projeto amazonas competitivo_relatório final

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Relatório Final Projeto AMAZONAS COMPETITIVO Análise da Competitividade do PIM relacionada à manufatura de equipamentos demandados pelo Sistema Brasileiro de TV Digital - ISDTV Junho de 2007 PDF created with pdfFactory trial version www.pdffactory.com

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  • Relatrio Final Projeto AMAZONAS COMPETITIVO

    Anlise da Competitividade do PIM relacionada manufatura de equipamentos demandados pelo

    Sistema Brasileiro de TV Digital - ISDTV

    Junho de 2007

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  • Amazonas Competitivo Anlise da competitividade do PIM relacionada manufatura de

    equipamentos para o Sistema Brasileiro de TV Digital - ISDTV

    Relatrio Final Amazonas Competitivo Instituto CERTI Amaznia 2

    AMAZONAS COMPETITIVO Anlise da Competitividade do PIM relacionada ao

    International System for Digital TV - ISDTV

    CONTRATANTE:

    SUPERINTENDNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS SUFRAMA

    CONTRATADO:

    INSTITUTO CERTI AMAZNIA - ICA

    PERODO: Novembro de 2006 a maro de 2007

    CDIGO ATIVIDADE: DA-001

    COORDENAO:

    PELO ICA PELA SUFRAMA

    Larcio Aniceto Silva Jos Alberto da Costa Machado [email protected] [email protected] COORDENAO EXECUTIVA: Marco Antnio Gigio [email protected]

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  • Amazonas Competitivo Anlise da competitividade do PIM relacionada manufatura de

    equipamentos para o Sistema Brasileiro de TV Digital - ISDTV

    Relatrio Final Amazonas Competitivo Instituto CERTI Amaznia 3

    Equipe

    Cleber Borba Nascimento

    Daniel do Nascimento Melo

    Fernando Luis dos Santos

    Larcio Aniceto Silva

    Marcelo Otte

    Marco Antnio Gigio

    Maria Anglica Jung Marques

    Maria das Graas Cunha

    Maria Gorete Hoffmann

    Marcus Dias

    Rafael Dagostin

    Ricardo Teixeira

    Equipe de Suporte

    Olga Maria Roman da Rosa

    Tamara Kristina Vieira Coelho

    Consolidao e Reviso:

    Marco Antnio Gigio

    Maria Anglica Jung Marques

    Maria das Graas Cunha

    Os currculos da equipe encontram-se disponveis na base do Sistema Lattes do

    CNPq (http://www.lattes.cnpq.br).

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  • SUMRIO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo Instituto CERTI Amaznia 4

    SUMRIO

    1 INTRODUO ....................................................................................7

    2 METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO ..................................9 2.1 OBJETIVOS DO ESTUDO ........................................................................... 9

    2.2 COLETA DE DADOS PRIMRIOS E SECUNDRIOS.............................. 10

    2.3 ANLISE E MONTAGEM DE QUADRO COMPARATIVOS ...................... 11

    2.3.1 O diamante de Porter.............................................................................. 11

    2.3.2 Metodologia GLOINTECH ...................................................................... 14

    2.3.3 Anlise das Foras Competitivas Regionais........................................... 19

    2.3.4 Estruturao de Quadros Comparativos e Matrizes de Apoio Analise

    Competitiva........................................................................................................ 20

    2.3.5 Anlise de Cenrios................................................................................ 23

    3 LEVANTAMENTO DE INFORMAES ..........................................25 3.1 TECNOLOGIA............................................................................................ 25

    3.1.1 Dados do Mercado de TV no Brasil ........................................................ 25

    3.1.1.1 O Mercado Brasileiro de Televisores ............................................... 27

    3.1.1.2 A transmisso de TV terrestre ......................................................... 31

    3.1.2 Tecnologias de Displays ......................................................................... 35

    3.1.2.1 A Substituio de tecnologias de Televisores no Mundo................. 39

    3.1.2.2 Transio de Tecnologias a Longo Prazo ....................................... 40

    3.1.2.3 Comparativo entre os preos das TVs no mundo............................ 42

    3.1.3 Comparativo entre Set-Top Box, TVs Analgicas e Digitais ................... 43

    3.1.3.1 Custos de produo de um Set Top Box ......................................... 43

    3.1.4 Projeo da Demanda de Televisores e Set-Top Boxes Digitais............ 45

    3.1.5 Consideraes Finais ............................................................................. 48

    3.2 CADEIA PRODUTIVA ................................................................................ 51

    3.2.1 Cadeia Produtiva do Set-Top Box........................................................... 52

    3.2.2 Cadeia Produtiva de Televisor de Plasma .............................................. 52

    3.2.3 Cadeia Produtiva do Televisor LCD........................................................ 53

    3.2.4 Cadeia Produtiva do Televisor CRT........................................................ 53

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  • SUMRIO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo Instituto CERTI Amaznia 5

    3.3 FORMAO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATENDIMENTO S

    DEMANDAS DO ISDTV ........................................................................................ 54

    3.3.1 Instituies de Ensino Superior............................................................... 55

    3.3.1.1 Oferta de Cursos de Graduao...................................................... 57

    3.3.1.2 Oferta de Cursos de Ps-Graduao .............................................. 60

    3.4 VOLUME DE EMPRESAS E EMPREGOS ................................................ 63

    3.4.1 Volume de Empresas em Manaus.......................................................... 64

    3.4.2 Volume de Empregos em Manaus.......................................................... 70

    3.5 LOGSTICA ................................................................................................ 75

    3.5.1 Infra-estrutura em Manaus...................................................................... 76

    3.5.2 Infra-estrutura em Santa Rita do Sapuca............................................... 79

    3.5.3 Infra-estrutura em Campinas .................................................................. 81

    3.5.4 Infra-estrutura na Regio metropolitana de Porto Alegre (RMPOA) ....... 84

    3.6 ANLISE DOS CUSTOS DE TRANSPORTE ............................................ 86

    4 ANLISE DA CARGA TRIBUTRIA...............................................89 4.1 CONTEXTO ATUAL ................................................................................... 89

    4.2 FATORES DE COMPETITIVIDADE........................................................... 90

    4.2.1 Amazonas............................................................................................... 92

    4.2.1.1 Incentivos Fiscais Federais.............................................................. 92

    4.2.1.2 Incentivos Estaduais ........................................................................ 93

    4.2.1.3 Lei de Informtica ............................................................................ 97

    4.2.2 Incentivos Estaduais em Minas Gerais ................................................. 100

    4.2.3 Incentivos Estaduais no Rio Grande do Sul.......................................... 118

    4.2.4 Incentivos Estaduais em So Paulo...................................................... 122

    4.3 CARGA TRIBUTRIA INCIDENTE SOBRE A PRODUO DE

    EQUIPAMENTOS DEMANDADOS PELO ISDTV............................................... 131

    4.3.1 Anlise tributria das quatro regies analisadas de acordo com

    produtos elencados e cadeia de valor ............................................................. 139

    5 CENRIOS PROSPECTIVOS........................................................147 5.1 CONSTRUO DOS CENRIOS............................................................ 149

    5.1.1 Incertezas Crticas ................................................................................ 150

    5.1.2 Tenses ................................................................................................ 151

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  • SUMRIO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo Instituto CERTI Amaznia 6

    5.1.3 Estrangulamentos ................................................................................. 151

    5.1.4 Invariantes ............................................................................................ 151

    5.1.5 Tendncias de Peso ............................................................................. 152

    5.1.6 Mudanas em Andamento .................................................................... 152

    5.1.7 Fatos Portadores de Futuro .................................................................. 152

    5.2 QUADRO COMPARATIVO DA COMPETITIVIDADE REGIONAL PARA

    FABRICAO DE TV E SET-TOP BOX ............................................................. 153

    5.3 OS CENRIOS ESTABELECIDOS.......................................................... 157

    6 PROPOSIES E CONSIDERAES FINAIS ............................162

    7 REFERNCIAS...............................................................................166

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  • INTRODUO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo Instituto CERTI Amaznia 7

    1 INTRODUO A motivao deste trabalho se originou no contexto das novas oportunidades e desafios gerados no mbito da cadeia de valor do SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital), recentemente rebatizado como ISDTV (International System for Digital TV), que se caracteriza por envolver desde o produtor de contedo at o telespectador (passando pelo prestador do servio); e desde o fabricante de componentes eletrnicos at o consumidor final de televisores, passando pelos fabricantes de todos os equipamentos necessrios para a transmisso e recepo de sinal de TV. Neste cenrio, a cadeia produtiva brasileira hoje fortemente concentrada no PIM (Plo Industrial de Manaus), est sujeita a significativas transformaes estruturais e transferncia de plantas fabris de Manaus para outras regies do Brasil . Ao mesmo tempo, a implantao do ISDTV traz alguns riscos para a atrao e manuteno das indstrias de equipamentos de recepo de sinal de TV hoje instaladas no PIM, sendo que o primeiro impacto se dar sobre a cadeia de manufatura dos receptores/decodificadores (set-top box) e dos prprios aparelhos de TV de alta definio.

    A produo de aparelhos de TV no PIM movimenta uma cadeia de dezenas de empresas e instituies, responsvel por mais de 50% do faturamento total deste plo, que se relacionam com os demais setores do PIM, principalmente o setor de Duas Rodas. Isto explica sua extrema relevncia para o futuro do PIM como um todo e, consequentemente, para a economia do estado do Amazonas. Por isso necessrio se ter um amplo e aprofundado conhecimento de diferentes cenrios e seus impactos na cadeia citada, visando inicialmente preservar, e posteriormente ampliar os investimentos e os empregos diretos nas empresas desta cadeia, hoje estimados em pelo menos 30.000 postos de trabalho.

    A partir do contexto exposto acima de forma resumida, este trabalho denominado como Projeto Amazonas Competitivo, divide-se em 2 grandes etapas: 1. Em curto prazo, identificar e analisar as potencialidades do PIM para

    atender a cadeia do ISDTV, propondo aes para tornar o PIM competitivo no atendimento s novas demandas a partir da sua implantao.

