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PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA São João da Boa Vista - SP 2015

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PROJETO PEDAGÓGICO

DO CURSO DE

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA

São João da Boa Vista - SP

2015

2

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

PROFESSORES ELABORADORES DO PROJETO PEDAGÓGICO DO

CURSO DE CIÊNCIS BIOLÓGICAS LICENCIATURA DO UNIFEOB

Prof. Me.Cintia de Lima Rossi – Mestre ( UNICAMP)

Coordenador do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura do UNIFEOB

Eliana Pereira Chagas - Doutora

Leilane Barbosa Ronqui – Doutora

Celina Almeida Furlaneto Mançanares – Doutora

Mateus Maldonado Carriero – Mestre

Glaucia Maria Mendes Liberali - Especialista

Docentes do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura do UNIFEOB

3

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para

o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável

para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e

buscar uma nova estabilidade em função da promessa que

cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um

projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a

determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os

campos de ação possível, comprometendo seus atores e

autores. (Moacir Gadotti).

4

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Missão e Valores do UNIFEOB

A missão do UNIFEOB é “educar gerações, atuar na comunidade com

responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando a

ética, a cidadania, a liberdade e a participação.”

Os valores que orientam o UNIFEOB são a dignidade do ser humano, o

pluralismo democrático, a transparência e responsabilidade nas relações

institucionais e comunitárias, o respeito à individualidade e diversidade de

ideias, o espírito de equipe e criatividade, além do compromisso com o meio

ambiente.

5

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 8

1 A instituição ..................................................................................................... 9

1.1 DENOMINAÇÃO E ENDEREÇO .............................................................. 9

1.2 HISTÓRICO .............................................................................................. 9

1.3 ESPAÇO FÍSICO ................................................................................ 15

1.4 MISSÃO .................................................................................................. 16

1.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS ............................................................. 18

1.6 INSERÇÃO REGIONAL ........................................................................ 19

1.7 PERFIL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA ................... 20

2 O PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL: ........................................... 22

FORMAÇÃO por Competências ....................................................................... 22

2.1 Procedimentos Pedagógicos ............................................................... 24

2.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................... 24

2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PLANEJAMENTO ................... 26

2.1.2.1 DIAGNÓSTICO ............................................................................. 27

2.1.2.2 ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA: A ORGANIZAÇÃO DAS

MATRIZES CURRICULARES .................................................................. 28

2.1.2.3 IMPLANTAÇÃO: ATIVIDADES E METODOLOGIAS .................. 29

2.1.2.4 COORDENAÇÃO DE CURSO E CORPO DOCENTE .................. 31

2.1.2.5 Acompanhamento: Gestão Do Curso ........................................ 32

2.1.2.6 Avaliação de desempenho e da formação dos alunos ............ 33

2.1.2.7 Avaliação do desenvolvimento dos cursos .............................. 35

2.1.2.8 Trabalho de conclusão de curso (tcc) ....................................... 37

2.2 ARTICULAÇÃO ENTRE OS PPC, PDI E O PPI .................................... 39

2.3 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ....... 41

3. Identificação do Curso .................................................................................. 45

3.1 IDENTIFICAÇÃO LEGAL DO CURSO .................................................. 45

3.2 HISTÓRICO, JUSTIFICATIVA, CONCEPÇÃO DO CURSO ................. 47

4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CURSO ................................................. 51

4.1 REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO ............................................... 53

6

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

5 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS EGRESSOS ....................................... 56

5.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

PELO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS .............................................. 58

6 Perfil do Docente, coordenação e nde .......................................................... 59

6.1 PERFIL DOCENTE................................................................................. 59

6.1.1 CORPO DOCENTE ATUAL ............................................................ 64

6.2 COORDENAÇÃO DE CURSO .............................................................. 65

6.3 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ............... 66

7 METODOLOGIA DO CURSO ....................................................................... 69

8 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ................................................. 71

8.1 MATRIZ CURRICULAR ......................................................................... 71

8.1.1 ESTRUTURA CURRICULAR ......................................................... 73

8.2 Ementas e bibliografias básicas ........................................................ 75

8.2.1 Núcleo Específico do Curso .......................................................... 75

8.2.2 NÚCLEO PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES ......................... 88

8.3 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ............................................. 91

8.3.1 TUTORIA ......................................................................................... 91

8.3.2 INFRAESTRUTURA E PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO

DOS ALUNOS .......................................................................................... 92

8.3.2.1 Rede e equipamentos ................................................................. 92

8.3.2.2 Acompanhamento e Apoio aos Alunos ..................................... 93

9 As Atividades Práticas ................................................................................... 94

9.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO ............................................................. 94

9.1.1 Objetivos do Estágio Supervisionado .......................................... 95

9.1.2 Formato dos Estágios .................................................................... 96

9.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ......................................... 98

9.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES ................................................... 100

9.4 ATIVIDADES DE PESQUISA ............................................................... 102

9.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO NA ÁREA DE Ciências Biológicas .. 103

10 Atividades de Atendimento e Apoio Acadêmico aos discentes ................. 107

10.1 ATIVIDADES DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO ......................... 107

10.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE ATENÇÃO AO

ESTUDANTE .............................................................................................. 108

7

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

11 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA ...................................... 111

11.1 RECURSOS HUMANOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO CURSO ..... 111

11.1.1 COLEGIADO DO CURSO ........................................................... 111

11.1.2 CORPO TÉCNICO ....................................................................... 112

11.2. RECURSOS FÍSICOS ....................................................................... 113

11.2.1 LABORATÓRIOS DE Informática .............................................. 115

11.2.2 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS .................................................... 116

11.2.3 Biblioteca ................................................................................... 117

12 AVALIAÇÃO .............................................................................................. 119

12.1 AVALIAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM ................................... 119

12.2. AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO ....................................................... 122

12.3. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ......................................................... 123

12.4. AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ................................... 124

12.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO, RETENÇÃO E DEPENDÊNCIAS ..... 125

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 126

8

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

APRESENTAÇÃO

O Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura

do Centro Universitário Fundação de Ensino “Octávio Bastos” – UNIFEOB - é o

documento que imprime a direção, especificidades e singularidades, além de

apresentar, de forma clara, o funcionamento do curso, suas prioridades e

estratégias de trabalho.

O ensino de graduação, voltado para a construção do conhecimento

e formação de profissionais, não pode pautar-se por uma estrutura curricular

rígida. Assim, a flexibilização curricular é condição necessária à efetivação de

um projeto de pedagógico de qualidade.

A elaboração participativa desse Projeto Pedagógico pretende fazer

com que cada um dos envolvidos no Curso de Ciências Biológicas Licenciatura

se torne intrinsecamente ligado pelo desafio que representa a construção e a

ação universitária. Sua caracterização, vitalidade, avaliação e atualização

dependerão do compromisso coletivo com o que nele está proposto e com as

transformações da universidade e da sociedade.

A comunidade acadêmica do Curso de Ciências Biológicas, assim

como a de todos os cursos (licenciaturas, bacharelados e tecnólogos),

desejando contribuir para a sustentação de prioridades educacionais e com um

senso de empreendimento e determinação em pensar constantemente sobre

suas próprias ações, apresenta este Projeto Pedagógico como resultado de

amplos debates e reuniões acadêmicas. Tal documento norteará, a partir deste

ano (2014), as ações do curso com base nas aspirações coletivas.

9

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

1 A INSTITUIÇÃO

1.1 DENOMINAÇÃO E ENDEREÇO

FEOB – Fundação de Ensino Octávio Bastos (Mantenedora)

UNIFEOB – Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos

Campus I – Centro

Rua General Osório, 433, Centro - São João da Boa Vista - SP - Brasil

(19) 3634-3300

Campus II

Avenida Dr. Octávio Bastos, 2439, Jardim Nova São João - São João da Boa

Vista - SP - Brasil

(19) 3634-3200

Endereço de página na WEB: www.unifeob.edu.br

1.2 HISTÓRICO

A Fundação de Ensino Octávio Bastos (FEOB) é uma entidade de direito

privado, sem fins lucrativos, mantenedora do Centro Universitário – UNIFEOB.

Localizada em São João da Boa Vista - SP, a Instituição foi fundada em

04 de novembro de 1965, com o nome de Fundação Sanjoanense de Ensino,

por um grupo de cidadãos liderados por Octávio da Silva Bastos, à época

prefeito da cidade, conforme escritura lavrada no Livro de Notas n. 199, fls.

29/40, do 1º Cartório de Notas e Anexos, devidamente protocolada sob n.

6.790, registrada sob o n. 133, do Livro Sociedade Civil, em 23/08/1968.

A primeira faculdade implantada foi a de Direito, em 1967, reconhecida

em 1972, cujo diretor foi o Dr. Octávio da Silva Bastos.

10

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Em 1971, foi implantada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras,

com os cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras, Matemática e Ciências

Sociais, com reconhecimento em 1977. Desde aquela época, já havia a

preocupação dos dirigentes em atuar fortemente na formação de professores.

Em 1973, entrou em funcionamento a Faculdade de Ciências Contábeis

e Administrativas, cujo reconhecimento ocorreu em 1977.

A Faculdade de Medicina Veterinária iniciou suas atividades em 1987,

sendo reconhecida em 1992.

Em outubro de 2001, foi autorizada, pela portaria nº 2201, a abertura do

curso de Bacharel em Ciências Biológicas, que entrou em funcionamento em

2002. Neste mesmo ano, foram autorizados mais três cursos, que passaram a

funcionar em 2003: pela portaria nº 2200, o curso de Bacharel em

Enfermagem; pela portaria nº 950, o curso de Bacharel em Fisioterapia e pela

portaria nº 837, o curso de Bacharel em Sistemas de Informação.

Ainda em 2002, com seu crescimento e a integração de seus cursos,

houve mudanças em seu estatuto e, juntos, os cursos de graduação e de pós-

graduação passaram a compor as FIFEOB – Faculdades Integradas da

Fundação de Ensino Octávio Bastos.

Em dezembro de 2003, depois de atender a todas as exigências do

MEC, as FIFEOB conquistaram o status de Centro Universitário. Assim, foi

adotado o nome UNIFEOB – Centro Universitário da Fundação de Ensino

Octávio Bastos.

No dia 24 de abril de 2004, o UNIFEOB passou a integrar o seleto grupo

de instituições de ensino superior, reconhecido, por seu trabalho comunitário,

como uma das 45 entidades filiadas à ABRUC- Associação Brasileira das

Universidades Comunitárias, dentre mais de 1600 escolas de ensino superior

do Brasil.

Com a autonomia concedida pelo MEC, em 2005 foram oferecidos os

cursos de licenciatura em História, Geografia, Química, Física e Ciências

Biológicas.

Em 2007, foram iniciados nove Cursos de Superiores de Tecnologia:

Comércio Exterior, Gestão Ambiental, Gestão da Qualidade, Gestão de

11

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Recursos Humanos, Gestão Pública, Logística, Marketing, Processos

Gerenciais e Agronegócios.

Em 2013, após uma reestruturação financeira, foram abertos os cursos

de Bacharelado em Engenharia Agronômica, Engenharia Civil e Arquitetura e

Urbanismo, além da reabertura dos cursos em licenciatura que, por motivos

financeiros, haviam sido encerrados entre 2011 e 2012.

Em seu processo de expansão, criou, em 2013, o Núcleo de Educação a

Distância (NEaD).

O UNIFEOB mantém diversos cursos de Pós-Graduação nas áreas de

Gestão (MBA) e Educação, além da Universidade da 3ª Idade; esta última, uma

das pioneiras no Brasil, funcionando desde 1999.

Em 2014, no UNIFEOB estão matriculados por volta de 5000 alunos de

São João da Boa Vista e região, também de vários estados do País,

distribuídos entre 28 cursos de graduação (licenciatura, bacharelado e

tecnólogo); 2 de pós-graduação; diversos cursos de extensão (presencial e on-

line), além de cursos técnicos.

Para atender a demanda por informações dessa comunidade acadêmica

e da população em geral, o UNIFEOB possui duas bibliotecas: no Campus I,

localiza-se a Biblioteca Central e, no Campus II, a Biblioteca Setorial.

O acervo é formado por 46.000 títulos, entre livros, obras de referência,

dicionários, enciclopédias, atlas, compêndios, periódicos nacionais e

internacionais, monografias, teses, multimídia, mapas geográficos e históricos.

Os serviços oferecidos pelo Sistema de Bibliotecas dispõem de acesso

informatizado à base de dados, de empréstimos e renovações online,

pesquisas bibliográficas, reservas de livros, pedidos de obras de comutação

bibliográfica – COMUT -, além de salas de estudo e modernos computadores

com internet. Ainda contemplando a busca de informações que possam

melhorar o aprendizado, os alunos contam com o Sistema Pergamum,

plataforma de consulta online ao acervo físico do UNIFEOB; a Biblioteca Virtual

3.0 (Pearson); a Minha Biblioteca (Saraiva) e links de periódicos on line como a

Revista dos Tribunais.

12

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Com o objetivo de facilitar a inclusão social de pessoas com deficiência

visual, funciona, junto à Biblioteca Central, a Biblioteca Braille, cujo espaço é

adaptado ao bem estar das pessoas com deficiência visual e outros tipos de

deficiência. Com apoio da Fundação Dorina Nowill e do Projeto Laura, o acervo

da biblioteca conta com obras impressas em Braille e em formato digital.

Também se preocupando com inserção, o UNIFEOB mantém um Núcleo

de Desenvolvimento e Inovação, que tem por objetivo oferecer aos

universitários um estímulo para aprimorar os conhecimentos e obter uma

qualificação profissional séria e de consistente que lhe abra portas no mercado

de trabalho. Para tanto, mantém convênios com empresas e entidades de toda

a região, muitas delas reconhecidas nacionalmente, como o SEBRAE e a

UNILEVER, para os cursos na área de Negócios, e o Complexo Damásio de

Jesus, para os alunos do curso de Direito.

Modernas tecnologias de informação e comunicação (TICs) foram

implementadas, potencializando o processo de ensino-aprendizagem, uma vez

que funcionam como ferramentas facilitadoras e integradoras das estratégias

metodológicas adotadas. Entre as tecnologias, destacam-se a utilização do

AVA (Ambiente Virtual do Aluno), uma evolução da plataforma Moodle, para a

disponibilização de materiais didáticos, exercícios e vídeo-aulas, envio e

desenvolvimento de atividades. Ainda no AVA disponibilizam-se cursos de

aprimoramento nas áreas de Português, Matemática, Inglês, Educação

Ambiental, Africanidade, Cultura indígena, Libras e Administração do tempo.

Outro grande trunfo do UNIFEOB é a parceria com a UNESP

(Universidade Estadual Paulista), que utiliza as instalações do campus II,

possibilitando um intercâmbio entre alunos e professores de ambas as

instituições.

O UNIFEOB é credenciado junto ao Novo FIES e PROUNI, assim como

ao Programa do Governo Estadual – Escola da Família.

Porém, sem dúvida alguma, o grande diferencial acadêmico do

UNIFEOB situa-se no corpo docente, altamente qualificado e engajado no

mercado de trabalho, e no novo Projeto Pedagógico, baseado na formação por

competências, descrito mais adiante.

13

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Além das atividades acadêmicas, o UNIFEOB desenvolve, com

participação dos docentes, discentes e colaboradores administrativos, vários

projetos de extensão e de ações sociais e culturais, que atendem a

comunidade extra-muro da Instituição; o que lhe confere anualmente o selo de

instituição socialmente responsável, certificado pela Associação Brasileira das

Mantenedoras de Ensino Superior – ABMES.

Dentre eles, podem-se destacar, à guisa de exemplo:

- O Projeto Laura, criado em 2002, tem por função promover a

integração social de pessoas com deficiência visual, por meio do método

Braile, que inclui leitura e escrita. Realiza ações como capacitação profissional

com a inclusão digital, aulas de Braile, programas de divulgação, estágios,

inclusão nas empresas da região, workshops de sensibilização, entre outras.

Para os deficientes visuais e todos os interessados, o Projeto Laura oferece,

desde 2009, o curso de Braille, que emite certificado como curso de extensão.

- O Projeto Equoterapia, também iniciado em 2002, tem como sede a

Fazenda Escola do UNIFEOB. Envolve alunos de Fisioterapia, Medicina

Veterinária e Pedagogia que, além de receber uma bolsa-estágio, adquirem

conhecimentos práticos e aperfeiçoam habilidades imprescindíveis para o

mercado de trabalho, como trabalhar em equipe, comemorar avanços, ter

tolerância, saber lidar com frustrações, além de desenvolver a empatia.

A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de

uma abordagem interdisciplinar, buscando o desenvolvimento biopsicossocial

de pessoas que apresentam deficiências como lesões cerebrais e raqui-

medular, autismo, síndrome de Down, síndrome de Rubenstein-Taybi,

síndrome de Angelman, paralisia cerebral, lesões provocadas em acidentes,

terceira idade, transtorno opositor e microcefalia.

- O Programa de relacionamento UNIFEOB tem por objetivo contribuir,

através de palestras, aplicação de testes de sondagem vocacional, visitas aos

campi etc, para a orientação profissional dos alunos do Ensino Médio

(principalmente 3º ano).

Destaca-se o “Universo UNIFEOB”, um evento anual frequentado por

alunos de escolas públicas e particulares de São João da Boa Vista e região,

14

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

ocasião em que cada curso do UNIFEOB apresenta aspectos interessantes de

sua proposta de ensino-aprendizagem, no intuito de auxiliar os egressantes do

Ensino Médio a decidirem sobre o prosseguimento de seus estudos.

- A Universidade da Terceira Idade teve seu início no ano letivo de 1992,

com a proposta de estimular e possibilitar a reinserção social da pessoa idosa,

permitindo-lhe acesso à educação continuada através da participação em

atividades educativas, socioculturais e de ação comunitária.

Sempre levando em conta o perfil dos participantes, a Universidade da

Terceira Idade, estruturada em encontros semanais, palestras, oficinas etc,

caracteriza-se como um espaço onde se discutem temas da atualidade,

trocam-se informações, atualizam-se conhecimentos, organizam-se teatros,

confraternizações, passeios etc, permitindo ao aluno trabalhar a autoestima,

integrar-se socialmente, além de experienciar novos desafios.

- O Projeto Um Olhar no Amanhã iniciado em agosto de 2014,

amalgamando uma proposta social de melhorar a qualidade de vida dos idosos

moradores do Lar Nossa Senhora de Lourdes, situado em Águas da Prata, e

uma proposta acadêmica de contribuir para a capacitação dos alunos no que

se refere ao gerenciamento de um lar para idosos em todos os seus aspectos,

propondo soluções para problemas e situações reais, ao mesmo tempo em que

possibilita aos envolvidos se desenvolverem como cidadãos atuantes,

socialmente comprometidos.

Sendo uma aplicação da missão e valores preconizados pelo UNIFEOB,

o projeto, que se dirige aos cursos de Medicina Veterinária, Agronomia,

Arquitetura, Enfermagem, Fisioterapia, Direito e Administração, almeja a

multiplicação da proposta para outras instituições de cuidados aos idosos.

Pela seriedade de suas propostas, - tanto para o âmbito acadêmico

como fora dele - pela qualidade de seus cursos e, consequentemente, da

formação de seus alunos; pelo pioneirismo de suas ações; por sua reverência à

tradição, associada à busca contínua de inovação em todos os seus processos,

o UNIFEOB conquistou, nestes seus quase 50 anos de história, respeito e

confiança, ocupando lugar de destaque dentre as mais importantes instituições

superiores da região.

15

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

1.3 ESPAÇO FÍSICO

A Instituição abriga dois campi.

No campus I, distribuídos em quatro prédios, localizam-se a secretaria

do vestibular, a biblioteca central, 04 laboratórios de informática, o escritório

modelo, o fórum escola, uma quadra poliesportiva, todos os setores

administrativos da instituição, além do Centro Cultural. Neles também se

encontram as salas de aula de cursos superiores de graduação e pós-

graduação, o estúdio do Núcleo de Educação à Distância, a Secretaria de pós-

graduação e a Central de atendimento do FIES.

No campus II, com área de 123 mil m2, alojados em nove edificações (15

mil m2 de área construída), estão instalados os laboratórios dos cursos da área

de Saúde, laboratórios de Informática, a biblioteca setorial, um moderno

hospital veterinário e a secretaria setorial. O campus II abriga cantinas, quadra

poliesportiva, estacionamentos e as salas de aula de cursos superiores de

graduação – licenciatura, bacharelado e tecnologia -, e dos cursos técnicos

oferecidos através do Pronatec; dispondo ainda de amplo espaço para os

novos cursos que a Instituição planeja oferecer.

Anexa à Santa Casa de Misericórdia “Dona Carolina Malheiros”,

localizada em São João da Boa Vista, o UNIFEOB mantém sua clínica-escola

para os alunos do curso de Fisioterapia, equipada com os mais modernos

aparelhos para as atividades práticas dos cursos e para atendimento da

comunidade.

Próximo ao campus II, em uma área com mais de 150 hectares, situa-se

a Fazenda Escola, onde são desenvolvidas atividades práticas e

interdisciplinares dos cursos de Medicina Veterinária, Ciências Biológicas,

Engenharia Agronômica, Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo,

Enfermagem, Fisioterapia, Pedagogia, Geografia, Gestão Ambiental, entre

outros.

16

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

1.4 MISSÃO

Acompanhando os rápidos e profundos movimentos de transição da

sociedade, em particular do mercado de trabalho e do desenvolvimento e

emprego de novas tecnologias, o UNIFEOB, em diversos momentos de sua

trajetória, passou por reformulações organizacionais significativas, tanto em

seus aspectos administrativos como acadêmicos.

Preparada para oferecer uma formação de excelência, a Instituição vem

enfrentando os novos desafios ao inovar e utilizar estratégias para

proporcionar, a seus alunos, a construção dos conhecimentos e das

competências que o profissional de nossos dias deve demonstrar para atender

às exigências crescentes da sociedade e das organizações que atuam em

ambientes cada vez mais complexos.

Projetos pedagógicos inovadores de seus cursos de graduação e pós-

graduação, adoção de novas tecnologias educacionais, qualificação e

atualização permanentes de seu quadro de funcionários em todos os níveis, de

ampliação e modernização de sua infraestrutura, relacionamento intenso com a

comunidade por meio de projetos de extensão e de prestação de serviços, são

algumas das ações que vêm sendo continuamente realizadas.

Fundamentado desde o início de sua formação nos valores de

responsabilidade ética e social, o UNIFEOB tem como proposta desenvolver

suas atividades educacionais num sentido amplo, contribuindo para a formação

de um cidadão e profissional imbuído de valores éticos que, com competência

técnica, atue no seu contexto, agindo nos mais diversos setores sociais.

A missão do UNIFEOB é educar gerações, atuar na comunidade com

responsabilidade social e influir no desenvolvimento regional, valorizando a

ética, a cidadania, a liberdade e a participação.

Desta forma, o UNIFEOB procura pautar suas atuações com base nos

valores de respeito à dignidade do ser humano, no pluralismo democrático, na

transparência de suas ações internas e externas, na responsabilidade em suas

relações institucionais e comunitárias, no respeito à individualidade e

17

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

diversidade de ideias, no espírito de equipe e na criatividade, além do

compromisso com o meio ambiente.

Em suma, as finalidades do UNIFEOB, inseridas em seu estatuto,

especificamente, em seu capítulo II, artigo 5º, são:

I - promover a educação integral do ser humano pelo cultivo do saber

nas áreas de conhecimento dos cursos que ministra;

II- incrementar, preservar e desenvolver a cultura por meio da

indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa, notadamente

como iniciação científica, e de extensão;

III - formar e aperfeiçoar profissionais, com vistas à sua realização,

valorização e ao desenvolvimento econômico, sócio-político, cultural e

espiritual do País;

IV - promover a pesquisa aplicada e iniciação científica;

V - promover a cultura, desenvolver a vida social dos alunos e manter

vivos os ideais de brasilidade e solidariedade humana;

VI - contribuir para o desenvolvimento harmônico e integral da

comunidade local, regional e nacional;

VII - atuar no campo da extensão, como forma de levar à comunidade os

valores e bens morais, culturais, científicos e econômicos, inerentes a

sua atividade educacional;

VIII - respeitar os valores morais, cívicos e religiosos, com vista ao

aperfeiçoamento da sociedade e à promoção do bem-estar comum;

IX - atuar na comunidade, assumindo postura crítica, livre e ética;

X - ser uma instituição democrática, comprometida com os princípios da

liberdade, responsabilidade, justiça e solidariedade humana.

18

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

1.5 OBJETIVOS INSTITUCIONAIS

Desde 1999, a comunidade das então Faculdades Isoladas e agora do

UNIFEOB realiza reuniões para definir e redefinir os "Objetivos e Metas" para a

Instituição. Alguns objetivos foram implantados desde então e outros são

sempre revistos. A transformação em Faculdades Integradas e, posteriormente,

em Centro Universitário criou os Órgãos Colegiados e estabeleceu um novo

fórum de discussão. Assim, o Conselho Universitário – CONSUNI - e o

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE - passaram a ser os

órgãos máximos de deliberação. Contando previamente com objetivos e metas

traçadas, busca-se, sistematicamente consolidar os Objetivos Gerais do

UNIFEOB a partir de todo o amplo processo de discussão que é sempre

travado dentro da Instituição na direção da consolidação de seu PDI.

Ao explicitar seus objetivos gerais, o UNIFEOB reafirma seu

compromisso com sua missão e seus valores e quer ser reconhecido como

uma instituição comunitária, sem fins lucrativos, inserida em seu meio e

preocupada com o cidadão egresso de seus cursos. Os objetivos priorizados

em seu ultimo PDI foram:

1. Proporcionar uma formação emancipatória, buscando as

consciências sociais, pessoais e profissionais, valorizando as dimensões

éticas, solidárias e estéticas;

2. Melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem;

3. Consolidar o Centro Universitário como referência regional;

4. Diversificar apoios educacionais;

5. Implantar de políticas para a melhoria de instalações físicas

funcionais.

19

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

1.6 INSERÇÃO REGIONAL

A vocação regional do UNIFEOB abrange um conjunto de municípios

localizados no leste do Estado de São Paulo e sul do Estado de Minas Gerais,

tendo como extremos aproximados as cidades de Socorro, Itapira, Descalvado,

Porto Ferreira e Santa Rosa do Viterbo, no Estado de São Paulo; e Monte

Santo de Minas, Guaxupé, Alfenas, Varginha e Pouso Alegre, no Estado de

Minas Gerais. O eixo da região é composto pelas cidades de São João da Boa

Vista, Mogi Guaçu e Poços de Caldas. A extensão aproximada da área é de

33.000 km2, sendo que, em relação à cidade de São João da Boa Vista, a

maior distância é de 200 km.

O comprometimento do UNIFEOB com o desenvolvimento regional não é

propriamente uma novidade na história da Instituição, pois desde sua

fundação, há quase cinquenta anos, a Fundação de Ensino Octávio Bastos

busca oferecer, através de sua política de inserção, benefícios sócio-

econômico-culturais para a população residente na área regional de São João

da Boa Vista. As ações implantadas decorrentes desta política proporcionam,

entre outros:

• Utilização de suas bibliotecas (central e setorial), pela comunidade;

• Suporte técnico / logístico, apoiando a realização de ações de práticas

acadêmicas, bem como de campanhas de esclarecimento da população,

nas diferentes áreas de atuação da instituição, tais como Projeto de

Castração, Saúde Coletiva, Escritório Modelo, Fórum Escola, Projeto

Laura, Equoterapia, Clínica de Fisioterapia, Projeto de Reciclagem,

Veterinária Solidária e muitos outros mais;

• Priorização de postos de trabalho para a mão de obra local;

• Realização de projetos e trabalhos na área de educação através de

parcerias com prefeituras da região, Diretorias Regionais de Ensino e

instituições privadas de ensino básico.

• Convênios com o Sistema Único de Saúde e com a rede básica de

saúde do município e o desenvolvimento de diversos projetos de

extensão dentro de Centros de Convivência para dependentes químicos

20

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

e idosos.

• Parceria com o SEBRAE para o desenvolvimento de práticas

empreendedoras em diversas áreas e para toda a região.

