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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Arquitetura e Urbanismo PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO VERSÃO 2014

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Arquitetura e Urbanismo

PROJETO PEDAGÓGICO DO

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

VERSÃO 2014

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Curso de Arquitetura e Urbanismo

1

Prof. Dr. Benedito Guimarães Aguiar Neto

Reitor

Prof. Dr. Marcel Mendes

Vice Reitor

Prof. Dr. Clevrson Pereira de Almeida

Decano Acadêmico

Profa. Dra. Helena Bonito Couto Pereira

Decano de Pesquisa e Pós-Graduação

Prof. Dr. Sérgio Lex

Decano de Extensão

Prof. Dr. Valter Luís Caldana Júnior

Diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

Prof. Dr. Paulo Roberto Corrêa

Coordenador do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo

Assessoria e apoio pedagógico:

Profa. Dra. Esmeralda Rizzo Profa. Dra. Marili Moreira da Silva Vieira Equipe de elaboração do Projeto Pedagógico:

Membros do Núcleo Docente Estruturante do Curso de Arquitetura e Urbanismo: Prof. Dr. Antônio Cláudio Pinto da Fonseca Profa. Ms. Ivana Aparecida Bedendo Prof. Dr. Lucas Fehr Prof. Dr. Luiz Guilherme Rivera de Castro Prof. Dr. Paulo Roberto Corrêa Prof. Dr. Ricardo Hernan Medrano Prof. Dr. Sílvio Stefanini Sant’Anna Membros do Colegiado de Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo: Prof. Dr. Alessandro José Castroviejo Ribeiro Prof. Dr. Carlos Leite de Souza Prof. Dr. Celso Lomonte Minozzi Prof. Dr. Eduardo Sampaio Nardelli Prof. Ms. Juan Villà Martinez Profa. Dra. Mônica Machado Stuermer Prof. Dr. Paulo Giaquinto Profa. Dra. Pérola Felipette Brocaneli Profa. Ms. Roseli Maria Martins D’Elboux Acadêmico Victor de Melo Lago Professores convidados: Profa. Dra. Maria Teresa de Stockler e Breia Prof. Dr. Valter Luiz Caldana Júnior

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SUMÁRIO

1. HISTÓRICO INSTITUCIONAL, 5

1.1. Histórico da Mantenedora, 6

1.2. Histórico da Universidade, 8

2. MISSÃO E VISÃO INSTITUCIONAL, 11

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE CONHECIMENTO, 13

4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO, 19

4.1. Identificação do Curso, 20

4.2. Breve Histórico do Curso de Arquitetura e Urbanismo, 20

5. FINALIDADES, OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO CURSO, 30

5.1. Finalidades, 31

5.2. Objetivos, 32

5.3. Justificativas, 32

6. CONCEPÇÃO ACADÊMICA DO CURSO, 40

6.1. Articulação do curso com o Plano de Desenvolvimento Institucional, 42

6.2. Perfil do egresso, 43

6.3. Competências e habilidades, 44

6.4. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, 48

6.5. Requisitos de ingresso ao curso, 51

6.6. Aspectos metodológicos do processo de ensino-aprendizagem, 51

6.7. Estratégias de flexibilização curricular, 55

6.7.1. Estratégias de internacionalização, 56

6.7.2. Estratégias de interdisciplinaridade, 58

6.7.3. Estratégias de integração com a pós-graduação, 60

6.7.4. Possibilidades de integralização de disciplinas fora da grade curricular

como eletivas, 61

6.8. Políticas Institucionais de Apoio Discente, 62

6.9. Políticas de egressos, 63

6.10. Políticas de ética em pesquisa, 64

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6.11. Políticas Institucionais de Apoio Docente, 66

6.12. Políticas de Comunicação Institucional, 67

6.13. Políticas em EAD no Ensino Presencial, 69

6.14. Políticas institucionais de Educação Ambiental, sócio - educacional e de respeito à

diversidade no contexto do ensino, da pesquisa e da extensão, 72

7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO, 74

7.1. Estrutura curricular, 79

7.2. Atividades complementares, 84

7.3. Estágio supervisionado, 87

7.4. Atividades de integração e síntese de conhecimento, 88

7.4.1. Trabalho de curso, 88

7.4.2. Mecanismos e programas de iniciação científica e tecnológica, 89

7.4.3. Projetos de extensão, 90

7.4.4. Das atividades de ensaio e de experimentação, 92

7.4.5. Do ateliê vertical, 93

7.5. Disciplinas optativas e eletivas, 94

7.6. Articulação da auto - avaliação do curso com a autoavaliação institucional, 95

7.7. Articulação entre o ensino de graduação e de pós-graduação, 96

7.8. Comitê de ética em pesquisa, 97

8. ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA, 98

8.1. Coordenação do curso, 99

8.2. Colegiado de curso, 99

8.3. Núcleo Docente Estruturante, 99

9. CORPO DOCENTE, 101

9.1. Perfil docente, 102

9.2. Experiência acadêmica e profissional, 103

9.3. Publicações, 103

9.4. Implementação das políticas de capacitação no âmbito do curso, 104

10. INFRAESTRUTURA, 105

10.1. Biblioteca, 106

10.2. Laboratórios de formação geral, 107

10.3. Laboratórios de formação específica,107

10.3.1. Laboratórios de informática, 107

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10.3.2. Demais laboratórios, 108

10.4. Laboratórios para prática profissional e prestação de serviços à comunidade, 109

10.5. Salas de aula, 111

BIBLIOGRAFIA DE APOIO, 113

APÊNDICE 1 – EMENTAS, 120

APÊNDICE 2 – TABELA DA ESTRUTURA CURRICULAR, 196

APÊNDICE 3 – NÚCLEOS DE CONTEÚDOS, 203

APÊNDICE 4 – TABELA DE DISCIPLINAS OPTATIVAS, 207

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1. HISTÓRICO INSTITUCIONAL

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1. Histórico Institucional

1.1. Histórico da Mantenedora

Na época da fundação do Mackenzie (1870), a cidade de São Paulo contava com

cerca de 25.000 habitantes que viviam concentrados onde hoje chamamos de

Centro Velho. Ainda havia escravidão, portanto na época do Brasil Imperial, e o

ensino básico e secundário eram controlados pela Igreja Oficial.

No âmbito da tradição calvinista, o projeto educacional que deu início ao Instituto

Presbiteriano Mackenzie tem origem no ano de 1870, a partir da obra de um casal

de missionários norte-americanos, George e Mary Annesley Chamberlain, os quais,

em sua residência em São Paulo, abriram uma escola que, em ponto central da

cidade, propunha-se a formar e a instruir as jovens gerações da comunidade

paulistana.

A escola começou com apenas uma professora, a própria Sra. Chamberlain, e

três alunos. Se numericamente a escola era inexpressiva, a proposta pedagógica

apresentava-se ambiciosa e pioneira, para não dizer francamente revolucionária

para os padrões da época. O modelo dessa escola baseava-se no sistema escolar

norte-americano: as classes eram mistas, praticava-se ginástica, aboliram-se as

repetições cantadas e os castigos físicos (a famosa palmatória) e introduziu-se a

experimentação.

Esses missionários norte-americanos chegaram ao Brasil para atuar no âmbito

do que hoje poderíamos caracterizar como pluralismo cultural, que propunha e

aplicava liberdade religiosa, racial e política, contrapondo-se a uma realidade de

escolas reservadas à elite monarquista e escravagista. A “Escola Americana” foi

pioneira ao receber filhos de abolicionistas, republicanos, protestantes e judeus, que

não eram aceitos em outras escolas, incluindo-se as públicas.

Os preceitos de solidariedade sempre ancoraram o projeto do Mackenzie, cuja

proposta educativa regeu-se, desde as origens, na mais plena tradição calvinista,

sob o signo da tolerância em termos religiosos, da democracia, em seus aspectos

políticos, e do pioneirismo, em sua dimensão pedagógica.

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O norte-americano John Theron Mackenzie, em seu testamento, legou 30 mil

dólares, posteriormente acrescidos de mais 20 mil oferecidos por suas irmãs,

destinados à construção, no Brasil, junto à Escola Americana, de um prédio para a

Escola Superior de Engenharia, que iniciou suas atividades em 1896, então o

primeiro curso superior da instituição.

Iniciavam-se, portanto, os trabalhos da Escola de Engenharia Mackenzie, que se

consolidaria como uma das iniciativas pioneiras, no que diz respeito ao ensino

superior brasileiro. Nessa época, a instituição foi denominada “Mackenzie College”,

em homenagem a seu benfeitor, e, em razão da conjuntura política e da legislação

de ensino da época, foi vinculada à Universidade do Estado de Nova York, situação

na qual permaneceu até 1927.

O Mackenzie, no campo da educação, acompanhava o desenvolvimento do país

republicano, tendo se voltado para ele o olhar de inúmeros educadores

"escolanovistas" que, à época, levantavam a bandeira do ensino técnico-

profissionalizante como um imperativo necessário à reconstrução educacional do

país.

O catálogo do “Mackenzie College e da Escola Americana”, de 1916-1917,

anunciava o curso de Arquitetura em combinação com o Curso de Engenharia Civil,

que, após consolidado, deu origem à “Faculdade de Arquitetura do Instituto

Mackenzie”, em 1947.

Em abril de 1952, foi criada a Universidade Mackenzie, sendo seu mantenedor o

Instituto Presbiteriano Mackenzie. Em 1979, a “Faculdade de Arquitetura do Instituto

Mackenzie” passou a se chamar “Faculdade de Arquitetura e Urbanismo”, traduzindo

a ampliação do campo profissional e acadêmico.

Hoje o Campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie é uma comunidade

fortemente integrada, apresenta identidade de propósitos entre a comunidade

docente e discente e compartilha de uma tradição cultural afetiva batizada de

“Espírito Mackenzista”.

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Com suas construções antigas de tijolos aparentes, localizadas no centro da

cidade de São Paulo, o Campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie

representa um marco na vida cultural da cidade e simboliza a excelência em

educação. (PDI 2013 – 2018)

1.2. Histórico da Universidade

A história da Universidade Presbiteriana Mackenzie começa com a chegada dos

missionários presbiterianos, o Rev. George Whitehill Chamberlain e sua esposa

Mary Annesley Chamberlain, em São Paulo, SP, em 1870. Desde o início, a

pequena escola criada por ambos já se caracterizava pelo princípio que nos orienta

até os dias de hoje, o de não fazer distinção de sexo, credo ou etnia.

A Universidade Mackenzie, em 1952, foi reconhecida pelo Decreto nº 30.511,

assinado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelo Ministro da Educação Ernesto

Simões da Silva Filho, sendo solenemente instalada em 16 de abril daquele ano. Na

sua origem, a nova universidade (terceira no estado de São Paulo) era composta

pelas seguintes unidades acadêmicas: Escola de Engenharia, Faculdade de

Arquitetura, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e Faculdade de Ciências

Econômicas. No ano de 1965, a Universidade Mackenzie tornou-se mais uma vez

pioneira nas suas iniciativas ao escolher como Reitora a Professora Esther de

Figueiredo Ferraz, primeira mulher no hemisfério sul a ocupar esse cargo. Foi ela,

também, anos mais tarde, a primeira mulher no Brasil a se tornar Ministra de Estado

da Educação.

Em 1999 a Universidade Mackenzie passou a ser denominada Universidade

Presbiteriana Mackenzie (UPM), reafirmando, assim, sua identidade confessional.

Em 2002 a Universidade Presbiteriana Mackenzie comemorou o seu

cinquentenário e contava, então, com dois campi (São Paulo e Tamboré), 29 cursos

de graduação, sete programas de pós-graduação Stricto Sensu, 29 cursos de pós-

graduação Lato Sensu, 27.712 alunos, 1.114 professores e 11 unidades

universitárias: (1) Escola de Engenharia; (2) Faculdade de Ciências Biológicas,

Exatas e Experimentais; (3) Faculdade de Filosofia, Letras e Educação; (4)

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Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; (5) Faculdade de Ciências Econômicas,

Contábeis e Administrativas; (6) Faculdade de Direito; (7) Faculdade de Computação

e Informática; (8) Faculdade de Comunicação e Artes; (9) Faculdade de Psicologia;

(10) Faculdade de Educação Física; e (11) Escola Superior de Teologia.

Em 2006 foi realizada nova reestruturação da organização acadêmico-

administrativa da UPM, a partir da fusão e de mudanças da nomenclatura de

algumas Faculdades para Centros, a saber: Centro de Ciências Biológicas e da

Saúde (CCBS); Centro de Ciências e Humanidades (CCH); Centro de Comunicação

e Letras (CCL); e Centro de Ciências Sociais e Aplicadas (CCSA). Permaneceram

com as mesmas nomenclaturas: a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; a

Faculdade de Computação e Informática; a Faculdade de Direito; a Escola de

Engenharia; e a Escola Superior de Teologia.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie foi recredenciada por 10 anos, com

conceito referencial máximo, em 30 de dezembro de 2011, por meio da Portaria nº.

1.824 (D.O.U. 02/01/2012 – seção I – p. 8).

Mais recentemente, em 2012, houve ainda uma nova estruturação acadêmico-

administrativa, na qual o Centro de Ciências e Humanidades (CCH) fundiu-se com a

Escola Superior de Teologia, dando origem ao Centro de Educação, Filosofia e

Teologia (CEFT). Nesta última reestruturação, os cursos até então incluídos na

composição do CCH, Licenciatura e Bacharelado em Química e em Física,

passaram a integrar a Escola de Engenharia. Na mesma linha, o curso de

Licenciatura em Matemática passou a integrar a Faculdade de Computação e

Informática.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie dos dias atuais caracteriza-se por uma

comunidade acadêmica que reafirma a continuidade dos princípios éticos e de sua

tradição cultural denominada “Espírito Mackenzista”, fortalecida pelo aspecto

centrípeto e aconchegante do Campus Higienópolis, em que se ressaltam a

excelência da infraestrutura e a proximidade física das unidades universitárias.

Atualmente, a instituição “Mackenzie” é um dos maiores complexos educacionais,

no contexto da América Latina, atuando nas mais diversas áreas do conhecimento

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humano, que vão da Educação Básica ao Ensino Superior, compreendendo, neste

segmento, três dezenas de cursos de Graduação, quase 20 cursos de Pós-

graduação Stricto Sensu, além de seis dezenas de cursos Lato Sensu e amplo

portfólio de atividades de Extensão.

A Reitoria atual, preocupada com a qualidade do ensino, da pesquisa e da

extensão, adota políticas institucionais que constam da “Visão 150”, plano este que

estabelece uma série de diretrizes que nortearão a atuação de todos os segmentos

e instâncias da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos próximos anos. As ações

devem atender a um perfil de formação holística de concepção dos fenômenos

naturais, do meio ambiente e da sociedade, contudo, sem abandonar demandas

mais específicas da sociedade, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão

universitária. (PDI 2013 – 2018)

As diretrizes que estruturam a “Visão 150” (documento promulgado pela Reitoria

da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 25 de março de 2013) harmonizam-se

inteiramente com os eixos norteadores do PDI, evidenciando uma mobilização

sinérgica de toda a Instituição, em busca da consolidação dos padrões de

excelência no ensino, na pesquisa e na extensão.

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2. MISSÃO E VISÃO INSTITUCIONAL

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2. Missão e Visão Institucional

Em sintonia com a missão da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o Projeto

Pedagógico do curso de Arquitetura e Urbanismo, por intermédio de metodologias

conteúdos e recursos próprios, aliados à busca incessante pela aplicação dos

valores da ética, segue o direcionamento da Instituição, em relação ao atendimento

à sociedade na qual se insere, no cumprimento da missão institucional: “Educar o

ser humano, criado à imagem de Deus, para o exercício pleno da cidadania, em

ambiente de fé cristã reformada”(INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE,

2013).

A Visão da Universidade Presbiteriana Mackenzie permeia todos os planos de

ação e o desenvolvimento de sua prática cotidiana, e organiza a composição e o

desenvolvimento do currículo, de maneira que essa Visão se reflita em todos os

aspectos, a fim de “ser reconhecida pela sociedade como instituição confessional

presbiteriana e filantrópica, que se dedica às ciências divinas e humanas,

comprometida com a responsabilidade socioambiental, em busca de contínua

excelência acadêmica e de gestão”(INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE,

2013).

O currículo e as políticas e estratégias de ação, dirigidos por essa Visão, têm

como fim maior favorecer o reconhecimento efetivo, por parte dos alunos e da

comunidade, de uma instituição que prima pela excelência, considerando-se o seu

papel na sociedade, sua relação com os outros e com Deus.

A Missão e a Visão materializam-se na prática de princípios e valores que se

refletem nas relações pedagógicas dentro da sala de aula, nas relações de trabalho

entre funcionários e equipes de apoio administrativo, e se consolidam na ação futura

de nossos alunos, imprimindo nestes o “Espírito Mackenzista”. (PDI 2013 – 2018)

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3. CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA DE CONHECIMENTO

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3. Contextualização da área de conhecimento

A área de conhecimento da Arquitetura e Urbanismo deve ser pensada não como

existência isolada, fechada em si mesma, mas com a amplitude necessária ao

entendimento do desenvolvimento humano. Estão nessa área de conhecimento as

proposituras que vão desde o modo como o homem se protege da intempérie até a

maneira como estabelece a ordenação do território onde cria e desenvolve suas

relações de sociedade, comunidade e produção econômica e cultural.

Neste Projeto Pedagógico parte-se do princípio que a área de conhecimento em

Arquitetura e Urbanismo está inserida em um campo de conhecimento amplo e é

parte integrante da cultura brasileira e mundial, entendendo o espaço arquitetônico e

urbanístico como resultante direto de uma série de determinantes culturais.

No Brasil pode-se afirmar que se coloca claramente na agenda de discussões da

sociedade, sobretudo nos grandes centros, a construção da cidade e a qualidade do

espaço público, matérias caras aos arquitetos, como elementos definidores de ações

públicas e privadas, e a decorrente criação de empregos, do consumo de energia,

do trânsito ou da violência urbana, entre outros.

Este movimento de aproximação da Arquitetura e Urbanismo e seu fazer às

necessidades coletivas, numa condição que supera a resposta singular a questões

singulares, se dá há mais de cem anos, introduzido pelo movimento moderno, e tem

significado sua possibilidade de transformação.

Servindo-se das facilidades de comunicação e troca de informações disponíveis,

a discussão sobre o estado atual da Arquitetura e Urbanismo, da profissão e da

inserção do arquiteto no contexto da produção cultural e econômica se aprofunda.

Esta compreensão se coloca diretamente ligada à hipótese de que se esteja

vivenciando um momento de inflexão que, mais do que rever procedimentos

projetuais, é necessária uma reconfiguração da metodologia de abordagem do fazer

e pensar a Arquitetura e Urbanismo.

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O espírito do tempo acompanha a Arquitetura e Urbanismo, desta fazendo seu

testemunho e materialização.

É proposta e missão do Projeto Pedagógico do Curso de Arquitetura e

Urbanismo viabilizar e efetivar uma articulação entre ensino, pesquisa e extensão,

formando um profissional intelectualmente autônomo, capaz de atuar no sentido de

transformar a sociedade em que vive, capacitado em arquitetura e urbanismo, com

sólida formação técnica e humanística, capaz de pesquisar, desenvolver e difundir

os conhecimentos sobre a arquitetura e o urbanismo.

No estágio atual da sociedade contemporânea, o campo de estudos da

arquitetura e urbanismo se aprofunda e simultaneamente se espraia em novas

ordens conceituais complexas como o paisagismo, o projeto urbano e o

planejamento da cidade, que ampliam, por si só, o conceito original de urbanismo.

Faz-se também, cada vez mais necessário, o domínio das questões tecnológicas

relacionadas aos sistemas e processos construtivos individualizados, até se atingir a

complexa cadeia produtiva relacionada à construção industrializada, seja de pré-

fabricados ou das construções secas. Ao mesmo tempo, o design do objeto, a

composição gráfica, a organização e o projeto dos espaços interiores aprofundam a

ideia de arquitetura, entendida como o desenho que conduz o desígnio de atender

às demandas e necessidades do homem contemporâneo.

Vale lembrar que, no plano das cidades, novas demandas trazem novos

conteúdos de importância capital, como a mobilidade urbana, expressão relevante

da atribuição de qualidade da vivência cidadã nas grandes metrópoles da

atualidade. Ressalvamos ainda que o compromisso da garantia da integridade do

meio ambiente natural e do meio ambiente construído é condição sine qua non para

a elevação da qualidade de vida das gerações futuras.

No contexto nacional e regional, a atuação do profissional arquiteto é cada vez

mais necessária e se reveste de um alto grau de complexidade em decorrência

direta dos paradoxos sociais, econômicos e tecnológicos existentes em um País de

dimensões continentais. A história de 96 anos de existência do Curso de Arquitetura

e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie permitiu sua participação na

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formulação e aprofundamento da discussão dos grandes temas nacionais, como as

políticas habitacionais em âmbito federal e local, as diversas fases de adoção das

políticas de mobilidade urbana, trânsito, engenharia de tráfego e acessibilidade, bem

como o amadurecimento de uma linguagem e expressão arquitetônica identificada

com o estado e a cidade de São Paulo.

As principais ideias do universo da arquitetura e urbanismo foram ampla e

profundamente discutidas dentro dos muros desta escola, tendo seus professores e

egressos continuadamente exercido o papel de protagonistas na construção de

saídas para os grandes desafios urbanos do país.

Esta dupla vocação, na qual uma forte inserção local e regional permite

extrapolar com segurança para os grandes temas do país, sempre foi e sempre será

a característica desta escola, que ao longo das últimas décadas tem se destacado

sobremaneira como propositora das soluções urbanas necessárias para a elevação

da qualidade de vida na cidade de São Paulo, ao mesmo tempo em que tem

participado ativamente da formulação das políticas urbanas em escala regional e

nacional.

Vale lembrar que, como escola pioneira no estado de São Paulo, exerce forte

liderança no agenciamento e organização das doutrinas de ensino de arquitetura e

urbanismo em diversas escolas do estado, tendo sempre exercido profícua

influência nas escolhas pedagógicas que marcaram a montagem e desenvolvimento

das dezenas de escolas de arquitetura existentes no estado de São Paulo hoje.

Seus egressos hoje atuam fortemente, também, no campo da pesquisa e do ensino.

A proposta do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana

Mackenzie, de educar o ser humano para o exercício consciente e crítico da

cidadania, preparando-o para a liderança e contribuindo para o desenvolvimento da

sociedade por meio do ensino, da pesquisa e da extensão de serviços à

comunidade, vem ao encontro da necessidade de contribuir para que tais paradoxos

sejam, se não totalmente solucionados, no mínimo atenuados por meio de

proposições urbanístico-arquitetônicas conscientes e comprometidas com os valores

de uma sociedade mais justa e fraterna.

