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PROJETO DE PESQUISA: FRASEAMENTO PROSÓDICO EM PORTUGUÊS: COMPARAÇÕES ENTRE AS VARIEDADES BRASILEIRA E AFRICANAS Apresentado ao CNPq para solicitação de fomento à pesquisa: Chamada Universal – MCTI/CNPq Nº 14/2014 PROPONENTE: FLAVIANE ROMANI FERNANDES SVARTMAN UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS (DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS) SÃO PAULO, JUNHO DE 2014.

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PROJETO DE PESQUISA:

FRASEAMENTO PROSÓDICO EM PORTUGUÊS: COMPARAÇÕES ENTRE AS VARIEDADES

BRASILEIRA E AFRICANAS

Apresentado ao CNPq para solicitação de fomento à pesquisa: Chamada Universal – MCTI/CNPq Nº 14/2014

PROPONENTE: FLAVIANE ROMANI FERNANDES SVARTMAN

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS (DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS)

SÃO PAULO, JUNHO DE 2014.

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Projeto de pesquisa “Fraseamento prosódico em português: comparações entre as variedades brasileira e africanas” CNPq – Chamada Universal – MCTI/CNPq No. 14/2014

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SUMÁRIO

1. RESUMO.......…………………………………………………….……………….........…………………. 3

2. OBJETIVOS E METAS A SEREM ALCANÇADOS E PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES CIENTÍFICAS DA

PROPOSTA.......…………………………………………..................................................….

3

3. QUADRO TEÓRICO.......................…................................…………………….........……. 6

3.1. FONOLOGIA ENTOACIONAL.........................…………………………………………………. 6

3.2. FONOLOGIA PROSÓDICA..................……..........……………………………………………. 7

4. MATERIAL E METODOLOGIA……….....…………………………………………………........……….. 9

4.1. MATERIAL…………………………………....………………………………………………........... 9

4.2. METODOLOGIA…………………..…………………………………………………………............ 10

5. ORÇAMENTO DETALHADO..................................................................................... 13

6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES...........................….........................………………........ 14

7. EQUIPE............................................................................................................ 14

8. PARCERIAS COM OUTROS CENTROS DE PESQUISA........................................................ 15

9. INFRAESTRUTURA E APOIO TÉCNICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO.................... 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………………….………………….......... 16

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Projeto de pesquisa “Fraseamento prosódico em português: comparações entre as variedades brasileira e africanas” CNPq – Chamada Universal – MCTI/CNPq No. 14/2014

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1. Resumo O projeto “Fraseamento prosódico em português: comparações entre as variedades

brasileira e africanas” tem como objetivo o estudo prosódico comparativo entre a variedade

vernacular brasileira (PB) e as variedades de português faladas em Guiné-Bissau (PGB) e

Angola (PA) (município do Libolo). Tal análise comparativa busca testar, para as essas

variedades de português, o modelo de línguas parcialmente reestruturadas proposto por

Holm (2004). No alcance dos objetivos, este projeto tem como metas: (i) a constituição de

bases de dados do PB, do PGB e do PA (município do Libolo); (ii) a análise prosódica desses

dados, no que concerne ao estudo da relação entre a atribuição de eventos tonais ao

contorno entoacional e a formação de domínios prosódicos; e (iii) a comparação, entre as

referidas variedades de português, dos resultados obtidos da análise prosódica.

2. OBJETIVOS E METAS A SEREM ALCANÇADOS E PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES

CIENTTÍFICAS E TECNOLÓGICAS DA PROPOSTA

O projeto “Fraseamento prosódico em português: comparações entre as variedades

brasileira e africanas”, integrado aos projetos internacionais “Atlas Interactivo da Prosódia do

Português” (Interactive Atlas of the Prosody of Portuguese (InAPoP) - FROTA e CRUZ, 2012-

em andamento)1 e “Município do Libolo, Kwanza Sul, Angola: aspectos linguístico-

educacionais, histórico-culturais, antropológicos e socioidentitários” (FIGUEIREDO, 2013 –

em andamento)2, tem como objetivo o estudo prosódico comparativo entre a variedade

vernacular brasileira e as variedades de português faladas em Guiné-Bissau e Angola

(município do Libolo). Tal análise comparativa busca testar, para as essas variedades de

português, o modelo de línguas parcialmente reestruturadas proposto por Holm (2004).3

