projecto final audiovisual e multimÉdia · 2011-07-16 · dinheiro para artistas, jornalismo...

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PROJECTO FINAL AUDIOVISUAL E MULTIMÉDIA um trabalho de Carlos Almeida e Paulo Oliveira Sousa www.twnm.net Universidade do Minho 2011

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PROJECTO FINAL

AUDIOVISUAL E MULTIMÉDIA

um trabalho de Carlos Almeida e Paulo Oliveira Sousa

www.twnm.net

Universidade do Minho

2011

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TWN Movie

RELATÓRIO FINAL

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TWN Movie

Conteúdo Conceptualização ..................................................................................................................... 4

Estruturação do site ................................................................................................................. 6

Plano de Marketing .................................................................................................................. 8

Terminologias........................................................................................................................... 9

A implementar ....................................................................................................................... 11

ANEXOS .................................................................................................................................. 12

Trailers de documentários .................................................................................................. 12

Ave: um vale que já não voa ........................................................................................... 12

Esta vida de pescador está a dar cabo de nós ................................................................. 15

F.A.Q. / Ajuda ..................................................................................................................... 17

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TWN Movie

Conceptualização

A ideia inicial deste nosso projecto foi a criação de um site que disponibilizasse

uma base de ideias para projectos audiovisuais. Através da realização de um trailer de um

filme que ainda não existe, alunos de cursos de audiovisual ou outros interessados, poderiam

aceder a esta base de dados para se inspirarem para os seus trabalhos. Esta ideia surgiu por

nos ocorrer, por diversas vezes, ideias soltas que em si não fazem um filme, mas que,

integradas numa narrativa bem construída, têm potencial para um bom produto audiovisual.

Com o trailer baseado nessa ideia central, o utilizador do site poderia extravasar o conceito e

criar um filme a partir dessa base.

Facilmente nos apercebemos que poderíamos ir mais longe com este projecto.

Depressa chegamos à conclusão que apenas a ideia inicial não seria suficiente para garantir

sutentabilidade. Daí que tivemos de engendrar condições que garantissem viabilidade

económica ao projecto. Lembramo-nos então de criar um outro serviço que permitisse que um

projecto de um filme, de ficção ou documental ou animação multimédia, fosse financiado.

Para tal serviríamos de ponte entre o realizador e as entidades que financiam este tipo de

projectos tais como o Instituto do Cinema e Audiovisual, a RTP e brevemente o canal Odisseia,

que terá uma sede no nosso país e que também apoiará a realização de documentários

audiovisuais. Por outro lado este financiamento pode também ser garantido através de

mecenato ou mesmo de publicidade, directa ou disfarçada. Desta forma, se a narrativa

interessar a alguma marca, os seus produtos poderão ser adicionados e integrados no cenário,

de forma a publicitá-los. Daqui até chegarmos ao Crowdfunding foi uma questão de minutos.

Optámos por acrescentar também este serviço de financiamento que permite que uma

comunidade de utilizadores interessados possam contribuir com a quantia que mais lhes

convier para o orçamento necessário para materializar um guião ou argumento. Ou seja, um

realizador necessita de 10 000 euros para produzir um filme e contacta-nos para o ajudarmos a

financiar o projecto. Se optar por o fazer por Crowdfunding, faremos um trailer do filme e

divulgaremos a ideia através do site; depois terá uma barra de progresso com o financiamento

que já foi garantido. Este processo terá que ter uma data limite que, quando ultrapassada e se

o projecto não estiver financiado na totalidade, obriga a que o dinheiro doado pelos

contribuintes seja devolvido aos mesmos.

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Posteriormente surgiram-nos mais duas ideias a integrar no site. Uma denominamos

de Banco de Tempo e é inspirado no conceito vulgar do mesmo. Pretendemos com este

serviço criar ligações entre criadores das diferentes áreas do audiovisual. Por exemplo, uma

equipa de produção que necessite de um músico, coloca a informação sobre o projecto no

nosso site; um utilizador que se interesse pela ideia e que pretenda contribuir com os seus

serviços, poderá fazê-lo e ficará com um saldo positivo de “horas” de serviço. Depois poderá

ser trocado com qualquer outro utilizador, com qualquer outro serviço. A outra ideia prende-

se com os serviços geralmente prestados pelas produtoras, ou seja, a realização normal de

vídeos, institucionais ou promocionais.

