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PROJETO DE PESQUISA LEVANTAMENTO DE HÁBITOS DE HIGIENE ORAL DE USUÁRIOS DE PRÓTESES TOTAIS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Adrianne Moura Carvalho Aluna do Curso de Graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/ USP. Helena de Freitas Oliveira Paranhos Professora Titular do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da FORP- USP 2018

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  • PROJETO DE PESQUISA

    LEVANTAMENTO DE HÁBITOS DE HIGIENE ORAL DE USUÁRIOS DE PRÓTESES TOTAIS

    TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

    Adrianne Moura Carvalho

    Aluna do Curso de Graduação da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto/ USP.

    Helena de Freitas Oliveira Paranhos

    Professora Titular do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da

    FORP- USP

    2018

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeço à Andrezza Cristina Moura e Millena Mangueira Rocha, pós-graduandas do Curso de Pós-Graduação em Reabilitação Oral da

    FORP/USP, pela ajuda com a aplicação dos questionários.

    Agradeço ao Dr. Régis de Souza Assunção, cirugião-dentista especialista da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, por ter me acolhido e

    possibilitado a aplicação dos questionários aos pacientes do Serviço

    Especializado de Prótese do Centro Saúde Escola da Faculdade de Medicina

    de Ribeirão Preto (Universidade de São Paulo).

    Agradeço à Viviane de Cássia Oliveira, técnica especializada do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da FORP/USP, pela ajuda com

    a documentação junto ao Comitê de Ética e Pesquisa da FORP/USP.

    Agradeço à Ana Paula Macedo, técnica especializada do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da FORP/USP, pela ajuda com a análise

    estatística.

    Agradeço aos professores: Cláudia Helena Lovato da Silva , Valdir Antônio Muglia e Takami Hirono Hotta, por possibilitarem a aplicação do questionário aos pacientes participantes das Disciplinas de Prótese Total II e III

    da FORP/USP.

    Agradeço à minha orientadora professora Helena de Freitas Oliveira Paranhos, por toda paciência e auxílio durante toda esta pesquisa.

  • SUMÁRIO

    RESUMO............................................................................................................1 INTRODUÇÃO....................................................................................................2

    OBJETIVOS........................................................................................................5

    MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................5

    RESULTADOS...................................................................................................7

    DISCUSSÃO......................................................................................................14

    CONCLUSÃO....................................................................................................17

    REFERÊNCIAS.................................................................................................18

    APÊNDICE.........................................................................................................23

  • RESUMO

    O objetivo deste estudo foi avaliar os hábitos de higienização de

    usuários de próteses totais e fornecer instruções a respeito dos métodos de

    controle e manutenção dos aparelhos protéticos e da saúde bucal. O estudo foi

    realizado na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (USP) e Centro

    Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), por meio de

    entrevista e aplicação de um questionário específico a 127 usuários de

    próteses totais, abordando hábitos de higienização e manutenção do aparelho

    protético. Após as entrevistas, os voluntários receberam instruções verbais

    sobre métodos de higiene do aparelho protético e cavidade bucal, bem como

    de manutenção da saúde bucal. Os resultados mostraram que a amostra

    consistiu da maioria da raça branca (61,4%) e de mulheres (67,5%), sendo a

    idade média de 66,6 anos para as mulheres e 70 anos para os homens. Os

    participantes tornaram-se totalmente edêntulos, em média, há 31 anos (arcada

    superior) e 18,5 anos (arcada inferior) e utilizavam próteses totais superiores

    há 30,4 anos e inferiores há 16 anos. A média de troca das próteses totais foi

    de 1,91 vezes para a superior e de uma vez para a inferior. Quanto aos

    métodos de higiene, 85,8% utilizavam escova dental, dentifrício e água e

    46,5% imergiam as próteses em alguma solução, sendo o hipoclorito de sódio

    a mais comum (62,7%). A higiene de alguma parte da cavidade bucal era

    realizada por 82,7% dos entrevistados. O uso do aparelho protético durante o

    período do sono era praticado por 68,3% dos entrevistados. Apenas 33,1%

    apresentaram alguma lesão na cavidade bucal após ainstalação do aparelho

    protético e 75,6% não tinham uma frequência definida de retorno ao consultório

    do cirurgião-dentista. A maioria dos entrevistados não havia recebido

    instruções a respeito dos cuidados necessários para a manutenção do

    aparelho protético e da saúde bucal. Foi possível concluir que os usuários de

    próteses totais não são adequadamente instruídos e apresentam hábitos

    inadequados de higiene oral e de manutenção do aparelho protético.

