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PROJETO FILOSOFIA PARA CRIANÇAS COM ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO Secretaria Municipal da Educação de Toledo/PR - SMED e Universidade Estadual do Oeste do Paraná UNIOESTE RELATÓRIO DE ATIVIDADES REFERENTE AO MÊS DE OUTUBRO/ 2011 Nome da profissional: Michelle Silvestre Cabral Formação Acadêmica: Bacharel e Mestre em Filosofia, acadêmica do curso de licenciatura em Filosofia. Vínculo institucional: Acadêmica da UNIOESTE e estagiária da SMED de Toledo/PR. RELATO DAS ATIVIDADES Firmada a parceria UNIOESTE SMED/Toledo, realizou-se uma reunião com os pais das crianças avaliadas e/ou em avaliação com Altas Habilidades/Superdotação (dia 23/09). O encontro teve como objetivo apresentar o projeto à comunidade e oficializar o convite aos pais dessas crianças, sendo que estes, dentro de suas disponibilidades, estariam convidados a trazer seus filhos para participar dos encontros, que se realizariam semanalmente, com duração de duas horas cada. Segue, o resumo da proposta do projeto: O projeto Filosofia para crianças com AH/S é uma proposta de trabalho que vincula o ensino de filosofia ao atendimento especializado oferecido às crianças identificadas com altas habilidades. A proposta se inspira nos pressupostos do trabalho de Matthew Lipman 1 , Filosofia para crianças, no qual este desenvolve um programa de educação para o pensar visando aprimorar as dimensões crítica, criativa e ética do pensar das crianças. Tal iniciativa está pautada nos princípios que regem a legislação brasileira no que se refere à educação, vindo ao encontro à Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 que institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Como objetivos principais, além de oferecer uma alternativa de atendimento suplementar enriquecedor do currículo, se pode citar o desenvolvimento de subsídios para novas pesquisas na área, que poderão propiciar maior clareza e desmistificação do tema, bem como contribuir para as práticas e metodologias que vêm sendo desenvolvidas pelo MEC quanto à identificação e atendimento das necessidades especiais deste grupo de crianças. Durante a reunião, foi, também, discutida e votada a organização dos dias e horários dos atendimentos de acordo com a possibilidade das crianças e da professora. Após este encontro, os 1 Matthew Lipman (1922-2010) foi o fundador do Programa Filosofia para Crianças. Preocupado com o desenvolvimento insuficiente das habilidades de raciocínio de seus alunos na Universidade de Columbia, concebeu um programa que apresenta a filosofia para crianças e jovens. A convicção de que as crianças possuem a capacidade de pensar abstratamente desde tenra idade, levou-o a certeza de que trazer a lógica para a educação das crianças mais cedo iria ajudá-los a melhorar suas habilidades de raciocínio. Os principais objetivos de Filosofia para Crianças são: oferecer iniciação filosófica às crianças e jovens, proporcionando à elas uma educação para o pensar e uma preparação para uma cidadania responsável.

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PROJETO FILOSOFIA PARA CRIANÇAS COM ALTAS

HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Secretaria Municipal da Educação de Toledo/PR - SMED e Universidade Estadual do Oeste

do Paraná – UNIOESTE

RELATÓRIO DE ATIVIDADES REFERENTE AO MÊS DE OUTUBRO/ 2011

Nome da profissional: Michelle Silvestre Cabral

Formação Acadêmica: Bacharel e Mestre em Filosofia, acadêmica do curso de licenciatura em

Filosofia.

Vínculo institucional: Acadêmica da UNIOESTE e estagiária da SMED de Toledo/PR.

RELATO DAS ATIVIDADES

Firmada a parceria UNIOESTE – SMED/Toledo, realizou-se uma reunião com os pais das

crianças avaliadas e/ou em avaliação com Altas Habilidades/Superdotação (dia 23/09). O encontro

teve como objetivo apresentar o projeto à comunidade e oficializar o convite aos pais dessas

crianças, sendo que estes, dentro de suas disponibilidades, estariam convidados a trazer seus filhos

para participar dos encontros, que se realizariam semanalmente, com duração de duas horas cada.

Segue, o resumo da proposta do projeto:

O projeto Filosofia para crianças com AH/S é uma proposta de trabalho que vincula o

ensino de filosofia ao atendimento especializado oferecido às crianças identificadas com

altas habilidades. A proposta se inspira nos pressupostos do trabalho de Matthew Lipman1,

Filosofia para crianças, no qual este desenvolve um programa de educação para o pensar

visando aprimorar as dimensões crítica, criativa e ética do pensar das crianças. Tal

iniciativa está pautada nos princípios que regem a legislação brasileira no que se refere à

educação, vindo ao encontro à Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009 que institui as

Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação

Básica, modalidade Educação Especial. Como objetivos principais, além de oferecer uma

alternativa de atendimento suplementar enriquecedor do currículo, se pode citar o

desenvolvimento de subsídios para novas pesquisas na área, que poderão propiciar maior

clareza e desmistificação do tema, bem como contribuir para as práticas e metodologias

que vêm sendo desenvolvidas pelo MEC quanto à identificação e atendimento das

necessidades especiais deste grupo de crianças.

Durante a reunião, foi, também, discutida e votada a organização dos dias e horários dos

atendimentos de acordo com a possibilidade das crianças e da professora. Após este encontro, os

1 Matthew Lipman (1922-2010) foi o fundador do Programa Filosofia para Crianças. Preocupado com o

desenvolvimento insuficiente das habilidades de raciocínio de seus alunos na Universidade de Columbia, concebeu

um programa que apresenta a filosofia para crianças e jovens. A convicção de que as crianças possuem a capacidade

de pensar abstratamente desde tenra idade, levou-o a certeza de que trazer a lógica para a educação das crianças

mais cedo iria ajudá-los a melhorar suas habilidades de raciocínio. Os principais objetivos de Filosofia para

Crianças são: oferecer iniciação filosófica às crianças e jovens, proporcionando à elas uma educação para o pensar e

uma preparação para uma cidadania responsável.