1 O projeto “Atlas Interativo da Prosódia do Português” (InAPoP), coordenado pela Profa. Dra. Sónia Frota e em desenvolvimento na Universidade de Lisboa, tem como principal objetivo a construção de um Atlas Interativo da Prosódia do Português, acessado livremente por uma plataforma online (http://www.fl.ul.pt/LaboratorioFonetica/InAPoP/), que contemple a variação prosódica, entoacional e rítmica do português, incluindo a cobertura completa do português europeu (doravante, PE) quanto a estes três aspectos, contando ainda com variedades do PB ao longo da costa do Atlântico, assim como variedades do português falado na África. 2 O projeto “Município do Libolo, Kwanza Sul, Angola: aspectos linguístico-educacionais, histórico-culturais, antropológicos e sócio-identitários”, sob a coordenação do Prof. Dr. Carlos Filipe Guimarães Figueiredo da Universidade de Macau (China), conta com pesquisadores de áreas diversas do conhecimento, como História, Linguística e Antropologia, e visa a um maior conhecimento sobre a história social, bem como sobre traços e fenômenos linguístico-culturais do município do Libolo (Angola) transplantados para o Brasil e América Caraíba, através da língua e de hábitos sócio-culturais dos escravos advindos desse município. 3 Holm (2004) aponta cinco línguas como sendo derivadas do processo de reestruturação parcial: o português vernacular brasileiro, o espanhol caribenho não padrão, o inglês afro-americano, o afrikaans e o francês vernacular de Reunião. Tais línguas, segundo o autor, sofreram um processo de reestruturação a partir de suas línguas europeias de origem (denominadas não reestruturadas – respectivamente, português, espanhol, inglês, holandês e francês), que foram transplantadas a novas sociedades ultramarinas em formação, durante a colonização de novos territórios (HOLM, 2004). Segundo esse modelo teórico, as línguas parcialmente reestruturadas são enquadradas tipologicamente à parte do grupo de línguas crioulas, denominadas línguas

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Segundo esse autor, línguas parcialmente reestruturadas a partir da língua de origem (no

caso das variedades brasileira e africanas, o português europeu) apresentam características

gramaticais (morfossintáticas e fonológicas) que as aproximam. Assim, em nosso estudo,

verificaremos até que ponto a variedade brasileira e as variedades africanas a serem por nós

abordadas se aproximam e/ou se distanciam quanto a aspectos prosódicos.

No alcance de nossos propósitos, temos como metas a serem alcançadas: (i) a

continuação da constituição de uma base de dados de fala do português brasileiro

(doravante, PB) – iniciada em pesquisa anterior desenvolvida pela proponente deste projeto

(FERNANDES-SVARTMAN, 2011-2013) – e de bases de dados do português falado em Guiné-

Bissau e Angola (município do Libolo); (ii) a análise do fraseamento prosódico desses dados,

no que tange especificamente ao estudo da relação entre atribuição de eventos tonais ao

contorno entoacional e formação de domínios prosódicos; e (iii) a comparação dos

resultados encontrados para o fraseamento prosódico nos dados de PB com os resultados do

fraseamento prosódico encontrado para as variedades de português faladas em Guiné-Bissau

e Angola (município do Libolo).

Quanto às metas descritas em (i) e (ii), cabe tecermos maiores esclarecimentos.

A meta especificada em (i) consiste na obtenção de dados de fala produzidos por

falantes nativos para serem submetidos à análise dos contornos entoacionais (freqüência

fundamental – F0) a eles associados. A constituição desse banco de dados incluirá a

adaptação de corpora constantes do projeto internacional “Atlas Interactivo da Prosódia do

Português”, já referido anteriormente, e a gravação desses dados e de dados de fala

espontânea com falantes nativos de cada respectiva variedade de português.

Já a meta em (ii) concerne às tarefas de: (a) descrição e análise do contorno

entoacional associado às sentenças constantes dos dados obtidos, em termos de transcrição

e análise dos eventos tonais associados ao contorno dessas sentenças, conforme o

arcabouço teórico da Fonologia Entoacional (PIERREHUMBERT, 1980; BECKMAN e

PIERREHUMBERT, 1986; PIERREHUMBERT e BECKMAN, 1988; HAYES e LAHIRI, 1991;

LADD, 1996, 2008; JUN, 2005; entre outros); e (b) investigação, nos dados em questão, da

relação entre a atribuição de eventos tonais e a organização da cadeia fônica em domínios

prosódicos, na abordagem da Fonologia Prosódica (SELKIRK, 1984, 1986, 2000; NESPOR e

VOGEL, 1986, 2007; entre outros). A tarefa (a) será realizada com base na percepção

auditiva e na análise acústica dos dados através do uso de programas computacionais de

completamente reestruturadas (como o crioulo afro-português da Guiné-Bissau ou o crioulo francês de Maurício), e à parte do grupo de línguas ultramarinas que não sofreram processo de reestruturação (como o português da Ilha de Madeira ou o francês de Quebec) (HOLM, 2004, p. 135).

