Universidade Ceuma- UNICEUMA

Achilley Nahid Barros Costa

Anny Isabel Guimarães da Rocha

Camila Sousa Cavalcante

Carlos Pavão Neto

Isadora Rodrigues Lopes

Matheus Henrique Barbosa Sampaio

Tayná Luísa Gaspar Camapum

Thamires Vieira dos Prazeres

SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

São Luis – MA

2013

Achilley Nahid Barros Costa

Anny Isabel Guimarães da Rocha

Camila Sousa Cavalcante

Carlos Pavão Neto

Isadora Rodrigues Lopes

Matheus Henrique Barbosa Sampaio

Tayná Luísa Gaspar Camapum

Thamires Vieira dos Prazeres

SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Universidade Ceuma- UNICEUMA

Curso de Engenharia Civil

Professora: Maria José

São Luis – MA

2013

Projeto de pesquisa apresentado à

Universidade Ceuma – UNICEUMA, como

requisito para obtenção de nota da disciplina

Métodos e Técnicas de Pesquisa do curso de

Engenharia Civil.

RESUMO

A significativa quantidade de resíduos gerados pelo setor da construção civil é hoje

um grande problema a ser enfrentado pelas empresas construtoras e pelos órgãos públicos

relacionados a construção. A construção civil é importante para atender as necessidades

básicas e imediatas do homem sem preocupação com a técnica aprimorada em um primeiro

momento. Sendo reconhecida profissionalmente, essa atividade é de muita importância para

a economia e o desenvolvimento social, mas por outro lado a construção é grande geradora

de impactos ambientais gerando resíduos. Porém para que haja redução desses impactos é

necessário alternativas de aperfeiçoamento que gerencie esses resíduos dentro da

construção civil. O artigo tem como objetivo demonstrar os impactos causados pela

construção e buscar soluções de separação e destinação correta dos resíduos devendo

combinar compromisso ambiental e viabilidade econômica, garantindo a sustentabilidade e

as condições para à continua expansão da construção civil no mercado. Devendo ser a

tarefa de todos analisarem a quantidade de resíduos gerados pelo setor da construção civil

e com mudanças de atitudes, visando à sustentabilidade com uso de recursos naturais que

possibilitam a redução dessa problemática.

Palavras-Chave: Resíduos, Economia, Sustentabilidade e Construção Civil.

ABSTRACT

A significant amount of waste generated by the construction industry is now a major

problem being faced by the construction companies and the government agencies related to

construction. The construction is important to meet the immediate and basic needs of man

without concern for the technique improved at first. Being recognized professionally, this

activity is of great importance to the economy and social development, but otherwise the

building is large generating environmental impacts generating waste. But for there to be

impact mitigation is required improvement alternatives that manage such waste within the

construction industry. The article aims to demonstrate the impacts caused by the

construction and seek solutions for separation and proper disposal of waste should combine

environmental commitment and economic viability, sustainability and ensuring the conditions

for continued expansion in construction market. Should be the task of analyzing all the

amount of waste generated by the construction industry and changes in attitudes, aiming at

sustainability and use of natural resources that allow the reduction of this problem.

Key words: Residue, Economy, Sustainability and Construction Civil.

SUMÁRIO

1. TEMA.................................................................................................................4

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA.................................................................................4

3. PROBLEMA.......................................................................................................4

4. HIPÓTESE DO ESTUDO..................................................................................4

5. OBJETIVOS.......................................................................................................4

6. INTRODUÇÃO...................................................................................................5

7. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................6

8. METODOLOGIA..............................................................................................11

8.1 Reduzir......................................................................................................11

8.2 Reutilizar....................................................................................................12

8.3 Reciclar......................................................................................................12

9. CONCLUSÃO..................................................................................................13

REFERÊNCIAS...............................................................................................14

ANEXOS..........................................................................................................15

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1. TEMA

Sustentabilidade na construção civil

2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

Problemáticas envolvidas pela construção civil e seu desenvolvimento

sustentável.

3. PROBLEMA

Os resíduos da construção: problema ou solução?

