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PROJETO MINA VALE DO AMAPARI
PROJETO MINERAL
2019-2020
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 4
2. PARCERIAS ........................................................................................................................................ 5
3. DIREITOS DE MINERAÇÃO ............................................................................................................ 6
4. INFORMAÇÃO GERAL.......................................................................................................................8
5. PLANO DE PEQUISA MINERAL....................................................................................................11 5.1 Situação Geográfica e Acesso ............................................................................................. 12 5.2 História da Área ..................................................................................................................... 14 5.3 Localização e Vias de Acesso .............................................................................................. 15
6. FISIOGRAFIA ................................................................................................................................... 16
7. CONTEXTO GERAL.............................................................................................................................17 7.1 Fauna ......................................................................................................................................... 23 7.2 Relevo e Geomorfologia ...................................................................................................... 27 7.3 Planaltos Residuais do Amapá..............................................................................................28 7.4 Depressão Periférica ........................................................................................................... 29 7.5 Clima .......................................................................................................................................... 30 7.6 Solo.................................................................................................................................................32 7.7 Aspectos Sócio-Econômico da Região..............................................................................37
8. GEOLOGIA..........................................................................................................................................43
9. TRABALHO DE PESQUISA MINERAL.........................................................................................60
9.1 Objetivos................................................................................................................................... 60 9.2 Etapas de Trbalhos Programados .................................................................................... 60 9.3 Levantamento Bibliográficos............................................................................................. 60 9.4 Sondagens e Escavações..........................................................................................................61
10. MEIO AMBIENTE ......................................................................................................................... 61
11. ASPECTO TRABALHISTA...........................................................................................................79 11.1 Considerações Iniciais ..................................................................................... .................79 11.2 Plano de Gerenciamento de Riscos (PGR).....................................................................80 11.3 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional .......................... .................85 11.4 Segurança do Trabalho.........................................................................................................88 11.5 Sinalização................................................................................................................................ 91 11.6 Relatório de Pesquisa Final.................................................................................................92 12. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA E CRONOGRAMA .............................................. .................93
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13. PLANO FINANCEIRO.........................................................................................................................95 13.1 Administração e Folha de Pagamento (Previsão Anual..........................................95 13.2 Planta Industrial, Maquinários, Equipamamentos e Veículos............................. 96 13.3 Investimentos Físicos e Logística.................................................................................. 97 13.4 Custos e Despesas Gerais (Previsão Anual)..................................................................97
CRONOGRAMAS/IMAGENS/MAPAS/LICENCIAMENTOS DO PROJETO VALE DO AMAPARI ........98
MEMORIAL DESCRITIVO..............................................................................................................114
14. PLANTA MINERAL........................................................................................................................115
15. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................116
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1. INTRODUÇÃO
1.1. EMPRESA
A ASTRO GOLD MINERAÇÃO LTDA – ASTRO GOLD MINERAÇÃO é uma sociedade
empresária fundada em 21 de fevereiro de 2019, regularmente inscrita no CNPJ/MF sob
o nº 32.841.685/0001-95, com sede na cidade de Macapá, Estado do Amapá, Brasil, sito
à Rua José Sarafim, nº201, Julião Ramos Macapá, CEP 68.908-150, cujas principais
atividades econômicas são extração minérios de metais preciosos, Extração de minério
de manganês, Extração de Nióbio, Comércio atacadista de extração mineral.
Diante de estarmos inserido em um cenário dinâmico e altamente promissor no
mercado mineral, visamos como objetivo explorar grandes reservas minerais do Estado
do Amapá.
1.2. FILOSOFIA
A empresa adotará uma filosofia pragmática de fazer negócios e valorização de seus
ativos através do desenvolvimento sustentável e do compromisso de identificar reservas
significativas para os seus investidores potencializado o mercado mineral local e externo.
A sede da empresa, que teve suas atividades iniciadas em 2019, está localizada na
cidade de Macapá/AP e mantém escritórios regionais em Belém-PA e Pedra Branca do
Amapari-AP. Com o desenvolvimento das pesquisas geológicas o qual será sobre metais
preciosos como o Au e os metais-base. Implementaremos o conhecimento por meio de
tecnologias na área de mineração, associado ao potencial mineral e à competência
de nossos profissionais, por meio desse modelo de negócios seremos uma empresa
sólida, embasada no respeito ao ser humano, por meio da sustentabilidade ambiental,
social, empresarial e econômica.
1.3. MISSÃO
Nossa missão principal é atuar na identificação e desenvolvimento do PROJETO MINA
VALE DO AMAPARI e em outros empreendimentos rentáveis de mineração no Estado do
Amapá, associando sempre a responsabilidade socioambiental, a segurança na
execução de todas as atividades, bem como na contribuição para o desenvolvimento
econômico das localidades em que atuamos; e com respeito aos clientes e aos nossos
colaboradores.
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1.4. VISÃO
Tornar-se uma empresa reconhecida e consolidada pela produção de bens minerais,
desenvolvendo projetos de mineração em várias regiões do País criando valores através
da exploração mineral.
1.5. VALORES
Entendemos que o sucesso e o reconhecimento empresarial surgem da soma de
empenho e motivação de toda a equipe de colaboradores, de forma direta e/ou
indireta. Assim sendo, a ASTRO GOLD MINERAÇÃO tem como principais valores:
1. Integridade e excelência no trabalho;
2. Respeito e valorização dos recursos, valorizar o desenvolvimento das
competências;
3. Compromisso socioambiental;
4. Implementar as melhores práticas de segurança do trabalho e saúde
ocupacional;
5. Compromisso com cliente;
6. Investimento em tecnologias e inovação.
7. Transparência.
2. PARCERIAS
O mercado vem proporcionado uma integração continua na prestação e aquisição
de bens e serviços os quais, exigem um intercambio profissional e comercial mais
consolidado, tanto quanto, com o segmento público ou privado. Os processos estão
cada vez mais complexos, com muitos fatores que influenciam as tomadas de decisões.
Surge com isso o senso de buscar parcerias comercias que agreguem valores ao capital
e os empreendimentos.
Estas empresas são:
ASTRO GOLD MINERAÇÃO LTDA
CNPJ: 32.841.685/0001-95
Endereço: Rua José Sarafim nº 201.
Bairro: Julião Ramos – Macapá – Amapá – Brasil.
Contato: Fone +55 62 981825907/ 96 81003722
Email: [email protected]
J C COMÉRCIO ATACADISTA DE PRODUTOS DE EXTRAÇÃO MINERAL EIRELI
J C BUSINESS BROKERS
CNPJ: 29.227.547/0001-06
Endereço: Rod. Augusto Montenegro nº 4300, Km 04, Parque Office Torre Sul, Andar 11
Salas, 1113, 1115 e 1117
Bairro: Parque Verde – Belém – Pará – Brasil.
Contato: Fone +55 62 981825907/ 96 81003722
Email: [email protected] Home Page:jcbusiness.com.br
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2.1. CEO
Júlio Cesar Nascimento Bernardes - Brasileiro, casado, residente e domiciliado em Belém- PA Telefones: +55 062 98182-5907.
3. DIREITOS DE MINERAÇÃO
A ASTRO GOLD MINERAÇÃO LTDA – ASTRO GOLD MINERAÇÃO, dispõe de ALVARÁ DE
PESQUISA nº1925/2019 para realização em 03 três anos da sua publicação do Diário
Oficial da União. Estima-se que serão gastos no máximo 4 semestres (24 meses) entre o
início dos trabalhos de pesquisa e a entrega do Relatório Final de Pesquisa ao DNPM.
Considerando os aspectos sazonais da região do Amapá, a área abrangida
corresponde a 3.338,36 hectares de área virgem, tendo condições geográficas, para
produção mineral por mais de 50 anos estende-se pelos Municípios de Pedra Branca do
Amapari, Porto Grande e Ferreira Gomes no Estado do Amapá.
SUBSTÂNCIAS MINERAL A SEREM PESQUISADAS: MINÉRIO DE OURO, NÍOBIO, TANTALITA,
CASSISTERITA, MANGANÊS E COBRE.
RESPONSÁVEL TÉCNICO: EDSON CARDOSO MONTEIRO
CREA Nº151302725-5
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4. INFORMAÇÃO GERAL
Tendo uma visão geral do segmento mineral e do PROJETO DE MINERAÇÃO VALE DO
AMAPARI, vale ressaltar que um dos maiores desafios mundiais hoje é a integração da
atividade econômica com a integridade Socioambiental, e com sistemas de
governança efetivos, pois o desenvolvimento sustentável requer novos sistemas de
governança integrados. A maior parte dos países ainda carece de estruturas para
transformar os investimentos minerais em desenvolvimento sustentável para
implementar na pratica a sustentabiliade ambiental, social e econômica; essess
aspecto precisam ser desenvolvidos por meio de parcerias com instituições financeiras
a fim de desempenharem um papel essencial no impulso de ações eficazes para
obterem resultados positivos e relevantes.
O processo de mudanças efetivas deve ser fortalecido através da colaboração entre
os mais diferentes segmentos do mercado mineral. Deve-se estabelecer padrões e
referências acordados, juntamente com mecanismos para lidar com o legado das
operações de mineração do passado e quaisquer efeitos futuros das operações atuais,
sendo necessário haver esforços para evitar a proliferação de esquemas opostos
como normas, padrões, diretrizes e critérios para o setor, já que a indústria mineral só
pode contribuir com o desenvolvimento sustentável se as mineradoras progredirem
científica, tecnológica e economicamente.
