programa de relaÇÕes pÚblicas para a … · em comunicação social com habilitação em...

86
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTE DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS LUISA ESTELA CAVALCANTI ALVES WINNY PALLOMA COSTA MAGALHÃES PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL CENTRO DE ATIVIDADES ESPECIAIS HELENA HOLANDA JOÃO PESSOA 2015

Upload: dangdat

Post on 16-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE COMUNICAÇÃO, TURISMO E ARTE

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO

CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS

LUISA ESTELA CAVALCANTI ALVES

WINNY PALLOMA COSTA MAGALHÃES

PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A

ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL CENTRO DE

ATIVIDADES ESPECIAIS HELENA HOLANDA

JOÃO PESSOA

2015

Page 2: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

1

LUISA ESTELA CAVALCANTI ALVES

WINNY PALLOMA COSTA MAGALHÃES

PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A ORGANIZAÇÃO

NÃO GOVERNAMENTAL CENTRO DE ATIVIDADES ESPECIAIS

HELENA HOLANDA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Graduação em Relações Públicas da

Universidade Federal da Paraíba como requisito para

obtenção do título de Bacharel em Comunicação

Social com habilitação em Relações Públicas.

Orientadora: Prof.ª Ms. Ana Paula Campos Lima

JOÃO PESSOA

2015

Page 3: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

2

LUISA ESTELA CAVALCANTI ALVES

WINNY PALLOMA COSTA MAGALHÃES

PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A ORGANIZAÇÃO

NÃO GOVERNAMENTAL CENTRO DE ATIVIDADES ESPECIAIS

HELENA HOLANDA

Trabalho de Conclusão de Curso aprovado como requisito para obtenção do título de Bacharel

em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da

Paraíba.

João Pessoa/PB, _______ de _________________ de 2015

BANCA EXAMINADORA

Orientadora Nota:

___________________________________ ________

Prof.ª Ms. Ana Paula Campos Lima

Examinadores Nota:

___________________________________ _________

Prof.ª Ms. Andréa Carla Bezerra

___________________________________ _________

Prof.ª Ms. Andréa Karinne A. Maia

Média: __________________

Page 4: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Deus, que me deu forças durante esses anos de graduação,

principalmente nos períodos finais. Tive alguns momentos de incertezas, mas Ele nunca me

deixou sozinha. Sem Ele nada seria possível! A Ele toda honra e toda glória!

Agradeço aos meus pais por todo apoio, pelo amor incondicional, pelos investimentos

feitos na minha vida, por acreditar em mim, mesmo quando eu mesma não acreditei. Minha

amada irmã, que sempre está comigo, me apoiando e acreditando no meu sucesso.

Aos meus avós, que estão sempre presentes. Enfim, a minha família é minha base,

meu porto seguro, é onde sou encorajada a seguir em frente! Eles fazem tudo valer a pena!

Agradeço aos meus amigos pela compreensão, incentivos, por acreditarem, pelas

orações, pelo apoio, por estarem sempre comigo. E um agradecimento especial à Winny que

viveu comigo essa jornada.

E claro, não poderia deixar de agradecer à nossa professora orientadora Ana Paula,

que nos guiou nesse projeto e nos ajudou a chegar até aqui!

Luisa Estela Alves Cavalcanti

Primeiramente agradeço a Deus pela força, sabedoria, determinação e perseverança

que me concedeu ao longo desses cinco anos de curso. Durante a caminhada, houve vários

altos e baixos que com fé foram superados. Aos meus pais, pelo amor incondicional e a minha

família pelo carinho de sempre.

Agradeço ao meu noivo, Jefferson Araujo de Medeiros, pelo amor, paciência e ajuda.

Às minhas amigas de longa data; aos meus colegas de curso, especialmente a minha

companheira nesta jornada chamada TCC, Luisa Estela, com que dividi risos e lágrimas.

À diretora presidente e aos colaboradores do Centro de Atividades Especiais Helena

Holanda que recebeu a mim e a Luisa de braços abertos. Aos professores do curso, pelo

conhecimento transmitido e por fazer seu melhor para mostrar a importância e o valor de um

profissional de Relações Públicas.

Por fim, mas não menos importante, a minha orientadora, professora Ana Paula

Campos Lima, pela dedicação e contribuições que só ajudaram a enriquecer esse trabalho. Às

professoras da banca, Andréa Karinne Albuquerque Maia e Andréa Carla Bezerra, pela

disposição em contribuir com o trabalho.

Winny Palloma Costa Magalhães

Page 5: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

4

RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo desenvolver um programa de Relações Públicas para a

organização não governamental (ONG) Centro de Atividades Especiais Helena Holanda

(CAEHH), para que, através das ações aqui propostas, a organização pudesse melhorar o

relacionamento que possui com seus públicos e fortalecer sua imagem junto a eles.

Primeiramente, foi realizado um briefing, uma pesquisa de opinião com os funcionários e uma

entrevista com a diretora presidente. Em seguida, foi elaborado o diagnóstico que indicou os

principais problemas de comunicação do Centro. Tais informações possibilitaram a

formulação do programa de Relações Públicas, composto por quatro ações que visavam

aproximar a organização de seus públicos; e dessas, três foram colocadas em prática. Além

disso, o trabalho também possuía como finalidade mostrar a importância de um profissional

de Relações Públicas, do gerenciamento da comunicação e de seus instrumentos,

especialmente em organizações não governamentais.

Palavras-chave: Comunicação. Relações Públicas. Organização Não Governamental.

Públicos.

Page 6: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

5

ABSTRACT

This study aimed to develop a public relations program for non-governmental organization

(NGO) Special Activities Center Helena Holanda (CAEHH), so that, through the actions

proposed here, the organization could improve the relationship it has with its public and

strengthen its image with them. First, was made a briefing, an opinion research with

employees and an interview with the director president. Then the diagnosis indicated the main

communication problems of the Center. This information allowed the formulation of the

Public Relations program, composed of four actions with the aim of approximating the

organization of their public; and of these, three were put into practice. In addition, the work

also had intended to show the importance of Public Relations professional, management of

communication and its instruments, especially in non-governmental organizations.

Keywords: Communication. Public Relations. Non Governmental Organization. Public.

Page 7: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: logotipo do CAEHH ................................................................................. 38

Figura 2: modelos de organogramas antigos do CAEHH ......................................... 65

Figura 3: novo organograma do CAEHH ................................................................. 66

Figura 4: Mural único da ONG antes da ação ........................................................... 68

Figura 5: Mural de visitantes depois da ação no mês de janeiro ............................... 68

Figura 6: Mural de visitantes depois da ação no mês de fevereiro ............................ 69

Figura 7: Novo mural dos funcionários ..................................................................... 70

Figura 8: Página do CAEHH antes da ação ............................................................... 73

Figura 9: Página do CAEHH após a ação.................................................................. 74

Figura 10: Dados referentes às publicações antes da ação ........................................ 74

Figura 11: Dados referentes às publicações depois da ação ...................................... 75

Figura 12: Popularidade de diferentes tipos de publicações ..................................... 75

Figura 13: Mensagem de fim de ano ......................................................................... 76

Figura 14: Mensagem divulgando uma apresentação cultural do CAEHH ............... 76

Figura 15: Vídeo mostrando ensaio do grupo de dança ............................................ 77

Page 8: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

7

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Área de trabalho ....................................................................................... 44

Gráfico 2: Gênero ..................................................................................................... 44

Gráfico 3: Valorização dos funcionários .................................................................. 44

Gráfico 4: Motivação dos funcionários .................................................................... 44

Gráfico 5: Relacionamento dos funcionários com a diretoria .................................. 45

Gráfico 6: Eficácia dos instrumentos de comunicação ............................................. 45

Gráfico 7: Instrumentos de comunicação ................................................................. 46

Gráfico 8: Opinião dos funcionários sobre o mural ................................................. 46

Gráfico 9: Conteúdo para o mural ............................................................................ 47

Gráfico 10: Acesso ao site da organização ............................................................... 47

Gráfico 11: Opinião sobre o site da organização ...................................................... 47

Gráfico 12: Facebook ............................................................................................... 48

Gráfico 13: Situação atual da comunicação ............................................................. 49

Gráfico 14: Separação dos murais ............................................................................ 71

Gráfico 15: Mural dos funcionários ......................................................................... 71

Gráfico 16: O que mais agradou aos funcionários ................................................... 72

Gráfico 17: O que mais desagradou aos funcionários .............................................. 72

Page 9: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

8

LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Diferenças entre os tipos de planejamento ............................................. 21

Quadro 02: Primeiro organograma do CAEHH ........................................................ 29

Quadro 03: Segundo organograma do CAEHH ........................................................ 29

Quadro 04: Terceiro organograma do CAEHH ......................................................... 30

Quadro 05: Demonstrativo de públicos do CAEHH ................................................. 33

Page 10: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

9

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 13

2.1 TERCEIRO SETOR E AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS.13

2.1.1 O Terceiro Setor no Brasil .......................................................................... 13

2.2 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL INTEGRADA ............................... 15

2.2.1 Comunicação Administrativa ..................................................................... 16

2.2.2 Comunicação Interna .................................................................................. 17

2.2.3 Comunicação Mercadológica ..................................................................... 18

2.2.4 Comunicação Institucional . ........................................................................ 18

2.3 CONCEITO E TIPOS DE PLANEJAMENTO ............................................... 19

2.3.1 Tipos de Planejamento . . ............................................................................. 20

2.4 A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS ...... 21

2.4.1 Planejamento de Relações Públicas . .......................................................... 23

3 BRIEFING ... ...................................................................................................... 27

3.1 DADOS CADASTRAIS .................................................................................. 27

3.2 HISTÓRIA ....................................................................................................... .27

3.3 DESCRIÇÃO ESTRUTURAL DA ORGANIZAÇÃO ................................... .27

3.3.1 Organogramas ... .......................................................................................... 28

3.4 DESCRIÇÃO ECONÔMICA DA ORGANIZAÇÃO E DE SEU MERCADO

DE ATUAÇÃO ............................................................................................ ..... .... 30

3.5 ANÁLISE DOS PÚBLICOS ............................................................................. 31

3.6 ANÁLISE DA CULTURA ORGANIZACIONAL .......................................... 33

3.6.1 Diretrizes Organizacionais ......................................................................... 33

3.6.2 Estrutura Física ........................................................................................... 34

3.6.3. Sistema de símbolos .................................................................................... 34

3.6.4. Tipo de cultura ............................................................................................ 34

3.6.5 Relação da cultura organizacional com a cultura nacional ..................... 35

3.6.6 Relação entre a cultura e o clima organizacional ..................................... 35

3.6.7 Análise do comportamento ético da organização ..................................... 36

3.7 AUDITORIA DE COMUNICAÇÃO ............................................................... 37

3.8 IDENTIDADE CORPORATIVA ..................................................................... 38

Page 11: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

10

4 PESQUISA .......................................................................................................... 40

4.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA .................................................................. 40

4.2 HIPÓTESES ...................................................................................................... 41

4.3 OBJETIVOS ...................................................................................................... 41

4.3.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 42

4.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 42

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .................................................... 43

5.1 PESQUISA ........................................................................................................ 43

5.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA .................................................................. 43

5.3 INSTRUMENTOS ............................................................................................ 43

5.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA

QUANTITATIVA ................................................................................................... 43

5.5 ANÁLISE DA ENTREVISTA COM A DIRETORA PRESIDENTE HELENA

HOLANDA ............................................................................................................. 49

6 DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO ............................................................... 51

6.1 DIAGNÓSTICO ................................................................................................ 51

6.2 PROGNÓSTICO ............................................................................................... 51

7 PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS .................................................. 53

7.1 ESTABELECIMENTO DE UM ORGANOGRAMA ...................................... 53

7.1.1 Identificação .................................................................................................. 53

7.1.2 Justificativa ................................................................................................... 53

7.1.3 Objetivos ........................................................................................................ 54

7.1.4 Público-alvo .................................................................................................. 54

7.1.5 Ações .............................................................................................................. 54

7.1.6 Formas de avaliação e acompanhamento dos resultados ......................... 54

7.1.7 Recursos ......................................................................................................... 54

7.1.8 Cronograma ............................................................................................... 55

7.2 ATUALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO MURAL DOS FUNCIONÁRIOS

E CRIAÇÃO DE UM MURAL PARA OS VISITANTES ............................. 55

7.2.1 Identificação .................................................................................................. 55

7.2.2 Justificativa ................................................................................................... 56

7.2.3 Objetivos ........................................................................................................ 56

7.2.4 Público-alvo ................................................................................................ 56

Page 12: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

11

7.2.5 Ações .............................................................................................................. 56

7.2.6 Formas de avaliação e acompanhamento dos resultados ......................... 57

7.2.7 Recursos ......................................................................................................... 57

7.2.8 Cronograma .................................................................................................. 58

7.3 ORGANIZAÇÃO DA MÍDIA SOCIAL – FACEBOOK ............................... 58

7.3.1 Identificação .................................................................................................. 58

7.3.2 Justificativa ................................................................................................... 58

7.3.3 Objetivos ..................................................................................................... 59

7.3.4 Público-alvo ................................................................................................... 59

7.3.5 Ações .............................................................................................................. 59

7.3.6 Formas de avaliação e acompanhamento dos resultados ......................... 59

7.3.7 Recursos ......................................................................................................... 60

7.3.8 Cronograma .................................................................................................. 60

7.4 CRIAÇÃO DE UM SETOR DE COMUNICAÇÃO/MARKETING .............. 60

7.4.1 Identificação .................................................................................................. 60

7.4.2 Justificativa ................................................................................................... 60

7.4.3 Objetivos ..................................................................................................... 61

7.4.4 Público-alvo ................................................................................................... 61

7.4.5 Ações .............................................................................................................. 61

7.4.6 Formas de avaliação e acompanhamento dos resultados ......................... 62

7.4.7 Recursos ......................................................................................................... 62

7.4.8 Cronograma .................................................................................................. 62

8 AVALIAÇÃO DAS AÇÕES EXECUTADAS ................................................. 64

8.1 ESTABELECIMENTO DE UM NOVO ORGANOGRAMA .......................... 64

8.2 ATUALIZAÇÃO DOS MURAIS ..................................................................... 67

8.3 ORGANIZAÇÃO DA MÍDIA SOCIAL – FACEBOOK ................................ 73

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 78

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 79

APÊNCIDES .......................................................................................................... 81

Page 13: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

12

1 APRESENTAÇÃO

Este programa de Relações Públicas foi desenvolvido na organização não governamental

(ONG) Centro de Atividades Especiais Helena Holanda (CAEHH), localizada em João Pessoa –

PB, pelas estudantes do curso de bacharelado em Relações Públicas da Universidade Federal da

Paraíba, Luisa Estela Alves Cavalcanti e Winny Palloma Costa Magalhães, sob a orientação da

docente Ana Paula Campos Lima.

As atividades realizadas integram o trabalho final de graduação das estudantes acima

citadas e teve a finalidade de lhes proporcionar um contato real e direto com o mercado de

trabalho e a oportunidade de colocar em prática os ensinamentos aprendidos ao longo do

curso.

O trabalho, que não teve fins lucrativos, apenas educacionais, também possuía como

objetivo ajudar a organização em questão a resolver seus atuais problemas de comunicação e

relacionamento com seus públicos a fim de evitar futuros conflitos.

Primeiramente, foram discutidos e analisados temas que serviram de fundamentação para

a realização do programa, como por exemplo, o papel do profissional de Relações Públicas e a

importância da comunicação para as organizações. Em seguida, o briefing, que possibilitou

conhecer melhor a ONG e levantar informações importantes sobre a mesma.

Depois da parte teórica pronta, teve início a parte prática do trabalho. O grupo fez e

analisou pesquisas de opinião com os funcionários e a diretora presidente, para entender e

conhecer seus respectivos pontos de vista sobre a comunicação na organização.

Com tais informações, foi realizado o diagnóstico e apontado quais os principais

problemas de comunicação do Centro. O próximo passo consistia na elaboração do plano de

Relações Públicas, com o desenvolvimento de possíveis soluções para os conflitos encontrados.

Por fim, houve a análise das ações executadas e as considerações finais das estudantes

sobre o trabalho e seus resultados.

Page 14: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Terceiro Setor e as Organizações Não Governamentais

A sociedade civil é dividida em três setores: primeiro, segundo e terceiro. O primeiro

setor é formado pelo Governo, o segundo pelas empresas privadas e o terceiro são as

associações sem fins lucrativos. Este último atua exclusivamente na execução de atividades de

utilidade pública e possuem gerenciamento próprio. É o setor que chega a locais onde o

Estado não conseguiu chegar, fazendo ações solidárias, constituindo um papel fundamental na

sociedade.

