projeto - arte saude para prova doutorado

7/25/2019 Projeto - Arte Saude Para Prova Doutorado

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1. INTRODUO

O sculo XX brinda o homem com o direito sade. Sade no mais como o

antnimo de doena, mas com um conceito ampliado que engloba corpo, mente e alma. sse

conceito de sade s! "oi poss#$el de$ido ao decl#nio da mortalidade atra$s das descobertas

das $acinas, do antibi!tico, dos conceitos sobre antissepsia. ssa e$oluo da medicina

resultou na criao da Organi%ao &undial de Sade, em 1'(', com o ob)eti$o de

desen$ol$er o n#$el de sade de todos os po$os, incorporando posteriormente o conceito de

promoo de sade, deliberado na *rimeira +on"erncia -nternacional sobre *romoo da

Sade, reali%ada em Ottaa.

*romoo em sade de"inida como/o nome dado ao processo de capacitao da comunidade

para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e sade,

incluindo uma maior participao no controle deste

processo. Para atingir um estado de completo bem-estar

fsico, mental e social os indivduos e grupos devem saber

identicar aspiraes, satisfa!er necessidades e modicar

favoravelmente o meio ambiente. " sade deve ser vista

como um recurso para a vida, e no como ob#etivo de viver.

$esse sentido, a sade % um conceito positivo, que enfati!a

os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades

fsicas. "ssim, a promoo da sade no % responsabilidade

e&clusiva do setor sade, e vai para al%m de um estilo de

vida saud'vel, na direo de um bem-estar global(.)

0 educao de importncia "undamental para a promoo da sade e de$eria "a%er

parte do cotidiano das pessoas, tendo como ponto de partida o conhecimento ad$indo dassitua2es $i$enciadas. +onseq3entemente, medidas educati$as so incorporadas nas

estratgias para promoo de sade e a incluso da arte como pr4tica pedag!gica alternati$a

cada $e% mais "req3ente.

O $alor da arte e a cultura, inerente ao homem, e sua importncia na educao "oi

destacada por 5ebert 6ead/

a arte % uma dessas coisas que, como o ar ou o solo, esto

por toda a nossa volta, mas que raramente nos detemos

para considerar. Pois a arte no % apenas algo que

1 +arta de Ottaa, 17'8


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encontramos nos museus e nas galerias de arte, ou em

antigas cidades como *lorena e +oma. " arte se#a l' como

denimos, est' presente em tudo que fa!emos para

satisfa!er nossos sentidos(.60: ;9ista pouca pesquisa que "aa um le$antamento de dados sobre como essas

pr4ticas $em acontecendo, sobretudo pelo ?no@atorA.

:eparamos no sculo XX- com o ator personali%ado no seu espao de criao,

e>plorao e trans"ormao, cu)a pedagogia "oi amadurecida pela contribuio de artistas

te!ricos e pr4ticos do teatro como +onstantin Stanisla$sBi, Cacques +opeau, tienne :ecrou>,0ntonin 0rtaud, Cer%D ErotosBi, ugenio Farba, entre outros, estabelecendo parmetros

para a sua "ormao desde o inicio do sculo XX. ssa relao pr4ticaGpedag!gica com a

contemporaneidade ponderada por Eilberto -cle, e>pondo o teatro como um ?ambiente

mo$edio, disperso, partido, descont#nuoA e sua pedagogia um ob)eto de di"#cil delimitao

numa arte que est4 em constante mutao de suas pr4ticas. O teatro, portanto, torna@se

coparticipante das pr4ticas sociais de humani%ao, contribuindo para a "ormao humana na

sua completude. *or conseguinte, ?o teatro tem se apresentado sob a "orma pedag!gica emambientes to di"erentes quanto empresas, igre)as, associa2es, OHEs, escolas, pres#dios,

hospitaisA. ssa pedagogia teatral tem prop!sitos que e>trapolam a criao do ob)eto art#stico

e culti$a a crena de que no mais preciso $er o teatro para ?e>purgar de si os males, mas