Com iniciativa de uma força de trabalho segura, saudável, profissional e
comprometida; acesso a capital; licença social para operar; capacidade para atrair
e manter uma administração de excelente nível; e a oportunidade de retorno sobre os
investimentos são fatores sine qua non para a perfeita exequibilidade das atividades
de mineração visando à compensação ao ambiental por meio de projetos
reflorestamento e projetos recuperação das áreas degradadas, a exemplo, de várias
companhias mineradoras de médio e grande porte.
A ASTRO GOLD MINERAÇÃO por meio do PROJETO MINA VALE DO AMAPARI, que tem
sua área localizada a 150 km da capital Macapá, e está situada ao oeste do Estado
do Amapá. Decorrente da forte incidência de minérios na região do Amapari que ainda
hoje tem em suas adjacências as mineradoras: a AUSTRALIANA BEDEEL (... a Beadell
descobriu duas novas áreas com potencial para exploração de ouro na mina Tucano. Na
maior delas, foi identificada a quantidade de até 22,5 gramas de ouro por tonelada. Na
época, a previsão era explorar na região 3,4 milhões de onças, unidade de massa usada para
medir a produção de minério, cada uma equivale a 28 gramas (Por Fabiana Figueiredo, G1
Notícias AP - Macapá 25/09/2018 21h18 Atualizado há 9 meses...), Anglo Ferrous hoje com as
atividades suspensas e repassadas a Zamim Mineradora.
Estima-se por meio de previa prospecção geológica realizada em parte da área alta
incidência de minérios, a exemplo, Au, Manganês, Cobre, Nióbio, Tantalita, Cassiterita
com significativa quantidade que possibilitará a geração de receitas.
Ao se referir à política mineral brasileira, o marco regulatório do setor em tramitação no
Congresso e as parcerias estratégicas com o MCTI, o secretário de Geologia, Mineração
e Transformação Mineral do MME, Carlos Nogueira, lembrou que o Brasil produz 80 bens
https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/mineradora-mapeia-duas-novas-areas-para-exploracao-de-ouro-em-mina-no-amapa.ghtmlhttps://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/mineradora-mapeia-duas-novas-areas-para-exploracao-de-ouro-em-mina-no-amapa.ghtml
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minerais e que a mineração e a transformação mineral representam 3,8% do Produto
Interno Brasileiro (PIB), movimentando US$ 39 bilhões por ano (valor de 2013).
" A produção interna em 2014, o Brasil produziu cerca de 81 t de ouro (cerca de 71,1
toneladas de ouro primário), posicionando-se como 11º maior produtor mundial. As
maiores empresas no país foram: Anglo Gold Ashanti, Kinross, Yamana/Briogold, VALE,
Beadell, Apoema/Aura, Jaguar, Luna/Aurizona, Carpathian, Troy, NXGold, Serabi e
Tabipora. Considerando somente a produção de ouro primário, Minas Gerais continua
como destaque na produção nacional, com 46,6%, seguido por Goiás (13,7%), Pará
(12,8%), Mato Grosso (7,8%), Bahia (7,2%), Amapá (6,9%) e Maranhão (3,2%). Com base
no recolhimento dos encargos legais (IOF), a produção oficial de garimpos atingiu
cerca de 9,9 t, com destaque para Mato Grosso (44,1%) e Pará (41,7) e Rondônia
(7,4%)”.
Em 2014, o Brasil importou US$ FOB 4.523.000 de ouro. Na cadeia produtiva de joias, as
importações atingiram US$ FOB 520.760 milhões, com redução de 4% (US$542 milhões
em 2013) conforme avaliação do IBGM (do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais
Preciosos). As exportações de ouro em 2014 apresentaram redução, atingindo US$ 2,325
bilhões com a redução da cotação do ouro. Dentre os países de destino, destacam-se
a Suíça com 33% e o Reino Unido, com 31%. Na cadeia produtiva de joias, as
exportações totais atingiram US$ 2,877 bilhões em 2014 (US$3,282 Bi em 2013).
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O mercado consumidor no Brasil, em 2014, demandou um total estimado de 29 t de
ouro já considerando a reciclagem, aferida pelo mercado em 15 toneladas. Estima-se
na cadeia de joias uma movimentação da ordem de 5,5 bilhões de dólares e com
350.000 empregos neste setor em 2012/2013, segundo avaliação do IBGM.
A mineração é uma das principais atividades econômicas do Amapá, tendo
desempenhado um importante papel no processo de desenvolvimento do estado. A
vocação regional para a atividade mineradora remonta aos tempos de território
federal, quando foi implantado o primeiro e mais duradouro projeto de mineração na
Amazônia – o Projeto ICOMI. Essa experiência despertou o interesse pelas riquezas do
Amapá, e promoveu o desenvolvimento de várias regiões graças a projetos como Jari,
Carajás, Trombetas e outros. A tradição mineradora do estado mantém-se viva. Nos
últimos anos, vários estudos geológicos confirmaram a riqueza do subsolo amapaense
e apontaram as potencialidades de exploração. Como resultado, a pesquisa mineral
no Amapá vem despertando grandes interesses de grupos empresariais nacionais e
estrangeiros, que encontram aqui as condições ideais para futuros investimentos.
É necessário destacarmos os benefícios socioeconômicos do projeto, com a geração
de empregos diretos e indiretos, impostos a recolher e renda para a comunidade
contíguo e na área de influência do projeto, localizado na área rural do município de
Porto Grande e outros mencionados acima, mas com forte influência na cidade de
Pedra Branca do Amapari, que é uma região carente de emprego e geração de renda.
Com a viabilidade de aporte financeiro é possível demonstrar.
5. PLANO DE PESQUISA MINERAL
O presente orçamento faz parte da pesquisa que diz respeito aos trabalhos de campo
necessários ao perfeito conhecimento das ocorrências de Minério de Ouro nos
municípios de Pedra Branca do Amapari, Ferreira Gomes e Porto Grande no Estado do
Amapá. A elaboração do presente orçamento de pesquisa mineral foi baseada em
dados atuais. Tais estudos efetuados na região indicaram a área como merecedora de
um estudo sistemático e de um programa de prospecção de pesquisa mineral
adequado, visto que temos sediada as adjacências da área do processo umas das
maiores Empresas exportadora de Ouro da região norte, a BEEDEL MINERAÇÃO,
(Empresa Canadense) que está na sua terceira faze de expansão do projeto de
extração mineral. Os trabalhos de pesquisa a serem executados têm corno objetivo a
constatação e avaliação de uma eventual jazida a ser implantada na área em
questão. Espera-se obter com a sua execução dados não apenas para elaboração do
relatório final de pesquisa, mas também, resultados positivos do jazimento, a realização
do plano de viabilidade econômica, elaboração dos projetos (básico e de detalhe)
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52 O’O"W
que visarão a implantação e exploração do minério de ouro. Além do minério de Au,
elemento principal (alvo) do requerimento inicial, o trabalho fará a prospecção e
exploração da área para outras ocorrências por entender que há evidências
geológicas bastantes, que fundamentem este trabalho.
Com a elaboração e execução do presente Plano de Pesquisa, vamos estabelecer e
ordenar as diversas fases em que serão desenvolvidos os trabalhos de pesquisa, de
modo a alcançar a otimização dos resultados, tanto em termos de custo, quanto de
confiabilidade. No entanto, mesmo que se procure traçar um programa de
desenvolvimento das atividades bem próximo da realidade, obedecendo a padrões e
sequências normalmente adotados para ocorrências similares, o replanejamento dos
trabalhos será constante devido ao intenso manuseio das informações obtidas durante
as pesquisas. Estima-se que serão gastos no máximo 4 semestres (24 meses) entre o início
dos trabalhos de pesquisa e a entrega do Relatório Final de Pesquisa ao DNPM, caso
não haja nenhum imprevisto, apesar da empresa ter o ALVARÁ DE PESQUISA nº1925/2019
de 3 três anos para realizar a mesma, conforme documento em anexo.
5.1. SITUAÇÃO GEOGRÁFICA e ACESSO
Área mineral em Pedra Branca do Amapari que fica localizada no Centro-oeste do
Estado do Amapá (quase na mesma posição em que Mato Grosso do Sul ocupa no
Mapa do Brasil, como base nas coordenadas geográficas). Os distritos que dividem
espaço com ele são O extremo norte do país, Serra do Navio, Porto Grande. O
https://desciclopedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sulhttps://desciclopedia.org/wiki/Brasilhttps://desciclopedia.org/wiki/Oiapoquehttps://desciclopedia.org/wiki/Serra_do_Naviohttps://desciclopedia.org/wiki/Porto_Grande
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município fica localizado a 194 km de Macapá capital do Estado com saída pela BR 156
e acesso pela Perimetral Norte que dá acesso a Serra do Navio, Porto Grande.
Figura 01: O Estado do Amapá está localizado no Norte do Brasil e possui fronteira com as Guianas com saída para o oceano
Atlântico, podendo ter seus produtos exportados por via marítima para os mercados Americanos e Europeus.
Figura 01: O Estado do Amapá possui infraestrutura Portuária (DOCAS DE SANTANA – AMAPÁ-ANTAQ) com
possiblidades de aporte para grandes Navios de carga com saída para o Atlântico.
