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1 APRESENTAÇÃO DA IES
O Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM) é uma instituição de ensino
mantida pela Sociedade Unificada de Ensino Augusto Motta, localizada à Avenida Paris nº
84, Bonsucesso, Rio de Janeiro/RJ.
1.1 Histórico da Instituição
Fundada oficialmente em 4 de dezembro de 1969, no Rio de Janeiro, a Instituição
busca atender às necessidades dos desenvolvimentos educacional e cultural das
comunidades que a cercam.
Em 1970, a Sociedade Unificada de Ensino Augusto Motta (SUAM) teve sua primeira
Faculdade autorizada a funcionar. Mais tarde, a implantação de novas Unidades de Ensino
conferiu à Instituição o estágio de Faculdades Integradas Augusto Motta e,
gradativamente, metas foram alcançadas, criando as condições necessárias para a sua
transformação em Centro Universitário, no ano de 1997.
Porém, a trajetória da SUAM começara mais cedo, na década de 1930, com a
fundação do Colégio Luso Carioca pelo professor Augusto Medeiros da Motta. Com o
objetivo de melhorar o nível socioeducacional da região da Leopoldina, o Colégio iniciou
suas atividades com um curso preparatório para a Escola Naval, implantando, mais tarde,
o Primário, o Admissão ao Propedêutico e o Técnico em Contabilidade. Pensando na
continuidade deste trabalho e em formar profissionais do ensino, foi criada, ainda, a
Escola de Formação de Professores.
O atendimento às necessidades locais mantém-se até hoje como uma das maiores
preocupações da família do professor Augusto Medeiros da Motta. Após o seu
falecimento, sua esposa, professora Amarina Motta, e seus filhos, Augusta e Arapuan,
fundaram, em 1968, a Escola Normal Luso Carioca.
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No final da década de 1960, a região da Leopoldina ainda encontrava-se carente em
relação à educação superior. A verificação das demandas da comunidade fez com que
fosse, em 1969, fundada a Sociedade Unificada de Ensino Superior Augusto Motta, a qual
daria origem à Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas.
Gradativamente, com base em um plano de expansão, foram sendo implantadas
novas Unidades de Ensino: a Faculdade de Educação e a Faculdade de Ciências Humanas,
Letras e Artes, atendendo às demandas de formação de professores para o sistema dos
antigos 1º e 2º graus; a ampliação da Faculdade de Estudos Sociais Aplicados e a criação
das Faculdades de Comunicação Social, Engenharia e Reabilitação. O objetivo era a
preparação de recursos humanos para as suas áreas específicas. Com todos os cursos
reconhecidos a partir da década de 1970, as Faculdades Integradas Augusto Motta
(FINAM) iniciaram, em meados de 1990, o seu processo de transformação em Centro
Universitário.
A proposta educacional caracterizou-se como um esforço para atender às aspirações
e expectativas comunitárias, prevalecendo a preocupação de que cada curso, seja de
graduação, extensão ou de pós-graduação, possa efetivamente representar um elo a mais
para a concretização do compromisso maior das FINAM em promover a cidadania e
ampliar a formação da sociedade.
Em 1997, com o credenciamento do primeiro Centro Universitário do Brasil, o Centro
Universitário Augusto Motta passou a oferecer à região da Leopoldina a oportunidade de
desenvolvimento por meio do conhecimento acadêmico oriundo de uma instituição
respeitada pelos órgãos legisladores da Educação em nosso país. Para continuar a firmar
seus compromissos e cumprir sua missão, a UNISUAM implantou três novas Unidades:
Bangu, Jacarepaguá e Campo Grande. A concretização destes outros campi justifica-se
pela existência de demanda local.
Ao longo de 40 anos, a UNISUAM vem formando profissionais qualificados e cidadãos
conscientes de seus direitos e deveres. Desse modo, atende às comunidades que a
cercam e realiza as metas de formação profissional nas regiões supracitadas.
Com o objetivo de promover a educação continuada, a UNISUAM dispõe, ainda, dos
cursos de Especialização (presencial e a distância) em variadas áreas de saber e os
Mestrados em Desenvolvimento Local e Ciências da Reabilitação, cujo corpo docente
mantém-se qualificado, atualizado e comprometido com o desenvolvimento do país.
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1.2 Missão Institucional
A vocação da UNISUAM é a busca permanente da articulação entre Ensino, Pesquisa
e Extensão como forma de proporcionar uma educação compreendida em sentido pleno
e que conduza os envolvidos no processo ensino-aprendizagem ao desenvolvimento da
capacidade de pensar, refletir e propor soluções para os problemas sociais, sejam locais,
regionais ou mesmo nacionais.
Considera-se que uma instituição de ensino é, antes de tudo, um espaço promotor
de ações que conduzem ao exercício da cidadania, cujo conceito abrange o conhecimento
de direitos e deveres. Procura-se atender às expectativas da sociedade, ao mesmo tempo
em que se propiciam instrumentais para a formação de profissionais de qualidade, com
postura ética e conhecedores da realidade do seu tempo e espaço. Parte-se do princípio
de que a ética deve ser compreendida como um conjunto que abrange responsabilidade
social, cidadania e caráter humanístico.
Para cumprir seus objetivos, a Instituição mantém a missão, a visão e os valores, a
seguir apresentados:
Missão
“Promover o desenvolvimento do homem e do meio em que vive numa relação
recíproca com a sociedade, permitindo o acesso ao ensino de qualidade, participando
ativamente da melhoria dos processos educacionais do país.”
Visão
“Ser reconhecida como a Instituição de Ensino de excelência com o melhor modelo
de transformação social do país”.
Valores
Competência
Capacidade de executar atividades, atendendo às necessidades técnicas-profissionais
exigidas pela sociedade.
Credibilidade
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Cumprir o que é proposto com atitudes e métodos basEADos na ética e na missão
Institucional.
Comprometimento
Dedicação e reciprocidade aos compromissos assumidos por todos os integrantes da
Instituição.
Inovação
Criar diferenciais na área educacional, agregando valores profissionais, intelectuais e
sociais.
Responsabilidade
Atuação consciente de seu papel como agente de transformação social e promotora
do desenvolvimento humano e da comunidade na qual está inserida.
1.3 Base legal e dados socioeconômicos da região
A UNISUAM está localizada em Bonsucesso, subúrbio do Rio de Janeiro. Iniciou suas
atividades educacionais nos anos de 1930, com a fundação do Colégio Luso Carioca. A
partir da década de 1960, implantou a graduação. Desde então, tem procurado, por meio
de atividades de ensino, extensão e pesquisa, atender às necessidades de educação das
comunidades que a cercam e ajudar a promover o desenvolvimento de seu entorno.
Do passado de tradição, permanece a gestão familiar e os ideais de sua fundação.
Atualmente, a Instituição investe na inovação que, aliada ao ensino de qualidade, auxilia
na formação de profissionais capazes de mudar a realidade de onde vivem e de criar
programas e alternativas que agreguem valor à sociedade.
Em um cenário onde a educação superior ainda precisa se desenvolver, a UNISUAM
representa a possibilidade de acesso ao ensino superior com qualidade, infraestrutura e
preços adequados àquela realidade, além de uma política de bolsas de estudo. É a
procedência dos alunos que define a Leopoldina como importante área de atuação da
Instituição e reforça o compromisso de atuar na formação e qualificação dos recursos
humanos da região, dada a sua caracterização socioeconômica e cultural.
Este percentual reflete, principalmente, a tradição no ensino, a localização e os
valores praticados com base nos dados, é possível perceber que o trabalho com a
comunidade é uma necessidade social, e projeta o compromisso da Instituição além de
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sua área de atuação. Dentro desse cenário, a graduação tem importante papel para
modificar realidades, contemplando as áreas de Ciências Sociais Aplicadas, Ciências
Exatas e da Terra, Ciências da Saúde, Ciências Humanas, Ciências Biológicas e
Engenharias.
2 CONCEPÇÃO DO CURSO
O ser humano necessita permanentemente de um olhar transformador e
compartilhado sobre as relações educativas, pedagógicas e tecnológicas. Consideradas as
características culturais da realidade brasileira, marcada por contradições políticas,
sociais e ideológicas, vislumbra-se a possibilidade do papel do pedagogo como agente de
mudanças no mundo contemporâneo.
Nessa perspectiva, ampliando a visão de homem que se pretende formar,
reconhecemos que a história representa tempo de possibilidades e não de
determinismos, assim exigindo novas propostas de ações, mudanças e o rompimento de
estruturas engessadas, que impedem o repensar da educação (Freire: 1998).
Dessa forma, as ações políticas educacionais do Curso de Pedagogia voltam-se para
a Missão Institucional do Centro Universitário Augusto Motta e submetem-se às diretrizes
curriculares e ancoram-se nas demandas de democratização.
O curso de Pedagogia da UNISUAM foi reconhecido em 1971, pelo Parecer nº 245/71
– S.E.Su, aprovado em 02 de abril de 1971 (Processo 2019/70 – CFE), com as seguintes
habilitações: Orientação Educacional, Administração Escolar e Inspeção de Ensino.
Desde a sua implantação, o curso de Licenciatura em Pedagogia configurou-se como
Licenciatura Plena, atendendo ao currículo mínimo e a carga horária mínima fixada pelo
Parecer 252/69.
Considerando a discussão nacional sobre o especialista, a UNISUAM propôs à criação,
em caráter de nova habilitação, como complementação, a habilitação Magistério das
Disciplinas Pedagógicas do Ensino do 2o grau.
Apoiada em bases legais (Parecer 252/CFE, item IV e Resolução nº. 2169/CFE, art.7º),
a proposta foi aprovada em 1988, tendo em vista:
a) Novas exigências legais para o registro profissional (Portaria MEC 35/85);
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b) Resolução CFE nº. 70176 do Conselheiro Valnir Chagas, considerando ser a
habilitação do Pedagogo para o Magistério das disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio
de 2º grau anterior a qualquer outra habilitação;
c) A partir de 1989, o Curso de Licenciatura em Pedagogia da UNISUAM criou uma
nova habilitação: Magistério das Séries iniciais do Ensino Fundamental.
Com o advento da Lei 9394/96, foi dada uma nova nomenclatura dos magistérios,
substituindo as expressões ensino 1º grau e 2º grau, pelas expressões Ensino Médio e
Ensino Fundamental. Houve também um aumento na carga horária dos Estágios e
Práticas de Ensino para 300 horas.
Com a Resolução 02 de 19/02/2002, a carga dos estágios e práticas passou para 400
horas.
A Resolução CNE /CP nº 1, de 15 de maio de 2006, institui Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia e Licenciatura, definindo princípios,
condições de ensino e de aprendizagem, procedimentos a ser observados em seu
planejamento e avaliação.
O Artigo 4º desta Resolução determina que o curso de Licenciatura em Pedagogia
destine-se à formação de professores para exercer funções de magistério na Educação
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na
Modalidade Normal, de Educação Profissional, na área de serviços e apoio escolar e em
outras áreas, nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos.
Segundo a CNE /CP nº 1, de 15 de maio de 2006, o curso de Licenciatura em
Pedagogia terá a carga mínima de 3.200 horas de efetivo trabalho acadêmico, assim
distribuídas:
▪ 2.800 horas dedicadas às atividades formativas como assistência a aulas, realização
de seminários, pesquisas, consultas a bibliotecas etc.;
▪ 300 horas dedicadas ao Estágio Supervisionado em Educação Infantil e nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio Normal e na Gestão Escolar;
▪ 100 horas de atividades teórico-práticas.
O curso de Pedagogia da UNISUAM, no ano de 2006, promoveu a implementação de
uma nova estrutura curricular, 83001, para adequação à legislação. Os ingressantes, a
partir dessa data, foram colocados nessa Estrutura Curricular.
No primeiro semestre de 2009, a coordenação do curso e o colegiado detectaram
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que alguns ajustes eram necessários na estrutura em vigor. Sendo assim, ocorreram
vários encontros com o corpo docente, NDE e colegiado do curso para que, no 1º
semestre de 2010, fosse implementada a nova estrutura curricular PED101, com as
adequações necessárias.
Atualmente, o Curso de Pedagogia está se desenvolvendo em duas estruturas
curriculares: os alunos que já estavam matriculados foram mantidos na estrutura anterior
(83001); em contraparte, aqueles matriculados a partir do 1o semestre de 2009 foram
migrados para nova estrutura curricular. (REVER)
Ainda há alguns alunos que estão finalizando o curso nas estruturas anteriores às
Diretrizes Curriculares de 2006, que acabam com as habilitações nos Cursos de Graduação
e estas passam a ser oferecidas nos Cursos de Pós-Graduação (Administração Escolar,
Orientação Educacional e Supervisão Escolar).
Dessa forma, o curso de Pedagogia, por intermédio de seu colegiado, aprovou os
Cursos de Pós- Graduação nessas habilitações.
Para o enriquecimento da formação acadêmica do nosso aluno, eventos de cunho
cultural e educacional pontilham a história do nosso curso: encontros, mostras
pedagógicas, palestras, peças teatrais, Saraus Culturais, ações integradas às demais
Licenciaturas, Simpósios e Congressos, Jornadas Visitas pedagógicas, lançamentos de
livros etc.
Nosso curso tem contribuído para formação do professor e para a divulgação de
produções acadêmicas. Há professores que desenvolvem atividades de extensão e de
pesquisa, bem como divulgam seus estudos acadêmicos em Congressos. São realizadas,
para aprofundamento sobre determinados temas, oficinas pedagógicas em sala de aula,
e/ou em escolas públicas e em espaços não escolares.
Cabe ressaltar que grande número de diretores de escolas do nosso município foram
formados pelo curso de Pedagogia da UNISUAM e que também é grande o número de
egressos que são aprovados em concurso público para o magistério ou para as
especializações.
Assim, pode-se ressaltar que o Curso de Pedagogia pontua a formação do profissional
da educação comprometido com sua comunidade, com o seu tempo e com a sua história.
2.1 Contexto educacional
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Este Projeto Pedagógico foi elaborado mirando-se no contexto educacional acima
descrito. O curso de Pedagogia tem por meta propor a formação de um profissional que
seja capaz de articular os objetivos educacionais, com base nos pressupostos
sóciohistóricos, políticos e culturais das diferentes abordagens metodológicas.
O Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia da UNISUAM está pautado pela
legislação em vigor, a saber:
▪ Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394196 em especial os artigos
61 a 64 que dispõem sobre a formação dos profissionais da Educação;
▪ Resolução do CNE/CP nº1 de 15/05/2006, que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, Licenciatura, para o exercício da
docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos do
Ensino Médio na modalidade Normal e em cursos de Educação Profissional e na área
Gestão e apoio escolar;
2.2 Forma de acesso ao curso
A principal forma de acesso ao curso de Graduação do Centro Universitário
Augusto Motta (UNISUAM) é pelo processo seletivo, aberto a candidatos que tenham
concluído o Ensino Médio ou estudos equivalentes, e também por ingresso direto
utilizando o resultado obtido no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Outra
modalidade é o ingresso sem processo seletivo, para portadores de Diploma e
transferidos de outras Instituições de Ensino Superior.
2.3 Processo de seleção
A principal forma de admissão aos cursos de Graduação do Centro Universitário
Augusto Motta é pelo processo seletivo, aberto a candidatos que tenham concluído o
Ensino Médio ou estudos equivalentes, e também por ingresso direto utilizando o
resultado obtido no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
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Outra modalidade é o ingresso sem processo seletivo, para portadores de Diploma
e transferidos de outras Instituições de Ensino Superior.
2.4 Justificativa
A UNISUAM, preocupada em atender às novas demandas educacionais, apresenta
um desenho pedagógico inovador, que leva em conta, além de considerar o diagnóstico
da realidade e das necessidades da clientela, as bases científicas antropológicas,
sociológicas, psicológicas e gnosiológicas, os objetivos desejados, a seleção e a
organização dos conteúdos de aprendizagem, a seleção dos meios, a escolha e a
organização das atividades e a definição do quê e como avaliar.
Para tanto, o desenho pedagógico definido para a veiculação das disciplinas do
programa da graduação, pressupõe os aspectos previstos na concepção e proposta
pedagógica institucional. Além disso, está fundamentado por meio de referenciais
teórico-práticos que contribuam e respaldem o processo de aprendizagem e a aquisição
de competências cognitivas, habilidades e atitudes pelos alunos, para que, por uma
prática reflexiva, promova o seu pleno desenvolvimento como pessoa, como cidadão,
qualificando-o para o trabalho, ou seja, integrado-o às políticas, diretrizes e parâmetros
para um ensino de qualidade definidos pelo Ministério da Educação (MEC) para cada nível
educacional e para cada curso específico oferecido pela instituição.
Tendo em vista a tradição do curso de Pedagogia da UNISUAM na Zona da
Leopoldina, uma nova proposta se apresenta com um novo cenário inovador para atender
também a Pedaggoia On line.
Nos últimos anos, a UNISUAM vem passando por um período de mudança muito
significativo, no que se refere à introdução da Educação a Distância (EAD) no processo
institucional. Pode-se dizer que estamos vivendo um momento de transformação, onde
os paradigmas presentes na cibercultura, isto é, paradigmas de uma cultura
contemporânea marcada pelo digital e pelo estudo das técnicas, já não estão dando conta
das relações, necessidades e desafios tecnológicos em nosso cotidiano.