de$e@se praticar o teatro para melhor $i$erA. ;-+I, 9imao com a

comunidade. 0 portaria nJ. 7K1, de L de maio de 9


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L

in$estigao da relao entre teatro e sade, gerando o pro)eto 06N@S0M:/ a pedagogia

teatral aplicada "ormao do pro"issional de sade. O pro)eto prop2e pesquisar a pedagogia

teatral no seu processo metodol!gico, art#stico e e>perimental, tendo como decorrncia a

proposio de uma disciplina de teatro na grade curricular das 4reas de "ormao em sade,

empregando o teatro como um meio de trans"ormao pessoal e coleti$a, ampliando a

capacidade de comunicar, de criar $#nculos, e de le$ar comunidade um acesso mais

palat4$el e ldico sobre as in"orma2es inerentes sua condio de sade. *retende@se ter

como resultado produ2es art#sticas que possam ser e>ibidas na comunidade e a conseq3ente

a"erio desses resultados por trs setores distintos/ os discentes participantes do pro)eto, a

comunidade e os pro"essores da graduao de cursos na 4rea de sade que acompanharo o

desempenho desses alunos a posteriori.&as como desen$ol$er uma re"le>o dos indi$#duos sobre seu meio social e "a$orecer

trans"orma2esR +omo estimular seus potenciais criati$os com um car4ter "ormador e

trans"ormador da relao do pro"issional de sade com a comunidadeR ual a pedagogia

teatral a ser aplicada aos discentes resultando um produto art#stico que possibilite uma

mudana de paradigmas na "ormao desse pro"issional de sadeR ssa abordagem art#stica

possibilita que a comunidade re"lita e questione conceitos b4sicos sobre o processo sade@

doenaR

2. OBJETIVO:

2.1 - Objetivo Geral:

*ropor, desen$ol$er, e testar a aplicao de uma disciplina de teatro para acadmicosda 4rea de sade, utili%ando a pedagogia teatral no seu processo metodol!gico, art#stico e

e>perimental de modo a sistemati%ar tcnicas que en$ol$am o )ogo teatral, a impro$isao, a

per"ormance e a encenao, resultando num produto art#stico e educacional a ser aplicado na

comunidade dentro das nidades F4sicas de Sade do Sistema Mnico de Sade P SS.

2.2 - Objetivos Ese!"#i!os:

1. *esquisar re"erncias e e>perimenta2es que utili%em o teatro como "ormao do

pro"issional de sadeT


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(

9. *esquisar os aspectos metodol!gicos, art#sticos e e>perimentais da pedagogia

teatralL. 0$aliar )unto aos pro"essores da -nstituio de nsino Superior o desempenho

acadmico dos alunos en$ol$idos no pro)eto(. Selecionar um ou mais mtodos que se adq3e proposta do pro)etoTU. 0plicar o mtodo pedag!gico selecionado aos graduandos8. *esquisar ou desen$ol$er dramaturgia que en$ol$a a 4rea da sadeTK. *ossibilitar a reali%ao do produto art#sticoT'. tili%ar o "a%er teatral como instrumento de comunicao sens#$el e ldico entre o

pro"issional de sade e a comunidadeT7. *ossibilitar que a comunidade das nidades F4sicas de Sade tenha acesso,

atra$s do produto teatral, aos conceitos b4sicos sobre o processo sade@doenaT1o,

da cr#tica na compreenso da realidadeT11. 0mpliar a capacidade do graduando de comunicao interpessoal e criar $#nculos

com uma comunidadeT19. *roporcionar ao graduando o desen$ol$imento de sua criati$idade e autonomia,

atra$s do est#mulo art#sticoT1L. Va$orecer a "ormao de indi$#duos comprometidos com a sociedade, solid4rios,

ati$os, su)eitos de mudana e trans"ormaoT

1(. 0$aliar o desempenho dos su)eitos da pesquisaT1U. Sistemati%ar uma proposta curricular para a disciplina de teatro nos cursos da 4rea

de sadeT18. :esen$ol$er e apresentar uma tese sobre o tema.