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5.2. HISTÓRICO DA ÁREA
A região a qual se insere esta área do atual plano, foi objeto de pesquisa prospectiva
pela Hanna Corporation entre 1946/1947, Ackermann (1948), Nagell (1962) e Scarpelli
(1966), desenvolveram trabalhos sobre estratigrafia (Série Vila Nova e Série Amapá) e
metamorfismo da região. A LASA (1958/1959) executou levantamentos
aerofotogramétricos, aeromagnéticos e aerocintilométricos na região do rio Vila Nova
e, em 1967 realizou levantamento aerofotogramétricos na porção centro leste do
Amapá. Trabalhos de prospecção regional direcionados à pesquisa de manganês
foram iniciados em 1970 através da CODIM: e Companhia Meridional de Mineração. A
CPRM (1970 a 1974) e DOCEGEO (1971), também desenvolveram trabalhos de
exploração regional, através de mapeamento geológico e levantamentos
geoquímiços em sedimentos de corrente, voltado para ouro. A Framontela Ltda. fez
prospecção em época anterior à década de 70, e nessa década a CAEMI (1972) iniciou
um amplo trabalho de prospecção mineral na região do Vila Nova, que resultou na
descoberta de importantes prospectos de cromo, posteriormente viabilizados na Mina
do Bacuri (Cr- ICOMI), e ouro, que geraram a o garimpo de Santa Maria do Vila Nova.
Também iniciado na década de 70 e continuado mais intensivamente em 1981, quando
a BP desenvolveu extensivo programa de exploração regional, incluindo mapeamento
geológico, levantamentos geoquímiços e geofisicos (magnetometria e cintilometria)
cobrindo uma área de 3.000 Km2, onde foram definidos o Complexo Guianense e o
Grupo Vila Nova.
Na região do Vila Nova a pesquisa foi direcionada para o cromo, tendo sido
selecionados vários prospectos em áreas contíguas aquelas mineralizadas em cromo
do Grupo CAEMI. Em 1992 a FERBASA adquiriu os direitos minerários do bloco de áreas
da BP Mineração (então RTZ) com objetivo de viabilização econômica dos prospectos
de Cromo, sendo averbados em 1993. Todos esses trabalhos principalmente os da BP,
serviram de base aos trabalhos desenvolvidos pela FERBASA nesses conjuntos de áreas
que são vizinhas à objeto deste relatório margeando-as a sul, leste e sudoeste. A última
empresa requerente da área foi Anglo Gold Ashanti Córrego do Sítio Mineração,
encontra-se em disponibilidade. Em 2009 a UNAMGEN iniciou a lavra da jazida de ferro no
Bacabal.
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5.3 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
A área objeto deste plano de pesquisa localiza-se na porção centro oeste do estado
do Amapá, com coordenadas geográficas de latitude (+) 00°44’04”271 e longitude (-
51°50’38”003), abrangendo uma área de 3.102,50 hectares no município de Pedra
Branca do Amapari, no Estado do Amapá.
O acesso à área é realizado por rodovia partindo-se de Macapá pela rodovia BR 156,
ate o município de Porto Grande, depois pela rodovia BR 210, até o município de Pedra
Branca do Amapari, dali seguindo pelo acesso ao Projeto até a altura do Km 140, onde
se encontra a referida área com afloramentos de colúvio com fragmentação de
minério de ferro sobreposto a arenito esbranquiçado friável, que foram expostos ao
longo do ramal.
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6. FISIOGRAFIA
6.1 VEGETAÇÃO
As variações vegetacionais existentes no estado do Amapá são resultantes do seu clima
úmido e quente que favorece as espécies cosmopolitas. A cobertura vegetal do estado
é marcada por duas variações distintas de formações florestadas e formações
campestres, notadamente, a vegetação caracterizada por gramíneas nativas em meio
a vegetação tipo savana, cobre os locais de ocorrências no topo arredondado das
elevações.
6.2 VEGETAÇÃO
As variações vegetacionais existentes no estado do Amapá são resultantes do seu clima
úmido e quente que favorece as espécies cosmopolitas. A cobertura vegetal do estado
é marcada por duas variações distintas de formações florestadas e formações
campestres, notadamente, a vegetação caracterizada por gramíneas nativas em meio
a vegetação tipo savana, cobre os locais de ocorrências no topo arredondado das
elevações.
7. CONTEXTO GERAL
FLORESTA DENSA DE TERRA FIRME
A floresta densa de terra firme é o tipo de vegetação mais representativa do estado do
Amapá, cuja área corresponde a aproximadamente 103.081,58 km2 ou o equivalente a
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mais de 2/3 de todo o território estadual. As tipologias, floresta densa de baixos platôs e
submontana, são variações fitoecológicas decorrentes de fenômenos morfogenêticos
diferenciados.
A floresta densa de terra firme é considerada uma referência no que se diz respeito à
biodiversidade. Destaca-se a máxima diversidade por unidade de área. O porte
arbóreo é bastante elevado e o diâmetro dos troncos bastante avantajados. No estado
do Amapá este tipo de floresta encontra-se, em grande parte, submetida a exploração
seletiva da madeira, práticas de agricultura itinerante, formação de pastagens e
atividades extrativistas com destaque para a castanha-do-brasil (Brtholletia excelsa). o
mapa a seguir, possui os principais domínios florísticos da região em que se deseja
realizar a pesquisa mineral, caracterizando regionalmente a vegetação do local.
A floresta densa de terra firme é considerada uma referência no que se diz respeito à
biodiversidade. Destaca-se a máxima diversidade por unidade de área. O porte
arbóreo é bastante elevado e o diâmetro dos troncos bastante avantajados. No estado
do Amapá este tipo de floresta encontra-se, em grande parte, submetida a exploração
seletiva da madeira, práticas de agricultura itinerante, formação de pastagens e
atividades extrativistas com destaque para a castanha-do-brasil (Brtholletia excelsa). o
mapa a seguir, possui os principais domínios florísticos da região em que se deseja
realizar a pesquisa mineral, caracterizando regionalmente a vegetação do local.
FLORESTA DE VÁRZEA
São próprias das áreas periodicamente inundadas pelas cheias dos rios. Apresentam
grande variedade de espécies caracterizando toda área de influência fluvial do
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Amapá e o ambiente típico da bacia amazônica.
A floresta de várzea constitui o segundo maior ambiente florestado do estado do
Amapá levando-se em consideração a estrutura, diversidade e representatividade
espacial. Sua área de maior concentração ocorre, principalmente, em margem de rios
de água barrenta. Na medida em que se adentra o interior da floresta é perceptível a
redução florística possivelmente ligada às alterações físico-químicas das águas dos rios.
As maiores florestas de várzea do estado ocorrem ao longo do rio Amazonas,
adentrando pelos estuários e baixos cursos dos inúmeros rios que aí deságuam. Na linha
da costa, a floresta de várzea é substituída pelos manguezais. No interior da planície
inundável encontram-se formações de floresta de várzea com estrutura e diversidade
diminuída em relação às formas ribeirinhas. Caracteriza toda área de influência fluvial
do Amapá, representando o ambiente típico da bacia amazônica. A ação antrópica
decorre devido à ocupação ribeirinha e à ocorrência de espécies de alto valor
produtivo e importância sócio-econômica, como o açaizeiro (Euterpe oleracea), o pau-
mulato (Calycophillum spruceanum), a andiroba (Carapa guianensis), etc.
CERRADO
Este tipo vegetacional sofre grande influência de ambientes com estresse hídrico e solos
saturados em ferro e alumínio resultando em uma formação xeromórfica que exibe
árvores de médio porte, retorci das, de folhas ásperas e casca grossa e rugosa,
prevalecendo, as espécies com porte entre 2 e 7 metros de altura.
O cerrado do Amapá apresenta particularidades e diferentes paisagens nas porções
territoriais de domínio do cerrado. Isto se justifica pelo fato do próprio cerrado ser
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caracterizado de forma distinta dependendo da sua densidade arbustiva e florística.
Além disso, ao longo dos rios onde é comum a ocorrência de matas ciliares e galeria,
no estado do Amapá, esta ocorrência se faz de forma bastante expressiva e intensa.
No caso particular dos cerrados do Amapá, pode-se dizer que há algumas similaridades
com os cerrados do planalto central com diferenciação bastante marcante com
relação aos padrões florísticos e gradiente físico-químico do solo que em muito interfere
no crescimento da vegetação. Assim, esse bioma é caracterizado pelas variações de
cerradão, cerrado típico, campo cerrado, campo sujo, campo limpo e ocorrências de
matas densas de galeria e ciliares ao longo dos leitos e das margens dos rios. Pode-se
definir duas tipologias básicas para esse ambiente: Cerrado Arbóreo-Arbustivo: Estrato
lenhoso pouco diversificado e sensível às mudanças do meio físico. Os representantes
arbóreosmais importantes apresentam de 7 a 12 metros de altura, apesar dos arbustos
de 2 a 7 metros de altura serem mais freqüentes. Cerrado Parque: Tipo florístico
caracterizado pelo domínio de estrato herbáceo/graminoso com presença de
elementos lenhosos dispersos, em geral, aproveitado como pastagem natural. Esse
bioma e suas variações ocupam, majoritariamente, o domínio das superfícies
aplainadas e de colinas do Amapá que são recobertas pelo cerrado que abrange
6,87% da superfície total do estado do Amapá.
CAMPOS DE VÁRZEA
Os campos de várzea correspondem aos campos submetidos a inundações periódicas
decorrentes da acumulação e represamento das águas pluviais, efeitos das altas marés
e da impermeabilidade natural de determinados tipos de solos. Essa tipologia
vegetacional estendesse desde o Cabo Orange, no Oiapoque, até a foz do rio Jarí, no
extremo sul do Amapá.