    2. Em mdio prazo, desenvolver e implantar um mecanismo permanente e sistemtico de monitoramento da competitividade do PIM na cadeia de valor do ISDTV, denominado Observatrio do ISDTV.

    Este relatrio refere-se somente execuo e resultados da etapa 1 acima caracterizada.

    Segundo as estimativas do Governo Federal, a produo do Set-Top Box deve movimentar cerca de R$ 9 Bilhes nos trs primeiros anos de implantao do ISDTV, podendo em uma dcada movimentar no pas um montante aproximado de R$ 100 Bilhes. A forte expresso destas cifras tem, por

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  • INTRODUO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo Instituto CERTI Amaznia 8

    conseguinte, sinalizado para uma agressiva disputa entre as regies industriais brasileiras pela ampliao e/ou manuteno de incentivos fiscais para a produo dos decodificadores, de aparelhos de TV de alta definio, bem como outros meios de recepo do sinal digital, como os telefones celulares, por exemplo.

    Considerando o atual cenrio altamente competitivo entre importantes regies produtivas como So Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, indispensvel que o Amazonas se preocupe em aprofundar seus conhecimentos sobre as potenciais oportunidades e ameaas decorrentes das demandas relacionadas ao ISDTV, visando melhor consolidar suas vantagens comparativas para evitar, no primeiro momento, a sada de fbricas hoje instaladas no PIM e/ou a instalao de novas fbricas fora de Manaus.

    O PIM detm uma reconhecida competncia e domnio nacional na produo de aparelhos de TV, sendo responsvel pela movimentao de uma cadeia de dezenas de empresas e instituies, as quais se relacionam com uma srie de outros setores presentes em Manaus, que juntos criam escala e competitividade para a manufatura dos produtos que mais geram faturamento no setor industrial amazonense.

    As vantagens comparativas hoje estabelecidas para o setor eletroeletrnico do PIM, baseadas em menores alquotas de alguns tributos federais, resultam em maior competitividade de Manaus perante as demais regies do pas para a produo nacional de eletroeletrnicos, com considervel relevncia para a produo de aparelhos de TV. Estas vantagens competitivas do PIM, a instalao e desenvolvimento de instituies locais de excelncia em C&T&I e a experincia em manufatura local adquirida ao longo dos ltimos anos, permite ao PIM usufruir das oportunidades da nova cadeia de valor do SBTVD, visando estabelecer um novo ciclo de desenvolvimento regional, com grande agregao de valor local.

    A preocupao de que as atuais vantagens comparativas diminuam e, conseqentemente, acarretem diminuio da competitividade das indstrias amazonenses de Set-Top-Box e aparelhos de TV, sinaliza a necessidade de se identificar com urgncia os fatores que podem impactar a competitividade do PIM em relao cadeia do ISDTV.

    Com a viso orientada no esforo de apoiar o PIM na consolidao de um plo de manufatura de equipamentos relacionados ao ISDTV, este trabalho baseou-se na anlise dos fatores de competitividade do PIM frente s futuras demandas do ISDTV. Nesta direo, este estudo teve como premissa o estabelecimento de cenrios onde a competitividade da cadeia produtiva de ISDTV do PIM e das outras 3 regies selecionas foram avaliadas e comparadas.

    As observaes obtidas com base nos aspectos atuais e reveladas pelos cenrios futuros, subsidiaram a execuo de um conjunto de propostas de ao. Essas proposies buscam, de uma maneira geral, contribuir para a consolidao e ampliao da vantagem comparativa do PIM nas demandas futuras do ISDTV.

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  • METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia

    9

    2 METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO A metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente projeto foi

    estruturada, conforme apresentado na figura 1, da seguinte forma:

    Objetivos do estudo;

    Coleta de dados Primrios e Secundrios;

    Anlise e Montagem de Quadro Comparativos;

    Anlise de Cenrios;

    Concluses e Proposies.

    Figura 1: Etapas de desenvolvimento do Projeto

    2.1 OBJETIVOS DO ESTUDO

    A partir dos objetivos do estudo foram definidos os indicadores e elementos de

    anlise, de forma que se pudesse estruturar o foco das atividades do presente

    projeto.

    Para delimitar o esforo de anlise, definiram-se as regies a serem analisadas e

    comparadas como sendo:

    Manaus AM - concentrando esforos no Plo Industrial de Manaus

    (PIM).

    Objetivos do estudo

    Anlises e Montagem de

    Quadros Comparativos

    Concluses e Proposies

    Definir os indicadores e

    elementos de anlise

    Identificar fatores chave / elementos de

    competitividade

    Com base em trs diferentes contextos

    Coleta de dados

    primrios e secundrios

    Identificar fontes de informao

    Anlise Cenrios

    Objetivos do estudo

    Anlises e Montagem de

    Quadros Comparativos

    Concluses e Proposies

    Definir os indicadores e

    elementos de anlise

    Identificar fatores chave / elementos de

    competitividade

    Com base em trs diferentes contextos

    Coleta de dados

    primrios e secundrios

    Identificar fontes de informao

    Anlise Cenrios

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  • METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia

    10

    Regio Metropolitana de Campinas SP - compreendendo as cidades

    de: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmpolis, Engenheiro

    Coelho, Holambra, Hortolndia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguarina, Monte Mor,

    Nova Odessa, Paulnea, Pedreira, Santa Brbara d Oeste, Santo Antnio

    de Posse, Sumar, Valinhos e Vinhedo;

    Regio Metropolitana de Porto Alegre RS - compreendendo as

    cidades de: Alvorada, Araric, Arroio dos Ratos, Cachoeirinha, Campo

    Bom, Canoas, Capela de Santana, Charqueadas, Dois Irmos, Eldorado do

    sul, Estncia Velha, Esteio, Glorinha, Gravata, Guaba, Ivoti, Montenegro,

    Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parob, Porto, Porto

    Alegre, Santo Antnio da Patrulha, So Jernimo, So Leopoldo,

    Sapiranga, Sapucaia do Sul, Taquara, Triunfo, Viamo.

    Santa Rita do Sapuca MG concentrado exclusivamente na cidade de

    Santa Rita do Sapuca

    2.2 COLETA DE DADOS PRIMRIOS E SECUNDRIOS

    Com a definio dos indicadores e elementos de anlise, desenvolveram-se duas

    estratgias bsicas de coleta de dados primrios e secundrios. A primeira

    estratgia baseou-se na estruturao de um roteiro para a realizao de

    entrevistas, que permitiu entrevistar 29 profissionais e representantes do

    segmento das empresas produtoras de televisores e Set-Top Box, nas regies da

    Grande Porto Alegre (RS), Santa Rita do Sapuca (MG), Grande So Paulo (SP) e

    Manaus (AM).

    A segunda estratgia, apoiada no levantamento de dados secundrios, foi

    realizada a partir da consulta a documentos e relatrios em fontes de informaes

    secundrias.

    A figura 2 relaciona os representantes entrevistados, assim como as instituies

    que suportaram a anlise secundria.

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  • METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia

    11

    Figura 2: Fonte das informaes e dos dados coletados para

    o desenvolvimento do Projeto

    2.3 ANLISE E MONTAGEM DE QUADROS COMPARATIVOS

    Para anlise dos dados e informaes coletadas, utilizaram-se modelos j

    testados e aceitos mundialmente, como o diamante de Porter e o modelo

    GLOINTECH TEMBA, os quais foram adaptados s necessidades do projeto.

    Ressalta-se o uso desta abordagem em face de seu amplo emprego nas anlises

    de aglomerados produtivos e de sistemas de inovao.

    2.3.1 O Diamante de Porter

    Em sua abordagem, (Porter 1989) prope uma nova viso a cerca da vantagem

    competitiva centrada na habilidade de uma regio, na utilizao produtiva de

    insumos e recursos atravs da formao de clusters. Na viso do autor, a criao

    de uma competncia focada no conhecimento colocada como uma vantagem

    competitiva dinmica, que segundo Porter pode ser criada.

    Desta forma, o procedimento metodolgico foi desenvolvido com base na anlise

    dos vrios nveis e interao dos elementos propostos por Porter, os quais so

    expostos de forma esquemtica na figura 3.

    Levantamento de InformaesLevantamento de Informaes Entrevistas com Representantes do SetorEntrevistas com Representantes do Setor

    Orig

    em

    do

    s Da

    do

    sO

    rige

    m d

    os D

    ad

    os

    Banco Mundial; BNDES; CNI; CNPq; CPqD; Dirio Oficial da Unio; ELETROS; IBGE; IPEA; Ministrio da Educao; Ministrio do Desenvolvimento da Indstria

    e Comrcio; Ministrio do Planejamento; Ministrio do Trabalho e Emprego.

    ABINEE

    UFAM

    CEITEC

    GRADIENTE

    ORBISAT

    SEMP TOSHIBA

    SONDAI

    STB

    SVA

    THOMSON

    NOVUS

    PROVIEW

    PHILIPS

    VISIONTEC

    SONY

    SAT BRAS

    JABIL

    CCE

    DIGIBRAS

    ENVISION

    PANASONIC

    GENIUS

    FUCAPI

    FUNTEC

    SINAEES

    RECEITA FEDERAL

    Levantamento de InformaesLevantamento de Informaes Entrevistas com Representantes do SetorEntrevistas com Representantes do Setor

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    Banco Mundial; BNDES; CNI; CNPq; CPqD; Dirio Oficial da Unio; ELETROS; IBGE; IPEA; Ministrio da Educao; Ministrio do Desenvolvimento da Indstria

    e Comrcio; Ministrio do Planejamento; Ministrio do Trabalho e Emprego.

    ABINEE

    UFAM

    CEITEC

    GRADIENTE

    ORBISAT

    SEMP TOSHIBA

    SONDAI

    STB

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    PHILIPS

    VISIONTEC

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    SAT BRAS

    JABIL

    CCE

    DIGIBRAS

    ENVISION

    PANASONIC

    GENIUS

    FUCAPI

    FUNTEC

    SINAEES

    RECEITA FEDERAL

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  • METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO

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    12

    Figura 3: Modelo do Diamante de Porter.