1.7 PERFIL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA

São João da Boa Vista dista 229 km do município de São Paulo, 123 km

do município de Campinas, 224 km do município de Franca e 39 km do

município de Poços de Caldas.

Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística

(IBGE), São João da Boa Vista conta com 83.312 habitantes. A economia

regional é mista, possui municípios com polos tecnológicos de referência

terceira nos setores industrial, agrícola, de ensino e de saúde, e municípios de

pequeno porte com características eminentemente rurais.

A rede de ensino básica conta com 66 instituições entre escolas públicas

e privadas, além das escolas profissionalizantes e de qualificação profissional,

como: Instituto Federal (antigo CEFET), SENAI e SENAC. O Índice de

alfabetização do município ultrapassa 94% do total de habitantes e o IDH de

São João da Boa Vista colocam-no em 15ª posição entre os 645 municípios do

Estado de São Paulo e ocupa a 54ª melhor posição do IDH no Brasil. Desde a

criação do curso de Pedagogia (1971) pela então Fundação Sanjoanense de

Ensino, o município de João da Boa Vista vem oferecendo à região um grande

número de profissionais para educação básica. Nesse sentido, a reorganização

das licenciaturas vem dar continuidade a já um perfil regional, isto é, o de

formar professores para toda a região em torno do município.

Na área da saúde, o município é sede da Direção Regional do Sistema

Único de Saúde (SUS) e atende 20 municípios. Mantém um hospital Geral

(Santa Casa de Misericórdia), com 249 leitos operacionais sendo 144 deles

conveniados SUS, 88 de outros convênios e 10 de UTI; além de atendimentos

especializados; um Hospital Cooperado (Unimed Leste Paulista) com 54 leitos;

1 Centro de Diagnóstico e Tratamento Oncológico; e Centros Diagnósticos

21

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

privados com recursos de Tomografia Computadorizada, Mamografia,

Ressonância Magnética, dentre outros.

O município possui, ainda, um asilo, cinco centros de convivência de

idosos, oito creches, dois Centros de convivência de dependentes químicos,

um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e um Centro de Atenção

Psicossocial para Dependentes Químicos (CAPSAD).

A Rede Básica de Saúde municipal possui treze Unidades Prestadoras

de Serviço, sendo seis UIS (Unidade Integrada de Saúde) no modelo

convencional e seis Unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) que

contam com agentes comunitários, odontologia preventiva, atendimento ao pré-

natal e puerpério, pacientes cardíacos e diabéticos. Tem cadastrado um Pronto

Socorro Municipal, e os Serviços de Radiologia Clínica, Serviço de

Atendimento Médico de Urgência (SAMU), Imunização, Remoção de Pacientes

e Vigilância Sanitária e Epidemiológica.

Na área de negócios, segundo a Associação Comercial e Empresarial e

o IBGE, o município conta com aproximadamente 400 indústrias em diversos

setores (metalurgia, química, álcool e açúcar, plástico, entre outros), 1.400

prestadores de serviços, 40 empresas ligadas ao agronegócio e 10 agências

bancárias, além de ter mais de 2.000 estabelecimentos comerciais, num total

de 4127 empresas cadastradas.

São João da Boa Vista também se destaca em seu perfil agrícola, com

produção de milho, café, feijão e cana-de-açúcar. Contando com 13

agropecuárias, 20 empresas cerealistas e 07 empresas de diversos produtos

agrícolas (café, batata, milho entre outros) Na pecuária, o principal produto é

gado de corte, mas mantém também a produção de gado leiteiro.

Enfim, tais setores direcionam e mantém São João da Boa Vista como

um centro regional de desenvolvimento econômico, gerando emprego, renda e

uma constante melhora na qualidade de vida. Através de políticas de incentivo,

o município vem atraindo novos empresários e novos setores não só para

cidade, mas para toda a região.

22

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

2 O PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL:

FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS

Os Projetos Pedagógicos de Cursos do UNIFEOB são construídos tendo

como base seu Projeto Pedagógico Institucional (PPI), fundamentado na

Formação por Competências, em todas as suas dimensões. Respeitando as

particularidades de cada curso e a autonomia de seus coordenadores, essa

estratégia garante a manutenção, em todos os cursos, da organização

sistêmica da Instituição e do foco na formação integral de seus alunos, de sua

Missão e de seus Valores, o que reforça, em toda a comunidade acadêmica,

sua tradição, inovação e excelência no desenvolvimento de suas atividades.

O Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura,

aqui apresentado, segue o mesmo princípio. Em capítulos próprios, posteriores

à apresentação do PPI, são descritos seus objetivos, perfil profissional,

organização curricular, metodologias, atividades, e outros componentes

específicos.

O PPI do UNIFEOB procura refletir seu projeto acadêmico, que vem

sendo implantado e desenvolvido em todos os seus cursos presenciais e no

planejamento de seus cursos a distância. Isto significa que ele pode ser visto

como a tradução documental das ações efetivamente postas em prática, tendo,

como prioridade, a formação de seus alunos.

Embora paradoxal, já que a relação entre o dito e o feito deveria nortear

os processos educacionais de qualquer Instituição de Ensino Superior (IES),

constata-se que projetos de várias IES podem ser vistos como meros

documentos oficiais atrelados ao regimento e às normas institucionais a serem

apresentados, em diferentes ocasiões, aos órgãos de controle e avaliação das

IES como MEC/INEP/CNE. Não é o que acontece com o UNIFEOB.

Corajosamente questionando seus moldes de ensino até então vigentes,

o UNIFEOB lançou-se, a partir de 2012, no desafio de construir novo projeto

pedagógico que fosse condizente com uma concepção de ensino superior que

23

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

mescla saber fazer, - voltado para a profissionalização -, com saber pensar, -

que sustenta o aprendizado do ofício. Em outras palavras, um projeto que não

vê a educação superior unicamente como formação de especialistas, mas

como ferramenta para aprender; possibilitando ao sujeito desenvolver suas

potencialidades, conhecer melhor a si próprio e ao mundo, além de se preparar

de forma mais condizente com as exigências atuais do mercado de trabalho.

Para tanto, o UNIFEOB procurou, inicialmente, romper alguns

obstáculos culturais, de crenças e de valores, naturalmente arraigados em

membros de sua comunidade acadêmica, por meio de um processo de

desconstrução gradual, alicerçada em discussões sistemáticas com

professores e coordenadores de cursos, lideradas pela Reitoria da Instituição.

Esse processo foi essencial, uma vez que mudanças geralmente implicam abrir

mão da segurança do que se tem pronto e superar a incerteza do como inovar

e do como (re)construir.

A arquitetura do projeto foi planejada tendo, como concepção, a

Formação por Competências. Um dos princípios básicos da Instituição é

acreditar que, além da sólida formação acadêmica e profissional, formar para o

desenvolvimento de competências significa, também, educar para a autonomia,

capacidade de iniciativa e de autoavaliação, responsabilidade, ampliação da

capacidade de trabalho, de concepção e realização de trabalhos e projetos. Ou

seja, acreditar que, para desenvolver competências, é preciso promover a

mobilização e organização de conhecimentos, habilidades e atitudes.

Em suma, o Projeto Pedagógico Institucional do UNIFEOB traduz o

desafio que a Instituição se impôs: partindo do perfil dos ingressantes que

procuram seus cursos, criar as condições mais favoráveis para que possam

construir sua própria formação e expandir sua vivência profissional, tornando-

se aptos a se ajustar mais facilmente à dinâmica da sociedade e às exigências

de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Em outras palavras,

colocar a educação a serviço das reais necessidades dos alunos,

proporcionando as melhores condições de preparação para o início do

exercício profissional.

24

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

2.1 PROCEDIMENTOS PEDAGÓGICOS

2.1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

As mudanças sociais, econômicas e tecnológicas do mundo

contemporâneo vêm provocando, nas últimas décadas, transformações

profundas; sendo seus impactos sentidos, principalmente, na atual

configuração do mercado de trabalho e nas relações de emprego, o que reflete,

diretamente, na exigência de um profissional com competências que o

habilitem à inserção produtiva nesse novo cenário. Assim, pensar de maneira

crítica e estratégica, analisar situações e planejar ações, demonstrar atitude,

tomar decisões, coordenar e liderar equipes de trabalho, saber comunicar-se

são algumas das competências que o profissional dos nossos dias deve

demonstrar para atender às organizações que atuam em ambientes cada vez

mais complexos e, acima de tudo, mutantes, o que acresce o desafio de que o

profissional seja capaz de se repensar a cada instante.

Tendo em vista esse paradigma, o UNIFEOB (pre)ocupa-se em

organizar currículos e projetos que traduzam as competências profissionais

exigidas em competências a serem trabalhadas e desenvolvidas no âmbito

escolar, fugindo, assim, da mera adaptação das atividades do mercado de

trabalho. E, sendo que é a qualidade educacional que determina a qualificação

para o exercício profissional, assume a responsabilidade por uma

aprendizagem fundamentada e significativa.

A organização e a estrutura dos currículos baseiam-se em estratégias

pedagógicas próprias, tendo como base a associação de conteúdos

contextualizados, evitando, assim, a visão tecnicista e a dicotomia entre teoria

e prática. Isso significa proporcionar aos alunos o aumento de suas

potencialidades e a oportunidade de trabalhar com situações-problema,

desenvolvendo capacidades relativas à cooperação, comunicação, autonomia,

25

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

criatividade etc. Além disso, é pressuposto pelo UNIFEOB que tais estratégias

sejam abertas a alterações, mudanças, avaliações e adequações, garantindo a

constante atualização curricular.

Por sua vez, o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) do UNIFEOB

norteia a elaboração dos projetos de seus cursos de graduação e de pós-

graduação, tanto presenciais como a distância. Comprometendo-se com o

desenvolvimento integral de cada aluno, todos seus PPCs (Projetos

Pedagógicos de Cursos) estão sendo construídos dentro do modelo de

Formação por Competências.

Ao contrário dos currículos tradicionais, em que o professor ocupa o

centro do processo, na formação por competências desloca-se o professor do

centro e o aluno passa a ocupar esse espaço. Privilegia-se a organização

curricular modular, flexível e contextualizada, sintonizada com o mundo do

trabalho. Formar para o desenvolvimento de competências significa, também,

educar para a autonomia, para a capacidade de iniciativa e de autoavaliação,

para a responsabilidade, para a ampliação da capacidade de trabalho, de

concepção e realização de trabalhos e projetos.

Ressalte-se que a implantação do Projeto Pedagógico Institucional

requer, necessariamente, a visão sistêmica de toda a comunidade acadêmica,

sem perder de vista, no entanto, a individualidade e a identidade própria de

cada curso.

Todo o movimento desse projeto inovador é voltado para o aluno.

Utilizando metodologias dinâmicas e orientados por professores altamente

capacitados, o trabalho, tanto presencial como em espaços virtuais, procura

fornecer, ao longo do curso, as condições para que o aluno se torne um

indivíduo motivado, comprometido e habilitado, capaz de dirigir sua própria vida

profissional.

Reside aí a proposta curricular inovadora do UNIFEOB, cujo design

sistêmico a aproxima de uma configuração espiral de abordagem dos

conhecimentos, possibilitando a prática da inter e da transdisciplinaridade.

São três os pilares que sustentam o projeto UNIFEOB de ensino-

aprendizagem baseado em competências:

26

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

1º) SABER, que envolve busca de conhecimento, de compreensão da

realidade;

2º) SABER-FAZER, que implica desenvolver diferentes competências

que habilitem o exercício de atividades;

3º) QUERER FAZER, que exige atitude para o pleno exercício de uma

atividade.

Com base nesses preceitos, são estruturadas as matrizes curriculares e

planejadas as atividades das unidades de estudo que compõem cada curso;

tendo, porém, todos eles, por objetivo que o egresso tenha desenvolvido

competências e habilidades para:

• analisar o campo de atuação profissional e seus desafios

contemporâneos;

• ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade de aprender, abertura

às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu

exercício profissional;

• desenvolver capacidade de transferir conhecimento de vida e da

experiência cotidiana para o âmbito do seu campo de atuação profissional,

revelando-se profissional adaptável;

• saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação

profissional, assim como gerar conhecimento a partir da prática profissional;

• exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social,

entendendo-a como uma forma de participação e contribuição social;

• acompanhar e incorporar inovações tecnológicas no exercício da

profissão.

2.1.2 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PLANEJAMENTO

A organização da estrutura curricular e o planejamento das atividades

que compõem os PPCs passam, necessariamente, por diferentes fases:

diagnóstico, elaboração da estrutura, implantação, gestão, acompanhamento e

27

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

avaliação. Todas elas exigem a participação integrada dos profissionais

acadêmicos. Em vários momentos, principalmente no processo de avaliação,

os alunos também têm a sua participação assegurada.

Para o planejamento e o desenvolvimento de cada uma dessas fases,

são considerados os seguintes princípios:

- o conhecimento sobre o desenvolvimento cognitivo e as diferenças

existentes entre os alunos ingressantes;

- o interesse real do aluno e a proximidade com a prática profissional;

- a identificação das competências e conhecimentos prévios que o aluno

já possui;

- o estímulo à comunicação, ao raciocínio, à criatividade, à imaginação e

à superação de dificuldades e ao enfrentamento de desafios;

- o incentivo ao diálogo construtivo e à participação em grupo;

- o exercício da autonomia por meio de escolhas responsáveis,

autoavaliação e aceite a regras preestabelecidas em conjunto.

2.1.2.1 DIAGNÓSTICO

Análise dos perfis de ingressantes e definição dos perfis dos egressos é

realizada em todo o processo, dando sustentação efetiva à organização da

estrutura curricular e ao planejamento das atividades que compõem os PPCs.

Na definição do perfil dos egressos de cada curso, o colegiado analisa o

perfil de tais alunos no momento do processo seletivo, - através dos resultados

e análises obtidas pela CPA (Comissão Própria de Avaliação) -, em

consonância com as diretrizes curriculares nacionais dos referidos cursos.

Assim, todo planejamento, desde as matrizes curriculares até as atividades que

são desenvolvidas durante as aulas, tem como ponto de partida o perfil traçado

para os concluintes do curso, perfil esse também definido com base na análise

das ocupações - específicas e atitudinais - que compõem as áreas profissionais

(ou de grupos de ocupações afins a um processo ou atividade produtiva) e das

competências exigidas aos profissionais da área.

28

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Ressalte-se que, além dos referencias das Diretrizes Curriculares

Nacionais (DCNs/MEC) de cada curso, esse trabalho preocupa-se em atender,

igualmente, às expectativas do indivíduo, do mercado e da sociedade, além de

levar em conta as condições e as demandas locais e regionais, assim como a

vocação e a capacidade de atendimento da Instituição. Assim sendo, para a

definição do perfil, considera-se também a importância de o profissional, além

de transitar em sua área específica, desenvolver competências diversas que

lhe trarão uma visão mais sistêmica do mundo atual e suas possibilidades,

garantindo-lhe poli-valência profissional. Para tanto, busca-se responder às

seguintes questões:

- o que esse profissional precisa saber: que conhecimentos são

fundamentais?

- o que ele precisa saber fazer: que competências/habilidades são

necessárias para o desempenho de sua prática profissional?

- o que ele precisa saber ser: que valores, atitudes, ele deve

desenvolver?

- o que ele precisa saber para agir: que atributos são indispensáveis à

tomada de decisões?

2.1.2.2 ELABORAÇÃO DA ESTRUTURA: A ORGANIZAÇÃO DAS MATRIZES

CURRICULARES

Deve-se lembrar de que um PPC baseado na Formação por

Competências considera que o conteúdo é meio e não fim. Isso significa que,

ao longo de todo o curso, são trabalhados temas abrangentes, utilizando

metodologias e atividades teóricas e práticas fundamentadas, significativas

para os alunos, o que prioriza a construção de conhecimentos e lhes dá

condições para ter, desde o início do curso, contato direto com sua futura área

profissional assim como uma visão da heterogeneidade constitutiva da

atualidade.

29

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Ao contrário dos currículos tradicionais, a concepção do curso não

prioriza o "esgotamento" de conteúdos e sim a formação integrada e

significativa para os alunos, orientada por um corpo docente qualificado,

constituído por profissionais altamente reconhecidos.

Por questões operacionais, as Matrizes Curriculares dos cursos são

organizadas em módulos semestrais e, em cada um deles, tendo como base as

competências esperadas dos egressos, são delineados os eixos condutores de

cada módulo. Essa organização sustenta o planejamento, as ações e a

avaliação do professor.

A partir daí, são definidas as Unidades de Estudo (Disciplinas), com

cargas horárias pré-estabelecidas. Nada impede, no entanto, que os alunos

sejam continuamente estimulados a pensar além das Unidades, uma vez que

os limites entre elas devem ser, necessariamente, indefinidos.

Para garantir aos alunos as condições de aquisição das competências

ao longo de sua formação e para facilitar o planejamento, o desenvolvimento

de atividades interdisciplinares significativas e o processo de avaliação, as

Unidades de Estudo são organizadas na forma de Temas. Definidos pelo

professor responsável juntamente com a equipe acadêmica, o(s)

coordenador(es) do curso e os demais professores do módulo, os Temas

devem privilegiar as competências gerais e específicas preestabelecidas,

abranger os conteúdos a serem trabalhados e ser interligados

transversalmente.

Característica importante do projeto é que, considerando as

particularidades de cada curso, é recomendável que nenhuma Unidade de

Estudo seja pré-requisito de outra.

2.1.2.3 IMPLANTAÇÃO: ATIVIDADES E METODOLOGIAS

Como o foco principal de um projeto baseado no modelo de Formação

por Competências é o aluno e seu trabalho em sala da aula ou em um

ambiente virtual, um dos principais pontos do planejamento de um curso e de

30

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

suas Unidades de Estudo/Disciplinas é a escolha das atividades e das

metodologias que serão empregadas. Para garantir sua integração e a

constante motivação do aluno, esse passo deve ser seguido continuamente, ao

longo do semestre, pelo conjunto de professores de forma participativa. Além

disso, deve-se garantir a diversidade de situações e atividades de

aprendizagem, sempre articuladas com as competências em construção e

desenvolvimento.

No planejamento das Unidades de Estudo/Disciplinas, em vez de se

partir de um corpo de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se

efetuam escolhas para cobrir os conhecimentos considerados mais

importantes, parte-se de situações concretas, na medida das necessidades

requeridas por essas situações.

Assim, elas devem contextualizar e problematizar os temas a serem

trabalhados de maneira prática, tendo como estratégias, entre outras, debates,

seminários, aulas expositivas dialogadas, discussões sobre filmes e obras

literárias, leituras direcionadas; sendo um de seus objetivos integrar os

conteúdos desenvolvidos nas outras Unidades de Estudo que compõem o

módulo (trabalho interdisciplinar). O trabalho dos alunos envolve, também,

visitas técnicas monitoradas, atividades complementares e estágio

supervisionado que inclui a elaboração de relatórios circunstanciados.

Uma ferramenta importante para o incremento do trabalho que objetiva

desenvolver competências são as TICs, uma vez que, inseridos na sociedade

do conhecimento e da informação, docentes e discentes podem manter,

através das delas, contato direto e instantâneo, formar uma rede colaborativa

de atividades em equipes, independentemente de onde os alunos e os

professores estejam, tornando a aprendizagem mais significativa, flexível e

perene.

A comunicação instantânea com os discentes, a utilização da rede social

Facebook como ambiente colaborativo e participativo para as comunicações e

as discussões dos temas abordados em sala de aula, a postagem de materiais

e a realização de fóruns de discussões, indicações de vídeos disponíveis no

YouTube, aproximam os conhecimentos acadêmicos à interação social que os

31

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

discentes desenvolvem junto às redes sociais, em sintonia com a moderna

tendência do ensino direcionado a identificar e suprir as necessidades

formativas de cada aluno.

Para elaborar um sistema modular por competências, é preciso

aprofundar as escolhas metodológicas. Estas devem pautar-se pela

identificação de ações ou processos de trabalho do sujeito que aprende e

devem incluir projetos provocados por desafios e/ou problemas, que coloquem

o aluno diante de situações simuladas ou, preferencialmente, reais. A escolha

também deve permitir ações proativas por parte do aluno, como as de pesquisa

e estudo de conteúdos que podem estar reunidos em unidades ou trabalhados

em seminários, ciclos de debates, atividades experimentais, laboratoriais e de

campo. As metodologias adotadas devem permitir a simulação ou realização

de situações concretas de trabalho, propiciando a integração dos

conhecimentos e o desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos.

Como exemplos, podem ser adotados Estudo de Caso e Problematização.

A combinação entre um determinado tipo de atividade a ser executada

no desenvolvimento de um Tema e a metodologia mais adequada para esse

caso é o ponto chave para o sucesso do trabalho docente.

2.1.2.4 COORDENAÇÃO DE CURSO E CORPO DOCENTE

Para que a proposta pedagógica se concretize com níveis de excelência

e a formação de seus alunos ocorra, de fato, dentro dos princípios da

Formação por Competências, a coordenação dos cursos deve ser exercida por

profissionais com formação acadêmica consolidada e reconhecida experiência

em suas respectivas áreas de atuação.

Norteado pelos princípios do Projeto Pedagógico Institucional, os

Coordenadores de Curso devem desempenhar um papel estratégico e ter,

como responsabilidades, o planejamento, a organização, o acompanhamento e

a avaliação de todos os processos do curso sob sua gestão. Com a orientação

e o suporte da equipe acadêmica e, juntamente com o corpo docente e tutores,

devem, ainda, propor e desenvolver conteúdos inovadores, novas tecnologias

32

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

educacionais, estratégias, atividades práticas de trabalho, utilizando as

metodologias mais adequadas e coerentes com a realidade, para que se

consiga alcançar, e mesmo superar, as expectativas dos alunos. Para isso,

deverá ter um perfil diferenciado. Ser líder e que contemple, além de

competências acadêmico-pedagógicas, indicadores de satisfação do corpo

discente, docente, e demais integrantes da equipe acadêmica.

Reuniões periódicas com o corpo docente devem provocar a reflexão

sobre as práticas pedagógicas adotadas, motivar a troca de experiências e

acompanhar o desenvolvimento do curso e o desempenho dos alunos.

O corpo docente é formado por professores titulados, especialistas ou

de reconhecida capacidade técnico-profissional, invariavelmente com produção

profissional/científica relevante. Devem, necessariamente, ter experiência

profissional no mercado de trabalho para que os ambientes educacionais

possam se transformar em um espaço de simulações e de discussões das

reais demandas dos alunos e da sociedade.

Além dessas características, no modelo de Formação por

Competências, o professor deixa de ser, ao contrário dos currículos

tradicionais, um "mero repassador de conteúdos e informações" e passa a ser

um facilitador e mediador das situações de aprendizagem. Deve ter, também,

os fundamentos e os conhecimentos necessários para o desenvolvimento das

atividades e para a reflexão sobre as ações desenvolvidas.

2.1.2.5 ACOMPANHAMENTO: GESTÃO DO CURSO

Em um projeto pedagógico baseado na Formação por Competências,

um dos pontos fundamentais para garantir o pleno desenvolvimento do curso é

a sua gestão. Em outras palavras, é o acompanhamento contínuo e a avaliação

reflexiva de todas as ações que acontecem no dia a dia, desempenhadas por

professores e alunos, a fim de estimular e capitalizar seus interesses.

Esse processo dinâmico difere, de maneira significativa, do que

acontece no desenvolvimento de cursos baseados em currículos tradicionais,

33

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

em que os professores se preocupam em cumprir, dentro de uma rígida carga

horária de aulas, o programa de conteúdos de uma determinada disciplina e os

alunos, por sua vez, acabam priorizando sua aprovação baseada,

simplesmente, em frequência e nota. Essa prática tem, como consequência, a

percepção do pouco aproveitamento do tempo de aula, uma vez que a teoria,

na maioria das vezes, não é acompanhada por atividades significativas que

demonstram sua aplicação prática. O resultado, muitas vezes observado, é a

falta de comprometimento e o afastamento dos alunos.

2.1.2.6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E DA FORMAÇÃO DOS ALUNOS

A avaliação é concebida como um processo contínuo, desenvolvido ao

longo de todo o semestre letivo, priorizando aspectos qualitativos relacionados

ao processo de aprendizagem e ao desenvolvimento do aluno, observados

durante a realização das atividades propostas. Não tem caráter punitivo nem

deve servir como forma de competição por melhores notas. Ao contrário, busca

aferir, não somente os conhecimentos adquiridos, mas também as

competências e habilidades que os alunos vão adquirindo.

Nesse sentido, é fundamental que o docente harmonize seu

planejamento e estratégias ao desenvolvimento dos alunos, uma vez que a

avaliação longe de ficar restrita a tarefas burocráticas de classificação

caracteriza-se por ser uma forma de aprendizado relacionada aos objetivos de

cada unidade de estudo.

O processo de avaliação objetiva, também, assegurar condições para

que o aluno supere eventuais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas

durante o desenvolvimento de cada módulo do curso. Para tanto, é condição

que os alunos participem ativamente do processo, inclusive com formas de

autoavaliação, para que possam, de maneira crítica, acompanhar a evolução

de sua aprendizagem e a aquisição de competências, bem como identificar

34

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

pontos a serem aprimorados, prática esta considerada imprescindível a uma

aprendizagem com autonomia.

Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas

tradicionais, em que é medida apenas a memorização de conteúdos

selecionados por um professor. Ao contrário da segmentação, os instrumentos

são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada módulo, visando ao

desenvolvimento inter e multidisciplinar.

Dentre os instrumentos, podem constar provas práticas e teóricas

integradas, pesquisas, relatórios de atividades, visitas técnicas, estudo de

casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os

produtos gerados pelos projetos desenvolvidos. Sugere-se, também, que se

privilegiem questões do tipo “situações- problema” para que o aluno tenha

noção do todo, levando-o a pensar, fazendo com que, na resposta, ele

demonstre saber raciocinar, compreender e interpretar.

O sistema de avaliação é composto de três frentes:

1ª FRENTE- Valendo 15% do total da nota, analisa a aquisição de

competências e habilidades do módulo e do curso como um todo.

Compõe-se de uma avaliação diagnóstica, preparada, em conjunto,

pelos professores no início do semestre. No decorrer do processo e com

base no que foi decidido, o professor preenche uma ficha avaliativa em

que registra o que observou a respeito de cada aluno individualmente.

Várias vezes até o final do módulo, a avaliação do professor é levada

para discussão coletiva do colegiado, quando se analisam o

desenvolvimento de cada aluno e se propõem medidas com o objetivo

sempre de incrementar o processo de aquisição de saberes e

competências.

2ª FRENTE – tendo o peso de 70% da nota final, centra-se nas

competências e habilidades específicas da unidade de estudo. No início

do módulo, é firmado um contrato didático entre docente e discentes. A

nota é dada com base nos critérios estabelecidos nesse contrato, o qual

35

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

pode conter vários indicadores, como: presença, pontualidade,

participação, comprometimento, provas práticas e teóricas, pesquisas,

relatórios, autoavaliação e outros mais que se fizerem pertinentes.

3ª FRENTE – Além das avaliações realizadas pelo corpo docente, existe

uma preocupação institucional com o desenvolvimento completo do

futuro egresso. Nesse sentido, são desenvolvidas avaliações externas,

de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica, docentes e

coordenação do curso. Com peso de 15% na nota final, tais avaliações

têm como objetivo principal desenvolver nos alunos competências

necessárias para posicionamento crítico diante dos acontecimentos

gerais, questões sociais, políticas, econômicas e ambientais.

Em suma, as práticas avaliativas devem ser vistas como um processo

contínuo, tendo, como prioridade, oferecer feedback ao aluno para que ele

tenha o domínio dos passos a serem seguidos, dentro de uma sequência de

conteúdos e temas integrados que lhe permitam desenvolver competências e

conhecimento.

2.1.2.7 AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CURSOS

Componente fundamental do processo de avaliação é o

acompanhamento contínuo, pela equipe pedagógica, do desenvolvimento de

cada curso, para garantir sua identidade e seu alinhamento aos princípios do

Projeto Pedagógico Institucional. Esse acompanhamento é sustentado pela

análise dos resultados dos instrumentos aplicados aos corpos docente e

discente, pela avaliação institucional e pelos coordenadores de curso. Com

essa dinâmica, atualizações e eventuais correções de rumo nas propostas

curriculares podem ser efetivadas de forma a não comprometer a qualidade do

desenvolvimento do curso e da formação dos alunos.

