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PROJETO AGRISUS Nº: 2534/18
TÍTULO DA PESQUISA: PLANTIO DIRETO DE HORTALIÇAS EM SISTEMA
ORGÂNICO NA BAIXADA FLUMINENSE, RJ
INTERESSADO ( COORDENADOR DO PROJETO): NIVALDO SCHULTZ
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO /
INSTITUTO DE AGRONOMIA / DEPARTAMENTO DE SOLOS - (21) 3787-3772)
LOCAL DA PESQUISA: BARACÃO DOS MENDES, SERRA VELHA, NOVA
FRIBURGO, RJ
VALOR FINANCIADO PELA FUNDAÇÃO AGRISUS: R$ 10.600,00
VIGÊNCIA DO PROJETO: 01/10/2018 – 30/09/2019
PERÍODO DESTE RELATÓRIO PARCIAL: 01/10/2018 – 30/04/2019
DATA E NOME DO COORDENADOR
01/05/2019. Nivaldo Schultz
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RESUMO
Os solos da Baixada Fluminense de maneira geral são arenosos, pobres em nutrientes e
carbono orgânico e degradados devido o preparo convencional mecanizado e o uso excessivo
de defensivos agrícolas nos sistemas tradicionais de produção agrícola. Diante deste cenário o
objetivo deste projeto de pesquisa é cultivar hortaliças com o preparo convencional do solo
(PCS) e o Sistema Plantio Direto (SPD), ambos em sistema de produção orgânico, testando
diferentes plantas de cobertura do solo cultivadas solteiras e consorciadas, visando a produção
sustentável de alimentos. Inicialmente foi cultivada a aveia preta (Avena strigosa) para formar
a cobertura do solo e na sequência foi cultivado o milho em sistema com PCS e SPD. Em
seguida houve um novo delineamento experimental inserindo as plantas de cobertura
tornando-o em fatorial 2 x 6, com 2 sistemas de manejo do solo (PCS e SPD) e 6 sub
tratamentos com plantas de cobertura. Como resultados preliminares a aveia preta produziu
2,02 Mg ha-1
de palhada, mantendo ao final de 120 dias aproximadamente 40% da palhada na
superfície do solo. A produtividade do milho no PCS foi superior à observada no SPD,
possivelmente devido a imobilização de nitrogênio (N) pela decomposição da palhada da
aveia preta pelos microrganismos decompositores da matéria orgânica do solo. Neste
momento um novo ciclo foi iniciado com o cultivo das plantas de cobertura para na sequencia
cultivar repolho entre junho e agosto/setembro de 2019.
1. INTRODUÇÃO
A Baixada Fluminense apresenta predominantemente os Argissolos e Planossolos,
caracterizados em sua grande maioria com textura arenosa nos horizontes superficiais,
apresentando como características de restrições ao uso agrícola a baixa capacidade de
retenção de água, baixa CTC, rápida decomposição da matéria orgânica – implicando em
perdas de nutrientes e adicionalmente problemas com erosão hídrica. Apesar de serem solos
de baixo potencial natural para a produção agrícola grande parte encontra-se atualmente
ocupado com produção hortaliças, principalmente para agricultura de subsistência com PCS e
o uso intensivo de defensivos agrícolas.
Esta forma de uso acelera a degradação dos solos agrícolas, por expô-los à ação direta
da chuva e intensificação da erosão hídrica, resultando na perda solo, água, nutrientes e
carbono orgânica (Schick et al., 2000a; Bertol et al., 2003; Bertol et al., 2007), culminando
com a queda de produtividade das culturas (Calegari et al., 1993). Outro aspecto importante
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que ocorre com a redução da proteção do solo e seu revolvimento intensivo é a redução da
infiltração de água das chuvas com o passar do tempo.