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análise de fala. A tarefa descrita em (b) será realizada através da identificação dos domínios

prosódicos relevantes para a atribuição de eventos tonais ao contorno entoacional. Cabe

acrescentar que, na tarefa de descrição e análise prosódica dos dados, como é previsto na

meta especificada em (ii), levaremos em conta fatores fonético-fonológicos e

morfossintáticos. Isto porque fatores como o peso dos elementos (em número de

constituintes sintáticos e prosódicos) podem afetar a estrutura entoacional (ELORDIETA et

al., 2003; D’IMPÉRIO et al., 2005) e a formação dos domínios prosódicos (cf. ZEC e

INKELAS, 1990; INKELAS e ZEC, 1995; GUASTI e NESPOR, 1999; FROTA e VIGÁRIO, 2001)

das sentenças. Além disso, a qualidade fonética dos segmentos que compõem os dados

merece controle, uma vez que, a depender dos segmentos envolvidos (ex.: consoantes

oclusivas e fricativas surdas), podem surgir perturbações microprosódicas na curva

entoacional que dificultam a tarefa de análise entoacional, resultando em imprecisões.

Levando em conta os objetivos e as metas a serem alcançados, pretendemos, com o

desenvolvimento deste projeto, trazer contributos para:

(i) o conhecimento sobre a prosódia das variedades africanas de português

abordadas em nosso estudo, posto que não há estudos sobre a prosódia

do português angolano do município do Libolo e há apenas estudos

iniciais sobre a prosódia do português falado em Guiné-Bissau (SANTOS e

FERNANDES-SVARTMAN, a sair; SANTOS, em preparação);

(ii) a ampliação do conhecimento sobre a prosódia do PB e da língua portuguesa

em geral;

(iii) uma maior compreensão sobre o fraseamento prosódico das línguas naturais,

uma vez que os resultados sobre fraseamento prosódico a serem obtidos

nesta investigação permitirão a realização de análises comparativas com

resultados do mesmo tipo já obtidos para outras línguas (ELORDIETA et

al., 2003; ELORDIETA, FROTA e VIGÁRIO, 2005; D’IMPERIO et al., 2005,

PRIETO et al., 2006, FROTA et al., 2007; entre outros);

(iv) a constituição de um atlas prosódico do português (objetivo do já referido

projeto internacional “Atlas Interactivo da Prosódia do Português” ao qual

esta pesquisa se relaciona); e

(v) o desenvolvimento e implementação de programas computacionais de

reconhecimento de fala de variedades distintas prosodicamente de uma

mesma língua (em nosso caso, do português) e de ferramentas de análise

automática da entoação.

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3. QUADRO TEÓRICO

Os dados de fala gerados por esta pesquisa serão analisados à luz das seguintes

teorias fonológicas de análise prosódica: Fonologia Entoacional (PIERREHUMBERT, 1980;

BECKMAN e PIERREHUMBERT, 1986; PIERREHUMBERT e BECKMAN, 1988; HAYES e LAHIRI,

1991; LADD, 1996, 2008; JUN, 2005; entre outros) e Fonologia Prosódica (SELKIRK, 1984,

1986, 2000; NESPOR e VOGEL, 1986, 2007; entre outros).

A adoção dessas duas teorias fonológicas de análise prosódica se justifica na medida

em que assumimos aqui uma visão integrada de entoação e organização dos domínios

prosódicos (HAYES e LAHIRI, 1991; FROTA, 2000; TENANI, 2002). Conforme tal visão, há

correspondência entre os domínios delimitados entoacionalmente e os derivados de

algoritmos da Fonologia Prosódica. Uma evidência dessa visão é a possibilidade de

correspondência entre domínios de regras rítmicas (e.g., retração de acentos), segmentais

(e.g., sândi externo e haplologia sintática), de atribuição de tons e de alongamentos de

fronteiras (FROTA, 2000). Em PB, por exemplo, a regra de retração de acentos se dá no

domínio do sintagma fonológico (ou frase fonológica)4 – Abousalh (1997) e Sandalo e

Truckenbrodt (2002), o sândi vocálico externo e a haplologia sintática não ocorrem entre

duas palavras fonológicas5 quando a segunda é cabeça de sintagma fonológico – Tenani

(2002), e a atribuição de acentos tonais6 é obrigatória à cabeça de sintagma fonológico –

Frota e Vigário (2000), Tenani (2002) e Fernandes (2007a, b).

3.1. FONOLOGIA ENTOACIONAL

A Fonologia Entoacional consiste em uma abordagem da estrutura entoacional que

pressupõe que a entoação tem uma organização fonológica. Um de seus principais objetivos

é tentar fornecer um aparato descritivo potencialmente universal para a entoação.

