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UNIFEOB
Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PROJETO INTERDISCIPLINAR
CONTABILIDADE APLICADA:
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
MAGAZINE LUIZA S.A
SÃO JOÃO DA BOA VISTA, SP
JUNHO 2017
UNIFEOB
Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
PROJETO INTERDISCIPLINAR
CONTABILIDADE APLICADA:
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
MAGAZINE LUIZA S.A
Módulo 05 – Contabilidade Aplicada
Contabilidade Avançada – Prof. Marcelo de Castro Cicconi
Contabilidade Comercial – Prof. Max Streitcher Vallim
Práticas de Sistemas Contábeis – Prof. Danilo Morais Doval
Teoria da Contabilidade – Prof. Julio César Teixeira
Análise de Normas e Pronunc. Contábeis – Prof. Antonio D. Fortes
Alunos:
Aluno Estéfany Caroline S. Franco, RA 15001355
Aluno Flavia Aparecida da Silva, RA 15001840
Aluno Gabriele Garretti Calegari, RA 15001464
Aluno Julia Vasconcellos, RA 15002499
SÃO JOÃO DA BOA VISTA, SP
JUNHO 2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5
2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA ........................................................................... 6
3 PROJETO INTERDISCIPLINAR ..................................................................... 7
3.1 CONTABILIDADE AVANÇADA .................................................................... 7
3.1.1 INVESTIMENTOS ..................................................................................... 7
3.1.2 INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E EM CONTROLADAS ................... 7
3.1.3 SOCIEDADES CONTROLADAS E CONTROLADORA ............................ 9
3.1.4 SOCIEDADES COLIGADAS ................................................................... 10
3.1.5 SOCIEDADES QUE FAÇAM PARTE DE UM MESMO GRUPO ............. 11
3.1.6 SOCIEDADES QUE ESTEJAM SOBRE O CONTROLE COMUM .......... 11
3.1.7 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ...................................... 11
3.1.8 AVALIÇÃO DE INVESTIMENTOS PELO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL) ................................................................... 12
3.1.9 FORMAS DE AVALIAÇÃO ...................................................................... 12
3.1.10 EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ........................................................... 12
3.1.11 OBRIGATORIEDADE DO MÉTODO ..................................................... 13
3.1.12 CUSTO DE AQUISIÇÃO ....................................................................... 13
3.1.13 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS NO EXTERIOR ............................... 14
3.1.14 DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA (DFC) .............................. 14
3.1.15 OBRIGATORIEDADE ............................................................................ 14
3.1.16 MÉTODO DE ELABORAÇÃO ............................................................... 15
3.1.17 OBJETIVO E BENEFICIOS DAS INFORMACOES DOS FLUXOS DE
CAIXA............................................................................................................... 15
3.1.18 MÉTODO DIRETO ................................................................................ 16
3.1.19 MÉTODO INDIRETO ............................................................................. 18
3.2 CONTABILIDADE COMERCIAL ................................................................ 20
3.2.1 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ..................................................... 20
3.2.2 CUSTO DE MERCADORIA VENDIDA (CMV) ........................................ 21
3.2.3 VENDAS .................................................................................................. 21
3.2.4 IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS ................................................ 21
3.2.5 APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS ................. 23
3.2.6 AVALIAÇÃO DE ESTOQUE .................................................................... 23
3.2.7 APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO ............................................ 25
3.2.8 OPERAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................. 26
3.2.9 FOLHA DE PAGAMENTO ....................................................................... 28
3.3 PRÁTICAS DE SISTEMAS CONTÁBEIS ................................................... 30
3.3.1 LIVRO DIÁRIO ........................................................................................ 30
3.3.2 BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................................... 36
3.3.3 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (DRE) .......................................... 40
3.3.4 FLUXO DE CAIXA ................................................................................... 41
3.4 TEORIA DA CONTABILIDADE .................................................................. 43
3.4.1 OBJETIVO DAS DIVULGAÇÕES DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS .. 44
3.4.1.1 Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatórios contábil-
financeiro. (cpc 00) ........................................................................................... 44
3.4.2 BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................................... 45
3.4.3 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (DRE) .......................................... 46
3.4.4 DMPL (DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LIQUIDA).
......................................................................................................................... 46
3.4.5 DFC (DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA) .................................. 46
3.4.6 DVA (DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO) ............................ 47
3.4.7 GRUPOS DE INTERESSES ................................................................... 47
3.4.8 NÍVEIS DE DIVULGAÇÃO ...................................................................... 49
3.4.9 ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .......................... 51
3.4.10 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL-
FINANCEIRA ÚTIL ........................................................................................... 53
3.4.10.1 Características Úteis .......................................................................... 54
3.4.10.2 Características De Melhoria ............................................................... 55
3.4.11 PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE- RESOLUÇÃO, N°750/93 E CFC N°
1.282/10 ........................................................................................................... 56
3.5 ANÁLISE DE NORMAS E PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS ............... 59
3.5.1 ATIVO INTANGÍVEL – CPC 04 ............................................................... 59
3.5.2 AJUSTE A VALOR PRESENTE – CPC 12 ............................................. 62
3.5.3 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS – CPC 20 ................................................ 65
3.5.4 ATIVO IMOBILIZADO – CPC 27 ............................................................. 67
3.5.5 ESTOQUES – CPC 16 ............................................................................ 68
3.5.6 RECEITAS – CPC 30 .............................................................................. 70
4 CONCLUSÃO ................................................................................................ 72
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 73
5
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho que nos foi proposto, temos como missão apresentar
informações claras sobre as formas de como foram colocados cada dado com
embasamento nas disciplinas que nos foram passadas neste semestre. O
objetivo é mostrar de forma compreensiva como são elaboradas as
demonstrações Contábeis de abertura de uma empresa levando em
consideração o Balanço Patrimonial de uma empresa Real.
Para que fosse possível elaborar esse estudo acadêmico, envolvendo
uma empresa, fez-se necessário uma abordagem ampla sobre cada tópico que
aqui foi desenvolvido, para isso estudamos os Pronunciamentos e Normas
Contábeis, Teoria da Contabilidade, Contabilidade Comercial, Contabilidade
Avançada e Técnicas de Sistemas Contábeis, pois através foi de cada uma
dessas disciplinas que tivemos conhecimento suficiente para chegar a um
resultado satisfatório.
Segundo os Pronunciamentos Técnicos, as empresas têm por obrigação
elaborar e apresentar as demonstrações Contábeis aos seus usuários de forma
a deixá-los informados de tudo o que ocorreu durante o exercício daquele ano
em questão, sua função é garantir controle e fornece aos administradores
(gerência, direção, acionistas e outros) as informações sobre o estado
patrimonial e o resultado das atividades desenvolvidas pela empresa.
Com a descentralização da administração, os relatórios que demonstram
a evolução econômica e patrimonial e que permitem traçar projeções para o
futuro, agora análise de tendências e riscos são importantes ferramentas para a
tomada de decisões, tanto na hora de corrigir a rota ao longo do ano quanto do
planejamento de longo prazo.
Sendo assim, abordaremos nesse estudo de forma clara e objetiva como
são elaboradas as Demonstrações Contábeis e suas utilidades para os usuários,
com embasamento nas CPC’s, buscando manter a sua essência sem alterar
qualquer Pronunciamento nela contida.
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2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
• Nome Empresarial ou Razão Social: Magazine Luiza S/A.
• Nome de pregão: Magaz Luiza.
• CNPJ/MF: 47.960.950/0001-21.
• Atividade principal ou Ramo de atividade: rede varejista com foco
na comercialização de bens duráveis no Brasil.
• Classificação Setorial: Consumo cíclico/ comércio/
eletrodomésticos.
• Nire: 35.300.104.811.
• Regime Tributário: RTT.
• Capital Social: Sociedade Anônima.
• Capital Social aberto: A Magazine Luiza tem suas ações
disponibilizadas na bmfbovespa.com.br, desde 2011, onde sua
captação de recursos é realizada junto ao público, seus valores
mobiliários (ações ou debêntures) são admitidos à negociação em
bolsas ou mercado de balcão.
• Local de Registro: JUCESP.
• Localização: São João da Boa Vista/ SP.
• Site: www.magazineluiza.com.br
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3 PROJETO INTERDISCIPLINAR
3.1 CONTABILIDADE AVANÇADA
3.1.1 INVESTIMENTOS
Segundo os autores, Reis e Marion (2006) o conceito “Amplo” do termo
“investimentos” se confunde com o conceito de ativo, designando todas as
aplicações de recursos feitas pela empresa a fim de atingir os seus objetivos
operacionais. E nesse sentido que se fala em “retorno sobre o investimento” —
que nada mais e do que a comparação do lucro operacional com o total aplicado
pela empresa em seu ativo — ou, ainda, nos fluxos de caixa, quando e
segregada a movimentação decorrente das atividades de “investimentos” — com
base na variação dos valores do ativo.
3.1.2 INVESTIMENTOS EM COLIGADAS E EM CONTROLADAS
De acordo com o Manual de contabilidade societária, FIPECAFI (2013),
as aplicações em participações no capital de outras sociedades, devem ser
contabilizadas de acordo com a natureza do relacionamento entre investidor e
investida:
• Pouca ou nenhuma influência sobre a investida: Nesse caso, não
existe relação especifica entre as empresas e o principal benefício
que se pode esperar do ativo e sua valorização (ganho de capital)
ou renda (dividendos e juros sobre o capital próprio), ou então, um
relacionamento mais de natureza estratégica com a investida;
neste último caso, por exemplo, e comum a empresa adquirir ações
de um banco, sem qualquer influência sobre essa investida,
apenas para ter bons relacionamentos comerciais com ele. Trata‐
se, portanto, de um investimento em ativo financeiro sem qualquer
8
intencao de gestão parcial ou total sobre a investida e, como tal,
deve ser reconhecido e mensurado de acordo com o CPC 38 –
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuracao. Como
regra geral, sua avaliacao sera pelo seu valor justo. Todavia, o
investimento sera avaliado ao custo (quando inexistir preco de
cotacao em mercado ativo e nao for possivel uma mensuracao
confiavel a valor justo).
• Influencia significativa sobre a investida: Isso implica dizer que a
investidora tem a capacidade de participar de alguma forma do
processo decisorio da investida, mesmo sem controla‐la. Assim,
adicionalmente aos beneficios de valorizacao e renda inerentes ao
instrumento de capital, a investidora pode se beneficiar de
potenciais sinergias opera‐ cionais entre as sociedades, o que e
proporcionado pelos poderes politicos conferidos pelos
instrumentos de capital isoladamente ou em conjunto com outros
instrumentos contratuais (poder de participar das decisoes
financeiras, operacionais e estrategicas da investida). Trata‐se,
entao, de um investimento em coligada, o qual deve ser
reconhecido e mensurado de acordo com o CPC 18 (R2) –
Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento
Controlado em Conjunto, cuja regra geral de avaliacao e o metodo
de equivalencia patrimonial.
• Controle conjunto sobre a investida: Quando duas ou mais partes
(socios) estiverem compartilhando o controle de uma mesma
investida (ou seja, nao ha uma unica parte que tenha o poder de
controle individualmente falando), temos um exemplo de uma
entidade controlada em conjunto (joint venture). A classificacao
como entidade controlada em conjunto deve ser feita com base no
CPC 19 (R2) – Negocio em Conjunto e o reconhecimento inicial e
mensuracoes subsequentes devem ser feitos de acordo com o
CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em
Empreendimento Controlado em Conjunto, o qual exige que a
participacao seja avaliada pela equivalencia patrimonial (regra
geral).
9
• Controle sobre a investida: Sempre que uma das partes (sócios)
tiver preponderância nas decisões sobre políticas financeiras e
operacionais da investida, ou de outro modo, quando uma entidade
tem poder para dirigir as atividades relevantes da investida e usa
esse poder em seu benefício, temos um exemplo em que a
investida se caracteriza como uma controlada dessa entidade que
detém o poder de comando. A obtenção do controle deve ser
contabilizada considerando as disposições do CPC 15 –
Combinações de Negócios. A avaliação do investimento em
controlada e feito pela equivalência patrimonial e devem ser
seguidos os procedimentos detalhados no CPC 18 (R2) –
Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento
Controlado em Conjunto, por exigência da lei societária brasileira.
Nas normas internacionais a aplicacao da equivalencia patrimonial
no caso de controlada e vedada, mas esta em processo de
mudança. Torna‐se, no caso de existência de pelo menos uma
controlada, a elaboração das demonstrações consolidadas, que
será feita de acordo com o CPC 36 – Demonstrações
Consolidadas.
3.1.3 SOCIEDADES CONTROLADAS E CONTROLADORA
Sociedade controladora: e a empresa investidora que detiver, direta ou
indiretamente, mais de 50% do capital votante de uma sociedade investida, que
e denominada controlada.
O controle pode ser exercido direta ou indiretamente:
a) Controle Direto: quando a investidora possui em seu próprio nome mais
de 50% do capital votante da investida;
b) Controle Indireto: quando a investidora exerce o controle de uma
sociedade através de outra, que também e controlada por ela.
10
3.1.4 SOCIEDADES COLIGADAS
São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência
significativa na administração da investida, sem que haja o controle. Considera-
se que ha influência significativa quando a investidora detém ou exerce o poder
de participar nas decisões das políticas operacional ou financeira da investida.
Aspectos Legais: Ate o final de 2007, a definição legal de coligada e as
condições previstas na lei para que um investimento fosse avaliado por
equivalência patrimonial eram bastante diferentes. Por exemplo, para ser
considerada coligada bastava que a investidora possuísse 10% ou mais do
capital social de outra sociedade, sem controla‐la. Isso, em conjunto com a regra
da relevância, implicava em desnecessária complexidade para se determinar
quais investimentos deviam ser avaliados por equivalência patrimonial.
Tais dificuldades foram superadas, na medida em que as Leis nº
11.638/07 e 11.941/09 alteraram a definição legal de coligada e passaram a
exigir que todos os investimentos em coligadas sejam avaliados por equivalência
patrimonial. Portanto, independentemente do percentual de participação no
capital, sempre que a investidora concluir que possui influência significativa
sobre outra sociedade, essa atende ao conceito de coligada e, portanto, a
investidora deve avaliar esse investimento pela equivalência patrimonial (regra
geral).
O CPC 18 (item 6) indica, de forma não exaustiva, as seguintes evidências
de influência significativa:
a) representação no conselho de administração ou na diretoria da
investida;
b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em
decisões sobre dividendos e outras distribuições;
c) operações materiais entre o investidor e a investida;
d) intercambio de diretores ou gerentes; ou
e) fornecimento de informação técnica essencial.
