projeto integrador - tiverde - hardware

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Reciclagem, lixo eletrônico e componentes limpos Joelson Isidro, Vitor Melo, Jean Fidelis, Rafael Luna, Higor Bezerra e Yuri Karsten Ciência da Computação - Centro Universitário de João Pessoa (Unipê) BR 230 - Km , Água Fria - CEP 58053-000 - João Pessoa - Paraíba Brasil [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Abstract. This article describes some forms and techniques to recycle an electronic component which is treated like waste and the first impression he have, it is not useful. We know that technology keeps on a continuous advanced state and to treat about environment questions, we need to give attention to the green IT , which will only allow us to use a sustainable computing and less harmful to the environment. Resumo. Este artigo descreve algumas formas e técnicas de reaproveitar componentes eletrônicos dados como resíduos, que em primeira impressão não têm mais serventia. Sabemos que a tecnologia se mantém em um estado continuo de avanço, e para tratarmos de das questões ambientes é preciso dar atenção a TI verde, que nos permiti um uso da computação mais sustentável e menos prejudicial ao meio ambiente. 1. Introdução Sabemos que desde seu surgimento na década de 40, os computadores, conforme o tempo foi passando,enfrentaram diversas mudanças. Portanto, foram essas mudanças que nos tornaram ainda mais dependentes sobre eles, seja na nossa vida, trabalho e nosso bem estar. Com o desenvolvimento do capitalismo, a globalização e o crescimento populacional, o ser humano necessitou cada vez mais de um meio que pudesse armazenar grandes quantidades de dados e informações. E foi justamente a informática que permitiu ao ser humano, registrar e manipular grandes quantidades de dados com rapidez e precisão. A crescente demanda por novas tecnologias trouxe a todos nós uma grande preocupação, que é a de suprir com eficiência o funcionamento dos equipamentos. Pois, é muito comum um computador quando é lançado no mercado, mais moderno e

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Page 1: Projeto Integrador - Tiverde - Hardware

Reciclagem, lixo eletrônico e componentes limpos

Joelson Isidro, Vitor Melo, Jean Fidelis, Rafael Luna, Higor Bezerra e Yuri

Karsten

Ciência da Computação - Centro Universitário de João Pessoa (Unipê)

BR 230 - Km , Água Fria - CEP 58053-000 - João Pessoa - Paraíba – Brasil

[email protected], [email protected],

[email protected], [email protected],

[email protected], [email protected]

Abstract. This article describes some forms and techniques to recycle an electronic

component which is treated like waste and the first impression he have, it is not

useful. We know that technology keeps on a continuous advanced state and to treat

about environment questions, we need to give attention to the green IT , which will

only allow us to use a sustainable computing and less harmful to the environment.

Resumo. Este artigo descreve algumas formas e técnicas de reaproveitar

componentes eletrônicos dados como resíduos, que em primeira impressão não têm

mais serventia. Sabemos que a tecnologia se mantém em um estado continuo de

avanço, e para tratarmos de das questões ambientes é preciso dar atenção a TI

verde, que nos permiti um uso da computação mais sustentável e menos prejudicial

ao meio ambiente.

1. Introdução

Sabemos que desde seu surgimento na década de 40, os computadores, conforme

o tempo foi passando,enfrentaram diversas mudanças. Portanto, foram essas mudanças

que nos tornaram ainda mais dependentes sobre eles, seja na nossa vida, trabalho e

nosso bem estar. Com o desenvolvimento do capitalismo, a globalização e o

crescimento populacional, o ser humano necessitou cada vez mais de um meio que

pudesse armazenar grandes quantidades de dados e informações. E foi justamente a

informática que permitiu ao ser humano, registrar e manipular grandes quantidades de

dados com rapidez e precisão.

A crescente demanda por novas tecnologias trouxe a todos nós uma grande

preocupação, que é a de suprir com eficiência o funcionamento dos equipamentos. Pois,

é muito comum um computador quando é lançado no mercado, mais moderno e

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eficiente, substituir aquele que já está em péssimas condições. Piorando ainda mais a

situação, muitas empresas ou pessoas não se preocupam com o descarte correto do

equipamento, gerando um aumento de poluição.