Para o desenvolvimento do projecto criamos um blog wordpress na morada

http://trailerwithnomovie.wordpress.com, onde se pode acompanhar o processo. Porém,

devido a alguns contratempos pessoais e profissionais, a actualização do mesmo não foi

satisfatória. Embora o conceito e as ideias tivessem sido debatidas, aprofundadas e refinadas

entre nós, deveríamos ter colocado toda essa informação online. A partir de um determinado

momento, começamos a publicar os conteúdos directamente naquele que viria a ser o nosso

site (www.twnm.net). Desta forma, aperfeiçoámos os conceitos, experimentámos soluções e

fomos corrigindo algumas imperfeições.

No entanto, em relação ao blog, pretendemos mantê-lo disponível e melhorar a sua

actualização, de maneira a podermos lá discutir com os utilizadores do site as mais diversas

matérias, e também a darmos conhecimento da evolução do projecto.

Fizemos também um perfil no vimeo (http://vimeo.com/twnm) e um grupo no

Facebook (http://goo.gl/SG7EI). Mais recentemente, criámos também uma página no

Facebook (http://goo.gl/JOe9w), que veio a ser integrada no site.

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Estruturação do site

www.twnm.net

O processo de construção do site afigurou-se-nos como uma tarefa um tanto

complicada. Isto porque os nossos conhecimentos nesta matéria são (eram!) escassos. De

facto, optámos pela utilização de software livre (não comercial) – o Joomla! – com licença

openSource GPL e assente numa comunidade de utilizadores e programadores. O Joomla!, em

termos legais, é suportado pela associação: OpenSourceMatters.

Como o nosso conhecimento sobre Joomla! não era suficiente guiámo-nos pela

comunidade portuguesa de utilizadores em http://forum.joomlapt.com e por diversos sites de

apoio, com instruções e tutoriais.

Começámos por arranjar um servidor off-line, o Xampp - que nos permitiu fazer a

instalação do Joomla, e a partir dele iniciar a construção da página. Assim, depois de

pesquisarmos sobre o assunto, avançámos para a instalação do Xampp (apache friends), que é

um servidor off-line. A vantagem é que podemos fazer as experiências que quisermos,

simulando a existência da página on-line.

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Mais uma vez, para instalarmos o Joomla! em Xampp, recorremos à preciosa ajuda da

comunidade Joomla em Portugal.

Depois deste processo, escolhemos um template, recorrendo a conteúdos não-

comerciais (a4joomla-Darkbase), procedendo depois à sua modificação, quer através dos

settings opcionais, quer através da edição de css, mudando cores, fontes, posições, etc... Esta

parte foi bastante complicada para nós pois tivemos que aprender a trabalhar com as “folhas

de estilo” (css), para podermos alterar o que não gostávamos e acrescentar o que queríamos.

Depois de definido template, pesquisámos sobre as extensões que desejávamos e

fizemos a respectiva instalação. Todos os plugins, componentes e módulos são não-comerciais,

ou seja, gratuitos, incorporando assim o espírito do projecto – aberto e de registo gratuito.

Também aqui foi necessário alterar um conjunto de atributos das extensões, de maneira a

estas se ajustarem ao template.

De seguida, e porque queríamos mesmo disponibilizar o nosso projecto on-line,

começámos a procurar um domínio e um local para o alojar. Decidimos então comprar em

domínios.pt o domínio twnm.net, por ser uma solução mais acessível. Quanto ao alojamento,

porque não existem soluções baratas (o que vimos rondava os 80/100€ por ano), tivemos que

encontrar uma alternativa, que passou por pedirmos “emprestado” um servidor, embora

saibamos que vamos ter que resolver isto brevemente.

A partir daqui, fomos trabalhando os conteúdos e resolvendo vários problemas que

nos iam aparecendo. O resultado está em www.twnm.net.

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Plano de Marketing

Como este processo se centra na área do audiovisual, a nossa comunicação externa

focar-se-à, numa fase inicial, nas escolas superiores de audiovisual, produtoras, canais de TV e

empresas que costumam apoiar as artes. Posteriormente trataremos de comunicar com

associações, companhias de teatro e outras empresas. Apostaremos nestes parceiros porque o

nosso público-alvo inicial, profissionais da área, estudantes e interessados, se movimentam

nestes sectores de actividade.