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3.1.5 SOCIEDADES QUE FAÇAM PARTE DE UM MESMO GRUPO
Se uma investidora e a investida tiverem um controlador comum, o
investimento será avaliado pelo MEP independentemente da participação da
investidora no capital da investida.
3.1.6 SOCIEDADES QUE ESTEJAM SOBRE O CONTROLE COMUM
Controle comum ou em conjunto e o compartilhamento do controle através
de um contrato estabelecido entre as investidoras. As decisões estratégicas,
financeiras ou operacionais sobre as atividades da investida exigem o
consentimento unanime das partes que compartilham o controle.
3.1.7 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
O método de equivalência patrimonial (MEP) e definido como segue: “e o
método de contabilização por meio do qual o investimento e inicialmente
reconhecido pelo custo e, a partir daí, ajustado para refletir a alteração pos‐
aquisicao na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As
receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou
prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem
a sua participação em outros resultados abrangentes da investida” (CPC 18.03).
Hendriksen e Van Breda (1999, p. 401) afirmam que “uma vantagem
importante do método de equivalencia patrimonial e a de que, no nivel estrutural,
ele proporciona alguma coerencia entre a divulgacao de subsidiarias
consolidadas e a divulgacao de investimentos que nao sao incluidos na
consolidacao, mas que possuem algumas das caracteristicas de participacoes
em subsidiarias”.
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A grande vantagem da aplicacao do Metodo da Equivalencia Patrimonial,
principal- mente para aqueles que aplicam recursos financeiros no mercado de
capitais, por inter- medio das Bolsas de Valores ou diretamente na subscricao
de capital de outras empresas, esta no reconhecimento dos resultados auferidos
pelas investidas, no momento em que eles sao apurados, passando a integrar
os resultados da investidora, independentemente de ocorrer ou nao a
distribuicao de dividendos pelas investidas.
3.1.8 AVALIÇÃO DE INVESTIMENTOS PELO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL)
Investimentos em Participacoes Societarias: sao aplicacoes de recursos
efetuados por uma sociedade (denominada investidora) na aquisicao de acoes
ou quotas do capital de outra pessoa juridica (denominada investida).
Estes investimentos dividem-se em:
a) Investimentos Temporarios: adquiridos com a intencao de revenda e
tendo, geralmente, carater especulativo. Podem ser classificados no Ativo
Circulante (AC) ou Ativo Realizavel a Longo Prazo (ARLP);
b) Investimentos Permanentes: adquiridos com a intencao de
continuidade, representando, portanto, uma extensao da atividade economica da
investidora, devem ser classificados no Ativo Permanente (AP).
3.1.9 FORMAS DE AVALIAÇÃO
a) Investimentos Temporarios: pelo valor justo.
b) Investimentos Permanentes: podem ser avaliados pelo custo da
aquisicao ou pelo Metodo de Equivalencia Patrimonial (MEP).
3.1.10 EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
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E a alteracao do valor contabil das participacoes societarias registradas
no Ativo Nao Circulante – Investimentos, pela investidora, conforme o aumento
ou a diminuicao do Patrimonio Liquido (PL) da investida.
3.1.11 OBRIGATORIEDADE DO MÉTODO
De acordo com o determinado no art. 248 da Lei no 6.404/1976 (com as
alteracoes introduzidas pelas Leis no 11.638/2007 e 11.941/2009) sao avaliados
pelo Metodo da Equivalencia Patrimonial (MEP) os investimentos em:
a) controladas;
b) coligadas;
c) sociedades que fazem parte de um mesmo grupo;
d) sociedades que estejam sob controle comum.
3.1.12 CUSTO DE AQUISIÇÃO
A avaliacao de investimentos pelo Metodo do Custo de Aquisicao,
segundo Ribeiro (2009), consiste em atribuir ao investimento o valor
originalmente pago por ele, devidamente ajustado quando for o caso: pela
variacao positiva ou negativa em funcao do valor justo (mercado), pelo acrescimo
de correcao monetaria, pela variacao cambial, pelos juros, etc., deduzido de
provisao para reducao ao valor de mercado ou de Provisao para Perdas.
Por esse Metodo os resultados auferidos pelas empresas investidas
somente sao reconhecidos pela investidora por ocasiao da distribuicao e/ou do
recebimento dos divi- dendos, fato esse que ocorre normalmente no periodo
14
seguinte ao da apuracao dos resultados e elaboracao das demonstracoes
contabeis da investidora.
3.1.13 PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS NO EXTERIOR
Os resultados decorrentes de avaliacao de participacoes societarias no
exterior pelo Metodo da Equivalencia Patrimonial nao produzirao modificacoes
no valor do lucro real da investidora sediada no Brasil, aplicando-se os mesmos
procedimentos utilizados em relacao a investimentos em nosso pais. Entretanto,
os lucros de coligadas, controladas, filiais e sucursais serao submetidos a
tributacao pelo Imposto de Renda em nosso pais.
3.1.14 DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA (DFC)
A partir de 1º de janeiro de 2008, quando entrou em vigor a Lei no
11.638/2007, a Demonstracao dos Fluxos de Caixa (DFC) substituiu a
Demonstracao de Origens e Aplicacoes de Recursos (DOAR), que nao era
obrigatoria no Brasil, exceto em casos especificos, como, por exemplo,
empresas de energia eletrica (por exigencia da ANNEL) e empresas
participantes do Novo Mercado (por exigencia da BOVESPA). No entanto, o
Ibracon, por meio da NPC 20, de abril de 1999, e a propria Comissao de Valores
Mobiliarios (CVM) ja recomendavam que tal Demonstracao fosse apresentada
como informacao complementar.
Para estabelecer regras de como as entidades devem elaborar e divulgar
a DFC, o Comite de Pronunciamentos Contabeis (CPC) emitiu o Pronunciamento
Tecnico CPC 03 – Demonstracao dos Fluxos de Caixa, aprovado pela CVM.
3.1.15 OBRIGATORIEDADE
15
A elaboracao da DFC e obrigatoria para as companhias abertas e para as
companhias fechadas com patrimonio liquido, no exercicio social anterior,
superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhoes de reais).
3.1.16 MÉTODO DE ELABORAÇÃO
Em relacao aos fluxos de caixa operacionais, a DFC pode ser elaborada
atraves de dois metodos: o direto e o indireto.
O metodo direto consiste em mensurar diretamente as entradas e saidas
de caixa ou equivalentes caixa (Disponivel) derivados das atividades
operacionais.
O metodo indireto, procura reconciliar o lucro liquido do exercicio com o
caixa gerado pelas atividades operacionais, mostrando quanto desse lucro se
converteu efetivamente em caixa ou equivalentes-caixa, evidenciando as
parcelas do lucro que foram aplicadas em outros grupos do Ativo ou Passivo
Circulante.
3.1.17 OBJETIVO E BENEFICIOS DAS INFORMACOES DOS FLUXOS DE
CAIXA
O objetivo primario da Demonstracao dos Fluxos de Caixa (DFC) e prover
informacoes relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de
uma empresa, ocorridos durante um determinado periodo, e com isso ajudar os
usuarios das demonstracoes contabeis na analise da capacidade da entidade de
gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como suas necessidades para utilizar
esses fluxos de caixa.
As informacoes da DFC, principalmente quando analisadas em conjunto
com as demais demonstracoes financeiras, podem permitir que investidores,
credores e outros usuarios avaliem:
1. A capacidade de a empresa gerar futuros fluxos liquidos positivos de
caixa;
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2. A capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar
dividendos e retornar emprestimos obtidos;
3. A liquidez, a solvencia e a flexibilidade financeira da empresa;
4. A taxa de conversao de lucro em caixa;
5. A performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os
efeitos de distintos tratamentos contabeis para as mesmas transacoes e
eventos;
6. O grau de precisao das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa;
7. Os efeitos, sobre a posicao financeira da empresa, das transacoes de
investimento e de financiamento etc.
3.1.18 MÉTODO DIRETO
O metodo direto explicita as entradas e saidas brutas de dinheiro dos
principais componentes das atividades operacionais, como os recebimentos
pelas vendas de produtos e servicos e os pagamentos a fornecedores e
empregados. O saldo final das operacoes expressa o volume liquido de caixa
provido ou consumido pelas operacoes durante um periodo.
As empresas, ao utilizarem o metodo direto, devem detalhar os fluxos das
operacoes, no minimo, nas classes seguintes:
• Recebimentos de clientes, incluindo os recebimentos de
arrendatarios, concessionarios e similares;
• Recebimentos de juros e dividendos;
• Outros recebimentos das operacoes, se houver;
• Pagamentos a empregados e a fornecedores de produtos e
servicos, ai incluidos seguranca, propaganda, publicidade e
similares;
• Juros pagos;
• Impostos pagos;
• Outros pagamentos das operacoes, se houver.
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A estrutura da DFC, elaborada pelo metodo direto, pode assim ser
resumida (o sinal + representa as entradas de caixa ou equivalentes-caixa e o
sinal –, as saidas):
1) Fluxos de caixa das atividades operacionais
(+) Recebimentos de clientes
(+) Recebimento de descontos de duplicatas ou outros títulos de crédito em função de
venda a prazo
(+) Juros, inclusive sobre o capital próprio, recebido.
(+) Dividendos recebidos
(-) Pagamento de fornecedores
(-) Juros Pagos
(-) Pagamentos de despesas operacionais
(-) Pagamentos de despesas antecipadas
-/+ Outros recebimentos e pagamentos relativo às despesas operacionais.
(=) Caixa Gerado ( +) ou consumido( -) na atividade
2) Fluxos de caixa das atividades de investimento
(+) Recebimentos de vendas de ativos de imobilizados e intangíveis
(+) Recebimentos de vendas de participações societárias
(+) Amortizações de empréstimos concedidos a acionistas e/ou empresas
coligadas ou controladas
(-) Pagamentos por aquisição de ativos imobilizados e intangíveis
(-) Pagamentos por aquisição de participações societárias
(-) Empréstimos concedidos a acionistas e/ou empresas coligadas ou
controladas
-/+ Outros recebimentos e pagamentos relativos à atividade
(=) Caixa Gerado ( +) ou consumido( -) na atividade
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3) Fluxos de caixas das atividades de financiamento
(+) Recebimentos por venda de ações ou integralização de capital
(+) Recebimentos de debêntures emitidas
(+) Recebimentos de empréstimos de curto e longo prazo
(-) Pagamentos de dividendos
(-) Pagamento de juros sobre capital próprio
(-) Amortizações de dívidas contraídas
(-) Resgate de debêntures
(-) Pagamentos por resgate ou reembolso das próprias ações
-/+ Outros recebimentos e pagamentos relativos à atividade
(=) Caixa Gerado ( +) ou consumido( -) na atividade
4) Caixa gerado ou consumido nas atividades = Variação do Disponível
(1+2+3)
5) Saldo do Disponível no início do exercício
6) Saldo do Disponível no final do exercício (4+5)
3.1.19 MÉTODO INDIRETO
O metodo indireto faz a conciliacao entre o lucro liquido e o caixa gerado
pelas operacoes, por isso e tambem chamado de metodo da conciliacao. Para
tanto, e necessario:
• Remover do lucro liquido os diferimentos de transacoes que foram
caixa no passado, como gastos antecipados, credito tributario etc.
e todas as alocacoes no resultado de eventos que podem ser caixa
no futuro, como as alteracoes nos saldos das contas a receber e a
pagar do periodo; e
19
• Remover do lucro liquido as alocacoes ao periodo do consumo de
ativos nao circulante e aqueles itens cujos efeitos no caixa sejam
classificados como atividades de investimento ou financiamento:
depreciacao, amortizacao de intangivel e ganhos e perdas na
venda de imobilizado e/ou em operacoes em des‐ continuidade
(atividades de investimento); e ganhos e perdas na baixa de
emprestimos (atividades de financiamento).
A grande vantagem do metodo indireto e sua capacidade de deixar claro
que certas variacoes no caixa geradas pelas operacoes se dao por alteracoes
nos prazos de recebimentos e de pagamentos, ou por incrementos, por exemplo,
dos estoques. Assim, num exercicio pode haver aumento no caixa das
operacoes porque se reduziu o prazo de recebimento dos clientes ou porque se
aumentou o prazo de pagamento dos fornecedores. Esse fato pode ocorrer so
num periodo e nao tender a se repetir no futuro. Por isso, e relevante sua
evidenciacao, o que nao ocorre de forma transparente no metodo direto.
A estrutura da DFC no metodo indireto e a seguinte:
Lucro Líquido do Exercício
(+) Depreciação, amortização ou exaustão.
(+) Despesas com a constituição de provisões
(+) Transferências de despesas antecipadas para o resultado
(-) Reversão de provisões
(-) Despesas antecipadas pagas no exercício
+/- Receita negativa (positiva) da equivalência patrimonial
+/- Perda (ganho) de capital
+/- Outras receitas e despesas que não envolvam numerário
+/- Aumento/Diminuição em bens e direitos do Ativo Circulante
+/- Aumento/Diminuição em bens do Passivo Circulante
20
3.2 CONTABILIDADE COMERCIAL
Nesta unidade de estudo do projeto integralizado, Contabilidade
Comercial, veremos algumas operações típicas de empresas comerciais como:
operações com mercadorias, operações financeiras e folha de pagamento.
Para melhor entender, segundo LUZ, Érico, Contabilidade Comercial,
contabilidade comercial é aquele cuja sua finalidade econômica é a troca, sendo
que, é realizado a aquisição de mercadorias e posteriormente a venda daquele
bem, gerando consequentemente, o lucro.
3.2.1 OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
Mercadoria representa o objeto, ou seja, o produto, bens de venda,
comercializado pela empresa. Segundo a Lei 6.404/76, estoque de mercadoria
deve ser avaliado pelo custo de aquisição da mercadoria ou pelo valor de
mercado, destes valores, o menor. Porém quando o valor de mercado é menor
que o custo da mercadoria de aquisição, a empresa deverá registrar uma
provisão para ajuste do estoque ao valor de mercado, esta conta é redutora do
ativo circulante estoque.
Segundo Iudícibus e Marion, Contabilidade Comercial, (2004), as
operações com mercadorias, em empresas comercias, representam o núcleo da
atividade comercial, com um bom sistema de apuração de resultados, nas
operações com mercadorias, tem-se, em parte o sucesso da empresa.
