projeto de pesquisa - sustentabilidade na construÇÃo civil - pronto
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SUMARIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1.1. TEMA......................................................................................................................4
1.2. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
1.3. PROBLEMA
1.4. OBJETIVOS
1.4.1. Objetivos Gerais
1.4.2. Objetivos Específicos
2. METODOLOGIA
2.1. DIRETRIZES GERAIS DE UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
2.1.1. Planejamento sustentável da obra
2.1.2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais
2.1.3. Eficiência energética
2.1.4. Gestão e economia da água
2.1.5. Gestão dos resíduos na edificação
2.1.6. Qualidade do ar e do ambiente interno
2.1.7. Conforto termo-acústico
2.1.8. Uso racional de materiais
2.1.8.1. Telha onduline
2.1.8.2. Tijolo ecológico (canaleta ou meio-tijolo)
2.1.8.3. Painéis solares fotovoltaicos
2.1.9. Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis
3. CONCLUSÃO
4. CRONOGRAMA
5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
6. ANEXOS
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1. INTRODUÇÃO
1.1.TEMA
Construções Sustentáveis
1.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA
A história do mundo mostra que a construção civil sempre existiu para
atender as necessidades básicas e imediatas do homem sem preocupação com a
técnica aprimorada em um primeiro momento. Assistimos a partir de meados do
Século XX um aumento da preocupação com os impactos negativos do atual
modelo de desenvolvimento, no entanto muitas das abordagens para encontrar
soluções que visam minimizar ou eliminar estes impactos ainda esbarram na forma
excessivamente cartesiana como setores produtivos da nossa sociedade estão
organizados.
Construções bioclimáticas, arquitetura sustentável, ecovilas, green
buildings, bioconstrução, permacultura, construção ecológica, empreendimentos
verdes são temas bastante discutidos hoje, com a preocupação cada vez maior com
as questões ambientais. Parecem ter sido inventados há pouco tempo, porém,
muito do que permeia tais conceitos vem sendo utilizado pelo ser humano desde os
primórdios.
De todas as atividades praticadas pelo ser humano, a construção civil é uma das
que mais tem impacto no meio ambiente. No Brasil aproximadamente 40% da
extração de recursos naturais têm como destino a indústria da construção. Fora
isso, 50% da energia gerada são para abastecer o funcionamento das edificações e
50% dos resíduos sólidos urbanos vêm das construções e de demolições. Quase
toda água que entra em nossas casas, sai sem ser reaproveitada e ainda, levando
consigo algum tipo de poluente.
Muito mais que levar em conta a preservação ambiental, as construções
sustentáveis prezam pela salubridade dos ambientes, sendo assim o que é
sustentável é saudável, protegendo os seus habitantes das enfermidades que o
contexto externo pode trazer para dentro das edificações.
1.3.PROBLEMA
No presente momento a discussão sobre sustentabilidade avança e
envolvem cada vez mais, profissionais de diversas áreas; e estes, em certos
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momentos se reúnem para trabalhar em conjunto na busca de soluções para este
desafio proposto.
Qual a importância do advento de construções sustentáveis e quais as
diretrizes para alcançar uma construção dita “sustentável”?
1.4. OBJETIVOS
1.4.1. Objetivos Gerais
Analisar e demonstrar a importância de uma construção
sustentável no âmbito do atual modelo de consumo da
sociedade, e detalhar diretrizes que possam tornar uma
construção mais sustentável.
1.4.2. Objetivos Específicos
FALTA FAZER
2. METODOLOGIA
O conceito de Desenvolvimento Sustentável é apresentado pela primeira vez na
década de 80 pelo Relatório Brundtland, aos temas relacionados aos sistemas que
envolvem a Construção Civil. É feita uma reflexão sobre a real abrangência e o
alcance destes conceitos de sustentabilidade ao tema principal da pesquisa, que é a
sustentabilidade na construção civil. Segundo o Relatório da Comissão Brundtland,
uma série de medidas deve ser tomada pelos países para promover o desenvolvimento
sustentável, tais como o uso de novos materiais na construção, reestruturação da
distribuição de zonas residenciais e industriais e aproveitamento e consumo de fontes
alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica, além da reciclagem de
materiais reaproveitáveis.