Para Rothgiesser (2002, p.2) Terceiro Setor seriam iniciativas “[...] privadas que não

visam lucros, iniciativas na esfera pública que não são feitas pelo Estado. São cidadãos

participando de modo espontâneo e voluntário, em ações que visam ao interesse comum”. O

conceito mais aceito atualmente, segundo Gonçalves (1999) é o de que se trata de uma esfera

de atuação pública, não estatal, formada a partir de iniciativas voluntárias, sem fins lucrativos,

no sentido comum.

Terceiro setor é, em primeiro lugar, um conjunto de instituições que encarnam os

valores da solidariedade e os valores da iniciativa individual em prol do bem

público. Isso não significa que tais valores não sejam evidentes também em outros

domínios, mas sim que no terceiro setor ele alcançou a plenitude. (SALAMON apud

IOSCHPE, 1997, p. 92).

Existem várias organizações que fazem parte do terceiro setor, como as ONGs

(Organizações Não Governamentais) e OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de

Interesse Público). O terceiro setor é composto quase que em sua totalidade de mão de obra

voluntária, pessoas que trabalham e não recebem remuneração para isso.

As entidades e os movimentos que compõem o Terceiro Setor são privados por sua

origem, mas públicos por sua finalidade. Promovem a articulação entre a esfera pública e o

âmbito privado como nova forma de representação, buscando alternativas de desenvolvimento

democrático para a sociedade e com isso, vem ganhando terreno e atuando com maior

agilidade em prol dos menos favorecidos (ALVES, 2004).

2.1.1 O Terceiro Setor no Brasil

A origem do Terceiro Setor na América Latina vem desde o período da colonização

dos povos europeus, acontecendo através de atos benevolentes da Igreja e outras entidades da

Page 15: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

14

época. Tais ações conhecidas como ‘associações voluntárias’, eram traçadas pelos valores da

caridade cristã, demonstrando como a noção de filantropia era ligada, inicialmente, a preceitos

da Igreja Católica.

Passou-se o tempo e só no governo de Getúlio Vargas é que o Terceiro Setor ganhou

mais força. Com o apoio de organizações sem fins lucrativos para a implementação de

políticas públicas, o Estado assumiu o papel de formulador e realizador dessas políticas. Com

isso, foi promulgada em 1935 a lei que declara a utilidade pública destas entidades. Em 1938,

foi criado o Conselho Nacional de Serviço Social (CNSS), o qual estabeleceu que as

instituições nele inscritas pudessem receber subsídios governamentais.

A partir da década de 1970 a expressão “Terceiro Setor” passou a ser difundida nos

Estados Unidos e, desde então, tem sido utilizada para se referir às organizações formadas

pela sociedade civil, que tem por objetivo a luta pela satisfação de um interesse social comum.

Estas organizações se situam num patamar “inferior” dos referidos primeiro e segundo setor -

Estado e Mercado, respectivamente.

Em meados dos anos 90, deu-se a entrada organizada do setor empresarial em

programas e projetos sociais, especialmente através de suas fundações e institutos associados,

representando a inserção da visão de mercado no terceiro setor e novas possibilidades de

parcerias e de fontes de recursos para as organizações atuantes na área.

O modo de atuação empresarial e também o novo marco legal para o setor reforçaram

a tendência de modernização e do aumento da profissionalização para as instituições

integrantes do terceiro setor, que passaram a investir na aquisição de atributos que confiram

melhorias de qualidade, transparência de ação e resultados (inclusive auditorias externas),

aumento da visibilidade e da credibilidade e identificação de novas estratégias de

sustentabilidade e financiamentos. Destaca-se nessa época, a criação de vários cursos e

instrumentos voltados para o planejamento, a gestão e o marketing de instituições do terceiro

setor, para estratégias de captação de recursos e para a divulgação e avaliação das

experiências (metodologias e instituição de prêmios).

Hoje em dia, de acordo com o IBGE, há mais de 290 mil organizações da sociedade

civil. Esse dado mostra o enorme contingente de associações e fundações existentes no País.

A atuação das organizações se dá em diversas áreas, com predominância das que atuam na

defesa de direitos e interesses dos cidadãos. Outro dado importante é que as organizações

empregam mais de dois milhões de trabalhadores formais, o que representa quase 5% dos

trabalhadores do Brasil.

Page 16: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

15

A presença do voluntariado também é marcante na atuação destas organizações: 72%1

delas estão em atividade sem possuir nenhum funcionário assalariado. Essa é uma expressão

da generosidade do povo brasileiro que, historicamente, esteve presente no País desde as

irmandades que faziam o socorro dos desvalidos e dos marginalizados, passando pelas

entidades que lutaram pela redemocratização durante a ditadura militar, até as criadas mais

recentemente em torno da mobilização por direitos culturais, ambientais, pelo direito à cidade

e outras agendas.

Nos últimos 12 anos, foi crescente a colaboração da sociedade civil nas políticas

públicas. Um número maior de organizações passou a atuar com recursos públicos, em muitos

casos pela primeira vez. Mesmo com essa presença maior da sociedade civil nas políticas

públicas, somente uma pequena parte das organizações existentes realizou nos últimos anos

parcerias com o governo federal, cerca de 3% do total. Isso demonstra que se pode contar com

muito mais organizações na efetivação das políticas públicas do que se faz atualmente.

2.2 Comunicação Organizacional Integrada

A comunicação é um elemento presente na vida de um indivíduo desde seu

nascimento, é o fator que permite que ele troque informações e estabeleça relacionamentos

com outras pessoas. Com as organizações, não é muito diferente. A comunicação é o

elemento que permite que os gestores se comuniquem com seus diversos públicos, que

incluem funcionários, clientes, comunidade, imprensa, etc.

Inserida na base das funções administrativas de planejamento, organização, direção

e controle, a comunicação consiste na alma da organização, pois é ela que estabelece

as relações de entendimento necessárias para que as pessoas possam interagir como

grupos organizados para atingir objetivos predeterminados. (WELS, 2005, p.74).

Com o estabelecimento de um sistema de comunicação, “as informações são

transmitidas, fluem e se retroalimentam; e as ações organizacionais se encaminham, se

sustentam, se concretizam, se constroem e se reproduzem” (WELS, 2005, p.74) Mas, o

simples fato de informar não significa que ocorreu a comunicação, pois, para que essa se

constitua é preciso que haja troca de informações e a retroalimentação.

¹Dado retirado de uma entrevista do Ministro Chefe da Secretária Geral da República para o site Portal Brasil.

http://www.brasil.gov.br/governo/2014/04/ministro-gilberto-carvalho-fala-sobre-o-terceiro-setor

2 Por atuação sinérgica, entende-se ação ou esforços simultâneos, compreendendo cooperação e coesão em

trabalhos associados.

3Fascioni (2005) explica que a identidade corporativa está ligada à realidade da organização, ao que ela é, são as

Page 17: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

16

Segundo Kreps (1995 apud WELS, 2005) a comunicação organizacional consiste em

um processo pelo qual os membros reúnem informação pertinente acerca de sua organização e

das mudanças que ocorrem dentro dela. Nesse conceito, está o caráter internalizado da

comunicação “em que geração e recebimento de informação são a tônica desse processo”

(WELS, 2005, p. 75). A comunicação organizacional precisa ser vista de uma perspectiva

mais ampla, como um processo contínuo e integrado às ações realizadas pela organização,

pois “abrange todas as formas de comunicação utilizadas pela organização para relacionar-se

e interagir com seus públicos” (SCROFERNEKER, 2000, p. 1).

Para Kunsch (2003, p. 150) a discussão sobre comunicação organizacional deve ser

complementada a partir da perspectiva da comunicação integrada, pois esta última é “uma

filosofia que direciona a convergência das diversas áreas, permitindo uma atuação sinérgica2”.

A autora explica que a comunicação organizacional integrada é formada pela junção das

comunicações institucional, administrativa, mercadológica e interna, que, apesar de suas

diferenças, devem trabalhar de forma harmoniosa (KUNSCH, 2003).

Acreditamos que o composto da comunicação organizacional integrada pode ajudar as

instituições a avançarem e melhorarem seus resultados da área da comunicação. Por isso,

discutiremos a seguir as áreas que formam esse composto.

2.2.1 Comunicação Administrativa

Caracterizada por ser aquela que prioriza o fazer organizacional e que ocorre no

domínio das funções administrativas, a comunicação administrativa pode ser definida como o

“intercâmbio de informações dentro de uma empresa ou repartição, tendo em vista sua maior

eficiência e o melhor atendimento ao público” (ANDRADE, 1996, apud KUNSCH, 2003, p.

153). Segundo Kunsch (2003), esse tipo de comunicação permite o funcionamento do sistema

organizacional, através da convergência de fluxos, níveis e redes de comunicação.

Essa comunicação está ligada, como o próprio nome diz, à administração, de onde

partem as diretrizes e os posicionamentos em relação aos diversos assuntos de interesse da

organização, sendo fundamental a existência de um ponto de equilíbrio por parte dos

membros da administração.

Atualmente, as decisões administrativas do CAEHH são tomadas pela diretora

presidente, o vice-presidente e a diretora de marketing.

2 Por atuação sinérgica, entende-se ação ou esforços simultâneos, compreendendo cooperação e coesão em

trabalhos associados.

Page 18: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

17

2.2.2 Comunicação Interna

A importância da comunicação interna para as organizações está “sobretudo nas

possibilidades que ela oferece de estímulo ao diálogo e a troca de informações entre a gestão

executiva e a base operacional” (KUNSCH, 2003, p. 159) Ela deve ser planejada para

diminuir ruídos, passar informações diversas para os funcionários com linguagem adequada

para esse público e permitir a interação e o diálogo entre os empregados e seus empregadores.

A comunicação interna é uma ferramenta estratégica para compatibilização dos

interesses dos empregados e da empresa, através do estímulo ao diálogo, à troca de

informações e de experiência e à participação de todos os níveis (RHODIA, 1985

apud KUNSCH, 2003, p. 152).

A comunicação interna não deve ser pensada como algo isolado, mas sim como uma

área estratégica com políticas e objetivos definidos pela organização. “Estrategicamente

cuidada, a comunicação interna representa uma grande oportunidade à instituição de formar

uma boa base para o avanço no trabalho em comunicação com os demais públicos”

(HAMAD, 2013, p.23). Um fator importante durante o processo de construção da

comunicação interna é promover o sentimento de pertencimento e motivação nos

colaboradores da organização.

Os funcionários sentem a necessidade de participar das decisões e de conhecer

melhor a empresa para a qual trabalham. Isso mexe com a identidade cultural. A

pessoa pensa e age conforme as influências e os fatores condicionadores do seu

meio ambiente. Se um profissional é bem informado sobre o que acontece e

interessa à sua empresa, ele sentirá que o seu trabalho é respeitado e valorizado;

consequentemente seu desempenho e sua produtividade serão bem melhores.

(MATOS, 2009 apud CHIAVENATO, 2002, p. 87).

Quando mal trabalhada, a comunicação interna pode trazer problemas para a

organização. É importante ser honesto com o funcionário, falar não apenas dos pontos

positivos, mas também de pontos em que a instituição precise melhorar e não se deve omitir

informações se, em algum momento, a empresa passar por uma crise. Um colaborador que

não sabe ou não entende o momento pelo qual a organização está passando, pode acabar

piorando a situação e criando fofocas, rumores negativos e clima de tensão.

A comunicação interna permitirá que os colaboradores sejam bem informados e a

organização antecipe respostas para suas necessidades e expectativas. Isso ajudará a

mediar conflitos e a buscar soluções preventivas (KUNSCH, 2003, p.157).

Page 19: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

18

A comunicação interna do CAEHH possui pontos positivos, que é a transparência em

suas ações, os funcionários são informados sobre os problemas da organização e os eventos

que realizam, mas em contrapartida falta o feedback destes funcionários, pois eles são apenas

avisados.

2.2.3 Comunicação Mercadológica

Muitas vezes, ao pensarmos no termo “mercado”, pensamos em concorrência e

competitividade, tendo em vista que a cada dia aumenta a quantidade e a diversidade de

empresas e a busca delas pela fidelização e conquista de clientes. As entidades que compõem

o terceiro setor não usam a palavra concorrência com frequência, pois seu objetivo maior é

ajudar as pessoas e promover o bem. Porém, não fogem da regra que, para realizar seus

serviços precisam de recursos financeiros, que, em grande parte do tempo, vem através de

investimentos, doações ou verbas federais.

Nesse contexto, o mercado é visto como uma busca por investidores em potencial, por

pessoas ou empresas que tenham condições financeiras de ajudar a instituição. O papel da

comunicação mercadológica é conquistar investidores e estabelecer um diálogo com eles, com

o intuito de informa-lhes sobre as ações que realizam, mostrando-lhes a importância das

causas que promovem, além de lhes prestar contas sobre o uso que está sendo dado aos

investimentos recebidos. A comunicação mercadológica está ligada ao marketing da

organização, à conquista de públicos e às ações relacionadas à divulgação de serviços ou

produtos.

A comunicação mercadológica, aquela projetada para ser persuasiva, para conseguir

um efeito calculado nas atitudes e/ou no comportamento do público visado, faz-se

[...] pela venda pessoal, relações públicas, marketing direto, propaganda e

publicidade (PINHO, 2001, p. 40).

O CAEHH atua em um setor em que não possui concorrência direta, porém deve

procurar está atento as tendências e interesses do mercado, pois é onde se concentra o público

que ajudará a conseguir os recursos financeiros que são tão escassos em seu setor de atuação.

2.2.4 Comunicação Institucional

Desempenha o papel de construção e formação de imagem e identidade corporativa3

de uma organização, através da gestão de Relações Públicas. Seu objetivo é conquistar a

3Fascioni (2005) explica que a identidade corporativa está ligada à realidade da organização, ao que ela é, são as

características que a tornam única; enquanto a imagem é como as pessoas a veem, ou seja, é o que ela parece ser.

Page 20: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

19

confiança do público e conquistar credibilidade junto a ele. Para isso, deve fazer uso de alguns

aspectos corporativos instituições, como missão, visão, valores, filosofias e políticas.

Para Abílio da Fonseca (1999, apud KUNSCH, 2003, p.164) a comunicação

institucional pode ser definida “como conjunto que é de procedimentos destinados a difundir

informações de interesse público sobre as filosofias, as políticas, as práticas e os objetivos da

organização, de modo a tornar compreensíveis essas propostas”.

Através do briefing e da pesquisa realizada (itens que serão vistos posteriormente),

percebeu-se que o CAEHH não faz o planejamento necessário e nem dedica tempo às ações

relacionadas à sua imagem.

O conjunto formado pelas comunicações administrativa, interna, mercadológica e

institucional é o subsídio para o planejamento estratégico de comunicação, que será o

próximo assunto discutido.

2.3 Conceito e Tipos de Planejamento

Segundo Margarida Kunsch (2003), o sistema comunicacional é fundamental para o

processamento das funções administrativas internas e do relacionamento das organizações

com o meio externo. Para a autora, esse é o primeiro aspecto a ser considerado quando se fala

em comunicação nas organizações.

Thayer (1976, apud KUNSCH, 2003, p. 151) coloca a comunicação como elemento

vital no processamento das funções administrativas. “É a comunicação que ocorre dentro [da

organização] e a comunicação entre ela e seu meio ambiente que [a] definem e determinam as

condições da sua existência e a direção do seu movimento”. E para que a comunicação nas

organizações transcorra bem, fazer um planejamento é fundamental.

Planejar vai além de simplesmente fazer projeções ou previsões, solucionar problemas

ou preparar mecanicamente planos e projetos. Para Albuquerque (1983, p. 14), “O

planejamento é um processo intelectual, a determinação consciente de cursos de ação, a

tomada de decisão com base em objetivos, fatos e estimativas submetidas à análise”. Assim o

planejamento é capaz de mostrar os benefícios e os objetivos alcançados, bem como também

justificar os gastos em dinheiro, pessoal, material e tempo para um determinado fim.

De acordo com a definição defendida por Kunsch (2003), planejamento é um processo

complexo e abrangente. Complexo por que envolve um modo de pensar e questionar: o que

fazer, como, quando, quanto, para quem, porque, por quem. Agindo desse modo, será possível

Page 21: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

20

o estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas por todos os profissionais

envolvidos. Não é algo isolado de contexto, o planejamento está sempre ligado à realidade das

organizações, e pode ser elaborado em nível macro e em nível micro. Abrangente, pois possui

dimensões e características próprias, implica uma filosofia e políticas definidas e é

direcionado por princípios gerais e específicos (KUNSCH, 2003).