Resultado com Mercadorias (RCM), este resultado é obtido com a
subtração do valor de Vendas, em um determinado período e do valor de Custo
com Mercadoria Vendidas, no mesmo período, obtendo o Resultado com
Mercadorias (RCM), também conhecido como Resultado Bruto.
Resultado Com Mercadorias = Vendas - Custo de Mercadoria Vendida
RCM = V - CMV
21
Vendas Impostos
3.2.2 CUSTO DE MERCADORIA VENDIDA (CMV)
Para obter o valor do CMV, precisa do conhecimento e valores de:
Estoque Inicial, valor igual ao estoque final do período passado; Compras, valor
registrado no momento efetuado; e Estoque Final, Vendas.
O Custo com mercadoria Vendida (CMV), é obtido através da seguinte
fórmula:
Custos das Mercadorias Vendidas = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final
CMV = EI + C - EF
3.2.3 VENDAS
Para se obter o valor de Vendas do período ou Vendas Brutas/ Vendas
Líquidas, deve-se além de tirar os Impostos sobre Vendas e os Custos com
Mercadorias Vendas, outras duas operações típicas nas empresas, as Deduções
de Venda e os Descontos incondicionais sobre vendas.
3.2.4 IMPOSTOS E TAXAS SOBRE VENDAS
Segundo Iudícibus e Marion, (2004, p 99) “Os impostos ou taxas sobre
vendas incidem sobre vendas e guardam proporcionalidade com o preço de
venda”. Portanto se a empresa não apresentar saldo de vendas, os impostos e
taxas sobre vendas também serão zero.
Quanto maiores forem as ,maiores serão os
22
Os impostos e taxas incidentes sobre as vendas são:
• IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): é gerado apenas em
empresa industrial e sua alíquota varia de acordo com o produto.
• ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza): é de
competência municipal e do Distrito Federal, as alíquotas variam
de acordo com cada legislação dos municípios e conforme origem
dos serviços.
• IVVC (Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis): imposto
de competência municipal e do Distrito Federal, destinados a quem
vai consumir o combustível, como também as empresas
distribuidoras.
Neste projeto, os impostos e taxas sobre as vendas incidentes são:
• ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações): é também
incidente sobre a entrada de mercadorias que são importadas.
Segundo a legislação fiscal é um custo que deve ser excluído no
momento de aquisição de mercadoria para revenda ou de matéria-
prima, este imposto é recuperável. Sua base de cálculo, no caso
de compras, é o montante apresentado da mercadoria revendida,
já no caso de vendas, a empresa deverá cobrar o ICMS do
comprador das mercadorias.
• PIS (Programa de Integração Social): pode estar na sua forma
cumulativa, em empresas de lucro presumido e não cumulativos
em empresas de lucro real.
• COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social):
como no PIS a COFINS também pode estar na forma cumulativa e
não cumulativa.
As alíquotas de PIS e COFINS variam de acordo com o regime tributário
da empresa:
23
• Empresa de lucro presumido: PIS → 0,65%, COFINS → 3%, os
dois sendo cumulativos, ou seja, são tributos não recuperáveis, não
podem ser reaproveitados como créditos tributários.
• Empresa de lucro real: PIS → 1,65%, COFINS → 7,6%, os dois
sendo não cumulativos, ou seja, neste caso poderá ser feito as
deduções da base de cálculo da receita sobre alguns pagamentos
feitos a outras pessoas jurídicas, diretamente ligadas à produção
de serviços. A empresa se credita dos tributos que ela pagou na
compra da mercadoria e aproveita este crédito para abater sobre
os tributos incidentes em sua saída.
3.2.5 APURAÇÃO DO CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
A apuração do Custo de Mercadoria Vendida, deve ser feita em duas
etapas. A primeira etapa é contabilizar as contas do grupo do CMV, sendo este
apresentado por saldo devedor, devido a redução do Patrimônio Líquido da
empresa, não é mais de sua propriedade. Então o valor do CMV apresentado
será o real valor dos custos.
Na segunda etapa é realizado a transferência do saldo das contas de
Vendas e CMV para a conta RCM para assim transferir o resultado do RCM para
a conta Resultado do Exercício (ARE).
A conta ARE deve apresentar as demais contas de resultado, para assim
se obter o resultado líquido do período.
3.2.6 AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
A Contabilidade de Custo tem o papel importante junto à gerência, de
gerar informações que servirão de auxilio nas tomadas de decisões da empresa,
nos planejamentos, entre outros fatores.
O método de avaliação de estoque, além de sua forma individual, é uma
parcela extremamente importante no processo de controle gerencial, na sua
forma conjunta a contabilidade de custo representa nas empresas, atualmente,
24
uma necessidade, já que ambas possuem diferentes modelos de estratégias que
traçam uma resolução para seus problemas.
Uma das formas de obter um controle dos estoques é o “Inventário
Periódico” e “Inventário Permanente”, conhecidos como “Regimes de
inventários”.
O Inventário Periódico tem como característica tomar conhecimento o
volume de seus estoques de tempos em tempos, ou seja, no final de cada
período determinado é feito a apuração do CMV, e então depois de valorado,
este resultado obtido passa a constituir o Estoque Final.
O Inventário Permanente, a cada venda efetuada a empresa faz o controle
do estoque negociado, tomando o conhecimento do valor do estoque após
qualquer operação, seja ela compra ou venda.
Como visto, o Inventário Permanente faz o controle dos estoques em
qualquer movimentação, entrada e saída, portanto é necessário obter alguns
mecanismos para melhor representar o valor que a empresa tem.
Segundo Iudícibus e Marion, Contabilidade Comercial, (2004, p 121):
Quando mercadorias são vendidas, a Contabilidade deve conhecer o custo de cada lote vendido (além da receita de venda, é claro) para registrá-lo. Para que tal ocorra, a empresa deve dispor de mecanismos que gerem essa informação.
Destaque para alguns dos métodos de avaliação de estoque em
Inventário Permanente:
• Método do custo específico: o custo de uma mercadoria vendida é
exatamente o custo de aquisição, ou seja, este método é utilizado
quando for possível fazer a determinação do preço específico de
cada unidade do estoque, podendo dar baixa, em cada venda, pelo
mesmo preço, onde o valor do estoque final será a soma de todos
os custos específicos de cada unidade existente.
• Método Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS): neste caso de
avaliação, o método utilizado é a avaliação do estoque pelo custo
de aquisição mais recente, onde as matérias primas são baixadas
25
do estoque pelo preço mais antigo e avaliando o estoque que
permanece pelo preço mais recente.
• Método Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS): este método
apresenta estoques com valores mais baixos e custos dos produtos
vendidos mais elevados, onde o custo de mercadoria vendida
estará sempre baseado nas compras mais recentes e o estoque
final, nas mais antigas.
• Método de custo médio ponderado móvel: o método tem como
critério básico avaliar o estoque final e o custo das mercadorias
vendidas pelo preço de aquisição, onde o valor de cada unidade
em estoque se altera quando ocorre a compra de outras unidades
com preços diferentes. Este é o modelo mais comum e mais
utilizado, em que o estoque é constantemente avaliado pela média.
3.2.7 APURAÇÃO CONTÁBIL DO RESULTADO
A Contabilidade tem como o objetivo de controlar o Patrimônio das
entidades, sua função econômica é a apuração do resultado do exercício, qual
seja ela, lucro ou prejuízo ou ainda uma situação nula.
Na apuração contábil somente as contas de Resultados estarão
expressas, sendo que estas são divididas entre receitas e despesas. São
representadas de venda de bens e serviços e despesas que representam o
consumo pela entidade de bens e serviços, exemplo: Venda de mercadorias,
Despesas financeiras, entre outros.
O período contábil, ou o período de tempo no qual se apura o resultado,
mais comum é o que coincide com o exercício social, onde confronta-se toda a
Despesa de determinado período com toda Receita, também do mesmo período.
No próximo período inicia-se do zero a apuração contábil.
Dentro dessa apuração encontra-se o Encerramento das Contas de
Resultado, que por sua vez, toda empresa é obrigada por lei, a encerrar pelo
menos uma vez por ano, suas contas de resultados. Os lançamentos de
26
encerramento são simples, dentro do famoso ARE que são realizadas o
confronte entre Despesas e Receitas e as encerram.
A apuração do resultado é esta, se o total de Receita for maior que o total
de Despesa, haverá lucro, porém se o total de Despesas for maior que o total de
Receitas, haverá prejuízo.
3.2.8 OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Segundo Iudícibus e Marion, Contabilidade Comercial, (2004, p 143):
De forma condensada, a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), indica a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado período, e, ainda o Resultado do Fluxo Financeiro.
Através dessa operação financeira DFC – Fluxo de Caixa, o gerente
saberá o momento certo de contrair empréstimos e assim cobri a falta de fundos,
ou quando deve aplicar no mercado financeiro o montante de dinheiro.
As principais transações que afetam o Caixa, encaixes e desembolsos,
divide-se em:
• Transações que aumentam o Caixa (disponível):
• Integralização do Capital pelos Sócios ou Acionistas: se a
integralização não for dada em dinheiro, mas sim em bens
permanentes, estoques, títulos, entre outros, não afetará o Caixa.
• Empréstimos Bancários e Financeiros: estes recursos, são os
empréstimos bancários utilizados como Capital de Giro (circulante)
e os Financiamentos, para aquisição de Ativo Permanente (fixo).
• Venda de Itens do Ativo Permanente: venda de ativo fixo, entrada
de recursos financeiros.
• Vendas à vista e Recebimento de Duplicatas a Receber: principal
fonte de recursos do Caixa.
• Outras entradas assim como juros, dividendos, indenizações de
seguros etc.
Transações que diminuem o Caixa (disponível):
27
• Pagamento de Dividendos aos Acionistas: dividendos pagos em
cada exercício representa uma diminuição no Caixa.
• Pagamento de Juros, Correção Monetária da Dívida e Amortização
da Dívida: resgate de obrigações como os encargos financeiros,
resulta em diminuição do Caixa.
• Aquisição de Item do Ativo Permanente: aquisições a vista de
imobilizado e itens do subgrupo Investimentos.
• Compras à vista e pagamento de Fornecedores.
• Pagamento de Despesa/Custo, Contas a Pagar entre outros.
Transações que não afetam o Caixa:
• Depreciação;
• Amortização;
• Exaustão;
• Provisão para Devedores Duvidosos;
• Acréscimos (ou diminuição) de itens de que integram os
investimentos a partir do método de equivalência patrimonial.
Aplicações Financeiras: existem períodos em que existe mais entrada do
que saídas no caixa da empresa, é importante fazer aplicação desses recursos,
evitando-se assim a corrosão inflacionária. São modelos dessa aplicação:
• Depósito a Prazo Fixo;
• Certificação de Depósito bancário entre outros.
• Financiamentos:
• Empréstimos com juros – prefixados: são encargos variantes
conforme a inflação, porém são conhecidos no momento do
empréstimo.
• Desconto de duplicatas: também é uma maneira de se obter
recursos financeiros com o Desconto de Duplicatas.
• Empréstimos com juros pós-fixados (variação monetária):
encargos são conhecidos após a data do empréstimo.
• Variação Monetária: atualização de uma dívida ou de um direito,
em virtude da taxa de câmbio.
28
• Juros: existem juros que efetivamente remuneram o financiador, os
juros são calculados considerando-se o Regime de Competência,
ou seja, são apropriados período a período, mesmo que ainda não
liquidados.
Desconto Financeiros (condicionais), descontos realizados pelo vendedor
ao comprar, geralmente dado na nota fiscal os seguintes prazos com seus
respectivos descontos, sendo variáveis de acordo com suas condições. Existe
também o desconto dado no próprio dia de vencimento.
3.2.9 FOLHA DE PAGAMENTO
A folha de pagamento refere-se ao montante pago pela empresa ao
funcionário por determinado período. Tem como função operacional, contábil e
fiscal, sendo inscrita com base em todas ocorrências do período do empregado,
respeitando o regime de competência mensal.
Adiantamento a empregados: basicamente empréstimos aos
funcionários, ocorrendo a devolução no recebimento do salário. Esta conta de
“Adiantamento de salários” representa um direito da empresa, não uma despesa,
e pertence ao Ativo Circulante, pois o prazo de devolução é curto.
Encargos dos empregados: funcionários são responsáveis por parte do
custeio da previdência social oficial, sendo que o governo contribui para que as
empresas sejam intermediárias destes descontos, surgindo um desconto na
folha de pagamento do empregado chamado INSS.
Já em caso de empregados que recebam elevados salários, em sua folha
de pagamento, apareça o desconto de IRRF, imposto de renda retido na fonte.
A contribuição sindical, também é descontado do empregado uma vez ao
ano.
Existem outros descontos como: contribuições com associações de
empregados, planos de seguro de vida, assistência médica, sindicadores entre
outros.
29
Encargos da empresa: a empresa também é responsável por parte do
custeio da previdência social, base de cálculo é o valor do salário pago aos
empregados. Outros encargos são: salário família, salário maternidade, auxílio
natalidade, FGTS – fundo de garantia por tempo de serviços, é calculado e
contabilizado com base nos salários dos empregados e recolhido ao governo no
mês subsequente.
• Férias: É direito dos empregados, férias anuais remuneradas, pelo
menos, um terço a mais do que o salário normal, com período
máximo de até 30 dias, este variando de acordo com cada
necessidade de empregado e empregador.
• Abono pecuniário e provisão para férias: Mais conhecido como
vender férias, se o direito do empregado é de até 30 dias, neste
caso ele pode vender 1/3 de suas férias, ou seja, descansa 20 e
trabalha 10 dias, recebendo normalmente os 30 dias de férias e os
dias trabalhados.
A despesas com férias, ou despesas com salários, é uma forma de evitar
confusão na contabilização das férias. Neste caso debita-se despesas com férias
e credita uma conta do passivo chamada Provisão para férias.
Contabilização de 13° salário:
• 13° salário: nome popular a gratificação de natal, o que nada mais
é que o pagamento de um salário a mais no final do ano ao
empregado. Este deve guardar proporcionalidade com o período
de tempo de trabalho naquele ano, além da legislação determinar
o seu pagamento em duas parcelas, a primeira no dia até dia 30 de
novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.
• Como no caso das férias, no 13° salário necessita de uma conta
de Provisão para 13° salário, pois é com o passar do tempo que o
empregado vai adquirindo o direito e o empregador a obrigação
30
3.3 PRÁTICAS DE SISTEMAS CONTÁBEIS
Nesta unidade de estudo veremos as práticas contábeis, onde para obter
os dados demonstrados a baixo foi necessário a utilização do sistema contábeis
e administrativos chamado Netseepd, disponível para instituições de ensino,
para fins de buscar experiência profissional, ainda no período de formação.