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A título de exemplificar esse desafio complexo que se coloca ao profissional

arquiteto e urbanista contemporaneamente, podemos destacar a necessidade da

consolidação dos 5570 municípios existentes no Brasil, dos quais apenas 1394

realizaram Planos Diretores, que não só são os ordenadores da expansão e da

ocupação do território destas cidades, como são, também, reguladores e

orientadores de captação e aplicação dos recursos financeiros necessários para o

desenvolvimento econômico destes assentamentos humanos. Arquitetos e

urbanistas compuseram e, na maioria dos casos, lideraram tais Planos Diretores,

organizando as equipes multidisciplinares e produzindo as peças técnicas de grande

qualidade e valor conceitual.

Outro exemplo é o de se debruçar sobre um cenário nacional e regional

constrangedor, divulgado pelo Censo Demográfico 2010, o qual aponta que 6% da

população brasileira vivem em aglomerados subnormais no País, conhecidos como

favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos ou

palafitas.

Sobre esse contexto, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie,

investida de seu papel de formação de profissionais arquitetos e urbanistas, de

forma específica, e de formuladora de pensamento crítico e científico para a área da

Arquitetura e do Urbanismo, de forma geral, colabora, sobremaneira, com a

expansão das atribuições profissionais desses arquiteto e urbanistas.

No campo da legislação profissional, o curso, através de seus “profissionais-

professores”, teve papel primordial na promulgação da Lei n° 12.378, de 31 de

dezembro de 2010, que criou e regulamentou o exercício da Arquitetura e do

Urbanismo; criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil e também os

Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal. Esta Lei

representa a vitória de uma longa batalha travada por inúmeras gerações de

profissionais arquitetos e urbanistas.

Resta claro que os conceitos básicos que norteiam o curso de Arquitetura e

Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie devem estar sempre

atualizados em relação às grandes questões profissionais e coletivas, para prover

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uma formação completa, no sentido de continuar a formar profissionais competentes

e atuantes, tanto nos aspectos profissionais, quanto em sua inserção social e

política.

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4. CONTEXTUALIZAÇÃO DO CURSO

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4. Contextualização do Curso

4.1. Identificação do Curso

Nome Curso de Arquitetura e Urbanismo

Endereço Rua da Consolação, nº 896 – CEP 01302-000

Campus São Paulo

São Paulo - SP

Ato autorizativo Decreto 23275 de 07/07/1947

Habilitação Não Há

Modalidade de

Ensino

presencial

Turno Atual de

Funcionamento

matutino e vespertino

Nº de vagas anuais

autorizadas

200 matutino

200 vespertino

Tempo de

Integralização

Mínima

10 semestres

Dimensão das

turmas

1/50* disciplinas teóricas

1/25* disciplinas teórico-práticas

1/15* disciplinas práticas

Formas de ingresso Exame Vestibular e outras formas especificadas em edital

próprio.

(* Considerando-se variação de 20% para mais ou para menos)

4.2. Breve histórico do Curso de Arquitetura e Urbanismo

Podem-se distinguir, na história da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, os

seguintes períodos: de 1917 a 1947, de 1947 a 1960, de 1960 a 2010 e, finalmente,

de 2010 a 2013.

De 1917 a 1947

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Em 1896 foi aberto o Curso de Engenharia na cidade de São Paulo, cujos

diplomas, expedidos pelo “Mackenzie College”, eram reconhecidos pela

Universidade do Estado de Nova York. Colaborou, para que isso fosse possível, o

jurista Ruy Barbosa. Por sua sugestão, o Conselho de Missões Estrangeiras da

Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos deu permissão para que o Mackenzie

College, em São Paulo, fosse incorporado pelo Conselho Deliberativo da

Universidade do Estado de Nova York. Dessa maneira, a Escola de Engenharia

Mackenzie, passando a ser jurisdicionada à Universidade de Nova York, foi

equiparada às prestigiosas “Columbia University” e “Cornell University”.

Em 1917 foi criado, nessa Escola, o curso de Arquitetura, por Christiano Stockler

das Neves, arquiteto formado pela Universidade da Pennsylvania, em 1911, que

assim recordava o fato:

[...] verificando que a arquitetura em nosso país tinha um grande futuro,

praticada, então, por um número limitado de arquitetos, tivemos a idéia de fundar um

curso de arquitetura, nos moldes inigualáveis das universidades norte-americanas.

Era este um meio eficiente de se aumentar o número de arquitetos em nossa terra e

de obter melhores edificações. O gosto em nossas construções deixava muito a

desejar, porque eram elas projetadas, em sua maioria, por profissionais estranhos à

mais nobre das artes. Seria aquele um meio também de estarmos mais em contato

com a nossa arte e de não pensarmos exclusivamente no “primo vivere...”.

Ensinando, acompanhando os trabalhos de nossos alunos, estaríamos, novamente,

integrados com ela, embora sabendo que iríamos preparar concorrentes para o

futuro. Não nos importava isto. Desejamos o progresso da arquitetura em nossa

Pátria e que a nossa gente e os nossos dirigentes melhor compreendessem a

missão altamente civilizadora dos arquitetos. (apud Szolnoky, 1995, p. 199)

O curso seguia o modelo da escola na qual havia se graduado e da École des

Beaux-Arts de Paris, comenta Christiano Stockler das Neves:

[...] o programma de estudos deste curso é organizado sob o princípio de que a

architectura é antes de tudo uma bela arte. Por isso, o estudo de desenho é a parte

fundamental do curso, motivo por que só aconselhamos a matrícula neste curso aos

estudantes dotados de temperamento artístico e dispostos a um trabalho intenso

através de todos os anos do curso (apud Szolnoky, 1995, p. 214).

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22

Apesar de estruturado como uma especialidade da Engenharia, o curso sempre

funcionou regularmente, tendo formado profissionais “engenheiros-arquitetos” de

alto gabarito, como Oswaldo Bratke, Eduardo Kneese de Melo, Miguel Forte,

Henrique Mindlin, dentre tantos outros. Assim recordava Christiano Stockler das

Neves:

[...] naqueles ditosos tempos, sem qualquer experiência de ensino, começamos

o curso apenas com dois alunos, lutando com grandes dificuldades pela falta de

livros didáticos em português, e em outros idiomas, para as aulas de magna arte.

Felizmente, possuíamos ótimo material para o ensino adquirido em nossa viagem ao

Velho Mundo e que, até hoje, está servindo ao curso (apud Fundação da Faculdade

de Arquitetura Mackenzie, 1951, p. 32).”

No âmbito da Escola de Engenharia, a opção por arquitetura era feita a partir do

término do primeiro ano, e o curso completo estendia-se por seis anos. Os estudos

estavam divididos em artísticos, técnicos e práticos. O desenho era uma forte

exigência para a formação do aluno. Eram famosas as solicitações feitas nessa

área: perspectivas aquareladas, desenhos a bico de pena etc. Defensor convicto da

Arquitetura Clássica, Christiano Stockler das Neves combateu a Arquitetura

Moderna e nunca permitiu a seus alunos qualquer proposta que não seguisse os

rigores da linha historicista:

[...] responsável pelo destino desta novel faculdade, continuaremos a manter as

mesmas diretrizes que, durante trinta anos presidiram o extinto curso que fundamos,

cuja orientação de ensino foi moldada nas da Universidade de Pennsylvania e

Escola de Belas Artes de Paris. Nesses longos anos de intensa labuta, temos

resistido ao surto da mecanização da nobre arte arquitetônica, ocorrido após a

primeira guerra mundial (1918) que tantos malefícios tem causado à estética das

cidades e à educação artística da mocidade. Assim o fizemos, e continuaremos a

fazer, afim de que a brutalidade e o mau gôsto não triunfe sobre a beleza e a graça.

Em arte, como em política, devemos evitar os extremismos. Aceitamos a evolução

da arte, sempre que não colhida com os princípios imutáveis da beleza, que é

eterna. Não somos intransigentes, mas não coadjuvaremos para que se transforme

a maior das artes numa indústria, em que a excentricidade e o utilitarismo são

finalidades. Desejamos a evolução da arquitetura dentro dos princípios fundamentais

e imutáveis da beleza, que regulam os estilos do passado e que haverá de presidir

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os do presente e futuro. Só assim faremos boa arquitetura (apud Fundação da

Faculdade de Arquitetura Mackenzie, 1951, p. 18).

Em 2 de outubro de 1923, criou-se o Conselho do Mackenzie College como

pessoa jurídica. Com isso se atendeu à Lei nº 4659-A/23 que equiparou os diplomas

da Escola de Engenharia do Mackenzie College aos dos estabelecimentos

congêneres existentes no Brasil, com fiscalização exigida pelo Conselho Superior de

Ensino. Até 1927 a Faculdade esteve subordinada à fiscalização da Universidade de

New York. A partir de então, foi-lhe outorgada autonomia acadêmica, sendo

reconhecida pelo Governo Federal em 1938. Em 1940 foi substituída a denominação

Mackenzie College por Instituto Mackenzie. Com a criação da Faculdade Nacional

de Arquitetura em 1945, no Rio de Janeiro, que veio substituir a seção de

Arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, o regime de ensino foi alterado,

reduzindo-se de 6 para 5 anos a duração do curso. O Mackenzie seguiu a nova

tendência, o que fez aumentar a procura pelo curso, justificando a independência do

mesmo. De 1917 a 1946 o Mackenzie formou 89 engenheiros-arquitetos, não

atingindo a média de 3 profissionais por ano.

De 1947 a 1960

Em 11 de abril de 1946, ocorreu o desmembramento do curso de arquitetura da

Escola de Engenharia, tendo sido o Prof. Christiano Stockler das Neves o seu

primeiro diretor. O reconhecimento da Faculdade de Arquitetura ocorreu em 7 de

julho de 1947, pelo decreto nº 23.275 (Diário Oficial da União, ano LXXXVI nº 162 de

16 de julho de 1947, Seção I), e foi oficialmente instalada em 12 de agosto daquele

ano, transformando-se na primeira Faculdade de Arquitetura do Estado de São

Paulo. Sobre este fato comenta o arquiteto Carlos Lemos:

[Christiano Stockler das Neves foi] o criador da Faculdade de Arquitetura

Mackenzie em 1947, onde forjou um sistema de ensino baseado principalmente em

trabalhos práticos, sempre dizendo que o jovem estudante necessariamente haveria

de dominar o modo de expressar do arquiteto, isto é, o desenho [...] (LEMOS, 1989,

p. 125).

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24

Com sua criação, abriram-se 25 vagas por ano e, a partir de 1950, o curso

passou a oferecer 60 vagas em tempo integral. Nessa época a Arquitetura Moderna

já era aceita por significativa parcela da população em todo o país. O edifício do

Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, encontrava-se em

funcionamento, e o Conjunto da Pampulha, em Belo Horizonte, havia sido

inaugurado. Na cidade de São Paulo, proliferaram casas modernistas e o Edifício

Esther, na Praça da República, estava totalmente ocupado.

Apesar da intransigência de Christiano Stockler das Neves, ao adotar o Clássico

como parâmetro de beleza na estrutura curricular e no ensino específico de projeto,

os alunos de então, em sintonia com diversas manifestações arquitetônicas locais e

internacionais, ansiavam por renovações. Sob o impacto do Movimento Moderno e

do desenvolvimento econômico, cultural, tecnológico e estético, caracterizado pela

implantação do parque industrial paulista, a atuação profissional passou por

mudanças significativas e, como consequência, os currículos, em suas disciplinas,

também sofreram mudanças profundas.

Em 1959 instalou-se a disciplina de Sociologia e, em 1965, as disciplinas de

Projeto e de Planejamento, em substituição à de Pequenas e Grandes

Composições. Professores como Adolf Franz Heep e Carlos Millan vieram

impulsionar essas transformações. Valorizou-se o ensino e a atuação profissional no

campo do Planejamento Regional e Urbano; valorizou-se a atuação no “industrial

design”, no campo da Programação Visual, e, como consequência houve a tomada

de consciência de maior aprofundamento nas áreas da Estética, da História da

Arquitetura brasileira e mundial e dos movimentos teóricos emergentes.

Nas décadas de 1950 e 1960, ocorreu um período muito rico para o

desenvolvimento do pensamento arquitetônico, favorecido pela expansão do

mercado imobiliário que atraiu tanto profissionais do Rio de Janeiro quanto

arquitetos estrangeiros, que para cá emigraram em consequência da Segunda

Guerra Mundial. A criação da segunda faculdade de arquitetura, a da USP, instalada

a uma quadra da Universidade Mackenzie, e a instalação do Instituto dos Arquitetos

do Brasil (IAB), em região próxima às faculdades, vieram alimentar as discussões

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25

implementadas, também, pela saída, como diretor, do prof. Christiano Stockler das

Neves, que se aposentou em 1956.

De 1960 a 2010

Em 1961 foi inaugurado o Edifício Christiano Stockler das Neves, da Faculdade

de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, que passava a contar com espaço próprio.

A efervescência gerada pela concentração de estudantes e profissionais foi

refreada, em parte pela mudança da FAU-USP para o campus da Cidade

Universitária, localizado no bairro do Butantã, e, em parte, pela situação política do

país, que inibiu o desenvolvimento das ideias, e também pela proliferação das

escolas de arquitetura criadas no decorrer dos anos 70. As pressões políticas e

sociais eram intensas, causadas principalmente pelo alto déficit habitacional e pela

falta de acesso às melhorias urbanas, por parte da população que migrava de forma

significativa das áreas rurais, levando à metropolização das cidades. A atuação do

arquiteto era cada vez mais requerida, levando a profissão a ser finalmente

reconhecida pela sociedade, passando estes a serem tidos como profissionais

independentes em relação aos engenheiros.

Na década de 1970, o número de ingressantes na Faculdade de Arquitetura

Mackenzie aumentou para 100. Em 1979 a faculdade passou a ser denominada

“Faculdade de Arquitetura e Urbanismo”, traduzindo a ampliação do campo

profissional e acadêmico. Em 1980, formam-se 79 alunos integrantes da 1ª turma do

curso noturno que, a partir de 1989, transformou-se em curso vespertino. Em 1990 o

curso foi reestruturado, passando a ser organizado de forma semestral.

Desde a década de 1970 até nossos dias, a tomada de consciência das questões

ambientais e da saúde pública, por parte dos profissionais e da população, tem se

refletido no surgimento de novas disciplinas no currículo da faculdade, no sentido da

readaptação e melhoria das infraestruturas dos serviços urbanos. Os impactos

ambientais causados em grandes áreas de intervenção das construções geraram a

necessidade de estudos interdisciplinares, o nascimento de organismos estatais

controladores dessas atividades profissionais, normatizadas por métodos e

procedimentos, visando a melhor qualidade de vida. A intervenção dos profissionais

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26

arquitetos e urbanistas nos conteúdos disciplinares tem sido cada vez mais

solicitada pelas Universidades, abandonando-se a ideia do professor exclusivamente

acadêmico, de atuação dedicada apenas ao ensino universitário, por aquela que

também contempla o professor que, atuando no ensino de graduação, interfere,

nesse sentido, a partir dos conhecimentos adquiridos em sua atuação profissional

como arquiteto e urbanista.

Dos departamentos 1969 - 2005

À luz da Reforma Universitária de 1969, empreendida pelo Governo Federal,

foram organizados os departamentos do Curso de Arquitetura e Urbanismo

Mackenzie.

As disciplinas do Curso de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, entre 1969 e

1998, foram distribuídas em três departamentos, a saber:

1. Departamento de Projetos Arquitetônicos;

2. Departamento de Planejamento Urbano;

3. Departamento de Teoria e História da Arquitetura.

As disciplinas das áreas técnicas continuaram lotadas na Escola de Engenharia.

Em 1998 foi criado o Departamento de Técnicas Arquitetônicas, incorporando estas

disciplinas e possibilitando um redirecionamento de suas características sempre

importantes na formação do arquiteto e urbanista mackenzista. A partir da criação

deste quarto departamento, este conjunto de disciplinas passou a incorporar

preocupações projetuais e experimentais em sua formulação.

Em 2005 a Universidade passou por uma grande reestruturação, ocasião na qual

a estrutura departamental vigente foi suprimida e o Ensino, Pesquisa e a Extensão

passaram a se organizar por cursos e, nestes, eixos temáticos e coordenações

pedagógicas.

Buscava-se assim atualizar a estrutura da Universidade. Foram ali dados os

primeiros passos para que uma nova estrutura onde a fragmentação do ensino e a

compartimentalização do conhecimento fossem superadas.

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27

O Projeto Pedagógico de 2003

Cabe registrar que este movimento de superação da compartimentação do

conhecimento e da fragmentação do processo de ensino – aprendizagem se iniciou,

no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da

Universidade Presbiteriana Mackenzie, alguns anos antes das transformações

havidas na Universidade, com o Projeto Político – Pedagógico de 2003.

Este projeto, cuja elaboração se deu ao longo do ano de 2002, já trazia em seu

bojo, estimulado também pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Arquitetura e

Urbanismo, diversos instrumentos que preconizavam e iniciavam a viabilização da

estruturação do processo de ensino – aprendizagem de modo integrado, tanto

horizontal quanto vertical e transversalmente.

Ali já se colocavam os princípios de utilização de pedagogias ativas e a

valorização de atividades integradoras, como se vê no Trabalho Final de Graduação

e nas Atividades Para-Curriculares das atribuições profissionais.

Este Projeto Pedagógico passou por atualizações em 2006, 2008 e 2010.

Da reorganização do Curso

Após a dissolução dos departamentos, o curso passou pela reformulação

necessária para atender aos seguintes requisitos legais: Diretrizes Curriculares

Nacionais conforme Resolução CNE/CES 06/2006; Resolução CNE/CES 02/2010,

de 17/06/2010 e a Ordem Interna 10/2008 da Reitoria da Universidade Presbiteriana

Mackenzie, no que tange à adequação da grade horária; à duração das aulas e dos

semestres letivos do Curso; à Lei nº 11.788/2008, que dispõe sobre a necessidade

de adequação do estágio supervisionado; às novas disposições estatutárias e

regimentais da Universidade; e, para tanto, à adequação da organização interna do

Curso de Arquitetura e Urbanismo.

Além de toda adequação legal exposta acima, no âmbito intramuros,

implantaram-se o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e os novos Estatuto

e Regimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, bem como as novas

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28

estruturas organizacionais que culminaram com a extinção dos departamentos e

com a institucionalização dos Decanatos e das Coordenadorias de Curso.

Todos esses fatores, somados à criação do Programa de Pós-Graduação Stricto

Sensu em nível de Mestrado em 1992, seu reconhecimento pela CAPES em 2002, a

implantação do Doutorado em 2006, a criação do Programa de Pós – Graduação

Lato Sensu em 2004 e a transferência do curso de graduação em Design para a

FAUMACK em 2005, levaram à nova constituição da Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo, que passou a apresentar a seguinte estrutura: os Cursos de Graduação

em Arquitetura e Urbanismo, Graduação em Design e os Programas de Pós-

graduação Lato Sensu e Stricto Sensu em Arquitetura e Urbanismo.

Conforme o exposto nas periodizações anteriores, pode-se constatar que o

Curso de Arquitetura e Urbanismo sempre esteve atento às determinações

emanadas do MEC por meio da Lei de Diretrizes e Bases, das Resoluções e

Diretrizes Curriculares Nacionais, como também às transformações sociais,

culturais, econômicas e tecnológicas do País, incorporando-as em sua organização

e fundamentação.

Isto se pode notar pelas principais alterações na distribuição e atualização de

conteúdos das disciplinas do curso que, a partir de sua criação como curso

vinculado à Escola de Engenharia (em 1917), passando pelo processo de

desvinculação de sua escola de origem, obtendo autonomia com a criação da

Faculdade de Arquitetura Mackenzie (em 1947), delineando sua trajetória na

vigência da estrutura departamental até 2005 e na implantação da estrutura do

Curso atualmente em vigor.

De 2010 a 2014

A partir de 2010 o curso de Arquitetura e Urbanismo passou a viver uma nova

fase, de consolidação das mudanças ocorridas internamente e na Universidade nos

últimos cinco anos, e também de acompanhamento de novas estruturações por que

vem passando a instituição como um todo.

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29

O fortalecimento dos programas de Pesquisa e Pós – Graduação, iniciados

anteriormente, passou a ser protagonista e aumentou a busca de sua participação

no ensino de Graduação.

Também uma série de iniciativas da Reitoria da Universidade geraram efeito

sobre o ensino. Além da Visão 150, documento norteador das ações da Instituição

rumo a seu sesquicentenário em 2020 e de seu Plano de Desenvolvimento

Institucional, ambos documentos balizadores deste Projeto, como os novos

regulamentos de Extensão, Pós e, sobretudo de Graduação, que tratam de questões

importantes, como sistema de avaliação, notas, frequência.

Assim sendo, este Projeto Político – Pedagógico aqui apresentado já atende e

incorpora as determinações do CEPE – Conselho de Ensino e Pesquisa da

Universidade quanto à disciplina de Ética e Cidadania (2010), LIBRAS e

Empreendedorismo e Inovação (2013).

Incorpora também os conteúdos exigidos pelo Instrumento de Avaliação de

Cursos de Graduação do MEC, no tocante às abordagens relacionadas à

sustentabilidade e ao meio ambiente e aos aspectos das diversidades culturais de

indígenas e de afrodescendentes que, somados aos demais componentes

curriculares, expostos detalhadamente no capítulo dedicado à concepção acadêmica

do curso, embasam este Projeto Pedagógico.

Tais fundamentos complementam-se, no que diz respeito ao processo de ensino

e aprendizagem, pela valorização do aluno como agente protagonista desse

processo, pela abordagem de conteúdos programáticos que priorizem o

agrupamento de competências e habilidades, em oposição à fragmentação de

conteúdos em disciplinas estanques, e pela flexibilidade curricular como elemento de

complementaridade fundamental da formação profissional do arquiteto e urbanista,

como se verá adiante.

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5. FINALIDADES, OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS DO CURSO

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5. Finalidades, Justificativas e Objetivos do Curso

5.1. Finalidades

Desde a sua fundação, o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade

Presbiteriana Mackenzie apresentou um perfil próprio e diferenciado dos demais

cursos de arquitetura brasileiros. Enquanto esses cursos trazem em suas raízes os

valores humanistas, artísticos e ambientais, adquiridos em sua concepção original

baseada no ensino das Belas Artes, o Curso de Arquitetura e Urbanismo do

Mackenzie traz, além destes, o contributo do pragmatismo tecnológico, adquirido

nos primeiros anos, quando era abrigado na Escola de Engenharia.

Com foco nos diversos campos de atuação, o curso prima por valorizar as

competências e habilidades do exercício profissional, exaltando as questões práticas

e experimentais, valorizando as atividades projetuais prospectivas e incentivando o

empreendedorismo nas atitudes e nos procedimentos de seus alunos. Assim sendo,

a finalidade do curso de Arquitetura e Urbanismo no contexto regional é, em um

primeiro momento, a capacitação de profissionais com visão plural das questões

emergentes, tanto para aquelas voltadas à construtibilidade e materialidade do fazer

projetual quanto para aquelas que assegurem intervenções urbanístico-

arquitetônicas de qualidade, de maneira a aliar o conhecimento técnico às

necessidades econômicas, ambientais e sociais do contexto regional em que o

Curso se insere, habilitando os seus egressos a transpor com competências as

dificuldades reais; e, em um segundo momento, motivar, sempre, a efetiva prática

profissional nos diversos campos de atuação do arquiteto e urbanista.