    Palavras-chave: prótese total, higiene, higienizadores de dentadura, hábitos.

    Frederico Gomes1

  • INTRODUÇÃO A perda dentária reflete o cuidado com a saúde bucal no curso da vida

    de um indivíduo. A prótese dentária é uma forma de recuperar ou

    substituir dentes extremamente lesados ou perdidos, sendo, seu principal objetivo, a reabilitação bucal. A alta incidência de perdas dentárias é uma

    realidade que a população brasileira enfrenta, em que pese todo o progresso

    da Odontologia (SB Brasil, 2010).

    Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal realizada pelo Ministério

    da Saúde (2010), na faixa etária de 35 a 44 anos, há, no Brasil, 9,1% usuários

    de prótese total superior e 2,3% usuários de prótese total inferior. Na região

    Sudeste, 6,6% dos entrevistados fazem uso de prótese total superior e 1,7% da

    inferior. Na faixa etária de 65 a 74 anos, esta porcentagem aumenta

    drasticamente, sendo de 63,1% de usuários de prótese total superior e de

    37,5% da inferior em todo o país. Na região Sudeste, esta porcentagem passa

    a 63,7% (prótese total superior) e 38% (prótese total inferior); além disso,

    nesta faixa etária e região, há dados que relatam a ocorrência de idosos sem

    reabilitação protética, sendo 17,9% necessitando de prótese total superior ou

    inferior e 16,9% de ambas as próteses (superior e inferior) (SB Brasil, 2010).

    Sendo assim, ainda somos um país de desdentados.

    A perda dos dentes afeta o indivíduo psicologicamente, socialmente,

    biologicamente e fisiologicamente. Os mais afetados, emocionalmente, são

    mulheres e jovens. Alguns alegam medo do tratamento odontológico,

    dificuldade no acesso ao tratamento, falta de orientação a respeito da

    higienização, bem como esclarecimento das causas das perdas dentárias e

    alternativas de tratamento (Silva et al., 2006; Miranzi et al., 2015; Probst et al.,

    2016).

    Segundo o Glossário de Termos Protéticos, a prótese dental removível é

    um substituto artificial para dentes naturais ausentes e tecidos adjacentes

    (Glossário de Termos Protéticos, 1999). Quando o aparelho protético é

    entregue ao paciente, faz parte do tratamento a orientação quanto à correta

    higienização, tanto da prótese total, quanto da cavidade bucal, pois sem a

    adequada higiene poderão ocorrer pigmentações, acúmulo de biofilme e

    cálculo, bem como a halitose, os quais provocam lesões, tais como: úlceras,

    hiperplasias, estomatites e candidíase (Silva et al., 2009; Gonçalves et al.,

    2011;Barbosa et al., 2011; Carli et al., 2013). Um fator importante a ser

    Frederico Gomes2

  • destacado é que a precariedade da higiene oral contribui também para a

    ocorrência de patologias sistêmicas (Petersen; Yamamoto, 2005). Além disso,

    uma boa higiene aumenta a percepção do gosto salgado ou doce (Quirynem, et

    al., 2001; Zarb et al., 2013).

    A literatura evidencia que, basicamente, há quatro métodos para limpeza

    das próteses totais: o mecânico, físico, químico e o combinado. O mecânico é o

    mais utilizado, por ser de menor custo e de maior facilidade para o paciente

    (Paranhos et al., 2006; Peracini et al., 2010). Ele consiste no uso de uma

    escova (dental ou específica para a prótese) associado ao sabão ou dentifrício

    (convencional ou específico para próteses totais). Como método mecânico,

    pode ser citado também o uso do ultrassom (Silva et al., 2006; Peracini et al.,

    2010; Gonçalves et al., 2011; Polyzois; Papadiochou, 2017).

    O método físico consiste no uso de irradiação, por meio do micro-ondas,

    sendo que, fatores como tempo de exposição e temperatura, são importantes

    para a efetividade. Há também a terapia fotodinâmica realizada pelo cirurgião-

    dentista (Polyzois; Papadiochou, 2017).

    O método químico compreende o uso de substâncias químicas para a

    higiene da prótese total. A solução química mais empregada é hipoclorito de

    sódio, por ser mais acessível, o qual possui ação adstringente ao dissolver

    mucinas e outras substâncias orgânicas presentes na matriz do biofilme,

    inibindo sua formação; é fungicida e bactericida (Arruda et al., 2017). Sua

    desvantagem principal é a possibilidade de causar clareamento da resina

    acrílica, dependendo de sua concentração e tempo de imersão (Arruda et al.,

    2015).