Serão apresentados: Livro Diário, Balanço Patrimonial, Demonstração de
Resultado e Fluxo de Caixa.
3.3.1 LIVRO DIÁRIO
Segue tabela do Livro Diário, gerado nas aulas de Práticas de Sistemas
Contábeis, com saldo de abertura e lançamentos:
LIVRO DIÁRIO
Data Lançamento Conta Débito Conta Crédito Histórico / Complemento
Valor
Abert Débito 1.1.1.01.001 - CAIXA 599.141,00
Abert Débito 1.1.1.03.001 - Aplicações Financeiras 818.984,00 Abert Débito 1.1.2.01.001 - Clientes Diversos - Dupl. a receber 581.001,00
Abert Débito 1.1.2.04.001 - Tributos a Recuperar 212.151,00 Abert Débito 1.1.3.01.001 - mercadorias para revenda 1.596.743,00 Abert Débito 1.1.4.01.001 - Outros Ativos Circulantes 111.823,00 Abert Débito 1.2.1.01.002 - Aplic. Financeiras Avaliadas valor justo 171,00 Abert Débito 1.2.1.02.001 - Contas a Recebe 3.570,00 Abert Débito 1.2.1.03.001 - Tributos Diferidos 242.010,00 Abert Débito 1.2.1.04.001 - Outros Ativos não circulantes 568.066,00 Abert Débito 1.2.2.01.001 - Investimentos 380.386,00 Abert Débito 1.2.3.01.005 - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 560.067,00 Abert Débito 1.2.4.01.001 - Intangíveis 513.049,00 Abert Crédito 2.1.1.01.001 - FORNECEDORES 2.364.959,00 Abert Crédito 2.1.1.02.001 - Empréstimos e Financiamentos 838.016,00 Abert Crédito 2.1.1.03.001 - Obrigações Trabalhistas e Societárias 188.390,00 Abert Crédito 2.1.1.06.001 - Outras Obrigações 240.929,00 Abert Crédito 2.1.1.07.001 - Obrigações Fiscais 40.132,00 Abert Crédito 2.2.1.01.001 - Empréstimos e Financiamentos 1.010.760,00 Abert Crédito 2.2.1.02.001 - Outras obrigações 2.553,00 Abert Crédito 2.2.1.03.001 - Provisões 284.126,00 Abert Crédito 2.2.1.04.001 - Lucros e receitas a Apropriar 509.155,00 Abert Crédito 2.3.1.01.001 - CAPITAL SOCIAL INTEGRALIZADO 606.505,00 Abert Débito 2.3.2.01.001 - Reservas de Capital 9.699,00 Abert Crédito 2.3.2.02.001 - Reserva Legal 20.471,00 Abert Crédito 2.3.2.02.004 - Retenção de Lucros 89.663,00 Abert Crédito 2.3.2.03.001 - Outros Resultados Abrangentes 1.202,00
Total Saldo de Abertura do ATIVO ==> 6.187.162,00 Total Saldo de Abertura do PASSIVO ==> 6.187.162,00 05/01
30.0000
1.1.1.01.001 - CAIXA 4.1.1.01.001 - Vendas de Mercadorias 002 - Realização de Venda Venda a vista
45.200,00
31
05/01
31.0000
4.1.1.02.001 - ICMS 2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 003 - Obrigações tributárias ICMS a recolher
8.136,00
05/01
32.0000
4.1.1.02.002 - PIS 2.1.1.04.002 - PIS a recolher 014 - Obrigações Sociais Pis a recolher
745,80
05/01
33.0000
4.1.1.02.003 - COFINS 2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 014 - Obrigações Sociais COFINS a recolher
3.435,20
Total Débitos 57.517,00
Total Créditos 57.517,00
07/01
35.0000
1.1.2.04.002 - ICMS a recuperar 2.1.1.01.002 - Fornecedor A 004 - Impostos a Recuperar ICMS a recupera
10.170,00
07/01
36.0000
1.1.2.04.003 - PIS a recuperar 2.1.1.01.002 - Fornecedor A 004 - Impostos a Recuperar PIS a recuperar
932,25
07/01
37.0000
1.1.2.04.004 - COFINS a recuperar 2.1.1.01.002 - Fornecedor A 004 - Impostos a Recuperar COFINS a recuperar
4.294,00
07/01
38.0000
3.1.1.01.002 - Compras de mercadorias 2.1.1.01.002 - Fornecedor A 008 - Compras - Compras de mercadorias a prazo
41.103,75
Total Débitos 56.500,00 Total Créditos 56.500,00 08/01
39.0000
2.1.1.01.001 - FORNECEDORES 1.1.1.01.001 - CAIXA 005 - Pagamento Pagamento de compra a prazo
28.250,00
Total Débitos 28.250,00 Total Créditos 28.250,00 09/01
40.0000
1.1.1.01.001 - CAIXA 1.1.2.01.001 - Clientes Diversos - Dupl. a receber 006 - Recebimento Recebimento de venda a prazo
50.850,00
Total Débitos 50.850,00 Total Créditos 50.850,00 10/01
41.0000
1.1.2.01.001 - Clientes Diversos - Dupl. a receber 4.1.1.01.001 - Vendas de Mercadorias 002 - Realização de Venda Vendas a prazo
62.150,00
10/01
42.0000
4.1.1.02.001 - ICMS 2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 003 - Obrigações tributárias ICMS a recolher
11.187,00
10/01
43.0000
4.1.1.02.002 - PIS 2.1.1.04.002 - PIS a recolher 014 - Obrigações Sociais PIS a recolher
1.025,47
10/01
44.0000
4.1.1.02.003 - COFINS 2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 014 - Obrigações Sociais COFINS a recolher
4.723,40
Total Débitos 79.085,87 Total Créditos 79.085,87
32
15/01
45.0000
3.1.1.01.002 - Compras de mercadorias 2.1.1.01.004 - Fornecedor X 008 - Compras Compras de Mercadorias a Prazo
61.655,63
15/01
46.0000
1.1.2.04.002 - ICMS a recuperar 2.1.1.01.004 - Fornecedor X 004 - Impostos a Recuperar ICMS a recuperar
15.255,00
15/01
47.0000
1.1.2.04.003 - PIS a recuperar 2.1.1.01.004 - Fornecedor X 004 - Impostos a Recuperar PIS a recuperar
1.398,37
15/01
48.0000
1.1.2.04.004 - COFINS a recuperar 2.1.1.01.004 - Fornecedor X 004 - Impostos a Recuperar COFINS a recuperar
6.441,00
Total Débitos 84.750,00
Total Créditos 84.750,00
20/01
49.0000
1.1.2.01.001 - Clientes Diversos - Dupl. a receber 4.1.1.01.001 - Vendas de Mercadorias 002 - Realização de Venda Vendas a prazo
59.890,00
20/01
50.0000
4.1.1.02.001 - ICMS 2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 003 - Obrigações tributárias ICMS a recolher
10.780,20
20/01
51.0000
4.1.1.02.002 - PIS 2.1.1.04.002 - PIS a recolher 014 - Obrigações Sociais PIS a recolher
988,18
20/01
52.0000
4.1.1.02.003 - COFINS 2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 014 - Obrigações Sociais COFINS a recolher
4.551,64
20/01
53.0000
2.1.1.01.004 - Fornecedor X 3.1.1.01.003 - Devolução de Compra 009 - Devolução Devolução de compras
8.220,75
20/01
54.0000
2.1.1.01.004 - Fornecedor X 1.1.2.04.002 - ICMS a recuperar 004 - Impostos a Recuperar ICMS a recuperar
2.034,00
20/01
55.0000
2.1.1.01.004 - Fornecedor X 1.1.2.04.003 - PIS a recuperar 004 - Impostos a Recuperar PIS a recuperar
186,45
20/01
56.0000
2.1.1.01.004 - Fornecedor X 1.1.2.04.004 - COFINS a recuperar 004 - Impostos a Recuperar COFINS a recuperar
858,80
20/01
69.0000
1.1.2.03.001 - Adiantamento a Funcionários 1.1.1.01.001 - CAIXA 010 - Créditos de Funcionários Adiantamento de salários a funcionários
46.000,00
Total Débitos 133.510,02 Total Créditos 133.510,02 25/01
57.0000
1.1.2.01.001 - Clientes Diversos - Dupl. a receber 4.1.1.01.001 - Vendas de Mercadorias 002 - Realização de Venda Vendas de mercadoria a prazo
67.800,00
25/01
58.0000
4.1.1.02.001 - ICMS 2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 003 - Obrigações tributárias ICMS a recolher
12.204,00
25/01
59.0000
4.1.1.02.002 - PIS 2.1.1.04.002 - PIS a recolher 014 - Obrigações Sociais PIS a recolher
1.118,70
25/01
60.0000
4.1.1.02.003 - COFINS 2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 014 - Obrigações Sociais COFINS a recolher
5.152,80
Total Débitos 86.275,50 Total Créditos 86.275,50
33
27/01
61.0000
1.1.2.01.001 - Clientes Diversos - Dupl. a receber 4.1.1.01.001 - Vendas de Mercadorias 002 - Realização de Venda Venda de mercadoria a prazo
90.400,00
27/01
62.0000
4.1.1.02.001 - ICMS 2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 003 - Obrigações tributárias ICMS a recolher
16.272,00
27/01
63.0000
4.1.1.02.002 - PIS 2.1.1.04.002 - PIS a recolher 014 - Obrigações Sociais PIS a recolher
1.491,60
27/01
64.0000
4.1.1.02.003 - COFINS 2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 014 - Obrigações Sociais COFINS a recolher
6.870,40
Total Débitos 115.034,00 Total Créditos 115.034,00 31/01
65.0000
4.1.1.04.001 - Devolução de vendas 1.1.2.01.001 - Clientes Diversos - Dupl. a receber 009 - Devolução Devoluções de venda
67.800,00
31/01
66.0000
2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 4.1.1.02.001 - ICMS 003 - Obrigações tributárias ICMS sobre vendas
12.204,00
31/01
70.0000
3.2.1.01.003 - Salários e Ordenados 2.1.1.03.002 - Salários a pagar 011 - Salários a pagar Pagamento de salários
115.000,00
31/01
71.0000
2.1.1.03.002 - Salários a pagar 3.2.1.01.004 - INSS 012 - Contribuição Previdenciária Contribuição Previdenciária
9.200,00
31/01
72.0000
2.1.1.03.002 - Salários a pagar 2.1.1.05.004 - IRRF a recolher 013 - IRRF a recolher IRRF a recolher
7.935,00
31/01
73.0000
2.1.1.03.002 - Salários a pagar 1.1.2.03.001 - Adiantamento a Funcionários 010 - Créditos de Funcionários Adiantamento salarial
46.000,00
31/01
74.0000
3.2.1.01.005 - FGTS 2.1.1.04.004 - FGTS a Recolher 014 - Obrigações Sociais FGTS a Recolher
9.200,00
31/01
75.0000
2.1.1.04.002 - PIS a recolher 4.1.1.02.002 - PIS 014 - Obrigações Sociais Pis a recolher
1.118,70
31/01
76.0000
2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 4.1.1.02.003 - COFINS 014 - Obrigações Sociais COFINS a recolher
5.152,80
31/01
77.0000
3.2.1.01.004 - INSS 2.1.1.04.001 - INSS a Recolher 014 - Obrigações Sociais Contribuição Previdenciária a recolher
32.200,00
31/01
100.0000
2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 1.1.2.04.002 - ICMS a recuperar 018 - apuração tributos a recuperar ICMS a recuperar
23.391,00
31/01
101.0000
2.1.1.04.002 - PIS a recolher 1.1.2.04.003 - PIS a recuperar 018 - apuração tributos a recuperar PIS a recuperar
2.144,17
31/01
102.0000
2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 1.1.2.04.004 - COFINS a recuperar 018 - apuração tributos a recuperar COFINS a recuperar
9.876,20
Total Débitos 341.221,87
Total Créditos 341.221,87
Total do Mês =====> Débitos: 7.229.855,26 Créditos: 7.229.855,26
34
02/02
78.0000
3.1.1.01.002 - Compras de mercadorias 2.1.1.01.001 - FORNECEDORES 008 – Compras - Compras de mercadoria a prazo
72.750,00
02/02
79.0000
1.1.2.04.002 - ICMS a recuperar 2.1.1.01.001 - FORNECEDORES 004 - Impostos a Recuperar ICMS a recuperar
18.000,00
02/02
80.0000
1.1.2.04.003 - PIS a recuperar 2.1.1.01.001 - FORNECEDORES 004 - Impostos a Recuperar PIS a recuperar
1.650,00
02/02
81.0000
1.1.2.04.004 - COFINS a recuperar 2.1.1.01.001 - FORNECEDORES 004 - Impostos a Recuperar COFINS a recuperar
7.600,00
Total Débitos 100.000,00
Total Créditos 100.000,00
05/02
82.0000
3.2.1.01.003 - Salários e Ordenados 1.1.1.01.001 - CAIXA 011 - Salários a pagar Salários e Ordenados a pagar
51.865,00
Total Débitos 51.865,00
Total Créditos 51.865,00
07/02
83.0000
2.1.1.04.004 - FGTS a Recolher 1.1.1.01.001 - CAIXA 014 - Obrigações Sociais FGTS a recolher
9.200,00
Total Débitos 9.200,00 Total Créditos 9.200,00 20/02
84.0000
2.1.1.04.001 - INSS a Recolher 1.1.1.01.001 - CAIXA 014 - Obrigações Sociais INSS a recolher
41.400,00
20/02
85.0000
1.1.2.03.001 - Adiantamento a Funcionários 1.1.1.01.001 - CAIXA 010 - Créditos de Funcionários Adiantamento de salários
50.600,00
20/02
86.0000
2.1.1.05.004 - IRRF a recolher 1.1.1.01.001 - CAIXA 003 - Obrigações tributárias IRRF a recolher
7.935,00
Total Débitos 99.935,00
Total Créditos 99.935,00
25/02
87.0000
1.1.2.01.001 - Clientes Diversos - Dupl. a receber 4.1.1.01.001 - Vendas de Mercadorias 002 - Realização de Venda Venda de mercadorias a prazo- Dupl. a Receber
500.000,00
25/02
88.0000
4.1.1.02.001 - ICMS 2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 003 - Obrigações tributárias ICMS a recolher
90.000,00
25/02
89.0000
4.1.1.02.002 - PIS 2.1.1.04.002 - PIS a recolher 014 - Obrigações Sociais PIS a recolher
8.250,00
25/02
90.0000