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grupos e os horários foram definidos, sendo enviado aos pais, via escola, um comunicado contendo

todas as informações necessárias quanto aos dias/horários em que o projeto estaria sendo realizado.

As crianças foram distribuídas de acordo com a idade e turno em que frequentam a escola,

sendo que o atendimento ocorrerá sempre no contra turno escolar. Formaram-se, ao todo, quatro

grupos: Grupo I – Matutino (Crianças com 7, 8 e 9 anos de idade que estudam à tarde), Grupo II –

Matutino (Crianças com 4, 5 e 6 anos de idade que estudam à tarde), Grupo I – Vespertino (Crianças

com 7, 8 e 9 anos de idade que estudam de manhã) e Grupo II – Vespertino (Crianças com 4, 5 e 6

anos de idade que estudam de manhã).

Na primeira semana de outubro, deu-se início aos encontros com as crianças. Num

primeiro momento, o foco das atividades girou em torno da constituição de vínculos entre os

membros do grupo e à apresentação e adaptação aos espaços e procedimentos metodológicos

utilizados, de modo a instituir uma base sólida de trabalho. Esta preparação do ambiente, que

também inclui o estímulo ao desenvolvimento de atitudes que favoreçam o pensar crítico-reflexivo,

são elementos indispensáveis à concretização de uma comunidade de investigação, nos moldes

propostos pelo programa lipmaniano. Tal programa, Filosofia para Crianças, visa desenvolver os

hábitos e procedimentos cognitivos e afetivos necessários ao diálogo e reflexão críticos. Parte-se do

pressuposto de que a vivência de diálogos reflexivos, instaurados a partir da análise e discussão de

elementos distintos (conceitos, textos, vídeos, obras artísticas e culturais, etc.), pode estimular o

senso crítico, a criatividade, as habilidades cognitivas das crianças e o pensamento ético. Neste

sentido, buscou-se inspiração no programa lipmaniano para despertar nas crianças envolvidas no

projeto atitudes e comportamentos facilitadores para o trabalho filosófico propriamente dito, como a

escuta atenta, a concentração, o respeito pelo colega, o diálogo participativo, a investigação

cooperativa, etc.

As primeiras reuniões, portanto, foram estruturadas a partir de dinâmicas de grupo que têm

como objetivo central propiciar a reflexão sobre noções subsumidas no conceito de comunidade,

tais como equipe, grupo, união, colaboração, respeito, etc. A intenção de estabelecimento de

vínculos foi alcançada com êxito e a aceitação por parte dos estudantes foi bem positiva. Deu-se

início, concomitantemente, ao processo de constituição do sentido de unidade para o grupo.

Segue abaixo um Cronograma com os dias em que foram desenvolvidos os encontros. Em

seguida (ANEXO I), a descrição de todos os planos de aula que realizamos no mês de outubro.

Logo após (ANEXO II), seguem alguns registros dos alunos. Ao final do arquivo (ANEXO VII)

encontram-se as súmulas de todas as dinâmicas desenvolvidas.

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CRONOGRAMA DE ENCONTROS – OUTUBRO/2011

GRUPOS DIAS

5 6 7 12 13 14 19 20 21 26 27 28

GRUPO I – MAT. X X X X

GRUPO II – MAT. X X X

GRUPO I – VESP. X X X

GRUPO II – VESP. X X X

12/10 – Feriado nacional.

28/10 – Dia do Servidor público.

ANEXO I - Planos de aula outubro

GRUPO I – MATUTINO

Encontro I – Constituição da noção de grupo/círculo/comunidade de investigação filosófica

Realizado dia 06/10/2011

1. Dinâmicas:

Construindo um círculo com barbante;

Dar/passar a palavra uns aos outros;

Fazer um pompom;

2. Leitura: U de união, de Paulo R. K. Angelini;

3. Dinâmica:

Desenvolvendo a noção de segurança;

4. Confecção de um cartaz contendo os conceitos do texto e da investigação que foram

utilizados na discussão: Confiança, Segurança, Saber dividir, Diversão, Proteção, União,

Amizade, Companheirismo.

5. Registro no caderno dos conceitos e atividades realizadas;

6. Avaliação.

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Encontro II – Que acontece no círculo de Filosofia e Nomes

Realizado dia 13/10/2011

Dinâmica:

A filosofia circula – Telefone sem fio;

Investigação: Que acontece no círculo? Filosofia – Discussão/reflexão sobre os

procedimentos básicos/necessários para que a comunidade de investigação filosófica

aconteça: LUGAR SEGURO – PENSAR – ESCUTAR – REVEZAR-SE;

Investigação filosófica Nomes: O intuito desta oficina, além de dar continuidade ao

trabalho de constituição do grupo de investigação filosófica, é fazer uma reflexão que, além

de questionar sobre as diferentes significações que este conceito pode assumir em variados

contextos, promova uma investigação propriamente filosófica sobre o nome. Pretende-se, ir

além de uma mera análise gramatical, alcançando a dimensão do sentido mesmo de um

nome. Para tal investigação, realizamos diversas atividades:

Mais de um nome/Quantos nomes você tem;

Que é um nome?

Leitura: Marcelo, marmelo, martelo, de Ruth Rocha.

Atividade artística: Confecção de um Acróstico;

Registro no caderno: Que é um nome? (Realizado em casa, como tarefa);

Avaliação.

Encontro III – Nomes (continuação)

Realizado dia 20/10/2011

Leitura e discussão das respostas à questão “O que é um nome?”;

Dinâmica:

A cadeira curiosa;

Atividade: Confecção de Anagramas;

Avaliação.

