de Pesquisa – ARTE – Uberlândia: Claranto Editora, 2003. CANTELLE, Bruna R. & LEONARDI, Ângela C. Arte Linguagem Visual. São Paulo:

IBEP, 2000. CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia. 8º edição. São Paulo: Editora Ática,1997. D‟ANDREA; Flavio Fortes. Desenvolvimento da Personalidade; enfoque psicodinâmico. 9º edição. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.

MARCHESI JUNIOR, Isaías. Atividade de Educação Artística. São Paulo: Editora

Ática, 1995. MANGE, Marilyn Diggs. Arte Brasileira para Crianças. São Paulo: Martins Fontes, 1995. NEWBERY, Elizabeth. Os segredos da Arte. São Paulo: Ed. Ática, 2004.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Arte do PR – 2009.

POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,

2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ed. Ática. 1990. REVERBEL, Olga. Teatro na Escola. Porto Alegre: Ed. Ática. WELL, Pierre & TOMPAKOW, Roland. O Corpo Fala: A linguagem Silenciosa da Comunicação Não Verbal. 3º edição. Petrópolis: Ed. Vozes, 1973.

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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FISICA - ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O trabalho na área da Educação Física nos faz conceber uma pratica não

apenas como principio esportivo, mas, sobretudo educativo. Pois pensamos a

Educação Física como uma ferramenta gestora de conhecimento e socializadora.

Portanto, fundamental para o bem estar físico e mental dos estudantes.

Atualmente, a análise crítica e a busca de superação dessa concepção apontam

a necessidade de que, além daqueles, se considere também as dimensões cultural,

social, política e afetiva, presentes no corpo vivo, isto é, no corpo das pessoas, que

interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como cidadãos.

O processo de ensino e aprendizagem em Educação Física passa por uma

compreensão que se estabelece nas relações sociais, que requerem ações

pedagógicas a fim de estimular essas relações e, portanto, não se restringe ao simples

exercício de certas habilidades e destrezas, mas sim de capacitar o indivíduo a refletir

sobre suas possibilidades corporais e, com autonomia, exercê-las de maneira social e

culturalmente significativa e adequada.

Trata-se de compreender como o indivíduo utiliza suas habilidades e estilos

pessoais dentro de linguagens e contextos sociais, pois um mesmo gesto adquire

significados diferentes conforme a intenção de quem o realiza e a situação em que isso

ocorre. É necessário que o indivíduo conheça a natureza e as características de cada

situação de ação corporal, como são socialmente construídas e valorizadas, para que

possa organizar e utilizar sua motricidade na expressão de sentimentos e emoções de

forma adequada e significativa. Por isso, é fundamental a participação em atividades de

caráter recreativo, cooperativo, competitivo, entre outros, para aprender a diferenciá-las.

As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram fortemente

influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergente dos séculos XVIII e

XIX. Os exercícios foram sistematizados pela instituição militar e reelaborados pelo

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conhecimento médico dentro de uma visão pedagógica. Para atender aos objetivos de

adquirir, promover e restabelecer a saúde através da atividade física.

Na década de 30, o esporte começou a se popularizar, confundindo-se com a

Educação Física. Houve um incentivo às práticas desportivas com o intuito de promover

políticas nacionalistas para o país. Uma série de medidas foi implantada para ressaltar

o sentimento de valorização da pátria por meio dos esportes.

Essa concepção esportivizada da Educação Física Escolar foi duramente

criticada pela corrente pedagógica da Psicomotricidade, a qual surgia com muita força

no período. Apesar de não apresentar um novo modelo de ensino, a Psicomotricidade

privilegiava o desenvolvimento integral, a partir das relações afetivas, cognitivas e

motoras.

Com o passar do tempo, o panorama foi se alterando. Em meados dos anos 80,

já se pôde falar não só de uma comunidade científica na Educação Física, mas também

no surgimento de tendências ou correntes, suscitando assim os primeiros debates

voltados à criticidade. Nessa época, ainda, o sistema educacional brasileiro passou por

um processo de reformulação, inclusive trazendo uma renovação do pensamento

pedagógico da Educação Física, destacando-se as abordagens desenvolvimentista,

construtivista e crítico-superadora.

No início da década de 90, surge a abordagem crítico-emancipatória, que

considerava o movimento como significativo no processo ensino/aprendizagem, por

estar presente em todas as vivências e relações expressivas que constituem o “ser no

mundo”.

A partir de então, surgem as discussões para a elaboração do Currículo Básico,

que, na área da educação Física, que se fundamentava na pedagogia histórico-crítica,

numa perspectiva progressista e crítica. Mesmo assim, o Currículo Básico apresentava

uma rígida lista de conteúdos, que enfraqueciam os pressupostos teórico-

metodológicos da pedagogia crítica, pois o enfoque privilegiava outras abordagens,

como a desenvolvimentista, crítica e psicomotora.

Um grande marco para a Educação Física foi o documento “Reestruturação da

Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau”, que veio resgatar o compromisso

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social da ação pedagógica da disciplina, consolidando um no entendimento em relação

ao movimento humano.

Houve um retrocesso nos avanços teóricos da Educação Física na década de

90, após a apresentação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que, ao invés

de ser um referencial curricular, tornou-se um currículo mínimo. A inclusão dos temas

transversais, por exemplo, trouxe um esvaziamento dos conteúdos próprios da

disciplina.

Diante desse quadro, cabe à Educação Física interrogar a hegemonia que

entende esta disciplina apenas como treinamento do corpo, garantindo aos alunos o

acesso ao conhecimento produzido pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu

objeto de estudo, Cultura Corporal, a Educação Física deve levar à reflexão crítica das

manifestações culturais historicamente produzidas, contribuindo com a formação de um

ser humano crítico e reflexivo, que se reconhece como sujeito e como agente histórico,

político, social e cultural

Aprender a movimentar-se implica em planejar, experimentar, avaliar, optar entre

alternativas, coordenar ações do corpo com objetos no tempo e no espaço, interagir

com outras pessoas, enfim, uma série de procedimentos cognitivos que devem ser

favorecidos e considerados no processo de ensino e aprendizagem na área de

Educação Física.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – BÁSICOS

2.1 ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos Individuais

Jogos e Brincadeiras Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas Danças de rua Danças criativas Danças circulares

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Ginástica Ginástica rítmica Ginástica circense Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação Capoeira

2.2 ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos Individuais Radicais

Jogos e Brincadeiras Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Dança Danças folclóricas Danças de rua Danças de salão

Ginástica Ginástica artística/olímpica Ginástica de condicionamento físico Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação Lutas que mantêm distância Lutas como instrumento mediador Capoeira

3. METODOLOGIA

Devemos compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo,

sabendo que ela é composta por interações que são estabelecidas nas relações

sociais, levando em consideração os conhecimentos já adquiridos pelos alunos ,

portanto, partindo deles, será feita a abordagem dos conteúdos de Educação Física por

meio ações pedagógicas estimulando a reflexão de formas produzidas pelo ser

humano.

As aulas de Educação Física serão desenvolvidas por meio da discussão e

análise crítica dos conteúdos, aulas práticas com demonstração, explicação,

experimentação, repetição e correção; atividades individuais e em pequenos e grandes

grupos, bem como a apresentação de proposta de trabalho para os alunos através da

dança, artes circenses, dramatizações e canto.

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As tecnologias da informação e comunicação, ofertadas pela escola, tais como

computadores, DVD, TV pendrive, revistas, livros, filmes, aulas práticas em laboratórios

e informática, dentre outras, serão introduzidas para facilitar o ensino e a aprendizagem

dos conteúdos programáticos.

O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos

os alunos a possibilidade de aprendizagem. Conceber e praticar uma educação

democrática e universalizada pressupõe a prática de métodos e técnicas de ensino

abertos e flexíveis, os quais estejam comprometidos com o atendimento das

necessidades educacionais de todos os alunos, sejam eles com necessidades

especiais ou não.

As ações de adequações/flexibilizações a serem realizadas nos componentes

curriculares desta disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades

dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com

os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando,

quando necessário, o atendimento dos serviços e apoios educacionais especializados

que constituem a rede de apoio da Educação Especial do Paraná, conforme

apresentado nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de

currículos inclusivos.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação tem como premissa o diagnóstico do processo ensino-aprendizagem

e a investigação da prática pedagógica, objetivando fornecer informações e dados

necessários à reflexão docente, assim como, conscientizar o educando sobre suas

potencialidades e possibilidades.

Essa identificação serve para o professor propor revisões e novas elaborações

de conceitos e procedimentos, ainda parcialmente consolidados.

Assim, é fundamental que o processo de avaliação ocorra de forma diagnóstica e

formativa, envolvendo um trabalho que inclua uma variedade de situações de

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aprendizagem, tais como a compreensão de definições, estabelecimento de relações,

argumentação oral; as explicações, as justificativas e o uso de recursos tecnológicos.

Para tanto, serão utilizados instrumentos de avaliação como testes práticos e

teóricos, participação efetiva dos alunos nas atividades propostas e apresentação de

trabalhos práticos e teóricos, incluindo seminários.

A recuperação dos conteúdos será realizada através da retomada e reforço dos

mesmos, investindo em novas estratégias e recursos, com a modificação de

encaminhamentos metodológicos, para que o aluno aprenda e, em conseqüência,

recupere também sua nota.

Serão levados em conta possíveis fatores que dificultem ou impossibilitem o

aluno de realizar determinados tipos de atividades com o mesmo nível de desempenho

dos demais, como, por exemplo, disfunções na coordenação motora geral, distúrbios

psíquicos e emocionais e incapacidade física temporária ou permanente.

5. REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS: CAFIELD, J. T. Aprendizagem Motora. Santa Maria, 1981. DAÓLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995. DIETRICH, K. Os grandes jogos. Metodologia e prática. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1987. DIETRICHKEIT, K. T. Harmonizando o Corpo: Exercícios Simples Resultados Práticos. Editora Letras. Curitiba 1998.

GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Controle do peso corporal, composição corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf, 1998.

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo. Cortez, 1991.

Metodologia de Ensino de Educação Física/ Coletivo de Autores, Editora Cortez,

São Paulo, 1992.

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PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Física para a Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2008.

POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,

2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

Revista Brasileira de ciências do Esporte, Campinas, Colégio Brasileiro de Ciências no Esporte, 1979. TEIXEIRA, H. V. Educação Física e Desportos. São Paulo: Saraiva 1996.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA -

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Desde a antiguidade os grupos humanos precisam criar estratégias para se

relacionarem com a natureza. Para os povos caçadores e coletores, a interpretação dos

fenômenos naturais lhes garantia a sobrevivência, portanto era fundamental a

observação da dinâmica das estações do ano e o conhecimento do ciclo reprodutivo da

natureza. Para os povos navegadores e predominantemente pescadores, conhecer a

direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas lhes

favoreceu, assim como para os primeiros povos agricultores, entender o clima e a

alternância entre períodos secos e chuvosos, foi essencial. Através desses

conhecimentos, os seres humanos conseguiram se relacionar com a natureza e

modificá-la de acordo com o seu interesse.

Na antiguidade muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos.

Ampliaram-se os conhecimentos sobre a relação dos seres humanos com a natureza,

extensão e características físicas e humanas dos territórios. Estudos descritivos das

áreas conquistadas, de informações sobre a localização, o acesso e as características

das cidades e regiões dos impérios, eram conhecimentos fundamentais para suas

organizações políticas e econômicas.

Ao longo dos anos, desenvolveram-se outros conhecimentos como a elaboração

de mapas, discussões a respeito das características do Planeta, da distribuição de

terras e águas, cálculos sobre latitude, definições climáticas e outros.

O ensino da geografia já esteve focado na descrição do espaço, na formação e

fortalecimento do nacionalismo, para a consolidação do Estado Nacional brasileiro,

principalmente nos períodos dos governos autoritários. Esse modo de ensinar ficou

conhecido como Geografia Tradicional e prevaleceu até o início dos anos de 1980.

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A geografia evoluiu e se transformou ao longo dos anos, passando de uma

Geografia Tradicional para uma Geografia Crítica, que a princípio não foi bem aceita

pelos professores, visto que ainda se encontravam despreparada para essa mudança.

A geografia enquanto disciplina isolada não pode abarcar a totalidade dos

fenômenos físicos, biológicos e humanos que ocorrem sobre a superfície terrestre.

Enquanto a geografia humana procura se aproximar das ciências sociais, a geografia

física se volta para os métodos de análise das ciências naturais.

O desafio é integrar essas duas áreas de conhecimento numa perspectiva de

construção de um pensamento interdisciplinar que contemple as noções de espaço,

tempo e lugar, no Brasil e no mundo e o estudo das transformações contemporâneas.

A partir do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de geografia,

pressupõe-se que o aluno consiga se localizar no espaço, se posicionando de forma

crítica e construtiva diante de sua realidade, compreendendo a necessidade de

preservar os recursos naturais e utilizando-os de forma consciente. O aluno deverá

também se posicionar diante das novas tecnologias, tornando-se um cidadão que

exerça corretamente o seu papel na sociedade. Para tanto, é necessário que ele saiba

ler e interpretar mapas, gráficos, tabelas, além de textos que abordem temas como

cultura afro-brasileira, meio ambiente, política, dentre outros.

Atualmente, a forma como a geografia é ensinada nas escolas proporciona aos

alunos, maior participação nas aulas, pois os conteúdos são abordados de maneira

mais fácil de serem compreendidos, sendo relacionados com seu cotidiano, para formar

cidadãos mais críticos, preparados para se orientarem no espaço, conquistarem seu

lugar na sociedade, respeitando e preservando o ambiente em que vivem.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

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Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

3. CONTEÚDOS BÁSICOS

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE/6º ANO

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico;

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade

cultural;

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

6ª SÉRIE/ 7º ANO

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

Movimentos migratórios e suas motivações;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

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A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço

geográfico;

A circulação da mão-de-obra, das mercadorias e das informações.

7ª SÉRIE – 8º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

continente americano;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais eu papel do estado;

O comercio em suas implicações socioespaciais;

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

Movimentos migratórios e suas motivações

8ª SÉRIE – 9º ANO

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado;

A revolução tecnico-cientifico-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

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As manifestações socioespaciais da diversidade cultural

Movimentos migratórios e suas motivações;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e

a (re) organização do espaço geográfico;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

O espaço em rede: produção, transporte, e comunicação na atual configuração

territorial.

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem,

a (re) organização do espaço geográfico;

A formação e transformação das paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de

exploração e produção.

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

2ª SÉRIE

A revolução técnico-científica informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial;

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;

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A formação e transformação das paisagens;

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização;

3ª SÉRIE

A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

O comércio e as implicações sócio-espaciais

As implicações socioespaciais do processo de mundialização

A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.

3. METODOLOGIA

A Geografia apresenta um duplo desafio: a integração às demais áreas do

conhecimento, na perspectiva da construção de um pensamento interdisciplinar, capaz

de superar a divisão entre as ciências e a discussão interna, acerca da relação entre

Geografia Humana e Geografia Física.

O professor de Geografia deve entender o seu papel no ensino, ter

conhecimento profundo do campo do qual é especialista, pois é ele que estabelecerá

interfaces com as demais disciplinas.

O conteúdo da Geografia é o mundo, o espaço e sua dinâmica contínua. O

caminho do geógrafo tem que ser repensado e as alternativas para isso são múltiplas.

Quanto ao ensino, de nada adianta trabalhar sobre uma estrutura tradicional, se os

alunos são jovens que vivem num mundo, onde as mudanças ganham cada vez mais

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velocidade e que quando adultos, viverão numa sociedade mais desafiadora. É preciso

romper com a atual estrutura e habilitá-los a pensar e a agir.

O ensino da Geografia é fundamental para que o aluno possa viver melhor em

sociedade; compreendendo o mundo, posicionando-se como agente transformador,

localizando-se no espaço, reconhecendo e transitando entre as diferentes escalas

espaciais, atuando criticamente e compreendendo a relação sociedade/ natureza. Os

conceitos de espaço geográfico, paisagem, região, lugar e território, são fundamentais

para que o aluno entenda essas escalas. Da observação do meio, da sua localização, a

Geografia levará o aluno a conhecer o ambiente que o rodeia e a buscar caminhos para

apropriação do domínio espacial.

No desenvolvimento dos conteúdos, o professor trabalhará no sentido de

constatar que a sociedade, ao ocupar um determinado lugar de acordo com seus

interesses e necessidades, vai modificar esse espaço, alterando assim a natureza.

Serão usados recursos e algumas práticas pedagógicas que facilitarão o aprendizado,

como: recursos áudio visuais (filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e

imagens em geral (fotografias, slides, charges, ilustrações), jornais, tv pendrive,

relatórios, debates, seminários, interpretação de textos, projetos e pesquisas

bibliográficas, laboratório de Informática, aula de campo, a literatura, a cartografia,

revistas e visitas à comunidade, e ao espaço físico da escola, analisa-se com os alunos,

as mudanças ocorridas no seu meio, relacionando-as com o estado de conservação

e/ou degradação da superfície terrestre. O professor deverá também, mostrar quais as

mudanças que a natureza sofreu e qual o aproveitamento que a sociedade faz dela. O

estudo das inovações tecnológicas torna-se fundamental para a compreensão das

transformações espaciais, sejam elas em escala estadual, federal ou global.

Partindo do ponto de vista, de que vivemos em uma sociedade globalizada,

torna-se necessário que o aluno, apresentando ou não necessidades educacionais

especiais, seja preparado para enfrentar essa realidade de forma crítica e construtiva,

pois o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar a todos os

alunos possibilidades de aprendizagem.

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As ações de adequação/flexibilização a serem realizadas nos componentes

curriculares dessa disciplina serão realizadas a partir dos interesses e possibilidades

dos alunos matriculados em cada série/ano. Portanto, as decisões serão coletivas com

os professores de todas as disciplinas e a equipe pedagógica da escola, buscando,

quando necessário, o atendimento dos serviços educacionais especializados que

constituem a rede de apoio da Educação Especial no Paraná, conforme apresentado

nas Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos

Inclusivos.

Conforme a Lei 11.645/2008; são imprescindíveis que nas aulas de geografia

sejam trabalhados os conteúdos da história e cultura afrobrasileira e indígena sempre

que houver possibilidade de abordagem dos mesmos.

Torna-se importante também que de acordo com os conteúdos trabalhados seja

enfocada a geografia do Paraná, todas as vezes que for possível contemplá-la.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é um momento de grande importância no processo ensino

aprendizagem. É necessário que esteja presente em todas as etapas, para que o aluno

e o professor percebam em que grau está envolvido.

Sendo a avaliação um processo permanente, torna-se necessário iniciá-lo

mesmo antes de introduzir novos conteúdos para avaliar os conhecimentos já

adquiridos pelos alunos.

No que diz respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser compreendida

como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o

que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse sentido as

avaliações ocorrerão nas modalidades:

Formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de

diferentes instrumentos avaliativos;

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Contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do

período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do

desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

Diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se

a metodologia está dando resultados efetivos e a partir destas constatações

tomam-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho,

Formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo

para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar

sobre as ações e não o resultado;

Somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos

no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível

de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece feedback ao

aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o

que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,

parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de

aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.

Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes

instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:

1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a

compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se necessário a

escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação, de forma a

permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de conhecimento.

Os critérios a serem observados em relação ao aprendizado do aluno são:

Compreende as idéias presentes no texto e interage com o texto por meio de

questionamentos, concordâncias ou discordâncias;

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Ao falar sobre o texto expressa suas idéias com clareza e sistematiza o

conhecimento de forma adequada;

Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.

2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige

enunciados claros e recortes precisos do que se pretende.

Quanto aos critérios do aluno, observa-se:

A contextualização - identifica a situação e o contexto com clareza;

Ao problema - apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;

A justificativa - aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;

Na escrita - remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases,

referenciando-os adequadamente.

3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a

característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Portanto,

precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo aos diferentes

gêneros textuais.

Critérios a serem observados na produção do aluno:

produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidade, etc.)

consegue adequar a linguagem às exigências do contexto de produção,

dando-lhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo

especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;

expressa as idéias com clareza (coerência e coesão);

elabora argumentos consistentes;

estabelece relações entre as partes do texto;

estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

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4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral

possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo abordado,

bem como argumentar, organizar e expor suas idéias.

Na avaliação dos alunos se observa os seguintes critérios:

demonstra conhecimento do conteúdo;

apresenta argumentos selecionados;

demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;

faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e

propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando em

consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa.

Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno

experimentado, do conceito a ser construída ou já construída, a qualidade da interação

quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.

Ao realizar seu experimento do aluno, se observa os critérios:

registra as hipóteses e os passos seguidos;

demonstra compreender o fenômeno experimentado;

sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ;

consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários.

6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento prévio

que demande a busca de informações nos lugares que se pretende trabalhar. Nesse

sentido, colabora para a construção de conhecimentos e formação dos alunos como

agentes sociais.

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Os critérios a ser analisada em relação ao aluno ao proceder sua pesquisa de

campo, são:

registra as informações, no local de pesquisa;

organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;

apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua

capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;

atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório, elaboração

de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros).

7- O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida,

auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a reflexão

sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento.

No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou

desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados

podem-se extrair deles.

São elementos do relatório a introdução, metodologia e materiais, análise e

considerações finais.

Ao avaliar o aluno, analisa:

aponta quais os objetivos da atividade, bem como a relevância do conteúdo

abordado faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu

relatório, e dos conceitos construídos;

descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade

desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está falando,

ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos

resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões

teóricas que deram origem à atividade em questão.

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8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-

se de uma discussão rica de idéias, na qual cada um participa questionando, de modo

fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em contato direto

com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.

Os critérios a ser analisados na produção dos alunos, em relação às replicas,

são:

apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos

textos utilizados);

demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação faz

adequação da linguagem;

demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa;

traz relatos para enriquecer a apresentação;

faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do

grupo que assiste a apresentação.

9. Debate – possibilita a exposição de idéias, avaliação dos argumentos,

permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é

preciso garantir a participação de todos.

Critérios a ser analisados. O aluno:

aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os pensamentos

divergentes;

ultrapassa os limites das suas posições pessoais;

explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua

posição;

faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;

busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições

particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível

entre as posições dos participantes;

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registra, por escrito, as idéias surgidas no debate;

demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;

apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação

com o conteúdo da disciplina.

10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo

que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa por três

momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da

atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de

avaliação.

Os critérios a serem observados no aluno

compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;

faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto

literário lido;

reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,

documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso escolhido, é

preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem

apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que

existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor.

Os critérios para avaliação do aluno são:

compreende e interpreta a linguagem utilizada;

articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual;

reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

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12. Trabalho em grupo - desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na

tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de

aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno a

compartilhar seu conhecimento.

O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam

elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos

e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.

Quanto aos critérios, o aluno:

interage com o grupo;

compartilha o conhecimento;

demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de

aula, na produção coletiva de trabalhos;

compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e

sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da

interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva

possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo

aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.

Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor

identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância

pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

Em relação aos alunos, os critérios a serem observados são:

Realiza leitura compreensiva do enunciado;

Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;

Utiliza de conhecimentos adquiridos;

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Compreende o enunciado da questão;

Planeja a solução, de forma adequada.

Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da

língua portuguesa.

Sistematiza o conhecimento de forma adequada

14. Questões objetivas - Esse tipo de questão tem como principal objetivo a

fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,

usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do

que foi solicitado.

Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um

bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada

para cada série com vistas a não cometer injustiças.

Critérios a ser analisados quanto a aprendizagem do aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado;

Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;

Utiliza de conhecimentos adquiridos.

Desta forma, toda atividade trabalhada, seja de interpretação e produção de

textos, em que o aluno compreenda as idéias presentes no texto e interage com o texto

por meio de questionamentos, concordâncias e discordâncias. Interpretação de fotos,

imagens, tabelas e mapas, que o aluno compreenda e interprete a linguagem utilizada,

reconheça os recursos expressivos e específicos. Pesquisa bibliograficas, identifique a

situação e o contexto com clareza. Relatórios de aulas de campo, descrever com

clareza como se deu o trabalho ou atividade desenvolvida possibilitando ao leitor a

compreensão do que se está falando, ou para uma reflexão que permita que se

aprimore a atividade. Apresentação e discussão de temas em seminários demonstrem

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consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas. Construção,

representação e análise do espaço através de maquetes, o aluno demonstra os

conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva

de trabalhos. Nas questões discursivas, realizará leitura compreensiva do enunciado,

demonstrando apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo. Objetivando

também o atendimento dos alunos com necessidades especiais, considerando a

especificidade de cada um.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Lucia Marina Alves de. Geografia Geral e do Brasil. Volume único. Editora

Ática. São Paulo, 2005. http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010. LEVON, Boligian. Et. al. Introdução à ciência geográfica. São Paulo: Atual. 2002. MAACK, Reinhard. Geografia F si o Est o o r n . 2. ed.

apresentac ão, Riad Salamuni ; introduc ão Aziz Nacib Abʼ Sabber. 1981. MEC. Projeto Araribá: Geografia. 1ª ed. São Paulo: Moderna. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia. SEED. Curitiba, 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED, 2006. PARANÁ. Livro Didático Público. Geografia. 2ª Ed. Curitiba: SEED – PR, 2006. PASSINI, Elza Y. Alfabetização cartográfica. Belo Horizonte: Lê, 1994. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,

2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. SANTOS, Milton. Metamorfose do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1991. VESENTINI, José William; VLACH, V. Geografia crítica. São Paulo.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA - ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O desvelamento das contradições da sociedade contemporânea quanto a

“desumanização do homem” e sua relação com a natureza nos instiga a buscar

compreensão dos modelos de organização nos diferentes tempos e espaços. É neste

contexto que a História propicia a análise das ações humanas no tempo e a

interpretação científica pelos alunos, bem como da sua própria história e da sua

realidade.

A compreensão dos interesses políticos, econômicos, ideológicos na produção

historiográfica e dos referenciais científicos na elaboração e prática da disciplina da

História garante uma visão crítica sobre a mesma, consequentemente no processo de

formação do aluno, contribuindo com a superação do senso comum.

No Colégio Estadual Unidade Polo o ensino da disciplina de História propicia o

acesso aos saberes científico, filosófico e artístico, que interagem com o saber popular,

e, é neste processo dinâmico de ensino-aprendizagem que se constrói a consciência

crítica sobre a história das sociedades. Com esse trabalho os alunos devem ter

condições de “identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de

poder neles existentes, bem como intervenham no mundo histórico em que vivem,

de modo a se fazerem sujeitos da própria História”. (DCE, 2008, p.83)

As ações pedagógicas promovem a interação entre professor e aluno, pelo uso

das diversas linguagens levando a compreensão das contradições entre conceitos e

valores na sociedade atual, as possibilidades de transformação e as relações entre os

sujeitos a partir da relação feita com outras sociedades. A investigação historiográfica

oportuniza o aluno à reflexão e interpretação das ações humanas. O uso de diversas

fontes históricas que a disciplina tem a lhe oferecer oportuniza a formar suas idéias

próprias e expressá-las por narrativas históricas.

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2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relação de trabalho, de poder e relações culturais

3. CONTEÚDOS BÁSICOS

ENSINO FUNDAMENTAL:

5ª SÉRIE/6ºANO

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

Povos pré-colombianos

África Antiga

6ª SÉRIE/7º ANO

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

Povos americanos/sociedade americanos

Reinos Africanos

7ª SÉRIE/8º ANO

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

Paraná na formação do estado brasileiro

8ª SÉRIE/9º ANO

A constituição das instituições sociais e políticas

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A formação do Estado democrático.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

Dominação imperialista na África e descolonização

ENSINO MÉDIO:

1ª SÉRIE

Conceito de trabalho

Trabalho livre, escravo, servil, assalariado, „socializado‟

Organização das sociedades primitivas

Formação do Estado e das instituições

2ª SÉRIE

Dominação econômica e cultural européia

Urbanização e industrialização

Processo de industrialização no processo de organização do sistema capitalista

Crise e fim de impérios e reinos americanos, africanos e asiáticos

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

3ª SÉRIE

Movimentos sociais, políticos e culturais

Cultura e religiosidade

Transformações do trabalho no mundo contemporâneo

4. METODOLOGIA

O ensino da História oportuniza ao aluno individual e socialmente a reflexão e a

interpretação das ações humanas e a importância do uso de diversas fontes históricas

na formação de idéias próprias e na construção de narrativas históricas. Colabora com

as práticas escolares da disciplina o uso criterioso de recursos didáticos e tecnológicos

como documentos, imagens, músicas, textos literários e jornalísticos, filmes, entre

outros.