    O peróxido alcalino também é utilizado, sendo disponível como pó ou

    tablete, que, quando em contato com a quantidade de água indicada pelo

    fabricante, gera efervescência originada pela liberação de oxigênio, realizando

    uma limpeza mecânica da prótese (Coimbra et al., 2016); tem ação

    antimicrobiana, mas, assim como o hipoclorito de sódio, pode provocar o

    clareamento da resina acrílica (Paranhos et al., 2007; Arruda et al., 2015).

    Há também os agentes desinfetantes como: salicilato, ácido acético,

    formalina, clorofórmio e digluconato de clorexidina, sendo este último o mais

    utilizado, pois promove melhora na mucosa de indivíduos com estomatite

    protética e tem boa ação bactericida (em maior concentração) e bacteriostática

    (em menores concentrações); sua desvantagem é a possibilidade de

    Frederico Gomes3

  • ocorrência de manchamento da resina acrílica. Os ácidos são substâncias

    químicas usadas pelo cirurgião-dentista (Paranhos et al., 2006; Silva et al.,

    2006, Peracini et al., 2010; Felton et al., 2011; Gonçalves et al., 2011; Polyzois;

    Papadiochou, 2017). O método combinado associa dois métodos, geralmente o

    mecânico e químico ou o físico com o químico, sendo considerado o mais

    efetivo (Silva et al., 2006; Gonçalves et al., 2011; Polyzois; Papadiochou, 2017,

    Baba et al., 2018).

    Além da higienização, fatores como tempo de desdentamento e de uso

    do aparelho protético, uso noturno do mesmo e visita periódica ao cirugião-

    dentista devem ser considerados para uma adequada manutenção da saúde

    oral de usuários de próteses totais (Shay, 2000; Souza et al., 2009; Felton et

    al., 2011; Polyzois; Papadiochou, 2017).

    Estudos mostraram que em alguns países, como Brasil, Austrália e

    Índia, usuários de próteses apresentam saúde oral precária e desconhecem os

    meios adequados para a manutenção dos aparelhos protéticos em bom estado

    de higiene e conservação (Peracini et al., 2010; ; Arora et al., 2017; Kosuru et

    al., 2017; Kundra et al., 2017; Shankar et al., 2017). Isto tem reflexo direto na

    saúde do indivíduo, causando patologias orais e sistêmicas, diminuindo a vida

    útil do aparelho protético, e consequentemente, influenciando sua qualidade de

    vida.

    Considerando o exposto acima, este estudo pretendeu avaliar os hábitos

    e instruções recebidas a respeito da higiene oral e manutenção do aparelho

    protético, em uma população de usários de próteses totais residentes em

    Ribeirão Preto e região, aperfeiçoando e reforçando instruções pertinentes aos

    cuidados de controle e manutenção da saúde bucal.

    Frederico Gomes4

  • OBJETIVOS

    O objetivo deste estudo foi avaliar os hábitos de higiene oral e de

    conservação do aparelho protético de usuários de próteses totais, bem como

    fornecer instruções a respeito de condutas adequadas para o controle e

    manutenção da saúde bucal.

    MATERIAIS E MÉTODO Este projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa

    da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Universidade de São Paulo) e

    à Comissão de Avaliação de Projeto de Pesquisa de Ribeirão Preto do Centro

    Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Universidade de

    São Paulo) (CAAE:78665617.9.0000.5419).

    Após submissão e aprovação pelo Comitê de Ética, 127 indivíduos de

    ambos gêneros e de qualquer idade, usuários de próteses totais, e

    participantes das Disciplinas de Prótese Total I e II (FORP/USP) e de Estágios

    em Serviços de Saúde (CSE-FMRP/USP) receberam informações sobre a

    pesquisa. Não havendo nenhuma dúvida, estes foram recrutados para o estudo

    e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1). Os

    pacientes responderam a um questionário específico a respeito do uso das

    próteses totais e hábitos de higiene (Quadro 1).

    Frederico Gomes5

  • Quadro 1 - Questionário de avaliação.

    Após a entrevista para preenchimento do questionário, cada paciente

    recebeu instruções verbais sobre os métodos adequados de controle e

    manutenção da saúde oral e do aparelho protético.

    A análise dos dados foi feita por meio do programa estatístico (SPSS

    17.0 for Windows; SPSS Inc, Chicago, Ill, USA) em microcomputador (Intel -

    S775 P4 511 2.8 1M/533hz).