36

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Diversos indicadores podem auxiliar na avaliação do desenvolvimento

de cada curso e a partir dos resultados obtidos, medidas de reformulação e

atualização dos PPCs podem ser realizadas. Tais indicadores correspondem

às informações fornecidas pelos resultados da avaliação institucional, do

exame nacional de desempenho dos estudantes (ENADE) e relatórios das

comissões avaliadoras in loco, que nos fornecem subsídios para discutirmos o

PPI, avaliando desde a infraestrutura até o corpo docente da instituição.

Os itens da avaliação institucional que subsidiam as discussões dos

colegiados, núcleos docentes estruturantes e do Conselho Superior de Ensino

e Pesquisa (CONSEPE) são:

Avaliação do desempenho dos docentes pelos discentes, e

autoavaliação dos docentes;

Avaliação de desempenho de discentes pelos docentes, por turma,

quanto a comportamentos desejáveis de estudo e pesquisa;

Avaliação da Instituição por docentes e discentes;

Avaliação do curso pelos egressantes.

De acordo com as normas institucionais e, atendendo aos

procedimentos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

(SINAES/INEP), todos os cursos são submetidos aos processos de avaliação

interna da instituição, de sistematização e de coleta de informações,

conduzidos pela Comissão Própria de Avaliação (CPA). Essa avaliação é

composta por uma série de processos autoavaliativos que permitem o

levantamento e a análise das necessidades e deficiências de toda a

comunidade acadêmica. Na execução desses processos autoavaliativos são

sempre considerados os aspectos indicados nas dimensões estabelecidas pelo

INEP para a avaliação das condições de ensino dos cursos oferecidos, sendo

elas: o projeto pedagógico (o ensino, a pesquisa, a extensão e sua inter-

relação com a sociedade); a infraestrutura (instalações e serviços), os recursos

humanos (o corpo docente, discente e técnico-administrativo); os

equipamentos e materiais disponíveis (aspectos quantitativos e qualitativos) e a

gestão administrativa (sistemáticas adotadas nos procedimentos acadêmicos).

37

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

A construção de um Projeto Pedagógico para um curso não se esgota

na sua formalização escrita. Considerando o fato de que o projeto somente

ganha sentido quando em sintonia permanente com a realidade cotidiana,

vivenciada pelos sujeitos sociais que fazem parte da instituição, e ainda

considerando que tal realidade se constitui de um dinamismo que a torna

imprevisível, inacabada e mutável, o Projeto Pedagógico não pode ser visto

como inerte pronto e acabado. Ao contrário, igualmente a esta realidade que

objetiva configurar, também deve estar revestido de uma dinamicidade e

mutabilidade real, sem as quais o mesmo não se sustentará.

Os Projetos Pedagógicos propostos para os diferentes cursos

demandam constante acompanhamento a fim de assegurar a coerência

necessária entre os seus princípios e suas realizações cotidianas. Nesse

sentido, é imprescindível que se realize avaliação contínua, estimulando o

debate em torno de seus eixos centrais, promovendo, dessa forma, um

processo permanente de (re)construção do curso.

2.1.2.8 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

A elaboração e apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

é um dos requisitos para a obtenção do certificado de conclusão de curso.

Trata-se da redação de trabalho acadêmico, realizado sob orientação de um

professor, escolhido pelo aluno com base nas temáticas trabalhadas nos

diferentes componentes curriculares de cada curso. Os resultados obtidos

deverão ser organizados e apresentados de acordo com as normas previstas

nos projetos individuais de cada curso, respeitando as orientações que estão

compiladas no Manual UNIFEOB para Trabalhos Acadêmicos.

Foi planejado para que possa refletir, de fato, a produção dos alunos,

incentivando sua criatividade, sua capacidade de estudo, seu crescimento;

evidenciando, assim, as competências conquistadas ao longo do curso.

Considerado como um processo para o amadurecimento do aluno que se dá ao

38

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

longo de seu curso, seja no que diz respeito à sua formação ou especialização,

o objetivo primordial do TCC é proporcionar ao aluno a oportunidade de:

- organizar os conhecimentos que adquiriu sobre um determinado

assunto dentro das áreas estudadas;

- aplicar procedimentos de análise, interpretação de texto e

metodologias de pesquisa;

- iniciar-se na pesquisa acadêmica e científica para sua formação

continuada em cursos de pós-graduação que exijam a capacidade de

elaboração de projetos, monografias e teses.

Além dos objetivos formalmente estabelecidos e já citados, o TCC vem a

complementar a formação do aluno no sentido de integrar os conhecimentos

adquiridos durante o curso, tanto no que se refere à parte teórica como à

prática vivenciada durante sua participação nos estágios supervisionados e

projetos desenvolvidos no curso, e iniciá-lo em relação à produção e

transmissão de conhecimento científico na área educacional.

O TCC pode ser o resultado de uma pesquisa bibliográfica apenas, em

que as reflexões de diferentes autores sobre um tema são compiladas,

interpretadas, comparadas e discutidas. Importante ressaltar que não se trata

de mera compilação de textos, ou seja, não é uma série de cópias, resumos e

opiniões pessoais, mas sim um trabalho criterioso, sério, que contrapõe e

analisa pontos de vista variados a respeito de um mesmo assunto.

Também pode ser fruto de uma pesquisa que envolve, além de uma

base teórica, uma atividade prática no tratamento de um problema, atividade

essa que pode ser desenvolvida através de pesquisa de campo, estudo de

caso, entrevistas etc, implicando sempre uma análise qualitativa de dados.

Realizar um trabalho, ou tecer considerações sobre algo que se

elaborou tem representações simbólicas e estas podem ser consideradas de

forma muito positivas para a vida do futuro profissional. Apresentar uma nova

ideia, expor-se, mostrar as próprias ações, pensamentos e estilo próprio

contribuem também para a autoestima do aluno e para os docentes do curso

pelos resultados que apresentam.

39

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

2.2 ARTICULAÇÃO ENTRE OS PPC, PDI E O PPI

O UNIFEOB tem clareza de que todas as variáveis inerentes ao

processo de ensino-aprendizagem no interior de uma instituição educativa

vinculada a um sistema educacional é parte integrante do sistema sócio-

político-cultural e econômico do país.

Cada um destes seguimentos possui seus valores, direção, opções,

preferências e prioridades que se traduzem e se impõem por meio de normas,

leis, decretos, propagandas, burocracias, ministérios e secretarias. Nesse

sentido, reconhecemos que a qualidade necessária e exigida sofre influências

de um conjunto de determinantes que configuram os instrumentos da educação

formal e informal e o perfil do alunado.

É com esse entendimento que se propõe uma política consistente para o

UNIFEOB, que corresponda às mudanças exigidas das instituições de ensino

superior dentro do cenário mundial e do país e que demonstre uma nova

postura que faça frente às expectativas e demandas sociais, concebendo um

Projeto Pedagógico com currículos mais flexíveis e atualizados, com

ferramentas que coloquem em ação as diversas propostas para a formação do

profissional cidadão.

Ao colocar a qualidade como tema central, gerador da proposta para a

formação dos discentes tem-se por finalidade a construção de um processo

coletivo de articulação de ações voltadas para a formação competente dos

profissionais.

Assim, torna-se imprescindível a inter-relação entre o Projeto Político

Pedagógico (PPC) e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),

principalmente, em relação às questões de ordem didático-pedagógica, como

expressão da qualidade social desejada para o cidadão a ser formado como

profissional. Além das peculiaridades próprias do curso, dever-se-á construir

40

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

um conjunto de características com base nos pressupostos institucionais que

confiram um perfil de identidade própria.

Portanto, além de um acurado compromisso com a missão institucional,

o curso deverá ter clareza a respeito de sua missão, dos mercados a que se

dirige e sua dinâmica, do perfil do profissional que oferecerá a esses mercados.

Isso implica uma orientação para garantir a inserção dos graduados no

mercado de trabalho, o que inclui o desenvolvimento da capacidade de

continuar a aprender e se adaptar a novos desafios, e não mais, como no

passado, a preparação para um emprego ou ocupação com um perfil rígido e

determinado. Assim, o curso deve proporcionar a formação de indivíduos

capazes de se ajustarem de forma flexível às mudanças no mercado de

trabalho e de continuar a se aperfeiçoar, desenvolvendo o espírito

empreendedor e crítico.

Considerando que o egresso poderá atuar em situações adversas é

importante que seja capaz de desenvolver habilidades instrumentais básicas,

especialmente em comunicação e expressão, informática e nas diversas áreas

do conhecimento, além das comuns ao exercício da profissão propriamente

dito.

Finalmente, o curso deverá ter como meta consolidar-se como o melhor

no gênero, definindo seu perfil e o mercado ao qual se dirige. Isso vale tanto

para a definição do perfil de alunos quanto dos docentes envolvidos e o

estabelecimento da matriz curricular para que possa atender o que está

preconizado nos documentos institucionais, como ser capaz de proporcionar

uma formação adequada para que se formem profissionais competentes,

criativos, autônomos, capazes de empresariar a si mesmos e encontrar saídas

e mercados para aplicar e desenvolver seus talentos e habilidades.

Nesse sentido, a criação e manutenção do curso está em consonância

com os objetivos estabelecidos pelo UNIFEOB em seu Projeto Pedagógico

Institucional (PPI), que valoriza o desenvolvimento do livre pensar e do

conhecimento como instrumentos de transformação da realidade social, bem

como de seu PDI, onde se destaca como posicionamento estratégico da

instituição investir no desenvolvimento da empregabilidade de seus formandos.

41

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

2.3 GESTÃO INSTITUCIONAL: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Segundo o estatuto do UNIFEOB, as instâncias coletivas de deliberação

são: Colegiado de Curso, Núcleo Docente Estruturante (NDE), Conselho

Universitário (CONSUNI), Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

(CONSEPE) e Reitoria.

Cada curso conta com um Colegiado de Curso ao qual compete definir o

perfil profissiográfico; elaborar as estruturas curriculares e suas reformulações;

definir o conteúdo das unidades de estudo/disciplinas que constituem o

currículo do curso; promover a supervisão didática do curso; decidir sobre o

aproveitamento de estudos e adaptação de disciplinas, mediante requerimento

dos interessados ou referendar decisão do coordenador; propor à coordenação

providências necessárias à melhoria do ensino ministrado no curso. Cabe,

ainda, ao Colegiado, dentre outras, as seguintes atribuições: fixar normas

gerais para o desenvolvimento dos planos de ação pedagógica das unidades

de estudo, observando o perfil do profissional a ser formado e as diretrizes

fixadas pelo projeto do curso; aprovar os planos de ensino elaborados pelos

docentes; manifestar-se sobre as propostas de aproveitamento de estudo e

adaptação de disciplinas; aprovar os horários de aula do curso; manifestar-se

sobre programas e atividades complementares de ensino, pesquisa e

extensão, no âmbito do curso; manifestar-se sobre o planejamento anual das

atividades do curso.

O Colegiado do curso é presidido pelo coordenador e composto por

todos os professores e representante do corpo discente. A escolha do

representante discente no Colegiado é realizada por seus pares.

O NDE é um órgão consultivo da coordenação de curso, responsável

pelo processo de concepção, consolidação e contínua atualização do Projeto

Pedagógico.

São atribuições do Núcleo Docente Estruturante, entre outras: contribuir

para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso; zelar pela

42

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de ensino

constantes no currículo; indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de

linhas de pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de

exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas

relativas à área de conhecimento do curso; zelar pelo cumprimento das

Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação; atualizar

periodicamente o projeto pedagógico do curso; conduzir os trabalhos de

reestruturação curricular quando necessário; supervisionar as formas de

avaliação e acompanhamento do curso definidas pelo órgãos reguladores;

analisar e avaliar os Planos de Ensino dos componentes curriculares; promover

a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os eixos estabelecidos

pelo projeto pedagógico; acompanhar as atividades do corpo docente; exercer

as demais atribuições que lhe são explícita ou implicitamente conferidas pelo

Regimento da IES, bem como pela legislação e regulamentos a que se

subordine.

A composição do NDE deve atender, no mínimo, aos seguintes

requisitos: ter como seu presidente o(a) coordenador(a) do curso; ser

constituído por no mínimo 05 (cinco) professores pertencentes ao corpo

docente do curso; ter, pelo menos, 60% de seus membros com titulação

acadêmica obtida em programa de pós-graduação stricto sensu; ter todos os

seus membros em regime de trabalho de tempo parcial ou integral, sendo pelo

menos 20% em tempo integral; ter, pelo menos 60% dos seus membros com

formação acadêmica na área do curso.

O NDE reunir-se-á ordinariamente duas vezes por semestre, por

convocação de seu Presidente e, extraordinariamente, sempre que convocado

por este ou pela maioria de seus membros titulares.

O Conselho Universitário (CONSUNI), instância máxima de natureza

consultiva e deliberativa, é constituído por: Reitor, seu Presidente; Pró-

Reitores; um representante da Mantenedora; cinco representantes do corpo

docente; um representante do corpo técnico-administrativo; um representante

do corpo discente; um representante da comunidade. Dentre as competências

do CONSUNI estão: decidir sobre propostas de alteração do Estatuto e do

43

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Regimento Geral; fixar as diretrizes e políticas gerais do Centro Universitário;

aprovar o plano anual de atividades do Centro Universitário; aprovar o relatório

anual da Reitoria; criar e extinguir cursos de graduação e pós-graduação;

regulamentar a criação e oferta de cursos de Pós-Graduação; aprovar projetos

de desenvolvimento do Centro Universitário; apreciar os recursos interpostos

de decisões dos demais órgãos, em matéria didático-científica, administrativa e

disciplinar; aprovar o Regimento Geral e fixar normas complementares sobre

as matérias de sua competência.

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) é órgão

central de supervisão das atividades didático-científicas de ensino, pesquisa e

extensão. Tem competência deliberativa, normativa e consultiva e é integrado:

pelo Reitor, seu Presidente; pelos Pró-Reitores, pelos Coordenadores de

Cursos; por dois representantes do corpo docente; e por um representante do

corpo discente.

Dentre as competências do CONSEPE estão: elaborar as diretrizes e

políticas do ensino, da pesquisa e da extensão, para aprovação do CONSUNI;

fixar normas complementares ao Regimento Geral sobre as matérias de sua

competência; estabelecer normas sobre a realização, e o funcionamento dos

cursos de graduação, pós-graduação e extensão; expedir atos normativos

referentes a assuntos acadêmicos; deliberar sobre questões acadêmicas que

lhe sejam submetidas, inclusive as relativas ao pessoal docente; decidir sobre

propostas, indicações ou representações, em assunto de sua esfera de ação;

estabelecer critérios para elaboração e aprovação de projetos de pesquisa, de

iniciação científica e programas de extensão; aprovar o currículo pleno de cada

curso de graduação e de pós-graduação, bem como suas modificações; editar

normas sobre processo seletivo e número de vagas para matrícula inicial nos

cursos de graduação, e de extensão; propor e manifestar-se sobre proposta de

criação de cursos de graduação, pós-graduação e de extensão; deliberar sobre

a reforma do Estatuto e do Regimento Geral, no que se refere ao ensino, à

pesquisa e à extensão; emitir, promover e coordenar seminários, grupos de

estudo e outros programas para aperfeiçoamento de seus quadros docentes; e

propor a criação de comissões de estudos e trabalho.

44

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

A Reitoria é o órgão executivo incumbido de coordenar e fiscalizar as

atividades do Centro Universitário, e é composta pelo Reitor e pelos Pró-

Reitores.

Dentre as atribuições do Reitor estão: dirigir e administrar o Centro

Universitário; representar o Centro Universitário, junto a pessoas ou instituições

públicas ou privadas; autorizar pronunciamentos públicos que envolvam, de

qualquer forma, o Centro Universitário, bem como a realização, em seu recinto

ou sob seu patrocínio, de programas culturais, artísticos ou científicos; firmar

convênios, acordos ou contratos; convocar e presidir as reuniões dos

colegiados superiores; baixar atos normativos e resoluções decorrentes das

decisões dos colegiados superiores; apresentar o Plano de Carreira Docente e

Técnico-Administrativo, submetendo-o ao CONSUNI e encaminhando-o à

Mantenedora; submeter aos Colegiados Superiores representações e recursos;

articular-se com os dirigentes do Centro Universitário para resolver assuntos

administrativos ou pedagógicos, decidindo ad referendum dos colegiados

superiores.

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

3. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

CURSO Ciências Biológicas Licenciatura

NÚMERO DE VAGAS: 60 TURNO: NOTURNO

CARGA HORÁRIA: 2890 horas

MODALIDADE

BACHARELADO X LICENCIATURA TECNÓLOGO

INTEGRALIZAÇÃO Tempo máximo: 05 anos

Tempo mínimo: 03 anos

CAMPUS II

ENDEREÇO Avenida Dr. Octávio Bastos, 2439, Jardim Nova São João

ANO DE IMPLANTAÇÃO

DO CURSO 2013

3.1 IDENTIFICAÇÃO LEGAL DO CURSO

O presente projeto pedagógico foi elaborado em consonância com a Lei

n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da

Educação Nacional do Brasil; com a Resolução Resolução CNE/CP nº 1/02,

Resolução CNE/CP nº 2/02, Parecer CNE/CES nº1.301/01 e Resolução nº

213/10 do Conselho Federal de Biologia, que dispõe sobre as Diretrizes

Curriculares Nacionais do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura; com a

Resolução CNE/CP n° 1/2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais

para formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso

de Licenciatura e de Graduação plena; e com a resolução CNE/CP n° 2/2002,

46

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

que estabelece a carga horária dos cursos de Formação de Professores da

Educação Básica em nível superior, curso de Graduação Plena e também com

a Portaria de Reconhecimento Nº. 721, de 04 de junho de 2009.

Além disso, está em consonância com o Plano de Desenvolvimento

Institucional (PDI) da Fundação de Ensino Octávio Bastos (UNIFEOB), na

medida em que compartilha do princípio de que o currículo

reflete a concepção do educando e da sociedade que se almeja

conceber. Infere na maneira de organizar toda a estrutura de trabalho

da Instituição bem como a postura dos educadores, a organização

dos conteúdos e a metodologia de trabalho, buscando contemplar um

ensino e formação profissional de excelência. Expressa a construção

social do conhecimento e sistematiza os meios pelos quais ela se

realiza. Recorre à realidade contextual em que estão inseridos seus

alunos para sua organização. Preocupa-se com o perfil do

profissional que se deseja formar, tendo em vista cursos e programas

que possibilitem a formação profissional competente do cidadão para

atuar em sua área e nos processos de transformação social, gerando

alternativas eficientes para defrontar conjuntos de problemas e de

questões advindas da contemporaneidade. Supera as práticas

conservadoras abrigadas na rigidez dos currículos mínimos,

rompendo com o paradigma da realidade de ensino decorrente de

elevada carga horária e da falta de moderação com o número de

disciplinas. Propõe uma formação integral que torna possível a

compreensão das relações de trabalho, de propostas sociopolíticas

de transformações da sociedade, de questões referentes ao meio

ambiente e à saúde, objetivando a construção e o desenvolvimento

de uma sociedade local e regional sustentável.

Assim, esta nova proposta foi construída em conjunto com a

comunidade acadêmica do curso de Ciências Biológicas do UNIFEOB que tem

como princípio uma ampla formação acadêmica de cunho crítico quanto ao

desenvolvimento de competências necessárias ao exercício docente e à

pesquisa acerca do ensino-aprendizagem nas questões que tangem a vida,

processos evolutivos e aspectos sócios ambientais.

47

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

3.2 HISTÓRICO, JUSTIFICATIVA, CONCEPÇÃO DO CURSO

Este projeto pedagógico parte da necessidade de uma atualização

curricular visando a adequar a formação de nosso aluno às novas exigências

do mercado de trabalho da região de São João da Boa Vista e também às

diretrizes estabelecidas pelo MEC no que tange à educação de nível superior.

Para atuar nessa esfera de espaços e sociedade em transformação, há

necessidade de um licenciado qualificado para interagir em situações

heterogêneas e complexas; nesse aspecto, o Curso de Ciências Biológicas

Licenciatura do UNIFEOB, empreendeu esforços para ofertar um curso capaz

de formar profissionais preparados para a atuação na educação no contexto

regional e convicto sobre as possibilidades de interação com as complexas

transformações socioeconômicas e culturais contemporâneas. Hoje, tem-se

clareza de que as Licenciaturas, impulsionadas não só pela voz da sociedade,

que começa a se conscientizar do direito à qualidade do ensino, mas também

pela rapidez dos avanços tecnológicos, e pela disseminação em tempo real dos

conhecimentos, necessitam voltar-se para o alcance da “qualidade” de suas

ações, uma vez que, por intermédio de seus egressos, futuros professores da

educação básica, colaborarão com a melhoria da educação como um todo.

Com essa preocupação, foi traçada a Política Nacional de Formação de

Profissionais do Magistério da Educação Básica cujos objetivos estão descritos

no Art. 3o. do Decreto 6.755/2009 e que, resumidamente, voltam-se para:

a promoção da melhoria da qualidade da educação básica pública;

o apoio à oferta e à expansão de cursos de formação inicial e continuada

a profissionais do magistério pelas instituições públicas de educação

superior;

a busca da equalização das oportunidades em território nacional de

formação inicial e continuada dos profissionais do magistério;

48

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

a valorização do docente, mediante ações de formação inicial e

continuada que estimulem o ingresso, a permanência e a progressão na

carreira;

a ampliação de oportunidades de formação voltadas para o atendimento

das políticas de educação especial, alfabetização e educação de jovens

e adultos, educação indígena, educação do campo e de populações em

situação de risco e vulnerabilidade social;

a formação de professores na perspectiva da educação integral, dos

direitos humanos, da sustentabilidade ambiental e das relações étnico-

raciais, com vistas à construção de ambiente escolar inclusivo e

cooperativo;

a promoção da atualização teórico-metodológica nos processos de

formação dos profissionais do magistério, inclusive no que se refere ao

uso das tecnologias de comunicação e informação nos processos

educativos; e

a busca de uma real integração da educação básica com a formação

inicial docente, assim como reforçar a formação continuada como prática

escolar regular que responda às características culturais e sociais

regionais.

Assim, o Curso de Ciências Biológicas Licenciatura do UNIFEOB

trabalha em sentido da missão institucional pelo fortalecimento do sistema

nacional de educação e pela melhoria das condições de vida dos brasileiros,

oferecendo estruturas e orientando atividades acadêmicas para a graduação

de profissionais licenciados, competentes na aplicação dos conhecimentos

técnico-científicos e dos métodos de ensino. Além disso, apresenta seu projeto

atualizado pela discussão colegiada, pois a produção científica e a legislação

educacional são parâmetros na produção dos planos de ensino para

desenvolver formas de intervenção que garantam a eficácia do aprendizado, a

compreensão dos processos biológicos que permeiam a vida e seu entorno.

Seguindo essa realidade, as diretrizes curriculares nacionais e a filosofia e os

objetivos norteadores dos projetos pedagógicos de nossa instituição, o Curso

49

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

de Ciências Biológicas Licenciatura propõe um novo currículo para o curso em

vigor a partir de 2013, delineado nos próximos itens.

HISTÓRICO

O Curso de Ciências Biológicas do UNIFEOB foi implantado em 2005, com

base no Decreto DECRETO Nº 5.773, DE 9 DE MAIO DE 2006, que permitiu

autonomia aos Centros Universitários para abertura de Cursos, sem

necessidade de autorização prévia, no entanto o CONSUNI autoriza por meio

da Resolução 03/2004 e Portaria da Reitoria 04/2004 a abertura da

Licenciatura em Ciências Biológicas.

O primeiro vestibular para Ciências Biológicas Licenciatura foi realizado

em 2004, sendo que iniciou suas atividades em 2005. Sua primeira turma se

formou em 2007,de acordo com o Artigo 63 da Portaria Normativa nº 40 de

12/12/2007 publicada no DOU de 13/12/2007, sendo reconhecido pela Portaria

nº 721 de 06/2009.

O curso foi oferecido até o ano de 2010 no formato tradicional seriado

semestral, no entanto a baixa demanda para os cursos de licenciatura resultou

em não oferecimento e abertura de novas turmas nos anos de 2011 e 2012.

Em 2012 a Instituição entende a necessidade de se manter os cursos de

Licenciatura, havendo, portanto uma reorganização do seu olhar pedagógico,

implantando o Projeto Institucional de Formação por Competências, assim o

Curso de Ciências Biológicas e demais cursos foram totalmente reestruturados

e passaram a ser ofertados no modelo modular à partir de 2013.

O curso foi concebido a partir da verificação da necessidade de se

proporcionar, à comunidade da área de abrangência da região de São João da

Boa Vista, a possibilidade de contar na esfera do Ensino Superior com um

curso que, a par da graduação específica em Licenciatura, pudesse formar

profissionais competentes na área de Biologia, visto entender ser esta uma das

áreas prioritárias para alavancar o processo de desenvolvimento do país e de

interesse local e regional para manter e aumentar seu nível de

desenvolvimento sócio ambiental.

50

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Assim, o projeto pedagógico parte da realidade do mercado de trabalho,

que cada vez mais exige profissionais criativos, autônomos, capazes de buscar

a solução de problemas impostos pelo dia-a-dia; e, no caso específico dos

trabalhadores em educação, que saiba atuar de maneira interdisciplinar, que

transite entre várias áreas do conhecimento com propriedade e que seja capaz

de buscar permanentemente sua formação. Propõe-se, então, um curso de

Ciências Biológicas que não se limite a oferecer uma elevada carga horária

destinada aos conteúdos específicos da área, mas, mais do que isso, que abra

espaço para a formação de profissionais capazes de responder às

necessidades da Educação na atualidade.

O presente curso estrutura-se de maneira a garantir a formação

específica na área de Biologia, oferecendo ao egresso a competência

necessária para atuar como Professor de ciências e biologia, nos Ensino

Fundamental e Médio, proporcionando, também, formação complementar

capaz de prover os subsídios necessários à atuação interdisciplinar do

profissional da Educação.

JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento tecnológico e diversas ações antrópicas tem sido

apontados como um das principais causas de desequilíbrios ambientais.

Considerando a atual preocupação mundial com conservação e

sustentabilidade ambiental, torna-se necessário formar cidadãos aptos a

compreender, refletir e agir a partir de uma visão ambientalmente responsável.

Assim, a implementação de um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

se justifica por atender às disposições regidas pelas políticas públicas da

educação nacional, bem como por contribuir para o desenvolvimento local e

regional de forma sustentável.

Nesse contexto regional, os profissionais da área de Ciências Biológicas

atuam prioritariamente no ensino em escolas públicas e privadas, que atendem

a alunos oriundos, em sua maioria, de famílias de classe trabalhadora. Os

profissionais formados nesta área do conhecimento têm papel preponderante

51

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

nas questões que envolvem o conhecimento da natureza”. Para tanto, este

curso deverá abranger conhecimentos relativos às áreas das ciências: exatas,

da terra e humanas, tendo a evolução como eixo integrador, proporcionando o

conhecimento dos processos evolutivos e organizacionais dos seres vivos

através dos tempos e a possibilidade de reflexão sobre eles, visando a um

futuro melhor.

Desta forma, pretende-se atender à demanda regional por Biólogos

Licenciados e que possam atuar nas Escolas da Rede Pública e Privada do

ensino fundamental e médio, e como educadores desenvolverem o interesse

pelos seres da natureza, promovendo a educação ambiental, atualmente tão

necessária. Podem ainda atuar em Empresas, Prefeituras, Bosques, Parques e

Jardins, Zoológicos, Organizações de Proteção à Natureza, Institutos de

Pesquisa e Instituições de Ensino Superior.

4 PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CURSO

O curso de Ciências Biológicas proposto tem como diretriz básica a formação

generalista do profissional com ênfase nas questões ambientais, de vital

importância social, destacando a preservação do meio ambiente, a educação

ambiental, a ecologia, a biotecnologia, a conservação e o manejo ambiental.