Paralelamente utilizaremos as redes sociais para divulgação online, envio regular de

emails para a mailing list com as últimas actualizações do site e as últimas apostas de

financiamento e para angariação de dadores. Faremos campanhas de marketing viral através

de vídeos simples, curtos, com humor e apelativos para que sejam partilhados por todos em

todas as plataformas online. Também distribuiremos flyers pelas Escolas de audiovisual

nacionais e mais tarde nas brasileiras, nos PALOP e nas cidades com grande comunidade de

emigrantes portugueses. Trataremos de agendar reuniões com coordenadores de cursos de

audiovisual e diretores de produtoras. Faremos também regularmente notas de imprensa para

os meios de comunicação nacionais e regionais para que publiquem informação e

actualizações sobre o nosso site. Faremos também campanhas que prevêem um brinde por

doação, por exemplo, se o contribuinte doar entre 5 e 20 euros e o filme for finalizado, terá

direito uma cópia do ficheiro digital do filme, se doar entre 20 e 35 euros terá direito a uma

cópia do filme em DVD, se doar mais do que 35 euros terá direito a uma cópia do ficheiro

digital e a uma edição especial do DVD com making of, cenas cortadas, etc. Estas campanhas

serão obviamente acordadas e definidas pelo proponente.

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Terminologias

Funding: do inglês “financiamento”. Dividimos este conceito em Crowdfundind e

Otherfunding.

Crowdfunding: a tradução directa do inglês é “financiamento pela multidão”. Por sua

vez, podemos ler o seguinte na Wikipedia: “Financiamento coletivo ou crowdfunding é a

obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo através da agregação de múltiplas

fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa. O termo é muitas

vezes usado para descrever especificamente ações na Internet com o objetivo de arrecadar

dinheiro para artistas, jornalismo cidadão[1], pequenos negócios e start-ups, campanhas

políticas, iniciativas de software livre, filantropia e ajuda a regiões atingidas por desastres,

entre outros.”

Otherfunding: é o método tradicional de financiamento de um projecto ou seja,

consiste em convencer pessoas singulares ou colectivas a apostar na nossa ideia. No nosso

caso, como falamos de projectos audiovisuais, faremos candidaturas a apoios financeiros por

parte de canais de televisão, do Instituto de Cinema e Audiovisual, mecenato ou marcas que

vejam interesse em possibilitar os seus produtos através do filme.

Banco de tempo: inspirado no modelo tradicional, é o mesmo conceito só que aqui

aplicado às artes audiovisuais. Um utilizador que se interesse por uma ideia que encontre no

nosso site, e pretenda contribuir com os seus serviços, poderá fazê-lo e ficará com um saldo

positivo de “horas” de serviço. Depois poderá ser trocado com qualquer outro utilizador, com

qualquer outro serviço.

Banco de ideias: será uma base de dados com ideias para filmes, documentários,

produtos multimédia, jogos, etc. Servirá para que alunos ou amantes destas artes possam se

inspirar para trabalhos. Funcionará com o contributo de todos os utilizadores. Cada ideia

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apresentada será avaliada pela nossa equipa de consultores que fará o câmbio para o número

de minutos a trocar no Banco de tempo.

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A implementar

Como todos os projectos deste género, este também nunca estará efectivamente

finalizado. Serão constantes as alterações devido a conflitos que possam surgir, mas também a

evoluções nesta área ou até o surgimento de plataformas semelhantes. Estaremos sempre na

vanguarda destas temáticas e acompanharemos com atenção todas as evoluções e progressos

tecnológicos. Nesta fase podemos desde já avançar com algumas medidas a implementar.

Temos ainda alguns pormenores a afinar na funcionalidade e navegabilidade do site. Uma

delas tem a ver com a forma como as doações são efectuadas; teremos de criar uma

plataforma capaz de interagir com o PayPal e que funcione da forma que pretendemos, ou

seja, que as doações ficam congeladas até que o projecto seja financiado na totalidade; caso

não o seja o dinheiro não chega a sair da conta PayPal do doador. Necessitamos também de

desenvolver uma barra de progresso que se actualize automaticamente com as novas doações.