Recentemente, a construção ganhou normas próprias no âmbito da
sustentabilidade, por meio do sistema ISO. São elas as normas ISO 21930 (2007) -
Sustentabilidade na construção civil – Declaração ambiental de produtos para
construção e ISO 15392 (2008) – Sustentabilidade na construção civil – Princípios
gerais. E do Comitê Técnico da ISO, também, o seguinte conceito de obra sustentável:
“Edificação sustentável é aquela que pode manter
moderadamente ou melhorar a qualidade de vida e harmonizar-
se com o clima, a tradição, a cultura e o ambiente na região, ao
mesmo tempo em que conserva a energia e os recursos, recicla
materiais e reduz as substâncias perigosas dentro da capacidade
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dos ecossistemas locais e globais, ao longo do ciclo de vida do
edifício.” (ISO/TC 59/SC3 N 459)
A noção de construção sustentável deve estar presente em todo o ciclo de vida
do empreendimento, desde sua concepção até sua re-qualificação, reconstrução ou
demolição. É necessário um detalhamento do que pode ser feito em cada fase da obra,
demonstrando aspectos e impactos ambientais e como estes itens devem ser
trabalhados para que se caminhe para um empreendimento que seja: uma idéia
sustentável, uma implantação sustentável e uma moradia sustentável. Outro aspecto
relevante que pode ser notado é que o conceito de sustentabilidade não é fechado, não
é possível atingir uma sustentabilidade absoluta. Um projeto poderá sempre adotar
soluções que diminuam seu impacto no meio ambiente; analisado sob outros aspectos
poderá não ser plenamente sustentável.
Quanto mais sustentável uma obra, mais responsável ela será por tudo o que
consome, gera, processa e descarta. Sua característica mais marcante deve ser a
capacidade de planejar e prever todos os impactos que pode provocar, antes, durante e
depois do fim de sua vida útil.
As empresas devem mudar sua forma de produzir e gerir suas obras. Elas
devem fazer uma agenda de introdução progressiva de sustentabilidade, buscando, em
cada obra, soluções que sejam economicamente relevantes e viáveis para o
empreendimento. Para se chegar a um empreendimento sustentável deve-se atender de
modo equilibrado, a quatro requisitos básicos:
Adequação ambiental;
Viabilidade econômica;
Justiça social;
Aceitação cultural.
A etapa do projeto arquitetônico para a sustentabilidade das edificações é onde
já se pode identificar os aspectos e impactos ambientais das atividades desenvolvidas
ao longo do ciclo de vida dos edifícios. O edifício deve ser abordado como um produto
global, onde o projeto arquitetônico deve facilitar a integração dos outros projetos. É
vidente que outras áreas de engenharia também devem se adequar. O engenheiro
eletricista precisa considerar as condições de luz natural para quantificar a iluminação,
o engenheiro mecânico precisa ter ciência do condicionamento térmico passivo da
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edificação para o cálculo das instalações de ar-condicionado e o projeto hidráulico
deverá prever o reuso de água, captação de água da chuva, e assim por diante.
2.1. DIRETRIZES GERAIS DE UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
2.1.1. Planejamento Sustentável da obra
Planejamento do ciclo de vida da edificação – ela deve ser econômica,
ter longa vida útil e conter apenas materiais com potencial para, ao término de
sua vida útil (ao chegar o instante de sua demolição), ser reciclados ou
reutilizados. Sua meta deve ser resíduo zero.
2.1.2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais
O sol, a iluminação natural, o vento e a vegetação são recursos passivos
de climatização que deverão ser utilizados ao máximo para obter uma
habitação arejada, iluminada e com pouca necessidade de sistemas de
climatização artificiais. Soluções arquitetônicas tipo brise-soleil (dispositivo
arquitetônico utilizado para impedir a incidência direta de radiação solar nos
interiores de um edifício), o uso de venezianas, prateleiras de luz e telas termo-
screen externas, ajudam a evitar a incidência solar direta e a proporcionar
melhor conforto térmico. O chamado “telhado verde” (uso de
vegetação/plantas na cobertura) ou a aplicação de pinturas reflexivas, também
podem reduzir significativamente a absorção de calor da edificação.