De maneira contrária ao PCS o SPD parte do princípio de cultivo com o menor
revolvimento possível do solo e a manutenção permanente dos restos culturais em sua
superfície, proporcionando proteção contra a ação direta da chuva e outros fatores climáticos;
além de preservar a umidade e a fauna do solo (Anghinoni, 2007). Freitas (2002) define o
SPD como um manejo sustentável de solo e água, através do qual se otimiza a expressão do
potencial genético das plantas cultivadas, fundamentado em três requisitos básicos: o
revolvimento mínimo do solo; a diversificação de espécies pela rotação de culturas e a
cobertura do solo com resíduos vegetais ao longo de todo o ano.
Uma das premissas do SPD é a rotação de culturas, introduzindo espécies das famílias
Fabaceae e Poaceae (leguminosas e gramíneas) nos sistemas de cultivo das culturas de
interesse econômico (Anghinoni, 2007). Esse manejo proporciona uma série de benefícios aos
sistemas produtivos, dentre os quais destacam-se o controle natural de plantas espontâneas,
pragas e doenças, através da quebra dos ciclos de estabelecimentos, redução na utilização de
defensivos agrícolas, redução dos custos de produção e a melhoria dos atributos físicos,
químicos e biológicos do solo (Salton et al., 2008). Além dos benefícios diretos do SPD no
solo, ocorre ainda a mitigação da emissão de CO2 para a atmosfera, por retardar os processos
de decomposição e mineralização da matéria orgânico do solo e favorecer a incorporação de
carbono no solo (Franzluebbers et al., 2007; Nicoloso et al., 2008). Segundo Rombaldi et al.
(2004) e Wutke et al. (2004) o manejo do solo com cultivo de espécies olerícolas intercaladas
com gramíneas melhora a qualidade do solo e dos produtos colhidos, além de elevar os níveis
de produtividade. Probst et al. (2008), afirmam que o manejo conservacionista do solo através
da preservação da matéria orgânica do solo torna a agricultura sustentável e mais produtiva,
uma vez que o carbono do solo junto com o calor do solo são as principais fontes de energia
que alimentam o sistema solo-planta.
Do ponto de vista microbiológico o sistema convencional afeta de forma negativa os
ciclos energéticos e biogeoquímicos dos ecossistemas e a agregação do solo, reduzindo a
qualidade do solo e consequentemente seu potencial produtivo (Siqueira et al., 1991). Balota
(1997) afirma que o SPD proporciona valores médios e mais constantes de carbono na
biomassa microbiana (CBM) em todas as camadas do solo, resultando em maior equilíbrio do
sistema produtivo. Segundo Mercante et al. (2008) a aração e a gradagem favorecem a
redução da matéria orgânica em relação ao SPD, interferindo negativamente na atividade da
biomassa microbiana do solo.
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Entre as plantas mais adotadas na rotação de culturas no plantio direto destacam-se
como culturas de verão as crotalárias (Crotalaria juncea e C. spectabilis), mucuna preta
(Mucuna aterrima), feijão-de-porco (Canavalia ensiformis); como culturas de inverno citam-
se a aveia preta (Avena strigosa), as ervilhacas (Vicia faba e Vicia sativa), o tremoço (Lupinus
albus), entre outras. As plantas leguminosas apresentam, além dos benefícios em relação à
proteção e condicionante orgânico do solo, a fixação biológica de nitrogênio (FBN) da
atmosfera. Fontanétti et al. (2006), avaliando a adubação verde com crotalária juncea, mucuna
preta e feijão-de-porco na produção de alface americana e de repolho verificaram acúmulos de
N total na parte aérea dessas plantas de 375, 297 e 247 kg ha-1
respectivamente. Estes autores
constataram ainda importante contribuição destas plantas na ciclagem de Ca e Mg e de
micronutrientes.
A agricultura orgânica tem apresentado avanços tecnológicos e aumento no número de
adeptos nos últimos anos, sendo na grande maioria das áreas realizada com base no PCS.