$. JU%TI&I'(TIV(:

O pro)eto 06N@S0M: surge como "ruto da e>perincia pedag!gica na disciplinade Odontologia +oleti$a do :epartamento de Odontologia da ni$ersidade da 6egio de

Coin$ille @ H-Q-II. 0 cadeira de Odontologia +oleti$a tem suas diretri%es $oltadas para a

educao, pre$eno e promoo em sade bucal e busca acrescentar ao acadmico de

odontologia uma $iso integral de sua "uno pro"issional e social. ssa incurso do teatro na

4rea de sade te$e inicio para atenuar di"iculdades encontradas pelos acadmicos do terceiro

ano de odontologia quando em contato com a comunidade, principalmente escolas de ensino

"undamental, onde os discentes passam por um est4gio prestando ser$ios pre$enti$os e deeducao em sade. 0 primeira $isita desses alunos na escola denuncia$a um total despreparo


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U

na relao interpessoal e pedag!gica, limitando as a2es de educao em sade aos modelos

educati$os con$encionais em sala de aula, como palestras sob a gide da tecnologia do ?Data

showA, que no se enquadra entre as op2es mais e"ica%es para apro>imao com a

comunidade.

O odont!logo um pro"issional de sade com "ormao e>tremamente tcnica. 0tende

um paciente que se encontra quase deitado e impossibilitado de se comunicar, apresenta@se

todo paramentado com seu "igurino composto por )aleco de mangas compridas, gorro,

m4scara, !culos e lu$a. O contato humano durante um tratamento dent4rio quase

ine>istente. +onseq3entemente as quest2es de relacionamento tornam@se o ?calcanhar de

0quilesA na "ormao deste pro"issional. 5istoricamente na "ormao uni$ersit4ria no eram

en"ati%adas as quest2es sociais e, nesse sentido, na dcada de 177< "oram intensi"icadas asdiscuss2es a respeito da "ormao pro"issional do odont!logo $isando uma "ormao mais

$oltada realidade social, de modo a redu%ir ou problemati%ar o impacto negati$o que a

"ormao tecnicista acarreta$a ao pro"issional. *ara isso, "oram sugeridas inser2es do ensino

de cincias sociais ;*sicologia, 0ntropologia e Sociologia= na grade curricular. sta grade

$em sendo moderni%ada e a implementao das no$as diretri%es curriculares nacionais em

odontologia propostas pela 0ssociao Frasileira de nsino Odontol!gico ;0FHO= em

parceria com a Organi%ao *an@0mericana da Sade ;O*0S= e o &inistrio da Sade ;&S=;&O6-N0 et al, 9iliares de consult!rios odontol!gicos, e atualmente "oi estendida para todos os

pro"issionais da 4rea de sade en$ol$idos no pro)eto 0 ni$ersidade a Ser$io da Sade.


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8

O pro)eto 0 H-Q6S-:0: 0 S6Q-WO :0 S0M: ob)eti$a incorporar ao

processo de "ormao dos alunos dos cursos da 4rea de sade ;&edicina, Odontologia,

*sicologia, Varm4cia e ducao V#sica= uma abordagem integral do processo sade@doena e

da promoo de sade, en"ati%ando a educao em sade, capacitando pro"essores e alunos

dos cursos da 4rea de sade. O pro)eto "a% parte de uma iniciati$a do &inistrio da Sade

chamado *rograma Hacional de 6eorientao da Vormao *ro"issional em Sade @ *r!@

Sade, que tem a perspecti$a de que os processos de reorientao da "ormao resultem em

uma ?escola integrada ao ser$io pblico de sade e que d respostas s necessidades

concretas da populao brasileira na "ormao de recursos humanos, na produo do

conhecimento e na prestao de ser$ios, em todos estes casos direcionados a construir o