    Fonte: (Porter 1989)

    No sentido de melhor explicitar os parmetros utilizados para a anlise das

    informaes coletadas, a seguir so expostos os elementos apontados por Porter,

    como balizadores de um sistema competitivo.

    a) Contexto para estratgia e rivalidade de empresas

    Refere-se ao ambiente no qual as empresas nascem, a forma como so

    organizadas e dirigidas e, tambm, ao modo pelo qual se d a rivalidade interna.

    Um ambiente de concorrncia e rivalidade entre firmas profcuo para a

    competitividade, pois gera incentivos para a construo de estratgias que

    melhoram a eficincia das firmas e reduzem o custo de vida para a sociedade

    como um todo.

    A intensiva competio e cooperao entre o conjunto de empresas instaladas em

    uma regio so fatores indutores ao desenvolvimento tecnolgico e inovador da

    mesma.

    b) Condies de demanda

    Este aspecto refere-se qualidade do mercado comprador global. Se este

    mercado, por exemplo, for exigente e sofisticado, ser mais fcil para as

    empresas de um pas (ou regio) adquirirem vantagem competitiva em relao

    Contexto para Estratgia e

    Rivalidade dasEmpresas

    SetoresCorrelatos e de

    Apoio

    Condies De

    demanda

    Condies de Insumos e outros

    Fatores de produo

    Contexto para Estratgia e

    Rivalidade dasEmpresas

    SetoresCorrelatos e de

    Apoio

    Condies De

    demanda

    Condies de Insumos e outros

    Fatores de produo

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  • METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia

    13

    aos demais. Fato que, por conseguinte, estimula a melhoria dos produtos e

    processos, como tambm a inovao. As condies da demanda atraem

    empresas, bem como investimentos para determinadas regies.

    De acordo com esta questo, foi possvel observar que alm de uma srie de

    fatores determinantes para a competitividade empresarial, a demanda potencial

    de uma regio, mesmo em tempos de uma economia globalizada, vem

    mostrando-se como um importante critrio da deciso locacional das empresas.

    c) Setores Correlatos e de Apoio

    Indstrias correlatas e de apoio dizem respeito condio das indstrias

    abastecedoras e relacionadas determinada indstria. A presena no pas (ou

    regio) de fornecedores competitivos permite um acesso eficiente e rpido aos

    insumos necessrios e tambm uma melhor coordenao e aperfeioamento do

    sistema produtivo.

    d) Condies de insumos e outros fatores de produo

    Estes elementos relacionam-se aos aspectos ligados a oferta regional de capital

    financeiro e humano qualificado e infra-estrutura de apoio. Destaca-se que a

    presena destes elementos caracteriza valiosa vantagem locacional, uma vez que

    no so de fcil e rpida criao.

    Capital Financeiro: Caracteriza-se como um elemento dinamizador,

    podendo ser considerado como uma grande alavanca para o

    desenvolvimento.

    Capital Humano: A existncia de recursos humanos qualificados e

    competentes, juntamente com a presena de instituies de carter tcnico

    cientfico, constituem fatores potencializadores determinantes para o

    desenvolvimento cientfico, tecnolgico e empresarial de uma regio.

    Infra-estrutura: Este aspecto inclui as questes ligadas a estradas,

    transportes, telecomunicaes, incluindo tambm a infra-estrutura cientfica

    e tecnolgica da regio.

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  • METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO

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    14

    2.3.2 Metodologia GLOINTECH

    Ainda no sentido de melhor identificar os fatores crticos/relevantes para alcance

    dos objetivos do presente estudo, tambm foi utilizado o modelo Glointech que

    agrega ao modelo de Porter, oito novos aspectos determinantes para a dinmica

    de ambientes de inovao. A utilizao deste modelo tornou mais clara e

    adequada a identificao de fatores crticos.

    Neste sentido, a figura 4 apresenta de forma consolidada os fatores apontados

    por Porter, destacados em verde, e tambm as orientaes do modelo Glointech

    assinaladas em cor azul.

    Figura 4: Interao do Modelo Glointech com o Diamante de Porter

    Fonte: Califrnia State University USA

    No sentido de expor os elementos propostos pelo modelo, os quais foram

    considerados como parmetros para analise dos dados coletados, tais elementos

    so ento descritos a seguir, de forma resumida. Destaca-se que a adoo deste

    modelo na etapa de anlise das informaes e dados coletados mostrou-se

    bastante oportuna, em especial no que se refere a identificao de fatores chaves

    para a competitividade regional e suportar o desenvolvimento das matrizes e

    quadros comparativos.

    Polticas PblicasConcentrao De Firmas

    Inovao e Empreendedorismo

    Efeito ncoraFatores Histricos

    Ambiente de Negcios

    Ambiente de Negcios

    Redes de IndstriasRedes de Indstrias

    Polticas PblicasConcentrao De Firmas

    Inovao e Empreendedorismo

    Efeito ncora

    Casualidades

    Fatores Histricos

    Contexto para Estratgia e

    Rivalidade dasEmpresas

    SetoresCorrelatos e de

    Apoio

    Condies De

    demanda

    Condies de Insumos e outros

    Fatores de produo

    Polticas PblicasConcentrao De Firmas

    Inovao e Empreendedorismo

    Efeito ncoraFatores Histricos

    Ambiente de Negcios

    Ambiente de Negcios

    Redes de IndstriasRedes de Indstrias

    Polticas PblicasConcentrao De Firmas

    Inovao e Empreendedorismo

    Efeito ncora

    CasualidadesCasualidades

    Fatores HistricosFatores Histricos

    Contexto para Estratgia e

    Rivalidade dasEmpresas

    SetoresCorrelatos e de

    Apoio

    Condies De

    demanda

    Condies de Insumos e outros

    Fatores de produo

    Contexto para Estratgia e

    Rivalidade dasEmpresas

    SetoresCorrelatos e de

    Apoio

    Condies De

    demanda

    Condies de Insumos e outros

    Fatores de produo

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    15

    a) Efeito ncora

    Foram consideradas neste estudo, trs modalidades de empreendimentos

    ncoras, a saber:

    ncoras empresariais (empresas de classe mundial);

    ncoras institucionais (governos, fundaes de amparo pesquisa,

    grandes agncias de fomentos);

    ncoras acadmicas (Universidades, centros de pesquisa).

    Em geral, ncoras empresariais apresentam um forte potencial de formao de

    cadeias produtivas, tendo como exemplo o caso de empresas que, com sua

    transferncia para uma determinada regio, trazem consigo fornecedores e a

    necessidade de uma srie de empresas para o apoio de suas atividades. So em

    geral empreendimentos de classe mundial que so atradas para regies

    detentoras de uma forte fonte de inovao, recursos humanos qualificados,

    vantagens locacionais, benefcios, disponibilidade de servios especiais, e em

    especial, a existncia de incentivos fiscais e para-fiscais. A capacidade de

    gerao de empregos e do surgimento de empresas fornecedoras e parceiras

    fazem com que estas ncoras acabem por estabelecer um forte efeito

    multiplicador, a partir da unio das redes de cooperao que formam cada elo da

    cadeia de valor.

    As ncoras institucionais so relacionadas forte presena de agentes como o

    governo, fundaes de amparo pesquisa, agentes de fomento, entre outros

    organismos que, reunidos, tem um forte papel na definio de polticas e aes

    que visem potencializar as estratgias regionais.

    J as ncoras acadmicas referem-se s universidades e centros de pesquisa,

    que na condio de centros geradores do saber, ocupam uma importante funo

    dentro de um sistema de inovao. Estas instituies so responsveis pela

    formao de recursos humanos qualificados, bem como podem apoiar o

    desenvolvimento empresarial por meio de aes cooperadas no campo da

    pesquisa.

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    16

    b) Ambiente de Negcios

    Este fator abrange os aspectos pertinentes ao clima de negcios e tambm s

    variveis do clima scio-poltico. Quanto ao clima de negcios, devem ser

    considerados fatores como o nvel de empreendedorismo local, a sustentabilidade

    destes empreendimentos, a cultura empresarial, a inovao destes negcios,

    aspectos culturais e o exame da componente inovao destes negcios. Alm

    destes fatores, assinala-se a relevncia do nvel de colaborao governamental

    para o fortalecimento do empreendedorismo, a competio, transparncia e o

    crescimento e a formao de um sistema de negociao aberta, so fatores

    importantes para a competitividade regional e setorial.

    Quanto ao ambiente scio-poltico, consideram-se como relevantes aspectos

    ligados estabilidade poltica, baixos nveis de corrupo, baixas taxas de

    criminalidade, segurana, estabilidade social, as relaes trabalhistas, entre

    outros fatores que desempenham importante papel para a competitividade

    regional e setorial.

    c) Redes de Indstrias

    Esta questo traz tona a necessidade do estabelecimento do network

    empresarial como fator diferencial para o estabelecimento de vantagens

    competitivas. As redes de relacionamentos empresariais desenvolvem direta e

    indiretamente uma relao de cooperao, capazes de facilitar o

    compartilhamento do conhecimento. Estas redes, podem provocar competio e a

    cooperao, ambos, ingredientes importantes para o crescimento das empresas

    de uma mesma regio.

    As redes de contatos (networking), apesar de intangveis em grande parte dos

    casos, constituem-se como elementos vitais para a descoberta de oportunidades,

    a validao de idias e para a obteno de recursos para as empresas. Estas

    redes oportunizam informaes de um conjunto de recursos, tangveis ou no,

    porm necessrios ao alcance dos objetivos empresariais.

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    17

    d) Polticas Pblicas

    A poltica pblica um dos pr-requisitos para a competitividade setorial e

    regional. O desenvolvimento de polticas locais, estaduais e nacionais devem

    estar alinhadas e integradas para a promoo e desenvolvimento das empresas e

    segmentos especficos. Exemplos de polticas podem ser vistos atravs aes

    focadas em incentivos fiscais, para-fiscais, programas especficos de

    internacionalizao e tambm nos esforos de atrao de investimentos.

