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1 PROGRAMA DE PERFORMANCE HUMANA 38º Prêmio Ser Humano ABRH-RJ Edição 2018

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PROGRAMA DE PERFORMANCE HUMANA

38º Prêmio Ser Humano ABRH-RJ – Edição 2018

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SUMÁRIO RESUMO ........................................................................................................... 3

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 4

INTRODUÇÃO ........................................................................................... ....... 5

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 1.1 Papel da psicologia em trabalhos relacionados à segurança ..................... 1.2 Principais conceitos do Programa de Performance Humana ......................

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2. OBJETIVO..................................................................................................... 2.1. Objetivos geral ............................................................................................ 2.2. Objetivos específicos...................................................................................

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3. METODOLOGIA DO PROGRAMA ............................................................... 3.1 Atividades do Programa .............................................................................. 3.2. Detalhamento das atividades .....................................................................

3.2.1 Disseminação dos conceitos de Performance Humana ..................... 3.2.2 Treinamento comportamentais ........................................................... 3.2.3 Licença de Operadores ...................................................................... 3.2.4 Análise de Eventos ............................................................................. 3.2.5 Participação dos Diálogos Diários de Segurança – DDS na Manutenção ................................................................................................. 3.2.6 Participação nos Comitês de Cultura de Segurança e Performance Humana .......................................................................................................

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4. EQUIPE DE TRABALHO …………….............................................……........

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RESULTADOS.................................................................................................. 12

CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... BIBLIOGRAFIA .................................................................................................

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17 ANEXOS ............................................................................................................

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RESUMO O Programa de Performance Humana foi criado por uma equipe multidisciplinar composta pelo núcleo de psicologia da área de Recursos Humanos e engenheiros das usinas de Angra 1 e Angra 2 em 2008 com o objetivo de reduzir a ocorrência de erros humanos e eventos relacionados por meio da sistematização de ações que promovem a melhoria no desempenho dos empregados que trabalham na Central Nuclear Almirante Alvaro Alberto - CNAAA. Desde então, vem expandindo seu campo de atuação a partir da demanda de diversas áreas da Empresa e pela visualização de novas oportunidades de trabalho. Na Eletrobras Eletronuclear a Segurança é um valor primordial e precede, inclusive, a produtividade e a economia, não devendo ser comprometida por qualquer razão. Este é um dos princípios da Política de Gestão Integrada de Segurança da Empresa que foi elaborada a fim de estabelecer uma forte Cultura de Segurança, firmando o compromisso de todos com elevados padrões de segurança, confiabilidade e responsabilidade socioambiental. Priorizar a Segurança na Empresa envolve manter uma preocupação constante com a segurança nuclear, proteção física, segurança da informação, com o meio ambiente e a comunidade, e segurança do trabalho. Por lidar com uma forma de energia muito potente, a segurança das instalações nucleares vai muito além das grossas paredes de aço e concreto que cercam nossos reatores. Segurança é um processo contínuo que não envolve apenas componentes e estruturas, mas também pessoas e organizações. O Programa de Performance Humana está alinhado a essas premissas, com foco na proteção às pessoas a partir da implantação e da manutenção de mecanismos de defesa contra possíveis acidentes. O Programa envolve, portanto, todos os empregados, líderes e colaboradores, orienta o comportamento e repercute no clima organizacional, tão necessários à manutenção da segurança. Sendo assim, o Programa tem sido priorizado dentre as ações da área de Recursos Humanos e, também, tem tido um papel relevante na busca de um contínuo aperfeiçoamento das práticas de trabalho e condutas profissionais consideradas adequadas pela Empresa.