Hoje a sociedade está em rede e dessas relações e interações os sujeitos, a cultura
do ensino e a apropriação da cultura da aprendizagem são privilegiadas com base no
saber-fazer e saber-ser (LÉVY, 2003).
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Na sociedade em rede, aprender caracteriza-se por uma apropriação de
conhecimento que se dá numa realidade concreta, isto é, parte da situação real vivida
pelo aluno e está apoiada na presença mediadora do professor-tutor que,
compromissado com seus alunos e com a construção de conhecimentos, procura
responder ao princípio da aprendizagem significativa (CASTELLS, 1999).
E neste contexto, a EAD entra em cena para contribuir na busca de soluções para os
problemas do ensino, em seus diferentes níveis da Educação Superior. Um novo espaço
pedagógico, com características como: o desenvolvimento das competências e
habilidades, respeito ao ritmo individual, a formação de comunidades de aprendizagem,
redes de convivência (BEHAR, 2005) e conceitos como: construção do conhecimento,
autonomia, autoria, interação, construção de um espaço de cooperação, centrado na
atividade do aprendiz, identificação e solução de problemas passam a ser os alicerces
deste novo modelo que está emergindo.
Este projeto foi pensado de maneira que propicie:
a) preocupação com a construção de uma identidade profissional dos pedagogos
marcada por uma profunda consciência da significação de seu papel sócio-
histórico como educadores, dentro de um projeto de sociedade emancipadora e
autônoma;
b) concepção de um programa de formação que, partindo de uma visão de educação
permanente, estipule os componentes básicos da formação inicial e continuada;
c) articulação do ensino com a pesquisa e a extensão pela nucleação das atividades
em torno de projetos integrados, superando, assim, a dicotomia graduação/pós-
graduação;
d) ênfase na articulação da formação prático-teórica, propiciando situações reais e
integradoras de aprendizagem; e
e) formação de um profissional autônomo, crítico, criativo, ético e colaborativo,
capaz de se reeducar permanentemente e de refletir sobre sua prática pedagógica
individualmente e em intercâmbio com seus pares.
O projeto fundamenta-se em teorias e estudos contextualizados, com ênfase na
aprendizagem e permanente ação e reflexão sobre a prática pedagógica, como forma de
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evitar a reprodução dos modelos vigentes, ou seja, com um compromisso com a
construção do conhecimento e de sua aplicabilidade inovadora em sala de aula.
Vale ressaltar que a Educação a Distância caracteriza-se pela separação entre
professor e aluno no tempo e no espaço e pela utilização de tecnologias de comunicação,
fatores fundamentais para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Cabe,
portanto, a quem organiza e se responsabiliza pelo processo, elaborar tais instrumentos
e disponibilizá-los aos alunos de forma a possibilitar a eles o cumprimento dos objetivos
que perseguem.
Pensamos em um desenho que permita a integração dessas tecnologias de
comunicação para melhor contextualizar o conhecimento de cada área, favorecendo
diferentes formas de interação do aluno com o conteúdo estudado. Para tanto, ao
considerarmos os programas de formação, que se utilizam da Educação a Distância (EAD)
como modalidade de ensino, faz-se necessário reconhecer algumas vantagens e entre
elas citamos:
a) flexibilidade – onde estudar? quando estudar? em que ritmo?
b) eficácia – combinação entre estudo e trabalho;
c) social - permanência do aluno em seu ambiente domiciliar; e
d) aluno ativo – desenvolvimento da iniciativa, da autonomia, de atitudes, interesses,
valores e hábitos educativos.
O desenho pedagógico do curso de Graduação em Pedagogia a Distância
apresenta suas bases teorias apoiadas em David Ausubel, Otto Peters, Michael Moore,
Albert Bandura e Donald Schon.
A saber, a aprendizagem significativa envolve a aquisição de novos significados.
Na concepção de Ausubel, Novak e Hanesian (1980) para que ela aconteça em relação a
um determinado conteúdo são necessárias três condições: o material instrucional com
conteúdo estruturado de maneira lógica; a existência na estrutura cognitiva do aprendiz
de conhecimento organizado e relacionável com o novo conteúdo; a vontade e disposição
desse aprendiz de relacionar o novo conhecimento com aquele já existente.
Para Peters (2006) o EAD é compatível com a organização, princípios e valores da
sociedade industrial. Está também baseado na tecnologia e evolui com os avanços desta,
tal como se pode constatar com as diferentes fases desta forma de ensino. A emergência
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das novas TIC e a mudanças que estas implicaram na EAD não põem em causa os conceitos
básicos desta Teoria, que entende este modelo de ensino como um produto da
tecnologia.
Justificando a importância e o crescimento, cada vez maior com o advento da
Web2, da EAD, Otto Peters (2006, p. 2) afirma que:
despontou como mais uma modalidade de ensino e como uma
solução solidária e igualitária para compensar a escassez de vagas
nas universidades existente no ensino tradicional e os
impedimentos que grande parcela da população de todos os
países têm, no que se refere à conciliação das necessidades
individuais de estudo e qualificação com as exigências diárias a
nível familiar e profissional.
Já na Teoria da Distância Transacional de Michael G. Moore (1972), chamada, em
1972, como a "Teoria da Autonomia do Aluno – a segunda dimensão da aprendizagem
independente", fortemente influenciado por Wedemeyer, de quem M. Moore foi
discípulo, a distância transacional é uma função de duas variáveis: diálogo e estrutura. O
diálogo está relacionado com a capacidade de comunicação entre o professor e o aluno,
enquanto que a estrutura é uma medida da resposta de um programa às necessidades
individuais do aluno. (MOORE; KEARSLEY, 2007).
Albert Bandura defende que aprendemos ao observar os outros. A observação de
modelos exteriores (pessoas, meios eletrônicos, livros) acelera mais a aprendizagem do
que se esse comportamento tivesse de ser executado pelo “aprendiz”. Segundo Bandura,
(1965 apud PERVIN, 1978, p. 513-583):
a aprendizagem social é constituída por quatro etapas: atenção,
retenção, produção e motivação. Podemos dizer que a atenção é
o processo que possibilita a otimização da aprendizagem. Para
haver aprendizagem, é preciso prestar atenção a elementos
significativos do comportamento e para que um comportamento
possa ser aprendido, ele precisa ser armazenado em nosso
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sistema cognitivo. Após prestarmos atenção e guardando
informações podemos agir, mas só iremos produzir ou reproduzir
algo se julgarmos que há algum tipo de benefício, se estivermos
motivados. Motivação é uma necessidade ou desejo que
impulsiona um determinado tipo de comportamento e encaminha
para um objetivo.
Finalizando, a teoria baseada no ensino reflexivo de Schon (2000), que aponta a
importância de formar um professor reflexivo, que dê conta de lidar com as incertezas
que surgem na sua ação, tanto por parte dos alunos quanto do próprio professor. Ele
afirma ainda que podemos refletir sobre a ação, pensando retrospectivamente sobre o
que fizemos, de modo a descobrir como nosso ato de conhecer-na-ação pode ter
contribuído para um resultado insperado.
Partindo desse pressuposto, o desenho pedagógico está estruturado em áreas
interligadas e provedoras dos processos e comportamentos esperados.
Figura 1: Desenho pedagógico do curso
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Este desenho, como é mostrado na figura, se constitui de:
a) aspectos organizacionais: onde estão inseridos a estrutura do curso, o
planejamento curricular e tecnológico do projeto. Esses aspectos dizem respeito
às definições dos objetivos do curso, definições de papeis, organização do
tempo/espaço, levando em conta a flexibilidade que a virtualidade propicia;
b) aspectos metodológicos: incluídos os propósitos da aprendizagem, conteúdo das
disciplinas, materiais, as atividades, aulas práticas, interações, procedimentos de
avaliação e a organização de todos esses elementos numa sequência didática para
a aprendizagem;
c) aspectos tecnológicos: definição da plataforma de EAD, suas funcionalidades,
recursos, objetos de aprendizagem e variáveis.
Segundo Zabala (1998) as variáveis tempo/espaço são, em geral, pouco
explicitadas nos modelos pedagógicos, mas tornam-se elementos fundamentais em
qualquer espaço de intervenção pedagógica.
Com relação aos aspectos metodológicos, entendemos que materiais
instrucionais, objetos de aprendizagem e outros elementos, especialmente, utilizados
com a finalidade de apropriação do conhecimento são relativos ao tipo de conteúdo que
se pretende trabalhar (conceitual, fatual, atitudinal, procedimental) de acordo com uma
das classificações aceitas na educação (ZABALA, 1998).
Os aspectos tecnológicos tratam não somente da seleção dos recursos digitais a
serem utilizados na aula, mas também da relação, articulação e estruturação que a
combinação destes elementos terá. Entre os aspectos tecnológicos, tem-se a Plataforma
Moodle, como o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Considera-se o AVA um
ambiente coletivo que favorece a interação e colaboração dos sujeitos participantes,
sendo este um todo constituído pela plataforma e por todas as relações (redes)
estabelecidas pelos sujeitos usuários a partir do uso dos recursos de comunicação, tendo
como foco principal a aprendizagem.
Nesta perspectiva, o aluno aprende a fazer fazendo, participando de experiências
práticas, de situações reais que vão além do isolamento disciplinar, onde o conhecimento
é concebido como resultado da ação do sujeito sobre a realidade, criando assim novas
práticas.
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2.5 Objetivo geral
O objetivo geral do curso de Pedagogia consiste em formar profissionais para o
exercício das funções de magistério nos ambientes escolares e não escolares de Educação
Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos Cursos de Ensino Médio e de
Educação Profissional e em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos
pedagógicos, contemplando em sua formação as múltiplas abordagens de
conhecimentos, instrumentos de estudos e pesquisas próprias de cada área, ampliando
seu repertório analítico e cultural, favorecendo a prática reflexiva e consequentemente a
aquisição da qualificação necessária para sua atuação no mercado.
2.6 Objetivos específicos
São objetivos específicos do curso de Pedagogia:
a) trabalhar novas formas de aprender e ensinar, por meio de um repertório de
informações compostas por conhecimentos teóricos e práticos, fundamentados
nos princípios da interdisciplinaridade, contextualização, democratização, ética,
valores, sensibilidade afetiva e estética;
b) incentivar a capacidade criativa e criadora do aluno, facilitando sua aplicação
prática com base no currículo do curso;
c) sensibilizar o aluno para a necessidade permanente de formação e atualização, na
perspectiva de uma educação continuada;
d) viabilizar propostas e ações integradas para o trabalho em espaços escolares e
não escolares, a fim de promover a aprendizagem em diferentes etapas do
desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo
educativo; e
e) promover atividades coletivas e/ou individuais, estabelecendo diálogos sobre a
diversidade, respeitando, entre outras, diferenças ambientais, ecológicas, étnico-
raciais, de gênero, sociais, de religião, físicas e psicológicas.
2.7 Políticas institucionais de ensino, pesquisa e extensão
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No âmbito da graduação, as políticas de qualificação do corpo discente reforçam
o papel includente da IES, estando caracterizadas por seus programas de nivelamento
orientados por alunos de períodos mais avançados e por plantões semanais de
professores que acompanham os alunos em dificuldades; monitorias para iniciação à
docência; simpósios discentes semestrais que reforçam o protagonismo estudantil;
semanas de pesquisa, extensão e pós-graduação, levando para fora de sala de aula as
perguntas sem respostas e as intervenções necessárias; inserção de disciplinas com
conteúdos socioculturais, de relações étnico-raciais, libras, empreendedorismo,
responsabilidade socioambiental, filosóficos, raciocínio lógico, leitura e produção de
textos e cidadania; um núcleo de apoio psicopedagógico, cujo papel de desenvolvimento
pedagógico e ações de prevenção e mediação dos conflitos estreitam os laços entre a
Instituição, os discentes e os docentes.
Além dos conteúdos disciplinares, a educação ambiental, a educação para os
direitos humanos e a educação para as relações étnico-raciais transversalizam a formação
utilizando-se também de eventos institucionais, como: Fórum de Responsabilidade
Ambiental, Expoágua, Brasileirafro, Brasileiríndio, Fórum Paraolímpico, Seminários das
Águas, Fórum do Terceiro Setor e Lideranças Sociais; além disso, semestralmente, ocorre
o Simpósio Docente, com efetiva contribuição para a formação continuada nas questões
relacionadas à prática pedagógica, seus aspectos filosóficos e metodológicos,
operacionalizados em conferências, grupos de trabalho, oficinas e relatos de experiência.
Nas Políticas de Aprimoramento e de Qualificação do Corpo Discente busca-se o
envolvimento do corpo discente no processo de construção do conhecimento, por meio
dos programas Institucionais de nivelamento e monitorias, que objetivam facilitar a
transição dos ingressantes ao universo do ensino superior, bem como assisti-los na
consolidação do conhecimento adquirido ao longo do curso. Busca-se também estimular
o desenvolvimento do raciocínio lógico e da compreensão e interpretação de textos pela
adoção de conteúdos comuns a todos os cursos logo no início da graduação.
Já as Políticas de Adequação e Atualização dos Projetos Pedagógicos envolvem a
atualização dos Projetos Pedagógicos dos Cursos, visando mantê-los adequados às
realidades e às demandas das comunidades interna e externa, sempre em consonância
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com o PDI institucional, a legislação educacional brasileira e as transformações do
mercado de trabalho. Tais políticas também envolvem a concepção das estruturas
curriculares, de forma que sejam flexíveis e que reflitam as atualizações do ensino e a
interdisciplinaridade, permitindo uma visão integrada e articulada das diversas unidades
curriculares.
A Política de Correções em Função de Avaliações Internas e Externas trata-se da
adoção de medidas preventivas e corretivas para as fragilidades apontadas pelos
relatórios da Comissão Própria de Avaliação (CPA), e pelos relatórios do Exame Nacional
de Desempenho de Estudantes (ENADE) e das avaliações in loco, externamente. Estes
processos avaliativos sinalizam as oportunidades para melhoria em toda a estrutura
organizacional, abrangendo recursos de diversas naturezas, tais como recursos
acadêmicos, humanos, físicos e tecnológicos.
Nas Políticas de Aprimoramento e de Qualificação do Corpo Docente a seleção de
docentes é um processo definido, Institucionalizado e criterioso, envolvendo diferentes
setores da organização. Desde seu ingresso no corpo docente da UNISUAM, o professor
é incentivado à atualização constante, condição imprescindível à carreira docente. Além
disso, o plano de carreira docente, institucionalizado, norteia e incentiva a evolução da
titulação acadêmica do professor, da produção científica e do desempenho da docência.
Há incentivo para que o docente possa intensificar a pesquisa científica e a produção
acadêmica por meio de editais anuais de projetos de pesquisa e extensão.
As Políticas de Melhoria das Condições de Infraestrutura envolvem a renovação e
a atualização do acervo bibliográfico do curso, sempre em sintonia com as disciplinas da
estrutura curricular. Busca-se a melhoria do ambiente das salas de aula, objetivando
sempre alcançar as condições ideais para o desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem. Busca-se também permitir que o discente exponha suas sugestões e
críticas, por meio de um processo moderno e eficiente.
As Políticas de Formação do Egresso envolvem a manutenção dos cursos em
sintonia com as necessidades acadêmicas, o mercado de trabalho e a legislação
pertinente, pela constante análise e redefinição das matrizes curriculares.
Nas Políticas de Formação Continuada ocorre a oferta de cursos de extensão, pós-
graduação lato sensu (especialização) e pós-graduação stricto sensu (mestrado).
18
As Políticas de Inclusão Social possibilitam o acesso ao ensino superior a pessoas
com situação econômica vulnerável, por meio da oferta de bolsas de estudo integrais e
parciais. Envolvem também a celebração de convênios com instituições públicas e
privadas.
As principais políticas institucionais no âmbito da pesquisa são:
a) políticas de apoio ao corpo docente e ao discente: envolvem o estímulo à iniciação
científica, a partir da concessão de bolsas de iniciação científica (PIBIC/UNISUAM)
e de incentivo à pesquisa para os professores, por meio de editais próprios, na
graduação e na pós-graduação;
b) políticas de convênios e parcerias: abrangem o estabelecimento de parcerias com
instituições de pesquisa nacionais e internacionais, agências do governo e
empresas; e
c) políticas de indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão: envolvem o
estímulo e a realização de projetos que possibilitem a concretização da
multidisciplinaridade e interdisciplinaridade. Envolvem também o
estabelecimento de ações de incentivo à criação de empresas por alunos de
graduação, pós-graduação e egressos em vinculação com ações de inovação
implementadas pela Instituição.
As principais políticas institucionais no âmbito da extensão são:
a) políticas de apoio ao corpo docente e ao discente: abrangem o estímulo à prática
acadêmica, a partir da concessão de bolsas de extensão (PIBEXT/UNISUAM) e de
incentivo à extensão para os professores, por meio de editais próprios. Estas ações
contribuem para o desenvolvimento da consciência social e política,
proporcionando a formação de profissionais-cidadãos alinhados com a missão
Institucional;
b) políticas de apoio à produção científica: envolvem a promoção de eventos
científicos. Estimulam, em conjunto com a pesquisa, a produção científica a partir
dos dados levantados pelas ações e projetos extensionistas. Apoiam a realização
19
de produções coletivas para produção de livros a serem publicados na UNISUAM
Publicações em parcerias com outras editoras; e
c) políticas de avaliação: desenvolvem um processo de avaliação permanente dos
projetos e das ações extensionistas.