Conforme a ótica da Fonologia Entoacional, um contorno entoacional consiste,

fonologicamente, em uma sequência de unidades discretas, os eventos tonais. Esses eventos

tonais são localmente definidos, constituem blocos de contorno e estão associados a pontos

específicos na cadeia segmental (BECKMAN e PIERREHUMBERT, 1986; PIERREHUMBERT &

BECKMAN, 1988; HAYES e LAHIRI, 1991; LADD, 1996, 2008; FROTA, 1997, 2000, 2003;

VIGÁRIO, 1998; TENANI, 2002; FERNANDES, 2007a, b; TENANI e FERNANDES-SVARTMAN,

2008; entre outros). A representação fonética de uma seqüência de eventos tonais consiste

no contorno da freqüência fundamental (F0).

4 Sobre sintagma fonológico ou frase fonológica, ver a seção 3.2 deste projeto. 5 Sobre palavra fonológica, ver a seção 3.2 deste projeto. 6 Sobre acentos tonais, ver a seção 3.1 deste projeto.

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Em línguas como o inglês e o português, por exemplo, os eventos tonais mais

importantes da cadeia tonal são os acentos tonais e os tons relacionados a fronteiras. Esses

dois tipos de tons podem ser analisados como compostos por níveis de tons primitivos ou

por alvos da altura, alto (H - high) e baixo (L - low). Entre os eventos tonais, o contorno de

altura é fonologicamente não especificado e pode ser descrito em termos de transição de um

evento para o outro.

Os acentos tonais são associados a sílabas proeminentes na cadeia segmental e

podem ser simples, monotonais (L* ou H*), ou complexos, bitonais (H*+L, H+L*, L*+H ou

L+H*). Os tons relacionados a fronteiras são associados a fronteiras de domínios prosódicos

e podem ser de dois tipos: tons de fronteira (boundary tones: L% ou H%) ou acentos frasais

(phrasal accents: L- ou H-), conforme a notação de Pierrehumbert.7

Na abordagem da Fonologia Entoacional, os eventos tonais são estruturados de

acordo com as relações de constituição e de proeminência definidas na estrutura prosódica.

Em línguas como o bengali e o português (conferir, respectivamente, HAYES e

LAHIRI, 1991 para o bengali; FROTA, 2000 para o PE e TENANI, 2002 e FERNANDES, 2007a,

b para o PB), a estrutura prosódica relevante para a entoação é fornecida pela hierarquia

prosódica, abordada na próxima seção, intitulada “Fonologia Prosódica”.

3.2. FONOLOGIA PROSÓDICA

A Fonologia Prosódica é uma teoria da estrutura fonológica e sua relação com a

sintaxe (SELKIRK, 1984, 1986, 2000; NESPOR e VOGEL, 1982; 1986, 2007; HAYES, 1984;

SELKIRK e SHEN, 1990; TRUCKENBRODT, 1995, 1999, 2007; entre outros).

Segundo essa teoria, o fluxo da fala é organizado hierarquicamente dentro de

domínios prosódicos e a evidência para esta hierarquia prosódica provém da operação de

regras fonológicas, que se aplicam no interior e entre junturas de certos domínios e que são

bloqueadas no interior e entre junturas de outros.

A estrutura prosódica é parcialmente determinada pela estrutura sintática. Em alguns

casos, essas duas estruturas podem coincidir, e, em outros, divergir. Essa é a razão por que

a sintaxe nem sempre faz as previsões corretas sobre a estrutura prosódica.

A relação entre a estrutura sintática e a prosódica é definida por um mapeamento

sintático-fonológico que fornece uma representação prosódica consistindo em uma

hierarquia de constituintes prosódicos.

7 Na literatura linguística brasileira sobre entoação do PB, “acento frasal” é o termo mais utilizado para a tradução de phrasal accent.

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Tal hierarquia, na perspectiva de Nespor & Vogel (1986), por exemplo, é disposta

como indicado em (1), incluindo desde a sílaba até o enunciado:

(1)

Utterance (Enunciado) Intonational Phrase (Sintagma Entoacional)8 Phonological Phrase (Sintagma Fonológico)9 Clitic Group (Grupo Clítico)

Phonological Word (Palavra Fonológica)10 Foot (Pé) Syllable (Sílaba)

Figura 1. Representação da Hierarquia Prosódica, segundo Nespor & Vogel (1986, 2007)

Os níveis prosódicos a serem inicialmente contemplados aqui são: a palavra

fonológica (PW), o sintagma fonológico (PPh) e o sintagma entoacional (I).11 O motivo que

nos leva a essa escolha inicial é o fato de que, em PB, os domínios prosódicos privilegiados

na associação de acentos tonais ao contorno são o sintagma fonológico (FROTA e VIGÁRIO,