Aliado ao preparo convencional, muitas das áreas utilizadas na agricultura orgânica são
exploradas de forma intensiva, com revolvimentos sucessivos a cada ciclo de cultivo. O
somatório dos impactos resultantes do preparo convencional e o uso intensivo culmina com a
degradação física do solo, principalmente com a destruição dos agregados do solo. Esta
condição reduz a taxa de infiltração da água no solo e aumenta o escoamento superficial,
resultando em elevados valores de perdas de solo, água e nutrientes, além do arraste de
moléculas contaminantes de solo e mananciais. Neste contexto, a integração do SPD à
produção orgânica pode ser uma alternativa para tornar este sistema de produção mais
sustentável, uma vez que a sustentabilidade dos agroecossistemas depende do manejo
adequado dos atributos químicos, físicos e biológicos do solo (Moreira & Siqueira, 2006).
Apesar das diversas vantagens do SPD e da rotação de culturas na produção agrícola de
algumas regiões brasileiras, pouco se sabe sobre seus benefícios nos atributos físicos,
químicos e biológicos do solo em áreas de produção de hortaliças, principalmente em solos de
baixo potencial produtivo como os Argissolos e Planossolos, predominantes na região da
Baixada Fluminense. Diante do cenário apresentado a respeito da vulnerabilidade natural da
região, do manejo inadequado do solo e da representatividade do setor agrícola para a região,
torna-se fundamental o desenvolvimento de pesquisas que gerem as informações necessárias
para a mudança de hábitos no trato com a terra e a abertura de novas perspectivas na pesquisa
em relação aos benefícios no solo, oriundos de manejo que visa a conservação do solo e
consequentemente de todos os recursos naturais.
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Os objetivos das atividades desenvolvidas até esta fase do projeto foram avaliar a
produção de massa seca de aveia preta e sua decomposição; a produtividade de milho verde
em sistema PCS e SPD orgânicos, e a densidade e resistência do solo à penetração.
2. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi iniciado em abril de 2018, com a coleta de amostras de terra para
análise dos atributos químicos. A área experimental encontra-se em propriedade particular de
produção orgânica (Sítio do Sol), filiada a Associação de Agricultores Biológicos do Estado
do Rio de Janeiro (ABIO) e participante da Associação de RJ.
O clima da região, segundo a classificação de Köppen é do tipo Aw, com chuvas
concentradas no período de novembro a março, com precipitação média anual de 1.213 mm e
temperatura média anual de 24,5ºC. A Figura 1 apresenta os dados de precipitação e
temperaturas médias máximas e mínimas registradas de maio de 2018 à fevereiro de 2019.
Figura 1: Precipitação e temperaturas máxima e mínima médias para a região de Seropédica,
RJ, de maio de 2018 a fevereiro de 2019. Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia,
Ecologia, Seropédica, RJ.
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Para a análise química inicial (abril de 2018) foram coletadas 15 amostras na área total,
na camada de 0-20 cm de profundidade. O preparo e as análises forma realizadas segundo a
metodologia descrita por Teixeira et al. (2017). Os resultados estão apresentados na Tabela 1.
Tabela 1: Atributos químicos do solo da área experimental antes da implantação do
experimento. Sítio do Sol, Reta de Piranema, Seropédica, RJ. Abril de 2018.
Prof. pH Ca Mg Al Na H+Al S T V K P
cm H2O ----------------------------cmolcdm³-------------------------- % ----mg dm³----
0-20 5,40 1,27 1,28 0,25 0,37 3,52 2,93 6,45 46 5 2
Resultados de amostra composta por 15 amostras simples na camada de 0-20 cm.
Em maio de 2018, de posse dos resultados da análise de solo foi realizada a calagem em
área total aplicando-se 2,5 Mg ha-1
de calcário dolomítico com poder relativo de
neutralização total de 85,6% (PRNT = 85,6%, CaO = 40%, MgO = 10%). Após a aplicação
foi realizada a incorporação com 1 aração e 2 gradagens a 20 cm de profundidade, utilizando
arado de disco para a aração e grade niveladora, acoplados a um trator de 65 cv.
