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Copyright@2019 Astro Gold Mineração. Todos os Direitos PROJETO MINA VALE DO AMAPARI PROJETO MINERAL 2019-2020

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    PROJETO MINA VALE DO AMAPARI

    PROJETO MINERAL

    2019-2020

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    ÍNDICE

    1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 4

    2. PARCERIAS ........................................................................................................................................ 5

    3. DIREITOS DE MINERAÇÃO ............................................................................................................ 6

    4. INFORMAÇÃO GERAL.......................................................................................................................8

    5. PLANO DE PEQUISA MINERAL....................................................................................................11 5.1 Situação Geográfica e Acesso ............................................................................................. 12 5.2 História da Área ..................................................................................................................... 14 5.3 Localização e Vias de Acesso .............................................................................................. 15

    6. FISIOGRAFIA ................................................................................................................................... 16

    7. CONTEXTO GERAL.............................................................................................................................17 7.1 Fauna ......................................................................................................................................... 23 7.2 Relevo e Geomorfologia ...................................................................................................... 27 7.3 Planaltos Residuais do Amapá..............................................................................................28 7.4 Depressão Periférica ........................................................................................................... 29 7.5 Clima .......................................................................................................................................... 30 7.6 Solo.................................................................................................................................................32 7.7 Aspectos Sócio-Econômico da Região..............................................................................37

    8. GEOLOGIA..........................................................................................................................................43

    9. TRABALHO DE PESQUISA MINERAL.........................................................................................60

    9.1 Objetivos................................................................................................................................... 60 9.2 Etapas de Trbalhos Programados .................................................................................... 60 9.3 Levantamento Bibliográficos............................................................................................. 60 9.4 Sondagens e Escavações..........................................................................................................61

    10. MEIO AMBIENTE ......................................................................................................................... 61

    11. ASPECTO TRABALHISTA...........................................................................................................79 11.1 Considerações Iniciais ..................................................................................... .................79 11.2 Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR).....................................................................80 11.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional .......................... .................85 11.4 Segurança do Trabalho.........................................................................................................88 11.5 Sinalização................................................................................................................................ 91 11.6 Relatório de Pesquisa Final.................................................................................................92 12. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA E CRONOGRAMA .............................................. .................93

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    13. PLANO FINANCEIRO.........................................................................................................................95 13.1 Administração e Folha de Pagamento (Previsão Anual..........................................95 13.2 Planta Industrial, Maquinários, Equipamamentos e Veículos............................. 96 13.3 Investimentos Físicos e Logística.................................................................................. 97 13.4 Custos e Despesas Gerais (Previsão Anual)..................................................................97

    CRONOGRAMAS/IMAGENS/MAPAS/LICENCIAMENTOS DO PROJETO VALE DO AMAPARI ........98

    MEMORIAL DESCRITIVO..............................................................................................................114

    14. PLANTA MINERAL........................................................................................................................115

    15. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................116

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    1. INTRODUÇÃO

    1.1. EMPRESA

    A ASTRO GOLD MINERAÇÃO LTDA – ASTRO GOLD MINERAÇÃO é uma sociedade

    empresária fundada em 21 de fevereiro de 2019, regularmente inscrita no CNPJ/MF sob

    o nº 32.841.685/0001-95, com sede na cidade de Macapá, Estado do Amapá, Brasil, sito

    à Rua José Sarafim, nº201, Julião Ramos Macapá, CEP 68.908-150, cujas principais

    atividades econômicas são extração minérios de metais preciosos, Extração de minério

    de manganês, Extração de Nióbio, Comércio atacadista de extração mineral.

    Diante de estarmos inserido em um cenário dinâmico e altamente promissor no

    mercado mineral, visamos como objetivo explorar grandes reservas minerais do Estado

    do Amapá.

    1.2. FILOSOFIA

    A empresa adotará uma filosofia pragmática de fazer negócios e valorização de seus

    ativos através do desenvolvimento sustentável e do compromisso de identificar reservas

    significativas para os seus investidores potencializado o mercado mineral local e externo.

    A sede da empresa, que teve suas atividades iniciadas em 2019, está localizada na

    cidade de Macapá/AP e mantém escritórios regionais em Belém-PA e Pedra Branca do

    Amapari-AP. Com o desenvolvimento das pesquisas geológicas o qual será sobre metais

    preciosos como o Au e os metais-base. Implementaremos o conhecimento por meio de

    tecnologias na área de mineração, associado ao potencial mineral e à competência

    de nossos profissionais, por meio desse modelo de negócios seremos uma empresa

    sólida, embasada no respeito ao ser humano, por meio da sustentabilidade ambiental,

    social, empresarial e econômica.

    1.3. MISSÃO

    Nossa missão principal é atuar na identificação e desenvolvimento do PROJETO MINA

    VALE DO AMAPARI e em outros empreendimentos rentáveis de mineração no Estado do

    Amapá, associando sempre a responsabilidade socioambiental, a segurança na

    execução de todas as atividades, bem como na contribuição para o desenvolvimento

    econômico das localidades em que atuamos; e com respeito aos clientes e aos nossos

    colaboradores.

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    1.4. VISÃO

    Tornar-se uma empresa reconhecida e consolidada pela produção de bens minerais,

    desenvolvendo projetos de mineração em várias regiões do País criando valores através

    da exploração mineral.

    1.5. VALORES

    Entendemos que o sucesso e o reconhecimento empresarial surgem da soma de

    empenho e motivação de toda a equipe de colaboradores, de forma direta e/ou

    indireta. Assim sendo, a ASTRO GOLD MINERAÇÃO tem como principais valores:

    1. Integridade e excelência no trabalho;

    2. Respeito e valorização dos recursos, valorizar o desenvolvimento das

    competências;

    3. Compromisso socioambiental;

    4. Implementar as melhores práticas de segurança do trabalho e saúde

    ocupacional;

    5. Compromisso com cliente;

    6. Investimento em tecnologias e inovação.

    7. Transparência.

    2. PARCERIAS

    O mercado vem proporcionado uma integração continua na prestação e aquisição

    de bens e serviços os quais, exigem um intercambio profissional e comercial mais

    consolidado, tanto quanto, com o segmento público ou privado. Os processos estão

    cada vez mais complexos, com muitos fatores que influenciam as tomadas de decisões.

    Surge com isso o senso de buscar parcerias comercias que agreguem valores ao capital

    e os empreendimentos.

    Estas empresas são:

    ASTRO GOLD MINERAÇÃO LTDA

    CNPJ: 32.841.685/0001-95

    Endereço: Rua José Sarafim nº 201.

    Bairro: Julião Ramos – Macapá – Amapá – Brasil.

    Contato: Fone +55 62 981825907/ 96 81003722

    Email: [email protected]

    J C COMÉRCIO ATACADISTA DE PRODUTOS DE EXTRAÇÃO MINERAL EIRELI

    J C BUSINESS BROKERS

    CNPJ: 29.227.547/0001-06

    Endereço: Rod. Augusto Montenegro nº 4300, Km 04, Parque Office Torre Sul, Andar 11

    Salas, 1113, 1115 e 1117

    Bairro: Parque Verde – Belém – Pará – Brasil.

    Contato: Fone +55 62 981825907/ 96 81003722

    Email: [email protected] Home Page:jcbusiness.com.br

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    2.1. CEO

    Júlio Cesar Nascimento Bernardes - Brasileiro, casado, residente e domiciliado em Belém- PA Telefones: +55 062 98182-5907.

    3. DIREITOS DE MINERAÇÃO

    A ASTRO GOLD MINERAÇÃO LTDA – ASTRO GOLD MINERAÇÃO, dispõe de ALVARÁ DE

    PESQUISA nº1925/2019 para realização em 03 três anos da sua publicação do Diário

    Oficial da União. Estima-se que serão gastos no máximo 4 semestres (24 meses) entre o

    início dos trabalhos de pesquisa e a entrega do Relatório Final de Pesquisa ao DNPM.

    Considerando os aspectos sazonais da região do Amapá, a área abrangida

    corresponde a 3.338,36 hectares de área virgem, tendo condições geográficas, para

    produção mineral por mais de 50 anos estende-se pelos Municípios de Pedra Branca do

    Amapari, Porto Grande e Ferreira Gomes no Estado do Amapá.

    SUBSTÂNCIAS MINERAL A SEREM PESQUISADAS: MINÉRIO DE OURO, NÍOBIO, TANTALITA,

    CASSISTERITA, MANGANÊS E COBRE.

    RESPONSÁVEL TÉCNICO: EDSON CARDOSO MONTEIRO

    CREA Nº151302725-5

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    4. INFORMAÇÃO GERAL

    Tendo uma visão geral do segmento mineral e do PROJETO DE MINERAÇÃO VALE DO

    AMAPARI, vale ressaltar que um dos maiores desafios mundiais hoje é a integração da

    atividade econômica com a integridade Socioambiental, e com sistemas de

    governança efetivos, pois o desenvolvimento sustentável requer novos sistemas de

    governança integrados. A maior parte dos países ainda carece de estruturas para

    transformar os investimentos minerais em desenvolvimento sustentável para

    implementar na pratica a sustentabiliade ambiental, social e econômica; essess

    aspecto precisam ser desenvolvidos por meio de parcerias com instituições financeiras

    a fim de desempenharem um papel essencial no impulso de ações eficazes para

    obterem resultados positivos e relevantes.

    O processo de mudanças efetivas deve ser fortalecido através da colaboração entre

    os mais diferentes segmentos do mercado mineral. Deve-se estabelecer padrões e

    referências acordados, juntamente com mecanismos para lidar com o legado das

    operações de mineração do passado e quaisquer efeitos futuros das operações atuais,

    sendo necessário haver esforços para evitar a proliferação de esquemas opostos

    como normas, padrões, diretrizes e critérios para o setor, já que a indústria mineral só

    pode contribuir com o desenvolvimento sustentável se as mineradoras progredirem

    científica, tecnológica e economicamente.