4. HIPÓTESE DE ESTUDO

Levando-se em consideração a temática abordada pela pesquisa, busca-se

perceber as causas, consequências e possíveis soluções relacionadas à

construção civil e efeitos por ela gerados ao meio ambiente e transformando em

algo sustentável.

5. OBJETIVOS

Este trabalho apresentará a partir do processo evolutivo dos conceitos de

Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável uma análise diante da expectativa

de alternativas sustentáveis próprias a cada caso em determinado momento.

Sustentabilidade foi tema de debate iniciado na década de 80 com o Relatório

de Brundtland (1987) e era, enquanto definição geral: "suprir as necessidades da

geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas".

Daí, pesquisas e estudos em todo o mundo levariam a tópicos relevantes para que

se tenha uma construção sustentável nos parâmetros vigentes quanto às questões

ambientais.

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Qualquer observador, mesmo o maior leigo em construção civil, pode

claramente constatar quesitos de insustentabilidade, pois o problema salta aos olhos

de todos que circulam pelas ruas. É fácil perceber que até o presente momento

obras ecologicamente correta são relegadas ao segundo plano, para tanto e

somente como exemplo, é só atentar para nossas fachadas envidraçadas. Num país

de clima tropical quente e úmido, isto seria coerente? Conforme estudos

apresentados no corpo do presente trabalho, ressaltaremos a necessidade de

reflexão sobre a abrangência dos conceitos de sustentabilidade e principalmente a

possibilidade de alterar os parâmetros vigentes para que se possam obter

construções com bases cada vez mais sustentáveis.

6. INTRODUÇÃO

A história do mundo mostra que a construção civil sempre existiu para atender as

necessidades básicas e imediatas do homem sem preocupação com a técnica

aprimorada em um primeiro momento. Apesar de sua indiscutível importância para o

desenvolvimento do país, a construção civil é apontada como uma das indústrias

que mais impactam o meio ambiente. Para se ter uma ideia, o setor consome 2/3 da

madeira natural e cerca de 50% dos recursos naturais do planeta, sendo grande

parte de recursos não renováveis. Além da extração, o processo produtivo também é

bastante nocivo. A fabricação de cimento, por exemplo, é responsável por 8% do

total de emissões de GHG. Fora a quantidade de material desperdiçado e os

resíduos gerados ao final de uma obra, essa grande quantidade de resíduos

deixados por construções, cerca de cinco vezes maior do que de produtos, tornou-se

um dos centros de discussões da sustentabilidade.

Todas essas preocupações quanto às questões ambientais têm ocupado,

gradativamente, cada vez mais espaço nos problemas dos países, desenvolvidos ou

não, que buscam iniciativas públicas de infraestrutura para implementação da

sustentabilidade na construção.

Na área da construção civil, o tema Sustentabilidade vem ganhando espaço

em toda a cadeia que compõe o segmento, desde os fornecedores de materiais de

construção, passando por construtoras, empresas de arquitetura e empresas de

imóveis. Algumas ações, como o uso de tintas sem solvente e materiais menos

agressivos de forma geral, qualidade do ar e do espaço interno e redução de

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desperdícios com água e energia, como com um uso mais consciente dos ares

condicionados, a inibição do uso desnecessário e simultâneo dos elevadores e a

utilização de energia solar, podem fazer uma grande diferença e vem sendo pouco a

pouco implementada.

A Construção Sustentável é um sistema que promove intervenções sobre o

meio ambiente, sem esgotar os recursos naturais, preservando-os para as gerações

futuras. Tal modelo de construção utiliza eco materiais e soluções tecnológicas

inteligentes, que promovem a redução da poluição, o bom uso e a economia de

água e de energia e o conforto de seus usuários. Uma construção sustentável utiliza

materiais e tecnologias biocompatíveis, que não agridem o meio ambiente, seja

durante o processo de obtenção, fabricação, aplicação e durante a sua vida útil.