    Frederico Gomes6

  • RESULTADOS

    A tabela 1 mostra a distribuição dos voluntários (n = 127) quanto ao

    gênero e raça, e a tabela 2, quanto ao tipo de prótese em uso.

    Tabela 1 – Distribuição da amostra segundo o gênero e a raça.

    GÊNERO RAÇA

    Pacientes Feminino Masculino Branca Parda Negra

    n % n % n % n % n %

    87 67,5 40 31,5 78 61,4 16 12,6 33 26,0

    Tabela 2 – Distribuição da amostra segundo o uso das próteses totais.

    Superior Inferior Superior e Inferior

    Feminino 33 02 52

    Masculino 22 0 18

    A idade variou de 41 a 87 anos (média: 66,6 anos; desvio padrão: 8,99)

    para o gênero feminino; e de 47 a 92 anos (média: 70; desvio padrão: 10,89)

    para o gênero masculino.

    A média do tempo de desdentamento foi de 31 anos para o arco

    superior (desvio padrão: 16,29) e de 18,5 anos para o arco inferior (desvio

    padrão: 18,42). Os voluntários utilizavam próteses totais, em média, há 30,4

    anos (superior - desvio padrão:16,55) e 16 anos (inferior - desvio padrão:

    18,26), havendo, entre alguns pacientes, diferença de tempo entre a extração e

    o uso da prótese total.

    As informações quanto ao tempo de uso das próteses totais estão

    indicadas nas tabelas 3 e 4.

    Frederico Gomes7

  • Tabela 3: Distribuição da amostra de acordo com o tempo de uso (em

    anos) das próteses totais.

    TEMPO DE USO

    Próteses Totais Superiores GÊNERO

  • A tabela 5 apresenta os resultados relacionados ao uso do método da

    imersão.

    Tabela 5 – Distribuição da amostra segundo o emprego do método de

    higiene da imersão.

    Imersão das Próteses em Soluções

    SIM NÃO

    Pacientes 59 46,5% 68 53,5%

    Período

    Diurno Noturno

    11 18,7% 48 81,3%

    A solução mais utilizada para imersão foi o hipoclorito de sódio (n = 37;

    62,7%), seguida pela água (n = 10; 17,0%), peróxidos (n = 05; 8,4%),

    bicarbonato de sódio e água (n = 02; 3,4%), vinagre e água (n = 02; 3,4%),

    sabão e água (n = 01; 1,7%) e antisséptico bucal Listerine e água (n = 01;

    1,7%). Um voluntário (1,7%) não se lembrou da solução empregada. Os

    tempos de imersão empregados foram 05 minutos (n = 02; 3,4%), 30 minutos

    (n = 08; 13,5%), 01 hora (n = 01; 1,7%), 02 horas (n = 05; 8,5%) ou 08 horas

    (n = 43; 72,9%).

    Quanto a higienização da cavidade bucal, 105 pacientes (82,67%)

    higienizavam os tecidos moles. Esta higiene era realizada, em sua maioria,

    com escova dental e dentifrício (n = 105; 95,2%); porém, foi relatado também o

    emprego de dedo com dentifrício (n = 01; 1,0%) e de bochecho isolado (n = 04;

    3,8%). A tabela 6 descreve os resultados quanto às regiões higienizadas.

    Tabela 6 – Distribuição da amostra quanto às regiões higienizadas da

    cavidade bucal.

    Língua, Bochechas,

    Palato e Rebordo Língua e Rebordo

    Bochechas e Rebordo

    Língua Palato

    Pacientes n % n % n % n % n %

    59 46,5 16 12,6 10 7,9 17 13,4 03 2,4

    A realização de bochechos foi relatada por 48 voluntários (37,8%),

    Frederico Gomes9

  • sendo empregados os antissépticos bucais Listerine (n = 26; 54,1%), Colgate

    Plax (n = 17; 35,5%), Cepacol (n = 03; 6,4%) e Oral B (n = 01; 2,0%); bem

    como o bicarbonato de sódio com água (n = 01; 2%). O período de utilização

    dos antissépticos bucais compreendeu o diurno (n= 16; 33,3%), noturno (n =

    16; 33,3%) e diurno/noturno (n = 16; 33,3%).

    Quanto ao uso das próteses durante o período do sono (noturno), 81

    (63,8%) relataram dormir com ambas as próteses, e apenas 46 (36,2%)

    apresentavam o hábito de retirá-las para dormir. Os motivos alegados para tais

    condutas estão apresentados nas tabelas 7 e 8.