    Com iniciativa de uma força de trabalho segura, saudável, profissional e

    comprometida; acesso a capital; licença social para operar; capacidade para atrair

    e manter uma administração de excelente nível; e a oportunidade de retorno sobre os

    investimentos são fatores sine qua non para a perfeita exequibilidade das atividades

    de mineração visando à compensação ao ambiental por meio de projetos

    reflorestamento e projetos recuperação das áreas degradadas, a exemplo, de várias

    companhias mineradoras de médio e grande porte.

    A ASTRO GOLD MINERAÇÃO por meio do PROJETO MINA VALE DO AMAPARI, que tem

    sua área localizada a 150 km da capital Macapá, e está situada ao oeste do Estado

    do Amapá. Decorrente da forte incidência de minérios na região do Amapari que ainda

    hoje tem em suas adjacências as mineradoras: a AUSTRALIANA BEDEEL (... a Beadell

    descobriu duas novas áreas com potencial para exploração de ouro na mina Tucano. Na

    maior delas, foi identificada a quantidade de até 22,5 gramas de ouro por tonelada. Na

    época, a previsão era explorar na região 3,4 milhões de onças, unidade de massa usada para

    medir a produção de minério, cada uma equivale a 28 gramas (Por Fabiana Figueiredo, G1

    Notícias AP - Macapá 25/09/2018 21h18 Atualizado há 9 meses...), Anglo Ferrous hoje com as

    atividades suspensas e repassadas a Zamim Mineradora.

    Estima-se por meio de previa prospecção geológica realizada em parte da área alta

    incidência de minérios, a exemplo, Au, Manganês, Cobre, Nióbio, Tantalita, Cassiterita

    com significativa quantidade que possibilitará a geração de receitas.

    Ao se referir à política mineral brasileira, o marco regulatório do setor em tramitação no

    Congresso e as parcerias estratégicas com o MCTI, o secretário de Geologia, Mineração

    e Transformação Mineral do MME, Carlos Nogueira, lembrou que o Brasil produz 80 bens

    https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/mineradora-mapeia-duas-novas-areas-para-exploracao-de-ouro-em-mina-no-amapa.ghtmlhttps://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/mineradora-mapeia-duas-novas-areas-para-exploracao-de-ouro-em-mina-no-amapa.ghtml

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    minerais e que a mineração e a transformação mineral representam 3,8% do Produto

    Interno Brasileiro (PIB), movimentando US$ 39 bilhões por ano (valor de 2013).

    " A produção interna em 2014, o Brasil produziu cerca de 81 t de ouro (cerca de 71,1

    toneladas de ouro primário), posicionando-se como 11º maior produtor mundial. As

    maiores empresas no país foram: Anglo Gold Ashanti, Kinross, Yamana/Briogold, VALE,

    Beadell, Apoema/Aura, Jaguar, Luna/Aurizona, Carpathian, Troy, NXGold, Serabi e

    Tabipora. Considerando somente a produção de ouro primário, Minas Gerais continua

    como destaque na produção nacional, com 46,6%, seguido por Goiás (13,7%), Pará

    (12,8%), Mato Grosso (7,8%), Bahia (7,2%), Amapá (6,9%) e Maranhão (3,2%). Com base

    no recolhimento dos encargos legais (IOF), a produção oficial de garimpos atingiu

    cerca de 9,9 t, com destaque para Mato Grosso (44,1%) e Pará (41,7) e Rondônia

    (7,4%)”.

    Em 2014, o Brasil importou US$ FOB 4.523.000 de ouro. Na cadeia produtiva de joias, as

    importações atingiram US$ FOB 520.760 milhões, com redução de 4% (US$542 milhões

    em 2013) conforme avaliação do IBGM (do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais

    Preciosos). As exportações de ouro em 2014 apresentaram redução, atingindo US$ 2,325

    bilhões com a redução da cotação do ouro. Dentre os países de destino, destacam-se

    a Suíça com 33% e o Reino Unido, com 31%. Na cadeia produtiva de joias, as

    exportações totais atingiram US$ 2,877 bilhões em 2014 (US$3,282 Bi em 2013).

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    O mercado consumidor no Brasil, em 2014, demandou um total estimado de 29 t de

    ouro já considerando a reciclagem, aferida pelo mercado em 15 toneladas. Estima-se

    na cadeia de joias uma movimentação da ordem de 5,5 bilhões de dólares e com

    350.000 empregos neste setor em 2012/2013, segundo avaliação do IBGM.

    A mineração é uma das principais atividades econômicas do Amapá, tendo

    desempenhado um importante papel no processo de desenvolvimento do estado. A

    vocação regional para a atividade mineradora remonta aos tempos de território

    federal, quando foi implantado o primeiro e mais duradouro projeto de mineração na

    Amazônia – o Projeto ICOMI. Essa experiência despertou o interesse pelas riquezas do

    Amapá, e promoveu o desenvolvimento de várias regiões graças a projetos como Jari,

    Carajás, Trombetas e outros. A tradição mineradora do estado mantém-se viva. Nos

    últimos anos, vários estudos geológicos confirmaram a riqueza do subsolo amapaense

    e apontaram as potencialidades de exploração. Como resultado, a pesquisa mineral

    no Amapá vem despertando grandes interesses de grupos empresariais nacionais e

    estrangeiros, que encontram aqui as condições ideais para futuros investimentos.

    É necessário destacarmos os benefícios socioeconômicos do projeto, com a geração

    de empregos diretos e indiretos, impostos a recolher e renda para a comunidade

    contíguo e na área de influência do projeto, localizado na área rural do município de

    Porto Grande e outros mencionados acima, mas com forte influência na cidade de

    Pedra Branca do Amapari, que é uma região carente de emprego e geração de renda.

    Com a viabilidade de aporte financeiro é possível demonstrar.

    5. PLANO DE PESQUISA MINERAL

    O presente orçamento faz parte da pesquisa que diz respeito aos trabalhos de campo

    necessários ao perfeito conhecimento das ocorrências de Minério de Ouro nos

    municípios de Pedra Branca do Amapari, Ferreira Gomes e Porto Grande no Estado do

    Amapá. A elaboração do presente orçamento de pesquisa mineral foi baseada em

    dados atuais. Tais estudos efetuados na região indicaram a área como merecedora de

    um estudo sistemático e de um programa de prospecção de pesquisa mineral

    adequado, visto que temos sediada as adjacências da área do processo umas das

    maiores Empresas exportadora de Ouro da região norte, a BEEDEL MINERAÇÃO,

    (Empresa Canadense) que está na sua terceira faze de expansão do projeto de

    extração mineral. Os trabalhos de pesquisa a serem executados têm corno objetivo a

    constatação e avaliação de uma eventual jazida a ser implantada na área em

    questão. Espera-se obter com a sua execução dados não apenas para elaboração do

    relatório final de pesquisa, mas também, resultados positivos do jazimento, a realização

    do plano de viabilidade econômica, elaboração dos projetos (básico e de detalhe)

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    O 45’O"N O 45’O"N

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    que visarão a implantação e exploração do minério de ouro. Além do minério de Au,

    elemento principal (alvo) do requerimento inicial, o trabalho fará a prospecção e

    exploração da área para outras ocorrências por entender que há evidências

    geológicas bastantes, que fundamentem este trabalho.

    Com a elaboração e execução do presente Plano de Pesquisa, vamos estabelecer e

    ordenar as diversas fases em que serão desenvolvidos os trabalhos de pesquisa, de

    modo a alcançar a otimização dos resultados, tanto em termos de custo, quanto de

    confiabilidade. No entanto, mesmo que se procure traçar um programa de

    desenvolvimento das atividades bem próximo da realidade, obedecendo a padrões e

    sequências normalmente adotados para ocorrências similares, o replanejamento dos

    trabalhos será constante devido ao intenso manuseio das informações obtidas durante

    as pesquisas. Estima-se que serão gastos no máximo 4 semestres (24 meses) entre o início

    dos trabalhos de pesquisa e a entrega do Relatório Final de Pesquisa ao DNPM, caso

    não haja nenhum imprevisto, apesar da empresa ter o ALVARÁ DE PESQUISA nº1925/2019

    de 3 três anos para realizar a mesma, conforme documento em anexo.

    5.1. SITUAÇÃO GEOGRÁFICA e ACESSO

    Área mineral em Pedra Branca do Amapari que fica localizada no Centro-oeste do

    Estado do Amapá (quase na mesma posição em que Mato Grosso do Sul ocupa no

    Mapa do Brasil, como base nas coordenadas geográficas). Os distritos que dividem

    espaço com ele são O extremo norte do país, Serra do Navio, Porto Grande. O

    https://desciclopedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sulhttps://desciclopedia.org/wiki/Brasilhttps://desciclopedia.org/wiki/Oiapoquehttps://desciclopedia.org/wiki/Serra_do_Naviohttps://desciclopedia.org/wiki/Porto_Grande

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    município fica localizado a 194 km de Macapá capital do Estado com saída pela BR 156

    e acesso pela Perimetral Norte que dá acesso a Serra do Navio, Porto Grande.

    Figura 01: O Estado do Amapá está localizado no Norte do Brasil e possui fronteira com as Guianas com saída para o oceano

    Atlântico, podendo ter seus produtos exportados por via marítima para os mercados Americanos e Europeus.

    Figura 01: O Estado do Amapá possui infraestrutura Portuária (DOCAS DE SANTANA – AMAPÁ-ANTAQ) com

    possiblidades de aporte para grandes Navios de carga com saída para o Atlântico.

