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PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI/CESUPA JANEIRO DE 2016 BELÉM – PARÁ

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PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL

PPI/CESUPA

JANEIRO DE 2016 BELÉM – PARÁ

P á g i n a | 1

SUMÁRIO

1. BREVE HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ................................................................ 2

2. IDENTIDADE INSTITUCIONAL............................................................................ 10

3. CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DO PROJETO ........................................................ 13

4. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO, ENSINO, APRENDIZAGEM, CURRÍCULO,

METODOLOGIA E AVALIAÇÃO ................................................................................ 17

5. POLÍTICAS INSTITUCIONAIS .............................................................................. 27

5.1 Política de Planejamento e Avaliação Institucional .............................................. 27

5.2 Política de Desenvolvimento Institucional ............................................................. 27

5.3. Política de Ensino de Graduação ........................................................................... 27

5.4 Política de Ensino de Pós-Graduação ..................................................................... 28

5.5 Política De Extensão ............................................................................................... 28

5.6 Política de iniciação científica, tecnológica, pesquisa e estímulo à produção ....... 28

5.7 Política de Atendimento ao Estudante ................................................................... 28

5.8 Política de Comunicação Institucional ................................................................... 29

5.9 Política de Desenvolvimento de Pessoas ................................................................ 29

5.10 Política de Organização e Gestão Institucional ................................................... 29

5.11 Política de Investimentos ...................................................................................... 29

5.12 Política de Infraestrutura ..................................................................................... 30

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 31

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1. BREVE HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Centro Universitário do Estado do Pará iniciou sua trajetória educacional com

a elaboração do Projeto de Regimento, instrumento capaz de traduzir o sentimento

dos mantenedores em termos de concepção institucional em seus diferentes aspectos:

organização estrutural, atividades acadêmicas e proposta pedagógica. Isto

feito, foram definidos os cursos iniciais, considerada a limitação quantitativa

estabelecida àquela época nas normas de autorização.

A escolha recaiu em Farmácia – habilitações: Farmacêutico e Farmacêutico-

Bioquímico - e no Curso Superior de Tecnologia em Processamento de Dados, tendo em

vista atender às expectativas de formação profissional, tanto em área

insuficientemente servida na comunidade, como em campo de demanda crescente,

respectivamente. As autorizações correspondentes foram expedidas em 1989, ao

Centro de Ensino Superior do Pará (CESUPA), por meio dos Decretos nº 97.427,

de 05 de janeiro, para Farmácia, e nº 97.756, de 17 de maio, para Processamento de

Dados. O primeiro vestibular foi realizado em janeiro de 1990 para o Curso Superior

de Tecnologia em Processamento de Dados e, em julho de 1990, para Farmácia, que

posteriormente obteve reconhecimento nas habilitações Farmacêutico e

Farmacêutico-Bioquímico.

A expansão do ensino de graduação no CESUPA ocorreu inicialmente pela

ampliação das vagas ofertadas em seus cursos então reconhecidos, bem como pela

implantação de quatro novos cursos, a saber: Direito, Administração – Ciências

Gerenciais, Ciência da Computação e Odontologia. A ampliação continuou com a

transferência de mantença dos cursos de Administração - Comércio Exterior e

Ciências Contábeis com ênfase em Informática, até então oferecidos pelo Centro

de Estudos Superiores da Amazônia (CESAM) mantido pela Associação de Estudos

Superiores da Amazônia (AESAM), consoante Portaria Ministerial nº 1686 de

19/10/2000, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.), nº204-E seção 1, de

23/10/2000, ato que resultou do estreito relacionamento existente entre as duas

mantidas e respectivas mantenedoras, que inclusive compartilhavam espaço físico e

experiências didático-pedagógicas.

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Em 14 de junho de 2002, o Centro de Ensino Superior do Pará (CESUPA) teve

aprovado seu pleito de transformação em Centro Universitário do Estado do Pará

(CESUPA), mediante a publicação, no Diário Oficial da União, da Portaria n.º1728, de

13/06/02. A conquista alcançada representou o coroamento do trabalho até então

desenvolvido pelo conjunto institucional e consagrou o projeto educacional do

CESUPA, construído com segurança e equilíbrio, e sintonizado com a realidade sócio-

econômico-cultural de nossa comunidade.

Os Centros Universitários, por definição, são instituições que se caracterizam

pela excelência do ensino oferecido, comprovada por processos avaliativos, pela

qualificação do seu corpo docente e pelas condições de trabalho acadêmico oferecidas à

comunidade escolar. Assim credenciado, o CESUPA passou a desfrutar de autonomia

para, entre outras ações, criar e organizar, em sua sede, cursos e programas de

educação superior.

A expansão do ensino de graduação, prevista no PDI 2001-2005, possibilitou a

abertura dos cursos de Nutrição e Bacharelado em Sistemas de Informação, em

agosto de 2002. No mesmo ano, o Curso de Farmácia passou a ter caráter generalista,

apoiado nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN´s) estabelecidas no Parecer

CNE/CES n.º1.300, de 06 de novembro de 2001, o qual foi aprovado pela Resolução

CNE/CES n.º02 de 19/02/2002. Em 2003, foi implantado o Curso de Licenciatura em

Biologia, e, em 2004, os Cursos de Bacharelado em Ciências Ambientais,

Administração – Habilitação em Marketing, e Fisioterapia.

Em 2001 e 2002 foram implantados os Cursos Superiores de Formação

Específica de Gestão de Negócios Imobiliários e Gestão de Comércio

Atacadista e Distribuidor como resultado de parcerias firmadas entre o CESUPA e

o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) e a Associação de

Distribuidores e Atacadistas do Pará (ADAPA).

De acordo com a Resolução CES/CNE nº. 04 de 13/07/2005 que instituiu as

Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Administração, os Cursos de

Administração - Comércio Exterior, Administração - Ciências Gerenciais e

Administração - Marketing passaram a denominar-se Curso de Bacharelado em

Administração. O Curso de Licenciatura em Biologia passou a denominar-se

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Licenciatura em Ciências Biológicas por meio do cadastro de denominações

consolidadas para cursos de graduação (bacharelado e licenciatura) do Ministério da

Educação (MEC).

Em consonância com o PDI 2006-2010, foram implantados os cursos de

Enfermagem, em 2006, em 2007, os cursos de Engenharia de Produção, Curso

Superior de Tecnologia em Sistemas para Internet e Medicina; e em 2008 foi

ofertado o Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores. A

expansão manteve-se no PDI 2011-2015 com a oferta dos cursos de Comunicação

Social - Publicidade Propaganda e Engenharia da Computação que foram

implantados, respectivamente, em 2011 e 2012.