Encontro IV – Nomes (continuação) e Razões

Realizado dia 27/10/2011

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Leitura: Definições filosóficas sobre o conceito de nome;

Dinâmicas:

Dar razões;

O dilema da bala;

Leitura: O menino que aprendeu a ver, de Ruth Rocha.

Discussão: Fazendo perguntas ao texto a partir dos exemplos da dinâmica Cadeira curiosa.

Avaliação.

GRUPO II – MATUTINO

Encontro I – Constituição da noção de grupo/círculo/comunidade de investigação filosófica

Realizado dia 05/10/2011

1. Dinâmicas:

Construindo um círculo com barbante;

Dar/passar a palavra uns aos outros;

Fazer um pompom;

2. Registro com desenho;

3. Leitura: A descoberta de Leila, de Márcia Honora.

4. Discussão sobre os conceitos do texto: saber ouvir, respeitar.

5. Avaliação.

Encontro II – Constituição da noção de grupo/círculo/comunidade de investigação filosófica

(Continuação) e Desenvolvendo a noção de segurança

Realizado dia 19/10/2011

1. Vídeo: Mini Einsteins - O Safári do foguete;

2. Discussão sobre os conceitos do vídeo:

Ajudar uns aos outros;

Trabalho em equipe;

Saber agradecer;

Todos são importantes.

3. Leitura: U de união, de Paulo R. K. Angelini;

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4. Discussão sobre os conceitos do texto:

Amizade; União, Saber esperar; Saber dividir.

5. Dinâmica:

Desenvolvendo a noção de segurança – O que o círculo/grupo de filosofia precisa ter

para nos sentirmos seguros?

6. Registro com desenho;

7. Avaliação.

Encontro III – Que acontece no círculo de Filosofia e Nomes

Realizado dia 26/10/2011

1. Que acontece no círculo? Filosofia: Discussão/reflexão sobre os procedimentos

básicos/necessários para que a comunidade de investigação filosófica aconteça: LUGAR

SEGURO – PENSAR – ESCUTAR – REVEZAR-SE;

2. Vídeo: O que é que está escrito – Pato Fú;

3. Investigação filosófica sobre Nomes: O intuito desta oficina, além de dar continuidade ao

trabalho de constituição do grupo de investigação filosófica, é fazer uma reflexão que, além

de questionar sobre as diferentes significações que este conceito pode assumir em variados

contextos, promova uma investigação propriamente filosófica sobre o nome. Pretende-se, ir

além de uma mera análise gramatical, alcançando a dimensão do sentido mesmo de um

nome. Para tal investigação, realizamos diversas atividades:

Mais de um nome/Quantos nomes você tem;

O nome e o sobrenome.

4. Leitura: Marcelo, marmelo, martelo, de Ruth Rocha.

Arte: Minha família – Pedir às crianças que desenhem os diversos membros de sua família e

registrem, no alto da folha, os diferentes nomes pelos quais é chamada;

Avaliação.

GRUPO I – VESPERTINO

Encontro I – Constituição da noção de grupo/círculo/comunidade de investigação filosófica

Realizado dia 05/10/2011

1. Dinâmicas:

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Construindo um círculo com barbante;

Dar/passar a palavra uns aos outros;

Fazer um pompom;

2. Leitura: U de união, de Paulo R. K. Angelini;

3. Discussão sobre os conceitos do texto:

Saber dividir; Amizade; Companheirismo; União; Diversão.

4. Registro com desenho;

5. Avaliação.

Encontro II – Nomes

Realizado dia 19/10/2011

Dinâmica:

A filosofia circula – Telefone sem fio;

Investigação filosófica sobre Nomes: O intuito desta oficina, além de dar continuidade ao

trabalho de constituição do grupo de investigação filosófica, é fazer uma reflexão que, além

de questionar sobre as diferentes significações que este conceito pode assumir em variados

contextos, promova uma investigação propriamente filosófica sobre o nome. Pretende-se, ir

além de uma mera análise gramatical, alcançando a dimensão do sentido mesmo de um

nome. Para tal investigação, realizamos diversas atividades:

Mais de um nome/Quantos nomes você tem;

Que é um nome?

Leitura: Marcelo, marmelo, martelo, de Ruth Rocha.

Avaliação.

Encontro III – Nomes (continuação) e Que acontece no círculo de Filosofia

Realizado dia 26/10/2011

1. Que acontece no círculo? Filosofia: Discussão/reflexão sobre os procedimentos

básicos/necessários para que a comunidade de investigação filosófica aconteça: LUGAR

SEGURO – PENSAR – ESCUTAR – REVEZAR-SE;

2. Investigação filosófica sobre Nomes (continuação);

3. Registro: Respondendo à questão “O que é um nome?”

4. Atividades no laboratório de informática.

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GRUPO II – VESPERTINO

Encontro I – Constituição da noção de grupo/círculo/comunidade de investigação filosófica

Realizado dia 07/10/2011

1. Dinâmicas:

Construindo um círculo com barbante;

Dar/passar a palavra uns aos outros;

Fazer um pompom;

2. Leitura: A descoberta de Leila, de Márcia Honora.

3. Registro com desenho;

4. Avaliação.

Encontro II – Constituição da noção de grupo/círculo/comunidade de investigação filosófica

(continuação)

Realizado dia 14/10/2011

Leitura: U de união, de Paulo R. K. Angelini;

Discussão sobre os conceitos do texto:

União, saber dividir, amizade, saber esperar, saber dividir, ajudar;

Registro com desenho;

Jogos/atividades pedagógicas;

Avaliação.