4.1.1.02.003 - COFINS 2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 014 - Obrigações Sociais COFINS a recolher
38.000,00
25/02
109.0000
1.1.1.02.001 - BANCO DO BRASIL S.A 2.1.1.02.002 - (-) Dupl. Descontadas 001 - Saldo Inicial de desconto de duplicatas nesta data
150.000,00
25/02
110.0000
2.2.1.01.003 - Juros a aropriar 1.1.1.02.001 - BANCO DO BRASIL S.A 001 - Saldo Inicial de VR JUROS A APROPRIAR S/ DESCONTO DUPLICATAS
15.000,00
35
Total Débitos 801.250,00 Total Créditos 801.250,00 28/02
92.0000
3.2.1.01.003 - Salários e Ordenados 2.1.1.03.002 - Salários a pagar 011 - Salários a pagar Salários a Pagar
126.000,00
28/02
93.0000
2.1.1.03.002 - Salários a pagar 3.2.1.01.004 - INSS 012 - Contribuição Previdenciária Contribuição Previdenciária
10.120,00
28/02
94.0000
2.1.1.03.002 - Salários a pagar 2.1.1.05.004 - IRRF a recolher 003 - Obrigações tributárias IRRF a recolher
8.728,50
28/02
95.0000
2.1.1.03.002 - Salários a pagar 1.1.2.03.001 - Adiantamento a Funcionários 010 - Créditos de Funcionários Adiantamento de funcionários
50.600,00
28/02
96.0000
3.2.1.01.005 - FGTS 2.1.1.04.004 - FGTS a Recolher 014 - Obrigações Sociais FGTS a recolher
10.120,00
28/02
97.0000
3.2.1.01.004 - INSS 2.1.1.04.001 - INSS a Recolher 014 - Obrigações Sociais INSS a recolher
35.420,00
28/02
103.0000
2.1.1.05.001 - ICMS a recolher 1.1.2.04.002 - ICMS a recuperar 018 - apuração tributos a recuperar ICMS a recuperar
18.000,00
28/02
104.0000
2.1.1.04.002 - PIS a recolher 1.1.2.04.003 - PIS a recuperar 018 - apuração tributos a recuperar PIS a recuperar
1.650,00
28/02
105.0000
2.1.1.04.003 - COFINS a Recolher 1.1.2.04.004 - COFINS a recuperar 018 - apuração tributos a recuperar COFINS a recuperar
7.600,00
28/02
108.0000
3.2.1.04.001 - Despesas Bancárias 2.1.1.02.003 - Juros a apropriar 021 - Juros a apropriar Despesas Financeiras
1.000,00
28/02
111.0000
3.1.1.01.001 - Cmv 3.1.1.01.002 - Compras de mercadorias 001 - Saldo Inicial de Compras
175.509,38
28/02
112.0000
3.1.1.01.003 - Devolução de Compra 3.1.1.01.001 - Cmv 001 - Saldo Inicial de Compras Canceladas
8.220,75
28/02
113.0000
3.1.1.01.001 - Cmv 1.1.3.01.001 - mercadorias para revenda 001 - Saldo Inicial de Estoque Inicial
1.596.743,00
28/02
114.0000
1.1.3.01.001 - mercadorias para revenda 3.1.1.01.001 - Cmv 001 - Saldo Inicial de Estoque Final
1.596.743,00
28/02
115.0000
4.1.1.01.001 - Vendas de Mercadorias 5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício
825.440,00
28/02
116.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 4.1.1.02.001 - ICMS
136.375,20
28/02
117.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 4.1.1.02.002 - PIS
12.501,05
28/02
118.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 4.1.1.02.003 - COFINS
57.580,64
28/02
119.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 3.1.1.01.001 - Cmv
167.288,63
36
28/02
120.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 4.1.1.04.001 - Devolução de vendas
67.800,00
28/02
121.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 3.2.1.01.003 - Salários e Ordenados
292.865,00
28/02
122.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 3.2.1.01.004 - INSS
48.300,00
28/02
123.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 3.2.1.01.005 - FGTS
19.320,00
28/02
124.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 3.2.1.04.001 - Despesas Bancárias
1.000,00
28/02
125.0000
5.1.1.01.001 - Lucros ou Prejuízo do Exercício 2.3.2.02.006 - Reserva de Lucros 001 - Saldo Inicial de
22.409,48
Total Débitos 5.297.334,63
Total Créditos 5.297.334,63
Total do Mês =====> Débitos : 13.589.439,89 Créditos : 13.589.439,89
3.3.2 BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial reflete em determinado, a situação financeira da
empresa nos períodos prefixados. É constituído por um lado denominado
Passivo e Patrimônio Líquido e o outro denominado Ativo e o ou Ativo de direito
ao Passivo e Patrimônio Líquido.
O Patrimônio Líquido evidência recursos dos proprietários aplicados na
empresa.
É bem simples encontrar o Patrimônio Líquido: subtrai do Ativo as dívidas
(Passivo) da empresa.
ATIVO – PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Dentro do Balanço Patrimonial existem os grupos das contas do Ativo e
Passivo, sendo estes:
Grupo do Ativo: agrupados de acordo com sua liquidez.
• Ativo Circulante: contas a receber, estoques, investimentos
temporários.
37
• Realizável a Longo Prazo: empréstimos ou adiantamento
concedido as sociedades coligadas ou controladas, a direitos,
acionistas.
• Permanente: investimentos, imobilizado e diferido.
Grupo do Passivo: são agrupados de acordo com seu vencimento.
• Passivo Circulante: normalmente pagas dentro de um ano; contas
a pagar, fornecedores; impostos a recolher, empréstimos bancários
com vencimento nos próximos 360 dias, provisões.
• Exigível a longo prazo: são as dívidas da empresa que serão
liquidados com prazo superior a um ano; financiamentos, títulos a
pagar, etc.
• Resultado do Exercício Futuro: receitas de exercícios futuros
diminuídas dos custos e despesas e elas correspondentes; aluguel
adiantado entre outros.
• Patrimônio Líquido: além dos investimentos dos proprietários mais
os lucros acumulados, contas de Reserva de Lucro e Prejuízo
Acumulados.
• Reserva de Capital: doações e subvenções para investimento, ágio
e deságio na emissão de ações, entre outros casos.
• Reserva de Reavaliação: são as contrapartidas de acréscimos de
valor atribuído ao Ativo Permanente em Circunstância de novas
avaliações, geralmente valor de mercado.
• Reservas de Lucro: além da Reserva legal, Reserva Estatutárias,
Reserva Orçamentária e Reserva de Lucros a Realizar.
Segue tabela do Balanço Patrimonial da empresa:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE 4.577.233,00 D DISPONÍVEL 1.413.925,00 D CAIXA 459.941,00 D Caixa 459.941,00 D BANCOS CONTAS EM MOVIMENTO 135.000,00 D Banco do Brasil S.a 135.000,00 D
38
APLICAÇÕES LIQUIDEZ IMEDIATA 818.984,00 D Aplicações Financeiras 818.984,00 D REALIZÁVEL A CURTO PRAZO 1.454.742,00 D CLIENTES - Direitos e Créditos 1.242.591,00 D Clientes Diversos - Dupl. a receber 1.242.591,00 D IMPOSTO A RECUPERAR 212.151,00 D Tributos a recuperar 212.151,00 D ESTOQUES 1.596.743,00 D MERCADORIAS PARA REVENDA 1.596.743,00 D Mercadorias para Revenda 1.596.743,00 D OUTROS ATIVOS CIRCULANTES 111.823,00 D OUTROS ATIVOS CIRCULANTES 111.823,00 D Outros Ativos Circulantes 111.823,00 D NÃO CIRCULANTE 2.267.319,00 D REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 813.817,00 D APLICAÇÕES FINANCEIRAS LONGO PRAZO 171,00 D Aplic. Financeiras Avaliadas Valor Justo 171,00 D CONTAS A RECEBER 3.570,00 D Contas a Receber 3.570,00 D IMPOSTOS DIFERIDOS 242.010,00 D Tributos Diferidos 242.010,00 D OUTROS ATIVOS NÃO CIRCULANTES 568.066,00 D Outros Ativos Não Circulantes 568.066,00 D INVESTIMENTOS 380.386,00D
D INVESTIMENTOS 380.386,00D
D Investimentos 380.386,00D
D
ATIVO IMOBILIZADO 560.067,00 D BENS EM OPERAÇÃO 560.067,00 D Máquinas e Equipamentos 560.067,00 D INTANGÍVEL 513.049,00 D BENS EM OPERAÇÃO 513.049,00 D Intangíveis 513.049,00 D TOTAL DO ATIVO =====> 6.844.552,00 D
PASSIVO
CIRCULANTE 4.322.406,52 C EXIGÍVEL 4.322.406,52 C FORNECEDORES NACIONAIS 2.566.659,00 C
39
Fornecedores 2.436.709,00 C Fornecedor a 56.500,00 C Fornecedor X 73.450,00 C EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS 989.016,00 C Empréstimos e Financiamentos 838.016,00 C (-) Dupl. Descontadas 150.000,00 C Juros a apropriar 1.000,00 C OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E SOCIETÁRIAS 296.806,50 C Obrigações Trabalhistas e Societárias 188.390,00 C Salários a pagar 108.416,50 C OBRIGAÇÕES SOCIAIS 85.151,32 C Inss a recolher 26.220,00 C Pis a recolher 8.706,88 C Cofins a recolher 40.104,44 C Fgts a recolher 10.120,00 C OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 103.712,70 C Icms a recolher 94.984,20 C Irrf a recolher 8.728,50 C OUTRAS OBRIGAÇÕES 240.929,00 C Outras Obrigações 240.929,00 C OBRIGAÇÕES FISCAIS 40.132,00 C Obrigações Fiscais
NÃO CIRCULANTE
40.132,00 C
C
1.791.594,00
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.791.594,00 C EMPRÉSTIMOS E FINANCIMENTOS 995.760,00 C Empréstimos e Financiamentos 1.010.760,00 C Juros a Apropriar 15.000,00 D OUTRAS OBRIGAÇÕES 2.553,00 C Outras Obrigações 2.553,00 C PROVISÕES 284.126,00 C Provisões 284.126,00 C LUCROS E RECEITAS A APROPRIAR 509.155,00 C Lucros e Receitas a apropriar 509.155,00 C PATRIMÔNIO LÍQUIDO 730.551,48 C CAPITAL SOCIAL 606.505,00 C CAPITAL SOCIAL 606.505,00 C Capital Social Integralizado 606.505,00 C RESERVAS 124.046,48 C RESERVAS DE CAPITAL 9.699,00 D Reservas de Capital 9.699,00 D RESERVAS DE LUCROS 132.543,48 C Reserva Legal 20.471,00 C Retenção de Lucros 89.663,00 C Reserva de Lucros 22.409,48 C
40
OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES 1.202,00 C Outros Resultados Abrangentes 1.202,00 C TOTAL DO PASSIVO
=====> 6.844.552,00 C
3.3.3 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (DRE)
Na Demonstração de Resultado (DRE) deve-se evidenciar o total de
despesas deduzidas das receitas.
Receita Bruta (Receita Operacional Bruta)
(-) Deduções
Receita Líquida (Receita Operacional Líquida)
As deduções, neste primeiro caso, correspondem as devoluções (vendas
canceladas) e os abatimentos (descontos) ocorridos no período.
Para apurar o Lucro Operacional Bruto, resumindo-se subtrai da receita
líquida o custo da mercadoria.
Receita Bruta (Receita Operacional Bruta)
(-) Deduções
Receita Líquida (Receita Operacional Líquida)
(-) Custos de Vendas
Lucro Bruto (Resultado Operacional Bruto)
O Lucro Operacional é obtido através da “diferença” entre o Lucro Bruto e
as despesas operacionais como: despesas com vendas, despesas
administrativas, despesas financeiras, outras despesas (receitas) operacionais.
Receita Bruta (Receita Operacional Bruta)
(-) Deduções
Receita Líquida (Receita Operacional Líquida)
(-) Custos de Vendas
41
Lucro Bruto (Resultado Operacional Bruto)
(-) Despesas Operacionais
Lucro Operacional
Segue a baixo a Demonstração de Resultado da empresa Magazine Luiza
S.A.:
Neste caso, o LUCRO ou PREJUÍZO do período foi de R$ 22.409,48.
3.3.4 FLUXO DE CAIXA
As Demonstrações de Fluxo de caixa, são uns dos principais relatórios
contábeis para fins gerenciais. Com a modificação da Lei nº 6.404/76 pela Lei nº
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO EM 28/02/2017
Receita Bruta de vendas e/ou serviços
Vendas de Mercadorias
825.440,00
825.440,00
(-) Deduções das receitas brutas
Devolução de vendas
67.800,00
67.800,00
ICMS
136.375,20
136.375,20
PIS
12.501,05
12.501,05
COFINS
57.580,64
57.580,64
(=) Receita Líquida de Vendas e/ou Serviços
551.183,11
(-) Custos de bens e/ou serviços vendidos
Cmv
167.288,63
167.288,63
(=) Lucro Bruto
383.894,48
(-) Despesas Operacionais
Salários e Ordenados
292.865,00
292.865,00
INSS
48.300,00
48.300,00
FGTS
19.320,00
19.320,00
Despesas Bancárias
1.000,00
1.000,00
(=) Lucro Operacional
22.409,48
(=) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
22.409,48
42
11.638/07, torna-se obrigatório, no Brasil, para as companhias abertas e as de
grande porte (Ltdas) esta demonstração.