2.3.1 Tipos de Planejamento

Na consideração dos grandes níveis hierárquicos, podem-se distinguir três tipos de

planejamentos: o estratégico, o tático e o operacional. Cada um tem seu papel, sua

importância e suas peculiaridades e por isso, os explicaremos separadamente.

Planejamento Estratégico

O planejamento estratégico define onde se pretende chegar e o que se deve ser fazer

para se conquistar estes resultados. Sua finalidade é diminuir as incertezas sobre determinada

situação perante o futuro e é elaborado pelos donos e diretoria da empresa, que tomam

decisões em longo prazo.

Planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação

metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa,

visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos – não controláveis –

e atuando de forma inovadora e diferenciada. (OLIVEIRA, 2009, pag. 17)

Através desse planejamento a empresa procura: conhecer e melhor utilizar seus pontos

forte; conhecer e eliminar ou adequar seus pontos fracos; conhecer e usufruir as oportunidades

externas; conhecer e evitar ameaças externas e ter um efetivo plano de trabalho.

Planejamento Tático

É elaborado por gerentes (nível médio), que tomam decisões em médio prazo, o

planejamento tático cria hipóteses a respeito da realidade atual e futura, tendo que ter uma boa

comunicação dentro da empresa para ser possível criar o planejamento tático.

Oliveira (2009) define esse tipo de planejamento como a metodologia administrativa

que tem por finalidade trabalhar e aperfeiçoar resultados de determinado setor da empresa.

Ainda segundo o autor, o foco será no setor e, portanto deve-se trabalhar com decomposições

dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico.

Page 22: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

21

Para Chiavenato (2000), o planejamento tático retrata uma tentativa da instituição de

integrar o processo decisório e alinhá-lo à estratégia adotada, para guiar o nível operacional

em suas atividades e tarefas, para que atinja os objetivos organizacionais preestabelecidos.

Planejamento Operacional

O planejamento operacional diz “o que fazer” e “como fazer” para cada tarefa

realizada no dia a dia da organização. Objetiva aperfeiçoar as operações, elaboração de

procedimentos, visando à realização dos planos estratégicos e táticos.

Oliveira (2009) o define como a formalização das metodologias de desenvolvimento e

implantação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa,

principalmente através de documentos escritos.

O planejamento operacional deve conter, com detalhes, os recursos necessários para

seu desenvolvimento e implantação; os procedimentos básicos a serem adotados; os

resultados finais esperados; os prazos estabelecidos e os responsáveis por sua execução e

implantação. Esse tipo de planejamento é normalmente elaborado pelos níveis organizacionais

inferiores da empresa e é voltado para ações de curto prazo.

Quadro 01: Diferenças entre os tipos de planejamento.

Tipos de

planejamento

Quanto ao tempo Quanto ao nível de

implantação

Estratégico Longo prazo Macro

Tático Médio prazo Micro

Operacional Curto prazo Misto

FONTE: Adaptação de Oliveira (2009).

Os tipos de planejamento discutidos coexistem, são interdependentes nas

organizações, são necessários e se completam. Estão ligados e tem como base os objetivos

globais anteriormente estabelecidos pela instituição. Além disso, deve ser trabalhados de

forma contínua.

2.4 A importância do profissional de Relações Públicas

No mundo globalizado e competitivo em que vivemos é preciso mais que bons

produtos ou serviços para que uma organização se destaque perante a sociedade. Ter

funcionários educados, identidade corporativa estabelecida, disposição para atender os

Page 23: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

22

clientes e tirar suas dúvidas, são alguns dos fatores que influenciam o público em suas

escolhas por uma determinada instituição. Essas variáveis estão relacionadas à comunicação

de uma organização, uma área que devido a sua importância, deve ser pensada de forma

estratégica, com um profissional que se dedique a função de gerencia-la.

O sucesso da empresa, cada vez mais, está condicionado à sua capacidade de gerar

para si atenção positiva, ações de apoio e boa vontade de todos os segmentos do

público com os quais interage. É aí que entra a atividade de Relações Públicas. Ela

busca atingir esses objetivos pela atuação baseada na visão macro das funções

empresariais e em valores claramente definidos que permeiam toda a estrutura da

empresa. (IANHEZ, 1994, apud FORTES, 2003, p. 57-58).

O Relações Públicas trabalha com a comunicação, ele administra conflitos e constrói e

engrandece relacionamentos com o objetivo de “estabelecer e manter a compreensão mútua

entre uma organização e todos dos grupos aos quais está direta ou indiretamente ligada”

(ANDRADE, 1993, p. 41 apud FORTES, 2003, p. 40). Waldyr Gutierrez Fortes (2003)

explica que a natureza e o papel do Relações Públicas é de mudar uma situação atual, que

pode ou não ser desfavorável, para uma futura, que deve ser mais positiva e coerente com os

objetivos da organização.

Sua função envolve várias ações ligadas à comunicação, desde o fortalecimento de

relacionamento da organização com seus stakeholders, passando pela realização de pesquisas

de opinião pública e até planejamento e execução de eventos. Para este trabalho, iremos focar

em seu papel administrativo, que, segundo Fortes (2003) serve como um ponto de sustentação

à cúpula diretiva e aos níveis executivos de uma instituição ao fazer uso da comunicação para

obter resultados. “Por meio das relações públicas se deve postular a mudança desde a alta

administração até o contexto inteiro das organizações. O entorno, a esfera pública e a opinião

pública são as variáveis de referência” (KUNSCH, 2009, p. 26).

As ações de Relações Públicas devem acontecer de forma contínua e devem ser

pensadas de maneira estratégica. Para esse profissional, ser estratégico é fundamental, porque

isso o ajudará a conhecer os públicos e gerenciar o relacionamento público/empresa. Mediante

sua função estratégica, abre canais de comunicação entre a organização e públicos, em busca

de confiança mútua, construindo a credibilidade e valorizando a dimensão social da

organização, enfatizando sua missão e seus propósitos e princípios, ou seja, fortalecendo sua

dimensão institucional. Além disso, deve auxiliar os gestores a reconhecer as oportunidades e

Page 24: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

23

dificuldades referentes à comunicação e a imagem organizacional, analisando como a opinião

e a forma de agir de seus públicos pode interferir nas ações da instituição.

Na área de Relações Públicas, a estratégia é indispensável para a garantia da

qualidade do relacionamento da organização com seus públicos e para a criação de

valores a serem incorporados pelos funcionários, clientes, fornecedores e acionistas,

que resultem, entre outras vantagens, na maximização de seus negócios. (FERRARI,

2000, pag. 2).

A implantação de um programa de Relações Públicas é um processo que exige cautela,

atenção e estabelecimento de metas, pois somente assim suas ações terão mais chances de

serem bem sucedidas. Para a realização do programa, fazer um planejamento é um dos

primeiros passos e o assunto que será visto a seguir.

2.4.1 Planejamento de Relações Públicas

O planejamento de Relações Públicas é uma ferramenta básica no gerenciamento da

comunicação entre a organização e seus mais diversos públicos de relacionamento. Nenhuma

função, ação ou atividade de Relações Públicas deve prescindir do planejamento. A área de

RP, além de responsável pelos relacionamentos da organização, está sempre lidando com a

opinião pública e isso requer o maior cuidado possível na administração de pequenas questões

que podem comprometer a imagem e reputação da empresa.

Apenas com o planejamento a área de Relações Públicas poderá exercer o

gerenciamento estratégico da comunicação no contexto das organizações, atuando numa

perspectiva de comunicação integrada. Dessa forma, o planejamento possui sim uma função

básica e imprescindível no dia a dia do setor de RP.

A prática do planejamento só é possível quando se deseja intervir num futuro,

próximo ou longínquo. E intervir significa estabelecer metas, objetivos

quantificados, a serem alcançadas num tempo determinado. Verifica-se, portanto,

que os elementos meta e prazo são indissociáveis, e compõem necessariamente a

conceituação de planejamento. (BORDENAVE e MARTINS, 1987, pag. 90).

Na contemporaneidade as Relações Públicas devem desenvolver nas organizações

suas funções estratégicas. O exercício dessa função só é possível por meio do planejamento.

O profissional tem que se valer dos ensinamentos das teorias de gerenciamento ou

administração. Suas aplicações são claras em todo o processo de planejamento, pois lidam

Page 25: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

24

com as incertezas, com tarefas e responsabilidades para tomada de decisões e para

implantação dos planos de ação.

A questão da função estratégica de Relações Públicas está intrinsecamente ligada ao

planejamento e à gestão estratégica da comunicação organizacional. O setor deve atuar em

conjunto com outras áreas da comunicação, numa capitalização sinérgica dos objetivos e

esforços globais da organização. Trata-se de participar da gestão estratégica da organização,

assessorando a direção na viabilização de sua missão e de seus valores.

O planejamento de relações públicas tem que estar aliado ao planejamento estratégico,

corroborando a missão, os valores, os objetivos, as metas e as políticas organizacionais

traçadas. Não pode ser algo isolado, fora do conjunto das diretrizes e ações delineadas por

todos os setores. As Relações Públicas devem gerenciar a comunicação nas organizações e

têm que ser encaradas como uma função estratégica, como valor econômico, não periférico,

cosmético e dispensável.

Uma das finalidades do planejamento de relações públicas é buscar a excelência da

comunicação organizacional, procurando sempre valorizar a cultura corporativa e o

envolvimento dos públicos. Para isto, é necessário conhecer a instituição para poder encontrar

os melhores caminhos, visando à eficácia das ações futuras, traduzidas em planos, projetos e

programas.

Partindo do pressuposto de que já exista uma vontade política e uma decisão da

administração superior de fazer um plano estratégico de comunicação organizacional,

Margarida Kusch (2003) traz três etapas fundamentais contendo em todas ou mais fases

correspondentes: 1 Pesquisa e construção de diagnóstico estratégico da organização; 2

Planejamento estratégico da comunicação organizacional; 3 Gestão estratégica da

comunicação organizacional.

Diversos autores tratam desta mesma temática usando outras nomenclaturas, sem fugir

da essência: pesquisa, planejamento, implantação e avaliação.

Pesquisa

Para que o desenvolvimento do planejamento de relações públicas comece, é

necessário conhecer a instituição como um todo; sua cultura, missão, visão, valores, públicos

e como se dá o relacionamento com os públicos interno e externo da instituição. Isso só é

possível através de pesquisas e auditorias de comunicação. Com a coleta das informações é

Page 26: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

25

possível formar um banco de dados sobre a instituição e identificar os problemas, para ajudar

a compreender e examinar a situação da empresa.

Para Kunsch (2003), por se tratar de um planejamento de relações públicas, o

levantamento de dados e coletas de informações deve priorizar os aspectos que dizem respeito

aos públicos e aos problemas ou barreiras existentes nos relacionamentos desses com a

instituição. A autora enumera como objetivos da pesquisa:

(...) conhecer a opinião dos públicos; construir diagnósticos da área ou setor de

comunicação organizacional/institucional; conhecer em profundidade a organização,

sua comunicação e seus públicos para elaboração de planos, projetos e programas

especiais de comunicação; fazer análise ambiental interna e externa, verificando

quais as implicações que possam afetar os relacionamentos. (KUNSCH, 2003, p.

278)

Planejamento

Segundo Ackoff (1982) planejamento é um processo que se destina a um ou mais

estados futuros desejados que não deverão ocorrer, a menos que alguma coisa seja feita. O

planejamento se preocupa tanto em evitar ações incorretas, quanto em reduzir as frequências

dos fracassos ao se explorar oportunidades.

De acordo com Kunsch (2003, p. 210) pode se entender por planejamento

organizacional “aquele que integra e envolve todo o conjunto de unidades interdependentes da

organização, facilitando e unificando as suas tomadas de decisões”.

Para a autora, o planejamento de relações públicas é composto por nove etapas: a

fixação de políticas de comunicação, a definição dos objetivos, a determinação das

estratégias, a proposição de planos, projeto e programas de ações, a escolha e a seleção dos

meios de comunicação, a elaboração de planos alternativos e emergenciais, a determinação de

recursos necessários, a obtenção de apoio e aprovação da direção e o orçamento (KUNSCH,

2003).

Nesse contexto, o planejamento procura possibilitar à organização maior eficiência,

eficácia e efetividade, para isto, segundo Oliveira (2010, p. 7) deve “procurar maximizar os

resultados e minimizar as deficiências apresentadas pelas empresas”.

Implementação

Na implementação do planejamento é onde se coloca em execução tudo que foi

elaborado no plano. É a concretização das medidas e das ações delineadas no planejamento

Page 27: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

26

(KUNSCH, 2003). As formas e métodos de implantação variam de acordo com as condições e

normas da instituição. Porém, vai sempre depender da capacidade operacional da equipe.

É por meio do controle e monitoramento que se pode verificar se o que está previsto

está de fato sendo executado e se há falhas e desvios das ações planejadas para corrigi-las em

tempo hábil. São indicadores que permitem verificar se as coisas estão acontecendo ou não da

maneira prevista (TAVARES, 1998 apud KUNSCH, 2003). É nessa fase que se devem fazer

as correções ou ajustes das ações programadas.

Avaliação

A avaliação faz parte de todo o processo de planejamento e permite um

equacionamento do que estar sendo planejado e, depois, do que foi realizado e dos resultados

obtidos.

Sabendo que os resultados em relações públicas surgem mais no longo prazo, é

necessário estabelecer alguns critérios para a avaliação do planejamento de relações públicas

tais como, parâmetros técnicos e científicos, que servirão de base para conhecer as ações

utilizadas foram ou não eficazes (KUNSCH, 2003).

Com a avaliação é possível verificar não apenas se os objetivos foram alcançados com

êxito, mas também, medir a efetividade das ações e identificar o impacto das decisões feitas

ao longo do processo.

Page 28: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

27

3 BRIEFING

3.1 Dados cadastrais

O nome fantasia da organização é CAEHH e a razão social é Centro de

Atividades Especiais Helena Holanda. Possui o CNPJ: 04.212.310/0001-20 e atua no terceiro

setor. Localiza-se no endereço: Rua Banc. Francisco Mendes Sobreira, nº 380 – Bairro Pedro

Gondim, João Pessoa – PB, CEP 580031-270. O telefone para contato é (83) 3244-5833. O

email da organização é [email protected]. Na mídia social Facebook, possui um perfil com

o nome CAEHH Helena Holanda (https://www.facebook.com/caehhh?fref=ts) e uma página

intitulada Centro de Atividades Especiais Helena Holanda

(https://www.facebook.com/CentroDeAtividadesEspeciaisHelenaHolanda?fref=ts). O link de

seu site é http://www.caehh.org.br/.

3.2 História

O Centro de Atividades Especiais Helena Holanda foi fundado no dia 03 de maio de

1996, como Centro de Atividades Físicas em caráter particular pela idealizadora e fundadora

do projeto, a professora e educadora física Helena Maria Duarte de Holanda. Em 16 de

setembro de 2000, o centro foi transformado em ONG, passando a se tornar uma organização

sem fins lucrativos. No início, eram 80 beneficiados sendo reabilitados em serviços

educacionais, artísticos, clínicos e educação física e 14 profissionais, realizando as atividades

e atendimentos em casa alugada.

Hoje, na sede própria, a organização reabilita pessoas com deficiência (física, mental,

auditiva e visual), várias síndromes, sequelados de acidentes e idosos, através de vários

núcleos de atividades. Trabalha com pessoas de ambos os sexos, idades variadas,

independente de raça, cor ou condição social, conseguindo reabilitá-las na maioria das vezes

com muito êxito. Atualmente, assiste a 388 pessoas.

O Centro oferece estágios para várias faculdades e universidades, além de ser um local

em que se realizam várias pesquisas, resultando em monografias e trabalhos acadêmicos.

3.3 Descrição estrutural da organização

O CAEHH é uma organização do terceiro setor que tem um perfil administrativo

familiar. Seu corpo funcional é composto por 32 funcionários, 35 estagiários enviados pelas

universidades e faculdades parceiras, 5 voluntários e 2 dirigentes (presidente e vice-

Page 29: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

28

presidente). Todos na faixa etária entre 18 e 65 anos. Todos possuem formação escolar a nível

médio e alguns possuem curso superior.

Os funcionários efetivos desenvolvem distintas tarefas nas áreas clínica,

administrativa, oficinas de artes, educação física, arte adaptada, orientação familiar,

capacitação, eventos e telemarketing. Eles contam ainda com ajuda de voluntários e dos

estagiários. A dirigente – que é a diretora presidente – atua na parte administrativa e na

realização de oficinas.