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    5.2. HISTÓRICO DA ÁREA

    A região a qual se insere esta área do atual plano, foi objeto de pesquisa prospectiva

    pela Hanna Corporation entre 1946/1947, Ackermann (1948), Nagell (1962) e Scarpelli

    (1966), desenvolveram trabalhos sobre estratigrafia (Série Vila Nova e Série Amapá) e

    metamorfismo da região. A LASA (1958/1959) executou levantamentos

    aerofotogramétricos, aeromagnéticos e aerocintilométricos na região do rio Vila Nova

    e, em 1967 realizou levantamento aerofotogramétricos na porção centro leste do

    Amapá. Trabalhos de prospecção regional direcionados à pesquisa de manganês

    foram iniciados em 1970 através da CODIM: e Companhia Meridional de Mineração. A

    CPRM (1970 a 1974) e DOCEGEO (1971), também desenvolveram trabalhos de

    exploração regional, através de mapeamento geológico e levantamentos

    geoquímiços em sedimentos de corrente, voltado para ouro. A Framontela Ltda. fez

    prospecção em época anterior à década de 70, e nessa década a CAEMI (1972) iniciou

    um amplo trabalho de prospecção mineral na região do Vila Nova, que resultou na

    descoberta de importantes prospectos de cromo, posteriormente viabilizados na Mina

    do Bacuri (Cr- ICOMI), e ouro, que geraram a o garimpo de Santa Maria do Vila Nova.

    Também iniciado na década de 70 e continuado mais intensivamente em 1981, quando

    a BP desenvolveu extensivo programa de exploração regional, incluindo mapeamento

    geológico, levantamentos geoquímiços e geofisicos (magnetometria e cintilometria)

    cobrindo uma área de 3.000 Km2, onde foram definidos o Complexo Guianense e o

    Grupo Vila Nova.

    Na região do Vila Nova a pesquisa foi direcionada para o cromo, tendo sido

    selecionados vários prospectos em áreas contíguas aquelas mineralizadas em cromo

    do Grupo CAEMI. Em 1992 a FERBASA adquiriu os direitos minerários do bloco de áreas

    da BP Mineração (então RTZ) com objetivo de viabilização econômica dos prospectos

    de Cromo, sendo averbados em 1993. Todos esses trabalhos principalmente os da BP,

    serviram de base aos trabalhos desenvolvidos pela FERBASA nesses conjuntos de áreas

    que são vizinhas à objeto deste relatório margeando-as a sul, leste e sudoeste. A última

    empresa requerente da área foi Anglo Gold Ashanti Córrego do Sítio Mineração,

    encontra-se em disponibilidade. Em 2009 a UNAMGEN iniciou a lavra da jazida de ferro no

    Bacabal.

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    5.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

    A área objeto deste plano de pesquisa localiza-se na porção centro oeste do estado

    do Amapá, com coordenadas geográficas de latitude (+) 00°44’04”271 e longitude (-

    51°50’38”003), abrangendo uma área de 3.102,50 hectares no município de Pedra

    Branca do Amapari, no Estado do Amapá.

    O acesso à área é realizado por rodovia partindo-se de Macapá pela rodovia BR 156,

    ate o município de Porto Grande, depois pela rodovia BR 210, até o município de Pedra

    Branca do Amapari, dali seguindo pelo acesso ao Projeto até a altura do Km 140, onde

    se encontra a referida área com afloramentos de colúvio com fragmentação de

    minério de ferro sobreposto a arenito esbranquiçado friável, que foram expostos ao

    longo do ramal.

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    6. FISIOGRAFIA

    6.1 VEGETAÇÃO

    As variações vegetacionais existentes no estado do Amapá são resultantes do seu clima

    úmido e quente que favorece as espécies cosmopolitas. A cobertura vegetal do estado

    é marcada por duas variações distintas de formações florestadas e formações

    campestres, notadamente, a vegetação caracterizada por gramíneas nativas em meio

    a vegetação tipo savana, cobre os locais de ocorrências no topo arredondado das

    elevações.

    6.2 VEGETAÇÃO

    As variações vegetacionais existentes no estado do Amapá são resultantes do seu clima

    úmido e quente que favorece as espécies cosmopolitas. A cobertura vegetal do estado

    é marcada por duas variações distintas de formações florestadas e formações

    campestres, notadamente, a vegetação caracterizada por gramíneas nativas em meio

    a vegetação tipo savana, cobre os locais de ocorrências no topo arredondado das

    elevações.

    7. CONTEXTO GERAL

    FLORESTA DENSA DE TERRA FIRME

    A floresta densa de terra firme é o tipo de vegetação mais representativa do estado do

    Amapá, cuja área corresponde a aproximadamente 103.081,58 km2 ou o equivalente a

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    mais de 2/3 de todo o território estadual. As tipologias, floresta densa de baixos platôs e

    submontana, são variações fitoecológicas decorrentes de fenômenos morfogenêticos

    diferenciados.

    A floresta densa de terra firme é considerada uma referência no que se diz respeito à

    biodiversidade. Destaca-se a máxima diversidade por unidade de área. O porte

    arbóreo é bastante elevado e o diâmetro dos troncos bastante avantajados. No estado

    do Amapá este tipo de floresta encontra-se, em grande parte, submetida a exploração

    seletiva da madeira, práticas de agricultura itinerante, formação de pastagens e

    atividades extrativistas com destaque para a castanha-do-brasil (Brtholletia excelsa). o

    mapa a seguir, possui os principais domínios florísticos da região em que se deseja

    realizar a pesquisa mineral, caracterizando regionalmente a vegetação do local.

    A floresta densa de terra firme é considerada uma referência no que se diz respeito à

    biodiversidade. Destaca-se a máxima diversidade por unidade de área. O porte

    arbóreo é bastante elevado e o diâmetro dos troncos bastante avantajados. No estado

    do Amapá este tipo de floresta encontra-se, em grande parte, submetida a exploração

    seletiva da madeira, práticas de agricultura itinerante, formação de pastagens e

    atividades extrativistas com destaque para a castanha-do-brasil (Brtholletia excelsa). o

    mapa a seguir, possui os principais domínios florísticos da região em que se deseja

    realizar a pesquisa mineral, caracterizando regionalmente a vegetação do local.

    FLORESTA DE VÁRZEA

    São próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios. Apresentam

    grande variedade de espécies caracterizando toda área de influência fluvial do

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    Amapá e o ambiente típico da bacia amazônica.

    A floresta de várzea constitui o segundo maior ambiente florestado do estado do

    Amapá levando-se em consideração a estrutura, diversidade e representatividade

    espacial. Sua área de maior concentração ocorre, principalmente, em margem de rios

    de água barrenta. Na medida em que se adentra o interior da floresta é perceptível a

    redução florística possivelmente ligada às alterações físico-químicas das águas dos rios.

    As maiores florestas de várzea do estado ocorrem ao longo do rio Amazonas,

    adentrando pelos estuários e baixos cursos dos inúmeros rios que aí deságuam. Na linha

    da costa, a floresta de várzea é substituída pelos manguezais. No interior da planície

    inundável encontram-se formações de floresta de várzea com estrutura e diversidade

    diminuída em relação às formas ribeirinhas. Caracteriza toda área de influência fluvial

    do Amapá, representando o ambiente típico da bacia amazônica. A ação antrópica

    decorre devido à ocupação ribeirinha e à ocorrência de espécies de alto valor

    produtivo e importância sócio-econômica, como o açaizeiro (Euterpe oleracea), o pau-

    mulato (Calycophillum spruceanum), a andiroba (Carapa guianensis), etc.

    CERRADO

    Este tipo vegetacional sofre grande influência de ambientes com estresse hídrico e solos

    saturados em ferro e alumínio resultando em uma formação xeromórfica que exibe

    árvores de médio porte, retorci das, de folhas ásperas e casca grossa e rugosa,

    prevalecendo, as espécies com porte entre 2 e 7 metros de altura.

    O cerrado do Amapá apresenta particularidades e diferentes paisagens nas porções

    territoriais de domínio do cerrado. Isto se justifica pelo fato do próprio cerrado ser

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    caracterizado de forma distinta dependendo da sua densidade arbustiva e florística.

    Além disso, ao longo dos rios onde é comum a ocorrência de matas ciliares e galeria,

    no estado do Amapá, esta ocorrência se faz de forma bastante expressiva e intensa.

    No caso particular dos cerrados do Amapá, pode-se dizer que há algumas similaridades

    com os cerrados do planalto central com diferenciação bastante marcante com

    relação aos padrões florísticos e gradiente físico-químico do solo que em muito interfere

    no crescimento da vegetação. Assim, esse bioma é caracterizado pelas variações de

    cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo, campo limpo e ocorrências de

    matas densas de galeria e ciliares ao longo dos leitos e das margens dos rios. Pode-se

    definir duas tipologias básicas para esse ambiente: Cerrado Arbóreo-Arbustivo: Estrato

    lenhoso pouco diversificado e sensível às mudanças do meio físico. Os representantes

    arbóreosmais importantes apresentam de 7 a 12 metros de altura, apesar dos arbustos

    de 2 a 7 metros de altura serem mais freqüentes. Cerrado Parque: Tipo florístico

    caracterizado pelo domínio de estrato herbáceo/graminoso com presença de

    elementos lenhosos dispersos, em geral, aproveitado como pastagem natural. Esse

    bioma e suas variações ocupam, majoritariamente, o domínio das superfícies

    aplainadas e de colinas do Amapá que são recobertas pelo cerrado que abrange

    6,87% da superfície total do estado do Amapá.

    CAMPOS DE VÁRZEA

    Os campos de várzea correspondem aos campos submetidos a inundações periódicas

    decorrentes da acumulação e represamento das águas pluviais, efeitos das altas marés

    e da impermeabilidade natural de determinados tipos de solos. Essa tipologia

    vegetacional estendesse desde o Cabo Orange, no Oiapoque, até a foz do rio Jarí, no

    extremo sul do Amapá.