DEMONSTRATIVO DO FLUXO DE CAIXA -
MÉTODO INDIRETO (VALORES EXPRESSOS EM REAIS)
Empresa:(0009) - MAGAZINE LUIZA S.A
CNPJ/CPF: 47.960.950/0001-21 Emitido em:
31/01/2017
End.: RUA VOLUNTARIOS DA FRANCA - 1465 - CENTRO Data de
registro:
24/10/1966
Município: Franca UF: SP
Período: Janeiro/2017 a Fevereiro/2017 NIRE:
35300104811
Atividades operacionais 2.017
Ajustes ao lucro do exercício -
Resultado do exercício 22.409,48
Mais: Depreciação e amortização -
Lucro ajustado 22.409,48
(Aumento) Redução de Ativos
Estoques -
Clientes a receber (661.590,00)
Impostos a recuperar -
Aumento (Redução) de Passivos
Fornecedores 201.700,00
Outras contas a pagar -
Impostos e contribuições a recolher 188.864,02
Obrigações com pessoal 108.416,50
43
Caixa líquido gerado nas atividades operacionais (140.200,00)
Atividades de investimento
Pagamento pela aquisição de imobilizado -
Pagamento pela aquisição de investimentos -
Caixa líquido consumido nas atividades de investiment
o
-
Atividades de financiamento
Empréstimos de curto prazo 150.000,00
Juros a apropriar (14.000,00)
Distribuição de lucros -
Caixa líquido gerado nas atividades de financiamento 136.000,00
Aumento (Redução) de caixa e equivalentes de caixa (4.200,00)
Caixa e equivalentes de caixa no final do período 1.413.925,00
Caixa e equivalentes de caixa no início do período (1.418.125,00)
Aumento (Redução) de caixa e equivalentes de caixa (4.200,00)
0,00
3.4 TEORIA DA CONTABILIDADE
Qual o real objetivo das demonstrações contábeis? Ao longo da nossa
caminhada encontramos informações sobre vários assuntos, com alguns temos
maiores afinidades e com outros não. E sobre o objetivo da publicação das
demonstrações contábeis será que muitos sabem do que se trata? Qual o
verdadeiro sentido de se publicar informações sobre o que acontece nas
finanças de uma grande empresa?
44
Segundo Júlio César Zanluca, alguns leitores de jornais e muitos com uma
intelectualidade que se destaca, ainda assim podem ser leigos em matéria de
contabilidade, para maior entendimento sobre o objetivo das demonstrações
contábeis é preciso de uma forma clara dar as informações principais.
3.4.1 OBJETIVO DAS DIVULGAÇÕES DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
3.4.1.1 Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatórios
contábil-financeiro. (cpc 00)
O Pronunciamento foi elaborado a partir do The Conceptual Framework
for Financial Reporting (BV2011), emitido pelo International Accounting
Standards Board (IASB) e sua aplicação, no julgamento do Comitê, produz
reflexos contábeis que estão em conformidade com o documento editado pelo
IASB.
De acordo com o IBRACON (NPC 27), "as demonstrações contábeis são
uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira
em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período
findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é
fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o
fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de
usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram
os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são
confiados”.
Todas essas informações, juntamente com as notas explicativas às
demonstrações contábeis, auxiliam os usuários a estimar os resultados futuros
e os fluxos financeiros futuros da entidade.
Conforme diz o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de
cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes
das demonstrações do exercício anterior.
Um conjunto completo de demonstrações contábeis inclui os seguintes
componentes:
45
• Balanço patrimonial;
• Demonstração do Resultado;
• Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, podendo ser
substituído pela demonstração das mutações do patrimônio
líquido;
• Demonstração dos fluxos de caixa;
• Demonstração do valor adicionado, se divulgada pela entidade; e
• Notas explicativas, incluindo a descrição das práticas contábeis.
3.4.2 BALANÇO PATRIMONIAL
Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a relatar numa
determinada data qualitativa e quantitativamente, a posição patrimonial e
financeira da Entidade. Exemplifica qual é a posição patrimonial de uma empresa
em um exato momento. Para facilitar o conhecimento e a análise da situação
financeira da empresa as contas deverão ser classificadas segundo os
elementos do Patrimônio, sendo assim a lei veio para padronizar o modo de
como seria montado esse Balanço para que todos façam da mesma maneira.
Conforme Lei 6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187) e Normas Brasileiras de
Contabilidade, o Balanço Patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e
pelo Patrimônio Líquido.
De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações
de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores
correspondentes das demonstrações do exercício anterior, para fins de
comparação.
Após ter efetuado todos os lançamentos de encerramento do exercício,
no livro diário, devem ser transcritos também o balanço patrimonial e a
demonstração do resultado do exercício, além da demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados, com a data e assinatura dos administradores e do
responsável pela contabilidade, com respectivo CRC.
46
3.4.3 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (DRE)
O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das
Sociedades por Ações) instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício.
A DRE é um relatório onde mostra se a empresa obteve lucro ou
prejuízo, levando em consideração o faturamento, ou seja, as receitas,
abatendo o custo das mercadorias ou serviços vendidos consolidando os
saldos finais das contas de resultado em um determinado período de tempo (ao
término do exercício) São compostas pelos valores ao qual se consegue
negociar as mercadorias. Na DRE contém:
• Receita
• Tributos incidentes sobre as vendas
• Devolução
• Despesas Operacionais,
• Outras despesas Operacionais
3.4.4 DMPL (DEMONSTRAÇÃO DA MUTAÇÃO DO PATRIMÔNIO LIQUIDA).
Por meio de reservas, ajustes, dividendos e o Lucro do Exercício, a
demonstração evidencia quais foram as modificações que ocorreram nos
períodos no patrimônio líquido da empresa.
3.4.5 DFC (DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA)
A DFC passou a fazer parte das demonstrações Contábeis a partir do
advento da Lei 11.638/07, entrando no lugar da DOAR. A DFC evidencia a
geração de caixas da empresa:
• Pelas atividades de investimento,
• Atividades de financiamento
• Atividades operacionais da empresa.
47
3.4.6 DVA (DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO)
Essa demonstração mostra como os resultados da empresa foram
destinados. “Em um cenário global, a demonstração se torna fator chave para o
setor público, a demonstração se torna parâmetro para as decisões em incentivar
empresas a se instalarem nos municípios. ”
Ao final de um exercício todas as demonstrações são apresentadas
juntamente e explicadas por meio das “Notas Explicativas”, onde serão expostas
as práticas contábeis, as estimativas e demais explicações referentes ao
patrimônio e resultado da empresa.
3.4.7 GRUPOS DE INTERESSES
As informações geradas após as explicações das decorrentes
demonstrações contábeis poderão ser destinadas aos diversos usuários,
exemplos:
• Os investidores: As informações prestadas serão úteis para ajuda-
los a decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos,
os acionistas também estão interessados em informações que os
permitam avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendo.
• Fornecedores: Os fornecedores e outros credores necessitam de
informações que lhes permitam avaliar se as os valores que lhes
são devidos serão pagos nos respectivos vencimentos.
• Clientes: Os clientes têm interesse em informações sobre a
continuidade operacional da entidade, especialmente quando têm
um relacionamento a longo prazo com ela, ou dela dependem
como fornecedor importante.
• Funcionários: Os empregados e seus representantes tem interesse
em saber sobre a estabilidade e a lucratividade de seus
empregadores. Também se interessam por informações que lhes
permitam avaliar a capacidade que tem a empresa tem prover sua
48
remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas
oportunidades de emprego.
• Bancos: Seu maior interesse é obter informações que lhes
permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus
empréstimos e os correspondentes juros no vencimento.
• Governo e suas Agências: Os governos e suas agências estão
interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades
das entidades. Necessitam também de informações a fim de
regulamentar as atividades das entidades, estabelecer políticas
fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e
estatísticas semelhante.
• Público: O público é afetado pelas entidades de diversas maneiras,
algumas delas podem fazer, por exemplo, contribuição substancial
à economia local de vários modos, um deles pode ser empregando
pessoas e utilizando fornecedores locais, pode também ajudar o
público com informações sobre a evolução do desempenho da
entidade e os desenvolvimentos recentes.
Como afirma o Conselho Regional de Contabilidade de Rondônia:
Qualquer cidadão poderá ter essas informações como fator fundamental no dia a dia É importante saber a saúde da empresa, se existem informações em Nota explicativa sobre a saída de linha de algum veículo. Como também a compra de um imóvel: “Será que a construtora tem Capital suficiente para lentar o apartamento que estou comprando na Planta?
Em algumas partes do mundo os interesses dos funcionários e dos
estados são colocados no mesmo patamar dos acionistas pois, a importância
dos acionistas nas empresas é menor e o efeito dessa posição é a mudança na
divulgação. Algumas empresas como as francesas são obrigadas a apresentar
o balanço social a um conselho de funcionários da empresa a cada ano, nesse
balanço deve conter os seguintes critérios:
• Emprego
• Custos associados a salários (pacotes de benefícios)
• Proteção à saúde e à segurança.
49
• Outras condições de trabalho.
• Treinamento de funcionários.
• Relações industriais.
• Outras condições de vida relacionadas á empresa, incluindo
alojamento e transporte proporcionados a empregados da
empresa.
Ainda há discussões acerca da conveniência da contabilidade de
Recursos Humanos, principalmente nos Estados Unidos, mas alguma empresa
têm começando a preparar relatórios financeiros tendo em vista seus
funcionários especificamente, um exemplo de empresa é a Anglo American.
Mesmo quando a ideia é de que há necessidade de dar informações
dessas divulgações contábeis para uma audiência mais ampla, ainda assim não
se torna mais específica.
3.4.8 NÍVEIS DE DIVULGAÇÃO
A divulgação cobre coisas distintas como a discussão e análise pela
administração, notas explicativas e demonstrações complementares. Uma
empresa além de sua forma de divulgação interna também tem sua divulgação
proveniente de fontes externas e faz parte do sistema completo de divulgação.
O Comitê de padrões contábeis internacionais (IASC) expõe a seguinte
declaração que é coerente com o APB 22 CLOUSERS 1972:
As demonstrações financeiras devem ser claras e compreensíveis. Baseiam-se em políticas contábeis que variam de empresa para empresa tanto dentro de um mesmo um país quanto de um país para o outro. A divulgação das políticas contábeis mais importantes, nas quais as demonstrações financeiras estão baseadas, é, portanto, necessária para que as demonstrações possam ser adequadamente atendidas
Já a FASB relata o seguinte que o conhecimento significa representação
de um item em palavras e em números, e os valores totais são incluídos nas
demonstrações financeiras, a divulgação por outros meios não é considerada
conhecimento.
50
Apesar de toda literatura de regulamentação, a administração de uma
empresa tem liberdade para decidir se deve ou não fornecer informações sobre
as várias contas de capital no balanço ou nas notas explicativas, pois até o
momento a FASB ainda não adotou uma posição sobre a localização ideal de
informações em geral.
Com base na (CPC -00) e tendo em vista suas finalidades distintas e
necessidades diversas objetivam fornecer informações que sejam úteis na
tomada de decisões e avaliações por parte dos usuários em geral, não tendo o
propósito de atender finalidade ou necessidade específica de determinados
grupos de usuários. As demonstrações Contábeis são úteis para tomadas de
decisões econômicas como:
• Valor decidir quando comprar mantiver ou vender um investimento
em ações;
• Avaliar a Administração quanto à responsabilidade que lhe tenha
sido conferida, qualidade de seu desempenho e prestação de
contas;
• Avaliar a capacidade da entidade de pagar seus empregados e
proporciona-lhes outros benefícios.
avaliar a segurança quanto à recuperação dos recursos financeiros
emprestados à entidade;
• Determinar políticas tributárias;
• Determinar a distribuição de lucros e dividendos;
Regulamentar as atividades das entidades.
Itens como relatórios da administração, comentários e análises gerenciais,
relatórios do presidente da entidade e itens semelhantes que possam ser
incluídos em um relatório anual ou financeiro não se incluem nas Demonstrações
Contábeis.
As demonstrações contábeis são elaboradas modelo baseado no custo
histórico recuperável e no conceito da manutenção do capital financeiro nominal.
Outros modelos e conceitos podem ser considerados mais apropriados para
atingir o objetivo de proporcionar informações que sejam úteis para tomada de
decisões econômicas, embora não haja presentemente consenso nesse sentido.
51
Finalidade e status esta Estrutura Conceitual estabelece os conceitos que
fundamentam a elaboração e a apresentação de demonstrações contábeis
destinadas a usuários externos.
3.4.9 ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Nas demonstrações contábeis são encontradas informações onde são
retratados os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e outros eventos,
de acordo com suas características econômicas. Os elementos que fazem parte
da composição patrimonial e financeiros são os ativos, passivos e o patrimônio
líquido. Já a mensuração do desempenho na demonstração do resultado é
composta pelas receitas e pelas despesas.
A fim de mostrar as informações de maneira mais útil aos usuários, os
elementos apresentados são subclassificações, facilitando nas tomadas de
decisões econômicas.
Segundo Prof. Moraes Júnior a definição dos elementos diretamente
relacionados com a posição patrimonial e financeira é:
Ativos: É um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos
passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para
entidade. Um ativo pode ser trocado por outros ativos;
• Um ativo pode ser utilizado para liquidar um passivo; ou
• Um ativo pode ser distribuído aos proprietários da entidade.
Pode também ter a forma de conversibilidade em caixa ou equivalentes
de caixa ou pode ainda ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como no caso
de processo industrial alternativo que reduza os custos de produção (CPC-00)
Passivo: Obrigação presente na entidade derivada de eventos passados
cuja liquidação se espera que resulte na saía de recursos, se a entidade tiver
uma obrigação presente a existência do passivo é uma característica essencial.
Deve-se fazer uma distinção entre obrigação presente e compromisso futuro. A
decisão da administração de uma entidade para adquirir ativos no futuro não dá
origem, por si só, a uma obrigação presente.
52
Patrimônio Líquido- O patrimônio líquido é composto pelo capital social
da entidade, lucros retidos, reservas resultantes da retenção de lucros e reservas
que representam ajustes para a manutenção do capital da entidade.
Algumas reservas de retenção de lucros, também conhecidas
simplesmente como reservas de lucros, são estabelecidas no estatuto da
entidade ou em lei. Como exemplo, a reserva legal é uma reserva legal
estabelecida pela Lei nº 6.404/76 (Lei das Sociedade por Ações).
Deve-se reforçar a ideia de que a transferência de lucro acumulados
(lucros retidos) para as reservas de lucros ou reservas de capital não constituem
despesas da entidade.
Desempenho
Por meio do somatório das receitas e despesas (elementos diretamente
relacionados à apuração do resultado), é possível medir o desempenho
(performance) da entidade. Podemos ter como exemplo o fato de ser é possível
medir o retorno do investimento, o resultado por ação, o lucro por dividendos,
entre outros. De acordo com o Pronunciamento (CPC-00 parte 8):
Receitas e Despesa
(As questões de receitas despesas de acordo com Niyama; Jorge
katsumi; silva, césar Augusto Tibúrcio, pág 209, 3° edição) são de interesse
direto do usuário das demonstrações contábeis por afetarem a apuração do
resultado do exercício.