"ortalecimento do SSA ;&-H-SN6-O :0 S0:, 9perincia teatral en$ol$er amplamente as 4reas da sade e ainda no ter sido

sistemati%ada, de modo a criar um ?modus operandi que possibilite uma incurso did4tica

nos $4rios cursos uni$ersit4rios e no sistema de ensino em sade. 0pesar do teatro )4 ser

considerado um e>celente instrumento capaciti$o para esses pro"issionais, pouco

conhecimento se tem sobre sua incurso como disciplina na "ormao desse pro"issional,e>ceto um precedente na "aculdade de &edicina da ni$ersidade stadual de +ampinas @

H-+0&*, que o"erece o curso ?O Neatro para o 0per"eioamento da 6elao &dico@

*acienteA cu)a ementa $isa a ?pr4tica da empatia na relao mdico@paciente por meio da

construo e representao de espet4culo teatral promo$endo o debate cultural, "ilos!"ico e

antropol!gico sobre a morte, a espiritualidade, as crenas, o so"rimento, a solido pro$ocada

pela doena, o acolhimento da "am#lia e o papel do mdico nesta relaoA.

ma e>perincia similar "oi proposta em 9imao com a comunidade e a criao

de $#nculos. 0 comunidade, ao se identi"icar com os personagens, rompe o silencio e passa a


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K

questionar aquilo que interessa. +onstatou que o teatro possibilitou a ruptura com o modelo de

ensino tradicional possibilitando o dialogo e o respeito cultura local. ;+0&06EO, 9istente, e outros trabalhos ser$em de inspirao e "ontes que de$em ser

a$eriguadas permitindo a in$estigao historiogr4"ica e uma re"le>o ampliada e comparati$a

com o pro)eto 0rte@Sade como ?:outores por um Nri%AT ?Neatro do Oprimido na Sade

&entalAT )ncontro entre teatro e medicina na consulta encenadaAT ?0 sade em cena/ o

teatro na "ormao do en"ermeiroAT ?O Neatro para o 0per"eioamento da 6elao &dico@

*acienteAT ?n"ermaria do 6isoAT )*alhaoterapiaT ?0s bande)as contadoras de hist!riasAT e

outros.

$.1 Revis*o +e ,iteratra reli/i0ar:

m 9


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'

entendendo que o conhecimento um processo de construo coleti$a. Vomentando "ormas

coleti$as de aprendi%ado torna poss#$el promo$er o crescimento da capacidade de an4lise

cr#tica sobre a realidade. 0 reorgani%ao dos ser$ios colocada como uma das estratgias

para $iabili%ar mudanas na "ormao e nas atitudes dos pro"issionais. 0ssim, a promoo de

sade de$e ser um processo pedag!gico, pois tanto o pro"issional quanto o cliente aprendem e

ensinam.

+0H:-0S ;177K= de"ine educao em sade como qualquer e>perincia de

aprendi%agem que possibilite, re"orce, e "acilite o entendimento dos conceitos b4sicos de

sade. 0 promoo em sade uma combinao de apoios educacionais e ambientais $isando

atingir a2es e condi2es de $ida que $enham a melhorar o n#$el de sade da populao

"ocali%ada. O ob)eti$o da educao em sade sempre desencadear mudanas docomportamento indi$idual. +om essa "inalidade, ati$idades educati$as so promo$idas pelos

agentes de sade e tm, como principal "oco, pro$ocar mudanas pessoais, )usti"ic4$eis do

ponto de $ista das recomenda2es cient#"icas na 4rea de sade. "undamental que a

aprendi%agem em sade signi"ica mais do que uma reteno de in"orma2es, de$endo ser

re"le>i$a e cr#tica. Iideranas institu#das, como a do mdico e consequentemente,

considerando sade bucal, a do dentista, como porta@$o% do saber de$e dar espao para

constru2es educati$as que "a$orea a re"le>o e autonomia. necess4rio disponibili%ar ao pro"issional de sade uma capacitao did4tico@

pedag!gica possibilitando o desen$ol$imento de estratgias para a educao em sade. Os

pro"issionais de sade de$eriam ser capacitados para aper"eioar as rela2es sociais que se