7. DESENVOLVIMENTO

A sustentabilidade na construção civil hoje é um tema de extrema importância, já

que a indústria da construção causa um grande impacto ambiental ao longo de toda

a sua cadeia produtiva. Esta inclui ocupação de terras, extração de matéria-prima,

produção e transporte de materiais, construção de edifícios e geração e disposição

de resíduos sólidos. Além disto, a indústria da construção é um dos grandes

contribuintes do desenvolvimento socioeconômico em todos os países.

Em relação à quantidade de materiais, (SOUZA, 2005: 13) estima que em

um metro quadrado de construção de um edifício são gastos em torno de uma

tonelada de materiais, demandado grande quantidade de cimento, areia, brita, etc.

Ainda, são gerados resíduos devido às perdas ou aos desperdícios neste processo;

mesmo que se melhore a quantidade do processo, sempre haverá perda e, portanto,

resíduo.

Falando especificamente do Brasil, uma das maiores dificuldades para

implementação da sustentabilidade no setor da construção civil, diz respeito à falta

de iniciativas públicas de infraestrutura, o que acaba elevando, e muito, o custo de

uma casa ou um prédio sustentável. Como exemplo mais obvio, há o fato de termos

perfeitas condições climáticas para a utilização de energias limpas, como a solar e

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eólica, mas concentrarmos o investimento em outros tipos, como a termoelétrica e

até mesmo a nuclear.

Portanto, como podemos aplicar a sustentabilidade ambiental em

empreendimentos? O empreendimento mais do que simplesmente favorável à

natureza, tem que estar enquadrado no conceito de sustentabilidade, é preciso que

ele atue em alguns parâmetros básicos. São eles: Ser ecologicamente correto; ser

economicamente viável; ser socialmente justo e ser culturalmente aceito. Através da

interligação entre esses empreendimentos e a qualidade de vida das pessoas

afetadas por eles, podem ser observadas através do uso racional dos recursos

ambientais e com o trato dos resíduos decorrentes da implantação do referido

empreendimento sustentável. Fiscalizações devem ser feitas juntamente com as

iniciativas privadas, para que o impacto causado por esses empreendimentos e

pelos resíduos gerados nas obras de construção civil e no funcionamento posterior

do projeto sejam os mínimos possíveis.

É muito importante que as próprias agências e a população em geral sejam capazes

de dar preferência aos empreendimentos que sigam as práticas e determinações da

aplicação de projetos sustentáveis. O grande entrave para a criação dessa “visão

sustentável” no setor de construção civil é a enorme dificuldade em relação aos

custos, ainda elevados, de determinados elementos que permitirão o

enquadramento do empreendimento no conceito de sustentabilidade.

Grande problema gerado pela construção civil é a grande quantidade de

resíduos produzidos pelas demolições, construções e reformas, em volumes

bastante consideráveis. Pode-se dizer que a quantidade de resíduos gerado da

atividade de construção são consequência da falta de planejamento e racionalização

nas fases de projeto e execução.

Em uma obra de médio porte o entulho gerado corresponde, em média,

cerca de 50% de material desperdiçado (PINTO, 1999).

Abaixo, segue tabela com os percentuais com índices médios de perdas de

rejeitos que são gerados por cada tipo de resíduos, mostrando que os da construção

civil tem um maior índice referente aos outros.

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Tabela 1: Composição dos Resíduos Sólidos no Município de Belo Horizonte – MG

Fonte: Relatório de Marco Antônio Carvalho Teixeira para o Programa Gestão Pública e Cidadania, 1995.

Porém o entulho que é inevitavelmente perdido, pode ser utilizado como

fonte de matéria prima para a construção civil, podendo se transformar em

componentes da construção, de qualidade comparável aos materiais tradicionais, se

utilizado os controles tecnológicos.

Os impactos deste processo emergencial são plenamente visíveis. O

acúmulo de materiais que não são descartados na construção em áreas urbanas

produz impacto visual, compromete a qualidade do solo para uso em jardinagem,

serve de abrigo para vetores de doenças, roedores e animais peçonhentos e pode

ainda afetar o tráfego de veículos e pedestres. Fica cada vez mais evidente o

comprometimento da qualidade ambiental do espaço urbano. O risco de matérias

tóxicas nesses entulhos afetas de várias formas a população, através de poluição no

solo, contaminação dos lençóis freáticos e o risco eminente de intoxicação aos seres

humanos.