    Tabela 7: Distribuição da amostra quanto aos motivos do uso do

    aparelho protético durante o período de sono.

    MOTIVOS RELATADOS

    Hábito “Esquece

    de

    retirar”

    Orientação

    do Cirurgião-

    Dentista

    Bruxismo Dor “Não

    se

    sente

    bem”

    Dificuldade

    para

    respirar

    Máscara

    de

    apneia

    Total

    Pacientes 71 1 1 1 2 2 2 1 81

    Tabela 8 - Distribuição da amostra quanto aos motivos do não uso do

    aparelho protético durante o período de sono.

    MOTIVOS RELATADOS Hábito Perdade

    retenção

    da

    prótese

    Orientação

    do

    Cirurgião-

    Dentista

    Orientação

    do Médico

    “Para não

    encardir”

    Dificuldade

    para

    respirar

    Total

    Pacientes 17 4 21 2 1 1 46

    As próteses que eram retiradas pelos usuários durante o período do

    sono eram colocadas em recipiente com: água (n = 23; 50%), água com

    hipoclorito de sódio (n = 12; 26,1%), água com vinagre (n = 02; 4,3%), água e

    peróxido Corega Tabs (n = 01; 2,2%), água com antisséptico Listerine (n = 01;

    2,2%), água e bicarbonato de sódio (n = 01; 2,2%) e meio líquido desconhecido

    (voluntário não lembrava da solução de imersão empregada; n = 01; 2,2%); 05

    voluntários (10,9%) relataram a colocação dos aparelhos protéticos em meio

    seco (pano).

    Frederico Gomes10

  • Quanto à periodicidade de retorno ao consultório odontológico, as

    frequências relatadas foram: menos de uma vez ao ano (n = 01; 0,8%), uma

    vez ao ano (n = 20;15,7%), duas vezes ao ano (n = 07; 5,5%), seis vezes ao

    ano (n = 02; 1,6%) e sete vezes ao ano (n = 01; 0,8%); sem frequência definida

    (n = 96; 75,6%).

    Quanto à presença de lesões na cavidade bucal, 42 voluntários (33,1%)

    relataram ter apresentado alguma lesão na boca após a instalação das

    próteses totais.

    As tabelas 09 e 10 mostram os resultados das orientações recebidas

    quanto as cuidados de higiene e conservação da cavidade bucal e do aparelho

    protético.

    Tabela 09 - Distribuição da amostra quanto às orientações recebidas a

    respeito dahienização e manutenção do aparelho protético.

    HIGIENIZAÇÃODASPRÓTESES

    FREQUÊNCIADEHIGIENIZAÇÃODASPRÓTESES

    HIGIENIZAÇÃODOSTECIDOS

    MOLES

    USO

    DAIMERSÃO

    USODEANTISSÉPTICO

    SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO

    n% n% n% n% n% n% n% n% n% n%

    4233,1 8534,6 4434,6 8365,4 2822 9978 6853,5 5946,5

    11691,3

    118,7

    As orientações fornecidas sobre os métodos de higienização do

    aparelho protético compreenderam: escovação da prótese (n = 29 ; 69%),

    escovação e imersão em hipoclorito de sódio (n = 7 ; 16,6%), imersão em

    hipoclorito de sódio (n = 5 ; 12%) e higienização escovação com sabão (n = 1 ;

    2,4%).

    Dos 11 entrevistados que haviam recebido orientação do uso do

    antisséptico, 10 (7,9%) foram orientados pelo cirurgião-dentista e 01 (0,8%)

    pelo filho.

    Frederico Gomes11

  • Tabela 10 - Distribuição da amostra quanto às orientações recebidas a

    respeito da conservação do aparelho protético.

    FREQUÊNCIA DE

    RETORNO AO

    CONSULTÓRIO

    CUIDADOS COM LESÕES

    NA CAVIDADE BUCAL

    USO DAS PRÓTESES

    DURANTE O PERÍODO

    DO SONO

    SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO

    n % n % n % n % n % n %

    18 14,2 109 85,9 21 50 21 50 81 63,8 46 36,2

    A tabela 11 descreve os resultados dos testes estatísticos das

    comparações para o fator gênero. Os testes estatísticos indicaram não haver

    diferenças significantes para as questões avaliadas.

    Tabela 11: Resultados da análise estatística para o fator Gênero -

    Testes Estatísticos e respectivos valores de p.

    Questões Teste Estatístico p

    Você recebeu alguma instrução de higiene do seu dentista sobre a prótese?