Na dimensão nacional, a finalidade do curso é propiciar a inserção qualitativa e

diferenciada do profissional no debate político, econômico e social, dotado de visão

holística e capacitado para participar e interferir na construção das transformações

estruturais necessárias para se atingir, com crescimento sustentável, um projeto de

nação que se modifica e se aperfeiçoa ao longo do tempo.

Importante salientar que as finalidades regional e nacional, aqui expressas,

orientam-se pela concepção da educação mackenzista, descritas tanto no PDI 2013-

2018 quanto nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

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5.2. Objetivos

Gerais

O Curso de Arquitetura e Urbanismo tem por objetivo a preparação de um

profissional dinâmico e competente, que saiba equilibrar as questões ligadas à

ciência e à expressão plástica e formal, preparado para exercer suas atividades no

mercado de trabalho, com ênfase na prática projetual, com domínio tecnológico e

com visão crítica, tanto da produção arquitetônica como da sociedade brasileira,

preparado para o exercício pleno da cidadania.

Específicos

Como objetivos específicos, o Curso de Arquitetura e Urbanismo busca a

formação de arquitetos e urbanistas aptos a atuar nas mais diferentes áreas da

atividade profissional, previstas na Lei Federal n° 12.378, de 31/12/2010, que tanto

regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo quanto cria os conselhos

profissionais de Arquitetura e Urbanismo, como também se orienta, efetivamente,

pela Resolução CNE/CES n° 2, de 17/06/2010, que institui as Diretrizes Curriculares

Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Objetiva, também,

incentivar a pesquisa acadêmica, oferecer serviços à comunidade, sempre com uma

visão ética, respeitando o equilíbrio ecológico, enfocando a questão da

sustentabilidade, valorizando a arquitetura como instrumento de atuação e de

transformação social e cultural.

5.3. Justificativas

A essência do Curso de Arquitetura e Urbanismo está expressa nas palavras do

pedagogo e filósofo americano John Dewey:

[...] só se aprende o que se pratica: seja uma habilidade, seja uma idéia,

seja um controle emocional, seja uma atitude ou uma apreciação, só as

apreenderemos se as praticarmos (1980, p.129).

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33

A partir da citação exposta acima e complementada pela expressão do “pensar

fazendo e fazer pensando”, justifica-se a formatação didático-pedagógica adotada

para o Curso (a ser apresentada detalhadamente no capítulo destinado à concepção

acadêmica do curso), como também por fatores conjunturais diretamente

relacionados ao campo de atuação do profissional arquiteto e urbanista, além

daqueles originados pelas pressões políticas e sociais inerentes aos aglomerados

humanos complexos, causados principalmente pelo alto déficit habitacional e pela

demanda por melhorias urbanas relacionadas aos equipamentos das áreas da

saúde, da educação, da cultura, do transporte, do abastecimento, do lazer, e de

tantos outros relacionados às escalas mais pontuais, e do cotidiano inerente ao

cidadão que habita a cidade.

A atuação do arquiteto e urbanista é cada vez mais requerida, seja para

apresentar propostas a quase 8% da população da cidade de São Paulo que vive

em favelas, ou para aqueles que residem em cortiços ou são moradores de rua; seja

para responder às solicitações do mercado imobiliário que objetiva, cada vez mais,

requalificar a sua atuação, com a busca de edifícios que incorporem sistemas

construtivos e tecnológicos que resultem em processos produtivos mais

racionalizados e que atendam às novas demandas do morar e do trabalhar

contemporâneo; ou ainda na atuação em órgãos públicos, nos quais questões

complexas, relacionadas às novas formas de parcerias entre agentes públicos e

privados que constroem os espaços das cidades, se impõem como uma realidade

incontestável, que deve ser enfrentada na busca de um equilíbrio ambientalmente

sustentável, e cujos resultados concretizem-se, de fato, em espaços com qualidade

urbana.

Não obstante as justificativas expostas no parágrafo anterior, o Curso se justifica

também pela sua importante colaboração com as preocupações preservacionistas

com o meio ambiente, principalmente nas soluções sustentáveis aplicadas aos

projetos e na aplicação de tecnologias que buscam aperfeiçoamentos de eficiências

energéticas, reciclagens de materiais, reuso de insumos, transformação de resíduos

etc. O trabalho aplicado no desenvolvimento de tecnologias construtivas verdes não

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poluidoras e de sistemas integrados de produção está qualificando e certificando

produtos, justificando ainda mais a presença do profissional arquiteto e urbanista.

. O Projeto Pedagógico

O Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

da Universidade Presbiteriana Mackenzie tem grande tradição, goza de amplo

reconhecimento social, regional e nacional, tem boa inserção internacional,

baixíssima taxa de evasão e excelente procura no vestibular, com uma média

próxima de 10 candidatos-vaga nos últimos anos. Mas, como qualquer Curso vivo,

dinâmico, também apresenta problemas e anseios de evolução e desenvolvimento.

Foi neste contexto, então, que se deu, a partir de meados de 2012, também em

resposta à demanda da Reitoria da Universidade, o desenvolvimento deste trabalho

aqui apresentado, essencial na vida de um Curso de Nível Superior: a atualização

de seu Projeto Político-Pedagógico.

Se há demanda, se há envolvimento da comunidade e os principais problemas

são conhecidos e têm sido enfrentados, por que então iniciar este trabalho? Para

que mexer? Mudar o quê?

Esta é uma tarefa que se faz para melhorar, para avançar.

E o que é melhorar? O que é avançar?

As respostas são múltiplas e diversas. Porém, alguns fatores internos e externos

à comunidade, norteadores do avanço pretendido, são plenamente conhecidos.

Internamente se encontra, em primeiro lugar, o passado do Curso. É nele, em

sua trajetória, em suas características fundamentais, em suas competências e em

seu reconhecimento social que se encontram bases sólidas para avançar.

Afinal, como já se viu, trata-se de um curso que completará em 2014, ano da

implantação deste novo PPC, 97 anos de existência e 67 de autonomia, em uma

Universidade que completará 62 anos, numa instituição de ensino de 144 anos,

quase um século e meio.

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Portanto, suas características não são fugazes nem tampouco temporárias,

efêmeras. Foram construídas por muitos, durante muito tempo e são casos de

sucesso.

Também influencia esta tarefa o futuro. Para tanto, destaque-se como elemento

norteador a Visão 150, documento da Universidade que lança desafios a serem

alcançados até 2020 e define objetivos, prioridades e percursos a trilhar.

Fatores externos à comunidade, são preponderantes a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação e as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Arquitetura e

Urbanismo, que são claras no que tange à organização, abordagens, instrumentos e

metodologias referentes ao processo de ensino-aprendizagem.

Além de passado e futuro, há o presente. Os atuais projetos pedagógicos, as

experiências em andamento, os desejos e posições diante do curso, o envolvimento

e a participação da comunidade acadêmica em seu dia a dia e em seu

desenvolvimento.

Assim, retorna-se ao ponto inicial, que é o enfrentamento do desafio da mudança

em um contexto de estabilidade.

Torna-se aqui importante, então, a superação de uma possível falsa dicotomia: a

diferença entre o tradicional e o conservador, entre tradição e conservadorismo.

É preciso respeitar a tradição mackenzista, sua visão e missão, sem receios e

sem conservadorismos imobilistas.

É preciso ousar, reconhecendo as profundas alterações havidas na Arquitetura e

Urbanismo enquanto campo do conhecimento – criação, fundamentação, crítica,

processo, projeto e prática - nos últimos tempos.

De conhecimento geral, são alterações que se deram tanto do ponto de vista

teórico-conceitual quanto do ponto de vista prático-instrumental, modificando

sobremaneira a atuação profissional e a necessária e correspondente produção do

conhecimento na área. Portanto, exigindo evolução significativa do pensamento e da

prática no campo da formação profissional e dos processos de ensino-

aprendizagem.

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Neste desafio, além de todas as contribuições havidas, seis pontos são

importantes de serem destacados:

i. O reconhecimento de que se trata de um Curso de diferentes e diferenças,

não de iguais. E que são estas diferenças, esta diversidade de pensamentos

e posições diante da Arquitetura e Urbanismo que o fortalecem e enriquecem.

ii. A valorização e a preocupação com a inserção social do Curso e sua

aderência às grandes questões locais, regionais, nacionais e internacionais.

iii. A estruturação de um curso baseado em pedagogias ativas, onde o estudante

é o protagonista, que possibilite a formação de um profissional-cidadão que

seja crítico, criativo, engajado e empreendedor, capaz de uma atuação

profissional ágil, local e internacional, capaz de interagir e trocar com o

mundo, mas também capaz de valorizar sua história e sua cultura.

iv. A utilização de instrumentos no processo de ensino-aprendizagem em que a

experimentação seja protagonista, tais como: o amplo e intenso uso dos

laboratórios nas disciplinas regulares, e não apenas nas laboratoriais; a

iniciação científica; o ensino à distância; a mobilidade internacional e as

atividades complementares e de extensão e; as disciplinas optativas e

eletivas.

v. A superação da excessiva fragmentação do conhecimento e da

especialização precoce através da diminuição do número de disciplinas, e da

valorização da formação continuada, integrando de fato a extensão e a

pesquisa / pós-graduação ao cotidiano da graduação.

vi. O destaque aos valores éticos e deontológicos ligados à solidariedade e à

justiça no desenvolvimento das habilidades, competências e atitudes dos

estudantes, para que sejam capazes de se tornar profissionais criativos e

lideranças legítimas e transformadoras em suas áreas de atuação.

Uma comissão composta por professores do Curso foi designada para iniciar

este trabalho, retomando a sistematização do Projeto Pedagógico do Curso de 2003

e suas atualizações de 2006, 2009, 2010 e 2011 e discutindo os aspectos gerais que

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deverão estar contemplados neste novo Projeto de 2013, no sentido de subsidiar e

auxiliar o Núcleo Docente Estruturante e o Conselho de Curso em suas tarefas.

Notas sobre a organização do ensino de arquitetura e urbanismo hoje

Enquanto por campo do conhecimento entende-se o conjunto da produção

humana acumulada e atemporal relativa a uma determinada área ou domínio do

pensar ou do fazer, aí incluídas suas técnicas, de outro modo, por profissão, ou

ainda profissão liberal, entende-se a ocupação baseada em conhecimento e

treinamento teórico e prático em um dado campo.

Entende-se aqui campo como o conjunto de conhecimentos específicos,

sistematizados, organizados e aplicados a partir de metodologias dadas que

permitem a uma pessoa ou a um grupo de pessoas refletir, realizar e operar dentro

de um determinado domínio ou campo do conhecimento.1

Vive-se hoje num mundo em rápida transformação, onde a contradição é a tônica

da própria existência. Globalização, tecnologia da informação, novos processos

produtivos, imagens, fatos, a velocidade de trocas de informações e conhecimentos,

os fatores de expansão de mercados, enfim, o painel de condicionantes, sobretudo

variáveis, é extenso.

Fica simples a compreensão de que nos últimos anos do século passado e nos

primeiros anos deste século XXI, a Arquitetura e Urbanismo encontra-se em

transformação, e sua apropriação por seus profissionais e pela própria sociedade se

ressente de novas e mais completas definições.

Mais uma vez, como em diversas ocasiões ao longo da História, discussões

como a função social do arquiteto e seu papel na divisão social do trabalho,

entendida como a organização do conjunto de tarefas que são realizadas em um

sistema social, voltam a merecer aprofundamento em especial no Brasil, não apenas

1 Sobre o tema campo do conhecimento, ver ORTIZ, R. Pierre Bourdieu. São

Paulo: Ática, 1983.

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em função de seu alto índice de urbanização, o papel da Arquitetura e Urbanismo e

do arquiteto merece atenção especial.2

A própria UIA, na Carta de Pequim, destaca: “[...] no decorrer do último século o

mundo mudou consideravelmente. É preciso nos repetirmos mais uma vez:

enquanto arquitetos, nos encontramos em um ponto crucial de nossa profissão”.3

Uma outra alteração significativa ocorrida na organização da profissão no Brasil é

sua interiorização, que está diretamente relacionada ao aumento do número de

escolas.

Esta expansão dos cursos de graduação em arquitetura e urbanismo no Brasil

provocou o recrudescimento do debate sobre o ensino e a formação do arquiteto,

sobretudo quando observada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB.4

Em seu Capítulo IV – Da Educação Superior, no inciso II do artigo 43, a LDB

estabelece que uma das finalidades da educação superior é "formar diplomados nas

diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e

para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua

formação contínua" [...] e "suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural

e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os

conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora

do conhecimento de cada geração".

Complementando as disposições da LDB, em 2001 foi promulgado o Plano

Nacional de Educação – PNE, com os objetivos, entre outros, de promover "a

elevação global do nível de escolaridade da população; a melhoria da qualidade do

ensino em todos os níveis; a redução das desigualdades sociais e regionais no

2 Ver Johnson, Allan G. Guia prático da linguagem sociológica.

3 UIA. Carta do Congresso Internacional de Arquitetos de Pequim.

4 Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional.

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tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública, e

democratização da gestão do ensino público [...]".5

Para a educação superior, entre outros vinte e três objetivos se destaca:

“Estabelecer, em nível nacional, diretrizes curriculares que assegurem a necessária

flexibilidade e diversidade nos programas de estudos oferecidos pelas diferentes

instituições de educação superior, de forma a melhor atender às necessidades

diferenciais de suas clientelas e às peculiaridades das regiões nas quais se

inserem".6

O que se vive é um movimento de transição na realidade ainda mais complexo

do que mostram seus dados quantitativos. Entende-se aqui que o foco da questão

não esteja no número de profissionais, mas sim em como e para quem este

profissional irá prestar serviço, o que tem ligação direta e inequívoca com o ensino,

sua estrutura, seus paradigmas conceituais e seu posicionamento ideológico. Ou

seja, sua qualidade.

Neste sentido, o debate sobre o ensino da Arquitetura e Urbanismo ganha, como

se disse, contornos mais complexos. Não se trata de uma questão quantitativa

senão antes uma questão absolutamente qualitativa, de mérito.

São estas, enfim, algumas das questões gerais que justificam e definem as

finalidades e os objetivos maiores dos Cursos de Graduação em Arquitetura e

Urbanismo no Brasil, com as quais o Curso de Arquitetura e Urbanismo da

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie,

como se verá adiante neste Projeto Pedagógico, se pretende alinhar e contribuir.

5 Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, que aprovou o Plano Nacional de

Educação (PNE).

6 Contribuiu para a este levantamento o parecer CNE/CES Nº:329/2004, sobre a

carga horária mínima dos cursos profissionalizantes no Brasil, aprovado em

11/11/2004, dos Relatores Edson de Oliveira Nunes e Antônio Carlos Caruso Ronca

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6. CONCEPÇÃO ACADÊMICA DO CURSO

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6. Concepção Acadêmica

A profissão de arquiteto e urbanista e seu lugar na sociedade passam por

contínuas transformações, que acompanham as mudanças sociais ao longo da

História. Tais mudanças, necessariamente, encontram expressão na formação deste

profissional.

Embora o núcleo essencial desta formação compreenda as técnicas e as artes

de projetar e construir edificações, estruturas e ambientes, os conhecimentos

necessários para tal e as solicitações a esse profissional variam de acordo com as

demandas sociais em cada momento histórico.

As modificações curriculares ocorridas no Curso de Arquitetura e Urbanismo da

Universidade Presbiteriana Mackenzie, ao longo de sua história, refletem essa

situação, tendo como característica distintiva a estreita relação com as práticas

produtivas da construção civil e o atendimento às necessidades de formação de

profissionais altamente qualificados e capacitados para atuar nas mais diferentes

áreas do projeto, do planejamento, da organização e da construção do ambiente em

diferentes escalas.

Portanto, a concepção acadêmica deste Projeto Pedagógico se orienta por um

processo de ensino e aprendizagem que tem, no conjunto de suas disciplinas, a

prática como intenção de convergência de conteúdos conceituais, críticos, analíticos

e propositivos que resultam no agrupamento de competências e habilidades,

elegendo, para tanto, o aluno como agente protagonista deste processo.

Tal concepção, que será mais bem detalhada a seguir, apoia-se, para seu pleno

desenvolvimento, em atividades de experimentação como espaço privilegiado para

se complementar e aprofundar as questões postas pelas temáticas abordadas por

essas disciplinas.

Propõe-se aqui um processo de ensino – aprendizagem com bases conceituais

amplas e consistentes, que se serve de pedagogias ativas, problematizações,

ensino baseado em problemas e soluções, entre outras.

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Outro fator diferenciado dessa concepção, e que complementa este processo de

ensino e aprendizagem, se dá ao nível da flexibilização curricular. Tal flexibilização é

materializada pelo elenco das disciplinas optativas, pela presença dos tópicos

especiais, pela possibilidade das disciplinas eletivas, pela integração da graduação

com a pós-graduação, pelo intercâmbio com IES estrangeiras, pelas atividades

complementares e pela realização do estágio supervisionado.

6.1. Articulação do Curso com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)

Em busca de um alinhamento com o PDI da Universidade Presbiteriana

Mackenzie, que salienta a integração e a coesão das diversas instâncias da vida

institucional direcionadas para a qualidade e para o desenvolvimento competente de

suas tarefas de ensino, pesquisa e extensão, em coerência com seus alicerces

confessionais, o Curso de Arquitetura e Urbanismo objetiva promover a educação

integral do educando, a difusão cultural e tecnológica, o intercâmbio e a cooperação

com outras instituições científicas e culturais, formar recursos humanos nas

diferentes áreas do saber relacionadas ao campo de atuação do profissional

arquiteto, capacitando os alunos a realizar investigações técnico-científicas. Busca

exercer o magistério, desenvolver pesquisas de maneira autônoma e competente,

inserir-se em setores profissionais de ponta, participar do desenvolvimento da

sociedade de maneira crítica, solidária e cidadã, participar do desenvolvimento

socioeconômico da sociedade como organismo de consulta, mediante assessoria e

prestação de serviços relativos aos campos do saber da arquitetura e do urbanismo,

e concorrer para o desenvolvimento científico, tecnológico, artístico e estender à

comunidade, sob a forma de cursos e serviços especiais, as atividades de ensino e

os resultados das pesquisas realizadas.

Ainda no sentido de uma plena articulação entre a concepção e organização

didático-pedagógica do Curso aqui proposta e os instrumentos de organização e de

gestão da Universidade e da Instituição Mantenedora, compõem este Projeto

Pedagógico de Curso os instrumentos legais, estatutários e regimentais, da

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Universidade e do Instituto Presbiteriano Mackenzie e sua implantação fica

condicionada aos critérios de sustentabilidade econômico-financeira do Curso.

6.2. Perfil do egresso

O Art. 4º da Resolução nº 2, de 17 de Junho de 2010 do MEC, que Institui as

Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Arquitetura e

Urbanismo, explicita que o egresso deverá ter como perfil sólida formação de

profissional generalista, aptidão de compreender e traduzir as necessidades de

indivíduos, grupos sociais e comunidade, com relação à concepção, organização e

construção do espaço interior e exterior, abrangendo o urbanismo, a edificação e o

paisagismo, a conservação e a valorização do patrimônio construído, a proteção do

equilíbrio do ambiente natural e a utilização racional dos recursos disponíveis.

A produção arquitetônica dos profissionais formados por esta Escola, traço

marcante do perfil do egresso do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade

Presbiteriana Mackenzie, se deu no passado e continua acontecendo no presente.

As obras dos arquitetos graduados pela FAU Mackenzie constituem uma mostra da

produção arquitetônica brasileira do século XX e XXI concentrada, principalmente,

na cidade de São Paulo. As obras desses arquitetos expressam parte significativa

do desenvolvimento arquitetônico brasileiro, por meio das composições

arquitetônicas baseadas nas tradições clássicas das primeiras décadas do século

XX, das primeiras tentativas de ruptura com o passado, da conquista da Arquitetura

Moderna a partir da década de 1940, da busca de novas alternativas dos últimos

anos. Deve-se ressaltar, porém, que há uma considerável produção aqui não citada,

mas não menos importante, que muitas vezes se dilui no anonimato das grandes

empresas de projetos e do serviço público.

Complementa a caracterização deste perfil, a sólida formação em práticas

projetuais em diferentes escalas, sendo o egresso apto a integrar conhecimentos

técnicos, teóricos, históricos e estéticos em propostas projetuais, utilizando as

diversas expressões contemporâneas do desenho, profissional capacitado não

apenas a propor soluções projetuais para problemas já conhecidos, mas também

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capazes de identificar novas questões, investigá-las e elaborar propostas projetuais

que as resolvam, ou contribuam para resolvê-las, tanto no âmbito das edificações e

construções, para as mais diversas finalidades, quanto no âmbito da paisagem e do

território compreendidos de modo amplo.

6.3. Competências e habilidades

As competências e habilidades necessárias à formação do arquiteto e urbanista

que estão expressas, tanto no Artigo 5° das Diretrizes Curriculares Nacionais para o

curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo quanto na Lei Federal nº 12.378,

de 31/12/2010, que regulamenta o exercício da Arquitetura e do Urbanismo e que

cria os conselhos profissionais de Arquitetura e Urbanismo nos Estados e no Distrito

Federal, estão contempladas, neste Projeto Pedagógico, pelos componentes

curriculares que as constituem. Tais componentes são explicitados pelas sequências

de disciplinas; pelos eixos-temáticos; pelo programa de disciplinas optativas e

eletivas; pelos laboratórios; pelas atividades para-curriculares de atribuições

profissionais; pelas atividades de experimentação; pelo ateliê vertical; pela semana

“viver metrópole”; pelo escritório modelo; pelo canteiro experimental; pelo núcleo de

arquitetura e urbanismo; pelos grupos de pesquisa; pelo programa de disciplinas de

extensão e pelo trabalho de curso.

Os componentes curriculares objetivam formar profissionais voltados para a

efetiva prática profissional, por meio do desenvolvimento de trabalhos práticos,

principalmente no tocante aos ateliês de projeto e urbanismo, e, para tanto, o aluno

deve ter o domínio da linguagem do desenho nas suas diferentes facetas, ter uma

conceituação e leitura crítica do projeto em desenvolvimento, e de sua inserção

urbana, levando em consideração as necessidades sociais e culturais, além de ter

uma sólida formação técnica para a adequada materialização da obra.

É importante destacar, tendo em vista a procura das conceituações relativas às

competências e habilidades do futuro arquiteto e urbanista, as considerações

oriundas da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI,

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incorporadas nas determinações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

nº 9.394/96:

a) a educação deve cumprir um triplo papel: econômico, científico e cultural;

b) a educação deve ser estruturada em quatro alicerces: aprender a conhecer,

aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser.