desen$ol$em no dia@a@dia dos ser$ios, considerando os problemas ad$indos da con$i$ncia

humana. 0 instrumentali%ao em tcnicas did4tico@pedag!gicas permite aprender a trabalhar

em grupo e melhorar o contato com pacientes. Ho preciso tornar@se especialista em teorias

da educao e em teorias pedag!gicas para ser um educador mas sim, no sentido mais amplo,entender a e>istncia de rela2es "undamentais entre educao e sociedade, considerando que

o trabalho do pro"issional de sade en$ol$e transmisso de conhecimentos e orienta2es.

*ro"issionais de sade trans"ormam sua $ida pro"issional em algo mais rico e ino$ador

quando se o"erecem condi2es para que eles se apropriem de certos recursos did4tico@

pedag!gicos, pautando a relao humana na busca de uma autonomia, sem reprodu%ir uma

relao manipulat!ria. ;I[0FF0N, 177(=.

Ha odontologia, S-H\OW ;9


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estabelecendo uma odontologia $oltada para a promoo e manuteno da sade bucal. 0

compreenso de uma no$a pr4tica de sade, associando o social e o cultural, estabelece uma

simbiose importante desde a "ormao dos recursos humanos at o estabelecimento das

pol#ticas de sade. F06FOS0 ;9presso e a reali%ao pessoal, "ortalecendo a auto@estima do aluno.

F0I+5 ;9plorar o espao, os ob)etos e a insero do corpo neste mesmoespao, preparando o su)eito para perceber conscientemente outra parte de seu corpo/ os

sentidos. Os )ogadores tornam@se conscientes das $4rias propriedades de um ob)eto, aguam a

capacidade de obser$ao e memori%ao, aprimoram os sentidos da audio e da $iso.

;+06:OSO, 9i$o re"letir sobre o papel que o teatro desempenha no conte>to escolar. +omo

resultado desta re"le>o, ocorre propostas para que o teatro e>ista como possibilidade de

a$anar em relao aos modelos tradicionais, mas tambm permitindo o reconhecimento de

seu ensino como um "im em si mesmo. O )ogo de "a%@de@conta, comum na in"ncia, de$e ser

permitido e moti$ado. sses ?)ogos simb!licosA ;denominado por *iaget= a criana )ogando


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estratgia de ensino@aprendi%agem na sade. 0 educao in"luencia e in"luenciada pelas

condi2es de sade, con"igurando@se como um campo de pr4ticas e saberes que abrange

di"erentes n#$eis de compreenso e inter$eno )unto aos su)eitos em seus processos de

sade. 0 educao em sade en$ol$e pr4ticas educati$as desen$ol$idas no campo da

promoo da sade aonde a articulao social@pessoal apresenta@se como um desa"io, $isto

que os modelos prescriti$os e normati$os mostram@se esgotados. 0 utili%ao do elemento

teatral como estratgia educacional pode ser um recurso "acilitador da compreenso de

"enmenos que en$ol$em inter@rela2es pessoais e contribui para o melhor entendimento do

"enmeno educati$o, promo$endo sua permanente ao, signi"icao e reconstruo coleti$a.

6econhecer que a "ormao de pro"issionais em sade abrange es"eras cogniti$as, a"eti$as e

sociais in$estir na di$ersidade e ?"ormar, utili%ando di"erentes linguagens, estratgias erecursos, tradu% a inteno de desen$ol$er espaos e cen4rios "ormati$os que $alori%em os

su)eitos e seus saberes pr$iosA.