A política institucional para a graduação, contempla a expansão e a

diversidade de seus cursos. De 2 (dois) cursos iniciais, oferta atualmente 15, dos

quais 7 (sete) na Área de Ciências Ambientais Biológicas e da Saúde, 4 (quatro) na

Área de Exatas e Tecnologia, e 4 (quatro) em Sociais Aplicadas. Estes cursos são

ofertados em quatro unidades, todas cadastradas no sistema e-MEC, conforme segue

abaixo:

a) Unidade Nazaré (Sede) (código e-mec 658104)

Endereço: Av. Nazaré, n.630. Bairro: Nazaré. Belém/Pará CEP: 66.0351-70. Cursos

em funcionamento nesta unidade:

1. Licenciatura em Ciências Biológicas

2. Bacharelado em Farmácia

3. Bacharelado em Nutrição

4. Bacharelado em Fisioterapia

5. Bacharelado em Odontologia

6. Bacharelado em Enfermagem

b) Unidade José Malcher (código e-mec 1318)

Endereço: Av. Governador José Malcher, n.1963. Bairro: São Brás Belém/Pará CEP:

66.060-230. Cursos em funcionamento nesta unidade:

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1. Bacharelado em Ciência da Computação

2. Bacharelado em Engenharia de Produção

3. Bacharelado em Engenharia de Computação

4. Bacharelado em Sistemas de Informação

5. Bacharelado em Administração

6. Bacharelado em Comunicação Social: Publicidade e Propaganda

7. Bacharelado em Ciências Contábeis com Ênfase em Informática

8. Fisioterapia (Clínica)

9. Odontologia (Clínica).

c) Unidade Almirante Barroso (código e-mec: 7634)

Endereço: Av. Almirante Barroso, n.3775 Bairro: Souza Belém/Pará CEP: 66.613-

710. Cursos em funcionamento nesta unidade:

1. Bacharelado em Medicina;

2. Residências Médicas;

3. Pós-graduação lato e stricto sensu.

d) Unidade Alcindo Cacela (código e-mec: 34621)

Endereço: Av. Alcindo Cacela, n.1523 Bairro: Nazaré Belém/Pará CEP: 66.040-020.

Curso ministrado nesta unidade:

1. Bacharelado em Direito.

2. Pós-graduação lato e stricto sensu.

Além disso, visando uma qualificação profissional de qualidade, no âmbito da

graduação são promovidas atualizações curriculares periódicas e projetados

planos pedagógicos inovadores, fortalecidos pelo Programa de Formação

Continuada Docente que tem como finalidade a qualificação e titulação dos

professores, especialmente para o aperfeiçoamento de sua prática didático-pedagógica.

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Na sua trajetória educacional, o CESUPA vem contribuindo efetivamente com o

desenvolvimento de sua região mediante a formação de quadros que vem atuando nos

mais diferentes campos profissionais. Desde a primeira turma diplomada em março de

1993, até dezembro de 2015 graduaram-se 10.868 alunos. No segundo semestre de

2015, a IES registrou com 4.048 alunos matriculados na graduação, modalidade

presencial, e um quadro de 354 docentes.

Ao lado do ensino de graduação, merece registro especial à inauguração das

atividades de pós-graduação lato sensu, ocorrida por meio do curso de

especialização em Sistemas de Informação nas Organizações, iniciado em fevereiro de

1996. O evento significou o atendimento de objetivo regimental, essencial para a

consolidação do cumprimento de meta importante para o fortalecimento das funções de

ensino, pesquisa e extensão, no âmbito do CESUPA.

Nos últimos cinco anos, foram implantados 40 (quarenta) cursos distintos de

pós-graduação lato sensu, dos quais 25 (vinte e cinco) foram novas ofertas e 15

reofertas. Desde 2006 até dezembro de 2015, a pós-graduação já certificou 1.312

profissionais e atualmente possui 679 alunos matriculados na especialização e 48 no

mestrado.

A pós-graduação, longe de significar redução de importância dos cursos de

graduação, é resultado do princípio integrador desses níveis de estudo, dentro do

projeto acadêmico do CESUPA. Representa, na instituição, a cúpula de estudos,

constituindo um sistema especial de cursos exigido pelas necessidades de treinamento

avançado, de investigação científica e de capacitação docente.

Com efeito, tem sido expressivo o avanço do ensino de pós-graduação de modo

sistemático na Instituição, o qual ocorre também mediante a oferta de programas de

capacitação para docentes, por meio de cooperações interinstitucionais. Em nível de

pós-graduação stricto sensu, de forma geral na instituição, foram desenvolvidos os

cursos de mestrado em Ciências Morfológicas, Estomatologia, Clínica

Odontológica Integrada, na área de Ciências Biológicas e da Saúde, em parcerias,

respectivamente, com: UFRJ/UFPA, UFMG/UFPA, USP/UFPA. Na área de Ciências

Exatas e Tecnologia, os Cursos de Ciência da Computação-Redes e Inteligência

Artificial e Ciência da Computação-Informática na Educação, foram

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desenvolvidos em parceria com a UFSC. Na Área de Ciências Sociais Aplicadas foram

realizados os cursos de Planejamento Urbano e Regional, em convênio com o

IPPUR/UFRJ e Administração, em parceria com a UFRN. Em nível de doutorado,

foram realizados cursos de Computação Aplicada, Ciência Política, Genética e

Biologia Molecular e Educação em parceria, respectivamente, com a UFPA,

IUPERJ/UFPA, UFPA, e PUC-RJ.

Em 2011, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES) aprovou o primeiro Programa Stricto Sensu do CESUPA em Direito,

Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional que vem contribuir com a

ampliação do conhecimento a partir da pesquisa e produção científica nas áreas

abordadas no programa. Em 2015 foram aprovados os mestrados profissionais em

Ensino em Saúde – Educação Médica e em Clínica Odontológica com as respectivas

linhas de pesquisa: Formação e Desenvolvimento Profissional Docente e Processo

Ensino Aprendizagem e Patologia oral e Biomateriais e novas tecnologias.

Ao lado do ensino de graduação e de pós-graduação, a extensão universitária,

como prática acadêmica, é instrumento de articulação com os diversos segmentos

sociais, de forma programada e sistemática, envolvendo um processo orgânico que não

se confunde com assistencialismo. Constitui-se em componente de suma importância

na formação acadêmica dos discentes, na medida em que contribui para a formação de

profissionais conscientes e portadores de uma compreensão crítica da sociedade,

capazes de pensar, criar e transformar realidades adversas em oportunidades

empreendedoras e de sucesso.

No âmbito da extensão, a integração do CESUPA com o meio social se estabelece

mediante quatro vertentes distintas, quais sejam: prestação de serviços especializados;

ações comunitárias (projetos); ações acadêmico-profissionais (cursos, produtos e

eventos); e ações esportivas e culturais.