    Teste Exato de Fisher 0,688

    Se sim, qual instrução? Qui-Quadrado de Pearson 0,117 Como limpa a prótese? Qui-Quadrado de Pearson 0,128 Com que frequência limpa a prótese?

    Qui-Quadrado de Pearson 0,141

    Quem orientou quanto à frequência?

    Qui-Quadrado de Pearson 0,480

    Você tem alguma dificuldade de limpar a prótese?

    Teste Exato de Fisher 0,546

    Qual dificuldade? Qui-Quadrado de Pearson 0,208 Você coloca a sua prótese em alguma substância?

    Teste Exato de Fisher 0,850

    Qual substância? Qui-Quadrado de Pearson 0,773 Em qual período? Qui-Quadrado de Pearson 0,232 Por quanto tempo? Qui-Quadrado de Pearson 0,373 Você escova a boca? Qui-Quadrado de Pearson 0,681 Com o quê? Qui-Quadrado de Pearson 0,345 Quem orientou quanto a isso? Qui-Quadrado de Pearson 0,165 Você usa antisséptico bucal? Teste Exato de Fisher 0,844 Qual antisséptico? Qui-Quadrado de Pearson 0,341 Qual período? Qui-Quadrado de Pearson 0,168 Quem orientou quanto a isto? Qui-Quadrado de Pearson 0,787 Você dorme com a prótese? Teste Exato de Fisher 0,427 Porquê? Qui-Quadrado de Pearson 0,518 Se não dorme, onde a coloca? Qui-Quadrado de Pearson 0,474 Qual frequência vai ao dentista? Qui-Quadrado de Pearson 0,225 Recebeu orientação? Teste Exato de Fisher 0,178 Você já teve alguma lesão na boca, após colocar a prótese?

    Teste Exato de Fisher 0,226

    Recebeu orientação? Teste Exato de Fisher 0,719

    Frederico Gomes12

  • Para o fator raça, houve diferenças estatisticamente significantes nas

    questões relacionadas à dificuldade de higienização das próteses totais e ao

    período de utilização do antisséptico bucal. Os testes indicaram que os

    pacientes de raça negra (24,2%) tiveram maior dificuldade de higiene, quando

    comparados aos pacientes de raça branca (5,1%) e parda (6,2%) (Teste de

    Qui-Quadrado de Pearson; p=0,008); bem como que os pacientes de raça

    parda (66,7%) tinham o hábito de uso diurno do antisséptico, e os pacientes de

    raça branca, o uso noturno (44,8%) (Teste de Qui-Quadrado de Pearson;

    p=0,040).

    Para as outras questões, para o fator raça, os testes estatísticos não

    indicaram diferença significante (Tabela 12).

    Tabela 12: Resultados da análise estatística para o fator Raça - Teste

    Qui-Quadrado de Pearson e respectivos valores de p.

    Questões Teste Estatístico p

    Você recebeu alguma instrução de higiene do seu dentista sobre a prótese?

    0,334

    Se sim, qual instrução? 0,853 Como limpa a prótese? 0,694 Com que frequência limpa a prótese?

    0,866

    Quem orientou quanto à frequência?

    0,867

    Você tem alguma dificuldade de limpar a prótese?

    0,008

    Qual dificuldade? 0,413 Você coloca a sua prótese em alguma substância?

    0,956

    Qual substância? 0,841 Em qual período? 0,765 Por quanto tempo? 0,823 Você escova a boca? Qui-Quadrado de Pearson 0,476 Com o quê? 0,787 Quem orientou quanto a isso? 0,778 Você usa antisséptico bucal? 0,976 Qual antisséptico? 0,614 Qual período? 0,040 Quem orientou quanto a isto? 0,695 Você dorme com a prótese? 0,853 Porquê? 0,875 Se não dorme, onde a coloca? 0,265 Qual frequência vai ao dentista? 0,102 Recebeu orientação? 0,623 Você já teve alguma lesão na boca, após colocar a prótese?

    0,551

    Recebeu orientação? 0,582

    Frederico Gomes13

  • DISCUSSÃO

    Os resultados mostraram que, similarmente a outros estudos (Takamiya

    et al., 2009, Peracini et al., 2010, Osmari et al., 2013, Ferruzzi et al., 2015,

    Kosuru et al., 2017), houve predominância do gênero feminino. Este fator pode

    estar relacionado com a maior disponibilidade de comparecimento ao

    tratamento odontológico, bem como maiores cuidados com a saúde bucal

    desta parte da população.