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APRESENTAÇÃO Case: Programa de Performance Humana Razão Social: Eletrobras Termonuclear S.A. – Eletronuclear Endereço: Sede - Rua da Candelária, 65 - Centro - Rio de Janeiro Responsável pela inscrição: Bernadete Silva Baptista – Chefe do Departamento de Carreira, Remuneração e Desenvolvimento de Pessoal Tel: (21) 2588-7404 / Cel: (21) 99919-7709 / e-mail: [email protected] Região de Atuação: Estado do Rio de Janeiro Total de empregados: 1772 Área de atuação: Geração de Energia Elétrica através de tecnologia nuclear Constituição Jurídica: sociedade anônima de economia mista regida pela Lei no 6.404/76 e pelo Estatuto Social, vinculada ao Ministério de Minas e Energia – MME, criada nos termos do Decreto de 23 de maio de 1997 a partir da fusão da Diretoria Nuclear de Furnas Centrais Elétricas S.A. - Furnas com a Nuclen Engenharia e Serviços S.A. A Eletrobras Termonuclear S.A. – Eletronuclear é a Empresa responsável por projetar, construir e operar as usinas nucleares do País, subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobras. Sua Sede fica na cidade do Rio de Janeiro, tem um escritório em Brasília e as plantas nucleares no município de Angra dos Reis. Na Praia de Itaorna, no município de Angra dos Reis, está localizada a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto – CNAAA, assim denominada em homenagem ao pesquisador pioneiro da tecnologia nuclear no Brasil e principal articulador de uma política nacional para o setor. Embora a construção da primeira usina tenha sido sua inspiração, o Almirante, nascido em 1889, não chegou a ver Angra 1 gerando energia, pois faleceu em 1976. Mas sua obra persiste na competência e capacitação dos técnicos que fazem o Brasil ter hoje usinas nucleares classificadas entre as mais eficientes do mundo.

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INTRODUÇÃO A indústria nuclear tem como produto a geração de energia, sendo a questão da segurança, um fator primordial na Empresa. Segurança é, neste trabalho, apresentado como “estado de baixa probabilidade de ocorrência de eventos que provocam danos e perdas” (CARDELLA, 1999). Para atender aos altos padrões de segurança almejados, o enfoque em segurança está presente na visão, missão, valores e nas diretrizes estratégicas da Eletronuclear, assim como, na busca pelo comportamento seguro de todos os empregados. Com foco na melhoria contínua dos nossos processos e a partir de experiências internacionais na indústria nuclear, foi demonstrado que o investimento no desenvolvimento da performance dos trabalhadores tem melhorado o desempenho das Usinas. Somado a isso, evidencia-se nas indústrias de forma geral que “a quase totalidade das causas dos acidentes tem sido atribuída a fatores humanos” (CARDELLA, 1999, p. 23). Diante disso, em 2008, uma equipe multidisciplinar composta por engenheiros das usinas de Angra 1 e Angra 2 e o núcleo de psicologia da área de Recursos Humanos começou a estruturar um programa que pudesse trazer à discussão os conceitos sobre prevenção de erros humanos e eventos relacionados. A premissa era de que a maioria das pessoas não comete erros intencionalmente, mas é vulnerável a eles, ou seja, toda ação humana está suscetível a falhas e, como meta inicial, a implantação do Programa de Performance Humana buscou levar aos trabalhadores das Usinas a compreensão das razões pelas quais erros humanos são cometidos e de que forma é possível evitá-los. Desde então, dentro do Programa são desenvolvidas ações que visam à melhoria contínua no desempenho dos empregados da Eletrobras Eletronuclear, objetivando níveis excelentes de segurança. Para isso, essas ações têm como objetivo buscar sensibilizar os profissionais para a presença dos precursores de erros no seu dia a dia de trabalho e para a utilização das ferramentas de prevenção de erro, além de favorecer sua percepção da importância dos aspectos emocionais e comportamentais para a sua segurança e qualidade de vida, para o atingimento de suas metas, para um bom relacionamento em equipe e para sua satisfação geral no trabalho. Por ter seu foco no comportamento humano, que é sujeito a falhas e permeado por diferentes motivações, há sempre necessidade de serem aplicadas ações de treinamento e desenvolvimento que permitem o reforço dos conceitos aprendidos e a reflexão sobre melhorias. Por isso, o Programa está em seu décimo ano e deve permanecer na agenda das ações da área de Recursos Humanos com prioridade.