A ONG possui um programa de treinamento para os voluntários e funcionários, no

qual o primeiro passo é uma conversa com o psicólogo, para saber se está apto a trabalhar

com deficientes portadores de síndromes diversas. Não há muita rotatividade de funcionários

e há alguns que trabalham na organização desde a sua fundação. Já os estagiários mudam de

acordo com o período letivo da universidade/faculdade que estudam. Os voluntários

geralmente trabalham nos eventos e atividades fora do centro. Na sua maioria, os voluntários

são familiares e amigos dos beneficiados e dos funcionários.

A política de atendimento para beneficiados da organização é recebê-los, estudar cada

caso e dar o encaminhamento necessário. Quando uma nova família chega à ONG é tratada

com respeito e atenção, e a partir daí, a diretora procura conhecer essa família. Se a família

realmente desejar ser assistida pela organização, será feita uma triagem com os profissionais

de saúde e uma ficha de cadastro, que trará os principais dados do beneficiado. Com todos os

dados, a ONG pode encaixa-lo nas atividades que melhor vão ajudá-lo.

3.3.1 Organogramas

A diretora presidente do CAEHH nos relatou que a organização possuía três

organogramas diferentes, pois cada um é referente a diferentes atividades que desenvolvem.

Porém, algo que eles que têm em comum é que, todas as atividades estão diretamente ligadas

à presidência.

Page 30: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

29

Quadro 02: Primeiro organograma do CAEHH

O primeiro organograma é focado nos setores ligados à diretoria técnica, que engloba

a Recepção (que é responsável por fazer o acolhimento inicial aos visitantes), e algumas

atividades da área de saúde desenvolvidas para atender os beneficiados, como o núcleo

Clínico e de Oficina Terapêuticas Helen Keller.

Quadro 03: Segundo organograma do CAEHH

O segundo organograma é composto pelos setores ligados ao Núcleo de Eventos,

Compras, Higienização e Cursos Culinários. O setor de Compras e Eventos, como o próprio

nome diz é responsável pela compra dos materiais que a organização necessita e por auxiliar a

diretora presidente na organização dos eventos. Os setores de Cozinha Industrial e Cursos

Culinários cuidam da preparação dos alimentos que, ocasionalmente são servidos pela

Page 31: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

30

organização em algum evento ou atividade. O setor de Higienização também integra esse

organograma e tem como função fazer a limpeza e manutenção do Centro.

Quadro 04: Terceiro organograma do CAEHH

O terceiro e último organograma é o mais diversificado, composto por cinco setores

diferentes: Núcleo de Arte Adaptada, Informática e Transporte, Curso de Capacitação,

Educação Física e Telemarketing e Secretária. O Núcleo de Arte Adaptada cuida do grupo de

Dança e da Banda, além de organizar as peças teatrais que são apresentadas em alguns

eventos. O setor de informática cuida da manutenção dos computadores. Já o de Transporte é

o responsável por levar ou buscar ou levar algum beneficiado em sua residência quando este

não tiver como se transportar até o Centro ou levar algum funcionário ou gestor para resolver

algum problema relativo ao CAEHH. O setor de Curso de Capacitação cuida dos treinamentos

oferecidos aos funcionários. O de Educação Física é composto pelas atividades esportivas

desenvolvidas pela ONG para os beneficiados. Por fim, o setor de Telemarketing e Secretária

como o próprio nome já diz, é encarregado de conseguir doações através do telemarketing e

auxiliar os gestores quando necessário.

3.4 Descrição econômica da organização e de seu mercado de atuação

O terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos, não

governamentais e entidades filantrópicas que tem como objetivo gerar serviços de caráter

Page 32: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

31

público. Ruth Cardoso, ao falar de terceiro setor, diz que é um “espaço de participação e

experimentação de novos modos de pensar e agir sobre a realidade social” que “enriquece e

complexifica a dinâmica social”. (CARDOSO, 2002, p.8).

Por ser uma organização sem fins lucrativos, a ONG vive de doações pelo

telemarketing, um convênio com o Governo do Estado (SUS) e arrecadações dos eventos

beneficentes. Com o convênio do SUS, a ONG fatura mensalmente cerca de R$ 45.000,00. As

doações feitas pelo telemarketing e por familiares dos beneficiados geram em média entre R$

8.000,00 a R$ 9.000,00 por mês. O valor arrecadado com os eventos varia sempre. As

despesas mensais do Centro somam um total de R$ 60.000,00.

Todas as doações que são recebidas pela ONG são registradas, o que facilita na hora

de fazer as planilhas do que foi recebido e de como foi gasto, como também, caso seja

necessário em algum momento, prestar contas ao governo ou alguma empresa, pois a

organização tem tudo registrado.

Como uma forma de aumentar seu faturamento e promover sua causa, a ONG busca

sempre realizar eventos beneficentes, nos quais vende ingressos, camisas personalizadas com

a logotipo da instituição, comidas, às vezes vendem bebidas e stands para algumas empresas

privadas. Para realizar tais eventos, a organização conta com o apoio de casas de show e de

recepções locais, dentre outras empresas ligadas ao ramo de eventos.

3.5 Análise dos públicos

É importante que haja uma identificação de cada público da ONG para que seja

possível trabalhar estrategicamente com cada um deles e se possa empregar de maneira eficaz

os instrumentos de comunicação dirigida. Podemos identificar que a ONG possui dez

públicos diferentes: beneficiados, funcionários, estagiários, Governo, universidades, empresas

privadas, diretoria, voluntários, doadores, comunidade e imprensa local. Fazendo a análise de

cada um deles, temos:

Os beneficiados são os indivíduos que são assistidos pela organização. Os

funcionários, quadro formado por 32 pessoas divididas entre a parte administrativa, de saúde e

artística (onde as duas últimas trabalham diretamente com os beneficiados). Os estagiários

somam um total de 35 estudantes que estão divididos entre os diversos setores da ONG.

Page 33: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

32

A organização possui um convênio com o Governo do Estado da PB. Através dele,

recebe mensalmente a verba SUS, que é fundamental para seu funcionamento. Também

possui convênio com algumas universidades para que os estudantes possam estagiar na

organização.

A diretoria é composta por três pessoas – presidente, vice-presidente e diretora de

marketing –, que estão sempre em contato para tomar as decisões necessárias para o melhor

funcionamento da organização. A ONG conta com cinco voluntários fixos que ajudam no

trabalho realizado com os beneficiados.

As empresas privadas locais também são um público da organização, pois estão

constantemente formando parcerias de curto prazo (na maior parte do tempo, elas ajudam na

realização dos eventos da ONG) ou dando apoio a alguma atividade realizada pelo Centro.

Os doadores são pessoas físicas que ajudam no faturamento mensal da

organização. A comunidade está sempre presente nos eventos da ONG, participando e

ajudando a promover a causa. Por fim, tem-se a imprensa local, com a qual a diretora da

organização afirma possuir um ótimo relacionamento.

Após a identificação dos públicos, iremos classificá-los de acordo com a

classificação feita por Fabio França, em seu artigo “Conceituação lógica de Públicos em

Relações Públicas” (2002), que os divide em essenciais, não essenciais e rede de interferência.

Os essenciais são aqueles dos quais a organização depende para a sua constituição,

manutenção de sua estrutura, sobrevivência e para a execução de suas atividades-fim. Eles se

dividem em constitutivos da organização e não constitutivos ou de sustentação.

Segundo França, “os constitutivos da organização são aqueles que possibilitam

a existência da organização, oferecendo-lhe todos os elementos e recursos para a sua

constituição, de acordo com suas atividades-fim”. (FRANÇA, 2002, p. 9). Nessa categoria

estão os diretores, funcionários, Governo e doadores.

O autor diz que “os não constitutivos ou de sustentação são aqueles que não interferem

diretamente na constituição da organização, mas na sua viabilização ou manutenção no

mercado, enquanto colaboram para a execução das atividades-fim”. (FRANÇA, 2002, p. 09)

Nessa categoria estão os beneficiados, estagiários e voluntários.

Page 34: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

33

Sobre os públicos não essenciais, Fábio explica que “são os que não participam das

atividades-fim, mas tão somente das atividades-meio; não estão ligados aos fatores

produtivos, mas à prestação de serviços ou à intermediação política ou social”. (FRANÇA,

2002, p. 10) Nesse conceito estão as empresas privadas e as universidades.

Em relação aos públicos da rede de interferência, o autor diz que “inclui os públicos

especiais do cenário externo que, pelo seu poder operacional ou representativo, podem

exercer fortes influências no desempenho da organização”. (FRANÇA, 2002, p. 11) Nessa

classificação estão a comunidade e a imprensa.

Quadro 05: Demonstrativo de públicos do CAEHH

GRUPO TIPO DE GRUPO TIPO DE

RELACIONAMENTO

INSTRUMENTO DE

COMUNICAÇÃO

Beneficiados Essencial não

constitutivo

Social Conversas informais,

reuniões e eventos

Funcionários Essencial constitutivo Legal, social e negócios Conversas informais,

reuniões, mural

Estagiários Essencial não

constitutivo

Legal e negócios Conversas informais

Governo Essencial constitutivo Legal, convênio em

longo prazo

Contato direto

Universidades Não essencial Legal, convênio em

longo prazo

Contato direto

Empresas Privadas Não essencial Legal, parceria em curto

prazo

Contato direto

Diretoria Essencial constitutivo Legal, social e negócios Reuniões

Voluntários Essencial não

constitutivo

Social Conversas informais,

reuniões

Doadores Essencial constitutivo Social Telemarketing e

eventos

Comunidade Rede de interferência Social Eventos

Imprensa local Rede de interferência Social Telefonemas,

entrevistas

FONTE: Pesquisa de campo (2014).

3.6 Análise da cultura organizacional

3.6.1 Diretrizes Organizacionais

Page 35: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

34

De acordo com a diretora presidente, a organização possui como missão reabilitar e

promover uma melhor qualidade de vida para pessoas com diversos tipos de deficiência, tais

como: física, intelectual, auditiva, sequelados de acidentes, portadores de diversas síndromes

e idosos, através de atividades especializadas de forma interdisciplinar. E como visão se

tornar referencial de serviços de reabilitação para pessoas com deficiência, idosos e

sequelados de acidentes. Os valores da ONG são amor, respeito, compromisso, seriedade,

ética, verdade e fé. Possuem como crença o fato de que cada pessoa tem a missão de ajudar o

próximo.

3.6.2 Estrutura Física

A ONG possui um espaço físico grande, com uma área de 700 m², com 4 banheiros, 1

cozinha, 1 refeitório e 18 salas. Cada sala é usada para um tipo de atividade e são decoradas

com temas diferentes e de acordo com as atividades que os beneficiados fazem. A fachada é

simples e não há placas, já que a última foi depredada.

Não há uma sala para a recepção, mas logo na porta de entrada, há uma mesa e uma

pessoa responsável por atender as pessoas que chegam. Nesse hall, há muitos banners sobre a

ONG, um mural, uma grande pintura do logotipo da organização, algumas cadeiras e bancos

para os visitantes.

Localiza-se em uma rua com poucos ruídos e pouca poluição. É um lugar bem

dividido, organizado e limpo.

3.6.3. Sistema de símbolos

A ONG celebra grandes datas do calendário festivo, como Carnaval, Páscoa, Dia das

Crianças e Natal. Fazem uma festa da família ao invés de comemorar o dia dos pais ou das

mães, em respeito às crianças que não tem pai ou mãe. As comemorações são tanto para

beneficiados quanto para funcionários e estagiários.

Ao final de cada ano, ocorrem duas confraternizações, uma dos funcionários e outra

para dos beneficiados.

A ONG mantém a crença em Deus, se declarando Católica, mas não há discriminação

contra outras religiões. Famílias de qualquer religião são atendidas pela organização.

3.6.4. Tipo de cultura

Page 36: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

35

Como o CAEHH é uma organização não hierárquica que mantém uma direção

flexível, podemos classificar o tipo de cultura como construtiva/proativa. A direção da

organização é constituída por membros da família da presidente, que alegam se comunicar

bem e não pressionar uns aos outros.

A administração da organização não se baseia em cobranças ou pressões, mas cada um

sabe de suas responsabilidades e deve cumprir suas tarefas no tempo certo. Isso é informado

desde que uma pessoa começa a trabalhar na organização, sendo esta voluntária ou

funcionária.

Há reuniões bimestrais com os setores e semestrais com todos os funcionários. Se uma

pessoa não está fazendo seu trabalho direito, a própria Diretora Presidente conversa com a ela

e tenta descobrir o porquê disso está acontecendo.

Os funcionários usam uniformes que variam de acordo com a área que trabalham: o

pessoal da parte administrativa usa calça jeans preta e uma camisa polo amarela com o

logotipo da organização. As secretárias dos diretores usam calça social azul marinho e camisa

branca com botton da ONG e as pessoas que trabalham na área de saúde usam jaleco.

3.6.5 Relação da cultura organizacional com a cultura nacional

Durante as conversas, a diretora presidente, Helena Holanda, contou que é bastante

patriota e adora o Brasil e tenta transmitir um pouco desse sentimento para a cultura da

organização. O grupo de dança Companhia de Danças Helena Holanda da ONG dança

músicas de todos os ritmos (forró pé de serra, MPB, dentre outros) e a Banda Acredite segue a

mesma linha.

As peças teatrais encenadas pelos beneficiados da organização buscam retratar para o

público cenas da realidade brasileira. A presidente comenta que as peças são sempre bem

aceitas pela plateia, pois são apresentadas de forma mais irreverente e bem humorada.

3.6.6 Relação entre a cultura e o clima organizacional

A ONG desenvolve seu trabalho visando ajudar da melhor maneira possível seus

beneficiados. Não existe uma cobrança específica sobre os funcionários, pois, cada um tem

consciência de suas responsabilidades. A diretora presidente afirma que praticamente todos os

seus colaboradores - seja funcionário, voluntário ou estagiário - se comprometem com o

Page 37: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

36

trabalho, porém, o pessoal que trabalha com a parte artística (banda, dança, coral e teatro) se

apega mais aos beneficiados.

A política salarial da ONG varia com a função dos funcionários, pois cada um ganha

de acordo com o estabelecido pelo sindicato de sua profissão. Porém, mesmo sendo uma

organização sem fins lucrativos, os funcionários recebem todos os direitos estabelecidos pela

lei.

Um dos benefícios oferecidos pela organização é ajudar o funcionário a pagar as

despesas de um curso de aperfeiçoamento profissional que deseje fazer. Além disso, a própria

ONG oferece cursos semestrais de Relações Humanas, de capacitação e de emergências de

saúde (primeiros socorros). A presidente realiza reuniões periódicas com os funcionários.

Como já foi dito, não existe uma cobrança específica sobre os colaboradores, porém é

relevante que todos entendam que devem cumprir suas obrigações, chegar no horário, usar o

fardamento e tratar a todos com respeito.

3.6.7 Análise do comportamento ético da organização

Apesar de ter a ética como um de seus valores, a ONG não possui um código de ética,

um documento em que descreve seus valores, mas afirmaram procurar tratar todos os seus

públicos com respeito e sem discriminação. Os beneficiados são sua prioridade e os

colaboradores buscam ser atenciosos com eles, sempre os ajudando em suas limitações e

deficiências.

Ao ingressar na organização, o funcionário é informado de algumas regras que deve

seguir, como por exemplo: não pode ter tatuagens que não fiquem cobertas pelo fardamento, é

proibido fumar e beber no ambiente de trabalho, é obrigatório o uso do fardamento adequado

ao cargo e os homens não podem usar barbas.

A ONG é uma organização sem fins lucrativos, mas, nem por isso deixa de seguir a

lei. Eles preocupam-se em legalizar toda a sua parte financeira, contabilizando e registrando

todos os seus gastos e em pagar seus funcionários com o piso salarial conforme manda a lei,

buscando sempre seguir as leis municipais, estaduais e federais.

A organização demonstra a ética em seus negócios trabalhando com lealdade, sendo

transparente em suas relações, priorizando desenvolver ações e projetos que sejam benéficas à

Page 38: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

37

organização. Todos os beneficiados, seus familiares e os visitantes são tratados com educação,

gentileza e respeito por parte dos colaboradores – funcionários, voluntários e estagiários.

A ONG possui uma política de preservar e não degradar o meio ambiente e sempre

que possível, fazem a reciclagem de alguns materiais (papel, plástico, etc,) nas oficinas.

Fazem coleta seletiva e buscam ensinar os beneficiados que não se deve jogar lixo no chão e

sim na lixeira.

3.7 Auditoria de comunicação

A organização em questão não possui um setor de comunicação e nem um profissional

responsável pela mesma, mas a diretora relata que está com planos de contratar uma pessoa

para tal função.