2.1.3. Eficiência energética
Eficiência energética - resolver ou atenuar as demandas de energia
geradas pela edificação, preconizando o uso de energias renováveis e sistemas
para redução no consumo de energia e climatização do ambiente. O projeto
elétrico e de fontes energéticas deve contemplar soluções sustentáveis, fazendo
uma combinação da energia elétrica convencional (oriunda do sistema
público/usinas hidrelétricas) com sistemas de energia renováveis, como a
energia solar fotovoltaica ou o aquecimento solar, a energia eólica ou os
demais mecanismos de conservação de energia. Deve-se ainda prever um
sistema de Iluminação eficiente, especificando lâmpadas de acordo com a
atividade a ser desenvolvida no local, tipologia das luminárias e circuitos. O
uso da energia solar tanto para aquecimento como para geração de energia são
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soluções sustentáveis, muito viáveis em função das nossas condições
climáticas, que precisam ser mais difundidas. Na região Sul onde se têm longos
períodos de baixa temperatura, o ideal é que se implante sistemas combinados
– painéis de aquecimento solar com aquecedores de apoio (a gás ou elétricos)
que são acionados quando a temperatura mínima requerida não é atingida pelo
sistema de aquecimento solar.
2.1.4. Gestão e economia da água
Eficiência na gestão e uso da água – economizar a água; tratá-la
localmente e reciclá-la, além de aproveitar recursos como a água da chuva que
pode ser utilizada na limpeza, irrigação de jardins, refrigeração, sistema de
combate a incêndio (em caso de construções maiores) e demais usos permitidos
para água não potável. O reaproveitamento de águas de lavagem, desde que
passem por um tratamento local adequado, também pode ser utilizado em
sanitários. No projeto de hidráulica e saneamento, deve-se fazer a previsão do
uso de materiais para coleta e aproveitamento de água de chuva, tais como
calhas, reservatórios, filtrose bombas, associadas à implementação de pontos
nas áreas interna e externa para reuso desta água, assim como das águas
servidas (depois de tratadas).
2.1.5. Gestão dos resíduos na edificação
Uma gestão de resíduos eficiente requer a administração do canteiro,
através de rotinas de trabalho, da educação ambiental dos operários e
prestadores de serviços envolvidos, tendo como objetivo gerar a quantidade
mínima de resíduos não recicláveis e o aproveitamento máximo dos resíduos
reutilizáveis. Devem-se separar em containers ou caçambas distintas os
diferentes tipos de resíduos, para posterior transporte até áreas de despejo
autorizadas, usinas de lixo, ou empresas recicladoras.
2.1.6. Qualidade do ar e do ambiente interior
Criar um ambiente interno e externo com elevada qualidade no tocante
a paisagem local e qualidade do ar. Prover saúde e bem-estar aos seus
ocupantes.
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2.1.7. Conforto termo-acústico
Prover excelentes condições termo-acústicas, de forma a melhorar a
qualidade de vida física e psíquica dos indivíduos.