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    De acordo com a estrutura desses campos, é possível agrupá-los em duas formas

    básicas:

    • Campo de Várzea Graminóide: Trata-se de áreas em estágio inicial de sucessão

    ecológica, caracterizada, portanto, por vegetação herbácea com predomínio

    de espécies graminóides como, por exemplo, as gramíneas.

    • Campo Arbustivo: Como o próprio nome indica essa tipologia caracteriza-se pela

    presença arbustiva (que é uma forma mais evoluída) e herbácea.

    Esses campos são conhecidos regionalmente como campo inundáveis sendo um

    ambiente largamente distribuído pelo estado (cerca de 11,20%), de natureza aluvial e

    submetidos a regimes flúvio-pluviais.

    FLORESTA DE TRANSIÇÃO

    A floresta de transição é um tipo vegetacional influenciado pelos ambientes limítrofes.

    Esse tipo de floresta pode apresentar parte da diversidade dos ambientes envolvidos,

    ou mesmo ater-se à diversidade de apenas um desses ambientes. De maneira geral,

    essa formação florestal está localizada no limite de formações geomeorfológicas ou nas

    transições climáticas onde ocorre em uma faixa territorial a distribuição de duas

    formações de vegetação. Os contrastes são maiores onde as transições são entre as

    formações savânicas (cerrado) e florestais. A floresta de transição constitui um tipo

    vegetacional ligada às condições ecológicas particulares, o que lhe atribui

    características próprias dependentes das influências climáticas das áreas de influência

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    e da geomorfologia, uma vez que esta influencia o tipo de solo e consequentemente a

    vegetação do local. Sua área abrange 2,72% do estado do Amapá e sua maior área

    de distribuição corresponde aos limites, com extensão variável, entre a floresta densa

    de terra firme e o cerrado. Nessas condições, a floresta de transição apresenta uma

    estrutura de alto porte e bem desenvolvida. Em menores proporções, outras áreas

    florestais de transição ocorrem entre os ambientes inundáveis e o cerrado.

    MANGUEZAL

    Os manguezais são ecossistemas estritamente relacionados e dependentes das

    condições litorâneas. Desenvolvem-se ao longo das costas marítimas sob a influência

    das marés e estende-se por todo litoral amapaense por franjas contínuas e variáveis em

    largura. A vegetação corresponde a uma floresta de médio porte caracterizada por

    particularidades hidrodinâmicas decorrentes de influências amazônicas que acabam

    por impor profundas diferenciações a esse ecossistema. Essas diferenças são

    manifestadas nos padrões estruturais e funcionais que divergem das outras regiões

    litorâneas do país: o padrão florístico é absolutamente florestal devido a esse gradiente

    amazônico.

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    Percebe-se uma diversificação muito grande de ambientes naturais no estado do

    Amapá que pode ser constatada devido à diversidade dos domínios florísticos. A

    presença de diferenciações vegetacionais propicia variações climáticas e do meio

    físico capazes de selecionar ambientes naturais distintos. Portanto, dentre esses

    ambientes destaca-se a floresta densa de terra firme que ocupa uma superfície

    territorial de 103.081,58 km2 equivalente a 71,86% de todo território amapaense. Devido

    a grande presença dos recursos hídricos no norte do país e do grande volume de água

    propicia-se a vegetação de florestas e campos de várzea que ocupam 6.959,25 km2 e

    16.065,35 km2, respectivamente, e que somadas se estabelecem em 16,05% do território

    do Amapá. O mapa fitoecológico apresentado a seguir é representa de maneira mais

    detalhada a dinâmica vegetativa atual da região onde será realizada a pesquisa.

    Devido as grandes variações florísticas do estado, presume-se que há várias áreas de

    tensão ecológica, ou seja, áreas de transição entre duas vegetações que se

    estabelecem. A vegetação decorrente dessas áreas denomina-se floresta de transição

    que recobre uma área de 3.905,92 km2 equivalente a 2,72% do estado do Amapá. Rico

    em densidade vegetacional, domínios florísticos, recursos hídricos e biodiversidade, o

    estado do Amapá se diversifica ainda mais quanto aos domínios naturais pelo fato de

    ocupar o litoral. A franja litorânea amapaense caracteriza-se pela faixa contínua do

    domínio do ecossistema de mangue que ocupa um território de 2.784,97 km2, ou seja,

    1,94% do estado do Amapá. Domínio típico de área com estresse hídrico, o Amapá

    ainda conta com o bioma do cerrado. Este está presente no território amapaense onde

    há ocorrência de solos ricos em ferro e alumínio e pouca água em disponibilidade. Essas

    áreas concentram-se no domínio geomorfológico de colinas e superfícies aplainadas

    que exercem influência o tipo de solo e consequentemente a vegetação local. Essas

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    áreas recobrem 9.861,89 km2 do território do Amapá equivalente a 6,87%.

    7.1. FAUNA

    GENERALIDADES

    A fauna Amazônica apresenta forte endemismo. Pelo fato das florestas tropicais não

    apresentarem estações sazonais bem definidas e o alimento ser farto todo ano, as

    populações animais são estáveis. A alimentação, a água e o abrigo são os principais

    fatores determinantes da distribuição das espécies da fauna amazônica.

    Quanto à quantificação dessas espécies pode-se dizer que aproximadamente 62% dos

    mamíferos da Floresta Amazônica são roedores e morcegos. Os marsupiais representam

    9%, os primatas 9%, os carnívoros 8% e os desdentados 6%.

    As aves constituem cerca de 85% dentre todos os gêneros encontrados na floresta.

    Destaque para os azulados, ciganas, jacamins, jaós, inhambus, muntuns, araras,

    papagaios, tucanos, uirapuru, dentre outros. A fauna ictiológica da Amazônia é uma

    das mais ricas do mundo em termo de variação de espécies.

    A fauna herpetológica (anfíbios) é altamente endêmica, sendo típicos a pipa (sapo-

    aru), sucuri (boina), periquitambóia, jacarerana, tartaruga, tracajá, etc. Com relação a

    fauna emtomológica (invertebrados) pode-se dizer que esta é uma das mais variadas

    faunas do mundo com destaque para o conhecido serra-pau (tatanus), o dianstídeo e

    o tananá. Na região Neotrópica (que abrange a América do sul e consequentemente

    o Brasil), ocorrem 12 ordens de mamíferos que totaliza 50 famílias e aproximadamente

    755 espécies das famílias neotrópicas, onde 27 são endêmicas, ou seja, evoluiu na

    própria região. Dentre os mamíferos da região Amazônica destacam-se:

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    Tabela 1 – Mamíferos da Floresta Amazônica

    NOME VULGAR FAMÍLIA

    ANTA TAPIRIDAE

    MACACO DA NOITE CABIDAE

    GATO FELIDAE

    SUSSARANA FELIDAE

    VEADO CERVIDAE

    QUATI PROCYMIDAE

    São vertebrados providos de crânio e maxilar, a maioria possui quatro membros

    locomotores, pele seca, coberta de escama, escudo ou placas, com coração dividido

    em quatro cavidades, respiração pulmonar e fecundação interna. Dentre os répteis da

    região Amazônica destacam-se:

    Tabela 2 – Répteis da Floresta Amazônica

    RÉPTEIS

    NOME VULGAR FAMÍLIA

    TEJUS TEUUDAE

    JACARETINGA CRODODYLIDAE

    JABOTI TESTUDINIDAE

    COBRA CORAL CROTALIDAE

    Os anfíbios constituem um grupo de vertebrados que apresenta um número de espécies

    bastante limitado. Dentre os répteis da região Amazônica destacam-se:

    Tabela 3 – Anfíbios da Floresta Amazônica

    NOME VULGAR FAMÍLIA

    SAPO BUFONIDAE

    RÃ LEPTODACTYLIDAE

    AVES

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    A América do Sul pode ser interpretada como o continente das aves e o número de

    espécies ultrapassa 3.000. Mais do que em todas as outras zonas tropicais do Brasil a

    região Amazônica atinge quase 1.600 espécies. Dentre as aves da região Amazônica

    destacam-se:

    Tabela 4 – Aves da Floresta Amazônica

    NOME VULGAR FAMÍLIA

    ARARA PSITTACIDAE

    ARACUÃ CRAVIDAE

    PATO DO MATO ANATIDAE

    CANCÃO CORVIDAE

    INSETOS

    Os insetos de maior incidência na região Amazônica são:

    Tabela 5 – Insetos da Floresta Amazônica

    NOME VULGAR FAMÍLIA

    CUPINS TERMITIDAE

    MOSCAS CUTICIDAE

    MUTUCA TABANIDAE

    CARAPANÃ CULIVIDAE

    FORMIGA FORMICIDAE

    ARACNÍDEOS

    As espécies predominantes na Amazônia são:

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    Tabela 6 - Aracnídeos da Floresta Amazônica

    NOME VULGAR FAMÍLIA

    ESCORPIÃO LUTIDAE

    ARANHA FLOCIDAE

    CARRAPATO IXODAE

    7.2. RELEVO E GEOMORFOLOGIA

    Ocorrem nesta área duas feições distintas: as superfícies pediplanadas e as formas de

    acumulação. Destacam-se dois níveis de aplainamento que correspondem ao

    Pediplano Pliocênico e ao Pediplano Pleistocênico, elaborados geralmente em rochas

    pré-cambrianas e parcialmente sobre sedimentos terciários. As Categorias de Relevo,

    representa de forma regional a geomorfologia da região da área de Pesquisa. O relevo

    regional foi dividido em cinco unidades de relevo

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    7.3 PLANALTOS RESIDUAIS DO AMAPÁ

    É constituído por um conjunto de maciços residuais topograficamente elevados que

    recebem localmente as denominações de serra do Ipitinga, serra Tumucumaque, serra

    do Iratapuru e serra do 'Navio. Caracteriza-se por uma dissecação intensa que originou

    um conjunto de cristas, picos e topos aplainados, que constituem os testemunhos do

    Pediplano Pliocênico. Os topos mais conservados ocorrem de forma mais contínua ao

    leste da região.