Estas considerações orientam as concepções pedagógicas específicas que

deverão contemplar:

a) o prazer de compreender, de conhecer e de descobrir, estimulando o senso

crítico e permitindo a compreensão do real mediante a autonomia de ação e a

capacidade de discernimento, constituindo o passaporte para a educação

permanente, na medida em que favorece as bases para o estudo contínuo;

b) o desenvolvimento de habilidades e o estímulo de novas aptidões como

processos essenciais para enfrentar novas situações;

c) o trabalho em equipe, aprendendo a tirar proveito de diferentes pontos de vista

e permitindo a realização de projetos comuns;

d) a percepção da interdependência dos conhecimentos, potencializando os

recursos da interdisciplinaridade;

e) a educação comprometida com o desenvolvimento total do indivíduo,

preparando-o para elaborar pensamentos autônomos e críticos para formular os

seus próprios juízos de valor e exercitar a liberdade de pensamento, discernimento,

sentimento e imaginação.

Entende-se, portanto, como competências e habilidades necessárias a serem

desenvolvidas para a efetiva formação do aluno, a capacidade de abstração, de

desenvolvimento do pensamento sistêmico e crítico, de criar e pensar múltiplas

alternativas para a formulação e solução de um problema, ou seja, do

desenvolvimento do pensamento dialético, a disposição para o risco, a capacidade

de trabalhar em equipe, de saber comunicar-se e a capacidade de buscar

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conhecimento. Portanto, isso significa dizer que o aluno, assessorado pelo

professor, torna-se o agente protagonista de sua própria formação.

Para tanto, o Curso é unitário e seus conteúdos curriculares organizam-se em

dois Núcleos de Conhecimentos (Profissionais e de Fundamentação) e no Trabalho

de Curso, compostos por disciplinas e atividades de caráter profissionalizante e/ou

de fundamentação.

Ainda sob o ponto de vista específico da formação profissional do arquiteto, o

Estatuto da UNESCO/União Internacional de Arquitetos (UIA) para a educação dos

arquitetos e urbanistas, de 1996, reafirma:

A arquitetura, a qualidade das edificações, o modo como elas se relacionam

com seu entorno, o respeito ao ambiente natural e construído, bem como a herança

cultural coletiva e individual são matérias de interesse público. [...] há

consequentemente interesse público em assegurar que os arquitetos e urbanistas

sejam profissionais aptos a compreender e dar resposta às necessidades de

indivíduos, grupos sociais e comunidades, com relação ao planejamento do espaço,

ao urbanismo, à construção de edifícios, bem como conservação e valorização do

patrimônio construído, proteção do equilíbrio natural e à utilização racional dos

recursos disponíveis.

Esse perfil de formação também é complementado pela Associação Brasileira de

Ensino de Arquitetura (ABEA) que inclui:

a) qualidade de vida decente para todos os habitantes de assentamentos

humanos;

b) uso tecnológico que respeite as necessidades sociais, culturais e estéticas dos

povos;

c) equilíbrio ecológico e desenvolvimento sustentável do ambiente construído;

d) arquitetura valorizada como patrimônio e responsabilidade de todos.

Assim sendo, o Curso contempla o conteúdo pedagógico necessário à formação

profissional do arquiteto e urbanista, no que tange a desenvolver, incentivar e revelar

as competências e habilidades dispostas no Art. 5º da Resolução nº 2, de 17 de

junho de 2010, do MEC, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de

graduação em Arquitetura e Urbanismo, reproduzidos a seguir:

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[...]

I - o conhecimento dos aspectos antropológicos, sociológicos e econômicos

relevantes e de todo o espectro de necessidades, aspirações e expectativas

individuais e coletivas quanto ao ambiente construído;

II - a compreensão das questões que informam as ações de preservação da

paisagem e de avaliação dos impactos no meio ambiente, com vistas ao equilíbrio

ecológico e ao desenvolvimento sustentável;

III - as habilidades necessárias para conceber projetos de arquitetura,

urbanismo e paisagismo e para realizar construções, considerando os fatores de

custo, de durabilidade, de manutenção e de especificações, bem como os

regulamentos legais, de modo a satisfazer as exigências culturais, econômicas,

estéticas, técnicas, ambientais e de acessibilidade dos usuários;

IV - o conhecimento da história das artes e da estética, suscetível de influenciar

a qualidade da concepção e da prática de arquitetura, urbanismo e paisagismo;

V - os conhecimentos de teoria e de história da arquitetura, do urbanismo e do

paisagismo, considerando sua produção no contexto social, cultural, político e

econômico e tendo como objetivo a reflexão crítica e a pesquisa;

VI - o domínio de técnicas e metodologias de pesquisa em planejamento urbano

e regional, urbanismo e desenho urbano, bem como a compreensão dos sistemas

de infraestrutura e de trânsito necessários para a concepção de estudos, análises e

planos de intervenção no espaço urbano, metropolitano e regional;

VII - os conhecimentos especializados para o emprego adequado e econômico

dos materiais de construção e das técnicas e sistemas construtivos para a definição

de instalações e equipamentos prediais, para a organização de obras e canteiros e

para a implantação de infraestrutura urbana;

VIII - a compreensão dos sistemas estruturais e o domínio da concepção e do

projeto estrutural, tendo por fundamento os estudos de resistência dos materiais,

estabilidade das construções e fundações;

IX - o entendimento das condições climáticas, acústicas, lumínicas e

energéticas e o domínio das técnicas apropriadas a elas associadas;

X - as práticas projetuais e as soluções tecnológicas para a preservação,

conservação, restauração, reconstrução, reabilitação e reutilização de edificações,

conjuntos e cidades;

XI - as habilidades de desenho e o domínio da geometria, de suas aplicações e

de outros meios de expressão e representação, tais como perspectiva, modelagem,

maquetes, modelos e imagens virtuais;

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XII - o conhecimento dos instrumentais de informática para tratamento de

informações e representação aplicada à arquitetura, ao urbanismo, ao paisagismo e

ao planejamento urbano e regional;

XIII - a habilidade na elaboração e instrumental na feitura e interpretação de

levantamentos topográficos, com a utilização de aerofotogrametria, fotointerpretação

e sensoriamento remoto, necessários na realização de projetos de arquitetura,

urbanismo e paisagismo e no planejamento urbano e regional.

6.4. Coerência do currículo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)

As Diretrizes Curriculares Nacionais apresentadas pelo MEC na Resolução nº 2,

de 17 de junho de 2010, dispõem que o conteúdo mínimo do Curso de Arquitetura e

Urbanismo divide-se em três partes interdependentes:

a) Matérias de Fundamentação, constituindo-se em conhecimentos

fundamentais e integrativos de áreas correlatas;

b) Matérias Profissionais, constituindo-se em conhecimentos que caracterizam

as atribuições e responsabilidades profissionais;

c) Trabalho de Curso.

Conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais temos:

O Núcleo de Conhecimentos de Fundamentação será composto por

saberes que forneçam o embasamento teórico necessário para que o futuro

profissional possa desenvolver seu aprendizado e será integrado por:

Estética e História das Artes; Estudos Sociais e Econômicos; Estudos

Ambientais; Desenho e Meios de Representação e Expressão.

O Núcleo de Conhecimentos Profissionais será composto por saberes

destinados à caracterização da identidade profissional do egresso e visa a

contribuir para o aperfeiçoamento da qualificação profissional do formando,

sendo constituído por: Teoria e História da Arquitetura, do Urbanismo e do

Paisagismo; Projeto de Arquitetura, de Urbanismo e de Paisagismo;

Planejamento Urbano e Regional; Tecnologia da Construção; Sistemas

Estruturais; Conforto Ambiental; Técnicas Retrospectivas; Informática

Aplicada à Arquitetura e Urbanismo; e Topografia.

Para atender aos saberes desses dois Núcleos de Conhecimentos, o conteúdo

curricular do Curso de Arquitetura e Urbanismo organiza-se pela sequência de

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disciplinas projetuais, que corresponde a 60% da carga horária, pela sequência de

disciplinas de teoria e história e pelo elenco de disciplinas optativas que são

responsáveis pelo restante da integralização da carga horária do Curso.

Desse modo, além de atender às características do perfil do egresso e das

competências e habilidades já expostos anteriormente, reafirma-se a ênfase no

caráter prático e profissionalizante da formação dos nossos alunos, mas sem,

contudo, abdicar da necessária formação teórica e conceitual, que está subjacente a

toda atividade que exige, no seu fazer, criticidade, criatividade e domínio técnico.

Assim sendo, a sequência de disciplinas projetuais guarda uma especificidade

própria, no tocante às suas características didático-pedagógicas e de carga horária.

No tocante à sua característica didático-pedagógica, as disciplinas que compõem

esta sequência (Projeto, Urbanismo, Paisagismo e outras) apresentam como

característica fundamental, e que as distinguem das demais disciplinas do Curso de

Arquitetura e Urbanismo, o fato de sintetizarem em seu produto final, isto é, no

projeto (seja ele na escala do objeto, do edifício, da paisagem ou da cidade), a

síntese de conhecimentos originados em diversas outras áreas de conhecimento ou

disciplinas, tais como: Expressão e Representação, Teoria da Arquitetura, História

da Arquitetura, Estética e História da Arte, Estabilidade das Construções (Física,

Geometria e Resistência dos Materiais), Materiais e Técnicas de Construção,

Conforto Ambiental, Sistemas Prediais, Sistemas Construtivos (Concreto, Madeira e

Metálica), Estudos Socioeconômicos, Informática etc. Decorrente da complexidade

deste fazer projetual, essas disciplinas, para desenvolverem os seus conteúdos,

contam com uma carga horária de 8 horas-aula semanais e uma relação

professor/aluno na proporção de 1/15 (considerando-se uma variação de 20% a

mais ou a menos), o que faz com que essas disciplinas não sejam confundidas com

as tradicionais disciplinas laboratoriais ou de características teórico-práticas, cuja

relação professor/aluno é de 1/25 (considerando-se uma variação de 20% para mais

ou para menos).

Importante salientar que essa relação professor/aluno, para as disciplinas de

caráter projetual do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana

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50

Mackenzie, funciona como uma marca relevante que o distingue quando comparado

com outros cursos de IES congêneres.

A matriz curricular do Curso é organizada de forma a propiciar a

interdisciplinaridade de conteúdos por meio de uma organização didático-

pedagógica que privilegia o agrupamento de saberes por competências e

habilidades e que se estrutura por meio de atividades, procurando, assim, contrapor-

se à excessiva fragmentação e compartimentação dos conhecimentos decorrentes

do excessivo número de disciplinas.

Com isso, as práticas didáticas de ensino e aprendizagem contemplam os mais

diferentes modos e atendem, em sua plenitude, o preceituado no parágrafo 5° do

artigo 6° das DCN, tais como: aulas expositivas, exercícios práticos, seminários,

discussões em grupos, palestras, filmes, confecção de modelos em escala reduzida

e em escala natural, atividades desenvolvidas em grupos de alunos e

individualmente, atividades de experimentação, utilização de softwares de

modelagem e de prototipagem rápida, apoio da biblioteca e de banco de dados,

viagens de estudo para conhecimento do acervo urbanístico-arquitetônico de obras

históricas e contemporâneas, visitas in loco de canteiro de obras e fragmentos

urbanos, glebas e terrenos de locais de implantação dos exercícios projetuais

propostos, desenvolvimento de pesquisas fundamentadas em arcabouços técnicos e

científicos, prestação de serviços à comunidade intermediados pelo escritório-

modelo Mosaico, exposições e concursos. Complementam essas práticas didáticas

de ensino e aprendizagem, o canteiro experimental, o estágio supervisionado, as

atividades complementares, o ateliê vertical e a possibilidade de complementação

curricular oferecida pelas disciplinas eletivas.

O Trabalho de Curso, neste Projeto denominado TFG – Trabalho Final de

Graduação, no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo, organiza-se em duas disciplinas semestrais, denominadas TFG I e TFG

II, oferecidas na 9ª e 10ª etapas, e que são constituídas por 4 atividades: Orientação

Acadêmica (TFG – atividade 1), Exercício Projetual (TFG – atividade 2),

Fundamentação e Crítica (TFG – atividade 3) e Experimentação (TFG – atividade 4).

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O Trabalho de Curso conta com regulamento aprovado pelas instâncias colegiadas

do Curso, da Faculdade e da Universidade (Resolução CONSU 18/2001). A partir da

implantação deste Projeto Pedagógico este regulamento será atualizado.

6.5. Requisitos de ingresso ao Curso

O processo seletivo de ingresso ao Curso de Arquitetura e Urbanismo segue o

estabelecido no artigo 2°, do capítulo I, da Resolução da UPM n° 01/2012, de 03 de

Janeiro de 2012, a qual define que a seleção e a classificação de candidatos à

matrícula inicial, na Universidade Presbiteriana Mackenzie, será regida por edital

próprio que contemple os procedimentos, critérios, requisitos e prazos sobre o

vestibular.

No caso específico do Curso de Arquitetura e Urbanismo, as provas de

conhecimentos gerais são precedidas pela prova de habilidade específica que

objetiva avaliar, em linhas gerais, o grau de aptidão do candidato sobre o domínio da

linguagem do desenho, no tocante à sua representação e expressão. Esta prova tem

caráter classificatório e não eliminatório.

Conforme determinações da Reitoria da Universidade, há a possibilidade de

destinação de vagas do Curso de Arquitetura e Urbanismo a alunos que realizaram

o ENEM e ingressam na Universidade através do PROUNI.

6.6. Aspectos metodológicos do processo de ensino-aprendizagem

O Projeto Pedagógico Institucional, contido no PDI da UPM, estabelece que a

abordagem pedagógica da UPM é uma abordagem interacionista, pois tem como

ênfase um trabalho pedagógico de docentes e discentes com os conhecimentos

específicos das diversas áreas de formação, que considera os processos que levam

os alunos a alcançarem os resultados de desenvolvimento intelectual, profissional e

pessoal, favorecendo a progressão de novos conhecimentos dentro de cada área.

A abordagem exige que o professor parta de conhecimentos cotidianos dos

alunos, aprofunde os conceitos teóricos e científicos com eles e busque como

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52

resultado o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes no aluno ao

longo do curso.

Buscar o desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes não pode ser

concebido como um esvaziamento do conteúdo, em favor de um trabalho centrado

nas experiências e nos desejos dos alunos. Por sua vez, o conteúdo também não

pode ser concebido como um instrumento de motivação da aprendizagem do aluno.

Pelo contrário, o conteúdo a ser trabalhado deve ser considerado como um conjunto

de conceitos teóricos, sistematicamente relacionados, concebidos com base no

conhecimento acumulado pelos pesquisadores da área ao longo da história. Assim

considerado, o conteúdo disciplinar é fortalecedor da capacidade de organização

hierárquica dos conceitos e do pensamento dos alunos, bem como de suas

habilidades de lidar com ele nas situações cotidianas, tanto técnicas, acadêmicas,

como éticas.

A partir dessa abordagem de caráter interacionista, o curso incentiva o

protagonismo estudantil no processo de ensino-aprendizagem. O que se propõe ao

aluno, inclusive no âmbito das DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) é que seja

ativo no desenvolvimento das habilidades, competências e atitudes que o conteúdo

demanda. As metodologias de ensino devem favorecer esse protagonismo,

utilizando-se de técnicas consideradas ativas, como pesquisa, resolução de

problemas, estudos de caso, entre outras que poderão ser desenvolvidas. Essa

abordagem pedagógica cria condições para o desenvolvimento da capacidade do

aluno de “aprender a aprender”, incentivando-o à busca de informação e da

formação continuada exigida para a sua atuação na sociedade.

Diante do exposto, entende que o modo como o professor desenvolve o processo

de ensino e aprendizagem permitirá o desenvolvimento do aluno. Professor,

conteúdo e aluno desempenham papeis fundamentais e complementares.

O papel do aluno no processo de aprendizagem é um papel ativo. Os professores

são orientados a desenvolverem um trabalho que confirma os valores de formação

integral do homem, confirmando os valores bíblicos e cristãos de que o homem é

uma criatura que deve se responsabilizar pelos seus atos que deve agir com

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responsabilidade e com princípios de sustentabilidade no uso de recursos da

natureza e que deve agir em direção ao outro, com respeito e valorização pelo outro

como criatura semelhante a si.

Nessa direção e em consonância com os princípios filosóficos da UPM, trabalha-

se a partir dos quatro pilares da educação desenvolvidos por Jacque Delors e sua

equipe e divulgados pelo relatório da Comissão Internacional para a Educação no

Século XXI para a UNESCO (1996): aprender a conhecer, aprender a fazer,

aprender a conviver e aprender a ser. Assim, as práticas de ensino desenvolvidas

pelos docentes devem considerar as metodologias de ensino ativas que promovam

o desenvolvimento de competências e habilidades requeridas na formação integral

do educando e na sua formação para o trabalho, nas diversas carreiras de nível

superior.

Outro aspecto importante no desenvolvimento do ensino é a integração,

simultânea, entre teoria e prática. Isso deve ser revelado pelo professor e pelas

estratégias que ele utilizar desde a proposição dos objetivos de aprendizagem

expressos nos Planos de Ensino, de maneira a declararem a inter-relação de

competências e habilidades, até o desenvolvimento das atividades de aprendizagem

na aula, que utilizem estratégias que promovam a articulação entre o saber fazer e o

saber conhecer do aluno além de desenvolverem atitudes específicas na direção do

saber ser.

Assim, o processo de ensino e aprendizagem ganha relevância. O ensino não

será centrado no professor, apesar de sabermos que é ele que articula inicialmente

os saberes e a prática ao planejar sua aula; mas não é também centrado no ativismo

do aluno. Há uma articulação entre os saberes da área, os saberes do professor e

as ações do aluno com estes saberes no processo de se apropriar e conhecer e de

desenvolver suas competências.

A gestão da sala de aula é de extrema importância para uma instituição de

ensino que promove a pesquisa e a extensão e que o faz a partir de valores e

princípios fundamentados na fé cristã. Nossa prática de gestão prioriza o respeito ao

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ser humano e a responsabilidade pelo uso responsável e sustentável dos recursos

naturais.

Os procedimentos metodológicos que caracterizam o processo de ensino-

aprendizagem, no Curso de Arquitetura e Urbanismo, guardam particularidades

decorrentes das três características do desenvolvimento e da forma de abordagem

dos conteúdos programáticos, que se configuram em disciplinas de caráter prático,

teórico-prático e teórico correspondentes a uma relação professor/aluno de 1/15,

1/25 e 1/50, respectivamente (considerando-se, sempre, uma variação de 20% para

mais ou para menos). Tais características sugerem procedimentos que transitam

desde a tradicional aula expositiva, conduzida quase que exclusivamente pelo

professor (disciplinas teóricas), até aquela que parte de temáticas previamente

definidas e cujos resultados se dão por meio de processos reflexivos que utilizam

preferencialmente a linguagem do desenho e que buscam, por meio de

aproximações sucessivas, a solução mais adequada possível à temática que deu

origem a esse processo (como é o caso das disciplinas práticas).

A gestão da sala de aula implica, também, na gestão do conteúdo e da forma de

desenvolvimento do mesmo, na gestão das condutas e de relações interpessoais e

na gestão da aprendizagem. O alvo maior é o desenvolvimento do aluno e o

atendimento às necessidades dele para a aquisição das competências necessárias

à sua área.

Temos que ter clareza de que o objetivo da docência é a aprendizagem e o

aperfeiçoamento do aluno e dos conhecimentos que este tem, é a formação do

aluno para melhor atuação ética e profissional. Para se atingir este objetivo, o

professor deve imprimir esforços didáticos para organizar e desenvolver os

programas com diversos métodos de ensino utilizados para alcançar diferentes

modos e estilos de aprendizado dos alunos.

Ao assim proceder, o professor terá uma interação com seus alunos e provocará

uma interação entre eles, além de se relacionar com todos os aspectos

administrativos da escola, a fim de que a sala de aula tenha um funcionamento

adequado.

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55

Avaliação da aprendizagem

O processo de avaliação deverá fornecer dados para os professores sobre o

processo de desenvolvimento das competências propostas para cada componente

curricular. A avaliação será diagnóstica e formativa na medida em que puder auxiliar

professor e aluno a fazerem ajustes durante o período de aprendizagem. Haverá, a

cada semestre, um momento de avaliação acumulativa, em que os resultados serão

aferidos e registrados para fins de aprovação. A avaliação será realizada por meio

de instrumentos diversificados, como relatórios, apresentação de trabalhos,

trabalhos de equipes, portfólios, provas escritas ou orais entre outros instrumentos

que se fizerem necessários para a verificação do alcance das habilidades e

competências, bem como atitudes elencadas no Plano de Ensino. A avaliação do

processo de aprendizagem está disciplinada no Regimento da Universidade e no

Regulamento de Graduação (Ato da Reitoria 07/2012 e 08/2012 e Resolução

CONSU 01 /2012).

A avaliação da aprendizagem é um processo que realimenta tanto o

desenvolvimento do aluno como os processos de ensino e aprendizagem

desenvolvidos pelos docentes, portanto a UPM tem como meta desenvolver estudos

permanentes para o aperfeiçoamento desse processo, aprimorando as práticas

avaliativas dos professores e estimulando o uso excelente de recursos tecnológicos

voltados para esse fim.

Não obstante as estratégias metodológicas adotadas por cada disciplina, um

fator que, obrigatoriamente, tem que ser intrínseco a todas elas, é o entendimento

de que todo o processo de avaliação é parte integrante do processo de ensino-

aprendizagem.

6.7. Estratégias de flexibilização curricular

Como estratégias de flexibilização curricular, o Curso opera na esfera das

atividades complementares, com a implementação e modernização da gestão das

Atividades Para-curriculares de Atribuições Profissionais (APAP), detalhadas no item

7.2; com o elenco das disciplinas optativas, ofertadas às 6ª, 7ª e 8ª etapas do Curso;

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56

com as disciplinas eletivas, entendidas aqui como o conjunto de disciplinas

oferecidas pela totalidade dos cursos da Universidade Presbiteriana Mackenzie; com

os tópicos especiais, instrumentos estes totalmente desvinculados de qualquer

programação e conteúdos definidos a priori e, portanto, abertos para serem

preenchidos por qualquer evento acadêmico que vá ao encontro da

complementação de saberes ligados diretamente à formação profissional ou de

natureza simplesmente cultural; com a implantação, à semelhança da APAP, de

sistema de pontuação para as atividades de experimentação; e com a

implementação das relações com o programa de pós-graduação, por meio do

estágio docente, dos grupos de pesquisa, das orientações em programas de

iniciação científica e da docência junto às disciplinas da graduação.

Com base no princípio da formação continuada, preferencialmente de seus

egressos, e de acordo com as efetivas demandas da atividade profissional, o Curso

conta com um Programa de Cursos de Extensão, presenciais e a distância, cursos

esses que terão o papel de manter e aprofundar o relacionamento entre a graduação

e o programa de pós-graduação stricto e lato sensu da Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo. Os cursos de extensão são oferecidos por professores, grupos de

professores ou por grupos de pesquisa oriundos do Curso de Arquitetura e

Urbanismo.

6.7.1. Estratégias de internacionalização

Dentre todos os instrumentos do processo de ensino e aprendizagem e os

diversos componentes curriculares aqui propostos, a mobilidade é, certamente, um

dos mais importantes.

Associada à pretendida flexibilidade na composição da trajetória do estudante

em seu período de graduação, a mobilidade se dá pelo estímulo à participação e

envolvimento com instituições de ensino, pesquisa ou de extensão, no Brasil e no

exterior. Neste contexto a internacionalização tem papel de destaque.