Segundo +0&06EO ;9imao com as pessoas pelo seu car4ter ldico. *alestras so relatadas como

mon!tonas e silencia a platia pela sua caracter#stica que gera distanciamento e desigualdadecultural. O teatro, por outro lado, retm a ateno porque, alm do pblico ou$ir e $er,

tambm $i$encia a in"ormao de "orma pra%erosa e di$ertida. +0&06EO conclui que o

teatro / ?m meio alternati$o para ensinar a importncia dos processos de autotrans"ormao

pessoal e trans"ormao coleti$a, porque permite o desen$ol$imento da sensibilidade, da

re"le>o, da cr#tica na compreenso da realidade. Sugere@se que de$a ser integrali%ada

disciplina curricular considerando@se a importncia da "ormao cidad do homem.A O teatro

tem como premissa a e>presso da arte e transmite ainda uma mensagem que pode

conscienti%ar e educar. O Neatro altera a rotina, imp2e desa"ios que so podem ser superados

em grupo, alm de $iabili%ar um retorno e"eti$o das a2es de educao para a sade.


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poss#$el $islumbrar o teatro como uma "orma di"erente de estabelecer, no ambiente

pro"issional, um con$#$io com as pessoas de "orma harmoniosa ;060CO, 9oA, como teatro de mensagem. O trabalho

de teatro na comunidade cria uma dialtica, moderada pelo conhecimento e a identi"icao

com a comunidade.

I-&0 ;9to das OHEs. O teatro o"erece

"erramentas que possibilitam a "ormao de $#nculos e o apro"undamento dos temas

desen$ol$idos. Hos pro)etos de ao social "oi obser$ada a $alori%ao de ati$idades art#sticas

e culturais no plane)amento pol#tico pedag!gico, cu)a ao "ortalece praticas mais ldicas e

criati$as que proporcionam o desen$ol$imento da e>pressi$idade. 0 arte de"endida como


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1L

uma "erramenta alternati$a para crianas e adolescentes e considerado um instrumento de

integrao, de sociali%ao do conhecimento e de $alori%ao da identidade coleti$a,

permitindo que aspectos importantes desta comunidade se)am problemati%ados e discutidos.

0pesar do pro)eto 0rte@Sade ter, a priori, o ob)eti$o de proporcionar uma relao de

produo teatral como elemento de educao em sade em uma comunidade de usu4rios do

SS, no pretende se caracteri%ar por le$ar os conhecimentos em sade de "orma arbitr4ria. 0

comunidade, como platia, estimulada a problemati%ar sua situao buscando solu2es

atra$s da identi"icao com o ob)eto art#stico, no caso o teatro.

. ETODO,OGI(:

.1 - Tio +e Est+o:

*esquisa qualitati$a/ documental e etnogr4"ica. *esquisa@ao.

0 pesquisa qualitati$a ocupa@se de estudar os "enmenos que en$ol$em os seres

humanos e suas rela2es sociais. O pesquisador $ai a campo buscando captar o "enmeno a

ser estudado a partir da perspecti$a das pessoas nele en$ol$idas. 0 pesquisa documental pre$

o le$antamento documental do que )4 $em sendo produ%ido en$ol$endo a relao entre arte esade, mais especi"icamente o teatro como "orma de arte e comunicao. ;EO:O], 177U=

?*esquisa@ao um tipo de pesquisa social com base emp#rica que concebida e

reali%ada em estreita associao com a ao ou com a resoluo de um problema coleti$o e no

qual os pesquisadores e os participantes representati$os da situao ou problema esto

en$ol$idos de modo cooperati$o ou participati$oA. ;N5-OIIHN, 17'U, *. 1(, apud

+0&06EO, 9


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1(

semanais P considerando a aula de (U minutos. 0 primeira etapa $isa

"undamentalmente a sociali%ao, o treinamento teatral, a utili%ao de e>erc#cios e )ogos

teatrais baseados na metodologia escolhida. Ob)eti$a integrao, sociali%ao, e

desen$ol$imento de conceitos b4sicos re"erentes ao "a%er teatralT capacitao em teatro@

educaoT criao, desen$ol$imento e "inali%ao dos pro)etos de teatro, teatro@educao e

)ogosT desen$ol$er um ou mais produtos art#sticos relacionados in"ormao sobre quest2es

de sade. 0 segunda etapa do pro)eto a apresentao para a comunidade que "req3enta os

di$ersos grupos de orientao em sade, nas unidades b4sicas de sade, do produto

art#sticoGteatral desen$ol$ido. *rocessos de re"le>o ocorrero periodicamente $isando a

intensi"icao da e>perincia entre os agentes da pesquisa, os agentes comunit4rios de sade,

a comunidade e os docentes dos cursos de graduao em sade.