    So destaques entre as polticas pblicas:

    Desenvolvimento de fatores avanados de especializao (estes fatores

    em geral so relacionados ao fortalecimento da qualificao tcnica e de

    incentivos a pesquisa e desenvolvimento de inovaes tecnolgicas);

    Desenvolvimento de aes focadas no desenvolvimento de estratgias de

    transferncia de tecnologia e da inovao tecnolgica, apoiando a

    integrao de empresas com os centros geradores do saber.

    Regulamentao de incentivos;

    Atrao de investimentos externos;

    Promoo da exportao; e

    Disseminao da cincia e tecnologia como base para o desenvolvimento

    econmico.

    e) Concentrao de Empresas

    As economias de aglomerao tm sido objeto de estudos acadmicos, com foco

    em propostas baseadas no desenvolvimento regional, alinhando competitividade

    organizao de configuraes industriais locais. Neste contexto, os clusters e

    arranjos produtivos locais podem ser definidos como aglomeraes territoriais de

    agentes econmicos, polticos e sociais, com atividades focadas em um conjunto

    de segmentos econmicos, e que apresentam vnculos mesmo que de forma

    informal. Este tipo de organizao pode envolver a participao e interao de

    empresas. Incluem tambm outras instituies pblicas e privadas, voltadas

    principalmente para formao e capacitao de recursos humanos, pesquisa e

    desenvolvimento e poltica de promoo e financiamento.

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    18

    A presena deste tipo de Configurao econmica mostra-se como um elemento

    dinamizador do processo de consolidao do desenvolvimento regional. Dentre os

    vrios casos estudados, um bom exemplo de concentrao de empresas

    atribudo ao Plo de Alta Tecnologia de Austin EUA. Este plo especializado

    em semicondutores, equipamentos industriais, fabricao de computadores e

    desenvolvimento de software, tendo l instaladas empresas de classe mundial

    como Samsung, Motorola, IBM, 3M, Dell e outras centenas de empresas

    nascentes atuantes na rea de software e alta tecnologia.

    f) Inovao e Empreendedorismo

    A questo do empreendedorismo apresenta-se como um dos fatores crticos ao

    desenvolvimento econmico e para a gerao de empregos e riqueza de uma

    sociedade. Com esta viso, este assunto vem sendo mundialmente explorado,

    com o objetivo de que se possam cada vez mais conhecer e aplicar conceitos que

    possam sistematizar mecanismos de apoio ao empreendedorismo.

    g) Casualidades/ Externalidades

    Refere-se aos elementos inseridos no ambiente externo, fora do controle, que

    podem afetar a dinmica empresarial. Este fator pode ser decorrente de

    externalidades advindas do mbito regional, estadual, nacional ou at

    internacional. O importante que representam influncias no-controlveis e

    dificilmente previsveis, tendo a possibilidade de comprometer ou, em alguns

    casos, auxiliar no projeto de desenvolvimento de uma empresa ou interferir na

    competitividade de determinados segmentos empresariais de uma regio ou pas.

    Um bom exemplo de uma externalidade pode ser visto como eventos de guerra,

    outros aspectos naturais, entre outros.

    A sugesto de postura diante destes elementos desenvolver uma curva de

    experincia, isto , um conhecimento resultante do histrico dos elementos

    ambientais, os quais podem indicar tendncias que possivelmente sero

    utilizadas para permitir um gerenciamento mais controlvel.

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    19

    h) Fatores Histricos

    Os fatores histricos relacionam-se com os aspectos sociais e culturais regionais

    neste mbito, so considerados elementos ligados educao, mobilizaes de

    segmentos especficos da sociedade, mudanas do perfil da populao em

    termos de faixa etria e renda, perfil empreendedor regional e outros elementos

    relacionados.

    2.3.3 Anlise das Foras Competitivas Regionais

    Para apoiar a anlise de competitividade das empresas e regio, utilizou as cinco

    foras competitivas propostas por Porter.

    Figura 5: As Cinco Foras Competitivas de Porter

    Segundo este autor, a competitividade de uma indstria determinada por 5

    foras:

    Entrantes Potenciais: novas empresas que podero vir a concorrer com as

    atuais;

    Produtos substitutos: produtos alternativos que podero vir a concorrer

    para a mesma necessidade;

    Poder de Barganha dos Clientes: possveis oligoplios e tendncias de

    verticalizao a montante dos mesmos;

    Entrantes PotenciaisEntrantes Potenciais

    SubstitutosSubstitutos

    CompradoresCompradoresFornecedoresFornecedores

    Concorrentes no setor

    Rivalidade entre Empresas

    Ameaas de novos entrantes

    Poder de negociao dos compradores

    Ameaas de Servios/Produtos Substitutos

    Poder de negociao dos fornecedores

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    20

    Poder de Barganha dos Fornecedores: possveis oligoplios e tendncias

    de verticalizao a jusante dos mesmos;

    Rivalidade entre os competidores.

    A anlise detalhada de cada um dos quatro primeiros fatores e sua influncia

    sobre os concorrentes, bem como a anlise detalhada do comportamento dos

    concorrentes, seguramente a base para a determinao das estratgias da

    empresa.

    Para direcionar a busca de informaes da competitividade regional, foi

    desenvolvido um modelo que complementasse o modelo de Porter, considerando

    a influncia dos fatores includos nos estudos anteriores, pois, se constituem em

    foras, fragilidades, ameaas ou oportunidades para as regies que atuam no

    segmento foco desse estudo, como mostrado na figura 6.

    Figura 6: Modelo de Apoio a Anlise das Foras Competitivas Regionais

    Fonte: Modelo de Apoio a Analise Competitiva Regional Fundao.CERTI

    2.3.4 Estruturao de Quadros Comparativos e Matrizes de Apoio Analise Competitiva

    A utilizao do Diamante de Porter, com a metodologia GLOINTECH ,

    juntamente com a Anlise das Foras Competitivas Regionais, possibilitou a

    CONCORRENTESNA INDSTRIA

    RIVALIDADE ENTREEMPRESAS EXISTENTES

    SUBSTITUTOS

    Ameaa de Servios ouProdutos Substitutos

    COMPRADORES

    Poder de Negociao dosCompradores

    Poder de Negociao dosFornecedores

    FORNECEDORES

    ENTRANTESPOTENCIAIS

    Ameaa de Novos Entrantes

    As 5 foras competitivas de M. Porter

    FATORESFATORESPOLPOLTICOSTICOS

    FATORESFATORESECONMICOSECONMICOS

    FATORESFATORESSOCIAISSOCIAIS FATORESFATORES

    TECNOLTECNOLGICOSGICOS

    CONCORRENTESNA INDSTRIA

    RIVALIDADE ENTREEMPRESAS EXISTENTES

    CONCORRENTESNA INDSTRIA

    RIVALIDADE ENTREEMPRESAS EXISTENTES

    SUBSTITUTOS

    Ameaa de Servios ouProdutos Substitutos

    SUBSTITUTOSSUBSTITUTOS

    Ameaa de Servios ouProdutos Substitutos

    COMPRADORESCOMPRADORES

    Poder de Negociao dosCompradores

    Poder de Negociao dosFornecedores

    FORNECEDORES

    Poder de Negociao dosFornecedores

    FORNECEDORESFORNECEDORES

    ENTRANTESPOTENCIAIS

    Ameaa de Novos Entrantes

    ENTRANTESPOTENCIAISENTRANTESPOTENCIAIS

    Ameaa de Novos Entrantes

    As 5 foras competitivas de M. Porter

    FATORESFATORESPOLPOLTICOSTICOS

    FATORESFATORESECONMICOSECONMICOS

    FATORESFATORESSOCIAISSOCIAIS FATORESFATORES

    TECNOLTECNOLGICOSGICOS

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    21

    coleta de um volume informaes significativas para apoiar o desenvolvimento

    dos objetivos do presente estudo.

    Figura 7: Matrizes e Quadros Comparativos de tratamento das informaes

    coletadas sobre a Competitividade Regional do Segmento de Empresas Produtoras de Televiso e Set-Top Box.

    Em funo do volume de informaes, tornou-se necessrio, conforme

    demonstrado pela figura 7, o desenvolvimento de ferramentas de apoio ao seu

    tratamento e anlise. Essas ferramentas foram desenvolvidas com o objetivo de

    organizar e comparar os principais indicadores de competitividade das regies

    envolvidas com os do Plo Industrial de Manaus PIM.

    O desenvolvimento desses quadros e matrizes foi de grande importncia para

    detectar os fatores determinantes de competitividade das principais regies

    brasileiras que tem potencial para competir com o PIM na fabricao de

    televisores e Set-Top Box. Um dos quadros desenvolvidos, por exemplo, permitiu

    detectar a composio de insumos dos produtos fabricados. Com base nesses

    quadros, pode-se detectar a participao dos impostos e taxas dos principais

    mdulos que compem o custo dos televisores e Set-Top Box. A partir desse

    quadro, pode-se comparar o volume de taxas e impostos incidentes em cada

    regio.

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  • METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia

    22

    Desenvolveu-se de forma complementar a esse quadro, uma matriz que permitiu

    avaliar o impacto dos impostos regionais nos produtos e, conseqentemente, o

    impacto dos impostos no preo dos produtos fabricados em cada regio alvo

    desse estudo.

    Outro quadro desenvolvido permitiu, de forma mais qualitativa, comparar a

    competitividade de cada regio, detectando em que aspecto cada regio mais

    ou menos competitiva em relao ao PIM.

    Desta forma, os quadros e matrizes, conforme apresentado na figura 8,

    permitiram estabelecer uma viso clara, organizada e ampla do segmento de

    fabricao de televisores e Set-Top Box.

    Para o desenvolvimento dos cenrios, utilizou-se informaes das empresas

    existentes nas diversas regies de interesse do estudo. Tambm foram

    considerados os indicadores do segmento no Brasil e nas regies, assim como se

    pesquisou as tendncias e ocorrncias nesse segmento em termos mundiais.