Outra alteração que gostaríamos de fazer prende-se com a área dos utilizadores registados.

Queremos implementar uma base semelhante à das redes sociais em que cada utilizador tem

um perfil público com informação relevante sobre o mesmo. Um factor interessante seria criar

uma área onde os utilizadores pudessem ter público (de acesso para todos ou apenas para

alguns contactos) um Curriculum Vitae adaptado. Dizemos adaptado porque seriam

irrelevantes algumas das informações que constam nos CV convencionais. Neste, seriam

apenas relevantes as experiências profissionais na área do audiovisual e multimédia. Também

interessante seria esse CV ser automaticamente actualizado com as experiências levadas a

cabo através do TWN Movie, quer as trocas feitas através do Banco de tempo, quer os

projectos financiados pelo Funding como também as doações feitas a projectos de terceiros.

Em suma, seria uma espécie de histórico das interações tidas com o site.

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ANEXOS

Trailers de documentários

Ave: um vale que já não voa

Outrora uma região próspera e cheia de vitalidade, o Vale do Ave vive agora tempos

de incerteza e angústia. Desde o final dos anos 80 do século passado que o povo assiste a

encerramentos de fábricas, que com elas levaram o trabalho e o ganha-pão a inúmeras

famílias. Estas falências foram ainda em maior número, a partir do início deste século, desde o

qual o efeito dominó fez-se sentir pelas duas margens do rio. Não passam despercibos os

espaços agora deixados ao abandono, num qualquer passeio descontraído, de carro ou a pé,

pela região. Desde a indústria têxtil e vestuário mas também os couros e calçado, estes

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espaços são agora refúgio de sem abrigo e toxicodependentes, depois de muitos deles terem

sido pilhados e vandalizados. O que é que está a ser feito para salvaguardar este património

industrial? O que é que se poderá fazer para o garantir? Que bons exemplos de preservação e

revitalização destes espaços podemos encontrar no nosso país e no estrangeiro? É centrado

nestas questões que este documentário vídeo pretende caminhar: o passado, o presente, mas

sobretudo o futuro do Vale do Ave, das suas fábricas abandonadas, do seu urbanismo e das

suas gentes.

Outra motivação

Há uns meses, tivemos a oportunidade de frequentar um workshop promovido pelo

Instituto de Ciências Sociais da Anónimos da Universidade do Minho denominado «Conceber

Produzir e Realizar um Documentário... em dois tempos» cujo formador era Rui Veiga.

Formado em Comunicação pela Ecole Superieur de Realization Audiovisuelle, teve

oportunidade de partilhar a sua experiência passada em fábricas abandonadas na região de

Paris. Há cerca de 15 anos atrás, uma empresa de construção civil tinha por hábito doar para

residência artística fábricas abandonadas que adquiria. As fábricas eram ocupadas por artistas

que, para mostrarem à comunidade os seus trabalhos, abriam o espaço à comunidade, criando

uma dinâmica que de outra forma seria impossível. Como consequência dessa dinâmica, os

preços dos terrenos da fábrica subiam e a construtora investia na mesma, para rentabilizar o

investimento. A residência artística era depois transferida para outra fábrica devoluta.

Guião

Este filme documental abordará os problemas adjacentes aos inúmeros edifícios

abandonados que as falências das indústrias do Vale do Ave trouxeram para a região. Para

além das óbvias questões de ordenamento do território e urbanismo há ainda os problemas

sociais que estes espaços degradados acarretam, com a atração de práticas marginais, mas

também o desemprego trazido pelas insolvências.

O documentário partirá destes espaços com declarações de habitantes nas ruas

circundantes. Como não sabemos à partida que palavras serão proferidas por quem e como

serão feitas, não podemos antever a sequência de orador/declaração. No entanto temos já