Receitas: São aumentos nos benefícios econômicos durante o período
contábil, sob a forma de entrada de recursos ou do aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que
não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos
patrimoniais.
Segundo a Iasb receitas são ‘aumentos nos benefícios econômicos
durante o período contábil, sob a forma de entrada de recursos ou aumento de
ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumento do patrimônio
líquido, e não se confundem com os que resultam de contribuição dos
proprietários da entidade”
53
Despesas: São decréscimos nos benefícios econômicos durante o
período contábil, sob a forma de saída de recursos ou da redução de ativos ou
assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que
não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos
patrimoniais.
Ajustes para manutenção de capital
A reavaliação ou a atualização de ativos e passivos caracterizam
aumentos ou a diminuições do patrimônio líquido. Mesmo que tais aumentos ou
diminuições se enquadrem na definição de receitas e de despesas, sob certos
conceitos de manutenção de capital eles não são incluídos na demonstração do
resultado. Em vez disso, esses itens são mencionados no patrimônio líquido
como ajustes para manutenção do capital ou reservas de reavaliação.
Custo Histórico e Recuperável: (CPC 01 - Parte 3) Maior valor entre o
valor justo líquido de despesas de venda de um ativo ou de unidade geradora de
caixa e o seu valor em uso. Caso o valor justo líquido de despesas de venda ou
o valor em uso de um ativo ultrapasse o valor contábil desse ativo, não é
necessário calcular o valor recuperável, tendo em vista que não há perda por
desvalorização. As demonstrações contábeis são elaboradas modelo baseado
no custo histórico recuperável e no conceito da manutenção do capital financeiro
nominal. Outros modelos e conceitos podem ser considerados mais apropriados
para atingir o objetivo de proporcionar informações que sejam úteis para tomada
de decisões econômicas, embora não haja presentemente consenso nesse
sentido.
3.4.10 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL-
FINANCEIRA ÚTIL
As características qualitativas são responsáveis por identificar os diversos
tipos de informação, tornando-os mais úteis para os investidores e credores, seja
eles por empréstimos ou outros credores. Essas características são muito
importantes para as tomadas de decisões nas entidades. (CPC-00 capítulo3),
54
porém essas características podem ser aplicadas de forma diferente para
diferentes tipos de informação.
3.4.10.1 Características Úteis
Relevância - Essa informação tem como característica principal fazer
diferença nas decisões tomadas pelos usuários. Para esse fim é necessário que
os usuários tenham conhecimento razoável dos negócios como também da
atividade econômica da empresa e de contabilidade. As informações são
relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos usuários,
ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou
confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores.
Materialidade - A relevância da informação ou valores é afetada pela sua
natureza e materialidade. Há casos em que a natureza da informação é
suficiente para determinar sua relevância, em outros casos a natureza e
materialidade são igualmente importantes. Exemplo: Os valores dos estoques
existem em cada uma das principais classes, conforme a classificação
apropriada do negócio.
Não se pode especificar um limite quantitativo uniforme para
materialidade ou predeterminar o que seria julgado material para uma situação
particular (CPC-OO).
Representação fidedigna - Os relatórios contábil-financeiros
representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser útil, a
informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno
relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que
se propõe representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a
realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa neutra e
livre de erro. A informação será completa quando trouxer, por exemplo, o seu
valor, explicações adicionais de fatos relevantes, descrição da natureza do item
patrimonial etc. etc. Entretanto, uma representação fidedigna não quer dizer que
a informação seja perfeitamente exata em todos os aspectos, mas deve ser
produzida a partir de um processo livre de erros. No caso de uma estimativa de
55
uma provisão, por exemplo, o valor pode não ser exato, mas o método adotado
para obtenção desse valor deve ser livre de erros.
Levando em consideração os Pronunciamentos Contábeis, o processo
mais adequado e mais efetivo para aplicação das características qualitativas
fundamentais seria:
• Identificar o fenômeno econômico que tenha potencial de ser útil
para os usuários da informação;
• Identificar o tipo de informação sobre o fenômeno que seria mais
relevante se estivesse disponível e que poderia ser representada
com fidedignidade; e
• Determinar se a informação está disponível e pode ser
representada com fidedignidade.
3.4.10.2 Características De Melhoria
Comparabilidade - A comparabilidade é uma característica útil ao
usuário, para que os mesmos possam comparar a as informações contábeis de
uma entidade ao longo do tempo, com o propósito de identificar tendência na
sua posição patrimonial, financeira e no seu desempenho , poderão também ser
capazes de avaliar de avaliar as mutações nas posições financeiras .Todas as
práticas contábeis e elaboração das demonstrações devem ser informadas aos
usuários e quaisquer outras mudanças nessa prática. A comparabilidade
diferente de outras características qualitativas, não está relacionada a apenas
um item, a comparação requer no mínimo dois itens. (CPC-00)
Tempestividade - Oferece de forma confiável, informação de execução
de decisão dentro do tempo, pois se há demora indevida na divulgação de uma
informação é possível que ela perca a relevância.
Compreensibilidade - Existem certos fenômenos difíceis de serem
compreendido, por esse motivo a compreensibilidade traz como característica
principal formas de apresentar as informações com clareza e concisão para
serem melhor interpretadas. Os relatórios contábeis precisam ser completos,
pois a exclusão de partes do mesmo poderia facilitar o entendimento, porém as
56
informações ficariam incompletas. Relatórios contábeis necessitam que os
usuários tenham certo entendimento e conhecimento razoável do negócio.
• Identificar o tipo de informação sobre o fenômeno que seria mais relevante
se estivesse disponível e que poderia ser representada com
fidedignidade; e
• Determinar se a informação está disponível e pode ser representada com
fidedignidade.
3.4.11 PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE- RESOLUÇÃO, N°750/93 E CFC N°
1.282/10
Estes princípios devem conter três características que ocorram
simultaneamente: ser úteis (quando deles resultarem informações significativas
e valiosas aos usuários das demonstrações contábeis), objetivos (quando as
informações resultantes de suas aplicações não acabarem sofrendo influência
por inclinações pessoais ou prejuízo dos que a fornecem) e praticáveis (quando
podem ser adotados sem complexidade ou custos indevido). Os princípios são
aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo
objeto é o Patrimônio das Entidades.
O artigo 8º, seu parágrafo único, e os incisos I, II e III, que tratavam do
Princípio da Atualização Monetária foram revogados pela Resolução CFC nº
1282/10.
São Princípios de Contabilidade:
a) Entidade;
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único. O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de
57
patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
Como comentado no portaldeauditoria.com o Princípio da ENTIDADE
reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no
universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. (Não deve se confundir com
a riqueza patrimonial de seus sócios ou acionistas, ou proprietário individual e
nem sofrer os reflexos das variações nela verificadas.)
b) Continuidade;
O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos
componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância, determina que
a entidade é um empreendimento em andamento, com intenção de existência
indefinida, ou por tempo de duração indeterminado, devendo sobreviver aos
seus próprios fundadores e ter seu patrimônio avaliado pela sua potencialidade
de gerar benefícios futuros (lucros), e não pela sua capacidade imediata de ser
útil somente à entidade. Como o próprio nome diz a empresa deve ter
continuidade, é função de a contabilidade aprimorar pela continuidade da
empresa. O Auditor Independente emite parecer sobre as condições em que a
contabilidade de encontra: consistência, observação dos regimes, é obrigação
do Auditor ressalvar em seu parecer se, por algum motivo, a empresa está em
situação de descontinuidade.
c) Oportunidade;
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.
58
O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras
e tempestivas.
d) Registro pelo Valor Original;
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do Patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: Custo histórico, Variação do custo histórico. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e
passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
Custo corrente, valor realizável, valor presente, valor justo, atualização
monetária. Sua aplicação é importante para a Contabilidade na medida em que
ele descarta a possibilidade do uso de valores subjetivos para o registro dos
bens, estabelecendo que seja utilizado o valor que a entidade sacrificou no
momento de sua aquisição.
e) Competência
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem,
independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio
da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de
despesas correlatas.
Estabelece que as receitas e as despesas devam ser atribuídas aos
períodos de sua ocorrência, independentemente de recebimento e pagamento.
A receita ou a despesas deve ser contabilizada no momento em que ela
aconteceu e não quando foi recebida ou paga, respectivamente.
É um dos principais princípios da contabilidade, onde muitos profissionais
da área não entendem sua aplicação.
f) Prudência
59
art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10).
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se
apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
3.5 ANÁLISE DE NORMAS E PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
3.5.1 ATIVO INTANGÍVEL – CPC 04
Os ativos intangíveis estão mais presentes nas empresas hoje do que se
pode imaginar, e você talvez ainda não os tenha reconhecidos por que nada
mais são do que ativos sem corpo físico, ou seja, identificáveis. Porém não
subestime sua importância na hora do sucesso de uma empresa, principalmente
em relação a marca, patente, direitos autorais, entre outros exemplos não menos
importantes.
Também podemos chamá-los de bens e direitos intangíveis, que mesmo
não podendo ser tocados fisicamente, com certeza podem ser vendidos,
transferidos e negociados. Assim, se tornando um ativo não monetário
identificável. Mesmo assim eles são contabilizados e caso algum valor não
cumpra as características que serão citadas abaixo se tornará um gasto incorrido
na sua aquisição ou geração interna devendo ser reconhecida como despesa.
A contabilização do ativo deve ser realizada na data do investimento, seja
pelo pagamento ou pela assunção da obrigação correspondente, a débito da
60
conta ativa (Não Circulante) e a crédito da conta originadora dos recursos (Ativo
ou Passivo).
Algumas características devem ser levadas em conta quando se fala de
Ativo Intangível, assim como a Lei 11.638 de 2007 especifica exigências claras
para que este ativo faça parte do subgrupo de ativos não circulantes, sendo elas:
• O valor do ativo intangível deve ser mensurado com segurança;
• Devem ser comprovados os benefícios gerados por esse ativo em
favor da entidade;
• O ativo intangível pode ser identificável e separável do patrimônio
da empresa, (pode ser vendido, transferido, alugado) como já
citado anteriormente.
Existem, entretanto, duas partes de extrema importância quando se diz
respeito a avaliação de um ativo intangível, a primeira que são as propriedades
da empresa:
• Marca
• Sustentabilidade
• Relacionamento
• Governança
• Inovação
• Conhecimento
• Talentos
• Tecnologia
E a segunda, tão importante quanto a primeira, a chamada
“stackholders”:
• Clientes
• Mercados
• Consumidor
• Funcionários
Essas partes abrangem a parcela da empresa que mais se desenvolve
hoje em dia e uma é interligada a outra de forma a trabalharem juntas. Como
61
mostrado os intangíveis são muito bem organizados dentro da contabilidade e
por isso estão divididos em quatro grupos:
• Institucional: ligado a marca da empresa, imagem da empresa,
missão e valores
• Intelectual: produção da empresa, tudo o que vier dela, como por
exemplo a criação de um software
• Organizacional: é a organização e ajustes da empresa conforme a
demanda
• Relacionamento: é a interação da empresa com o exterior ao seu
– clientes, fornecedores, concorrentes, etc.
Para melhor compreensão pense agora naquela marca que você já
procurou devido a ser conhecida, com boa reputação e com um conjunto de
todas as boas qualidades que passam a sua cabeça, é certo que grande parte
se não a maioria desses requisitos são ativos intangíveis, tudo o que já leu até
agora faz com que os direitos de ambas as partes do mercado fiquem satisfeitas.
Já pensou em quanto deve custar apenas o nome “Coca-cola”? Pois a
resposta vai te surpreender, esse ativo intangível custa nada mais e nada menos
que 79,213 bilhões de US$, segundo o site G1 Globo. E outros exemplos estão
a todo momento surgindo em novas marcas. Mas como contabilizar tudo isso?
Bom, primeiro você deve entender que terá que dar dois passos rumo ao
ativo intangível desejado, primeiro contabilizar o custo que foi necessário
inicialmente levando-o até a conta de “Ativo intangível em andamento” e depois,
o segundo passo com o ativo já concluído deve-se transferir para uma conta
definitiva “Intangível”. E não é tão simples quanto parece, todos esses gastos
incluem preço de compra, impostos, descontos comerciais e abatimentos e os
custos da preparação do ativo.
Exemplo:
• Assinatura do “Contrato de Direito de Uso do Software ou de um
direito autoral”
Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:
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• Custos com a Mão de Obra dos empregados incorridos
diretamente para que o ativo fique em condições operacionais (de
uso ou funcionamento);
• Honorários profissionais diretamente relacionados para que o ativo
fique em condições operacionais; e
• Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
adequadamente.
Exemplo do Direito Autoral por 10 anos:
D – Direitos autorais
C - Bancos
Pela amortização mensal
D – Despesas com amortização de direitos autorias
C – Amortização acumulada de direitos autorias
3.5.2 AJUSTE A VALOR PRESENTE – CPC 12
Basicamente é trabalhado a questão do tempo quando se diz respeito ao
Ajuste a Valor Presente, bem como a atualização e a apuração de todo ativo
realizável e passivo exigível na contabilidade, mas isso, de acordo com os
descontos que considerem os juros embutidos pré-fixados. Usa-se também o
termo AVP para o Ajuste a Valor Presente e não se deve deixar de lado que
todos os demais ativos e passivos de curto prazo só devem ser ajustados se
tiverem relevância nas demonstrações contábeis.
Enfim, não há melhores palavras para descrever o AVP do que as de
Sergio Iudícibus (2010) que afirma que:
[...] o ajuste é um mecanismo legal que faz com que a empresa exclua dos seus créditos ou das suas obrigações em longo prazo, os juros embutidos na operação, apresentando assim o valor líquido deste, ao final da transação, de uma estimativa atual de um fluxo de caixa que vai ocorrer no futuro. Este modelo propicia alocar uma estimativa de um valor que ainda irá ocorrer, trazendo ao presente.
63
Dentre várias vantagens e claro, confiabilidade do AVP, algumas outras
tem destaque no momento da contabilização dos ativos da organização, como:
• Incremento do valor preditivo da Contabilidade;
• Permite a correção de julgamentos acerca de eventos passados já
registrados;
• E traz melhoria na forma pela qual eventos presentes são
reconhecidos.
Referentemente as taxas de juros podem ser explícitas ou implícitas,
sendo elas, diferentes entre si. A primeira dando relevância a data da origem da
transação onde ocorrerá o processo de comparação dos juros da operação e
dos juros do mercado. Já na segunda, estima-se a taxa de juros da transação e
é considerado apenas a taxa de juros do mercado.