A eliminação e minimização destes impactos vão além da criação de alguns

pontos de bota-foras, que são aterros executados com resíduos da construção civil,

localizados em pontos distantes da cidade. Diante destes fatos é possível concluir a

necessidade de uma intervenção que leva para a aquisição de métodos que suprem

as necessidades existentes. Outro fator de grande relevância é a influência dos

resíduos da construção civil nos aterros sanitários municipais. A grande quantidade

de entulho coletado pode reduzir significativamente a vida útil dos aterros, e

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encontrar novas áreas para disposição é uma tarefa cada vez mais difícil nos

centros urbanos.

É importante ressaltar que a não reciclagem ou reaproveitamento dos

resíduos da construção civil gera também o desperdício dos recursos naturais não

renováveis, uma vez que, quanto maior a quantidade de matéria-prima natural

utilizada, maior será o volume de material retirado e, por consequência, maior será a

degradação das áreas ambientais em que se localizam estes materiais como: fundo

de rios, encostas, áreas de mineração, entre outros. O ciclo de degradação dos

recursos naturais.

Portanto a reutilização dessas matérias é o caminho mais viável para a

sustentabilidade, por vários motivos entre eles o custo do material e a qualidade

desses. A reciclagem de entulho tem, como principal objetivo, transformar os custos

sociais em custos públicos ou privados. A reciclagem visa melhoria do meio-

ambiente pela redução do número de áreas de deposição clandestina,

consequentemente reduzindo os gastos da administração pública com

gerenciamento de entulho. Não existem pontos propriamente “negativos”, mas

alguns aspectos devem ser levados em consideração para aumentar as chances de

sucesso dos programas de reciclagem, como a informação aos consumidores.

A reciclagem de resíduos ou entulhos da construção civil gera subprodutos

como tijolos, brita, canos de esgoto, calçamentos, entre outros essas são

importantes alternativas para amenizar vários problemas na área urbana.

Inicialmente faz-se uma triagem das partes inorgânicas e não-metálicas do resíduo,

excluindo madeira, plástico e metal, que são direcionados para outros fins. Em

seguida obtém-se o agregado reciclado, que é o resíduo britado ou quebrado em

partes menores.

Com este método aplicado aos resíduos será possível identificar sua

composição, os compostos que podem ser extraídos dele e saber qual a planta

industrial mais adequada para a reciclagem e a melhor alternativa de

aproveitamento dos resíduos. Grandes pedaços de concreto podem ser aplicados

como material de construção para prevenção de processos erosivos na orla

marítima e das correntes, ou usado em projetos como desenvolvimento de recifes

artificiais. O entulho triturado pode ser utilizado em pavimentação de estradas,

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enchimento de fundações de construção e aterro de vias de acesso. É possível

produzir areia, brita e bica corrida para uso em pavimentação, contenção de

encostas, canalização de córregos, e uso em argamassas e concreto. Da mesma

maneira, pode-se fabricar componentes de construção como blocos, briquetes,

tubos para drenagem e placas. As experiências indicam que é vantajoso

economicamente substituir a deposição irregular do entulho pela reciclagem. A

produção de agregados com base no entulho pode gerar economias de mais de

80% em relação aos preços dos agregados convencionais.

Exemplos de empresas estimulam o mercado a reciclar cada vez mais

acontece de forma que Todo entulho é recolhido em obras e separado na empresa.

A separação é feita de forma manual por seis funcionários. O que não é aproveitado

não é desperdiçado: “A outra parte, que é madeira, plástico e metais, ele é triado, e

colocado em baias específicas, e depois recolhido por meio de cooperativas,

catadores ou empresas que coletam material no aterro”, afirma o empresário

Gilberto Meirelles.

“Quase um terço de todo o entulho que chega até aqui, é reciclado e

transformado em produtos de boa qualidade para o uso em obras. Para se ter uma

idéia da capacidade de aproveitamento do material, em apenas um dia essa

máquina produz cem toneladas de areia e pedriscos, dois dos materiais mais

utilizados na construção civil”, explica.