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De acordo com a estrutura desses campos, é possível agrupá-los em duas formas
básicas:
• Campo de Várzea Graminóide: Trata-se de áreas em estágio inicial de sucessão
ecológica, caracterizada, portanto, por vegetação herbácea com predomínio
de espécies graminóides como, por exemplo, as gramíneas.
• Campo Arbustivo: Como o próprio nome indica essa tipologia caracteriza-se pela
presença arbustiva (que é uma forma mais evoluída) e herbácea.
Esses campos são conhecidos regionalmente como campo inundáveis sendo um
ambiente largamente distribuído pelo estado (cerca de 11,20%), de natureza aluvial e
submetidos a regimes flúvio-pluviais.
FLORESTA DE TRANSIÇÃO
A floresta de transição é um tipo vegetacional influenciado pelos ambientes limítrofes.
Esse tipo de floresta pode apresentar parte da diversidade dos ambientes envolvidos,
ou mesmo ater-se à diversidade de apenas um desses ambientes. De maneira geral,
essa formação florestal está localizada no limite de formações geomeorfológicas ou nas
transições climáticas onde ocorre em uma faixa territorial a distribuição de duas
formações de vegetação. Os contrastes são maiores onde as transições são entre as
formações savânicas (cerrado) e florestais. A floresta de transição constitui um tipo
vegetacional ligada às condições ecológicas particulares, o que lhe atribui
características próprias dependentes das influências climáticas das áreas de influência
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e da geomorfologia, uma vez que esta influencia o tipo de solo e consequentemente a
vegetação do local. Sua área abrange 2,72% do estado do Amapá e sua maior área
de distribuição corresponde aos limites, com extensão variável, entre a floresta densa
de terra firme e o cerrado. Nessas condições, a floresta de transição apresenta uma
estrutura de alto porte e bem desenvolvida. Em menores proporções, outras áreas
florestais de transição ocorrem entre os ambientes inundáveis e o cerrado.
MANGUEZAL
Os manguezais são ecossistemas estritamente relacionados e dependentes das
condições litorâneas. Desenvolvem-se ao longo das costas marítimas sob a influência
das marés e estende-se por todo litoral amapaense por franjas contínuas e variáveis em
largura. A vegetação corresponde a uma floresta de médio porte caracterizada por
particularidades hidrodinâmicas decorrentes de influências amazônicas que acabam
por impor profundas diferenciações a esse ecossistema. Essas diferenças são
manifestadas nos padrões estruturais e funcionais que divergem das outras regiões
litorâneas do país: o padrão florístico é absolutamente florestal devido a esse gradiente
amazônico.
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Percebe-se uma diversificação muito grande de ambientes naturais no estado do
Amapá que pode ser constatada devido à diversidade dos domínios florísticos. A
presença de diferenciações vegetacionais propicia variações climáticas e do meio
físico capazes de selecionar ambientes naturais distintos. Portanto, dentre esses
ambientes destaca-se a floresta densa de terra firme que ocupa uma superfície
territorial de 103.081,58 km2 equivalente a 71,86% de todo território amapaense. Devido
a grande presença dos recursos hídricos no norte do país e do grande volume de água
propicia-se a vegetação de florestas e campos de várzea que ocupam 6.959,25 km2 e
16.065,35 km2, respectivamente, e que somadas se estabelecem em 16,05% do território
do Amapá. O mapa fitoecológico apresentado a seguir é representa de maneira mais
detalhada a dinâmica vegetativa atual da região onde será realizada a pesquisa.
Devido as grandes variações florísticas do estado, presume-se que há várias áreas de
tensão ecológica, ou seja, áreas de transição entre duas vegetações que se
estabelecem. A vegetação decorrente dessas áreas denomina-se floresta de transição
que recobre uma área de 3.905,92 km2 equivalente a 2,72% do estado do Amapá. Rico
em densidade vegetacional, domínios florísticos, recursos hídricos e biodiversidade, o
estado do Amapá se diversifica ainda mais quanto aos domínios naturais pelo fato de
ocupar o litoral. A franja litorânea amapaense caracteriza-se pela faixa contínua do
domínio do ecossistema de mangue que ocupa um território de 2.784,97 km2, ou seja,
1,94% do estado do Amapá. Domínio típico de área com estresse hídrico, o Amapá
ainda conta com o bioma do cerrado. Este está presente no território amapaense onde
há ocorrência de solos ricos em ferro e alumínio e pouca água em disponibilidade. Essas
áreas concentram-se no domínio geomorfológico de colinas e superfícies aplainadas
que exercem influência o tipo de solo e consequentemente a vegetação local. Essas
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áreas recobrem 9.861,89 km2 do território do Amapá equivalente a 6,87%.
7.1. FAUNA
GENERALIDADES
A fauna Amazônica apresenta forte endemismo. Pelo fato das florestas tropicais não
apresentarem estações sazonais bem definidas e o alimento ser farto todo ano, as
populações animais são estáveis. A alimentação, a água e o abrigo são os principais
fatores determinantes da distribuição das espécies da fauna amazônica.
Quanto à quantificação dessas espécies pode-se dizer que aproximadamente 62% dos
mamíferos da Floresta Amazônica são roedores e morcegos. Os marsupiais representam
9%, os primatas 9%, os carnívoros 8% e os desdentados 6%.
As aves constituem cerca de 85% dentre todos os gêneros encontrados na floresta.
Destaque para os azulados, ciganas, jacamins, jaós, inhambus, muntuns, araras,
papagaios, tucanos, uirapuru, dentre outros. A fauna ictiológica da Amazônia é uma
das mais ricas do mundo em termo de variação de espécies.
A fauna herpetológica (anfíbios) é altamente endêmica, sendo típicos a pipa (sapo-
aru), sucuri (boina), periquitambóia, jacarerana, tartaruga, tracajá, etc. Com relação a
fauna emtomológica (invertebrados) pode-se dizer que esta é uma das mais variadas
faunas do mundo com destaque para o conhecido serra-pau (tatanus), o dianstídeo e
o tananá. Na região Neotrópica (que abrange a América do sul e consequentemente
o Brasil), ocorrem 12 ordens de mamíferos que totaliza 50 famílias e aproximadamente
755 espécies das famílias neotrópicas, onde 27 são endêmicas, ou seja, evoluiu na
própria região. Dentre os mamíferos da região Amazônica destacam-se:
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Tabela 1 – Mamíferos da Floresta Amazônica
NOME VULGAR FAMÍLIA
ANTA TAPIRIDAE
MACACO DA NOITE CABIDAE
GATO FELIDAE
SUSSARANA FELIDAE
VEADO CERVIDAE
QUATI PROCYMIDAE
São vertebrados providos de crânio e maxilar, a maioria possui quatro membros
locomotores, pele seca, coberta de escama, escudo ou placas, com coração dividido
em quatro cavidades, respiração pulmonar e fecundação interna. Dentre os répteis da
região Amazônica destacam-se:
Tabela 2 – Répteis da Floresta Amazônica
RÉPTEIS
NOME VULGAR FAMÍLIA
TEJUS TEUUDAE
JACARETINGA CRODODYLIDAE
JABOTI TESTUDINIDAE
COBRA CORAL CROTALIDAE
Os anfíbios constituem um grupo de vertebrados que apresenta um número de espécies
bastante limitado. Dentre os répteis da região Amazônica destacam-se:
Tabela 3 – Anfíbios da Floresta Amazônica
NOME VULGAR FAMÍLIA
SAPO BUFONIDAE
RÃ LEPTODACTYLIDAE
AVES
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A América do Sul pode ser interpretada como o continente das aves e o número de
espécies ultrapassa 3.000. Mais do que em todas as outras zonas tropicais do Brasil a
região Amazônica atinge quase 1.600 espécies. Dentre as aves da região Amazônica
destacam-se:
Tabela 4 – Aves da Floresta Amazônica
NOME VULGAR FAMÍLIA
ARARA PSITTACIDAE
ARACUÃ CRAVIDAE
PATO DO MATO ANATIDAE
CANCÃO CORVIDAE
INSETOS
Os insetos de maior incidência na região Amazônica são:
Tabela 5 – Insetos da Floresta Amazônica
NOME VULGAR FAMÍLIA
CUPINS TERMITIDAE
MOSCAS CUTICIDAE
MUTUCA TABANIDAE
CARAPANÃ CULIVIDAE
FORMIGA FORMICIDAE
ARACNÍDEOS
As espécies predominantes na Amazônia são:
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Tabela 6 - Aracnídeos da Floresta Amazônica
NOME VULGAR FAMÍLIA
ESCORPIÃO LUTIDAE
ARANHA FLOCIDAE
CARRAPATO IXODAE
7.2. RELEVO E GEOMORFOLOGIA
Ocorrem nesta área duas feições distintas: as superfícies pediplanadas e as formas de
acumulação. Destacam-se dois níveis de aplainamento que correspondem ao
Pediplano Pliocênico e ao Pediplano Pleistocênico, elaborados geralmente em rochas
pré-cambrianas e parcialmente sobre sedimentos terciários. As Categorias de Relevo,
representa de forma regional a geomorfologia da região da área de Pesquisa. O relevo
regional foi dividido em cinco unidades de relevo
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7.3 PLANALTOS RESIDUAIS DO AMAPÁ
É constituído por um conjunto de maciços residuais topograficamente elevados que
recebem localmente as denominações de serra do Ipitinga, serra Tumucumaque, serra
do Iratapuru e serra do 'Navio. Caracteriza-se por uma dissecação intensa que originou
um conjunto de cristas, picos e topos aplainados, que constituem os testemunhos do
Pediplano Pliocênico. Os topos mais conservados ocorrem de forma mais contínua ao
leste da região.