A prestação de serviços especializados, ocorre por meio das Unidades de Ensino

e Serviço (UES), constituindo-se em campo de estágio supervisionado para os

discentes, além de colaborar no atendimento das demandas da comunidade. São

estruturas desse sistema o (a):

1. Laboratório de Análises Clínicas (LAC);

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2. Farmácia Universitária;

3. Serviço de Informação de Medicamentos (SIM);

4. Central Analítica;

5. Centro de Especialidades Médicas (CEMEC);

6. Laboratório de Avaliação Nutricional (LAN) / Clínica de Nutrição;

7. Clínica Odontológica;

8. Clínica de Fisioterapia;

9. Núcleo de Prática Jurídica (NPJ);

10. Núcleo Integrado de Empreendedores Juniores (NIEJ);

11. Núcleo de Inovação e Transferência Tecnológica (NITT);

12. Agência Escola – Storm;

13. Escritório de Engenharia.

Ressalte-se também a importância da iniciação científica e tecnológica e da

prática investigativa nos projetos pedagógicos dos cursos, que direcionam professores e

alunos para a realização de projetos de pesquisa. O PDI 2011-2015 impulsionou a

prática investigativa a partir da Política de Iniciação Científica, Tecnológica,

Pesquisa e Estímulo à Produção com seus respectivos programas e projetos. Nesse

sentido, foram cadastrados no CNPq 19 grupos de pesquisa, nas áreas de Direito,

Medicina, Odontologia, Sáude Coletiva e Ciência da Computação, a saber:

1. Acesso à Justiça e Democracia;

2. Biomateriais e Novas Tecnologias;

3. Concretização dos Direitos Fundamentais: influência do processo e das teorias

da justiça;

4. Democracia, Poder Judiciário e Direitos Humanos;

5. Direito, Desenvolvimento Sustentável e Amazônia;

6. Direito Econômico, Intervenção Estatal e Políticas Públicas;

7. Direitos Fundamentais, Constituição e uso da Técnica da Ponderação como

solução racional dos chamados casos difíceis;

8. Direitos Fundamentais, Democracia e Igualdade política;

9. Educação Médica – CESUPA;

10. Grupo de Estudos Temático em Computação Aplicada (GET-COM);

11. Grupo de Pesquisa Experimental do CESUPA;

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12. Hermenêutica dos direitos fundamentais no sistema interamericano de proteção

aos direitos humanos;

13. Hormônios, Nutrição e Metabolismo;

14. Humanismo Latino e Fundamentação dos Direitos Humanos;

15. Patologia Oral;

16. Pesquisa em Atenção Primária à Saúde;

17. Reumatologia-CESUPA;

18. Tecnologias sociais;

19. Tributação ambiental e desenvolvimento.

No mesmo ano em que completou um quarto de século, o Parecer do CNE/CES

337/2015 aprovou com unanimidade o Recredenciamento por 5 (cinco) anos do

CESUPA, com o conceito máximo na Avaliação Institucional, consagrando o papel

social do CESUPA em contribuir efetivamente com a formação de profissionais

tecnicamente competentes e humanamente responsáveis pela transformação

sociedade, capazes de mobilizar projetos que modifiquem qualquer contexto que se

insiram.

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2. IDENTIDADE INSTITUCIONAL

O Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA) é um

estabelecimento educacional particular de nível superior, integrante do sistema

federal de ensino e mantido pela Associação Cultural e Educacional do Pará

(ACEPA), instituída em 01/10/1986, com sede e foro na Cidade de Belém, Estado do

Pará e Estatuto inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do 2° Cartório de

Registro de Títulos e Documentos, apontado sob n° de ordem 3.497 do Protocolo Livro

A n°01 e registrado no Livro A n°05.

Seu perfil é o de uma instituição pluricurricular, que atua nas áreas de

Ciências Exatas e Tecnologia (ACET), Ambientais, Biológicas e da Saúde (ACABS), e

Sociais Aplicadas (ACSA), já credenciadas e em funcionamento, caracterizada pela

qualidade do ensino ministrado e pela oferta de cursos de especialização, ao lado de

programas de pós-graduação stricto sensu desenvolvidos mediante convênios de

cooperação interinstitucional com universidades do Pará e de outras unidades

federativas. O CESUPA desenvolve, ainda, atividades de extensão e de investigação

integradas ao ensino.

De acordo com o Art. 3º do seu ESTATUTO, o CESUPA tem por finalidade:

I. estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do

pensamento reflexivo;

II. ministrar o ensino superior nos diferentes campos do conhecimento humano;

III. formar técnicos, profissionais e especialistas, indispensáveis ao desenvolvimento

científico e filosófico, sócio-cultural e econômico do país;

IV. contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico mediante pesquisas e

atividades que promovam a descoberta e a inovação do conhecimento;

V. promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que

constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,

de publicações ou de outras formas de comunicação;

VI. interagir com a comunidade, como organismo de assessoramento, de consulta e

de prestação de serviços;

VII. incentivar o intercâmbio com instituições de ensino, de pesquisa e de cultura, no

país e no exterior;

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VIII. colaborar no esforço do desenvolvimento do País, articulando-se com os poderes

públicos e com a iniciativa privada para o estudo de problemas em âmbito

regional e nacional.

Nesse sentido, as relações e os compromissos do CESUPA com a comunidade

estão demonstrados de modo evidente mediante a definição dos objetivos

institucionais, constantes do Art. 3º do Regimento Geral, que incluem:

a) a formação de profissionais de nível superior e a promoção de programas de pós-

graduação;

b) a realização de pesquisa e o estímulo às atividades criadoras;

c) o desenvolvimento da extensão sob a forma de cursos, prestação de serviços,

consultoria, assessoria e outras modalidades de ação extensionista;

d) a promoção do intercâmbio e da cooperação com instituições de ensino dos

diferentes níveis, bem assim com entidades de serviços, tendo em vista o

desenvolvimento da cultura, das artes, das ciências e da tecnologia;

e) o emprego do processo educacional para a valorização individual do cidadão, sua

adaptação social, bem como para o desenvolvimento do pensamento reflexivo;

f) a promoção e o aprimoramento da cultura amazônica.

Dessa forma, salientar a experiência da diversidade como parte do processo

educativo e conciliar as atribuições de formar para o desenvolvimento científico-

tecnológico-econômico, ao lado de assegurar um desenvolvimento humano, constituem

aspectos essenciais e significativamente representativos da missão institucional.

Sem embargo das muitas mudanças e tendências que lhe acarretam novos

desafios, o CESUPA, permanece fiel à sua tradição pluralista, que abriga diferentes

valores e convicções, estimulando em seu meio, crescentemente, o respeito às atitudes

contrastantes e pontos de vista conflitantes.

O CESUPA, comprometido com os princípios de qualidade e de

contemporaneidade, incorpora, em seu projeto acadêmico, essencialmente, as funções

de ensino e extensão, contemplando a pesquisa em algumas áreas de sua atuação

específica.

A missão institucional é formar profissionais de qualidade que dominem

a realidade local e o contexto global, por meio de um projeto educacional

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inovador. Para o cumprimento dessa missão são vivenciados os seguintes valores

institucionais:

a) Conhecimento;

b) Ética;

c) Inovação;

d) Responsabilidade Social;

e) Crescimento Sustentável;

f) Competência;

g) Excelência.

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3. CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DO PROJETO

A proposta acadêmica, declarada no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do

CESUPA vem sendo construída a partir de um caráter integrador, de modo que e a

superar a dicotomia formação geral versus formação específica, reservando-se, a

primeira, para a graduação e, a segunda, para a pós-graduação.