Eles possuem uma boa comunicação interna, fazendo algumas reuniões e tendo

conversas informais durante o período de trabalho. Possuem um quadro de avisos visível a

todos, localizado na entrada da ONG. Com os beneficiados, se comunicam através das

atividades e de conversas informais; e com seus familiares, através de conversas informais e

pequenas reuniões sempre que necessárias.

Sobre as reuniões, são feitas dois tipos: as bimestrais e as semestrais. As bimestrais

são feitas por setores. Esses são os momentos em que há o reconhecimento do trabalho feito

por cada um e analisado como o trabalho pode melhorar. Já as semestrais são feitas com todos

os funcionários da organização, independente do setor, para discutir os problemas do Centro e

como podem resolvê-los e analisar como podem aprimorar os serviços, atividades e eventos

que realizam.

A ONG possui telemarketing ativo, e está sempre em contato com os doadores. Para

comunicar-lhes sobre suas atividades e eventos, enviam informativos para a residência deles

através de um motoboy.

Possuem um perfil e uma página no Facebook em que são postados os convites dos

eventos e depois de sua realização, as fotos. Na maior parte do tempo, essas publicações são

feitas pela própria presidente do Centro. Mas não há um conteúdo programado, nem uma

periodicidade constante para as postagens.

A organização também possui um site. Seu design é bem simples e possui informações

básicas sobre a organização, como por exemplo, quem são, quais serviços oferecem e sua

Page 39: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

38

localização. No site, também há informações sobre a conta bancária da ONG, caso o visitante

deseje fazer uma doação e uma lista de produtos que estão precisando. Mas, o site é pouco

dinâmico e raramente é atualizado. O número de visitantes não é muito alto.

Outro instrumento de comunicação bastante usado pelo Centro são os eventos. Eles

realizam festas em algumas datas comemorativas, como Páscoa, São João e Natal. Uma vez

por ano (geralmente no mês de agosto) promovem o “Dia D”. Este é um dos maiores eventos

da organização, pois dura o dia todo. Todas as atividades são pensadas para arrecadar o

máximo de doações possíveis. Eles vendem comidas, bebidas, algumas camisas com seu

logotipo, o CD da Banda Acredite e alugam alguns stands para que empresas privadas

divulguem seus trabalhos.

Em todos os eventos realizados pelo Centro, há a apresentação de sua banda. Por

vezes, além das apresentações do grupo de dança e da banda da ONG, alguns artistas locais

comparecem aos eventos e fazem um pequeno show gratuito para a organização.

3.8 Identidade corporativa

Identidade corporativa pode ser definida como a essência da organização, aquilo que a

diferencia das outras. É o conjunto de características, valores e crenças que constituem a

organização. O Centro de Atividades Especiais Helena Holanda desenvolve atividades que

ajudam os beneficiados a superar suas limitações, busca cultivar valores como o respeito e o

amor ao próximo e promover a inclusão social junto à comunidade.

Figura 01: logotipo do CAEHH

Fonte: arquivo do CAEHH

Page 40: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

39

A ONG constrói a sua identidade corporativa usando um logotipo formado por um

boneco que está “dentro” de uma casa, equilibrando em suas mãos pequenas bolas e um

coração. Ao redor da casa há o nome da organização. A presidente explica que a casa

representa o centro, o boneco representa os colaboradores, as bolas e coração significam que

todas as atividades da organização são feitas com amor.

Sobre as cores, a diretora comenta que o fundo da casa é amarelo, pois para ela esta é

uma cor que significa vida, força, luz (principalmente a do sol) e o poder de Deus. Já o

laranja, cor do telhado da casa, é uma cor viva que transmite alegria. O azul, cor do boneco

remeta à harmonia e à delicadeza e preto, cor do nome do centro, é uma cor forte que foi

pensada para contrastar com o amarelo.

As bolas que o boneco está equilibrando possuem tons suaves de azul, verde, laranja e

rosa que harmonizam com as outras cores já usadas e o coração está em sua cor original, o

vermelho. A ONG diz não ter preconceitos, sendo solidária, temente a Deus e valorizadora da

ética, buscando sempre ser transparente em suas relações.

A organização comunica a seus públicos seus valores, crenças e ações através de

panfletos que são distribuídos nos eventos que realiza e participa. O Centro possui

credibilidade junto ao mercado e à imprensa local, que ocasionalmente os procuram para fazer

algumas reportagens.

A ONG optou por não firmar parcerias fixas com as empresas privadas, mas sempre

que vão realizar eventos buscam a ajuda e o apoio daquelas que estão ligadas ao segmento e

poderão lhe ajudar na realização do mesmo. Contudo, quando precisam de ajuda em alguma

reforma no Centro ou em alguma atividade que irá realizar, não hesitam em buscar patrocínio

e apoio de empresas locais.

A organização não desenvolve programas corporativos de comunicação, nem de

marketing. Eles investem apenas no telemarketing, na realização e participação em eventos,

que são ações que os ajudam a arrecadar dinheiro. A ONG não possui um manual de

comunicação corporativa.

Page 41: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

40

4 PESQUISA

A pesquisa é um instrumento que permite conhecer as causas de determinado

problema, para assim, buscar as melhores formas de resolvê-lo. Segundo Cervo, Bervian e da

Silva (2007), a pesquisa é uma atividade para a investigação de problemas teóricos ou práticos

por meio do emprego de processos científicos. Ela permitirá ao pesquisador conhecer o que

pensa o público sobre determinado problema.

Com a pesquisa, é possível confirmar suposições acerca da opinião pública e

reorientar conceitos a respeito de um problema, assim como, estabelecer relação de

causa e efeito que possa conduzir ao encontro de razão que justifique, ou explique, a

resistência em determinado público perante a organização. (HAMAD; SOUZA;

SOUSA; 2013, p.56).

A pesquisa também “visa identificar a opinião de uma comunidade, constatar as

falhas, descrever condutas e reconhecer interesses e outros comportamentos, a fim de levar à

tomada de decisões.” (ALMEIDA, 1996, p. 105). Logo, temos que os resultados da pesquisa

fornecem apoio estratégico ao processo de Relações Públicas, tornando-se parte fundamental

na elaboração de estratégias de comunicação para as organizações.

Neste trabalho, foi realizada uma pesquisa de natureza aplicada que buscou conhecer,

analisar e avaliar o sistema de comunicação interno do Centro de Atividades Especiais Helena

Holanda, prevendo o aperfeiçoamento dos instrumentos de comunicação já existentes e

também a criação de alguns novos.

4.1 Delimitação do problema

Para que a comunicação de uma organização flua bem e seus resultados sejam

otimizados, ela deve ser planejada e pensada de forma que integre os diversos setores. Saber

quais são seus públicos de interesse, pensar nos melhores instrumentos para se relacionar com

eles e definir objetivos para a comunicação são alguns dos aspectos que devem ser

considerados ao falar em comunicação nas organizações.

As organizações vivem a partir dos processos de comunicação que nelas se

estabelecem, e esses se ordenam através de redes que precisam, sistematicamente,

ser observadas e avaliadas, para que haja a integração necessária agenciada pelo

indivíduo ou por grupos de indivíduos que compõem e atuam nessas mesmas

organizações. (WELS, 2005, p. 85).

A comunicação deve ser vista como um elemento essencial para o bom funcionamento

de uma organização, tendo em vista que deve buscar um ponto de equilíbrio entre seus

Page 42: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

41

interesses e os de seus stakeholders. Além disso, a comunicação deve firmar relacionamentos

duradouros entre a empresa e seus diversos públicos. Um dos primeiros passos para a

construção desse processo é trabalhar no relacionamento entre gestores e funcionários, pois

este é o primeiro público de uma organização.

De nada adiantará programas maravilhosos de comunicação se os empregados não

forem respeitados nos seus direitos de cidadãos e nem considerados como o público

número um, no conjunto de públicos de uma organização. (KUNSCH, 2003, p.157).

Ter a identidade corporativa bem definida é fundamental no processo de construção de

uma imagem positiva e favorável à organização junto a seu público. Definir instrumentos de

comunicação dirigida para cada público, fazer avaliações periódicas para analisar a eficácia

dos mesmos e das práticas de comunicação que estão sendo realizadas pela organização

também são de grande importância nesse processo de construção de imagem e relacionamento

com os públicos.

A comunicação dirigida, assim, é uma importante ferramenta para a construção da

imagem [em longo prazo] e formação de públicos, pois através dela, os profissionais

atingirão os públicos certos e captarão a opinião pública, o que é indispensável para

a elaboração de um plano estratégico de qualquer empresa. (VASCONCELOS,

2011, p.3).

Assim, podemos perceber a importância de uma boa comunicação interna para uma

organização. Neste contexto, para a organização que estamos trabalhando formulamos o

seguinte problema de pesquisa: quais ações de comunicação poderiam ser elaboradas para

promover melhorias nos relacionamentos do CAEHH com seus públicos?

4.2 Hipóteses

- A comunicação da organização é falha porque não há um profissional que cuide

desta área;

- Os funcionários ficam confusos com a comunicação ineficiente;

- Por não haver um planejamento de comunicação, a imagem da organização está

enfraquecida perante seus públicos.

4.3 Objetivos

Page 43: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

42

4.3.1 Objetivo Geral

-Analisar a comunicação da organização

4.3.2 Objetivos Específicos

- Investigar a percepção dos funcionários quanto à comunicação interna da

organização;

- Verificar a eficácia dos atuais instrumentos de comunicação utilizados pelo CAEHH;

- Montar uma base de dados para fazer um programa de Relações Públicas.

Page 44: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

43

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

5.1 Pesquisa

A pesquisa realizada foi de caráter exploratório, de abordagem qualitativa. De acordo

com Gil (2012), a pesquisa exploratória objetiva o aprimoramento de ideias ou descobertas de

instituições, é de planejamento flexível, pois considera os variados aspectos relativos ao fato

estudado.

Para Minayo (1994), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de

significados, aspirações, atitudes e crenças, motivos, valores, o que corresponde a um espaço

mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não se reduzem à

operacionalização de variáveis.

5.2 Participantes da pesquisa

A diretora presidente (fundadora da organização), que concedeu uma entrevista e

todos os funcionários que responderam um questionário. Todos se disponibilizaram a

participar da pesquisa.

5.3 Instrumentos

Primeiramente foi realizada uma entrevista semiestruturada com a diretora

presidente, segundo os objetivos do trabalho. A entrevista teve perguntas focadas na

comunicação na organização, baseando-se em teorias de comunicação organizacional.

Em seguida, para os funcionários, foi feito um questionário de 19 perguntas,

tanto objetivas quanto subjetivas, também focando na comunicação da organização e no

relacionamento Diretoria/funcionários.

As informações coletadas durante a pesquisa foram essenciais para a realização deste

trabalho e do programa de Relações Públicas que foi desenvolvido no Centro de Atividades

Especiais Helena Holanda.

5.4 Análise e interpretação dos dados da pesquisa quantitativa

Page 45: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

44

Os dados levantados na pesquisa foram coletados e em seguida tabulados e

transformados em Gráficos com base nos percentuais de cada resposta com relação ao número

de respondentes: 21 colaboradores que representaram os 32 funcionários do CAEHH.

Num primeiro momento, fizemos uma análise do perfil dos funcionários, pois

consideramos fundamental conhecer o público com o qual iríamos trabalhar. No Gráfico 1,

constatamos que a maioria dos entrevistados (cerca de 62%) trabalham na área de saúde, os

outros 38% estão na área administrativa. Isso porque, a organização tem como foco

desenvolver ações na área de saúde, fazendo, dentre outros serviços, a reabilitação pessoas

que sofreram acidentes ou ajudando pessoas com necessidades especiais. Em seguida,

buscamos conhecer o gênero dos colaboradores (Gráfico 2). Tivemos o resultado que 71% são

mulheres e 29% são homens.

De acordo com os dados do Gráfico 3, percebemos que a maioria dos funcionários

(90%)gosta de trabalhar na organização, pois sentem que são valorizados. No Gráfico 4 esse

sentimento se confirma, pois 95% responderam que se sentem motivados a trabalhar na

Page 46: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

45

organização. Isso mostra que os funcionários da ONG gostam do trabalho que lá desenvolvem

e da forma como são tratados.

Também procuramos entender melhor como funciona o relacionamento dos

funcionários com os gestores. O resultado foi positivo, pois 90% responderam que sim, se

sentem confortáveis para conversar diretamente com os gestores sobre algum problema que

esteja ocorrendo no Centro. Mas, esse resultado pode e deve ser melhorado, tendo em vista

que existe uma minoria (10%) que não se sente confortável. Talvez esse pequeno grupo

necessite de outras formas ou de outros instrumentos de comunicação para se comunicar com

os gestores.

Os instrumentos de comunicação foram analisados por 90% dos entrevistados como

eficazes (Gráfico 6). Porém, refletimos que seu uso pode ser melhorado e ampliado, pois,

como será visto a seguir, há alguns pontos de insatisfação apontados pelos funcionários.

Page 47: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

46

Observando o Gráfico 7, temos três instrumentos de comunicação que se destacam

como sendo os mais utilizados pela organização: as reuniões (30%), os comunicados (24%) e

o mural (20%); sendo a reunião o mais lembrado pelos colaboradores, provavelmente devido

à sua periodicidade e eficiência. Para Fuks (et al. 2002), a reunião é uma importante

ferramenta de comunicação durante a qual as pessoas visam formar um entendimento comum

ao compartilhar ideias, discutir, negociar e tomar decisões.

O email e as conversas informais são os menos utilizados (cada um com 13%), porém

devido a sua praticidade, o email poderia ser planejado para futuramente, ser usado com mais

frequência e eficiência. Por ser o mural um instrumento com bastante potencial e de baixo

custo, o grupo acredita que se possa explorar um pouco mais a importância e eficácia dele.

Seu uso pode ser melhorado, pois se caracteriza por ser bastante informativo, conseguindo

transmitir de uma única vez, de forma rápida e prática, os conteúdos para os colaboradores.

Page 48: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

47

Com a pesquisa constatamos certa insatisfação dos funcionários quanto a um dos

instrumentos de comunicação: o mural. Eles acreditam que seu uso pode ser melhorado se for

mais bem direcionado, pois o atualmente o instrumento serve para informar simultaneamente

os colaboradores e os visitantes. 60% dos entrevistados gostariam que houvesse separação dos

murais, sendo apenas um para funcionários e outro para visitantes, cada um com seu próprio

conteúdo.

Sabendo da importância e eficácia do mural, buscamos conhecer, no Gráfico 9, a

opinião dos entrevistados em relação a conteúdos para serem divulgados neste instrumento.

Os funcionários acreditam que seu conteúdo deveria ser diversificado, incluindo dicas

culturais (20%), informativos sobre a ONG (20%), eventos realizados pela ONG (16%),

comunicados (16%), aniversariantes do mês (15%) e avisos institucionais (13%). Segundo

Costa (2012), os murais de uma forma geral constituem um veículo de socialização de

conhecimento, pois possibilita o compartilhamento do conteúdo divulgado entre determinado

público.

Page 49: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

48

Sobre os assuntos relacionados à comunicação no ambiente virtual, iremos analisar o

site do CAEHH e as mídias sociais (o perfil e página no Facebook). Primeiro, temos no

Gráfico 10 que 90% dos funcionários já visitaram o site, mas suas opiniões sobre ele são

divergentes. De acordo com o Gráfico 11, temos que 21% dos entrevistados afirmam que o

site é informativo; contudo 18% disseram que ele era carente de informações.

As opções “antigo” e “interessante” também obtiveram 18% cada, dinâmico pontuou

15% e moderno 10%. Apesar da opção mais pontuada (informativo) ser algo positivo, a opção

carência de informação também foi destaque, mostrando que esse instrumento de

comunicação não possui um papel definido e por isso não consegue uma imagem positiva

junto a seu público, comprovando a hipótese de que, a falta de um planejamento de

comunicação enfraquece a imagem da organização.

Também verificamos que existem problemas relacionados à mídia social Facebook. A

organização possui tanto um perfil (mais usado por pessoas) quanto uma página (mais usada

pelas empresas) e nenhum dos dois são atualizados com regularidade. As poucas postagens

feitas são aleatórias e mostram que não existem nem um padrão nem um planejamento para

este tipo de mídia. Além disso, analisamos no Gráfico 12 que, apesar de todos os

entrevistados terem acesso ao Facebook, poucos (47%) são os que curtem a página ou são

amigos no perfil.