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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. Papel da psicologia em trabalhos relacionados à segurança Tratar de segurança nas organizações, hoje em dia, não é apenas uma questão de cumprir normas, é uma necessidade. Há vários fatores que podem ocasionar uma falha, podendo ser provenientes de equipamentos, materiais, métodos utilizados, entre outros. Porém, as causas relacionadas a fatores humanos são as mais frequentes e uma das frentes de atuação na minimização da ocorrência de erros é a educação para prevenção. Ao considerar as organizações como sistemas abertos, em constante interação com o ambiente (KATZ E KAHN, 1978 apud SPECTOR, 2005), pode-se inferir que um trabalho de análise que vise prevenir a ocorrência de erros deve ser amparado por diferentes olhares, sendo aqui tratados pela visão da psicologia. A inserção da equipe de psicologia na prevenção do erro foi construída e conquistada pelo trabalho dos profissionais da área. Anteriormente a equipe focava seus esforços em atividades voltadas, especialmente, ao concurso público, avaliação de desempenho, acompanhamento funcional e avaliação psicológica de operadores. Gradualmente, através de convites das lideranças, a equipe foi se inserindo nas atividades operacionais nas instalações industriais em Angra dos Reis, criando um espaço de participação e contribuição em diversas atividades. Atualmente, pode-se considerar que essa equipe exerce um papel integrante em várias frentes de trabalho. Ao longo dos anos, muitas iniciativas foram consolidadas, como os treinamentos de Performance Humana, e outras foram desenvolvidas por um período específico. Contudo, de forma geral, a psicologia vem expandindo seus trabalhos tanto em quantidade quanto em relação a sua área de abrangência. A segurança também é considerada um campo de atuação da psicologia no ambiente organizacional, que contribui para a promoção da qualidade de vida e saúde dos trabalhadores (BLEY, 2002). A área da psicologia sendo inserida em assuntos ligados à segurança tem muito a contribuir, a medida que estuda o ser humano, seu comportamento e a influência do ambiente. Desta forma, o envolvimento da psicologia na segurança é coerente com o propósito de prevenção diante do fato de que:

Falar sobre segurança no trabalho é relacionar a integridade física, mental e emocional do ser humano em situação laboral e seu foco de atuação não contempla somente a questão dos acidentes, mas também abrange temas como: doenças ocupacionais, relações homem-máquina, ambientes insalubres, riscos, assim como estratégias e procedimentos de prevenção. (BLEY, 2002)

As práticas de prevenção estão relacionadas à detecção de condições que podem levar a erros. Medidas preventivas são realizadas com a participação dos psicólogos, a partir de encontros com grupos, treinamentos, palestras ou mediante processo de investigação e análise de eventos, no qual haja fator humano identificado no processo. Maior detalhamento das ações será apresentado no item 3.2.

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Prevenção, apesar de ser um termo usual, não é simples em sua realização. Prevenir, assim como analisar e evitar são verbos que se referem a um “fenômeno de alta complexidade e variância, o que requer mais do que o senso comum para examiná-lo e intervir sobre ele” (BLEY, 2007, p. 35). Medidas para atuar no comportamento das pessoas para prevenção de acidentes têm sido utilizadas por profissionais de Empresas brasileiras com a denominação de “segurança comportamental”. 1.2. Principais conceitos do Programa de Performance Humana O Programa de Performance Humana tem como umas das premissas centrais o fato de que é a partir da compreensão de nossas ações que podemos estar mais atentos aos nossos comportamentos e, assim, produzir resultados mais eficazes. De forma simplificada, a Performance Humana é resultado do Comportamento mais o Resultado (PH = C + R). O comportamento seria uma ação observável. A Performance faz referência aos resultados obtidos pelas consequências dos comportamentos, sendo estes derivados dos processos mentais e físicos envolvidos no desempenho de uma ação. Para alcançar o bom desempenho em relação à Performance Humana, o Programa desenvolve suas ações com base em três conceitos principais: Teoria do Erro, Precursores de Erros e Ferramentas de Prevenção de Erro (Institute of Nuclear Power Operations - INPO 06-003, 2006). Os princípios da teoria do erro são: 1) Pessoas são falíveis e mesmo as pessoas mais qualificadas podem cometer erros; 2) As situações propícias a ocorrência de erros podem ser reconhecidas, controladas e evitadas; 3) O comportamento individual é influenciado por processos e valores organizacionais; 4) As pessoas alcançam altos níveis de performance se forem encorajadas e obtiverem apoio de líderes, pares e subordinados; 5) Erros podem ser minimizados através da compreensão das razões pelas quais ocorrem e da aplicação das lições aprendidas de eventos passados. Para compreender as razões pelas quais os erros ocorrem, torna-se essencial conhecer o conceito de precursores de erros. Estes são considerados fatores desfavoráveis que criam incompatibilidades entre uma tarefa e o indivíduo. Podem ser divididos entre precursores relacionados à Natureza Humana, Competências Individuais, Demandas da Tarefa e Ambiente de Trabalho. Precursores relacionados à Natureza Humana – São características genéricas, disposições e limitações comuns a todos os seres humanos que podem tornar os indivíduos mais propensos a erros. Exemplos: Baixa autoestima, Confiança exagerada, Problemas relacionados à memória, Desatenção, Ideias pré-concebidas, Suposições (“Achômetro”).