1) Planaltos Residuais do Amapá.
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2) Depressão Periférica do Norte do Pará.
3) Colinas do Amapá
4) Planalto Rebaixado da Amazónia.
5) Planície Flúvio- Marinha Macapá - Oiapoque.
Observa-se gargantas onde os nos seccionam as estruturas antigas, o que evidencia
uma superimposição da drenagem. As mais notáveis são encontradas na serra do
Ipitinga, talhadas pelo rio Jari. As altitudes variam geralmente em tomo de 45m a 500 m.
7.4 DEPRESSÃO PERIFÉRICA DO NORTE DO PARÁ
Esta unidade de relevo é um prolongamento da faixa de circundesnudação pos-
pliocênica periférica à bacia paleozóica do Amazonas. Na sua quase totalidade ocorre
na folha a 1 :250.000 de rio Jari, limitando-se ao norte pelo Planalto dissecado do
Amapá, estendendo-se para oeste. É caracterizada por colinas elaboradas em rochas
pré-cambrianas, ao nível do pediplano pleistocênico. Esta unidade corresponde ao
extenso pediplano pleistocênico, englobando terrenos pré-cambrianos em sua maior
parte e uma faixa de terrenos sedimentares terciários. As altitudes variam geralmente
em tomo de 150 a 200 m, apresentando um declive regional na direção E onde se
observam cotas bem mais baixas. A dissecação fluvial do pediplano originou formas em
colinas com vales encaixados e ravinamento nas vertentes. Nas áreas mais elevadas,
que circundam os maciços residuais, a dissecação é mais acentuada. Estas feições
mudam gradativamente em direção ao litoral, sendo substituídas por colinas de topo
aplainado, seccionadas por vales alargados e pouco aprofundados com a cobertura
concrecionária constatada na região.
Na superfície pediplanada ocorrem relevos residuais em forma de "inselbergs" esparsos
e um alinhamento de cristas na direcão NNW-SSE, cujos topos estão cortados por
aplainamento. A drenagem que entalha o Pediplano Pleistocênico é do tipo
predominantemente dendrítico. O grande centro dispersor de águas é o alto
topográfico constituído pela serra Lombarda. Os rios são parcialmente controlados por
uma rede de fraturas, alguns apresentando trechos encachoeirados devido a presença
dos diques. Terraços observados ao longo do rio Araguari demonstram um
reencaixamento de drenagem, contemporâneo da dissecação do Pediplano
Pleistocênico. No baixo curso desse rio, os baixos terraços e planícies fluviais foram
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englobados em função da escala do mapeamento e das dificuldades encontradas em
suas delimitações.
PLANÍCIE FLÚVIO-MARINHA MACAPÁ-OIAPOQUE
Constitui-se de extensas áreas planas, formadas por sedimentos de origem mista, fluvial
e marinha. Como unidade de relevo, é uma faixa alongada, de largura variável, que se
estende desde Macapá, ao sul, até Oiapoque, no extremo norte. Está sujeita á
inundações periódicas, com trechos permanentemente alagados. A partir de Vila
Velha, supõe-se que estas áreas sejam maiores devido a um período chuvoso mais
prolongado. O mapa a seguir representa localmente e de forma mais detalhada a
geomorfologia local do local onde se propõe realizar a pesquisa. No trecho sul da
planície, ocorrem diques marginais do Canal do Norte e baixos terraços observados no
arquipélago do Jurupari e ilha Caviana. Apresenta características de colmatagem em
Cabo Norte, evidenciadas pêlos paleocanais e lagos residuais. A área compreendida
entre os rios Oiapoque ao N e a foz do rio Cunani são áreas de acumulação que foram
ampliadas por formações de restingas. Neste trecho ocorrem pontões, com altitudes
entre 100 e 200 m, isolados por áreas colmatadas. Trata-se de uma planície ainda em
formação, cuja gênese está ligada a movimentos eustáticos do final do Pleistoceno.
7.5. CLIMA
O estudo climático possui duas classificações já consagradas: Kopper e Gaussen.
CLASSIFICAÇÃO DE KOPPEN
A área a ser pesquisada compreende a zona climática A (tropical chuvosa), com o
seguinte tipo climático Amw' significando:
Amw' - O clima Am, com chuvas do tipo monção, isto é, que apesar de oferecer uma
estação seca de pequena duração, possui umidade suficiente para alimentar a floresta
do tipo tropical. O tipo Am é intermediário a Af e A w, parecendo-se com Af no regime
de temperatura e com Aw no de chuvas. A altura da chuva no mês mais seco é tanto
para Am como para Aw inferior a 60 mm. Assim é que a distinção entre ambas foi feita
pelo valor limite w' correspondente às maiores quedas pluviomé-tricas processadas no
outono.
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CLASSIFICAÇÃO DE GAUSSEN
Fundamenta-se esta classificação no ritmo das temperaturas e das precipitações
durante o ano. São utilizadas médias mensais e considerados os estados favoráveis ou
desfavoráveis à vegetação, em regra, os períodos secos e úmidos, quentes e frios,
dando maior ênfase ao período seco, que é considerado fator essencial do bioclima. A
determinação do período seco é feita através dos gráficos ombro térmicos, sendo a
intensidade da seca definida pelo índice xerotérmico, o qual, além de temperatura e
precipitação, considera a umidade atmosférica em todas as suas formas, inclusive o
orvalho e o nevoeiro que são definidos como fração da precipitação.
A área enquadra-se nas seguintes Regiões Bio-climáticas: Xeroquimênica (Tropical) e
Termaxérica (Equatorial).
Região Bioclimática Xeroquimênica (Tropical) - Apresenta as seguintes modalidades ou
tipos:
a) Termoxeroquimênico atenuado (4cTh) - Tropical quente que apresenta estação
seca curta de 3 a 4 meses e índice xerotérmico variável entre 40 e 100.
b) Subtermaxérico (4 dTh) - Tropical quente e subseco com estação seca muito curta,
de 1 a 2 meses, e índice xerotérmico variável entre O e 40.
Região Bioclimática Termaxérica (Equatorial) - Apresenta a seguinte modalidade ou
tipo: a) Eutermaxérico (6 a) - Equatorial propriamente dito com temperatura do mês
mais frio superior a 20° C; período quente contínuo; estações do ano pouco marcadas
ou mesmo inexistentes; amplitude térmica anual da temperatura muito baixa; e dias e
noites aproximadamente com a mesma duração. Este clima se caracteriza ainda por
um estado higrométrico muito elevado, superior a 85%.
7.6 SOLO
O mapa a seguir descreve os domínios pedológicos regionais da região onde se
pretende realizar a pesquisa mineral. Vide Mapa de domínios pedológicos.
7.6.1 DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE MAPEAMENTO JÁ REALIZADAS.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LAl
Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa.
A presente unidade de mapeamento ocorre em uma única mancha, ao longo da
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margem direita do rio Amapari até sua desembocadura no rio Araguari, estendendo-se
até Porto Grande. São solos de textura argilosa, de estrutura maciça dominante, bem
drenados, profundos e de fertilidade natural baixa. O relevo vai de plano a suave
ondulado e são solos resultantes de sedimentos argilosos da Formação Barreiras.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LA2
Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa. Solos Concrecionários Lateríticos
Indiscriminados Distróficos textura indiscriminada.
São solos de textura argilosa, bem drenados, profundos, de estrutura maciça e de
fertilidade natural baixa. O material originário se deve a sedimentos argilosos da
Formação Barreiras e o relevo dominante é o suave ondulado. Ocorrendo em manchas
alternadas, aparecem os Solos Concrecionários Lateríticos Indiscriminados Distróficos,
que se apresentam com textura indiscriminada, com grande quantidade de
concreções, fortemente drenados, medianamente profundos, de fertilidade natural
baixa e de estrutura de difícil caracterização devido a grande quantidade de
concreções. Aparecem na parte leste e sudeste da área em relevo plano e suave
ondulado, não muito distante da faixa litorânea.
As unidades de mapeamento de solo encontram-se ilustradas no próximo mapa
pedológico a seguir.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LA3
Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa. Latossolo Amarelo Distrófico textura média.
Solos Concrecionários Lateríticos Indiscriminados Distróficos textura indiscriminada.
Esta unidade de mapeamento compreende solos de textura argilosa, média e argilosa
com concreções, profundos e medianamente profundos, bem e fortemente drenados,
de estrutura maciça e granular e de fertilidade natural baixa. O relevo é plano e suave
ondulado e são formados a partir de sedimentos argilosos e argilo-arenosos da
Formação Barreiras-Terciário. Ocorre extensivamente ao norte de Macapá até as
cercanias de Porto Grande, desde a cidade de Calçoene até as proximidades de
Tartarugalzinho.
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UNIDADE DE MAPEAMENTO – LV
Latossolo Vermelho amarelo Distrófico. Textura muito argilosa.