    Figura 8: Dimenses utilizadas para estabelecimento dos Cenrios da Televiso

    Digital e Set-Top Box no Brasil

    CENRIOS MUNDIAIS

    CENRIOS NACIONAIS E REGIONAIS

    SEGMENTO TELEVISORES/STB

    ANLISE EMPRESARIAL DO SETOR

    DimensoDimensoEconmicaEconmica

    DimensoDimensoSSciocio--culturalcultural

    DimensoDimensoTecnolTecnolgicagica

    DimensoDimensoPolPolticotico--

    institucionalinstitucional

    DimensoDimensoISDTVISDTV

    DimensoDimensoEspacialEspacial CENRIOS MUNDIAISCENRIOS MUNDIAIS

    CENRIOS NACIONAIS E REGIONAISCENRIOS NACIONAIS E REGIONAIS

    SEGMENTO TELEVISORES/STBSEGMENTO TELEVISORES/STB

    ANLISE EMPRESARIAL DO SETOR

    ANLISE EMPRESARIAL DO SETOR

    DimensoDimensoEconmicaEconmica

    DimensoDimensoSSciocio--culturalcultural

    DimensoDimensoTecnolTecnolgicagica

    DimensoDimensoPolPolticotico--

    institucionalinstitucional

    DimensoDimensoISDTVISDTV

    DimensoDimensoEspacialEspacial

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    23

    O presente estudo focou as dimenses: espacial, econmica, poltico-institucional,

    tecnolgica, scio-cultural, espacial e do ISDTV (International System for Digital

    TV), ou seja, do Sistema Brasileiro de Televiso Digital.

    2.3.5 Anlise de Cenrios

    A estruturao dos cenrios considerou trs diferentes contextos. O primeiro diz

    respeito a Manuteno da Situao Atual, ou seja, no considera nenhuma alterao na legislao e nos benefcios fiscais concedidos s empresas

    instaladas no PIM, vigentes em dezembro de 2006.

    J o segundo cenrio considera a possibilidade de se enquadrar Set-Top Box

    como Bem de Informtica. Isto permitiria que outras regies do pas tivessem reduo de impostos federais para a produo desse equipamento. Porm, os

    televisores continuariam sendo considerados eletro-eletrnicos (udio e vdeo),

    mantendo-se a exclusividade do PIM na obteno de benefcios fiscais para a sua

    fabricao.

    Por fim, o terceiro cenrio simula uma situao onde Televisor e Set-top box tem legislao de benefcios especfica para o pas, permitindo que todas as regies do Brasil, inclusive Manaus, usufruam incentivos iguais para a manufatura

    destes produtos, melhorando significativamente a sua competitividade perante o

    Plo Industrial de Manaus.

    Para o desenvolvimento dos cenrios foram utilizadas diversas metodologias,

    com nfase para as ferramentas utilizadas por Michel Godet e uma adaptao da

    metodologia utilizada pela Mascroplan.

    A primeira grande preocupao foi definir o escopo do presente projeto,

    estabelecendo claramente o foco do cenrio. Para tal estabeleceu-se a amplitude

    e os limites dos cenrios.

    Para a construo dos Cenrios foi realizado um estudo do ambiente de

    negcios, buscando compreender a evoluo recente da realidade e dos

    processos e movimentos que podem impactar o futuro. Com base nesse estudo

    identificou-se um conjunto de condicionantes para o futuro, a partir dos quais se

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  • METODOLOGIA E ETAPAS DO TRABALHO

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia

    24

    classificou estes processos de acordo com a sua relevncia, e segundo o grau de incerteza que carregam. Existem vrias formas de classificao e agrupamento

    das condicionantes, sendo que para este estudo considerou-se as mais

    relevantes:

    Incertezas crticas do futuro - So um sub-conjunto dos

    condicionantes que rene aqueles mais relevantes e de futuro mais incerto,

    permitindo que se concentre a anlise e a definio de hipteses sobre um

    conjunto restrito de fatores e tendncias em curso mais fundamentais.

    Tenses e estrangulamentos conjunto de desequilbrios estruturais

    ou conflitos e disputas entre atores sociais que entravam os processos de

    transformao e definem os impasses e limitaes do futuro.

    Invariantes fenmenos ou caractersticas da realidade que tendem a

    se manter e consolidar no futuro, portanto, com baixo nvel de incerteza.

    Tendncias de peso processos e latncias relativamente

    consolidados e com grande probabilidade de se aprofundar e desdobrar no

    futuro, frente aos quais se tem moderado nvel de incerteza.

    Mudanas em andamento conjunto de transformaes em curso que

    ainda no produziram todos os seus efeitos na estrutura do objeto em

    considerao, com moderado nvel de incerteza.

    Fatos portadores de futuro latncias e tendncias visveis e em

    maturao com probabilidade de consolidao e aprofundamento, com alto

    grau de incerteza no futuro.

    A anlise de consistncia desses fatores e seu tratamento permitiram a

    elaborao dos trs cenrios. Paralelamente, as variveis encontradas e seus

    indicadores permitiram o desenvolvimento de proposies para fortalecer a

    competitividade do PIM.

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  • LEVANTAMENTO DE INFORMAES

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia 25

    3 LEVANTAMENTO DE INFORMAES

    3.1 TECNOLOGIA

    3.1.1 Dados do Mercado de TV no Brasil

    Segundo o IBGE, no PNAD 2005, cerca de 90% dos domiclios brasileiros

    possuam aparelho de TV. Assim, de um total de 53 milhes de domiclios

    existentes no pas em 2005, 48 milhes deles possuam ao menos um aparelho

    televisor.

    Segundo os dados fornecidos pela ANATEL, existem mais de 170 milhes de

    telespectadores no pas. Em 2005, os telespectadores de TV paga constituam

    somente uma parcela de cerca de 9% desse total, ou seja, 14,7 milhes. A

    quantidade assinantes em 2005 ficou for volta de 4.1 milhes. Assim, 91% do

    telespectadores correspondem audincia da TV aberta no Brasil conforme o

    grfico da figura 9.

    Segundo as estatsticas da ANATEL, o nmero de assinantes de TV paga variou

    em 2006 para pouco mais de 4.5 milhes de telespectadores. Esse crescimento

    lento da quantidade de assinantes traz a tendncia de que esse cenrio de

    predominncia da TV aberta sobre a TV paga, no modelo brasileiro, deve

    continuar por muitos anos.

    Figura 9 - Mercado de TV no Brasil em 2005

    Fonte: PNAD / 2005, ANATEL / 2005

    TV Aberta91%

    TV por Assinatura

    9%

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  • LEVANTAMENTO DE INFORMAES

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia

    26

    No Brasil, a distribuio de sinais de televiso por assinatura emprega

    basicamente trs principais tecnologias: TV a cabo, DTH (Direct to Home) e

    MMDS (Multichannel Multipoint Distribution Service) apresentadas na figura 10. A

    tecnologia de TV a cabo predominante no pas, tendo 62% do mercado

    nacional. A tecnologia de DTH distribui os sinais de TV via satlite, caracterizando

    uma forma de transmisso digital de TV, porm detm 32% do mercado. O

    MMDS responde somente por 6% do mercado brasileiro e tem encontrado

    dificuldades de expanso conforme ilustra a figura 11. Na figura 12,

    demonstrada a evoluo do nmero de usurios de TV por assinatura no Brasil no

    perodo de 1999 a 2006.

    Figura 10: Principais tecnologias empregadas em TV por Assinatura

    Fonte: ANATEL, Teletime / 2006

    Figura 11: Market Share no Brasil das tecnologias de TV por Assinatura

    Fonte: ANATEL, Teletime / 2006

    Os sinais de TV so distribudos aos assinantes atravs de um cabo fsico.

    o sistema no qual o assinante recebe os canais diretamente de um satlite

    geoestacionrio.

    No MMDS, os sinais so distribudos aos assinantes por meio de microondas terrestres.

    DTH Direct To HomeMMDS Multipoint MultichannelDistribution System

    Cabo

    Cabo 62%

    DTH 32%

    MMDS 6%

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  • LEVANTAMENTO DE INFORMAES

    Relatrio Final Amazonas Competitivo - Instituto CERTI Amaznia

    27

    Figura 12: Evoluo do nmero de usurios de TV por assinatura

    Fonte: ANATEL, 2007

    3.1.1.1 O Mercado Brasileiro de Televisores

    O mercado brasileiro tem crescido nos ltimos trs anos e estima-se que, em

    2007, ele continue apresentado tendncia de crescimento anual de 11%, segundo

    a Eletros (Associao Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrnicos). De

    acordo com o grfico da figura 13, a quantidade de televisores vendidos em 2006

    foi calculada em 12 milhes. Com esse crescimento, o valor projetado para 2007

    de 13,5 milhes de televisores vendidos.

    Figura 13: Mercado Brasileiro de Televisores entre 2005 e 2007

    Fonte: Eletros, 2005/2007, CERTI/2007

    2,8

    3,4 3,6 3,53,6 3,8

    4,24,6

    0,0

    1,0

    2,0

    3,0

    4,0

    5,0M

    ilhe

    s de

    Ass

    inan

    tes

    1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

    0,0

    2,04,06,0

    8,010,0

    12,014,016,0

    Milh

    es

    de U

    nida

    des

    2005 2006 2007

    Total das Vendas de Televisores no Brasil TVs de Tela Plana TVs de 29 Polegadas

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    28

    Em 2005, foram vendidos 9 milhes de televisores. Os televisores de tela plana,

    em geral, corresponderam a 23 % do total vendido em 2005, correspondendo a

    2,07 milhes de unidades. Em 2006 essa participao no mercado subiu para

    35%, correspondendo a aproximadamente 3,7 milhes de unidades vendidas. A

    tendncia para 2007 aponta para uma participao de 53% de telas planas no

    mercado de televisores vendidos, totalizando uma parcela de 6,2 milhes

    unidades.