Tem como finalidade o desenvolvimento de temas fundamentais na formação

do biólogo que incluem a compreensão dos processos evolutivos, a

diferenciação dos seres vivos, as relações entre os organismos e o meio

ambiente e preservação ambiental, relacionando-os a aspectos econômicos,

políticos, culturais e sociais.

Levando-se em consideração o perfil do profissional que se pretende formar, é

fundamental que a estrutura curricular seja adequada à visão generalista que o

futuro Biólogo deve ter. Desta forma, o Curso de Ciências Biológicas

UNIFEOB propõe a condensação de disciplinas que apresentam um conteúdo

programático similar, evitando que o aluno fique com uma visão

compartimentalizada das unidades de estudo apresentadas. No intuito de

cimentar a visão global da Biologia para o aluno, as disciplinas serão

oferecidas de forma única, não dividindo os conteúdos em unidades básicas,

52

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

especiais, aplicadas ou por tópicos. O enfoque que se pretende configurar a

uma determinada unidade de estudo, será informado aos alunos durante todas

as aulas, através de exemplos e trabalhos complementares.

Cabe ressaltar que a estrutura curricular proposta estará vinculada à Avaliação

do discente, uma vez que será imprescindível o trabalho extra-classe como

revisão de literatura, confecção e elaboração de projetos de pesquisa e

extensão para que o perfil do profissional a ser formado pelo curso possa ser

alcançado.

Todas as disciplinas propostas terão como linha diretriz a abordagem

generalista dos conceitos tratados de forma relacionada aos fenômenos

observados e vivenciados no cotidiano dos alunos, possibilitando a

multidisciplinaridade do conhecimento, sem que o mesmo seja trabalhado de

forma superficial, garantido uma sólida formação básica. Para tanto, os

docentes deverão fazer uso de atividades práticas desenvolvidas em campo

(áreas verdes dos campi da UNIFEOB, praças, jardins, bosques, fazendas,

escolas e hospitais), a partir das quais poderão ser levantados

questionamentos que fundamentarão a discussão dos conceitos pertinentes à

disciplina. Desta forma, pretende-se estimular o aluno ao estudo das diversas

áreas da biologia, tornando possível o intercâmbio de informações entre as

diversas disciplinas do curso proposto. A proposta pedagógica abre espaço

para a realização de Debates, Seminários e Projetos Temáticos, ao longo dos

períodos letivos, sobre temas abrangentes e de importância social, que possam

ser úteis para reforçar o papel do biólogo, discutir a importância dos assuntos

tratados nas disciplinas para a formação do mesmo e reafirmar a necessidade

de uma visão global da biologia e da educação ambiental.

O curso pretende estimular a vivência acadêmica do futuro profissional através

de atividades teórico práticas nas disciplinas, monitoria supervisionada,

apresentação de trabalhos em Congressos e Reuniões Científicas, além de

inserir o aluno de Ciências Biológicas em atividades de extensão em

desenvolvimento no Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio

Bastos, como o Projeto de Reciclagem de Resíduos Sólidos, Centro de Ciência

Bioespaço e atividades na Fazenda Escola da UNIFEOB.

53

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

O Curso de Ciências Biológicas proposto deverá promover situações de

interação entre docentes, discentes e a comunidade regional para o estudo da

biologia de uma forma plena e integrada, propiciando a vivência em campo e

laboratório dos assuntos pesquisados, buscando sempre que possível difundir

os conhecimentos pela sociedade de São João da Boa Vista e região.

4.1 REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO

O acesso ao curso de Ciências Biológicas, assim como aos demais

cursos de graduação do UNIFEOB, depende do limite de vagas oferecidas e

autorizadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE.

Levando em conta a ênfase em sua missão de formar pessoas e

cidadãos conscientes da importância do desenvolvimento sociocultural, o

UNIFEOB inovou criando um Vestibular diferenciado, que transformou o

vestibular tradicional de provas objetivas/discursivas em um processo seletivo,

em que o vestibulando exercita sua capacidade de raciocínio, reflexão, leitura e

criatividade por meio de questões dissertativas e redação.

Estando esgotadas as listas de classificados do curso, há uma segunda

avaliação do Processo Seletivo para preenchimento das vagas remanescentes,

realizada em período posterior e que também classifica os candidatos inscritos

pelas médias gerais do Histórico Escolar do Ensino Médio e pela nota obtida na

Prova de Redação do UNIFEOB.

As inscrições para o Processo Seletivo - Vestibular são abertas através

de Edital da Reitoria, publicado no Diário Oficial da União e fixado nos quadros

de avisos nas dependências dos dois campi e no site

www.unifeob.edu.br/vestibular , constando os cursos e habilitações oferecidas

com as respectivas vagas, os prazos de inscrição, a documentação exigida no

ato de inscrição no processo seletivo, a relação das provas, os critérios de

classificação e demais informações úteis.

As condições de operacionalização do processo seletivo são

disciplinadas pela Comissão Central do Processo Seletivo, ouvidas as

54

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Diretorias Executivas de Gestão do Ensino Superior e da Dinâmica

Universitária da própria instituição;

Os pré-requisitos mínimos para acesso à graduação são:

a) Conclusão do Ensino Médio ou equivalente;

b) Classificação em processo seletivo próprio ou outra forma de acesso

que vier a ser estabelecida em Edital pelos órgãos educacionais

competentes e/ou através do Programa Universidade para Todos –

PROUNI/MEC.

Na classificação obtida no processo seletivo, considerar-se-á que:

a) A classificação será pela ordem decrescente dos resultados obtidos,

sem ultrapassar o limite de vagas fixado, sendo eliminados os

candidatos que obtiverem nota zero, bem como os que não obtiverem a

nota mínima exigida na prova de redação, estabelecida pela Portaria –

MEC n° 391, de 07 de fevereiro de 2002, e conforme critério de pontos

aprovado pelo CONSEPE.

b) A classificação obtida será válida para a matrícula no ano letivo para o

qual se inscreveu, tornando-se nulos seus efeitos se o candidato

classificado deixar de requerê-la ou, em o fazendo, não apresentar a

documentação exigida nos prazos estabelecidos.

A divulgação da classificação do processo seletivo e das chamadas

subsequentes são sempre públicas.

Em caso de desistência da matrícula de candidato aprovado em

processo seletivo, classificado em primeira chamada, far-se-ão tantas

chamadas quantas necessárias dentre os aprovados, sempre em ordem

decrescente, até o preenchimento das vagas disponíveis.

Para viabilizar o acesso e permanência ao candidato portador de necessidades

especiais previsto na Constituição e legislação específica, e garantir a

igualdade de condições para o pleno desempenho acadêmico, os candidatos

portadores de algum tipo de necessidade especial (física, visual ou auditiva,

e/ou sensorial) deverão comunicar suas condições e informar os recursos e o

55

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

tipo de atendimento de que necessita à Coordenação da Comissão Central do

Processo Seletivo - CCPS antes de efetuar sua inscrição para quaisquer dos

módulos previstos no processo seletivo. A partir deste contato, a UNIFEOB

estudará alternativas para atender as reivindicações, segundo as suas

possibilidades. Sem a comunicação prévia a UNIFEOB não poderá garantir a

inclusão do candidato dentro do Programa Institucional de Atendimento ao

Portador de Necessidades Especiais (PIADNE).

56

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

5 PERFIL PROFISSIOGRÁFICO DOS EGRESSOS

Em seu PDI, o UNIFEOB afirma que:

o perfil desejado, de responsabilidade do UNIFEOB, deve estar no âmbito

do perfil brasileiro, refletindo as características regionais e a potencialidade

dos cursos oferecidos. O mesmo deve ser definido a partir dos fatores

inerentes à realidade que permeia a profissão e que é relevante à formação

profissional. Torna notável o conhecimento e a disseminação dos

fundamentos da cidadania utilizando formas contemporâneas de linguagem

e de competência dos princípios científicos e tecnológicos que alicerçam a

realização da vida, especialmente da época em que vivemos.

Logo, assume a formação cidadã e profissional de um ser humano capaz de

dar continuidade a seu aprendizado de forma participativa e responsável,

integrado ao intento da sociedade da qual faz parte, e crítico de suas

mazelas.

Desta maneira, o presente curso objetiva formar o profissional de Ciências

Biológicas para atuar na Educação – Escolas de Ensino Fundamental e Médio, das

redes pública e privada – e que, além disto, possa atuar como cidadão de maneira

autônoma e crítica da realidade social na qual está inserido.

O profissional deverá estar capacitado ao exercício do trabalho de Ciências

Biológicas em todas as suas dimensões, que supõe amplo domínio da natureza e do

conhecimento biológico e, deverá se tornar abrangente transformador da realidade

presente, na busca de melhoria da qualidade de vida; sob parâmetros bioéticos

legais. O mesmo deve ainda ser capaz de absorver novas tecnologias e a manipular

mídias, estimulado pelas potencialidades das Ciências Biológicas sempre visando o

atendimento às demandas da sociedade.

O Licenciado deverá ter consciência de sua responsabilidade como educador,

estando apto a atuar multi e interdisciplinarmente, preparado para desenvolver

ideias inovadoras e ações estratégicas. Este profissional será capacitado a atender

às necessidades do ensino fundamental (séries finais) e médio em escolas públicas

e privadas, trabalhando o conteúdo de forma integrada, estimulando o raciocínio

crítico e a criatividade dos alunos no que se refere às questões fundamentais das

57

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

ciências naturais, tendo o papel de contribuir para construção do conhecimento

científico dos alunos, vinculando esse conhecimento a questões práticas da

realidade local e incentivando projetos curriculares voltados para a temática

científico-tecnológica da área de Ciências e Biologia.

De acordo com o Parecer CNE/CES nº 1301/2001, de 06/11/2001, e demais

orientações regimentais, o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas está

estruturado de forma a qualificar os seus graduados para o desenvolvimento do

processo ensino-aprendizagem relacionados ao Ensino Fundamental e Médio.

Portanto, o currículo do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas foi organizado

de modo a formar o egresso:

- Generalista, crítico, ético e cidadão, com espírito de solidariedade;

- Detentor de adequada fundamentação teórica, como base para uma ação

competente, que inclua o conhecimento profundo da diversidade dos seres vivos,

bem como sua organização e funcionamento em diferentes níveis, suas relações

filogenéticas e evolutivas, suas respectivas distribuições e relações com o meio em

que vivem;

- Consciente da necessidade de atuar com qualidade e responsabilidade em prol da

conservação e manejo da biodiversidade, políticas de saúde, meio ambiente,

biotecnologia, bioprospecção, biossegurança, na gestão ambiental, tanto nos

aspectos técnico-científicos, quanto na formulação de políticas, e de se tornar

agente transformador da realidade presente, na busca de melhoria da qualidade de

vida;

- Comprometido com os resultados de sua atuação, pautando sua conduta

profissional por critérios humanísticos, compromisso com a cidadania e rigor

científico, bem como por referenciais éticos legais;

- Consciente de sua responsabilidade como educador, nos vários contextos de

atuação profissional;

- Apto a atuar multi e interdisciplinarmente, adaptável à dinâmica do mercado de

trabalho e às situações de mudança contínua do mesmo;

- Preparado para desenvolver ideias inovadoras e ações estratégicas, capazes de

ampliar e aperfeiçoar sua área de atuação.

58

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

5.1 COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

PELO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

O Curso de Ciências Biológicas Licenciatura concebido por este projeto pedagógico,

considera o conjunto de competências e habilidades definidas pelas Diretrizes e

Bases da Resolução CNE/CSE 7, 11/03/2002, integrantes do Parecer 1.301/20-01,

abaixo relacionadas:

- pautar-se por princípios da ética democrática social e ambiental, dignidade

humana, direito à vida, justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade,

diálogo e solidariedade;

- reconhecer formas de discriminação racial, social, de gênero, etc. que se fundem

inclusive em legados pressupostos biológicos, posicionando-se diante delas de

forma crítica, com respaldo em pressupostos epistemológicos coerentes e na

bibliografia de referência;

- atuar em pesquisa básica e aplicada nas ciências biológicas referente a conceitos/

princípios /teorias;

- estabelecer relações entre ciência, tecnologia e sociedade;

- aplicar a metodologia científica para o planejamento, gerenciamento e execução de

processos e técnicas visando o desenvolvimento de projetos, perícias, consultorias,

emissões de laudos, pareceres etc. em diferentes contextos;

- utilizar os conhecimentos das ciências biológicas para compreender e transformar

o contexto sócio-político e as relações nas quais está inserida a prática profissional,

conhecendo a legislação pertinente;

- desenvolver ações estratégicas capazes de ampliar e aperfeiçoar as formas de

atuação profissional, preparando-se para a inserção no mercado de trabalho em

contínua transformação;

- orientar escolhas e decisões em valores e pressupostos metodológicos alinhados

com a democracia, com o respeito à diversidade étnica e cultural autóctones e à

biodiversidade;

59

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

- avaliar o impacto potencial ou real de novos conhecimentos/ tecnologias/ serviços e

produtos resultantes da atividade profissional considerando os aspectos éticos,

sociais e epistemológicos;

- comprometer-se com o desenvolvimento profissional constante, assumindo uma

postura de flexibilidade para mudanças contínuas, esclarecido quanto às opções

sindicais e corporativas inerentes ao exercício profissional.

A Resolução CNE/CP 1, de 18/02/2002, estabelece que todo projeto pedagógico de

curso de formação de licenciados deve considerar:

I. as competências referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da

sociedade democrática;

II. as competências referentes à compreensão do papel social da escola;

III. as competências referentes ao domínio dos conteúdos a serem socializados, os

seus significados em diferentes contextos e sua articulação interdisciplinar;

IV. as competências referentes ao domínio do conhecimento pedagógico;

V. as competências referentes ao conhecimento de processos de investigação que

possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica;

VI. as competências referentes ao gerenciamento do próprio desenvolvimento

profissional.

6 PERFIL DO DOCENTE, COORDENAÇÃO E NDE

6.1 PERFIL DOCENTE

O docente deve atuar de forma peculiar e essencial na construção de

conhecimentos e saberes que influenciarão na ação e transformação social. Deve

ele trabalhar com a pluralidade de indivíduos e com a diversidade cultural. É um

construtor de conhecimentos junto com os alunos, assumem compromissos

sociopolíticos, éticos e educacionais para disseminação do que é considerado como

novo para seus alunos.

O docente deve ter domínio e responsabilidade acerca de suas atribuições,

como planejamento de atividades e conteúdos, didática, organização do ambiente da

60

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

sala de aula, estruturação do complexo de conhecimentos a serem adquiridos pelos

alunos, além de responsabilidades profissionais referentes aos aspectos éticos,

formação continuada, trabalho em equipe, relacionamento com seus pares e

gerenciamento de seu próprio desenvolvimento profissional.

Deve ainda estar compromissado com o papel científico e social da instituição

(e, especificamente, do curso de Ciências Biológicas) assim como com o

desenvolvimento sustentável e democrático local e regional.

O professor de ciências/biologia é um educador, tem diante de si uma

sociedade cheia de desafios e desigualdades acentuadas.

A natureza epistemológica do papel do professor está condicionada a uma

inteligibilidade ou a um saber-fazer (por isso também é intelectual) que fomenta

saberes que vão além de saberes éticos, morais e técnico-científicos.

Requer saberes interpessoais, pessoais e comunicacionais, para que a

relação estabelecida entre alunos e professores possa favorecer o processo de

ensino e de aprendizagem.

No curso de Licenciatura em Ciências Biológicas estes saberes assumem

importância uma vez que os professores, agindo como mediadores do

conhecimento, podem desempenhar papéis de orientadores. Os orientadores são

professores vinculados ao Curso de Ciências Biológicas do UNIFEOB, com

formação profissional na área.

Que perfil deve ter um professor de ciências/biologia de forma a auxiliar o

aluno a constituir-se como cidadão, dando oportunidade para que ele conheça

melhor as relações que se estabelecem no interior da sociedade em que vive e na

relação desta com as outras, uma vez que as relações políticas e econômicas são

hoje globalizadas?

Com estas reflexões e ainda outras pertinentes ao ensino, o Curso de

Ciências Biológicas estabelece um perfil para o professor da graduação ao entender

que o conhecimento produzido na Universidade, fundamentado em pesquisa de

campo, de laboratório, bibliográfico, e dominado pelo professor, deve ser o

instrumental teórico a ser elaborado e recriado, para se transformar em saber

escolar, ou seja, um saber a ser trabalhado pelo egresso do curso.

61

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Nesse perfil traçado pelo curso, há uma relação direta entre o professor e os

novos paradigmas da Educação. Isso se registra da seguinte forma:

A aprendizagem é considerada como processo, jornada;

O conteúdo é o meio e não fim;

É dada prioridade à autoimagem como geradora de desempenho;

Valorização da igualdade no relacionamento, entre os sujeitos do processo

educativo;

A relação é entre pessoas e não em funções. A autonomia é encorajada;

A experiência interior e os sentimentos são encarados como fatores

importantes para potencializar a aprendizagem;

Enfatiza-se a busca do todo, complementando teoria com prática;

A aprendizagem é vista como processo para a vida toda;

O professor também é um aprendiz;

Há preocupação com o ambiente favorável à aprendizagem.

À medida que o professor se assume como sujeito do seu próprio trabalho na

sala de aula, em que propicia condições para o aluno tornar-se coprodutor de

conhecimentos, o pedagógico e o político saem fortalecidos:

O professor universitário deverá ter as qualidades próprias a todo

educador e as qualidades específicas próprias ao trabalho especial

que ele deve realizar. Como educador, deverá aproximar-se do tipo

perfeito do homem que ele aspira a realizar em seus dirigidos, tendo

as qualidades físicas, intelectuais, morais e profissionais que

desejaria ver reproduzidas em seus discípulos. E isto, em primeiro

lugar, porque a educação se realiza, principalmente, pela virtude do

exemplo que provoca a imitação, e, em segundo lugar, porque o

educador necessita da atuação inteligente das mais aprimoradas

qualidades humanas para bem realizar o seu trabalho. Como

professor universitário, carece de qualidades muito especiais. Como

a missão da Universidade, segundo Ortega y Gasset, é a de ensinar,

pesquisar e divulgar a ciência, o professor universitário deverá ser

perito na realização dessas operações.1

1 VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (org.) Projeto político pedagógico. 13 ed. Campinas: Papirus,

2001. (Coleção Magistério). p.22.

62

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Para ser professor do Curso de Ciências Biológicas não é necessário apenas

dominar o conteúdo a ser trabalhado, mas ter uma visão holística. Esse perfil

envolve um professor que tem conhecimentos na área da psicologia de ensino e

aprendizagem; de história da educação; conhecimentos de língua e linguagem e

métodos a serem utilizados em sala de aula.

O Curso de Biologia entende que o perfil do seu professor deverá preencher

as seguintes condições: ter, ao menos, especialização na disciplina a ser lecionada;

ter formação científica adequada; ter visão profissional da sua disciplina; manter

contatos regulares e estágios em meios profissionais à mesma correlata; possuir

adequada formação didático-pedagógica e cultura geral; possuir contatos com os

demais setores da cultura; atualizar seus conhecimentos por meio de cursos,

estágios e congressos em sua área de formação.

Para cada unidade de estudo, o professor elabora um Plano de Ensino (plano

de ação pedagógica) do qual constam ementa, conteúdo programático,

competências que serão desenvolvidas, carga horária, metodologia empregada,

recursos e estratégias didáticas utilizadas, bibliografia adotada e critérios de

avaliação da aprendizagem. Os Planos de Ensino devem ser, no início de cada

módulo, debatidos e aprovados pelo Colegiado do Curso.

O professor é o responsável pela aplicação do programa de sua unidade de

estudo e escolha do melhor método a ser adotado para cada aula: exposição,

trabalho independente, trabalho em grupo, seminário, entre outros. O professor é

também responsável pela vinculação dos conteúdos previstos no plano de ensino e

aprovados pelo colegiado do curso às exigências teóricas e práticas da formação

acadêmica.

As atividades desenvolvidas em sala de aula pelo professor da unidade de

estudo combinam quatro momentos básicos de metodologia de ensino:

a. Apresentação aos acadêmicos, no início do módulo, dos

objetivos de ensino e de aprendizagem, das competências que

serão desenvolvidas, a bibliografia que será utilizada e onde

encontrá-la;

63

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

b. Aplicação e consolidação dos conteúdos e habilidades;

c. Registro de frequência dos alunos;

d. Avaliação de desempenho dos alunos em relação às

competências atitudinais e específicas, além da qualidade de

aprendizagem;

As atividades desenvolvidas em sala de aula podem contar com

diferentes equipamentos didáticos à disposição do professor, como projetor de

multimídia e aparelhagem de som. As aulas de caráter técnico são frequentemente

desenvolvidas nos laboratórios específicos de informática.

Os docentes do curso de Ciências Biológicas são graduados na área de

Biologia e/ou áreas afins, com pós- graduação também na área de Biológicas e/ou

áreas afins, dependendo da especialidade a que o professor está relacionado.

Nosso conjunto de professores também tem, em sua maioria, ampla experiência

(mais de dez anos) na educação básica, possibilitando, desse modo, que a

formação dos futuros professores seja mais condizente com a realidade da sala de

aula dos ensinos fundamental e médio, uma vez que os docentes da graduação são

capazes de estabelecer diálogos e estratégias no processo de ensino-aprendizagem

que não estão desvinculados da realidade profissional que nossos alunos irão

encontrar quando ingressarem no mercado de trabalho.

64

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

6.1.1 CORPO DOCENTE ATUAL

DISCIPLINAS MAIOR TITULAÇÃO

ÁREA DE CONHECIMENTO DA TITULAÇÃO

NOME DO DOCENTE

Ciências Morfológicas, Biologia Celular, Tecidual e do Desenvolvimento Fisiologia Prática de Ensino Fundamental e Médio

Mestre Biologia Cintia de Lima Rossi

Sociedade e Educação Doutor Educação Cláudia C. Hardagh

Ciências Morfológicas, Biologia Celular, Tecidual e do Desenvolvimento

Doutor Veterinária Celina Almeida F. Mançanares

Organização da Educação Básica

Especialista Matemática Fátima Ap. Médici

Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem

Mestre Psicologia Rafael Ferreira Pinto e Silva

Língua Brasileira de Sinais – Libras

Especialista Educação Ilza Maria de O. Agostinho

Metodologia da Pesquisa Científica

Doutor História João Fábio Diniz

Didática

Mestre Educação Márcia Mariza Belli

Química e Bioquímica

Especialista Bioquímico Farmacêutico

Guilherme Ivan Arten Isaac

Física e Biofísica Bioética e Biossegurança Metodologia de Projetos

Doutor Biologia Leilane Barbosa Ronqui

Botânica Microbiologia e Imunologia

Doutor Biologia Eliana Pereira Chagas

Com. e Expr. em Língua Portuguesa

Mestre Letras Mariana de Carvalho

História da Ciência Doutora Químico Daniele Tonon Dominato

Matemática Estatística

Especialista Matemática Dimitrie Hristov Sobrinho

Parasitologia Genética e Evolução Biologia Molecular e Biotecnologia

Mestre Biólogo Mateus Maldonado Carriero

Educação Ambiental

Especialista Biologia Glaucia Maria M. Liberali

Geologia e Paleontologia Ecologia

Doutor Ecologia Fernanda Tonizza

Moraes

Metodologia de Projetos Mestre Biólogo Vanessa C. Oliveira

65

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

6.2 COORDENAÇÃO DE CURSO

A coordenação acadêmica do Curso de Ciências Biológicas é de

responsabilidade de seu Coordenador, designado por Ato Executivo da Reitoria para

mandato de 02 (dois) anos, podendo ser reconduzido.

A Coordenação de Curso tem papel central no desenvolvimento das

atividades ligadas ao Curso de Graduação. Entre as atribuições da Coordenação,

estão as atividades administrativo-pedagógicas que oferecem suporte ao Curso,

assim como o acompanhamento de todos os processos que envolvem o Curso de

Graduação; sendo de fundamental importância a sua participação na elaboração e

acompanhamento do desenvolvimento das atividades relacionadas ao mesmo e

descritas em seu Projeto Pedagógico, bem como a integração entre professores,

alunos, funcionários e coordenação.

Ressalta-se o contato direto e permanente do Coordenador do curso com os

docentes e discentes, no sentido de adequar situações e resolver questões que,

eventualmente, surgem no decorrer do curso.

O Coordenador de Curso de Graduação deve ter o seguinte perfil:

Graduação de nível superior na área do curso, preferencialmente, Mestrado ou

Doutorado na área de conhecimento do Curso;

Visão de todas as subáreas de conhecimento do Curso;

Visão técnica, administrativa e pedagógica do Curso;

Conhecimento de legislação vigente; das Diretrizes Curriculares do Curso;

Experiência em administração acadêmica;

Participação ativa em eventos ligados à área do Curso;

Publicação de artigos ligados à área do Curso;

Bom relacionamento com professores, alunos e funcionários;

Conhecimento das propostas metodológicas utilizadas e debatidas na

66

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Instituição.

Preocupação com a formação integral de recursos humanos.

A responsável pelo curso, atualmente é Professora Cintia de Lima Rossi,

Mestre em mestre em Fisiologia, na área de Biologia Funcional, título obtido pela

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

O curso proposto é supervisionado e administrado pelo coordenador de curso

e conta com o apoio do grupo técnico-administrativo, formado por profissionais

qualificados em suas áreas de atuação, disponíveis na Instituição. Conta também

com todo o corpo técnico-administrativo da Secretaria Geral, funcionários das áreas

de limpeza e segurança e áreas de comunicação e divulgação, que já atendem os

cursos existentes no UNIFEOB.

A coordenadoria deve estabelecer um vínculo entre os discentes e docentes

do curso, para avaliação constante do mesmo. Este trabalho em conjunto é

fundamental para a verificação dos aspectos positivos da estrutura curricular

proposta e modificação dos pontos necessários.

6.3 COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE

O Núcleo Docente Estruturante é composto pelo Coordenador do curso que o

preside, até cinco representantes do corpo docente do curso (indicados pelo

Colegiado e nomeados pelo Pró Reitor Acadêmico). As decisões e sugestões do

Núcleo Docente Estruturante antes da efetiva implantação são aprovadas pelo

colegiado e na observância hierárquica pelo coordenador do curso e pró-reitor.

O trabalho do Núcleo Docente Estruturante é desenvolvido no início de cada

módulo através de reuniões presenciais ou virtuais em número suficiente para

conclusão dos trabalhos. No decorrer do semestre, com o objetivo de acompanhar o

desenvolvimento do curso, o Núcleo Docente Estruturante executa de uma a duas

reuniões presenciais e tantas quantas forem necessárias de maneira virtual.

67

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Compete ao Núcleo Docente Estruturante (NDE): implementar e acompanhar

o desenvolvimento do projeto pedagógico, envolvendo principalmente a matriz

curricular e sua aplicabilidade prática na atividade profissional; orientar e cobrar a

elaboração e articulação dos programas e planos de ensino das unidades;

acompanhar o desenvolvimento do plano de ensino, verificando a articulação entre

objetivos, conteúdos programáticos, procedimentos de ensino e avaliação; opinar

sobre os projetos de ensino, pesquisa e de extensão que forem apresentados;

propor o plano e calendário anual de atividades do curso; opinar sobre a

programação de ensino, das atividades de extensão e de estudos interdisciplinares

ligados ao próprio curso e/ou entre os diversos cursos da instituição; sugerir normas

específicas e acompanhar, sistematicamente, a revisão e atualização de projetos

pedagógicos do curso, buscando o consenso entre a maioria dos membros do

núcleo.

Cabe ao coordenador do curso coordenar e supervisionar as atividades do

Núcleo, articulando-as no que for necessário; convocar e presidir reuniões;

acompanhar, cumprir e fazer cumprir as normas reguladoras - federais e

institucionais pertinentes ao curso -; fiscalizar a fiel execução do regime didático;

exercer as demais atribuições que a função exige e elaborar; juntamente com os

demais membros; o regimento do NDE que deverá ser submetido a aprovação do

CONSEPE.

Os membros do NDE obrigatoriamente têm formação acadêmica nas áreas

específicas do curso, ou afins, e/ou experiência comprovada na disciplina ministrada.