2000; TENANI, 2002) e a palavra fonológica (FERNANDES, 2007a, b; TENANI e FERNANDES-

SVARTMAN, 2008) e os domínios privilegiados na associação de acentos frasais e tons de

fronteira são, respectivamente, o sintagma fonológico (FERNANDES, 2007a, b; TENANI e

FERNANDES-SVARTMAN, 2008) e o sintagma entoacional (FROTA e VIGÁRIO, 2000;

TENANI, 2002; FERNANDES, 2007a, b; SERRA, 2009). Para o PGB, estudos iniciais (SANTOS

e FERNANDES-SVARTMAN, a sair; SANTOS, em preparação) indicam que, assim como em

PB, são a palavra prosódica, o sintagma fonológico e o sintagma entoacional os domínios

8 Intonational phrase e phonological phrase são usualmente traduzidos como “frase entoacional” e “frase fonológica” na literatura lingüística brasileira sobre Fonologia Prosódica, porém, optamos pelas traduções “sintagma entoacional” e “sintagma fonológico” devido ao fato de o termo phrase do inglês remeter, em termos sintáticos, a um sintagma, uma unidade menor que a frase. 9 Conferir nota de rodapé 8. 10 Ou “Palavra Prosódica” (Prosodic Word). 11 Em linhas gerais, a palavra fonológica (PW) é o domínio prosódico no qual pode haver apenas um acento primário (ou lexical); o sintagma fonológico (PPh) corresponde ao domínio de uma categoria sintática máxima (XP) nas teorias end-based e, nas teorias relation-based de Fonologia Prosódica, ao domínio que abrange, inicialmente, um núcleo lexical e todos os elementos funcionais do lado oposto à recursividade sintática até o próximo núcleo lexical; e o sintagma entoacional (I) consiste no domínio do contorno de F0 delimitado por pausas ou pela mudança da gama de variação de F0 em dado trecho do contorno, com posterior estabilização da gama de variação inicial.

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prosódicos relevantes para a entoação. Quanto ao PA (município do Libolo), ainda não há

estudos sobre os domínios prosódicos relevantes para a entoação. Isso posto, para o PGB e

para o PA (município do Libolo), serão contemplados, inicialmente, os mesmos domínios

prosódicos a serem contemplados para o PB. Entretanto, poderão ser ainda incluídos outros

domínios prosódicos que se mostrarem relevantes no desenvolvimento da pesquisa.

Os domínios prosódicos elencados anteriormente serão abordados com base nos

trabalhos já realizados para o português, nos quais tais domínios são objeto de análise.

Assim, valer-nos-emos da seguinte bibliografia: Schwindt (2000, 2001), Vigário (2003,

2010), Simioni (2008) e Toneli (2009) para palavra fonológica; Abaurre (1996), Abousalh

(1997), Frota (2000), Sandalo & Truckenbrodt (2002) e Tenani (2002, 2004) para sintagma

fonológico; e Frota (2000) e Tenani (2002) para sintagma entoacional.

4. MATERIAL E METODOLOGIA

4.1. Material

O material a ser utilizado no desenvolvimento desta pesquisa consiste em corpus de

fala espontânea e corpora de leitura e de situações criadas para a produção de fala semi-

controlada, constantes do projeto “Atlas interactivo da prosódia do português”, já referido

anteriormente.

Os corpora de leitura e de situações criadas para a produção de fala semi-controlada

são constituídos por sentenças declarativas, apresentando a ordem “sujeito (S) - verbo (V) -

objeto (O)” e levando em conta o tamanho (em número de sílabas) e a ramificação sintática

e prosódica desses elementos. Nesses corpora são observadas as seguintes convenções: (i)

elementos contendo 3 sílabas são considerados curtos e elementos contendo 5 ou mais

sílabas são considerados longos (incluindo determinantes e preposições); (ii) elementos

constituídos morfossintaticamente por dois núcleos lexicais (ex.: nome e adjetivo – “a nora

morena”) são considerados ramificados sintaticamente, enquanto os formados por apenas

um núcleo lexical são sintaticamente não-ramificados (ex.: “a nora”); e (iii) elementos

considerados ramificados apenas prosodicamente são constituídos por duas palavras

prosódicas, porém, equivalentes, em termos morfossintáticos, a um único núcleo lexical (ex.:

nome próprio – “Bruna Morais” = [N Bruna Morais]; (Bruna)PW (Morais)PW). O controle

sistemático de todas essas variáveis na elaboração dos corpora visa à investigação rigorosa

da influência do tamanho do constituinte fonológico, em termos de números de sílabas e

presença de (diferentes níveis de) ramificação morfossintática e/ou de ramificação prosódica

no instanciamento das fronteiras prosódicas.