Reciclar, ou seja, buscar novas alternativas para os materiais que compõem os

computadores, tornou-se a solução mais adequada para evitar o aumento considerável

do “e-waste”(perda de eletrônicos), pois os recursos utilizados estão gradativamente

mais escassos, a matéria prima para a produção destes componentes está se esgotando.

Estabelecer maneiras que busquem reduzir o desperdício e aumentar a eficiência

de todos os processos e fenômenos relacionados à operação desses computadores, está

sendo a obrigação de todos. Pois, aplicando esse conjunto de práticas da TI verde,

podemos tornar o uso da computação mais sustentável e menos prejudicial ao meio

ambiente.

2. Homem, Natureza e Tecnologia

As relações entre a Humanidade e a Tecnologia estão sempre trazendo algo

diferente para a Natureza, algo que não é comum, que a natureza não reconhece e que

acaba trazendo transtornos que em sua maioria degradação o meio ambiente. O tempo

em milhares de anos que a natureza leva na produção de determinados recursos, o

homem transforma em décadas de destruição.

Fatores impostos pela sociedade acabam agravando ainda mais a situação. Hoje

o mercado consumidor é mais atento ao fazer aquisição de novos bens, com o mercado

crescente, a competitividade entre marcas, produtos e qualidades, o mercado fornecedor

disponibiliza aos consumidores um leque de opções e alternativas para um dado tipo de

produto. Sendo assim para uma pessoa muitas vezes torna-se mais barato comprar um

novo produto do que reparar um já existente.

3. Breve Histórico

A necessidade do homem de quantificar fez surgir a milhares de anos, na China,

o primeiro artefato de calcular, denominado ábaco. A partir de então foram projetadas

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várias máquinas de calcular, que não obtiveram êxito. Por causa do aumento da

industrialização, foi preciso a criação de máquinas de calcular mais complexas. Por

volta do século XIX, Charles Babbage, projetou a máquina analítica para receber uma

programação que consistia de instruções para a realização de cálculos. Babbage teve a

ajuda, para o projeto da máquina, de Ada Lovelac, a pioneira na programação de

computadores no mundo. Já Von Neumann, no início do século XX, idealizou o

armazenamento de dados de entrada e de instruções na memória da máquina. Essa

idealização persiste até hoje na estrutura dos computadores.

Após a mudança das válvulas para transistores o computador tornou-se mais

compacto podendo ser utilizado comercialmente e, mais tarde, a invenção do circuito

integrado, tornou possível o seu acesso a pessoas comuns.

Atualmente os computadores são usados em várias áreas interligados em grandes

redes para compartilhar informações, a Internet, é a rede que evolui mais rapidamente

com altas taxas de transmissão de dados. É cada vez mais freqüente o uso do

computador para facilitar a execução das mais variadas tarefas. A tecnologia digital se

tornou indispensável para as principais atividades da vida em sociedade.

4. Hardware

Figura 1. Problematização

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3.1 Produção

Hoje em dia, na produção de novos equipamentos para o consumidor final, as

grandes empresas e indústrias já pensam em formas de manter qualidade nos produtos,

utilizando técnicas que diminuam de alguma forma a produção de energia, o espaço

ocupado e o gasto com matérias-primas.

Telefones celulares, MP3 players, handhelds e outros equipamentos têm o seu

funcionamento sustentado, em muitas situações, por baterias, que fornecem algumas

horas de funcionamento aos seu proprietários. A redução do consumo de energia em

equipamentos como estes é um aspecto importante e assunto de pesquisa, atualmente,

na área de sistemas embarcados. Como exemplo, pode-se citar uma experiência recente

no Japão que mostrou que os consumidores não irão adotar um novo produto, ainda que

com mais recursos, se ele fornece menos tempo de conversa ou de bateria do que outros

com os quais eles já estão acostumados, o que foi comprovado na baixa venda inicial

dos primeiros celulares 3G em relação aos da geração 2G.

rISA, ou Reduced Bit-width Instruction Set Architecture, é um recurso

arquitetural empregado para reduzir o tamanho do código de programas. Processadores

com este recurso executam instruções de dois conjuntos distintos: o normal e o

reduzido. O conjunto de instruções reduzidas engloba as instruções mais freqüentes, no

código do programa, codificadas em um número menor de bits. São exemplos de

processadores rISA: o ARM7TDMI, o MIPS32/16 bit TinyRISC,o STMicro's ST100 e

o ARC Tangent.