Encontro III – Nomes

Realizado dia 21/10/2011

1. Investigação filosófica sobre Nomes: O intuito desta oficina, além de dar continuidade ao

trabalho de constituição do grupo de investigação filosófica, é fazer uma reflexão que, além

de questionar sobre as diferentes significações que este conceito pode assumir em variados

contextos, promova uma investigação propriamente filosófica sobre o nome. Pretende-se, ir

além de uma mera análise gramatical, alcançando a dimensão do sentido mesmo de um

nome. Para tal investigação, realizamos diversas atividades:

Mais de um nome/Quantos nomes você tem;

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Que é um nome?

2. Jogos/atividades pedagógicas;

3. Avaliação.

ANEXO II - Registro das crianças

Representação do grupo, realizada por uma aluna de quatro anos, no qual se destacam

alguns conceitos trabalhados.

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Desenho do grupo, realizado por uma aluna de seis anos.

Cartaz confeccionado por um dos grupos com registro de conceitos abordados durante os

encontros. Tais conceitos foram considerados por todos como atitudes necessárias ao bom

desenvolvimento das reuniões.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES REFERENTE AO MÊS DE NOVEMBRO/ 2011

RELATO DAS ATIVIDADES

No mês de novembro, os encontros continuam a se desenvolver de maneira positiva. As

dinâmicas tem conseguido mobilizar e estimular as crianças a se envolver de modo cada vez mais

intenso nas atividades, o que torna o trabalho muito gratificante. Os laços de cooperação e união

entre o grupo tem sido reforçados, como podemos perceber na internalização das regras e no

compromisso que este tem assumido com relação ao bom desenvolvimento das dinâmicas. Já é

possível perceber, em diversos momentos, as próprias crianças lembrando, umas às outras, da

necessidade em se ouvir atentamente quando um colega está falando, de falar um de cada vez, de

passar a palavra, etc.

Percebe-se que cada grupo começa a criar sua própria identidade, na medida em que as

características de cada membro passam a se tornar mais visíveis, instituindo maneiras singulares de

resposta às dinâmicas propostas. Neste sentido, evidenciou-se a necessidade de configurar as

estratégias de trabalho separadamente, ampliando, desse modo, as possibilidades de acesso aos

horizontes intencionais das crianças.

Sabe-se que o comportamento extremamente ativo que, em geral, caracteriza a infância,

tornam o trabalho de construção do hábito do diálogo e reflexão críticos um tanto específicos,

contudo, negar tal possibilidade às crianças parece-nos um erro crucial alimentado muito mais por

mitos que por fundamentos evidentes. Isto vai de encontro à postura assumida por Lipman (1999, p.

43), “O que as crianças são capazes de fazer, ao que parece, seria diretamente dependente da nossa

capacidade de desafiá-las de maneira adequada”. Um dos intuitos do projeto Filosofia para

crianças com Altas Habilidades/Superdotação é desenvolver diálogos que permitam desafiar,

incitar, estimular o pensamento dos pequenos de maneira adequada, ou seja, promover situações

que auxilie-os a criar independência e autonomia de modo saudável e tranquilo.

O fato de, este projeto, estar direcionado às crianças identificadas com AH/S não acarreta

uma maior facilidade ou simplicidade à tarefa, apenas especifica o modo de atuação e

desenvolvimento das atividades, na medida em que cada criança atendida no projeto apresenta suas

próprias características singulares, trazendo consigo a base cultural/educacional/familiar de seu

meio, assim como toda e qualquer criança.

Deve-se levar em consideração, ainda, que os grupos não foram constituídos baseados no

critério das áreas em que as crianças apresentam seu talento, o que poderia insinuar a busca por uma

maior identificação e/ou aceitação dos membros entre si. Utilizou-se, somente, o critério de idade e

turno escolar das mesmas. Deste modo, formaram-se grupos muito ricos em diversidade e

multiplicidade cultural, artística, emocional, etc., o que se tornou muito positivo para o trabalho,

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vindo de encontro a uma das exigências do programa lipmaniano que é a pluralidade de

perspectivas.

Segue abaixo um Cronograma com os dias em que foram realizados os encontros no mês

de novembro. Em seguida, no ANEXO III, seguem os planos de aulas; após, no ANEXO IV, alguns

registros dos alunos. As súmulas das dinâmicas realizadas se encontram no final do arquivo

(ANEXO VII).

CRONOGRAMA DE ENCONTROS – NOVEMBRO/2011

GRUPOS DIAS

2 3 4 9 10 11 16 17 18 23 24 25 30

GRUPO I – MAT. X X X

GRUPO II – MAT. X X X

GRUPO I – VESP. X X X

GRUPO II – VESP. * X

02/11 – Finados.

11 a 20/11 – Recesso Jogos abertos do Paraná.

* Não houveram alunos presentes.

ANEXO III - Planos de aula novembro

GRUPO I – MATUTINO

Encontro V – Construção de raciocínios hipotéticos

Realizado dia 03/11/2011

Dinâmicas:

Equipes “Se... então...”.

Com certeza; Provavelmente; Não dá para saber.

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Atividade artística: Representação, em desenho e escrita, de um fato que segue-se à outro

(“Se... então...”);

Tarefa: Construir raciocínios hipotéticos utilizando as seguintes palavras:

6. Amigos; pessoa feliz;

7. Compartilhar; amizade;

8. Pensar; boas escolhas.

Avaliação.

Encontro VI – Construção de raciocínios hipotéticos (continuação) e Atividades artísticas com

EVA

Realizado dia 10/11/2011

Texto: Se todas as coisas fossem mães, de Sylvia Orthof;

Leitura e discussão da tarefa;

Atividades artísticas com EVA;

Avaliação.

Encontro VII – Nomes (continuação) e Estabelecendo semelhanças e diferenças

Realizado dia 24/11/2011

Vídeo: Pé com pé, Palavra Cantada;

Discussão:

Assim como uma coisa pode ter vários nomes, será que um nome pode significar

/indicar mais de um objeto?