Em julho de 2018 foi realizada a aplicação de fósforo na área total (dose equivalente a
100 kg de P2O5 ha-1
, na forma de termofosfato com 18% de P2O5 total) e a semeadura da aveia
preta em área total (120 kg ha-1
de sementes comerciais cv. EMBRAPA 139, com 98% de
pureza e 80% de germinação). Após a distribuição manual, as sementes de aveia e o
termofosfato foram incorporados a aproximadamente 5 cm de profundidade utilizando
motocultivador de pequeno porte (Figura 2).
Figura 2: Incorporação de adubo fosfatado e sementes de aveia preta.
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Após a semeadura da aveia preta a área foi dividida em 4 blocos com área de 48 x 6 m
de comprimento e largura, respectivamente, totalizando 288 m2 por bloco e 1.152 m
2 de área
útil total (Figura 3).
Figura 3: Aveia preta cultivada na área total em período de floração.
Em outubro de 2018 foi realizada a avaliação da produção de massa fresca da aveia
preta utilizando um gabarito de 0,25 m2
(0,50 x 0,50 m), com amostragem de 4 repetições por
bloco, das quais foi calculada a média para representar o bloco. Na sequência a aveia preta foi
roçada com roçadeira costal. Após a roçada da aveia os blocos foram subdivididos, sendo em
50% da área de cada bloco (24 x 6 m) realizado o PCS utilizando um microtrator com enxada
rotativa (Figura 3) e no restante mantido com SPD (Figura 4 – Croqui).
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24 m 2 m 24 m R
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PCS
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SPD SPD PCS
SPD SPD
PCS PCS
Delineamento: 2 tratamentos – Preparo Convencional do Solo – PCS e Sistema Plantio Direto - SPD, 4 repetições.
Tamanho das parcelas: 24 x 6 m.
Preparo convencional: enxada rotativa acoplada em microtrator com revolvimento do solo até 20 cm de profundidade.
Figura 4: Croqui da área experimental do primeiro ciclo, somente com o PCS e o SPD.
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Após determinar o delineamento experimental foi realizado o preparo do solo no
tratamento PCS (Figura 5).
Figura 5: Incorporação da aveia preta no tratamento convencional.
Após a preparo do solo foi realizada a abertura dos sulcos de semeadura, com
aproximadamente 10 cm de profundidade. Em seguida foi realizada a adubação com Biochar
contendo 4% de N total, com aplicação equivalente a 80 kg ha-1
de N no fundo dos sulcos,
com cobertura de aproximadamente 5 cm de terra sobre o adubo. Em seguida foi realizada a
semeadura do milho (Cultivar AG1051 Seiminis) com distribuição manual de 5 sementes por
metro linear sobre a terra que cobriu o adubo, sendo as semente cobertas por a
aproximadamente 5 cm de terra. As Figuras 6 e 7 mostram o milho na fase de formação das
panículas (6) e formação das espigas.
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Figura 6: Cultivo de milho na fase de pré inflorescência
.
Figura 7: Cultivo de milho na fase de formação das espigas.
Das amostras de aveia preta coletadas no campo foram retiradas sub amostras para
determinar a massa seca através de secagem em estufa de circulação a 65 ºC. Estas amostras
foram subdivididas, sendo 20 g alocado em sacolas confeccionadas com tela plástica com
malha de 2 mm e distribuídos no campo uma semana após a semeadura do milho. A avaliação
da decomposição da palhada da aveia preta será realizada segundo o método proposto por
Schunke (1998). As coletas foram realizadas aos 15, 30, 60, 90 e 120 dias após a distribuição
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no campo. O restante das amostras de aveia foi moído em moinho tipo Wiley de 2 mm e
encaminhadas para o laboratório para análise de N, P e K.
Ao longo do ciclo de cultivo foram realizados tratos culturais como limpeza com capina
das parcelas do tratamento convencional e roçadas das parcelas do plantio direto; além do
controle de lagartas com a utilização de Dipel ® WP (Bacillus thuringiensis, var. kurstaki,
linhagem HD – 1) e no controle de ácaros e lepidópteras foi aplicado óleo de neem
(Azadiractina 0,12% p/p) em calda 10 ml por L de água.