A principal ocorrência desta unidade, verifica-se no centro sul da área nas proximidades
da serra do Iratapuru e a sudoeste, próximo ao rio Paru. Caracteriza-se por apresentar
relevo ondulado com áreas aplainadas. A textura é muito argilosa, a estrutura é maciça
e a fertilidade natural baixa. São solos profundos e resultam da decomposição de
granitos, migmatitos, gnaisses, anfibolitos, xistos e quartzitos, pertencentes ao Pré-
Cambriano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO – LV2
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico – Textura muito argilosa.
O relevo que caracteriza esta unidade é do tipo forte ondulado com áreas aplainadas
e ocorrem principalmente ao norte da serra do Navio, próximo ao rio Araguari. São solos
de textura muito argilosa, profundos, de estrutura maciça, podendo ocorrer blocos
subangulares e de fertilidade natural baixa. São resultantes da decomposição de
anfibolitos, xistos e quartzitos, pertencentes ao Pré-Cambriano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO – LV3
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico. Textura argilosa. Latossolo Vermelho
A presente unidade possui relevo forte ondulado a montanhoso. Ocorrem
extensivamente em uma única mancha ao longo da serra do Navio. São solos argilosos
e muito argilosos, profundos, de estrutura maciça, podendo ocorrer também blocos
subangulares e de fertilidade natural baixa. São originados de decomposição de
anfibolitos, xistos, quartzitos, migmatitos, granitos e gnaisses, pertencentes ao Pré-
Cambriano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO – LV4
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico. Textura argilosa. Podzólico Vermelho Amarelo
textura argilosa.
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O relevo dominante desta unidade de mapeamento é ondulado a forte ondulado e
ocorre principalmente a leste da área. São solos de textura argilosa, profundos, bem
drenados, de estrutura maciça e em blocos subangulares e de fertilidade natural baixa.
O material originário é resultante da decomposição de gnaisses pertencentes ao Pré-
Cambriano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - L V5
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico. Textura argilosa. Podzólico Vermelho Amarelo
textura argilosa.
Compreende solos onde o relevo dominante é forte ondulado e ocorrem
extensivamente ao sul da área. A textura é argilosa, a estrutura maciça e em blocos
subangulares, profundos, bem drenados e de fertilidade natural baixa. O material
originário é resultante de intemperização de anfibolitos, xistos e gnaisses, pertencentes
ao Pré-Cambriano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - LV6
Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico plíntico. Textura média. Gley Pouco Húmico
Distrófico textura indiscriminada.
A presente unidade de mapeamento consta de solos de textura média e argilosa,
profundos e medianamente profundos, bem, imperfeitamente e mal drenados, de
estrutura maciça e em blocos subangulares e de fertilidade natural variando de baixa
a média. O relevo é plano e suave, ondulado e o material originário é resultante da
decomposição de gnaisses do Pré-cambriano e sedimentos do Holoceno. A área de
ocorrência desta unidade vai desde a confluência dos rios Amapari e Araguari,
acompanhando este, até as suas cabeceiras; aparece também no rio Paru.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - PB
Podzólico Vermelho Amarelo. Textura argilosa. Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico
textura argilosa.
Compreendem solos profundos, argilosos, bem drenados, de estrutura em blocos
subangulares e maciça e de fertilidade natural baixa. As principais ocorrências desta
unidade estão entre os rios J ari e Paru. O relevo dominante é o ondulado e o material
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originário é proveniente da decomposição de migmatitos e granitos do Pré-Cambriano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - CL
Solos Concrecionários Lateríticos Indiscriminados Distróficos com textura indiscriminada.
Latossolo Amarelo Distrófico textura argilosa.
Pertencem a esta unidade solos medianamente, profundos e profundos, fortemente e
bem drenados, argilosos com grande quantidade de concreções nos Concrecionários
Lateríticos e argilosos nos Latossolos, de estrutura maciça e de baixa fertilidade natural.
São oriundos de sedimentos do Terciário e ocorrem ao norte da cidade de Macapá,
nordeste da vila de Ferreira Gomes e nas cercanias do lugarejo de Tartarugalzinho, em
área de relevo suave ondulado.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - HG
Solos Gley Eutróficos com textura argilosa. Solos Aluviais Eutróficos e Distróficos textura
indiscriminada.
Constam desta unidade de mapeamento solos profundos e medianamente profundos,
mal a imperfeitamente drenados, de textura indiscriminada, de estrutura maciça e em
blocos subangulares e de fertilidade natural variando de alta a baixa. Têm como
material de origem, argilas, siltes e areias do Quaternário. Ocorre apenas uma pequena
mancha ao sul da área próximo a Porto de Santana. O relevo é praticamente plano.
UNIDADE DE MAPEAMENTO - Hl
Solos Hidromórficos Indiscriminados Eutróficos e Distróficos textura indiscriminada.
Esta unidade de mapeamento compreende solos medianamente profundos, mal e
muito mal drenados, de textura e estrutura indiscriminada e fertilidade natural variando
de alta a baixa. É encontrada a sudeste da área nas ilhas da foz do rio Amazonas, em
área de relevo plano. Têm como material originário argilas, siltes e areias do Quatemário,
especificamente no local de ocorrência de cobertura de solo coluvionar com
fragmentos de minério de ferro itabirítico, o solo é pobre e caracterizado, sobrepostos a
solo arenoso claro proveniente da desagregação de arenito friável.
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7.6.2 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
7.6.2.1. AGRICULTURA
Na Amazônia, até há bem pouco tempo, desenvolvia-se uma agricultura totalmente
tradicional e itinerante, que consistia na derrubada, queima e plantio em solo mal
preparado. Vide Mapa de Uso e Ocupação do solo - Sistema de Manejo primitivo.
A atividade agrícola para o Estado do Amapá, encontra-se atualmente em
desenvolvimento, isto devido à implantação de grandes projetos particulares, como é
caso das plantações de gramínea arbórea e cultivos de arroz e agora em soja. Na
realidade, a agricultura em grande escala está gradativamente se implantando, mas
ainda não é uma atividade que sobressaia na economia regional da área em estudo.
Culturas de subsistência estão ainda em escala reduzida, com exceção do
empreendimento pioneiro da Indústria Jarí. Quanto às culturas perenes, bem poucas
podem ser registradas em caráter significativo. De capital importância deve ser
mencionada a Colônia Militar do Oiapoque, que foi a pioneira no estabelecimento de
culturas com utilização de técnica de manejo. Domina, portanto, uma agricultura com
técnicas ainda rudimentares, que proporciona baixa rentabilidade por unidade de
área, além de condicionar, pelo aspecto itinerante de agricultura, constante destruição
da cobertura primitiva dos solos. O agricultor, de uma maneira geral, permanece num
mesmo lugar um tempo nunca superior a três anos, devido ao empobrecimento do solo
provocado pela retirada de nutrientes pelas culturas e também pelo processo de
lixiviação devido à alta pluviosidade existente na área.
7.6.2.2. PECUÁRIA
Na realidade é a pecuária a atividade pioneira da região. Temos a considerar dois
aspectos: a pecuária extensiva tradicional, utilizando os campos naturais, e a pecuária
reunificada. Vi de Mapa de Uso e Ocupação do solo sistema de manejo desenvolvido.
Gradativamente, a pecuária extensiva vem cedendo lugar aos grandes projetos
pecuários. Os criadores acordaram para as novas técnicas de criação, tais como:
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introdução de novas espécies forrageiras, manejo adequado, introdução de raças
melhoradas com reprodutores e matrizes adaptadas à região. O rebanho é
representado por raças zebuinas e bubalídeos destinados, principalmente, à produção
de carne e, em menor proporção, as raças com aptidão leiteira também estão sendo
introduzidas na região.
7.7 ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS DA REGIÃO
A área onde se pretende realizar a pesquisa mineral localiza-se no sudoeste do estado
do Amapá, município de Pedra Branca do Amapari .
Do ponto' de vista populacional, o Amapá tem experimentado, desde a década de 60,
uma acentuada aceleração no seu crescimento demográfico, em função do
desenvolvimento de ciclos econômicos, cujos mais notáveis foram:
• instalação da ICOMI - Indústria e Comércio de Minérios SI A;
• implantação do Projeto Jarí, na localidade de Monte Dourado, Estado do Pará, região
fronteiriça do então município de Mazagão, hoje municípios de Laranjal do Jarí e Vitória
do Jarí;
• criação e implantação da Zona de Livre Comércio nos municípios de Macapá e
Santana. Aliado ao efeito das ações exercidas pela implantação dessas atividades
econômicas, destaca-se ainda o conjunto de ações governamentais visando estimular
o desenvolvimento do território amazônico através de planos e projetos especiais.
• o crescimento demográfico durante o período de 1980-1991, atingiu um contingente
de 289.397. O aumento da população, de 114.140 habitantes, corresponde a uma taxa
média de crescimento de 4,67% ao ano (Quadro 1). Esse crescimento demográfico está
distribuído na maioria dos municípios, inclusive Mazagão, conforme abaixo.