3 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Esta seção trata da organização didático-pedagógica do curso.
3.1 Funcionamento do Curso:
Quadro 1: Identificação do curso – ATUALIZADO - SAGA
Denominação do Curso Pedagogia
Nível /Modalidade do Curso –
Graduação
Licenciatura
Situação Legal do Curso Reconhecimento do Curso: Decreto nº 77545,
publicado no DOU de 05/05/1976 - Renovação:
Portaria nº 286 de 21/12/2012, publicada no
D.O.U. de 27/12/2012.
Data de Início de Funcionamento
do Curso
02 de maio de 1971
Duração do Curso 8 semestres
Área de Conhecimento (CNPq) Ciências Humanas
Máximo de Períodos para
Conclusão
12
Titulação oferecida pelo curso Licenciado em Pedagogia
Regime Escolar Semestral
Número de Vagas Semestrais
Previstas por Turma:
60 vagas
20
Carga Horária mínima: 3620 h
Máximo de Trancamentos 8
Tempo mínimo de integralização 08 períodos (04 anos)
Total de Créditos da Estrutura em
Disciplinas Obrigatórias
147(132/15)
Total de Horas da Estrutura em
Disciplinas Obrigatórias:
2940(2640/300) - baseado em 20 horas por
crédito
Total de Horas em Atividades
Complementares
100 horas
Total de Horas da Estrutura
Curricular:
3040 - Carga Horária (60 min.): 2600h
Toral de Horas em Práticas
pedagógicas
600 horas
Máximo de Créditos por Período: 20
Local de Funcionamento do Curso Campus Bonsucesso
Relação Candidato /Vaga nos últimos três anos: PROCESSO SELETIVO + ENEM + READMISSÃO + APROVEITAMENTOS DE ESTUDO (ADMISSÃO POR TRANSFERÊNCIA).
ANO/PERÍODO TOTAIS
2012/1 98
2012/2 67
2013/1 146
2013/2 80
2014/1 113
2014/2 129
2015/1 116
21
Turnos de Funcionamento:
Noturno
18:30 às 22:00
Local de Funcionamento do Curso: Bonsucesso
Número Atual de Professores Atuando no Curso:
2015.1 = 19
4.11 Data de Início de Funcionamento do Curso:
02 de maio de 1971
3.2 Estrutura curricular do curso
A Coordenação, o Núcleo Docente Estruturante — NDE — e o Colegiado do Curso de
Pedagogia, em um processo de avaliação permanente, buscam sempre adequar o
currículo às Diretrizes Curriculares Nacionais, tendo em vista a formação profissional e o
mercado de trabalho. Neste sentido, os estudos pedagógicos são apresentados aos
discentes, ainda no primeiro período, porque se considera que, na atualidade, todo e
qualquer estudo sobre a formação pedagógica deve ser realizado a partir de uma
perspectiva social e política. Assim, privilegiam-se reflexões sobre articulação entre
formação docente e sociedade, Práticas Inclusivas e cultura e Pesquisas e Práticas
Pedagógicas e ensino.
Organização Curricular
A Estrutura Curricular do Curso do curso de Pedagogia, licenciatura para a docência
na Educação Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio,
modalidade normal, atendendo as DCN’s é constituído de:
22
I - um núcleo de estudos básicos;
II - um núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos;
III - um núcleo de estudos integradores;
I – O núcleo de estudos básicos é organizado por um conjunto de disciplinas que dão
sustentação à formação do professor, por meio de estudos da literatura pertinente, da
reflexão, da contextualização da realidade educacional e de ações críticas.
São elas:
1- Metodologia do Trabalho Acadêmico e Científico
2- Leitura e Interpretação de Textos
3- Tecnologias em Educação
4- Introdução à Pedagogia
5- Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem
6- Filosofia da Educação
7- Empreendedorismo e Cooperativismo
8- Didática
9- Políticas Públicas Educacionais
10- Avaliação Educacional
11- História da Educação
12- Estudos Sócio-Antropológicos da Educação
13- Política Educacional Brasileira
14- Cidadania
15- Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa
16- Raciocínio Lógico
17- Metodologia do Ensino de Ciência e Matemática
18- Educação das Relações Étnico Raciais
19- Responsabilidade Social e Ambiental
20- Metodologia do Ensino da História e Geografia
21- Metodologia do Ensino Médio
22- Educação de Jovens e Adultos e Trabalho
23
23- Tecnologias em Educação
24- Políticas Públicas Educacionais
II - O núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos dá ênfase a atuação
profissional nas relações educativas, pedagógicas e tecnológicas, considerando as
características culturais e sociais da realidade brasileira. Este núcleo compreende as
seguintes disciplinas:
1- Aprofundamento no Estudo da Didática
2- Alfabetização
3- Currículos e Programas
4- Planejamento Educacional
5- Fundamentos da Educação Infantil
6- Aprofundamento Sócio-Filosóficos da Educação
7- Pedagogias nas Instituições não Escolares
8- Gestão Escolar
9- Libras
10- Educação Inclusiva
III – O núcleo de estudos integradores objetiva estimular a ampliação da formação
através de práticas relacionadas às disciplinas de modo a propiciar vivências, nas mais
diferentes áreas do campo educacional, assegurando aprofundamentos e diversificação
de estudos, experiências e utilização de recursos pedagógicos;
1-Estágio Supervisionado em Educação Infantil
2- Arte, Cultura Popular e Educação
3-Estágio Supervisionado nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
4- Estágio Supervisionado nas Disc. Pedagógicas do Ensino Médio
5- Estágio Supervisionado em Gestão Escolar
6- Seminário de Pesquisa em Educação
24
O currículo do curso de Pedagogia de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais
contempla também 12 disciplinas com 50 horas de carga horária de atividades prática
relacionadas às disciplinas de modo a propiciar vivências, nas mais diferentes áreas do
campo educacional, assegurando aprofundamentos e diversificação de estudos,
experiências e utilização de recursos pedagógicos cada uma, totalizando 600 horas.
1- TECNOLOGIAS EM EDUCAÇÃO
2- INTRODUÇÃO A PEDAGOGIA
3- AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
4- CURRÍCULOS E PROGRAMAS
5- PLANEJAMENTO EDUCACIONAL
6- ARTE CULTURA POLULAR E EDUCAÇÃO
7- PEDAGOGIAS NAS INSTITUIÇÕES NÃO ESCOLARES
8- EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO RACIAIS
9- GESTÃO ESCOLAR
10- EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E TRABALHO
11- SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO*
12- FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Em consonância com a legislação em vigor, mas também com o Projeto pedagógico
Institucional da UNISUAM o currículo do Curso de Pedagogia contempla: disciplinas na
modalidade à distância: Metodologia do Trabalho Acadêmico e Cientifico, Filosofia da
Educação, Estudos Sócio-Antropológicos, Cidadania, Raciocínio Lógico e Responsabilidade
Social e Ambiental.
Sete disciplinas compartilhadas com as Licenciaturas na modalidade Presencial que
são: Leitura e Interpretação; Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem; Didática;
Políticas Públicas Educacionais; Avaliação Educacional; Empreendedorismo e
Cooperativismo; Educação Inclusiva e Libras.
A estrutura curricular do curso de Pedagogia fica assim distribuída:
25
2.940 horas (2640/300) dedicadas às atividades formativas e estágio; 100 horas
de atividades complementares.
Total de horas da estrutura Curricular: 3040 – Carga horária (60 minutos): 2600
Total de horas em Atividades Prática relacionadas às disciplinas: 600 horas.
Totalizando 3.200 horas. Enfim, o currículo do Curso de Pedagogia procura formar
um professor comprometido com a dimensão do Ensino e da Pesquisa, extensão,
oferecendo condições para que o processo ensino-aprendizagem esteja alicerçado em
fundamentos psicológico, filosóficos políticos e históricos, sociais, artísticos, etc.
Coerente com as Diretrizes Curriculares Nacionais e com a proposta Pedagógica
Institucional de reestruturação o curso de Pedagogia oferece também uma disciplina
eletiva, permitindo ao aluno selecionar, direcionar a sua preferência, a sua formação
profissional e ampliar a sua formação cultural.
Matrizes Curriculares
A matriz curricular é constituída de disciplinas obrigatórias, pertencentes aos três
núcleos de estudos, uma disciplina eletiva , que é de livre escolha do aluno, podendo ser
cursada em outra licenciatura oferecida pela UNISUAM, perfazendo um total de 4
créditos. O aluno deve realizar 100 horas de Atividades Complementares distribuídas ao
longo do curso, 300 horas de estágio supervisionado obrigatório e 600 horas de atividades
práticas integradoras vinculadas às disciplinas também de caráter obrigatório.
No último período do curso, apresenta-se o Seminário de Pesquisa. Assim, pode-
se dizer que a distribuição dessas unidades na matriz curricular favorece a correlação e a
seqüência dos conteúdos que se complementam e possibilitam a construção gradual de
conhecimentos indispensáveis à formação do aluno.
26
UNISUAM - CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
ESTRUTURA CURRICULAR OFICIAL
Sede: UNISUAM-RJ
Curso: Licenciatura Plena em Pedagogia
Estrutura Curricular: PED101 (Ativa)
Reconhecimento: Decreto nº 77545, publicado no DOU de 05/05/1976
27
Renovação: Portaria nº 286 de 21/12/2012, publicada no D.O.U. de 27/12/2012.
Disciplinas Obrigatórias / Eletivas
1º Período
Código Nome Tipo
Forma de
Aval. Créditos
C.R.
Min.
C.H.
Min.
GINS1001
Metodologia do Trabalho
Acadêmico e Científico Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GINS1007 Leitura e Produção de Textos Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1003 Tecnologias em Educação Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1004 Introdução à Pedagogia Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPSI1003
Psicologia do Des. envolvimento
e Aprendizagem Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
Subtotal do Período: 20(20/0)
2º Período
Código Nome Tipo
Forma de
Aval. Créditos
C.R.
Min.
C.H.
Min.
GINS1008
Empreendedorismo e
Cooperativismo Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GINS1010 Filosofia da Educação Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GLIC1001 Didática Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GLIC1003 Políticas Públicas Educacionais Obrigatória Nota 2(2/0) 0 0
GLIC1004 Avaliação Educacional Obrigatória Nota 2(2/0) 0 0
GPED1005 História da Educação Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
Subtotal do Período: 20(20/0)
3º Período
Código Nome Tipo
Forma de
Aval. Créditos
C.R.
Min.
C.H.
Min.
GINS1009
Estudos Sócio Antropológicos da
Educação Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1006
Aprofundamento no Estudo da
Didática Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1007 Política Educacional Brasileira Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
28
GPED1008 Alfabetização Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1009 Currículos e Programas Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
Subtotal do Período: 20(20/0)
4º Período
Código Nome Tipo
Forma de
Aval. Créditos
C.R.
Min.
C.H.
Min.
GINS1003 Cidadania Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1010 Planejamento Educacional Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1011
Metodologia do Ensino da Língua
Portuguesa Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1012
Fundamentos da Educação
Infantil Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1013
Aprofundamento em Estudos
Sócio-Filosóficos da Educação Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
Subtotal do Período: 20(20/0)
5º Período
Código Nome Tipo
Forma de
Aval. Créditos
C.R.
Min.
C.H.
Min.
GINS1002 Raciocínio Lógico Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1014
Metodologia do Ensino de
Ciência e Matemática Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1015
Pedagogias nas Instituições não
Escolares Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1016
Estágio Supervisionado em
Educação Infantil Obrigatória
Resultado
Final 4(1/3) 80 0
GPED1017
Educação das Relações Étnico
Raciais Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
Subtotal do Período: 20(17/3)
6º Período
Código Nome Tipo
Forma de
Aval. Créditos
C.R.
Min.
C.H.
Min.
GINS1006
Responsabilidade Social e
Ambiental Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GLIC1010 Arte, Cultura Popular e Educação Obrigatória Nota 2(2/0) 0 0
29
GPED1018
Metodologia do Ensino da
História e Geografia Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1021 Metodologia do Ensino Médio Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1026
Estágio Superv nos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental Obrigatória
Resultado
Final 5(1/4) 100 0
Subtotal do Período: 19(15/4)
7º Período
Código Nome Tipo
Forma de
Aval. Créditos
C.R.
Min.
C.H.
Min.
GPED1019
Estágio Supervisionado nas Disc.
Pedagógicas do Ensino Médio Obrigatória
Resultado
Final 5(1/4) 119 0
GPED1020 Gestão Escolar Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1022
Educação de Jovens e Adultos e
Trabalho Obrigatória Nota 4(4/0) 0 0
GPED1025 Eletiva Eletiva Nota 4(4/0) 0 0
Subtotal do Período: 17(13/4)
8º Período
Código Nome Tipo
Forma de
Aval. Créditos
C.R.
Min.
C.H.
Min.
GPED1001 Libras Obrigatória Nota 2(2/0) 0 0
GPED1002 Educação Inclusiva Obrigatória Nota 2(2/0) 0 0
GPED1024
Estágio Supervisionado em
Gestão Escolar Obrigatória
Resultado
Final 5(1/4) 136 0
GPED1027
Seminário de Pesquisa em
Educação Obrigatória
Resultado
Final 2(2/0) 136 0
Subtotal do Período: 11(7/4)
Outras Informações
Máximo de Créditos por Período: 20
Mínimo de Períodos para Conclusão: 8
Máximo de Períodos para Conclusão: 12
Máximo de Trancamentos: 8
30
Total de Créditos da Estrutura em Disciplinas
Obrigatórias: 147(132/15)
Total de Horas da Estrutura em Disciplinas Obrigatórias:
2940(2640/300) - baseado em 20 horas por crédito
Total de Horas em Atividades Complementares: 100
horas
Total de Horas da Estrutura Curricular: 3040 - Carga
Horária (60 min.): 2600h
Toral de Horas em Práticas pedagógicas: 600 horas
Metodologia de ensino
O presente projeto, enquanto instrumento teórico-metodológico, estrutura-se
sobre bases teóricas que buscam a construção do conhecimento com base na
epistemologia que busca contextualizar o ensino, valorizando os saberes dos discentes,
que advém de meios socioculturais diferentes, com vivências individualizadas e
diferenciadas, para, a partir deles, construir e reconstruir o conhecimento em atividades
práticas e de reflexão sobre situações-problema, participação em projetos de extensão
de forma a tornar a aprendizagem significativa.
Por conseguinte, reconhece que o ensino atual funda-se basicamente nas
teorias empirista e apriorista, sendo a primeira centrada no professor, privilegiando o
conhecimento como vindo de fora, a internalização de informações, desprestigiando a
construção conjunta do conhecimento e a aquisição de competências, enquanto a última
parte do pressuposto de que as condições para aquisição e construção do conhecimento
são inatas ao aluno, e na sua bagagem hereditária, sendo o discente capaz de aprender
sozinho, sendo ambas merecedoras de críticas enquanto métodos de construção do
conhecimento científico.
A epistemologia empirista, ao centralizar o conhecimento no professor,
transforma-o numa espécie de ditador, por monopolizar a informação, impor o silêncio,
a concordância, a subserviência e conceber métodos que acabam por oprimir a liberdade
31
de pensar do discente, destruir a sua criatividade intelectual, impedir a análise e a
reflexão dentro de um contexto científico e da realidade social. Esse tipo de ensino foi
denominado por Paulo Freire (1984) como “educação bancária”, ou seja, aquela cujo
educador simplesmente deposita o seu conhecimento no discente, acaba por transformá-
lo em mero ser em adaptação e ajustamento, sem se importar com sua subjetividade.
Por outro lado, a epistemologia apriorista mostra-se tão autoritária quanto a
empirista, pois parte do pressuposto de que o aluno possui o domínio em determinada
área e capacidade de abstração suficiente - especialmente na área de atuação específica
do professor – e um volume de informações organizadas, como se as condições para o
aprendizado estivessem em sua bagagem hereditária, o que é desmentido ao se observar
as deficiências da formação fundamental e média dos ingressantes. Ademais, essa teoria
despreza a importância do docente como provocador da reflexão, análise, verificação,
criação etc.
Feitas essas considerações, pretende-se o deslocamento do eixo pedagógico
clássico professor-aluno para o eixo aluno-situação problema, aluno-comunidade, como
um novo conceito de sala de aula, privilegiando atividades acadêmicas voltadas à inserção
do discente com a contextualização das questões sociais, propiciando à comunidade
acadêmica uma relação significativa entre a teoria e a prática, por meio de uma interação
recíproca com os fatos, quer através da vivência com situações reais, quer simuladas.
Assim, a opção metodológica consiste na preferência pelo ensino
contextualizado, considerando-se o ambiente social do discente, suas experiências, seu
dia-a-dia, as questões sociais e econômicas da atualidade, violência, exclusão e inclusão
social, família, educação, serviços públicos e atuação do Estado etc., a fim de contribuir
para o perfil desejado.
Pretende-se evitar o ensino representado no gabinete antropomórfico de
Salvador Dali, uma síntese da fragmentação do ensino centrado no professor, alicerçado
numa estrutura curricular dividida em disciplinas, sem o necessário entre conteúdos,
como “gavetas estanques”, que não dialogam entre si.