2.1.8. Uso racional de materiais
A escolha dos produtos e materiais para uma obra sustentável deve
obedecer a critérios específicos, como origem da matéria-prima, extração,
processamento, gastos com energia para transformação, emissão de poluentes,
biocompatibilidade, durabilidade, qualidade, dentre outros, que permita
classificá-los como sustentáveis e elevar o padrão da obra, bem como melhorar
a qualidade de vida de seus usuários/habitantes e do próprio entorno. A
preferência deve ser dada aqueles que tenham alguma espécie de certificação
ambiental/selo ecológico. É importante evitar ou minimizar o uso de materiais
sobre os quais pairem suspeitas ou que reconhecidamente acarretem problemas
ambientais, tais como o PVC (policloreto de vinil), que gera impactos em sua
produção, uso e descarte/degradação (sua queima gera ácido clorídrico e
dioxina) e alumínio (que provoca grandes impactos ambientais para sua
extração e requer imensos gastos energéticos durante sua produção e mesmo
reciclagem, se comparado a outros materiais) - são os chamados materiais
convencionais, atualmente são os mais usados na construção civil e que causam
grande impacto ao meio ambiente. Os materiais não convencionais (chamados
muitas vezes de alternativos), como os reciclados são aqueles que em sua
composição possuem uma porcentagem de material reciclado, de origem do
mesmo produto ou de outra origem, porém aproveitado na execução do
material, o que já reduz em parte o impacto ambiental. Por ecológicos
entendem-se os materiais que não promovem a degradação do ambiente,
considerando-se alguns dos parâmetros mais críticos: emissão de gases que
contribuem para o aquecimento global e destruição da camada de ozônio,
chuva ácida, exploração dos recursos não renováveis, contaminação de solo e
meios aquáticos, etc. Quanto mais fácil for sua absorção biológica natural após
seu tempo de vida útil, mais ecológico ele pode ser classificado.
2.1.8.1. Telha onduline
Telha feita através de monocamada de fibras vegetais
(orgânicas), impregnada com betume sob pressão e calor intenso, não
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possuindo componentes que possam agredir o meio ambiente. Oferece
baixa transmissão de calor e som.
2.1.8.2. Tijolo ecológico (canaleta ou meio-tijolo)
Diferentemente do tijolo convencional não precisa ser cozido em
fornos, eliminando assim a utilização de lenha e a derrubada de dez
árvores para a fabricação de mil tijolos. Sua composição é formada por
terra, água e cimento. Vantagens em sua utilização: as colunas são
embutidas em seus furos; redução de uso de madeiras nas caixas dos
pilares e vigas em quase zero; economia de 70% do concreto e
argamassa de assentamento; instalações hidráulicas: toda a tubulação é
embutida em seus furos dispensando a quebra de paredes, como na
alvenaria convencional.
2.1.8.3. Painéis Solares fotovoltaicos
São dispositivos utilizados para converter a energia da luz do sol
em energia elétrica. Os painéis solares fotovoltaicos são compostos por
células solares, assim designadas já que captam, em geral, a luz do Sol.
Estas células são, por vezes, e com maior propriedade, chamadas de
células fotovoltaicas, e é longa a duração deste gerador de energia
através de um insumo inesgotável e sem custo.
2.1.9. Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis
Estimular um novo modelo econômico-social, que gere empresas de
produtos e serviços sustentáveis e dissemine consciência ambiental entre
colaboradores, fornecedores, comunidade e clientes.
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3. CONCLUSÃO
O conceito de sustentabilidade tem sido amplamente discutido ao longo dos
últimos anos. Isso pode ser percebido pela grande quantidade de documentos de
compromissos produzidos por diversas instituições governamentais, ONG’s e
congressos espalhados pelo Brasil e no mundo. No entanto não é possível ainda
perceber que tais ações estão sendo amplamente aplicadas no ramo da construção
civil, na busca pelo desenvolvimento de uma construção civil sustentável. Encontram-
se no meio urbano projetos não sustentáveis como: edificações sem conforto
térmico/acústico necessitando de elevado consumo de energia elétrica, a degradação
de grandes áreas ambientais, o lançamento de esgotos domésticos e industriais em
cursos d’água que atravessam a cidade, são apenas algumas situações encontradas.
Porém, existem esforços por meio de certos setores produtivos propondo ações que
buscam criar alternativas sustentáveis para solucionar os problemas urbanos, como por
exemplo, os programas de reciclagem de resíduos de demolição. Esses programas
seriam mais eficientes se o material a ser reciclado primasse pela qualidade, e isto
implica em uma prévia separação dos resíduos no canteiro de obras, o que
normalmente não acontece. A falha é essencialmente um problema cultural, o agente
(no canteiro de obras) que não visualiza todo o processo de reciclagem, nem imagina
que pode contaminar uma caçamba inteira ao despejar nela lixo orgânico. Percebe-se,
portanto, que os processos de engenharia de obras para se alcançar a sustentabilidade
não devem ser isolados. Os processos devem envolver vários setores da sociedade,
promovendo ações de educação ambiental, permitindo que todos os envolvidos
tenham conhecimento da importância e abrangência de suas ações na busca pela
sustentabilidade como um todo.