A colheita do milho foi realizada em fevereiro de 2019. Foram avaliados o número de
espigas comerciais por hectare (NECH); o número de espigas não comerciais por hectare
(NENCH); o número de espigas total por hectare (NETOTH); massa seca de folha por hectare
(MSFOLH); massa seca de colmos por hectare (MSCOLH); massa seca total por hectare
(MSTOTH); comprimento médio espigas comerciais (CMEC) e diâmetro médio de espigas
comerciais (DMEC). As avaliações foram realizadas com a pesagem de área útil de 4 linhas
de 4 m, totalizando 20 m2 por parcela. Todos os colmos e folhas foram triturados e uma sub
amostra de aproximadamente 1 kg de massa fresca de colmos e folhas foi retirada para ser
secada em estufa de circulação forçada a 65 ºC até atingir peso constante. Com base nesse
material seco foi calculado o percentual de massa seca e transformado em massa seca por
hectare. Esta amostra foi encaminhada para o laboratório para análise de N, P e K no tecido
vegetal.
Após a colheita do milho foi implantado um novo delineamento experimental com
subdivisão das parcelas dos tratamentos PCS s SPD para o cultivo de diferentes plantas de
cobertura do solo. O delineamento experimental nesta fase foi em esquema fatorial 2 x 6, com
parcelas subdivididas, sendo 2 tratamentos (PCS e SPD) e 6 sub tratamentos para avaliar
diferentes plantas de cobertura do solo em cultivos solteiros e consorciados dentro de cada
sistema de manejo (M: Milheto (Pennisetum glaucum); C.J.: Crotalária juncea (Crotalaria
juncea); F.P.: Feijão de porco (Canavalia ensiformes); P.E.: Plantas espontâneas; Coquetel 1
– C1: mistura de milheto, crotalária juncea e feijão de porco utilizando 100% das sementes
recomendadas para cultivos solteiros; Coquetel 2 – C2: mistura de milheto, crotalária juncea
e feijão de porco utilizando 50% das sementes recomendadas para cultivos solteiros) (Figura
8, 9 e 10).
A determinação da taxa de decomposição da palhada da aveia preta foi realizada por
meio de medidas de perda de massa do material contido nas sacolas de tela plástica. De posse
dos valores de perda de massa ao longo do período de estudo, foi estimada a constante de
decomposição k, segundo a metodologia de Thomas e Asakawa (1993), usando o modelo
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exponencial Xt = X0 .e-kt
; onde Xt é o peso do material remanescente após t dias e X0 o peso
do material seco originalmente colocado nas bolsas no tempo zero (t = 0). A curva e o
coeficiente desse modelo exponencial que caracterizam a perda de peso dos resíduos foram
elaborados com o programa SIGMAPLOT 12.0. O tempo de meia-vida (T1/2
) dos resíduos foi
calculado conforme Rezende et al. (1999) por meio da equação T1/2
= ln(2)/k em que k é a
constante de decomposição estimada pelo SIGMAPLOT 12.0.
A análise de densidade foi avaliada com base em abertura uma minitrincheira por
parcela e coleta com anel de Koppeck nas camadas de 0-10, 10-20 e 20-40 cm de
profundidade, com base na metodologia descrita por Teixeira et al. (2017). A análise de
resistência do solo à penetração foi realizada com Penetrômetro de Impacto modelo
IAA/Planalsucar – Stolf, segundo metodologia descrita por Stolf et al. (2014).
Em função do reduzido número de tratamentos os dados de produtividade de milho e a
análise de densidade do solo foram submetidos somente à análise de desvio padrão da média.
As Figuras 9 e 10 mostram as diferentes plantas de cobertura em fase inicial de
florescimento, período em que serão roçadas e distribuídas na superfície do solo para o SPD e
roçadas e incorporadas no PCS para o cultivo de repolho entre junho e agosto/setembro de
2019.