Os processadores rISA expandem dinamicamente as instruções reduzidas em

suas correspondentes instruções normais. Geralmente, cada instrução reduzida conta

com uma equivalente no conjunto de instruções normal. Isto faz com que o processo de

tradução seja simples e direto, exigindo a inclusão apenas de uma simples unidade de

tradução no hardware do processador. Nenhum outro módulo de hardware é necessário.

E adição à redução de tamanho do código do programa, um programa com

instruções reduzidas requer menos acessos à memória de instruções quando é

executado. Conseqüentemente, há um decréscimo no consumo de energia neste

subsistema. Se todo o código do programa pudesse ser expresso em termos de

instruções reduzidas, então aproximadamente 50% de redução de tamanho seria obtida,

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e conseqüentemente haveria uma proporcional redução no consumo de energia

na memória de instruções.

3.2 Reciclagem

Com a atual situação do planeta e as constantes pesquisas relacionadas ao futuro

da terra e da humanidade, os setores da economia precisam necessariamente acrescentar

mais um fator importante em suas questões estratégicas: as questões ambientais. A

necessidade de se tomar medidas ecologicamente corretas cada vez mais se torna

necessária não somente pela questão de desempenho profissional, mas por necessidade

de se devolver o equilíbrio ao ecossistema do planeta.

Figura 2. Os Vilões dos eletroeletrônicos

Page 6: Projeto Integrador - Tiverde - Hardware

Figura 3. Composição física de um computador e índice de materiais recicláveis

3.2.1 O caso do AID

Figura 4. AID

O Projeto de Apoio à Inclusão Digital (AID) tem como objetivo oferecer apoio à

formação do corpo discente e ampliar o acesso à tecnologia das comunidades carentes,

através da montagem de microcomputadores, utilizando peças que são doadas por

parceiros e por qualquer um que queira doar. Desta forma, equipamentos que teriam

como destino final o abandono ou esquecimento e poderiam interessar a muitas pessoas

(aquelas que não têm acesso às tecnologias de informação e comunicação) são

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submetidos à manutenção e restauração completas. O processo sempre é concluído,

tendo como produto final a montagem e doação das máquinas. As contribuições dadas

ao projeto atingem os acadêmicos participantes e a sociedade; implementa-se uma via

de mão dupla, ampliando o conhecimento adquirido nas salas de aula, para além dos

muros da Universidade, contemplando assim as exigências e necessidades apresentadas

pela comunidade.

O Projeto possui instalações próprias para seus trabalhos, uma sala localizada no

bloco Q do campus do UNIPÊ, onde os encontros são realizados semanalmente, nas

segundas e quartas-feiras, das 18h às 19h.

Tendo em vista solução de continuidade, a cada período são abertas novas vagas,

para a inclusão de novos alunos, perpetuando a prática de inclusão digital através da

ação solidária.

3.2.2 Metodologia

As matérias-primas (peças) são adquiridas por meio de doações de pessoas

físicas ou jurídicas, onde são passadas por seleções e logo depois armazenadas. A

montagem é dividida em combinações dos elementos, instalações dos aplicativos, testes

e lacres dos equipamentos. Tendo como produto final o microcomputador para doação.

Figura 5. Metodologia aplicada no AID

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3.3 Descarte

As ações inconscientes do homem equiparam-se à busca de superação em termos

tecnológicos, sejam em novas tecnologias, novos softwares que facilitam suas

atividades rotineiras, ou mesmo efetuando a melhoria de processos relacionados à sua

execução.

Os descartes dos equipamentos eletrônicos considerados inadequados ao uso ou

sucateados, na maioria das vezes não recebem o tratamento adequado, sendo que

alguns, dependendo do estado de conservação, poderiam ser reaproveitados através de

um processo de reciclagem, devendo as empresas fabricantes estar propensas a

recepcionarem esse “lixo” para reaproveitarem partes em outros equipamentos novos ou

efetuarem campanhas de recuperação destas máquinas para posterior doação.

