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Projeto Flor de Lis Caminhos para o desenvolvimento integral de mulheres encarceradas.

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O sistema prisional não foi pensado para ser utilizado por mulheres. Se o modelo em voga é caótico para os homens, quando adaptado para mulheres, este fica muito muito pior. Por ser a grande maioria da população carcerária composta por homens e ter maior potencial para rebeliões e violências intramuros, a prioridade da aplicação dos poucos programas e benefícios é a eles. De forma geral, o Estado omite-se quanto a uma das principais finalidades da privação de liberdade: a ressocialização.

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ProjetoFlor de Lis

Caminhos para o desenvolvimento integral de mulheres encarceradas.

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Flor de Lis

Se queres saber o que é felicidadePossuir o mais valioso tesouroReceber recompensas perenes

Conhecer a verdadeira liberdadeNão busque ao longeIgnore os incrédulos

Não vasculhe paláciosPare!

Se permita sentirReescrevas tua históriaFortaleça a tua vontade

Trace o teu destinoFeche os olhos!

Feche!Não temas

Se te virares do avesso Verás que o direito é escura prisão

E o teu “dentro” é o melhor caminho

É imensidãoUm campo florido de alvos lírios

e protetoras flores de lisÀ espera de serem notados

O teu “dentro” é clarãoUm lugar de infinitas

possibilidades

Maria Inês S. de Oliveira

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Justificativa

O sistema prisional não foi pensado para ser utilizado por mulheres. Se o modelo em voga é caótico para os homens, quando adaptado para mulheres, este fica muito muito pior. Por ser a grande maioria da população carcerária composta por homens e ter maior potencial para rebeliões e violências intra-muros, a prioridade da aplicação dos poucos programas e benefí-cios é a eles. De forma geral, o Es-tado omite-se quanto a uma das principais finalidades da privação de liberdade: a ressocialização.

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O trabalho social, psicológico e profissionalizante com a população carcerária feminina quase inexiste. Por um processo histórico cultural de gênero, as mulheres presidiárias têm dificuldades maiores em relação a sua autonomia, auto-estima, autoimagem, o que dificulta em demasia a superação dos problemas que as levaram à criminalidade.

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O sistema vigente conduz à rei-ficação dos apenados, que, desta forma, perdem o referencial personalíssimo que é característica principal de todo o ser hu-mano. Devido a estas e outras considera-ções, o projeto visa inicialmente, como um projeto piloto, oferecer a um grupo de mulheres a oportunidade de reabili-tação pessoal, psicológica, afetiva e social por meio da construção e resgate de sua personificação, autoestima, autoconfian-ça, de um projeto de vida pautado no de-senvolvimento da resiliência. Para tanto, há de se investir na desconstrução de padrões negativos de conduta e de autogerenciamento de suas emoções e conflitos.

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Na fase seguinte, haverá o desen-volvimento e o investimento nas compe-tências criativas, de formação escolar e pro-fissionais, capazes de garantir a viabilidade econômica e social desse bem-estar alme-jado. Para tanto, serão conjugados vários métodos como grupos de discussão, salas de cinema, oficina de poesia, oficina de es-crita, interpretação e produção de textos, sensibilização, reick, massoterapia, medita-ção, terapia comunitária, terapias corporais. O estabelecimento de parcerias e a sensibi-lização de segmentos da sociedade consti-tuem-se em um desafio.

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PÚBLICO-ALVO

Mulheres a quem se atribua autoria de atos tipificados como crime, em situação de pri-vação de liberdade, nas seguintes unidades prisionais: Presídio Estadual Feminino e Presídio Provisório, localizados nesta capi-tal.

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METODOLOGIA

Encontro semanal em grupo, com 20 participantes e 4 horas de du-ração, por tempo a ser definido, con-forme o andamento dos trabalhos. A coordenação do grupo será realizada por, no mínimo, uma assis-tente social ou psicóloga e uma estagi-ária do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra Mulheres, em con-junto com profissionais parceiros. Os encontros serão temáticos e abordarão questões diversas. Em casos mais complexos, poderá ser realizada orientação individual com o encami-nhamento para instituições de atendi-mento especializado. Semestralmente serão realiza-das avaliações sobre a evolução e o de-senvolvimento das participantes, bem como do Projeto Flor de Lis, o que re-sultará em sugestões e ajustes necessá-rios.

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METAS

• Possibilitar a desconstrução de padrões negativos de valores e condutas;• Favorecer o resgate de valores éticos, da amorosidade, auto-es-tima, auto-confiança, percepção de si e da realidade em que estão inseridas,• Possibilitar o desenvolvimento de capacidade crítica;• Prevenir comportamentos agressivos e autodestrutivos, por meio do autogerenciamento de emoções e conflitos;• Desenvolver a capacidade de re-siliência;• Fornecer informações e encami-nhamentos para solução de pro-blemas relativos a alcoolismo, uso indevido de drogas, desemprego, entre outras;• Contribuir para a reinserção so-cial.

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Estado de RondôniaTribunal de Justiça

PresidenteDesembargador Roosevelt Queiroz CostaVice-presidenteDesembargador Raduan MiguelCorregedor-geral da JustiçaDesembargador Miguel Monico NetoTitular da Vara de Execuções Penais da comarca de Porto VelhoJuíza Sandra A. Silvestre de Frias TorresFlor de Lis é produzido por

Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher

Juíza de Direito da Vara de Execuções Penais Sandra A. Silvestre de Frias Torres

Juiz de Direito AuxiliarFabiano Pegoraro Franco

Assistente Chefe do Núcleo PsicossocialMaria Inês Soares de Oliveira

Operacionalização do ProjetoAlline de Lima Costa Sarges - Assistente SocialMaria Inês Soares de Oliveira - Assistente SocialCristiano de Correia de Paula - PsicólogoLucilene Zanol – Psicóloga da VEPMariângela Aloise Onofre – Psicóloga Luana Regina Oliveira Velozo - Estagiária de Serviço SocialMaria Caroline Carvalho Silva - Estagiária de Psicologia Raimunda Araújo Botelho Filha - Estagiária de Serviço Social

Coordenadoria de Comunicação SocialCoordenação, edição e textos:Simone NorbertoPlanejamento gráfico, fotografias:Ana Carolina CardosoContatos: [email protected] (69) 3217-1017Impressão e arte final: Digraf

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Realização: Vara de Execuções PenaisJuizado de Violência Doméstica e Familiar

Apoio:

Faculdade Católica de Rondônia

Poder Judiciário

Conselho da Comunidade na Execução Penal