Para o CPC 12, a AVP representa a forma de demonstrar no presente o
fluxo de caixa futuro, esperando sempre que não haja distorção nas
demonstrações contábeis, ligados aos juros embutidos nessas operações. A
utilização da AVP consiste na finalidade do valor presente, mas o que isso
significa? Valor presente "é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa
futuro". Para determinar este valor de um fluxo de caixa, três informações
indispensáveis: valor do fluxo futuro (considerando todos os termos e as
condições contratados), data do referido fluxo financeiro e taxa de desconto
aplicável à transação.
Ainda de acordo com o CPC deste procedimento a Divulgação do mesmo
deve ser por evidenciação em nota explicativa, devendo ser prestadas
informações mínimas que permitam que os usuários das demonstrações
contábeis obtenham entendimento inequívoco das mensurações a valor
presente levadas a efeito para ativos e passivos, compreendendo o seguinte rol
não exaustivo:
• Descrição pormenorizada do item objeto da mensuração a valor
presente,
• Natureza de seus fluxos de caixa (contratuais ou não) e, se
aplicável, o seu
• Valor de entrada cotado a mercado;
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• Premissas utilizadas pela administração, taxas de juros
decompostas por
• Prêmios incorporados e por fatores de risco (risk-free, risco de
crédito, etc.),
• Montantes dos fluxos de caixa estimados ou séries de montantes
dos fluxos de
• Caixa estimados, horizonte temporal estimado ou esperado,
expectativas em
• Termos de montante e temporalidade dos fluxos (probabilidades
associadas);
• Modelos utilizados para cálculo de riscos e inputs dos modelos;
• Breve descrição do método de alocação dos descontos e do
procedimento
• Adotado para acomodar mudanças de premissas da
administração;
• Propósito da mensuração a valor presente, se para
reconhecimento inicial ou CPC_12
• Nova medição e motivação da administração para levar a efeito tal
procedimento;
• Outras informações consideradas relevantes.
O exemplo abaixo esclarece na prática como acontece o procedimento de
AVP:
A empresa Auto-J S.A. efetuou as seguintes transações no mês de
dezembro de X1:
a) Em 01 de dezembro contraiu financiamento prefixado, em 36 meses,
para aquisição de equipamento, com pagamento mensal no valor de R$ 2.000,00
e taxa de 1,5% ao mês.
Assim temos:
n = 36
i = 1,5% a.m.
PMT (Prestação) = R$ 2.000,00
65
Financiamento = R$ 72.000,00
VP (Valor Presente) = ? PMT .
n = 1 (1 + i) n
VP = R$ 55.321,37
- Contabilização
D- Máquinas e Equipamentos 55.321,37
C- Financiamento 72.000,00
D- Encargos a apropriar 16.678,63
Em 31/12/X1:
Apropriar 1/36 de R$ 16.678,63 = R$ 463,30
D- Despesas Financeiras 463,30
C- Encargos a apropriar 463,30
OBS.: Sempre deverá ser consultado o valor à vista do bem que, se
inferior ao valor presente do contrato, prevalecerá como valor do ativo.
3.5.3 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS – CPC 20
A definição de custos de empréstimos não é difícil de se entender. São
conhecidos como juros e também outros custos em relação ao empréstimo de
recursos.
Destaca-se então a parte desses custos os que são diretamente
atribuíveis a aquisição, construção ou produção de ativos qualificáveis, podendo
também dizer que são todos aqueles que teriam sido evitados se não houvessem
custos com os ativos qualificáveis.
Ativo qualificável trata-se de todo ativo que leva um tempo considerável
para se torna apto para ser usado ou vendido, ressaltando a importância de um
pré-julgamento sobre o quão considerável é. Alguns exemplos de ativos
qualificáveis são:
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• Estoques;
• Plantas Industriais de manufatura;
• Usinas de geração de Energia;
• Ativos Intangíveis; e
• Propriedade para Investimento.
Quando há o início da capitalização a entidade deve iniciar os custos de
empréstimos como parte do custo de uma ativo qualificável na data inicial com
três condições complementares: incorrer gastos ou transferências com o ativo
ou assunção de passivos onerosos. Bem como incorrer custos com o
empréstimo e engajar-se em preparos do ativo até seu destino final.
A capitalização dos juros de empréstimos só será suspensa quando
ocorrer interrupção na extensão de períodos destinados as atividades de
desenvolvimento do ativo qualificável. E por fim, deve-se finalizar a capitalização
dos custos de empréstimos quando substancialmente todas as atividades
necessárias ao preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos
estiverem prontas, isso geralmente ocorre quando a construção física do ativo
estiver finalizada, mesmo que trabalho administrativo de rotina, como: atividades
associadas à obtenção de permissões, possa ainda continuar.
A ideia geral da norma é determinar o montante dos custos dos
empréstimos elegíveis à capitalização como sendo aqueles efetivamente
incorridos sobre tais empréstimos durante o período, menos qualquer receita
financeira decorrente do investimento temporário de tais empréstimos. Exemplo:
Em 10 de Março de 20x9, a empresa ABC captou um empréstimo de
R$10.000,00 incorrendo em juros de R$1.000,00. A mesma empresa só
começará a gastar com o ativo qualificável em 30 de março de 20x9. Nesses 20
dias, entre 10 de março de 20x9 e 30 de março de 20x9, a empresa aplica, como
instrumento de gestão do caixa, o dinheiro em um investimento temporário,
obtendo em receita financeira de R$700,00. O custo do empréstimo nesse caso
seria capitalizado pelo líquido entre os juros na obtenção do empréstimo e a
receita na aplicação dos investimentos temporários, neste caso de R$300,00.
Em relação a divulgação, a entidade deve evidenciar a totalidade dos
custos capitalizados durante o período e a taxa de capitalização usada no
67
montante dos custos de empréstimos, sendo que essa taxa de aplicação é a que
determina o montante dos custos dos empréstimos elegíveis a capitalização
quando a entidade pega emprestado os recursos sem destinação e os usa para
obter um ativo qualificável.
3.5.4 ATIVO IMOBILIZADO – CPC 27
O professor Sérgio Iudicibus (2010) traz um conceito mais objetivo ao
tratar deste tema: os ativos imobilizados são bens intangíveis que são utilizados
na produção ou destinados a aluguel, usados na administração e na prestação
de serviços. Conclui que se espera que sejam usados por mais de um ano e que
os valores abordados sejam relevantes, sendo estabelecido por cada entidade.
Ainda sobre isto, destaca-se que a norma não prescreve o critério de
materialidade utilizado para definir se um ativo deve ser reconhecido ou como
deva ser reconhecido.
Os ativos imobilizados também estão relacionados com os custos das
benfeitorias realizadas em bens locados ou arrendados, os recursos aplicados
ou já destinados à aquisição de bens de natureza tangível, mesmo que ainda
não em operação, tais como construções em andamento, importações em
andamento e muito mais.
De acordo com o CPC 27 o objetivo deste Pronunciamento é estabelecer
o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os usuários das
demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento
da entidade em seus ativos imobilizados, bem como suas mutações. Os
principais pontos a serem considerados na contabilização do ativo imobilizado
são o reconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valores contábeis e
os valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem reconhecidas
em relação aos mesmos.
Existem ainda diversos custos relacionados ao Ativo Imobilizado, bem
como:
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• Seu preço de compra, acrescido de impostos de importação e
impostos não recuperáveis sobre a compra, após deduzidos os
descontos comerciais e abatimentos;
• Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no
local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar
da forma pretendida pela administração;
• Custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do
local no qual este está localizado. Tais custos representam a
obrigação em que uma entidade incorre quando o item é adquirido
ou como consequência de o usar durante um determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoques durante esse
período
Dentre esses custos diretamente atribuíveis estão os:
• Custos de benefícios aos empregados
• Custos de preparação do local;
• Custos iniciais de frete e de manuseamento;
• Custos de instalação e montagem;
• Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando
corretamente,
• Honorários profissionais, contratados para fazer funcionar o
equipamento.
Mas não para por aqui, haverá entretanto necessidade de peças de
reposição, manutenção ou sobressalentes quando adquirido em quantidade
maior e de uso não imediato, por exemplo, deve ser contabilizado inicialmente
em Estoque de Material de manutenção, e pelas requisições serem transferidos
para conta de Despesas de Manutenção.
3.5.5 ESTOQUES – CPC 16
É possível definir estoque através de três características específicas:
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• Mantidos para venda no curso normal dos negócios;
• Em processo de produção para venda; ou
• Na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou
transformados no processo de produção ou na prestação de
serviços.
Esse pronunciamento tem como principal função a orientação dos
sistemas de custo, reconhecimento de despesa e receitas no estoque. A não ser
os que não se enquadram nesse CPC, como os estoques de instrumentos
financeiros, produção em andamento proveniente de contratos de construção e
ativos biológicos agrícolas.
A mensuração de estoque deve conter o valor de custo e o valor realizável
liquido, dentre eles, o menor. Valor realizável líquido nada mais é segundo o
próprio CPC que o preço de venda estimado no curso normal dos negócios
deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados
necessários para se concretizar a venda.
Existem dois tipos de custos relacionados a armazenagem de materiais:
os custos variáveis e os fixos. As variáveis são os custos ligados a manutenção,
materiais operacionais e instalações, obsolescência e deterioração e custos de
perda. Já os fixos são os que estão ligados aos equipamentos de armazenagem
e manutenção, seguros, benefícios a funcionários e folha de pagamentos e
utilização do imóvel e mobiliário.
Entretanto ainda existem outros tipos de custos, os que estão associados
a gestão de estoques, separados em três áreas principais, são eles:
• Custo de manutenção de estoque: relacionado a quantidade de
armazenamento e ao tempo de estocagem, também é importante
ressaltar que haverá consideração no valor unitário do produto.
Dentro deste existe o custo de oportunidade de capital, que
representa o investimento do capital em estoque ao invés de
investimento em outra atividade econômica, este, é o mais
importante relacionado.
• Custos de pedido: Estes podem ser tanto custos variáveis como
fixos. Embora os dois estejam relacionados a encomenda, são
70
diferentes entre si. O primeiro relaciona-se ao preço unitários dos
determinados artigos encomendados, e o segundo corresponde
aos custos do envio da encomenda, entre o recebimento e
inspeção da mesma.
• Custos de falta: É o nome dado ao período de tempo onde não há
na entidade estoque suficiente para suprir a procura dos clientes.
Alguns exemplos são: perda e venda, imagem da empresa
pejorativa, utilização de planos de contingência, etc.
Para fins de reconhecimento e divulgação dos custos de estoques Sérgio
Iudícibus (2010) conclui que, será no momento da venda, sendo reconhecidos
como despesa, lançamento – CMV – Custo da Mercadoria Vendida.
3.5.6 RECEITAS – CPC 30
Segundo o próprio pronunciamento, Receita é o ingresso bruto de
benefícios econômicos durante o período observado no curso das atividades
ordinárias da entidade que resultam no aumento do seu patrimônio líquido,
exceto os aumentos de patrimônio líquido relacionados às contribuições dos
proprietários.
Com base nisso, seu principal objetivo é estabelecer o tratamento contábil
de receitas relacionadas a determinados tipos de transações e eventos. Ainda é
importante ressaltar que uma receita pode surgir no curso de atividades
ordinárias diversas e difere-se em vários nomes, tais como vendas, honorários,
juros, dividendos e royalties.
A necessidade de uso deste Pronunciamento é a aplicação na
contabilidade de receitas provenientes dos seguintes três tópicos:
• Vendas de bens: transição dos riscos e benefícios ao comprador,
exclusão no envolvimento de gestão dos bens, mensuração do
valor da receita ou despesas incorridas agora ou futuramente
devido a transação e, por fim, comprovação de benefícios
econômicos a entidade.
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• Prestação de serviços: valor da receita podendo ser mensurado,
comprovação dos benefícios econômicos a entidade, estágio de
execução da transação ao término do período de reporte puder ser
mensurado com confiabilidade; e as despesas incorridas com a
transação e conclusão podendo ser mensuradas na contabilidade.
• Utilização, por parte de terceiros, de outros ativos da entidade que
geram juros, royalties e dividendos: os juros devem ser
reconhecidos utilizando-se o método da taxa efetiva de juros tal
como definido no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos
Financeiros(Reconhecimento e Mensuração); os royalties devem
ser reconhecidos pelo regime de competência em conformidade
com a essência do acordo; e os dividendos devem ser
reconhecidos quando for estabelecido o direito do acionista de
receber o respectivo valor.
Entende-se por valor justo o preço que seria recebido pela venda de um
ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo na data de mensuração
em uma transação não forçada entre ambas as partes do mercado. Na transação
de dedução de descontos comercias/ bonificações a quem faz a compra, o valor
da receita ou a contraprestação será igual ou equivalente ao caixa.
O reconhecimento das receitas será, segundo este Pronunciamento,
quando houver satisfação de todas as condições estabelecidas, principalmente
quando ocorrer transferência dos riscos e benefícios da propriedade do bem ao
comprador. Todas as receitas devem ser reconhecidas separadamente para
melhor analise e divulgadas especificadamente.
Por fim, é de extrema importância este pronunciamento para todos os
caminhos encontrados até finalmente o reconhecimento das receitas de forma
clara e objetiva.
72
4 CONCLUSÃO
O projeto interdisciplinar desse módulo, fez com que nós parássemos
para observar como a contabilidade é importante dentro de uma empresa, e
como a DFC ajuda os administradores a gerir melhor a empresa, mesmo que ela
seja pequena, ou como foi o caso da Magazine Luiza, uma S.A., sempre terá
adversidades, que deverão ser solucionadas, para o bom desempenho da
empresa. E que é de suma importância saber quanto investir e o melhor
momento para realiza-lo.
Também, como foi o caminho que a contabilidade percorreu para se tornar
o que é hoje, com a base teórica, e os diversos pronunciamentos que devem ser
seguidos para alinhar a contabilidade da empresa com o mundo atual.
Sem se esquecer da contabilidade comercial, que coloca em pratica o
cotidiano de uma empresa, com seus lançamentos, onde cada conta do balanço
e da DRE deve ir.
E por fim a parte prática com o sistema informatizado, onde vimos como
o sistema funciona.
As disciplinas se mostraram muito desafiantes, até o último segundo, mas
superamos os obstáculos e levamos como lição para nossa vida profissional.
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REFERÊNCIAS
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PORTAL DA CONTABILIDADE. NPC - Normas e Procedimentos de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc7.htm>. Acesso em: 25 Mai. 2017
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