Como na ilustração, o ensino é criticado, porque na execução dos projetos
pedagógicos, a estrutura curricular com disciplinas compartimenta o ensino, sem
qualquer interdisciplinaridade, com metodologia centrada no professor, privilegiando a
simples transmissão de informações em detrimento da aprendizagem, o acúmulo e a
32
internalização de teorias e conceitos em detrimento da aquisição de competências,
gerando um descompasso entre o planejamento e a prática pedagógica.
Para desenvolver competências e habilidades previstas no presente projeto,
opta-se pelo estímulo ao emprego de metodologias inovadoras e pela contextualização
dos conteúdos teóricos com as situações hipotéticas e reais e o envolvimento do discente
com atividades práticas desde o inicio do curso.
O presente projeto não concebe a aprendizagem como acúmulo de informações,
mas como um processo de construção de significados, uma vez que o discente aprende
sobre um conteúdo, procedimento, comando normativo ou valor quando for capaz de
atribuir-lhe um significado ou adquirir a percepção de que o conhecimento lhe é útil ou
lhe será útil no futuro. Ao construir os significados, o discente estará realmente envolvido,
porque além da óbvia motivação intelectual, incorporará valores que explicam o
cotidiano, constroem a compreensão de problemas do entorno social e mundial, ou
facilitam viver o processo da descoberta.
Os docentes procurarão, por meio de metodologias inovadoras, tornar a
aprendizagem mais significativa, com metodologias mais centradas no aluno, com
estímulo a independência e na autogestão de sua aprendizagem, com questões que
desafiem o discente buscar fundamentação teórica e soluções práticas para problemas
reais, de modo que a aprendizagem seja mais significativa.
O discente será estimulado a correlacionar e integrar a teoria com a prática, a
compreender os fenômenos jurídicos e sociais sob diferentes pontos de vista, a responder
às questões e problemas reais, analisar e sintetizar informações, à autoaprendizagem, à
curiosidade e à investigação. Para tanto, a situação desencadeadora poderá ser o estudo
de um caso ou de fato com pertinência temática, uma situação problema a ser
solucionada etc.
Para compreensão da complexidade dos fenômenos educacionais existentes no
mundo, o curso está organizado em unidades curriculares, aqui denominadas de
conteúdos. Todavia, para que a compreensão se traduza em conhecimento educacional
abrangente, tais conteúdos deverão ser trabalhados de forma não fragmentada, mas sim
contextualizada de forma interdisciplinar, intradisciplinar e multidisciplinar.
A contextualização dos conteúdos é adotada como estratégia metodológica para
enraizar o conhecimento e fundamental na construção de significados, pois quanto mais
33
próximos os conteúdos trabalhados pelos docentes estiverem dos contextos do cotidiano
e das relações sociais da atualidade, maior significado terá a busca do conhecimento pelo
discente, pois a reflexão e resolução de problemas práticos irão induzir à necessidade de
iluminá-los com a teoria.
Embora sejam inesgotáveis os contextos ilustrativos que possam ser utilizados
para ajudar o discente a conferir significado ao contexto social, o docente poderá lançar
mão das seguintes categorias:
a) a vida pessoal e cotidiana dos alunos em sua riqueza e multiplicidade, tais como:
de problemas econômicos a questões de convivência pessoal, de sexualidade a
relações com o meio ambiente, do mundo do trabalho ao mundo da família, da
gestão da vida financeira à gestão do corpo e da saúde;
b) a sociedade ou o mundo no qual o aluno vive com temas das mais diversas
complexidades, questões e problemas dentro de uma perspectiva globalizada e
unificada pelas tecnologias da comunicação e obtenção de informações: jurídica,
política, econômica etc.; e
c) o mercado de trabalho e as oportunidades profissionais como empreendedor, o
momento histórico, as circunstâncias e o local de produção do conhecimento etc.
Com a opção metodológica supra e com uma estrutura curricular que reúne os
conteúdos curriculares em eixos temáticos, abre-se a possibilidade de se trabalhar a
formação de forma integrada. Pretende-se a partir dessa opção, sintetizar a opção
metodológica pelo estímulo e que busca de um ensino que propicie significados
contextualizados de maneira inter, intra e multidisciplinar.
Mudanças recentes nos métodos pedagógicos estão sendo desenvolvidas, em
paralelo com os avanços das tecnologias de informação. Novas interações estão surgindo,
do ponto de vista tecnológico, das comunicações e das organizações.
A base desse contexto é a sociedade da informação, ou sociedade do
conhecimento, na qual as transformações, bastante profundas, nos levam à sociedade da
aprendizagem, em que espaços de educação e produção de conhecimento alteram-se
diariamente. A complexidade da sociedade pós-moderna aponta para a necessidade de
mudanças, principalmente no que diz respeito aos paradigmas da educação superior.
Com respaldo na Política Pedagógica Institucional, na LDB, nas Diretrizes
Curriculares elencadas na Resolução nº. 09 CNE/CES/MEC 2004 e no Plano de
34
Desenvolvimento Institucional, modificaram-se as estruturas confortáveis dos ambientes
de aprendizagem inflexíveis de disciplinas, para trabalhar com conteúdos curriculares
reunidos em eixos temáticos, de forma a reforçar a interdisciplinaridade horizontal e
vertical no processo formativo.
Nesse sentido, a reunião dos conteúdos curriculares em eixos temáticos e a
integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão deverão propiciar a transformação dos
espaços de aprendizagem, à luz do paradigma da prática reflexiva, crítica e investigativa.
A partir dessa organização curricular e filosofia metodológica, abre-se a
necessidade de práticas inovadoras no espaço da sala de aula ou até fora dela, as quais
precisarão ser permanentemente reinventadas, com o estímulo a metodologias ativas.
Uma nova cultura passa a ser adotada na medida em que o aprender a aprender torna-se
um princípio para todos os atores envolvidos.
Nessa perspectiva, os docentes deverão assumir a liderança do processo formativo, pois
suas funções são pedagógicas e sociais, exigindo-se competências técnicas e políticas para
articulação dos diferentes atores em torno do Projeto Pedagógico do Curso e da proposta
institucional, que visa ao desenvolvimento da cidadania na busca pela autonomia, a
inclusão social, a liberdade de aprender e ensinar, a consciência ambiental, o
comportamento ético e o respeito à diversidade étnica, social, cultural e religiosa, típicas
de uma sociedade multifacetada, norteando o processo educacional e as características
sociais que acompanham a aprendizagem e a construção do conhecimento.
3.4 Articulação teoria e prática
Ao mergulhar no cotidiano escolar, com todos os sentidos/ percepções apuradas,
logo chegamos à compreensão que a escola real e virtual é um lugar privilegiado, é uma
das instâncias possíveis para a sistematização de ações voltadas para efetivar a formação
continuada dos professores, posto que é neste espaço que cotidianamente os professores
“tramam” suas práticas.
Portanto, compreender e interpretar este fazer docente e desvelá-lo com o
objetivo de apontar saídas para a melhoria/aperfeiçoamento do processo
ensino/aprendizagem requer uma criteriosa investigação sobre esse cotidiano. Requer
experimentar novas formas, desenvolver novas soluções para enfrentar a aprendizagem
35
do Séc. XXI. E justamente essa busca constante do professor 3.0, surge da transformação
na maneira de ensinar, na implementação de um modelo de fazer pedagógico, diferente
daquele que a maioria de nós foi ensinado.
Enquanto professores, precisamos criar um novo ambiente, inventar uma nova
forma de ensinar, para que possamos estar mais próximos do mundo dos nossos alunos.
Pretendemos então tomar a prática dos professores, enquanto lógica verdadeira,
caminho enunciativo de práticas significativas, práticas inventoras do espaço escolar.
Prática que deve ser privilegiada e considerada, quando do trato da questão da formação
continuada com vista à educação contemporânea. E por que não por meio de um espaço
virtual de aprendizagem?
Entendemos que a formação docente deve alicerçar-se numa “reflexão na prática
e sobre a prática” (NÓVOA, 1991, p. 30), por meio de dinâmicas que investiguem a ação
e formação, simultaneamente, demandando, portanto, a reflexão sobre a história e
trajetória dos professores, valorizando os saberes de que estes são portadores, e,
desvelando assim [...] o processo de apropriação do sistema topográfico pelo pedestre no
sentido que os professores (pedestres/ caminhante errante por vezes) desenvolvem os
seus próprios sistemas e saberes, num processo mobilizador, cooperativo e circular, que
se faz instigante, visto que nunca está pronto e acabado, posto que revelam práticas do
cotidiano (CERTAU, 1994, p. 177).
Esta formação, aprendizado por excelência, se faz em teia, se constrói em redes
sucessivas, combinações que variam conforme o momento, os percursos e os
caminhantes. Não é possível reduzi-la ao seu traçado gráfico, uma vez que uma série de
variáveis devem ser observadas. Portanto, é preciso deixar transparecer a prática. É
preciso proporcionar um espaço interativo, inovador, onde os professores possam
discutir seus fazeres, fazendo, experimentando outros meios, aprimorando seus
conhecimentos e construindo outros novos a partir da troca entre seus pares.
É preciso deixá-los explorar as mídias, deixá-los encontrar a melhor utilização dos
diferentes recursos disponíveis na rede e identificar suas funções e utilidades no
processo.
Lévy (1999, p. 171) afirma, ainda, que:
36
para manter as práticas pedagógicas atualizadas com esses novos
processos de transação de conhecimento, a escola precisa
assumir um papel fundamental: criar modelos de aprendizagem
em que o professor seja um “animador da inteligência coletiva”
do grupo de alunos e não mais um fornecedor de
conhecimentos. Sua atividade será centrada no acompanhamento
e na gestão das aprendizagens: o incitamento à troca de saberes,
à mediação relacional e simbólica, à pilotagem personalizada dos
percursos de aprendizagem.
3.5 Coordenação do Curso
Prof. Dr. Jorge França Motta
Titulação e Formação
Doutor em Educação pela UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003). Mestre
em Educação pela UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (1994); Especialização
em Direito Civil e Processo Civil - UNISUAM (2010), Graduado em Pedagogia pela UERJ -
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1990), e, em Direito pela UNISUAM - Centro
Universitário Augusto Motta (2008). Atualmente é Professor Adjunto e Pesquisador do
Mestrado em Desenvolvimento Local da UNISUAM Centro Universitário Augusto Motta.
Professor Adjunto na Área de Pesquisa Educacional da Universidade Estácio de Sá e
Professor Adjunto (licenciado) do Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos. Membro de
corpo editorial da Revista Augustus (Rio de Janeiro) (ISSN 1415-398X), Membro de corpo
editorial dos Cadernos de Educação (Pelotas) (ISSN 0104-1371), Membro de corpo
editorial da Revista Democratizar (ISSN 1982-5234). Tem experiência na área de Educação
com os seguintes temas: Educação Inclusiva e Educação Especial, Formação de
Professores e Políticas Públicas. Atuando principalmente com seguintes Temas de
Pesquisa: Didática, Avaliação Educacional, Acessibilidade, Cidadania, Direito e Justiça
Social, Diversidade Cultural e Educacional, Cultura Popular, Estágio Supervisionado,
Pesquisas e Práticas Pedagógicas, Práticas Educativas e Escolares, Ensino-Aprendizagem,
Formação de Professores.
37
Atribuições do Coordenador
A Coordenação de Curso é exercida por um Coordenador, representante do Colegiado,
designado pelo Reitor.
O Coordenador de Curso é o responsável pela condução do processo de elaboração e
aplicação do projeto pedagógico.
São atribuições do Coordenador de Curso:
I . cumprir e fazer cumprir as atribuições previstas no Regimento e no Estatuto do
Centro Universitário Augusto Motta;
II. convocar e presidir reunião semestral para revisão do projeto pedagógico;
III . convocar e presidir reunião com os docentes antes do início e ao final de cada
período letivo, para revisão dos conteúdos programáticos, cronograma de aulas e outras
ações que direcionem à melhoria da qualidade do ensino;
IV . aprovar os planos de ensino de cada disciplina, encaminhando-os, se solicitado, à
homologação dos órgãos superiores;
V . acompanhar e fazer cumprir a execução do calendário escolar;
VI . acompanhar e fiscalizar sistematicamente o cumprimento dos planos de ensino de
cada disciplina, por meio dos diários de classe, reuniões com professores e
representantes de turmas;
VII . fiscalizar as metodologias de ensino e de avaliação do processo de ensino-
aprendizagem, conforme plano aprovado previamente;
VIII . fiscalizar e exigir o cumprimento dos calendários das provas, datas de lançamentos
de graus e trabalhos exigidos aos discentes em cada semestre;
IX . Julgar processos de isenção e equivalência de disciplinas, assim como atender e
orientar os discentes no processo de registro acadêmico do curso;
38
X . acompanhar o acervo bibliográfico indicado para cada disciplina, inclusive sua
disponibilidade na biblioteca;
XI . coordenar, sistematizar e encaminhar as listas de aquisições do acervo bibliográfico;
XII . estimular trabalhos complementares do curso, como palestras, seminários,
pesquisas, ciclos de debates;
XIII . gerenciar o controle da frequência dos docentes e discentes;
XIV . gerenciar o programa de monitoria do curso;
XV . gerenciar as atividades de estágio do curso;
XVI . repassar à Assessoria de Avaliação Institucional suas observações sobre todos os
aspectos que possam contribuir para a melhoria do processo de avaliação e do próprio
curso;
XVII . cumprir e fazer cumprir as normas de qualidade da Instituição, sem deixar de
observar o processo de sustentabilidade do curso;
XVIII . incentivar o desenvolvimento de ações extensionistas;
XIX . estimular a implantação de projetos de extensão;
XX . contribuir para a qualificação do corpo docente;
XXI . representar interna e externamente o curso que coordena;
XXII . desempenhar outras atividades correlatas que lhe sejam atribuídas.
4 AVALIAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM
A avaliação de desempenho escolar será realizada por conteúdos curriculares,
comportando as dimensões: frequência e rendimento escolar, auferido nas avaliações, a
serem construídas e aplicadas com observância do regulamento Institucional aprovado
pela Reitoria, sob o nº 001/2014. A frequência às aulas e demais atividades escolares é
obrigatória, sendo vedado o abono, salvo nas hipóteses previstas em lei. O aluno que não
obtiver frequência mínima de 75% nas aulas e demais atividades escolares será
considerado reprovado por faltas.
A aferição do rendimento escolar será realizada no mínimo de duas e no máximo
de três avaliações (A1, A2 e A3) semestrais, com pontuação expressa em graus para a
maioria das unidades curriculares e em resultado final aprovado ou reprovado para
39
trabalho de curso (monografia) e estágio curricular supervisionado. Poderão entrar na
composição dos graus ou conceitos avaliações envolvendo apenas provas, provas em sala
e trabalhos, provas em sala e provas on line; provas em sala e seminários, atividades
externas e provas etc., que deverão ser especificados pelo docente, a composição as
formas de avaliação no seu plano de curso a ser obrigatoriamente lançado no ambiente
virtual do aluno no início do semestre letivo e exposto obrigatoriamente para a turma no
primeiro dia de aula.
Prevalece no curso a opção de avaliação por meio de prova, devendo-se evitar
questões que exijam respostas inequívocas ou busquem verificar apenas a capacidade de
recuperar dados existentes na memória ativa, pois não servem como forma de avaliação
global do aprendizado e ficam no primeiro degrau da Taxonomia de Bloom. Na década
de 1950, sob a liderança de Benjamin Bloom, especialistas de várias universidades dos
EUA estudaram as possibilidades de aprendizagem, dividindo-as em três domínios:
cognitivo, afetivo e psicomotor. No domínio cognitivo, que é objeto de interesse do
momento, foram consideradas habilidades de conhecimento, compreensão e de pensar
sobre um problema ou fato. (BECHOR; FERRAZ, 2010) que preconiza uma escala de graus
de complexidade do domínio cognitivo que deve existir no processo avaliativo da seguinte
forma:
a) reprodução: Analisa a capacidade de recuperar os dados gravados na memória
ativa da maneira como foram apreendidos;
b) compreensão: Exige interpretação do material fornecido pelo examinador,
demonstrando ter entendido os conceitos e suas relações com o todo. Deste nível
para cima já se exige a memória permanente;
c) análise: Verifica a capacidade de decompor a totalidade e reorganizá-la de forma
criativa;
d) aplicação: Verifica a capacidade de relacionar os conceitos com a realidade
concreta;
e) síntese: Verifica a capacidade de agregar e juntar partes dos conteúdos e criar
novo conceito e novas aplicações para eles;
f) avaliação: Verifica a capacidade de julgar ou emitir juízos de valor diante de
situações; e
40
g) criação: Verifica a capacidade de questionar e ir além, propondo um novo modo
de compreender e de fazer as coisas.
Na construção do instrumento avaliativo, a exemplo dos enunciados das questões
do ENADE, os enunciados deverão buscar avaliar as capacidades não só de reprodução e
compreensão de conteúdos, mas de análise, síntese e aplicação, isto é, conter grau de
complexidade que vá além dos primeiros degraus dos domínios cognitivos do discente, a
fim de aferir o aprendizado, sob a ótica do desenvolvimento de habilidades e
competências necessárias ao futuro profissional. Com esta opção metodológica, os
docentes deverão refletir e se preparar metodologicamente para saber como se aprende,
a fim de adotar estratégias sobre o que ensina.