A ideia da integração, vale sublinhar, é a linha mestra do projeto acadêmico,

ao lado da reorientação da atitude intelectual e da ação do futuro profissional do

CESUPA. Essa concepção integradora envolve um tríplice aspecto: integração da

teoria à prática, integração ensino-serviço e integração disciplinar.

Nessa direção, espera-se obter, ao final do processo, uma educação que

proporcione competência para a resolução dos problemas mais frequentes, segundo

uma ação integrada, crítica, eficiente e comprometida com a realidade social.

A construção dos projetos político-pedagógicos dos cursos assume papel de

importância substantiva, na medida em que desejamos formar pessoas capazes de

compreender as realidades do mundo, contextualizando-as de forma adequada; de

refletir, com rigor e de maneira integrada, sobre os diversos e diferentes contextos; de

promover a crítica e de agir sobre as especificidades locais, sem perder a dimensão do

global.

Assim, o perfil de egresso pretendido pelo CESUPA contempla dentre outros

aspectos:

a) Capacidade para exercer atividades referentes à sua profissão com forte

embasamento teórico-científico, humanístico, crítico e reflexivo pautado em

princípios éticos, a partir da compreensão da realidade social, cultural e

econômica do seu meio, a fim de que possa ser agente nos projetos da sociedade

na qual está inserido;

b) Aptidão para desenvolver, analisar e implementar ações específicas da área de

sua formação profissional, que atendam às especificidades da Amazônia, sem

perder a dimensão global, utilizando diferentes fontes de informação e recursos

tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;

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c) Competência para transformar saberes em soluções de problemas, mediante a

prestação de serviços especializados à comunidade, numa relação de

reciprocidade, exercendo suas atividades com ética, compromisso e proficiência.

Nessa direção, o CESUPA reconhece a importância de reavaliar, de modo

sistemático, sua proposta pedagógica a partir de alguns elementos: a definição de

princípios e objetivos do processo de aprendizagem; revisão das concepções de

currículo; a integração dos sujeitos envolvidos; e a articulação orgânica com as

demandas do contexto histórico-social.

Conforme anteriormente assinalado, a formação generalista reservada à

graduação e o caráter especializado da pós-graduação, impõem uma estrutura

curricular que proporcione, em ambos os níveis, condições que assegurem o

conhecimento específico, correspondente a cada área, e o conhecimento conexo, este

relativo aos campos complementares que compõem a realidade da vida social. Em

outras palavras, o currículo deve viabilizar formação qualificada no campo específico

de atuação profissional, ao lado do preparo para a compreensão dos desafios da

sociedade, na condição de cidadãos. Desse modo, caminha-se para o ensino de

qualidade, articulado à extensão e à iniciação científica.

O CESUPA desenvolve seu trabalho educativo no âmbito de três áreas de

conhecimento que substantivam suas ações nas suas especificidades, ao mesmo tempo

em que estão em profunda consonância com o desafio da formação além da

instrumentalidade técnica, realizando um processo educativo que não se limita a

utilidade pragmática e enfatiza mais o produto que o processo formativo. Dessa forma,

o objetivo do CESUPA é construir um processo formativo pautado na excelência do

conhecimento, na humanização do cidadão, no qual os alunos e professores assumam-

se como sujeitos que criam as possibilidades para socialização e produção do saber.

Desse modo, “se exige a presença de educadores e educandos criadores, instigadores,

inquietos, rigorosamente curiosos e persistentes” (FREIRE, 2003, p.26).

O compromisso com os princípios de qualidade e de contemporaneidade permite

ao CESUPA incorporar, em seu projeto acadêmico, essencialmente, as funções de

ensino e extensão, contemplando a pesquisa em algumas áreas de sua atuação

específica que colaboram com a feitura de um trabalho educacional articulado as

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demandas regionais, nacionais e internacionais nas suas mais diferentes necessidades,

consubstanciando seu compromisso social mediante a efetivação de seu projeto

pedagógico.

Entende-se por demandas, aquelas que exigem um posicionamento da IES fiel a

sua missão e aos seus valores, importando identificar quais ações irão nortear às

práticas institucionais em prol da sociedade. Torna-se fundante ter a clareza que o

contexto local se encontra na nacionalidade e por consequência na globalidade, uma

vez que vivemos uma sociedade profundamente conectada e ao mesmo tempo vive o

paradoxo entre o “paradigma do desenvolvimento desigual e da soberania excludente e

o paradigma do desenvolvimento sustentável e da soberania reciprocamente

permeável” (SOUSA SANTOS, 2010, p. 340). Este movimento se faz a partir de um

currículo aberto, poroso, que permita ao aluno ir construindo pontes e conexões no seu

percurso formativo, entre o que é vivenciado na sua contextualidade e as aproximações

críticas e sucessivas das nossas circunstâncias históricas.

Nessa perspectiva, o CESUPA ratifica o seu entendimento de que a

responsabilidade social é, por definição, um elemento intrínseco à formulação própria

de seu projeto educacional.

De fato, a responsabilidade social nas escolas é entendida como um modo de

imprimir à gestão institucional um caráter de parceria, de corresponsabilidade pelo

desenvolvimento social. Essa é a concepção do CESUPA sobre o assunto, o que nos

leva a ouvir os diferentes atores envolvidos (dirigentes, funcionários, professores,

alunos e prestadores de serviços) e incorporar suas manifestações no planejamento de

nossas atividades, dentro dos limites institucionais e no estrito cumprimento das

funções para as quais foi criado. Não podemos abdicar de nossos projetos político-

pedagógicos que têm, na qualidade e na adequação, questões obrigatórias.

Nesse sentido, é importante tratar o tema da responsabilidade social

avaliando os conteúdos curriculares de nossos cursos de graduação e o impacto do

projeto educacional na vida das pessoas e da comunidade. Como bem social, cabe

repetir, a educação deve ser sempre de qualidade e responder aos anseios da sociedade

a que deve servir. Isto nos leva a pensar em educação com responsabilidade social e

para a responsabilidade social, conforme salienta Mara Lemes De Sordi (2003).

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Para a autora, formar para significaria que os estudantes aprenderiam primeiro

o que é responsabilidade social e depois a aplicariam. Isto levaria a um grande

reducionismo no conceito do tema. Já agir com responsabilidade social implica

compromisso com o outro e exige o resgate sobre os valores que norteiam a organização

do projeto pedagógico. Qual o significado dessa reflexão? Podemos resumir dizendo que

há educadores que asseguram de forma simplista que os estudantes aprendem e

praticam responsabilidade social quando são envolvidos em atividades de extensão.

É certo que a ação extensionista coloca alunos e professores diante de realidades

que beneficiam ou comprometem o desenvolvimento social. Mas nossa visão de

responsabilidade social permeia todo o processo educacional, o qual é muito mais do

que extensão. Por isso, insistimos na reflexão sobre a construção do trabalho

pedagógico e defendemos que todo espaço educacional e toda atividade educativa

devem incluir compromisso com a responsabilidade social, viabilizadora de um futuro

mais humano e humanizado. Concordamos com De Sordi (2003), para quem formar

com responsabilidade social é dispor-se a superar o mero compromisso com a

instrução, implica viver e praticar o verdadeiro papel do educador.