.2 - ola3*o e (/ostra:

O pro)eto 06N@S0: tem como 4rea pre$ista para atuao, alm do re"erencial

documental e bibliogr4"ico, a -nstituio Superior de nsino da 4rea de sade e a comunidade.

0 populao a ser estudada de$er4 ser composta por acadmicos da 4rea de sade, en$ol$endo

odontologia, medicina, psicologia, "arm4cia e educao "#sica, "a$orecendo uma atuao

multidisciplinar. Nodos os indi$#duos sero a$aliados antes e ap!s participarem do curso decapacitao, sendo acompanhados durante todo o per#odo do treinamento, considerando,

como critrio de a$aliao, a opinio pessoal dos mesmos e a aplicabilidade pr4tica do

contedo recebido. O critrio de incluso e e>cluso dos participantes da pesquisa est4

diretamente $inculado ao aceite dos participantes para a mesma. +omo o pro)eto prop2e

en$ol$er acadmicos de cursos da 4rea de sade de$er4 estar diretamente $inculada aos cursos

de ensino superior da 4rea de sade. Nambm sero en$ol$idos, como su)eitos da pesquisa,

pro"essores da instituio escolhida para aplicao da mesma que tenham acadmicos$inculados ao pro)eto. 0 comunidade, platia que assistir4 o produto art#sticoGeducacional,

parte integrante da a$aliao qualitati$a e pode ser considerada como populao da pesquisa.

.$- 'oleta +e Da+os e I0str/e0tos +e es4isa

*rop2e@se a obser$ao participante e a entre$ista como pesquisa qualitati$a. 0

pesquisa qualitati$a caracteri%a@se pela obteno de dados descriti$os entre pesquisador e

situao estudada e preocupa@se em retratar as opini2es dos participantes. ;&-H0]O, 9


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1U

aplicao de entre$istas e question4rio, como tambm o registro em $#deo de resultados das

aulas ministradas. So os instrumentos de pesquisa propostos/

a= Ie$antamento bibliogr4"ico e documental

b= uestion4rio "ormulado para os acadmicos das 4reas de sade.

c= 6egistro de entre$ista em $#deo de todo o processo de capacitao em teatro e do

resultado pr4tico na comunidade.

d= Obser$ao pr4tica da atuao na comunidade

e= 0n4lise e comparao dos dados

. - (05lise e I0terreta3*o +os Da+os:

0 an4lise e a interpretao dos dados sero "eitas a partir das in"orma2es coletadascomo resultado da obser$ao participante e das entre$istas com os su)eitos.

.6 7 &o0tes: ?:outores por um Nri%A ;&06N-HS Y F60E0, 9


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?n"ermaria do 6isoA ;H-6-O= P *rograma -nterdisciplinar de Vormao, 0o e

*esquisa da H-6-O que tem como proposta le$ar s en"ermarias in"antis o humor

como apoio para o tratamento mdico. ?*alhaoterapiaA ;H-Q-II= @ *ro)eto de e>tenso uni$ersit4ria criado em que tem

como ob)eti$o resgatar na "ormao dos estudantes a preocupao com os aspectos

human#sticos do cuidado sade atra$s da escuta sens#$el do ambiente, ati$idade

inerente potica do clon. ?0s bande)as contadoras de hist!riasA P +ompanhia que surgiu do pro)eto de >tenso

?O 5ospital como ni$erso +nicoA da ni$ersidade Vederal do stado do 6io de

Caneiro ;H-6-O=. *esquisa em busca de "ormas criati$as de contao de hist!rias que

resultou na criao da bande)a, suporte cnico@cenogr4"ico original a ser aplicado noambiente hospitalar.