O mandado dos membros do NDE é coincidente com o mandato do coordenador do

curso e a escolha dos membros do NDE é sempre regida por portaria específica da

Pró reitoria Acadêmica.

Item Nome Função Titulação

1 Cintia de Lima Rossi Presidente Mestre

2 Celina Almeida F. Mançanares Docente Doutora

3 Eliana Pereira Chagas Docente Doutora

4 Márcia Mariza Belli Docente Mestre

5 Glaucia Maria M Liberali Docente Especialista

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

7 METODOLOGIA DO CURSO

O Projeto Pedagógico do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura está

em consonância com a Lei nº 9.394/96, de 20/12/1996, que estabelece as Diretrizes

e Bases da Educação Nacional. O eixo norteador da sua concepção pedagógica

prevê a articulação do ensino-pesquisa-extensão, havendo explicitação de que a

educação superior realiza-se através do ensino, da pesquisa e da extensão,

conforme preceitua o art. 64 da Lei citada.

O ensino superior tem por objetivo aperfeiçoar a formação de pessoas

para a atividade cultural, capacitá-lo para o exercício de uma profissão, e prepará-lo

para o exercício da reflexão crítica e a participação na produção, sistematização e

superação do saber. A pesquisa tem por objetivo o avanço do conhecimento teórico

e prático, em seu caráter universal e autônomo, e deve contribuir para a solução dos

problemas sociais, econômicos e políticos, nacionais e regionais. A extensão, aberta

à participação da população, visa difundir as conquistas e benefícios resultantes da

criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas no Curso.

O princípio de um projeto de formação por competências privilegia a

organização curricular modular, flexível e contextualizada, sintonizada com as novas

propostas pedagógicas. Assim, o foco principal do processo torna-se o aluno e seu

trabalho de desenvolvimento profissional.

Um dos principais pontos do planejamento do curso e de suas Unidades de

Estudo/Disciplinas é a escolha das atividades e das metodologias que são

empregadas. Para garantir sua integração e a constante motivação do aluno, esse

passo é seguido continuamente ao longo do semestre, pelo conjunto de professores

de forma participativa. Além disso, deve-se garantir a diversidade de situações e

atividades de aprendizagem, sempre articuladas com as competências em

construção e desenvolvimento.

No planejamento das Unidades de Estudo, em vez de se partir de um corpo

de conteúdos disciplinares existentes, com base no qual se efetuam escolhas para

cobrir os conhecimentos considerados mais importantes, parte-se de situações

concretas, na medida das necessidades requeridas por essas situações.

70

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Assim, elas devem contemplar discussões estratégicas sobre temas a serem

trabalhados de maneira prática, tendo como base, entre outros, debates, seminários,

aulas expositivas dialogadas, discussão sobre filmes e obras literárias, leituras

direcionadas, e que tenham, como um de seus objetivos, integrar os conteúdos

desenvolvidos em todas as Unidades de Estudo que compõem o módulo (trabalho

interdisciplinar).

O trabalho dos alunos envolve, também, visitas técnicas monitoradas,

atividades extracurriculares e estágio supervisionado que inclui a elaboração de

relatórios de análise politico-pedagógica.

Para elaborar um sistema modular por competências é preciso aprofundar as

escolhas metodológicas. Estas devem se pautar pela identificação de ações ou

processos de trabalho do sujeito que aprende e devem incluir projetos, provocados

por desafios e/ou problemas, que coloquem o aluno diante de situações simuladas.

A escolha também deve permitir ações proativas por parte do aluno, como as de

pesquisa e estudo de conteúdos que podem estar reunidos em unidades ou

trabalhados em seminários, ciclos de debates, atividades experimentais,

laboratoriais e de campo.

As metodologias adotadas devem permitir a simulação ou realização de

situações concretas de trabalho, propiciando a integração dos conhecimentos e o

desenvolvimento de níveis de raciocínio mais complexos. Como exemplos, podem

ser adotados Estudo de Caso e Problematização. A combinação entre um

determinado tipo de atividade a ser executada no desenvolvimento de um Tema e a

metodologia mais adequada para esse caso é o ponto chave para o sucesso do

trabalho docente.

O conceito de qualidade detém um duplo desafio: o de a Universidade

comprovar-se competente e o de ser um espaço de educação, onde o acadêmico

possa encontrar condições formativas e motivadoras. A conquista desse desafio

resultará na formação de um profissional competente e num cidadão ativo, capaz de

resolver as situações-problema.

A questão da pesquisa ganha um lugar de inspiração fundamental da vida

acadêmica e de todo o processo educativo que nela se desenvolve. Aparecendo

como atividade educativa, a pesquisa exige uma postura metodológica, por meio da

71

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

qual o graduando toma consciência crítica da sua concepção histórica,

reconhecendo a sua própria capacidade emancipatória, como estratégia básica de

sua autoconstrução.

Assim, para o aprendizado, os professores utilizam diferentes recursos

áudios-visuais para apresentar e discutir os conteúdos teóricos e práticos quer sejam

através de aulas teóricas em salas de aula e/ou laboratórios; seminários; estudo

dirigido; simulações em seminários, congressos e jornadas acadêmicas.

Ainda na busca do saber, de informações que possam melhorar o

aprendizado, os alunos contam com um acervo de livros e periódicos na Biblioteca,

onde também podem acessar informações através de periódicos on line e sites para

pesquisa na internet.

Através do Estágio Supervisionado os alunos têm a oportunidade de

integrar as diferentes áreas de aprendizado, visando o seu crescimento pessoal e

eficácia profissional; integrar e aplicar em prática os conhecimentos adquiridos nas

demais disciplinas do Curso, possibilitando o aprimoramento e a complementação

do ensino-aprendizagem através do desenvolvimento de atividades práticas;

aprimorar as habilidades manuais e de diagnóstico contempladas nas disciplinas

teóricas; adquirir os hábitos e as atitudes da profissão; desenvolver o senso

analítico-crítico, baseado no exercício do questionamento e da criatividade; buscar

soluções para os problemas vivenciados.

8 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

8.1 MATRIZ CURRICULAR

As Matrizes Curriculares dos cursos são organizadas em módulos semestrais e,

em cada um deles, tendo como base as competências esperadas dos egressos, são

delineados os eixos condutores de cada módulo. Essa organização orienta o

planejamento, as ações e a avaliação dos professores.

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

A partir daí, são definidas as Unidades de Estudo, com cargas horárias pré-

estabelecidas, o que não impede, no entanto, que os alunos sejam continuamente

estimulados a pensar além das Unidades, uma vez que os limites entre elas devem

ser, necessariamente, indefinidos. Para garantir aos alunos as condições de

aquisição das competências ao longo de seu processo formativo e para facilitar o

planejamento, o desenvolvimento de atividades interdisciplinares e significativas, e o

processo de avaliação, as Unidades de Estudo são organizadas na forma de Temas,

estes por sua vez, devem privilegiar as competências gerais e específicas

preestabelecidas, abranger os conteúdos a serem trabalhados e ser interligados

transversalmente.

Busca-se exercitar o currículo como algo dinâmico e abrangente, envolvendo

situações circunstanciais da vida acadêmica e social do aluno. Nessa perspectiva, o

Curso de Ciências Biológicas não pretende ter o sentido de isolamento, vivendo

apenas a relação com o aluno dentro da Universidade. Pretende isto sim, pensar o

currículo para uma prática educativa contextualizada e coerente com o mundo

globalizado em que atua sem perder de vista o regional.

Em concordância com a Lei n° 11.645 de 10/03/2008; Resolução CNE/CP N°

01 de 17 de junho de 2004, serão trabalhadas nas unidades de estudo de Genética

e Evolução e Bioética e Biossegurança a temática História e Cultura Afro-Brasileira e

a Indígena.

A atual matriz curricular do Curso de Ciências Biológicas Licenciatura prevê

uma carga horária de 2890 horas.

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8.1.1 ESTRUTURA CURRICULAR

CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / LICENCIATURA

UNIFEOB - 2014

1º MÓDULO

CARGA HORÁRIA

Ciências Morfológicas, Biologia Celular, Tecidual e do

Desenvolvimento

160

Metodologia Científica 80

Organização da Educação Básica 80

Química e Bioquímica 80

TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 1º MÓDULO 400

2º MÓDULO

CARGA HORÁRIA

Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa 80

Didática 80

Física e Biofísica 80

Fisiologia 160

TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 2º MÓDULO

400

3º MÓDULO CARGA HORÁRIA

Botânica 160

História da Ciência 80

Parasitologia 80

Psicologia do Ensino e da Aprendizagem 80

TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 3º MÓDULO 400

4º MÓDULO

CARGA HORÁRIA

Genética e Evolução 160

Matemática 40

Estatística * (EAD) 80

Microbiologia e Imunologia 80

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Sociedade e Educação* (EAD) 80

TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 4º MÓDULO 440

5º MÓDULO

CARGA HORÁRIA

Geologia e Paleontologia 80

Metodologia de Projetos 80

Educação Ambiental 80

Libras* (EAD) 80

Zoologia 160

TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 5º MÓDULO 480

6º MÓDULO

CARGA HORÁRIA

Ecologia 160

Bioética e Biossegurança 80

Biologia Molecular e Biotecnologia 80

Prática de Ensino Fundamental e Médio 80

TOTAL DE CARGA HORÁRIA - 6º MÓDULO 400

TOTAL

Total de carga horária – teórica e prática 2190

Estágio Supervisionado 400

Atividades Acadêmicas Culturais 200

Trabalho de Conclusão de Curso 150

TOTAL GERAL 2890

INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

MÍNIMO: 03 ANOS

MÁXIMO: 05 ANOS

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8.2 EMENTAS E BIBLIOGRAFIAS BÁSICAS

8.2.1 NÚCLEO ESPECÍFICO DO CURSO

Módulo 1

Disciplina: Ciências Morfológicas, Biologia Celular, Tecidual e do Desenvolvimento

C/H: 160h/a

Ementa: Demonstrar de forma interdisciplinar a relação entre o estudo anatômico macroscópico e sua relação com as definições das estruturas celulares, características teciduais e a lógica da formação dos tecidos de acordo com o desenvolvimento embriológico.

Bibliografia Básica

JUNQUEIRA, L.C. & CARBEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2012. 299p. JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2013. 488p. DÂNGELO, J.G. & FATTINI, C.A. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 3ª

ed.São Paulo: Atheneu. 2006. 763p.

Bibliografia Complementar

GARCIA, S.M.L., JECKEL, E. & FERNÁNDEZ, C.G. Embriologia. Porto Alegre: Artes Médicas. 2012. 350p. GARTNER, L.P. & HIATT, J.L. Tratado de Histologia em Cores. Rio de Janeiro: Guanabara koogan. 2007. 426p. De ROBERTIS, E. M.; HIB, J.De Robertis Biologia Celular e Molecular, 16ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2014 ALBERTS, B; JOHSON,A ; LEWIS, J; ROBERTS, K; Biologia Molecular da Célula, 5ª

edição Porto Alegre, Artmed, 2010

Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica C/H: 80h/a

Ementa: Iniciação metodológica ao trabalho intelectual. Princípios básicos para a elaboração de trabalhos acadêmicos em geral.

A responsabilidade do intelectual diante da produção de conhecimento. A criticidade como forma de relação com as informações. Desenvolvimento da mediação entre a apropriação do conhecimento já produzido e o seu processo de produção.

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Bibliografia Básica

SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho científico. 22ed. São Paulo: Cortez. 2002. CARVALHO, M.C.M (org.) Construindo o saber: metodologia científica: fundamentos e técnicas. Campinas: Papirus. 2000. MINAYO, Maria C. de Souza (org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade, 18ª

ed. Petrópolis: Vozes,2003.

Bibliografia Complementar

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação - apresentação de citações em documentos: NBR 10520. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. BIANCHETTI, Lucídio (Org.). Trama & texto: leitura crítica, escrita criativa. Vol. I. Editora Plexux. 2003.

Disciplina: Química e Bioquímica C/H: 80h/a

Ementa: Desenvolve uma noção geral sobre átomos, moléculas, ligações químicas, fórmulas e equações químicas. Trabalha de forma prática o equilíbrio químico das soluções, pH, concentrações e diluições de soluções, inclusive com dinâmicas aplicáveis no ambiente escolar. Aborda as funções e reações básicas da química orgânica. Enfatiza a importância dos elementos químicos nos organismos e relaciona os conceitos químicos às diversas áreas da biologia como Biologia celular e Fisiologia assim como sua aplicação na sala de aula, introduzindo a relevância da química e bioquímica. Aborda os grupos moleculares (proteínas, carboidratos e lipídeos) de forma interligada e permite a observação da bioquímica como base de todas as atividades celulares, relacionando problemas bioquímicos com alterações celulares e funcionais dos sistemas orgânicos.

Bibliografia Básica

KOTZ, John C.; TREICHEL JUNIOR, Paul M. Química e Reações Químicas. 5.ed. vol 1. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. D.L. Nelson e M.M. Cox - Lehninger - Princípios de Bioquímica. 5a. Ed. 2011. Editora Sarvier. BROWN T. L. EUGENE L.J., Química: ciência central, Ed Pearson Prentice Hall, 9ª ed. 2009. Bibliografia Complementar

ATKINS, P. W.; SHRIVER, D. F. Química Inorgânica 3ª Edição, Porto Alegre: Bookman Companhia Ed, 2008 CHANG, R; Química Geral 4ª Edição, AMGH Editora LTDA, 2010.

VOET, Donald; VOET, Judith G. Bioquímica. 2013. Editora Grupo A.

Módulo 2

Disciplina: Fisiologia C/H: 160h/a

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Ementa: A disciplina deve enfocar a função dos tecidos, órgãos e sistemas orgânicos nos animais vertebrados, comparativamente. Caracterizar os mecanismos envolvidos com as funções coordenadas à curto prazo pelo sistema nervoso, constituído pela divisão sensorial (órgãos dos sentidos), o componente central e a divisão motora (somático e autonômico); o sistema de controle à longo prazo constituído pelo sistema endócrino. Aborda os sistemas vegetativos e seus mecanismos de controle.

Bibliografia Básica

DOUGLAS, C.R. Tratado de Fisiologia Aplicada à Ciência e Saúde, 4ª ed. Robe Editorial 2006. GUYTON, A C. Tratado de Fisiologia Médica, 12º ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2011. AIRES, M. M; Fisiologia, 4ª edição, Rio de Janeiro Guanabara Koogan, 2012.

Bibliografia Complementar

SWENSON, M. J., Dukes Fisiologia dos animais domésticos,12ª Edição, Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan, 2006 SCHMIDT-NIELSEN, K; Fisiologia Animal - Adaptação e Meio Ambiente, 5ª edição,

São Paulo, Livraria Santos Editora, 2002

RANDALl D, BURGGREN W, FRENCH K, Fisiologia animal mecanismos e adaptações, 4ª Edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

Disciplina: Física e Biofísica C/H: 80h/a

Ementa: Esta disciplina visa a caracterização, a importância da Física e Biofísica e Campos de interesse. Bioeletricidade. Bio-óptica. Bioacústica. Biotermologia. Bioenergética. Hidrostática. Biomecânica. Biofísica das Radiações não Ionizantes. Biofísica das Radiações Ionizantes.

Bibliografia Básica

HEWITT P. G., Física Conceitual,9 ª Ed São Paulo, Editora Bookman, 2007 GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica - 12ª Ed. Editora:

Guanabara Koogan. 2011. 1014 pp.

BURGGREN, W.; FRENCH, K.; RANDALL, D. Eckert - Fisiologia Animal Mecanismos

e Adaptações. 4º ed. Editora. Guanabara Koogan. 2011. 729 pp.

Bibliografia Complementar

ABRAMOV, D. M., MOURÃO Jr, C. A. Biofísica Essencial. Editora: Guanabara

Koogan. Edição: 1. 2012. 212p.

ABRAMOV, D. M., MOURÃO Jr, C. A. Curso de Biofísica. Editora: Guanabara Koogan.

Edição: 1. 2009. 260p.

NARDY, M. B. C.; SANCHES, J. A. G.; STELLA, M. B. Bases Da Bioquímica E

Tópicos De Biofísica Um Marco Inicial. Editora: Guanabara Koogan. Edição: 1. 2012.

316p.

6- HENEINE, I. F. Biofísica Básica. 1º ed. 2002, Atheneu, 400p.

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Disciplina: Comunicação e Expressão da Língua Portuguesa C/H: 80h/a

Ementa: A Unidade de estudo é indispensável para a formação do aluno como profissional, levando em consideração a importância da fluência em língua portuguesa, que além de possibilizar clareza na comunicação, permite ao aluno produzir textos claros e coerentes. Além disso, permite ao aluno um alto desempenho na atividade profissional. O conteúdo programático aperfeiçoará os conhecimentos em língua portuguesa dos alunos, facilitando a sua comunicação, interpretação e leitura, tanto com as outras disciplinas quanto para a sua formação pessoal.

Bibliografia Básica

CIPRO NETO, PASQUALE; INFANTE, ULISSES. Gramática da Língua Portugusa. Editora: SCIPIONE, 2008. Koch, Ingedore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. 11. ed. São Paulo: Contexto, 2012.

KOCH, I. G. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 2011.

Bibliografia Complementar

MAINGUENEAU, Dominique. Análise de Textos de Comunicação. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2013.

GUIMARÃES, Thelma. Comunicação e linguagem. Editora Pearson, 2012.

Koch, Ingedore Grunfeld Villaça. As tramas do texto. São Paulo: Contexto, 2009.

NADÓLSKIS, Hêndricas. Normas de comunicação em Língua portuguesa. São Paulo: Saraiva, 2009.

Módulo 3

Disciplina: Botânica C/H: 160h/a

Ementa: Esta disciplina enfoca a diversidade dos organismos vegetais, abordando citologia, anatomia, morfologia externa, reprodução, fisiologia, taxonomia, evolução, relações com a saúde e o meio ambiente e importância econômica. A disciplina se baseia em atividades teórico-práticas com estudo de espécies vegetais, na observação e execução de algumas técnicas utilizadas em anatomia vegetal e fisiologia como microscopia óptica, desenho científico e experimentos em laboratório, análise da estrutura floral e identificação taxonômica até família. É necessário que o aluno desenvolva o hábito da leitura de textos técnico-científicos, participe de trabalhos laboratoriais e de discussões em grupo.

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Bibliografia Básica

KERBAUY, G. B., Fisiologia vegetal. 2ªEd. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008. JOLY, A .B. Botânica (Introdução à Taxonomia Vegetal). Companhia editora nacional. EDUSP, São Paulo, .2002 161 p RAVEN, P. H., EVERT, R.F. e EICHHORN, S.E.. Biologia vegetal. Editora Guanabara

Koogan, Rio de Janeiro. 2007, 728p.

Bibliografia Complementar

Kerbauy, G. B., Fisiologia vegetal. 2ªEd. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008. CUTLER, D. F. ; BOTHA, T. ; STEVENSON, D. W.; Anatomia Vegetal: Uma Abordagem Aplicada, São Paulo, Editora Artmed, 2008. LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. Rima artes e textos, São Carlos, SP. 2006

Disciplina: Parasitologia C/H: 80h/a

Ementa: Esta disciplina aborda as bases da parasitologia geral, envolvendo a evolução e a especificidade das associações entre os grupos de parasitos e seus hospedeiros (homem/animal). Enfoca a biologia e a epidemiologia das principais helmintoses, ectoparasitoses e doenças provocadas por protozoários, de importância na área de ciências biológicas. Abrange também os principais métodos empregados para a detecção de helmintos (sanguíneos, intestinais e teciduais) e artrópodes através da coleta, fixação preservação e identificação.

Bibliografia Básica

CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. São Paulo: Atheneu, 2001

NEVES, D.P.; MELO, A.L.; GENARO, O.;LINARD, P.M. Parasitologia humana. 11 ed. São Paulo: Atheneu, 2011.

REY, L. Parasitologia. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

Bibliografia Complementar

FERREIRA, M. U.; Parasitologia Contemporânea, Rio de Janeiro Editora Guanabara Koogan, 2012 REY, L. Parasitologia – Parasitos e doenças parasitárias do homem nas Américas e na África. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 200. MORAES, R. G.; LEITE, I. C.; GOULART, E. G.; BRASIL, R.;Parasitologia e Micologia Humana, 5ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2008.

Disciplina: História da Ciência C/H: 80h/a

Ementa: Aborda tópicos de História e Filosofia da ciência, com ênfase ao desenvolvimento da ciência no Ocidente até o surgimento da ciência moderna. Aspectos relacionados a visão de ciência ao longo dos tempos e a reflexão dos processos e finalidades da ciência moderna deverão permear a abordagem dos conteúdos.

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Bibliografia Básica

BRAGA A. M., GUERRA A., REIS J.C., Breve História da Ciência Moderna: Volume 1 Consequência de saberes, 2ª ed, Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2006.

BRAGA A. M., GUERRA A., REIS J.C., Breve História da Ciência Moderna: Volume 2 Das máquinas do mundo- ao universo máquina, 2ª ed, Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2008.

BRAGA A. M., GUERRA A., REIS J.C., Breve História da Ciência Moderna: Volume 3 Das luzes ao sonho do Dr. Frankstain, 2ª ed, Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2005.

BRAGA A. M., GUERRA A., REIS J.C., Breve História da Ciência Moderna: Volume 4 A Belle époque da Ciência, 2ª ed, Rio de Janeiro Jorge Zahar Editora 2008.

Bibliografia Complementar

MASON, L.F., História da Ciência, as principais contos do pensamento científico, São Paulo, Ed Globo, 1962 ZAMBUJA, D., Introdução à Ciência Política, Porto Alegre, Ed Globo.,1973. Módulo 4

Disciplina: Genética e Evolução C/H: 160h/a

Ementa: Aborda os conceitos básicos da genética, enfocando os aspectos bioquímicos e funcionais dos ácidos nucléicos como duplicação do DNA, transcrição e tradução de proteínas, explicitando a importância do processo para a vida. Desenvolve o estudo das bases da hereditariedade e mutações. Aborda as noções de citogenética, divisão celular e de genética quantitativa. Avalia as relações do genótipo e do fenótipo através das modificações ambientais. Enfoca o processo evolutivo e os mecanismos de evolução, envolvendo a diversidade gênica e a formação da reserva gênica. Permite noções da genética de populações. Aborda a seleção natural e artificial, mecanismos de isolamento, modos de reprodução, filogenia e evolução em plantas, animais e humanos. Serão trabalhados como tema transversal História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

Bibliografia Básica

GRIFFTHS, A.J.G, MILLER, J.H., SUZUKI, D.T., LEWONTIN, R.C., GELBART, W.M. Introdução à genética 8ª Ed.Editora, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. 2006. FUTUYMA, D.J. Biologia Evolutiva. 3ª edição, Editora Funpec. 2009 OTTO, P. A.; MINGRONI-Netto, R. C.; OTTO, P. G., Genética Médica, São Paulo: Editora Roca. 2013.

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Bibliografia Complementar

DAWKINS, R. O relojoeiro cego: Da evolução contra o desígnio divino. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

DAWKINS, R. O gene egoísta. Itatiaia: Belo Horizonte, 2001.

SNUSTAD, D. P.; SIMMONS, M. J.; Fundamentos de Genética, 6ª edição, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2013.

KLUG, William S. ; CUMMINGS, Michael R. ; SPENCER, Charlotte A. ; PALLADINO, Michel A. Conceitos de Genética, 9ª edição, Porto Alegre: Grupo A, 2010.

Disciplina: Matemática C/H: 80h/a

Ementa: Desenvolve conteúdos básicos da Matemática, como interpretações gráficas de funções, funções exponenciais e logarítmicas, logaritmos, Trigonometria, Funções trigonométricas, considerando aspectos práticos e teóricos. A disciplina estatística aborda Estatística Descritiva, Apresentação dos Dados, Distribuições de Freqüências, Medidas de Posição e Medidas de Dispersão.

Bibliografia Básica

IEZZI, G e outros. Fundamentos de matemática elementar. ED. Atual, 2003. LARSON, R. e FARBER, B. Estatística Aplicada, São Paulo: Pearson, 2ª edição, 2004. SMILES, J. e McGRANE, A. Estatística Aplicada à Administração com Excel, São Paulo: Atlas, 2002. DANTE, Luiz Roberto. Matemática: volume único. São Paulo: Ática, 2009. Bibliografia Complementar

LAPA, Nilton. Matemática aplicada. São Paulo: Saraiva, 2012.

BONAFINI, Fernanda Cesar. Matemática. Pearson, 2012. IEZZI, Gelson. Matemática: Ciência e Aplicações v.1- Ensino Médio. 5 ed. São Paulo: Atual, 2010.

Disciplina: Microbiologia e Imunologia C/H: 80h/a

Ementa: Esta disciplina estuda a morfologia, a fisiologia do crescimento, a

reprodução e a taxonomia de fungos, bactérias e vírus, bem como sua importância nas relações com a saúde e o meio ambiente e também a econômica e industrial. Abrange o uso de antibióticos e a análise e o cultivo desses microrganismos em laboratório. Aborda assuntos relacionados à epidemiologia de doenças infecto-contagiosas em geral, estuda a imunidade passiva e ativa, as barreiras corpóreas, a regulação da resposta imune e a evolução do sistema imune. Enfoca também o sistema ABO-Rh, o mecanismo de ação de vacinas e soros em relação ao sistema imunológico e as diferentes reações encontradas nas hipersensibilidades tipos I, II, III e IV.

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Bibliografia Básica

PELCZAR, M.J., CHAN, E.C.S. e KEIG, N. R. Microbiologia – conceitos e aplicações. São Paulo. McGraw Hill, 2008. TRABULSI, L.R., ALTERTHUM, F., GOMPERTZ, O .F. e CANDEIAS, J.A .N,

Microbiologia. Ed. Atheneu, 5ª edição, São Paulo, 2008.

ROIT, I.M.. Imunologia. Ed. Atheneu, 5ª edição, 2003

BLACK, J.G.. Microbiologia-fundamentos e perspectivas. Ed. Guanabara Koogan, 4ª

d, Rio de Janeiro,2002.

Bibliografia Complementar

COICO, R.; SUNSHINE, G.; Imunologia, 6ª edição Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,

2010.

MADIGAN, M. T. ; MARTINKO, J. M. ; DUNPLAP, P.V. ; CLARK, D. P.; Microbiologia de Brock, 12ª edição, Porto Alegre editora Artmed, 2011. LEVINSON, W.; Microbiologia Médica e Imunologia, 10ª edição, Porto Alegre, Editora Artmed, 2010 TORTORA, G. J. ;FUNKE, B. R. ; CASE, C. L.; Microbiologia, 8ª edição, Porto Alegre, Editora Artmed, 2012.

Disciplina: Estatística C/H: 80h/a

Ementa: Estudo da estatística elementar e introdução a probabilidade. Gráficos e

tabelas. Medidas de posição e de dispersão. Probabilidade. Distribuição de probabilidades.

Bibliografia Básica

LARSON, R. e FARBER, B. Estatística Aplicada, São Paulo: Pearson, 2ª edição, 2004. SMILES, J. e McGRANE, A. Estatística Aplicada à Administração com Excel, São Paulo: Atlas, 2002. MOORE, David. A estatística Básica e sua Prática, Editora JC,

Bibliografia Complementar

VIEIRA, Sonia. Introdução à bioestatística, 3 ed, editora Campus; COSTA NETO, Pedro Luiz de Oliveira. Estatística. 17 ed. São Paulo: Editora Edgar

Blücher Ltda, 1999.

CASTANHEIRA, Nelson Pereira. Estatística aplicada a todos os níveis. Editora:

IBPEX, 2014.