Essa concepção de responsabilidade social e sua ampla interação com a

construção do projeto educacional, se cumprida de forma adequada e correta,

promoverá a inserção regional do CESUPA, na medida em que as diretrizes

curriculares adotadas se comprometem com a realidade de nosso meio e as demandas

do contexto histórico-social. O Brasil apresenta peculiaridades de um país altamente

desigual, com diversidades que exigem tratamento diferente, a partir da formação de

profissionais comprometidos com a realidade em que vão atuar e precisam, por isso,

conhecê-la. Essa inserção regional não implica em ignorar o universal, mas fazer de

seu entendimento um instrumento para melhor compreender nossos problemas.

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4. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO, ENSINO, APRENDIZAGEM,

CURRÍCULO, METODOLOGIA E AVALIAÇÃO

O CESUPA assume a perspectiva pluralista, integradora e dialógica do seu

projeto educacional, abrigando diferentes valores e convicções, estimulando em seu

meio, crescentemente, o respeito às atitudes contrastantes e pontos de vista

conflitantes. Assim, o pensamento divergente se torna indutor das práticas e das

utopias institucionais em tempos chamados por Boaventura Sousa Santos (2005; 2010)

de profunda complexidade, perplexidade e de transição paradigmática, do monolitismo

epistêmico e metodológico para uma configuração paradigmática que constitua o

pluralismo do “conhecimento prudente para uma vida decente”, no qual este assume

sua função utópica, libertadora e transgressora dos tempos e espaços.

Consoante este compromisso, a educação é entendida enquanto uma prática

sócio-política realizada no âmbito das relações sócio-histórico-culturais, promovedora

da formação de pessoas competentes profissionalmente, formadas com excelência, mais

humanizadas, éticas, críticas e comprometidas com a qualidade de vida dos cidadãos.

Pessoas que mobilizam o conhecimento, pensam, refletem e atuam no mundo, no

contexto social, assumindo o papel de protagonistas na emergência de novas relações

sociais.

Nesse sentido, a proposta educacional pretende-se agregadora e integradora,

promovendo sínteses provisórias e contextualizadas. Como faz pensar Sousa Santos

(2010, p. 19) os desafios colocados devem superar a ambiguidade de servir ou guiar, do

desconexo: “Em vez de distância crítica, a proximidade crítica. Em vez de compromisso

orgânico, o envolvimento livre. Em vez da serenidade autocomplacente, a capacidade

de espanto”, eis o que deve nos desafiar ao fazermos educação. Nesse sentido,

entendemos que à educação superior cumpre:

atividades que carregam significados bastante complexos, relacionados com

questões epistêmicas, éticas, políticas, sociais, econômicas, culturais etc.

Entretanto, essa complexidade não deve ser vista como um empobrecimento por

fragmentação e, sim, como possibilidade de múltiplas Inter atuações e relações

(DIAS SOBRINHO, 2008, p. 194).

Ao fortalecer a íntima relação conhecimento, dimensão humana e ética na

formação de seus profissionais, o CESUPA entende que a produção do conhecimento se

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efetiva mediante a superação de um modelo de ciência cartesiano, fragmentado,

determinado pela racionalidade técnica, que transforma a experiência educativa em

puro treino técnico. Abraça a concepção de que o homem e ciência se fazem mediante

relações formativas intencionais, integradoras, criticamente curiosas, no qual pensar e

formar profissionais, é antes de tudo, formar pessoas de forma dinâmica e dialética,

por meio do diálogo que marca a possibilidade de interação e de reconhecimento da

diversidade.

Assim, acredita que os sujeitos do processo educativo devem assumir-se como

seres sociais e históricos, como pessoas que pensam, que sabem se comunicar, e criam

possibilidades de práticas transformadoras. Como afirma Dias Sobrinho (2008, p.196),

a proposta deve “tratar da formação de profissionais competentes do ponto de vista

técnico e operacional, porém, com profundo sentido ético, autonomia moral e

consciência de que o conhecimento e a técnica são bens públicos”.

Neste cenário de aceleradas transformações culturais, sociais e científicas da

sociedade contemporânea, marcada pela avassaladora onda das relações globais, a

educação superior tem o papel de formar profissionais que pensem e ajam de forma

solidária e engajada socialmente, vivenciando o que CHAUI (2001, p.193) chama de

uma formação que desperte a “visão compreensiva de totalidades, sínteses abertas que

suscitam a interrogação e a busca”.

A educação superior requer assim, pessoas capazes de entrosamento, capazes de

inter-relacionarem áreas diversas, que estejam aptas a vivenciar e compreender as

mudanças culturais, e as implicações da globalização na vida dos indivíduos. Precisa

atentar para as questões do que significa interagir e conviver numa sociedade cada vez

mais científica e tecnológica, ao mesmo tempo em que é imprescindível desenvolver

uma prática científica que compreenda os complexos problemas sociais, políticos e

econômicos de nosso tempo, o que é chamado por Boaventura Sousa Santos (2005) de

“aplicação edificante da ciência”.

Formar nesta sociedade sem fronteiras, assolada pela competitividade e

individualismo requer o reconhecimento de valores que contribuem para práticas

integradoras, emancipatórias e inclusivas, formando pessoas com excelência e

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competência profissional com visões abertas e rigorosamente críticas, como já

enfatizamos anteriormente.

Assumindo o caráter integrador do conhecimento como pilar da formação, a base

do processo ensino – aprendizagem no CESUPA considera o equilíbrio entre a

formação do cidadão e a formação profissional, o que repercute numa concepção

orientada pelo diálogo, pela integração do conhecimento, pelo exercício da criticidade,

da curiosidade epistemológica e pela busca da autonomia intelectual do aluno.

Um processo capaz de fazer com que, professores e alunos se percebam como

sujeitos inconclusos e inquietos, por isso, capazes de modificar, propor e intervir nos

processos de conhecimento e na sociedade. Supera a perspectiva de um ensino

mecanicista, no qual o aluno apenas recebe o conhecimento memorizando-o e assume

uma postura dialógica e curiosa, na produção da aprendizagem.

Igualmente, desafia-se a construir uma prática educativa que coloque os alunos

em situações contextualizadas e desafiantes, que favoreçam o despertar das dúvidas,

do questionamento, do conseguir articular produção e transmissão, favorecendo a

formação dos sujeitos autônomos capazes de perceber as “energias emancipatórias”

como mobilizantes da formação diferenciada nos quais conhecimento, ética e

sensibilidade devem estar profundamente interconectados.

Assim, ensinar e aprender com base no diálogo, na participação, no

envolvimento do aprendente na integração do conhecimento, é vivenciar um percurso

de conhecimento de forma ativa e democrática, marcado pela responsabilidade e

compromisso de cada sujeito envolvido. Conceber o ensino e a aprendizagem como

processos humanos e participativos, implica em ver os professores e alunos como

sujeitos sociais em processo formativo.