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O encaminhamento metodológico será a seleção de temas e problematização,

atendendo as especificidades das turmas e dos conteúdos básicos, para isso o

desenvolvimento deste trabalho podemos utilizar instrumentos diferenciados (narração,

descrição, argumentação, pesquisa, relatório, trabalho em grupos, questões discursivas

e objetivas) para concretizarmos a proposta inicial da disciplina.

A compreensão e análise do conteúdo estabelecem relações entre o

conhecimento científico e do cotidiano, os diálogos dos sujeitos expostos nas fontes

estudadas, o reconhecimento das linguagens que articulam conceitos e conteúdos e

criação de hipóteses para um determinado tema histórico.

As ações pedagógicas realizadas na escola promovem a interação entre

professor, aluno e outros segmentos da comunidade escolar, reconhecidos e

expressados por diversas linguagens, que levam a compreensão dos confrontos entre

conceitos e valores da sociedade atual, as possibilidades de transformação e as

relações entre os sujeitos a partir da relação feita com outras sociedades. Temos assim,

o processo de ensino-aprendizagem da História com consciência histórica e crítica,

atribuindo valorização dos diversos segmentos sociais presentes na escola pública,

democrática, igualitária, em consonância com a inclusão dos alunos com necessidades

educacionais especiais, às comunidades afro-descendentes e indígenas e aos

segmentos desprivilegiados sócio-economicamente, ao cumprimento a lei n. 11645/08 e

13381/01. A disciplina irá explorar, com os alunos, os elementos da história indígena,

africana e/ou da presença deles na História local, do Paraná e do Brasil que eles já

tenham estudado. A exploração do conteúdo é apenas um ponto de partida para a

discussão e levantamento das fontes e dos documentos sobre o objeto de estudo que

poderá ser fundamentada em conhecimentos anteriores dos alunos, de acordo com os

conteúdos previstos no currículo de História, como:

História indígena e africana, incluindo elementos da cultura e análise do espaço

geográfico, costumes e tradições; verificação da influência dos saberes das

comunidades tradicionais nas sociedades quilombolas e reservas indígenas

(variando de acordo como ano/série dos alunos).

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Escravidão Africana e Indígena no Período Colonial e/ou no Período do Império.

As lutas e as formas de resistência, e elementos da cultura trazidos pelos

africanos, bem como as vivencias dos indígenas.

Trabalho com história oral e construção de narrativas históricas produzidas pelos

alunos; apresentar músicas brasileiras de ritmos de origem africana e indígena.

Exposição dos conhecimentos construídos, utilizando como estratégia: livros de

memórias, assistirem a vídeos de danças indígenas, afro e folclórico,

apresentarem lendas, como do Maculelê, Boi Bumba, através de DVD; Conhecer

e ouvir músicas indígenas, afro e folclórico, assim como os instrumentos

característicos de cada um deles.

Criação da coreografia de danças; apresentações artísticas.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação disciplina de História deve ser formal, processual, continuada e

diagnóstica, atendendo ao Projeto Político Pedagógico da escola e contemplada no

Plano de Trabalho Docente com registro formal e criterioso. Assim, o professor

acompanha o processo, percebendo o quanto cada educando desenvolveu na

apropriação do conhecimento histórico e a interação ocorrida com o seu conhecimento

pessoal.

No Ensino Básico a disciplina de História deve propiciar ao aluno o entendimento

entre as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais nos

diferentes tempos e espaços. Estão articulação constitui o processo de construção do

conhecimento histórico. Ele compreende que o estudo do passado se realiza a partir de

questionamentos feitos no presente, com a análise de diferentes documentos históricos

e suas diferentes interpretações historiográficas.

As categorias de avaliação como cronologia, testemunhos, conteúdos

estruturantes, linguagens e conceitos históricos, método históricos, semelhanças e

diferenças, continuidade e mudanças e identificação, permeiam o trabalho didático do

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professor cumprem o papel e a importância da disciplina escolar de História em acordo

com as teorias críticas da historiografia contemporânea.

A recuperação é o instrumento de retomada do conteúdo proposto inicialmente

com a utilização de determinado instrumento avaliativo, para contemplar o processo de

ensino-aprendizagem não efetivado. Cabe ao professor reorientar sua prática com

outras estratégias avaliativas para garantir ao aluno a sua aprendizagem, não

esquecendo que o tempo.

6. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

O professor utilizará diferentes instrumentos avaliativos como, leitura e

interpretação de textos historiográficos e literários, análise de mapas e documentos

oficiais, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de

conceitos históricos, apresentação oral ou seminários, questões objetivas e discursivas,

atividades de campo, trabalho em grupo.

As atividades avaliativas e de Recuperação serão explicitados no Plano de

Trabalho Docente para cada série para garantir o processo de ensino aprendizagem o

atendimento das expectativas dos alunos para o reconhecimento das ações sociais,

políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Portanto, os conteúdos

básicos como os movimentos sociais, políticos e religiosos e culturais, as guerras e

revoltas contribuem para a reflexão de confrontos dos diferentes processos de

constituição dos elementos que constituem as relações históricas, inclusive analisando

as ações organizadas na contemporaneidade.

O processo avaliativo deve respeitar as diferenças sociais, culturais e pessoais

(física e cognitiva) dos alunos utilizando instrumentos diversos, pois cada indivíduo

possui uma forma de expressar o seu aprendizado e estas diferenças devem ser

valorizadas, para que o aluno possa desenvolver sua auto-estima e consequentemente

o seu aprendizado escolar.

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7. REFERÊNCIAS ARCO-VERDE, Y. F. de S. Introdução as Diretrizes Curriculares. Superintendente da Educação da SEED-PR. BOULOS JÚNIOR, A. História: sociedade e cidadania. 1ª ed. São Paulo: FTD, 2006.

BUENO, E. Náufragos, Traficantes e Degredados. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.

FENELON, D. 50 Textos de história do Brasil. São Paulo: HUCITEC, 1974.

FORSTER, E. M. Passagem para a Índia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 981

FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1977. v.1 e 2.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas:

Autores Associados, 2007. HECKER, A. Ditadura (Teoria), in: Enciclopédia de Guerras e Revoluções do século XX: as grandes transformações do mundo contemporâneo. SILVA, F. C. T. da

(org.). Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. LIBÂNEO, J. C. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a Teoria Histórico-Cultural da Atividade e a contribuição de DAVYDOV, V. In: Revista

Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 27, 2004 MEGALE, N. B. Folclore brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1999. MELLO E SOUZA, L. de (org). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. Das Letras, 1997. v. 1. MONTELLATO, A. R. D. História Temática: Diversidade Cultura e Conflitos. São

Paulo: Scipione, 2000. NOVAES, Carlos Eduardo e LOBO, César. Cidadania para principiantes: a história dos direitos do homem. São Paulo: Ática, 2003.

MEC. Projeto Araribá: História/Obra coletiva. 1ª edição. São Paulo: Moderna, 2006

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Curitiba:

Departamento de Educação Básica/ SEED, 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. SEED, 2008 PINSKY, J. e PINSKY, C. B. História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2005. POVOS indígenas no Brasil: 1991 a 1995. São Paulo: Instituto Socioambiental, 1996.

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181

POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

RODRIGUES, J. E. História em Documento – Imagem e Texto. São Paulo: FTD,

2002. SCHMIDT, M. Nova História Crítica. 2ª edição. São Paulo: Ática6, 2004. SILVA, F. A. História Moderna. São Paulo, 2001. SOUZA, Herbert de. Revoluções da Minha Geração. São Paulo: Moderna, 1990.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa desde as últimas décadas do século XIX, quando passou a

integrar os currículos escolares, teve diferentes enfoques. Inicialmente, ocupava um

espaço pouco significativo e fragmentava-se entre Gramática, Retórica e Poética. A

industrialização passou a requerer uma ampliação escolar a camadas maiores da

população, e a educação passou a conceder a cada classe o nível linguistico que lhe

era necessário, privilegiando o estudo do funcionamento da língua padrão através do

ensino de gramática.

A partir da década de 60, a concepção tecnicista baseada em exercícios de

memorização impunha uma formação acrítica e passiva. A Lei 5692/71 aprofundou a

idéia do ensino voltada à qualificação para o trabalho e a concepção de linguagem

como meio de comunicação.

Ainda na década de 70, discutiam-se novas teorias como a Sociolinguistica,

Análise do Discurso, Semântica e a Linguistica Textual, mas os livros didáticos

continuaram a reproduzir as concepções tradicionais de linguagem. Poucas inovações

foram observadas na prática de produção de textos.

No final dos anos 70, inícios de 80, nos meios acadêmicos, intensificaram-se os

estudos, principalmente de Bakhtin, em torno da natureza sociológica da linguagem.

O Currículo Básico do Paraná, em 1990, orientava um trabalho focado na leitura

e produção, voltado ao domínio de falar, ler e escrever.

Os PCNs, também fundamentavam a proposta de Língua Portuguesa nas

concepções interacionistas, porém propunham o trabalho com modelos

preestabelecidos, abordando apenas aspectos formais do texto, excluindo-o do seu

contexto social.

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As Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa, propõem novos

posicionamentos em relação às práticas de Ensino, enfatizando a língua viva, dialógica,

em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva.

Dessa forma, o trabalho na disciplina será pautado na concepção de linguagem

como forma de interação entre as pessoas. A linguagem passa a ser considerada em

sua relação com os sujeitos que a utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja,

o contexto de produção do enunciado ou do discurso. Esse por sua vez, materializa-se

em práticas discursivas no texto, daí a necessidade de o texto ser entendido e

trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do sujeito e de

relações sociais.

Assim sendo, o trabalho com a língua deve considerar as práticas linguisticas

que os alunos trazem ao ingressar na escola, propiciar a inclusão de conceitos e

definições necessários ao uso da norma padrão, aprimorar sua competência linguistica

propondo-se uma prática significativa com gêneros textuais orais, escritos e imagéticos

no intuito de que o aluno passe a sentir-se inserido em determinada realidade, sendo

capaz de interagir com ela, ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo o

senso crítico com relação ao outro e a si mesmo.

Nessa perspectiva, o papel da disciplina é essencial na educação formal do

indivíduo, já que a linguagem permeia todas as atividades humanas, em todas as

esferas sociais. Além disso, no âmbito escolar, a linguagem, seja oral, seja escrita, é

uma ferramenta indispensável para o letramento e a construção de conhecimentos nas

mais diferentes áreas e disciplinas.

Nesse processo de ensino e aprendizagem, a ação pedagógica referente à

linguagem, portanto, precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que

possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e escrita.

A leitura é um processo que implica uma resposta do leitor ao que ele lê, é

dialógico, acontece num tempo e num espaço. No ato de leitura, um texto leva a outro e

orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo texto,

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participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber com a sua

experiência de vida.

Na oralidade tomam-se como ponto de partida os conhecimentos linguisticos dos

alunos, para promover situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da

variedade de linguagem que empregam em suas relações sociais, mostrando que as

diferenças de registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e

que é importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.

A escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das

experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas.

A produção textual começa no contato do aluno com a maior variedade de

gêneros discursivos possíveis, cabe ao professor mostrar o papel desses gêneros no

processo social de interação verbal, como forma de garantir a adequação discursiva do

aluno, para as mais variadas situações de interação socioverbal a que ele poderá ser

exposto dentro e fora dos limites escolares.

Quanto à análise linguistica é preciso trabalhar com a gramática, com a

compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado com elementos

gramaticais na sua função real no interior do texto, ligando palavras, frases, parágrafos,

retomando ou avançando ideias defendidas pelo autor, observando unidade temática e

unidade estrutural.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE, CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICO E AVALIAÇÃO

ENSINO FUNDAMENTAL

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5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS: LEITURA LEITURA

Cartão postal

Blog, diário,

Receita culinária

Fábulas

Anedotas

Anúncios publicitários

Poema

Convites

Tiras

Histórias em quadrinhos

Relatos cotidianos

Letras de músicas

Trava-línguas

Parlendas

Provérbios

Causos

Textos imagéticos Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:

Bilhetes

Cartas

Contos maravilhosos

Resumos

Cartazes (com o nível de complexidade adequado à série.) LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade; • Argumentos do texto; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Léxico;

• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos; •Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Contextualização do tema com a atualidade; •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhamento da produção do texto; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das

Espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Identifique a idéia principal do texto.

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse as ideias com clareza; • Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: − às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); − à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.

ORALIDADE Espera-se que o aluno:

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• Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Argumentatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Divisão do texto em parágrafos; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: pausas, entonação, gestos...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

ideias, dos elementos que compõem o gênero. • Análise da coesão e coerência da produção textual, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas tipicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade; • Compreenda argumentos no discurso do outro; • Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; • Respeite os turnos de fala.

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6ª SÉRIE/7º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA LEITURA

História em quadrinhos

Mitos

Poema-imagem

Campanha comunitária

Texto de opinião

Debate

Seminário

Entrevista

Conto

Notícia

Charge

Tiras

Cartaz

Relato cotidiano

Textos imagéticos (fotos, (gravuras, mapas) Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:

Quadrinhas

Poemas

Contos fantásticos/de mistério

Relatório (com o nível de complexidade adequado à série.) LEITURA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Informações explícitas e implícitas; • Discurso direto e indireto; • Elementos

•Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando o léxico e considerando os conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões sobre: tema e intenções; • Contextualização de produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Contextualização do tema com a atualidade, com as diferentes possibilidades de sentido (ambiguidade) e com outros textos; • Socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estímulo ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhamento da produção do texto;

Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome,

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composicionais do gênero; • Repetição proposital de palavras; • Léxico; • Ambiguidade; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA • Contexto de produção; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Informatividade; • Discurso direto e indireto; • Elementos composicionais do gênero; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; • Processo de formação de palavras; • Acentuação gráfica; • Ortografia; • Concordância verbal/nominal. ORALIDADE • Tema do texto; • Finalidade; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: pausas, entonação, gestos, etc; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias,

• Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a um mistério, etc.); • Analise da coerência e coesão textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros. • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos,

substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

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repetição; • Semantica.

programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

7ª SÉRIE/8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS

LEITURA LEITURA

Anúncio publicitário

Charge

Resenha crítica

Peça teatral

Resumo

Debate regrado

Infográfico

Letra de música

Reportagem

Panfleto

Textos imagéticos Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:

Crônica

Seminário

Notícia

Resenha (com o nível de complexidade adequado à série.)

LEITURA Conteúdo temático: • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos

• Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,informatividade, situacionalidade; • Contextualização de produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; • Contextualização do tema com a atualidade; •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigação à identificação e reflexão sobre os sentidos de palavras e/ou expressões figuradas, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estímulo à observação e percepção de recursos

Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

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composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Concordância verbal e nominal; • Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Semântica:

utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estímulo à ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhamento da produção do texto; • Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Estímulo ao uso de figuras de linguagem no texto; • Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Discussões para entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.). • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na

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- operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

• Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguisticos. Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros.

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8ª SÉRIE/9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA LEITURA

Infográfico

Entrevista

Conto

Poema

Seminário

Editorial

Anúncio

Notícia

Resumo

Resenha

Debate

Cartaz

Texto imagético

Serão aprofundados e trabalhados na produção textual:

Charge

Crônica

Textos argumentativos

Reportagem LEITURA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Discurso ideológico presente no texto; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ; •Análises para estabelecer a referência textual; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Contextualização do tema com a atualidade; •Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado; • Estímulo a leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada

Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA

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texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Intencionalidade do texto; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Partículas conectivas do texto; • Progressão referencial no texto; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência; • Processo de formação de palavras; • Vícios de linguagem; • Semântica: - operadores argumentativos;

gênero; • Incentiva à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Condução de leituras para a compreensão das partículas conectivas. ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • suporte para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Estímulo a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhamento da produção do texto; • Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Estímulo ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; figuras de linguagem no texto; • Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientação sobre a

Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

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- modalizadores; - polissemia. ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Argumentos; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; • Semântica; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

utilização adequada das partículas conectivas; • Encaminhamento à reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.); • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto; • Propostas de reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes

• Compreenda argumentos no discurso do outro; • Exponha objetivamente argumentos; • Organize a sequência da fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.; • Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguisticos; • Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.

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gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade; como cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros.

ENSINO MÉDIO

1ª, 2ª e 3ª SÉRIES

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA LEITURA

Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Argumentos do texto; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso ideológico presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Contexto de produção da obra literária; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito; • Progressão referencial; • Partículas conectivas do texto; • Relação de causa e

•Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, considerando os conhecimentos prévios dos alunos; • Questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais; • Encaminhamento de discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento de produção da obra e dialogue com o

Espera-se que o aluno: • Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Produza inferências a partir de pistas textuais; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes estilos e estabeleça relações entre

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consequência entre partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem.

ESCRITA • Conteúdo temático; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade; • Informatividade; • Contexto de produção; • Intertextualidade; • Referência textual; • Vozes sociais presentes no texto; • Ideologia presente no texto; • Elementos composicionais do gênero; • Progressão referencial; • Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem; • Marcas linguisticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.; • Vícios de linguagem; • Sintaxe de concordância; • Sintaxe de regência.

ORALIDADE • Conteúdo temático; • Finalidade; • Intencionalidade; • Argumentos;

momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento; • Utilização de textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Contextualização do tema com a atualidade

• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigação ao entendimento/reflexão sobre palavras em sentido figurado; • Estímulo a leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentivo à percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; •Análises para estabelecer a progressão referencial do texto; • Condução a leituras para a compreensão das partículas conectivas.

ESCRITA • Planejamento da produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, intenções, contexto de produção do gênero; • Orientação para o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Condução à utilização adequada dos conectivos; • Estímulo à ampliação de

obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual; • Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.

ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguisticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; • Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

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• Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguisticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); • Marcas linguisticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Elementos semânticos; • Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhamento da produção do texto; • Instigação ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; • Estímulo a produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; • Incentivo à utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Encaminhamento da reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se há continuidade temática, etc.); •Análise da coesão e coerência textuais, continuidade temática, finalidade, adequação da linguagem ao contexto; • Condução, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.

ORALIDADE • Organização de apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; • Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente ideias com clareza; • Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto; • Compreenda os argumentos do discurso do outro; • Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias; • Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam; • Respeite os turnos de fala; • Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões; • Utilizem de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas

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• Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; • Orientações sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Preparação de apresentações que explorem as marcas linguisticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estímulo à contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguisticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros; •Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas.

exposições orais, entre outros elementos extralinguisticos.

Observação:

A lei número 11.645, de 10 de março de 2008, estabelece a inclusão, no

currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena”.

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De acordo com o Art. 1º, § 2º, da citada lei, os conteúdos referentes à história da

cultura brasileira e dos povos indígenas brasileiros, serão ministrados no âmbito de

todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e

histórias brasileiras.

Neste sentido, o trabalho com estas culturas deverá ser contemplado na

metodologia, no momento da exploração e interpretação dos textos, nas

contextualizações, intertextualidades, pesquisas biográfico-culturais e etc.

3. AVALIAÇÃO

No que diz respeito ao ensino de Língua Portuguesa, a avaliação deve ser

compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter

informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse

sentido, a avaliação será:

Formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio de

diferentes instrumentos avaliativos;

Contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo do

período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do

desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

Diagnóstica – verifica como está o processo de construção do conhecimento, se

a metodologia está dando resultados efetivos e a partir destas constatações

toma-se decisões e promove mudanças em relação à continuidade do trabalho,

Formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o processo

para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando o repensar

sobre as ações e não o resultado;

Somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados obtidos

no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa quanto ao nível

de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas; fornece retorno ao

aluno, de forma que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele verbal

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ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação

formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos

cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais

que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o

estudante possa se apropriar do conhecimento.

Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o

que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino e aprendizagem, ou

seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de

aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.

Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger: a

leitura, a produção oral e escrita. Atividades extraclasses serão solicitadas como

complementação dos estudos de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho

Docente.

Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes

instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:

Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os

professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no texto;

interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou discordâncias; fala

sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o conhecimento de forma

adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala.

Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno apresenta em seu texto os seguintes passos:

1. Contextualização – introdução ao tema;

2. Problema - questões levantadas sobre o tema;

3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa

4. Consulta bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez,

através de paráfrases, citações referenciando adequadamente.

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5. Referência – cita as fontes pesquisadas.

Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como: planeja

o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta apresentada a

partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da intencionalidade

definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz o texto atendendo as

circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades, etc.); expressa as idéias

com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem às exigências do contexto de

produção, dando diferentes graus de formalidade ou informalidade, atende os termos de

léxico, de estrutura; elabora argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece

relações entre as partes do texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos

elaborados para sustentá-la.

Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta

argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e esclarece

na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.

Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se

o aluno atende aos seguintes tópicos:

1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)

que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta

atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos

construídos.

2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se

deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta,

não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda

a respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que

permita o aprimoramento da atividade.

3. Análise: constam os elementos e situações interessantes que tenham

acontecido. São importantes, na análise, que se estabeleçam as relações entre a

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atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à

atividade em questão.

4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,

confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item

importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho

(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.

Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se

o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo abordado,

faz adequação da linguagem, faz uso e referência das fontes de pesquisa com

pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação, adequação e

relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação.

Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o

aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a ultrapassar

os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os conceitos e valores

que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes contraditório, da sua

argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais; apresenta

o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate, demonstra

compreensão do assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da

disciplina.

Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;

articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido;

reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os

professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem

utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos daquele

recurso.

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Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados em

sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços

diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados

e sua relação com a contemporaneidade.

Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão; comunica por

escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua Portuguesa, sistematiza o

conhecimento de forma adequada.

Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra

apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os

conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.

Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente

e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com

atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações

efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento.

Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em

cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político

Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB,

conforme segue:

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0 (zero virgula zero) a 10,0 (dez virgula zero).

Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis

virgula zero).

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAGNO, Marcos. O preconceito linguístico. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1999.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Lucerna 2004. BRASIL. Relações étnico-raciais, história e cultura afro-brasileira e africana na escola. Brasília: MEC, 2005. CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2002. KOCK. Ingedore G. V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED. 2008. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1996.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA -

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A palavra Matemática vem do grego (máthēma) que significa ciência,

conhecimento, aprendizagem. A Matemática surgiu da necessidade do homem

primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas, ou seja, de contar e assinalar

quantidades, em forma de marcas ou símbolos, remonta ainda à época na qual o

homem vivia ainda em cavernas. Já nessa altura, quando o homem ia caçar, registava

os animais que tinha conseguido matar fazendo riscos em paus de madeira ou em

ossos de animais. Mais tarde, servindo-se os pastores de pedras para contar a

quantidade de ovelhas do seu rebanho, e para confirmar que nenhuma se tinha

afastado, iniciaram, inconscientemente, aquilo a que deu o nome de cálculo,

aperfeiçoado muitas centenas de anos depois.

De fato, ao longo do processo de desenvolvimento histórico, esse conhecimento

foi se desenvolvendo a partir das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os

homens, gradativamente, elaborassem códigos de representações, sejam de

quantidades ou objetos por eles manipulados.

Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos

que vieram compôr a matemática conhecida hoje.

A Matemática como campo de conhecimento, emergiu em solo grego, nos

séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos e exatidão de

resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as primeiras discussões

sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Com os platônicos, buscava-se, pela Matemática, um instrumento que, para eles,

instigaria o pensamento do Homem. Essa concepção arquitetou as interpretações e o

pensamento matemático de tal forma que influencia no ensino de Matemática até os

dias de hoje.

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Por volta do século VI a.C. a educação grega começou a valorizar o ensino da

leitura e da escrita na formação dos filhos da aristocracia. No entanto, a Matemática se

inseriu no contexto educacional grego somente um século depois, pelo raciocínio

abstrato, em busca de respostas para questões relacionadas, por exemplo, à origem do

mundo. Pelo estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se justificar a

existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade.

Essa concepção estabeleceu para a disciplina de Matemática uma base racional que

perdurou até o século XVII d.C.

A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de pessoas a

partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada nas disciplinas de

aritmética, geometria, música e astronomia. O ensino da geometria e da aritmética

ocorria de acordo com o pensamento euclidiano, fundado no rigor das demonstrações.

A partir do século II d.C., o ensino da aritmética teve outra orientação e privilegiou uma

exposição mais completa de seus conceitos.

O século XVI demarcou um novo período de sistematização do conhecimento

matemático, denominado de matemáticas de grandezas variáveis. Isso ocorreu pela

forte influência dos estudos referentes à geometria analítica e à projetiva, o cálculo

diferencial e integral, à teoria das séries e a das equações diferenciais.

As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de

grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e

uso produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, arma de fogo, imprensa,

moinhos de vento, relógios e embarcações. O valor da técnica e a concepção

mecanicista de mundo propiciaram estudos que se concentraram, principalmente, no

que hoje chamamos Matemática Aplicada.

No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a

comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que

levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses elementos caracterizaram

as bases da Matemática como se conhece hoje.

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A partir das discussões entre educadores matemáticos no início do século XX

procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele

proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados

no rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino da

Matemática baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o campo

de estudo da Educação Matemática.

“Em todos os lugares do mundo, independente de raças, credos ou sistemas

políticos, desde os primeiros anos da escolaridade, a Matemática faz parte dos

currículos escolares, ao dado da Linguagem Natural, como uma disciplina

básica. Parece haver um consenso com relação ao fato de que seu ensino é

indispensável e sem ele é como se a alfabetização não se tivesse completado”

(MACHADO, Nilson José).

A educação matemática entendida desse modo terá como meta a incorporação

do conhecimento matemático, objetivando que o aluno seja capaz de superar o senso

comum. Assim, a alfabetização matemática, como processo educativo, tem como

função desenvolver a consciência crítica, provocando alterações de concepções e

atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais.

2. CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:

5ª SÉRIE/6º ANO

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Avaliação

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Sistemas de

Numeração;

- Números

Naturais;

- Múltiplos e

divisores;

- Potenciação e

radiciação;

- Conheça os diferentes sistemas de numeração;

- Sistemas de numeração;

-Identifique o conjunto dos números naturais, comparando

e reconhecendo seus elementos;

-Realize operações com números naturais;

-Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-

problemas que envolvam (as) operações com números

naturais;

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208

- Números

Fracionários;

Números

decimais.

-Estabeleça relação desigualdade e transformação entre:

fração e número decimal; fração e número misto;

- Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números

naturais;

- Reconheça as potências como multiplicação de mesmo

fator e a radiciação como sua operação inversa;

- Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas

com

padrões numéricos e geométricos.

GRANDEZAS

E MEDIDAS

- Medidas de

comprimento;

- Medidas de

massa;

- Medidas de

área;

- Medidas de

volume;

- Medidas de

tempo;

- Medidas de

ângulos;

- Sistema

Monetário.

-Identifique o metro como unidade-padrão de medida de

comprimento;

- Reconheça e compreenda os diversos sistemas de

medidas;

- Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;

- Calcule o perímetro usando unidades de medida

padronizadas;

- Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de

medida de volume;

- Realize transformações de unidades de medida de tempo

envolvendo seus múltiplos e submúltiplos;

- Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e

obtusos);

- Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro

com os

demais sistemas mundiais;

- Calcule a área de uma superfície usando unidades de

medida de superfície padronizada;

GEOMETRIAS

- Geometria

Plana;

- Geometria

Espacial.

- Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e

segmento de reta;

- Conceitue e classifique polígonos;

- Identifique corpos redondos;

- Identifique e relacione os elementos geométricos que

envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes

figuras planas;

- Diferencie círculo e circunferência, identificando seus

elementos;

- Reconheça os sólidos geométricos em sua forma

planificada e seus elementos.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

- Dados,

tabelas e

gráficos;

- Porcentagem.

- Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e

compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura

desses recursos nas diversas formas em que se apresenta;

- Resolva as situações-problema que envolva porcentagem

e relacione-as com os nºs na forma decimal e fracionária.

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209

6ª SÉRIE/7º ANO:

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Avaliação

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

- Números

Inteiros;

- Números

racionais;

- Equação e

Inequação do

1º grau;

- Razão e

proporção;

- Regra de

três.