    1) Planaltos Residuais do Amapá.

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    2) Depressão Periférica do Norte do Pará.

    3) Colinas do Amapá

    4) Planalto Rebaixado da Amazónia.

    5) Planície Flúvio- Marinha Macapá - Oiapoque.

    Observa-se gargantas onde os nos seccionam as estruturas antigas, o que evidencia

    uma superimposição da drenagem. As mais notáveis são encontradas na serra do

    Ipitinga, talhadas pelo rio Jari. As altitudes variam geralmente em tomo de 45m a 500 m.

    7.4 DEPRESSÃO PERIFÉRICA DO NORTE DO PARÁ

    Esta unidade de relevo é um prolongamento da faixa de circundesnudação pos-

    pliocênica periférica à bacia paleozóica do Amazonas. Na sua quase totalidade ocorre

    na folha a 1 :250.000 de rio Jari, limitando-se ao norte pelo Planalto dissecado do

    Amapá, estendendo-se para oeste. É caracterizada por colinas elaboradas em rochas

    pré-cambrianas, ao nível do pediplano pleistocênico. Esta unidade corresponde ao

    extenso pediplano pleistocênico, englobando terrenos pré-cambrianos em sua maior

    parte e uma faixa de terrenos sedimentares terciários. As altitudes variam geralmente

    em tomo de 150 a 200 m, apresentando um declive regional na direção E onde se

    observam cotas bem mais baixas. A dissecação fluvial do pediplano originou formas em

    colinas com vales encaixados e ravinamento nas vertentes. Nas áreas mais elevadas,

    que circundam os maciços residuais, a dissecação é mais acentuada. Estas feições

    mudam gradativamente em direção ao litoral, sendo substituídas por colinas de topo

    aplainado, seccionadas por vales alargados e pouco aprofundados com a cobertura

    concrecionária constatada na região.

    Na superfície pediplanada ocorrem relevos residuais em forma de "inselbergs" esparsos

    e um alinhamento de cristas na direcão NNW-SSE, cujos topos estão cortados por

    aplainamento. A drenagem que entalha o Pediplano Pleistocênico é do tipo

    predominantemente dendrítico. O grande centro dispersor de águas é o alto

    topográfico constituído pela serra Lombarda. Os rios são parcialmente controlados por

    uma rede de fraturas, alguns apresentando trechos encachoeirados devido a presença

    dos diques. Terraços observados ao longo do rio Araguari demonstram um

    reencaixamento de drenagem, contemporâneo da dissecação do Pediplano

    Pleistocênico. No baixo curso desse rio, os baixos terraços e planícies fluviais foram

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    englobados em função da escala do mapeamento e das dificuldades encontradas em

    suas delimitações.

    PLANÍCIE FLÚVIO-MARINHA MACAPÁ-OIAPOQUE

    Constitui-se de extensas áreas planas, formadas por sedimentos de origem mista, fluvial

    e marinha. Como unidade de relevo, é uma faixa alongada, de largura variável, que se

    estende desde Macapá, ao sul, até Oiapoque, no extremo norte. Está sujeita á

    inundações periódicas, com trechos permanentemente alagados. A partir de Vila

    Velha, supõe-se que estas áreas sejam maiores devido a um período chuvoso mais

    prolongado. O mapa a seguir representa localmente e de forma mais detalhada a

    geomorfologia local do local onde se propõe realizar a pesquisa. No trecho sul da

    planície, ocorrem diques marginais do Canal do Norte e baixos terraços observados no

    arquipélago do Jurupari e ilha Caviana. Apresenta características de colmatagem em

    Cabo Norte, evidenciadas pêlos paleocanais e lagos residuais. A área compreendida

    entre os rios Oiapoque ao N e a foz do rio Cunani são áreas de acumulação que foram

    ampliadas por formações de restingas. Neste trecho ocorrem pontões, com altitudes

    entre 100 e 200 m, isolados por áreas colmatadas. Trata-se de uma planície ainda em

    formação, cuja gênese está ligada a movimentos eustáticos do final do Pleistoceno.

    7.5. CLIMA

    O estudo climático possui duas classificações já consagradas: Kopper e Gaussen.

    CLASSIFICAÇÃO DE KOPPEN

    A área a ser pesquisada compreende a zona climática A (tropical chuvosa), com o

    seguinte tipo climático Amw' significando:

    Amw' - O clima Am, com chuvas do tipo monção, isto é, que apesar de oferecer uma

    estação seca de pequena duração, possui umidade suficiente para alimentar a floresta

    do tipo tropical. O tipo Am é intermediário a Af e A w, parecendo-se com Af no regime

    de temperatura e com Aw no de chuvas. A altura da chuva no mês mais seco é tanto

    para Am como para Aw inferior a 60 mm. Assim é que a distinção entre ambas foi feita

    pelo valor limite w' correspondente às maiores quedas pluviomé-tricas processadas no

    outono.

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    CLASSIFICAÇÃO DE GAUSSEN

    Fundamenta-se esta classificação no ritmo das temperaturas e das precipitações

    durante o ano. São utilizadas médias mensais e considerados os estados favoráveis ou

    desfavoráveis à vegetação, em regra, os períodos secos e úmidos, quentes e frios,

    dando maior ênfase ao período seco, que é considerado fator essencial do bioclima. A

    determinação do período seco é feita através dos gráficos ombro térmicos, sendo a

    intensidade da seca definida pelo índice xerotérmico, o qual, além de temperatura e

    precipitação, considera a umidade atmosférica em todas as suas formas, inclusive o

    orvalho e o nevoeiro que são definidos como fração da precipitação.

    A área enquadra-se nas seguintes Regiões Bio-climáticas: Xeroquimênica (Tropical) e

    Termaxérica (Equatorial).

    Região Bioclimática Xeroquimênica (Tropical) - Apresenta as seguintes modalidades ou

    tipos:

    a) Termoxeroquimênico atenuado (4cTh) - Tropical quente que apresenta estação

    seca curta de 3 a 4 meses e índice xerotérmico variável entre 40 e 100.

    b) Subtermaxérico (4 dTh) - Tropical quente e subseco com estação seca muito curta,

    de 1 a 2 meses, e índice xerotérmico variável entre O e 40.

    Região Bioclimática Termaxérica (Equatorial) - Apresenta a seguinte modalidade ou

    tipo: a) Eutermaxérico (6 a) - Equatorial propriamente dito com temperatura do mês

    mais frio superior a 20° C; período quente contínuo; estações do ano pouco marcadas

    ou mesmo inexistentes; amplitude térmica anual da temperatura muito baixa; e dias e

    noites aproximadamente com a mesma duração. Este clima se caracteriza ainda por

    um estado higrométrico muito elevado, superior a 85%.

    7.6 SOLO

    O mapa a seguir descreve os domínios pedológicos regionais da região onde se

    pretende realizar a pesquisa mineral. Vide Mapa de domínios pedológicos.

    7.6.1 DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO JÁ REALIZADAS.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - LAl

    Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa.

    A presente unidade de mapeamento ocorre em uma única mancha, ao longo da

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    29

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    margem direita do rio Amapari até sua desembocadura no rio Araguari, estendendo-se

    até Porto Grande. São solos de textura argilosa, de estrutura maciça dominante, bem

    drenados, profundos e de fertilidade natural baixa. O relevo vai de plano a suave

    ondulado e são solos resultantes de sedimentos argilosos da Formação Barreiras.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - LA2

    Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa. Solos Concrecionários Lateríticos

    Indiscriminados Distróficos textura indiscriminada.

    São solos de textura argilosa, bem drenados, profundos, de estrutura maciça e de

    fertilidade natural baixa. O material originário se deve a sedimentos argilosos da

    Formação Barreiras e o relevo dominante é o suave ondulado. Ocorrendo em manchas

    alternadas, aparecem os Solos Concrecionários Lateríticos Indiscriminados Distróficos,

    que se apresentam com textura indiscriminada, com grande quantidade de

    concreções, fortemente drenados, medianamente profundos, de fertilidade natural

    baixa e de estrutura de difícil caracterização devido a grande quantidade de

    concreções. Aparecem na parte leste e sudeste da área em relevo plano e suave

    ondulado, não muito distante da faixa litorânea.

    As unidades de mapeamento de solo encontram-se ilustradas no próximo mapa

    pedológico a seguir.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - LA3

    Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa. Latossolo Amarelo Distrófico textura média.

    Solos Concrecionários Lateríticos Indiscriminados Distróficos textura indiscriminada.

    Esta unidade de mapeamento compreende solos de textura argilosa, média e argilosa

    com concreções, profundos e medianamente profundos, bem e fortemente drenados,

    de estrutura maciça e granular e de fertilidade natural baixa. O relevo é plano e suave

    ondulado e são formados a partir de sedimentos argilosos e argilo-arenosos da

    Formação Barreiras-Terciário. Ocorre extensivamente ao norte de Macapá até as

    cercanias de Porto Grande, desde a cidade de Calçoene até as proximidades de

    Tartarugalzinho.

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    UNIDADE DE MAPEAMENTO – LV

    Latossolo Vermelho amarelo Distrófico. Textura muito argilosa.