Dentro do processo de reaproveitamento de materiais não mais utilizados,

existem aqueles que não serviram para atender os propósitos na produção de novos

produtos, estes são os qualificados como lixo computacional, ao contrário de materiais

recicláveis, que servem de alguma forma para o reaproveitamento.

3.3.1 O caso da RCTEC

Figura 6. Mascote RCTEC

Computadores, notebooks, celulares, baterias, equipamentos que perderam a

utilidade para seus donos. No galpão, da RCTEC, esse material que poderia virar lixo

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eletrônico ganha novos usos, evitando que metais pesados e mesmo metais preciosos

sejam jogados em aterros sanitários, contaminando o meio-ambiente.

A empresa é pioneira na descaracterização de lixo eletrônico, no nordeste

brasileiro. E em parceria com o projeto social do curso de Ciência da Computação do

Unipê, chamado AID, novas estratégias de trabalho estão sortindo efeitos.

A RCTEC recebe doações de qualquer pessoa, instituição ou empresa. Quem

quiser entregar seus equipamentos usados para reciclagem precisar entrar em contato,

ou mesmo ir deixar pessoalmente no galpão de depósito. Dependendo da localidade e

quantidade, a coleta pode ser agendada e os equipamentos recolhidos pela própria

RCTEC. Uma vez aqui, o material passa por uma triagem. O equipamento é

desmontado, separado por tipo de material e, por fim, encaminhado para a reciclagem.

Há equipamentos que não se torna viável o desmonte por completo, como por exemplo,

HDs e monitores.

O AID recebe uma certa quantidade de computadores da RCTEC e fica

responsável por fazer uma triagem onde é dado o veredito final: vira sucata ou não?!

Nessa parceria as duas partes saem ganhando, o AID recebe parte do material do qual

foi feito a triagem e do qual será feito algum reaproveitamento e a RCTEC recebe o que

não terá mais uso, ou seja, o que só serve para o descarte.

Na RCTEC o material coletado não é triturado, apenas ele é separado por tipo de

material, depois de separado esses materiais são separados em lotes que serão

destinados à transportadoras que farão o transporte até as empresas que reciclam o lixo

eletrônico, no caso da RCTEC esse material coletado é encaminhado para o exterior,

onde uma empresa especializada faz todo o tratamento necessário com o material para

obtenção de um reaproveitamento adequado. Na triagem cada material tem um tipo de

valor e quanto mais separado o material estiver, maior será seu valor.

3.3.2 Leis no Brasil

A omissão de legislação vigente que ainda não definiu o destino de

equipamentos sucateados contribui para o crescimento da degradação do meio

ambiente. Na legislação brasileira, a Lei nº. 6.938/81 resolução 257/99, do Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), especifica que apenas as baterias e pilhas

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recebem tratamento diferenciado, podendo ser devolvidas para o revendedor no ato de

sua substituição e encaminhadas para os fabricantes. A nova resolução sobre pilhas e

baterias do CONAMA, que entrou em vigor a partir de 1º de julho de 2009, em seu

Artigo 6º, define que, as pilhas e baterias de tipo portátil, botão e miniatura que sejam

comercializadas, fabricadas em território nacional ou importadas, deverão atender a

teores máximos dos metais de interesse em sua fabricação, visando um menor teor de

substâncias químicas e, consequentemente menos componentes pesados em contato

com o solo em caso de descartes de forma inadequada.

Novas regras devem ser adotadas no que se refere ao tratamento do lixo

eletrônico, isso para que possa haver um maior controle sobre esses materiais, evitando

assim maiores impactos ao meio ambiente e dando um destino mais apropriado para

cada tipo de material em questão.

3.4 Para um mundo melhor

A utilização de fontes renováveis de energia pode diretamente contribuir para a

diminuição desses problemas, mas até que uma mudança significativa na matriz

energética mundial aconteça, a eficiência energética hoje se mostra como excelente

alternativa de apresentação de resultados à curto prazo.

Os computadores hoje fazem parte de um grupo que é considerado um dos

grandes consumidores de energia elétrica. Cada fase da vida de um computador: sua

produção; seu tempo de uso; e seu descarte; representa de forma direta ou indireta,

aumento nas emissões de CO2 e impacto no meio Ambiente.