Atividade: Discutindo sobre e reconhecendo Homônimos;

Dinâmicas Semelhanças e diferenças:

Pedir às crianças que instituam critérios para agrupar diferentes brinquedos em

conjuntos. Conversar sobre os critérios estabelecidos;

Solicitar que cada criança desenhe o mesmo objeto. Conversar sobre as semelhanças

e diferenças de cada desenho.

Pedir que as crianças reorganizem as letras de uma palavra de modo a formar o maior

número possível de palavras novas utilizando apenas aquelas letras no tempo de um

minuto.

Avaliação.

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GRUPO II – MATUTINO

Encontro IV – Refletindo sobre diferentes maneiras de se questionar e Razões

Realizado dia 09/11/2011

Dinâmicas:

6. A cadeira curiosa;

7. O dilema da bala;

Jogos/atividades pedagógicas.

Leitura: A roupa do rei, de Mary França e Eduardo França.

Avaliação.

Encontro V – Nomes (continuação)

Realizado dia 23/11/2011

7. Vídeo: Pé com pé, Palavra Cantada;

8. Discussão:

Assim como uma coisa pode ter vários nomes, será que um nome pode significar

/indicar mais de um objeto?

9. Atividade: Discutindo sobre e reconhecendo Homônimos;

10. Dinâmicas Semelhanças e diferenças:

Pedir às crianças que instituam critérios para agrupar diferentes brinquedos em

conjuntos. Conversar sobre os critérios estabelecidos;

11. Jogos/atividades pedagógicas.

12. Avaliação.

Encontro VI – Nomes (continuação)

Realizado dia 30/11/2011

Leitura: A velhinha que dava nome às coisas, de Rylant.

Discussão: Conversar com as crianças sobre os nomes que dão ou não a brinquedos,

animais, etc.;

Atividades:

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Animais – Nomes: Fornecer às crianças uma lista de animais e uma lista com

possíveis nomes para estes. Alguns nomes devem indicar uma característica de

alguns animais, outros não, contudo, as crianças ficam livres para determinar seus

próprios critérios de relação e determinação de um nome a um animal.

Organização e distribuição de acordo com critérios. Pedir as crianças que organizem,

numa atividade impressa, alguns brinquedos e livros numa prateleira.

Jogos/atividades pedagógicas;

Avaliação.

GRUPO I – VESPERTINO

Encontro IV – Razões

Realizado dia 09/11/2011

Dinâmicas:

8. Dar razões;

9. O dilema da bala;

Atividades no laboratório de informática.

Avaliação.

Encontro V – Nomes (continuação)

Realizado dia 23/11/2011

Vídeo: Pé com pé, Palavra Cantada;

Discussão:

Assim como uma coisa pode ter vários nomes, será que um nome pode significar

/indicar mais de um objeto?

Atividade: Discutindo sobre e reconhecendo Homônimos;

Dinâmicas Semelhanças e diferenças:

Pedir às crianças que instituam critérios para agrupar diferentes brinquedos em

conjuntos. Conversar sobre os critérios estabelecidos;

Oferecer os mesmos materiais para cada criança (sucata: palitos de picolés, rolo de

papel, etc.). Solicitar às crianças que construam uma pessoa (um boneco). Conversar

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sobre as semelhanças e diferenças de cada boneco.

Avaliação.

Encontro VI – Nomes (continuação)

Realizado dia 30/11/2011

Leitura: A velhinha que dava nome às coisas, de Rylant.

Discussão: Conversar com as crianças sobre os nomes que dão ou não a brinquedos,

animais, etc.;

Atividades:

Animais – Nomes: Fornecer às crianças uma lista de animais e uma lista com

possíveis nomes para estes. Alguns nomes devem indicar uma característica de

alguns animais, outros não, contudo, as crianças ficam livres para determinar seus

próprios critérios de relação e determinação de um nome a um animal.

Atividades: Confecção de Anagramas;

Avaliação.

GRUPO II – VESPERTINO

Encontro IV – Constituição da noção de grupo/círculo/comunidade de investigação filosófica e

Razões

Realizado dia 25/11/2011

Leitura: Meus lápis de cor são só meus, de Ruth Rocha;

Discussão sobre os conceitos do texto:

Compartilhar, saber dividir, amizade, saber esperar, ajudar;

Dinâmicas:

5. O dilema da bala;

Atividade impressa: encontrando critérios para organizar a prateleira de brinquedos e livros

de um garoto.

Avaliação.

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ANEXO IV - Registro das crianças

Algumas afirmações das crianças realizadas durante os diálogos sobre Nomes.

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Acrósticos confeccionados por alunas de nove anos.

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES REFERENTE AO MÊS DE DEZEMBRO/ 2011

RELATO DAS ATIVIDADES

Durante o mês de dezembro encerramos as atividades com as crianças priorizando a

fixação dos laços estabelecidos entre os colegas e a professora. Trabalhamos com conceitos como

amizade, ser amigo, vinculando a estes temas a própria constituição dos grupos proporcionado pelo

projeto, o qual culmina na formação de uma comunidade (comum-unidade) de amigos. Os intuitos

maiores do projeto, neste primeiro momento, foram alcançados: estabelecer os laços de união e

vínculos indispensáveis para que os grupos possam constituir diálogos e investigações em torno a

diferentes temas que despertem o interesse do grupo; as atitudes necessárias para que este diálogo

ocorra de modo positivo foram abordadas e trabalhadas; a importância da cooperação e do respeito

pelas diferenças foi ressaltado; entre outros elementos já citados nos relatórios anteriores. Pode-se

afirmar que o alicerce exigido para o trabalho propriamente filosófico está bem preparado e os

grupos estão prontos para iniciar o segundo momento, no qual será possível se aprofundar mais nos

conceitos abordados e, consequentemente, desenvolver diálogos mais ricos e intensos.