As avaliações deverão compreender segmentos de padrão preponderantemente
discursivo, destinados a verificar a capacidade de interpretação da lei, e compreensão de
textos doutrinários, periódicos e notícias envolvendo situações representativas de
aplicação dos conteúdos, bem como a abordagem de casos e situações hipotéticas, nos
quais deverão ser avaliadas as habilidades e competências relacionadas com o domínio
dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais.
As avaliações por meio de prova poderão terão pontuação numa escala que varia
de 0 a 10 pontos, e, a juízo do docente, poderá ser construída com até 40% do valor
envolvendo questões objetivas, de modo a verificar raciocínios lógico e dedutivo, que
procurem avaliar muito além dos primeiros degraus da Taxonomia de Bloom. A avaliação
também poderá ser composta por até 20% do seu valor total, por trabalhos acadêmicos
de pesquisa individual ou em grupo, que deverão ser inscritos de acordo com as normas
da ABNT.
As peculiaridades de algumas unidades curriculares permitem a adoção de
procedimentos diferenciados na avaliação do desempenho discente, desde que se
mostrem coerentes com as normas Institucionais, com a concepção do curso e com os
princípios metodológicos, de forma a assegurar o perfil profissional desejado.
Para fins de sistematização avaliativa e registros acadêmicos, o aluno será
avaliado, oficialmente, nas seguintes etapas:
1ª Avaliação (A1) = primeira avaliação parcial, que vale de 0 a 10 (zero a dez) pontos, com
aproximação até a primeira casa decimal, não sendo permitido arredondamento;
41
2ª Avaliação (A2) = segunda avaliação parcial, que vale de 0 a 10 (zero a dez) pontos, com
aproximação até a primeira casa decimal, não sendo permitido arredondamento;
3ª Avaliação (A3) = terceira avaliação parcial, que vale de 0 a 10 (zero a dez) pontos, com
aproximação até a primeira casa decimal, não sendo permitido arredondamento.
Ao final do semestre, o aluno que obtiver média aritmética igual ou superior a 6,0
(seis), entre duas das três avaliações, será aprovado.
Quando do fornecimento dos graus auferidos pelos discentes nas avaliações - vista
de provas, que é obrigatória – o docente deverá fornecer os padrões de respostas
esperados para as questões formuladas, discuti-los em sala com os discentes, fazendo
referência à fundamentação teórica, se for o caso, com o propósito de sedimentar o
processo de ensino e aprendizagem, abrir a possibilidade para a reflexão crítica e permitir
a contestação fundamentada dos graus atribuídos. Encerrada a vista de prova, havendo
tempo hábil, o docente deverá começar a trabalhar novo conteúdo e lançar falta para os
discentes ausentes.
Com o propósito de avaliar o nível de apreensão dos conteúdos lecionados, a observância
e o cumprimento por parte dos docentes dos conteúdos das ementas visando ao
desenvolvimento das habilidades e competências dos discentes para atingir o perfil
desejado, as avaliações poderão ser elaboradas em conjunto por vários professores da
mesma unidade curricular ou de unidades curriculares integrantes do mesmo eixo
temático ou por meio de avaliação unificada.
4.2 Atividades complementares
As Atividades Complementares buscam contemplar o aproveitamento de
conhecimentos adquiridos pelo aluno regularmente matriculado, através de estudos e
práticas independentes, sejam presenciais e/ou a distância.
Para o enriquecimento desse processo formativo do acadêmico como um todo, o
currículo do curso realiza atividades complementares, inseridas no fazer pedagógico,
realizando uma inter-relação entre as demais disciplinas. Dessa forma, permitem
incentivar o aluno a expandir sua formação para além da área de concentração do curso.
Oportunizam aos alunos o conhecimento de ambientes escolares e não escolares
atividades de monitoria, iniciação cientifica e de extensão; seminários, eventos científico-
42
culturais, estudos curriculares. Propicia, também, vivências e experiências variadas.
Dentre outras, podemos destacar as campanhas de prevenção da saúde, a educação de
pessoas com necessidades especiais, a alfabetização de adultos. Neste contexto, as visitas
e observações, são instrumentos que concretizam o estudo e a interpretação da
realidade.
Pratica Pedagógica
A estrutura curricular contempla, em algumas disciplinas, uma carga horária, que
permite ao aluno, a vivência de atividades fora da sala de aula. Entretanto, essas horas
oferecidas não representam um simples aumento de carga horária, mas, sim uma
importante estratégia para desenvolver ações continuadas em âmbitos escolares, intra e
inter institucionais. Várias ações pedagógicas são desenvolvidas ao longo do curso, como
palestras, visitas, aulas de demonstração, oficinas.
Na relação teoria-prática, espaços destinados à reflexão sobre a prática de ensino e
à implementação de interlocução e interação entre alunos, professores e comunidade
através da problematização e o compartilhamento de propostas de atuação no Ensino
Fundamental e Médio. São entendidos com sendo recortados por dimensões que
expressam diferentes abordagens: a dimensão técnica, a dimensão instrumental e a
dimensão política. Entende-se que os valores sociais e culturais estão presentes na prática
docente, não só ponto de vista individual, como do coletivo.
Pesquisa
Refere-se a um processo sistemático de construção do conhecimento que tem como
objetivos principais gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum já pré-
existente. É um processo de aprendizagem, tanto do indivíduo que a realiza, quanto da
sociedade na qual esta se desenvolve.
Na UNISUAM, a iniciação à pesquisa ocorre ainda no primeiro período, com a
disciplina Metodologia do Trabalho Acadêmico e Científico, momento em que os alunos
são provocados pelos professores a buscar na realidade o que foi observado em sala de
aula. A partir dessa experiência, em outras disciplinas, elaboram projetos de ações que se
forjam no cotidiano escolar, proporcionando-os uma nova concepção de educação.
43
A reflexão sobre a realidade observada gera problematização e projetos de pesquisa,
programas de estudo, entendidos como forma de iniciação à pesquisa em educação.
Estágio Curricular
O Estágio Curricular é o momento em que o aluno confronta-se com a escola, e com
sua futura profissão, ser professor devendo, portanto, assumir uma nova postura em seu
processo de ensino. Essa formação profissional de professores é o objetivo dos cursos
superiores de licenciatura.
Por ser uma disciplina integradora de conhecimentos reúne “o que ensinar”, “como
ensinar” e “porque ensinar”, estabelecendo uma relação quanto à finalidade, conteúdo e
formas do ensino, envolvendo uma vinculação às outras ciências que servirão de base.
Será neste momento que irão surgir variadas inquietudes na prática pedagógica do aluno,
pois aqui ocorre o confronto direto entre a teoria e a prática.
Deve proporcionar ao aluno uma reflexão contextualizada, oferecendo-lhe condições
de articulação da teoria com a prática, sendo uma atividade teórica prática que resgata a
dinâmica curricular do curso. Procura assegurar aos alunos experiências de exercício
profissional em ambientes escolares e não escolares que ampliem e ofereçam atitudes
éticas, conhecimentos e competências no curso de Pedagogia.
Além da Docência, o estágio no curso de Pedagogia, se desenvolverá também
relacionadas à gestão educacional em espaços escolares e na educação infantil, de
acordo com as normas de estágio da UNISUAM.
Disciplinas eletivas e optativas
O aluno que ainda não tenha totalizado o mínimo de carga horária em disciplinas ou
atividades eletivas previsto para a integralização do currículo de seu curso poderá solicitar
a sua inscrição em tantas disciplinas ou atividades eletivas e optativas quantas desejar,
até a totalização do mínimo exigido.
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Representada por um conjunto de disciplinas que contemplam diversas áreas,
oportunizam um enriquecimento mais diversificado a formação universitária.
Extensão
A Extensão refere-se às ações contínuas de caráter cultural, desportivo, educativo,
social, científico ou tecnológico com objetivo específico, desenvolvida em curto ou médio
prazo, com recursos determinados.
Busca concretizar as ações transformadoras, que viabilizam a relação entre
Universidade e Sociedade, por meio de diferentes atividades. Ao fazer parte da currículo
dos cursos é um dos espaços acadêmicos que possibilita a ampliação da formação do
cidadão socialmente responsável, pois permite o olhar do universitário para a
complexidade do cotidiano.
O curso de Pedagogia está dinamizando vários projetos e propostas extensionistas
ligadas a comunidade de baixa renda dentro e fora dos ambientes escolares.
As estratégias de flexibilização do curso de Pedagogia tem como principais diretrizes:
Interdisciplinaridade; formação integrada à realidade social; educação continuada;
articulação entre teoria e prática; indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão
como exigência a construção do conhecimento na relação com a realidade profissional;
cursos de extensão oferecidos aos alunos e a comunidade, como forma de
aprimoramento acadêmico, sócio-cultural.
PROJETO INTEGRADOR - COMO TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA
O trabalho de conclusão de curso é uma das principais atividades elaboradas pelos
alunos no semestre final de sua formação no Curso de Licenciatura em Pedagogia da
UNISUAM. É o momento em que, baseado no conhecimento das teorias a que foi
apresentado ao longo do curso e das demandas urgentes de nossa realidade nacional,
deverá selecionar um tópico para, em torno dele e valendo-se de levantamento
bibliográfico atualizado, escrever um projeto integrando diferentes realidades
educacionais escolares e/ou não escolares.
45
Deverão mostrar capaz de formular, na linguagem da pesquisa acadêmica, um
problema devidamente referenciado à literatura pertinente e, mostrando o domínio do
estado de arte do tema investigado, construir um texto coeso, marcado por um
desenvolvimento fiel ao tema e por uma conclusão relevante e indutora de futuros
aprofundamentos.
O que se espera, em um e outro caso, é que, com a orientação recebida, o aluno se
familiarize com a rotina de uma prática de produção intelectual que se vincule com suas
áreas de interesse bem como com sua experiência de estágio. Espera-se que estabelecer
tais conexões entre aquela prática de produção de textos, de um lado, e o campo de seus
interesses e o cotidiano vivido no estágio, de outro, alimentará no discente o
reconhecimento da relevância da produção escrita no cerne mesmo de suas atividades,
formando-se um profissional capaz de registrar suas leituras e ideias em diários de
trabalho assim como suas observações, de forma cuidadosamente realizadas, em diários
de campo.
Já a partir do primeiro encontro com o professor da disciplina, o aluno será
estimulado a elaborar questões em torno de algum tema que lhe interesse e a procurar
bibliografia atualizada que lhe dê subsídios para investigá-las. Aqui há um ponto que
merece atenção. É neste sentido preciso que as resenhas, propostas como modalidade
de atividade, não se colocam, em absoluto, como gênero menor nesta disciplina de
Seminário de Pesquisa, mas como um instrumento que se propõe a dar, para o aluno,
continuidade em um trajeto de leitura e escrita mais críticas que o ajudará, em momento
futuro de sua formação e com ainda maior pertinência, a escrever um trabalho
monográfico ou um artigo científico.
Desde o início, o professor da disciplina estimula que os companheiros de grupo,
reunidos para a atividade de composição do projeto, desenvolvam o debate das idéias em
torno do tema ou da obra escolhida, dialoguem sobre os autores que possam se mostrar
pertinentes à discussão e elaborem registros das idéias partilhadas nesses encontros. A
discussão de práticas relevantes ao tema escolhido é igualmente estimulada. Entende-se
que as práticas relevantes discutidas devam ser aquelas registradas em diários de campo
e/ou em outros artigos, descritas com o rigor necessário e cujo conhecimento possa
46
contribuir para o avanço do conhecimento na área em questão. Muito longe de negar o
valor da chamada “experiência concreta”, queremos, no entanto, apontar para a
necessidade de práticas de intervenção específicas serem trazidas à discussão somente à
medida que conhecerem o tratamento descritivo criterioso pertinente à discussão
acadêmica.
Estimula-se também o conhecimento de livros e artigos que possam servir como
contraponto da obra analisada, levando os alunos à percepção do recorte e da abordagem
específica com que o autor trabalha. Este é um ponto que aqui merece destaque. Levar o
aluno, durante a atividade em que ele se engaja, ao reconhecimento de um lugar teórico
a partir do qual, sempre e inevitavelmente, nos pronunciamos sobre determinado tema
é um compromisso desta disciplina. Apresentar a questão segundo a qual os próprios
termos que fazem ganhar realidade uma determinada área de estudo são construções
motivadas a partir de um conjunto de valores assumidos (às vezes, não reconhecidos
explicitamente) é um objetivo assumido pela disciplina de Seminário de Pesquisa. Neste
sentido, desejamos fazer com que o aluno reflita, de forma madura e ilustrada, sobre a
questão da suposta neutralidade do conhecimento, questão incontornável na grande
área da educação, seja qual for o saber que sobre ela se pronuncie. Ao propor tal
questionamento na disciplina Seminário de Pesquisa em Educação, desejamos que este
aluno, ainda em formação, proponha-se a refletir sobre a dimensão contextual (inclusive,
dos comprometimentos políticos mais amplos) do saber e da linha de atuação que
representará.
Prosseguindo com a discriminação da rotina de trabalho na disciplina, cabe enfatizar
que o professor por ela responsável acompanha semanalmente o trabalho dos alunos,
esclarecendo dúvidas, promovendo, quando possível, troca de informações entre as
diferentes atividades e valorizando as diferentes possibilidades de elaboração apontadas
pelos integrantes. Os textos são continuamente revisados, através de correções e
sugestões, com a presença de todos os integrantes dos grupos, quando se observa o nível
de participação de cada um.
A conclusão das atividades na disciplina se dá em duas etapas. A primeira consiste na
exposição dos trabalhos desenvolvidos ao longo do semestre, em data previamente
47
marcada por cada grupo. A apresentação de todos os integrantes é supervisionada pelo
professor da disciplina e por um outro professor da Instituição, convidado para aí
participar em acordo do grupo com o primeiro. Ao final da mesma, observando-se os
cânones do respeito acadêmico, são formuladas perguntas e tecidos comentários pelos
professores, aos quais já devem ter sido remetidos os textos ali sob análise, com, pelo
menos, uma semana de antecedência. Também é convidada a comunidade docente e
discente interessada. Os demais alunos inscritos em Seminário de Pesquisa em Educação
devem necessariamente estar presentes, salvo, por alguma razão, a apresentação de
algum grupo ocorrer em horário alternativo ao da disciplina.
A segunda etapa corresponde à confecção de um banner que deverá ser exposto,
segundo um modelo previamente acordado, em uma sessão de evento científico
promovido pela Instituição ou pelo curso de Pedagogia. Como esta segunda etapa se
traduz na participação em um evento científico, tal atividade deverá gerar um certificado
correspondente. Esse evento deverá, também, ser objeto de uma avaliação
institucionalizada, envolvendo os que dele tomarem parte, inclusive os alunos, com o
objetivo de aprimorar-se o processo de produção de conhecimento científico dentro do
curso.
É ainda proposta da UNISUAM que cada curso selecione os melhores trabalhos
apresentados nesses eventos a fim de integrarem a publicação impressa e on-line da
revista Augustus ou os textos de outras revistas ligadas à área de educação.
4.3 Estratégias de flexibilização do curso
Na discussão do Projeto Pedagógico do curso de Pedagogia, a flexibilização
curricular se constitui em uma das questões centrais. Encontra-se em consonância com
as Diretrizes Curriculares Nacionais e os princípios do Projeto Pedagógico Institucional,
consubstanciado nos paradigmas que envolvem o respeito à diversidade cultural, à
inclusão social e à ética. A articulação entre o ensino, a pesquisa e extensão está
privilegiada no PPI e integrada a Missão da UNISUAM: “Promover o desenvolvimento do
homem e do meio em que vive numa relação recíproca com a sociedade, permitindo o
acesso ao ensino de qualidade, participando ativamente da melhoria dos processos
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educacionais do país.” Neste contexto, o processo de flexibilização do curso de Pedagogia
não significa apenas uma mudança em sua estrutura curricular, mas, exigências das
rápidas transformações socioeconômicas culturais, geopolíticas e tecnológicas, que vêm
ocorrendo na sociedade, em particular, na educação.
Diante dessas mudanças, é compreendida como a capacidade e possibilidade do
currículo interagir com os limites e os novos campos dos saberes, de modo a fazer frente
às demandas da sociedade quanto à educação.
A flexibilização curricular no curso de Pedagogia será efetivada por meio de
Atividades complementares, Prática Pedagógica, Pesquisa, Estágio Curricular, Disciplinas
Eletivas e Optativas, Extensão, como veremos a seguir.
4.5 Estágio supervisionado
O Estágio Supervisionado é parte integrante do processo de formação do pedagogo
(docência e gestão) que lhe assegura a fundamentação geral para o concreto fazer
/profissional e oportuniza a análise e intervenção no processo educativo. É o momento
de aprendizagem do aluno, seja pelo exercício “in loco”, seja pela presença participativa
em ambientes próprios da atividade profissional. Através das atividades de observação,
pesquisa, troca de experiências e registro, o estágio oferece ao aluno um conhecimento
da realidade educacional proporcionando-lhe uma rica correlação com as teorias
estudadas.