- Reconheça números inteiros em diferentes contextos;

- Realize operações com números inteiros;

- Reconheça números racionais em diferentes contextos;

- Realize operações com números racionais;

-Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e

desigualdade;

-Compreenda o conceito de incógnita;

-Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar

valores numéricos através de incógnitas;

-Compreenda a razão como uma comparação entre duas

grandezas numa ordem determinada e a proporção como

uma igualdade entre duas razões;

-Reconheça sucessões de grandezas direta e

inversamente proporcionais;

-Resolva situações-problema aplicando regra de três

simples.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

- Medidas de

temperatura;

- Ângulo

- Compreenda as medidas de temperatura em diferentes

contextos;

- Compreenda o conceito de ângulo;

- Classifique ângulos e faça uso do transferidor e

esquadros para medi-los.

GEOMETRIAS

- Geometria

Plana;

- Geometria

Espacial;

- Geometrias

Não-

Euclidianas.

- Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos

geométricos;

- Compreenda noções topológicas através do conceito de

interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas

e conjuntos

abertos e fechados.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

- Pesquisa

Estatística;

- Média

Aritmética;

- Analise e interprete informações de pesquisas e

estatísticas;

- Leia, interprete, construa e analise gráficos;

- Calcule a média aritmética e a moda estatística;

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210

- Moda e

mediana;

- Juros

simples

- Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

7ª SÉRIE/8º ANO

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Avaliação

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

- Números

Irracionais;

- Sistemas de

Equações do

1º grau;

- Potências;

- Monômios e

Polinômios;

- Produtos

Notáveis.

- Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números

racionais;

- Reconheça números irracionais em diferentes contextos;

- Realize operações com números irracionais;

- Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi)

como um número irracional especial;

- Compreenda o objetivo da notação científica e sua

aplicação;

- Opere com sistema de equações do 1o grau;

- Identifique monômios e polinômios e efetue suas

operações;

- Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver

problemas que envolvam expressões algébricas.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

- Medida de

comprimento;

- Medida de

área;

- Medidas de

ângulos.

- Calcule o comprimento da circunferência;

- Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;

- Identifique ângulos formados entre retas paralelas

interceptadas por transversal;

- Realize cálculo de área e volume de poliedros.

GEOMETRIAS

- Geometria

Plana

- Geometria

Espacial;

- Geometria

Analítica;

- Reconheça triângulos semelhantes;

- Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e

de polígonos regulares;

- Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça

retas paralelas num plano;

- Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas,

marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa

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211

- Geometrias

não-

Euclidiana.

e ordenada) e analise seus elementos sob diversos

contextos;

- Conheça os fractais através da visualização e

manipulação de materiais e discuta suas propriedades.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

- Gráfico e

Informação;

- População e

amostra.

- Interprete e represente dados em diferentes gráficos;

- Utilize o conceito de amostra para levantamento de

dados.

8ª SÉRIE/9º ANO:

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Avaliação

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

- Números

Reais;

-

Propriedades

dos radicais;

- Equação do

2º grau;

- Teorema de

Pitágoras;

- Equações

Irracionais;

- Equações

Biquadradas;

- Regra de

Três

Composta.

- Opere com expoentes fracionários;

- Identifique a potência de expoente fracionário como um

radical e aplique as propriedades para a sua simplificação;

-Extraia uma raiz usando fatoração;

- Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e

incompleta, reconhecendo seus elementos.

- Determine as raízes de uma equação do 2o grau

utilizando diferentes processos;

- Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;

- Identifique e resolva equações irracionais;

- Resolva equações biquadradas através das equações do

2º grau;

- Utilize a regra de três composta em situações-problema.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

- Relações

Métricas no

Triângulo

Retângulo;

-trigonometria

no Triângulo

Retângulo;

- Conheça e aplique as relações métricas e

trigonométricas no triângulo retângulo;

- Utilize o teorema de Pitágoras na determinação das

medidas dos lados de um triângulo retângulo;

- Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.

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212

FUNÇÕES

- Noção

intuitiva de

Função Afim.

.- Noção

intuitiva de

Função

Quadrática.

- Expresse a dependência de uma variável em relação à

outra;

- Reconheça uma função afim e sua representação

gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da

função;

- Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma

função;

- Reconheça a função quadrática e sua representação

gráfica e associe a concavidade da parábola em relação

ao sinal da função;

- Analise graficamente as funções afins;

- Analise graficamente as funções quadráticas.

GEOMETRIAS

- Geometria

Plana;

- Geometria

Espacial;

- Geometria

Analítica;

- Geometria

Não-

Euclidiana.

- Verifique se dois polígonos são semelhantes,

estabelecendo relações entre eles;

- Compreenda e utilize o conceito de semelhança de

triângulos para resolver situações-problemas;

- Conheça e aplique os critérios de semelhança dos

triângulos;

- Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas;

- Noções básicas de geometria projetiva.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

- Noções de

Análise

Combinatória;

- Noções de

Probabilidade;

- Estatística;

- Juros

Composto.

- Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de

situações- problema que envolvam contagens, aplicando o

princípio multiplicativo;

- Descreva o espaço amostral em um experimento

aleatório;

- Calcule as chances de ocorrência de um determinado

evento;

- Resolva situações problemas que envolva cálculos de

juros compostos.

ENSINO MÉDIO:

1ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Avaliação

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213

NUMEROS E

ALGEBRA

- Números

Reais;

- Polinômios;

- Equação e

inequações;

- Exponenciais,

logarítmicas e

modulares;

- Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e

aplique em diferentes contextos;

- Identifique e realize operações com polinômios;

- Identifique e resolva equações, sistemas de equações e

inequações, inclusive as exponenciais,logarítmicas e

modulares.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

-Trigonometria;

- Aplique as leis dos senos e a lei dos cossenos de um

triângulo para determinar elementos desconhecidos.

FUNÇOES

- Função Afim ;

- Função

Quadrática;

- Função

polinomial;

- Função

exponencial;

- Função

logarítmicas;

- Função

Modular;

-Progressão

aritmética;

- Progressão

geométrica.

- Identifique diferentes funções e realize cálculos

envolvendo-as;

- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver

situações-problema;

- Realize análise gráfica de diferentes funções;

- Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades

que remetam ao conceito das progressões aritméticas e

geométricas;

- Generalize cálculos para a determinação de termos de

uma sequência numérica.

GEOMETRIA - Geometria

Plana;

- Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria

Plana.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

-Matemática

financeira

- Compreenda a Matemática Financeira aplicada aos

diversos ramos da atividade humana.

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214

2ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Avaliação

NUMEROS E

ALGEBRA

- Matrizes e

determinante;

- Sistemas

lineares.

- Conceitue e interprete matrizes e suas operações;

- Conheça e domine o conceito e as soluções de

problemas que se realizam por meio de determinante.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

- Medidas de

comprimento;

- Medida de

área;

- Medidas de

volume;

-Trigonometria.

- Perceba que as unidades de medidas são utilizadas

para a determinação de diferentes grandezas e

compreenda a relações matemáticas existentes nas

suas unidades.

FUNÇOES

- Função trigonométricas.

- Identifique diferentes funções e realize cálculos

envolvendo-as;

- Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver

situações-problema;

- Realize análise gráfica de diferentes funções.

GEOMETRIAS

-Geometria

Plana;

-Geometria

Espacial.

-Geometria não

Euclidianas.

- Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria

Plana e Espacial;

- Perceba a necessidade das geometrias não-

euclidianas para a compreensão de conceitos

geométricos, quando analisados em planos diferentes

do plano de Euclides;

- Compreenda a necessidade das geometrias não-

euclidianas para o avanço das teorias científicas;

- Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica,

hiperbólica e Fractal (Geometria da superfície esférica).

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

- Analise

Combinatória;

- Binômio de

Newton;

- Estudos das

- Articule idéias geométricas em planos de curvatura

nula, positiva e negativa

- Recolha, interprete e analise dados através de

cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos;

- Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;

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215

Probabilidades;

Estatísticas.

- Compreenda a idéia de probabilidade;

- Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e

informações estatísticas.

3ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Avaliação

NUMEROS E

ALGEBRA

- Números

complexos;

- Polinômios;

- Equações e

Inequações.

- Compreenda os números complexos e suas

operações;

- Identifique e realize operações com polinômios;

- Identifique e resolva equações, inequações.

GRANDEZAS E

MEDIDAS

- Medida de

tempo;

- Medidas de

Grandezas

Vetoriais;

- Medidas de

Informática;

- Medidas de

Energias.

- Perceba que as unidades de medidas são utilizadas

para a determinação de diferentes grandezas e

compreenda a relações matemáticas existentes nas

suas unidades.

GEOMETRIAS - Geometria

Analítica.

- Determine posições e medidas de elementos

geométricos

através da Geometria Analítica.

TRATAMENTO

DA

INFORMAÇÃO

- Estatística;

- Matemática

financeira.

- Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e

informações estatísticas;

- Compreenda a Matemática Financeira aplicada aos

diversos

ramos da atividade humana.

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216

3. METODOLOGIA

O encaminhamento dado aos conteúdos acontecerá de maneira organizada para

que o aluno tenha argumentos e embasamento para posicionar-se frente às produções

científicas contemporâneas no seu contexto social, exercendo sua cidadania.

Os conhecimentos adquiridos devem estar contextualizados com o cotidiano do

aluno, com a realidade da escola e com as características locais e regionais.

O professor deve intervir nesse processo, de modo a criar condições que

permitam a reelaboração e ampliação dos conhecimentos prévios dos alunos, propondo

articulações entre os conteúdos construídos e organizá-los como corpo de

conhecimento sistematizado, sendo que para isso se faz necessário a construção de

uma estrutura que favoreça a relação entre o aluno, o professor e o saber científico,

numa perspectiva de aprendizagem significativa do conhecimento historicamente

acumulado.

Os conteúdos serão trabalhados baseando-se na investigação, comparação e

estabelecimento de relações entre os conceitos e suas aplicações, organização de

informações, confronto de dados obtidos, possibilitando a sistematização de

conhecimentos.

Em atendimento à Lei 10.639/03 que trata do ensino da História e Cultura

Afrobrasileira e a Lei 11.645/08 que se refere à cultura indígena na escola. A disciplina

de Matemática abordará sempre que o conteúdo matemático permitir.

Desta forma, os conteúdos abordados estarão de acordo com as tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais

se destaca:

Resolução de Problemas: Na resolução de problemas o estudante tem

oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas

situações, de modo a resolver a questão proposta. Cabe ao professor fazer uso

de práticas metodológicas para a resolução de problemas, podendo com isso

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217

tornar as aulas mais dinâmicas não restringindo o ensino de Matemática a

modelos clássicos, como exposição oral e resolução de exercícios. A resolução

de problemas poderá possibilitar a compreensão dos argumentos matemáticos e

ajudar a vê-los como um conhecimento passível de ser apreendido pelos sujeitos

do processo de ensino e aprendizagem

Etnomatemática: O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões

de relevância social que produzem o conhecimento matemático. Essa tendência

leva em consideração que não existe um único, mas vários e distintos

conhecimentos e nenhum são menos importantes que outro. As manifestações

matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais

diversas áreas que emergem dos ambientes culturais. Desta forma, o trabalho

pedagógico relacionará o conteúdo matemático com essa questão maior – o

ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção e

trabalho.

Modelagem Matemática: A modelagem matemática tem como pressuposto a

problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a

valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que

sugerem questionamentos sobre situações de vida.

Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos,

biológicos e sociais, constituem elementos para análises críticas e

compreensões diversas de mundo, assim sendo, a modelagem Matemática

consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos

e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real

(BASSANEZI, 2004, p.16).

O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilitará a intervenção

do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive, por isso,

contribuirá ainda mais para sua formação crítica. A modelagem matemática é,

assim, uma arte, ao formular, resolver e elaborar expressões que valham não

apenas para uma solução particular, mas que também sirvam, posteriormente,

como suporte para outras aplicações e teorias.

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218

Uso de Mídias Tecnológicas: No contexto da Educação Matemática, os

ambientes gerados por aplicativos informáticos dinamizam os conteúdos

curriculares e potencializa o processo pedagógico, por isso seu uso será

estimulado nas aulas desta disciplina. Visto que os recursos tecnológicos sejam

eles o software, a televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre

outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas

de resolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação serão utilizados, no decorrer das aulas,

sempre que necessários, pois têm auxiliado estudantes e professores a

visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma

maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho

colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a

teoria e a prática.

As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de

ações em Educação Matemática. Crê-se que abordar atividades matemáticas

com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que

é a experimentação e tais recursos serão utilizados como meios que

instrumentalizam o ensino da matemática.

História da Matemática: É importante entender a História da Matemática no

contexto da prática escolar como componente necessário de um dos objetivos

primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a natureza

da Matemática e sua relevância na vida da humanidade.

A abordagem histórica possibilitará aos alunos vincular as descobertas

matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às

correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço

científico de cada época.

A História da Matemática será um elemento orientador na elaboração de

atividades, na criação das situações-problema, na busca de referências para

compreender melhor os conceitos matemáticos. Possibilitando ao aluno analisar

e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e

procedimentos.

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219

A História será o fio condutor que direcionará as explicações dadas aos porquês

da Matemática. Assim, promoverá uma aprendizagem significativa, pois propicia

ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído

historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.

Investigações Matemáticas: As investigações matemáticas (semelhantes às

realizadas pelos matemáticos) serão desencadeadas a partir da resolução de

exercícios e se relacionarão também com a resolução de problemas. Nas

investigações matemáticas o aluno terá que estabelecer uma estratégia

heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução

imediata, enquanto que um exercício é uma questão que pode ser resolvida

usando um método já conhecido.

Uma investigação é um problema em aberto e por isso, as coisas acontecem de

forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser

investigado não é explicitado pelo professor, porém o método de investigação

será indicado através, por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o

aluno compreenda o significado de investigar. Assim, uma mesma situação

apresentada poderá ter objetos de investigação distintos por diferentes grupos de

alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de investigação diferentes, com

certeza obterá resultados também diferentes.

Na investigação matemática o aluno é chamado a agir como um matemático, não

apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque

formula conjecturas a respeito do que está investigando.

Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisarão verificar

qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso, deverão realizar

provas e refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o

professor, pois afinal, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe,

que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.

3. AVALIAÇÃO

A avaliação do processo ensino-aprendizagem se constitui num procedimento

necessário e importante que tem por objetivo refletir sobre todos os esforços

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220

desempenhados na execução dos objetivos propostos, tanto pela instituição escolar

quanto pelos objetivos da disciplina específica, portanto ao avaliar o aluno, o professor

deverá produzir bons e adequados instrumentos para coletar dados sobre a

aprendizagem, チ sem subterfúgios, sem enganos, sem complicações desnecessárias,

sem armadilhas (DEB - Grupo de estudos 2008 – 2º Encontro), numa avaliação que

tenha a intenção de investigar para intervir. Essa intervenção refere-se ao processo de

reorganização e reorientação do trabalho pedagógico com os conteúdos de ensino,

revendo metodologias e adequações necessárias às finalidades.

O instrumento de coleta de dados para a avaliação do desempenho do

educando, seja qual for o modelo escolhido, deverá respeitá-lo em seus esforços de

estudar e aprender, portanto deverá apresentar um enunciado preciso, (sem

ambiguidades), em linguagem clara e que atenda aos critérios estabelecidos. Para

tanto, os instrumentos de avaliação selecionados pelo professor, deverão observar

estratégias que:

Ofereçam desafios, situações-problema a serem resolvidos;

Sejam contextualizadas, coerentes com as expectativas de ensino e

aprendizagem;

Possibilitem que o aluno reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento;

Permitam que o aluno aprenda com o erro;

Exponham, com clareza, o que se pretende;

Revelem, claramente, o que e como se pretende avaliar.

Para atingir tais objetivos, a avaliação não pode ser fundamentada apenas em

provas bimestrais, mas deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem,

propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão do

conteúdo trabalhado. Apesar dessa diferenciação quanto os diferentes métodos de

avaliação, não se pode perder de vista que há um conhecimento cuja apropriação pelo

aluno é fundamental.

A avaliação também é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, portanto deverá ser avaliado o desenvolvimento da

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221

aprendizagem, de modo que a avaliação da aprendizagem auxilie o educando no seu

desenvolvimento pessoal e na apropriação dos conteúdos significativos. Definindo-a

como um procedimento sistemático e compreensivo em que se utilizam múltiplos

instrumentos, conforme consta no Projeto Político Pedagógico desta escola.

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente, do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos. A recuperação de estudos dar-se-á de forma

permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. E será organizada

com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados. Esta deverá indicar na área de estudos e os conteúdos da disciplina a

proposta de recuperação. Os resultados da recuperação deverão ser incorporados às

avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente

do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de

Classe.

Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no

processo de ensino-aprendizagem serão avaliados a partir da flexibilização curricular

que facilitará a integração dos mesmos, assim respeitando a diversidade e o tempo de

cada aluno.

3.1 INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Além de escolher com atenção os instrumentos mais adequados e que

favoreçam o ensino aprendizagem, o professor deve também atentar para os critérios

de avaliação que utilizará para que os alunos sejam estimulados à aprendizagem dos

conceitos matemáticos. Assim, os critérios utilizados nesta proposta estarão de acordo

com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica pág. 68/69:

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

elabora um plano que possibilite a solução do problema;

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222

encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

realiza o retrospecto da solução de um problema.

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:

partir de situações-problema internas ou externas à matemática;

pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas;

elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá- las;

perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares;

socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem

adequada;

argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA,

2006, p. 29).

A avaliação será efetivada através de diferentes atividades, tais como:

Trabalhos individuais e em grupo: o trabalho em grupo pode ser proposto a partir

de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais,

construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os

conhecimentos artísticos filosóficos e científicos.

Leitura de textos: compreende as idéias presentes no texto e interage com o

texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias. Ao falar

sobre o texto, expressem suas idéias com clareza e sistematiza o conhecimento

de forma adequada. Estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado

em sala de aula.

Pesquisas bibliográficas: ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema

levantado, delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;a justificativa,

aponta argumentos sobre a importância da pesquisa.O aluno na escrita, remete-

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se aos textos lidos, por meio de citações ou paráfrases, referenciando-os

adequadamente.

Debates em forma de seminários e simpósios: o aluno demonstra consistência

nos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; apresenta

compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos

utilizados; faz adequação da linguagem; demonstra pertinência quanto as fontes

de pesquisa; traz relatos para enriquecer a apresentação;faz adequação e toma

como relevante as intervenções dos integrantes do grupo que assiste a

apresentação.aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os

pensamentos divergentes; ultrapassa os limites da suas posições

pessoais;explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua

posição;faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais.busca, por

meio do debate da persuasão e da superação de posições particulares, uma

posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos

participantes; registra, por escrito, as idéias surgidas no debate; demonstra

conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; apresenta

compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo

da disciplina.

Provas teóricas e práticas: registros em forma de relatórios, gráficos, portfolio,

áudio-visual e outros.

Questões objetivas: o aluno realiza a leitura compreensiva do enunciado;

demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; utiliza do

conhecimento adquirido.

Questões discursivas: o aluno compreende o enunciado da questão;planeja a

solução, de forma adequada;comunica-se por escrito, com clareza, sistematiza o

conhecimento de forma adequada.

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Pesquisa de campo: o aluno registra as informações, no local da pesquisa,

organiza e examina os dados coletados, conforme orientações; apresenta sua

compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise

dos dados coletados, capacidade de síntese.

Atividades a partir dos recursos audiovisuais: aluno compreende e interpreta a

linguagem utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o

conteúdo apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos

específicos daquele recurso.

Serão utilizados os recursos que estiverem disponíveis na escola, tais como:

Calculadoras;

Réguas;

Trenas;

Compassos;

Transferidores, esquadros;

Fitas métricas;

Vídeos;

Retro projetor;

Material dourado.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2006.

BIGODE, Antônio José Lopes. Matemática hoje é feita assim. São Paulo: FTD, 2000.

BONGIOVANNI, Vicenzo, LAUREANO, José Luiz Tavares, LATTE, Olímpio Reudinin Vissoto. Matemática e Vida. São Paulo: Ática, 1991. BURIASCO, R. L. C. de. Análise da produção escrita: a busca do conhecimento escondido. In: ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O.;JUNQUEIRA, S. R. A. (orgs.) Conhecimento local e conhecimento universal: a aula, aulas nas ciências naturais e exatas, aulas nas letras e nas artes. Curitiba: Champagnat, 2004. CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos Fundamentais da Matemática. Editora Gradiva.

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225

DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas Matemática. Editora Ática.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática: Ensino Fundamental. São Paulo: Ática,

2005. GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, GIOVANNI Jr. José Ruy. A conquista da Matemática. São Paulo: Editora FTD, 2002.

GUELLI, Oscar. Coleção contando a história da matemática. São Paulo: Ática, 1995.

LELLIS, Marcelo Cestari. JAKUBOVIC, José. IMENES, Luis Mareio. Pra que serve a matemática? São Paulo: Atual, 1992. LOPES, C. A. E.; FERREIRA, A. C. A estatística e a probabilidade no currículo de matemática da escola básica. In: Encontro Nacional de Educação Matemática, 7, Recife, 2004. Anais. Recife: UFPE, 2004. p.1-30. LUCKESI, Cipriano C. Verificação de avaliação, o que pratica na escola? In: Avaliação de aprendizagem escolar, estudos e proposição. 15 ed. São Paulo: Cortez, 2003, pág.

85 a 101. MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação – Unicamp – Proposições. Campinas, n. 1 [10], p. 25-34,

mar. 1993. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008. PAVANELO, R. M.; NOGUEIRA, C. M. I. Avaliação em Matemática: algumas considerações. Avaliação Educacional. 2006, v. 17, n. 33. Disponível em:

www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1275/arquivoAnexado.pdf. Acesso em: 21 jan 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA LÍNGUA INGLESA - ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Construção das Diretrizes Curriculares, coordenada pela Superintendência da

Educação da Secretaria de Estado da Educação, assim como os estudos e as

discussões realizados nas semanas pedagógicas apontaram os referenciais teóricos e

metodológicos para construção desta Proposta Pedagógica Curricular.

Com relação ao ensino de línguas estrangeiras, uma nova perspectiva chegou

ao Paraná em 1990 com a publicação do Currículo Básico que trazia uma concepção

de língua entendida como prática social e historicamente construída. No entanto, este

documento direcionava o trabalho com língua estrangeira para a prática de leitura,

limitando assim as possibilidades de interação do aluno com a língua. A SEED

estabeleceu parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros

de fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio (EM) de

toda a rede estadual e elaborou o livro didático do EM.

O conjunto de ações desenvolvido pela SEED, a partir de 2004, teve como foco

principal promover a construção de novas Diretrizes Curriculares que favorecessem a

formação continuada de professores na perspectiva de efetivarem-se como sujeitos

epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para

o processo de ensino aprendizagem.

No ano de 2008 foram realizados encontros organizados também pela SEED

como DEB Itinerante, encontros por disciplinas realizados pelo Núcleo Regional de

Educação de Campo Mourão e semanas pedagógicas descentralizadas visando a

disseminação das políticas curriculares do Estado, refletindo sobre a função social da

escola pública e os processos de secundarização de seu papel. Esses encontros

contemplaram a participação de toda a comunidade escolar na perspectiva de uma

gestão democrática e na construção de uma proposta pedagógica curricular que

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superassem os descaminhos de uma política educacional fortemente marcada pela

concepção neoliberal que permeou a educação na década de 90.

Como resultado dessas ações e visando a superação do contexto anterior, a

SEED fez opção pelo currículo disciplinar, que toma o conteúdo como via de acesso ao

conhecimento, considerando as dimensões científica, filosófica e artística dos mesmos,

visto que a opção pelos conteúdos curriculares, em sua totalidade:

[...] significa compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações,

como um todo estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. Tratar os

conteúdos em sua dimensão práxica é compreender que a atividade educativa

é uma ação verdadeiramente humana e que requer consciência de uma

finalidade em face à realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o

tratamento evasivo e fenomênico destes. (PARANÁ, SEED, SUED, 2008, p.9).

Evidenciou-se igualmente, uma organização do processo de aprendizagem que

possibilitaria a flexibilização/adaptação de conteúdos, metodologias e avaliações de

modo a contemplar a participação e aprendizagem de todos os alunos, considerando

seus conhecimentos prévios, suas necessidades linguisticas diferenciadas e o contexto

social, vislumbrando a construção de uma sociedade justa, fraterna e igualitária.

Nesse contexto, o ensino de língua inglesa, na educação básica, fundamentado

na corrente sociológica e nos conceitos teórico-metodológicos do círculo de Bakhtin,

configura-se como um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade

linguistica e cultural, oportunizando-lhe engajar-se discursivamente e compreender que

a língua e a cultura são práticas sociais historicamente construídas. Portanto, passíveis

de transformação.

A língua é realizada num contexto concreto e preciso, levando o aluno à prática

significativa com acesso a gêneros textuais orais, escritos e imagéticos. O aluno passa

a sentir-se inserido em determinada realidade, sendo capaz de interagir com ela,

ampliando seu conhecimento de mundo e desenvolvendo seu espírito crítico com

relação ao outro e a si mesmo.

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228

O objetivo da inclusão da Língua Inglesa no currículo do Colégio Estadual

Unidade Polo, parte da afirmação de que os estudantes têm o direito de acessar outras

possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em um processo

de afirmação de sua própria identidade e de possibilidades de aprendizagem. Para isso

tem na língua materna a mais importante referência como ser coletivo.

O aprendizado de uma língua estrangeira não pode ser identificado apenas com

a submissão econômica. Ao apropriar-se de outra língua, o ser particular apropria-se da

herança cultural de toda a sociedade. Sendo assim, os professores precisam buscar

alternativas que coloquem o ensino-aprendizagem da Língua Inglesa, seus métodos e

suas metodologias nas relações entre as línguas e a formação de identidades no

mundo globalizado, como preconizam as DCE:

“ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir

sentido, formar subjetividades, permitir que se reconheça no uso

da língua os diferentes propósitos comunicativos

independentemente do grau de proficiência atingido [...] analisar as

questões sociais-político-econômicas da nova ordem mundial,

suas implicações e desenvolver uma consciência crítica a respeito

do papel das línguas na sociedade” (PARANÁ, 2008, p.55)

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social materializado nas

práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, as quais efetivarão o

desenvolvimento do trabalho em sala de aula e a construção do significado por meio do

engajamento discursivo.

Gêneros Textuais

Marcas do Gênero

- Conteúdo Temático

- Estilo

- Elementos Composicionais

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Esfera social de circulação

Suporte

2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos serão trabalhados sempre a partir de um texto

significativo, atendendo as especificidades de cada uma das séries.

ENSINO FUNDAMENTAL:

5ª SÉRIE/6º ANO

Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do

texto; Informatividade; Léxico; Repetição proposital

de palavras; Semântica: - operadores

argumentativos; Marcas linguisticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e

interlocutor; Elementos

extralinguisticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas:

coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguisticas: coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Ortografia; Concordância verbal/nominal.

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6ª SÉRIE/7º ANO

Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Léxico; Repetição proposital

de palavras; Situacionalidade; Informações explícitas; Discurso direto e

indireto. Semântica: operadores

argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e

denotativo das palavras no texto;

expressões que denotam ironia e humor no texto.

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguisticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Ortografia; Concordância

verbal/nominal.

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguisticos:

entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao

gênero; Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

7ª SÉRIE/8º ANO Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Léxico; Repetição proposital

de palavras; Semântica: operadores

argumentativos; Marcas linguisticas:

Intertextualidade; Vozes sociais

presentes no texto;

Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido conotativo e

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguisticos:

entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

Elementos semânticos;

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coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Intertextualidade; Vozes sociais

presentes no texto

denotativo; - expressões

que denotam

ironia e humor

no texto.

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

8ª SÉRIE/9º ANO Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Aceitabilidade Informatividade; Léxico; Repetição proposital

de palavras; Semântica Operadores

argumentativos; Marcas linguisticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Temporalidade; Discurso direto e

indireto; Polissemia.

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Marcas linguisticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Ortografia; Concordância

verbal/nominal. Temporalidade; Discurso direto e

indireto; Relação de causa e

consequência entre as partes e elementos do texto;

Polissemia; Processo de formação

de palavras.

Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralinguisticos:

entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao

gênero; Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

Semântica.

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ENSINO MÉDIO: 1º, 2º e 3º ANOS Práticas discursivas de:

LEITURA ORALIDADE ESCRITA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas conectivas

do texto; Discurso direto e

indireto; Elementos

composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia; Marcas linguisticas:

coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Léxico.

Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e

interlocutor; Elementos

extralinguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala; Variações linguisticas; Marcas linguisticas:

coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Referência textual; Partículas conectivas do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do

gênero; Emprego do sentido

conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia; Marcas linguisticas: coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

Ortografia; Concordância verbal/nominal.

3. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para a realização do trabalho docente tendo o discurso como prática social e em

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atendimento ao que propõem as DCE (2008, p.63) que apontam:

“O trabalho com a Língua Estrangeira em sala parte do entendimento do papel

das línguas nas sociedades como mais que meros instrumentos de acesso à

informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar

e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.”

(PARANÁ. 2008, p.63)

O ensino levará em consideração a funcionalidade da língua alvo, propiciando

que o educando vivencie situações concretas de uso dessa língua.

Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros discursivos

que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o conteúdo temático, o

estilo, os elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos da

situação de comunicação que caracteriza o funcionamento de todo ato de linguagem

(quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o suporte),

perpassando pelas questões linguisticas, sócio-pragmáticas (análise da língua em seu

contexto de uso, considerando os aspectos sociais), culturais e discursivas.

A Leitura em língua estrangeira consiste em apresentar diferentes gêneros

textuais, provenientes das práticas sociais, em um determinado contexto sócio-cultural

considerando os conhecimentos prévios dos alunos; formulando questionamentos que

possibilitem inferências sobre o texto; encaminhando discussões e reflexões sobre

tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,

temporalidade, vozes sociais e ideologia; contextualizando a produção através do

suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; utilizando textos verbais que dialoguem

com os não verbais; relacionando o tema com o contexto atual; oportunizando a

socialização das idéias dos alunos sobre o texto instigando a identificação e reflexão do

sentido de palavras e/ou expressões figuradas; promovendo a percepção de recursos

como os operadores discursivos e de progressão textual.

Na escrita serão propostas atividades sociointerativas, significativas, com

delimitação do gênero textual; da finalidade; da temática; do objetivo da produção; do

suporte; da esfera social de circulação; do locutor e do interlocutor, para que o aluno

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perceba o uso real da língua; planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos

alunos.

Nesse sentido, caberá ao professor “oferecer ao aluno elementos discursivos,

linguisticos, sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção” (DCE,

2008, p. 67). Além disso, serão propostas atividades relacionadas às dificuldades de

escrita diagnosticadas durante o processo.

Na oralidade os estudantes terão acesso a textos orais, pertencentes aos

diferentes discursos que possibilitarão a familiaridade com sons específicos da língua

que estão aprendendo. Serão incentivados a expressarem suas ideias na língua alvo,

respeitando seu nível linguístico.

A análise linguistica que perpassa todas as práticas discursivas, será abordada

numa visão sociointerativa de língua, incluindo tanto o trabalho sobre as questões

tradicionais da gramática quanto às questões amplas a propósito do texto: coesão,

coerência, análise dos recursos expressivos utilizados, como: elementos discursivos

diretos e indiretos, organização e inclusão de informações. Trata-se de trabalhar com

aluno o seu texto para que ele atinja seus objetivos junto aos leitores a quem se

destina. Portanto, o trabalho em análise linguistica está relacionado ao entendimento de

procedimentos para a construção de significados, os quais são resultados das

necessidades específicas dos alunos, a fim de que se expressem ou construam

sentidos aos textos.

A presente proposta também contempla a inclusão da temática “História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos conteúdos a serem trabalhados, dada a

importância que a mesma traz para a construção de um Estado Democrático de Direito,

de acordo com o que dispõe a Constituição da República Federativa do Brasil e a

obrigatoriedade de seu ensino, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, bem

como a Deliberação Estadual 04/06.

Os recursos didáticos e tecnológicos para a realização das atividades da prática

da leitura, da oralidade, da escrita serão: livros e revistas, jornais, fitas de vídeo, DVDs,

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CDs, TV Multimídia, cartazes, desenhos, recortes, letras de músicas, e cópias de

atividades diversas.

4. AVALIAÇÃO

No que diz respeito ao ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser

compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter

informações sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse

sentido, a avaliação será:

formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio

de diferentes instrumentos avaliativos;

contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo

do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo

do desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos;

diagnóstica – verifica como está o processo de construção do

conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir

destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à

continuidade do trabalho,

formativa – após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o

processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando

o repensar sobre as ações e não o resultado;

somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados

obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa

quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas;

fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos

prevaleçam sobre os quantitativos.

Ao se adotar a perspectiva do trabalho com o texto significativo, seja ele verbal

ou não verbal, o processo avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação

formativa, a qual se fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos

cognitivos, afetivos e relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais

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que se aplicam em diversos contextos e se atualizam o quanto for preciso para que o

estudante possa se apropriar do conhecimento.

Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o

que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,

parte-se da avaliação inicial, retomando sempre que necessário o processo de

aprendizagem, até que se chegue à avaliação final.

Ao longo do processo, as avaliações serão constantes e deverão abranger:

a aprendizagem escrita

a aprendizagem oral

a aprendizagem de leitura

atividades extra classe serão solicitadas como complementação dos estudos de

sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.

Para que se efetive essa proposta avaliativa lançar-se-á mão de diferentes

instrumentos e critérios de avaliação, conforme segue:

Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os

professores deverão considerar se o aluno: compreende as ideias presentes no

texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou

discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza

o conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o

conteúdo abordado em sala.

Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno apresenta em seu texto os seguintes passos: 1.

Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre o

tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa; 4. Consulta

bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de

paráfrases, citações referenciando adequadamente; 5. Referência – cita as fontes

pesquisadas.

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Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como:

planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta

apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da

intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz

o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidades, etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a

linguagem às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de

formalidade ou informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora

argumentos consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do

texto e estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para

sustentá-la.

Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta

argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e

esclarece na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.

Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se

o aluno atende aos seguintes tópicos:

1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)

que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta

atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos

construídos.

2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se

deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta,

não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a

respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que permita

o aprimoramento da atividade.

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3. Análise: constam os elementos e situações interessantes que tenham

acontecido. São importantes, na análise, que se estabeleçam as relações entre a

atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à

atividade em questão.

4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,

confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item

importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho

(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.

Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se

o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo

abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de

pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação,

adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a

apresentação.

Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o

aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a

ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os

conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes

contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em

situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina

envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e

sua relação com o conteúdo da disciplina.

Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores

deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no

texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário

lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.

Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os

professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem

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utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos

daquele recurso.

Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados

em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em

espaços diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos

conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.

Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão;

comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua

Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.

Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão

considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra

apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os

conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.

A avaliação na inclusão – é fundamental que o professor, dentro desse processo

seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o num trabalho que

inclua uma variedade de situações de aprendizagem.

Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma permanente

e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será organizada com

atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos

diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações

efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento.

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Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos em

cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto Político

Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as orientações da LDB,

conforme segue:

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez virgula zero).

Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0 (seis

virgula zero).

5. REFERÊNCIAS

_______. Grupo de estudos. Disponível em

http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE2008.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010 ________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003.

________. Os Desafios Educacionais Contemporâneos e os conteúdos escolares: reflexos na organização da Proposta Pedagógica Curricular e a Especificidade da escola pública. In: Orientações para a Semana Pedagógica. SEED/SUED: 2008.

Disponível em www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/texto3corrigido.doc acesso em 04/08/2010 _________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008.

HOFFMANN, Jussara; Avaliação Mediadora; “Um r ti em Construção ré-Es ol à Universi e”; 1994.

LUCKESI, Cipriano,In PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e; “Ensino e L ngu Ingles . Reflexões e Experiên i s”. Ed. Pontes.1996. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. PARANÁ. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. SEED – Curitiba, PR, 2007

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POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA - ENSINO

MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O currículo da Educação Básica oferece, ao estudante, a formação necessária

para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e

política de seu tempo.

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno Vida. Ao longo

da história da humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno.

A história da ciência mostra que a Biologia, teve como um dos principais pensadores o

filósofo Aristóteles (384 a.C–322 a.C.), que deixou explicações para a compreensão da

natureza.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino,

buscaram-se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências

religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção.

Ao final da década de 1980, no Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da

Educação propôs o Programa de Reestruturação do Ensino de Segundo Grau sob o

referencial teórico da pedagogia histórico-crítica, na qual o conteúdo é visto como

produção histórica e social, a educação escolar tem a obrigação de oferecer, e o aluno

tem o direito de conhecer.

Nestas Diretrizes Curriculares, valoriza-se a construção histórica dos

conhecimentos biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada.

Portanto, o conhecimento do campo da biologia deve subsidiar a análise e reflexo de

questões polemica que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de

recursos naturais e a utilização de tecnologia que proporciona a preservação da vida, e

as concepções de um desenvolvimento sustentável. Este desenvolvimento sustentável

vem sendo ameaçado pelo modelo capitalista, para isso se faz necessário ressaltar o

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243

papel da ciência e da sociedade como pontos articulados entre a realidade social e o

saber científico.

A conscientização através da escola de que ocorrerá um equilíbrio entre a

natureza e o ser humano só acontecerá, quando este perceber que ele faz parte da

biosfera, assim ele terá consciência de seus atos, usará sua inteligência com

criatividade para o bem comum de todos.

A disciplina de Biologia deve ser capaz de relacionar diversos conhecimentos

específicos entre si e com outras áreas de conhecimento, deve priorizar o

desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos, e propiciar reflexão

constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de questões

emergentes. A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pelos seres

humanos e interferem no contexto de vida da humanidade, razão pela qual todo

cidadão tem o direito de receber esclarecimentos sobre como as novas tecnologias vão

afetar a sua vida. Assim, avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e

os aspectos bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação

genética, permitindo compreender a interferência do ser humano na diversidade

biológica.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

O ensino de Biologia, constituída como conhecimento, tem influenciado a

construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas implicações sociais,

políticas, econômicas, culturais e ambientais. Para o ensino da disciplina de Biologia,

constituída como conhecimento, os conteúdos estruturantes propostos são:

Organização dos Seres Vivos;

Mecanismos Biológicos;

Biodiversidade;

Manipulação Genética.

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Os conteúdos estruturantes são interdependentes. No conteúdo estruturante

Organização dos Seres Vivos, possibilita conhecer os modelos teóricos historicamente

construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os à existência

de características comuns entre estes e sua ancestralidade comum. Este conteúdo

estruturante deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de

conhecer e compreender a diversidade biológica, de maneira a agrupar e caracterizar

as espécies extintas e existentes. Isso se justifica porque, durante décadas, o estudo da

vida e a necessidade de compreender e distinguir o vivo do não vivo enfatizou o estudo

dos seres vivos. Historicamente, essa necessidade pode ser traduzida pelo trabalho de

Carl Von Linné (1707-1778) que organizou os seres vivos.

O conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos explica como os sistemas

orgânicos dos seres vivos funcionam, a fisiologia dos sistemas que constituem os

diferentes grupos de seres vivos, o estudo dos componentes celulares e suas

respectivas funções. Ainda é possível estabelecer uma análise comparativa entre

organismos unicelulares e pluricelulares, numa perspectiva evolutiva, como relata a

história da ciência.

Ao propor o conteúdo estruturante biodiversidade, amplia-se as explicações

sobre como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Da necessidade de

compreender e distinguir o vivo do não vivo, enfatizando a classificação dos seres

vivos, sua anatomia e sua fisiologia, compreender, os processos pelos quais os seres

vivos sofrem modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem

relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos.

Este conteúdo estruturante Biodiversidade trata dos avanços da Biologia, com

possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o

conceito biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser humano.

Ha necessidade de compreender como os mecanismos hereditários de características

específicas dos seres vivos são controlados.

Desse modo, a manipulação do material genético em microorganismos, contribui

para a criação de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas, alimentos,

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medicamentos, bem como propõe soluções para problemas ambientais, constitui fato

histórico importante, pois determina a mudança no modo de explicar o que é VIDA do

ponto de vista biológico.

A ciência e a tecnologia são conhecimentos produzidos pelos seres humanos e

interferem no contexto de vida da humanidade, razão pela qual todo cidadão tem o

direito de receber esclarecimentos sobre como as novas tecnologias vão afetar a sua

vida. Assim, o trabalho pedagógico, neste conteúdo estruturante, deve abordar os

avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos

avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo assim

compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

1ª SÉRIE

1. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;

2. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

3. Teorias evolutivas;

4. Transmissão das características hereditárias;

5. Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência

com o ambiente;

6. Organismos geneticamente modificados.

2ª SÉRIE

1. Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;

2. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;

3. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

4. Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência

com o ambiente;

5. Organismos geneticamente modificados.

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3ª SÉRIE

1. Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;

2. Mecanismos de desenvolvimento embriológico;

3. Teorias evolutivas;

4. Transmissão das características hereditárias;

5. Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência

com o ambiente;

6. Organismos geneticamente modificados.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia contribui

para formar sujeitos críticos e atuantes, o desenvolvimento da metodologia de ensino

sofre influência de reflexões produzidas pela filosofia da ciência e pelo contexto

histórico, político, social e cultural do desenvolvimento. No processo pedagógico,

recomenda-se que se adote o método experimental como recurso de ensino para uma

visão crítica dos conhecimentos da Biologia, sem a preocupação de busca de

resultados únicos. E também que a observação seja considerada procedimento de

investigação, dada sua importância como responsável pelos avanços da pesquisa no

campo da Biologia. Entretanto, ao introduzir a experimentação como integrante do

processo pedagógico, faz-se necessário considerar os aspectos éticos e legais, pois a

Lei 7.486 “(…) dispõe sobre a proibição de vivissecção assim como o uso de animais

em práticas experimentais que a eles provoquem sofrimento físico ou psicológico,

sendo estas com finalidades pedagógicas, industriais, comerciais ou de pesquisa

científica”.

A concepção metodológica permite que um mesmo conteúdo específico seja

estudado em cada um dos conteúdos estruturantes, considerando-se a abordagem

histórica que determinou a constituição daquele conteúdo estruturante e o seu

propósito. Assim, se o desenvolvimento dos conteúdos estruturantes se der de forma

integrada, na medida em que se discuta um determinado conteúdo relacionado à

Biodiversidade se requer conhecimentos relacionados aos Mecanismos Biológicos e

Organização dos Seres Vivos. Assim, se compreenderá por que determinados

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fenômenos acontecem, como a VIDA se organiza na Terra e quais implicações dos

avanços biológicos são decorrentes da manipulação do material genético. Com a

introdução de elementos da história, torna-se possível compreender que há uma ampla

rede de relações entre a produção científica e o contexto social, o econômico, o político

e o cultural, verificando-se que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias

científicas, estão associadas ao momento histórico em que foram propostas e aos

interesses dominantes do período. Como recurso para diagnosticar as idéias é

necessário favorecer o debate em sala de aula, pois oportuniza análise e contribui para

a formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e

compreender a realidade.

Para que a aquisição dos conhecimentos científicos seja efetivada, os mesmos

devem ser trabalhados de forma contextualizada e interdisciplinar, para que esta

ciência auxilie o aluno a compreender melhor o funcionamento e sua interação no

ambiente em que ele está inserido. E quando possível abordar conteúdos que

envolvam a temática de história e cultura afro-brasileira e africana, dos povos

indígenas, problemas sociais aos conteúdos estruturais de modo contextualizado.

4. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é um dos aspectos mais importante no processo pedagógico. Uma

vez que a Biologia tem conhecimentos difíceis, que não estão ao alcance de todos.

Segundo a LDB “O processo de avaliação deve ter como objetivo detectar

problemas, servir como diagnóstico da realidade em função da qualidade que se deseja

atingir” Sendo assim, não é um elemento isolado no processo de ensino e

aprendizagem, está diretamente relacionado ao currículo, projeto político pedagógico,

aos objetivos do ensino, às concepções de educando, homem, sociedade e processo

de ensino e aprendizagem.

A perspectiva de avaliação que se coloca é a de caráter processual, explorando

seu potencial educativo, com vistas a promover a igualdade de oportunidades e a

efetiva inclusão de todos no sistema educacional.

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Para o aluno a avaliação é um instrumento de tomada de consciência de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades de reorganizar sua aprendizagem e para o

professor é a problematização, questionamento, reflexão sobre a sua ação. Portanto

avaliar a aprendizagem do aluno é avaliar a intervenção do professor. Em caso de

necessidade de recuperação de conteúdos esta será paralela ao período letivo

constituindo um conjunto integrado ao processo de ensino e se adequando as

dificuldades dos alunos. Como alguns critérios de avaliação serão observados a

capacidade de síntese, originalidade, capacidade de resolver situações problemas,

dentre outros, que possam contribuir para uma avaliação mais coerente e diagnóstica

do processo de ensino aplicado

Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que professores se envolvam

numa análise crítica que considere a avaliação em Biologia um instrumento de

aprendizagem que forneça um feedback adequado para promover o avanço dos alunos.

Ao considerar o professor responsável, em que sua ação também estará sujeita a

avaliação, provavelmente teremos uma melhoria da qualidade do ensino, e o aluno

provavelmente alcançará os resultados desejados. Nesta perspectiva, a avaliação

como momento do processo ensino-aprendizagem, aparecimento de erros e dúvidas

dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de mediação

desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno. Os fracassos podem ser

atribuídos a fatores extra-escolares, como capacidade intelectual e ambiente familiar.

Além desses fatores tem que considerar a jornada de trabalho, a distância da escola

enfrentada principalmente pelo aluno do noturno. A superação deste senso comum

implica em estudos, pesquisas e análises de resultados, a fim de possibilitar a

elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade escolar da qual

participa.

A avaliação será diagnóstica e contínua, podendo ser individual e coletiva, oral e

escrita, através da participação dos estudantes durante as aulas, debates, pesquisas,

filmes, provas dissertativas ou de múltipla escolha, etc., utilizando ainda a recuperação

de conteúdos.

Com os instrumentos avaliativos espera-se que o aluno:

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Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular ou

pluricelular), tipo de organização celular (procarionte ou eucarionte);

Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos

que ocorrem no interior das células;

Tenha noção de como utilizar o microscópio;

Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais

freqüentes nos sistemas biológicos (histologia);

Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução

das espécies;

Reconheça as relações e valorize a diversidade biológica para a manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas:

Compreenda as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com

o meio em que vivem;

Reconheça a importância da estrutura genética para a manutenção da vida e

evolução da espécie;

Reconheça processos importantes que ocorrem no dia a dia como a fotossíntese

e a respiração celular;

Compreenda processos de transmissão das características hereditárias entre os

seres vivos;

Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os

resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;

Relacione os conhecimentos biotecnológicos das alterações produzidas pelo

homem na diversidade biológica.

Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

Estabeleça as características especificas dos animais;

Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos;

Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino,

muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

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Reconheça a importância dos processos fisiológicos dos vegetais (absorção de

nutrientes);

Compreenda fatores que influenciam tanto na fisiologia vegetal quanto animal.

Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da

pesquisa científica que envolve a manipulação genética;

Consiga estabelecer relação dos conteúdos assimilados com o seu cotidiano.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMABIS, J. M.; MARTHO, G.R. Fundamentos da Biologia Moderna. 2a edição. Editora Moderna. 1997. ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São

Paulo: EDUC, 1988. APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006. ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. Em Aberto. ano 7, n. 40, out/ dez, 1988. ASTOLFI, J. P. & DEVELAY, M. A didática das ciências. Campinas: Papirus, 1991.

BACHELARD, G. A epistemologia. Rio de Janeiro: Edições 70, 1971.

BARRA, V. M. & LORENZ, K. M. Produção de materiais didáticos de ciências no Brasil, período: 1950 a 1980. Revista Ciência e Cultura. Campinas, v. 38 n. 12, tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001. BIZZO, N. Ciências Biológicas. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004. p. 148-149. CARVALHO, A. M. P. & GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001. DEMARCHI D‟AGOSTINI, L. As Leis de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil.

FAVARETTO, J. A.; MERCADANTE, C. Biologia. 1ª. Edição. Editora Moderna, 1999

FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.

FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências. KRASILSCHIK, Myrian. Prática de Ensino de Biologia. 4 ed. São Paulo. Editora da

Universidade de São Paulo: autores associados, 2007.

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251

LAURENCE, J. Biologia. 1ª edição. Editora São Paulo: Nova Geração, 2005.

PAULINO, WILSON, R. Biologia. 8a edição. Editora Ática. 2003.

POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,

2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA - ENSINO

MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

De acordo com as DCE “a física tem como objeto de estudo o Universo em toda

a sua complexidade e por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o

estudo da natureza que, de acordo com MENEZES (2005) tem, aqui, sentido de

realidade material sensível. Entretanto, os conhecimentos de Física apresentados aos

estudantes de Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas

modelos elaborados pelo Homem”. (2008, p.3).

A História da Física mostra que essa ciência nasceu da necessidade de resolver

problemas de ordem prática a fim de garantir a subsistência humana. Iniciou-se com a

observação do movimento dos fenômenos naturais, posteriormente, com os gregos,

surgiu às primeiras sistematizações com o objetivo de explicar as variações cíclicas,

dando origem a Astronomia.

Em diferentes épocas, diferentes povos, estimulados pelos conhecimentos e

tecnologias que possuíam, contribuíram com novas descobertas que modificavam,

negavam ou superavam as descobertas anteriores possibilitando assim, a evolução

desta ciência. Os fenômenos da natureza saíram do campo da simples observação

passando a ser mensuráveis, matematizados. Os avanços tecnológicos ocorridos com a

Revolução Industrial juntamente com o avanço da ciência abriram caminho para a

sistematização de novas variantes e de novas unificações teóricas dentro da Física

possibilitando assim determinar o objeto de estudo desta ciência.

O ensino da física no Brasil foi introduzido no ano de 1808, com a vinda da

família real ao Brasil. No ano de 1837 foi criado no R de Janeiro o colégio D. Pedro II

“para servir de padrão de ensino secundário e modelo para os demais colégios a serem

criados na província. Foi adotada uma Física matematizada, quantitativa, ensinada por

meio dos manuais franceses, com ênfase na transmissão e aquisição de conteúdos,

relacionados aos problemas europeus, distantes da realidade brasileira.” (p.10). Essa

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253

predominância perdurou até meados do século XX quando começaram surgir

produções nacionais. Porém, o Golpe Militar de 1964 e a busca pela modernização e

desenvolvimento estabeleceram através da Lei 5.692/71, que o ensino de segundo grau

deveria preparar os alunos para o trabalho. Desta forma, a prática da sala de aula, mais

uma vez seguiu “à visão americana da educação como fonte de progresso econômico”

(p.12).

A partir da década de 70, a euforia pelo fim do período Militar, e fundamentados

nas idéias de teóricos e educadores como Demerval Saviani, o Estado do Paraná

desenvolveu o Currículo Básico para a Escola Pública visando à reestruturação do

Ensino, entre eles o referente à disciplina de Física. Conforme as DCEs essa proposta

de reestruturação de ensino da física buscava propiciar ao aluno uma “sólida educação

geral voltada à compreensão crítica da sociedade para enfrentar as mudanças e atuar

sobre elas, condição improvável sem a aquisição do conhecimento científico”. (p.13).

Todavia esse processo foi interrompido tendo em vista que as novas demandas da

educação do país seguiam diversos documentos de organismos mundiais.

A partir de 2003 o Estado do Paraná propôs uma nova mobilização coletiva para

elaboração de novas diretrizes curriculares estaduais, estas “Diretrizes buscam

construir um ensino da Física centrada em conteúdos e metodologias capazes de levar

os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que

esta não é somente fruto da racionalidade científica. É preciso ver o ensino da Física

com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e

a beleza dos conceitos científicos”. (MENEZES, 2005).

A disciplina de Física tem como objetivo construir o ensino de física centrado em

conteúdos e metodologias capazes de levar os estudantes a refletir sobre o mundo das

ciências, sob a perspectiva de que esta ciência não é fruto apenas da pura

racionalidade científica. Assim, busca-se contribuir para o desenvolvimento de um

sujeito crítico capaz de admirar a beleza da produção científica e compreender a

necessidade deste conhecimento para entender o universo de fenômenos que o cerca,

percebendo a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais

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políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento com as estruturas

que representa estes aspectos:

Compreender a física hoje, a partir, sempre que possível dos elementos

vivenciais e mesmo cotidianos, a fim de garantir consistência na percepção de

sua utilidade e universalizar o saber científico e tecnológico, interagindo

professor e aluno à busca do conhecimento;

Entender que a física deve educar para cidadania e contribuir para

desenvolvimento de um sujeito capaz de admirar a beleza da produção científica

ao longo da história;

Considerar a dimensão crítica do conhecimento sobre o universo de fenômenos

ao fazer perceber a não neutralidade de sua produção, mas seu

comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e

culturais;

Construir um ensino de física centrado em conteúdos e metodologias capazes de

levar o estudante uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva

de que esta não é somente fruto da racionalidade científica.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Movimento;

Termodinâmica;

Eletromagnetismo.

6. CONTEÚDOS BÁSICOS:

1ª SÉRIE: Movimento:

Momentum e inércia;

Conservação de quantidade de movimento (momentum);

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Variação da quantidade de movimento = impulso

2ª Lei de Newton;

3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio.

Gravidade

Energia e Princípio da Conservação de energia;

Variação/transformação da energia de parte de um sistema – trabalho e

potencia;

Fluídos;

Oscilações.

2ª SÉRIE: Termodinâmica:

Leis da termodinâmica:

Lei zero da termodinâmica

1ª Lei da Termodinâmica

2ª Lei da Termodinâmica

3ª Lei da Termodinâmica.

3ª SÉRIE

Eletromagnetismo:

Carga, corrente elétrica, Campo

Força eletromagnética

Equações de Maxwell: (lei de Gauss (Lei de Coulomb para eletrostática), Lei de

Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)

Óptica.

7. ENCAMINHAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS:

O saber físico trás um novo paradoxo às novas descobertas no campo da

ciência, maior flexibilidade no manuseio do conjunto de equipamentos, procedimentos

tecnológicos de uso doméstico, social, cultural, industrial profissional, tornando-se mais

comprometidos com suas estruturas e mais acessíveis à sua aprendizagem.

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Nos critérios a serem utilizados para o ensino da Física enfatiza, a forma como

ela poder ser trabalhada, as condições centralizadas nos objetivos estabelecidos. Em

momento algum deve deixar de promover a construção do conhecimento. Usar de

recursos atuais, tais como: aula expositiva, trabalhar com textos e contextualização,

pesquisas científicas, utilização de recursos áudio visual, prática laboratorial, vídeos,

mapas conceituais, laboratório de informática, calculadoras de bolsos, celulares,

pendrive, etc. Para enfatizar os objetivos propostos, a cultura física deve ser

apresentada em forma de desafios, onde os estudantes se mobilizem de recursos

cognitivos, busquem sua realização pessoal e fortaleça a perseverança para novas

tomadas de decisão.

Para Menezes (2004) a disciplina de Física deve educar para a cidadania

contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza

da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta

dimensão do conhecimento para o estudo do universo e de fenômenos que o cerca.

Ressaltamos ainda, a importância de um enfoque conceitual em que os procedimentos

matemáticos sejam considerados como pressuposto teórico que afirma que o saber

físico é uma forma de construção humana com significado histórico, crítico evolutivo e

social.

O conhecimento dos conceitos relacionados à Física pode proporcionar um

melhor entendimento dos fenômenos naturais e das inúmeras aplicações práticas

desses conceitos que no cotidiano abre-se como um “leque” de perspectivas para que o

estudante entenda a contribuição não apenas para a aquisição de conhecimentos

científicos, mas também, para dar mais consciência do seu verdadeiro papel de cidadão

neste mundo cada vez mais globalizado.

No ensino médio, a física é incorporada à cultura integrada como instrumento

tecnológico à formação da cidadania contemporânea. Permite ainda elaborar modelos

de evolução cósmica, investigar os mistérios do mundo das partículas que compõem a

matéria e ao mesmo tempo permitir desenvolver novas fontes de energia para uso da

vida humana, transformando e criando novos materiais, inventando produtos e

tecnologias.

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Os conteúdos básicos devem se articular com os conteúdos estruturantes e ser

abordados considerando-se o contexto social, discutindo a construção científica como

um produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época.

A epistemologia, a história e a filosofia da ciência – uma forma de trabalhar é a

utilização de textos originais traduzidos para o português, pois se entende que eles

contribuem para aproximar os estudantes e professores da produção científica, da

compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas, dos obstáculos

epistemológicos encontrados, etc.

O reconhecimento da física como um campo teórico, ou seja, considera-se

prioritário os conceitos fundamentais que dão sustentação aos conteúdos básicos, pois

se entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e utilização

de linguagem próprias da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência.