A aprendizagem é assim, construída mediante a interação e a prática que

favorece a dúvida, a problematização, a iniciativa à pesquisa e a titularidade do

percurso de formação, através de novos caminhos na produção do saber. Nesse sentido,

é preciso que professores e alunos tenham a coragem e ousadia para saltar sobre o

desconhecido, para quebrar ideias cristalizadas, superar suas inseguranças e romper o

com o conformismo pedagógico, buscando novos caminhos na construção do

conhecimento.

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Pautado na busca de uma aprendizagem ativa, que promova a elaboração de

perguntas e ações integradoras, o desafio que se impõe, a partir daí, é de um

currículo concebido como uma política cultural que forma identidades pessoais e

profissionais, comprometido com a emergência de uma sociedade em que todos os

cidadãos possam produzir e usufruir da cultura de forma mais digna.

Desta forma, a trajetória curricular expressa visões de mundo, de projeto social,

de conhecimentos válidos, por isso, “corporifica nexos entre saber, poder e identidade”

(SILVA, 2003, p.10). Esta identidade é marcada pelo perfil do profissional que se

deseja formar, no qual a capacitação profissional assume grande relevância, mas não

sendo única, abriga também a formação do cidadão democrático para além da adesão

acrítica dos condicionantes da racionalidade técnica e mero apelo as

circunstancialidades, pois um dos papeis do currículo também é colocar em questão,

em reflexão, o conhecimento, a realidade.

Como produção cultural, o currículo é uma seleção de conhecimentos eivada de

significações e compromissos técnicos-sócio-éticos, por isso, é visto também como um

texto, que passa a ter significado no percurso de formação, produzindo uma

determinada identidade profissional de acordo com uma trajetória formativa

fundamentada nos objetivos institucionais.

Nesse contexto, no qual o currículo é um território de formação plural e

dinâmica, assume expressiva relevância a seleção de conteúdos, a partir dos

princípios e propostas dos projetos pedagógicos dos cursos, dos campos de

conhecimento que fundamentam a formação profissional pautada no respeito à

diversidade cultural.

A trajetória curricular deve proporcionar, na graduação e pós-graduação do

CESUPA, condições que assegurem o conhecimento específico, correspondente a cada

área, e o conhecimento conexo, este relativo aos campos complementares que compõem

a realidade da vida social. Por outras palavras, isto quer dizer que o currículo deve

viabilizar formação qualificada no campo específico de atuação profissional, ao lado do

preparo para a compreensão dos desafios da sociedade, na condição de cidadãos.

A vivência de um currículo mais aberto, integrador, propiciador de experiências

multiculturais, consiste na concepção e produção de um planejamento em movimento

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que articule o conhecimento técnico com a formação humana, ética e postura crítica e

criativa, que será efetivado, por meio de metodologia pertinente e adequada, à

consecução dos objetivos traçados para à aprendizagem.

Desta forma, o trabalho desenvolvido pelos protagonistas da sala de aula busca

permanentemente, a interação dos sujeitos e o conhecimento, o diálogo com o contexto

sócio-cultural, a formação pautada na busca da autonomia intelectual, do desafio da

solução de problemas da realidade vivenciada, e no incentivo da criatividade e

responsabilidade do educando. Nesse sentido, o planejamento do processo ensino-

aprendizagem prioriza através da ação dialógica: a construção, a internalização crítica,

a assimilação, a reelaboração e a (re) construção de conhecimentos, de modo que o

projeto educacional expresse sua identidade mediante o planejamento do trabalho

docente, possibilitando a formação de profissionais éticos, críticos, competentes e

responsáveis pela construção de projetos e práticas cidadãs.

Afeito a essa concepção, o CESUPA tem discutido e promovido a utilização redes

metodológicas que movimentem espaços inovação e investigação, além da sala de aula,

que permitam a construção de sua identidade, respeitando o direito à diferença, à

singularidade, à transparência e à participação de cada curso no projeto institucional,

considerando as diversidades culturais, religiosas, políticas, sociais e econômicas

presentes no contexto acadêmico.

A metodologia adotada fundamenta-se essencialmente no (a):

pedagogia da possibilidade e da integração;

processo de avaliação contínua, entendendo o ato avaliativo como um

instrumento de construção;

aprendizagem orientada no sentido de qualificar pessoas capazes de

compreender a complexa realidade mundial e contextualizá-la;

reflexão de modo integrado, sobre os diversos e diferentes contextos;

aprendizado ativo destinado a conquistar conhecimento específico e estabelecer

associações e articulações pertinentes e adequadas.

Ainda no concernente à metodologia, cabe sublinhar a importância da relação

professor-aluno, orientada no sentido de proporcionar ao discente o desenvolvimento

de competências, habilidades e atitudes para intervir no contexto em que vive, bem

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como na sociedade globalizada. Isto exige diálogo constante e debate efetivo,

respeitadas as peculiaridades intelectuais e culturais de docentes e estudantes. Sem

prejuízos de outros “continentes metodológicos”, cria-se, assim, ambiente propício à

implementação de práticas pedagógicas inovadoras, que consolidam a defesa de uma

aprendizagem ativa permitindo o desenvolvimento da autonomia discente, mediante a

ação intencional, reflexiva e a responsabilidade do aluno com seu processo formativo.

Segundo Berbel (2011, p. 29), as metodologias ativas baseiam-se em formas de

desenvolver o processo de aprender, utilizando experiências reais ou simuladas,

visando às condições de solucionar, com sucesso, desafios advindos das atividades

essenciais da prática social, em diferentes contextos. Ressaltamos que essa perspectiva

cria uma nova cultura no processo aprendizagem, pois a centralidade se desloca do

professor para o aluno.

O professor passa a ser um mediador do processo de aprendizagem, organizando

com o aluno processos que desencadeiem a ação discente, processor interativos, como

balizadores da formação. Nesse cenário, “as metodologias ativas têm o potencial de

despertar a curiosidade, à medida que os alunos se inserem na teorização e trazem

elementos novos, ainda não considerados nas aulas ou na própria perspectiva do

professor” (op.cit), o que demanda, uma reforma do pensamento a lá Edgar Morin

(2003), por parte da comunidade docente, pois fazer diferente, implica em querer fazer

e se disponibilizar em desconstruir mentalidades.

Tais mecanismos fundamentam-se no princípio de que os saberes docentes se

fazem e ampliam num processo dialógico, catalisando experiências que congreguem o

conhecimento de forma contextualizada, além das práticas centradas em estratégias

comumente utilizadas no campo didático-pedagógico, dentre as quais destacam-se:

Atividades integradas;

Aprendizagem baseada em problemas (PBL);

Aprendizagem baseada em times;

Jogos de Empresas;

Metodologia da Problematização;

Projetos Integrados;

Seminários Integrados;

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Práticas de campo;

Grupos de estudos temáticos.