O estágio curricular tem carga horária 300 horas de atividades na escola mais 106
horas em sala de aula na UNISUAM Totalizando 406 horas a serem integralizadas por meio
de atividades supervisionadas, que permitam uma participação efetiva no campo de
trabalho ao longo do curso, uma vez que a formação do pedagogo exige que a correlação
teoria/prática possibilite ao aluno estagiário vivenciar situações do cotidiano no processo
ensino-aprendizagem. Possibilita também o aprimoramento e a reelaboração dos
conhecimentos do aluno, proporcionando que ele compreenda os sentidos e significados
da docência, da gestão escolar e da resolução de problemas próprios do contexto escolar.
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A Fundamentação Legal que rege o Estágio Curricular Supervisionado em Educação
são: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96 que dispõem sobre a
formação dos profissionais da Educação, a Resolução do CNE/CP nº1, de 15/05/2006, que
institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia,
licenciatura e a Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que define no seu Art. 1º
(Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho...).
De acordo com a estrutura curricular do curso de Licenciatura em Pedagogia, o pré-
requisito para o aluno realizar o Estágio Curricular Supervisionado é aprovação em
disciplinas que proporcionem a obtenção da Maturidade Acadêmica: Estágio
Supervisionado na Educação Infantil – 80 créditos; Estágio Supervisionado Ensino
Fundamental – 100 créditos; Estágio Supervisionado em Ensino Médio– 123 créditos e
Estágio Supervisionado Gestão Escolar- 136 créditos
O Estágio Supervisionado Curricular será realizado em instituições de ensino públicas
e particulares sendo obrigatório que a instituição particular seja devidamente
reconhecida, através da celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte
concedente do estágio e a instituição de ensino (conforme Lei 11.788/08, Art. 3º item II).
Deve ocorrer em ambiente que assegurem aos alunos a experiência de exercício
profissional fortalecendo atitudes éticas inerentes aos processos de socialização e
construção de conhecimentos, habilidades e competências:
a) Na Educação Infantil;
b) Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental;
c) Nas Disciplinas Pedagógicas do Ensino Médio, na modalidade Normal, e em
cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar.
d) Em Gestão Escolar.
Será realizado de modo a assegurar aos alunos a experiência de exercício profissional
em ambientes que ampliem e fortaleçam atitudes éticas, conhecimentos e competências:
a) na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; b) nas disciplinas
pedagógicas dos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal; c) na Formação
Profissional e na área de serviços e de apoio escolar; d) na Educação de Jovens e Adultos;
50
e) na participação em atividades da gestão de processos educativos, planejamento,
implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação de atividades e projetos
educativos; f) e em reuniões de formação pedagógica.
O planejamento e organização do Estágio Curricular Supervisionado em Educação é
feito pelo estudante em colaboração com o supervisor da instituição concedente, e a
orientação do Professor de Estágio Supervisionado, levando-se em conta o tempo
legalmente exigido para essa atividade e as disponibilidades da escola. O planejamento
deverá considerar a realidade do contexto sociocultural da escola, estar inserido no
Projeto Político Pedagógico da instituição concedente e utilizar as técnicas necessárias
para atingir os objetivos propostos.
O professor supervisor responsável orienta toda a ação do estagiário à luz do Manual
de Estágio Curricular Supervisionado em Educação, discute a importância do estágio para
a formação do profissional, através da análise de textos, exposição de vídeos, etc. Orienta
a elaboração do plano de estágio de cada aluno, analisa as condições da escola onde o
aluno está estagiando, elabora com cada aluno um cronograma de atividades que inclui
a analise das ações desenvolvidas na escola, na sala de aula, em outros ambientes. O
supervisor de estágio também entra em contato com a escola concedente quando
necessário.
As atividades de estágio são organizadas em relatórios parciais que são analisados
e apreciados pelo professor supervisor que, ao final do estágio, de acordo com o
cumprimento da carga horária, e dos objetivos e da entrega e análise do relatório final,
procede à aprovação ou reprovação do aluno.
O estágio curricular tem carga horária de 400 horas de atividades, a serem
integralizadas por meio de atividades supervisionadas, que permitam uma participação
efetiva no campo de trabalho ao longo do curso, uma vez que a formação do pedagogo
exige que a correlação teoria/prática possibilite ao aluno estagiário vivenciar situações do
cotidiano no processo ensino-aprendizagem. Possibilita também o aprimoramento e a
reelaboração dos conhecimentos do aluno, proporcionando que ele compreenda os
sentidos e significados da docência, da gestão escolar e da resolução de problemas
próprios do contexto escolar.
51
6 POLÍTICAS DE APOIO AO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Esta seção aborda as políticas de apoio ao processo de ensino-aprendizagem.
6.1 Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAPP)
É um serviço que tem como alvo desenvolver um programa de apoio
psicopedagógico por meio de uma ação pró-educativa, eficiente e eficaz, junto aos nossos
discentes e docentes, contribuindo com intervenções que minimizem algumas
dificuldades que vêm sendo apresentadas com maior significância no Ensino Superior.
O NAPP apoia as atividades acadêmicas, diretamente, quando solicitado pelos
discentes e/ou docentes, para tratar de questões que interferem no processo do ensino-
aprendizado. Efetiva apoio indireto, pelos projetos que promovem sustentação, e visa
oferecer estímulos à permanência dos alunos no curso universitário tendo como foco a
nossa missão: “Promover o desenvolvimento do homem e do meio em que vive numa
relação recíproca com a sociedade, permitindo o acesso ao ensino de qualidade,
participando ativamente da melhoria dos processos educacionais do país.”
São objetivos do NAPP:
a) atender, mediante as possibilidades, as demandas dos docentes e discentes,
visando a superação de entraves no processo aprendizagem/ensino;
b) favorecer o desenvolvimento da autoestima estimulando a autonomia na
construção do conhecimento acadêmico;
c) colaborar com a Instituição, atuando junto aos docentes e discentes buscando
minimizar questões relativas a repetência e a evasão, objetivando
disponibilizar apoio aos discentes para conclusão dos cursos de Graduação.
A metodologia utilizada envolve:
a) atendimentos de forma individual ou em grupo, podendo ter um caráter
espontâneo ou solicitado, realizando os encaminhamentos para os setores
especializados sempre que necessário;
52
b) para atender às demandas da comunidade acadêmica o NAPP utiliza como
ferramenta o diálogo e entrevistas; e
c) projetos, palestras e oficinas oferecidas ao corpo discente focando o
desenvolvimento pessoal e profissional.
Público-alvo: Equipe técnico-pedagógica/docentes/discentes.
6.2 Atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais (NEE)
Sabemos que desenvolver um plano de promoção de acessibilidade e
atendimento prioritário aos alunos com necessidades educativas especiais ou com
mobilidade reduzida, no atual contexto, constitui-se, acima de um direito legal, um direito
humano. Portanto, a preocupação de se desenvolver uma sociedade mais democrática,
que vise calcar suas ações nos princípios da igualdade e da liberdade, onde os direitos
possam ser respeitados, protegidos e abolidas as perversas e diferenciadas formas de
exclusão, nos mobiliza, de acordo com a legislação vigente, a desenvolver dentro das
instituições educacionais programas que tenham como meta operacionalizar de forma
efetiva esse ideal.
A UNISUAM considera que trabalhar a questão da inclusão é um processo que
implica em movimentos internos que exigem muitas reflexões e mudanças de atitudes,
uma vez que o mundo inclusivo deve ser percebido como um lugar no qual todos têm
acesso às oportunidades de ser e estar na sociedade de forma participativa, permeados
pelas relações de acesso e oportunidades, respeitadas as características individuais.
Portanto, reafirma-se que a Instituição percebe a inclusão como um conceito que
facilita a remoção das barreiras que sustentam qualquer tipo de exclusão, fomentando
mudanças no paradigma quando permite assegurar a presença de pessoas com
necessidades educacionais especiais em sala de aula e, quando necessário,
acompanhadas.
Fundamentados na visão do direito à inserção incondicional ao atendimento
escolar, clínico, ocupacional e laboral de todos os indivíduos, incluindo aqueles com
qualquer tipo de deficiência, independente de as pessoas corresponderem às
expectativas e às exigências de um ambiente considerado regular, normal, no qual a
53
maioria dos indivíduos consegue adaptar-se, a UNISUAM tem como meta desenvolver um
programa que vise à promoção de um meio o menos restritivo possível, onde a
diversidade humana possa ser cada vez mais reconhecida e valorizada, servindo como
alavanca para que possa, por meio do seu desenvolvimento, aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser (DELORS, 2007).
Visando à concretização do ideário acima descrito, a UNISUAM apresenta um
plano de acessibilidade e atendimento, tendo delegado ao Núcleo de Apoio
Psicopedagógico (NAPP) a responsabilidade de coordenar o seu desenvolvimento.
6.2.1 Pessoas com necessidades educacionais especiais
A UNSUAM provê suporte às pessoas com necessidades especiais por meio do
apoio do NAPP, além da disponibilização de intérprete de LIBRAS para todos os alunos
surdos. Para os alunos deficientes visuais a UNISUAM desenvolveu o Programa Colega
Legal, que provê soluções tecnológicas para o suporte aos alunos com deficiência visual.
Além destes casos citados, o NAPP também acompanha os alunos com distúrbios do
aprendizado, identificando suas causas e orientando e encaminhando as propostas de
soluções e intervenções.
6.2.2 Programas de nivelamento
A UNISUAM oferece ao seu corpo discente cursos de Nivelamento em Língua
Portuguesa, Matemática e língua estrangeira. O objetivo desse programa é recuperar
e/ou suprir o déficit de conteúdo do Ensino Médio trazido pelo corpo discente nessas
áreas, facilitando o caminho do aluno no ensino superior. Estas medidas melhoram o
desempenho do aluno e reduzem a evasão escolar. Os nivelamentos de Língua
Portuguesa e Matemática foram implementados no segundo semestre de 2003 e vêm
sendo reeditados a cada semestre. A proposta traz a oportunidade de maior integração e
rendimento para àqueles com dificuldades na formação básica.
6.2.3 Monitoria
54
O programa Institucional de monitorias ou iniciação à docência possibilita o
cumprimento de dois objetivos importantes: o primeiro é o desenvolvimento do aluno-
monitor, o segundo e não menos importante é a assistência aos alunos em disciplinas-
chave do curso, onde a complexidade do conteúdo pode ser um fator dificultador no
caminho do aluno rumo a sua formação. O Programa Institucional de Monitorias é regido
por edital próprio, onde os alunos que concluíram a disciplina pretendente com bons
conceitos são submetidos a processo seletivo interno e os aprovados atuam, sob a
supervisão do professor orientador de monitoria, objetivando assistir os alunos e o
professor em sala de aula, contribuindo assim para um melhor desenvolvimento da
disciplina.
Núcleo Docente Estruturante e Colegiado
A Coordenação, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) e o Colegiado do Curso de
Pedagogia, em um processo de avaliação permanente, buscam sempre adequar o
currículo às Diretrizes Curriculares Nacionais, tendo em vista a formação profissional e o
mercado de trabalho.
7.2.1 Núcleo Docente Estruturante
O Núcleo Docente Estruturante (NDE), órgão nomeado pela Reitoria da IES, do curso
de Pedagogia é formado por cinco membros, todos em regime de trabalho de tempo
integral. O NDE tem formação em programa de pós-graduação stricto sensu, assim
divididas: três doutores e duas mestres. As atividades desempenhadas pelo NDE serão
registradas sistematicamente em ata. O NDE do curso realizará pelo menos três reuniões
por semestre. O NDE do curso de Pedagogia formado pelos membros abaixo descritos, e
estarão de acordo com o Regulamento Acadêmico.:
Quadro 2: Composição do Núcleo Docente Estruturante (NDE)
Composição do Núcleo Docente Estruturante (NDE) Titulação Regime de Trabalho
55
Profº. Carlos Alberto Figueiredo da Silva Doutor TI
Profª. Claudia de Freitas Lopes Costa Doutora TI
Profº. Jorge França Motta Doutor TI
Profª. Julia Tadeu Silva dos Santos e Paula Mestre TI
Profª. Marilane da Costa Gonçalves Mestre TI
7.2.2 Colegiado no curso de Pedagogia
O Colegiado de curso de Pedagogia é formado por membros do Corpo Docente do
curso, eleitos em conformidade com as diretrizes da Instituição.
A escolha do Colegiado é feita em reunião realizada com todos os professores do
curso e de um representante do Corpo Discente, cuja indicação é submetida à apreciação
do Corpo Docente, que aceitará ou não tal indicação. O aluno deve ser escolhido entre os
representantes de turma mais atuante, sendo que o mandato de cada membro do
colegiado é de dois anos, podendo haver reeleição.
O Colegiado de curso de Pedagogiarealizará, pelo menos, duas reuniões por
semestre, podendo ser convocado mais vezes, de acordo com as necessidades do curso.
7.3 Corpo docente
Esta seção apresenta o corpo docente do curso.
Quadro 3
PROFESSORES DO CURSO COM TITULAÇÃO
MATRÍCULA PROFESSOR TITULAÇÃO
LET1045 Alexsandra Machado da Silva dos Santos Doutor
LET1047 Ana Madalena Fontoura de Oliveira Mestre
EDF1005 Carlos Alberto Figueiredo da Silva Doutor
EDU1073 Carlos Augusto Alves Duarte Mestre
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EDU1062 Claudia de Freitas Lopes Costa Doutor
EDU1007 Edelberto Ferreira Coura Mestre
LET1006 Ercilia Bitencourt Santos Doutor
LET1048 Fábia dos Santos Marucci Doutor
LET1065 Glória Elena Pereira Nunes Doutor
EDU2006 Iclea Braga de Faria Passos Mestre
LET1001 Jorge de Abreu Mestre
EDU1055 Jorge França Motta Doutor
EDU2004 Julia Tadeu Silva dos Santos e Paula Mestre
LET1051 Leonardo Samu Mestre
LET1007 Lucia Maria José Alves Soares Mestre
EDU1071 Luis Carlos Ferreira Mestre
LET1064 Marcia dos Santos Pinheiro Especialista
EDU1081 Margareth de Moraes Martins da Silva Especialista
EDU2024 Maria Auxiliadora Terra Cunha Doutor
EDU2022 Maria Cristina de Oliveira Mestre
LET1013 Maria Geralda de Miranda Doutor
EDU2023 Marilane da Costa Gonçalves Mestre
LET1055 Rogério Brambila de Carvalho Mestre
EDU2026 Sandra Mara Nunes Vivoni Mestre
EDU1077 Vera Lucia Neri da Silva Mestre
LET1044 Viviane Almeida de Siqueira Mestre
EDU2016 Waldirene Amorim de Jesus Araújo Mestre
8 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR E ARTICULAÇÃO DO PPC COM O PPI
Mudanças recentes nos modelos pedagógicos influenciadas pelos avanços das
tecnologias de informação impõem novas interações do ponto de vista tecnológico, das
comunicações e das organizações, especialmente de ensino que precisam adequar-se a
essa realidade.
57
As transformações ocorridas na relação homem–mundo exigem mudanças nos
processos de gestão em todas as áreas, eis que o capital intelectual tornou-se importante
matéria-prima da atualidade, e face das mudanças sociais, políticas e econômicas
ocorridas nos anos recentes.
Apesar da adaptabilidade às mudanças, o presente Projeto Pedagógico encontra-se
interligado e interdependente dos princípios legais que buscam a articulação entre
ensino, pesquisa e extensão, incorporados no PDI da UNISUAM, para propiciar a
construção do conhecimento de forma ampla e global dos discentes do curso, na medida
em que a capacidade de adaptação a mudanças, gera a capacidade de repensar e
readequar-se as novas necessidades formativas impostas pelo mercado. Segundo Senge
(1997), as organizações que aprendem são aquelas:
[...] Nas quais as pessoas expandem continuamente sua
capacidade de criar os resultados que realmente desejam, onde
surgem novos e elevados padrões de raciocínio, onde a aspiração
coletiva é libertada e onde as pessoas aprendem continuamente
a aprender em grupo (SENGE, 1997, p. 82.
Considerando que todos os seres humanos são eternos aprendizes, Senge (1997)
enumerou cinco condições básicas para essa inovação:
a) domínio pessoal - O indivíduo deve aprender a esclarecer e aprofundar
continuamente seu objetivo pessoal, a concentrar suas energias, a desenvolver
paciência e encarar a realidade de maneira objetiva, consciente de que ações
individuais afetam o mundo ao seu redor;
b) modelos mentais – O indivíduo deve conhecer e examinar criticamente as idéias
ou imagens profundamente arraigadas que influenciam o seu modo de encarar o
mundo e as atitudes pessoais, detectando as falhas na maneira de ver o mundo;
c) objetivo comum - Deve em buscar imagens do futuro que promovam um
engajamento verdadeiro ao invés de simples anuência;
d) aprendizado em grupo - É o aprendizado que começa com o diálogo e permite que
as pessoas possam enxergar além dos limites de suas perspectivas pessoais, já que
58
a organização só tem a capacidade de aprender se os grupos forem capazes de
aprender; e
e) raciocínio sistêmico - É o conteúdo que integra os outros, através de uma estrutura
conceitual que permite ver o todo, as inter-relações em lugar de coisas estanques
ou instantâneos estáticos.