MUNICÍPIO TAXA DE CRESCIMENTO*
Amapá 2,23
Calcoene 5,63
Macapá 4,48
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Mazagão 1,90
Oiapoque 3,77
Ferreira Gomes -0,24
Laranial do Jari 4.48
Santana 7,05
Tartarugalzinho 4,48
Estado 4,67
Atualmente a população estimada do município de Pedra Branca do Amapari 15.931
habitantes, e segundo censo realizado pelo IBGE em 2012 era de 10.772
7.7.1 URBANIZAÇÃO POPULACIONAL
O contínuo crescimento demográfico, em função do contingente migratório e do
crescimento vegetativo, confirma a tendência crescente da urbanização. Há de se
considerar também as modificações político-administrativas que, ao criar novos
municípios, interferiram na relação população rural/população urbana, constituindo
"status" de urbanidade a localidades marcadamente rurais. Dado isso, decorre um
substancial aumento na taxa de urbanização do Estado, que passou de 59,19% para
80,90%, no período entre 1980 e 1991. Num estudo realizado pelo governo estadual
denominado "Macrodiagnóstico do Estado do Amapá - Primeira Aproximação do ZEE"
abrangendo os municípios de Calçoene, Macapá, Mazagão, Oiapoque, Ferreira
Gomes, Laranjal do Jarí, Santana e Tartarugalzinho, obteve-se resultados da dinâmica
socioeconômica e de recursos naturais do estado. Neste relatório demonstrou-se que
dos nove municípios pesquisados apenas dois apresentam taxa de urbanização
populacional inferior a 50% - Pedra Branca do Amapari (região onde se pretende realizar
a pesquisa mineral) e Tartarugalzinho. Dos municípios com percentual superior a 50%,
destacam-se: Santana (89,02%), Macapá (85,70%) e Calçoene (75,41%), em virtude do
processo migratório indicado, pela expectativa de emprego, educação, saúde,
melhores condições de vida da capital e exploração mineral na área de Calçoene.
7.7.2. ACESSO AOS SERVIÇOS BÁSICOS
A apreciação analítica indica uma acentuada defasagem entre os serviços básicos
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oferecidos e a demanda social apresentada, haja vista que somente 53,17% da
população total do Estado tem acesso ao "abastecimento de água adequado"
(conceito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA) e 58,03% à coleta de lixo,
ambos apresentando defasagens de 46,83% e 41,97%, respectivamente. Vistos no
âmbito do desempenho nacional desses indicadores, de 65% e 63,8% respectivamente,
a carência desses serviços acima determinada, embora constitua um dado
preocupante, em tese pode ser relativizado em função da capacidade de
racionalização do aproveitamento, considerando a alta concentração populacional
em domicílios particulares permanentes do Estado. Com relação à energia elétrica, há
uma defasagem estadual de 25% devida, presumivelmente, aos inchaços
populacionais periurbanos decorrentes, em parte, do pequeno investimento em
equipamentos sociais no meio rural. A região de Pedra Branca do Amapari, possui
elevada carência de no que concerne ao acesso aos serviços básicos. O município de
Porto Grande está em sexto lugar dentre os nove pesquisados com uma taxa de 25,19%.
7.7.3 EDUCACIONAL
Nas considerações mais gerais sobre as novas relações entre a sociedade e o poder
público no Brasil de hoje, observa-se a existência de um nível de pressão mais
organizado em torno das políticas públicas, em geral, e da educação, em particular.
No Amapá, o poder público tem buscado alternativas para atender às exigências
advindas da dinâmica populacional, viabilizando a oferta de ensino de 1 ° e 2° graus
em quase todos os municípios do Estado.
Comparando-se os dados de 1985 e 1991, observa-se no ensino fundamental que:
• o número de matrículas aumentou 45,13%;
•a rede pública detém a maioria das matrículas do ensino fundamental, 96,68 % em
1985 e 95,77% em 1991, havendo um pequeno decréscimo entre os referidos anos;
• do total de matrículas em 1985 e 1991,79,85% e 85,93%, respectivamente, estão na
zona urbana;
• o município de Macapá apresenta maior número de matrículas em 1985 e 1991, tanto
na zona urbana, quanto na zona rural;
• o aparente decréscimo no número de matrículas nos municípios de Amapá e
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Mazagão deve-se ao fato de cessão de área e população para criação de novos
municípios.
• o número de matrículas aumentou 20,24%;
• em 1985 a zona urbana detinha 99,57% das matrículas, enquanto que em 1991 esse
percentual passou para 99,86%;
• inquestionavelmente, Macapá foi o município com a maior concentração das
matrículas, equivalendo a 96,46% das matrículas gerais do Estado;
• o decréscimo verificado nos municípios de Amapá, Mazagão (zona urbana) e
Macapá (zona rural), deveu-se, basicamente, à criação de novos municípios como
Laranjal do Jari (desmembrado de Mazagão), Tartarugalzinho (desmembrado de
Amapá) e Santana (desmembrado de Macapá). Tratando-se da alfabetização de
adultos, a área de Mazagão / Porto Grande é desfavorecida uma vez que possui as
menores taxas de alfabetização (54,47%). Considerando os dados do censo de 1991, o
percentual da população de 15 anos de idade ou mais, alfabetizada no Estado do
Amapá (80,8%), é superior ao percentual da região Norte (75,5%) e Brasil (79,9%), onde,
evidenciam-se os municípios de Macapá (85,33%) e Calçoene (79,98%) com as maiores
taxas.
Através da taxa de alfabetização de adultos pode-se deduzir o nível de analfabetismo,
cujo custo social se traduz na falta de acesso a instrumentos valiosos para uma
participação mais dinâmica na sociedade. A taxa de escolarização líquida total para
o ensino fundamental na região de Mazagão / Porto Grande é de 65,11 %, sendo a
urbana de 82,67% e a rural de 51,62%. A taxa considerada ideal pela ONU é de 97%, e
a capital do estado, Macapá, atingiu o valor total de 80,41 %. Para o ensino médio, a
situação se agrava bastante quando a taxa de escolarização líquida é de apenas 0,53%
em Mazagão. Sendo assim, Mazagão / Porto Grande apresentam resultado mais
desfavorável de desempenho educacional, critério que utiliza as taxas de alfabetização
de adultos e escolarização média em seus cálculos. O melhor desempenho
educacional está em Macapá com 73,95%, enquanto a região de em apreço possui
uma taxa de 47,26%.
7.7.4. RENDA
Utilizaram-se informações do censo demo gráfico de 1991, referente ao número de
chefes em domicílios particulares por classe de rendimento médio mensal (em salários
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mínimos). Em termos analíticos, os municípios de Macapá, Santana e Laranjal do jari,
concentram 46.715 dos 53.530 chefes de domicílios do Estado, identificados nesse
censo, o que equivale a 87,27% do total. A maioria desses chefes de domicílio recebem
até três salários mínimos, isto é, 27.663 (ou 59,50%); do mesmo modo, infere-se que essa
concentração (27.663) representa a maioria do Estado (52,05%). Para o município de
Porto Grande, o percentual de chefes de família que ganham menos de três salários
mínimos é de 82,87%. A região de Pedra Branca do Amapari, também não possui bom
desempenho no que se trata da Renda Média por Chefe de Domicílio. Na
determinação do desempenho desse indicador, os valores de renda média expressos
em salários mínimos dos chefes de domicílios dos municípios foram relativizados a fim de
se obter uma padronização entre os indicadores do desempenho socio populacional.
Em decorrência, a renda média de 3,9 salários mínimos por chefe de domicílio do
município de Macapá representa, no seu grupo, um desempenho médio relativo de
renda de 28,06%, sendo este, o maior percentual verificado em relação aos demais
municípios do seu grupo. No outro extremo, encontra-se Mazagão, com média de 1,7
SM por chefe de domicílio, correspondendo a um desempenho médio relativo de
12,23%.
7.7.5 AGROPECUÁRIA
No que pese a importância da agricultura no alcance de metas voltadas para a
valorização de uma equilibrada relação de ganhos sociais e econômicos entre as
populações urbana e rural, os dados apresentados no Macrodiagnóstico revelam uma
situação bastante preocupante: as taxas de crescimento médio das lavouras
permanentes (banana, laranja, limão e pimenta do reino) e temporárias (mandioca,
abacaxi, arroz, feijão, melancia e milho) foram negativas na maioria dos municípios
estudados, especialmente naqueles pertencentes ao grupo da série histórica mais
longa, ou seja, de dez anos; tal preocupação se intensifica, quando se considera esse
quadro em relação ao crescimento populacional do mesmo período, na ordem de 4,67
% ao ano. Mazagão por exemplo, obteve-se um desempenho negativo da ordem de
1,25 e seu estudo foi abrangeu os anos entre 1985 e 1994.
Presume-se que os resultados do comportamento da agricultura no período de 1985 a
1994 estão associados, entre outros fatores, à falta de investimentos em infraestrutura e
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tecnologia, esta última agravada por limitações de natureza física tanto do solo quanto
do clima, principalmente.
Quanto à pecuária, destacam-se os rebanhos efetivos de bovinos e de bubalinos, dada
sua relevância para a economia do Estado, dentro dos seguintes aspectos:
• trata-se de rebanhos de corte, preferencialmente;
•grande parte dos rebanhos é criada de forma extensiva em pastagens naturais, com
destaque para os bubalinos;
• a mão-de-obra utilizada nessa atividade é essencialmente familiar.
Comparando-se com a região Norte, no período de 1985 a 1994, o efetivo do rebanho
bubalino do Estado apresentou um bom desempenho, com taxa de crescimento de
12,59% a.a., portanto, superior ao verificado na região Norte (8,65%).