Em pesquisa realizada pela Sun Microsystems australiana, com 1500 respostas

de 758 organizações de grande e pequeno porte, na Austrália e na Nova Zelândia, foi

apurado que a redução do consumo de energia elétrica e a redução de custos que isso

traz são as principais razões para a utilização de práticas ecologicamente corretas ou

práticas “eco-responsável”, seguida do menor impacto ambiental e melhoria nos

sistemas.

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Figura 7. Razões para a Utilização de práticas verdes

A tecnologia não deve ser vista apenas por seu lado benéfico. É importante que

haja consciência no desenvolvimento de uma tecnologia que agrida menos o meio

ambiente, seja no momento da sua fabricação, seja no seu descarte.

Uma alternativa para contornar a situação atual do lixo eletrônico seria a adoção

por parte das empresas de estratégias de reciclagem de seus equipamentos inutilizados

pelos consumidores, o que resultaria na diminuição da sucata tecnológica, reduzindo o

impacto causado ao meio ambiente.

Outra, seria o consumo consciente das nações, evitando o consumismo

desenfreado de produtos eletrônicos e com isso, fazendo um remodelamento nos hábitos

dos seres humanos. Para tanto, se faz necessário a percepção do que há em volta da

gente, valorizar o meio em que vivemos, objetivando sempre um mundo melhor, mais

limpo e puro.

3.4.1 Componentes Limpos

Devido aos problemas que o descarte de computadores, e o outros

eletroeletrônicos, pode trazer ao meio ambiente, já existem empresas desenvolvendo

novos materiais, utilizados na construção de equipamentos que sejam menos agressivos

ao meio ambiente. É o caso das empresas americanas Metabolix e ADM, especializadas

em produtos de baixo impacto ambiental, que desenvolveram um novo tipo de plástico

feito com base em compostos orgânicos como o milho.

De acordo com os fabricantes, esta nova liga de plástico, conhecida como Mirel,

possui uma durabilidade “excelente” e um processo de decomposição que é menos

impactante ao meio ambiente que os tipos de plásticos fabricados com base no petróleo.

Portanto, a substituição desse novo tipo de plástico na construção das peças plásticas

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que compõem os computadores tornará o descarte deste menos agressivo ao meio

ambiente.

Programas de conscientização sobre o descarte adequado de equipamentos

obsoletos deveriam ser desenvolvidos pelas empresas fabricantes. Pois, se houver a

conscientização, com a TI verde o lançamento de produtos capazes de gerar economia

de energia da CPU será possível. Um grande exemplo disso, é a placa mãe dotada de

tecnologia Dynamic Energy Saver(DES).

A tecnologia DES possibilita 70% de economia de energia da CPU e 20% de

eficiência melhorada, com um simples clique de um botão.Outra questão seria a

substituição do monitor CRT(tubos de raios catódicos) para um monitor LCD(tela de

cristal liquido), que se torna mais vantajosa, porque é mais econômica, consome menos

energia, ocupa menos espaço e apresenta maior resolução e definição da imagem e

exibição de cores vibrantes.E ainda por cima o processo de produção do monitor LCD

agride bem menos ao meio ambiente.

A empresa Atriam Soluctions possui tecnologias no campo da saúde para

integração, autenticação de usuários com certificado digital e certificação digital

digitalização de documentos para que não seja necessário o uso de papel numa empresa

criando assim,um ambiente paper less e manter todos os padrões de segurança a acesso

e armazenamento de documentos eletrônicos.

A fabricante de processadores Intel fez uma parceria com organizações de

mercado como a Standard Performance Evaluation Corporation e a Green Grid, E está

ajudando a desenvolver uma métrica mais confiável para medir consumo de energia e

de desempenho em todos os níveis de utilização de um servidor durante um dia, semana

ou mês, que vai da hibernação até o pico de uso. Isto está sendo feito para dar aos

fabricantes mais noções de como criar servidores mais eficientes, e também de fornecer

uma maneira melhor de demonstrar eficiência de energia aos clientes e deixar a

comparação de produtos concorrentes mais justas no que diz respeito ao consumo de

energia.