Acrescente-se, ainda, nesta trajetória formativa, o caráter indispensável do

aprendizado em serviço, nos espaços apropriados, quer internos, quer extramurais,

que propiciam a vivência mais estreita entre teoria e prática e provocam reflexões e

alternâncias nos percursos curriculares.

Acrescente-se, ainda, o caráter indispensável do aprendizado em serviço, nos

espaços institucionais ou extramuros apropriados. Com base nesse pressuposto, no

CESUPA as atividades de estágio e prática profissional são consideradas da maior

importância para o aperfeiçoamento do processo de aprendizagem através da

aproximação entre a academia e o mundo do trabalho.

Compondo o percurso curricular as atividades complementares, estágio e a

prática profissional são considerados da maior importância, pois asseguram um

processo de conhecimento interdisciplinar e aperfeiçoam o processo de aprendizagem

através da aproximação entre a academia e o mundo do trabalho. Esses três

componentes da formação permitem que os alunos vivenciem oportunidades

diferenciadas de fazerem seus percursos curriculares e, portanto, de formação, uma

vez que cada aluno faz suas escolhas no processo formativo.

Ressalta-se que o estágio como espaço privilegiado da prática profissional deve

assegurar aos graduandos experiência de exercício profissional, em ambientes voltados

para a futura atuação do egresso visando a ampliação e o fortalecimento das atitudes

éticas, dos conhecimentos e das competências desejadas no perfil do futuro

profissional, visando a consolidação dos desempenhos profissionais desejados.

As atividades complementares constituem-se como componentes curriculares

que objetivam o desenvolvimento, reconhecimento, de habilidades, conhecimentos e

competências do aluno, também adquiridas fora do ambiente acadêmico, abrangendo a

prática de estudos curriculares e extracurriculares, atividades independentes,

opcionais, interdisciplinares, nas relações com o mundo do trabalho, à comunidade e

que venham contribuir com a formação profissional e pessoal do futuro profissional.

Sua intenção é permitir que os alunos construam trajetórias singulares através da

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formação, da experiência e da vivencia que permitem o enriquecimento e diversidade

formativa.

A diversidade das atividades complementares, definidas em cada curso,

contabilizam seminários de atualização ou de complementação, disciplinas e

atividades específicas de outros cursos (caso da Linguagem Brasileira de Sinais -

LIBRAS, ofertada semestralmente como curso e oficina aberto a todos os segmentos da

comunidade), projetos de extensão, programas de iniciação científica, participação em

congressos acadêmico-científicos e outros eventos que asseguram a

interdisciplinaridade e a articulação da escola com o mundo do trabalho.

Neste cenário, mister se faz a incorporação de um processo avaliativo, cuja

concepção garanta a afirmação dos valores contidos na proposta aqui sintetizada.

Nesse sentido compartilhamos do pensamento de Dias Sobrinho (2008), ao defender

que a avaliação educativa é uma prática social, intersubjetiva, relacional, carregada de

valores, que põem em questão o significado dos fenômenos, e, portanto, envolvida com

processos decisórios que devem se expressar nas condutas institucionais. Assim,

[...] acreditamos que avaliação educacional pode ser um organizador qualificado

para se repensar e aperfeiçoar o projeto pedagógico institucional e refletir sobre

a qualidade da educação realizada, sendo desejável, sendo desejável a

instalação de uma cultura de avaliação de caráter participativo e emancipador

(MARCONDES; SOUSA, 2005, p.01).

A rigor, o CESUPA entende a avaliação como um processo formativo e

contínuo, onde os aspectos qualitativos preponderam sobre os quantitativos,

contribuindo, assim, para a construção do conhecimento do aluno e sua autonomia

intelectual. Como ato diagnóstico, tem como fundamentação a inclusão, a partir da

avaliação de atos, situações e pessoas, proporcionando a tomada de decisão, no sentido

de criar condições para obtenção de um melhor rendimento daquilo que se esteja

buscando ou construindo.

Dessa forma, o desenvolvimento da aprendizagem com qualidade que o

CESUPA busca, exige conceber a avaliação como um elemento de reflexão e

redimensionamento das ações efetivadas, construída na conflitualidade de ideias e

argumentos entre os sujeitos envolvidos no processo. Ou seja, buscar a identificação do

estágio de compreensão e apropriação do saber pelo educando, a fim de intervir nos

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fatores que determinam possíveis dificuldades, com vistas à adoção de estratégias de

ação para a superação dos problemas identificados. A avaliação é assim, um processo

no qual, alunos e professores interagem e decidem novos caminhos para a vivência em

sala de aula, possibilitando mudanças no percurso do trabalho docente e tornando-se

uma aliada do projeto de aprendizagem transformadora.

Dessa forma, o desenvolvimento de aprendizagem com qualidade, exige conceber

e praticar a avaliação como um elemento de reflexão, de problematização, de

enfrentamento das dúvidas e redimensionamento das ações efetivadas, construída na

conflitualidade de ideias e argumentos entre os sujeitos envolvidos no processo, ou

seja, o que se busca é a identificação do estágio de compreensão e apropriação do saber

pelo educando, a fim de intervir nos fatores que determinam possíveis dificuldades

com vistas à adoção de estratégias de ação para a superação das problemáticas

detectadas, possibilitando, deste modo, uma formação profissional, que tem a

dimensão da formação humana como um de seus pilares.

Nesse tempo-espaço, a avaliação da aprendizagem, deve ter o “objetivo legítimo

de contribuir para o êxito do ensino, isto é, para a construção desses saberes e

competências pelos alunos”, assim, a avaliação transfigura-se em formativa,

carregando em si uma “utopia promissora”, pois, temos a:

esperança de por a serviço da aprendizagem e a convicção de isto é desejável

não são, portanto, absolutamente o fruto de caprichos pessoais ou a

manifestação de fantasias discutíveis. Trata-se de uma esperança legítima e,

situação pedagógica: a avaliação formativa é o horizonte de uma prática

avaliativa em terreno escolar (HADJI, 2001, 15-16).

Para que esta avaliação ocorra a contento, se faz necessário utilizar mecanismos

regulatórios para que seja acompanhada, ou seja, a avaliação tem no controle uma de

suas funções. Como afirma Dias Sobrinho (2008, p. 204), a “regulação é um processo

que faz intervir o diálogo ou a relação entre a autonomia, que é o exercício criativo e

crítico da auto-regulação”. Coadunando com este pensamento, segundo Jussara

Hoffmann (2008, 60) que questiona e prontamente responde: “avaliação é sinônimo de

controle? Sim, não resta menor dúvida”. Apenas assim tem-se a amplitude envolta a

significação da avaliação, mas o controle não é um fim e sim uma das etapas

necessárias para que decisões e mudanças sejam feitas.