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Cabe acrescentar que, quanto ao PB, inicialmente, as gravações serão realizadas para

a variedade dialetal paulista e, posteriormente, estenderemos as gravações para outras

variedades dialetais brasileiras.

4.2. Metodologia

A metodologia a ser empregada neste trabalho consiste: (i) na adaptação para o PB,

o PGB e o PA (município do Libolo) dos corpora de leitura e de fala semi-controlada

especificados na seção 4.1.; (ii) na gravação desse material adaptado e de dados de fala

espontânea com falantes nativos dessas variedades de português; (iii) na análise do

fraseamento prosódico, no que se refere, especificamente, à descrição e à análise da

atribuição dos eventos tonais associados ao contorno entoacional das sentenças dos dados

obtidos e à investigação da relação entre atribuição de eventos tonais e formação de

domínios prosódicos; e (iv) na comparação entre os resultados obtidos para as diferentes

variedades de português abordadas neste estudo.

A gravação dos dados será feita digitalmente e, para cada variedade de português,

com falantes da mesma região, de mesma faixa etária, mesmo sexo e grau de escolaridade.

A tarefa de descrição e análise da atribuição dos eventos tonais ao contorno dos

dados obtidos será realizada com base na percepção auditiva e na análise do sinal acústico,

através do uso do programa computacional de análise de fala Praat (BOERSMA e WEENINK,

2014), e será conduzida no quadro teórico da Fonologia Entoacional (entre outros,

PIERREHUMBERT, 1980; BECKMAN e PIERREHUMBERT, 1986; PIERREHUMBERT e

BECKMAN, 1988; LADD 1996; JUN 2005; e, especificamente para o português, FROTA 1997,

2000, 2012, in press; VIGÁRIO 1998; FROTA e VIGÁRIO, 2000, 2007; TENANI 2002;

VIGÁRIO e FROTA, 2003; FERNANDES 2007a, b; TENANI e FERNANDES-SVARTMAN, 2008;

SERRA, 2009; TRUCKENBRODT et al., 2009; VIGÁRIO e FERNANDES-SVARTMAN, 2010;

CRUZ, 2013; FROTA et al., in press).

Na investigação da relação entre distribuição de eventos tonais e a formação de

constituintes prosódicos, buscaremos identificar os constituintes relevantes na atribuição de

eventos tonais ao contorno desses, com base no quadro teórico da Fonologia Prosódica

(conferir seção 3.2. deste projeto). Na identificação de tais constituintes, utilizaremos certas

pistas prosódicas como a ocorrência de fenômenos fonológicos (e.g., sândi externo,

haplologia sintática e retração de acentos), que possam ter como domínio o(s)

constituinte(s) prosódico(s) identificado(s), e possíveis alongamentos nas fronteiras desses

constituintes.

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Apresentamos um exemplo de análise prosódica comparativa a ser desenvolvida

nesta pesquisa. Atentemo-nos à representação em (2b) da sentença declarativa neutra em

(2a), produzida por um falante de PB, bem como à Figura 2, correspondente ao contorno de

F0 associado à mesma sentença, e à representação em (3b) da sentença declarativa neutra

em (3a), produzida por um falante de PGB, bem como à Figura 3, correspondente ao

contorno de F0 associado a essa sentença.12 Faz-se necessário salientar que as sentenças em

(2) e (3) apresentam a mesma estrutura prosódica: são compostas por sujeito e predicado

longos e ramificados sintática e prosodicamente – (2) sujeito “a libanesa maravilhosa” (2

núcleos lexicais, 2 PWs e 10 sílabas) e predicado “rememorava a melodia” (2 núcleos

lexicais, 2 PWs e 10 sílabas); (3) sujeito “o boliviano mulherengo” (2 núcleos lexicais, 2 PWs

e 10 sílabas) e predicado “memorizava uma melodia” (2 núcleos lexicais, 2 PWs e 11

sílabas).

(2) a. “A libanesa maravilhosa rememorava a melodia.” b. [[(a libaNEsa)PW(maraviLHOsa)PW]PPh[(rememoRAva)PW(a meloDIa)PW]PPh]I13 | | | | | | H L*+H L*+H L*+H H+L* L%

Figura 2. Contorno de F0 da sentença declarativa neutra “A libanesa maravilhosa rememorava a melodia”, produzida por um falante de PB.

(3) a. “O boliviano mulherengo memorizava uma melodia.” b. [[(o boliviAno)PW(mulheRENgo)PW]PPh[(memoriZAva)PW(uma meloDIa)PW]PPh]I14 | | | | | | L*+H L*+H L- L*+H H+L* L%

12 O dado apresentado em (2) é extraído do trabalho de Fernandes-Svartman (2012) e o dado em (3) é extraído do trabalho de Santos e Fernandes-Svartman (a sair). 13 As sílabas em LETRAS MAIÚSCULAS representam sílabas tônicas das palavras fonológicas. 14 As sílabas em LETRAS MAIÚSCULAS representam sílabas tônicas das palavras fonológicas.