Page 50: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

49

O último item analisado por nós nesta pesquisa foi com o objetivo de conhecer como

está atualmente a situação da comunicação no Centro na opinião dos funcionários. Sobre isso

tivemos opiniões divididas, pois 47% disseram que ela melhorou e outros 53% que ela

manteve-se boa, reforçando a ideia de que a área de comunicação pode e deve ser melhorada

dentro da organização, e a contratação de um profissional seria um passo fundamental para

esse objetivo.

5.5 Análise da entrevista com a diretora presidente Helena Holanda

Segundo a diretora presidente do CAEHH, Helena Holanda, a comunicação

com os funcionários é muito eficaz. Ela afirmou fazer uso de vários instrumentos de

comunicação, como reuniões, avisos, emails e conversas informais e explicou que se houver

algum ruído na comunicação, eles procuram outro meio para que a mensagem chegue a todos

os funcionários.

A diretora se diz bastante receptiva, estando sempre disposta a ouvir seus

funcionários, que podem conversar e tratar de qualquer assunto tanto com ela quanto com os

coordenadores. Esse resultado foi confirmado no Gráfico 5 da pesquisa, onde tivemos que

90% dos entrevistados responderam que se sentiam a vontade para conversar diretamente com

os gestores; e isso mostra que a organização possui um bom relacionamento com seus

colaboradores.

Sobre as mídias sociais, a diretora explicou que é ela quem gerencia tanto o

perfil quanto a página que a organização possui no Facebook, mas que faz isso sem

Page 51: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

50

planejamento e regularidade, apenas quando tem algum tempo livre de seus afazeres na ONG,

pois não há um profissional para cuidar da área de comunicação. Nessa mídia, ela se limita a

divulgar os eventos que o Centro promove ou participa, postando fotos de destes e das

apresentações que realizam.

A diretora demonstrou insatisfação em relação ao site, comentando que ele não

é dinâmico, atrativo e eficiente. Ela diz reconhecer a importância que um site possui para uma

organização e comentou que só não investe mais nessa área ainda por falta de recursos

financeiros, já que o domínio de um site é pago mensalmente, não é barato e o Centro tem

outras prioridades. A pouca atenção dada ao site é refletida no Gráfico 11 da pesquisa, onde

os entrevistados mostraram ter opiniões diversificadas e até controversas sobre o site.

Contudo, pode-se perceber que a diretora tem muito orgulho da ONG e das

causas que ela defende. Ela afirmou entender o valor de um bom relacionamento com seus

públicos e de uma comunicação eficaz para uma organização; e diz que faz o que está ao seu

alcance para que isso aconteça.

Com a entrevista e pesquisa feita na ONG, percebemos que esta possui alguns pontos

positivos quando o assunto é comunicação. Eles se preocupam com os funcionários e buscam

fazer ações (eventos, confraternizações e reuniões) que demonstrem isso. Os colaboradores

entendem esse fato e os resultados podem ser vistos nos Gráficos 3 e 4 da pesquisa, onde

tivemos que 90% dos entrevistados sentem-se valorizados pela ONG e 95% se sentem

motivados a trabalhar no Centro. Porém, analisamos também que há alguns pontos em que a

organização pode e deve melhorar, como por exemplo, o uso de instrumentos de

comunicação.

Page 52: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

51

6 DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO

6.1 Diagnóstico

A partir das observações que fizemos quando visitamos a ONG, percebemos que sua

comunicação organizacional, em especial a interna, não é tão eficaz. A ausência de um setor

de comunicação e de um profissional que se dedique a esta área e a trate como uma

ferramenta estratégica pode ser uma das causas desse problema e de outros listados abaixo.

Para se comunicar com os funcionários, a diretoria realiza periodicamente reuniões.

No resto do tempo, os informes são passados para os coordenadores dos setores que repassam

para os funcionários, não havendo contato direto com a diretoria. Além disso, o uso de alguns

instrumentos de comunicação poderia ser aprimorado. Por exemplo, o único mural da

organização serve para informar tanto funcionários quanto gestores e até visitantes e

familiares dos beneficiados.

Não há preocupação com o feedback dos funcionários. Não há pesquisas para saber a

opinião deles sobre determinados assuntos ou para verificar se entenderam as informações

que foram transmitidas pelos gestores ou pelos coordenadores. Logo, a diretoria não tem

como afirmar se sua mensagem foi captada de maneira correta. Outros meios que permitem

conhecer a opinião dos públicos, como caixa de sugestões, por exemplo, também não são

utilizados.

Em relação ao logotipo da organização, entendemos que ele parece confuso,

desatualizado e bastante colorido; porém, devido ao forte apego da diretora a essa logo, pois

participou de sua criação, percebemos que, fazer modificações para atualiza-la e moderniza-la

não seria possível nesse momento. Com isso nos vimos impossibilitadas de propor uma ação

relacionada a esse problema.

Por fim, pode-se perceber que com a falta de um planejamento focado na área de

comunicação, as ações se tornam aleatórias e fracas. Prova disso são as mídias sociais que

possuem conteúdos desinteressantes e sem periodicidade, o que acaba enfraquecendo a

imagem da organização, resultando em poucos acessos.

6.2 Prognóstico

Page 53: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

52

Perante essa análise do diagnóstico, concluímos que caso esses problemas não sejam

resolvidos, a situação da organização pode se agravar e sua imagem se tornará cada vez mais

fraca junto a seus públicos, o que futuramente poderá prejudicar e fragilizar o

desenvolvimento de suas atividades. Consecutivamente, conseguir doações, patrocínios e

parceiros para os diversos eventos e as causas que promovem, também serão mais difíceis.

O programa de Relações Públicas visa à resolução desses problemas através da

apresentação de possíveis soluções que são planejadas, direcionadas e compatíveis com a

atual realidade da ONG.

Page 54: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

53

7 PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS

Depois de feita a análise do diagnóstico, decidimos fazer um programa de Relações

Públicas para o Centro de Atividades Especiais Helena Holanda, pois a organização necessita

de um conjunto de ações – e não apenas de uma ação – para tentar solucionar os problemas

encontrados. Este programa terá ações que buscam melhorar os relacionamentos da ONG,

aprimorar a sua imagem junto à sociedade e estruturar a área de comunicação do Centro. A

seguir, cada uma das quatro ações propostas.

7.1 Estabelecimento de um novo organograma

7.1.1 Identificação

De forma geral, o organograma auxilia a tomada de decisão por parte dos gestores,

indicando aos funcionários quem deve ser consultado e procurado na hora de algum

problema, quem pode dar a última palavra e tomar as decisões, além de facilitar a

comunicação entre os setores e seus respectivos colaboradores.

7.1.2 Justificativa

O organograma de uma instituição pode ser definido como a representação gráfica de

sua estrutura organizacional. Ele mostra a hierarquia e as relações de comunicação existentes

entre os diversos setores. Com o organograma estabelecido, os funcionários entenderão

melhor o funcionamento da empresa e qual é o papel de cada um dentro dela.

O organograma é um gráfico que retrata a organização formal, a estrutura que foi

delineada no regulamento, configurando os diversos órgãos, sua interdependência,

linhas de autoridade e subordinação. O organograma torna clara unidade,

constituindo, portanto, um poderoso instrumento de comunicação. (TEIXEIRA,

2010, p. 53).

Além disso, a existência de um organograma e o estabelecimento de uma estrutura

compatível com a realidade da organização pode lhe trazer vários benefícios, como por

exemplo, a diminuição conflitos tanto entre os dirigentes e os departamentos, quanto entre os

próprios colaboradores (BALCÃO, 1978).

A ONG atualmente possui três organogramas diferentes e desestruturados, e não há

uma conexão entre os três, o que torna a hierarquia da organização muito confusa. Tendo em

Page 55: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

54

vista a importância de um organograma, esta ação visa criar um único organograma para o

CAEHH. Com isto, esperamos maximizar o resultado dos trabalhos, pois cada colaborador

saberá com mais clareza sua função. A proposta também é fortalecer a imagem da

organização junto ao seu público interno.

7.1.3 Objetivos

- Tornar clara uma hierarquia de setores dentro da organização, gerando assim uma

otimização do processo comunicacional.

- Promover o entendimento dos colaboradores sobre as funções de cada setor.

7.1.4 Público-alvo

- Funcionários, gestores e estagiários que trabalham na organização.

7.1.5 Ações:

- Reunião com os gestores para definição da hierarquia dos setores da organização;

- Definição da função de cada setor;

- Criação de único organograma;

- Apresentação do novo organograma aos funcionários.

7.1.6 Formas de avaliação e acompanhamento dos resultados

Seis meses após a apresentação do organograma aos colaboradores, será feita uma

pesquisa de opinião para verificar se todos entenderam e aprovaram o organograma único e se

isso, de alguma forma, vem facilitando a comunicação interna.

7.1.7 Recursos

7.1.7.1 Humanos

- Profissional de Relações Públicas (consultoria pelo programa de RP)

-Gestores

7.1.7.2 Materiais

-Computador

-Impressora

Page 56: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

55

-Cartucho de tinta para impressora

-Papel

7.1.7.3 Financeiros

-Cartucho de tinta para impressora: R$18,00

-Papel (pacote com 100 folhas): R$ 3,00

- Consultoria do profissional de Relações Públicas: R$ 650,00.

7.1.8 Cronograma

Jan.

2015 Fev.

2015 Mar.

2015 Abr.

2015 Maio

2015 Jun.

2015

Jul.

2015 Ago.

2015

Definição da

hierarquia dos

setores da

organização

X

Definição da função

de cada setor

X

Criação de único

organograma

X

Mostrar aos

funcionários o novo

organograma e

explicar-lhes como

funciona

X

7.2 Atualização e organização do mural dos funcionários e criação de um mural para os

visitantes

7.2.1 Identificação

Constitui uma das formas mais rápidas e eficientes de comunicação com os

empregados. Instrumento dinâmico abre espaço para um rol de informações pouco focalizadas

por outros veículos empresariais, caracterizando-se principalmente por ser um veículo diário e

imediato da comunicação da empresa com seus funcionários e de baixo custo.

Page 57: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

56

7.2.2 Justificativa

O mural é um dos principais instrumentos de comunicação da organização. Na

pesquisa feita com os funcionários, ele foi o dito como o terceiro instrumento mais utilizado

(ver gráfico 7). Devido à sua importância, ele deve ser pensado como uma ferramenta

estratégica de comunicação, e as ações que o envolvem devem ser planejadas e realizadas de

forma que aumentem seu potencial de uso dentro da organização.

Mesmo sendo um veículo de comunicação tão tradicional, ele ainda é muito

funcional e traz resultados bastante relevantes para a empresa, assim como também

seus colaboradores. Para determinadas informações, ele ainda é a melhor opção para

comunicação interna de companhia. (ANDRADE, 2014, p. 89).

Ainda na pesquisa com os funcionários, verificamos que os mesmos acham o mural

eficiente, mas que preferiam que ele fosse apenas de uso interno, e não interno e externo,

como é atualmente, pois o mural fica localizado na recepção do Centro e tanto os

colaboradores quanto os visitantes têm acesso a ele e ao conteúdo nele publicado.

A partir destes dados, propomos algumas ações: se faz necessário dois murais, um

apenas para visitantes, que fique no hall de entrada em um local visível, que seja algo

chamativo, com informações importantes sobre a organização. E o outro apenas para os

funcionários, em um local de destaque que seja de acesso somente dos colaboradores; e

contenha assuntos que são dirigidos ao público de interesse, como foi visto anteriormente na

pesquisa.

7.2.3 Objetivos

- Tornar o mural um instrumento de comunicação mais eficiente;

- Transmitir informações dirigidas para cada público.

7.2.4 Público-alvo

- Funcionários, gestores, estagiários, beneficiados e visitantes.

7.2.5 Ações:

- Transformar o mural atual em exclusivo para os visitantes;

- Criar um mural só para os funcionários e colocá-lo em espaço estratégico para os mesmos;

- Preparar conteúdos para serem expostos nos murais;

- Colocação dos conteúdos dirigidos para cada público nos murais.

Page 58: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

57

7.2.6 Formas de avaliação e acompanhamento dos resultados

Através de pesquisa de opinião e conversas informais com o público alvo desta ação.

7.2.7 Recursos

7.2.7.1 Humanos

- Profissional de Marketing

- Profissional de Relações Públicas (consultoria pelo programa de RP)

7.2.7.2 Materiais

- 1 placa de isopor

-3 folhas camurça

-Papel

-Impressora

-Cartucho de tinta para impressora

-Tesoura

-Tachinhas (alfinetes)

7.2.7.3 Financeiros

-1 placa de isopor: R$5,20

-3 folhas camurça: R$0,89 (cada)

-Papel (pacote com 500 folhas): R$13,90

-Cartucho de Tinta para impressora: R$18,00

-Tachinhas (alfinete): R$2,00

- Salário do profissional de marketing: sem ônus adicional, pois esse profissional já integra o

quadro de funcionários da organização.

- Consultoria do profissional de Relações Públicas: sem ônus adicional, pois é relativa a todo

o programa de RP e não a cada ação.

Page 59: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

58

7.2.8 Cronograma

Dez.

2014

Jan.

2015 Fev.

2015 Mar.

2015 Abr.

2015 Maio

2015 Jun.

2015

Jul.

2015 Ago.

2015

Transformar o mural

atual em exclusivo

para os visitantes

X

Criar um mural só

para os funcionários e

coloca-lo em espaço

estratégico para os

mesmos

X

Preparar conteúdos

para serem expostos

nos murais

X X X X X X X X X

Colocar os conteúdos

dirigidos para cada

público nos murais

X X X X X X X X X

7.3 Organização da mídia social – Facebook

7.3.1 Identificação

A ação visa fortalecer a organização no ambiente virtual, organizando sua página e

planejamento e padronizando as postagens.

7.3.2 Justificativa

Com o avanço da tecnologia e a popularização da internet, as chamadas mídias sociais,

espaços virtuais de interação, vêm ganhando cada vez mais destaque junto à sociedade. “As

crescentes mudanças que ocorrem no mundo empresarial vêm obrigando as organizações a

estarem inseridas no contexto das novas tecnologias, que é premissa básica para aquele que

deseja estreitar relações com o seu público-alvo” (NANNI; CAÑETE, 2010, p. 1). Mídias

sociais podem ser definidas como plataformas online que são usadas tanto para divulgar

conteúdo quanto para criar relacionamento entre as pessoas. Alguns exemplos são: Facebook,

myspace, Twitter, Youtube e blogger.

Page 60: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

59

Dentre estes, o Facebook é um dos mais populares, pois permite o compartilhamento

de conteúdo, divulgação de fotos, vídeos e eventos e a troca de mensagens entre os

beneficiados, tudo isso de forma rápida e prática. Atualmente, é importante que as

organizações estejam inseridas nesta mídia, devido a seus benefícios e às possibilidades que

oferecem, como por exemplo, conhecer melhor o público e construir uma imagem

institucional junto a eles, mas, para isto é preciso que elas sejam bem administradas. “As

empresas que se utilizam das mídias sociais como estratégia de comunicação, estão obtendo

melhores resultados e vantagem competitiva no mercado” (NANNI; CAÑETE, 2010, p. 1).

Vista a importância do Facebook, temos que o CAEHH deve dedicar mais tempo e

atenção a esta mídia social, pois isto pode ajudar a organização em vários aspectos,

principalmente na divulgação das causas que promove.

7.3.3 Objetivos:

- Divulgar o CAEHH;

- Criar relacionamento com o público inserido nesta mídia;

- Fortalecer a imagem institucional do Centro;

- Conquistar doadores e parceiros em potencial para que contribuam com as causas

promovidas pela ONG.

7.3.4 Público-alvo

- Usuários do facebook.

7.3.5 Ações:

- Excluir o perfil atual;

- Avisar aos contatos do perfil sobre a existência da página do CAEHH;

- Divulgação da página para aumentar acessos;

7.3.6 Formas de avaliação e acompanhamento dos resultados

Analisar a quantidade de curtidas e de acessos da página antes e depois da ação,

através de uma ferramenta de gerenciamento disponibilizada pelo próprio Facebook. Também

analisaremos se as pessoas estão fazendo comentários ou compartilhando algum conteúdo

postado e com que frequência isso vem acontecendo.

Page 61: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

60

7.3.7 Recursos

7.3.7.1 Humanos

- Profissional de Relações Públicas (consultoria)

- Profissional de Marketing

7.3.7.2 Materiais

- 1 computador com acesso à internet

7.3.7.3 Financeiros

- Consultoria do profissional de Relações Públicas: sem ônus adicional, pois é relativa a todo

o programa de RP e não a cada ação.

- Salário do profissional de marketing: sem ônus adicional, pois esse profissional já integra o

quadro de funcionários da organização.

7.3.8 Cronograma

Dez.