    A principal ocorrência desta unidade, verifica-se no centro sul da área nas proximidades

    da serra do Iratapuru e a sudoeste, próximo ao rio Paru. Caracteriza-se por apresentar

    relevo ondulado com áreas aplainadas. A textura é muito argilosa, a estrutura é maciça

    e a fertilidade natural baixa. São solos profundos e resultam da decomposição de

    granitos, migmatitos, gnaisses, anfibolitos, xistos e quartzitos, pertencentes ao Pré-

    Cambriano.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO – LV2

    Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico – Textura muito argilosa.

    O relevo que caracteriza esta unidade é do tipo forte ondulado com áreas aplainadas

    e ocorrem principalmente ao norte da serra do Navio, próximo ao rio Araguari. São solos

    de textura muito argilosa, profundos, de estrutura maciça, podendo ocorrer blocos

    subangulares e de fertilidade natural baixa. São resultantes da decomposição de

    anfibolitos, xistos e quartzitos, pertencentes ao Pré-Cambriano.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO – LV3

    Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico. Textura argilosa. Latossolo Vermelho

    A presente unidade possui relevo forte ondulado a montanhoso. Ocorrem

    extensivamente em uma única mancha ao longo da serra do Navio. São solos argilosos

    e muito argilosos, profundos, de estrutura maciça, podendo ocorrer também blocos

    subangulares e de fertilidade natural baixa. São originados de decomposição de

    anfibolitos, xistos, quartzitos, migmatitos, granitos e gnaisses, pertencentes ao Pré-

    Cambriano.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO – LV4

    Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico. Textura argilosa. Podzólico Vermelho Amarelo

    textura argilosa.

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    O relevo dominante desta unidade de mapeamento é ondulado a forte ondulado e

    ocorre principalmente a leste da área. São solos de textura argilosa, profundos, bem

    drenados, de estrutura maciça e em blocos subangulares e de fertilidade natural baixa.

    O material originário é resultante da decomposição de gnaisses pertencentes ao Pré-

    Cambriano.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - L V5

    Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico. Textura argilosa. Podzólico Vermelho Amarelo

    textura argilosa.

    Compreende solos onde o relevo dominante é forte ondulado e ocorrem

    extensivamente ao sul da área. A textura é argilosa, a estrutura maciça e em blocos

    subangulares, profundos, bem drenados e de fertilidade natural baixa. O material

    originário é resultante de intemperização de anfibolitos, xistos e gnaisses, pertencentes

    ao Pré-Cambriano.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - LV6

    Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico plíntico. Textura média. Gley Pouco Húmico

    Distrófico textura indiscriminada.

    A presente unidade de mapeamento consta de solos de textura média e argilosa,

    profundos e medianamente profundos, bem, imperfeitamente e mal drenados, de

    estrutura maciça e em blocos subangulares e de fertilidade natural variando de baixa

    a média. O relevo é plano e suave, ondulado e o material originário é resultante da

    decomposição de gnaisses do Pré-cambriano e sedimentos do Holoceno. A área de

    ocorrência desta unidade vai desde a confluência dos rios Amapari e Araguari,

    acompanhando este, até as suas cabeceiras; aparece também no rio Paru.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB

    Podzólico Vermelho Amarelo. Textura argilosa. Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico

    textura argilosa.

    Compreendem solos profundos, argilosos, bem drenados, de estrutura em blocos

    subangulares e maciça e de fertilidade natural baixa. As principais ocorrências desta

    unidade estão entre os rios J ari e Paru. O relevo dominante é o ondulado e o material

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    originário é proveniente da decomposição de migmatitos e granitos do Pré-Cambriano.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - CL

    Solos Concrecionários Lateríticos Indiscriminados Distróficos com textura indiscriminada.

    Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa.

    Pertencem a esta unidade solos medianamente, profundos e profundos, fortemente e

    bem drenados, argilosos com grande quantidade de concreções nos Concrecionários

    Lateríticos e argilosos nos Latossolos, de estrutura maciça e de baixa fertilidade natural.

    São oriundos de sedimentos do Terciário e ocorrem ao norte da cidade de Macapá,

    nordeste da vila de Ferreira Gomes e nas cercanias do lugarejo de Tartarugalzinho, em

    área de relevo suave ondulado.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - HG

    Solos Gley Eutróficos com textura argilosa. Solos Aluviais Eutróficos e Distróficos textura

    indiscriminada.

    Constam desta unidade de mapeamento solos profundos e medianamente profundos,

    mal a imperfeitamente drenados, de textura indiscriminada, de estrutura maciça e em

    blocos subangulares e de fertilidade natural variando de alta a baixa. Têm como

    material de origem, argilas, siltes e areias do Quaternário. Ocorre apenas uma pequena

    mancha ao sul da área próximo a Porto de Santana. O relevo é praticamente plano.

    UNIDADE DE MAPEAMENTO - Hl

    Solos Hidromórficos Indiscriminados Eutróficos e Distróficos textura indiscriminada.

    Esta unidade de mapeamento compreende solos medianamente profundos, mal e

    muito mal drenados, de textura e estrutura indiscriminada e fertilidade natural variando

    de alta a baixa. É encontrada a sudeste da área nas ilhas da foz do rio Amazonas, em

    área de relevo plano. Têm como material originário argilas, siltes e areias do Quatemário,

    especificamente no local de ocorrência de cobertura de solo coluvionar com

    fragmentos de minério de ferro itabirítico, o solo é pobre e caracterizado, sobrepostos a

    solo arenoso claro proveniente da desagregação de arenito friável.

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    7.6.2 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

    7.6.2.1. AGRICULTURA

    Na Amazônia, até há bem pouco tempo, desenvolvia-se uma agricultura totalmente

    tradicional e itinerante, que consistia na derrubada, queima e plantio em solo mal

    preparado. Vide Mapa de Uso e Ocupação do solo - Sistema de Manejo primitivo.

    A atividade agrícola para o Estado do Amapá, encontra-se atualmente em

    desenvolvimento, isto devido à implantação de grandes projetos particulares, como é

    caso das plantações de gramínea arbórea e cultivos de arroz e agora em soja. Na

    realidade, a agricultura em grande escala está gradativamente se implantando, mas

    ainda não é uma atividade que sobressaia na economia regional da área em estudo.

    Culturas de subsistência estão ainda em escala reduzida, com exceção do

    empreendimento pioneiro da Indústria Jarí. Quanto às culturas perenes, bem poucas

    podem ser registradas em caráter significativo. De capital importância deve ser

    mencionada a Colônia Militar do Oiapoque, que foi a pioneira no estabelecimento de

    culturas com utilização de técnica de manejo. Domina, portanto, uma agricultura com

    técnicas ainda rudimentares, que proporciona baixa rentabilidade por unidade de

    área, além de condicionar, pelo aspecto itinerante de agricultura, constante destruição

    da cobertura primitiva dos solos. O agricultor, de uma maneira geral, permanece num

    mesmo lugar um tempo nunca superior a três anos, devido ao empobrecimento do solo

    provocado pela retirada de nutrientes pelas culturas e também pelo processo de

    lixiviação devido à alta pluviosidade existente na área.

    7.6.2.2. PECUÁRIA

    Na realidade é a pecuária a atividade pioneira da região. Temos a considerar dois

    aspectos: a pecuária extensiva tradicional, utilizando os campos naturais, e a pecuária

    reunificada. Vi de Mapa de Uso e Ocupação do solo sistema de manejo desenvolvido.

    Gradativamente, a pecuária extensiva vem cedendo lugar aos grandes projetos

    pecuários. Os criadores acordaram para as novas técnicas de criação, tais como:

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    introdução de novas espécies forrageiras, manejo adequado, introdução de raças

    melhoradas com reprodutores e matrizes adaptadas à região. O rebanho é

    representado por raças zebuinas e bubalídeos destinados, principalmente, à produção

    de carne e, em menor proporção, as raças com aptidão leiteira também estão sendo

    introduzidas na região.

    7.7 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS DA REGIÃO

    A área onde se pretende realizar a pesquisa mineral localiza-se no sudoeste do estado

    do Amapá, município de Pedra Branca do Amapari .

    Do ponto' de vista populacional, o Amapá tem experimentado, desde a década de 60,

    uma acentuada aceleração no seu crescimento demográfico, em função do

    desenvolvimento de ciclos econômicos, cujos mais notáveis foram:

    • instalação da ICOMI - Indústria e Comércio de Minérios SI A;

    • implantação do Projeto Jarí, na localidade de Monte Dourado, Estado do Pará, região

    fronteiriça do então município de Mazagão, hoje municípios de Laranjal do Jarí e Vitória

    do Jarí;

    • criação e implantação da Zona de Livre Comércio nos municípios de Macapá e

    Santana. Aliado ao efeito das ações exercidas pela implantação dessas atividades

    econômicas, destaca-se ainda o conjunto de ações governamentais visando estimular

    o desenvolvimento do território amazônico através de planos e projetos especiais.

    • o crescimento demográfico durante o período de 1980-1991, atingiu um contingente

    de 289.397. O aumento da população, de 114.140 habitantes, corresponde a uma taxa

    média de crescimento de 4,67% ao ano (Quadro 1). Esse crescimento demográfico está

    distribuído na maioria dos municípios, inclusive Mazagão, conforme abaixo.