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1K

BIB,IOGR(&I(:

8....9O+o0toloia e/ %a;+e 'oletiva - (NU(, DO (,UNO. Organi%ada por &aria

rcilia de 0rau)oT 0ntnio +arlos VriasT Simone 6enn! Cunqueira. ni$ersidade de So

*aulo, :isciplina de Sade +oleti$a em Odontologia. S*, 9


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1'

+0H:-0S, H. &. V. 'o0!eitos +e e+!a3*o e +e ro/o3*o e/ sa;+e: /+a03as

i0+ivi+ais e /+a03as ora0i=a!io0ais. 6e$. Sade *blica $ol. L1 no. 9. So

*aulo 0pr. 177K. :ispon#$el em/

http/GG.scielosp.orgGscielo.phpRscript_sci`artte>tYpid_S


19/24

17

IO, 6aimundo &atos de.Joa0+o !o/ Viola i/rovisa0+o !o/ %ta0islavsi. 0rtigo,

dispon#$el em/ ."sba.edu.brGdialogospossi$eisGartigos.aspRed_(

I&, 0le>andre de Oli$eira. ro/o3*o +e %a;+e e/ !e0a: !o0si+era3@es te?ri!as ara

/a r5ti!a teatral +e E+!a3*o e/ %a;+e. :issertao, ni$ersidade de So *aulo.

Vaculdade de Sade *blica. So *auloT 9


20/24

9.phpRe_9

S-H\OW, +lia 6egina. E+!a3o e/ sa;+e b!al e a /otiva3o +o a!ie0te. 6e$.

Odontol. ni$. St. 0maroT 8;1G9=/(


22/24

99

(NELO%

1. ROO%T( DE 'RONOGR((:

(NO 1

ET(( DE%'RIOE%E%

1 2 $ 6 M 1 11 12

:-S+-*I-H0S

:isciplinas docurso

K K K K K K K K K K K K

*esquisa

bibliogr4"icae documental

Ie$antamento das

a2es )4 e>istentesque en$ol$amteatro e sade

K K K K K K K K K K K K

+omit detica

0presentao depro)eto paraapro$ao nocomit de tica

K K K

*lane)amentopedag!gico

Vormular umaementa de teatropara cursos da 4reade sade

K K K K

Seleo

-ndi$#duos dapesquisa

*roposio da

disciplina de teatroe seleo dediscentes da 4reade sade

K K K

0$aliaodocente

Obter dospro"essores doscursos de sadein"orma2esquanto aodesempenho dosacadmicos

K K K


23/24

9L

(NO 2

(NO $

ET(( DE%'RIOE%E%

1 2 $ 6 M 1 11 12

ntre$ista comos indi$#duosda pesquisa

*rimeiraentre$ista equestion4rio

K

Neatro comodisciplina nasade

*roporcionar aosdiscentes desade umtreinamento emteatro

K K K K K K K

*rodutoespetacular

*rodu%ir ob)etoart#stico

K K K K K K K K K

0presentaona comunidade@ *ostos de

Sade @ SS

0presentao doprodutoespetacular nos

ser$ios deateno b4sica

K K K

0$aliao )unto comunidade

0$aliar arecepo doespet4culo pelacomunidade

K K K

0$aliaodocente P pro"essores docurso da 4rea desade

Obter dospro"essores doscursos de sadein"orma2esquanto aodesempenho dos

acadmicos

K K K


24/24

9(

ET(( DE%'RIOE%E%

1

2

$

6

M

1

11 12

+ompilao dedados 0$aliar e discutir asin"orma2es obtidas K K K K

laborao daNese dedoutorado

6edao da tese K K K K K

Solicitao dequali"icao

Solicitao para aquali"icao

K

uali"icao uali"icao K6ea$aliao datese e escrita

6edao da tese dedoutorado

K K K

Solicitao dede"esa

Solicitao parade"esa da tese

K

:e"esa da tese :e"esa Kntrega da$ersode"initi$a

+orreo daspendncias e entrega

K

projeto - arte saude para prova doutorado

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