Relação Competência/Aprendizagem/Estratégia
Gestão do Conhecimento. Fonte: Autor: 2014.
O conhecimento reside na capacidade de extrair a informação passiva, que se
encontra na mente das pessoas, e fazê-la acessível, explícita, eficaz e válida para todos. A
complexidade da sociedade pós-moderna não admite mais uma visão linear e
mecanicista, principalmente quando se considera o universo por uma ótica holística,
dinâmica, integrada, na qual tudo afeta tudo.
O presente Projeto Pedagógico foi construído de forma articulada com o PPI e com
o PDI, com o propósito de assegurar coerência com os princípios institucionais, com as
diretrizes curriculares nacionais do curso. Ressalte-se que os documentos oficiais da
Instituição e do curso estão em consonância com a LDB e com as diretrizes do MEC. Sendo
assim, o presente Projeto Pedagógico orienta-se pelas estratégias a seguir descritas:
a) igualdade de condições para o acesso e permanência, concedendo bolsas de
estudos integrais ou parciais aos alunos sem condições de pagar os valores
estabelecidos, diretamente ou por meio da celebração de convênios;
b) oferta de conteúdos que privilegiem o reforço do ensino fundamental e médio,
assim como do eixo de formação fundamental, que se mostram importantes para
apreensão dos conhecimentos a serem trabalhados nos conteúdos do eixo
profissional e construção do perfil profissional;
c) promoção de ações educacionais envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão de
forma conjunta e articulada, como forma de atingir a excelência da formação,
59
habilitando os discentes a se inserirem, permanecerem e progredirem no
mercado de trabalho, incentivando através da pesquisa os seus profissionais a
desenvolverem o pensamento questionador, reflexivo e investigativo, bem como
empreender ações de extensão que promovam o desenvolvimento e
sedimentação dos conteúdos, desenvolvendo as habilidades e competências
essenciais ao exercício da profissão.
d) interdisciplinaridade como princípio didático, através do estimulo a participação
dos alunos em projetos que possibilitem a concretização da proposta multi e
interdisciplinar, envolvendo outros cursos e concessão de bolsas iniciação
científica e de extensão.
e) flexibilidade do currículo formativo, através da realização de atividades
complementares, dentro e fora da Instituição, assim como através da oferta de
conteúdos curriculares como disciplinas eletivas no curso e nos outros cursos da
Instituição.
f) respeito ao pluralismo de idéias, assegurando liberdade aos docentes na
condução dos conteúdos que trabalharão em sala e construção do raciocínio
jurídico, nos limites dos conteúdos programáticos;
g) gestão democrática da educação, através do incentivo a participação do corpo
docente na tomada de decisões sobre as mudanças a serem implementadas no
curso, por meio de reuniões do Colegiado de Curso, Núcleo Docente Estruturante
e do Corpo Docente;
h) resgate da cidadania, da dignidade e dos valores sociais da ética, propiciando ao
aluno oportunidade de ampliar seus conhecimentos, bem como de praticar e
vivenciar ações de cidadania, através da participação em ações sociais e eventos
diversos; construindo um indivíduo comprometido com a sociedade e com o
caráter humanístico;
i) valorizar as demandas sociais das comunidades interna e externa, estreitando os
laços da Instituição com as comunidades do entorno, através da oferta de
prestação de serviços de atendimento jurídico e cursos de extensão para os
públicos interno e externo;
60
j) compromisso com ações que gerem desenvolvimento local, a partir das pesquisas
realizadas, que deverão resultar em ações de conscientização interna e externa,
através de ações sociais, projetos de extensão, fóruns, seminários, palestras etc.;
k) valorização docente, através do incentivo a qualificação pessoal e ao
aprimoramento em cursos de mestrado, doutorado, participação em eventos
científicos, nos âmbitos interno e externo;
l) garantia de padrão de qualidade, por meio de apoio psicopedagógico ao docente,
com projetos de capacitação para ampliar seu engajamento como facilitador do
processo de ensino-aprendizagem e desperta-lo para a importância de seu papel,
que se materializa através das metodologias como trabalha os conteúdos até a
sua postura, atitudes e estados emocionais na interação com o discente;
m) cumprir com as diretrizes curriculares, sem descurar das necessidades acadêmicas
e do mercado de trabalho, por meio do acompanhamento e análise periódica das
matrizes curriculares; atualização do acervo bibliográfico, mantendo-o em
sintonia com as disciplinas da estrutura curricular, por meio da aquisição de novos
títulos, bases de dados e periódicos; ampliação e atualizando dos recursos
audiovisuais como data shows e na web para facilitar o processo ensino-
aprendizagem.
n) avaliação continuada e cumulativa do curso, tendo como base relatórios do
ENADE, percentuais de aprovados nos Exames de Ordem, relatórios de
especialista do INEP nas avaliações in locu realizadas para verificar as condições
de oferta do curso, auto-avaliação realizada pela Comissão Própria de Avaliação
(CPA) e da avaliação institucional realizada anualmente sob a ótica dos docentes
e discentes, para a partir deles implementar os ajustes necessários, objetivando a
excelência de ensino; e
o) valorização da experiência extra-escolar, com intensificação de oferta de
atividades complementares para propiciar ao discente oportunidade de ampliar
seus conhecimentos.
8.1 Indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão
61
A UNISUAM propõe como diferencial na formação de seus alunos uma política
socioeducativa inclusiva, que visa legitimar suas práticas e consequentemente sua Missão
institucional.
O papel social de uma instituição de ensino superior (IES) transpassa os espaços
das salas de aula, visto que a promoção do conhecimento é também incentivar a
cidadania, fator fundamental na construção de uma sociedade sustentável. Oferecer
educação comprometida com valores de preservação da humanidade é o primeiro passo
para atingir este ideal.
Mais do que formar profissionais para o mercado, a IES deve colaborar com a
formação de pessoas que tenham consciência do seu papel no contexto social. Para
fundamentar essa prática, desenvolve uma proposta educativa pautada na
indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Quanto ao Ensino, a UNISUAM tem como objetivo formar pessoas nas diferentes
áreas do conhecimento, a partir do processo de exposição, reflexão e incentivo à
apropriação dos conteúdos, habilitando-as à inserção, permanência e sucesso nos
diversos setores do mercado de trabalho. Objetiva, ainda, sensibilizá-las quanto a sua
importância para o desenvolvimento da sociedade.
No âmbito da Pesquisa, cultiva a política de promoção do pensamento
questionador, reflexivo e investigativo, no sentido de contribuir para a formação de
pessoas que possam gerar conhecimento científico e tecnológico, sendo protagonistas e
agentes de mudança na sociedade.
No que concerne à Extensão, as atividades visam empreender ações que
promovam o desenvolvimento da comunidade acadêmica e do entorno em que se localiza
a instituição, fundamentadas na aplicação do conhecimento, na análise dos resultados e
na relação recíproca entre os diferentes atores sociais, considerando a cidadania, a ética
e o respeito à pluralidade de ideias.
8.2 Articulação do PPC com o PPI
Os projetos dos cursos da UNISUAM buscam, com respaldo na Política Pedagógica
Institucional, na LDB e nas Diretrizes Curriculares do MEC, promover a transformação dos
espaços de aprendizagem não apenas a partir de uma perspectiva administrativa, ou até
62
mesmo mercantilista, mas à luz do paradigma da prática reflexiva, crítica e investigativa,
que é a base da tríade Ensino-Pesquisa-Extensão.
Os Projetos Pedagógicos dos Cursos constituem documentos em permanente
aperfeiçoamento, visto que são organismos vivos interdependentes, fato que propicia
a interligação de conteúdos de formação geral e humanística entre os diferentes cursos,
ao mesmo tempo em que qualifica o futuro profissional.
Qualquer mudança significativa nos ambientes de aprendizagem requer
planejamento estratégico, num processo continuado em que a organização define sua
missão, objetivos e metas, selecionando as estratégias e meios para atingi-los
(PDI/UNISUAM).
Os PPC’s têm como base política os princípios definidos no PPI: igualdade de
condições para o acesso e permanência; indissociabilidade de ensino, pesquisa e
extensão; interdisciplinaridade como princípio didático; flexibilidade na estrutura
curricular; respeito ao pluralismo de ideias; gestão democrática da educação; resgate da
cidadania, da dignidade e dos valores sociais da ética; compromisso com o indivíduo, com
a sociedade e com o caráter humanístico; valorização das demandas sociais das
comunidades interna e externa (visão extensionista); compromisso com ações que gerem
desenvolvimento local; valorização do profissional da educação; garantia de padrão de
qualidade; avaliação continuada e cumulativa; valorização da experiência extraescolar.
O Projeto Pedagógico do Curso define a identidade formativa e os valores
referenciais para as ações institucionais e práticas acadêmicas. É com ele que projetamos
permanentemente nossos horizontes por meio das práticas pedagógicas implementadas.
As disciplinas que compõem as grades curriculares dos cursos foram estruturadas
visando, dentre outros aspectos, a uma construção gradativa e ampla de conhecimentos
básicos essenciais, à formação para o exercício da cidadania, à interdisciplinaridade, à
inclusão e ao fomento do interesse discente pela investigação científica.
8.3 Integralização do PPC com o PPI
A complexidade da sociedade pós-moderna aponta para a necessidade de
mudanças, principalmente no que diz respeito aos paradigmas da educação superior no
63
Brasil, que não admite mais uma visão linear e mecanicista, principalmente quando se
considera o universo por uma ótica holística, dinâmica, integrada.
Na sociedade da aprendizagem, na qual espaços de educação e de produção de
conhecimento transformam-se diariamente a relação homem–mundo exige mudanças
nos processos de gestão em todas as áreas. O capital intelectual passa a ser a grande
matéria prima da atualidade, tendo em vista a dinâmica das mudanças recentes nos
campos social, político e econômico.
Não se forma um educador impondo-lhe condições de dar aula sem antes passar
por uma profunda reflexão, pois qualquer mudança significativa nos ambientes de
aprendizagem requer, dentre outras, planejamentos, estratégias e processos contínuos
que permitam o desenvolvimento do conhecimento, da iniciação à pesquisa e da
aplicação do saber socialmente construído por todos os atores envolvidos. Esta filosofia
requer práticas inovadoras que precisam ser permanentemente reinventadas, não
bastando concentrar esforços em poucos indivíduos ou áreas. Logo, uma nova cultura
está sendo estabelecida, em que o “aprender a aprender” vem se tornando um princípio
para todos.
Nessa perspectiva, gestores e professores assumem a liderança do processo, e
suas funções são principalmente pedagógica e social, exigindo competência técnica e
política. São eles que fazem a articulação dos envolvidos em torno do projeto pedagógico
do curso com a proposta pedagógica institucional. Visa-se, com isso, o desenvolvimento
da cidadania na busca pela autonomia, a inclusão social, a liberdade de aprender e
ensinar, a consciência ambiental, o comportamento ético e o respeito à diversidade ética,
racial, cultural e religiosa.
Convém destacar, com base nos objetivos propostos e, em consonância com as
diferentes práticas educativas desenvolvidas no curso de Pedagogia online, que
entendemos que a formação deverá estar articulada com o mundo do trabalho numa
prática transformadora, contemplando o respeito às diferenças no convívio com a
diversidade, fundamentados nos princípios metodológicos que permeiam o processo
educativo.
9 PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO
64
Ao integrar sua grade curricular a projetos de extensão e pesquisa, o curso de
Pedagogia implementará canais de relacionamento com os diversos segmentos sociais,
assumindo uma postura proativa e fazendo retornar ao meio social o conhecimento
elaborado, em resultados práticos. Uma universidade que atende a esse compromisso é,
certamente, uma universidade socialmente responsável.
Considerando as mudanças ocorridas nas últimas décadas nas sociedades, no
perfil do aluno da UNISUAM — e, consequentemente, os desafios apresentados às
Instituições de Ensino Superior (IES), que apontam para mudanças na gestão, sobretudo
no que diz respeito à reestruturação dos espaços pedagógicos —, enfatiza-se a
importância da educação na formação do cidadão/profissional para viver nesse novo
contexto, no qual a mudança é permanente. As IES, enquanto espaços privilegiados,
promovem o trabalho com o conhecimento científico, tradicionalmente transmitido aos
educandos. Cabe à universidade a missão de, com o corpo acadêmico, repensar as
relações humanas, as novas descobertas e teorias sobre o processo cognitivo, bem como
analisar as mudanças paradigmáticas pelas quais estamos passando.
9.1 Pesquisa
Refere-se a um processo sistemático de construção do conhecimento que tem
como objetivos principais gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum
já pré-existente. É um processo de aprendizagem, tanto do indivíduo que a realiza, quanto
da sociedade na qual esta se desenvolve.
Na UNISUAM, a iniciação à pesquisa ocorre já no primeiro período, com a
disciplina Metodologia do Trabalho Acadêmico e Científico, momento em que os alunos
são provocados pelos professores a buscar na realidade o que foi observado em sala de
aula. A partir dessa experiência, em outras disciplinas, elaboram projetos de ações que se
forjam no cotidiano escolar, proporcionando-os uma nova concepção de educação.
A reflexão sobre a realidade observada gera problematização e projetos de pesquisa,
programas de estudo, entendidos como forma de iniciação à pesquisa em educação.
A pesquisa, a extensão e a pós-graduação
65
Em conjunto com o ensino, de forma integrada e continuada a pesquisa e a
extensão integram o processo formativo do futuro bacharel, que depois de concluir o
curso poderá realizar na própria Instituição cursos de pós graduação lato e estrito senso
ofertados.
A pesquisa no âmbito do curso
A pesquisa é indispensável ao processo educacional, sendo uma atividade
indissociável do ensino e da extensão. Sua utilidade projeta-se para docentes, discentes,
para a comunidade local e para a sociedade em geral. A Instituição, por entender a sua
importância, estimula a sua realização no âmbito do curso, com o lançamento de editais
anuais para apresentação e projetos e o pagamento de remuneração correspondente e
aplicação de seus resultados à extensão, objetivando orientar o desenvolvimento
institucional no enfrentamento das questões sociais.
No curso a pesquisa visa, acima de tudo, à produção do conhecimento científico
socialmente necessário ao desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica e à
formação de alunos imbuídos de valores éticos que, com competência técnica, possam
atuar no seu contexto social com aptidão para continuarem seus estudos em programas
de pós-graduação.
Em resumo, a política de pesquisa e de iniciação científica da Instituição está
baseada, por um lado, na busca da consolidação de uma instituição de ensino superior
socialmente referenciada e reconhecida no cenário local, nacional e internacional, e, por
outro, no estímulo das áreas ou grupos de reconhecida qualificação no meio acadêmico,
que promovam a constante integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão.
Com o desígnio de possibilitar a oferta, no futuro, de um curso de Mestrado, o
curso dispõe das linhas de pesquisas que coincidem com os eixos temáticos do curso,
além de Legislação Espacial Urbana e Justiça Social.
É desenvolvido no âmbito do curso um projeto de pesquisa envolvendo a
Mediação e a Conciliação como uma forma de resolução de conflitos na Comunidade do
Alemão. (REVER)
4.8.2 A extensão no âmbito curso
66
Assim como a pesquisa, a extensão é indissociável do ensino, pois ao discente
vivenciar a realidade social e os fenômenos jurídicos dela decorrentes, através da
assistência jurídica popular, e participação direta ou indireta em cursos de curta duração,
oficinas e palestras, que contribuem para aquisição de habilidades e competências
necessárias ao exercício profissional.
A extensão possibilita a superação da dicotomia teoria-prática como dois
momentos da atividade acadêmica, rompendo com a visão tradicional de ensino que
ignora a extensão como atividade integrante do processo de aprendizagem.
A extensão possibilita e estimula o desenvolvimento do saber científico com
abertura para a sabedoria criada e posta em prática na dinâmica social. É
instrumentalizadora do processo dialético teoria/prática, e sua função acadêmica
caracteriza-se pela interdisciplinaridade.
Sua ênfase é o desenvolvimento de programas e projetos que buscam contribuir
para a formação de um profissional comprometido com as questões sociais, políticas e
econômicas. Dentro desta visão, os projetos de extensão no âmbito do curso tem se
fortalecido como prática acadêmica e campo para o exercício da cidadania, pois
possibilitam aos alunos vivenciarem práticas voltadas para as necessidades da
comunidade e colaboram com o processo de ensino-aprendizagem, e de transformação
social.
As práticas de extensão não são apenas assistenciais, pois objetivam colaborar
para o desenvolvimento social da comunidade, através de ações e projetos de impacto
social, em que seus beneficiários tenham seus direitos fundamentais satisfeitos e
oportunidade de melhoria na qualidade de vida, colaborando para que se percebam
enquanto cidadãos.
A extensão da Instituição, nela se inserido o projetos, programas e ações do curso,
se encontra estruturada dentro do Plano Nacional de Extensão Universitária, oferecendo
atividades que possibilitam o aprofundamento teórico e a prática da formação
acadêmica.
Com esta visão, a extensão do curso insere-se no compromisso da Instituição com
a formação profissional e na valorização do conhecimento, acreditando-se que o avanço
67
da ciência e tecnologia passa pelos laboratórios, pelas salas de aula e pelos campos de
prática profissional e cidadã.
10 INFRAESTRUTURA
Esta seção apresenta a infraestrutura institucional disponível aos alunos do curso
de Pedagogia online.