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contactos activos no terreno, com moradores de regiões afectadas por este fenómeno. Ainda

não conseguimos um contacto que seria muito provavelmente relevante para este filme; trata-

se de um guarda-fábricas (fazendo aqui uma óbvia alusão aos extintos guarda-rios). É um

imigrante que, dado o seu trabalho, tem acesso ao interior de um grande número de fábricas

abandonadas do concelho de Guimarães, e cuja tarefa é zelar pelo estado das mesmas,

garantindo que estas não são ocupadas ou vandalizadas. Tivemos conhecimento da sua

existência numa reportagem de rádio que ouvimos há cerca de um ano atrás, em que, na

primeira pessoa, era afirmado que este emprego o obriga a estar disponível para rondas

regulares 24 sobre 24 horas por dia. Embora o sotaque seja carregado, achamos que ter

declarações suas seria preponderante para encaminhar este filme no sentido certo. Como

ainda não tivemos oportunidade de conseguir o seu contacto, a ideia será partir de imagens

fortes desta realidade, encaminhando a narrativa para os bons exemplos de recuperação

urbana destes espaços. Para tal, recorreríamos a alguns existentes na região do Ave, mas

talvez fosse interessante falar e apontar outros caminhos mais bem sucedidos, que podemos

testemunhar noutros países europeus. Em suma, pretendemos, sobretudo através de imagens

e de algumas declarações das personagens que envolvem estas questões, mostrar um pouco

do passado, do presente, mas sobretudo do futuro do património industrial e social desta

região e das infra-estruturas abandonadas.

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Esta vida de pescador está a dar cabo de nós

Portugal sempre viveu do mar e para o mar. Por toda a orla costeira encontramos vilas

e cidades piscatórias com comunidades de pescadores que vivem da fauna há inúmeras

gerações. O número de lobos do mar tem vindo a cair a pique nos últimos anos, fruto de

políticas comunitárias restritivas, concorrência desleal e de falta de apoio por parte das

entidades competentes. Como é que hoje se mantém esta actividade milenar? Que futuro

esperam os pescadores portugueses? Que soluções apontam para a resolução dos problemas

da actividade? Este documentário pretende conhecer melhor o dia-a-dia de quem enfrenta o

mar como se enfrenta o touro, e apontar caminhos para a manutenção da profissão dos

homens que amarram as ondas e as tempestades em mar alto pelos cornos.

Guião

A ideia que grande parte dos estrangeiros têm dos portugueses é que estes são

homens do mar. Sempre o fomos um pouco; a geografia não perdoa. Mas navegadores,

descobridores e cientistas do astrolábio nunca houve em grande número; somos muito mais

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sargaceiras, peixeiras e pescadores. Este documentário pretende abordar os problemas, as

incertezas, a realidade do dia-a-dia dos pescadores de Esposende. Numa altura em que as

adversidades no exercício desta profissão não vêem só do mar, mas sobretudo da terra,

estivemos com eles a celebrar o dia do pescador. Abordaremos os hábitos, as histórias, os

mitos e ritos desta que também é uma das profissões mais antigas do mundo. Falaremos com

jovens pescadores e com lobos do mar anciãos que nos testemunharão na primeira pessoa as

diferenças entre a realidade do seu tempo e a dos tempos que agora correm. E correm numa

direção incerta, como as barcas que largam todas as madrugadas da barra de Esposende. Mas

falaremos também com aqueles e aquelas que ficam em terra, com o suporte social destes

homens que arriscam a vida todos os dias e que todos os dias se questionam se vale a pena o

esforço. Que políticas nos trouxeram a esta realidade? O que é que está a ser feito para

contrariar este virar de costas a um sustento ancestral? Como vêem estes homens e estas

mulheres o futuro da profissão?

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F.A.Q. / Ajuda

O que é o Trailer With No Movie?

Em palavras simples é um site que ajuda ao financiamento de projectos multimédia,

através de dois métodos distintos: o convencional e o crowdfunding. Mas optamos por fazer

ainda mais! É também um banco de tempo, um banco de ideias e uma produtora, daquelas

tradicionais e à moda antiga, com a realização de vídeos institucionais e de promoção através

de um marketing assertivo e de uma boa estratégia de comunicação.

O que é o Funding e o Otherfunding?

A palavra deriva do inglês e significa “financiamento”. Só que no TWN Movie não nos

limitamos ao crowdfunding. Se o projecto for passível de um financiamento directo, ou seja,

dinheiro investido por um canal de televisão, por uma produtora ou pelo Instituto de Cinema e

Audiovisual, ou mesmo por um mecenas, apoiaremos com todas as nossas forças para que se

concretize.

Ok! E Crowdfunding, é o quê?