Após disso o material já pode ser usado em obras ou receber tratamento, de

forma que já ajuda de diversas formas o meio ambiente e a parte econômica de uma

obra.

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8. METODOLOGIA

Definitivamente a minimização de resíduos é uma das principais maneiras de se

reduzir o impacto ambiental. Envolve processos durante todo o ciclo de vida de uma

construção, desde a racionalização do processo construtivo, componentes reusados

e/ou renováveis, até o fim do seu ciclo de vida. O desenvolvimento desse processo

objetiva ampliar os benefícios ambientais conseguidos com cada um dos critérios a

seguir:

Essa sequência foi elaborada para que haja reconhecimento de prioridades na

hora de decidir o que deve ser feito com o entulho. O reuso (reutilizar) foi colocado

como segunda opção porque apresenta benefícios como menor gasto de energia,

menores taxas de emissão de poluentes (gases) e menor uso de água que a

reciclagem.

8.1 Reduzir

Quando não é possível recusar um produto ou material, há a possibilidade de

reduzir o consumo do mesmo. A melhor forma de resolver um problema constante,

como é o caso dos resíduos, é a de evitar o seu aparecimento. Reduzindo sua

quantidade, reduz também o lixo gerado por ele, seja pelas embalagens ou pelo

descarte em si. Na construção civil pode-se, por exemplo, reduzir a quebra de tijolos

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solicitando ao fornecedor de blocos cerâmicos o envio de blocos previamente

cortados (meio bloco).

8.2 Reutilizar

Consiste no aproveitamento de produtos sem que estes sofram quaisquer tipos

de alterações ou processamento complexos. Antes de um produto ser jogado fora,

ele ainda tem muitos usos sem ter que passar por um processo de restauração ou

reciclagem. Muitas vezes é preciso ser criativo, inovador, usar um produto de várias

maneiras. O reuso dos materiais na construção civil é normalmente muito simples,

trata-se da execução de um desmonte. Para isso seria necessário um programa

para organizar a demolição seletiva ou desconstrução para que os materiais não

sejam danificados e que não sejam misturados a ponto de não poderem ser

separados.

8.3 Reciclar

A reciclagem consiste na reintrodução, no processo produtivo, dos resíduos, quer

esses sejam sólidos, líquidos ou gasosos para que possam ser reelaborados, dentro

de um processo produtivo que envolva gasto de energia, gerando assim um novo

produto idêntico ou não ao que lhe deu origem. Por ser um processo que consome

energia e até gera resíduos, a reciclagem é considerada o último recurso no

reaproveitamento de materiais.

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9. CONCLUSÃO

Portanto, a busca da solução de problemas urbanos gerados pelo mau uso e

desperdícios nas obras através da ausência de planejamento, a reciclagem dos

materiais descartados assume grande importância ao proporcionar benefícios a toda

sociedade e ao meio ambiente.

A utilização dos resíduos contribui de várias formas desde os problemas

ambientais até aos gastos públicos, entretanto, para que o processo de reciclagem

de entulho seja eficiente e eficaz, é necessário rever continuamente o sistema

implantado, buscando solucionar as falhas que venham ocorrer no processo.

Como foi exposto é possível a reutilização desses materiais nas obras e

através de sua reciclagem, onde são produzidos novos matérias com baixo custo de

produção e ainda alta qualidade nos matérias produzidos.

É possível produzir agregados como areias e britas para uso em

pavimentação, contenção de encostas, canalização de córregos, e uso em

argamassas e concretos não estruturais. Da mesma maneira, podem-se fabricar

componentes de construção como blocos, briquetes, placas, meios-fios, entre

outros.

Assim, cabe as agências reguladoras governamentais estabelecer e

fiscalizar os parâmetros que enquadrem esses empreendimentos dentro do conceito

de sustentabilidade. Trabalhando, juntamente com a iniciativa privada, para que o

impacto causado por esses empreendimentos e pelos resíduos gerados nas obras

de construção civil e no funcionamento posterior do projeto sejam os mínimos

possíveis.