Módulo 5

Disciplina: Zoologia C/H: 160h/a

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Ementa: Aborda a diversidade de protozoários e metazoários (acelomados, pseudocelomados e celomados: moluscos, anelídeos, lofoforados, artrópodos, equinodermos, hemicordados e cordados) sob um aspecto filogenético, enfocando sua organização filética e suprafilética e apresentando a terminologia empregada. Discute a biologia, morfologia, diversidade e filogenia dos metazoários deuterostomados (equinodermos,hemicordados e cordados). No filo dos cordados são estudados os subfilos dos urocordados, cefalocordados e vertebrados (peixes agnatos, peixes cartilaginosos e peixes ósseos, anfíbios, répteis, aves e mamíferos). Enfatiza às relações entre origem embrionária, forma (morfologia interna e externa), função e diversidade de estruturas e de modos de vida bem como suas relações de homologia e analogia nos diferentes grupos

Bibliografia Básica

HICKMAN, C. P., ROBERTS, L. S. E LARSON, A. Princípios integrados de zoologia Guanabara & Koogan, 2013. RUPPERT, E,E; BARNES, D,B. Zoologia dos Invertebrados. Ed Roca. São Paulo, 1996. AMORIM, D. de S.. Fundamentos de Sistemática Filogenética. Holos Editora e

Sociedade Brasileira de Entomologia, São Paulo, 2002.

Bibliografia Complementar

SCHMIDT-NIELSEN, Knut. Fisiologia Animal - Adaptação e Meio Ambiente, 5ª edição. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2002. HÖFLING, E., OLIVEIRA, A. M. S., RODRIGUES, M. T., TRAJANO, E. & ROCHA, P. L. B..TAUNAY, A. E. & MATOS, O. N. 1999. Zoologia Fantástica do Brasil (séculos XVI e XVII). EDUSP, São Paulo1995. TRACY I. STORER. Et. Al.. Zoologia geral. 6. ed. São Paulo: McGraw-Hill Book Company, 2000.

Disciplina: Geologia e Paleontologia C/H: 80h/a

Ementa: O primeiro módulo da disciplina trata dos elementos de Geologia Geral necessários ao estudo do meio físico, permitindo que no módulo dois sejam trabalhados os elementos de Paleontologia. A disciplina define o objeto de estudo da Geologia e sua evolução histórica. Trata da estrutura, composição e dinâmica do Planeta Terra. Estuda a composição, origem e características dos minerais e rochas formadoras da crosta terrestre. Discute a ação do intemperismo na formação do solo. Informa sobre a tectônica de placas e Teoria da Deriva Continental, bem como seus reflexos (falhas, dobramentos e atividade sísmica). Fornecer ao aluno a visão básica da Paleontologia e, principalmente, suas relações com a Evolução, a Biogeografia, a Botânica, a Zoologia e a Ecologia. Proporcionar ao aluno entendimento de técnicas de coleta e preparação de fósseis, além dos cuidados com sua preservação, capacitando-o a desenvolver projetos de pesquisa nesta área.

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Bibliografia Básica

CARVALHO, Ismar de Souza (editor). Paleontologia V.1 e V.2. Rio de Janeiro: Interciência, 2004. FERNANDES, A. C. S.; BORGHI, L.; CARVALHO, I. S. & ABREU, J. C. Guia dos Icnofósseis de Invertebrados do Brasil. Editora Interciências, 2002. 260 p. POPP, J. H. Geologia geral. 5ed. Rio de Janeiro: LTC. 2010, 400p.

Bibliografia Complementar

EICHER, D. L. Tempo Geológico. São Paulo. Edgar Blücher. 1969. 172p. ERNST , W. G. Minerais e rochas. São Paulo. Edgar Blücher. 1971. 162p. WILSON TEIXEIRA et. Al. Decifrando a terra. 2ªed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.

Disciplina: Metodologia de Projetos C/H: 80h/a

Ementa: Revisão e entendimento das normas da ABNT e das normas de eventos científicos; Qualidade da redação técnico-cientifica (linguagem correta e precisa; coerência na argumentação; clareza na exposição de idéias; objetividade; concisão e fidelidade às fontes citadas); Exercícios de seleção, avaliação e qualificação de artigos científicos; Ferramentas de criatividade e de seleção de ideias; Qualificação de ideia e de metodologia de produção de trabalho técnico-científico; Pesquisa e produção de trabalho – artigo técnico-científico; Abordagem à comunicação técnico-cientifica em eventos temáticos.

Bibliografia Básica

DE SORDI, J. O.; Elaboração de pesquisa científica, 1ª edição, Editora Saraiva, 2013. LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 2013. MATIAS-PEREIRA J.; Manual de metodologia da pesquisa científica, 3ª edição, editora Atlas, 2012.

Bibliografia Complementar

VASCONCELLOS M.J., Pensamento sistêmico: O novo paradigma da ciência, Campinas, SP: Papiros, 2005. GEWANDSZNAJDER, F. O Método nas Ciências Naturais e Sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 2004 FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2003

AZEVEDO, C. B.; Metodologia Científica ao alcance de todos, 2ªEdição, Editora

Manole, 2009.

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Disciplina: Educação Ambiental C/H: 80h/a

Ementa: Conceitos básicos da educação ambiental e todos os conteúdos pertinentes à sua prática: histórico, visões, princípios, objetivos, principais encontros internacionais e legislação. Os problemas socioambientais e consequências dos impactos causados pelo ser humano. Uso dos recursos naturais renováveis e não renováveis, reciclagem, consumismo e sociedade sustentável. Noções gerais sobre conservação da biodiversidade, impactos ambientais de natureza antrópica e suas consequências. Contextualização histórica do homem e o ambiente em face das intensas alterações ambientais globais sofridas pela sociedade moderna. Tópicos em legislação ambiental e políticas públicas. O papel da Educação Ambiental nos currículos da formação formal. A Educação Ambiental e os PCNs. Educação Ambiental não formal. A mídia e a tecnologia em favor da Educação Ambiental. Análise e discussão de programas de Educação Ambiental.

Bibliografia Básica

DIAS, G.F. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 6 a ed. São Paulo : Gaia, 2000. REIGOTA, M. O Que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasiliense, 2001. LUZZI D.; Educação e meio ambiente uma relação intrínseca, Editora Manole, 2012. GUIMARÃES, M. Educação Ambiental: No consenso um debate? Campinas: Papirus, 2007.

Bibliografia Complementar

Arlindo Philippi Jr e Maria Cecília Focesi Pelicioni (orgs.). Educação ambiental e sustentabilidade 2ed. Editora: Manole, 2013.CASCINO, F. Educação Ambiental: princípios, história, formação de professores – 4ª ed. – São Paulo: Editora Senac, 2007. SATO M. ; CARVALHO I.; Educação Ambiental: Pesquisa e Desafios, Porto Alegre,Editora Artmed, 2008.

Disciplina: Libras C/H: 80h/a

Ementa: Estudo de temas considerados relevantes para o exercício da função do professor. Aspectos sobre a educação de surdos, línguas de sinais, a história e a aquisição da escrita pelo surdo. A importância da LIBRAS no desenvolvimento sócio-cultural do surdo. Vocabulário básico em LIBRAS.

Bibliografia Básica

Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trílingue, Língua de Sinais Brasileira.Volume 1- Fernando César Capovilla, Walquiria Duarte Rafael. 3.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,2001. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trílingue, Língua de Sinais Brasileira.Volume 2- Fernando César Capovilla, Walquiria Duarte Rafael. 3.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,2001. QUADROS, Ronice Müller de. Educação de Surdos: A Aquisição da Linguagem. Porto Alegre: Grupo A, 2011

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Bibliografia Complementar

LUCHESI, Maria Regina Chirichella. Educação de pessoas surdas: Experiências vividas, histórias narradas. Campinas, SP. Papirus, 2003. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Livraria Martins Fontes, 2000. MOURA, Maria Cecília. Educação para Surdos - Práticas e Perspectivas II. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2011.

Módulo 6

Disciplina: Ecologia C/H: 160h/a

Ementa: A disciplina trata da evolução histórica da Ecologia e da importância em compreender as relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente como forma de garantir a conservação da natureza para as futuras gerações. Aborda a distribuição dos seres vivos no planeta e os sistemas ecológicos através do enfoque multi-escalar, de populações a ecossistemas, possibilitando a integração das informações. Fornece informações sobre a transferência de matéria e energia na natureza, o funcionamento de ciclos biogeoquímicos e das teias alimentares. No estudo de Ecologia de Populações, trata dos processos evolutivos em populações animais e vegetais abordando a dinâmica populacional, a coevolução entre animais e plantas e as características das interações ecológicas entre populações (predação, herbivoria, mutualismo e parasitismo). Aborda de forma introdutória a ecologia comportamental e os processos evolutivos que a regem bem como as vantagens e desvantagens das diferentes estratégias de vida apresentadas. A importância da conservação do meio ambiente é tratada de forma transversal ao longo do curso.

Bibliografia Básica

ODUM, E.P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1988. 434p. RICKLEFS, R.E. A economia da natureza. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. PRIMACK, R.B.; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina: E. Rodrigues. 2001.

Bibliografia Complementar

SATO, Michèle ; CARVALHO, Isabel. Educação Ambiental: Pesquisa e Desafios. Porto Alegre: Grupo A, 2011. BEGON, Michael Begon; TOWNESEND, Colin R.; HAPER, John L. Ecologia de individuos a ecossistemas, 8 ª edição. Porto Alegre: Grupo A, 2011. GUATTARI, F., As três ecologias, 19ª Ed. Campinas, Papirus, 2008. ROSA, A. H., FRACETO, L. F., MOSCHINI-CARLOS, V.; Meio Ambiente e Sustentabilidade, Porto Alegre, Editora Bookman, 2012.

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Disciplina: Bioética e Biossegurança C/H: 80h/a

Ementa: Fundamentos da ética e bioética; Bioética: antecedentes; Aspectos históricos no desenvolvimento das biotecnologias; Códigos nacionais e internacionais de ética científica; Questões éticas em Biotecnologia; Ética e propriedade intelectual; Plágio e Fraude; Conceito de risco e biossegurança; Potencial de riscos biológicos; Gerenciamento de riscos e resíduos; Legislações, Regulamentações e Normas em Biossegurança. Serão trabalhados como tema transversal História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

Bibliografia Básica

HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança e Controle de Infecções, 2ª edição. Rio de janeiro: Grupo Gen,2012. PESSINI,L; BARCHIFONTAINE C. P, Problemas atuais de bioética, Centro Universitário São Camilo, São Paulo, 2007, 581. ROBERT M. V.; Bioética, 3ªed Editora Person Education do Brasil, 2014.

Bibliografia Complementar

GASPARINI, B. Transgenia na agricultura: analise das legislações do Brasil, da União Europeia e dos EUA - bioética, biossegurança e biodireito - impactos sociais das novas tecnologias - aspectos ambientais, econômicos e políticos, Editora Jurua, Curitiba, 2009, 374. BRAUNER M. C. C. e DURANTE V.; Ética Ambiental e Bioética Proteção Jurídica da Biodiversidade, Editora Educs, 2012. HINRICHSEN, Sylvia Lemos. Biossegurança - Ações Fundamentais para Promoção da Saúde. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2012.

Disciplina: Biologia Molecular e Biotecnologia C/H: 80h/a

Ementa: Ácidos Nucléicos: estrutura do DNA e RNA; replicação; transcrição e tradução. Organização e controle da expressão gênica em procariontes e eucariontes. Tecnologia do DNA recombinante. Biotecnologia Animal e Biotecnologia Vegetal. Uso da biotecnologia na área ambiental. Processos biológicos de transformação de resíduos. Biorremediação. A biotecnologia nos alimentos.

Bibliografia Básica

KREUZER, H. ; MASSEY, A. Engenharia genética e biotecnologia, 2ª ed. Artmed, Porto Alegre, 2002, 434. ALBERTIS, B. et al. Biologia Molecular da Célula 3.ed. Artes Médicas, Porto Alegre. 2011. 294p COX, M. M., DOUDNA, J. A., O'DONNELL M.; Biologia Molecular: Princípios e Técnicas, Editora Artmed, 2012.

Bibliografia Complementar

BROWN, Terence A. Genética um enfoque molecular. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 1999. DE ROBERTIS, EDWARD M.; HIB, JOSÉ. Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2014. OCTAVIANI, A.; Recursos genéticos e desenvolvimento, 1ª edição, São Paulo, Editora Saraiva, 2013.

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

8.2.2 NÚCLEO PARA FORMAÇÃO DE EDUCADORES

Disciplina: Didática C/H: 80h/a

Ementa: Escola, Ensino e Didática. A construção da identidade e do trabalho

docente. Tendências pedagógicas na prática educativa: implicação didática das teorias atuais e suas aplicações práticas. A Dinâmica da Sala de Aula. Planejamento e Avaliação como elementos potencializadores e organizadores do trabalho pedagógico. Recursos e Técnicas de Ensino. Projeto Político-Pedagógico e Projetos Escolares.

Bibliografia Básica

HAYDT, R. C. C.; Curso de didática geral. 8. ed. São Paulo: Ática, 2006. ZABALA, A. A prática educativa: Como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. SANTIAGO, Anna Rosa Fontella (Veiga, Ilma Passos Alencastro). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 29 ed. Campinas: Papirus, 2013.

Bibliografia Complementar

GADOTTI, Moacir. História das Ideias Pedagógicas. 8.ed. São Paulo: Ática, 1999. ALVES, J. F.;Série Educação - Avaliação Educacional - Da Teoria à Prática, Editora LTC Grupo GEN, 2013. MALHEIROS, B. T.; Série Educação - Didática Geral, Editora LTC Grupo GEN, 2012. CORDEIRO, Jaime. Didática. São Paulo: Contexto, 2007.

Disciplina: Organização da Educação Básica C/H: 80h/a

Ementa: Trabalha elementos que orientam o entendimento geral da organização da educação básica brasileira em suas dimensões históricas, políticas, sociais, econômicas e educacionais. Para tanto, aborda: a educação escolar na Segunda República, com o “Manifesto dos Pioneiros da educação Básica”; as ideias educacionais dos anos de 1930; os Ideários Liberal, Católico, Integralista e Comunista; a Pedagogia de Paulo Freire, de Dermeval Saviani e o Marxismo na Educação; a LDB 394/96; os Sistemas de Exames e Diretrizes do Governo FHC.

Bibliografia Básica:

LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. (Pimenta, Selma Garrido). Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2012. PILETTI, N.; Educação básica: da organização legal ao cotidiano escolar. São Paulo: Ática, 2010. ROMANELLI, O. O.; Historia da educação no Brasil(1930 1973). 17. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Bibliografia Complementar:

MACEDO, Lino de. Como construir uma escola para todos? Porto Alegre: Artmed, 2007. MELO, Alessandro de. Fundamentos socioculturais da educação. Curitiba: InterSaberes, 2012. PILETTI, Nelson. História da educação no Brasil. São Paulo: Ática, 2010. SANTOS, Clovis Roberto dos. Educação escolar brasileira. 2ed. Sao Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. SAVIANI, Dermeval. Historia das Ideias Pedagógicas no Brasil. Campinas-SP: Autores Associados, 2008. VEIGA, Cynthia Greive. História da Educação. São Paulo: Ática, 2007.

Disciplina: Psicologia do Ensino e da Aprendizagem C/H: 80h/a

Ementa: Considerando a importância do conhecimento acerca do desenvolvimento humano para a prática profissional do Licenciado, esta unidade de estudo aborda os processos de mudanças psicológicas – de desenvolvimento da cognição das pessoas, dos processos de crescimento e suas experiências vitais significativas – que ocorrem ao longo da vida do ser humano, da infância até a velhice. Para desenvolver esse conteúdo, apresenta uma introdução à Psicologia Evolutiva, utilizando-se de uma abordagem tripla: histórica, conceitual e metodológica.

Bibliografia Básica:

BEE, H. A. Criança em desenvolvimento. Porto Alegre: ARTMED. 2003 BOCK, A. M. Bahia, Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999. SOUZA, Marilene Proença Rabello de. Ouvindo Crianças na escola: abordagens e desafios metodológicos para psicologia. São Paulo. Casa do Psicólogo, 2010.

Bibliografia Complementar:

PILETTI, N., et al. Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo. Ed. Contexto, 2014. NOGUEIRA. M. O. G., LEAL D.; Teorias da aprendizagem: um encontro entre os pensamentos filosófico, pedagógico e psicológico. Curitiba. Intersaberes, 2013. VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico: livro para professores/Lev Semionovitch Vigotski. Apresentação e comentários Ana Luiza Smolka; Tradução Zoia Prestes. São Paulo. Ática, 2009. BARROS, C. S., Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo. Ática, 2008. CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida, Psicologia do Desenvolvimento, 2 ed, São Paulo: Ática, 2012. MENEZES, Lucianne Sant’Anna de. Desamparo. São Paulo. Casa do Psicólogo, 2008.

Disciplina: Sociedade e Educação C/H: 80h/a

Ementa: Desenvolvimento do pensamento sociológico; pensadores basilares da Sociologia; globalização, cultura e identidade; individualismo e individualidade; dimensão cultural da educação/aprendizagem. Educação como processo e técnica social. Função conservadora versus função libertadora da educação.

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Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Bibliografia Básica:

DIAS, R.; Introdução à Sociologia. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. SOUZA, João Valdir Alves de. Introdução à sociologia da educação. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. TEDESCO, Juan Carlos. Sociologia da Educação. Campinas: Autores Associados, 1995.

Bibliografia Complementar:

MARQUES, Silvia. Série Educação - Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: Grupo Gen, 2012. BRIDI, Maria Aparecida; ARAÚJO, Silvia Maria de; MOTIM, Benilde Lenzi. Ensinar e Aprender Sociologia. Editora: contexto, 2012. FERRÉOL, Gilles; NORECK, Jean-Pierre. Introdução Sociologia. Ática,2012. FERREIRA, Delson. Manual de sociologia. São Paulo: Atlas, 2010.

Disciplina: Prática de Ensino Fundamental e Médio C/H: 80h/a

Ementa: O ensino da Ciência da Natureza e Biologia como difusores dos avanços da Ciência. O papel do ensino de Ciências/Biologia como agente de conscientização de problemas sociais e ecológicos. Reconhecer e avaliar o caráter ético do conhecimento científico e tecnológico e utilizá-lo no exercício da cidadania. Planejamento das atividades e preparação do material didático no ensino de Biologia. Com o objetivo de oportunizar aos alunos a experiência de relacionar as atividades de ensino e prática profissional, será pedido que eles desenvolvam, juntamente com as atividades de estágio supervisionado, pesquisas junto aos alunos e professores.

Bibliografia Básica:

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Cengage Learning, 2013. CALLUF C.C. H.; Didática e Avaliação em Biologia, Curitiba, Editora Intersaberes, 2012. MENEZES, Gilda. Como usar outras linguagens na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2006. Bibliografia Complementar:

CALIL P.;O Professor Pesquisador no Ensino de Ciências, Curitiba, Editora Intersaberes, 2014. GODEFROID, R. S.; O Ensino de Biologia e o Cotidiano. Curitiba, Editora Intersaberes, 2014. ALVES, J.F.; Série Educação - Avaliação Educacional - Da Teoria à Prática, Editora LTC Grupo GEN, 2013. ESPINOZA, A.; Ciências na Escola novas perspectivas para a formação dos alunos, São Paulo: Ática, 2012.

91

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

8.3 NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

8.3.1 TUTORIA

O tutor tem um papel estratégico em todas as atividades em unidades de

estudo em EaD. Uma de suas atribuições principais é a de orientar o aluno para que

se conscientize de que ele estuda para seu próprio desenvolvimento profissional.

Para isso, é motivado a agir de forma responsável quanto às tarefas, prazos e tempo

de dedicação ao estudo e à pesquisa. A atuação do tutor é, em grande parte,

responsável pelo sucesso do projeto do curso.

O tutor acompanha turmas de, no máximo, 40 alunos e tem a função de

complementar, apoiar e avaliar os estudantes em seu percurso, além de ser

mediador entre currículo, interesses e capacidades dos alunos. Monitorando os

intervalos de tempo de acesso ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), pode

estabelecer, se necessário, contato telefônico com os alunos, identificando aqueles

que estão se distanciando do curso.

Para dar o devido suporte aos alunos, especialmente em dúvidas e questões

sobre os conteúdos dos temas abordados em aulas, o tutor conta com o apoio do

professor da respectiva unidade de estudo, que atua como professor formador.

É responsável pela condução e orientação nos encontros presenciais e por

plantões presenciais específicos, determinados no calendário acadêmico. Deve

apresentar, em seu perfil, as seguintes competências:

- Atuar como mediador: conhecer a realidade de seus alunos em todas as

dimensões (pessoal, social, familiar, escolar etc);

- Oferecer possibilidades permanentes de diálogo, saber ouvir, ter empatia e

manter uma atitude de cooperação, assim como proporcionar experiências de

melhoria de qualidade de vida aos alunos;

- Possuir fundamentos, metodologias e estrutura sobre a educação a

distância, a fim de sustentar as bases pedagógicas da aprendizagem frente ao

comportamento dos sujeitos;

- Dominar procedimentos de pesquisa e de confecção de materiais didáticos

nas mais diferentes mídias;

92

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

- Possuir habilidades de comunicação, relacionamento interpessoal, liderança,

dinamismo, iniciativa, entusiasmo, criatividade e capacidade para trabalhar em

equipes.

O tutor a distância atende os alunos via ambiente virtual, podendo interagir

com a turma através de chats, fóruns e e-mail.

8.3.2 INFRAESTRUTURA E PROCESSOS DE ACOMPANHAMENTO DOS

ALUNOS

8.3.2.1 REDE E EQUIPAMENTOS

Para o efetivo desenvolvimento de unidades de estudo em EaD, embora

prescinda da relação presencial em todos os momentos do processo, esta

modalidade exige o diálogo constante entre alunos, professores, tutores,

coordenadores de curso e equipe de apoio do NEaD. Por este motivo, é

imprescindível uma organização em rede que possibilite o processo de interlocução

permanente entre todos os atores da ação pedagógica. Em vista disso, para aqueles

usuários que não possuem acesso próprio à Internet, o NEaD disponibiliza 8

laboratórios de informática, com um total de 200 computadores de grande

capacidade, e link de Internet de 10 MB compartilhados.

A gravação das web aulas é feita por profissionais altamente capacitados, em

dois estúdios, construídos com isolamento acústico total e com três diferentes

cenários para simular ambientes reais, além de camarins e sala para entrevistas,

aulas e jornalismo. Cada estúdio é equipado com computadores; mesa de áudio

Behinger; mesa de corte Roland; projetor multimídia Hitachi; lousa interativa

elnstruction; câmera filmadora Panasonic; Kit de iluminação digital Mako; TV de LED

42”, entre outros equipamentos.

93

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

8.3.2.2 ACOMPANHAMENTO E APOIO AOS ALUNOS

O monitoramento do percurso dos alunos é feito nos encontros presenciais e

virtuais, sendo que, pela plataforma MOODLE, é possível acompanhar a quantidade

e qualidade da participação dos alunos nos diferentes espaços de trabalho e de

discussão. Em encontros presenciais são realizadas também avaliações de

desempenho dos estudantes e, ao final de cada semestre, em tempo

especificamente destinado a este fim (em consonância com o que dispõem o

Parecer CNE/CNES 261/2006 e a Resolução m.º 3 de julho de 2007), é realizada

uma avaliação escrita, elaborada pelo conjunto de professores das unidades de

estudo, juntamente com o coordenador do Curso, observando o caráter

interdisciplinar das unidades e sua correlação direta com o módulo em que a

unidade está alocada.

94

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

9 AS ATIVIDADES PRÁTICAS

O curso de Ciências Biológicas oferece aos acadêmicos do Curso de

graduação, anualmente, atividades essenciais ao aprimoramento profissional,

consagradas institucionalmente como atividades complementares. Dentro desse

propósito, desde a criação do curso em são oferecidos e desenvolvidos pela

comunidade acadêmica palestras, oficinas e os Encontros de Formação de

Educadores. Paralelamente, também são oferecidas atividades em projetos de

extensão universitária, de âmbito institucional, Cursos complementares na área

educacional (oficinas pedagógicas), além de aulas realizadas nos sábados letivos.

Atualmente o curso está reestruturando 2 projetos de extensão internos, que

devido a não oferta dos cursos ficaram suspensos, o Projeto de Reciclagem de

Resíduos e o Centro de Ciências Bioespaço, e está sendo idealizado o Centro de

Biotecnologias possibilitando a atuação dos discentes, com a finalidade de promover

diversas vivências, transpondo para a prática os ensinamentos teóricos. Além disso,

o Curso de Ciências Biológicas firmou uma parceria com o Grupo São João Mais

Verde para atuar na revitalização de Bosques e Parques do Município, a fim de que

tais locais se transformem espaços para se desenvolver Educação Ambiental.

9.1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O Estágio Supervisionado é uma exigência que se encontra firmada na

LDBEN n.º 9394/96, dos cursos de formação de profissionais da educação dos

Cursos de Licenciatura. Determinam a Lei n.º 6494/77 e o Decreto Federal n.º

87497/82 que os estágios deverão ser cumpridos por seus estudantes, futuros

profissionais da educação, no decorrer do seu curso de graduação.

A formação de profissionais da educação, de modo a

atender os objetivos dos diferentes níveis e modalidades de

ensino e às características de cada fase do desenvolvimento

do educando, terá como fundamentos:

I – a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a

capacitação em serviço.

95

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

II – aproveitamento da formação e experiências anteriores em

instituições de ensino e outras atividades. (Art. 61 da Lei

9394/96)

Conforme a Resolução CNE/CP 2 de 19/02/2002 que institui a duração e a

carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de

professores da Educação Básica em nível superior é obrigatória a realização de 400

horas de Estágio Curricular Supervisionado. Entretanto, para os estudantes que

exercem atividade docente regular na educação básica será possível a redução da

carga horária do estágio curricular supervisionado até no máximo de 200 horas.

No Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, o Estágio Curricular

Supervisionado de Ensino será desenvolvido a partir do meio do curso. Em cada um

dos módulos, caberá ao aluno/estagiário o desenvolvimento das atividades previstas

no Regulamento de Estágio. Integrante do Projeto Pedagógico do Curso de

Licenciatura em Ciências Biológicas, este Projeto do Estágio Curricular

Supervisionado sustenta-se na legislação que trata da formação de Professores da

Educação Básica, aparato legal que traz um novo paradigma dessa formação,

expresso, dentre outros, em eixos articuladores das dimensões a serem

contempladas na formação docente (Resolução CNE/CP 1/2001). A legislação em

vigor, conforme colocado anteriormente, traz os elementos fundamentais que deram

sustentação à estruturação e organização deste Projeto, planejado a partir dos

princípios e objetivos gerais propostos para o estágio, conceituado como:

(...) um tempo de aprendizagem que, através de um período de

permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para

aprender a prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou

ofício. Assim, o estágio curricular supervisionado supõe uma relação

pedagógica entre alguém que já é um profissional reconhecido em um

ambiente institucional de trabalho e um aluno estagiário. Por isso é

que este momento se chama estágio curricular supervisionado.

(Parecer CNE/CP 28/2001, p. 10)

9.1.1 OBJETIVOS DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Os objetivos do Estágio Supervisionado do Curso de Ciências Biológicas do

Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos - UNIFEOB são:

96

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

- Proporcionar oportunidade de vivências, que permitam aplicar

conhecimentos teóricos, através da experiência em situações reais

do exercício da futura profissão.

- Proporcionar complementação ao ensino e à aprendizagem, sendo

um instrumento de vivências significativas, aprofundamento

científico, cultural e de relacionamento humano.

- Contribuir para um maior aprofundamento teórico-prático do

estudante do Curso de Biologia;

- Proporcionar situações e vivências que aprimorem sua formação e

atuação profissional;

- Contribuir para que o estudante sistematize uma análise crítica a

partir do confronto entre os conhecimentos e habilidades

desenvolvidas no Curso de Ciências Biológicas e as atividades

pedagógicas cotidianas;

- Possibilitar maior interação entre o Curso de Biologia – UNIFEOB

com os estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio das

redes pública e privada.

O Estágio Supervisionado no que diz respeito às atividades realizadas em

campo, também deverá ser abordado em conteúdos específicos nas unidades de

estudo de Prática de Ensino ou Pedagógica de Formação devendo:

- Proporcionar ao estudante dos cursos de Licenciatura o

aprimoramento teórico referente a temas da área educacional,

relevando aqueles que são advindos das vivências em campo;

- Desenvolver ações em distintos campos de atuação do futuro

professor tendo em vista a proposta curricular de seu curso de

Licenciatura em seu Projeto Político Pedagógico;

- Promover a integração e interação do estudante estagiário com a

Instituição onde realiza os estágios.