    Ainda segundo a Eletros, em 2006 os televisores de 29 polegadas se

    consolidaram nas vendas, atingindo a quantidade aproximada de 4,7 milhes,

    cerca de 45% do total de vendas. No ano anterior, em 2005, esses televisores

    corresponderam a 35% do total das vendas no pas. Para 2007, a tendncia

    aponta para a quantidade de aproximadamente 6,7 milhes de televisores de 29

    polegadas vendidos, ou seja, aproximadamente 58% do total previsto de

    televisores a serem vendidos no pas.

    Figura 14: Venda de TV (CRT, Plasma e LCD)

    Fonte: SUFRAMA; Teleco, 2006 e Telebrasil, 2006

    Segundo os dados da Suframa mostrados na figura 14, est ocorrendo um

    aumento crescente no consumo de televisores de plasma e LCD. Em 2004, as

    vendas somaram um faturamento de 4,6 bilhes de reais com televisores em

    2 25

    4.61

    6

    26 224

    5.47

    2

    532 84

    6

    5.60

    0

    R$ -

    R$ 1.000,00

    R$ 2.000,00

    R$ 3.000,00

    R$ 4.000,00

    R$ 5.000,00

    R$ 6.000,00

    Milhes

    2004 2005 2006

    TV LCD TV Plasma TV Cores (CRT)

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    29

    cores convencionais, enquanto que foram faturados R$ 25 milhes com

    televisores de plasma e outros R$ 2 milhes com televisores de LCD.

    Em 2005, as vendas de televisores corresponderam a R$ 5,47 bilhes com

    televisores CRT em cores, R$ 224 milhes para os televisores com tela de

    plasma e R$ 26 milhes para televisores LCD.

    Os dados mostram tambm que, em 2006, as vendas de televisores

    convencionais totalizaram um faturamento de R$ 5,6 bilhes de reais, enquanto

    que as vendas correspondentes para televisores de plasma e LCD subiram seu

    faturamento respectivamente para 846 milhes e 532 milhes de reais. A reduo

    de preo das telas de plasma e LCD tm ocasionado esse aumento no consumo

    de televisores mais sofisticados em formato 16:9. Segundo alguns fabricantes,

    existe uma forte tendncia de estabilizao dos preos em virtude da busca pela

    reduo dos prejuzos causados pela queda preos ocorrida nos ltimos anos.

    A figura 15 mostra a produo de televisores no Brasil de 2004 at 2006. No

    grfico dessa figura possvel observar a evoluo da produo dos televisores

    de CRT, plasma e LCD. Inicialmente, em 2004, foram produzidos cerca de 8,6

    milhes de televisores CRT em cores, enquanto a produo de televisores mais

    sofisticados de telas de plasma e LCD era extremamente baixa, sendo

    respectivamente 1 mil e 1,3 mil unidades. No ano seguinte (2005),houve um

    grande crescimento produtivo para as trs tecnologias, ainda com grande

    distncia de valores dos televisores de plasma e LCD em relao aos televisores

    convencionais. Em 2005, a quantidade de televisores de CRT em cores produzida

    foi de aproximados 10,7 milhes de unidades. Nesse mesmo ano, a quantidade

    de televisores de plasma produzidos chegou a quase 30 mil unidades e a de

    televisores LCD correspondeu a 10 mil unidades. J em 2006, a produo de

    televisores convencionais no pas que chegou quantidade de 12.626 milhes de

    unidades. Nesse perodo os televisores de plasma tiveram um aumento superior a

    540% em sua produo, chegando a pouco mais de 193 mil unidades. Os

    televisores de LCD cresceram sua produo em 1.700%, chegando a 188 mil

    unidades.

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    30

    Figura 15: Quantidade de TVs Produzidas

    Fonte: SUFRAMA; Teleco, 2006 e Telebrasil, 2006

    Um histrico da produo de televisores de tubo de imagem (CRT) mostrado no

    grfico da figura 16, segundo dados fornecidos pela Suframa. Nesse grfico

    possvel observar picos de produo recorde em 1996, com 9,2 milhes de

    unidades. Outro grande pico acontece uma dcada depois, em 2006, com 12,6

    milhes de televisores produzidos.

    Figura 16: Quantidade de TV em cores produzidas

    Fonte: SUFRAMA; Teleco, 2006 e Telebrasil, 2006

    1 1

    8.67

    5

    10 30

    10.6

    92

    188 386

    12.6

    26

    0

    2.000

    4.000

    6.000

    8.000

    10.000

    12.000

    14.000

    Milh

    ares

    de

    Uni

    dade

    s

    2004 2005 2006

    TV LCD TV Plasma TV a Cores (CRT)

    2.571 2.6411.984

    3.325

    5.035

    6.310

    9.2488.255

    6.241

    4.825

    6.0455.561 5.930 5.876

    8.729

    10.692

    12.626

    0

    2.000

    4.000

    6.000

    8.000

    10.000

    12.000

    14.000

    1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006

    Milh

    ares

    .

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    31

    O histrico de valores faturados com importao e exportao de televisores

    convencionais em cores mostrado na figura 17. A importao de televisores se

    manteve inibida de 1999 a 2003, retomando um crescimento significativo a partir

    de 2004, com volume importado de 11 milhes de dlares, chegando em 2006 a

    37 milhes. No entanto, a exportao de aparelhos televisores tem diminudo nos

    ltimos anos, uma vez que o volume exportado caiu de 100 milhes de dlares

    em 2004 para 60 milhes de dlares em outubro de 2006.

    Figura 17: Exportao e Importao de TV em Cores

    Fonte: MDIC 2006

    3.1.1.2 A transmisso de TV terrestre

    Na TV aberta, no atual modelo brasileiro de TV analgica, somente a produo,

    ps-produo e servios de contedo evoluiu tecnologicamente de forma

    significativa. Atualmente, as produtoras de grandes emissoras, como a Rede

    Globo, j apresentam em sua grade programas filmados em formato digital

    visando a exportao de contedo para o mercado externo. As principais

    produtoras do pas j trabalham com contedo digital, reduzindo custos com

    armazenamento, indexao e catalogao de programas, alm de melhor a

    qualidade de imagem de seus filmes.

    No entanto, a transmisso terrestre desse contedo feita de forma analgica

    para os telespectadores brasileiros da maneira tradicional, conforme mostra a

    figura 18. Isso traz perdas para as geradoras, uma vez que estas cada vez mais

    $-

    $20

    $40

    $60

    $80

    $100

    $120

    $140

    1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Jan-Out/2006

    US

    $ M

    ilhe

    s

    Exportao Importao

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    32

    enfrentam a concorrncia de mdias recentes e tecnologicamente mais

    avanadas, como a internet e videogames, que contribuem para a reduo da

    audincia. Os receptores dos televisores analgicos, so limitados, no sendo

    compatveis com as novas tecnologias e padres de mdias digitais existentes.

    Figura 18: Emissora de TV Aberta no Brasil

    No sistema da TV Digital, os sinais de TV passam a ser codificados digitalmente

    durante o processo de transmisso e enviados para os receptores digitais

    conforme o cenrio da figura 18. Esses receptores podem ser simples Set Top

    Box, que fazem o processo de recepo do sinal digital e adequao do mesmo

    para o televisor analgico. No entanto, os receptores idealmente tambm podem

    ser televisores digitais integrados com os circuitos de sintonia e decodificao

    digitais. O emprego da tecnologia digital traz a possibilidade de oferta de servios

    adicionais, alm do envio da programao da emissora. Os benefcios no ficam

    restritos melhor qualidade de imagem recebida, mas tambm permitem que o

    telespectador possa interagir de alguma forma com o contedo recebido.

    As figuras 19 e 20 trazem a composio bsica dos sistemas receptores de TV

    Digital. O receptor Set-Top Box, mais simples e barato, constitudo basicamente

    por um circuito receptor e demodulador de radiofreqncia (RF) seguido por um

    demultiplexador de pacotes MPEG, para separao da multiprogramao e

    contedos de dados enviados pelas emissoras ao usurio. Os sinais recuperados

    passam por dois circuitos decodificadores. Um deles decodifica o udio MPEG

    Cenrio da TV Digital

    Situao Atual

    Digital

    Analgico

    Digital

    Analgico

    Digital

    Digital

    PRODUO e SERVIOS

    TRANSMISSO RECEPO

    PRODUO e SERVIOS

    TRANSMISSO RECEPO

    Set TopBox Cenrio da TV

    Digital

    Situao Atual

    Digital

    Analgico

    Digital

    Analgico

    Digital

    Digital

    PRODUO e SERVIOS

    TRANSMISSO RECEPO

    PRODUO e SERVIOS

    TRANSMISSO RECEPO

    Set TopBox

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    33

    digital e o outro decodifica as informaes de vdeo tambm contidas no formato

    MPEG. Por fim, o Set-Top Box adapta o sinal de TV Digital para o formato 4:3 (no

    padro analgico) e modula analogicamente em PAL-M (no Brasil), os sinais de

    udio e vdeo recuperados para que possam ser mostrados em qualquer televisor

    analgico convencional.

    Figura 19: Recepo com unidade decodificadora "Set-Top"

    Fonte: Relatrio Integrador CPqD/Anatel e CERTI

    Figura 20: Recepo Integrada ao Aparelho de TV Digital

    Fonte: Relatrio Integrador CPqD/Anatel e CERTI

    No caso dos receptores integrados de TV Digital, o processo de recepo,

    processamento do sinal e visualizao de imagens feito num mesmo aparelho.

    Esses televisores digitais, de uma maneira geral mais sofisticados, dispem de

    telas de CRT, Plasma, Projeo ou Cristal Lquido (LCD). Esses equipamentos j

    esto aptos para a recepo e demodulao dos sinais digitais recebidos das

    emissoras, demultiplexadores de pacotes MPEG, decodificadores MPEG de udio

    e vdeo. No entanto, apresentam elementos adicionais como circuitos de controle

    e de memria para gravao de imagens e de programas. O vdeo passa a ser

    disponibilizado no formato de enquadramento de tela 16:9, tpico da TV digital.