Por outro lado devemos sempre nos atentar para o fato de que a tecnologia,
tanto de materiais como de conhecimento, se alteram com uma velocidade alta, por
isso o que pode ser considerado uma construção sustentável hoje, pode amanhã não
atender mais os quesitos de sustentabilidade.
Com esse olhar, o objetivo é o de se obter edificações cada vez mais
sustentáveis de acordo com as questões ambientais locais e temporais, analisando
questões simples. E, por outro lado, buscar sempre o desenvolvimento tecnológico no
intuito de se alcançar uma edificação sustentável que venha a atender as necessidades
primordiais dos seres humanos visando a preservação dos recursos naturais renováveis
e de baixo custo: construtivo e de manutenção pós ocupação. E assim todas as
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questões que afetam a cidade, sejam de meio ambiente e/ou edificações pouco ou não
sustentáveis, teriam gradativamente corrigido suas distorções, para se alcançar o
equilíbrio ecológico e sustentável. Os engenheiros civis deverão ser preparados para o
desenvolvimento destas atividades.
Deve-se salientar que não é possível atingir uma sustentabilidade absoluta. Um
projeto poderá sempre adotar soluções que diminuam seu impacto no meio ambiente,
analisado sob outros aspectos poderá não ser plenamente sustentável.
Adotar uma política favorável ao mercado de produtos ecológicos é uma prova
de que as necessidades do homem moderno podem ser conciliadas com o uso dos
recursos naturais e que a ecologia, mais do que um conceito ou peça de marketing,
também é um fator de cidadania.
4. CRONOGRAMA
MAIO/2012
Semana 1 (07 a 11) Leitura Prévia Pesquisa e resumo bibliográfico
Pesquisa e resumo virtual (internet)
Semana 2 (14 a 18) Pré-projeto Elaboração das partes do projeto
Semana 3 e 4 (21 a 31) Execução Elaboração e execução final do projeto de
pesquisa
JUNHO/2012
Semana 5 (04) Entrega
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5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
MACEDO, LAURA VALENTE DE; FREITAS, PAULA GABRIELA. Construindo
Cidades Verdes: Manual de Políticas Públicas para Construções Sustentáveis. 1ª
ed. São Paulo, 2011.
PROMPT, CECÍLIA. Curso de Bioconstrução. Brasília, 2008.
CORRÊA, LÁSARO ROBERTO.Sustentabilidade na Construção Civil.
Monografia de Curso de Especialização em Engenharia Civil. Escola de Engenharia da
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.
CASAGRANDE JR., ELOY FASSI. Princípios e Parâmetros para a Construção
Civil. Disponível em: http://aplicweb.feevale.br/site/files/documentos/pdf/23234.pdf
BEZERRA, MARIA DO CARMO DE LIMA; FERNANDES, MARLENE ALLAN.
Cidades sustentáveis: subsídio à elaboração da Agenda 21 brasileira. Brasília:
Ministério do Meio Ambiente; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis; Consórcio Parceria 21 IBAM-ISER-REDEH, 2000.
A moderna construção sustentável. Disponível em:
http://www.idhea.com.br/pdf/moderna.pdf
O maior edifício eco sustentável do mundo. Disponível em:
http://www.remaatlantico.org/Members/suassuna/campanhas/o-maior-edificio-eco-
sustentavel-do-mundo/
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6. ANEXOS
O MAIOR EDIFÍCIO ECO SUSTENTÁVEL DO MUNDO
A Academia de Ciências da Califórnia (California Academy of Sciences) é
uma instituição científica e cultural de renome internacional, sediada em São
Francisco. A Academia inaugurou em setembro de 2008 as suas novas instalações no
Golden Gate Park, uma estrutura de 36 000 metros quadrados, que reúne um aquário,
um planetário (Steinhart Morrisone), um museu de história natural (Natural History
Museum Kimball), os mais profundos tanques de coral do mundo e recriações de
florestas tropicais, tudo sob um gigantesco telhado verde.O prédio é o maior edifício
público eco sustentável do mundo, que se mescla com a paisagem do Parque Golden
Gate. Visto de cima, o telhado é uma área ondulada onde são cultivadas 1,7 milhão de
plantas nativas, integrando com o parque.