O extrativismo vegetal constitui uma importante função econômico-social no Estado do
Amapá, que envolve cadeias produtivas centradas na relação de vida das populações
ribeirinhas e no mercado de produtos florestais relevantes, dentre os quais se destacam:
a castanha-do-brasil, a borracha, o palmito, o açaí (fruto) e as sementes oleaginosas,
cuja exploração e comercialização, embora desordenadas, na maioria das vezes,
representam a base de subsistência dessas populações. De modo a demonstrar mais
claramente a dinâmica desse segmento no Estado foram tomados, pode-se analisar
dois períodos distintos: o primeiro, de 1980-1985 evidencia um crescimento relativo dos
produtos extrativos, onde o açaí (fruto) apresentou uma taxa de crescimento de 8% a.a,
a castanha-do-brasil de 8,02 % ao ano, o palmito de 19,10% a.a, a madeira de 24,84%
ao ano e o látex líquido de 28,90% ao ano O segundo período, 1985-1994, caracteriza-
se pelo comportamento negativo da produção dos principais produtos extrativos do
Estado como o Açaí (-8,33%), o palmito (-15,55%) ou a madeira (-10,32%).
8. GEOLOGIA
8.1. GEOLOGIA REGIONAL
8.1.1. ESTUDOS ANTERIORES
O quadro geológico aqui apresentado resulta de levantamentos básicos desenvolvidos
com apoio de estudos em detalhe de ocorrências minerais, e de correlação com a
geologia de áreas vizinhas além da visita em campo realizada em março de 2005.
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As informações assim obtidas merecem destaque não apenas por seu valor intrínseco,
mas por seu indiscutível caráter pioneiro. Na verdade, a região pesquisada caracteriza-
se pela inexistência de estudos anteriores em bases sistemáticas, ou em escalas
compatíveis com o trabalho aqui relatado.
Apenas o Projeto RADAM apresenta, na escala ao milionésimo, um esboço consistente
da geologia regional, ressentindo-se, entretanto da escassez de dados de campo -
deficiência sem dúvida resultante de seus próprios objetivos.
Delimitam-se quatro grandes unidades, assim caracterizadas: na base, o Complexo
Guianense, constituído por granitos e granodioritos; migmatitos; anfibolitos e gnaisses
(individualizados na sub-unidade Gnaisse Tumucumaque, com base em suas feições
catac1ásticas típicas); e granulitos; enquadrados no Pré-cambriano inferior a médio.
A seguir, a seqüência de xistos, quartzitos e anfibolitos do Grupo Vila Nova, referidos ao
Précambriano médio; e o Grandiorito Falsino, associação de rochas intrusivas ácidas a
ultramáficas, enquadrados no Pré-cambriano superior. Finalmente, individualizam-se os
diques e stocks básicos do Permo- Triássico, cuja denominação - diabásio Cassiporé -
parece na verdade um tanto impróprio, visto que os diques se dispõem transversalmente
ao rio homônimo.
JORGE JOÃO et aI (1979) apresentam os estudos pela CPRM em região próxima,
geologicamente similar. (Sudoeste do Amapá e norte do Pará), cartografada na escala
1:100.000. O empilhamento proposto pelo RADAM é modificado, subdividindo-se
aqueles conjuntos em suítes, metamórficas.
o modelo adotado, entretanto, individualiza os migmatitos em uma unidade à parte,
independente da origem das rochas submetidas a migmatização. Além disso, a falta
de correspondência entre algumas das rochas submetidas à migmatização. Além disso,
a falta de correspondência entre algumas interpretações enunciadas e a geologia de
áreas vizinhas, prejudica a aplicação do esquema ali proposto.
Desta forma, as informações aqui relatadas e o modelo interpretativo decorrente
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estarão restritas ao domínio do projeto. Alguns pontos, consequentemente,
permanecem pouco definidos, sobretudo em função do conhecimento apenas
preliminar atingido em áreas geologicamente importantes. Em todo o caso, as hipóteses
de trabalho adotadas e seu enquadramento regional têm se revelados eficientes,
ajustando-se satisfatoriamente aos dados obtidos. Permitem assim a avaliação segura
do potencial das áreas e o aprimoramento constante das estratégias de pesquisa, em
função das características da região.
8.1.2 LITOESTRATIGRAFIA – DESCRIÇÃO DAS UNIDADES
Na área de estudo afloram basicamente rochas granito-gnáissicas do Complexo
Guianense (Paleoproterozóicas a Arqueanas) e rochas metavulcanosedimentares do
Grupo Vila Nova (Paleoproterozóicas), e subordinadamente diques N-S de rochas
básicas da Suíte Intrusiva Cassiporé (Fanerozóico-Mesozóico) Capeando os morros nas
porções norte e nordeste da área existe extensos platôs lateritícos (Tércio-Quatemário)
desenvolvidos principalmente sobre litologias do Grupo Vila Nova.
COMPLEXO GUIANENSE
O embasamento arqueando dessa região compreende rochas polimetamórficas de
alto grau, intensamente deformadas e retrabalhadas, tais como, granulitos, gnaisses,
anfibolitos, migmatitos, granitos e tzranodioritos, integrantes do Complexo Guianense
(Lima et alii. 1974). Na região do rio Cupixi, imediatamente a norte da área em estudo.
Montalvão e Tassinari (1984) apresentaram isócrona Rb-Sr de 2944 M.a. para tonalitos e
gnaisses e Lima (1986), idades Rb-Sr entre 2.860 e 2.450 M.a., para tonalitos trondjemíticos
e granulitos gnaisses, além de pegmatitos, aplitos, sienogranitos e tonalitos. Os
granitóides que compõem estecomplexo são de composição extremamente variável
dentro da faixa granitóide e mostram diferentes graus de anisotropia estrutural, indo
desde conspicuamente foliados ou bandados, até tipos altamente isotrópicos.
GRUPO VILA NOVA
O Grupo Vila Nova (Lima et alii, 1974) aflora sob a forma de faixas irregulares e
descontínuas, nas regiões de serra do Navio e do rio Vila Nova, no centro do estado do
Amapá, bem como em parte da serra Lombarda, a norte do Estado, em sentido a
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Guiana Francesa, e compreende rochas metavulcanossedimentares, metamorfizadas
na fácies xisto verde a arifibolito. Montalvão e Tassinari (1984) citam para esta unidade
datações K-Ar em micas (1.919 e 1.759 Ma) e anfibólios (2.088 e 1.971 Ma), como sendo
as únicas disponíveis para a região. Contudo existem datações de até 2.264 Ma em
unidades similares na região da serra do Ipitinga (P A) considerada como idade do
vulcanismo.
Esta unidade distribui-se segundo faixas descontínuas e alongadas na direção NW-SE,
caracterizando cinturões metamórficos de baixo a médio grau que, no tocante à
orientação estrutural e ao posicionamento geológico, representam seqüências
submetidas à mesma história evolutiva geológica. Regionalmente, nota-se para esta
unidade a predominância absoluta do "trend" NW-SE, compondo amplos dobramentos
com vergência para NE.
A coluna litoestratigráfica básica para a Serra do Navio, de Rodrigues et alii(1986),
adaptada de Naggel(1962) e Scarpelli(1963), são a seguinte:
Estudos petrológico-geoquímicos realizados por Faraco (1990), na Serra do Ipitinga
comprovam ser o Grupo Vila Nova uma seqüência supracrustal constituída por rochas
metavulcânicas e mais raramente, metaplutônicas máficas e ultramáficas rochas a
cordieritaantofilita e a quartzo-c1orita, nas quais estão sobrepostos sedimentos químicos
que configuram formações ferríferas bandadas tipo óxido e silicato, e metassedimentos
elásticos. As metavulcânicas e os metas sedimentos configuram unidades
litoestratigráficas definidas, a saber, Anfibolito Anatum e Quartzito Fé em Deus. Veiga et
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alii (1985) e Ferran (1988) sugerem para a região de serra Lombarda (Lourenço e
Cassiporé) que o conjunto de anfibolitos, biotita-xistos, cherts e tonalitos que se estende
NWSE, prosseguindo para a Guiana Francesa, na região do Camopi seja designado
Grupo Serra Lombarda. Contudo esta designação nunca foi implementada. Observe-
se que para a região da Guiana Francesa o pacote citado acima assume o nome de
Formação - Paramaca, aparentemente com um grau metamórfico mais elevado, de
anfibolito médio até granulitos excepcionalmente. Trabalhos posteriores de cunho
regional consideram estes litotipos na região como também pertencente ao Grupo Vila
Nova. Faraco (1990), na região do Ipitinga, cita ainda que alterações hidrotermais e
mudanças mineralógico-texturais no Grupo Vila Nova, resultantes da ação de fluidos e
magmas relacionados às intrusões graníticas pós-tectônicas
e anorogênicas, de uma certa forma, são conspicuas, tanto nas metavulcânicas como
nos metassedimentos. O estudo conjunto de elementos maiores, traços e terras raras
permitem caracterizar os magmas parenterais destas metavulcânicas como basaltos
subalcalinos toleíticos com possibilidade da existência de uma série komatiítica no
magmatismo.
Coelho Filho (1998. In: Spier, C.B. et alii 1999) cita para a região das minas de manganês
da ICOMI, em serra do Navio, a ocorrência de uma seqüência basal de ortoanfibolitos,
capeado por xistos e mármores manganesíferos. A oxidação dos carbonatos produziu
os depósitos de manganês, lavrados pela ICOMI desde 1957 até a exaustão das reservas
em 1997. No total foram extraídas 61 milhões de toneladas de minério de manganês.
Historicamente grande parte da região norte do país, englobando o norte do Pará e o
Amapá, foi submetida a um forte "boom garimpeiro", após os anos 30 devido a uma
forte invasão de brasileiros e "crioulo", provenientes da