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Precursores relacionados às Competências Individuais – São características mentais, físicas e emocionais únicas de uma pessoa em particular, que falham em atender as demandas da tarefa específica. Exemplos: Comunicação ineficaz, Desconhecimento da tarefa, Falta de experiência, Dificuldade de trabalhar em equipe. Precursores relacionados às Demandas da Tarefa – São as demandas tanto mentais, físicas, quanto de equipe específicas necessárias para executar com êxito uma atividade. Essas demandas podem exceder as capacidades ou desafiar as limitações da natureza humana do indivíduo designado para a tarefa. Exemplos: Tarefas múltiplas e simultâneas, Muita carga de trabalho, Pressão do tempo, Tarefas de longa duração, Procedimentos - faltando/incompletos/confusos, Responsabilidades mal definidas, Tempo não produtivo gerando atrasos. Precursores relacionados ao Ambiente de Trabalho – São as influências gerais do local de trabalho, condições organizacionais e culturais que afetam o comportamento individual. Exemplos: Ambiente físico desconfortável, Layout de equipamentos e acessos ruins, Controles complicados, idênticos ou adjacentes, Condições de equipamentos não esperadas, Ferramentas não disponíveis, Desempenho funcional não acompanhado, “Gambiarra”/“atalhos”, Interrupções e distrações. Para minimizar a influência desses precursores foram estabelecidas 10 Ferramentas de Prevenção de Erro Humano a serem utilizadas no dia a dia de trabalho dos empregados (Institute of Nuclear Power Operations - INPO 06-002, 2006).

1. Reunião Pré-Trabalho Reunião que acontece antes do início da atividade e tem como objetivo assegurar que todas as pessoas envolvidas na tarefa tenham conhecimento sobre a mesma, preparando a equipe para que a tarefa seja realizada sem erro e com segurança.

2. Reunião Pós-Trabalho Reunião que acontece após o término da atividade e objetiva avaliar os resultados obtidos e o trabalho em equipe realizado para melhorar futuras execuções das tarefas.

3. Auto Verificação Visa garantir o bom resultado da ação sem nenhuma consequência inesperada, garantindo que haja o devido foco na tarefa ANTES de realizar a mesma com o uso do P.A.R.E. (Pare, Avalie, Realize e Examine).

4. Dupla Verificação Em uma atividade que tenha consequência irreversível, uma pessoa sinaliza que vai realizar uma ação e o outro confere que ela será realizada de forma correta, ANTES que seja executada.

5. Verificação Independente Para garantir que uma ação foi feita de forma certa, uma nova verificação é realizada APÓS seu término, por pessoa diferente da que realizou a atividade.

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6. Técnicas Claras de Comunicação Diminuir erros relacionados à comunicação oral realizadas por telefone, rádio e frente a frente e facilitar a troca de informações de forma precisa, clara e sem gerar dúvidas, principalmente por meio da Comunicação em 3 vias e do Alfabeto Fonético.

7. Atitude Questionadora É ter uma postura crítica e questionadora sobre o trabalho que irá realizar, indagar sobre as condições de risco existentes e garantir o completo entendimento do seu papel na tarefa.

8. Uso e aderência a Procedimentos Garantir que as ações corretas sejam realizadas na sequência e forma exigida através do uso do procedimento na íntegra, preservando a segurança e o sucesso das tarefas.

9. Observação de tarefa É um trabalho prático na prevenção do erro, pois ao acompanhar as atividades, reforça o padrão esperado para a realização das atividades, identifica oportunidades de melhoria e estimula o comportamento adequado.

10. Experiência Operacional Aprender através de erros anteriores de forma a melhorar as práticas de trabalho e evitar que eles se repitam. 2. OBJETIVO 2.1 Objetivo geral Sistematizar ações que promovam a melhoria no desempenho dos empregados, capacitando-os para se tornarem agentes questionadores dos seus atos, dos riscos e condições do trabalho, a fim de minimizar a ocorrência de erros humanos, com foco na prevenção, por meio, principalmente, do conhecimento e uso das ferramentas de prevenção de erro humano e, assim, estabelecer um ambiente de contínuo aprimoramento na Empresa. 2.2 Objetivos específicos

Identificar os fatores que causam o erro humano e como evitá-los;

Estimular a melhoria organizacional através da identificação ou eliminação das condições que provocam o erro humano e inibem a efetividade das defesas;

Adotar práticas de liderança que alinhem a cultura da organização à excelência em Performance Humana;

Promover o entendimento dos termos e conceitos relativos à Performance Humana;

Contribuir para a promoção e valorização da Cultura de Segurança.