O prédio, quase todo feito de vidro, é de tirar o fôlego. Seu projeto requereu
uma inovação excepcional, porque o edifício e aquários estão localizados em uma
zona sísmica e precisam resistir a terremotos.
O “telhado vivo” cumpre a função de manter fresco o interior do edifício, são
utilizados 13 milhões de litros de água por ano para regar as plantas, mas 7,5 milhões
de litros de água são coletados e reutilizados para outros fins no museu. A temperatura
interna é fresca, mesmo com o calor do exterior, em poucas zonas do edifício existe ar
condicionado.
O telhado de vidro tem comportas e cortinas controladas por computador, que
se abrem e fecham para controlar a temperatura adequada dentro do recinto e facilitar
a passagem da brisa do Pacífico. A reciclagem foi prioritária no desenho do edifício, o
museu está rodeado por uma vedação envidraçada em que foram integradas 60000
células fotovoltaicas, que geram 15 por cento da energia elétrica consumida, além de
água quente.
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CASAS ECO EFICIENTES
Em Florianópolis, a Casa Eficiente inaugurada em 2006 utiliza fontes
alternativas de energia e está em sintonia com as características climáticas regionais.
Edificada no pátio da Eletrosul, com 206,5 metros quadrados de área útil, a casa
funciona como centro de pesquisa, onde são monitoradas as diferentes tecnologias
utilizadas em sua construção. Trata-se de uma parceria entre a Eletrosul/Eletrobrás e o
Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (Labeee), da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC).
Um dos destaques dessa casa é a utilização de energia alternativa para a
alimentação de lâmpadas, eletrodomésticos e equipamentos elétricos em geral. Um
sistema fotovoltaico, com painel instalado na cobertura central, é responsável pela
geração de energia elétrica, a partir da luz solar. Existem ainda, nas coberturas laterais,
coletores solares responsáveis pelo aquecimento da água de chuveiros e torneiras. A
água aquecida também é utilizada, durante o inverno, para aquecer os quartos,
passando por uma tubulação de cobre instalada no rodapé desses ambientes. Para
facilitar a manutenção, as instalações hidráulicas e elétricas são em grande parte
aparentes. Desde sua instalação, o sistema fotovoltaico da Casa Eficiente gerou mais
de 5 mil quilowatts-hora, com média mensal de 190 quilowatts-hora. Esse valor seria
suficiente para atender totalmente a demanda de uma família morando na casa, com
hábitos conscientes de consumo. Ao se analisar os dados de variação da temperatura
do ar, foi possível comprovar a manutenção do conforto térmico no interior da Casa
Eficiente, mesmo em dias desconfortáveis no exterior (muito frios ou muito quentes).
Assim, dentro da casa está sempre mais confortável termicamente do que fora dela.
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Esse efeito é consequência das suas características construtivas, como o uso de
isolamento térmico com vidros duplos, paredes duplas com mantas de lã de rocha,
coberturas com mantas de lã de rocha e polietileno aluminizado e com vegetação (teto-
jardim).
Na Casa Eficiente foram incorporados materiais de construção de baixo
impacto ambiental, como concreto reciclado, madeira de reflorestamento, tijolo de
produção local e outros. Para evitar a radiação solar direta, existem proteções solares
nas aberturas, como persianas externas e beirais de bambu e madeira. E, para impedir
o desperdício de água potável, as águas de chuva são armazenadas e utilizadas para
limpeza de pisos, lavagem de roupas e descarga sanitária. Os efluentes da Casa
Eficiente são tratados em sistemas de leitos cultivados e parte deles é usada na
irrigação do jardim.