Isto não significa, contudo, que os resultados estão previamente definidos e demarcados;

ao contrário, justamente por se tratar de pessoas e, sobretudo, crianças, não se pode prever ou

determinar exatamente de que modo os diálogos e discussões filosóficos irão repercutir ou atingir o

interesse de cada um. Pode-se, apenas, oferecer, disponibilizar acesso a novas perspectivas, neste

caso, especificamente, a perspectiva filosófica que, ao contrário de muitas, não propõe a negação do

seu contrário; antes torna possível a abertura para inúmeras outras, através do estímulo a criação, a

invenção. O horizonte filosófico no qual se baseia a proposta de trabalho deste projeto, através de

uma metodologia de diálogo em torno a conceitos que estejam presentes no universo das crianças,

sugere uma dinâmica de reflexão crítica, ética e criativa. Embora esta proposta possa não

atingir/interessar a todos, respeitando suas singularidades, acreditamos que pode ser muito positivo

para aquelas que se dispuserem a se envolver integralmente, haja visto que, através da estimulação e

aprimoramento das habilidades básicas de pensamento, promove a internalização desses hábitos,

ampliando, gradativamente, a complexidade no pensar das crianças. Tais elementos, além de

propiciar a formação de adultos mais independentes e coerentes, podem trazer, ainda, muitos

benefícios para crianças que têm dificuldades na elaboração do entendimento de si mesmo (por

exemplo no reconhecimento das próprias capacidades, habilidades, interesses e áreas de

dificuldade; na reflexão sobre os próprios sentimentos, experiências e realizações, etc.) e/ou do

entendimento do outro (por exemplo no reconhecimento e aceitação dos pensamentos, sentimentos

e capacidades alheias; no relacionamento saudável com colegas, etc.), entre outras tantas situações

que, de diferentes maneiras, podem compor o quadro situacional de uma crianças com AH/S.

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Outro aspecto positivo, que se tornou mais claro no decorrer desses três meses de trabalho,

se refere aos aspectos práticos necessários ao bom desenvolvimento das atividades. Entre estas,

podemos citar: as questões relacionadas à duração dos encontros, à adequação do espaço, dos

materiais necessários para o trabalho, do número de crianças por grupo. Todos estes fatores que,

num primeiro momento, apenas podiam ser determinados através de hipóteses, se tornaram fatores

concretos e mensuráveis, permitindo maior clareza na configuração do modo de atuação e

desenvolvimento das atividades. Tramita-se o agendamento de uma reunião para o início do ano

letivo de 2012, entre os responsáveis pelo projeto (UNIOESTE e SMED), com o objetivo de

discutir e esclarecer os aspectos a ser mantidos e as possíveis reestruturações.

CRONOGRAMA DE ENCONTROS – DEZEMBRO/2011

GRUPOS DIAS

1 2 7 8 9

GRUPO I – MAT. X X

GRUPO II – MAT. X

GRUPO I – VESP. X

GRUPO II – VESP. X X

ANEXO V - Planos de aula dezembro

GRUPO I – MATUTINO

Encontro VIII – Nomes (continuação)

Realizado dia 01/12/2011

Leitura: A velhinha que dava nome às coisas, de Rylant.

Discussão: Conversar com as crianças sobre os nomes que dão ou não a brinquedos,

animais, etc.; Sobre o que significa um nome; Sobre a possibilidade do nome guardar a

história de quem nomeia, etc.

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Atividades:

Nomeando imagens, personagens: Distribuir algumas imagens às crianças e pedir

que elas dêem nomes as mesmas;

Animais – Nomes: Fornecer às crianças uma lista de animais e uma lista com

possíveis nomes para estes. Alguns nomes devem indicar uma característica de

alguns animais, outros não, contudo, as crianças ficam livres para determinar seus

próprios critérios de relação e determinação de um nome a um animal.

Registro: Após a discussão, responder à questão “o que é um nome?;

Jogos/atividades pedagógicas;

Avaliação.

Encontro IX – Ser amigo

Realizado dia 08/12/2011

Texto: Ser amigo e gostar, trecho do livro Luíza de Mathew Lipman;

Atividades impressas: Discutindo e refletindo sobre o que significa ser amigo;

Jogos/atividades pedagógicas;

Avaliação.

GRUPO II – MATUTINO

Encontro VII – Refletindo sobre amizade

Realizado dia 07/12/2011

Leitura: A de amizade, de Paulo R. K. Angelini;

Discussão sobre os conceitos do texto: Ser amigo;

Atividade: Faça um desenho bem bonito e presenteie um de seus amigos;

Jogos/atividades pedagógicas;

Avaliação.

GRUPO I – VESPERTINO

Encontro VII – Ser amigo

Realizado dia 07/12/2011

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Texto: Ser amigo e gostar, trecho do livro Luíza de Mathew Lipman;

Atividades impressas: Discutindo e refletindo sobre o que significa ser amigo;

Atividades no laboratório de informática.

Avaliação.

GRUPO II – VESPERTINO

Encontro V – Nomes (continuação)

Realizado dia 02/12/2011

Leitura: A velhinha que dava nome às coisas, de Rylant.

Discussão: Conversar com as crianças sobre os nomes que dão ou não a brinquedos,

animais, etc.;

Atividades:

Nomes: Ofereça imagens (de diferentes personagens, pessoas famosas, lugares, etc.)

às crianças e peça que elas escolham nomes para eles. Discutir com elas sobre se os

nomes escolhidos indicam ou não alguma característica do objeto nomeado.

Desenhe seu animal de estimação e escreva seu nome;

Leitura e atividades do livro: Alfabeto de histórias, de Gilles Eduar.