2014

Jan.

2015

Fev.

2015

Mar.

2015

Abr.

2015

Maio

2015

Jun.

2015

Jul.

2015

Ago.

2015

Excluir o perfil atual X

Avisar aos contatos do

perfil sobre a

existência da página do

CAEHH

X

Divulgação da página

para aumentar acessos

X X X

Atualização da página X X X X X X X X X

7.4 Criação de um setor de comunicação/marketing

7.4.1 Identificação

Essa ação visa criar modificar o atual setor de marketing da organização para que ele

se transforme no setor de comunicação/marketing e assim a área de comunicação receba mais

atenção e ajude a organização no relacionamento com seus públicos e na divulgação de sua

causa, serviços e eventos.

7.4.2 Justificativa

Page 62: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

61

A comunicação é muito importante para o sucesso de uma organização, pois é a partir

dela que serão construídos os relacionamentos com seus diversos públicos. “A comunicação é

um ato de comunhão de ideias e o estabelecimento de um diálogo. Não é simplesmente uma

transmissão de informações” (HAMAD, SOUZA, SOUSA, 2013, p.78).

Para que a comunicação atinja os objetivos da organização, ela precisa ser pensada de

forma estratégica e suas ações devem ser planejadas. Ter um setor que se dedique a isso é o

primeiro passo para maximizar o potencial da área. Contratar um profissional de Relações

Públicas também é importante, porque este vai ajudar a administração na construção de

relacionamento com seus públicos, dentre outras coisas. (FERRARI, 2002). Caso a

contratação imediata de um profissional não seja algo tangível, propomos realizar consultorias

trimestrais ou semestrais com um Relações Públicas, dependendo da necessidade da

organização e de sua situação financeira.

O CAEHH é uma organização sem fins lucrativos e na maior parte do tempo, seu

orçamento é bastante curto. Ter um setor específico de comunicação, com a estrutura

adequada, não é uma alternativa para sua atual realidade. Mas, transformar o setor de

marketing em um setor de comunicação/marketing é algo que está dentro da realidade de

organização e que pode trazer vários benefícios, como por exemplo, diminuir os ruídos

comunicacionais internos e melhorar o diálogo da organização com seus públicos.

7.4.3 Objetivos:

- Fortalecer a área de comunicação dentro do CAEHH;

- Consolidar a imagem da organização junto a seus públicos;

- Firmar o relacionamento da organização com seus stakeholders;

- Divulgar de maneira estratégica a organização, sua causa, serviços e os eventos que realiza.

7.4.4 Público-alvo

- Todos os públicos da organização.

7.4.5 Ações:

- Renomear o setor de marketing para o de comunicação/marketing;

- Estabelecer funções específicas para a área de Relações Públicas;

- Criar estratégias para otimizar o relacionamento da ONG com os diversos públicos;

- Contratar um profissional para gerenciar as ações de comunicação e Relações Públicas;

Page 63: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

62

- Selecionar um estagiário de comunicação ou marketing para o setor;

- Desenvolver um planejamento de ações para o setor de comunicação/marketing;

- Regularizar o conteúdo de publicações e postagens nos instrumentos de comunicação

utilizados.

7.4.6 Formas de avaliação e acompanhamento dos resultados

Através de reuniões com os colaboradores buscaremos descobrir se a comunicação na

organização está fluindo mais facilmente, se a imagem da ONG e suas causas estão mais

claras e se eles se sentem à vontade com as mudanças feitas. Ainda dentro da organização

faremos observações para ver se com a alteração do setor, os funcionários estão interagindo

melhor entre si, com a direção, com os visitantes e com os integrados. As conversas informais

serão utilizadas nos eventos como uma forma de conhecer a opinião do público. Com o

público externo, propomos a realização de uma pesquisa por amostragem em longo prazo, que

deverá ser feita seis meses após o início da ação. Tudo isso com o objetivo de avaliar se a

criação do setor está trazendo benefícios para o dia a dia do CAEHH.

7.4.7 Recursos

7.4.7.1 Humanos

- Profissional de Relações Públicas (consultoria)

- Estagiário para o setor4

- Profissional de Marketing

7.4.7.2 Materiais

- 1 computador com acesso à internet

7.4.7.3 Financeiros

- Consultoria de profissional de RP: sem ônus adicional, pois é relativa a todo o programa de

RP e não a cada ação

- Salário do profissional de marketing: sem ônus adicional, pois esse profissional já integra o

quadro de funcionários da organização

7.4.8 Cronograma

4 O estagiário não será remunerado pela organização, pois o estudante estará cumprindo um estágio obrigatório

em sua grade curricular.

Page 64: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

63

Jan.

2015

Fev.

2015

Mar.

2015

Abr.

2015

Maio

2015

Jun.

2015

Jul.

2015

Ago.

2015

Alteração o setor de

marketing para o de

comunicação/marketing

X

Estabelecimento de

funções para a área de

Relações Públicas

X X

Desenvolvimento de

um plano de ações para

o setor

X X

Contratação de um

profissional para a área

de comunicação

X

Criação de um plano de

ações para otimização

de relacionamentos

com os públicos

X

Seleção de um

estagiário

X

Page 65: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

64

8 AVALIAÇÃO DAS AÇÕES EXECUTADAS

8.1 Estabelecimento de um novo organograma

Desenvolver um organograma não é uma simples tarefa, é preciso entender o

funcionamento da organização, a importância de cada setor, estabelecer hierarquia entre as

diversas áreas e definir o papel de cada uma delas. “A mera elaboração do organograma dá

lugar à análise de inconsistências e complexidades na estrutura e, consequentemente, a

eliminação dessas inconsistências e complexidades” (BALCÃO, 1978, p. 121).

Para poder fazer um novo organograma para o CAEHH, começamos nossa pesquisa

buscando conhecer a parte jurídica e lei que rege as organizações não governamentais. A lei

9.790/99 dispõe sobre as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), que

é um tipo ONG que possui cadastro no Ministério da Justiça e recebe regularmente recursos

financeiros do Governo. Como foi visto anteriormente, no item 3.4 do briefing, o Centro

ganha mensalmente uma verba do Governo do Estado; e por isso e pelo fato de ser uma

pessoa jurídica se classifica como OSCIP.

A lei não determina como deve ser o organograma dessas organizações, apenas

estabelece que em seu estatuto deva ter uma diretoria, para tomar as decisões importantes na

ONG e a existência de um conselho fiscal, para fiscalizar as ações praticadas pelos

administradores e opinar sobre as contas.

Esclarecidas as questões jurídicas, o próximo passo foi estudar o Centro, seu

funcionamento e seus setores. Segundo Ernest Dale (1955 apud BALCÃO, 1978), a

formulação de um organograma deve sempre ser precedida de um estudo da

departamentalização existente, das relações e dos cargos mais importantes.

Page 66: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

65

Figura 2: modelos de organogramas antigos do CAEHH

Antes, como pode ser visto na figura 2, a organização possuía três organogramas

distintos, com ausência de hierarquia e nenhum deles cumpria a determinação de estatuto da

lei 9.790/99.

Após esse estudo, nós nos reunimos com a diretora presidente para formular o novo

organograma. Ele foi desenvolvido no modelo clássico, também denominado vertical, por ser

simples e de fácil leitura. Sua elaboração é feita com retângulos, que representam os setores e

linhas, que fazem a ligação hierárquica e de comunicação entre eles.

Page 67: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

66

Figura 3: novo organograma do CAEHH

Fonte: Pesquisa de campo (2015)

Neste novo modelo (representado pela figura 3), a hieraquia começa pela Diretoria,

que é formada pelos conselhos diretor e fiscal. O conselho diretor é formado pela presidente,

vice-presidente, tesoureira e secretária executiva e é responsável pela tomada de decisões

sobre qualquer assunto que envolva a organização. Já o conselho fiscal é formado pelo

conselheiro titular e suplente e sua função é fiscalizar a parte contábil da organização, conferir

as notas fiscais e as planilhas de gastos da organização. Possui ligação direta com o

departamento de Assesssoria Jurídica e Contábil.

Abaixo dos conselhos estão quatro departamentos: Administração, Núcleo Clínico,

Recursos Humanos e Comunicação/Marketing.

O primeiro departamento, o administrativo, se divide em cinco setores. São eles:

Compras, responsável por comprar os materiais que a ONG necessita; Almoxarifado, faz a

organização e controle dos materiais; Informática,cuida da manutenção de computadores e

impressoras e faz a instalação de programas nos aparelhos; Transporte, responsável por

transportar gestores, colaboradores e integrados, quando for necessário que algum deles

Page 68: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

67

resolva algo relacionado ao Centro; e por fim o setor de Serviços Gerais, que inclua a limpeza

e higienização do local, funcionários da copa e cozinha e o recepcionista.

O Núcleo Clínico é responsavel por cuidar dos integrados e possui três setores. O

primeiro é a coordenação SUS, que contabiliza os atendimentos realizados mensalmente para

que a organização possa receber a verba do Governo; o segundo é a Reabilitação, que faz os

atendimentos aos integrados. Inclui a fisioterapia, a fonoaudiologia, o serviço social, dentre

outros. O último setor desse departamento é o de Arte e Cultura, que inclui o grupo teatral, o

de dança e a Banda.

O departamento de Recursos Humanos é responsável pela admição, demissão e

capacitação dos funcionários, estagiários e voluntários (quando necessário). Por fim, o

departamento de Comunicação/Marketing, que é novo e está em processo de implantação.

Suas atividades não estão completamente definidas, mas devem incluir a realização de

eventos, telemarketing, assessoria de imprensa, gerenciamento dos instrumentos de

comunicação e captação de novos doadores.

Alguns setores dos antigos organogramas não existem mais, como é o caso da

Diretoria Técnica, pois era um setor que deveria ter como função coordenadar as atividades

clínicas, mas que na prática era formado apenas pela diretoria presidente que, devido as

atribuições do dia a dia, não exercia tal função. No novo organograma, a Diretoria Técnica foi

substituita pelo Núcleo Clínico, que será estará sob a supervisão do Coordenador de Saúde da

organização. Os setores de Recepção, Secretária, Higienização, Cozinha industrial e Cursos

culinários transformaram-se em um único setor, o de Serviços Gerais.

A avaliação do resultado para saber se o organograma está de fato cumprindo os

objetivos estabelicidos é um processo de médio a longo prazo, que só poderá ser feito depois

de seis a oito meses de sua implantação. Contudo, decidimos iniciar esta ação, pois

acreditamos que seus futuros resultados serão positivos para o CAEHH.

8.2 Atualização dos murais

A ação consistia em atualizar o mural já existente na ONG e deixá-lo apenas

para os visitantes e também criar outro mural somente para os funcionários e estagiários. Em

seguida, realizar uma pesquisa com os funcionários para saber se o novo mural, feito para

eles, estava sendo bem aceito.

Page 69: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

68

Figura 4: Mural único da ONG antes da ação

Fonte: Pesquisa de campo (2014)

Como já foi dito anteriormente, a organização possuía apenas um mural que servia

para informar tanto os colaboradores quanto os visitantes, que se localizava no hall de entrada

do Centro. Não havia divisões de assunto nem padronização das informações colocadas. Na

figura 4 pode-se ver como era o mural antes da ação.

Figura 5: Mural de visitantes depois da ação no mês de janeiro

Fonte: Pesquisa de campo (2015)

Na figura 5, temos a primeira atualização do mural feita no mês de janeiro de 2015.

Ele continuou no mesmo local, porém seu layout foi completamente alterado. Foi colocada

uma borda em tons de azul e branco para destacar o mural e dar um toque cor, já que esse é

Page 70: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

69

todo branco. Ele foi dividido em quatro seções: novidades, informativos, aniversariantes do

mês e dicas culturais.

Na primeira seção, colocamos o nome da página da organização no Facebook e uma

conquista do CAEHH. Na segunda, de informativos, colocamos um breve resumo sobre a

história da ONG e um aviso sobre a saúde da mulher. Na de aniversariantes do mês, o nome

dos integrados que completam ano em janeiro. E na última seção, foram coladas dicas

culturais, cinematográficas e de eventos que estavam acontecendo na cidade de João Pessoa

no referido mês.

Figura 6: Mural de visitantes depois da ação no mês de fevereiro

Fonte: Pesquisa de campo (2015)

A figura 6 mostra a atualização do mural em fevereiro. Nesse mês, na seção de

novidade colocamos o evento de Carnaval que a organização estava preparando e aviso sobre

a página no Facebook continuou. Outra coisa que continuou foi o breve resumo na seção de

Informativos, mas o aviso sobre saúde da mulher saiu. Em seu lugar, foi colocado um aviso

com datas e horários de reuniões que a diretoria estará realizando com alguns pais esse mês. A

seção de aniversariantes também foi atualizada com uma nova lista, assim como as dicas

culturais. Neste mês, optamos por criar uma coluna móvel com o logotipo e algumas fotos de

trabalhos realizados pela organização, como uma forma de divulgá-lo ainda mais.

Page 71: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

70

Figura 7: Novo mural dos funcionários

Fonte: Pesquisa de campo (2015)

O novo mural dos funcionários e estagiários possui um layout simples, nas cores azul

marinho e amarelo, que são também usadas no logotipo da organização. O mural também foi

dividido em quatro seções. São elas: reunião, informativos, aniversariantes do mês e dicas

culturais. A primeira seção é um espaço para datas de reunião entre os colaboradores e

gestores. Na segunda seção, são colocados avisos sobre eventos e o nome da página do Centro

no Facebook, para que os funcionários possam conhecê-la. Em aniversariantes do mês, foi

anexada a lista de colaboradores que faz aniversário e por fim, a seção de dicas culturais, que

segue o mesmo estilo e padrão daquela feita para os visitantes.

Nesse mural, também foi colocado o logotipo da ONG, como uma forma de fortalecer

sua imagem junto ao público desse instrumento de comunicação. Ele também é atualizado

mensalmente e a foto acima (figura 7) é referente ao mês de fevereiro.

Depois das atualizações, partimos para a análise dessa ação. Para isso, usamos o

método de pesquisa quantitativa, usando um questionário claro e objetivo, com quatro

perguntas. Os dados levantados na pesquisa foram coletados e em seguida tabulados e

transformados em gráficos com base nos percentuais de cada resposta com relação ao número

de respondentes: 23 colaboradores que representaram os 32 funcionários do CAEHH. Apesar

de o mural ser para funcionários e estagiários, optamos por fazer a pesquisa somente com

Page 72: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

71

funcionários, porque estes são fixos no quadro da organização, enquanto os estagiários têm

maior rotatividade. Abaixo seguem os resultados da pesquisa.

-Você percebeu que o houve a separação do mural de visitantes e funcionários?

Dos 23 colaboradores que participaram da pesquisa, todos perceberam a mudança e a

separação dos murais da organização.

-Como você classificaria o novo mural dos funcionários?

Pode-se perceber que o mural para os funcionários foi bem recebido pelos mesmos.

Dos 23 colaboradores, 14 (61%) responderam que o mural é bom, 6 (26%) muito bom e

apenas 3 (13%) responderam que a ação é regular. Não obtivemos reposta de péssimo e ruim.

-O que mais lhe agradou no novo mural? (Essa questão pode ter mais de uma resposta)

Page 73: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

72

Nesse gráfico podemos ver que vários quesitos agradaram os funcionários. 21 pessoas

aprovaram o layout do novo mural, 23 gostaram dos conteúdos expostos, 8 pessoas gostaram

das disposição das informações e 17 pessoas aprovaram a localização do mural, já que o

mesmo fica num local frequentado apenas pelos funcionários.

O que menos lhe agradou no novo mural? (Essa questão pode ter mais de uma resposta)

Nessa pergunta, não obtivemos muitos resultados, apenas quatro respostas, das quais,

três não gostaram da localização e um reclamou do tamanho do mural, alegando ser pequeno.

Através dessa análise, podemos concluir que, mesmo com alguns pontos para serem

melhorados com o tempo, a ação foi aceita por grande parte dos funcionários do Centro de

forma positiva. Em nossas visitas, percebemos que de fato o mural tem sido usado pelos

gestores da organização, com o intuito de melhorar a comunicação interna.

Page 74: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

73

8.3 Organização da mídia social - Facebook

É fato que os brasileiros são viciados em internet e nas facilidades que esse meio

proporciona para suas vidas. Dados divulgados pelo Ibope em 2013 indicaram que o Brasil

está em terceiro lugar com o maior número de pessoas acessando a internet, cerca de 52,5

milhões. Ano passado (2014), um portal do site Uol divulgou resultados de uma pesquisa feita

por um empresa de consultoria americana eMarketer entre os meses de abril a junho. Os

dados que mostravam que, em cada mês, o número de brasileiros que usam o Facebook

chegou a 89 milhões de pessoas.