Portanto é fundamental o domínio das idéias, das leis, dos conceitos e definições

presentes na teoria e sua linguagem científica.

Também é de fundamental importância trabalhar as relações da Física com a

Física e, com outros campos do conhecimento ressaltando o cotidiano, as concepções

dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e idéias em Física como

possíveis pontos de partida para problematizações.

Faz-se necessário a utilização de experimentação para formulação e discussão

de conceitos e idéias de movimento, termodinâmica e eletromagnetismo articulado com

os conteúdos básicos.

Os desafios educacionais contemporâneos como educação ambiental, educação

fiscal, cultura afro-brasileira e indígena conforme a Lei nº 11.645/08, violência nas

escolas, entre outras, serão trabalhados à medida que o conteúdo da física permitir

buscando contemplar os conteúdos na sua totalidade evidenciando as dimensões

filosóficas, artísticas e cientificas dos mesmos.

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8. AVALIAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico da escola propõe a avaliação que permite

qualificar o processo ensino-aprendizagem. Portanto, a avaliação deve ter a função de

diagnosticar o ensino aprendizagem considerando o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno, levando em conta o conhecimento prévio dos estudantes,

como fruto de suas experiências de vida em seu contexto social, também deve

proporcionar dados que permitem a reflexão sobre a ação pedagógica possibilitando

reorganizar os conteúdos / instrumentos e métodos de ensino sempre que necessário

conforme orientação dos DCEs e do PPP. “considerando a dimensão diagnóstica, a

avaliação é um instrumento tanto para que o professor conheça o seu aluno, bem como

a valorização do progresso, tornando-o referencial de análise, observando seu trabalho

individual e as atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem e

também no desenvolvimento das outras etapas do processo educativo”. (p.47).

A avaliação enquanto parte do processo ensino-aprendizagem norteia o trabalho

docente de forma a tornar o ensino democrático e inclusivo uma vez que possibilita

conhecer os limites e as possibilidades dos educandos aceitando as individualidades e

diversidades e intervindo nas necessidades educacionais de cada um. Assim, torna-se

fundamental que o processo de avaliação inclua uma variedade de situações de

aprendizagem, possibilitando a valorização do progresso do aluno, tornando-o como

referencial de analise, observando seu trabalho individual e as atitudes desenvolvidas

no decorrer do processo de aprendizagem, sobre tudo as diferenças e tempo na

aprendizagem de cada aluno.

5 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARRO, Wilson; Guimarães, Osvaldo. Física. São Paulo: Moderna, 2000. FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antônio de Toledo. Física básica. São Paulo: Atual, 1998 MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física: de olho no mundo do trabalho. São

Paulo: Scipione, 2003.

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259

PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba: SEED: julho/2006.

POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,

2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. ROMANOWSKI, Poana Paulin. Aprender: indicações da prática docente. Texto apresentado em painel no XIII ENDIPE. PUCPR, 2005. SILVA, Djalma Nunes. Física Paraná. São Paulo: Ática, 2004.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA - ENSINO

MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O conhecimento Químico começou a se desenvolver a milhares de anos antes

de Cristo, foi construído historicamente nas relações políticas, econômicas sociais e

culturais das diferentes sociedades. Questões ideológicas possibilitaram o

desenvolvimento de concepções mais críticas a respeito das relações da Química na

sociedade. Como exemplo, a superação da idéia do flogisto desenvolvida por Stahl a

partir de uma adaptação da teoria de um dos seus mentores, Johann Joachim Becher pelo esclarecimento da combustão por Lavoisier no século XVII, assim começou o

desvendar para a Química Clássica, como era chamada, a partir do século XVIII e XIX,

com Lavoisier, Berzélius, Gay-Lussac, Dalton, Wöhler, Avogadro, Berthelot, Kékule, e

tantos outros.

É importante ressaltar, que a sociedade Oriental influenciou na construção do

conhecimento da Química, com as práticas alquímicas, dos boticários, perfumistas e da

medicina oriental, que foram difundidas pelos árabes em séculos anteriores ao

estabelecimento da Química como Ciência Moderna, não ficando apenas restrito em

dizer que a constituição desse saber como ciência teve seu cenário de desenvolvimento

no modo de produção capitalista Europeu.

Porém, os avanços científicos químicos atrelados com os tecnológicos

favoreceram o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias

e materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou

um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles

os plásticos e vários tipos de polímeros, o que influenciou nos hábitos do ser humano,

uma vez que foram lançados no mercado de consumo inovadores utensílios fabricados

com diversos materiais. Além disso, no decorrer do desenvolvimento das civilizações,

outros aspectos da vida cotidiana, como alimentação, agricultura e o uso de

combustíveis fósseis ganharam novos enfoques paralelamente às descobertas da

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ciência Química. Com esses avanços começou a exigir desta ciência respostas

precisas e específicas às suas demandas econômicas, sociais e políticas.

Para adquirir tantos avanços tecnológicos acredita-se numa abordagem de

ensino de Química voltada à construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos nas atividades em sala de aula (MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de

Química, na perspectiva conceitual, retoma a cada passo o conceito estudado, na

intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos envolvidos, dando-lhe

significado em diferentes contextos.

Isso ocorre por meio da inserção do aluno na cultura científica, seja no

desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, e ainda

na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia. Isso implica

compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito dos

conceitos de Química.

O ensino de Química deve ter em vista não só a aquisição dos conhecimentos

que constituem esta ciência em seu conteúdo, em suas relações com as ciências afins

e em suas aplicações à vida corrente, mas também, e como finalidade educativa de

particular interesse, a formação do espírito científico. – Reforma Gustavo Capanema –

1942 a 1960. (SENNA apud SCHNETZLER, 1981, p. 10).

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química sintética

3. CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE

1ª SÉRIE

Conteúdos Básicos

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Matéria;

Ligação Química;

Funções Químicas;

Reações Químicas;

Gases;

Radioatividade.

2ª SÉRIE

Solução;

Reações Químicas;

Cinética Química;

Equilíbrio Químico;

Radioatividade.

3ª SÉRIE

Funções Orgânicas;

Matéria;

Reações Químicas.

Observação: A intercalação dos conteúdos é de fundamental importância para

estabelecer o conhecimento químico, por isso devem ser trabalhados em conjuntos e

não expostos de maneira desfragmentada.

Conteúdos Básicos:

Matéria;

Soluções;

Velocidade das reações;

Radioatividade;

Ligação Química;

Reações químicas;

Equilíbrio químico;

Gases;

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Funções químicas.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Segundo FOURQUIN, 1993,

[...] ninguém pode ensinar, verdadeiramente, se não ensina alguma coisa que

seja verdadeira ou válida a seus próprios olhos. Esta noção de valor intrínseco

da coisa ensinada, tão difícil de definir e de justificar quanto de refutar ou

rejeitar, está no próprio centro daquilo que constitui a especificidade da intenção

docente, como projeto de comunicação formadora. (FOURQUIN, 1993)

Os conteúdos básicos de Química deverão ser abordados em sala de aula

partindo do conhecimento prévio dos alunos, no qual se incluem as idéias pré-

concebidas sobre Química e/ou concepções espontâneas que os mesmos fazem

durante a convivência do dia-a-dia, reunindo a vivência individual com a coletiva, das

quais será construído o saber socialmente sistematizado (conhecimento científico).

Para que a aquisição dos conhecimentos científicos seja efetiva, os mesmos

devem ser trabalhados de forma contextualizada e interdisciplinar, para que esta

ciência auxilie o aluno a compreender melhor o funcionamento e sua interação no

ambiente em que ele está inserido. Os conteúdos serão trabalhados de forma que

envolvam as temáticas de história da cultura afro-brasileira e africana, dos povos

indígenas, problemas sociais contemporâneos que institui a Política Nacional de

Educação Ambiental, relacionando-os aos conteúdos estruturantes de modo

contextualizado.

As atividades experimentais serão abordadas de forma com que seja o ponto de

partida para a apreensão de conceitos e sua relação com as idéias a serem discutidas

em aula. É um encaminhamento metodológico que contribui para que o aluno

estabeleça relações entre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, exponha suas idéias

sobre o conceito científico que está sendo abordado, melhor entendê-lo ou até

modificá-lo, além de que propicia para despertar a curiosidade do aluno.

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A cada conteúdo, serão feitas discussões em sala de aula sobre a importância

que estes possuem na vida prática do aluno. Serão propostos exercícios em sala de

aula que de preferência, devem estar ligados a situações do cotidiano do aluno, embora

possam exigir tratamento em diferentes níveis de abstração. O professor deverá

estimular o aluno a fazer leituras e pesquisas em livros, revistas, jornais, páginas

eletrônicas, etc., realizando trabalhos e atividades em grupos ou individuais, que ao

longo do ano letivo poderão ser apresentados em eventos diversos, como por exemplo,

a mostra interdisciplinar da escola.

3. AVALIAÇÃO

De acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola a avaliação

[...] deve centrar-se na forma como o aluno aprende, sem descuidar da

qualidade do saber. A aprendizagem se dá numa construção pessoal do sujeito

que aprende, influenciada tanto pela características pessoais quanto pelo

contexto social. Assim, a avaliação deve ser de forma contínua, formativa, na

perspectiva do desenvolvimento integral do aluno com o objetivo de detectar e

prevenir os problemas identificando as possíveis causas de seus fracassos ou

dificuldades, visando uma maior qualificação da aprendizagem, promovendo a

participação efetiva do professor nesse processo (PPP, p. 44).

Partindo desse pressuposto, a avaliação deverá levar em consideração todo

conhecimento prévio do aluno, permitindo ao mesmo construir e reconstruir os

significados dos conceitos científicos, e essa (re) construção está articulada às

abordagens histórica, sociológica, ambiental e experimental desses conceitos. Para

tanto se devem usar vários instrumentos de avaliação que possibilitem várias formas de

expressão do aluno, como: leitura e interpretação de textos relacionados com a

disciplina, produção de texto, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas

bibliográficas, relatórios ou questões discursivas referentes às aulas práticas,

apresentação de seminários ou palestras, provas escrita e oral, trabalhos com jogos,

cruzadinhas e dinâmicas com os alunos, atividades a partir de recursos audiovisuais

visando atender a todos os alunos. Ressaltando que esses instrumentos de avaliação

devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

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A avaliação deverá ser tal maneira que o conhecimento de conceitos químicos

seja articulado às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construção

coletiva do conhecimento deverá ser diagnóstica e cumulativa. A recuperação assim

como a avaliação, devera estar de acordo com o regimento interno da escola.

E dessa forma, espera-se que o aluno no final de todo o processo pedagógico

entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área de

Química. Tome posições críticas frente às situações sociais e ambientais

desencadeadas pela produção do conhecimento químico.

Para tanto o professor poderá utilizar de diversos critérios de avaliação, como

alguns utilizados na Disciplina de Química:

3.1 Critérios de Avaliação:

O aluno será avaliado por várias formas descritas abaixo:

3.1.1 Projeto de pesquisa bibliográfica – a solicitação de uma pesquisa exige

enunciados claros e recortes preciosos do que se pretende.

Critérios para avaliação do aluno quanto:

A contextualização identifica a situação e o contexto com clareza;

Ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado,

delimitando o foco da pesquisa na busca de solução;

A justificativa aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;

O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou

paráfrases, referenciando-os adequadamente.

3.1.2 Palestra/Apresentação Oral – a atividade de palestra/apresentação oral

possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a do conteúdo aborbado, bem

como argumentar, organizar e expor suas idéias.

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Critérios - O aluno:

demonstra conhecimento do conteúdo;

apresenta argumentos selecionados;

demonstra seqüência lógica e clareza na apresentação;

faz uso de recursos para ajudar na sua produção.

3.1.3 Atividades experimentais – estas atividades requerem clareza no

enunciado e propicia ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que esta

ocorrendo, levando em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de

forma significativa.

Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno

experimentado, do conceito a ser construída ou já construída, a qualidade da

interação quando ao trabalho se realiza em grupo, entre outra possibilidade.

Critérios - O aluno ao realizar seu experimento:

registra as hipóteses e os passos seguidos;

demonstra compreender o fenômeno experimentado;

sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais;

Consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos.

3.1.4 O relatório – é um conjunto de descrições e analise da atividade

desenvolvida, auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando

ainda, a reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu

conhecimento.

No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas

ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais

resultados podem-se extrair deles.

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São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e

consideração finais.

Critérios - O aluno:

Faz a introdução como informações que esclareçam a origem de seu

relatório, apontando quais os objetivos da atividade bem como a relevância do

conteúdo abordado e conceitos construídos;

descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade

desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se esta

falando ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos

resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões

teóricas que deram origem á atividades em questão.

3.1.5 Atividades a partir de Recursos Audiovisuais – o trabalho com filmes

documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso

escolhidos é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não

esta didatizado, vem apresentado em linguagem especifica e com

intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do

conteúdo cabe ao professor.

Critérios - O aluno:

compreende a interpreta a linguagem;

articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual.

reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.

3.1.6 Trabalho em Equipe – desenvolvendo dinâmicas com pequenos grupos,

na tentativa de proporcionar aos alunos experiências que facilitem o processo de

aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a interação social, conduzindo o aluno

a compartilhar seu conhecimento.

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O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades,

sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis,

mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e

científicos.

Critérios - O aluno:

interage com o grupo;

compartilha o conhecimento;

demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de

aula, na produção coletiva de trabalhos;

compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e

sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

3.1.7 Questões discursivas – essas questões possibilitam verificar a qualidade

da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão

discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e

reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos

conceitos.

Alem disso, a resposta a uma a uma questão discursiva permite que o professor

identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a

importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.

3.1.9 Questões objetivas – este tipo de questão tem como principal objetivo a

fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar u enunciado objetivo e

esclarecedor, usando um vocabulário contextual adequado, possibilitado ao

aluno a compreensão do que foi solicitado.

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Para a construção desse tipo de questão o professor não deve

desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de

cada questão direcionada para cada serie com vistas a não cometer injustiças.

Critérios - O aluno:

Realiza leitura compreensiva do enunciado;

Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;

Utiliza de conhecimentos adquiridos.

4. REFÊRENCIAS

FELTRE, Ricardo. Química. Vol 1, 2 e 3. 6.ed. São Paulo: Moderna, 2004. FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura. As bases sociais e pistemológicas do conhecimento escolar.Porto Alegre, ARTMED, 1993. LEE, John D. Química Inorgânica não tão Concisa. ‟Tradução de‟ TOMA, Henrique E;

ARAKI, Koiti; ROCHA, Reginaldo. 5.ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1999. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química: professor/pesquisador. 2.ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de educação Básica. Colégio Estadual Unidade Polo. Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2008. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Livro Didático Público. Química - Ensino Médio. 2 ed. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: química. Curitiba, 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão,

2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010. SANTOS, P.O.; BISPO, J.S.; OMENA, M.L.R. de A. O Ensino de Ciências Naturais e Cidadania sob a ótica de professores inseridos no Programa de Aceleração de Aprendizagem da EJA: Ciência & Educação, v.11, n.3, p. 411-426, 2005.

SANTOS, W.L.P dos; MÓL, G. de S. Química&Sociedade. Livro do professor. São Paulo, Editora Nova Geração, 2005. SARDELLA, Antônio. Química – Volume Único. 5.ed. São Paulo: Ática, 2005.

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270

SCHNETZLER, R.Um estudo sobre o tratamento do conhecimento químico em livros didáticos dirigidos ao estudo secundário de química de 1875 a 1978.Quimica Nova, V.4, n.1, p.6-15, 1981. SOLOMONS, Graham; FRYHLE, Craig. Química Orgânica. „Tradução de‟ LIN, Whei

Oh. 7.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA -

ENSINO MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser ministrada

na sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das ciências, do mito,

da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um lado, a dificuldade para

seu ensino está no fato de nela residir o pensamento racional e sistemático de mais de

2500 anos, por outro lado, a facilidade para o seu ensino está no fato de que nela se

pode encontrar pedagogias e métodos que trazem luz para a definição da pedagogia e

do método a ser adotado pelo professor para o ensino da filosofia.

A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no contexto

escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas, morais e sociais

que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de uma inserção social

mais crítica.

Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são

tidos como definitivos/absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que uma

ciência exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma; por outro

lado, se bem entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que essa não exatidão

dá, pode ser fator estimulante ao aprendizado dos mesmos.

O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As mais

tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos estruturantes,

mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se necessário preservar suas

características específicas, ex: diálogo, problematização, argumentação,

sistematização, imparcialidade, busca constante.

A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao

período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares

Nacionais – PCNs, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No documento

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PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico passa para a

perspectiva da transversalidade. Permanece na ante-sala, algo que se atribuía

importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração. Foram vários os

encontros e debates de professores e a comunidade propondo recolocar a

obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resultado foi o projeto de Lei nº 3.178/97,

aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente F H C.

Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em defesa

da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. O CNE/CEB atende tais

aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é aprovada a lei Nº 15. 228

de 25/07/2006, que no Art. 2º, lês-se que “a Filosofia objetiva consolidar a base

humanista da formação do educando, propiciar a capacidade do pensar e repensar de

modo crítico o conhecimento produzido pela humanidade, sua relação com o mundo e a

constituição de valores culturais, históricos e sociais, fundamental na construção e

aprimoramento da cidadania”.

Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, institui a

obrigatoriedade da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho Estadual

de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação N.º 03/08, com o seguinte teor:

uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 4

anos. Do ponto de vista legal está demarcado o retorno da disciplina de Filosofia à

Matriz Curricular do Ensino Médio.

O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia busca

compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um sentido,

seu objeto é “os sentidos, os significados e os valores que dimensionam e norteiam a

vida e a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do existir humano na

história” (LUCKESI, 2002). Nesse sentido, a filosofia é um instrumento para os

estudantes lerem a realidade histórico-social. Tal instrumento se diferencia das outras

disciplinas em seu próprio método de ensino, pois “o ato de ensiná-la se confunde com

a transmissão do estilo reflexivo, e o ensino da filosofia somente logrará algum êxito na

medida em que tal estilo for efetivamente transmitido, pensar e repensar a cultura não

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se confunde com compatibilização de métodos e sistematização de resultados; é uma

atividade autônoma e de índole crítica” (LEOPOLDO, 1992, p. 163).

É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que propõe

o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição filosófica,

denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta Pedagógica Curricular

é uma ferramenta de orientação para o trabalho com a disciplina de Filosofia na escola

que, em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o Livro Didático Público, a Ontologia de

textos filosóficos e as matérias disponíveis na biblioteca do professor contribuem para o

trabalho com a filosofia no espaço escolar.

2. JUSTIFICATIVA

A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não

é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo.

Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além

de sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a

ciência, seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a

arte; pode pensar o próprio homem em sua vida cotidiana, a economia, a política, a

ética. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e instituições porque questiona

o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é, questiona a prática política,

científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.

Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio

é entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a

ela indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais para os

homens, em cada época.

A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa, sistemática e

deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade

do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação do Colégio ao instituir a

disciplina de Filosofia no Ensino Médio; a busca pelo ensino da reflexão filosófica,

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instrumentalizando os alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua

realidade.

A Filosofia objetiva consolidar a base humanista da formação do educando,

propiciar a capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido

pela humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores culturais,

históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da cidadania.

3. CONTEÚDOS DE FILOSOFIA

Os conteúdos apresentados nesse planejamento seguem as orientações da DCE

de Filosofia, o qual se organizou também o livro didático público de Filosofia, a partir de

conteúdos denominados conteúdos estruturantes e básicos. Os conteúdos específicos

serão apresentados pelo professor no Plano de Trabalho Docente - PTD.

1º SÉRIE

Conteúdo Estruturante

1. Mito e Filosofia

Conteúdo Básico

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação Mito e Filosofia;

Atualidade do mito;

O que é Filosofia?

Conteúdo Estruturante

2. Teoria do Conhecimento

Conteúdo Básico

Possibilidade do conhecimento;

As formas de conhecimento;

O problema da verdade;

A questão do método;

Conhecimento e lógica.

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2º SÉRIE

Conteúdo Estruturante

3. Ética

Conteúdo Básico

Ética e moral;

Pluralidade ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das Normas;

Conteúdo Estruturante

Filosofia Política

Conteúdo Básico

Relações entre comunidade e poder;

Liberdade e igualdade Política;

Política e Ideologia;

Esfera pública e privada;

Cidadania formal e/ou Participativa;

3º SÉRIE

Conteúdo Estruturante

5. Filosofia da Ciência

Conteúdo Básico

Concepções de ciência;

A questão do método Científico;

Contribuições e limites da Ciência;

Ciência e ideologia;

Ciência e ética;

Conteúdo Estruturante

6. Estética

Conteúdo Básico

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.

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Estética e sociedade;

4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho

escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um ensino

significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto, é possível

viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do mundo da

linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes, dialogando criticamente

todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor relacionar os conteúdos estruturantes

e básicos com os problemas vivenciados pelos alunos, para que na investigação o

estudante perceba como tais problemas foram resolvidos na história da filosofia com o

auxílio de textos filosóficos. A leitura do texto deve dar subsídios para que o aluno

possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações, criar conceitos e desenvolver o

exercício do próprio pensamento, isto é, problematizar filosoficamente situações da vida

atual, sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.

Mobilização para o conhecimento:

É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto. Normalmente

os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação ao que o professor

propõe, mas se o tema for apresentado na perspectivas da mobilização, penso que é

possível iniciar um processo de ensino significativo. É interessante iniciar tal processo

com uma música; uma figura; um vídeo; um poema; uma brincadeira; um jogral. Enfim,

algo que seja convidativo para o início de uma aprendizagem.

Problematização

Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema e/ou

problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa

necessariamente por um processo de questinamento. O professor instiga os alunos a

proporem problemas para investigar. São esses questinamentos que vão nortear os

passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira forma para homem

explicar a realidade?)

Investigação

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Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a

avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o aluno

por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos alunos se

expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar um ambiente

propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para iniciar sua prática

docente.

Criação de conceitos

Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”, aqui

nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito, mas ele pode

dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o momento, etc. e até

mesmo na avaliação.

Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a

pedagogia histórico-crítica desenvolvida por João Luiz Gasparin: Prática social inicial do

conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e Prática social final do

conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9).

Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia,

conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em sala

de aula será abordado a partir da necessidade do aluno.

Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica de

integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos alunos.

Quando for possível, a sala será organizada em semicírculo para melhor contato com

os alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca organizada em duplas

e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois além de facilita no diálogo a compreensão

dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará aprendendo a arte pesquisa

bibliográfica; Aula na sala de informática para desenvolver o processo de pesquisa e

aprofundar temas; Quando possível as aulas poderão ocorrer no pátio da escola

aproveitado do espaço físico para trabalhar conteúdos específicos; poderão ser

utilizados, documentários, filmes e músicas.

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Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da

historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Filosofia o

professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos demonstrando o

diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afro-brasileira e indígena.

5. PROCESSO DE AVALIAÇÃO

Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abangente da

existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de

captar seus avanços, suas resitências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de

decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido, a avaliação é

uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo de ensino-

aprendizagem.

A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliar em filosofia

e como? A Diretriz propõe que se sigam os pressupostos:

qual discurso tinha antes;

qual conceito trabalhou;

qual discurso tem após;

A proposta de trabalho de avaliar ocorrerá no sentido de contribuir tanto para o

professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o desenvolvimento do

aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua contribuição para a

coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e processual, podendo ser adotados

como instrumentos, além da auto-avaliação:

Produção de texto/redação individual e/ou dupla em sala e/ou extra classe para

que o aluno demonstre a apreensão e o domínio dos conceitos filosóficos

trabalhados e os relacione com o cotidiano vivido;

Atividades em sala e participação nas discussões e reflexões sobre o tema de

estudo;

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Avaliação bimestral individual de carater reflexivo.

Para a recuperação paralela o professor aotará os critérios estabelecidos pelo

estabelecimento de ensino.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:

Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993. ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino. São

Paulo: Cortez, 2004. BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo. 6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997. CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas - o século XX. Rio de

Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol. CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995. CHAUI, Marilena. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2004 COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São

Paulo:Saraiva, 2005. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São Paulo:Saraiva, 2005. FOLSCHEID, Dominique; WUNEMBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica.

São Paulo: Martins Fontes, 1999. GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000. JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006. KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In : PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Curitiba, 2005. KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.

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PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação básica: Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.

POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III, IV, V,

VI, VII). REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos cursos de segundo grau e de graduação. 13.ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar Ed.

2005. SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção coltura Escola e Ensino. Ed. Unijuí.

SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1993.

TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed. Blumenau.

Nova Letra, 2007.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA -

ENSINO MÉDIO

1. INTRODUÇÃO

De acordo com Celso Vasconcelos (2009), há duas tarefas básicas em relação à

Proposta Curricular: definir os saberes necessários e organizar a forma de trabalhá-los

no âmbito da instituição de ensino. Cabe aqui, esclarecer os propósitos da própria

proposta curricular, apresentar a disciplina de Sociologia, seus conteúdos e sua

importância, além do processo histórico que a levaram a fazer parte da grade curricular

nacional a partir de 2008, como disciplina obrigatória. O currículo alcança uma

dimensão política e social e neste contexto, a disciplina de Sociologia teve uma

trajetória de idas e vindas no histórico escolar do ensino médio no Brasil.

Evidencia-se a necessidade de relatar brevemente a trajetória desta disciplina

exatamente pela instabilidade da Sociologia nos currículos escolares, ora presente, ora

ausente, ao sabor dos interesses dos governantes em determinar os saberes e os

conteúdos que deveriam ser ensinados nas escolas de nível médio. Os saberes e os

conteúdos relacionados a esta disciplina devem ser contextualizados exatamente

porque se faz necessário problematizar e discutir nas escolas as questões políticas e

sociais.

Segue-se a orientação por uma proposta pedagógica que seja articulada a partir

das noções de trabalho e conhecimento. Parte-se da noção de trabalho porque ele é o

elemento organizador da vida social, pois é a única atividade que permite ao ser

humano desenvolver uma auto-reflexão sobre a natureza a ponto de transformá-la,

segundo suas necessidades. Sendo o trabalho uma atividade coletiva, percebe-se que

os seres humanos atuam uns com os outros e tecem assim as relações sociais. Parte-

se também do conhecimento porque é uma dimensão do próprio ato de trabalhar: nos

gestos da produção e reprodução da sua existência, os indivíduos organizam e

acumulam experiências, desenvolvem uma reflexão (sistematizada ou não), que lhes

permitem aperfeiçoar sua vida. O conhecimento também é, portanto, expressão de um

determinado modo de organização social. (Meksenas, 1994)

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De acordo com o sociólogo Paulo Meksenas (1994, p. 23-24), “ser cidadão é ter

direito ao trabalho, à participação consciente das riquezas sociais que o indivíduo ajuda

a construir. O que só é possível plenamente quando o sujeito compreende a

organização do trabalho e do conhecimento na sociedade contemporânea em que ele

vive e atua”.

Para atingir o objetivo de que o aluno obtenha o domínio dos conhecimentos de

Sociologia para o exercício da cidadania como está escrito na Lei de Diretrizes e Bases

da Educação – LDB 9394/94, é necessário ir além dos conteúdos programáticos.

Enxergar o aluno como sujeito de direitos. É preciso apreender, professores e alunos a

importância de todas as disciplinas e como elas se inter-relacionam no intuito de formar

para a vida em comunidade.

2. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Com o título de Sociologia: O que estuda e como se relaciona com as disciplinas

afins, Alfredo Guilherme Galliano em seu livro Introdução à Sociologia, explica que a

palavra Sociologia é de origem recente, do mesmo modo que a própria disciplina. É

uma mistura composta de elementos de duas línguas, criada pelo francês Augusto

Comte em 1839. Do latim vem o termo sócio, que exprime a ideia de “social”, e do

grego vem o termo logos, que significa “palavra” ou “estudo”. A definição etimológica de

Sociologia significaria então, simplesmente, “o estudo do social” ou “o estudo da

sociedade” (GALLIANO, 1981, p. 5). Logicamente que a etimologia da palavra não é

suficiente para definir e entender o que é a Sociologia. Nesta ótica Galliano explica:

Quando se fala em sociedade, o que se tem em mente é sempre a ideia de

homens (seres humanos) em interdependência. A noção de interdependência

diz respeito, aqui, ao fato básico de que os homens não vivem isolados, mas

juntos; à formação de agrupamentos estáveis onde se dá o encontro do homem

com o homem; ao estabelecimento de relações de cooperação, luta e domínio

entre os homens no interior desses agrupamentos; e ao desenvolvimento ou

destruição das culturas humanas que decorrem de tais relações (GALLIANO,

1981, p. 5).