Avaliação.

Encontro VI – Ser amigo

Realizado dia 08/12/2011

9. Leitura: A de amizade, de Paulo R. K. Angeline.

10. Discussão sobre os conceitos do texto: Ser amigo;

11. Atividades:

13. Faça um desenho bem bonito e presenteie um de seus amigos;

14. Confeccione um cartaz com imagens de amigos e atitudes que caracterizam a

amizade;

12. Jogos/atividades pedagógicas;

13. Avaliação.

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ANEXO VI - Registro das crianças

Representação do grupo realizado por uma aluna de nove anos.

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Cartaz confeccionado por aluno de seis anos com auxílio da professora sobre o tema ser

amigo.

ANEXO VII - Súmulas das dinâmicas realizadas

A cadeira curiosa: Dinâmica que estimula as crianças a refletirem sobre as diferentes

maneiras de se formular questionamentos, proporcionando, ao mesmo tempo, a habilidade

de um perguntar reflexivo. Consiste em incitá-las a questionarem-se entre si, sobre diversos

assuntos e, ao formularem suas perguntas, o professor registra o início de cada uma, por

exemplo: “Que tipo ...?”, “Quem ...?”, “Quando …?, “Qual …?”, “O que …?”, etc.;

A filosofia circula – Telefone sem fio: Dinâmica que auxilia no desenvolvimento da escuta

atenta.

Anagramas: Atividade que propõe que as crianças tentem criar frases, palavras ou

enunciados utilizando apenas as letras de seu nome aleatoriamente ordenadas.

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Avaliação: A avaliação é tão importante quanto a investigação em si, pois auxilia o processo

de verificação dos resultados, reestruturação de procedimentos, percepção das mobilizações,

afecções ocorridas/provocadas pelas atividades. Portanto, ao final de cada aula será

realizada uma avaliação em conjunto que, conforme o desenvolvimento das atividades,

poderá ser reestruturada e modificada de modo a abarcar uma maior complexidade em sua

realização.

Com certeza; Provavelmente; Não dá para saber: Esta dinâmica pode ser realizada em

seguida à dinâmica Equipes “Se... então...”. Propõe analisar a diferença entre a

probabilidade, a certeza ou a falta de critérios para determinar a verdade de algo que foi

afirmado seguir-se/estar ligado (como consequência) à outro.

Construindo um círculo com barbante: Esta dinâmica visa auxiliar na construção da

imagem de união, do sentido de unidade e da importância de cada um na formação do

grupo. Embora composto por muitos membros, o grupo forma uma unidade cooperativa que

se ajuda mutuamente e investiga conjuntamente. Nesta e na maior parte das dinâmicas o

professor orienta as crianças a sentarem-se em círculo como forma de estimular a

colaboração, a concentração e o pleno contato visual de todos. Consiste, basicamente, em

construir coletivamente um círculo com um barbante ao mesmo tempo em que cada um, ao

receber o barbante, se apresenta, dizendo seu nome e algo acerca de si mesmo.

Dar a palavra uns aos outros: A dinâmica visa desenvolver nas crianças os hábitos de

passar a palavra uns aos outros, falar apenas quando estiverem de posse da bola, respeitar o

colega que estiver com a bola, ouvindo-o, etc. Para sua execução, utiliza-se uma bola de

pano que deve ser rolada entre os participantes após chamarem, pelo nome, o colega que irá

recebê-la. Auxilia ainda na memorização dos nomes dos integrantes do grupo.

Dar razões: Esta dinâmica pretende aprimorar a habilidade de fundamentar e dar razões

para argumentos, o que é um elemento fundamental para a atividade filosófica. Consiste em

simular uma entrevista com as crianças, buscando salientar a importância da palavra porque

nos discursos, a qual indica que uma pessoa está prestes a apresentar uma razão para algo

que foi dito.

Desenvolvendo a noção de segurança: Ao se tentar constituir uma comunidade/grupo de

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investigação, se torna fundamental garantir a segurança em todos os sentidos: segurança

física, segurança emocional ou psicológica e segurança intelectual. O objetivo desta

atividade é fazer com que as crianças se tornem conscientes disso através de diálogos que

enfoquem a noção de segurança em diferentes contextos e busquem refletir sobre os modos

de instituí-la, bem como sobre sua importância.

Equipes “Se... então...”: O objetivo da dinâmica é inserir uma reflexão sobre o domínio do

condicional (hipotético) no universo das crianças. Estimulando-as a formularem raciocínios

segundo esta estrutura, se pode auxiliar no desenvolvimento das habilidades de

estabelecimento de relações. Consiste em propor que, divididas em duas equipes, as crianças

formulem raciocínios hipotéticos a partir de diferentes imagens fornecidas pelo professor.

Cada equipe será responsável por uma parte do raciocínio, as quais podem ser trocadas em

determinado momento da atividade.

Fazer um pompom: A construção coletiva de um pompom visa, sobretudo, a reforçar a

constituição da noção de comunidade, enquanto grupo que contém o sentido de

unidade/união. Para sua execução, distribui-se fios de lã para cada criança, orientando-as a

enrolarem seus fios num pedaço de papelão enquanto falam sobre sua vida. Ao finalizar o

pompom, este se converte em símbolo e representante das vivências e histórias de cada

integrante do grupo, o que auxilia o desenvolvimento do respeito e do cuidado necessários

numa comunidade reflexiva de investigadores.

Mais de um nome/Quantos nomes você tem: Dinâmica que tenta ressaltar o fato de que

um mesmo objeto pode ter diferentes nomes; assim, também, as pessoas, se considerarmos

os apelidos, os sobrenomes e todos os modos pelos quais, em geral, pode-se nomear/chamar

alguém.