9.1.2 FORMATO DOS ESTÁGIOS

O estágio supervisionado constitui-se em atividade obrigatória para a

formação de professores. Deve ser acompanhado por um profissional habilitado para

ministrar aulas de ciências/biologia nos níveis fundamental e médio do ensino e por

profissionais da educação vinculados a uma instituição de ensino.

97

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Serão realizadas atividades “Observação” da escola como um todo, ou

seja, nos seus aspectos físicos, humanos e pedagógicos.

Deverão ser realizadas atividades “Regência” na disciplina de Português e

suas respectivas literaturas, tanto no nível Fundamental como no Nível Médio, que

deverão vir acompanhadas do “Plano de Aula” e da “Ficha de a Avaliação” do

professor da classe em que a aula foi dada.

Serão realizadas, ainda, atividades “Participação” em conjunto com os

alunos das Escolas de Ensino Fundamental e Médio onde o estágio será sendo

realizado como também com a comunidade.

Todas as atividades de Estágio Supervisionado deverão ser devidamente

registradas na “Ficha Cumulativa de Controle de Estágio” e arquivadas no setor

Conexão, que integra o Núcleo de Desenvolvimento e Inovação (NDI).

Nesta ficha deverá constar o carimbo do órgão e/ou Unidade Escolar, uma

foto do estagiário e a assinatura do respectivo responsável, devidamente

credenciado (com carimbo).

A partir do 5º módulo do curso os alunos devem entregar relatórios parciais de

estágio em que constem as descrições e reflexões acerca das atividades

desenvolvidas, entre eles pede-se: um relatório das observações de aulas no ensino

fundamental ou médio, um relatório do contexto físico-organizacional da escola onde

o aluno está estagiando, um relatório das aulas de regência, o plano de aulas das

aulas regidas pelo aluno, uma avaliação da aula regida feita pelo professor

responsável pela turma em que a aula foi dada, projetos de aplicação pedagógica,

relatório do desenvolvimento dos projetos, entre outros documentos conforme o

caso. Ao final do sexto semestre é entregue o relatório final de estágio em que

devem constar todos os itens mencionados acima, acrescido de texto reflexivo

acerca da realidade escolar.

Ressalta-se que as atividades a serem realizadas no estágio supervisionado

são vinculadas às disciplinas/unidades de estudo de cada módulo, integrando as

reflexões acerca dos conteúdos desenvolvidos em sala de aula.

Embora articuladas às disciplinas/unidades de estudo apresentadas no

quadro, cabe recolocar que as atividades de estágio devem ser pensadas como

intrinsecamente articuladas com a prática e com as atividades de trabalho

98

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

acadêmico, conforme Parecer CNE/CP 28/2001, implicando, portanto,

responsabilidade coletiva, e não apenas do professor responsável pelo estágio, no

que toca principalmente às discussões para o seu planejamento e avaliação.

Caberá aos professores indicados pela coordenação do curso, face às

atividades planejadas para cada momento da formação, atribuir horas para as

mesmas, totalizando as horas previstas para cada etapa. Entretanto, por

entendermos que as competências e conhecimentos exigidos na prática profissional

devem ser aprendidos para serem colocados em ação, e sendo este um dos

objetivos gerais do estágio, propomos atribuição de horas para cada etapa do Curso,

com início na segunda metade do curso, para atividades intrinsecamente,

relacionadas à prática docente:

O relatório final de estágio deverá ser encadernado, e as fichas e o relatório

final referente ao Estágio Supervisionado deverão ser entregues na data fixada pelo

professor responsável. A não entrega dos mesmos no prazo estipulado antes dos

dias destinados ao exame final levará o estudante a sua reprovação. A entrega

deverá ser protocolada também no setor Conexão, no Campus II do Unifeob.

9.2 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

No Curso de Ciências Biológicas da UNIFEOB, o Trabalho de Conclusão de

Curso consiste na realização, pelo aluno, de uma pesquisa bibliográfica, documental

ou estudo de caso, com objetivo de produzir um trabalho acadêmico na área de seu

interesse, dentre os vários assuntos veiculados pelas disciplinas ministradas. O

Trabalho de Conclusão de Curso é obrigatório a todos os alunos matriculados no

Curso, e será melhor desenvolvido durante o quinto e sexto módulos.

O objetivo da elaboração deste trabalho final é proporcionar ao aluno a oportunidade

de:

- organizar os conhecimentos que adquiriu sobre um determinado assunto dentro

da área das ciências biológicas e ciências pedagógicas estudadas ao longo do

curso;

99

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

- aplicação de procedimentos de análise, interpretação de texto e aplicação

metodológica para a pesquisa;

- iniciar-se na pesquisa acadêmica e científica para sua formação continuada em

cursos de pós-graduação que exijam a capacidade de elaboração de projetos,

monografias e teses.

Para o colegiado de curso, o TCC deve ser considerado como um processo

de amadurecimento do aluno que se dá ao longo de seu curso, seja no que diz

respeito à sua formação profissional. Além dos objetivos formalmente estabelecidos

e já citados, considera-se, ainda, que o TCC vem complementar a formação do

aluno no sentido de integrar os conhecimentos, tanto no que se refere à parte teórica

como à prática vivenciada durante sua participação nos estágios supervisionados e

projetos desenvolvidos durante o curso, além de iniciá-lo em relação à produção e

transmissão de conhecimento científico na área educacional.

Realizar um trabalho, ou tecer considerações sobre algo que se elaborou tem

representações simbólicas e estas podem ser consideradas de forma muito positivas

para a vida do futuro profissional. Apresentar uma nova ideia, expor-se, mostrar as

próprias ações, pensamentos e estilo próprio contribuem também para a autoestima

do aluno e para os docentes do curso pelos resultados que se apresentam.

Os Mecanismos efetivos de acompanhamento e de cumprimento do trabalho

de conclusão de curso são:

– Formalizar um convite de orientação Relatório Científico ao orientador de sua

escolha através da entrega de carta de aceite assinada pelo orientador convidado.

– Foi escolhido o artigo científico como formato de TCC, o qual deve ser elaborado

mediante a um projeto desenvolvido na escola onde o aluno realiza o estágio

supervisionado relacionando aos conceitos biológicos aprendidos ao longo do

Curso.

Os alunos deverão desenvolver pré-projeto e projeto, relativos ao trabalho de

pesquisa e condução deste deve ser acompanhado pelo orientador.

Após a conclusão do trabalho o aluno deverá apresentá-lo por meio de pôster

a um docente escolhido, denominado de docente relator, ou ainda poderá ser

submetido a uma banca examinadora, a qual deverá avaliar o Trabalho de

Conclusão de Curso de acordo com os critérios abaixo:

100

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

a.) a atualidade e originalidade do tema escolhido;

b.) o processo de investigação utilizado;

c.) o material bibliográfico utilizado;

d.) a correta utilização das normas para realização de trabalhos acadêmicos.

9.3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Em relação às atividades complementares, a Resolução CNE/CP 2, de

19/02/2002, definiu que a carga horária dos cursos de Formação de Professores da

Educação Básica, em licenciatura, deverá ter 200 horas destinadas às atividades

acadêmico-científico-culturais.

As atividades acadêmico-científico-culturais são compostas pela participação

do aluno dos cursos de Licenciatura em atividades de ensino, de pesquisa, extensão

e de caráter social e têm o propósito de enriquecer o conteúdo curricular proposto

pelo curso, podendo ser adquiridas inclusive, fora do ambiente acadêmico.

São consideradas atividades complementares, dentre outras:

As Disciplinas extracurriculares ministradas nos Cursos de Licenciaturas ou em

outros Cursos do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos ou,

ainda, aquelas ministradas fora da Instituição, na qual será caracterizada como

10 horas por disciplina cursada.

Disciplinas integrantes dos demais cursos de graduação do Unifeob - podem ser

aproveitadas como Atividades Complementares, observados os critérios de

afinidade definidos pela Coordenação do curso frequentado pelo aluno. Até 80

horas por atividade realizada.

Atividades de monitoria - essas atividades devem estar vinculadas a um projeto

acadêmico de um professor dos Cursos de Licenciatura, validado pela

Coordenação do Curso frequentado pelo aluno, sendo a carga horária constante

na certidão/ declaração. Até 80 horas por atividade realizada.

Atividades extracurriculares - vinculadas às disciplinas curriculares ministradas

nos Cursos de Licenciatura do Centro Universitário da Fundação de Ensino

101

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Octávio Bastos, realizadas fora do horário normal de aulas, correspondentes a 10

horas por atividade cursada.

a) Visitas a Feiras Científicas e Culturais;

b) Visitas a Empresas e Instituições que tenham relação direta ou indireta com

as diversas áreas da Licenciatura cursada;

c) Aula de campo através de atividades práticas de observação do meio;

Atividades complementares de pesquisa, dentre outras: participação do aluno em

projetos e programas de pesquisa voluntária, remunerada ou não, orientada por

docentes dos Cursos de Licenciatura. Estas atividades serão examinadas pela

Coordenação do Curso, para sua validação, mediante apresentação de

documentação correspondente.

Elaboração e editoração de publicações, cuja carga horária será a seguinte:

a) publicação de resumos em horas (h):

Evento Local: 15 h

Evento Regional: 15 h por resumo apresentado

Evento Estadual: 20 h por resumo apresentado

Evento Nacional: 25 h por resumo apresentado

Evento Internacional: 30 h por resumo apresentado

b)publicação de trabalhos completos em:

Evento Local: 20 h por resumo apresentado

Evento Regional: 20 h por resumo apresentado

Evento Estadual: 25 h por resumo apresentado

Evento Nacional: 30 h por resumo apresentado

Evento Internacional: 35 h por resumo apresentado

c) publicação de artigos em revistas e periódicos:

Local: 25 h por resumo apresentado

Regional: 25 h por resumo apresentado

Estadual: 25 h por resumo apresentado

Nacional: 50 h por resumo apresentado

Internacional: 50 h por resumo apresentado

São consideradas atividades complementares de extensão, dentre outras:

102

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Projetos e programas de extensão - coordenados pelo Centro Universitário da

Fundação de Ensino Octávio Bastos ou por quaisquer de seus Cursos;

Eventos diversos na área das Licenciaturas - como seminários, jornadas,

simpósios, palestras, congressos, conferências, cursos, minicursos e outros,

validados pela Coordenação do Curso, cuja carga horária deve ser a

constante nos documentos de convalidação.

Estágios extracurriculares - cuja carga horária corresponde a constante no

certificado, desde que não ultrapasse o limite de 40% (quarenta por cento) da

carga horária total prevista para as "Atividades Complementares".

São consideradas atividades complementares de cunho social, dentre outras:

A representação estudantil em órgãos discentes – com comprovação

mediante cópia autenticada da ata de posse ou eleição, dar-se-á da seguinte

forma:

a) representação oficial de turma: 10 h por ano;

b) representação no Diretório Central Estudantil: 10 h por ano;

c) representação em órgão regional: 20 h por ano;

d) representação em órgão nacional (UNE): 30 h por ano de atividade;

Participação em atividades esportivas municipais, estaduais ou nacionais –

representando o Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos.

9.4 ATIVIDADES DE PESQUISA

O corpo docente do curso de licenciatura em Ciências Biológicas acredita ser

fundamental a criação de espaços alternativos que proporcionem a ampliação do

horizonte cultural e do desenvolvimento da autonomia dos nossos egressos. Nesse

sentido, pretende-se criar grupos de pesquisa que promovam iniciação científica na

área de Biologia, realizando pesquisas, participando de congressos, seminários e

outros eventos técnico-científicos.

É de grande relevância a existência de espaços nos quais professores e

alunos compartilhem reflexões sobre o cotidiano da vida escolar, buscando

diagnosticar problemas e apontar soluções através das práticas que aperfeiçoam e

refazem as teorias. Para isso, buscaremos realizar, ao longo dos semestres letivos,

103

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

oficinas, palestras e laboratórios temáticos para que seja possível criar espaços para

a formação dos alunos e, ao mesmo tempo, promover a integração com a

comunidade e com os professores da escola básica.

Todas essas ações visam à constituição de uma nova cultura institucional,

consoante com as atuais orientações para a formação de professores em cursos

superiores. De acordo com os PARECER CNE/CP 9/2001 do MEC “os cursos de

preparação de futuros professores devem tomar para si a responsabilidade de suprir

as eventuais deficiências de escolarização básica que os futuros professores

receberam tanto no ensino fundamental como no ensino médio”.

Os projetos de pesquisa poderão ser elaborados em todas as áreas da

Biologia, e ficará a critério do professor o número de alunos sob sua

responsabilidade. Os professores serão estimulados a encaminhar os projetos de

pesquisa para órgãos de fomento à pesquisa como a FAPESP e o CNPq, além de

Fundações Filantrópicas de Apoio à Pesquisa, para angariarem fundos para o

desenvolvimento das atividades.

9.5 ATIVIDADES DE EXTENSÃO NA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

O componente curricular formativo do trabalho acadêmico do Curso de

Ciências Biológicas inclui, além do ensino presencial (disciplinas obrigatórias),

outras atividades de caráter acadêmico, científico e cultural (ACC) e de extensão

(AE), aprimorando o processo formativo do profissional biólogo. Seminários,

apresentações e exposições acadêmicas, participação em eventos científicos,

monitorias, projetos de ensino, relatórios de pesquisas, atividades de extensão,

estágios não obrigatórios, entre outras, são modalidades desse processo formativo.

O curso de Ciências Biológicas além de oferecer as atividades regulares dos

próprios projetos desenvolvidos pelo curso, também oferece possibilidades de

participação em diferentes atividades que são registradas como atividades

complementares e inerentes à formação do futuro professor da área de Biologia.

O Curso de Ciências Biológicas está reativando Projetos de Extensão,

anteriormente desenvolvidos e conta com parcerias, cujas ações poderão contribuir

104

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

para a formação completa do biólogo licenciado assim como permite uma visão mais

próxima do mercado de trabalho, dentre tais projetos podemos citar o Projeto

Reciclagem de Resíduos, Centro Bioespaço, Centro de Biotecnologia, a ser

implantado.

O Projeto Reciclagem de Resíduos se preocupa em minimizar os impactos

causados pelos resíduos no ambiente, desenvolvendo atividades de educação

ambiental junto aos funcionários, docentes e discentes, das Faculdades dos Campi,

no intuito de destinar seus resíduos sólidos às empresas recicladoras através de

coleta seletiva nas dependências da Instituição.

Implantado em 2001, o Projeto de Reciclagem teve como objetivo maior,

sensibilizar a comunidade que utiliza as dependências da Unifeob para que, a partir

das suas reflexões possa agir e acreditar que é possível mudar a realidade do

espaço em que se vive, trabalha e mora tornando-o muito melhor.

O Projeto de Reciclagem, implantou em todos os campi da Instituição,

seguindo as orientações do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)

Resolução 275, postos de entrega voluntária (PEVs), lixeiras coloridas, onde a

pessoa pode descartar papel, plástico, metal e lixo orgânico.

Além do trabalho desenvolvido na Instituição o Projeto de Reciclagem,

promoveu atividades de orientação nas escolas de ensino fundamental e médio e

comunidade regional, no sentido de conscientizar os alunos e demais cidadãos aos

problemas ambientais, desenvolvendo atividades lúdicas de educação ambiental.

Suas atividades de coleta seletiva e educação ambiental foram interrompidas,

em 2010, pelo curso uma vez que a demanda de alunos no período diminuiu

consideravelmente. Atualmente o projeto encontra-se em fase de reestruturação e

será integrado ao Projeto de Gestão Ambiental Unifeob desenvolvido pelo Curso

Superior de Tecnologias em Gestão Ambiental. Essa fusão vem complementar o

Projeto de Reciclagem de Resíduos, ampliando as ações, minimizando os impactos

ambientais causados nos âmbito da Instituição.

O Centro de Ciências BIOESPAÇO está vinculado ao curso de Ciências

Biológicas da Unifeob, em São João da Boa Vista – SP. Este centro foi criado

visando um trabalho de extensão, onde os docentes do curso de Ciências Biológicas

e alunos da Instituição pudessem contribuir com a comunidade regional através do

105

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

desenvolvimento de atividades dinâmicas e inovadoras relacionadas aos temas das

ciências da vida. O BIOESPAÇO pretende contribuir com a qualidade do ensino de

ciências, principalmente nas escolas públicas da região e difundir a popularização da

ciência, através de ações inclusivas da comunidade em geral.

O Centro de Ciências BIOESPAÇO utiliza as instalações e área verde do

campus II da Unifeob. A maioria das atividades é realizada nos laboratórios de

Ecologia, Microbiologia, Zoologia, Botânica e Biologia Aquática cujo espaço e

disponibilização de equipamentos (ópticos e áudio-visuais).

O Centro de Ciências BIOESPAÇO foi criado em 2002 e realizando atividades

de ciências dinâmicas, mediante agendamento prévio, com alunos do ensino

fundamental e médio da região de São João da Boa Vista. Estas atividades são

propostas em conjunto com os professores responsáveis e alunos do curso e

planejadas de maneira a atender da melhor forma possível os interesses docentes e

discentes convidados. Todas as atividades estão baseadas na experimentação e

discussão dos resultados obtidos pelos alunos.

Realizado uma vez por ano, uma feira com o objetivo de divulgação científica

intitulada BIOESPAÇO para Todos, aberta a toda a população da região de São

João da Boa Vista, no intuito de divulgar as atividades realizadas no Projeto

BIOESPAÇO. A feira BIOESPAÇO pra Todos é realizada desde 2002 e tem

recebido mais de 2000 visitantes, inclusive população de baixa renda, uma vez que

a Instituição proponente disponibiliza transporte gratuito para o evento. Em 2005 tal

feira não foi realizada, sendo esta atividade retomada em 2006 com atividades e

oficinas desenvolvidas pelos alunos dos diversos cursos da UNIFEOB. Os alunos de

Ciências Biológicas desenvolvem oficinas práticas nas disciplinas de Práticas e

Vivências. Nos últimos anos têm aumentado consideravelmente o público visitante,

principalmente das escolas da rede pública e particular da região de São João da

Boa Vista. Atualmente esta feira abrange todos os cursos do UNIFEOB

transformando-se no UNIVERSO UNIFEOB. Este espaço atualmente vem promover

onde o Curso de Ciências Biológicas e demais Cursos da Instituição expõem seus

saberes e suas experiências profissionais.

O Centro de Biotecnologia é um projeto de extensão está sendo articulado a

desenvolver atividades multidisciplinares, envolvendo os Cursos de Ciências

106

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Biológicas, Engenharia Agronômica e Medicina Veterinária, pretende-se realizar

pesquisa e serviços nas áreas de fertilização in vitro e células tronco, quanto a estas

duas vertentes, diversas pesquisas já estão sendo desenvolvida no curso de

Medicina Veterinária, no entanto o Curso de Ciências Biológicas contribui na

manipulação de biologia molecular. Outra ação deste Centro é no desenvolvimento

de biotecnologias para Micropropagação Vegetal e nesse caso ocorre integração

com o curso de Engenharia Agronômica. Esse Projeto tem como finalidade promover

ações multidisciplinares entre os cursos citados, abrir mais um campo de

experimentação e vivências na área de Biotecnologia, permitindo o exercício

profissional, prevê também o desenvolvimento de Cursos de Extensão nas áreas de

conhecimento produzido por estas atividades.

Para viabilizar, ainda, o acesso às atividades de Extensão, há a

Semana/Encontro Acadêmico - uma Semana de Biologia / Encontro de Formação

de Educadores por ano- que tem por objetivos:

promover o intercâmbio entre as diferentes áreas de ensino-pesquisa-

extensão do curso;

proporcionar discussões acerca das áreas da biologia;

divulgar resultados dos projetos de pesquisa e de extensão de alunos de

Graduação, de Pós-graduação e de professores.

A Semana/Encontro contempla uma programação diversificada, que atende

diferentes áreas do curso, destacando as seguintes modalidades:

a) Apresentação de painéis

b) Comunicações Individuais

c) Comunicações Coordenadas

d) Simpósios

e) Conferências / Palestras

f) Míni-cursos (e/ou Oficinas)

g) Apresentação de atividades artístico-culturais, como performances teatrais,

musicais etc.

107

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

10 ATIVIDADES DE ATENDIMENTO E APOIO ACADÊMICO

AOS DISCENTES

Ao considerar que o papel do educador é mediar o processo de formação

acadêmica dos futuros profissionais, a coordenação sempre disponibiliza horários de

atendimento acadêmico, o que facilita o aprendizado em sala de aula, esclarece

dúvidas do aluno, incentiva a complementação do seu estudo, orienta trabalhos para

apresentação em eventos, promove estudos dirigidos e orientação profissional, bem

como desperta o espírito crítico buscando novos desafios e a integração

professor/aluno.

10.1 ATIVIDADES DO PROGRAMA DE NIVELAMENTO

O Projeto Institucional de Nivelamento destina-se, primeiramente, aos alunos

matriculados no primeiro e segundo módulos dos cursos de Graduação do

UNIFEOB, visando possibilitar ao acadêmico recém-chegado à Instituição um

contato com novas estratégias de atendimento e formato das atividades

pedagógicas desenvolvidas para a superação de dificuldades de aprendizagem;

além de ações específicas dos cursos, em razão de necessidades pontuais

apresentadas no desempenho de aprendizagem do aluno.

As ações institucionais de nivelamento objetivam:

Possibilitar ao ingressante a revisão dos conteúdos básicos das disciplinas de

Matemática e Língua Portuguesa, enfatizando os seus fundamentos através

de estratégias de atendimento e do formato das atividades pedagógicas a

serem desenvolvidas para superação de dificuldades de aprendizagem;

Reduzir problemas como evasão ou reprovação já nas primeiras séries do

curso, ensejando a adoção de métodos pedagógicos que permitam a

reorientação do processo ensino-aprendizagem e o resgate dos conteúdos

não assimilados ou mal sedimentados pelo aluno no Ensino Médio, essenciais

ao aprendizado universitário.

108

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

As atividades dos projetos de nivelamento são organizadas e ofertadas de

forma paralela às atividades letivas dos cursos de graduação, proporcionando ao

aluno a oportunidade de superar as dificuldades à medida que se constate a

insuficiência do aproveitamento, sendo realizada a distância, sob a forma de web-

aula, em dias e horários conforme a disponibilidade do aluno, podendo apoiar-se em

textos didáticos ou gravações de áudio e vídeo ou meios eletrônicos que se

encontram disponíveis. Tal programa de nivelamento está organizado em 06

módulos, com carga horária total de 40 horas, a saber:

I - Módulos I, II e III – Língua Portuguesa;

II - Módulos I, II e III – Matemática;

10.2 ATIVIDADES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE ATENÇÃO

AO ESTUDANTE

O ingresso na Universidade pode provocar sentimentos paradoxos que vão

da euforia à disforia. Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a

provas tradicionais, onde é medida apenas a memorização de conteúdos. Ao

contrário, os instrumentos são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada

módulo, de forma integrada, e devem fazer parte de um Contrato Didático, pactuado

entre professores e alunos, para que possam promover a integração e aumentar o

grau de confiabilidade entre alunos, professores e Instituição. A auto avaliação é um

importante componente do processo.

Dos instrumentos devem constar provas práticas e teóricas integradas,

pesquisas, relatórios de atividades e visitas técnicas, estudo de casos, diagnóstico

ou prognóstico sobre situações de trabalho e, ainda, os produtos gerados pelos

projetos desenvolvidos.

Para acompanhar o desenvolvimento das competências atitudinais, os

professores preenchem uma ficha de avaliação, onde pontuam a evolução de cada

aluno, em dois diferentes momentos do módulo. Esse processo permite que a real

situação do aluno seja acompanhada constantemente, evitando que somente seja

109

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

conhecida ao final do semestre letivo. Dessa forma, se, ao longo do semestre,

forem identificadas, tanto pelos professores como pelo próprio aluno, quaisquer

situações que dificultem o seu desenvolvimento, e que não possam ser solucionadas

no ambiente da sala de aula, a Instituição conta com o apoio de um grupo de

profissionais internos que fazem parte do NAP - Núcleo de Apoio Psicopedagógico.

Dificuldades de aprendizagem, de integração e relacionamento interpessoal e

profissional no ambiente acadêmico, problemas comportamentais estão entre os

assuntos que competem ao Núcleo.

Composto por psicólogo, pedagogo, psicopedagogo e professores, com perfis

e treinamento apropriados para atender aos objetivos específicos do setor, o NAP

constitui um serviço de prevenção e intervenção oferecido ao estudante para

melhorar sua qualidade de vida acadêmica e, consequentemente, seu processo de

aprendizagem e formação como indivíduo e profissional.

Os atendimentos podem ser individuais, por busca espontânea do próprio

aluno, ou por encaminhamento (de professores, coordenadores etc.), e coletivos

(palestras, dinâmicas, seminários, encontros com pequenos grupos), por solicitação

de professores, alunos etc.

Os procedimentos realizados pelo NAP constituem-se em importante

ferramenta para o atendimento ao aluno e identificação precoce de quaisquer

dificuldades. Dessa forma, podem ser tomadas providências para tentar reverter o

processo e evitar prejuízos que possam comprometer o seu pleno desenvolvimento.

Além da avaliação realizada pelo corpo docente, é feita uma avaliação

externa, de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica, que é aplicada para

verificação das competências e habilidades predefinidas e do desenvolvimento de

cada módulo.

O NDI (Núcleo de Desenvolvimento e Inovação) foi criado no primeiro

semestre de 2014 pela UNIFEOB com o objetivo de difundir, divulgar e aprimorar a

formação e a prática empreendedora. Para isso, estarão disponíveis com o NDI

novas ferramentas para o desenvolvimento da formação empreendedora no ensino

superior, dentro do modelo pedagógico de formação por competências. Na criação

de empresas, o NDI também concentra suas ações em estimular e incentivar a

capacidade para investigar e criar soluções. Isso graças ao trabalho de

110

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

aprimoramento de um perfil proativo, inovador, entre outras qualidades evidentes em

grandes empreendedores.

Entre as atividades do NDI constam os contatos e parcerias acadêmicas com

organizações que fomentam a pesquisa, inovação e transferência de tecnologia em

benefício da comunidade regional.

Para desenvolver todas estas atividades, o NDI está dividido em: Centro de

empreendedorismo, Centro de tecnologia e informação e o Conexão.

O Centro de Empreendedorismo visa intermediar o contato entre os alunos e o

mercado de trabalho proporcionando a oportunidade de aplicarem os conhecimentos

adquiridos. As atividades são estruturadas para prestação de serviços de

consultorias, palestras, apresentações, treinamento sobre novas tecnologias e

gestão de novos negócios. Serão utilizados materiais pedagógicos de empresas

conveniadas, que dispõem aos associados, gratuitamente, um banco de

informações, como: programas de treinamento, cursos de capacitação profissional

nas modalidades presencial e a distância, agenda de eventos, publicações e

projetos de apoio ao empreendedorismo. A parceria com o SEBRAE-SP através da

assinatura do convênio de cooperação técnica contribui para o desenvolvimento de

ações e para a disciplina de empreendedorismo nos cursos de graduação, além de

outras ações como capacitação de professores, premiações, ciclo de palestras,

Desafio Universitário Empreendedor, novas ferramentas de ensino (software) e

publicações. Tudo para disseminar a Cultura Empreendedora em benefício do aluno

UNIFEOB.

O Centro de Tecnologia e Informação está focado no apoio ao desenvolvimento de

novas tecnologias e monitoramento de tendências. Por meio de programas de

fomento à ciência, inovação e tecnologia, a iniciativa orienta e atrai jovens talentos

científicos com qualificação para aplicar o conhecimento em âmbito nacional e

internacional. Este suporte está contido nas parcerias estratégicas feitas com órgãos

públicos e instituições privadas que são responsáveis por apoiar projetos de

pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico.

Desta forma, o Centro de Tecnologia e Informação vai atuar de forma proativa na

identificação de novas possibilidades de negócios, apoiando a cultura de inovação,

com novos processos, produtos e serviços.

111

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

O Conexão é um facilitador do relacionamento entre empresas, alunos e ex-

alunos da UNIFEOB (graduação, pós-graduação e cursos técnicos). O objetivo

principal é o crescimento pessoal e profissional por meio da gestão de carreiras.