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Assim aproxima-se um pouco mais da definição do termo Sociologia, e também

se define melhor o objeto de estudo desta disciplina. Ainda segundo Galliano:

“Sociologia é o estudo dos homens em interdependência” (GALLIANO, 1981, p. 5).

Um dos autores que melhor sintetizou a trajetória da Sociologia no Brasil e da

Sociologia no Ensino Médio no Brasil é Nelson Dácio Tomazi, professor da

Universidade Estadual de Londrina (UEL), com base em suas análises aponta-se aqui

um breve histórico desta disciplina. Para esse autor, desde 1865, a Sociologia começa

a dar os primeiros passos no Brasil. Sob forte influência do positivismo comtiano, foi

publicada a obra A escravatura no Brasil, de F. A. Brandão Júnior. Em seguida, um dos

precursores da Sociologia no Brasil, Sílvio Romero, publicou Etnologia selvagem, em

1872, e Etnografia brasileira, em 1888. No início da década de 1920, a Sociologia inicia

sua trajetória no Ensino Médio através das escolas de São Paulo e Rio de Janeiro

(TOMAZI, 2000, p. 9)

Pode-se afirmar que é no período 1930/1940 que a Sociologia coloca as suas

bases no Brasil, pois procura, por um lado, definir mais claramente as fronteiras com

outras áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia. Por

outro lado, institucionaliza-se com a criação de escolas e universidades, nas quais a

disciplina de Sociologia passa a ter um espaço e é promovida a formação de sociólogos

(TOMAZI, 2000, p. 9).

Assim, foi criada em 1933 a Escola Livre de Sociologia e Política (ELSE), em

São Paulo, com o objetivo de formar técnicos, assessores e consultores capazes de

produzir conhecimento científico sobre a realidade brasileira e, principalmente, que

aliassem esse conhecimento à tomada de decisões no interior do aparato

estatal/governamental federal, estadual e municipal (TOMAZI, 2000, p. 9).

A seguir foram fundadas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade

do Distrito Federal (UDF), respectivamente, em 1934 e 1935. Nelas, através das

Faculdades de Filosofia, a preocupação maior era formar professores para o ensino

médio, principalmente para as escolas normais, formadores de professores para o

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ensino fundamental. Definia-se, assim, o espaço profissional dos sociólogos: trabalhar

nas estruturas governamentais ou serem professores (TOMAZI, 2000, p. 9).

Foram muitos os professores estrangeiros que aqui vieram principalmente para a

implantação da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo; por isso, pode-se

afirmar que foram eles que deram o grande arranque inicial para o desenvolvimento da

Sociologia no Brasil. Entre eles podem ser citados: Donald Pierson, Radcliff Brown,

Claude Levi-Strauss, Georges Gurvitch, Roger Bastide, Charles Mozaré, e Jacques

Lambert, que estiveram tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro e permitiram a

formação e o desenvolvimento de inúmeros sociólogos no Brasil (TOMAZI, 2000, p. 9).

Com as obras de Gilberto Freire, Oliveira Vianna, Fernando Azevedo, Sérgio

Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior já se encontrava uma produção sociológica

significativa. Agora com a presença dos professores estrangeiros, essa produção

aumenta e a Sociologia no Brasil se firma, surgindo uma nova geração que vai definir

claramente os rumos dessa disciplina no Brasil. Os trabalhos de Egon Shaden,

Florestan Fernandes, Antonio Cândido, Azis Simão, Rui Coelho, Maria Izaura de

Queiroz, em São Paulo, e A. Guerreiro Ramos, A. Costa Pinto e Hélio Jaguaribe, no Rio

de Janeiro, terão seguidores em todo o território nacional (TOMAZI, 2000, p. 9-10).

A partir das décadas de 1950/1960 disseminam-se as Faculdades de Filosofia,

Ciências e Letras no Brasil, em universidades ou fora delas, e a Sociologia vai fazer

parte do currículo dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como independente

em outros cursos. O objetivo dos cursos de Ciências Sociais era formar pessoas

(técnicos e professores) capazes de produzir uma “solução racional”, isto é, baseada na

razão e na ciência, para as questões nacionais. Assim, a Sociologia, nessas décadas,

tornou-se disciplina hegemônica no quadro das Ciências Sociais no Brasil, a primeira a

formar uma “escola” ou uma “tradição”, tendo em Florestan Fernandes um dos seus

principais mentores (TOMAZI, 2000, p.10).

Como decorrência desse projeto, vários autores surgem em diferentes áreas do

pensamento sociológico e estes desenvolverão pesquisas e ensino. Apenas para citar

alguns daqueles que a partir das décadas de 1960/1970 passam a ter suas obras lidas

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e reconhecidas: Octavio Ianni, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort,

Francisco de Oliveira, José de Souza Martins, Leôncio Martins Rodrigues, Juarez

Brandão Lopes, Maurício Tragtenberg, entre outros (TOMAZI, 2000, p. 10)

Em relação à presença da Sociologia no ensino médio, o mesmo autor aponta

que pela primeira vez no Brasil, a disciplina de Sociologia foi apresentada como

integrante do currículo do ensino fundamental e médio através da reforma proposta por

Benjamim Constant, cuja morte não permitiu a continuidade de discussão do projeto.

Somente a partir de 1925 é que a disciplina passou a integrar o currículo do curso

médio do Colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Fernando de

Azevedo (TOMAZI, 2000, p. 10).

A partir de então, a disciplina de Sociologia teve um percurso de difícil presença

no currículo do ensino médio. A Reforma Rocha Vaz (1928) integrou os currículos dos

cursos das Escolas Normais do Distrito Federal e de Recife. Nesta última cidade a

Sociologia foi incluída por iniciativa de Gilberto Freire, cuja obra marcaria a

consolidação da pesquisa científica na área (TOMAZI, 2000, p. 10)

A Reforma Francisco Campos (1931) ampliou a inserção da disciplina nas

escolas de nível médio, mas a reforma educacional de Gustavo Capanema (1942)

restringiu seu ensino, determinando sua presença obrigatória apenas nas Escolas

Normais e no período de 1964 até 1982 foram promulgadas a Lei 7.044 e a Resolução

SE/236/83. Esta última recomendava, explicitamente, a inserção da Sociologia na grade

curricular optativa das escolas de nível médio, ela estava fora do currículo (TOMAZI,

2000, p. 10)

Mais recentemente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), Lei n°

9394/1996, recolocou a disciplina na estrutura curricular do ensino médio. Afirma que

os alunos, ao final do período, devem deter os conhecimentos sociológicos, deixando,

portanto, para os governos estaduais, núcleos regionais de ensino e até para as

escolas a liberdade da definição do modo como serão passados esses conhecimentos

(TOMAZI, 2000, p. 10)

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A luta pela reinserção das disciplinas de Sociologia e Filosofia extrapolou os

âmbitos do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais de Educação e ganhou

força em toda a sociedade civil organizada. Partidos políticos, grêmios estudantis,

sindicatos de professores entre outras organizações, todos no intuito de que essas

disciplinas voltassem a ser obrigatórias nas grades curriculares do Ensino Médio em

todo o Brasil. Na década de 1990 foi aprovada no Congresso Nacional uma lei que

incluía as disciplinas de Sociologia e Filosofia no ensino médio. Em 2001 essa lei foi

vetada pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, dizendo que

não haveria professores suficientes para ministrarem essas aulas entre outras

alegações.

A partir de 2002 as reivindicações continuaram e os atores envolvidos na

questão não desistiram da luta pela obrigatoriedade do ensino destas disciplinas nas

escolas de nível médio. Em 24 de novembro de 2005 foi protocolado no Conselho

Nacional de Educação o Ofício n° 9647/GAB/SEB/MEC. Neste ofício o Secretário de

Educação Básica do Ministério da Educação encaminhou para apreciação um

documento anexado sobre as “Diretrizes Curriculares das disciplinas de Filosofia e

Sociologia do ensino médio”, elaborado pela Secretaria com a participação de

representantes de várias entidades. O documento juntado continha uma série de

considerações favoráveis à inclusão obrigatória das disciplinas no currículo do ensino

médio. Com apoio na própria LDB, mas com a necessidade de alterá-la, os

componentes desta comissão desenvolveram uma argumentação que defendia a

presença da Sociologia e Filosofia como disciplinas obrigatórias.

O Conselho Nacional de Educação - CNE aprovou parecer favorável à inclusão

das disciplinas de forma obrigatória no Ensino Médio e abriu caminho para a

deliberação no Congresso Nacional. Estas disciplinas passaram a ser obrigatórias no

Ensino Médio após a aprovação da Lei Federal n° 11.684, de 02 de junho de 2008. No

Paraná a obrigatoriedade da Sociologia já havia sido determinada pela lei nº 15.228 de

25/07/2006, mas diante da nova determinação legal de que a disciplina deve estar

presente em todas as séries do Ensino Médio, o Conselho Estadual de Educação/PR,

aprovou em 07/11/08 a deliberação n.º 03/08, com o seguinte teor: uma série em 2009;

duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012 nos cursos de 04 anos.

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Nesse sentido, esta Proposta Pedagógica Curricular busca orientar o trabalho

com a disciplina de Sociologia no âmbito das escolas públicas jurisdicionada ao NRE de

Campo Mourão.

3 – CONTEÚDOS DA DISCIPLINA:

1ª SÉRIE

Conteúdos estruturantes:

O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.

Conteúdos básicos:

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.

O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.

Conteúdos estruturantes:

Processo de socialização e as instituições sociais.

Conteúdos básicos:

Processo de socialização;

Instituições familiares;

Instituições escolares;

Instituições religiosas;

Instituições de reinserção.

2ª SÉRIE

Conteúdos estruturantes:

Cultura e Indústria Cultural

Conteúdos básicos:

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Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades;

Diversidade cultural;

Identidade;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo;

Conteúdo estruturante

Trabalho, Produção e Classes Sociais

Conteúdos básicos

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais: testamentos, castas, classes sociais

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo;

Relações de trabalho;

Trabalho no Brasil.

3ª SÉRIE

Conteúdos estruturantes:

Poder, Política e Ideologia

Conteúdos básicos:

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

Estado no Brasil;

Conceitos de Poder;

Conceitos de Ideologia;

Conceitos de dominação e legitimidade;

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

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Conteúdos estruturantes

Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

Conteúdos básicos:

Direitos: civis, políticos e sociais;

Direitos Humanos;

Conceito de cidadania;

Movimentos Sociais;

Movimentos Sociais no Brasil;

A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

A questão das ONG‟s.

4. PROPOSTA DE METODOLOGIA

A Diretriz de Sociologia trás uma proposta de abordagem metodológica para o

trabalho em sala de aula, “os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para

a construção do pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa

de campo; análise crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos”

(PARANÁ, 2008, p. 95). Ao apresentar cada uma das proposta ressalta a importância

do trabalho com os estudantes, na perspectiva de desenvolver um aprendizado

significativo e crítico. Sobre o trabalho com a pesquisa de campo salienta

A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou depois de se apresentar o

conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do

conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para

problematizações a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o

desenvolvimento dos conteúdos, os resultados deverão comprovar ou refutar o

que foi discutido à luz das teorias sociológicas (PARANÁ, 2008, p. 95).

A prática da pesquisa de campo é uma boa opção para envolver os estudantes

em um trabalho mais dinâmico, mas para isso é necessário um bom planejamento.

Cabe ao professor a tarefa de planejar e conduzir a execução da pesquisa que pode

ser realizada no próprio ambiente escolar e na comunidade ao entorno.

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A opção por “filmes e vídeos sob um olhar crítico” é alternativa para o ensino de

sociologia, para tanto, uma advertência, “um filme deve ser entendido também como

texto e, como tal, é passível de leitura pelos alunos. Os filmes são dotados de

linguagem própria e compreendê-los não significa apenas apreciar imagens e sons“

(PARANÁ, 2008, p. 96).

No que tange a esse encaminhamento é preciso ter claro a dificuldade de se

trabalhar com tais ferramentas e o planejamento deverá ser rigoroso. Ao professor cabe

propor:

[...] uma interpretação analítica e contextual e, assim sendo, alguns passos

devem ser seguidos: a) a escolha do filme não deve estar relacionada somente

ao conteúdo, mas também à faixa etária e o repertório cultural dos alunos; b)

aspectos da ficha técnica do filme devem estar incluídos na atividade como o

ano, o local de produção, a direção, premiações, assunto da obra, onde e

quando se passa; c) a elaboração de um roteiro que contemple aspectos

fundamentais para o conteúdo em estudo possibilitará uma melhor

compreensão do trabalho, chamando a atenção dos alunos para questões

sociológicas que possam estar correlacionadas; d) a discussão das temáticas

contempladas deve estar articulada às teorias sociológicas e à realidade

histórica referida; e) a sistematização das análises a partir do filme e/ou vídeo,

pode ser feita por meio da produção de um texto ou de outro meio de expressão

– visual, musical, literário – para completar a atividade (PARANÁ, 2008, p. 96 -

97).

Por fim, a Diretriz propõe o trabalho em sala de aula a partir da leitura e análise

de textos sociológicos, organizado pelo professor, a partir dos recortes permitidos pelos

conteúdos. Tais recortes precisam ser contextualizados com a obra do autor e com

outros textos para que os estudantes percebam as controversas entre os autores e

assim, rompem com a visão dogmática das “verdades” estabelecidas. Para tanto,

“recomenda-se articular os excertos dos textos sociológicos acadêmicos a textos de

livros didáticos, procurando garantir a cientificidade do conteúdo trabalhado,

adequando-o ao universo cultural do aluno (PARANÁ, 2008, p. 97).

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Uma das dificuldades para tal proposta diz respeito à falta de obras disponíveis

ao alcance dos professores e alunos. Tal dificuldade pode ser solucionada com o

“acervo bibliográfico formado pela Biblioteca do Professor, pela Biblioteca do Ensino

Médio e pela Biblioteca de Temas Paranaenses. Nelas, estão disponíveis fontes de

pesquisa para o professor, seja para seu próprio estudo e aperfeiçoamento, seja como

material para dar suporte ao trabalho com os alunos”. Não se pode esquecer que o

“Livro Didático Público de Sociologia é outro importante suporte teórico e metodológico

desta disciplina e constitui um ponto de partida para professores e alunos” (PARANÁ,

2008, p. 97).

Embora a Diretriz aponte uma proposta metodológica, não significa que esteja

proibido trabalhar com outras abordagens. Muitos professores que atuam nas escolas

conhecem e trabalha com a proposta formulada pelo professor João Luiz Gasparim, tal

proposta contempla o que solicita a Diretriz. Existem ainda outras abordagens que

podem ser usada pelo professor.

Para finalizar o professor conta ainda com uma orientação dos recursos didático-

pedagógicos que podem se útil em seu trabalho diário: aulas expositivas dialogadas;

aulas em visitas guiadas a instituições e museus, quando possível; Exercícios escritos

e oralmente apresentados e discutidos; leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-

contemporâneos, temáticos, didáticos, literários, jornalísticos; Debates e seminários de

temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa: pesquisa de campo, pesquisa

bibliográfica; Análises críticas: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV;

análise crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.

Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do ensino da

historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de Sociologia tais

conteúdos serão abordados, quando do trabalho em sala de aula com o conteúdo

específico de sociologia possibilitar tal diálogo.

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4. AVALIAÇÃO

As propostas de avaliação que constam na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB) serão levadas em consideração no ensino desta disciplina. Uma

avaliação que seja diagnóstica, formativa, processual e continuada. De acordo com as

DCEs:

A avaliação no ensino de Sociologia, proposta nestas Diretrizes, pauta-se numa

concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam

afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor em sala de

aula. Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e

articulando-a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma

prática avaliativa que vise “desnaturalizar” conceitos tomados historicamente

como irrefutáveis e propicie o melhoramento de senso crítico e a conquista de

uma maior participação na sociedade (PARANÁ, 2008, p. 98).

As formas de avaliação devem constar no Plano de Trabalho Docente. Abaixo,

algumas formas de avaliação conforme segue:

Prova individual com vários tipos de questões como: responder perguntas;

questões para enumerar; questões para completar; questões objetivas com

múltipla escolha;

Prova individual com uma ou duas questões que deverão ser respondidas

dissertativamente;

Atividades diferenciadas como: trabalhos, pesquisas, relatórios, exercícios no

caderno, participação nas aulas, entre outras;

Atividade extraclasse;

Trabalhos em grupo;

Aplicar no mínimo três avaliações por bimestre;

Realizar uma avaliação de recuperação de conteúdos, se necessário.

5. REFERÊNCIAS

GALLIANO A. G. Introdução à Sociologia. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981.

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GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas – SP: Autores Associados, 2002. – (Coleção Educação Contemporânea) GIROUX, H. Pedagogia Social. São Paulo: Cortez, 1983.

MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério

2º grau) TOMAZI, Nelson D. (coord.) Iniciação à Sociologia. 2ª ed. rev. e ampl. São Paulo: Atual, 2000. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: SOCIOLOGIA. Curitiba: SEED, 2008. POLO, Unidade Colégio Estadual – Projeto Político Pedagógico. Campo Mourão, 2010. POLO, Unidade Colégio Estadual – Regimento Escolar. Campo Mourão, 2010.

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ANEXO IV

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO PROFISSIONAL – TECNICO EM SERVIÇOS DE

RESTAURANTE E BAR

ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Estabelecimento: Colégio Estadual Unidade Polo – EFMP

Município: Campo Mourão

Curso: Tecnico em Serviços de Restaurante e Bar

Forma: Subsequente Implantação Gradativa a Partir do Ano de 2009

Turno: Noturno CH: 960 h/a – 800 horas

Módulo: 20 Organização: Semestral

Disciplinas Semestre H/A

Horas

1º 2º

1 Fundamentos do Trabalho 3 60 50

2 Administração de Restaurantes e Bares 3 60 50

3 Serviços de Sala e Copa 4 4 160 133

4 Higiene e Segurança Alimentar 3 2 100 83

5 História, Arte e Cultura da Gastronomia 3 60 50

6 Informática Básica 2 40 33

7 Introdução a Enologia 2 40 33

8 LEM – Espanhol 2 2 80 67

9 LEM – inglês 2 2 80 67

10 Psicologia Social e do Trabalho 2 2 80 67

11 Serviços de Bar 3 3 120 100

12 Tópicos Especiais em Gastronomia 4 80 67

Total 24 24 960 800

Estágio Supervisionado 3 60 50

OBS.: O curso está estruturado em 02 (dois) semestres totalizando 800 horas de Estágio Supervisionado.

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ANEXO V

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO PROFISSIONAL – CURSO TÉCNICO EM

SERVIÇOS DE RESTAURANTE E BAR

Dados Gerais do Curso

Habilitação Profissional: Técnico em Serviços de Restaurante e Bar

Eixo Tecnológico: Hospitalidade e Lazer

Carga Horária: 800 h

Regime de Funcionalidade: de 2ª a 6ª feira do(s) período(s) manhã, tarde ou noite

Nº de vagas: 40 alunos por turma

Período de integralização do curso: minimo de 01 ano e máximo de 05 anos

Requisitos de Acesso: conclusão do Ensino Médio

Modalidade: presencial

Justificativa:

A organização do curso visa o aperfeiçoamento na concepção de uma formação

técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como princípios que

sintetizem todo o processo formativo. Tem como eixo orientador a perspectiva de uma

formação profissional de totalidade permitindo que o técnico em formação se perceba

como sujeito histórico que produz sua existência pela interação consciente com a

realidade construindo valores, conhecimento e cultura.

O curso Técnico em Serviços de Restaurante e Bar enfatiza, na organização dos

conhecimentos, a promoção e o resgate da formação humana onde o aluno, além dos

conhecimentos técnico-científicos específicos, se habilita ao enfrentamento consciente

da realidade dada com consciência crítica, cultura e ação criativa.

Objetivos:

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1. Organizar experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos e

conscientes, capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em que

vivem.

2. Oferecer um processo formativo que sustentado pela formação geral obtida no

nível médio assegure a integração entre a formação geral e a de caráter

profissional.

3. Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais

estabelecendo uma abordagem integrada das experiências educativas.

4. Oferecer um conjunto de experiências teóricas-práticas em hospitalidade e lazer

com a finalidade de consolidar o “saber fazer”

5. Destacar em todo o processo educativo a importância do serviço em restaurante

e bar.

6. Possibilitar busca de soluções aos desafios e problemas da prática profissional

dentro dos princípios estéticos, éticos e políticos.

Perfil Profissional de Conclusão de Curso:

O técnico em Serviços de Restaurante e Bar ao concluir o curso deverá

compreender tomar decisões e propor soluções relativas ao serviço de Restaurante e

Bar, dando atendimento aos clientes em todos os aspectos. Desempenhar com

qualidade todos os serviços correlatos a função de garçom comunicando-se com

adequação profissional, seguindo regras de etiqueta e privilegiando a boa relação com

a equipe de trabalho e os clientes. Controlar e avaliar o processo de avaliação, higiene

e manipulação dos alimentos em mesas e bandejas, depósitos e cozinhas do local de

trabalho.

Critérios de Avaliação de Aprendizagem:

A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com

as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,

bem como diagnosticar seus resultados e o seu desempenho, em diferentes situações

de aprendizagem. Preponderarão os aspectos qualitativos da aprendizagem,

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considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos , com

relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e a de elaboração sobre a

memorização, num processo de avaliação contínua, permanente e cumulativa.

A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para aprovação a

nota 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi insuficiente será submetido a

recuperação de estudos de forma concomitante ao período letivo.

Critérios de Aproveitamentos de Conhecimentos e Experiências Anteriores:

O estabelecimento de ensino poderá aproveitar mediante avaliação,

competência, conhecimentos e experiências anteriores, desde que diretamente

relacionadas com o perfil profissional de conclusão da respectiva qualificação ou

habilitação profissional, adquirida:

No Ensino Médio;

Em qualificações Profissionais, etapas ou módulos em nível técnico concluídos

em outros cursos, desde que cursados nos últimos cinco anos;

Em cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, no trabalho ou por

meios informais;

Em processos formais de certificação;

No exterior.

Certificados e Diplomas

O aluno ao concluir com sucesso conforme organização curricular aprovada

receberá o Diploma de Técnico em Serviços de Restaurante e Bar.

Princípios Norteadores

Consonante às diretrizes do Projeto Politico Pedagógico da escola, o curso

profissional subsequente em Serviços de Restaurante e Bar afirma a educação como

uma das vias para a construção de uma sociedade mais justa e integrada.

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Na forma subsequente a educação profissional se constitui como educação

continuada, de maneira que haja oportunidade aos adultos e jovens concluintes do

ensino médio obter a formação profissional, ou ainda, atualizarem-se na profissão.

Considerando o trabalho como forma de realização e produção humana tanto

quanto práxis econômica, o curso possibilita a compreensão dos princípios científicos

da produção através da história e a compreensão dos princípios científicos-

tecnológicos da produção moderna, aliada a configuração cultural dos diversos grupos

sociais com seus valores éticos políticos, morais e simbólicos.

A profissionalização sob a perspectiva da integração entre trabalho, ciência e

cultura prepara para o mercado de trabalho dando aos alunos autonomia, senso crítico

e a compreensão da dinâmica produtiva da sociedade moderna. Emancipação,

desenvolvimento e inserção sociopolíticos aliados a formação científica e tecnológica

são condicionantes ao enfrentamento da vida emocional, social, política e produtiva.

Dimensão Teórica Metodológica

O curso profissional Técnico em Serviços de Restaurante e Bar, cuja modalidade

é subsequente ao Ensino Médio, possui alunos cuja terminalidade é recente e outros

que se formaram há anos. Devido a esse quadro, alguns conceitos científicos, técnicos

e culturais precisam ocasionalmente ser retomados para a apropriação efetiva dos

conteúdos básicos do curso profissionalizante.

O eixo definidor da condução metodológica dos conteúdos estará centrado nos

processos produtivos e sociais que regem e são regidos por princípios científicos,

políticos e tecnológicos determinados pelo mundo da produção e organização social

capitalista.

A metodologia materialista dialética vista como movimento do pensamento para

a compreensão da realidade não é de fácil compreensão e execução. A práxis

pedagógica está sendo estudada e paulatinamente colocada em exercício, por alguns

docentes, reconsiderando o método conteudista centrado apenas na informação para

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uma visão amplificada de relacionamento entre os fatos, entre a parte e a totalidade,

estabelecendo conexões entre teoria e prática, sujeito e objeto, indivíduo e sociedade.

A informática, como equipamento a ser dominado e operacionalizado, é uma das

competências a serem adquiridas ou aprimoradas pelos alunos como instrumento

laboral. Assim também os recursos tecnológicos e informacionais disponíveis na escola

auxiliarão os professores na condução de suas aulas uma vez que a escola é carente

de materiais, equipamentos e de instrumentos tão necessários à relação teoria-prática.

Enfim, a proposta metodológica e o teor dos conteúdos do curso propõem para o

educando uma formação científica, tecnológica, cultural, politica e social com finalidade

de garantir o acesso ou permanência no trabalho com responsabilidade, incentivando-o

a continuidade e aprimoramento educacional.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA

BÁSICA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE INFORMÁTICA BÁSICA

O homem, desde seus primórdios, esta em constante evolução. Nesse processo

evolutivo, suas características físicas sofrem grandes mudanças, entretanto, os pontos

marcantes da evolução são as inovações, criações, ideias decorrentes de sua

capacidade de pensar. Entre tantas criações, uma das mais notáveis foi a criação do

computador, uma máquina desenvolvida para uso científico de profissionais da

computação. Tal invenção possibilitou ao homem calcular o que seu intelecto não podia

e armazenar grandes quantidades de informação, acessá-las de forma rápida e

eficiente quanto necessário. A combinação de hardware e software do computador

ganhou proporções mundiais sendo aplicado nas diversas áreas de pesquisas médicas,

espaciais, nucleares entre tantas outras áreas como nos negócios, entretenimento,

educação, política.

Segundo um dos grandes nomes da literatura mundial na área de computação

(Pressman, 2006), ninguém na década de 1950 poderia imaginar que o software

(programa de computador) se tornaria uma tecnologia indispensável para tantas áreas

como a dos negócios, ciência e engenharia.

A abrangência de áreas em que o computador esta presente hoje de deve a sua

popularização, a qual só pode acontecer quando esta máquina sofreu redução em seu

tamanho e principalmente em seu preço. Ao mesmo tempo em que o computador veio a

incluir as pessoas (acessível financeiramente a grande parte da população) e também

gera exclusão para aqueles que não o possuem ou que ao menos sabem como utilizá-

lo.

Com ampliação da utilização dos computadores (programas de computador) nas

áreas de negócio (setor produtivo), os profissionais dessa área são confrontados com

essa nova realidade – o trabalho sendo realizado (em parte) no computador.

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Ainda é grande o número de pessoas que não sabem utilizar essa máquina e

que trabalham nesse setor ou que pretende trabalhar. Dessa nova realidade surgem à

necessidade de capacitar tais profissionais ao uso dos computadores (informática) –

exigência do mercado atual.

2. OS QUATRO EIXOS DO CURSO

Ciência;

Trabalho;

Cultura:

Tecnologia.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINADA

Para a realidade do setor produtivo (em especial o de serviços em restaurante e

bar) a capacitação deve ser direcionada ao uso básico do sistema operacional

(Microsoft Windows), as ferramentas de produtividade ( Microsoft Word e Excel) e

ferramentas de pesquisa como navegadores de internet e gerenciadoras de e-mail.

Entretanto, a política adotada no sistema de educação do estado do Paraná fornece

uma estrutura diferenciada do que estes futuros profissionais encontrarão no mercado

de trabalho. Os computadores são em células (uma mesma estrutura para ser utilizada

por quatro alunos), sistema operacional desenvolvido pelo departamento de informática

o Paraná Digital (PRD) e os programas de produtividade (escritório) em versão livre

(sem custo para sua utilização) BrOffice. Essa condição dificulta a aprendizagem dos

alunos, pois estes precisam aprender os dois sistemas e as diferenças entre os dois e

para alunos que nunca tiverem contato com o computador, é um grande desafio de

persistência em aprender e se manter no curso.