    Vários fatores relacionados com a ocorrência de patologias orais em

    usuários de próteses totais foram abordados no questionário, tais como tempo

    de uso das próteses, hábitos de higiene e uso noturno das próteses.

    O tempo de uso das próteses totais encontrado pode ser considerado

    alto. Este é um fator importante para a ocorrência de patologias na cavidade

    bucal, pois o tempo de troca de uma prótese total convencional é de 05 a 07

    anos. A média de troca das próteses foi de apenas 1,91 vezes para a superior

    e de uma vez para a inferior.

    A escova dental associada ao dentifrício e água foi o método mais

    empregado (85,8%). Outros estudos também obtiveram esse resultado, tais

    como Takamiya et al. (2009) com 46,87%, Peracini et al. (2010) com 84,5%,

    Chowdhary et al. (2010) com 94,26%, Osmari et al. (2013) com 90,09%,

    Ercalik-Yalcinkaya et al. (2014) com 85,8%, Ferruzzi et al. (2015) com 84,6%,

    e Kosuru et al. (2017) com 61%. O método mecânico de escovação geralmente

    é o mais empregado pela facilidade de acesso e o baixo custo.

    A frequência de higienização predominante foi três vezes ao dia. Porém,

    é importante ressaltar que esta frequência não era praticada por grande parte

    dos entrevistados. A escovação três vezes ao dia foi encontrada por Peracini et

    al. (2010) em 73,58% e por Osmari et al. (2013) em 71,1% dos entrevistados.

    Em contrapartida, estudos também mostraram uma frequência de escovação

    de apenas uma vez ao dia com 44,7% (Apratim et al., 2013), 32,3% (Ercalik-

    Yalcinkaya et al., 2014) e 80% (Kosuru et al., 2017) dos entrevistados relatando

    esta prática. Saarela et al. (2013) indicaram que 89% dos pacientes

    entrevistados limpavam a prótese diariamente; Arora et al. (2017) encontraram

    que voluntários de idade de 51 a 70 anos limpavam as próteses trêz vezes ao

    dia, enquanto aqueles de 71 a 90 anos, apenas uma vez ao dia. Esses

    resultados indicam a necessidade da correta instrução a respeito da frequência

    Frederico Gomes14

  • da higienização.

    Uma pequena parcela dos entrevistados (10,2%) relataram apresentar

    dificuldades de higienização das próteses totais, sendo que a maior dificuldade

    a coordenação motora ou visão. Portanto, é importante ressaltar que os

    produtos designados para a limpeza de próteses totais devem ser simples e de

    fácil manuseio e uso (Shay, 2000; Felton et al., 2011).

    A maioria dos entrevistados (53,5%) negou imergir a prótese em alguma

    solução, dados também encontrados em Osmari et al. (2013), onde 82,7%

    afirmaram não realizar essa conduta. Peracini et al. (2010) demonstraram

    que 58,49% dos entrevistados utilizavam alguma solução química para

    higienização; por outro lado, Ercalik-Yalcinkaya et al. (2014) mostraram que

    apenas 3,3% da amostra imergia o aparelho protético em alguma subtância

    química. Em nosso estudo, para os pacientes que imergiam em alguma

    substância (46,5%), a solução mais empregada foi o hipoclorito de sódio

    (62,7%), resultados também vistos em Osmari et al (2013). Importante

    ressaltar que houve relato de períodos extensos de imersão, tais como 01, 02

    ou 08 horas. Este é um dado alarmante, uma vez que o hipoclorito de sódio

    pode causar efeitos deletérios aos materiais constituintes da prótese (Arruda et

    al., 2015), e o período de imersão consiste em um dos fatores a ser observado.

    Ferruzzi et al. (2015) incentivam o uso de soluções químicas para a

    higienização das próteses totais, porém preconizam a distribuição de

    recipientes com hipoclorito de sódio e água já adequadamente dosados.

    Quanto a higienização da cavidade bucal, 82,67% dos entrevistados

    higienizavam os tecidos moles, porém nem todos de forma abrangente e

    adequada. Peracini et al. (2010) mostraram que 72,64% dos entrevistados

    limpavam a boca diariamente, sendo a língua a estrutura anatômica mais

    frequente. Em nosso estudo, apenas 2,4% limpava apenas a língua. Saarela et

    al. (2013) mostraram que apenas 19% dos pacientes realizavam a higiene

    bucal diariamente. A higienização dos tecidos moles deve fazer parte da rotina

    diaria de higiene do usuário de prótese total, pois previne o acúmulo de restos

    alimentares e biofilme, bem como estimula a circulação sanguínea (Zarb et al.,

    2013).