A empresa Western Digital afirma que foi uma das primeiras do setor a lançar a

linha de HDs corporativos de 3,5 polegadas e 2 terabites de armazenamento em SATA,

chamada RE4-GP. “Não é raro que esses produtos estejam em um chassis com 12 ou 14

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baias. Quando você está falando de um rack com mais de dois metros de altura, isso

significa centenas de drives ao mesmo tempo – e centenas de dólares economizados,”

afirma. Este tipo de driver reduz muito o custo de propriedade para empresas que

precisam de muito espaço de armazenamento como nos Data Centers. As estimativas

desta empresa dão conta de que a sua tecnologia Green Power pode gerar uma grande

economia para empresas como bancos ou buscadores de internet, gasto esse que chega a

10 dólares por ano. Levando-se em consideração que um Data Center possui 10.000

drivers, vê-se que é uma economia considerável.

Um carro conceito permite viajar de forma totalmente autônoma utilizando

energia solar. Chamado de The Guardian, o veículo acomoda até sete passageiros, sendo

quatro adultos e três crianças. A criação foi do designer John Bukasa, incluindo também

um computador de bordo que guia os passageiros a seu destino enquanto eles estão

jogando video-game, por exemplo, ou apenas papeando. O veículo possui um console

de jogos e um sistema touchscreen para reprodução de filmes. Controles dispostos no

interior do veículo permitem que os passageiros alterem o percurso a ser feito e até

mesmo escolher um nome de algum conhecido e selecionar esse nome para que o

veículo chegue até a casa desta pessoa. Os motores elétricos são alimentados por

baterias de íon-lítio recarregadas por paineis solares dispostos na parte superior do

carro. O veículo é apenas um conceito, mas poderia muito bem ser um transporte

sustentável produzido em larga escala futuramente.

Um grupo da Universidade de Oxford desenvolveu células solares que podem

ser impressas diretamente no vidro, criando janelas geradoras de energia. A célula solar

funciona exatamente como o processo da fotosíntese, que libera elétrons a partir de uma

corrente. Os criadores estão planejando fazer novas células solares que serão capazes de

durar pelo menos 20 anos. Para isso, eles conseguiram US$ 150 mil em dinheiro da UK

Technology Strategy Boards que quer que o grupo comercialize esta tecnologia o

quanto antes.

Bateria recarregável à luz solar e até ao calor dos pés você já viu, mas agora a

ideia é utilizar o calor gerado no seu próprio bolso como energia para esses dispositivos.

Chamado de E-Cu, o modelo de celular da Nokia idealizado pelo designer Patrick

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Hyland converte o calor do corpo em recarga para o aparelho, graças às células termo-

geradoras capazes de tranformar energia térmica em energia elétrica. Todo revestido de

cobre, explicação do seu nome, que faz alusão ao símbolo químico do metal, o modelo,

por enquanto, é só um conceito e não tem previsão para chegar ao mercado.

Países como Estados Unidos e Japão incentivam suas empresas para que elas

invistam na reciclagem dos equipamentos obsoletos e no desenvolvimento de

componentes que possam ser reciclados ou que agridam menos ao meio ambiente.

Apesar de todas as iniciativas que são tomadas, há um longo caminho a

percorrer até que os índices de reciclagem de componentes de computadores atinjam

patamares similares aos índices de outros produtos, principalmente no Brasil.

Considerações Finais

Apesar de ter facilitado a vida das pessoas em vários aspectos ao longo de seu

desenvolvimento, o industrialismo trouxe consigo grandes problemas ecológicos,

surgidos ao longo do crescimento progressivo de sua produção. É justamente na crise

ambiental em que o industrialismo encontra seus limites. A quantidade de produtos

fabricados é tão grande quanto à de produtos descartados e é aí onde está o maior

desafio das indústrias: encontrar um modelo alternativo de desenvolvimento que

harmonize o crescimento industrial e o cuidado com o meio ambiente. Enfatizar essas

questões em âmbito acadêmico é uma das alternativas, pois prepara os futuros

projetistas de produto para esse novo modelo mundial. Trata-se de um desafio que

planta suas sementes nos centros acadêmicos, visando colher bons frutos no futuro, em

busca de soluções para esses problemas.

Referências

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Redução do Consumo de Energia usando Reduced Bit-width Instruction Set

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energia/14539, capturado em 10 2010.

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ser-recarregado-no-bolso/14238, capturado em 10 2010.