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57

A participação do Curso de Arquitetura e Urbanismo em redes internacionais de

ensino, pesquisa e extensão, que já tem sido uma prática, deve ser fortemente

ampliada e incentivada.

Políticas existentes na Universidade, como a de gratuidade para alunos que

participem dos programas de mobilidade e de concessão de bolsas para professores

fazerem pesquisas e participarem de programas de Pós – Doutorado no exterior,

serão complementados pela regulamentação de acolhimento de professores

visitantes.

São elementos primordiais na estratégia de internacionalização do Curso de

Arquitetura e Urbanismo, os contatos promovidos por seus docentes quando da

oportunidade de participação em eventos acadêmicos internacionais abrigados em

instituições de ensino superior estrangeiras de renome e de credibilidade acadêmica

reconhecidas. Tais contatos procuram firmar convênios com a finalidade precípua de

garantir não só a mobilidade, especificamente, como também intensificar o

intercâmbio acadêmico proveniente de parcerias relacionadas a projetos de

pesquisa e de organizações conjuntas de eventos científicos.

No que concerne à estratégia de internacionalização, de forma geral, e à de

mobilidade acadêmica, de forma particular, definida pela Universidade Presbiteriana

Mackenzie, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e, particularmente, o Curso de

Arquitetura e Urbanismo, não só se inserem nessa estratégia como, a partir dela,

complementam a flexibilização curricular disponibilizada aos nossos alunos com o

programa de intercâmbio acadêmico, consubstanciado em convênios firmados com

Instituições de Ensino Superior na América Latina, América do Norte, Europa e

África. Como já dito, esta política de convênios deverá ser fortalecida e ampliada

para a Ásia e Oceania.

Neste sentido, o Curso conta com o apoio da COI – Coordenadoria Internacional

e Interinstitucional do Gabinete do Reitor e com um representante internacional,

RINT – ligado ao Gabinete do Diretor da unidade.

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58

6.7.2. Estratégias de interdisciplinaridade

Norteada pelos conceitos expostos no PDI, a interdisciplinaridade para o Curso

de Arquitetura e Urbanismo se dá, de forma geral, pela consolidação dos eixos

temáticos como elementos estruturadores do Curso. Tais eixos não se caracterizam

tão somente pela verticalidade e/ou horizontalidade de conhecimentos, mas, sim,

pela transversalidade destes, permeando, portanto, os diversos saberes que os

caracterizam. Esta organização deve possibilitar, inclusive, ações conjuntas com

outras unidades universitárias internas ou externas à Universidade Presbiteriana

Mackenzie e o estabelecimento de programas de extensão e/ou dupla titulação.

De forma específica, podemos afirmar sem sombra de dúvida que, pela própria

característica do desenvolvimento dos conteúdos nas disciplinas projetuais (cuja

contribuição na carga horária total do curso é superior a 60%), o mesmo ocorre

segundo o modo de pensar e refletir que são dados pela interdisciplinaridade e pela

transversalidade de saberes e, portanto, estão intrinsecamente ligados ao fazer

dessas disciplinas, conferindo, a esse modo de pensar e refletir, o status de que,

sem ele, não se produz arquitetura, pela própria condição de interfaces que a

mesma guarda com outras áreas de conhecimento. Em outras palavras, para o fazer

projetual é condição sine qua non o pensamento interdisciplinar.

A título de complementaridade desse processo interdisciplinar, será dada

prioridade aos sistemas de avaliação do processo de ensino e aprendizagem e à

proposição de exercícios e projetos acadêmicos baseados nas habilidades e

competências do estudante, indicando a superação da visão disciplinar fragmentada.

Será priorizada a interdisciplinaridade horizontal de conteúdos entre as

disciplinas, por meio da seleção de temáticas afins e complementares e da

proposição de exercícios práticos comuns às disciplinas localizadas em cada etapa

do curso.

A interdisciplinaridade também está presente nos seguintes componentes

curriculares do Curso de Arquitetura e Urbanismo: na organização da grade

curricular; na organização das disciplinas por atividades e que organizam seus

conteúdos por agrupamentos de competências e habilidades; na disciplina do TFG;

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59

nas Atividades Para - Curriculares de Atribuições Profissionais – APAP; no ateliê

vertical; nas atividades de experimentação; na semana “viver metrópole”; nas

disciplinas eletivas e na organização dos tópicos especiais.

É no contexto da já mencionada transformação por que passou o Curso nos

últimos dez anos que se coloca a implantação plena dos eixos temáticos, espaço

didático – pedagógico privilegiado para o estabelecimento do diálogo, das trocas, do

realinhamento e da organicidade entre os vários instrumentos e os vários institutos

em que se organiza o ensino em nossa Faculdade. De disciplinas a atividades, de

programas a projetos especiais, da graduação à pós – graduação.

A implantação plena dos eixos temáticos depende, necessariamente, da

compreensão de que esta ação significa uma alteração estrutural na organização do

ensino (e da pesquisa e da extensão).

Basta perceber que enquanto no extinto sistema departamental se privilegiava a

apropriação do conhecimento de forma fragmentada, especializada e cumulativa

através de disciplinas autóctones, num modelo que prevê desmontar para entender,

no atual sistema se privilegiam a apropriação e a produção do conhecimento, o que

se dá através da aproximação sucessiva às totalidades inerentes aos objetos de

estudo da Arquitetura e Urbanismo. Neste caso prática e teoria, experimentação,

fundamentação e crítica se realinham constantemente, de forma articulada e

orgânica.

Enfim, trata-se de uma organização que está ligada a uma compreensão do

ensino, da pesquisa e da extensão baseada na amplitude, na horizontalidade e na

complementaridade dos conhecimentos e das ações, em contraposição à

organização departamental que estava baseada numa visão especializada,

compartimentalizada (departamentalizada), fragmentada e hierarquizada deste

conhecimento.

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6.7.3. Estratégias de integração com a pós-graduação

A pós-graduação é um sistema de formação intelectual integrado às Unidades

Universitárias, que privilegia a pesquisa e o ensino, objetivando o aprofundamento

dos conhecimentos acadêmicos e técnico-profissionais, em campos específicos do

saber. Na UPM, a pós-graduação estrutura-se por meio dos cursos de pós-

graduação stricto sensu - mestrado e doutorado - e lato sensu – cursos de

aperfeiçoamento e especialização – que são oferecidos pela Faculdade de

Arquitetura e Urbanismo.

A integração entre graduação e pós-graduação ocorre no âmbito das duas linhas

de pesquisa nas quais são desenvolvidas as atividades dos grupos de pesquisa da

escola, a saber: “Arquitetura moderna e contemporânea: representação e

intervenção” e “Urbanismo moderno e contemporâneo: representação e

intervenção”. Tais linhas de pesquisa envolvem a reflexão sobre o projeto

arquitetônico e urbanístico moderno e contemporâneo em suas diferentes

dimensões, limites e potencialidades.

Nesse contexto, as estratégias de integração entre graduação e pós-graduação

podem ser assim colocadas:

- integração de alunos e professores da graduação e da pós-graduação nos

grupos de pesquisa, no desenvolvimento de projetos de pesquisa e na organização

de eventos acadêmicos;

- rebatimento e incorporação de resultados de pesquisas nos conteúdos didático-

pedagógicos das disciplinas regulares do curso de graduação e nas disciplinas da

pós-graduação, tanto nos cursos de lato sensu quanto nos de stricto sensu;

- oferta de disciplinas optativas vinculadas às problemáticas abordadas pelos

grupos de pesquisa;

- palestras, aulas especiais e incentivos à participação dos estudantes de

graduação nas atividades de pesquisa por meio de eventos programados pela

Coordenadoria de Pesquisa e pela Coordenadoria de Pós Graduação da unidade;

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61

- desenvolvimento de projetos de iniciação científica pelos alunos da graduação

vinculados aos temas e objetivos de investigação dos grupos de pesquisa, com a

publicação dos trabalhos em eventos de caráter acadêmico e científico, tais como as

Jornadas de Iniciação Científica da UPM;

- participação de alunos da pós-graduação – mestrado e doutorado – no

programa de Estágio Docente junto a disciplinas da graduação cujos conteúdos

estejam relacionados com seus temas de pesquisa, colaborando na preparação de

materiais e em atividades didático-pedagógicas sob a supervisão do professor

responsável pela disciplina.

6.7.4. Possibilidades de integralização de disciplinas fora da grade curricular como

eletivas

Dentre as características de interface que o Curso de Arquitetura e Urbanismo

guarda com diversas áreas do conhecimento, é plenamente normal que o mesmo

estimule os seus alunos a cursarem disciplinas de caráter eletivo. Essas disciplinas

são entendidas, aqui, como o conjunto de disciplinas oferecidas pela totalidade dos

cursos da Universidade Presbiteriana Mackenzie, não incluídas no currículo pleno do

Curso de Arquitetura e Urbanismo que, em assim sendo, confere-lhe o caráter de

uma disciplina extracurricular.

Desse modo, o aluno interessado em cursar disciplinas eletivas deve atentar para

as exigências de pré-requisito, compatibilidade de horário e solicitar sua matrícula.

Importante salientar que as disciplinas eletivas cursadas terão suas cargas

horárias computadas para efeito de integralização curricular do Curso de Arquitetura

e Urbanismo como atividade complementar, não substituindo nenhuma disciplina ou

atividade obrigatória.

As disciplinas eletivas cursadas pelo aluno deverão ser grafadas diretamente em

seu histórico escolar, não sendo conferido diploma ao interessado. A carga horária

destas deverá ser utilizada para fins de pontuação nas atividades culturais da APAP

– Atividades Para - Curriculares de Atribuições Profissionais.

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62

6.8. Políticas institucionais de apoio discente

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em cumprimento à sua visão e missão

e em consonância com seus valores, preocupa-se com o desenvolvimento integral

de seus alunos. Uma formação integral deve considerar o aluno em seus aspectos

cognitivos, afetivos, físicos e espirituais. Essa preocupação se traduz na criação de

setores específicos para atendimento e em programas especiais de apoio aos

alunos.

Assim, institucionalizou-se a Coordenadoria de Apoio Discente, órgão do

Decanato Acadêmico subordinado à Reitoria. Tal coordenadoria é responsável pela

orientação e pelo acompanhamento das atividades acadêmicas do estudante na

Instituição e na Sociedade. Ela atua no incentivo e divulgação de eventos

acadêmicos, tais como congressos, encontros e seminários, além de incentivar o

intercâmbio acadêmico nacional e internacional, como também acompanha a

execução, nas Unidades Universitárias, das políticas de monitoria, estágios, trabalho

de graduação interdisciplinar e atividades complementares e, por final, divulga os

trabalhos e a produção científica e tecnológica dos discentes.

Outra atividade dessa coordenadoria, em parceria com as Unidades

Universitárias, é o apoio psicopedagógico aos alunos que apresentam alguma

dificuldade no acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem. Para tanto,

conta com o apoio dos cursos de Psicologia e Pedagogia. Os discentes contam

também com o acompanhamento espiritual, desenvolvido pela Capelania, e com o

programa de bolsas de estudos, sob a responsabilidade da gerência de

Responsabilidade Social do Instituto Presbiteriano Mackenzie.

Na esfera da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, especificamente por meio

da Coordenação do Colegiado do Curso de Arquitetura e Urbanismo, procura-se

manter um canal aberto de diálogo com os alunos de forma geral, disponibilizando a

eles seis horários semanais para agendamento de reuniões (três horários para cada

período de funcionamento do Curso) e, de forma específica e institucional, com os

representantes de classe, como também com os representantes estudantis nos

Colegiados e Comissões, convidando-os para reuniões que têm como objetivo

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principal torná-los agentes participativos do processo de gestão acadêmica e

didático-pedagógica do Curso.

A partir da constatação de lacunas de formação, identificadas nos alunos

ingressantes, particularmente em conhecimentos das áreas de geometria,

matemática, português e de desenho, conhecimentos estes de fundamental

importância e basilares para a assimilação mais eficaz dos conteúdos programáticos

com os quais irão se defrontar, o Curso oferece um programa de atividades,

intitulado “Projeto de Apoio Pedagógico”, a ser oferecido a esses alunos na 1ª e 2ª

etapas do Curso a serem realizadas aos sábados, com a finalidade específica de

sanar as deficiências de formação mencionadas, oriundas do ensino médio.

6.9. Políticas de egressos

A Comissão Própria de Avaliação (CPA), atendendo à legislação vigente, por

meio de instrumento adequado, colhe informações junto aos egressos, buscando

estabelecer seu grau de empregabilidade e a satisfação do aluno frente ao mercado

de trabalho. Com essas informações, é redigido um relatório que fica à disposição

da comunidade acadêmica.

A Universidade Presbiteriana Mackenzie e o Instituto Presbiteriano Mackenzie

instituíram o Programa “Para Sempre Mackenzista”, para acompanhamento dos

egressos, destinado a oferecer ao ex‐aluno oportunidades de educação continuada

nos cursos e programas de extensão e de pós-graduação (atualização,

aperfeiçoamento, especialização, mestrado ou doutorado) e, ainda, oferecer

informações sobre oportunidades profissionais para a inserção no mercado de

trabalho, bem como levantar informações sobre a vida profissional desse ex‐aluno,

para verificar a parcela de contribuição relevante que o Mackenzie desempenhou

nesse processo.

O Programa objetiva, também, realizar ações de captação de recursos junto aos

antigos alunos, os quais serão destinados ao “Fundo de Bolsistas”, que ajudará na

formação de inúmeros adolescentes e jovens que não teriam oportunidade de

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64

ingressar no Ensino Superior e também em uma eventual revitalização do Centro

Histórico Mackenzie.

O programa é composto, também, de um pacote de benefícios para os antigos

alunos, tais como:

Acesso às Bibliotecas, central e setoriais, para empréstimo de livros;

Descontos em livrarias conveniadas com a UPM e também na Livraria do

Mackenzie;

Recebimento do periódico “Maria Antônia” e da própria “Revista do

Mackenzie”;

Notícias de oportunidades de emprego;

Parcerias com fornecedores do Mackenzie, para a oferta de benefícios para

os alunos, tais como: participação em shows, exposições, jogos etc.

No tocante ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, a relação com seus egressos

se dá mediante a oferta de cursos de pós-graduação, tanto ao nível do stricto sensu

(mestrado e doutorado) quanto do lato sensu (especializações), configurando a tão

necessária formação continuada pela divulgação e participação em suas atividades

acadêmicas (congressos, seminários, workshops, exposições etc.); pela participação

pontual em atividades programadas pelas disciplinas (palestras e apresentações de

trabalhos e de experiências profissionais relevantes); e pela participação, como

membros convidados, nas bancas finais do Trabalho Final de Graduação.

6.10. Políticas de ética em pesquisa

Os Comitês de Ética em Pesquisa (CE) da Universidade Presbiteriana

Mackenzie são colegiados interdisciplinares, de caráter consultivo, deliberativo e

educativo, criados para defender os interesses dos sujeitos de pesquisa (humanos e

animais) em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da

pesquisa dentro de padrões éticos. O CE tem a função de divulgar, no âmbito da

Instituição, normas relativas à ética em pesquisa envolvendo seres humanos e

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procedimentos deste Comitê; receber dos sujeitos da pesquisa ou de qualquer outra

parte denúncias de abusos ou notificação sobre fatos adversos que possam

contribuir para a alteração do curso normal do estudo apreendido; requerer

instauração de sindicância à Reitoria desta Universidade em caso de denúncias

éticas nas pesquisas; analisar e emitir pareceres sobre o aspecto ético em

pesquisas realizadas com seres humanos.

Devem ser submetidos ao CE:

Projetos que, em sua metodologia, se utilizem de possíveis técnicas invasivas

ao ser humano;

Projetos de pesquisa desenvolvidos paralelamente (não curriculares) às

atividades docentes e discentes;

Quando há exigência do número de Certificado de Apresentação para

Apreciação Ética (CAAE) pelas agências de fomento e/ou publicações científicas.

A política de ética em pesquisa na área da Arquitetura e do Urbanismo segue as

normas que regem os Comitês de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana

Mackenzie.

As relações entre Ética e Arquitetura e Urbanismo se fortalecem quando os

aspectos socioambientais se tornam progressivamente decisivos, decorrentes da

rápida expansão do processo de urbanização e do consagrar-se da vida

eminentemente urbana no planeta. Portanto, é cada vez mais premente o

desenvolvimento de estudos envolvendo a produção do espaço urbano e

metropolitano e a vida em sociedade, no que diz respeito às suas correlações

amplas, de natureza econômica e de gestão. Assim sendo, a prática da Arquitetura e

do Urbanismo não pode prescindir da ética, definida como o conjunto de valores e

princípios orientadores da conduta humana face à sociedade. Profundas

desigualdades marcam o estabelecimento humano no meio urbano de hoje, valores

éticos fundamentam a aspiração de equilíbrio e o atendimento às várias

necessidades, incidindo de forma direta na prática e no pensamento arquitetônicos.

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6.11. Políticas institucionais de apoio docente

O cuidado com a seleção, o apoio, o reconhecimento e a formação continuada

dos docentes da UPM é uma das grandes políticas para que se efetive e cumpra a

Visão e Missão da Instituição, garantindo, dessa maneira, a excelência almejada.

Assim, a UPM tem adotado algumas práticas tanto institucionais como no âmbito

dos cursos.

A Universidade conta com a Coordenadoria de Apoio Docente do Decanato

Acadêmico. Esta Coordenadoria coloca em ação as estratégias da Reitoria, no que

se refere à formação continuada dos docentes da UPM. As ações englobam desde a

Semana de Preparação Pedagógica, que ocorre todo início de semestre, em

parceria com as Unidades Acadêmicas, a promoção e apoio a eventos e congressos

que tratam de questões relacionadas aos processos de ensino e aprendizagem, até

os programas de formação em forma de Diálogos sobre a Prática Docente e de

cursos de Didática do Ensino Superior, este mantido pelo Curso de Pedagogia. As

Unidades Acadêmicas também podem contar com a coordenadoria para o apoio no

processo de planejamento de ensino e avaliação. Cabe ainda mencionar o incentivo

às atividades que vão ao encontro de ampliar a formação continuada dos docentes

com a implementação da realização de projetos de pesquisa sobre o ensino que

objetivem o desenvolvimento de novas metodologias e reflexões a respeito de

estruturas curriculares, práticas pedagógicas e de aprendizagem, avaliação e outros

aspectos relacionados à docência.

Além dos programas de formação continuada, a Universidade oferece apoio aos

docentes que irão estudar fora da Universidade, ou docentes visitantes em outras

instituições, e para o desenvolvimento de pesquisas. A Orientação Normativa

01/2012, da Reitoria, de 23 de fevereiro de 2012 estabeleceu as normas que dão

curso aos incentivos para a participação dos docentes da Pós-Graduação como

professores visitantes em outras instituições e para outras atividades de docência e

de pesquisa em instituições no Brasil ou no exterior. A Ordem Interna 32/2012, de 12

de novembro de 2012 criou o Programa de Apoio aos docentes da UPM em

Estágios de Pós-Doutoramento em instituições de ensino nacionais e no exterior,

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67

com o objetivo de promover a pesquisa, a interinstitucionalização e a

internacionalização da UPM na esfera da graduação e da pós-graduação, com uma

linha de fomento específica do Fundo MackPesquisa para essa finalidade.

Parte importante do Apoio Docente é representada pelo suporte institucional à

participação dos professores da graduação e da pós-graduação em eventos

científicos nacionais e internacionais, incentivando a publicação e divulgação de

resultados das pesquisas desenvolvidas por esses professores, no sentido de

fortalecer os vínculos com a comunidade científica nacional e internacional. Também

é disponibilizada aos nossos docentes a possibilidade de se engajarem, por seis

meses, e mediante carta-convite de Instituição Superior estrangeira, no programa de

Mobilidade Acadêmica Internacional, com vistas ao enriquecimento acadêmico,

científico e cultural. Tais incentivos e diretrizes encontram-se consolidados na

Ordem Interna da Reitoria N° 25/2011, de 6 de outubro de 2011 e regulamentações

da Unidade. O corpo docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo participa

ativamente e se beneficia dessas políticas institucionais protagonizadas pela UPM.

Apesar da exigência de titulação mínima de mestre para a contratação de novos

docentes, que perdura desde 2001, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, e

particularmente o Curso de Arquitetura e Urbanismo, procuram incentivar e apoiar

seus professores para que busquem o aprimoramento acadêmico por meio dos

cursos de doutorado e estágios de pós-doutoramento ofertados, tanto pelo programa

de pós-graduação stricto sensu, da própria Unidade Universitária, quanto pelos

outros programas de pós-graduação ofertados pela Universidade. Ressalte-se que o

os professores inscritos nos cursos de mestrado e doutorado da Universidade, em

Arquitetura e Urbanismo ou em outras áreas, têm bolsa integral.

6.12. Políticas de comunicação institucional

A Visão e Missão regem o espírito que permeia as práticas de comunicação

interna e externa na UPM. Nesse sentido, a comunicação deve apresentar um fluxo

claro e ágil, tanto com os órgãos internos quanto externos. Para tanto, há um órgão

e setores exclusivos, tais como a ouvidoria e as secretarias de curso. Além disso, a

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Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) preza pelo diálogo nas várias esferas

de atuação.

Na UPM, priorizando uma comunicação direta com a comunidade acadêmica e a

comunidade externa, implantou-se, em agosto de 2000, a Ouvidoria. Este setor é

órgão de assessoria da Reitoria e busca facilitar e agilizar os processos de

comunicação na Universidade. Além do mais, a Ouvidoria assume uma posição mais

ampla, diagnosticando problemas e percebendo aspectos positivos em um contexto

de supervisão mais abrangente. Essa atuação é desenvolvida com o objetivo de

levar a Instituição a:

• identificar aspectos dos serviços que os alunos valorizam mais;

• identificar possíveis problemas de várias áreas;

• identificar as ansiedades mais frequentes dos alunos iniciantes;

• ajudar na identificação do perfil dos alunos;

• receber todo tipo de manifestação;

• prestar informação à comunidade externa e interna;

• agilizar processos;

• buscar soluções para as manifestações dos alunos.

Para a atuação eficiente da Ouvidoria, o Ouvidor exerce suas funções com

independência e autonomia, devendo ter, também, livre acesso a todos os setores

acadêmicos, além de:

• representar a comunidade interna e externa junto à Universidade;

• encaminhar manifestações apresentadas aos setores competentes;

• acompanhar o andamento dos processos e seus prazos, até a solução;

• atuar na prevenção e solução de conflitos;

• identificar e sugerir correções de erros e soluções de problemas ao responsável

do órgão em que ocorre.