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Delineamento: Fatorial 2 x 6, com parcelas subdivididas [(2 tratamentos – PCS e SPD (parcelas) e 6 tratamentos com diferentes coberturas de solo (subparcelas)],
com 4 repetições.
Tamanho das parcelas: 24 x 6 m.
Tamanho das subparcelas: 6 x 4 m.
Preparo convencional: enxada rotativa acoplada em microtrator com revolvimento do solo até 20 cm de profundidade.
Coquetel 1 – C1: mistura de milheto, crotalária juncea e feijão de porco utilizando 100% das sementes recomendadas para cultivos solteiros;
Coquetel 2 – C2: mistura de milheto, crotalária juncea e feijão de porco utilizando 50% das sementes recomendadas para cultivos solteiros)
M: Milheto. C.J.: Crotalária juncea. F.P.: Feijão de porco. P.E.: Plantas espontâneas.
Observação: : Os blocos são separados por uma faixa de 1,5 m para facilitar a operacionalidade.
Figura 8: Croqui definitivo da área experimental a partir do segundo ciclo de cultivo
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Figura 9: Área experimental com as diferentes plantas de cobertura do solo no PCS e SPD.
Figura 10: Área experimental com as diferentes plantas de cobertura do solo PCS e SPD.
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3. RESULTADOS E DISCURSÃO PARCIAIS
A produção de massa seca da aveia preta foi de 2,02 Mg ha-1
. Esta produção é considerada
baixa quando comparado a resultados de trabalhos desenvolvidos em diferentes regiões
brasileiras (Alvarenga et al., 2001; Favaretto et al., 2016), entretanto explica-se pela baixa
precipitação ocorrida ao longo do período de cultivo (Figura 1). Além da baixa precipitação
soma-se o fato da má distribuição das chuvas na região da Baixada Fluminense entre os meses de
abril/maio a setembro/outubro. Ressalta-se que um dos objetivos do estudo é testar diferentes
plantas de inverno para formar a cobertura do solo, o que será realizado nos ciclos subsequentes
conforme croqui apresentado na Figura 8.
A decomposição da palhada da aveia preta apresentou comportamento exponencial, com
queda de 21,24% aos 15 dias, 25,17% aos 30 dias, 42,01% aos 60 dias, 50,06% aos 90 dias e
61,74 aos 120 dias após a distribuição no campo. Estes resultados levam a inferir que em termos
de permanência no solo a aveia preta apresenta-se como uma cultura indicada para a proteção do
solo por manter aproximadamente 40% de sua palhada sobre o solo após o ciclo de cultivo do
milho. Além da proteção do solo esta palhada promoverá a ciclagem de nutrientes, dentre os
quais N, P e K serão apresentados no relatório final deste projeto.
Apesar de a produção de massa seca da aveia não ter sido elevada, foi verificado bom
desenvolvimento e proteção do solo considerada satisfatória para a região em estudo (Figura 3),
haja vista que poucas plantas se desenvolvem na região entre os meses de maio/junho e
agosto/setembro devido à baixa precipitação e redução na temperatura em alguns períodos deste
intervalo de tempo (dados de temperaturas mínimas noturnas constatados in loco, porém não
apresentados na Figura 1).
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Figura 10: Decomposição da palhada de aveia preta após roçada em sistema de plantio direto
orgânico. Sítio do Solo, Seropédica, RJ.
A constante de decomposição (k) e tempo de meia vida confirmam a discussão apresentada
acima sobre a permanência de aproximadamente 40% da palhada na superfície do solo ao longo
do período de 120 dias (Tabela 2). A permanência desse volume de palhada na superfície do solo
é diretamente influenciada pelas condições climáticas com baixas precipitações, além da
distribuição irregular ao longo do ano.