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Nessa direção, o CESUPA reconhece a importância de reavaliar, de modo

sistemático, sua proposta pedagógica a partir de alguns elementos: a definição de

princípios e objetivos do processo de aprendizagem; revisão das concepções de

currículo; a integração e a prática dos sujeitos envolvidos; e a articulação orgânica com

as demandas do contexto histórico-social, pois pensar na avaliação como ato contínuo e

aliada à aprendizagem, significa ter o “tempo da reflexão, da dúvida epistemológica,

das perguntas imprevisíveis promovidas pelos alunos e que enriquecem o processo

cognitivo” (DE SORDI, 2001, p.233).

Entendendo a avaliação como referente do que foi aprendido, de produção de

sentidos e subjetividades, a narrativa de Dias Sobrinho (2008) nos ilumina a fazer da

avaliação um exercício permanente de escuta, diagnóstico, de mudança dos sujeitos o

percurso de aprendizagem e da instituição, em prol do projeto que se tem em mãos,

pois esta:

Deve construir os campos sociais de discussão e valoração a respeito dos

processos, contextos, produtos, objetivos, procedimentos, estruturas,

causalidades, metas de superação, condições de produção das atividades

educativas, sentidos e impactos na formação dos cidadãos e na construção da

sociedade democrática. Então, não pode restringir-se a meros instrumentos

estáticos, a só explicações do passado, nem há de ser simples controle e medida

do já-feito. É processo dinâmico de comunicação, em que avaliadores e

avaliados se constituem mutuamente (DIAS SOBRINHO, 2008, p.194).

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5. POLÍTICAS INSTITUCIONAIS

5.1 Política de Planejamento e Avaliação Institucional

Esta política pressupõe a íntima relação entre o planejamento e a avaliação

como ferramentas indispensáveis ao desenvolvimento institucional. Seu objetivo é

aperfeiçoar a gestão em todos os níveis da instituição, a partir do estreito vínculo entre

avaliação e planejamento como instrumento de melhorias institucionais. É constituída

de um programa e quatro projetos que abrigam as pretensões de aperfeiçoamento e

mudanças institucionais.

5.2 Política de Desenvolvimento Institucional

O objetivo desta política é desenvolver a instituição de forma articulada, global e

crítica a partir de melhor estruturação de seus recursos e capacidades internas e

expansão da representatividade externa por meio de estrutura e de pessoas.

5.3. Política de Ensino de Graduação

Esta política tem como finalidade a melhoria dos cursos de graduação mediante

a revisão e/ou reconstrução dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação (PPC’s),

bom como a proposição de novos cursos, considerando todos os seus componentes

curriculares, estimulando a implementação de práticas pedagógicas inovadoras e

interdisciplinares nos cursos. Guarda coerência com a legislação no que tange aos

processos e ações relativas à educação inclusiva, à história e cultura afro-brasileira e

indígena, ao meio ambiente e aos direitos humanos nas suas atividades acadêmicas,

bem como acompanhando de forma vigilante a qualidade dos projetos por meio da

avaliação institucional.

Destaca-se ainda, nesta política, a busca pelo aprimoramento do Processo

Seletivo para acesso ao CESUPA, desenvolvido no âmbito da Comissão Permanente de

Processo Seletivo a partir de uma integração mais efetiva da instituição com escolas do

ensino médio.

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5.4 Política de Ensino de Pós-Graduação

Esta política concentra-se em fortalecer a pós-graduação Lato Sensu e Stricto

Sensu, identificando áreas preferenciais para implantação de novos cursos de pós-

graduação que representem alternativas inovadoras, aproveitamento das

potencialidades e afirmação da identidade institucional.

5.5 Política De Extensão

A extensão universitária, como prática acadêmica, é instrumento de articulação

com os diversos segmentos sociais, de forma a promover a integração da instituição

com a sociedade por meio de programas e projetos nas várias dimensões, por ações,

convênios ou contratos com órgãos, fundações, institutos e segmentos empresariais,

como forma de aplicar o conhecimento produzido no âmbito dos Cursos e Unidades de

Serviço do CESUPA. Esta política busca promover a articulação e integração da

instituição com o meio social, mediante o desenvolvimento de programas e projetos de

extensão em quatro vertentes distintas: serviços especializados, ações comunitárias,

acadêmico-profissionais, esportivas e culturais.

5.6 Política de iniciação científica, tecnológica, pesquisa e estímulo à

produção

Esta política visa fortalecer os programas de iniciação científica e tecnológica,

bem como outros projetos dirigidos ao aperfeiçoamento da graduação na perspectiva da

produção do conhecimento para além das fronteiras da sala de aula.

5.7 Política de Atendimento ao Estudante

A política de atendimento ao estudante prima por investir nos processos de

atendimento discente, desde o seu acolhimento e ambientação, acompanhamento

durante o percurso de formação, concessão de bolsas pela instituição, até a orientação

para posicionamento no mercado de trabalho.

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5.8 Política de Comunicação Institucional

Esta política visa contribuir com a qualidade dos processos de comunicação

interna e externa no CESUPA. A comunicação é um dos pilares para a gestão do

conhecimento organizacional. Para tanto, devem estar estabelecidas as formas e os

meios utilizados para que as informações institucionais sejam transparentes e

agreguem valor ao projeto da IES.

5.9 Política de Desenvolvimento de Pessoas

Esta política intenciona manter a valorização das pessoas nas suas diversas

dimensões, por meio de ações formativas e programas de capacitação docente e técnica,

nos diferentes níveis, buscando padrões de qualidade compatíveis com as

circunstâncias do meio e a realidade institucional.

5.10 Política de Organização e Gestão Institucional

A criação dessa política justifica-se pelo entendimento dos novos caminhos de se

pensar e fazer gestão em instituições de ensino, sobretudo para ultrapassar modelos

conservadores e ultrapassados de gestão que não acompanham os novos desafios

alçados à educação superior. Deve, nesse sentido, buscar o alinhamento de objetivos

entre todas as partes interessadas com a finalidade de avançar em processos de

transformação da gestão, sem perder o compromisso com o projeto institucional e a

missão e valores do CESUPA.

5.11 Política de Investimentos

Esta política tem como base a receita total projetada para o quinquênio 2016-

2020, considerando-se a que é proveniente dos cursos em funcionamento do CESUPA,

atualmente, além da que será incorporada a partir da implantação dos novos

programas pretendidos no PDI 2016-2020. Os investimentos serão direcionados para

infraestrutura física, tecnologia de informação, atualização e ampliação de acervo das

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bibliotecas, capacitação docente e técnica, aos projetos de avaliação institucional e aos

projetos de extensão, pesquisa e iniciação científica.

5.12 Política de Infraestrutura

Esta política reflete a compreensão do CESUPA de que o processo educacional

requer a consonância entre a concepção, as ações e a utilização de recursos pedagógicos

diversificados, que no geral vão contribuir para o desenvolvimento de um trabalho

mais completo. No que concerne ao projeto do CESUPA, a infraestrutura transpassa a

sala de aula, abrangendo múltiplos espaços de aprendizagem, que dão novos contornos

ao processo de produção do conhecimento. Esta política tem o escopo de criar

programas e projetos visando a melhoria das condições de atendimento, acesso e

permanência de pessoas e materiais nas instalações da instituição.

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