    MUNICÍPIO TAXA DE CRESCIMENTO*

    Amapá 2,23

    Calcoene 5,63

    Macapá 4,48

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    Mazagão 1,90

    Oiapoque 3,77

    Ferreira Gomes -0,24

    Laranial do Jari 4.48

    Santana 7,05

    Tartarugalzinho 4,48

    Estado 4,67

    Atualmente a população estimada do município de Pedra Branca do Amapari 15.931

    habitantes, e segundo censo realizado pelo IBGE em 2012 era de 10.772

    7.7.1 URBANIZAÇÃO POPULACIONAL

    O contínuo crescimento demográfico, em função do contingente migratório e do

    crescimento vegetativo, confirma a tendência crescente da urbanização. Há de se

    considerar também as modificações político-administrativas que, ao criar novos

    municípios, interferiram na relação população rural/população urbana, constituindo

    "status" de urbanidade a localidades marcadamente rurais. Dado isso, decorre um

    substancial aumento na taxa de urbanização do Estado, que passou de 59,19% para

    80,90%, no período entre 1980 e 1991. Num estudo realizado pelo governo estadual

    denominado "Macrodiagnóstico do Estado do Amapá - Primeira Aproximação do ZEE"

    abrangendo os municípios de Calçoene, Macapá, Mazagão, Oiapoque, Ferreira

    Gomes, Laranjal do Jarí, Santana e Tartarugalzinho, obteve-se resultados da dinâmica

    socioeconômica e de recursos naturais do estado. Neste relatório demonstrou-se que

    dos nove municípios pesquisados apenas dois apresentam taxa de urbanização

    populacional inferior a 50% - Pedra Branca do Amapari (região onde se pretende realizar

    a pesquisa mineral) e Tartarugalzinho. Dos municípios com percentual superior a 50%,

    destacam-se: Santana (89,02%), Macapá (85,70%) e Calçoene (75,41%), em virtude do

    processo migratório indicado, pela expectativa de emprego, educação, saúde,

    melhores condições de vida da capital e exploração mineral na área de Calçoene.

    7.7.2. ACESSO AOS SERVIÇOS BÁSICOS

    A apreciação analítica indica uma acentuada defasagem entre os serviços básicos

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    oferecidos e a demanda social apresentada, haja vista que somente 53,17% da

    população total do Estado tem acesso ao "abastecimento de água adequado"

    (conceito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA) e 58,03% à coleta de lixo,

    ambos apresentando defasagens de 46,83% e 41,97%, respectivamente. Vistos no

    âmbito do desempenho nacional desses indicadores, de 65% e 63,8% respectivamente,

    a carência desses serviços acima determinada, embora constitua um dado

    preocupante, em tese pode ser relativizado em função da capacidade de

    racionalização do aproveitamento, considerando a alta concentração populacional

    em domicílios particulares permanentes do Estado. Com relação à energia elétrica, há

    uma defasagem estadual de 25% devida, presumivelmente, aos inchaços

    populacionais periurbanos decorrentes, em parte, do pequeno investimento em

    equipamentos sociais no meio rural. A região de Pedra Branca do Amapari, possui

    elevada carência de no que concerne ao acesso aos serviços básicos. O município de

    Porto Grande está em sexto lugar dentre os nove pesquisados com uma taxa de 25,19%.

    7.7.3 EDUCACIONAL

    Nas considerações mais gerais sobre as novas relações entre a sociedade e o poder

    público no Brasil de hoje, observa-se a existência de um nível de pressão mais

    organizado em torno das políticas públicas, em geral, e da educação, em particular.

    No Amapá, o poder público tem buscado alternativas para atender às exigências

    advindas da dinâmica populacional, viabilizando a oferta de ensino de 1 ° e 2° graus

    em quase todos os municípios do Estado.

    Comparando-se os dados de 1985 e 1991, observa-se no ensino fundamental que:

    • o número de matrículas aumentou 45,13%;

    •a rede pública detém a maioria das matrículas do ensino fundamental, 96,68 % em

    1985 e 95,77% em 1991, havendo um pequeno decréscimo entre os referidos anos;

    • do total de matrículas em 1985 e 1991,79,85% e 85,93%, respectivamente, estão na

    zona urbana;

    • o município de Macapá apresenta maior número de matrículas em 1985 e 1991, tanto

    na zona urbana, quanto na zona rural;

    • o aparente decréscimo no número de matrículas nos municípios de Amapá e

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    Mazagão deve-se ao fato de cessão de área e população para criação de novos

    municípios.

    • o número de matrículas aumentou 20,24%;

    • em 1985 a zona urbana detinha 99,57% das matrículas, enquanto que em 1991 esse

    percentual passou para 99,86%;

    • inquestionavelmente, Macapá foi o município com a maior concentração das

    matrículas, equivalendo a 96,46% das matrículas gerais do Estado;

    • o decréscimo verificado nos municípios de Amapá, Mazagão (zona urbana) e

    Macapá (zona rural), deveu-se, basicamente, à criação de novos municípios como

    Laranjal do Jari (desmembrado de Mazagão), Tartarugalzinho (desmembrado de

    Amapá) e Santana (desmembrado de Macapá). Tratando-se da alfabetização de

    adultos, a área de Mazagão / Porto Grande é desfavorecida uma vez que possui as

    menores taxas de alfabetização (54,47%). Considerando os dados do censo de 1991, o

    percentual da população de 15 anos de idade ou mais, alfabetizada no Estado do

    Amapá (80,8%), é superior ao percentual da região Norte (75,5%) e Brasil (79,9%), onde,

    evidenciam-se os municípios de Macapá (85,33%) e Calçoene (79,98%) com as maiores

    taxas.

    Através da taxa de alfabetização de adultos pode-se deduzir o nível de analfabetismo,

    cujo custo social se traduz na falta de acesso a instrumentos valiosos para uma

    participação mais dinâmica na sociedade. A taxa de escolarização líquida total para

    o ensino fundamental na região de Mazagão / Porto Grande é de 65,11 %, sendo a

    urbana de 82,67% e a rural de 51,62%. A taxa considerada ideal pela ONU é de 97%, e

    a capital do estado, Macapá, atingiu o valor total de 80,41 %. Para o ensino médio, a

    situação se agrava bastante quando a taxa de escolarização líquida é de apenas 0,53%

    em Mazagão. Sendo assim, Mazagão / Porto Grande apresentam resultado mais

    desfavorável de desempenho educacional, critério que utiliza as taxas de alfabetização

    de adultos e escolarização média em seus cálculos. O melhor desempenho

    educacional está em Macapá com 73,95%, enquanto a região de em apreço possui

    uma taxa de 47,26%.

    7.7.4. RENDA

    Utilizaram-se informações do censo demo gráfico de 1991, referente ao número de

    chefes em domicílios particulares por classe de rendimento médio mensal (em salários

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    mínimos). Em termos analíticos, os municípios de Macapá, Santana e Laranjal do jari,

    concentram 46.715 dos 53.530 chefes de domicílios do Estado, identificados nesse

    censo, o que equivale a 87,27% do total. A maioria desses chefes de domicílio recebem

    até três salários mínimos, isto é, 27.663 (ou 59,50%); do mesmo modo, infere-se que essa

    concentração (27.663) representa a maioria do Estado (52,05%). Para o município de

    Porto Grande, o percentual de chefes de família que ganham menos de três salários

    mínimos é de 82,87%. A região de Pedra Branca do Amapari, também não possui bom

    desempenho no que se trata da Renda Média por Chefe de Domicílio. Na

    determinação do desempenho desse indicador, os valores de renda média expressos

    em salários mínimos dos chefes de domicílios dos municípios foram relativizados a fim de

    se obter uma padronização entre os indicadores do desempenho socio populacional.

    Em decorrência, a renda média de 3,9 salários mínimos por chefe de domicílio do

    município de Macapá representa, no seu grupo, um desempenho médio relativo de

    renda de 28,06%, sendo este, o maior percentual verificado em relação aos demais

    municípios do seu grupo. No outro extremo, encontra-se Mazagão, com média de 1,7

    SM por chefe de domicílio, correspondendo a um desempenho médio relativo de

    12,23%.

    7.7.5 AGROPECUÁRIA

    No que pese a importância da agricultura no alcance de metas voltadas para a

    valorização de uma equilibrada relação de ganhos sociais e econômicos entre as

    populações urbana e rural, os dados apresentados no Macrodiagnóstico revelam uma

    situação bastante preocupante: as taxas de crescimento médio das lavouras

    permanentes (banana, laranja, limão e pimenta do reino) e temporárias (mandioca,

    abacaxi, arroz, feijão, melancia e milho) foram negativas na maioria dos municípios

    estudados, especialmente naqueles pertencentes ao grupo da série histórica mais

    longa, ou seja, de dez anos; tal preocupação se intensifica, quando se considera esse

    quadro em relação ao crescimento populacional do mesmo período, na ordem de 4,67

    % ao ano. Mazagão por exemplo, obteve-se um desempenho negativo da ordem de

    1,25 e seu estudo foi abrangeu os anos entre 1985 e 1994.

    Presume-se que os resultados do comportamento da agricultura no período de 1985 a

    1994 estão associados, entre outros fatores, à falta de investimentos em infraestrutura e

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    tecnologia, esta última agravada por limitações de natureza física tanto do solo quanto

    do clima, principalmente.

    Quanto à pecuária, destacam-se os rebanhos efetivos de bovinos e de bubalinos, dada

    sua relevância para a economia do Estado, dentro dos seguintes aspectos:

    • trata-se de rebanhos de corte, preferencialmente;

    •grande parte dos rebanhos é criada de forma extensiva em pastagens naturais, com

    destaque para os bubalinos;

    • a mão-de-obra utilizada nessa atividade é essencialmente familiar.

    Comparando-se com a região Norte, no período de 1985 a 1994, o efetivo do rebanho

    bubalino do Estado apresentou um bom desempenho, com taxa de crescimento de

    12,59% a.a., portanto, superior ao verificado na região Norte (8,65%).