Atualmente, o Facebook pode ser considerado um instrumento de comunicação

dirigida e por isso as ações que o envolvem necessitam de um planejamento, pois somente

assim, seu potencial de atingir e espalhar informações para vários indivíduos ao mesmo tempo

será atingido. Foi com o intuito de divulgar e fortalecer a imagem do CAEHH, que

propusemos a ação de divulgação e atualização semanal da página da organização com

postagens relacionadas às causas promovidas e aos eventos realizados.

Figura 8: Página do CAEHH antes da ação

Antes de iniciarmos nossa ação, dia 21/12/2014, percebemos que a página possuía 659

curtidas, porém nenhuma nova curtida foi conquistada dentro dessa semana. O alcance das

publicações também era baixo, como mostra a figura 8.

Page 75: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

74

Figura 9: Página do CAEHH após a ação

Nosso objetivo era conseguir 100 curtidas no período de 22/12/2014 a 05/02/2015, que

totalizam 45 dias. Essa meta foi ultrapassada, pois no 06/02/2015 a página se encontra com

787 curtidas, 128 a mais desde o dia em que iniciamos a ação. Só nesta semana, nove curtidas

foram adquiridas e o alcance das publicações cresceu bastante, passando para 533, como pode

ser visto na figura 9.

Figura 10: Dados referentes às publicações antes da ação

Page 76: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

75

Na figura 10, ainda sobre semana do dia 21/12, observamos que a quantidade de

pessoas envolvidas (que curtiram, comentaram, compartilharam ou clicaram) era de apenas

três e seis cliques nas publicações. Não havia nenhum comentário ou compartilhamento.

Figura 11: Dados referentes às publicações depois da ação

Até a última mensuração de dados, no dia 06/02, constatamos que todos os dados

haviam aumentado. Na figura 11, temos que o número de pessoas envolvidas passou 55,

houve um comentário e três compartilhamentos. A quantidade de cliques em publicações

chegou a 110.

Figura 12: Popularidade de diferentes tipos de publicações

Page 77: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

76

Também analisamos que tipos de publicações foram mais populares entre o público. A

figura 12 revela que, em relação ao alcance, o vídeo vem em primeiro lugar, seguido do status

em segundo, link em terceiro e fotos em quarto lugar. Já em relação à média de envolvimento

dos usuários, tivemos dados parecidos; a diferença foi que as fotos geraram mais

envolvimento e ficaram em terceiro lugar e os links em último.

Com isso, percebemos que as publicações que mais agradaram ao público foram

aquelas que permitiam a interação deles com a ONG. Ao longo desta ação, também notamos o

crescimento do número e frequência de postagens trouxe resultados bastante positivos para a

organização e que, aos poucos, ela está consolidando sua imagem nessa mídia social.

Figura 13: Mensagem de fim de ano

Figura 14: Mensagem divulgando uma apresentação cultural do CAEHH

Page 78: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

77

Figura 15: Vídeo mostrando ensaio do grupo de dança

As figuras 13, 14 e 15, que estão logo acima, são alguns exemplos de postagens feita na

página durante a ação. Tentamos fazê-las de forma diversificada, usando textos, fotos e

vídeos, para poder analisar quais atraiam mais o público. Perante os resultados, consideramos

que a ação foi bem sucedida e que acreditamos que, caso seja dado continuidade da forma

adequada, esse instrumento de comunicação trará resultados cada vez mais positivos.

Page 79: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

78

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É possível afirmar que para qualquer organização, seja ela privada, pública ou não

governamental, é de fundamental importância à existência de um planejamento, de uma

avaliação dos serviços e/ou produtos e claro, de uma boa administração e comunicação.

Nesse projeto, pudemos perceber que a organização Centro de Atividades Especiais

Helena Holanda, tem bons funcionários e uma administração com boa vontade e com vontade

de acertar, mas lhes faltava planejamento e havia alguns ruídos na comunicação entre

diretoria e funcionários/estagiários. Nosso trabalho foi justamente atender essa necessidade,

fazendo algumas ações que fortalecessem a imagem da organização junto ao seu público

interno e melhorasse a comunicação gestores/funcionários.

A ONG foi muito receptiva e se mostrou, desde o início, interessada em resolver os

problemas que encontramos e desenvolver as ações propostas por nós. A diretora presidente e

também fundadora, Helena Holanda, sempre foi muito atenciosa.

As ações que colocamos em prática trouxeram benefícios à organização e atenderam

às principais necessidades apresentadas. Ainda deixamos outras ações propostas, para que

num futuro próximo, elas possam ser colocadas em prática.

Foi uma experiência enriquecedora poder fazer esse projeto numa ONG. Pudemos

vivenciar as dificuldades com as quais organização desse tipo convive. Conhecer Helena

Holanda também foi de grande importância, pessoas como ela fazem a diferença no mundo e

nos mostra como é importante olhar para o próximo e enxergar mais que as suas limitações.

Através desse projeto pudemos vivenciar as atividades de um profissional de Relações

Públicas e estabelecer uma nova visão sobre a área, reunindo todo conhecimento adquirido

com os professores que passaram pela nossa vida acadêmica desde o início do curso, bem

como a colaboração da nossa professora orientadora.

Além disso, nós tivemos a oportunidade de conquistar os nossos objetivos acadêmicos,

atribuindo experiência em nossas vidas, tanto pessoal quanto ao perfil profissional.

Page 80: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

79

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Cândido Teobaldo de Souza. Curso de Relações Públicas: Relações com os

diferentes públicos. 6ª ed. São Paulo: Thomson, 2003.

ANDRADE, Filipe. O que é um jornal mural? Anápolis, 27 mai. 2014. Disponível em:

<http://www.racecomunicacao.com.br/pt/blog/o-que-e-um-jornal-mural/>. Acesso em: 23 de

outubro de 2014, às 11h24.

BALCÃO, Yolanda Ferreira. Organograma: representação gráfica da estrutura. RAE, São

Paulo, v. 17, n. 1, jan./abr. 1978. Disponível em:

<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/viewFile/40765/39525>. Acesso em:

01 de fevereiro, às 11h28.

BRASIL.Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9790.htm>. Acesso em: 02 de fevereiro de 2015,

às 18h44.

COSTA, C. Gestão da Comunicação: Terceiro setor, Organizações Não-Governamentais,

Responsabilidade Social e Novas Formas de Cidadania. São Paulo: Atlas, 2006.

COSTA, Elysa Coutinho. Planejamento de Relações Públicas para a cantina Delícias do

Campus. In: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação,

Goiânia, 2014. Disponível em: <

http://www.portalintercom.org.br/anais/centrooeste2014/resumos/R41-0233-1.pdf> Acesso

em: 27 de agosto de 2014, às 13h46.

FERRARI, Maria Aparecida. Relações Públicas, função estratégica e responsabilidade

social. Revista de Estudos de Jornalismo e Relações Públicas, São Bernardo do Campo, v. 1,

n. 1, p. 7-16, jun. 2003.

FORTES, Waldyr Gutierrez. Relações Públicas: processo, funções, tecnologia e

estratégias. 2ª ed. São Paulo: Summus, 2003.

HAMAD, H. P.; SOUZA, G. P.; SOUSA, M. S. Plano de Comunicação para a Pastoral do

Menor – PAMEN. Paraíba, UFPB, p. 124, 1ª ed. Trabalho de Conclusão do Curso de

Relações Públicas da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013.

IBOPE. Pesquisa sobre Internet em 2013. Disponível em: <http://www.ibope.com.br/pt-

br/noticias/Paginas/Brasil-e-o-terceiro-pais-em-numero-de-usuarios-ativos-na-internet.aspx>.

Acesso em: 31 de janeiro de 2015, às 17h49.

KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações públicas na

comunicação integrada. 4ª ed. São Paulo: Summus, 2003.

KUNSCH, Margarida Maria Krohling (org.). Relações Públicas e a Comunicação

Organizacional: campos acadêmicos e aplicados de múltiplas perspectivas. São Caetano

do Sul, SP: Difusão Editora, 2009.

KUNSH, Margarida Maria Krohling. Planejamento e gestão estratégica de relações

públicas nas organizações contemporâneas. Escola de Comunicações e Artes Universidade

de São Paulo (ECA-USP), São Paulo, 2006. Disponível em:

Page 81: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

80

<http://www.raco.cat/index.php/analisi/article/viewFile/55448/64580> Acesso em: 02 de

setembro de 2014, às 21h58.

LEANDRO, Evelyne. Como montar uma ONG. São Paulo, 15 mai. 2008. Disponível em:

<https://evelyneleandro.wordpress.com/2008/05/15/como-montar-uma-ong/>. Acesso em: 31

de janeiro de 2015, às 20h14.

LESLY, Philip. Os fundamentos de Relações Púbicas e das comunicações. 1ª ed. São

Paulo: Pioneira, 1995.

MONTEIRO DELGADO, Maria Viviane. O Terceiro Setor no Brasil: Uma Visão Histórica.

Revista Espaço Acadêmico, Maringá, Junho 2004. Disponível em:

<http://www.espacoacademico.com.br/037/37cdelgado.htm> Acesso em: 26 de abril de 2014,

às 19h27.

NANNI, H. C.; CAÑETE, K. V. S. A Importância das Redes Sociais como Vantagem

Competitiva nos Negócios Corporativos. In: VII Convibra Administração, Virtual, 19 a 21

de novembro, 2010.

OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. – 24ª ed.

- São Paulo: Atlas, 2009.

Os Tipos de Planejamento. Portal Educação, Abril 2013. Disponível em:

<http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/43252/os-tipos-de-

planejamento#ixzz3DdXf87QL> Acesso em: 27 de agosto de 2014, às 15h39.

PINHO, J. B. Comunicação em Marketing: princípios da comunicação mercadológica.

Campinas – SP: Papirus, 2001. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?hl=pt-

BR&lr=&id=3l_wbJ_XkR4C&oi=fnd&pg=PA9&dq=defini%C3%A7%C3%A3o+comunica

%C3%A7%C3%A3o+mercadologica&ots=6kqhFELZxc&sig=nijFsGIyplleDsqIbfetcV-

_ZJ0#v=onepage&q=defini%C3%A7%C3%A3o%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20mer

cadologica&f=false>. Acesso em: 14 de setembro de 2014, às 09h01.

Redação Olhar Digital. 89 milhões de brasileiros acessam o Facebook. São Paulo, 21 ago.

2014. Disponível em: <http://olhardigital.uol.com.br/noticia/89-milhoes-de-brasileiros-

acessam-o-facebook/43687#>. Acesso dia 02 de fevereiro de 2015, às 19h36.

TARGINO, Edlaine Carvalho Bôtto. Terceiro Setor: Responsabilidade Social das Empresas e

a contribuição das Relações Públicas. RP em revista, Maio 2008. Disponível em: < http://www.rp-bahia.com.br/rpemrevista/edicao24/targino.pdf> Acesso em 24 de setembro de

2014.

TEIXEIRA, S. (et al). Administração Aplicada as Unidades de Alimentação e Nutrição.

Rio de Janeiro: Atheneu, 2010, 1ª Ed.

VASCONCELOS, S. S. O. A Comunicação Dirigida como ferramenta indispensável na

construção da imagem institucional da empresa Previda. In: Intercom – Sociedade

Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. XXXIV Congresso Brasileiro de

Ciências da Comunicação – Recife, PE – 2 a 6 de setembro de 2011.

WELS, A. M. C. Estudando a comunicação organizacional: redes e processos integrativos.

Conexão – Comunicação e Cultura, Caxias do Sul, v. 4, n. 7, p. 73-86, jan./jun. 2005.

Page 82: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

81

APÊNDICES

Apêndice A – Questionário aplicado junto aos funcionários para elaboração do diagnóstico

Questionário para funcionários

Este questionário integra o Projeto de Conclusão de Curso de estudantes do Curso de

Bacharelado em Relações Públicas da Universidade Federal da Paraíba. O projeto está sendo feito no

Centro de Atividades Especiais Helena Holana e tem por objetivo melhorar a comunicação da

organização. O questionário aplicado tem fins acadêmicos e não é necessária identificação. Os dados

colhidos são sigilosos.

1. Qual sua área de trabalho na ONG?

( ) Saúde ( )Administrativa

2. Qual seu sexo?

( ) Feminino ( ) Masculino

3. Você acha que os funcionários, voluntários e estagiários são valorizados nessa

organização?

( )Sim ( )Não

4. Você se sente motivado a vir trabalhar nessa organização?

( )Sim ( )Não

5. Você se sente à confortável para conversar diretamente com os gestores?

( )Sim ( )Não

6. Você acha que os instrumentos de comunicação utilizados são eficientes?

( )Sim ( )Não

7. Qual(is) instrumento(s) de comunicação você gostaria que fosse utilizado pela organização

para se comunicar com os funcionários? (Essa questão pode ter mais de uma resposta)

( )Mural

( )Reuniões

( )Conversas informais

( )Comunicados

( )Email

8. Você gostaria que houvesse um mural apenas para funcionários?

( )Sim.

Page 83: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

82

( )Não.

9. O que você gostaria de ver no mural da organização? (Essa questão pode ter mais de uma

resposta)

( )Avisos

( )Aniversariantes do mês

( )Eventos realizados pela empresa

( )Comunicados

( )Informativos sobre a ONG

( )Dicas culturais

10. Você já visitou o site da organização?

( )Sim ( )Não

Se respondeu sim:

11. Em sua opinião, o site é: (essa questão pode ter mais de uma resposta)

( )Interessante

( )Moderno

( )Antigo

( )Dinâmico

( )Informativo

( )Carente de informações

12. Você curte a página ou é amigo da ong no facebook?

( )Sim ( )Não

13. Na sua opinião, a comunicação da organização:

( )Mantém-se ( )Melhorou ( )Piorou

Page 84: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

83

Apêndice B – modelo da entrevista feita com a diretora presidente do CAEHH, Helena

Holanda

1. Quais são os instrumentos de comunicação usados pela organização com os funcionários e

voluntários? Eles têm se mostrado eficientes? Por quê?

2. Em sua opinião, algo poderia ser melhorado na comunicação diretoria/funcionários-

voluntários? Se sim, o que? E como isto poderia ser feito?

3. A organização se preocupa em se relacionar bem com os funcionários?

4. Existe algum tipo de política de bem-estar ou ações que ajudem a motiva-los?

5. Funcionários e voluntários têm liberdade de conversar com a diretoria? Eles se sentem a

vontade para isso?

6. Quais são os instrumentos de comunicação usadas com os doadores? Por que tais

instrumentos foram escolhidos para isto? Eles se mostram eficientes?

7. Algo poderia ser melhorado na comunicação organização/doadores?

8. Como é feita a comunicação com os usuários e quais os instrumentos de comunicação

utilizados? Eles têm se mostrado eficientes?

9. A comunicação na organização é regrada por algum manual?

- Se sim, como é este manual?

- Se não, por que ele não existe? Em algum momento ele já foi pensado?

10. Qual a função do site?

11. O site da forma que está atualmente cumpre este papel?

12. O que poderia ser mudado no site?

Page 85: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

84

13. As mídiass sociais são utilizadas? Com que frequência? Quais públicos esperam atingir

com elas?

14. As postagens feitas no Facebook são aleatórias ou existe algum tipo de padrão e

programação de conteúdos?

15. Estas postagens dão resultados? Quais seriam esses resultados?

16. Por que a fachada da organização não é sinalizada com placas? Você acha importante este

tipo de sinalização?

17. Se sim, algum esforço está sendo feito para reverter essa situação? Qual?

18. Como você analisaria a comunicação da organização? Algo poderia ser feito para

melhora-lá?

Page 86: PROGRAMA DE RELAÇÕES PÚBLICAS PARA A … · em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas da Universidade Federal da ... O próximo passo consistia na elaboração

85

Apêndice B – pesquisa feita com os funcionários para saber suas opiniões sobre o novo mural

1. Você percebeu que o houve a separação do mural de visitantes e funcionários?

( ) Sim ( ) Não

2. Como você classificaria o novo mural dos funcionários?

( ) Péssimo ( )Ruim ( ) Regular ( ) Bom ( ) Muito bom

3. O que mais lhe agradou no novo mural?

( ) Layout

( ) Conteúdo

( ) Disposição das informações

( ) Localização

( ) Frequência de atualização

( ) Outro. Qual?

4. O que menos lhe agradou no novo mural?

( ) Layout

( ) Conteúdo

( ) Disposição das informações

( ) Localização

( ) Frequência de atualização

( ) Outro. Qual?