O dilema da bala: Dinâmica que pretende desenvolver, concomitantemente, a compreensão

do que seja uma razão e a habilidade de apresentar razões para argumentos, atitudes, etc.

Consiste em, após discutir sobre a noção de problema, apresentar apenas uma bala diante do

grupo de crianças e pedir que lhes ajude a resolver este problema: “Como decidir a quem

devo dar a bala?”. Ao final, o professor revela que há balas para todos.

O nome e o sobrenome: Investigação sobre o que quer dizer sobrenome. Para auxiliar,

podem ser acrescentadas questões como: “Mais alguém tem o mesmo sobrenome que

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você?”, Alguém que não seja da sua família pode ter o mesmo sobrenome que você?”, etc.

Que é um nome?: Atividade que propõe uma discussão em torno do significado de um

nome e as relações que estão implicadas neste conceito. Algumas questões utilizadas na

discussão forma, por exemplo, “Se alguém tem o mesmo nome que você, isso faz com que

sejam a mesma pessoa?”, “Todas as coisas têm um nome?”, “Poderia tudo ter o mesmo

nome?”, etc.

Referências

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R. da Costa. Erechim: Edelbra, 2009. (Coleção ABC do Mundo)

______. U de União. Ilustrações de Sérgio de Jesus Cântara e Miriam R. da Costa. Erechim:

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______(2001). Resolução n.º 02/2001, instrui as Diretrizes Nacionais da Educação Especial para a

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FLEITH, Denise de Souza. Educação infantil: saberes e práticas da educação infantil: altas

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HEUSER, Ester Maria Dreher. /Lipman: filosofia como diálogo investigativo. /2002. /Dissertação

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Grande do Sul. Ijuí.

HONORA, Márcia. A descoberta de Leila. Ilustrações e diagramação de Index Art & Studio. São

Paulo: Ciranda Cultural, 2009. (Ciranda da Diversidade)

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KOHAN, Walter Omar; KENNEDY, David (orgs.). Filosofia e infância: possibilidades de um

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______. Filosofia: ensino e educação. Entrevista concedida ao Programa Salto para o futuro.

Disponível em : http://tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo/entrevista.asp?cod_Entrevista=125.

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LIPMAN, Matthew. A descoberta de Ari dos Telles. Tradução de Ana Luiza Fernandes Falcone e

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______. A filosofia na sala de aula. São Paulo: Nova Alexandria, 1994.

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______. Issao e Guga: manual do professor “maravilhando-se com o mundo”. Tradução de Ana

Luiza Fernandes Falcone e Sylvia J. H. Mandel. - 2. ed. - São Paulo: Difusão de Educação e

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______. Luísa. Tradução de Ana Luiza Fernandes Falcone. - 3. ed. - São Paulo: Centro Brasileiro de

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______. Pimpa. Tradução de Sylvia J. H. Mandel. - 2. ed. - São Paulo: Difusão de Educação e

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______. Pimpa: manual do professor “em busca de significado”. Tradução de Ana Luiza Fernandes

Falcone, Sylvia J. H. Mandel, Equipe do Centro Brasileiro de Filosofia para Crianças. - 5. ed. -

São Paulo: Difusão de Educação e Cultura, 1997f. (Coleção Filosofia para Crianças)

______; SHARP, Ann. A comunidade de investigação e o raciocínio crítico. Tradução de Ana Luiza

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______; SHARP, Ann Margareth; OSCANYAN, Frederick S. A descoberta de Ari dos Telles:

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manual do professor “investigação filosófica”. Tradução de Maria Elice Brzezinski Prestes e

Sonia Campaner Miguel Ferrari. - 2. ed. - São Paulo: Difusão de Educação e Cultura, 1997b.

(Coleção Filosofia para Crianças)

______; SHARP, Ann Margareth. Luísa: manual do professor “investigação ética”. Tradução de

Ana Luiza Fernandes Falcone. - 2. ed. - São Paulo: Difusão de Educação e Cultura, 1998b.

(Coleção Filosofia para Crianças)

MANDEL, Sylvia J. Hamburger; REED, Ronald. Rebeca: manual de instruções. Tradução da

autora. São Paulo: Difusão de Educação e Cultura, 1996. (Coleção Filosofia para Crianças)

REED, Ronald. Rebeca. Tradução da Equipe do Centro Brasileiro de Filosofia para Crianças. - 2.

ed. - São Paulo: Difusão de Educação e Cultura, 1996. (Coleção Filosofia para Crianças)

ROCHA, Ruth. Marcelo, marmelo, martelo. Ilustrações de Adalberto Cornacava. - 3. ed. -

Guarulhos: Salamandra, 2007.

______. O menino que aprendeu a ver. Ilustrações de Elisabeth Teixeira. São Paulo: Quinteto

Editorial, 1998. (Coleção Hora dos Sonhos)

RYLANT, Cynthia. A velhinha que dava nome às coisas. Ilustrações de Kathryn Brown. Tradução

de Gilda de Aquinol. São Paulo: Brinque-Book, 1997.

SEESP/MEC. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às

necessidades educacionais especiais de alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília:

MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.

SHARP, Ann M. Prólogo. In: KOHAN, Walter Omar; WUENSCH, Ana Míriam (org.). Filosofia

para crianças: a tentativa pioneira de Matthew Lipman. Vol. 1. Petrópolis: Vozes, 1998.

TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e adolescentes. Petrópolis: Vozes, 1999.

VIRGOLIM, Angela M. R. Altas habilidades/superdotação: encorajando potenciais. Brasília:

Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007.

_________________________ ___________________________

Michelle Silvestre Cabral Visto, de acordo

Bolsista (Nome e Assinatura) Ester Maria Dreher Heuser

Coordenadora UNIOESTE

_________________________________

Janice Aparecida de Souza Salvador

Secretária da Educação de Toledo-PR