10.1 Gabinete da coordenação e professores
A UNISUAM disponibiliza gabinetes de trabalho aos docentes de tempo integral.
Os gabinetes são climatizados, e possuem: ramal telefônico, computador com acesso à
rede Internet e demais sistemas da Instituição, mesas, cadeiras, armários, além de serem
dotados de dimensões adequadas ao desenvolvimento das atividades dos docentes. Para
o atendimento ao aluno, contamos com a sala de coordenação, localizada no 3º andar do
Bloco C.
10.2 Espaço de trabalho para a coordenação
A UNISUAM possui, na unidade Bonsucesso, um prédio de cinco andares, o qual
concentra a maior parte dos atendimentos relativos aos cursos de graduação. O espaço
de trabalho para coordenação de curso de Pedagogia está localizado no 3º andar deste
prédio. O espaço de trabalho para coordenação é adequado em termos de mobiliário,
climatização e equipamentos necessários ao andamento das atividades administrativas
do curso. No andar há disponível impressora, cujo uso é compartilhado. Além disso, há
apoio administrativo de secretariado no andar. Os alunos têm acesso direto à
coordenação do curso.
10.3 Sala de professores
A UNISUAM disponibiliza sala para os professores, com espaço e climatização
adequados, computadores para acesso e desenvolvimento de atividades, além de duas
espaçosas mesas comumente utilizadas para estudos. Cada docente possui um local em
68
que os documentos institucionais são guardados. Além disso, no espaço da sala de
professores há sala interna, a qual pode ser usada para reuniões ou mesmo estudo. A sala
conta com apoio administrativo exclusivo para o pronto atendimento no dia a dia relativo
às atividades docentes.
10.4 Salas de aula
As transformações ocorridas na relação homem-mundo exigem adequações também
nos processos de gestão em todas as áreas. Tendo-se em vista as mudanças sociais e
tecnológicas ocorridas nos anos recentes, outras são as possibilidades de se imaginar a
relação do sujeito com o conhecimento que lhe será útil e de cuja construção deverá
participar por direito. Numa sociedade verdadeiramente democrática, uma gestão mais
plural do conhecimento se impõe como um tema para todo aquele educador que tenha
como horizonte a formação de sujeitos mais autônomos e críticos.
A articulação destes ideais com a tecnologia da informação e comunicação, justifica-
se a utilização de novos espaços de aprendizagem com ambientes virtuais de
aprendizagem, espaços de produção de vídeos, núcleos de comunicação, laboratórios de
informática.
11 LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA
A UNISUAM além do parque computacional moderno e atualizado, possui também
4 laboratórios específicos para a EAD, 45,75 m² (no 3º andar do Bloco C), atualmente
totalizando 100 computadores, não só para o estudo das disciplinas online e para
realização das provas presenciais, mas para qualquer outra atividades em que os
professores tenham necessidade de utilizar os recursos computacionais. A Instituição
disponibiliza acesso dos discentes aos laboratórios da EAD durante todos os turnos de
funcionamento do Centro Universitário. Além disso, a instituição disponibiliza em
diversos pontos da unidade Bonsucesso acesso à Internet via rede sem fio.
Este espaço, sala de 76,00 m², é um exclusivamente destinado ao exercício de
atividades lúdicas, artísticas, oficinas, aulas e encontros do curso de Pedagogia, pelas
quais os estudantes desenvolvem suas práticas profissionais.
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O laboratório é um espaço que possibilita ao aluno conhecer e experimentar os
diferentes recursos didático-pedagógicos disponíveis para auxiliar o professor. Muitos
desses materiais foram construídos nas aulas de Fundamentos da Educação Infantil Arte,
Educação e Cultura Popular pelos próprios acadêmicos.
11.1 LABORATÓRIOS DE PRÁTICA PEDAGÓGICA
LEMBRETE IMPORTANTE:
Para as demais Licenciaturas, verificar os respectivos laboratórios de ensino. NOSSAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Nota 5 Quando os laboratórios didáticos especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de
maneira excelente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: quantidade de equipamentos adequada aos espaços físicos e alunos vagas
pretendidas/autorizadas.
Concernente à modalidade Licenciatura, o curso de Pedagogia tem como
finalidade maior a formação de docentes para o exercício das funções de magistério nos
ambientes escolares e não escolares de Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
Fundamental, nos Cursos de Ensino Médio e de Educação Profissional e em outras áreas
nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos, contemplando em sua formação
as múltiplas abordagens de conhecimentos, instrumentos de estudos e pesquisas
próprias de cada área, ampliando seu repertório analítico e cultural, favorecendo a prática
reflexiva e consequentemente a aquisição da qualificação necessária para sua atuação no
mercado.
As disciplinas que compõem o currículo do curso, bem como a metodologia
empregada na apresentação e no desenvolvimento de seus respectivos conteúdos,
buscam não só o domínio dos assuntos apresentados como também a reflexão crítica
acerca de teorias existentes e de práticas pedagógicas realizáveis. Desse modo, espera-se
formar um professor crítico, capaz de adequar os itens dos programas às necessidades de
seus alunos – cidadãos em formação – e da comunidade a que a escola pertença.
Para tanto, é necessário que o graduando tenha sempre como bases de apoio os
três alicerces fundamentais: o ensino, a pesquisa e a extensão. O primeiro traduz-se pela
prática docente propriamente dita; o segundo, pela busca incessante de informações,
com vistas à melhoria do desempenho profissional; o terceiro, diretamente ligado ao
70
anterior, remete ao aprimoramento sistemático e continuado por meio dos cursos de
extensão, da pós-graduação lato e stricto sensu. Procura-se, assim, desenvolver no alunado a capacidade de pesquisar e obter dados
e transformá-los em informações úteis e pertinentes, para que possam ser utilizados
tanto no meio acadêmico como no meio organizacional. Além disso, através das variadas
atividades e projetos desenvolvidos ao longo do curso, objetiva-se aprimorar a
capacidade de produzir artigos científicos que possam contribuir para o enriquecimento
da literatura nas diferentes áreas do saber que compõem o curso de Pedagogia.
11.2 BRINQUEDOTECA
LEMBRETE IMPORTANTE:
Para Pedagogia é obrigatório a Brinquedoteca.
Nota 5 Quando os laboratórios didáticos especializados implantados com respectivas normas de funcionamento, utilização e segurança atendem, de
maneira excelente, em uma análise sistêmica e global, aos aspectos: quantidade de equipamentos adequada aos espaços físicos e alunos vagas
pretendidas/autorizadas.
Os princípios norteadores da educação nacional indicam a necessidade de inserção da
formação acadêmica nos espaços educativos e sociais na busca e no desenvolvimento da
criança, sua interação e interdependência, exigindo a presença do lúdico e da importância
da brinquedoteca no curso de pedagogia como necessidade de: (a) oportunidade de
trabalhar na prática vários conceitos, pesquisas, projetos e atividades que envolvem não
só a área do conhecimento voltada para o brincar como poderão contemplar as demais
áreas do curso. (b) a brinquedoteca é um núcleo de apoio pedagógico do Curso de
Pedagogia, no qual os alunos podem pensar, discutir, analisar, e investigar o valor do
brinquedo e das brincadeiras no desenvolvimento infantil. (c) Ser uma oficina de criação
lúdica, oportunizando o experimento, exploração e manipulação de diversos brinquedos,
construindo assim o próprio conhecimento. (d) Vivenciar experiências que promovam a
aquisição de regras, a expressão do imaginário e a apropriação do conhecimento,
propiciando a interação e o confronto entre diferentes formas de pensar. (e) Oferecer a
possibilidade de manusear vários tipos de brinquedos, garantindo a sua função
pedagógica. (f) Possibilitar que todas as crianças possam fazer uso de acessíveis
brinquedos, reforçando sua função social. (g) Oportunizar as crianças frequentadoras
situações de ação e reflexão sobre a convivência em grupo, o respeito as pessoas, a
71
colaboração com os outros, ao recebimento de uma ajuda, afirmando sua função
comunitária. (h) Estimular o desenvolvimento integral das crianças, valorizando o brincar
e as atividades lúdicas. (i) Possibilitar à criança o acesso a vários tipos de brinquedos e de
brincadeiras, promovendo a interação com objetos e outras pessoas para ampliação da
sua concepção de mundo. (j) Enriquecer as relações familiares, através da participação
dos adultos nas atividades infantis. (k) Favorecer uma experimentação do próprio corpo
e dos sentimentos. (l) Reconhecer problemas, dificuldades e potencialidades das crianças
por meio da observação durante momentos de brincadeiras. (m) Refletir sobre a
contribuição e importância deste ambiente para as crianças portadoras de necessidades
especiais ou comprometidas emocional e psicologicamente.
12 BIBLIOTECA E ACERVO
Cada disciplina do curso possui ementa padronizada, contendo três títulos por
unidade curricular no que se refere à bibliografia básica e cinco títulos por unidade
curricular no que se refere à bibliografia complementar, possuindo pelo menos duas
unidades para cada título. Os títulos estão atualizados em quantidade adequada para uso
pelos discentes do curso, e dimensionados em função do número de vagas anuais
ofertadas na proporção de 1 exemplar para cada 10 vagas anuais.
A UNISUAM possui acesso à base ampliada do Portal de Periódicos da CAPES, o
qual pode ser usado por discentes e docentes. Esta base ampliada foi concedida pela
CAPES em 2013, face aos resultados conseguidos nos programas de pós-graduação stricto
sensu. Nesta base os alunos têm acesso gratuito a centenas de periódicos nacionais e
internacionais
13 CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO
Com relação a formação e experiência do corpo técnico administrativo, o curso
possui um secretário no período das 8h às 18h, e outro no período compreendido entre
12h e 22h. Além disso, conta com o apoio dos seguintes setores:
a) a Central de Atendimento, que agenda os atendimentos do aluno com o coordenador
e procura auxiliar o aluno nas dúvidas mais simples;
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b) o Departamento de Admissão e Registro, que trata das documentações dos alunos
guarda dos diários e demais assuntos pertinentes.
c) a Central de Atividades Complementares, que cuida do seu registro; e
d) a Central de Estágios, que auxilia na oferta, registro e acompanhamento entre os
alunos e as empresas conveniadas. Este setor também orienta e acompanha os alunos
no que tange à parte legal dos Estágios Supervisionados.
13.1 Relacionamento
Responsável por acompanhar os processos acadêmicos do setor e promover a
interlocução entre os alunos e a UNISUAM.
13.2 Avaliação do projeto pedagógico
O processo de avaliação do Projeto Pedagógico do Curso é realizado através de
diversos instrumentos, permitindo uma visão multifacetada da condução do mesmo e dos
resultados alcançados.
A forma imediata de avaliação do Projeto Pedagógico, no que se refere ao seu
conteúdo, implementação e desdobramentos desenvolve-se através de reuniões dos
membros do Núcleo Docente Estruturante e do Colegiado do Curso. Nas reuniões
ordinárias realizadas semestralmente com os docentes do curso, também se avaliam e se
discutem aspectos relevantes para sua condução e funcionamento.
O terceiro fórum de avaliação é através de reuniões da coordenação com
representantes do corpo discente. Cada turma elege, semestralmente, um representante
que, além de atuar como elo entre a turma e a Coordenação, participa dessas reuniões
contribuindo com a perspectiva do aluno na avaliação do Projeto Pedagógico.
A avaliação dos docentes será feita anualmente por todo corpo discente, através
do processo de avaliação institucional e pela Coordenação do Curso, através do
acompanhamento de seu desempenho diário e dos dados fornecidos pela avaliação
institucional, assim como pela coordenação de curso para fins de preenchimento do Plano
de Carreira Docente, devidamente registrada no Ministério do Trabalho.
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A coordenação é regularmente avaliada por todo corpo discente, pelos docentes,
pelos Diretores e Pró-Reitores.
14 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO CURSO
No que tange a Avaliação Interna, a UNISUAM preocupada com o aprimoramento
da qualidade do processo ensino-aprendizagem, periodicamente, convida docentes e
discentes para participar do processo de avaliação visando à determinação e/ou
reformulação das práticas acadêmicas. Os resultados vêm sendo fornecidos de forma
geral, porém considerando as necessidades específicas de cada curso, no PDI 2012-2016
já se encontram as diretrizes para uma avaliação por curso, o que propicia um retrato
mais real do curso. Além dessa avaliação, a Coordenação do Curso realiza anualmente
uma avaliação do curso através do NDE e Colegiado de Curso, e uma terceira através das
turmas de Pedagogia.
14.1 Integralização da autoavaliação institucional
Essa avaliação realizada periodicamente pelas reuniões de Colegiado de Curso,
Corpo Docente e Corpo Discente, devidamente registradas nos livros de atas, que
permitirá uma visão ampla do processo e das ações implementadas no curso, propiciando
sua reavaliação, intensificando umas, reestruturando outras e implantando novas ações.
Ficou acordado entre as partes que o número mínimo de reuniões por semestre será de
duas para o Colegiado e Corpo Docente e uma para os representantes discentes, uma vez
que a segunda é feita com o NAPP.
O colegiado de curso poderá solicitar uma reunião extraordinária sempre que se
fizer necessário, visando à qualidade do processo e consenso entre as ações docentes.
Nosso compromisso constante está relacionado ao ensino de qualidade (baseado nas
atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária); à formação do profissional para
o mercado; à missão institucional de “Promover o desenvolvimento do homem e do meio
em que vive numa relação recíproca com a sociedade, permitindo o acesso a um ensino
de qualidade, participando ativamente da melhoria dos processos educacionais do País”.
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Integralização da autoavaliação institucional
O processo de auto-avaliação do Curso e de seu Projeto Pedagógico são
compostos, fundamentalmente, por três instrumentos específicos:
a) autoavaliação do curso de acordo com o instrumento de avaliação do INEP;
b) autoavaliação Institucional, conduzida por uma assessoria específica da
Instituição; e
c) avaliação da Comissão Própria de Avaliação (CPA).
Cada um desses instrumentos efetiva-se com o emprego de metodologias próprias e
por um determinado conjunto de agentes. Sem embargo das demais – e inúmeras –
informações coligidas durante a condução quotidiana do curso, cuja utilização, a partir de
uma perspectiva de desenvolvimento baseada no modelo definido pelo “Ciclo PDCA”
(Plan, Do, Check and Act), é imprescindível para o contínuo realinhamento do processo
em relação a seus objetivos, os relatórios produzidos a partir desses três instrumentos
caracterizam-se como a fonte primária para a auto-avaliação do curso e para sua
articulação e integração com a auto-avaliação institucional.
O relatório consolidado desses três sistemas de avaliação foi a referência principal,
não somente para a elaboração do presente Projeto Pedagógico do Curso de Direito, mas
mesmo a principal motivação para sua realização e suas futuras alterações.
Observe-se que a estruturação de todos os instrumentos de avaliação utilizados
apresenta aderência ao modelo de “Análise SWOT” (Strengths, Weaknesses,
Opportunities, Threats ou Forças = Pontos Fortes, Fraquezas = Pontos Fracos,
Oportunidades = Potencialidades e Ameaças = Fragilidades), permitindo que se
identifiquem os pontos críticos, cujo tratamento exigirá soluções mais urgentes, e os
elementos positivos, cuja potencialização define os fatores de diferenciação em relação
aos demais agentes do mesmo contexto.
14.2 Perspectivas do curso
O curso de Pedagogia, a partir das concepções preconizadas pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação de professores nível superior, contempla a
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aquisição de competências requeridas do professor, que deverá ocorrer mediante uma
ação teórico- prática, ou seja, toda a sistematização teórica vinculada com o fazer e todo
o fazer articulado com a reflexão.
Baseados na Resolução CNE nº 2, de 26 de junho de 1997, ofereceremos também o
curso de Formação Pedagógica, voltado para a Educação Básica, que tem como objetivo
formar professores que tenham compromisso com o desenvolvimento de competências
e habilidades importantes para a atuação do professor-educador, entre elas:
competências que permitam ao educador uma sólida formação filosófica, ética e política,
para que seja um profissional comprometido com a educação do nosso tempo, atuando
também como cidadão; competências que contribuam para o respeito e compreensão
dos contextos onde atua, para além da sala de aula; competências que levem ao domínio
de conteúdos básicos, através de qualificação técnico-científica, advinda de uma sólida
formação teórico-prática, para que compreenda que a teoria e a prática constituem uma
unidade indissolúvel; competências para a utilização de instrumentos de avaliação da
aprendizagem, que levem em conta a proposta curricular, considerando o
desenvolvimento das diferentes capacidades dos alunos.
Com o delineamento das avaliações do ensino, cada vez mais rigorosas, e com um
mercado de trabalho extremamente exigente, a Instituição oferecerá aos egressos do
curso ao público em geral a possibilidade de continuarem o processo formativo, através
dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu.
Visando propiciar melhorar o processo de ensino e aprendizagem, serão realizados
seminários de capacitação docente interna e externamente, de modo que os docentes se
atualizem em suas práticas pedagógicas e contribuam para inovação pedagógica no
âmbito do curso.
Através do Núcleo de Relações Institucionais serão propiciadas condições para
viagem pelos docentes do curso a fim de realizarem curso de qualificação profissional em
uma das Universidades da América do Norte ou América do Sul.
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