A produtividade do milho verde foi superior no PCS em comparação ao SPD para o
NECH, NENCH, NETOTH, MSFOLH, MSCOLH e MSTOTH. Este resultado deve-se ao fato
da ocorrência de atraso no desenvolvimento inicial das plantas do SPD em relação ao PCS,
conforme visualizado na Figura 7 (foto aérea mostrando as plantas do SPD com tamanho inferior
às do PCS e com coloração amarelada). Possivelmente este atraso no desenvolvimento inicial da
cultura ocorreu em decorrência da imobilização do N orgânico do solo e da palhada da aveia
preta pelos microrganismos do solo no SPD em relação ao PCS. Resultado semelhante foram
Tabela 2: Constante de decomposição (k), tempo de meia vida (T1/2
) e significância (R2) do
teste de Chapiro-Wilk da decomposição de aveia preta em sistema de plantio direto
orgânico. Sítio do Solo, Seropédica, Rio de Janeiro.
k T ½ R2
gg -1
Dias
0,0081 86 0,93
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relatados por Favarato et al. (2016) avaliando diferentes plantas de cobertura do solo em cultivos
solteiros e consorciados na região serrana do Espírito Santo, os quais também atribuíram este
fato à imobilização do N do solo e da palhada da aveia preta pelos microrganismos
decompositores da matéria orgânica do solo.
A constatação do atraso no desenvolvimento inicial das plantas no SPD em relação ao PCS
é importante do ponto de vista de manejo da adubação de cobertura no SPD orgânico, indicando
que no sistema orgânico de produção faz-se necessário uma adubação complementar com N para
evitar perdas na produtividade das culturas de interesse econômico, o que é relevante para que os
produtores não se desestimulem na adoção do SPD.
O NECH foi muito inferior ao NENCH nos dois sistemas de manejo do solo
(aproximadamente 50% no PCS e 66% no SPD). Este resultado provavelmente é decorrente das
elevadas temperaturas registradas em janeiro de 2019, chegando 42ºC (dados não apresentados,
porém constatados in loco), afetando a formação e enchimento dos grãos de milho, mesmo com a
irrigação constante por gotejamento na área experimental.
Em termos de produtividade de espigas totais (comerciais e não comerciais) foi verificado
que o PCS apresentou a formação de número de espigas considerado satisfatório, porém esta
produtividade foi comprometida pelas condições climáticas da região na fase de enchimento dos
grãos, resultando em um número elevado de espigas sem padrão comercial. Favarato et al.
(2016), avaliando o crescimento e produtividade do milho verde sobre diferentes coberturas de
solo verificaram a produtividade de 46.354 espigas totais e 36.979 espigas comerciais no sistema
convencional de produção e 48.854 espigas totais e 38.958 espigas comerciais no sistema de
plantio direto com diferentes fabáceas. Estes autores concluírem que o consórcio de tremoço-
branco com aveia preta apresenta produção satisfatória de palhada e bom rendimento do milho
verde em sistema orgânico de produção.
Tabela 3: Avaliação descritiva de produtividade de espigas de milho verde e acúmulo de
massa seca de folhas e colmos com PCS e SPD em sistema de produção orgânico. Sítio do
Solo, Seropédica, RJ.
Tratamento NECH NENCH NETOT
H
MSFOL
HA
MSCOL
H
MSTOT
H
CMEC DMEC
--------------------Unidade-------
-----------
---------------------Mg ha-1
----------
-----------
cm mm
PCS 15625
*
27344 42969 1,56 2,42 3,97 15,63 42,46
Desvio padrão
médio
11250 16094 4844 0,18 0,28 0,37 0,66 0,45
SPD 9687 27187 36874 0,75 0,99 1,73 15,99 40,01
Desvio padrão
médio 3125 3125 4062 0,22 0,29 0,51 0,53 2,20
* média de 4 repetições. Dados avaliados somente pelo desvio padrão médio devido ao reduzido número de tratamentos.
NECH: número de espigas comerciais por hectare. NENCH: número de espigas não comerciais por hectare. NETOTH:
número total de espigas por hectare. MSFOLH: massa seca de folhas por hectare. MSCOLH: massa seca de colmos por
hectare. MSTOTH: massa seca total por hectare. CMEC: comprimento médio das espigas comerciais. DMEC: diâmetro
18
médio das espigas comerciais.