Entre suas ações, o Conexão coletará informações para a Central de Inteligência,

que está voltada para a avaliação de desempenho dos alunos. Os resultados obtidos

serão utilizados para o contínuo aperfeiçoamento da instituição. Outro recurso de

grande interesse dos universitários e das empresas parceiras é o painel de

oportunidades, um ambiente virtual que possibilita uma interação efetiva entre

empresa e profissional. Neste espaço, as empresas podem anunciar vagas de

empregos, seleção de candidatos, os interessados podem cadastrar currículos, além

de obterem informações sobre a legislação trabalhista, estágios curriculares e extra-

curriculares, etc..

11 RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA

11.1 RECURSOS HUMANOS PARA ADMINISTRAÇÃO DO CURSO

11.1.1 COLEGIADO DO CURSO

Conforme o Regimento Geral de Colegiado de Curso, cada Curso conta com

um Colegiado de Coordenação Didática, ao qual compete definir o perfil

profissiográfico do Curso; elaborar as estruturas curriculares e suas reformulações

(quando necessárias); definir o conteúdo das disciplinas que constituem o currículo

do Curso e sua atribuição; organizar a lista de oferta e disciplinas em cada período

letivo; observando o plano curricular; promover a supervisão didática do Curso,

decidir sobre o aproveitamento de estudos e adaptação de disciplinas, mediante

requerimento dos interessados; e propor à Coordenação providências necessárias à

melhoria do ensino ministrado no Curso.

O Colegiado do curso e composto de professores e também é representado

por um membro do corpo discente. A escolha do representante discente no

Colegiado é realizada através dos acadêmicos representantes de cada série do

112

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Curso, ou seja: cada módulo elege um representante. Após informações dadas pela

Coordenação do Curso quanto o que é e quais os objetivos do Colegiado, os

acadêmicos de cada um dos módulos dão autonomia para que entre os seus

representantes possa ser escolhido o acadêmico a participar do Colegiado.

Para apoio às atividades acadêmicas é constituído um Colegiado de Curso,

presidido pelo Coordenador e formado pelos docentes que nele ministrem aulas e

pela representação discente prevista em lei.

Cabe ao Colegiado de Curso:

a. Fixar normas gerais para o desenvolvimento dos planos de ação

pedagógica das unidades de estudo, observando o perfil do

profissional a ser formado e as diretrizes fixadas pelo projeto do

curso;

b. Aprovar os planos de ensino elaborados pelos docentes;

c. Manifestar-se sobre as propostas de aproveitamento de estudo

e adaptação de disciplinas;

d. Aprovar os horários de aula do curso;

e. Manifestar-se sobre programas e atividades complementares de

ensino, pesquisa e extensão, no âmbito do curso;

f. Manifestar-se sobre o planejamento anual das atividades do

curso.

11.1.2 CORPO TÉCNICO

O corpo técnico-administrativo, constituído pela comunidade acadêmica

interna, é composta desde a Reitoria até os diversos departamentos da instituição se

encontram sempre em consonância e à disposição para o contínuo desenvolvimento

da qualidade do curso.

No que se trata ao cotidiano em período de aula, o pessoal técnico se

encontra sempre à disposição procurando esmerar-se no atendimento aos alunos

113

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

em secretarias, laboratórios de informática, central de cópias, biblioteca, apoio de

bedéis.

Na organização e realização de eventos o curso também encontra apoio dos

diversos departamentos, desde o pessoal de custos, compras, agendamentos de

multimídia e veículos até motoristas, além dos responsáveis por áudio e vídeo.

Esses profissionais recebem da instituição treinamentos de atualização

adequados às suas competências, incentivo para cursar a graduação recebendo

bolsas de estudo, além de palestras e cursos desenvolvidos pela Instituição sobre

motivação, inter-relacionamento no ambiente de trabalho e conscientização dos

riscos inerentes à profissão por meio da SIPAT – Semana Interna de Prevenção aos

Acidentes de Trabalho.

11.2. RECURSOS FÍSICOS

A estrutura física da UNIFEOB se compõe de três unidades utilizadas para fins

educacionais, sociais e reservas de áreas para expansão.

As três unidades utilizadas são:

Campus I – Localizado em zona central de São João da boa Vista, conta com 23

prédios com usos administrativos e acadêmicos num total de aproximadamente

10.300,00 m2 de área construída.

Campus II – Localizado no bairro Nova São João, sentido leste do município, conta

com 22 prédios para uso administrativos e acadêmicos, com aproximadamente

19.000,00 m2 de área construída em terreno de 123.219,14 m2. O curso de Ciências

Biológicas proposto está alocado neste campus, entre outros cursos.

Fazenda Escola Prata – distanciada em cerca de 500m do Campus II, com área de

121 há. Aproximadamente, e o fácil acesso da fazenda escola conta com estrutura

rural existente desde sua aquisição pela UNIFEOB, que vem sendo adaptada

gradativamente para atender projetos de pesquisas e sociais desenvolvidas por

diversos cursos de graduação, inclusive o Curso de Ciências Biológicas, onde se

desenvolvem os extensão, reciclagem de resíduos e o projeto reflorestar e consiste

em espaço para ideal para diversas atividades de campo nas disciplinas de ecologia,

botânica, zoologia entre outras.

114

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Reserva de área de propriedade da UniFEOB:

Campus III - terreno - 150.139,24 m2

Campus IV - terreno - 150.024,29 m2

Com finalidade de atender as necessidades pedagógicas do curso, o Campus

II possui salas de aulas teóricas, laboratórios para aulas práticas e laboratórios de

informática.

O investimento em infraestrutura de seus órgãos de apoio e suplementares é

preocupação constante do UNIFEOB, a fim de dar condições para que seus

docentes e funcionários técnico-administrativos realizem um trabalho de excelência.

Da mesma forma, possibilita aos discentes condições de desenvolverem com

sucesso a sua preparação/capacitação para o exercício profissional.

A expansão física para atender a crescente demanda por ambientes bem

dimensionados, iluminados e ventilados, tem sido feita continuamente, com a

aprovação de projetos perante os órgãos competentes, proporcionando melhorias ao

atendimento do corpo docente e discente.

A utilização, a manutenção e a conservação da infraestrutura física,

instalações e obras são administradas pelo Setor de Patrimônio e Manutenção.

Assim, o espaço físico do UNIFEOB em seu atendimento geral como específico para

o curso de Letras oferece:

Segurança, adaptações de infraestrutura física de área externa e interna para

pessoas com necessidades especiais;

Prédios equipados para combate a incêndio com hidrantes, extintores e

alarmes em acordo com as normas do Corpo de Bombeiros;

Salas de aula e áreas de circulação com iluminação de emergência com

autonomia de duas horas;

Iluminação - iluminação natural e artificial;

Ventilação - Ventilação Natural - acima de 1/5 da área de piso (Código

Sanitário Estadual);

Acústica das Salas de aula. As salas acima de 50 alunos recebem

equipamentos de áudio Caixas de som e microfone;

Em função de melhor conforto térmico são instalados ventiladores de parede

com proteção em todas as salas;

115

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Salas equipadas com ar condicionado de acordo com as normas ABNT;

Todas as salas e áreas de circulação e atendimento possuem iluminação de

emergência com autonomia de duas horas;

Cada Campus possui uma brigada de incêndios, treinada e habilitada a

executar os primeiros socorros;

Todos os prédios são equipados com alarmes monitorados por uma central,

Uma equipe terceirizada faz a vigilância e segurança dos Campi durante 24

horas, munidos de rádios de comunicação e veículos para ronda;

O Campus II se encontra todo cercado e, para adentrá-lo, deve-se identificar

junto à guarita de entrada;

Todos os campi do Unifeob possuem equipes de segurança com carros e

motos que circulam regularmente durante os períodos matutino, vespertino e

noturno;

Há nos campi hidrantes para entrada de bombeiros e outras necessidades.

11.2.1 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA

Atualmente os dois campi possuem laboratórios de informática para utilização dos

alunos, equipados com computadores e equipamentos de alto desempenho e de

última geração. Os alunos do curso de Ciências Biológicas Licenciatura do

UNIFEOB usam, prioritariamente, os laboratórios existentes no Campus II, com um

total de 130 computadores e 05 laboratórios. A utilização dos laboratórios de

informática funciona através de agendamento com o monitor para os laboratórios 01,

02, 03 e 04 e o laboratório 05 fica aberto em todo o período para uso comum dos

discentes, com acesso reservado a login e senha. Além dos computadores

destinados à utilização por alunos e professores, nos prédios da biblioteca e cantina

está disponibilizada rede wifi para uso comum dos discentes. As atualizações dos

equipamentos são periódicas. Todo ano os equipamentos de ao menos um

laboratório de informática são substituídos. O critério de atualização é definido pelo

tempo de uso e estado de conservação dos equipamentos, ou seja, de acordo com a

demanda. A UNIFEOB possui um convênio com o Dream Spark, um programa da

116

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Microsoft que dá suporte a educação técnica fornecendo acesso a software da

Microsoft para fins de aprendizado, ensino e pesquisa.

11.2.2 LABORATÓRIOS DIDÁTICOS

A proposta curricular do curso conta uma diversidade de atividades práticas que

devem ser realizadas em ambientes adequados como laboratórios com

equipamentos e as especificações necessárias para atendimento a tais atividades.

Abaixo segue a relação de laboratórios didáticos utilizados:

- Laboratórios de Anatomia Humana e Animal, com peças anatômicas adequadas ao

estudo morfológico macroscópico, permitindo uma visão comparada dos animais e

do homem.

- Laboratório de Microscopia que atende as necessidades das unidades de ensino

de morfologia microscópica animal e vegetal, disciplinas de microbiologia,

imunologia e parasitologia.

- Laboratório de Química e Bioquímica, com infraestrutura adequada a aquisição dos

conhecimentos destas áreas.

- Laboratório de Fisiologia e Biofísica, atendendo de forma satisfatória as aulas

práticas destinadas ao conhecimento do funcionamento dos seres.

- Laboratório de Biologia Aquática e Zoologia e laboratório de Botânica que atendem

as necessidades das aulas e possibilita a realização de diversas atividades de

pesquisa.

O curso conta ainda com a Fazenda Escola, que constitui de um espaço impar para

a realização de atividades de campo, que complementa as ações em sala de aula

em diversas disciplinas do curso.

Todos os laboratórios estão compostos por todo material necessário para que seja

concretizado o projeto pedagógico do curso, havendo coerência com a proposta

curricular.

117

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

11.2.3 BIBLIOTECA

As Bibliotecas Central e Setorial do UNIFEOB dispõem de nove auxiliares de

biblioteca e uma bibliotecária.

As Bibliotecas do UNIFEOB estão diretamente subordinadas à Pró-Reitoria

Acadêmica e têm como objetivo proporcionar o aprimoramento intelectual de seus

usuários, graduandos, pós-graduandos, colaboradores, professores, bem como

auxiliar a sociedade na busca por novos conhecimentos. Para tanto, as Bibliotecas

dispõem de acervo informatizado e tombado junto ao patrimônio da instituição. Com

essa estrutura, visa apoiar as atividades de ensino, pesquisa e extensão por meio de

seu acervo e dos seus serviços.

Na função educativa, busca orientar seus usuários na utilização da informação

e enfatizar o acesso ao conhecimento disponível para o desenvolvimento de

competências informacionais e de pesquisa que são importantes para a formação

profissional. Neste foco, as atividades realizadas pela biblioteca estão divididas na

aquisição, processos técnicos, orientação em pesquisa e atendimento ao usuário.

As requisições para aquisição de livros, CDs, DVDs e vídeos, assim como

assinatura de periódicos são de fluxo contínuo, podem ser solicitadas a todo tempo,

entretanto a grande concentração de pedido dá-se ao final do ano para aquisição no

início do próximo ano letivo. Tal fato justifica-se, pois é nesse período que os

professores fazem o planejamento e solicitam mudanças e atualizações de

bibliografias.

A Biblioteca Central dispõe de uma área total de 955,05m2 estruturada para

atender as necessidades dos usuários. Na área destinada ao guarda-volumes,

encontram-se 84 armários individuais para a guarda dos materiais dos visitantes; 1

recepção para o empréstimo com 2 computadores e 1 para devolução; ínsula com 8

computadores para pesquisa; 2 computadores com terminais para pesquisa do

acervo; rede wifi; ar-condicionado; 1 sala de leitura com 12 títulos de revistas

generalistas e 4 títulos de jornais; 10 estantes com materiais em Braille e 1 máquina

de escrita Braille; 1 sala de projeção com tv, vídeo e dvd; área administrativa com 1

sala de processamento técnico com 4 computadores e 1 impressora a laser.

Total de Materiais Bibliográficos Biblioteca Central:

118

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Biblioteca Central

Categorias Livros CDs Vídeos Teses Periódicos

Total de Títulos 12005 507 186 1726 252

Total de Exemplares 29374 694 222 1729 16626

Total de Títulos (Braille) 278

A Biblioteca Setorial, a ser preferencialmente utilizada pelos alunos e

professores do curso proposto, conta com: Sala de Leitura, Leitura Individual, Estudo

Grupo 1, Estudo Grupo 2, Atendimento, guarda volumes, Vídeo, disponibilização

para Internet e um depósito. O acervo é constituído por livros e periódicos indicados

pelos docentes das unidades de estudo e pela coordenação do curso, que se

destina a atender as bibliografias básica e complementar. O material bibliográfico

está disposto em estantes de aço, com 06 prateleiras em média. A ordem de

classificação CDU (Classificação Decimal Universal), A identificação pela lateral e

parte frontal das prateleiras, com sequência numérica correspondente, facilita a

orientação aos usuários.

Todos os serviços que a Biblioteca UNIFEOB oferece estão disponíveis aos

alunos e professores de forma virtual. A consulta do acervo físico está disponível no

portal institucional.

Na expansão dos serviços oferecidos os usuários contam, ainda, com duas

Bibliotecas Virtuais que integram uma grande variedade de livros digitais nas

diferentes áreas de conhecimento: a Biblioteca Virtual Pearson e a plataforma digital

Minha Biblioteca. No total, são disponibilizados mais de 9.000 títulos virtuais que

podem ser acessados 24 horas por dia pelos graduandos, pós-graduandos,

professores e funcionários.

Pensando no pleno desenvolvimento acadêmico dos alunos do Curso de

Ciências Biológicas, incorporaram-se ao acervo virtual links de periódicos on line,

que vêm agregar conhecimento e proporcionar maior conforto e facilidade de acesso

à comunidade acadêmica. Essas ferramentas integram as opções de serviços

119

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

oferecidos, que facilitam o acesso da comunidade acadêmica ao conhecimento

intelectual.

O acervo é constituído por livros e periódicos indicados pelos docentes das

unidades de estudo e pela coordenação do curso.

Tais livros e periódicos são utilizados como bibliografia básica e bibliografia

complementar às unidades de estudo.

A biblioteca dispõe de exemplares que atendem adequadamente, quanto ao

número e atualizações, a demanda das unidades de estudo que constitui as áreas

de conteúdo básico, como: disciplinas voltadas à biologia celular e molecular,

aspectos evolutivos, disciplinas morfofuncionais, disciplinas relativas a diversidade

biológica e ecológica, disciplinas correlatas às ciências exatas e do ambiente físico,

bem como as unidades de estudo metodológicas que envolvem a fundamentação

filosófica e ética , quanto a estruturação da ciência e sociedade.

12 AVALIAÇÃO

12.1 AVALIAÇÃO DO ENSINO APRENDIZAGEM

Como princípio do Projeto Pedagógico Institucional - Formação por

Competências - a avaliação do aluno não tem caráter punitivo, mas sim o de aferir,

não somente os conhecimentos adquiridos, como também competências e

habilidades que se desenvolvem ao longo do curso. As práticas avaliativas devem

ser vistas como um processo contínuo tendo, como prioridade, proporcionar

feedback ao aluno para que ele tenha o domínio dos passos a serem seguidos,

dentro de uma sequência de conteúdos e temas integrados que lhe permita

desenvolver, priorizando os aspectos qualitativos relacionados ao processo de

aprendizagem e ao desenvolvimento.

O processo de avaliação deve, também, assegurar condições para que o

aluno supere eventuais dificuldades de aprendizagem diagnosticadas durante o

120

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

desenvolvimento de cada módulo do curso. Os alunos devem participar ativamente

do processo, inclusive com formas de autoavaliação, para que possam acompanhar

a evolução de sua aprendizagem e a aquisição de competências, bem como

identificar pontos a serem aprimorados, prática considerada imprescindível à

aprendizagem com autonomia.

Os critérios e instrumentos de avaliação não se limitam a provas tradicionais,

onde é medida apenas a memorização de conteúdos. Ao contrário, os instrumentos

são elaborados pelo conjunto do corpo docente de cada módulo, de forma integrada,

e consta de provas práticas e teóricas, pesquisas, relatórios de atividades e visitas

técnicas, estudos de casos, diagnóstico ou prognóstico sobre situações de trabalho

e, ainda, os produtos gerados pelos projetos desenvolvidos. Para acompanhar o

desenvolvimento das competências atitudinais, os professores preenchem uma ficha

de avaliação, onde se pontua de 0 a 1,5, a transformação de cada aluno, em três

diferentes momentos do andamento do módulo.

Sugere-se aos docentes do curso de Ciências Biológicas, a adoção de diversos

instrumentos de avaliação, que favoreçam o desenvolvimento inter e multidisciplinar

e não a segmentação. Sugere-se ainda, que se privilegiem questões do tipo

“situações-problema” para que o aluno tenha noção do todo. Ela deve levar o aluno

a pensar, fazendo com que, na resposta, ele demonstre saber raciocinar,

compreender e interpretar a questão proposta.

Além da avaliação realizada pelo corpo docente, existe uma preocupação

institucional com o desenvolvimento completo do futuro egresso. Nesse sentido, são

desenvolvidas avaliações externas, de responsabilidade da Pró-Reitoria Acadêmica

e do Núcleo Docente Estruturante do curso. Tais avaliações têm como objetivo

principal desenvolver nos alunos competências necessárias para importante

posicionamento diante dos acontecimentos gerais, questões sociais, políticas,

econômicas e ambientais além de debates sempre atualizados sobre a produção de

conhecimento específico debatido em cada módulo (onde também se pontua de 0 a

1,5).

Em síntese, o sistema de avaliação é composto de três frentes:

1ª FRENTE (15%)

121

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

Competências e habilidades dos módulos e do curso

Uma avaliação diagnóstica preparada por cada professor do módulo no início do

semestre.

Avaliação diagnóstica coletiva do colegiado do módulo.

Análise do desenvolvimento de cada aluno até o final do módulo.

Novas avaliações diagnósticas para verificação de cada processo de

aprendizagem.

2ª FRENTE (70%)

Competências e habilidades específicas das Unidades de Estudo

Contrato didático firmado entre docentes e discentes: Lembrando que tal contrato

pode conter vários indicadores: presença, pontualidade; participação,

comprometimento; provas práticas e teóricas; pesquisas; relatórios;

autoavaliação, entre outros.

3ª FRENTE (15%)

Avaliação externa aplicada para verificação do desenvolvimento do curso e

das competências e habilidades gerais e específicas definidas para os módulos.

Nesse sentido, as avaliações são processuais e contínuas de forma que o

docente busque adequar seu planejamento e estratégias de acordo com o

desenvolvimento dos alunos, além de constituir-se em momento de aprendizado,

não ficando restritas a “tarefas” burocráticas para classificar os alunos, mas, ao

contrário, caracteriza-se como uma forma de aprendizado relacionado aos objetivos

de cada disciplina buscando desenvolver nos alunos as competências gerais e

específicas que se objetiva despertar nos egressos deste curso.

Ao término de cada módulo, o aluno deverá obter média igual ou superior a

7.0 (sete) e 75% (setenta e cinco por cento) de frequência, para obtenção da

aprovação em cada unidade de estudo, respeitadas as Resoluções do Conselho de

Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE).

122

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

12.2. AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO

Segundo a proposta deste Projeto Pedagógico, a avaliação do curso de

Ciências Biológicas deve constituir processo de aperfeiçoamento contínuo e de

crescimento qualitativo, portanto deve ser de natureza construtiva.

O processo de avaliação deve pautar-se:

a. Pela coerência das atividades quanto à concepção e aos objetivos

do projeto pedagógico e quanto ao perfil do profissional formado

pelo curso;

b. Pela validação das atividades acadêmicas por colegiados

competentes;

c. Pela orientação acadêmica individualizada;

d. Pelo reconhecimento da atuação sistemática do coordenador do

curso;

e. Pela aplicação de padrões reconhecidos de qualidade quanto à

estruturação orgânica do currículo, quanto aos conteúdos

caracterizadores ministrados, quanto à constituição do corpo

docente, em termos de qualificação, regime de trabalho e produção

acadêmica, e quanto à biblioteca, não só quanto à atualização do

acervo, mas também à disponibilidade de obras de referência e

periódicos;

f. Pela adoção de instrumentos variados e avaliação interna;

g. Pela disposição permanente de participar de avaliação externa.

Para efetivar tal processo de avaliação sobre o desenvolvimento do curso, o

colegiado de curso realiza, em todos os semestres, reuniões de debate sobre a

autoavaliação do curso e define diretrizes para a melhora constante do

desenvolvimento das ações de ensino, pesquisa e extensão do curso.

123

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

12.3. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

De acordo com as normas institucionais e, atendendo aos procedimentos do

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES/INEP), o curso de

Licenciatura em Ciências Biológicas é submetido aos processos de avaliação interna

da instituição, de sistematização e de coleta de informações, conduzidos por sua

Comissão Própria de Avaliação (CPA). Essa avaliação é composta por uma série de

processos autoavaliativos que permitem o levantamento e a análise das

necessidades e deficiências da Instituição, do curso, dos docentes e alunos.

Na execução desses processos autoavaliativos são sempre considerados os

aspectos indicados nas dimensões estabelecidas pelo INEP para a avaliação das

condições de ensino dos cursos oferecidos, sendo estes:

O projeto pedagógico (o ensino, a pesquisa, a extensão e sua inter-

relação com a sociedade);

A infraestrutura (instalações e serviços), os recursos humanos (o corpo

docente, discente e técnico-administrativo) e os equipamentos e materiais

disponíveis (aspectos quantitativos e qualitativos);

A gestão administrativa (sistemáticas adotadas nos procedimentos

acadêmicos).

Os resultados são discutidos entre todos os membros da comunidade

acadêmica da Instituição, incluindo o corpo discente, para que sejam adotadas

soluções no sentido de vencer as dificuldades e atender às necessidades

apontadas.

Entre os instrumentos e procedimentos efetivados pela CPA encontram-se o

diagnóstico do perfil dos ingressantes, a pesquisa entre alunos cursando o último

semestre letivo e entrevistas com ex-alunos. Os resultados obtidos são importantes

para orientar a organização curricular dos cursos, o planejamento das disciplinas

com seus conteúdos e atividades, as competências e habilidades que deverão ser

adquiridas, visando a contemplar a formação integral de seus egressos.

Os resultados dessa autoavaliação, segundo as orientações da Comissão

Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), devem servir como

124

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

subsídios para o planejamento de novas ações voltadas ao desenvolvimento

institucional e à revisão dos procedimentos acadêmicos e administrativos que,

eventualmente, forem identificados como deficitários.

12.4. AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

A construção de um Projeto Pedagógico para o curso não se esgota na

sua formalização escrita. Considerando o fato de que o projeto somente ganha

sentido quando em sintonia permanente com a realidade cotidiana, vivenciada pelos

sujeitos sociais que fazem parte da instituição, e ainda considerando que tal

realidade se constitui de um dinamismo que a torna imprevisível, inacabada e

mutável. O Projeto Pedagógico não pode ser visto como inerte pronto e acabado. Ao

contrário, igualmente a esta realidade que objetiva configurar, também deve estar

revestido de uma dinamicidade e mutabilidade real, sem as quais o mesmo não se

sustentará.

O Projeto Pedagógico proposto para o Curso de Licenciatura em

Ciências Biológicas demandará constante acompanhamento a fim de assegurar a

coerência necessária entre os seus princípios e suas realizações cotidianas. Nesse

sentido, será imprescindível que se realize avaliação permanente.

Na gestão do Projeto Pedagógico, o Colegiado de Coordenação do Curso

tem importante papel atuando em diferentes aspectos e estimulando o debate em

torno de seus eixos centrais, promovendo, dessa forma, um processo permanente

de construção, execução e avaliação do curso.

Os instrumentos dessa avaliação serão as reuniões de Colegiado e os

cursos e oficinas de aperfeiçoamento docente, quando professores, gestores e

acadêmicos trocam informações e opiniões acerca do Projeto Pedagógico,

desenvolvendo e propondo ações que contribuam para a melhoria dos cursos.

125

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

12.5 CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO, RETENÇÃO E DEPENDÊNCIAS

O sistema de progressão do curso de Ciências Biológicas Licenciatura segue os

seguintes procedimentos e estão em acordo com a Portaria nº 5, 17 de dezembro de

2012.

1. Para se formar, o aluno deve conseguir aprovação nos seis módulos

que compõem o curso de Ciências Biológicas Licenciatura, além de

cumprir todas as obrigações e componentes curriculares estabelecidos

na matriz e/ou por lei.

2. O aluno deverá seguir a ordem determinada dos módulos, obedecendo

as regras de sua entrada. Assim os alunos que iniciarem no 1º

semestre do ano letivo seguirão a seguinte sequência: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º

e 6º módulos.

3. Os alunos que iniciarem no 2º semestre do ano letivo seguirão a

seguinte sequência: 2º, 1º, 4º, 3º, 6º, 5º módulos.

4. O aluno que for reprovado em até duas unidades de ensino que

compõem o respectivo módulo, será aprovado, porém, as disciplinas

reprovadas deverão ser cursadas em regime de dependências nos

módulos seguintes.

5. O aluno não promovido por ter sido reprovado em 3 unidades de

ensino referentes a um único módulo ou a módulos anteriores, deverá

cursar novamente as unidades reprovadas nos módulos que serão

oferecidos.

126

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

6. O aluno não promovido em módulos iniciais deverá cursá-lo novamente

nos semestres seguintes, desde que seja ofertado, caso o mesmo não

seja oferecido o aluno deverá cursá-lo assim que for ofertado.

7. Existe a possibilidade que o aluno faça o quinto módulo antes do

quarto, porém o aluno deverá estar aprovado nos três módulos já

cursados.

8. Casos especiais serão resolvidos pelo coordenador de curso, com a

anuência do Núcleo Docente Estruturante.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este documento resulta de um trabalho consciente, coletivo e participativo

de todos os envolvidos no processo educacional: professores, coordenação, Pró-

Reitoria acadêmica e alunos. Para sua elaboração foram utilizados, como referência

fundamental, os seguintes documentos: Coletânea de Ordenamentos Legais

Internos do Centro Universitário – UNIFEOB; Plano de Desenvolvimento Institucional

(PDI); Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, de 20/12/1996 e as

propostas de reformulação para a educação superior em nível mundial anunciadas

pela UNESCO, através do documento “Tendências da Educação Superior para o

Século XXI”.

Além desses referenciais, o nosso Projeto Pedagógico do Curso (PPC)

de Ciências Biológicas/Licenciatura congrega as diversas contribuições recebidas da

comunidade acadêmica interna e externa. Dessa forma, todos os envolvidos com a

educação no UNIFEOB contribuem para o sucesso do processo ensino-

aprendizagem ofertado pelo Curso.

O Projeto Pedagógico é para o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas

do Unifeob como referência para o desenvolvimento de uma política educacional

127

Projeto Pedagógico de Ciências Biológicas Licenciatura

voltada à formação do professor de Ciências /Biologia enquanto profissional da

educação.

O PPC não é o resultado finalizado, mas o horizonte delineado a partir de

encontros realizados entre a comunidade acadêmica para sua construção

participativa a partir de discussões e reflexões sobre a formação do professor para o

mercado de trabalho com consciência política sobre sua responsabilidade como

educador na transformação social.

O referido projeto busca identificar e apresentar aspectos relevantes e

essenciais para o desenvolvimento de um ensino superior de qualidade, apontando

a concretização do mesmo, a partir dos envolvimentos de todos no que se refere às

ações a serem praticadas.