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Figura 3. Contorno de F0 da sentença declarativa neutra “O boliviano mulherengo memorizava uma melodia”, produzida por um falante de PGB.

Através da observação da Figura 2 e levando em conta o mapeamento em

constituintes prosódicos em (2b), observa-se que os alvos de altura no contorno,

correspondentes a eventos tonais de acordo com a Fonologia Entoacional, estão associados

essencialmente às sílabas proeminentes das palavras prosódicas que compõem a sentença,

com exceção do primeiro alvo que se encontra associado à segunda sílaba pretônica inicial

do contorno e do último, que se encontra associado ao limite final do contorno. Assim, a

análise prosódica preliminar da sentença em (2a) de PB revela que, nesse caso, o domínio

prosódico relevante para a atribuição de tom de fronteira é o sintagma entoacional (conferir

também TENANI, 2002), cuja fronteira final aparece associada ao tom de fronteira L%,

próprio de final de sentença declarativa de PB (CUNHA, 2000; FROTA e VIGÁRIO, 2000;

TENANI, 2002; entre outros). Quanto à distribuição de acentos tonais ao contorno da

mesma sentença, é possível inferir que é a palavra prosódica o constituinte relevante para

essa distribuição, e não o sintagma fonológico, uma vez que se encontra um acento tonal

associado a cada palavra prosódica. Além disso, pela observação da mesma figura, também

se nota a presença de um tom adicional (H) associado a uma sílaba pretônica constituinte de

uma palavra prosódica longa (“a libanesa”: 5 sílabas).15

Por sua vez, conforme a observação da Figura 3 e levando em conta o mapeamento

em constituintes prosódicos em (3b), características entoacionais muito semelhantes às do

dado de PB são encontradas para o dado de PGB. Assim como no dado de PB, também no

dado de PGB, é encontrado um acento tonal associado a cada palavra prosódica que compõe

a sentença e a configuração tonal final da sentença é H+L* L%. Como características

15 Sobre a atribuição de tons adicionais a sílabas pretônicas de palavras prosódicas longas em PB, conferir também Frota e Vigário, 2000; Tenani, 2002; Fernandes, 2007a, b; Fernandes-Svartman, 2009.

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entoacionais divergentes em relação ao dado de PB, destacamos, no dado do PGB, a

presença de acento frasal (L-) associado à fronteira final do sintagma fonológico no qual o

sujeito é mapeado e a ausência de tons adicionais associados a sílabas pretônicas de

palavras prosódicas longas. Com base nessa análise entoacional, verifica-se que, assim como

no dado do PB, no dado do PGB, o domínio prosódico relevante para a atribuição de acentos

tonais é a palavra prosódica e o domínio prosódico relevante para a atribuição de tom de

fronteira é o sintagma entoacional. Além disso, conforme a análise do dado de PGB,

constata-se que também o sintagma fonológico é um domínio prosódico relevante para a

associação tonal do contorno das sentenças neutras. Isso porque, nesse mesmo dado, o

acento frasal L- se encontra associado à fronteira final do sintagma fonológico em que o

sujeito “o boliviano mulherengo” está contido. De acordo com Fernandes, 2007a, b, em PB,

essa mesma característica entoacional só é encontrada para sentenças em que o sujeito é

focalizado, mas não para sentenças neutras.

5. ORÇAMENTO DETALHADO

Para o desenvolvimento deste projeto será necessária a aquisição dos equipamentos,

do programa computacional e do material bibliográfico especificados em “A. Capital” para a

realização das tarefas de gravação do banco de dados, análise prosódica desses dados e

elaboração de relatórios científicos e trabalhos a serem apresentados em eventos científicos

e a serem publicados.

As passagens e diárias referidas em “B. Custeio” serão utilizadas para viagens de

campo com a finalidade de recolha de dados e para a participação de membros da equipe

deste projeto em eventos científicos com apresentação de trabalhos resultantes do

desenvolvimento desta pesquisa.