A densidade do solo avaliada por média e desvio padrão após o cultivo do milho não
apresentou variabilidade significativa e valores considerados satisfatórios para os dois sistemas
de produção, principalmente até 20 cm de profundidade (Tabela 4). Estes resultados mostram
que não houve diferente na compactação do solo entre os dois sistemas de manejo, sendo
avaliado como aspecto positivo do SDP em relação ao PCS do solo, uma vez que uma das razões
para a adoção do PCS é exatamente a redução da compactação da camada superficial do solo.
Tabela 4 : Densidade do solo avaliada após o cultivo em sucessão de aveia preta e milho em sistema
orgânico de produção. Sítio do Sol, Seropédica, RJ. 2019.
Tratamento Profundidade (cm) Densidade do solo (g cm-3
) Desvio padrão
PCS
0-10 1,39 0,09
10-20 1,55 0,07
20-40 1,62 0,05
SPD
0-10 1,41 0,04
10-20 1,54 0,04
20-40 1,60 0,02 Médias de 4 repetições submetidas somente à análise de desvio padrão da média. Método: Anel de Koppeck, segundo
Teixeira et al. (2017).
A avaliação de resistência do solo à penetração com Penetrômetro de Impacto, segundo
metodologia sugerida por Stolf et al. (2014), mostrou que os dois sistemas de manejo apresentam
condição física do solo similar até 40 cm de profundidade (Figura 11). A umidade do solo na camada
de 0-40 cm foi de 18,52% no PCS e 17,52% no SPD, mostrando similaridade nos dois sistemas. A
similaridade entre os resultados dos dois sistemas de manejo está diretamente associada ao tempo de
implantação da área experimental, sendo esperado que a curto prazo os dois sistemas não apresentem
grande variabilidade. Entretanto, a médio e longo prazo pode ocorrer maior variabilidade,
especialmente na camada entre 10 e 30 cm de profundidade, devido a formação do pé-de-grade no
PCS.
19
PCS
SPD
Figura 11: Resistência do solo à penetração após cultivo de milho verde sob manejo PCS e SPD,
ambos em sistema orgânico de produção. Sítio do Sol, Reta de Piranema, Seropédica, RJ. Março de
2019.
4. CONCLUSÕES PARCIAIS
A aveia preta pode ser indicada para a Baixada Fluminense com planta de cobertura do
solo para o inverno.
O SPD orgânico requer atenção especial com a adubação nitrogenada, visto que as plantas
cultivadas neste sistema de manejo apresentam atraso no desenvolvimento e coloração amarelada
em relação às plantas cultivadas no PCS, sugerindo uma deficiência de N na fase inicial do
desenvolvimento das plantas.
O cultivo de milho verde na região da Baixada Fluminense deve ser planejado para que a
fase de enchimento de grãos não coincida com o mês de janeiro, período que normalmente
apresenta estiagem prolongada.
A densidade do solo e a resistência à penetração em sistema orgânico de produção não
diferem entre o manejo com PCS e o SPD na fase inicial de implantação.
5. DESCRIÇÃO DAS DIFICULDADES E MEDIDAS CORRETIVAS
A principal dificuldade encontrada foi em relação à condição climática, com as elevadas
temperaturas e falta de chuva no mês de janeiro de 2019, comprometendo a produtividade do
milho; situação para a qual não foi possível encontrar uma solução, porém serviu como
aprendizado para que futuros experimentos e lavouras comerciais de pequenos produtores a nível
de campo não sejam implantados de forma que o período crítico de formação de grãos ou frutos
coincidam com o mês de janeiro. Normalmente neste período do ano ocorrem picos de
20
temperaturas que superam os 40ºC e comprometem o potencial produtivo da maioria das culturas
de interesse econômico.
6. REFERÊNCIAS
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