    Por outro lado, os Set-tops tambm tendem a evoluir, agregando funcionalidades

    computacionais e de redes TCP/IP, bem como de acesso banda larga, para o

    canal de interatividade. A figura 21 mostra a tendncia dessa evoluo,

    DemultiplexMPEG

    Decodificador MPEG udio

    Decodificador MPEG Vdeo

    Converso p/ 480e

    Modulador PAL-M

    480e, 480p720p, 1080e

    DemoduladorRF Televisor

    analgico Televisor analgico

    Unidade Receptora-Decodificadora

    Demod. RF1

    Demod.RF2

    DemuxMPEG

    Decodificador MPEG udio

    DecodificadorMPEG Vdeo

    Sistema de Alto Falantes

    Memria de Vdeo Tela

    Memria(RAM, Disco)

    Unidade de Controle

    Vdeo

    udio

    Unidade Receptora-Decodificadora

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    34

    mostrando as funcionalidades possveis de serem agregadas ao equipamento em

    funo do seu custo. Os Set-tops inicialmente ofertados no mercado brasileiro,

    tendem a ser mais simples, na faixa de preo de 200 a 300 reais, conforme o

    desejo do governo brasileiro; ou na faixa de R$ 500 a R$ 800, segundo

    estimativas dos fabricantes. Estes aparelhos devem possuir somente funes de

    recepo digital e adequao dos sinais aos televisores analgicos

    convencionais, que devem durar bastante tempo no mercado. A interatividade

    nesse modelo provavelmente dever ser limitada a ser local, ou seja, entre o

    usurio e o Set-Top Box, na busca de informaes periodicamente armazenadas

    nele atravs da programao enviada pelas emissoras e seus servios.

    Figura 21: Evoluo do Set Top Box de TV Digital

    Fonte: Xilinx e CERTI, 2007

    A oferta de modelos mais sofisticados de Set-Top Box deve crescer com o tempo

    e de acordo com a evoluo da cobertura das transmisses de TV Digital no pas.

    Tais modelos devem oferecer a possibilidade de gravao e reprise de imagens,

    interatividade via banda larga, recepo de sinais de alta definio, entre outros.

    Custo

    Func

    iona

    lidad

    es

    Receptor Bsico

    Decodificador MPEG-2 simplesInteratividade limitadaRecepo de TVD

    Decodificador MPEG-2 simplesConexo telefonicaInteratividade limitadaRecepo de TVDInternet/MailCompras/Bancos/JogosProcessamento avanado de videoServios e-gov

    Receptor Interativo

    Receptor PVR

    Decodificador MPEG-2 avanadoConexo telefnicaInteratividade limitadaRecepo de TVD Internet/MailCompras/Bancos/JogosProcessamento avanado de videoServios e-govGravao em HD localFunes de pausa/avano de imagens ao vivoDecodificao de udio SurroundInterfaces para cartes de memria

    Receptor Servidor de Mdia

    Decodificador MPEG-2 avanadoConexo Banda LargaInteratividade limitadaRecepo de TVD Internet/MailCompras/Bancos/JogosProcessamento avanado de videoServios e-govGravao em HD localFunes de pausa/avano de imagens ao vivoDecodificao de udio SurroundInterfaces para cartes de memriaStreaming de videoRede localConsoles de Jogos e DVD-R integradosPropriedades de Servidores de Mdia

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    35

    Figura 22: Panorama mundial dos padres de TV Digital em 2007

    Fonte: MICROTUNE /2006

    A figura 22 mostra o panorama atual dos padres de TV Digital Terrestre

    existentes no mercado mundial. Alm dos padres ATSC (EUA), DVB-T (Europa)

    e ISDB-T (Japo e Brasil), surge o novo padro Chins que vem sendo

    especificado e testado desde 2006. Esse padro tem duas variantes, o DMB-T e o

    ADTB-T, desenvolvidos por duas universidades chinesas.

    3.1.2 Tecnologias de Displays

    A figura 23 mostra as principais tecnologias de displays disponveis no mercado

    de televisores hoje, sendo elas a tecnologia de Tubo de Raios Catdicos (CRT),

    Display de Cristal Lquido (LCD), Plasma (PDP), Televisores de Projeo Traseira

    (RPTV) e para um futuro prximo, provvel que seja utilizado os displays de

    Diodos Orgnicos Emissores de Luz (OLED).

    O Tubo de Raios Catdicos (CRT), composto de um recipiente de vidro que emite

    dentro dele um feixe de eltrons que so projetados por um canho sobre uma

    tela de vidro recoberta por um composto contendo fsforo. Este material torna-se

    luminoso ao ser estimulado pelos eltrons e assim permite que a luz seja vista do

    outro lado do vidro como imagens.

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    36

    O Display de Cristal Lquido (LCD), contido entre dois vidros paralelos, tem sua

    estrutura molecular alterada com a passagem de corrente eltrica. Com o

    desenvolvimento da tecnologia Transistor de Pelcula Fina (Thin Film Transistor)

    TFT, que permitiu que as telas de LCD tivessem tambm aplicao em telas

    maiores, comumente citado como matriz ativa, pois cada pixel est associado um

    transistor que possui maior brilho e resoluo.

    A tecnologia de plasma, Plasma Display Panel (PDP), proporciona displays com

    pequena espessura, amplo ngulo de viso e boa saturao de cores. No display

    de plasma esto presentes duas placas de vidro e eletrodos, que so os

    responsveis pela aplicao de tenso eltrica em diminutas clulas geradoras da

    imagem. Essas clulas desempenham o mesmo papel de minsculas lmpadas

    fluorescentes (verdes, azuis e vermelhas), sendo formadas por non, xennio,

    hlio e fsforo. Ao receberem descargas eltricas, o non, o xennio e o hlio

    liberam radiao ultravioleta. Essa radiao responsvel pela ativao do

    fsforo e, por conseguinte, pela formao da imagem.

    O primeiro Televisor de Projeo Traseira (RPTV) foi lanado em 1997. Existem

    algumas tecnologias de TVs de Projeo ou TV de projeo traseira como, por

    exemplo, os baseados em CRT, LCD, e Processamento Digital de Luz (DLP).

    Essas tecnologias so usualmente designadas pela sigla genrica MD RPTV

    (Micro Display RPTV). As tecnologias baseadas em CRT e painel LCD trabalham

    com a ampliao/projeo da imagem gerada por um display primrio (CRT ou

    LCD) na tela de um display secundrio, que visado pelo observador. J na

    tecnologia conhecida por DLP, um microprocessador gera a imagem e controla

    um conjunto de espelhos que estabelecem a sua projeo. Cabe destacar que a

    utilizao dessa tecnologia no favorvel para exibies em ambientes com

    muita luz e para viso de ngulos laterais.

    O display de Diodos Orgnicos Emissores de Luz (OLED) opera por meio da

    aplicao de tenso eltrica entre o catodo e o anodo do dispositivo. Entre esses

    potenciais, existe um dieltrico formado por uma camada de material orgnico

    emissor de luz que sensvel tenso aplicada. Quando submetido a uma

    determinada diferena de potencial, o OLED emite brilho, o qual proporcional

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    37

    corrente circulante atravs do dispositivo. Dependendo da composio qumica do

    material orgnico utilizado, a freqncia da luz emitida sofre variao,

    determinando a emisso de cores diferentes.

    Figura 23: Principais tecnologias de displays de televisores do mercado

    A figura 24 apresenta a evoluo e sua respectiva entrada no mercado das

    principais tecnologias de displays de televisores difundidos associados a

    produtos. De acordo com a figura, em 1939, os americanos assistem quela que

    consideram a primeira transmisso televisiva, usando a televiso com display de

    CRT Preto & Branco, somente 17 anos mais tarde em 1956 surgia primeira

    televiso de CRT colorida.

    J em 1997 foi lanada a primeira televiso de projeo traseira (RPTV), no

    mesmo ano foi lanada a TV de plasma, a partir desse momento comeou o

    surgimento de televisores de maiores dimenses. O televisor de LCD chegou ao

    mercado em 2001, com uma maior autonomia de horas de uso perante a

    tecnologia de plasma. A expectativa que a partir de 2009 os grandes fabricantes

    de televisores comeam a comercializao dos televisores com tecnologia de

    display OLED.

    Figura 24: Evoluo das Tecnologias dos Displays de Televisores

    Fonte: BNDES, 2006 e CERTI, 2007

    1940 1950 ... 1990 2000 2010

    CRT P&B(1939)

    CRT Colorida(1956)

    PROJEO(1997)

    PLASMA(1997)

    LCD(2001)

    OLED(2009*)

    ...

    1940 1950 ... 1990 2000 2010

    CRT P&B(1939)

    CRT Colorida(1956)

    PROJEO(1997)

    PLASMA(1997)

    LCD(2001)

    OLED(2009*)

    ...

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    38

    Na figura 25 so apresentados os tamanhos mais comuns dos displays de

    televisores disponveis no mercado, conforme a tecnologia utilizada. A tecnologia

    do CRT no permite displays de grandes dimenses como o LCD, Plasma e de

    Projeo.

    Os displays de LCD possuem uma grande diversidade de tamanhos, superando

    ate mesmo os televisores de plasma, que at pouco tempo tinham os maiores

    displays do mercado. O maior display de plasma comercializado atualmente de

    103 polegadas, enquanto o seu rival de LCD fez um lanamento em 2007 com um

    televisor de 108 polegadas.

    Os televisores de projeo s apresentam displays de grandes dimenses

    variando de 42 a 72 polegadas os mais encontrados no mercado.

    Figura 25: Tamanhos de telas mais comuns no mercado

    Fonte: BNDES, 2006 e CERTI, 2007 O mercado de televisores gigantes foi um dos que mais cresceu em 2006, sendo

    que a tecnologia de Plasma deteve um grande domnio desse segmento. Em

    2006, a Panasonic lanou o televisor de Plasma de 103 polegadas, sendo o maior

    display at 2007. Isso porque em janeiro de 2007 a Sharp lanou seu televisor de

    108 polegadas de LCD, o maior televisor do mundo, ilustrado na figura 26.