    O extrativismo vegetal constitui uma importante função econômico-social no Estado do

    Amapá, que envolve cadeias produtivas centradas na relação de vida das populações

    ribeirinhas e no mercado de produtos florestais relevantes, dentre os quais se destacam:

    a castanha-do-brasil, a borracha, o palmito, o açaí (fruto) e as sementes oleaginosas,

    cuja exploração e comercialização, embora desordenadas, na maioria das vezes,

    representam a base de subsistência dessas populações. De modo a demonstrar mais

    claramente a dinâmica desse segmento no Estado foram tomados, pode-se analisar

    dois períodos distintos: o primeiro, de 1980-1985 evidencia um crescimento relativo dos

    produtos extrativos, onde o açaí (fruto) apresentou uma taxa de crescimento de 8% a.a,

    a castanha-do-brasil de 8,02 % ao ano, o palmito de 19,10% a.a, a madeira de 24,84%

    ao ano e o látex líquido de 28,90% ao ano O segundo período, 1985-1994, caracteriza-

    se pelo comportamento negativo da produção dos principais produtos extrativos do

    Estado como o Açaí (-8,33%), o palmito (-15,55%) ou a madeira (-10,32%).

    8. GEOLOGIA

    8.1. GEOLOGIA REGIONAL

    8.1.1. ESTUDOS ANTERIORES

    O quadro geológico aqui apresentado resulta de levantamentos básicos desenvolvidos

    com apoio de estudos em detalhe de ocorrências minerais, e de correlação com a

    geologia de áreas vizinhas além da visita em campo realizada em março de 2005.

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    As informações assim obtidas merecem destaque não apenas por seu valor intrínseco,

    mas por seu indiscutível caráter pioneiro. Na verdade, a região pesquisada caracteriza-

    se pela inexistência de estudos anteriores em bases sistemáticas, ou em escalas

    compatíveis com o trabalho aqui relatado.

    Apenas o Projeto RADAM apresenta, na escala ao milionésimo, um esboço consistente

    da geologia regional, ressentindo-se, entretanto da escassez de dados de campo -

    deficiência sem dúvida resultante de seus próprios objetivos.

    Delimitam-se quatro grandes unidades, assim caracterizadas: na base, o Complexo

    Guianense, constituído por granitos e granodioritos; migmatitos; anfibolitos e gnaisses

    (individualizados na sub-unidade Gnaisse Tumucumaque, com base em suas feições

    catac1ásticas típicas); e granulitos; enquadrados no Pré-cambriano inferior a médio.

    A seguir, a seqüência de xistos, quartzitos e anfibolitos do Grupo Vila Nova, referidos ao

    Précambriano médio; e o Grandiorito Falsino, associação de rochas intrusivas ácidas a

    ultramáficas, enquadrados no Pré-cambriano superior. Finalmente, individualizam-se os

    diques e stocks básicos do Permo- Triássico, cuja denominação - diabásio Cassiporé -

    parece na verdade um tanto impróprio, visto que os diques se dispõem transversalmente

    ao rio homônimo.

    JORGE JOÃO et aI (1979) apresentam os estudos pela CPRM em região próxima,

    geologicamente similar. (Sudoeste do Amapá e norte do Pará), cartografada na escala

    1:100.000. O empilhamento proposto pelo RADAM é modificado, subdividindo-se

    aqueles conjuntos em suítes, metamórficas.

    o modelo adotado, entretanto, individualiza os migmatitos em uma unidade à parte,

    independente da origem das rochas submetidas a migmatização. Além disso, a falta

    de correspondência entre algumas das rochas submetidas à migmatização. Além disso,

    a falta de correspondência entre algumas interpretações enunciadas e a geologia de

    áreas vizinhas, prejudica a aplicação do esquema ali proposto.

    Desta forma, as informações aqui relatadas e o modelo interpretativo decorrente

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    estarão restritas ao domínio do projeto. Alguns pontos, consequentemente,

    permanecem pouco definidos, sobretudo em função do conhecimento apenas

    preliminar atingido em áreas geologicamente importantes. Em todo o caso, as hipóteses

    de trabalho adotadas e seu enquadramento regional têm se revelados eficientes,

    ajustando-se satisfatoriamente aos dados obtidos. Permitem assim a avaliação segura

    do potencial das áreas e o aprimoramento constante das estratégias de pesquisa, em

    função das características da região.

    8.1.2 LITOESTRATIGRAFIA – DESCRIÇÃO DAS UNIDADES

    Na área de estudo afloram basicamente rochas granito-gnáissicas do Complexo

    Guianense (Paleoproterozóicas a Arqueanas) e rochas metavulcanosedimentares do

    Grupo Vila Nova (Paleoproterozóicas), e subordinadamente diques N-S de rochas

    básicas da Suíte Intrusiva Cassiporé (Fanerozóico-Mesozóico) Capeando os morros nas

    porções norte e nordeste da área existe extensos platôs lateritícos (Tércio-Quatemário)

    desenvolvidos principalmente sobre litologias do Grupo Vila Nova.

    COMPLEXO GUIANENSE

    O embasamento arqueando dessa região compreende rochas polimetamórficas de

    alto grau, intensamente deformadas e retrabalhadas, tais como, granulitos, gnaisses,

    anfibolitos, migmatitos, granitos e tzranodioritos, integrantes do Complexo Guianense

    (Lima et alii. 1974). Na região do rio Cupixi, imediatamente a norte da área em estudo.

    Montalvão e Tassinari (1984) apresentaram isócrona Rb-Sr de 2944 M.a. para tonalitos e

    gnaisses e Lima (1986), idades Rb-Sr entre 2.860 e 2.450 M.a., para tonalitos trondjemíticos

    e granulitos gnaisses, além de pegmatitos, aplitos, sienogranitos e tonalitos. Os

    granitóides que compõem estecomplexo são de composição extremamente variável

    dentro da faixa granitóide e mostram diferentes graus de anisotropia estrutural, indo

    desde conspicuamente foliados ou bandados, até tipos altamente isotrópicos.

    GRUPO VILA NOVA

    O Grupo Vila Nova (Lima et alii, 1974) aflora sob a forma de faixas irregulares e

    descontínuas, nas regiões de serra do Navio e do rio Vila Nova, no centro do estado do

    Amapá, bem como em parte da serra Lombarda, a norte do Estado, em sentido a

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    Guiana Francesa, e compreende rochas metavulcanossedimentares, metamorfizadas

    na fácies xisto verde a arifibolito. Montalvão e Tassinari (1984) citam para esta unidade

    datações K-Ar em micas (1.919 e 1.759 Ma) e anfibólios (2.088 e 1.971 Ma), como sendo

    as únicas disponíveis para a região. Contudo existem datações de até 2.264 Ma em

    unidades similares na região da serra do Ipitinga (P A) considerada como idade do

    vulcanismo.

    Esta unidade distribui-se segundo faixas descontínuas e alongadas na direção NW-SE,

    caracterizando cinturões metamórficos de baixo a médio grau que, no tocante à

    orientação estrutural e ao posicionamento geológico, representam seqüências

    submetidas à mesma história evolutiva geológica. Regionalmente, nota-se para esta

    unidade a predominância absoluta do "trend" NW-SE, compondo amplos dobramentos

    com vergência para NE.

    A coluna litoestratigráfica básica para a Serra do Navio, de Rodrigues et alii(1986),

    adaptada de Naggel(1962) e Scarpelli(1963), são a seguinte:

    Estudos petrológico-geoquímicos realizados por Faraco (1990), na Serra do Ipitinga

    comprovam ser o Grupo Vila Nova uma seqüência supracrustal constituída por rochas

    metavulcânicas e mais raramente, metaplutônicas máficas e ultramáficas rochas a

    cordieritaantofilita e a quartzo-c1orita, nas quais estão sobrepostos sedimentos químicos

    que configuram formações ferríferas bandadas tipo óxido e silicato, e metassedimentos

    elásticos. As metavulcânicas e os metas sedimentos configuram unidades

    litoestratigráficas definidas, a saber, Anfibolito Anatum e Quartzito Fé em Deus. Veiga et

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    alii (1985) e Ferran (1988) sugerem para a região de serra Lombarda (Lourenço e

    Cassiporé) que o conjunto de anfibolitos, biotita-xistos, cherts e tonalitos que se estende

    NWSE, prosseguindo para a Guiana Francesa, na região do Camopi seja designado

    Grupo Serra Lombarda. Contudo esta designação nunca foi implementada. Observe-

    se que para a região da Guiana Francesa o pacote citado acima assume o nome de

    Formação - Paramaca, aparentemente com um grau metamórfico mais elevado, de

    anfibolito médio até granulitos excepcionalmente. Trabalhos posteriores de cunho

    regional consideram estes litotipos na região como também pertencente ao Grupo Vila

    Nova. Faraco (1990), na região do Ipitinga, cita ainda que alterações hidrotermais e

    mudanças mineralógico-texturais no Grupo Vila Nova, resultantes da ação de fluidos e

    magmas relacionados às intrusões graníticas pós-tectônicas

    e anorogênicas, de uma certa forma, são conspicuas, tanto nas metavulcânicas como

    nos metassedimentos. O estudo conjunto de elementos maiores, traços e terras raras

    permitem caracterizar os magmas parenterais destas metavulcânicas como basaltos

    subalcalinos toleíticos com possibilidade da existência de uma série komatiítica no

    magmatismo.

    Coelho Filho (1998. In: Spier, C.B. et alii 1999) cita para a região das minas de manganês

    da ICOMI, em serra do Navio, a ocorrência de uma seqüência basal de ortoanfibolitos,

    capeado por xistos e mármores manganesíferos. A oxidação dos carbonatos produziu

    os depósitos de manganês, lavrados pela ICOMI desde 1957 até a exaustão das reservas

    em 1997. No total foram extraídas 61 milhões de toneladas de minério de manganês.

    Historicamente grande parte da região norte do país, englobando o norte do Pará e o

    Amapá, foi submetida a um forte "boom garimpeiro", após os anos 30 devido a uma

    forte invasão de brasileiros e "crioulo", provenientes da