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A despeito de toda a estrutura de comunicação na qual a UPM se apoia, para a

divulgação de informações de caráter institucional e mercadológica e firmar relações

de proximidade com a comunidade acadêmica (alunos, professores e

colaboradores), de forma particular, e com a sociedade, de forma geral, destacamos,

no âmbito acadêmico, além da Coordenadoria de Ouvidoria e Comunicação

Acadêmica, já exposta anteriormente, o website da Instituição (IPM e UPM) e o site

da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; as publicações acadêmicas a cargo da

Editora Mackenzie; o Centro de Rádio e Televisão; a TV Mackenzie; a plataforma

Moodle como veículo privilegiado para a efetivação do ensino a distância (EaD); a

publicação do Guia do Aluno de Graduação que explicita, de forma comentada e

exemplificada, o Regulamento Acadêmico dos Cursos de Graduação. Enfim, é sobre

todas essas estruturas que o Curso de Arquitetura e Urbanismo também se apoia,

direta ou indiretamente, para estreitar com maior eficiência a comunicação com a

sua comunidade acadêmica interna.

No entanto, em que pesem todos os esforços e investimentos da

Universidade e da Mantenedora, como os relatados acima, no universo

particularizado do Curso de Arquitetura e Urbanismo, cria-se a Comissão Mista

constituída de professores, alunos e funcionários, com o objetivo de definir ações

que viabilizem a divulgação e a elaboração de boletins eletrônicos informativos a

serem transmitidos na mídia in door do edifício Christiano Stockler das Neves, onde

se localiza o Curso de Arquitetura e Urbanismo, e nas redes sociais.

6.13. Políticas em Ensino a Distância (EaD) no ensino presencial

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) estabeleceu objetivos e metas a

serem cumpridos em relação ao Ensino a Distância (EaD):

Ampliar a abrangência e a profundidade da ação da Universidade pela

utilização de ferramentas e sistemas de ensino a distância;

Oferecer um ensino a distância avançado, do ponto de vista tecnológico, via

Internet e em rede local, dando suporte à educação presencial.

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70

Além desses objetivos, propõem-se metas que direcionem as ações futuras

relativas à EaD:

Incrementar a utilização dos sistemas de educação a distância em todos os

níveis de ensino da Universidade;

Ampliar a ação da Universidade em sua relação com a sociedade e suas

ações de ensino, pesquisa e extensão pela utilização dos instrumentos de educação

a distância.

Para o cumprimento dessas metas, a UPM conta com a Coordenadoria de

Ensino a Distância (CE@D), uma unidade acadêmico-administrativa de natureza

consultiva, deliberativa e executiva vinculada ao Decanato Acadêmico, para o

desenvolvimento e gestão do Programa Institucional de Ensino a Distância com

vistas ao atendimento das metas institucionais relacionadas no Planejamento

Estratégico da UPM e do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). Suas principais

metas são:

Incentivar a utilização de tecnologias nas diversas situações de ensino e

aprendizagem, de forma transformadora e inovadora;

Coordenar e dar suporte às ações e experiências em EaD, no âmbito da

UPM.

Essa coordenadoria monitora o desempenho da infraestrutura e dos meios

tecnológicos disponíveis na IES, bem como planeja e executa um plano de ação em

EaD de abrangência multi campi.

Entre suas principais atribuições está a capacitação dos profissionais ligados ao

ensino e que utilizam os recursos tecnológicos a distância em sua prática

pedagógica. Para isso, cria e mantém um núcleo de apoio ao ensino, à pesquisa e à

extensão na área de EaD, sugerindo políticas tecnológicas institucionais para o bom

desempenho do EaD na Universidade, e articula esforços junto à Coordenadoria de

Avaliação Institucional para encontrar mecanismos adequados de avaliação do EaD.

Os alunos e professores são estimulados a utilizar ao máximo os recursos

tecnológicos oferecidos pela Universidade.

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O projeto da Universidade é continuar expandindo sua atuação em EaD e, para

isso, tem investido em salas de vídeo conferência e recursos tecnológicos, bem

como na intensificação do incentivo e formação do professor para uso desses

recursos.

O Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade Presbiteriana

Mackenzie discorre de forma muito criteriosa sobre vários princípios que

fundamentam a política de ensino a distância (EaD), a ser implementada pelas suas

várias instâncias acadêmicas, nos níveis de graduação e pós-graduação. Dentre

esses inúmeros princípios, destacamos: o da inovação que o EaD representa no

contexto educacional; a possibilidade da expansão, interiorização e regionalização

dos conhecimentos produzidos pela academia; a superação de obstáculos

representados pelas grandes distâncias e pela disponibilidade de tempo propiciada

pela existência das novas tecnologias; o significado que tem para a autonomia do

indivíduo interessado em um constante aprimoramento; e, por fim, o da superação

das desigualdades socioeconômicas e, principalmente, por sobrepujar o sentimento

do individualismo em prol do sentimento de solidariedade.

Em acordo com esses princípios, o curso de Arquitetura e Urbanismo tem

implementado ferramentas de EaD como apoio às aulas presenciais nas disciplinas

regulares, com a disponibilização dos planos de ensino, do cronograma das

atividades e de materiais didático-pedagógicos, com a criação de fóruns de

discussão e debates e a criação de páginas para os grupos de pesquisa, além da

implantação do regime de dependência on line para as disciplinas, de acordo com a

pertinência e regulamentação específica.

Além dessas aplicações, coloca-se como objetivo a criação de disciplinas

regulares e optativas on line e semipresenciais, em que os materiais básicos

estejam disponíveis na plataforma de EaD, possibilitando aos estudantes a sua

apreensão segundo seus próprios ritmos de estudo, acompanhados de experiências

presenciais na sala de aula e sob orientação do professor, planejadas e

dimensionadas de modo que os conhecimentos adquiridos transformem-se

efetivamente em competências.

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72

Nessa mesma perspectiva, coloca-se a oferta de cursos complementares de

educação continuada, com o objetivo de atualização profissional e de divulgação de

resultados de pesquisas realizadas pelos respectivos grupos institucionalizados na

esfera de ação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.

6.14. Políticas institucionais de educação ambiental, socioeducacional e de respeito

à diversidade cultural no contexto do ensino, da pesquisa e da extensão

A Universidade Presbiteriana Mackenzie, desde seus primórdios, teve a

preocupação com a inclusão dos menos favorecidos no sistema educacional. Em

1872, quando ainda era chamada de Escola Americana, já criou bolsas de estudos

para aqueles alunos que não podiam custear suas despesas.

É política da Universidade, em consonância com sua Visão e Missão, garantir o

atendimento às leis governamentais. Assim, em cumprimento à Resolução nº 1, de

17 de junho de 2004, referente à Educação das Relações étnico-raciais e para o

Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, o Curso de Arquitetura e

Urbanismo contempla esses conteúdos em disciplinas como Arquitetura do Brasil,

Estudos Socioeconômicos e Sistemas Construtivos, tendo em vista a influência

dessas culturas miscigenadas com os colonizadores portugueses, na constituição do

nosso arcabouço étnico e na produção de técnicas vernaculares de construção e de

formas de ocupação do território nos assentamentos humanos que se constituíram à

época.

Do mesmo modo, a Educação Ambiental é também uma preocupação da

Universidade e, portanto, em cumprimento à Lei nº 9795, de 27 de abril de 1999, o

Decreto nº 4281, de junho de 2002 e a Resolução nº 2, de 15 de junho de 2012, e

pelo fato de o Curso de Arquitetura e Urbanismo manter em sua concepção laços

estreitos com a cultura humanista expressa ao longo deste Projeto Pedagógico, o

Curso não poderia deixar de reafirmar o seu alinhamento com as questões

intrínsecas à educação ambiental e sócio - educacional, já que essas corroboram

com a construção conceitual dos conteúdos programáticos de quase a totalidade

das disciplinas constituintes deste Curso.

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73

Podemos afirmar que sem esse conhecimento basilar não formaríamos o

profissional crítico expresso na definição do perfil do egresso e apto a colaborar com

os processos de transformações sociais e da construção da cidadania.

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7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO

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75

7. Organização curricular

Entendendo por currículo a composição das experiências que a escola provê a

seus alunos para que possam alcançar os fins desejados (Saylor apud Vianna, p. 1),

o currículo do Curso deve ser visto e vivenciado, por alunos e professores, no seu

todo e de maneira que os seus componentes curriculares atuem em conjunto para a

concretização dos objetivos estabelecidos.

A organização curricular do Curso, a partir dos núcleos de conhecimentos de

fundamentação e de conhecimentos profissionais definidos nas Diretrizes

Curriculares Nacionais, se dá por meio de uma estrutura organizacional matricial,

com particular atenção às relações de afinidade e complementaridade existentes

entre os seus conteúdos gerais e específicos no âmbito de cada etapa

(horizontalidades), de seu desenvolvimento seriado (verticalidades) e de seu

conjunto (transversalidades). Nesse sentido, o Curso fundamenta-se em disciplinas

e atividades e organiza-se em: grupos de disciplinas por etapa, sequências de

disciplinas e por eixos temáticos.

Os grupos de disciplinas por etapa visam propiciar a aproximação do estudante

às matérias previstas para aquela etapa específica do seu desenvolvimento no

curso, por meio de um conjunto de disciplinas e atividades organizado de forma

concisa, complementar e interdependente, de modo a conduzir o aluno à formulação

de nexos e sínteses baseados no aprimoramento de sua capacidade crítica.

Da mesma forma que os grupos de disciplinas por etapas, as sequências de

disciplinas são definidas por critérios de complementaridade seriada (portanto,

presente em várias etapas curriculares), que se responsabilizam pela abordagem de

conteúdos programáticos que são estruturadores e indispensáveis à formação do

arquiteto e urbanista por conferirem um caráter diferenciador a esta formação,

fazendo com que o Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana

Mackenzie se distinga dos seus congêneres.

No que concerne aos eixos-temáticos, é importante salientar que os mesmos não

se caracterizam tão somente pela verticalidade e/ou horizontalidade de

conhecimentos, mas, sim, pela transversalidade desses, permeando, portanto, os

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76

diversos saberes que os constituem. Tais eixos são definidos por critérios de

afinidade, especificidade, objeto, enfoque, metodologia de ensino e pela fusão de

conteúdos das disciplinas e atividades que dão forma à grade curricular do Curso.

Os eixos temáticos passam também a constituir critério de organização do Curso,

pois se pretende que cada eixo seja dinâmico, aberto a contribuições e visões de

outras especialidades, e que tenha a função de aglutinar conhecimentos e propiciar

ações no sentido da constante atualização das temáticas abordadas no Curso e

também nas ações diretamente ligadas às atividades de pesquisa e produção de

conhecimento.

As disciplinas de cada eixo temático abrigam origens diversas e distintas,

sobretudo se considerada apenas a especificidade de cada uma. Portanto, é

possível que um eixo temático abrigue simultaneamente, na sua estrutura,

disciplinas que podem ter origem nas áreas de técnicas, teoria, história e projeto.

Essas disciplinas e atividades distribuem-se em cinco eixos-temáticos, a saber:

Projeto; Urbanismo; Fundamentação e Crítica; Experimentação e Tecnologia; e Meio

Ambiente e Sustentabilidade. Cada disciplina vincula-se, em ordem decrescente de

aderência, a todos os eixos-temáticos, de modo a garantir a transdisciplinaridade de

sua natureza profissionalizante, ou de fundamentação, e de seus conteúdos.

Por sua vez, o detalhamento dessa organização curricular irá se materializar em

disciplinas de caráter teórico, que guardam uma proporção de 1 professor para cada

50 alunos (considerando-se uma variação de 20% para mais ou para menos); em

disciplinas de caráter teórico-prático e laboratoriais, que guardam uma proporção de

1 professor para cada 25 alunos (considerando-se uma variação de 20% para mais

ou para menos), e nas disciplinas projetuais, que guardam uma proporção de 1

professor para cada 15 alunos (considerando-se uma variação de 20% para mais ou

para menos).

As disciplinas de caráter teórico são eminentemente expositivas, aprofundando o

conhecimento dos alunos e incentivando a reflexão e o desenvolvimento da sua

visão crítica e da sua capacidade transformadora; as disciplinas de caráter teórico-

prático caracterizam-se pelo fato de propiciar ao aluno, no seu processo didático-

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77

pedagógico, a possibilidade da conjugação de saberes oriundos da simultaneidade

de conteúdos teóricos e sua aplicação em exercícios práticos na sua área de

formação específica, propiciando, assim, a complementação do ensino teórico e da

aprendizagem. Assim sendo, essas disciplinas guardam um alto grau de similaridade

com as disciplinas laboratoriais, no entanto, distinguem-se destas, pelo fato de que

as disciplinas laboratoriais fazem uso predominante, no processo de ensino e

aprendizagem, de equipamentos que propiciam a verificação, a experimentação e a

simulação de soluções e resultados.

As disciplinas projetuais, nas quais também se aglutina o caráter

profissionalizante da atividade projetual do arquiteto e urbanista, são ministradas por

docentes em número compatível ao de alunos nelas matriculados, de forma que

cada professor trabalhe com turmas de 15 alunos em média, conforme o que foi

descrito acima, criando-se as condições necessárias ao efetivo acompanhamento

individualizado do desenvolvimento dos exercícios projetuais, de cada aluno, em

sala de aula. Vale destacar que as disciplinas projetuais diferem das disciplinas

práticas e/ou teórico-práticas e laboratoriais, por suas características de

simultaneidade de formação e de treinamento de modo a atender as DCN, no

tocante ao Artigo 5° e seus incisos. É importante salientar que essa especificidade

se dá pela característica do processo de ensino-aprendizagem que se desenvolve

no interior das mesmas. As disciplinas e atividades que compõem essa sequência

apresentam, como característica fundamental e que as distinguem das demais

disciplinas do Curso, o fato de explicitarem, em seu produto final, isto é, no projeto

(seja ele na escala do objeto, do edifício, da paisagem ou da cidade), a síntese de

conhecimentos originados em diversas outras áreas do conhecimento.

Articulação entre teoria e prática

Prevista nas Diretrizes Curriculares Nacionais e no PDI da Universidade, a

articulação entre teoria e prática é diretriz fundamental deste Projeto Pedagógico de

Curso.

No Curso de Arquitetura e Urbanismo essa preocupação está presente em todos

os componentes curriculares e se dá, especialmente, na didática das disciplinas,

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conferindo diálogo entre as disciplinas teóricas, teórico-práticas, laboratoriais e

projetuais, sendo estas últimas de maior incidência na estrutura curricular. Os

programas de atividades complementares, atividades experimentais, extensão e

estágio supervisionado também se ocupam dessa articulação.

A articulação entre teoria e prática é formalizada em estratégias didático-

pedagógicas, na esfera das disciplinas teórico-práticas, pelo uso intenso de leituras

programadas, exercícios práticos de fixação e verificação dos conhecimentos

transmitidos, análise e estabelecimento de nexos entre diversos meios e suportes de

representação artística e cultural e visitas de campo; nas disciplinas projetuais

adota-se uma estratégia pela qual o conhecimento arquitetônico é confrontado e

dimensionado pelo conhecimento do real. O trabalho projetual é entendido por ações

mútuas e sucessivas, sendo o aluno agente e organizador desse conhecimento.

Estratégias didático-pedagógicas estão presentes também nas atividades

laboratoriais, por meio do uso de equipamentos específicos que permitam a

produção de experimentos e de simulações virtuais e físicas; nos programas de

atividades complementares e de experimentação, que exigem que todas as

atividades relacionadas a esses programas sejam fruto de planos de trabalho com

embasamento teórico e cujos resultados sejam acompanhados de análises críticas e

conceituais; de forma semelhante, o estágio supervisionado também determina a

necessidade de um plano de ações, a ser desenvolvido no período correspondente

ao estágio, e que sejam estabelecidas as relações entre a atividade a ser

desenvolvida e o conhecimento a ser adquirido por meio dessa experiência de

vivência profissional.

Processos de avaliação da aprendizagem

As disciplinas do Curso de Arquitetura e Urbanismo orientam seus processos de

avaliação por três aspectos distintos, porém complementares.

O primeiro aspecto orienta-se pelo princípio de que o sistema de avaliação

adotado é parte integrante e complementar do processo de ensino e aprendizagem,

fazendo com que, em cada etapa concluída desse sistema, os resultados obtidos

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pelo aluno sejam apresentados e esclarecidos aos mesmos, pelo professor, de

modo detalhado e contextualizado.

O segundo aspecto está norteado pelo cumprimento integral do capítulo IX da

avaliação do rendimento escolar, da Resolução da Reitoria nº 01/2012, de 03 de

janeiro de 2012, que estabelece normas e procedimentos que constituem o

Regulamento Acadêmico dos Cursos de Graduação da Universidade Presbiteriana

Mackenzie.

Por último, o terceiro aspecto relaciona-se às especificidades de cada disciplina

que, com liberdade, definem os instrumentos de avaliação específicos e

concernentes às suas práticas didático-pedagógicas e de seus conteúdos, de modo

a esclarecer objetivamente o resultado da avaliação auferida sobre o desempenho

do aluno.

7.1. Estrutura curricular

As disciplinas que dão objetividade aos conceitos apresentados neste Projeto

Pedagógico estão organizadas em dez etapas que se desenvolvem em quatro veios

principais. O primeiro e mais profundo, que ao longo do curso tem o viés de fio

indutor, é o estabelecido pela sequência das disciplinas projetuais. A sequência de

urbanismo é também de grande importância na estruturação do curso, que

contempla os grandes temas da cidade. Integram esse universo os conteúdos

ligados a teoria da arquitetura e história da arquitetura, que oferecem uma visão

crítica e contextualizada da experiência projetual, e o conjunto de disciplinas com

conteúdo técnico, essenciais para viabilizar a materialidade da arquitetura.

Desse modo, nas 1ª e 2ª etapas do Curso, sob a denominação de “Projeto e

Cultura”, apresenta-se ao estudante o conceito essencial que reside na própria

arquitetura, que é conduzir a construção a uma compreensão fundamental. A

experiência em projeto, sempre com a maior carga horária, será integrada pelos

conteúdos das demais disciplinas alocadas nessas etapas, com destaque para a

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disciplina “Expressão e Representação”, que oferece ao estudante os meios e

habilidades necessárias ao exercício projetual.

As 3ª e 4ª etapas do Curso enfatizam o aspecto construtivo da arquitetura,

conhecimento essencial à formação do estudante, que se desenvolve a partir da

experiência projetual sob a denominação de “Projeto e construção”. A disciplina de

urbanismo ocorre de modo consistente e em paralelo com os conteúdos de teoria da

arquitetura, completando estas etapas com a introdução das questões ligadas ao

conforto do ambiente e à estabilidade das edificações. Vale ressaltar que nessas

duas etapas o enfoque também se dá pelos conteúdos de história da arquitetura e

estética, essenciais para a formulação intelectual do projeto de arquitetura.

Nas 5ª e 6ª etapas do Curso, aprofundam-se as questões vinculadas à área de

tecnologia, de modo a colocar nosso estudante diante da complexidade do momento

atual da sociedade em que vivemos. A disciplina projetual sob a denominação de

“Projeto e Tecnologia” engloba os conteúdos de materiais e técnicas construtivas, de

sistemas construtivos e aproxima-se definitivamente dos conteúdos ligados a

sistemas prediais e conforto ambiental. Vale ressaltar que na 6ª etapa enfatizam-se

ainda mais esses conteúdos, com a introdução da disciplina Sistemas Tecnológicos,

que visa consolidar o caráter próprio do Curso de Arquitetura e Urbanismo

Mackenzie.

Nas 7ª e 8ª etapas o enfoque é a cidade, e o estudante desenvolve o exercício

projetual organizado sob a denominação de “Projeto e Cidade”. Nestas etapas as

disciplinas optativas ajudarão a balizar o conjunto de princípios que caracterizam

estas duas etapas, nas quais também se integram os conteúdos de Paisagismo e

Estudos Sociais.

Finalizando o curso, as 9ª e 10ª etapas são constituídas pelo Trabalho Final de

Graduação, que se organiza em quatro atividades complementares entre si. A

atividade I contém a orientação metodológica necessária para que o estudante

desenvolva a pesquisa que irá auxiliá-lo a formular com clareza o tema geral e a

conceituação de seu trabalho final. A atividade II tem por meta orientar o estudante

na realização da experiência projetual relativa ao tema de estudo escolhido pelo

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estudante. A atividade III ampara o estudante no ponto de vista do aprofundamento

das questões relativas à fundamentação e à crítica de aspectos específicos

concernentes ao edifício e à cidade. Finalmente, a atividade IV que se caracteriza

pela experimentação, em laboratório ou não, de elementos essenciais do projeto do

estudante. Todas estas atividades consubstanciam-se em uma monografia que será

submetida à banca de avaliação final.

Esta é, portanto, a fundamentação sucinta da matriz curricular que se apresenta

organizada em 10 etapas, constituída por 64 disciplinas que totalizam uma carga

horária semestral de 4.920 horas-aula, correspondentes a 4.100 horas (relógio), a

qual é apresentada no apêndice 01.

No quadro 01, abaixo, é apresentada a distribuição das disciplinas por semestre

com suas respectivas cargas horárias semanais.

cr2

10

6

3

3

3

3

3

33

cr2

10

6

3

3

3

3

3

33

1. Ética e Cidadania I

2. Projeto I: Cultura (atividades: projeto e modelos físicos e virtuais apl. ao proc. projetual)

3. Expressão e Representação I (atividades: des. técnico, des. expressão, des. tridimensional)

4. Urbanismo I

6. Arquitetura e Cultura Contemporânea

7. Estabilidade das Construções I - física e geometria

8. Topografia I - introdução

5. História da Arquitetura I

TOTAL

TOTAL

disciplinas

eta

pa

disciplinas

eta

pa

QUADRO 1 - Distribuição das disciplinas por etapa e carga horária semanal

1. Ética e Cidadania II

2. Projeto II: Cultura (atividades: projeto e modelos físicos e virtuais apl. ao proc. projetual)

3. Expressão e Representação II (atividades: des. técnico, des. expressão, des. tridimensional)

4. Urbanismo II

5. Teoria da Arquitetura I

6. História da Arquitetura II

7. Estabilidade das Construções II - resistências dos materiais

8. Topografia II - geoprocessamento

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cr2

10

3

3

3

3

3

3

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cr2

10

3

3

3

6

3

30

cr12

3

3

3

6

3

30

cr10

3

6

3

3

3

2

30

6. Arquitetura no Brasil II

7. Optativas

5. Teoria da Arquitetura V

TOTAL

TOTAL

TOTAL

5. Conforto Ambiental I - térmica

6. Estabilidade das Construções III - propriedades

7. História da Arquitetura III

8.Teoria do Conhecimento: iniciação científica

eta

pa

disciplinas

eta

pa

1. Projeto V: Tecnologia (atividades: projeto, materiais de construção e sistemas construtivos)

2. Urbanismo V

3. Arquitetura no Brasil I

4. Conforto Ambiental III - acústica

5. Sistemas Prediais

6. Teoria da Arquitetura IV

eta

pa

disciplinas

eta

pa

1. Princípios de Empreendedorismo II

2. Projeto IV: Construção (atividades: projeto e materiais de construção)

3. Urbanismo IV

4. Teoria da Arquitetura III

5. Conforto Ambiental II - insolação e iluminação

6. Modelos Físicos e Virtuais Aplicados ao Processo Projetual

7. História da Arquitetura IV

disciplinas1. Princípios de Empreendedorismo I

2. Projeto III: Construção (atividades: projeto e materiais de construção)

3. Urbanismo III

4. Teoria da Arquitetura II

1. Projeto VI: Tecnologia (atividades: projeto e sistemas prediais)

2. Urbanismo VI

3. Sistemas Tecnológicos

4. Paisagismo I

TOTAL

disciplinas

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3

3

3

3

3

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2

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cr10

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3

3

3

3

2

30

cr20

20

cr20

20

6. Paisagismo III

7. Metodologia Aplicada à Arquitetura e Urbanismo

5. Mecânica dos Solos para Arquitetura

5. Arquitetura Corporativa e de Interiores

6. Paisagismo II

7. História e Teoria das Técnicas Restrospectivas

4. Teoria da Arquitetura VI

TOTAL

disciplinas

TOTAL

1. TFG II - Trabalho Final de Graduação

TOTAL

8. Optativas

disciplinas1. TFG I - Trabalho Final de Graduação

disciplinas

eta

pa

disciplinas

TOTAL

1. Projeto VII: Cidade (atividdes: projeto e infraestrutura urbana)

2. Urbanismo VII

3. Estudos Sócio-Econômicos I

10

ª e

tap

a 9

ª e

tap

a

8. Optativas

1. Projeto VIII: Cidade (atividades: projeto e sistemas estruturais)

2. Urbanismo VIII

3. Estudos Sócio Econômicos II

4. Teoria da Arquitetura VII

eta

pa

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Ver apêndices:

Apêndice 1 – Ementas Apêndice 2 – Tabela da Estrutura Curricular Apêndice 3 – Núcleo de Conteúdos (DCN) Apêndice 4 – Tabela de Disciplinas Optativas

7.2. Atividades complementares

Para o sucesso do processo de ensino – aprendizagem preconizado neste

Projeto Pedagógico, as Atividades Complementares são elemento fundamental.