    O televisor da Panasonic de plasma de 103 polegadas possui resoluo HDTV

    (TV de alta definio) ,mede 2,26 metros de largura e 1,27 metros de altura e foi

    lanado nos EUA por 70.000 dlares. J o televisor da Sharp de 108 polegadas

    possui um display LCD DHTV e mede 2,38 de largura por 1,34 metros de altura

    0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

    Projeo

    Plasma

    LCD

    CRT

    Tecn

    olog

    ias

    Diagonal (Polegadas)

    Disponvel no Mercado Brasileiro Lanamento Mundial

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    39

    que segundo a Sharp, apresenta melhor resoluo e menor consumo de energia.

    A inteno da Sharp comercializar esse televisor a partir de meados de 2007 e

    por enquanto ainda no foi apresentado seu preo.

    Figura 26: Maiores televisores do mercado.

    3.1.2.1 A Substituio de Tecnologias de Televisores no Mundo

    A tecnologia de CRT domina o mercado mundial de televisores, com 90% dos

    183,4 milhes de unidades produzidas no mundo em 2004. Mas o CRT vem

    perdendo mercado para os displays de plasma e LCD, que juntos, em 2008, se

    igualaro em unidade produzidas aos de CRT. Estima-se que em 2010 os

    televisores de CRT representem menos de 34% do mercado de televisores

    fabricados no mundo, conforme mostrado na figura 27.

    Segundo a DisplaySearch, em 2010 os displays de LCD devem possuir mais de

    55% do mercado de televisores no mundo, que ter mais de 222 milhes de

    unidades. A tecnologia de plasma vem crescendo de maneira moderada,

    estimando-se que supere a marca de 15 milhes de unidades em 2008, enquanto

    o LCD atingir a marca de 84 milhes de unidades no mesmo ano.

    Os televisores de projeo esto perdendo mercado para outras telas. Em 2004

    foram produzidos 5,9 milhes de unidades, enquanto a estimativa para 2011 de

    apenas 3,9 milhes. Um dos grandes consumidores desse tipo de televisor o

    mercado americano.

    LCD Plasma

    A) TH-103PF9UK Panasonic B) 108 inch LCD TV - Sharp

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    40

    Como dito anteriormente, a tecnologia de display de OLED mostra que possui um

    grande potencial e deve entrar no mercado de displays para televisores j em

    2009, e considerada por alguns especialistas a tecnologia da prxima gerao

    de telas.

    Figura 27: Substituio das Tecnologias de Displays no Mundo

    Fonte: Displaysearch, Q4 2006; iSuppli, 2007 e CERTI, 2007

    3.1.2.2 Transio de Tecnologias a Longo Prazo

    Segundo a empresa especializada Displaybank, como demonstrado na figura 28

    existe a tendncia de transio das tecnologias de displays a longo prazo, sendo

    considerados todos os modelos de telas como, por exemplo, televisores,

    monitores e celulares. A tela de CRT apresentou o seu auge entre os anos de

    1999 a 2003 e entrou em declnio com o forte crescimento das telas de LCD, que

    apresentam segundo a estimativa, seu auge entre os anos de 2013 a 2018.

    A tecnologia de display de Plasma apresenta o menor tempo de vida comparado

    com as outras tecnologias apresentadas. Como futuras tecnologias, aparecem os

    displays OLED e de Telas Flexveis.

    0

    20

    40

    60

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    100

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    140

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    180

    Milh

    es

    de U

    nida

    des

    2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    CRT LCD Plasma Projeo OLED

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    41

    Figura 28: Transio de Tecnologias

    Fonte: Displaybank, 2005

    Entende-se que as tecnologias de CRT, Plasma e LCD j se encontram

    dominadas e estabelecidas no mercado mundial. Apesar dos painis de plasma e

    LCD estarem em fase de introduo e consolidao no mercado mundial de TVs

    e com grande margem para crescimento, se verifica que tecnicamente e

    economicamente h pouca possibilidade para atividades de pesquisa e

    desenvolvimento de tais tecnologias no Brasil. Entende-se que estas tecnologias

    j se encontram dominadas por seus fabricantes, que ano a ano investem

    recursos no aprimoramento das mesmas e no desenvolvimento de novas

    tecnologias.

    O mercado mundial de painis de plasma e LCD est sendo atendido por pases

    estrategicamente bem posicionados, como o Mxico, bem posicionado no

    mercado de televisores HDTV americano. O Japo e a China esto bem

    posicionados no atendimento ao mercado europeu e japons.

    Os custos de implantao de fbricas montadoras de displays no Brasil exige

    altos investimentos que, segundo alguns fabricantes, no so economicamente

    viveis em funo da reduzido mercado brasileiro e sul americano para este tipo

    de produto, caro e sofisticado para a maioria de sua populao.

    A soluo para implantao de novas fbricas de painis de tais tecnologias, em

    grande parte, somente sair atravs de negociao poltica e de incentivos.

    Visando o longo prazo, sugere-se uma poltica atrativa de incentivo de pesquisa e

    desenvolvimento de novas tecnologias de painis e displays equivalentes, a

    1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035

    CRT LCD TFT Plasma OLED Flexvel

    CRT

    LCD TFT

    Plasma

    OLED

    Flexvel 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035

    CRT LCD TFT Plasma OLED Flexvel

    CRT

    LCD TFT

    Plasma

    OLED

    Flexvel

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    42

    exemplo de novas entrantes no mercado como displays orgnicos OLED, displays

    flexveis, displays por efeito de campo eltrico (FED), entre outros ainda em fase

    de pesquisa por parte dos grandes fabricantes mundiais.

    3.1.2.3 Comparativo entre os preos das TVs no mundo

    Na figura 29 foram comparados os preos de televisores de Plasma, LCD e

    Projeo, considerando-se os televisores de alta definio (HDTV) e de 42

    polegadas, segundo estudo da empresa especializada Displaysearch.

    Os televisores de LCD esto ficando cada vez mais baratos com o passar dos

    anos. Como exemplo, um televisor de LCD de 42 polegadas de HDTV, em 2004

    custava mais de 8 mil dlares. J em 2006 o mesmo televisor custava menos de

    2,5 mil dlares, tendo uma reduo em seu preo de mais de 5.500 dlares em 2

    anos. Como apresentado, o preo do televisor de LCD est muito prximo ao

    televisor de plasma, acirrando ainda mais a concorrncia entre eles. H tendncia

    de que ano aps ano, os preos dos displays de algumas tecnologias como,

    plasma e LCD estejam caindo a taxas anuais de 25% ou mais.

    Figura 29: Comparativo entre os preos de televisores

    Fonte: Displaysearch, 2005 e CERTI, 2007

    $0$1.000

    $2.000$3.000

    $4.000$5.000

    $6.000

    $7.000

    $8.000$9.000

    2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    LCD (42" HD) Plasma (42" HD) Projeo ( 42" HD)

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    43

    3.1.3 Comparativo entre Set-Top Box, TVs Analgicas e Digitais

    Segundo estudo da empresa especializada iSuppli, (figura 30), o mercado

    mundial de televisores digitais apresentou um forte crescimento nos ltimos anos.

    Em 2006 eles j representavam mais de 33% do mercado, sendo que a

    participao em 2004 era de 24%. Segundo a estimativa da empresa, em 2008 os

    televisores digitais sero mais de 56% do mercado mundial, superando assim os

    analgicos.

    Somando todos os modelos de Set-Top Box como, por exemplo, terrestre,

    satlite e cabo produzidos no mundo, eles obtiveram um crescimento de 7% entre

    os anos de 2004 e 2005. E segundo as estimativas de crescimento, em 2010

    devero ser produzidos 100 milhes de unidades.

    Figura 30: Venda de TV Analgico, TV Digital e Set-Top no Mundo

    Fonte: iSuppli Q4/2005 e CERTI, 2007

    3.1.3.1 Custos de Produo de um Set Top Box

    As projees da figura 31 mostram a reduo dos custos de produo do Set

    Top Box ao longo dos anos. Os custos estimados da memria usada em cada

    equipamento devem cair significativamente de 4,25 dlares em 2007, para 1,32

    estimados para 2011. A participao deste componente do Set-Top Box no custo

    total do produto em 2007 foi estimada em 6%, caindo para 3% na projeo para

    2011, conforme mostra a figura 32.

    0

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    160

    200

    2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

    Milh

    es de

    Unida

    des

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    40

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    120

    160

    200

    TV Analgico TV Digital Set Top Box

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    Figura 31: Projeo de custos de produo de um Set Top Box

    Fonte: iSuppli / 2006 e CERTI /2007

    A etapa de processamento digital de vdeo, correspondente aos circuitos de

    sintonia, demodulao digital, decodificao e codificao, custar 17,40 dlares

    em 2007 e passar a custar 10,50 em 2011. A participao destes componentes

    no custo total do equipamento tem uma ligeira queda, de 25% em 2007 para 23%

    na projeo para 2011.

    O custo relacionado interface com o usurio est estimado em 15,28 dlares,

    em 2007, e projetado a 12,50 dlares em 2011. A participao estimada desse

    item no custo global do equipamento aumenta de 22%, em 2007, para 27%

    refletindo a importncia crescente desse item na aceitao do equipamento pelo

    usurio quanto a sua usabilidade e devido insero cada vez maior de novos

    servios de TV digital, que exigem uma interface mais complexa e em constante

    evoluo.

    Os custos dos componentes de fontes de alimentao caem de 4,97 dlares,

    nesse ano para 1,80 dlares estimados para 2011. O peso no custo global do Set-

    Top Box de 7% em 2007, caindo significativamente para 4% em 2011.

    Segundo a projeo, os custos de insero de componentes, montagem e testes

    de cada equipamento praticamente no variam com o tempo, tendo uma queda

    de 9,61 dlares em 2007 para aproximadamente 8,00 dlares previstos para

    $-

    $10,00

    $20,00

    $30,00

    $40,00

    $50,00

    $60,00

    $70,00

    $80,00

    $90,00

    $100,00

    2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011Processamento de Vdeo Eletromecnica Interface Insero, Montagem e Testes Fonte de alimentao Memria

    PD