3.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Operação software da área de alimentos e bebidas;

Diagnóstico de pontos críticos nas informacionais entre os setores do

estabelecimento;

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Checagem do status de serviço das praças de um restaurante;

Sistema de informação dos controles e do restaurante e bar.

3.2 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Conceitos básicos

Hardware;

Software;

Microsoft Windows

Área de trabalho;

Ícones, botões, menus, janelas e cursor;

Familiarização com o teclado e mouse;

Windows Explorer;

Pasta, Arquivo, Diretório e Unidade;

Criação de Pastas e Arquivos;

Bloco de Notas;

Paint;

Paraná Digital (PRD)

Área de Trabalho;

Botões, atalhos, menus, barra de acesso rápido e janelas;

Pasta, Arquivo, Diretório e Unidade;

Criação de Pastas e Arquivos;

BrOffice – Writer

Janela Principal

Barra de Título, Menu, Ferramentas, Régua, Status e Rolagem

Formatação de Texto

Inserção de Imagem

Criação de Tabelas

BrOffice – Calc

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Janela Principal

Barra de título, Menu, Ferramentas, Régua, Status e Rolagem

Formatação de Célula

Formulas

Gráficos

Internet

Pesquisa

E-mail

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Concepção teórica e metodológica

Recursos didáticos e metodológicos

Para o melhor aprendizado dos alunos na disciplina, as aulas serão expositivas e

participativas:

Expositivas porque os conteúdos precisam ser revisados e/ou vistos.

Participativa pela necessidade de assimilação de conhecimentos aparentemente

descontextualizados com o objetivo do curso, intimamente relacionado ao

mercado de trabalho. A contextualização se dará por meio de estudos de casos

reais.

Os recursos utilizados serão o quadro branco e pincel, multimídia e o laboratório

de informatica (computadores)

5. AVALIAÇÃO, INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS

O processo avaliativo se dará no decorrer do período letivo, pelo corpo docente e

discente, adequando-se as orientações da Secretaria da Educação e da legislação

expedidas pelo Conselho de Educação.

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Os critérios de aprovação dos alunos no final de cada curso são estipulados pelo

estado e adotados pela escola. Em cada disciplina, o aluno deverá atingir a frequência

mínima de setenta e cinco por cento e ainda a média final sessenta pontos (décimos),

essa combinação gera a aprovação do aluno.

A forma de avaliação da disciplina de informática básica será diagnosticada ( em

todo o período letivo), somativa (no final de cada bimestre por meio de atividades

específicas), qualitativa (utilizando da avaliação formativa). Esse processo será

continuo no decorrer do período letivo.

As avaliações da disciplina, como já citado anteriormente, serão continuas e em

momento específicos (somativa). Os instrumentos avaliativos e critérios a serem

utilizados de acordo com os conteúdos previstos no Plano Docente, descritos abaixo:

Questões discursivas: compreensão do enunciado, planejamento da solução e

da forma adequada para a mesma, comunicação por escrito com clareza,

utilização da norma culta (padrão) da língua portuguesa;

Questões objetivas: leitura compreensiva do enunciado – objetiva, demonstrando

conhecimento de aspectos definidos no conteúdo;

Debate: posicionamento em relação ao mundo do trabalho, observação de

pensamentos divergentes, exposição de seu posicionamento, reflexão sobre as

divergências de pensamento, propostas e ações para solucionar um estudo de

caso;

Atividades Experimentais: (estudo de casos): compreensão/interpretação da

linguagem utilizada (contextualização), proposição de solução embasado nos

conceitos, conteúdos abordados em aula.

7. REFERÊNCIAS

HOUAISS, A., Dicionário Eletrônico Houaiss da língua Portuguesa. Rio de Janeiro:

Editora Objetiva, 2000.

PARANÁ - Diretrizes da Educação Profissional. Secretaria Estadual da Educação SEED.

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PARANÁ - Princípios Políticos e Pedagógicos que Subsidiaram as discussões das capacitações realizadas pelo DET/SEED até a presente data. Secretaria Estadual da

Educação SEED.

PRESMAN, R. S. Engenharia de Software. 6ed. São Paulo: McGraw-Hil. 2006.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DISCIPLINA DE HISTÓRIA, ARTE E

CULTURA DA GASTRONOMIA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A história da gastronomia se iniciou quando o homem desceu das árvores para

caçar. A gastronomia integra à cultura, hábitos e costumes de diversos povos. Refletem

o espírito de cada época, as raízes históricas e religiosas. A esta arte abrange a

culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e todos os aspectos culturais

a ela associados. Sendo esta mais rica que somente a culinária, que possui um foco

maior nas técnicas de preparo dos alimentos. O prazer proporcionado pela comida é um

dos fatores mais importantes da vida depois da alimentação de sobrevivência.

A gastronomia nasceu desse prazer e constituiu-se como a arte de cozinhar e

associar os alimentos. Cultura muito antiga, a gastronomia esteve na origem de

grandes transformações sociais e políticas. A riqueza de alimentos trouxe a curiosidade

pela novidade e pelo exotismo. O homem teve então necessidade de complementar a

sua dieta com alimentos que localmente não tinha, dando origem ao comércio. Nas

grandes navegações, por exemplo, o homem não só levava aquilo que era de seu uso

diário como introduzia novos alimentos por onde passava.

A disciplina tem como foco principal fornecer aos alunos o conhecimento a

respeito de todos os processos históricos da formação da concepção da alimentação.

Dessa forma, é necessário que compreendam a dimensão histórica e social que a

alimentação representa. O ato de comer possui um sentido simbólico para o indivíduo e

o ato de alimentar-se junto representa fraternidade e companheirismo.

A arte de cozinhar tem um sentido amplo, além do sentido dado na antiguidade

de que o ato de cozinhar era simplesmente misturar vários ingredientes. Existe hoje o

sentido de que se alimentar é sentir prazer em comer e não simplesmente matar a fome

e sim proporcionar o máximo de prazer a quem come. Na gastronomia existem

referências que devem ser respeitadas, pois cozinhar é trazer junto de si a tradição de

um povo, a cultura de uma terra e, além disso, é estimular no indivíduo o sentido da

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criação, da invenção da mistura de novos ingredientes. A cozinha possui a marca de

uma história, de uma sociedade e de um povo ou nação a qual este pertence. A

gastronomia é cultural, pois ela permite que nos liguem ao que fomos um dia e ao que

seremos no futuro.

Com este conhecimento o indivíduo é capaz de enfrentar o dia-a-dia que a

profissão oferece, fazem com que este enfrente os desafios e o senso comum com uma

base cultural e conhecimento científico que lhe permite atuar nas mais diversas áreas

dentro de bares e restaurantes.

2. CONTEÚDOS BÁSICOS

As transformações no processo histórico na gastronomia mundial;

História da gastronomia a origem de suas práticas diárias em serviços de

restaurante;

Ritos e rituais à mesa;

O consumidor: “tabus alimentares e simbolismo”;

Processo de aculturação na gastronomia.

Introdução à história da Gastronomia no Mundo (Pré-história, Idade Antiga, Idade

Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea);

Introdução a História da Gastronomia no Brasil (descobrimento do Brasil,

Colonização do Brasil, Afirmação da cozinha brasileira);

As refeições Gregas;

As refeições Romanas;

A Gastronomia na Atualidade;

Ritos e rituais a mesa (Ética e etiqueta, primeiros documentos normativos,

processo de civilização, o controle dos gestos);

Função social dos banquetes nas primeiras civilizações;

Alimentação no Antigo Egito;

Arqueologia dos equipamentos culinários no fim da idade média;

Alimentação e classes sociais no fim da idade média;

Sistemas Alimentares e modelos de civilização;

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Estruturas de produção e sistemas alimentares;

A cozinha árabe e sua contribuição à cozinha européia;

Os primórdios da hotelaria na Europa;

As bebidas coloniais e a rápida expansão do açúcar;

Imagens da alimentação na arte moderna;

Transformações no consumo alimentar;

Nascimento e a expansão dos restaurantes;

A indústria alimentar e as novas técnicas de conservação;

Alimentação regional do noroeste do Paraná.

3. METODOLOGIA

O enfoque metodológico implica em unificar cultura e trabalho levando em conta

as dimensões e mutações políticas e produtivas através da história. Considerando a

divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de

aulas expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e

individuais, realização de seminários, análise de texto, palestras, visitas técnicas,

utilização de material bibliográfico, Tvmultimídia, pesquisas na internet além da

utilização de vídeos e outros.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade

do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo o aluno que

cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de entender os

processos pelo qual a gastronomia mundial e brasileira passou. Além de compreender

o nascimento dos restaurantes e da gastronomia até os dias de hoje. Além disso, aluno

deverá dominar tópicos tais como: conhecer a história da gastronomia desde a pré-

história até os dias atuais, entender o modelo das refeições, compreenderem os ritos e

os rituais a mesa, entender a função social da alimentação e os sistemas de

alimentação e conhecer as gastronomias regionais, brasileiras e internacionais.

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Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e

discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a

10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi

insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao

período letivo.

5. REFERÊNCIAS

CASCUDO, Luis Câmara. História da Alimentação no Brasil. Editora: Global. São

Paulo, 2004.

FLANDRIN, Jean-Louis; MONTARANI, Massimo. História da Alimentação. Editora: Estação Liberdade. São Paulo, 1998.

LEAL, Maria Leonor de Macedo. A História da Gastronomia. Editora: SENAC Nacional. Rio de Janeiro, 1998.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HIGIENE E

SEGURANÇA ALIMENTAR – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA

De acordo com Hipócrates: "Faça do alimento sua Medicina, e da Medicina seu

alimento", provavelmente ele já tinha consciência de que boa parte dos problemas de

saúde do ser humano, vem do consumo do alimento de má qualidade, assim como um

bom estado de saúde e equilíbrio, depende de alimentos saudáveis.

A alimentação e a nutrição são requisitos básicos para a promoção e proteção do

direito à saúde. São elas que garantem a afirmação plena do potencial de crescimento

e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Esses direitos estão

consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada há cerca de

sessenta anos, os quais foram potencialmente reafirmados no Pacto Internacional dos

Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), em 1966 e, incorporados à

legislação nacional, em 12 de dezembro de 1991.

Segurança alimentar é um conjunto de normas de produção, transporte e

armazenamento de alimentos visando determinadas características físico-químicas,

microbiológicas e sensoriais padronizadas, segundo as quais os alimentos seriam

adequados ao consumo.

Estas regras são, até certo ponto, internacionalizadas, de modo que as relações

entre os povos possam atender as necessidades comerciais e sanitárias. Por esta

razão alguns países adotam "barreiras sanitárias" a matérias-primas agropecuárias e

produtos alimentícios importados. Com o aumento do rigor da legislação, a criação de

órgãos governamentais que atuam na fiscalização, um maior esclarecimento por parte

da população e o desenvolvimento de "tecnologias limpas" têm permitido significativa

redução destes perigos.

Uma das tendências mais importantes no processo de segurança alimentar é a

implantação do rastreamento do campo ao prato do consumidor. Isso esta na prioridade

máxima de vários setores, principalmente daqueles que sofrem com a falsificação de

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seus produtos, fato que pode por em risco a credibilidade dos mesmos e causar

grandes prejuízos financeiros em casos de contaminação.

O conhecimento de medidas de controle de qualidade dos alimentos é

importante devido à exigência do mercado de trabalho por um profissional bem

qualificado e com capacidade de garantir a qualidade e a segurança de um alimento.

O Serviço de Alimentação tem como finalidade alimentar o indivíduo. Além de

oferecer um alimento que seja atrativo e saboroso, porém, esta não é a única

finalidade, também devemos oferecer um alimento que seja seguro do ponto de vista

higiênico-sanitário, ou seja, este alimento deve estar livre de contaminações.

Atualmente, a sociedade busca por qualidade em todas as questões humanas.

Tem-se que as empresas alimentícias têm no controle de qualidade a garantia de

fortalecimento no mercado. Dessa forma, esta disciplina tem como finalidade orientar o

indivíduo da melhor forma para combater a contaminação dos alimentos através do

conhecimento de como, onde e porque ocorre a contaminação nos alimentos.

2. CONTEÚDOS BÁSICOS

Controle de perigos: definição e qualificação;

Contaminação alimentar;

Controle de perigos e ações corretivas;

Controle de água;

Controle de pragas;

Controle da saúde do manipulador;

Comportamento no trabalho;

Higienização de superfícies e higiene pessoal, de equipamentos e de Utensílios;

Pré-preparo e preparo de alimentos;

Posicionamento de alimentos;

Utilização de sobras;

Legislação vigente ANVISA Resolução n° 216.

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Introdução a Higiene e Segurança Alimentar;

Microbiologia Básica (Staphilococuc aureus, Bacillus cereus, Clostridium

botulinum, salmonella SP, Shigella SP, Escherichia coli e Clostridium

porfringens);

Registros (controle de temperatura dos alimentos, controle de temperatura dos

equipamentos, controle de recebimento, ficha de rastreabilidade);

Controle de Fornecedores;

Coleta de Amostras;

Estrutura Física;

Organização de Estoque (Almoxarifado, Depósito de Materiais de Limpeza

(DML), estoque de Carnes e derivados e Estoque de Hortifruti);

Check-list;

Higiene do Manipulador de Alimentos;

Legislação Vigente ANVISA Resolução nº 216, Portaria CVS-6/99, de 10.03.99;

Procedimentos Operacionais Padrão (POP‟s);

Procedimento para a implementação de Análise e Perigo de Pontos Críticos de

Controle (APPCC).

3. METODOLOGIA

O enfoque metodológico implica em demonstrar os tipos de contaminação,

legislações, controles gerais dentro de uma unidade de alimentação e nutrição.

O conteúdo será apresentado através de aulas expositivas, realização de exercícios de

aprendizagem, dinâmicas em grupo e individuais, realização de seminários, análise de

texto, palestras, visitas técnicas, utilização de material bibliográfico, Tv pendrive,

pesquisas na internet além da utilização de vídeos e outros.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade

do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo geral, onde o

aluno que cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de

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garantir a qualidade e a segurança alimentar de uma Unidade de Alimentação e

Nutrição.

Além disso, o aluno deverá dominar tópicos tais como: Conhecimento de todos

os perigos de contaminação alimentar; conhecimento da estrutura física de uma

Unidade de Alimentação e Nutrição; implementação de manuais de Boas Práticas de

Fabricação, Procedimentos Operacionais Padrão; implementação de Análise e Perigos

e Pontos Críticos de Controle; conhecimento das principais Legislações Sanitárias da

ANVISA, relacionadas à Unidade de Alimentação e Nutrição; conhecimento e

aplicabilidade dos programas de saúde do manipulador de alimentos.

Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e

discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a

10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi

insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao

período letivo.

6. REFERÊNCIAS

ABREU, Edeli Simioni de; SPINELLI, Mônica Glória Neumann; PINTO, Ana Maria de Souza. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. São

Paulo: Editora Metha, 2009. ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REFEIÇÕES COLETIVAS (ABERC). Manual ABERC de práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividades. São Paulo, 2008. GERMANO, Pedro Manuel Leal; GERMANO, Maria Izabel Simões. Higiene e Vigilância Sanitária de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela, 2003.

JUNIOR, Enio Alves da Silva. Manual de Controle Higiênico-Sanitário em Serviços de Alimentação. São Paulo: Livraria Varela,1995. PORTARIA CVS-6/99, de 10.03.1999.

RESOLUÇÃO - RDC -Nº 216, de 15 de Setembro de 2004.

Internet: http://www.planalto.gov.br/CONSEA/

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ADMINISTRAÇÃO

DE RESTAURANTE E BAR – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Os primeiros indícios dos processos administrativos surgiram antes de Cristo,

quando a sociedade começava a se organizar. No período neolítico, os primeiros

agricultores passaram a estocar alimentos, permitindo que a comunidade sempre

tivesse o que comer, mesmo em tempos de dificuldade. Gerenciar este plantio permitiu

que os nossos ancestrais se tornassem sedentário, dando os primeiros passos para a

sociedade que conhecemos.

A disciplina de administração de restaurantes e bares visa o aperfeiçoamento na

concepção de uma formação técnica que envolva trabalho, cultura, ciência e tecnologia

como princípios de todo o processo formativo. Esta disciplina é importante para fornecer

aos alunos o conhecimento a respeito de todos os processos que envolvem a

administração de bares e restaurantes. Isto porque toda a sociedade se organiza e

sobrevive baseado em processos administrativos, pois a administração nada mais é do

que orientar, dirigir e controlar os esforços de um grupo de indivíduos. A administração

é a organização do trabalho com o objetivo de atingir os interesses comuns da

sociedade.

A administração está inserida nas organizações para estruturar e impulsionar o

andamento dos diversos setores da organização. Muito embora seja possível criar uma

organização sem o mínimo de administração é impossível mantê-la sem administrá-la.

O que acaba por afetar muitas organizações é a falta de administração em uma ou

diversas áreas necessárias ao bom andamento da estrutura. Em um bar ou em um

restaurante (organização) pode iniciar contratando cozinheiros, garçons e todos os

funcionários. Porém, deverá possuir um departamento de compras, Recursos humanos,

gerencia atendimento e tantas outras coisas ligadas diretamente a Diretoria geral. Caso

alguma das áreas não desempenhe suas tarefas o resto de uma forma ou de outra

estará comprometido.

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Dessa forma, é necessário que os indivíduos tenham a compreensão dos

processos administrativos que compõem uma organização.

Com este conhecimento o indivíduo é capaz de enfrentar o dia-a-dia que a

profissão oferece, além disso, fazem com que este enfrente os desafios e o senso

comum com uma base cultural e conhecimento científico que lhe permite atuar nas mais

diversas áreas dentro de bares e restaurantes.

2. CONTEÚDOS BÁSICOS

Planejamento, Organização e Operação;

Estruturas Administrativas;

Higiene e Segurança Alimentar;

Fraudes, Desperdícios e Segurança;

Fornecedores, Compras e Estoque;

Tecnologia, Informatização e Controles;

Desenvolvimento por filiais e franquias;

Administração – Controle, contabilidade e movimentação de caixa;

Administração e Gerência: Financeira, Jurídica e Recursos Humanos;

Sociedade: Formação e extinção, conflitos e soluções;

Problemas com clientes, fornecedores, cartões, bancos e locação;

Recursos Humanos: recrutamento, seleção, treinamento e avaliação;

Planejamento e conceito;

Atribuições e responsabilidades: Controle de estoque;

Interpretação de ficha técnica;

Conhecimento dos processos de automoção;

Interpretação e desenvolvimento de cardápios;

Serviços e relacionamento com o cliente;

Processo de vendas em restaurante;

Métodos e promoções e incentivo de vendas;

Planejamento e organização de eventos e banquetes;

Implementação do esforço de Marketing;

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Definições e aplicações: Comunicação: a mídia, os guias e o crítico;

Plano e estratégia de Marketing: Marketing direto;

Arquitetura e interiores: food desing, identidade visual e desing, marcas;

Identidade visual desing: publicidade;

Identidade visual e desing: cardápio e folheteria.

3. METODOLOGIA

O enfoque metodológico implica em demonstrar a importância dos processos

administrativos em todos os tipos de organizações, focando principalmente a

administração dentro de bares e restaurantes, levando em conta as dimensões e

mutações políticas e produtivas através da história. Considerando a divisão e as

mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas

expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e

individuais, realização de seminários, análise de texto, palestras, visitas técnicas,

utilização de material bibliográfico, Tvmultimídia, pesquisas na internet além da

utilização de vídeos e outros.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação levará em consideração as atividades desenvolvidas e a capacidade

do aluno em assimilar os conteúdos apresentados. Tendo como objetivo o aluno que

cursar a disciplina com aproveitamento satisfatório deverá ser capaz de entender os

processos administrativos de uma organização. Além disso, o aluno deverá dominar

tópicos tais como: Planejamento, Organização e Operação; Estruturas Administrativas;

Fraudes, Desperdícios e Segurança; Fornecedores, Compras e Estoque; Tecnologia,

Informatização e Controles; Desenvolvimento por filiais e franquias; Administração –

Controle, contabilidade e movimentação de caixa; Administração e Gerência:

Financeira, Jurídica e Recursos Humanos.

Os instrumentos para avaliação serão através de pesquisa, prova escrita e

discussão de temas propostos em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a

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10,0 sendo a mínima para aprovação 6,0. O aluno cujo aproveitamento escolar foi

insuficiente será submetido à recuperação de estudos de forma concomitante ao

período letivo.

5. REFERÊNCIAS

ABREU, Edeli Simoni de; SPINELLI, Mônica Glória Neumann; PINTO,Ana Maria de Souza. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. 3° edição. Editora: Metha.São Paulo, 2009. CASTELLI, Geraldo. Administração Hoteleira. 9° edição Editora: da Universidade de

Caxias do Sul (EDUCS). Caxias do Sul, 2003. MEZOMO, Iracema F. de Barros. A Administração de Serviços de Alimentação. 4° edição. Editora: Metha LTDA.São Paulo, 1994.

TEIXEIRA, Suzana Maria Ferreira Gomes. Administração Aplicada ás Unidades de Alimentação e Nutrição. Editora: Atheneu. São Paulo, 2004.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SERVIÇO DE BAR -

ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Serviço de Sala

e Copa, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante.

Historicamente o termo Bar vem da palavra francesa “barre”, que significa barra

em português. Isto por que, em medos do século 18, na França, as tabernas possuíam

uma barra que tomava todo o comprimento do balcão, que servia para evitar que os

clientes se encostassem muito no mesmo.

Nessa época, costumavam chegar jovens americanos na França, para estudo, e

muitos deles eram assíduos frequentadores de tabernas.

A história conta que, após regressarem ao seu país, dois estudantes fundaram

um estabelecimento de venda de bebidas, que tinha uma inovação para americanos,

que era justamente a barra ao longo do balcão, assim como na França, onde os

estudantes haviam observado as tabernas, e que era uma coisa com a qual os

americanos não estavam acostumados. Assim, breve o estacionamento se diferenciou

dos demais, e pouco a pouco, a palavra barre foi divulgada e espalhada, até chegar ao

termo “bar”.

O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que

conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem

terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais

intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico.

A formação técnica, de caráter tecnológico e prático é ministrada em salas e/ou

outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração e

realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está

ainda suprida.

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As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no

mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo

educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e

empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases

que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses

diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao

mercado e às oportunidades de trabalho.

2. CONTEÚDOS BÁSICOS

Ementa: Classificação das bebidas, tipologia de bares, origem e produção de

bebidas destiladas, fermentadas e compostas. Técnicas de preparo e serviços de

coquetéis e “drinks”. “Mise-em-place” do bar.

Conteúdos:

Bebidas alcoólicas;

Bebidas não alcoólicas;

História da coquetelaria e das bebidas;

Tipos de bares;

Categoria e decoração dos coquetéis;

Coquetelaria internacional (IBA - International Bartender Association).

Conhecimento dos equipamentos e utensílios do Bar;

Divisão dos coquetéis;

Prática de elaboração de coquetéis (Short drink, Long Drink, Hot Drinks).

Elaboração de cardápio de um bar;

Criação de coquetéis;

Sommelier;

Fitação e controles do bar;

Como bebe o mundo;

Teor alcoólico das bebidas;

Pré-requisitos, vocabulários e atitudes para o “Bartender”;

Características e tipologia dos bares;

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Vendas, promoções e sugestões para bares.

3. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Introdução à história da coquetelaria no mundo;

1.1. Introdução a História da coquetelaria no Brasil;

2. Tipologia de bares: clássicos e modernos;

3. Introdução ao mundo do processo da fabricação das bebidas: destiladas,

fermentadas e por infusão;

4. Bebidas destiladas: sua fabricação básica;

5. Bebidas fermentadas;

5.1 Cerveja

5.1.1. Fabricação da cerveja;

5.2. Champagne

5.2.1. Fabricação do Champagne nos métodos;

5.2.2. Asti;

5.2.3. Charmat;

5.2.4. Champenoise;

5.3. Saquê

5.4. Vinho de mesa;

5.5. Vinho fortificado;

6. Bebidas destiladas de A à Z;

7. Classificação dos cocktails;

7.1. Categorias: Long Drink, Shot Drink, Hot Drink;

7.2. Modalidades: Batidos, Mexidos e Montados;

7.3. Finalidades: Estimulantes do apetite, Digestivos, Refrescantes, Nutritivos,

Estimulantes físicos;

7.4. Grupos: Cabblers, Coolers, Crustas, Cups, Daisies, Eggs-nogs, Fixes;

Fizzes, Flips, Grogs (grogues), Juleps, Ponches (punches), Pousse-café, Pousse-

l´Amour, Sangarees, Shrubs, Slings, Smashes, Sours, Straights.

7.5. Coquetelaria IBA (International Bartendeers Association);

8.6. Coquetelaria alcoólica e não alcoólicas;

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6. METODOLOGIA

O enfoque implica em juntar cultura e trabalho levando em conta as dimensões

através da história e do trabalho teórico e prático. Considerando a divisão e as

mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas

expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e

individuais, análise de texto, palestras, utilização de material bibliográfico, TV pendrive,

sala de data show, pesquisas na internet além da utilização de vídeos.

7. AVALIAÇÃO

As avaliações levarão em consideração às atividades desenvolvidas nos

conteúdos abordados em sala pelo aprendizado teórico e prático, priorizando a

assimilação do aluno frente às propostas. Buscando também compreender

historicamente o surgimento dos bares, coquetéis e das profissões de barman, barista e

garçom de bar.

O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática

desenvolvida em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a

mínima para aprovação 6,0.

8. REFERÊNCIAS

A grande cozinha: coquetéis e aperitivos. Editora: Abril. São Paulo, 2007.

OJEA, Angel. O coquetel e sua arte. Editora: Escrituras. São Paulo, 2001. PACHECO, Aristides de Oliveira. Manual do Bar. Editora: SENAC. São Paulo, 2005.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SERVIÇO DE SALA

E COPA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA

A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Serviço de Sala

e Copa, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante.

Historicamente a arte de por a mesa é um reflexo do modo de vida das pessoas,

dos utensílios existentes, dos modismos e dos hábitos alimentares ao longo do

desenvolvimento da humanidade.

A arte de fazer comida também está relacionada com a arte do servir. Na Grécia

e Roma antiga, os alimentos eram preparados em bocadinhos, reduzidos a purê e a

croquetes devido à posição com que os gregos e romanos comiam: deitados de lado e

apoiados sobre o cotovelo. Em muitos os países asiáticos se come unicamente com os

palitos chamados de Hashi enquanto que em alguns países árabes como o Marrocos,

por exemplo, ainda se usa as mãos.

Na corte de Luis XIV, rei da França é que a etiqueta atingiu seu apogeu. O rei

Sol incentivou as atividades culturais e construiu o Palácio de Versailles onde vivia. O

termo “Etiqueta” originou-se nessa época, uma vez que eram distribuídas etiquetas aos

nobres quando estes chegavam ao pátio do palácio, contendo instruções de como se

portar, o lugar a ser ocupado na mesa e outras instruções.

No Brasil foi D. João VI quem implantou a etiqueta quando transferiu a corte de

Lisboa para o Rio de Janeiro.

As normas são as mesmas sempre, independentes do tipo de recepção que irá

acontecer, ou seja, talheres, pratos e copos estarão sempre dispostos à mesa nos

mesmos lugares. O mesmo acontece em relação ao comportamento das pessoas, não

importa o lugar, a situação, o comportamento deve ser sempre pautado pelo respeito.

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O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que

conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem

terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais

intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico.

A formação técnica, de caráter tecnológico e prático, é ministrada em salas e/ou

outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração e

realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está

ainda suprida.

As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no

mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo

educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e

empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases

que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses

diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao

mercado e às oportunidades de trabalho.

2. CONTEÚDOS BÁSICOS

Ementa: Tipos de serviço à mesa, serviço de bebidas, regras de etiqueta à mesa,

“Mise-en-place” de salão e de mesa. Organização operacional, atendimento, seleção,

combinação dos alimentos. Denominações culinárias e terminologia dos pratos.

Conteúdos:

Organização operacional: divisão das praças, tipo de fluxos dos documentos

administrativos.

“Mise-en-place” de restaurante e mesas;

Atendimento ao cliente;

Abordagem ao cliente e etiqueta à mesa;

Organização de petiscos das mais variadas formas e combinações;

Serviços especiais de massas, carnes e sobremesas.