Conforme o Art. 1º, da resolução 03/2013 do Conselho Universitário da

Universidade Presbiteriana Mackenzie, de 20 de março de 2013, “o objetivo das

Atividades Complementares é fomentar complementação da formação acadêmica

do corpo discente, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de competências e

de habilidades imprescindíveis à formação profissional”.

Ainda em seu Art. 7º, a mesma resolução estabelece que:

[...] as Atividades Complementares têm a finalidade de enriquecer o

processo de ensino-aprendizagem destinando-se a:

I - Ampliar os horizontes do conhecimento, bem como de sua prática, para

além da sala de aula, em atividades de ensino, de pesquisa e de extensão,

viabilizando sua integração complementar à formação profissional e social;

II - Encorajar o reconhecimento de conhecimentos, habilidades e

competências adquiridas fora do ambiente escolar, inclusive as que se

referirem às experiências profissionalizantes, julgadas relevantes para a

área de formação considerada;

III - Estimular práticas de estudo independentes, visando à progressiva

autonomia profissional e intelectual do aluno;

IV - Propiciar a inter e a transdisciplinaridade no currículo, dentro e entre

os semestres;

V - Fortalecer a articulação da teoria com a prática, valorizando tanto a

pesquisa individual e coletiva quanto a participação em atividades de

extensão;

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VI - Favorecer o relacionamento entre grupos e a convivência com as

diferenças sociais no contexto regional em que se insere a instituição.

Em relação às competências, seguindo o artigo 9º, as Atividades

Complementares devem ser coordenadas, controladas e documentadas pela

Coordenadoria de Atividades Complementares do Curso de Arquitetura e

Urbanismo.

Com a finalidade de desenvolver a educação integral por meio do estreitamento

da relação entre a formação profissional, a cultura e a cidadania, o programa de

atividades complementares procura conscientizar e despertar no aluno o interesse

pelo desenvolvimento técnico e cultural, de forma continuada e diversificada. Por

isso, neste Projeto Pedagógico de Curso, as atividades complementares,

denominadas de APAP – Atividades Para - Curriculares de Atribuições Profissionais

são consideradas componentes curriculares primordiais.

O programa objetiva complementar a educação integral do aluno e incentivar a

participação em eventos relacionados ao ensino, à pesquisa e à extensão que

corroboram sua formação de arquiteto e urbanista. Tais eventos guardam uma

relação indireta com as disciplinas ministradas no currículo da graduação.

A APAP orienta-se pelo princípio geral de que a formação do profissional

arquiteto e urbanista não se restringe, única e exclusivamente, aos conteúdos

acadêmicos desenvolvidos em sala de aula. Isto significa dizer que essa formação

ultrapassa os muros da academia e busca promover, por meio do contato direto do

aluno com a realidade das vivências profissionais e culturais, essa ideia de

continuidade e complementaridade da formação profissional, tão necessária no

mundo contemporâneo.

O programa promove a participação dos estudantes em atividades de ensino,

pesquisa e extensão e, para tanto, o aluno é obrigado a integralizar o mínimo de

220,5 horas para essas atividades, distribuídas da seguinte forma:

ENSINO: “são consideradas Atividades de Ensino todas aquelas que

propiciem a complementação da aprendizagem técnico-teórica do aluno, visando ao

aperfeiçoamento do conhecimento em áreas específicas, de acordo com a

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especialidade de cada curso das Unidades Universitárias” (Art.4º), estando aqui

incluídas palestras, workshops, oficinas temáticas, cursos de curta duração,

disciplinas eletivas, optativas para além do mínimo exigido, laboratórios de pesquisa

e de prática de projeto, ateliê vertical, concursos internos etc.

PESQUISA: “consideram-se Atividades Complementares de Pesquisa as

ações sistematizadas, voltadas para a investigação científica de tema relevante para

a sociedade e para o conhecimento” (Art. 5º), estando aqui incluídas monitorias,

iniciação científica, publicações de artigos científicos, atividade de experimentação,

participação em grupos de pesquisa etc.

EXTENSÃO: “são consideradas Atividades de Extensão todas aquelas de

natureza educativa, cultural e científica que visem à articulação do ensino e da

pesquisa, buscando a capacitação continuada e a produção de novos

conhecimentos que envolvam a comunidade” (Art.6º), estando aqui incluída a

participação em ações de voluntariado, feiras técnicas, MackDay, Semana Viver

Metrópole, Escritório Modelo – Mosaico, laboratórios de pesquisa e de prática de

projeto, organização de eventos acadêmicos etc.

Seguindo o art. 13, § 1º, da resolução 03/2013, “a carga horária, correspondente

a cada uma das atividades complementares, passíveis de realização, será

determinada pela Coordenadoria de Atividades Complementares em conjunto com a

Coordenadoria do Curso de Graduação de Arquitetura e Urbanismo”.

As atividades complementares podem ser realizadas em qualquer etapa do

Curso, no entanto, o prazo máximo de validação dos comprovantes a serem

submetidos à avaliação da Coordenação da APAP não poderão exceder a 30 dias

da data da realização da atividade. Demais procedimentos relacionados à forma de

encaminhamento dos comprovantes, da divulgação das pontuações obtidas e as

definições de atividades relacionadas às três grandes áreas (ensino, pesquisa e

extensão) serão estabelecidos em regulamento próprio.

Conforme o Art. 26º da citada resolução,

[...] as dúvidas, suscitadas em relação ao amparo regimental, serão

deliberadas pelo Coordenador de Atividades Complementares, ouvido o

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Diretor da Unidade Acadêmica, apresentando decisão conjunta e

fundamentada de acordo com os princípios e finalidades que norteiam a

Universidade, providenciando a inclusão da atividade em normativo da

respectiva Unidade Acadêmica correspondente, quando específico, ou

apresentando proposta de inclusão de regramento para toda a

Universidade, quando de caráter geral.

Desta forma, estabelece-se que o regulamento da APAP deva ser atualizado

conforme as determinações aqui contidas e que o estudante deverá cumprir um

mínimo de 220,5 horas de Atividades Complementares.

As atividades que compõem as Atividades Complementares exigidas, seguindo

determinação do art. 28 da Resolução 03/2013, quando possível, poderão ser

realizadas na modalidade à distância, desde que não superem a quantidade máxima

de 20% (vinte por cento) da carga horária total das horas-atividade exigidas.

7.3. Estágio supervisionado

O programa de estágio curricular supervisionado (que se submete ao

Regulamento Geral de Estágios da UPM e à Lei Federal que rege a questão) é

obrigatório aos alunos do Curso, que devem cumprir, entre o início da 6ª etapa e o

término da 8ª etapa, o mínimo de 220,5 horas de estágio. O programa é gerido por

setorial administrativo, na esfera da Universidade, denominado de Área

Administrativa de Estágio (AAE), que define procedimentos e documentos

necessários para a consolidação do registro dos três agentes envolvidos neste

processo: Universidade/Faculdade, aluno e empresa/profissional autônomo.

A atividade de supervisor de estágio da empresa/profissional autônomo só

poderá ser exercida, e, portanto, aceita para fins de registro do contrato de estágio

junto a AEE, por profissional arquiteto e urbanista com registro profissional junto ao

Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) ou profissional engenheiro civil com

registro junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

O programa objetiva levar o aluno a vivenciar, e confrontar, os conhecimentos

adquiridos na academia com as práticas profissionalizantes desenvolvidas em

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empresas de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e de Construção, com a

finalidade específica de aprimorar a sua formação de arquiteto e urbanista. O

programa conta também com o “Relatório de Acompanhamento do Estagiário” como

fonte privilegiada para verificação do grau de aderência dos conhecimentos

transmitidos ao aluno e da relação desses conhecimentos com o exercício da prática

profissional, tanto do ponto de vista da concedente quanto do estagiário,

retroalimentando a reflexão sobre a eficácia do ensino e da aprendizagem, a partir

do olhar do mercado de trabalho.

7.4. Atividades de integração e síntese de conhecimento

7.4.1. Trabalho de conclusão de curso

Conforme o Art. 2º da resolução 04/2003 do Conselho Universitário da

Universidade Presbiteriana Mackenzie, “o TCC, com suas diversas denominações, é

componente curricular obrigatório de todos os Cursos de Graduação da UPM, como

condição básica para conclusão do curso, sendo organizado curricularmente como

disciplina.”

No que concerne ao Trabalho de Curso, aqui denominado TFG – Trabalho Final

de Graduação no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo, este possui Regulamento próprio, e se organiza em duas disciplinas

denominadas TFG I e TFG II, cujos conteúdos e objetivos são estabelecidos pelo

referido regulamento, e são oferecidas na 9ª e 10ª etapas, sendo constituídas por 4

atividades: Orientação Acadêmica (TFG – atividade 1), Exercício Projetual (TFG –

atividade 2), Fundamentação e Crítica (TFG – atividade 3) e Experimentação (TFG

– atividade 4). Nessas 4 atividades que constituem as disciplinas TFG I e II, os

alunos são acompanhados por professores oriundos das áreas de Projeto de

Edificações, Urbanismo, Paisagismo, História, Teoria e Tecnologia e por meio dos

conteúdos de aulas, palestras sobre temas específicos ou de interesse

contemporâneo, visitas programadas, levantamentos de campo e experimentações,

portanto, cumpre-se, assim, o caráter de formação que deve ter o TFG. Cabe

destacar que o Regulamento do TFG, em virtude da implantação deste projeto,

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deverá sofrer as atualizações pertinentes. Essas atividades objetivam levar o aluno a

realizar uma reflexão crítica sobre arquitetura, que contemple um exercício projetual.

Nesse sentido, o Trabalho de Curso contém os resultados dos estudos sobre a

temática escolhida livremente pelo aluno para o seu desenvolvimento, sob os mais

variados ângulos pertinentes à Arquitetura como área de conhecimento,

particularmente aqueles ligados às questões teóricas, históricas, urbanísticas,

tecnológicas, experimentais, construtivas e práticas.

O resultado esperado é, portanto, o que chamamos de um “trabalho completo”,

ou seja, um trabalho no qual o aluno, para além do exercício prático, condição

mínima de seu exercício profissional futuro, consiga revelar todos os caminhos de

seu pensamento sobre Arquitetura, aplicados à temática escolhida, demonstrando

suas aptidões na variada e ampla gama de atividades sob a responsabilidade do

Arquiteto e Urbanista na sociedade atual.

O resultado esperado é, portanto, o que chamamos de um “trabalho completo”,

ou seja, um trabalho no qual o aluo, para além do exercício prático, condição mínima

de seu exercício profissional futuro, consiga revelar todos os caminhos de seu

pensamento sobre Arquitetura, aplicados à temática escolhida, demonstrando suas

aptidões na variada e ampla gama de atividades sob a responsabilidade do Arquiteto

e Urbanista na sociedade atual.

Vale dizer que se espera do graduando que, ao apresentar seu Trabalho Final de

Graduação, este possa demonstrar, além dos conhecimentos adquiridos ao longo de

seus anos de formação, os caminhos percorridos por seu trabalho e, acima de tudo,

explicitar, de maneira organizada, a construção dos critérios adotados na sua

tomada de posição diante do desafio da Arquitetura.

7.4.2. Mecanismos e programas de iniciação científica e tecnológica

Para viabilizar a participação discente em atividades de pesquisa, o Curso

oferece, em sua 3ª etapa, a disciplina “Teoria de Conhecimento: iniciação científica”,

que tem como objetivo principal “introduzir o aluno no universo da pesquisa científica

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destacando suas características como um campo específico de produção de

conhecimento e propiciando a compreensão teórica e prática de conceitos e

metodologias inerentes à investigação acadêmica” (cf. Ementa da disciplina) e cujo

conteúdo transmitido espera-se ver refletido nas sistematizações de trabalhos

acadêmicos solicitados pelas demais disciplinas do Curso, como também na

elaboração de projetos de iniciação científica a serem submetidos aos processos

seletivos dos editais de bolsas PIBIC e PIVIC, lançados anualmente pela

Universidade em parceria com o CNPq. Além de contar com recursos financeiros

destinados às bolsas dessa agência de fomento, também com fomento da própria

Universidade através do Mackpesquisa.

Outro fator importante de incentivo à participação discente em pesquisa se dá

pela própria existência dos grupos de pesquisa cadastrados na Faculdade de

Arquitetura e Urbanismo, cujos líderes, a todo o momento, procuram despertar o

interesse dos alunos para que se engajem nas pesquisas a serem desenvolvidas ou

em desenvolvimento.

Procura-se de forma sistemática, materializada em reuniões de esclarecimentos

e de divulgação das atividades de pesquisa, sensibilizar o aluno para esta atividade

que também faz parte das atribuições profissionais do arquiteto e urbanista.

7.4.3. Projetos de extensão

Consciente da importância didática, acadêmica e social, o Curso de Arquitetura e

Urbanismo há longo tempo reflete sobre a exata formulação de uma política de

extensão, que contemple os seguintes aspectos, considerados fundamentais: a) que

naturalmente se harmonize com o pensamento da Universidade Presbiteriana

Mackenzie, sua Missão, Visão e Princípios Institucionais, em seus aspectos gerais, e

com o Decanato de Extensão, de forma particular;7 b) que possa envolver alunos de

graduação e de pós-graduação; c) que traga contribuições importantes para o

contexto cultural, científico e tecnológico; d) que assuma o compromisso com o

7 De acordo com o Regulamento de Extensão da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Resolução 05/2012, de 13 de fevereiro de 2012.

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desenvolvimento do ser humano na sua integralidade, respeitando o meio ambiente;

e) que permita a socialização do conhecimento; f) que esteja comprometida com a

ética, e a construção e o exercício de cidadania, quando da relação universidade-

sociedade-ambiente; g) que contemple a interdisciplinaridade nas ações; h) que se

paute pela indissociabilidade constitucional entre ensino, pesquisa e extensão; i)

finalmente, que possa contribuir para o desenvolvimento qualitativo do corpo

docente, solidificando e amadurecendo as atividades de pesquisa, como também

dos próprios alunos envolvidos em projetos extensionistas específicos, possibilitando

a esses, tanto a vivência profissional quanto a articulação desta com os

conhecimentos teóricos e práticos apreendidos no Curso, supervisionados por

professor responsável pelo desenvolvimento de projetos desta natureza.

Entende-se que as atividades de extensão são parte integrante e essencial da

formação do aluno de arquitetura e urbanismo.

As atividades de extensão devem ser de duas modalidades. Uma mais atrelada

ao cotidiano da prática docente e profissional, portanto passível de ser colocada em

prática de forma imediata, que se caracteriza pelas seguintes atividades: a)

consultoria ou participação consultiva em instituições privadas ou da administração

pública; b) cursos de difusão cultural ou de extensão universitária, visando a

propagar conhecimentos para o tecido social, conscientizando-o de aspectos sociais

ou culturais relevantes; c) palestras, conferências e simpósios, tendo como alvo a

difusão de conhecimentos especializados e o intercâmbio com profissionais e

especialistas. A outra modalidade, também relacionada às práticas da docência e

profissional, como também à pesquisa, mas que se diferencia da primeira em virtude

de sua abrangência, responsabilidade ou custos operacionais envolvidos,

necessitando, portanto, do estabelecimento de convênios ou da elaboração de

documentos bilaterais, caracterizando-se por: a) elaboração de planos diretores,

urbanísticos e paisagísticos para municípios carentes de corpo técnico adequado ou

sem possibilidades orçamentárias para a utilização dos serviços de escritórios

profissionais especializados; b) planejamento e orientação de projetos arquitetônicos

que representem efetivamente propostas inovadoras ou modelos didáticos para a

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comunidade; c) serviços técnicos especializados nas condições ambientais, que

envolvam aspectos ergonômicos ou sanitários; d) cursos de extensão ou

especialização, presenciais ou a distância, que necessitam formalização, por

envolverem outras entidades (públicas ou privadas) e responsabilidades financeiras

de maior vulto.

A Coordenadoria de Extensão, exercida pelo Coordenador de Extensão,

nomeado pelo Reitor, é o órgão responsável por zelar pela excelência das atividades

de extensão na unidade.

Para atender à execução das atividades aqui expostas, o Curso de Arquitetura e

Urbanismo conta com a infraestrutura instalada do Núcleo de Pesquisa e Extensão

em Arquitetura e Urbanismo (NAU), o escritório modelo Mosaico e o Laboratório de

Projetos e de Políticas Públicas e, em vias de ser implantado, temos a Empresa Jr.

de Arquitetura e Urbanismo e o Laboratório de Geotecnologias.

7.4.4. Das atividades de ensaio e de experimentação

As atividades complementares de experimentação são fundamentais para a

didática pedagógica aplicada dentro dos contextos atuais de ensino e aprendizagem.

O aprendizado com base na experimentação amplia o conhecimento, em especial

nas questões tecnológicas como conforto, materiais e estrutura, informática e

computação, modelos e ensaios etc.

O canteiro experimental, por exemplo, é um dos elementos de grande relevância

para o aprendizado do aluno de Arquitetura e Urbanismo. Ele permite criar e

desenvolver modelos, o que facilita o processo de ensino e aprendizagem e a

fixação de conteúdos como forma de integração entre disciplinas que têm como

características principais o fazer e o pensar como elementos indissociáveis, como é

o caso das disciplinas projetuais.

O processo cognitivo do conhecimento técnico está associado às realizações que

muitas vezes acontecem na vivência do canteiro experimental. O mesmo ocorre nas

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atividades da experimentação computadorizada envolvendo as realidades virtuais

criadas por cavernas digitais, onde novos paradigmas arquitetônicos são discutidos.

A caverna digital, o canteiro experimental, as prototipagens, o túnel de vento e

outros mecanismos de ensaio e experimentação, físicos ou virtuais, têm como

objetivos: dar apoio às disciplinas da graduação como uma parcela do conhecimento

adquirido no processo de formação; complementar o conhecimento através de

disciplinas optativas; integrar a pós-graduação e a graduação por meio dos projetos

de pesquisa, ampliando a base temática e a captação de recursos em agências de

fomento; dar suporte às atividades de extensão.

O espaço do canteiro, mais especificamente, deve incorporar as duas frentes de

grande relevância, as atividades experimentais e as atividades da prática

construtiva, a partir da definição de metas e estratégias de uso do espaço. A diretriz

do canteiro deve explorar as hipóteses temáticas e as possibilidades de construção,

a partir dos materiais e processos que permitam a montagem e a desmontagem, que

incentivem o pensamento crítico pela experimentação.

7.4.5. Do ateliê vertical

O Ateliê Vertical consiste em um evento de imersão acadêmica e de pesquisa

integrada. Participam dele docentes de várias disciplinas e discentes de todos os

semestres, incorporados em equipes ‘verticais’, para debater temas emergentes e

contemporâneos da arquitetura e do urbanismo, em uma estrutura que favorece a

troca de experiências e de vivências acadêmicas.

O objetivo do ateliê é proporcionar aos participantes, em diferentes estágios

acadêmicos, o debate dos problemas urbanos e arquitetônicos, em seus contextos,

e das estratégias conceituais possíveis para sua superação. O método empregado

consiste no trabalho em ateliê, enriquecido com palestras, seminários, estudos de

casos, visitas etc. A participação de outras disciplinas e instituições universitárias,

nacionais e internacionais, é desejável e estimulada.

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Os trabalhos proporcionam a oportunidade aos participantes de compartilhar

métodos e desenvolvimento de ideias em diferentes contextos. Sessões e estudos

exploram estratégias, com o objetivo de desenvolver abordagens sobre o tema

debatido, dentro de uma visão multidisciplinar conjunta.

7.5. Disciplinas optativas e eletivas

O Curso contempla, na sua grade curricular, o oferecimento de disciplinas

optativas que objetivam possibilitar ao aluno, a partir da 6ª etapa, uma

complementaridade de conhecimentos específicos de acordo com o seu interesse.

Para tanto, o aluno deverá cursar, obrigatoriamente, 3 disciplinas optativas entre as

15 distribuídas nas 6ª, 7ª e 8ª etapas do Curso, sem necessariamente estar

matriculado na etapa correspondente na qual a disciplina optativa estiver localizada.

Isto é, o aluno matriculado na 6ª etapa poderá optar por cursar na 6ª ou na 7ª ou na

8ª etapa e, assim, definir de forma independente, uma especificidade prévia na sua

própria formação.

Essas 15 disciplinas optativas, com carga horária de 2 horas/aula, estão

distribuídas de forma equânime entre os 5 eixos temáticos (Projeto; Urbanismo;

Fundamentação e Crítica; Experimentação e Tecnologia; Meio Ambiente e

Sustentabilidade), componente curricular primordial na concepção deste Projeto

Pedagógico, e asseguram, portanto, uma relação máxima de 20 alunos por

disciplina.

Aspectos relacionados à forma de escolha por parte do aluno, bem como a

definição de qual aluno, ou etapa terá prioridade de escolha das disciplinas optativas

será definida em regulamento próprio.

A respeito das disciplinas eletivas, ministradas em língua portuguesa ou em

outras línguas, conforme a Orientação Normativa 04/2013 da Reitoria da

Universidade, de 4 de julho de 2013, serão contadas como Atividades

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Complementares de Ensino e os estudantes serão incentivados a cursá-las, nesta e

em outras unidades. As disciplinas dos demais cursos da UPM são factíveis de

serem escolhidas como eletivas pelos alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo,

no entanto parte-se do entendimento de que cursá-las está condicionado a

atenderem os pré – requisitos, a disponibilidade de vagas e a concessão de

autorização do coordenador do curso a que a disciplina escolhida estiver vinculada.