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REFERÊNCIAS

ANTUNES, Julianna. A sustentabilidade na construção civil. Disponivel em:

www.administradores.com.br/mobile/artigos/economia-e-financas/a-sustentabilidade-

na-construcao-civil/36112/ . Acesso em 27 de setembro de 2013.

CÂMARA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Guia de Sustentabilidade na

Construção. Belo Horizonte: FIEMG, 2008. 60p.

ESTEFANO, M. J.; ASSIS, C. S. Estudo da reciclagem de resíduos gerados pela

construção civil. SP. 9p, 1999.

FÉLIX, UBIRATAN. Cidades sustentáveis e a Engenharia Urbano-Industrial.

61ª SOEAA Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura e da Agronomia. São

Luís, p. 59-69, Nov. / Dez. 2004.

MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos, IBAM, Secretaria Especial de Desenvolvimento

Urbano da Presidência da República – SEDUC, 2001.

MEIRELLES, Gilberto. Reciclagem - Empresa em SP lucra com reciclagem de

material de construção. Disponível em: www.club33.com.br/v3/ar.asp?id=1653

Acesso dia 15 de outubro de 2013.

PINTO, Tarcísio de Paula. Entulho de Construção: Problema Urbano que Pode

Gerar Soluções. Construção, São Paulo, Ed. Pini , no2325, ago. 1992.

Relatório Brundtland. Disponível em: pt.wikipedia.org/wiki/Relatório_Brundtland .

Acesso em: 27 setembro 2013.

SOUZA, U. E. L. Como reduzir perdas nos canteiros: Manual de gestão do

consumo de materiais na construção civil. Ed. Pini, São Paulo, 2005. 128 p.

SPOSTO, Rosa Maria. Os resíduos da construção: problema ou solução?

Disponível em: www.espacoacademico.com.br/061/61sposto.htm. Acesso em: 27 de

setembro de 2013.

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ANEXOS

FOTO 01 Menara Mesiniaga (sede dos escritórios da IBM), Malásia,

1995.

O arquiteto Ken Yeang, utiliza de princípios ecológicos integradores, onde se utiliza

vegetação em complementação arquitetônica, a qual começa no térreo e ascende

pela fachada, penetrando nos terraços. Aplicou o uso adequado de brises após

estudos da trajetória solar e fez uma preparação da edificação para apropriar

tecnologia posteriormente.

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FOTO 02: Commerzbank Headquarters, Frankfurt, Alemanha, 1997

Obra prima do arquiteto Norman Foster. Neste projeto o autor explorou o

condicionamento natural evitando-se assim o uso de ar condicionado. A iluminação

natural também é um ponto forte deste projeto, sem esquecer, é óbvio dos espaços

de socialização internos com seus famosos, surpreendentes e amplos jardins

suspensos onde funcionários desfrutam seus momentos de descanso.

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FOTO 03: Bank of America Tower (em construção), Nova York – EUA.

1- Reaproveitamento de água A água das pias, da chuva e do ar-condicionado será coletada para ser usada nas descargas dos banheiros e para irrigar o teto verde. A água capturada da chuva (95% do que cai sobre o prédio) deixa de ir para o sistema de esgoto da cidade. 2 - Teto verde Para diminuir o aquecimento em torno do prédio, o topo do edifício terá uma área coberta com plantas. 3 - Energia própria Uma usina no edifício vai gerar 70% da eletricidade a partir de gás natural, menos poluente que o carvão, usado nas termelétricas americanas. 4 - Materiais recicláveis O concreto usado no Bank of America Tower é uma mistura de cimento com 45% de um material feito com sobras de minérios. 5 - Tanques de gelo Máquinas instaladas no subsolo do prédio produzirão gelo à noite, quando a energia é mais barata, e abastecerão o ar-condicionado durante o dia. 6 - Transporte público O Bank of America Tower terá poucas garagens para carros e dará acesso a 17 linhas de metrô. Quem quiser ir pedalando para o trabalho encontrará lugares para estacionar a bicicleta e chuveiros para tomar banho.