Traduzindo à letra é “financiamento pela multidão” e trata-se de um financiamento

conseguido através do contributo de várias pessoas. Estas podem ser indivíduos ou

colectividades e a lógica consiste nos seguintes passos:

1. um utilizador registado no nosso site apresenta um projecto para ser financiado

2. se gostarmos da ideia avançamos para o processo de financiamento pelo colectivo

3. a ideia é apresentada no site através de um breve descrição do projecto,

acompanhada de um trailer do filme ou documentário ou de um pequeno vídeo a

ilustrar as motivações do realizador

4. a partir daqui, o projecto pode começar a ser financiado pela multidão, ou seja por ti e

pelos teus amigos, e será apresentada juntamente com a ideia, a quantia que se

pretende atingir, o prazo limite para tal, uma barra de progresso do dinheiro já

angariado e o número total de utilizadores que já doaram uma quantia.

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TWN Movie

Epá! Eu tenho uma ideia espectacular mas não tenho guito... Podem ajudar-me a

angariá-lo?

À partida todo e qualquer projecto é elegível para o TWN Movie. Mas vamos ser sinceros

contigo: se não gostarmos da ideia não apoiaremos. É assim a vida!

E os direitos de autor? Ninguém me vai roubar a ideia, pois não!?

Claro que não! Quando submetes a tua ideia recebes uma cópia na tua conta de email

pessoal com o conteúdo da proposta. Dessa forma, poderás salvaguardar a propriedade

intelectual do teu projecto, tendo uma prova de que a ideia é tua.

E como é que eu posso dar 5 euritos para aquele projecto? Ou 5 mil?

Terás de ter uma conta PayPal. Desta forma todo o processo é mais seguro, uma vez

que, se a quantia pretendida não for atingida no prazo estabelecido, o dinheiro nem sequer sai

da tua conta.

E o que é que eu ganho com isso?

Porque os projectos só serão concretizados com a tua ajuda, por muito pequena que seja.

Contribuir com 5 euros para algo em que acreditamos e que queremos ver feito é bastante

gratificante. É sentirmo-nos parte de um todo, da multidão que tornou possível o filme. Por

outro lado, o dono do projecto poderá optar por retribuir a doação com uma recompensa que

poderá ser melhor quanto maior a quantia doada. Mas esta decisão é sempre tomada pelo

dono da ideia.

Então não estou a fazer um investimento?

Não. O dinheiro angariado vai na totalidade para o dono da ideia. Estás sim a contribuir

para algo do qual te poderás orgulhar.

E o banco do tempo, como funciona?

Da seguinte forma: suponhamos que és um rapaz que gosta de fazer uns filmes mas o que

gostas mesmo é de os editar, sentado no teu Mac ou PC, com os takes já gravados. Ou então

que és um editor de profissão mas gostavas de fazer mais nos tempos livres, de apostar o teu

tempo em projectos que realmente te atraem. Suponhamos também que, ao passeares por

aqui encontras um outro rapaz que está a tentar produzir uma curta e que precisa

urgentemente de um editor de imagem. Vais cuscar mais sobre a coisa e dás por ti perdido a

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TWN Movie

idealizar sequências de imagens sugestionadas pela sinopse que leste. Ofereces os teus

serviços e, dependendo do número de horas a que te prestares, ficas com esse saldo positivo

no teu perfil. Depois poderás fazer o inverso, ou seja, poderás tu angariar um operador de

camara para o filme que queres editar.

E como é que controlam tudo isso?

É simples. A pessoa a quem prestares serviço terá de confirmar o número de horas que

afirmas teres investido. Qualquer tentativa de prevaricação do sistema será por nós

radiografado ao pormenor e poderá por em causa a permanência como utilizador efectivo do

site.

E o banco de ideias?

Também é simples. Tens uma ideia para um argumento e não te imaginas a pô-la em

prática? Queres poder contribuir para um banco de ideias transnacional onde os alunos e

amantes do audiovisual poderão ir beber influências?

E o que é a equipa do TWN Movie ganha com este trabalho todo?

Pois é. Isto dá demasiado trabalho para ser feito por carolice. Às quantias envolvidas

nos processos de financiamento é aplicada uma simbólica percentagem para que estes

serviços se possam manter. Para além disso, como fazemos também o trabalhinho das

produtoras clássicas, conseguimos ir buscar algum para equilibrar a balança.