O Curso atualmente oferece uma delas em língua inglesa, intitulada São

Paulo Magacity: Culture, Architecture and Urbanism na perspectiva de

internacionalização da Universidade e passará a oferecer um elenco maior de

disciplinas a partir de 2014.

7.6. Articulação da autoavaliação do curso com a autoavaliação institucional

A Comissão Própria de Avaliação (CPA), institucionalizada no âmbito da

Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem como objetivo principal levantar dados e

informações que permitam obter uma radiografia do nível de satisfação dos serviços

e das condições de infraestrutura ofertados pelas unidades acadêmicas da UPM,

ouvindo os vários agentes que constituem a comunidade mackenzista. Nesse

escopo geral, a CPA, de forma sistemática e específica, produz informações que

abrangem: instalações, serviços, docentes, funcionários, egressos e a gestão em

seus vários níveis.

A partir das informações apuradas, torna-se necessário que o Colegiado de

Curso, o Núcleo Docente Estruturante e a direção da Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo analisem as mesmas para definição de políticas didático-pedagógicas e

acadêmico-administrativas.

Além da adoção dos procedimentos expostos no parágrafo anterior, será, na

esfera do Curso, criada a Comissão Interna de Avaliação, tendo em vista a busca de

informações mais específicas da área de Arquitetura e Urbanismo e a

institucionalização da Comissão ENADE, responsável pela definição de estratégias

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96

de acompanhamento e de atuação frente aos processos de avaliações oficiais e de

outras iniciativas.

7.7.Articulação entre o ensino de graduação e de pós-graduação

No âmbito da pós-graduação lato sensu, a integração com a graduação também

se dá pelo compartilhamento de saberes e de professores que se vinculam aos

cursos ofertados de forma permanente ou temporária. Tais cursos contam com

participações pontuais de colaboradores especializados, para que colaborem, a

partir de suas experiências, com o desenvolvimento e o aprofundamento de

conhecimentos técnico-profissionais a serem destinados preferencialmente aos

graduados em arquitetura e urbanismo e áreas correlatas.

Deve-se ressaltar, ainda, como estratégia de integração, a realização de eventos,

palestras e atividades, como meio de difusão de conhecimento e de resultados de

pesquisas que reúnem docentes e discentes de pós-graduação e graduação, que

podem ser alocados inclusive nos tópicos especiais, em conformidade com a grade

horária do curso de graduação.

A articulação entre o Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e

o Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo dá-se de modo geral pela

integração entre as disciplinas desenvolvidas em ambos os cursos e as linhas de

pesquisa Arquitetura Moderna e Contemporânea: representação e intervenção e

Urbanismo Moderno e Contemporâneo: representação e intervenção. As pesquisas

desenvolvidas por meio de projetos de pesquisa e grupos de pesquisa envolvendo

estudantes e professores de graduação e pós-graduação contribuem para a

atualização e reformulação dos conteúdos ministrados nas disciplinas, tanto da

graduação quanto da pós-graduação.

De modo mais específico, essa integração acontece também pela participação

dos professores alocados na pós-graduação em disciplinas regulares e optativas do

curso de graduação, e pela participação de professores da graduação em aulas e

atividades desenvolvidas no programa de pós-graduação. A integração ocorre ainda

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97

pelas contribuições mútuas entre graduação e pós-graduação, representadas pela

participação de estudantes da pós-graduação, de mestrado e doutorado, no

Programa de Estágio Docente – PED, em disciplinas da graduação relacionadas a

seus temas de pesquisa. Essa participação, por um lado, incrementa o processo de

aprendizagem na graduação, pelo exemplo atuante de pesquisadores que se

dedicam a desenvolver temas muitas vezes diretamente relacionados à matéria

abordada pelas disciplinas. Por outro lado, o estudante de pós-graduação tem

contato com a prática didático-pedagógica efetiva em sala de aula, em disciplinas

que tratam de assuntos próximos de seu tema de pesquisa.

Outro aspecto dessa integração está relacionado à participação mista de

estudantes e professores de graduação e pós-graduação em atividades

desenvolvidas pelos grupos de pesquisa, o que contribui, não apenas para a

pesquisa, mas também para a constituição de ambientes colaborativos de

aprendizagem envolvendo níveis diversos de formação.

7.8. Comitê de ética em pesquisa

A Comissão Interna de Ética em Pesquisa, instituída por ato da diretoria da

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, é um colegiado de caráter consultivo,

deliberativo e orientativo, criado para defender os interesses dos

sujeitos de pesquisa em sua integridade e dignidade e contribuir para o

desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos.

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8. ADMINISTRAÇÃO

ACADÊMICA

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8. Administração acadêmica

8.1. Coordenação do curso

A Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo, bem como a Coordenação

Adjunta, devem ser exercidas por professores contratados em regime de 40 horas,

graduados em Arquitetura e Urbanismo e com titulação mínima de doutor.

8.2. Colegiado de Curso

Institucionalizado no âmbito da Universidade Presbiteriana Mackenzie pela

Resolução n° 21, de 24/08/2012, que cria e regulamenta as atividades do Colegiado

de Curso de Graduação.

No tocante à composição deste colegiado, seus membros devem ser oriundos de

disciplinas que contemplem de forma equilibrada os 5 eixos temáticos (Projeto;

Urbanismo; Fundamentação e Crítica; Experimentação e Tecnologia; Meio Ambiente

e Sustentabilidade), como também as cinco séries do Curso, de acordo com a

regulamentação da Universidade. Devem ser contratados professores em regime

PPI (professor em período integral – 40 horas) ou PPP (professor em período parcial

– 30 horas) e com capacidade de analisar os nexos entre as diversas

especificidades que caracterizam os conteúdos das disciplinas, o que lhes permite

propor e deliberar sobre as questões relacionadas aos aspectos didático-

pedagógicos intrínsecos ao cotidiano do Curso de Arquitetura e Urbanismo,

subsidiando, assim, as deliberações da Coordenação do Curso.

8.3. Núcleo Docente Estruturante (NDE)

Regulamentado no âmbito da Universidade Presbiteriana Mackenzie pelo Ato da

Reitoria n° 3, de 23/03/2010, que cria e implanta o Núcleo Docente Estruturante, e o

Ato da Reitoria n° 32, de 21/07/2011, que altera alguns dispositivos do Ato n° 3.

Para este Núcleo, o perfil dos seus membros deve ser calcado pela larga

experiência na vivência do ensino e da pesquisa no âmbito da Arquitetura e do

Urbanismo, e devem ser detentores de titulação mínima de doutor, contratados em

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100

regime PPI ou PPP e serem representantes dos 5 eixos temáticos. Essas

características fundamentais são necessárias para que este Núcleo, de caráter

eminentemente propositivo, possa acompanhar e elaborar diretrizes que conduzam

a um contínuo aperfeiçoamento do Projeto Pedagógico, e que assuma um caráter

permanente de dar condições de manter o Curso coadunado com as questões da

contemporaneidade afetas à metodologia de ensino e de conteúdos na esfera da

Arquitetura e do Urbanismo.

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9. CORPO DOCENTE

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9. Corpo docente

9.1. Perfil docente

A característica marcante do corpo docente do Curso de Arquitetura e

Urbanismo, para o atendimento às disposições deste Projeto Pedagógico de Curso,

é sua alta qualificação acadêmica e larga experiência no campo das práticas

profissionais, o que o aproxima ainda mais da sociedade e da realidade do mercado

de trabalho de maneira privilegiada. Desse modo, consegue cumprir um requisito

fundamental para o ensino da arquitetura e do urbanismo, que é o de não prescindir

de uma visão acadêmica e científica e nem da experiência da prática profissional.

Vale lembrar que, mesmo entre os professores que dividem sua atividade docente

com a prática profissional, a formação acadêmica, seja de lato sensu seja de stricto

sensu, é sempre necessária.

Quanto à titulação do corpo docente, obtida em programas de pós-graduação

stricto sensu e lato sensu, temos a seguinte qualificação acadêmica (base setembro

de 2014):

Número total de docentes [base: setembro de 2014] = 156

titulação n° de docentes porcentagem

Doutores 73 46,8%

Mestres 71 45,5%

Especialistas 12 7,7%

Total 156 100%

Quanto ao regime de trabalho em tempo integral (PPI, 40 hs), parcial (PPP, 30 ou

20 hs) e aulistas (PPA) desses docentes, temos os seguintes enquadramentos:

Número total de docentes [base: setembro de 2014] = 156

enquadramento n° de docentes porcentagem

PPI 39 25%

PPP 32 20,5%

PPA 85 54,5%

Total 156 100%

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103

9.2. Experiência acadêmica e profissional

O professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo deve apresentar experiência

acadêmica comprovada por titulações (especialização, mestrado, doutorado e pós-

doutorado) e possuir atividade de pesquisa reconhecida pelos instrumentos oficiais.

Sua trajetória acadêmica deve definir sua inserção nas atividades de ensino e sua

aderência às matérias, disciplinas e atividades em que se envolva. Estes deverão,

preferencialmente, possuir dedicação integral e/ou parcial ao ensino, pesquisa e

extensão.

Os professores que compõem o quadro docente e que desempenham atividades

práticas profissionais de mercado devem apresentar comprovada experiência

profissional nos campos de atuação do arquiteto e urbanista, em suas várias escalas

e temáticas. Devem também estar ligados regularmente às práticas de formação

continuada e possuir qualificação acadêmica e, como no caso dos demais, sua

inserção nas atividades de ensino devem guardar relação estreita às matérias,

disciplinas e atividades em que estiver envolvido.

9.3. Publicações

O Curso conta com um terço de seu quadro docente em regime de contratação

PPI (Professor em Período Integral), o que exige que tais professores realizem

atividades nas modalidades de ensino, pesquisa e extensão. A realização de

pesquisas, envolvendo diretamente o trabalho dos docentes integrados nos grupos

de pesquisa existentes, visa à disseminação de resultados à comunidade científica.

Dessa forma, é uma exigência a apresentação de trabalhos, publicação de artigos

em anais de eventos e periódicos qualificados, seguindo critérios estabelecidos para

a área de conhecimento. Deve-se lembrar que a produção de conhecimento e sua

publicação envolvem também discentes de pós-graduação e graduação, articulados

pelos Grupos e Projetos de Pesquisa.

Importante ressaltar que, no âmbito da graduação, estimula-se de forma direta a

produção científica por meio da iniciação científica, que conta com disciplina própria,

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“Teoria do Conhecimento: Iniciação Científica”, disseminando a cultura da pesquisa

e publicações desde o ensino, a partir do terceiro semestre do Curso.

9.4. Implementação das políticas de capacitação no âmbito do curso

Como política principal de capacitação disponibilizada aos docentes do Curso de

Arquitetura e Urbanismo, estão são oferecidos cursos relacionados às práticas

docentes no ensino superior, organizados pelo Fórum Permanente de Educação,

Pesquisa e Extensão (FOPEPE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie, como

também cursos específicos demandados pelo NDE e pelo Colegiado de Curso, que

objetivam a melhoria da qualidade de ensino de aspectos relacionados ao cotidiano

de sala de aula.

Não obstante a essas iniciativas, desenvolvem-se também workshops, com a

presença de professores especialistas externos à Faculdade de Arquitetura e

Urbanismo, e a formação de grupos de professores que se relacionam com os eixos

temáticos definidos neste PPC, com a finalidade específica de refletir sobre

temáticas que venham a corroborar com a consolidação desses eixos.

Incentiva-se, fortemente, para todo o corpo docente, as práticas de formação

continuada, a participação em eventos nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, o

desenvolvimento de pesquisas pela participação em grupos reconhecidos pela

Instituição e a sua titulação (doutorado e pós-doutorado).

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10. INFRAESTRUTURA

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10. Infraestrutura

10.1. Biblioteca

Para o Curso a Biblioteca é entendida como um instrumento dinâmico do

processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, deve ser um espaço acolhedor,

acessível e incentivador das práticas de pesquisa. Assim sendo, entende-se que seu

acervo deve ser aberto e estar ao alcance dos estudantes e professores, e deve ser

composto, além de livros, por periódicos, mapas, portais acadêmicos como o da

CAPES, por espaços de consulta, de leitura e apropriados para trabalhos individuais

e em equipe.

No tocante à biblioteca setorial, que atende preferencialmente ao Curso de

Arquitetura e Urbanismo, localizado no Edifício “Christiano Stockler das Neves”

(prédio n° 9), esta apresenta, em seu acervo de obras específicas de Arquitetura e

Urbanismo, aproximadamente 11 mil títulos que correspondem a mais de 27 mil

exemplares. Além disso, os alunos podem acessar as demais bibliotecas localizadas

no campus Higienópolis, o que eleva o montante de obras de áreas correlatas à

Arquitetura e Urbanismo para mais de 23 mil títulos disponíveis.

A biblioteca localizada no prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo faz

parte de um conjunto de 9 bibliotecas setoriais localizadas no campus Higienópolis

da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Alguns pontos são destacados a seguir,

com o intuito de apresentar algumas ações que caracterizam, de forma geral, os

procedimentos de nossa biblioteca.

Política de seleção e atualização do acervo: a) Compra – O acervo é adquirido a

partir de indicações, por parte dos docentes de graduação e de pós-graduação, das

bibliografias básica e complementar, de acordo com as necessidades de cada

disciplina, adequadas ao currículo acadêmico, ocorrendo atualização permanente do

acervo durante todo o ano; b) Doação – A biblioteca mantém contato constante com

instituições governamentais e privadas, entidades científicas e culturais, nacionais e

internacionais, para o recebimento de obras não comercializadas; c) Reposição de

obras – Obras danificadas, sem condições de conserto, ou extraviadas, só serão

repostas após verificação de: demanda do título, número de exemplares existentes,

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cobertura do assunto por outro título, possibilidade de adquirir uma obra mais

atualizada; d) Informatização – Utiliza-se o software “Sistema Pergamum” para a

composição do banco de dados do catálogo bibliográfico; e) Biblioteca digital de

teses e dissertações do Mackenzie – Disponibiliza na internet acesso às teses e

dissertações defendidas na Instituição, a partir do ano de 2006. Esses documentos

também são visualizados na BDTD – Biblioteca Digital de Teses e Dissertações

Nacional. Incentiva-se também o acesso ao portal de periódicos da CAPES.

10.2. Laboratórios de formação geral

O Curso de Arquitetura e Urbanismo conta com os seguintes espaços

laboratoriais de formação geral, que dão suporte às atividades propostas pelas

disciplinas e pelas atividades de experimentação (informações sobre quantidade de

equipamentos encontram-se tabuladas e disponíveis para serem submetidas aos

avaliadores):

10.2.1. Fotografia (290 m2), localizado no prédio 28.

10.2.2. Serigrafia (50 m2), localizado no edifício Christiano Stockler das Neves

(prédio 9).

10.2.3. Cerâmica (154 m2), localizado no edifício Christiano Stockler das

Neves (prédio 9).

10.2.4. Metal, Vidro e Plástico (50 m2), localizado no edifício da Enfermaria

(prédio 23).

10.2.5. Gravura (100 m2), localizado no edifício Antônio Bandeira Trajano

(prédio 40).

10.3. Laboratórios de formação específica

10.3.1. Laboratórios de Informática

São utilizados os seguintes laboratórios localizados no campus Higienópolis da

Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM):

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108

Laboratório Livre de Informática (50 m2), localizado no subsolo do edifício

Christiano Stockler das Neves (prédio 9), dispondo de 20 computadores à

disposição dos alunos, independentemente das atividades didático-pedagógicas das

disciplinas.

Laboratório 1 (62 m2), localizado no edifício Mary Annesley Chamberlain (prédio

29), dispondo de 1 computador para o professor e de 40 computadores para os

alunos.

Laboratório 5 (44 m2), localizado no edifício Rev. George Whitehill Chamberlain

(prédio 10), dispondo de 1 computador para o professor e de 29 computadores para

os alunos.

Laboratório 7 (48 m2), localizado no edifício Rev. George Whitehill Chamberlain

(prédio 10), dispondo de 1 computador para o professor e de 28 computadores para

os alunos.

Laboratório 8 (47 m2), localizado no edifício Rev. George Whitehill Chamberlain

(prédio 10), dispondo de 1 computador para o professor e de 28 computadores para

os alunos.

Softwares utilizados no âmbito do Curso: Windows 7 Enterprise 64 Bits, 7-Zip,

Adobe Photoshop CS6 (64 Bit), Adobe Reader (IE), Autodesk, AutoCAD 2013 -

English - Win64bit, AutoCAD Architecture 2013, Autodesk 3ds Max Design 2013 64-

bit – English, Revit 2013 - English - Win64bit, Google Earth, Google SketchUp 8,

Gravador CD – DVD, JetBee, Kaspersky Anti-Virus 6.0 para Windows Workstations

MP4, Microsoft Office 2010, PDF CuteWriter (PDF Creator), Adobe Acrobat Distiller

X, Adobe Acrobat X Pro, Adobe Reader X, sempre atualizados conforme política

institucional para a área.

10.3.2. Demais laboratórios

10.3.2.1. Conforto Ambiental (50 m2), localizado no edifício Christiano Stockler

das Neves (prédio 9). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na

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109

área de conforto ambiental (térmica, ventilação, insolação e iluminação natural e

acústica).

10.3.2.2. Modelos e Maquetes (50 m2), localizado no edifício Christiano Stockler

das Neves (prédio 9). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na

área da experimentação, mediante o uso de modelos e maquetes.

10.3.2.3. Marcenaria (190 m2), localizado na Rua Maria Antônia n° 139.

10.3.2.4. Prototipagem Rápida (50 m2), localizado no edifício Christiano Stockler

das Neves (prédio 9).

10.3.2.5. Mecânica dos Solos (90 m2), localizado no edifício Henrique Pegado

(prédio 6). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na área de

solos.

10.3.2.6. Materiais de Construção Civil (130 m2), localizado no edifício Henrique

Pegado (prédio 6). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na área

de materiais de construção, aplicados à construção civil.

10.3.2.7. Estruturas (198 m2), localizado no edifício Mattathias Gomes dos Santos

(prédio 14). Laboratório dedicado ao ensino e pesquisas acadêmicas na área de

estruturas e materiais de construção estruturais, aplicados à construção civil.

10.3.2.8. Topografia (20 m2), localizado no edifício Alfred Cownley Slater (prédio

4). Consta de local onde os equipamentos didáticos para auxílio às aulas práticas

das disciplinas de topografia ficam alojados.

10.4. Laboratórios para prática profissional e prestação de serviços à comunidade

10.4.1. Escritório Modelo – Mosaico (60m2), localizado no edifício Christiano

Stockler das Neves (prédio 9). Destinado a apoiar atividades relacionadas ao

cotidiano da prática profissional, por meio de desenvolvimento de projetos

arquitetônicos.

10.4.2. Laboratório de Georeferenciamento – Este laboratório está em

funcionamento desde o início do ano de 2012 e conta com a colaboração de

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professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da Escola de Engenharia e

da Faculdade de Computação e Informática.

Em paralelo às atividades de pesquisa do Laboratório de Geotecnologias, o

mesmo tem oferecido a atividade de extensão denominada Fórum Técnico sobre

Geoprocessamento, que busca capacitar os participantes para trabalhos e

pesquisas com geotecnologias.

10.4.3. Canteiro experimental – O Projeto Pedagógico do Curso de

Arquitetura e Urbanismo destaca o Programa do Canteiro Experimental, em

decorrência do reconhecimento da íntima relação entre a prática e a teoria. Essa

dualidade tem se expressado no processo de ensino e aprendizagem da atividade

projetual, pelo entendimento de que a ideia ou o conjunto de conceitos irão

adquirindo configurações físicas e formais que as aproximam de um saber técnico,

por meio da predominância de operações de simulações vindas, exclusivamente, do

desenho e de modelos cada vez mais digitais.

A separação entre o universo da construção e o do projeto acaba por caracterizar

uma produção arquitetônica carente da ideia da construção e de sua poética, com

prejuízo não só de sua expressão como linguagem, como da sua apropriação pela

sociedade.

O canteiro experimental tem como objetivo a aproximação desses dois universos

– o da concepção e o da realização – valendo-se de duas escolhas estratégicas:

Criar com os materiais – desenvolvimento de projetos de pesquisa e

experimentação procurando explorar hipóteses temáticas a partir dos materiais, do

reconhecimento de sua especificidade, de suas propriedades, capacidades e

possibilidades de aplicação. Tanto dos materiais tradicionais – pedra, madeira,

cerâmica, concreto, aço e vidro –, e de toda a cultura construtiva a eles incorporada,

quanto dos novos materiais e das novas possibilidades aportadas pela indústria.

Neste sentido, irá servir de apoio, também, às atividades práticas das disciplinas de

materiais e técnicas de construção vinculadas ao Curso.

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Criar dentro de um processo coletivo e participativo – por entender que todo

projeto de pesquisa e experimentação deve possuir a capacidade de agregar um

entorno social de interlocução e apoio, ao procurar responder a interesses,

necessidades e demandas, setoriais e específicas, de promotores, produtores e

usuários.

A aplicação simultânea dessas duas escolhas estratégicas visa a estabelecer

novas pontes entre a universidade e a sociedade.

No tocante aos aspectos laboratoriais, o Curso de Arquitetura e Urbanismo

pretende ver concretizado, a curto e médio prazos, além da ampliação do laboratório

de prototipagem rápida, a constituição dos laboratórios de: modelagem,

parametrização e de realidade virtual; projetos e de políticas públicas, e a empresa

júnior.

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo deve buscar, permanentemente, a

atualização de laboratórios e instrumental, que a mantenham em consonância com a

contemporaneidade das atuações da arquitetura e do urbanismo, com plena

acessibilidade ao corpo docente e discente para atividades acadêmicas, com apoio

técnico de laboratorista.

10.4.4 Laboratório de Projetos e Políticas Públicas

Laboratório destinado ao desenvolvimento de projetos, consultorias, assessorias

e prestação de serviços a empresas e órgãos públicos das três esferas de governo e

da administração pública direta e indireta.

10.5. Salas de aula

Todas as 27 salas de aula localizadas no Edifício Christiano Stockler das Neves,

que atendem ao Curso de Arquitetura e Urbanismo, são equipadas com data show,

computadores com conexão à internet, rede Wi Fi, sistema de som, ventiladores de

teto e pranchetas.

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Possuímos ainda uma sala de aula interativa, equipada com lousa digital, e um

ateliê multiuso localizado no térreo, com sala para palestras e exposições, equipada

com dois televisores de 50”/LED e ar condicionado.

A acessibilidade a todas as instalações do Curso está assegurada pela presença

de rampas, instalação de elevador e sanitários equipados para atender aos

portadores de necessidades especiais.

Todos os serviços relacionados à limpeza são executados por empresa

terceirizada que realiza seus procedimentos diariamente, distribuídos em três turnos

(manhã, tarde e noite). Os serviços relacionados à manutenção predial e de

equipamentos são realizados por equipes especializadas da própria Universidade.

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BIBLIOGRAFIA DE APOIO

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

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