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Elaboração de cardápios;

Diferentes tipos de servir à mesa: pratos quentes e frios;

Elementos para produzir um prato;

Arrumação de espaços para eventos especiais;

Montagem e ornamentação de mesas para buffet;

Dominar e utilizar utensílios e equipamentos de serviços;

Requisitos comportamentais e atribuições do garçon;

Terminologia técnica utilizada;

Regras de etiqueta à mesa;

Técnicas de vendas e promoções aplicadas;

Dobraduras de guardanapos;

Denominações culinárias e terminologia dos pratos.

3. METODOLOGIA

A metodologia implica em juntar cultura e trabalho através da historia.

Considerando a divisão e as mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo levará em

conta os aspectos técnicos científicos, tecnológico, artísticos e práticos. As aulas serão

direcionadas através de exposição oral, questionamentos sobre aprendizagem já

adquirida, dinâmicas de grupo e exercícios individuais, visitas, palestras, analises de

texto, Tvmultimídia, pesquisas na internet, vídeos, educativos e filmes e aulas práticas.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação será continua e concomitante a todas as atividades de participação

docente. Serão utilizados os instrumentos avaliativos seguintes: observações,

pesquisas, relatórios, prova escrita, prova prática e participação.

O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática desenvolvida

em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a mínima para

aprovação 6,0.

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6. REFERÊNCIAS

CÂNDIDO, Índio e VIERA, Elenara Viera de. Maître D’Hôtel – Técnicas de serviço. Editora EDUCS, 1997.

PACHECO, Aristedes de Oliveira. M nuel Do M ître D’hôtel. Editora SENAC. São Paulo, 2000.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INICIAÇÃO À

ENOLOGIA – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A presente proposta de trabalho justifica-se para a disciplina de Inicialização à

Enologia, do curso profissionalizante de Bar e Restaurante. Historicamente o vinho tem

uma longa história, e cada garrafa pode ter a sua, o que já contribui muito para o seu

fascínio que ele exerce.

As grandes civilizações da Grécia e da Roma antigas situavam a origem do vinho

em sua Pré-história e cercavam seu nascimento de lendas. O antigo Egito nos deixou

listas de vinhos. Em jarras, os egípcios mencionavam até o ano, o vinhedo e o nome do

vinhateiro: esses foram os primeiros rótulos. Os Babilônios promulgaram leis

regulamentando a exportação de vinhos. Eles também evocaram em termos poéticos

um vinhedo mágico feito de pedras preciosas na Epopéia de Gilgamesh, a primeira

obra da literatura universal, que data aparentemente do século XVIII a.C.

Elemento de festa ou de cerimônia religiosa, medicamento anti-séptico, o vinho

desempenhou muitos papéis. Mas o momento crucial, o domínio do envelhecimento,

remonta a uma data relativamente recente. A possibilidade de guardar um vinho

durante anos – e de se obter uma melhora em barril ou em garrafa – assinala o

nascimento do vinho de qualidade.

O desenho curricular deve permitir ao aluno percorrer um itinerário formativo que

conduza, desde possíveis momentos ou etapas introdutórias e preparatórias sem

terminalidade profissional, até especializações, passando por qualificações profissionais

intermediários que componham esta formação e pela habilitação de técnico.

A formação técnica de caráter tecnológico e prático será ministrada em salas

e/ou outras instalações especificamente concebidas e equipadas para a demonstração

e realização de tarefas em situação de simulação, o que infelizmente a escola não está

ainda suprida.

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As qualificações profissionais devem corresponder a ocupações existentes no

mercado de trabalho e requerem, da mesma forma que a habilitação, processo

educacional de formação atualizado, capaz de gerar a desejada laborabilidade e

empregabilidade dos egressos. Em ambas podem ser oferecidas opções de ênfases

que contextualizem o exercício profissional, para melhor adequação aos interesses

diversificados dos alunos, bem como à contemporaneidade da formação frente ao

mercado e às oportunidades de trabalho.

2. CONTEÚDOS BÁSICOS

Ementa: História da enologia, as variedades de uvas, país produtores. Níveis de

qualidade dos vinhos, vitivinicultura realidades e perspectivas. Serviços e degustações

de vinhos. Harmonização.

Conteúdos:

Histórico mundial e brasileiro da enologia;

Mapa do vinho no mundo e no Brasil;

Classificação das uvas e do vinho;

Fatores que contribuem para qualidade do vinho;

Técnicas de elaboração de vinho tinto, branco, rosado, espumantes, verde e

porto;

Compra e armazenamento de vinhos (adega), rolhas, produtos, derivados do

vinho, combinação com alimentos;

Fundamentos da correta degustação;

Uso das taças apropriadas para cada tipo de vinho;

Leitura de rótulo;

Identificação das características olfativas e gustativas (análise sensorial);

Analisar e compor a carta de vinhos de um restaurante;

Serviço à mesa do vinho e seus rituais;

Vinho da carta de vinhos nas diversas fases da refeição;

Orientação do trabalho da equipe responsável.

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Conteúdos Específicos:

1. Historia da vitivinicultura;

1.1 No mundo;

1.2. No Brasil;

2. A uva;

2.1. Sua finalidade;

2.2. Suas variedades;

2.3. Qual cepa combina com qual (os melhores cortes);

3. O vinho;

3.1. Vinho tinto;

3.2. Vinho branco;

3.3. Vinho Rose;

3.4. Vinho Fortificado;

3.5. Champagne;

4. Enogastronomia o essencial da harmonização

4.1. O verbo harmozinar

4.1.1. Ingredientes que são neutros em relação ao vinho;

4.1.2. Ingredientes poucos incompatíveis com os vinhos;

4.2. Os tipos de harmonização

4.2.1. Quando os menus determinam os vinhos;

4.2.2. Quando os vinhos determinam os menus;

4.3. Técnicas culinárias e suas influências sobre a harmonização;

4.4. A tradição dos queijos e vinhos;

3. METODOLOGIA

O enfoque implica em juntar cultura e trabalho levando em conta as dimensões

através da história e do trabalho teórico e prático. Considerando a divisão e as

mudanças no mundo do trabalho. O conteúdo será apresentado através de aulas

expositivas, realização de exercícios de aprendizagem, dinâmicas em grupo e

individuais, análise de texto, palestras, utilização de material bibliográfico, TV pendrive,

sala de data show, pesquisas na internet além da utilização de vídeos.

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4. AVALIAÇÃO

As avaliações levarão em consideração às atividades desenvolvidas nos

conteúdos abordados em sala pelo aprendizado teórico e prático, priorizando a

assimilação do aluno frente às propostas. Buscando também compreender

historicamente o nascimento da cultura vinicola até a atualidade.

O sistema de avaliação será através da pesquisa, prova escrita e prática

desenvolvida em sala. A avaliação será expressa por notas de 0,0 a 10,0 sendo a

mínima para aprovação 6,0.

5. REFERÊNCIAS

Marc Charlotte e Ricardo Castilho. Larousse do vinho/. Consultoria – São Paulo:

Larousse do Brasil, 2004.

Malnic, Évelyne. Um só vinho: da entrada à sobremesa. Editora: Larousse, 2008.

Novakoski, Deise; Freire, Renato. Enogastronomia: a arte de harmonizar cardápios e vinhos. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2007.

Pacheco, Aristides de Oliveira. Iniciação à enologia. Editora: Senac São Paulo, 2006.

Santos, José Ivan e Santana, José Maria. Comida e vinho: harmonização essencial.

Editora: SENAC São Paulo, 2008.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA /ESPANHOL – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Sabe-se que toda língua é constituída a partir da história e dos valores culturais

de um povo. Sendo assim, partimos do pressuposto que a Língua Estrangeira é “[...] um

princípio social e dinâmico que não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do

código linguístico” (DCE, 2008). Nesse sentido, a sala de aula se configura num espaço

discursivo em que professores e educandos se constituem socialmente.

O ensino da Língua Estrangeira Moderna (LEM), tem por objetivo expandir as

formas de conhecimento, oportunizando o desenvolvimento da consciência sobre o

papel exercido pela língua espanhola na sociedade brasileira e no panorama

internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e a de fronteira latino-

americana.

Dessa forma, o ensino da Língua Espanhola no curso Técnico em Serviços de

Restaurante e Bar, atende às expectativas e demandas sociais contemporâneas,

partindo do trabalho com textos significativos, orais ou escritos, oriundos de diferentes

esferas sociais, bem como pertencentes a diferentes gêneros discursivos, focando

prioritariamente os conteúdos relacionados à gastronomia.

O ensino da Língua Estrangeira como processo formativo profissional, permitirá

que o técnico em formação desenvolva a compreensão de que ensinar e aprender a

língua são ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido e

formar subjetividades. Igualmente, deve contribuir para formar alunos críticos e

transformadores, que saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo do

trabalho em situações de comunicação.

Portanto, há a necessidade de envolver o conhecimento linguístico, discursivo,

cultural e sócio-pragmático, o que resultará no desenvolvimento das capacidades de

ação, discursiva, linguístico-discursiva (DOLZ E SCHNEUWLY, 1998) exigidas dos seus

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atores, nas diferentes práticas sociais - entendidas aqui como formas de organização

de uma sociedade, das atividades e das ações realizadas pelos indivíduos em grupos

organizados, as quais se diferem de época para época, de cultura para cultura e de

lugar para lugar.

2. EMENTA

Saudações formais e informais, termos técnicos utilizados na restauração,

gêneros textuais e vocabulário específico utilizado na gastronomia, informativos,

comunicação oral.

3. CONTEÚDO

Vocabulário Básico;

Linguagem Coloquial;

Leitura e interpretação de pequenos textos;

Vocabulário técnico relacionado a cardápios, receitas: leitura de fôlderes,

manuais, etc;

Cultura hispânica;

Gêneros textuais;

Textos técnicos;

Textos jornalísticos;

Vocabulário técnico relacionado à gastronomia;

Diversidade cultural;

Conhecimentos linguisticos;

1º Semestre:

Partindo do conhecimento de mundo adquirido através de experiências vividas

pelo aluno, diante da necessidade de se estabelecer relações entre as diferentes

formas de organizá-lo criando oportunidades para que desenvolvam habilidades de

leitura, escrita, fala e compreensão oral, os diversos temas relacionados

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especificamente ao curso Técnico em Serviço de Restaurante e Bar, serão trabalhados

através de: exposição oral; convites; letras de músicas, trava-línguas; histórias em

quadrinhos; discussões; resumos; classificados; cartazes; folders; bulas; rótulos;

embalagens; cardápios; receitas.

2º Semestre:

Exposição oral; convites; letras de música; trava-línguas; discussões; resumos;

classificados; cartazes; folders; bulas; rótulos; embalagens; cardápios; receitas; filmes;

publicidade comercial; entrevistas; lendas; narrativas; relatos.

4. METODOLOGIA

Os conteúdos básicos serão desmembrados de acordo com a prática discursiva

priorizada em momentos específicos. Assim, elencamos, a seguir, os que são

considerados comuns aos dois semestres do Curso Técnico em Serviço de Restaurante

e Bar e que serão trabalhados sempre a partir de um texto significativo, atendendo as

especificidades de cada texto.

No que diz respeito aos gêneros textuais serão abordados os seguintes

aspectos:

Marcas do Gênero

Esfera social de circulação

Análise Linguistica

Quanto às práticas discursivas que permeiam as práticas sociais serão trabalhados

na:

Leitura: tema do texto, finalidade, informatividade, informações explícitas,

situacionalidade, temporalidade, significado das palavras marcas lingüísticas,

coerência, coesão, função das classes gramaticais, pontuação.

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Escrita: tema do texto, finalidade, informatividade, informações explícitas,,

situacionalidade, temporalidade, significado das palavras, marcas lingüísticas,

coerência, coesão, função das classes gramaticais, pontuação.

Oralidade: tema do texto, finalidade, papel do locutor e interlocutor, adequação

da fala ao contexto, diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

elementos extralinguisticos: entonação, pausas, gestos, turnos da fala...

5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Considerando a funcionalidade da língua alvo, o aluno poderá vivenciar situações

concretas de uso dessa língua.

Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam os gêneros delimitados nos

conteúdos básicos, suas características linguisticas, a função social de cada texto –

conteúdo, estilo, elementos composicionais, bem como a problemática dos elementos

da situação de comunicação que condicionam o funcionamento de todo ato de

linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem fala, com qual finalidade, qual o

suporte), perpassando pelas questões lingüísticas, sócio-pragmáticas, culturais e

discursivas.

Nesse sentido, uma possibilidade para a efetivação do trabalho com gêneros de

texto é apontada por Petreche (2008), quando esta, fundamentada em Dolz e

Schneuwly (2004), menciona que o trabalho com os gêneros, desenvolvido por meio

das sequências didáticas pode contribuir para o desenvolvimento crítico do aluno, pois

esse tipo de material didático tanto melhora a apropriação das características típicas

dos gêneros, quanto desenvolve as capacidades de linguagem – ação, discursiva e

lingüístico-discursiva.

Dessa forma, as aulas poderão ser organizadas conforme a proposta dos

autores Dolz, Noverraz & Schnewly (2004):

De acordo com Nascimento (2008, pp. 70-71), na apresentação da situação o

aluno, primeiramente, entrará em contato com o projeto coletivo de produção de gênero

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em foco, a quem se dirige a produção, qual o suporte material da produção, as razões e

o objetivo. Em seguida, acontecerá a sensibilização, por meio de leitura ou audição, ao

gênero textual na forma como este circula na sociedade. Por último, haverá

sensibilização para o que é dizível no gênero em questão.

Na produção inicial o professor vai avaliar as capacidades de produção que o

aluno já domina, para, a partir daí, definir os pontos em que precisará intervir. É nessa

etapa que o professor determina o percurso que o aluno percorrerá.

Os módulos (ou oficinas) são compostos por diversas atividades compreendidas

em cinco campos: motivacionais, enunciativos, procedimentais, textuais, linguisticos e

as que estão relacionadas à apropriação do sistema de escrita, desmembradas da

seguinte forma:

Atividades de leitura nos níveis de compreensão, inferência e interpretação;

Atividades para a construção de significados: estratégias de seleção, de

antecipação, de verificação;

Atividades de leitura compartilhadas e individuais;

Atividades de observação da gestão monologica do texto: locutor e leitor

ausentes nos textos produzidos pelos alunos;

Planejamento, leitura e revisão do texto produzido pelos alunos;

Atividades que propiciem o estudo do tipo textual predominante: seqüência

narrativa, argumentativa, injuntiva, descritiva, dialogal;

Atividades que abordem os mecanismos de coesão por conexão, por coesão

nominal e verbal, bem como tratem de unidades gramaticais, lexicais e sintáticas;

Atividades envolvendo a pontuação e paragrafação;

Atividades orais, as quais terão “como objetivo expor os alunos a textos orais,

pertencentes aos diferentes discursos” e que essa exposição implica no uso e

“adequação da variedade lingüística para as diferentes situações [...] de forma

que o aluno se familiariza com os sons específicos da língua que está

aprendendo” (DCE, 2008, p. 66).

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Na produção final o aluno faz uso das noções e instrumentos elaborados

separadamente nas oficinas para produzir o texto.

Para que o aluno alcance os objetivos almejados, propõem-se estratégias de

ensino que visem multiplicar as oportunidades de construção de conhecimentos e

capacidades por meio dos seguintes instrumentos: livros didáticos, dicionários, livros

paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, dentre outros que se

fizerem necessários.

8. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

As avaliações ocorrerão nas modalidades formal, contínua, diagnóstica,

formativa e somativa, em que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os

quantitativos.

Ao se adotar a perspectiva do trabalho com as seqüências didáticas, o processo

avaliativo será norteado, principalmente, pela avaliação formativa, a qual se

fundamenta nos processos de aprendizagem, em seus aspectos cognitivos, afetivos e

relacionais; partindo de aprendizagens significativas e funcionais que se aplicam em

diversos contextos relacionados à gastronomia, serviço direto consumidor/fornecedor, e

se atualizam o quanto for preciso para que se continue a aprender.

Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se avaliar o

que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensino-aprendizagem, ou seja,

parte-se da avaliação inicial (produção inicial) até que se chegue à avaliação final

(produção final).

Ao longo do desenvolvimento das sequências, as avaliações serão constantes e

deverão abranger as principais práticas discursivas que permeiam o ensino da língua

estrangeira moderna, sendo elas a expressão oral e escrita e a compreensão auditiva e

leitora. Destarte, deve-se considerar:

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a aprendizagem escrita (produção: de texto de gêneros variados, respostas

discursivas, relatórios) será avaliada no que se refere a produção de textos

atendendo às circunstâncias de produção, expressão das ideias com clareza,

adequação às exigências do contexto de produção, dentre elas os diferentes

graus de formalidade e informalidade.

a aprendizagem oral (apresentação oral, seminário, debate), sendo inerente a

este tópico avaliar o conhecimento do aluno no que se refere ao conteúdo, à

adequação da linguagem, à clareza e utilização de recursos.

a aprendizagem de leitura (atividade de leitura compreensiva de textos, questões

discursivas e questões objetivas) considerando como critérios de avaliação a

compreensão e exposição de ideias, bem como a relação estabelecida com o

conteúdo abordado em sala de aula.

atividades extraclasse que serão solicitadas como complementação dos estudos

de sala de aula e de acordo com o Plano de Trabalho Docente.

Sob esse pressuposto, a avaliação, com critérios previamente estabelecidos,

servirá para que o professor repense sua metodologia e planeje suas aulas de acordo

com as necessidades de seus alunos. Serão por meio dela que o professor perceberá

quais são os conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que

precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno

com os discursos em/na Língua Espanhola.

A nota bimestral será a somatória dos valores atribuídos em cada instrumento

avaliativo e atenderá ao que consta na Proposta Pedagógica Curricular, bem como na

Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008, conforme segue:

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma

escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).

Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de 6,0

(seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004.

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6 . REFERÊNCIAS

BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos. Por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Anna Rachel Machado e Péricles Cunha. 2ª ed. São Paulo: EDUC, 2007. DOLZ, Joaquim, NOVERRAZ, Michèle & SCHNEWLY, Bernard. “Sequên i s Di ti s p r o or l e es rit : present ção e um pro e imento”. In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. NASCIMENTO, Elvira Lopes. Gênero da Atividade, Gêneros Textuais: Repensando a Interação em Sala de Aula. In: Gêneros Textuais da didática das línguas aos objetos de ensino. São Carlos: Claraluz, 2009. p. 51-90. Disponível em <http://www.blogdecocina.com/temas-del-mundo-de-la-hosteleria-/menu-y-carta.php> Acesso em 05 de mar.2010. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Superintendência da Educação. Diretrizes da Educação Profissional: fundamentos políticos e pedagógicos. Disponível em <http://www.diaadia.pr.gov.br/det/arquivos/File/SEMANAPEDAGOGICA/23_FundamentosPoliticosPedagogicos.pdf> Acesso em 05 de abril 2010.

PETRECHE, Célia Regina Capelllini. A Seqüência Didática nas Aulas de Língua Inglesa do Ensino Médio e o Desenvolvimento de Capacidades de Linguagem. In:

Estudos da Linguagem à luz do Interacionismo Sociodiscursivo. Londrina: UEL, 2008. p. 249 -258.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DO

TRABALHO – ENSINO TECNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

As relações de produção a cada período da história do homem sofrem

modificações: o modo de produção feudal desenvolvido na Europa baseava-se na

propriedade do senhor sobre a terra e no servilismo das pessoas sobre quem o senhor

exercia o seu poder. Os servos cultivavam um pedaço de terra concedido pelo senhor,

pagava a ele impostos e trabalhava em suas terras; no entanto tinha usufruto da parte

da terra produzida que lhe havia sido cedida. A situação modifica-se a partir do século

XV e XVI com a expansão comercial que acarretou mudanças econômicas e mudanças

políticas, sociais e culturais, redundando no advento da Revolução Industrial com a

ocorrência de mudanças fundamentais nas relações de trabalho. É o modo de produção

capitalista em que detentores do capital compram a mão de obra para produzir suas

mercadorias, sendo o empregado pago com dinheiro sob a forma de salário. Isso inclui

por parte do empregado subordinação cumprimento de regras e ordens em troca do

vinculo estabelecido em contrato com o empregador.

Taylor e Ford padronizam o trabalho linear segmentado e repetitivo. As atuais

inovações tecnológicas organizacionais e gerencias substituem este padrão por uma

nova modalidade marcada pela integração e pela flexibilidade que é fruto da

globalização e dos avanços tecnológicos adicionando às empresas o que se denomina

capital intelectual, ou seja, para sobreviver perante os desafios da competitividade um

empregado deve ser qualificado através de treinamentos e aprendizado contínuo.

O vínculo empregatício muda com a diminuição do número de emprego fixo em

tempo integral por outras formas de prestação de serviço: terceirização, trabalho

temporário, trabalho por projeto, etc. Habilidades abrangentes, flexibilidade e adaptação

às mudanças, criatividade são alguns critérios exigidos nos segmentos laborais.

Importante verificar que os novos mecanismos ideológicos, políticos e

econômicos utilizados pelo capital para intensificar a produção utiliza-se estratégias

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para sufocar a organização dos trabalhadores: a origem do modo de produção

capitalista mantém inalterada a sua base exploratória; o grau de extração da mais- valia

continua voraz com aumento de desemprego, de trabalho precário e aumento de

sobrantes.

A tecnologia e a ciência impõem um novo tipo de organização de trabalho

substituindo pelo computador e pela robótica a força muscular e a própria mente

humana colocando máquinas inteligentes em toda a escala de atividade econômica. As

mudanças no mundo do trabalho afetam as localidades, as organizações menores, a

vida real dos trabalhadores no seu processo de trabalho de sobrevivência de saúde

física, psíquica e mental.

Importante nessa perspectiva a compreensão das relações capitalista de

produção e a importância da ação da classe operária e a valorização do trabalho e do

trabalhador enquanto sujeitos políticos atuantes e como atores sociais com condições

culturais de, por um lado se adaptar às múltiplas dimensões do trabalho e por outro

lado poder se expressar contra as opressões específicas dentro do capitalismo

buscando alternativas humanizadoras realizáveis.

2. CONTEÚDOS

O trabalho humano nas perspectivas ontológicas e históricas; o trabalho como

realização da humanidade, como produtor da sobrevivência e da cultura; o trabalho

como mercadoria no industrialismo e na dinâmica capitalista. As transformações no

mundo do trabalho: tecnologias, globalização, qualificação do trabalho e do trabalhador.

A perspectiva histórica do trabalho: Mudanças no mundo do trabalho, alienação,

desemprego, qualificação do trabalho e do trabalhador. Doenças originadas pelo

trabalho.

Trabalho humano: ação sobre o ambiente, produção de cultura e humanização.

O ser social; mundo do trabalho; sociedade.

Dimensões do trabalho humano;

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Perspectiva histórica das transformações do mundo do trabalho;

O trabalho como mercadoria: processo de alienação;

Emprego, desemprego e subemprego;

O processo de globalização e seu impacto sobre o mundo do trabalho;

O impacto das novas tecnologias produtivas e organizacionais no mundo do

trabalho e do trabalhador;

Perspectivas de inclusão do trabalhador na nova dinâmica do trabalho.

Papel do Estado na proteção aos incapacitados.

3. METODOLOGIA

Pauta-se na retomada histórica dos vários sistemas de modo de produção

econômico revelando o processo evolutivo do mundo do trabalho que são reflexos de

interesses do poder econômico.

Dentro de uma visão pedagógica progressista o conteúdo é voltado aos

interesses da classe trabalhadora, portando concebe uma educação pela qual a partir

do conhecimento seja possível compreender a sociedade e suas contradições e, a

partir daí, obter conquistas sociais, políticas e culturais.

A centralização da perspectiva é dentro da sociedade moderna e a intenção

metodológica é repensar os impactos da globalização e do neoliberalismo sobre o

mundo do trabalho com conseqüências no aumento da produtividade /exclusão dos

trabalhadores no mercado de trabalho e numa visão mais ampla o fenômeno

multifacetado com dimensões econômicas, políticas, culturais, religiosas e jurídicas

interligadas de modo complexo.

Tomando como ponto de partida o conhecimento e a vivência dos alunos aos

poucos o conhecimento estarão sendo construído aliando teoria e prática. Os recursos

didáticos serão os tecnológicos disponíveis, pesquisas bibliográficas, mas,

principalmente debates e questionamentos.

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4. AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo contínuo de caráter formativo e será elaborada de

acordo com os objetivos, conteúdos ou atividades realizadas. Seminários, pesquisas,

laboratórios, teatralizações, trabalhos em grupo e individuais, diálogos, registros e

provas escritas são estratégias avaliativas a serem utilizadas.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

MODERNA - INGLÊS – ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A partir de 1808, com a abertura dos portos ao comércio cria-se no país a

necessidade da implementação curricular das línguas estrangeiras modernas: o francês

e o inglês, com vistas ao atendimento da comunicação comercial, como também ao

aprimoramento da escola pública. O fim da escravidão fez aumentar o contingente de

imigrantes no país; as escolas das colônias estrangeiras eram bilíngües priorizando a

língua de origem. A partir de 1910 com a expansão das escolas públicas no país as

escolas nas colônias foram fechadas e no ginásio (equivalente ao período de 5º a 8º

série) além de se ministrar o Inglês e o Francês, em alguns colégios introduziam-se o

Espanhol assim como, o Latim que permaneceu como língua clássica.

Com a Segunda Guerra Mundial estabeleceu-se a dependência econômico-

cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos e consequentemente abriu-se mais

espaços ao estudo da língua Inglesa no currículo.

A LDB nº4024 de 1961 institui o ensino profissionalizante em cujas matrizes

curriculares o inglês era obrigatório. Em meados dos anos 80 com a redemocratização

do país foram criados os CELEMS pela SEED do Paraná com o objetivo de oportunizar

o aprendizado de línguas estrangeiras. A atual LDB determina a oferta de pelo menos

uma língua estrangeira moderna no Ensino Médio, Fundamental e Profissionalizante.

O objetivo do ensino da língua Inglesa no curso profissionalizante é de

proporcionar domínio de aquisição e usos lingüísticos básicos de comunicação pela

linguagem além de fornecer o conhecimento das culturas a ela vinculado para a

necessária interação com o público destinatário facultando o processo de atualização

permanente de conhecimentos.

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2. CONTEÚDOS

Saudações formais e informais, termos técnicos utilizados na restauração,

gêneros textuais e vocabulário específico utilizado na gastronomia, informativos,

comunicação oral.

Generos textuais;

Folders;

Cardápios;

Receitas;

Textos epistolares;

Correspondências; textos literários – narrativos, em prosa e verso;

Textos técnicos;

Textos jornalísticos;

Textos publicitários;

Vocabulário técnico relacionado à gastronomia;

Análise linguistica;

Elementos coesivos e marcadores do discurso;

Variedades linguisticas;

Diversidade cultural;

Conhecimentos linguisticos.

3. METODOLOGIA

A concepção teórico-metodológica abordada para o curso fundamenta-se na

comunicação oral e escrita que exigem conhecimentos sobre o uso da gramática na

prática audiolingual, direcionada ao serviço da gastronomia, concomitante ao ensino da

linguagem há necessidade do conhecimento cultural, ou seja, o conhecimento dos

costumes e hábitos de países que utilizam a língua inglesa. A função social da língua

inglesa ultrapassa os limites dos países de origem uma vez que é utilizado

universalmente por questões de hegemonia cultural. Logo, praticar a língua inglesa

aprofundando o domínio da comunicação é indispensável no mundo do trabalho.

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Os materiais didáticos têm que ser naturalmente diversificados, quer ao nível de

conteúdos, quer ao nível de suporte e de grau de dificuldade conceitual e lingüístico.

Textos informativos temáticos, fichas gramaticais e vocabulares, jogos, diálogos, leitura

interpretativa, e a utilização de toda a gama de recursos oferecidos pelas novas

tecnologias.

A aprendizagem é mais significativa quanto mais os conteúdos se relacionarem

diretamente com as vivências, os interesses e as experiências que mobilizam o sujeito

não só como aluno, mas como pessoa.

O objetivo mais da organização metodológica é, o aprendizado da língua inglesa

para fins comunicativos em gastronomia objetivando a eficiência no trabalho, a

autonomia do aluno e facultando condições que despertam o gosto por uma

atualização permanente de conhecimentos.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo contínuo de caráter formativo e serão elaborados de

acordo com os objetivos, conteúdos ou atividades realizadas. Seminários, pesquisas,

laboratórios, teatralizações, trabalhos em grupo e individuais, diálogos, registros e

provas escritas são estratégias avaliativas a serem utilizadas.

5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.