A. CAPITAL: R$ 15.500,00

1 Gravador digital profissional portátil Marantz PMD661: R$ 3250,00

1 Microfone Shure SV100: R$170,00

2 Fones de Ouvido Sennheiser HD202: R$ 240,00 (valor unitário)

1 Microcomputador iMac e acessórios: R$ 6200,00

1 Câmera CANON EOS para filmagem e acessórios: R$ 4000,00

Software Microsoft Office Mac Home and Student 2011 para Mac: R$ 279,00

Material bibliográfico relativo ao quadro teórico do projeto: R$ 1121,00

B. CUSTEIO: R$ 14.500,00

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Passagens e diárias referentes à viagem de trabalho de campo (recolha de dados) e à participação em

eventos científicos com apresentação de trabalhos

6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

O desenvolvimento deste projeto de pesquisa implica a realização das seguintes

atividades: (I) adaptação dos corpora de sentenças a serem lidas e de fala semi-controlada

constantes do projeto “Atlas interactivo do português” para o PB, o PGB e o PA (município

do Libolo); (II) aprofundamento da bibliografia relevante; (III) gravação desses corpora

adaptados e de dados de fala espontânea com falantes nativos de cada respectiva variedade

de português; (IV) descrição e análise entoacional dos dados, no que concerne à transcrição

e descrição de eventos tonais; (V) investigação da relação entre distribuição de eventos

tonais e formação de domínios prosódicos; (VI) comparação, entre o PB, o PGB e o PA

(município do Libolo), dos resultados obtidos da análise prosódica; (VII) participação em

eventos científicos com apresentação de trabalhos; e (VIII) elaboração de artigos e outros

tipos de produção bibliográfica contemplando os resultados obtidos. No cumprimento dessas

atividades, procuraremos seguir o cronograma, organizado em bimestres ao longo de três

anos, especificado abaixo.

1o Ano

2o Ano 3o Ano 1º 2º 3º 4º 5º 6º 1º 2º 3º 4º 5º 6º 1º 2º 3º 4º 5º 6º I I I I I I I I I II II II II II II II II II III III III III III III III III III III III III III IV IV IV IV IV IV IV IV IV IV IV IV IV V V V V V V V V V V V V V VI VI VI VI VI VI VI VI VI VI VI VII VII VII VII VII VII VII VII VII VII VII VII VII VIII VIII VIII VIII VIII VIII VIII VIII VIII VIII VIII VIII VIII VIII

7. EQUIPE

A equipe deste projeto conta com os seguintes membros:

1. Flaviane Romani Fernandes Svartman (coordenadora do projeto) – docente do

Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (DLCV) da Faculdade de Filosofia,

Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP)

2. Sónia Marise de Campos Frota (colaboradora estrangeira) – docente do

Departamento de Linguística Geral e Românica da Faculdade de Letras da

Universidade de Lisboa e investigadora do Centro de Linguística da Universidade

de Lisboa

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3. Marina Cláudia Vigário (colaboradora estrangeira) – docente do Departamento de

Linguística Geral e Românica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e

investigadora do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa

4. Marisa Cruz (colaboradora estrangeira) – investigadora do Centro de Linguística

da Universidade de Lisboa

5. Vinícius Gonçalves dos Santos – aluno de Mestrado DLCV/FFLCH (USP)

6. Carolina Carbonari Rosignoli – aluna de graduação FFLCH (USP)

7. Carlos Augusto dos Santos Fonseca – aluno de graduação FFLCH (USP)

8. Anátale Viana Garcia – aluna de graduação FFLCH (USP)

9. Matheus Almeida Coelho – aluno de graduação FFLCH (USP)

8. PARCERIAS COM OUTROS CENTROS DE PESQUISA

Este projeto conta, em seu desenvolvimento, com a parceria dos seguintes centros

de pesquisa internacionais: Centro de Linguística (CLUL) da Universidade de Lisboa

(Portugal) e Departamento de Português da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da

Universidade de Macau (China).

A parceria com esses dois centos se estabelece na medida em que este projeto se

vincula aos projetos (já mencionados anteriormente) “Atlas interactivo da prosódia do

português” e “Município do Libolo, Kwanza Sul, Angola: aspectos linguístico-educacionais,

histórico-culturais, antropológicos e socioidentitários”. O primeiro projeto tem como

instituição sede de execução o Centro de Linguística da Universidade de Lisboa e o segundo,

o Departamento de Português da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade

de Macau.

9. INFRAESTRUTURA E APOIO TÉCNICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Para o desenvolvimento deste projeto, contaremos com a infraestrutura e o apoio

técnico do Laboratório de Apoio à Pesquisa e ao Ensino de Letras (LAPEL) da Faculdade de

Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

As instalações desse laboratório serão utilizadas para as gravações dos dados do PB e

contaremos com o apoio dos técnicos de áudio e imagem desse mesmo laboratório para a

realização dessas gravações, especificamente, no desempenho das seguintes tarefas: (i)

agendamento das gravações; (iii) auxílio na manipulação dos equipamentos de gravação

(gravador digital e câmera de filmagem); e (iii) organização e armazenamento de todo o

material de áudio e vídeo obtido das gravações.

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