    Um resultado interessante foi a realização de bochechos com

    antissépticos bucais por 48 voluntários (37,8%). Esse número pode ser

    considerado alto, tendo em vista o custo desses produtos no mercado nacional.

    Frederico Gomes15

  • Um resultado alarmante diz respeito ao uso das próteses durante o

    período do sono (noturno) por 81 (63,8%) participantes. Essa conduta também

    foi encontrada por Peracini et al. (2010) em 58,49%, Osmari et al. (2013) em

    72,8% e por Ercalik-Yalcinkaya et al. (2014) em 64,5% dos casos. Outros

    estudos evidenciam a retirada da prótese durante o período do sono por

    43,5%(Takamiya et al., 2009), 74,3% (Apratim et al., 2013) e 67% (Arora et al.,

    2017) da amostra. O uso noturno do aparelho protético é um hábito nocivo,

    pois impede o descanso dos tecidos bucais e favorece o acúmulo de biofilme,

    predispondo o paciente a patologias orais (Zarb et al., 2013). Os resultados

    encontrados a respeito dos motivos alegados, sugerem que com a devida

    orientação e acompanhamento, o paciente pode passar a não dormir com o

    aparelho protético. Um resultado interessante foi que a maior parte dos

    voluntários que não utilizavam a prótese para dormir, afirmaram ter recebido

    instruções do cirurgião-dentista (45,65%). Um resultado também de destaque

    foi o local de armazenagem das próteses quando retiradas. Embora, à

    semelhança de estudos prévios (Osmariet al., 2013; Arora et al., 2017), grande

    parte da amostra relatar o uso de recipiente com água, também foram

    relatados substâncias e locais inadequados.

    Os resultados mostraram que usuários de próteses totais não têm o

    hábito de retornar ao consultório odontológico. Muitos voluntários (75,6%) não

    tinham frequência definida para ir ao consultório do cirurgião-dentista. O

    usuário de prótese total deve realizar retorno periódico anual ao consultório

    odontológico para avaliação das condições bucais e do aparelho protético

    (Zarb et al., 2013). O paciente deve ser orientado e motivado para o retorno

    periódico necessário.

    Quanto à presença de lesões na cavidade bucal, apenas 42 voluntários

    (33,1%) relataram ter apresentado alguma lesão na boca após a instalação das

    próteses totais; porém, esses números podem ser maiores, uma vez que os

    pacientes não tinham o hábito de retornar ao consultório para os exames de

    controle e manutenção. Lesões bucais são comuns após a instalação das

    próteses e devem ser adequadamente tratadas (Chowdhary et al., 2010).

    Os resultados das orientações recebidas confirmam estudos prévios,

    onde foi constatado que usuários de próteses totais não recebem as

    informações adequadas quanto a higienização e manutenção do aparelho

    protético, bem como da conservação do aparelho protético. Este é um dado

    Frederico Gomes16

  • importante, pois os pacientes necessitam dessas instruções para a obtenção

    de uma higiene correta e adequada manutenção do aparelho protético.

    Apesar de muitos pacientes serem idosos, eles têm capacidade de

    aprender a conservar suas próteses totais; logo, cabe ao cirurgião-dentista

    motivá-los e ensiná-los a respeito da higienização correta e cuidados de

    manutenção do aparelho protético (Peracini et al., 2010; Arora et al., 2017;

    Kosuru et al., 2017; Kundra et al., 2017; Shankar et al., 2017; Polyzois;

    Papadiochou, 2017 ).

    A comparação para os fatores avaliados indicou que esses resultados,

    analisados de uma forma abrangente, independem do gênero e da raça.

    Uma limitação deste estudo foi o tamanho da amostra. Sendo assim,

    estudos futuros são necessários, compreendendo amostra e população mais

    abrangente.

    CONCLUSÕES

    Considerando as limitações deste estudo, conclui-se que:

    • O método de higiene mais ultilizado foi a escovação com escova dental,

    dentifrício e água.

    • A maioria dos pacientes apresentava condutas inadequadas quanto a

    higienização do aparelho protético e da cavidade bucal, período de uso

    e de troca da prótese total, frequência de retorno ao cirurgião-dentista e

    uso do aparelho protético durante o período do sono.

    • Os pacientes não foram adequadamente instruídos e apresentaram

    hábitos inadequados de higiene oral e de manutenção do aparelho

    protético.

    Frederico Gomes17

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    Frederico Gomes22

  • APÊNDICE

    Apêndice 1 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

    Frederico Gomes23