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3. Metodologia do Programa O conteúdo do Programa e as diferentes estratégias metodológicas utilizadas são elaboradas pelo núcleo de psicologia da área de Recursos Humanos em parcerias com as demais áreas das usinas, como os Comitês de Cultura de Segurança e Perfomance Humana constituídos por membros das Usinas de Angra 1 e Angra 2, visando atender às necessidades e especificidades identificadas diante da diversidade do público alvo. Com o trabalho desenvolvido por equipes multiprofissionais, torna-se possível uma abordagem mais ampla das questões de segurança, tanto na identificação de condições e atos inseguros, quanto na reflexão sobre possíveis ações para minimizar a ocorrência de erros. O programa é de responsabilidade da equipe de psicologia, mas todo o corpo técnico e gerencial tem participação ativa nas ações propostas. O Programa contempla ações de prevenção e permite reflexões individuais e coletivas que possibilitam a revisão de conceitos sobre segurança e sobre desempenho e consequente mudança de comportamento e cultura. 3.1 Atividades do Programa 3.2. Detalhamento das atividades 3.2.1 Disseminação dos conceitos de Performance Humana

Palestras para contratados de Parada e recém admitidos Divulgar, desde o treinamento inicial voltado para os empregados recém-admitidos, os assuntos relacionados à cultura de segurança com foco na prevenção do erro humano, através da abordagem de temas como: Teoria do Erro, Precursores de Erro e Ferramentas de Prevenção de Erro. O treinamento para os prestadores de serviço contratados temporariamente para as paradas das usinas também tem como foco a divulgação e reforço dos cuidados e das atitudes esperadas, visando redução do erro humano, de modo a

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alinhar os conhecimentos dos empregados contratados com o que é disseminado na Empresa.

Caderno de eventos da segurança do trabalho Contribuir com o Caderno de Experiência Operacional Interna e Externa elaborado mensalmente pelo Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho (DSM.A), com sugestões, sejam em relação à presença de precursores de erros nos eventos relatados, seja sobre qual ferramenta de prevenção de erro poderia ter sido utilizada para evitar o evento. O Caderno é composto por um breve relato de evento ocorrido na indústria por dia e recomendações. 3.2.2 Treinamentos comportamentais Essa ação envolve o reforço quanto à importância de algumas competências para o bom desempenho no trabalho. Um treinamento promovido pela equipe de psicologia é, por exemplo, o Treinamento de Trabalho em Equipe, considerado uma ferramenta capaz de prevenir ou minimizar eventos na planta originados por performance humana. Neste treinamento são desenvolvidas e aprimoradas as habilidades e as atitudes necessárias à promoção de um bom relacionamento, boa comunicação e colaboração entre os empregados. Em anexo, segue o programa do curso de 2017. 3.2.3 Licença de Operadores As ações do Programa direcionadas aos operadores podem ser divididas em:

Candidatos ao licenciamento - Avaliação psicológica com o objetivo de verificar adequação do perfil psicológico ao exercício da função.

Operadores em Licenciamento - Acompanhamento dos treinamentos comportamentais; reuniões com os licenciandos e com os instrutores; participação nos treinamentos para a prova oral e de simulador; e presença nos momentos das provas.

Operadores Licenciados - Avaliação psicológica a cada dois anos com objetivo de verificar a saúde

emocional e adaptação à função e ao ambiente de trabalho. É um cumprimento dos requisitos de saúde emocional/mental, que constam na Norma CNEN NE 1.06 – Requisitos de Saúde para Operadores de Reatores, de junho/1980.

- Acompanhamento durante o retreinamento no simulador com o objetivo

de reforçar a aderência aos conceitos de Performance Humana e às competências necessárias a um bom trabalho em equipe. Além disso, a equipe de psicologia atua na observação dos cenários simulados pelos instrutores e fornecimento de feedback para os operadores sobre os aspectos comportamentais observados como, por exemplo, o estabelecimento de uma comunicação efetiva, a manutenção de uma atitude participativa, o manejo do estresse durante a evolução dos cenários e o fortalecimento de um bom relacionamento entre as lideranças e também entre todos os membros do turno. Segue no anexo o formulário de observação dos cenários.

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3.2.4 Análise de eventos Participar do grupo de análise dos eventos ocorridos nas Usinas de Angra 1 e Angra 2, buscando identificar as possíveis causas e fatores que contribuíram com o evento, com foco em Performance Humana, ou seja, se a causa foi decorrente de falha humana, segundo procedimento da Eletronuclear, assim como propor ações que visem minimizar a possibilidade de recorrência dos eventos. 3.2.5 Participação dos Diálogos Diários de Segurança – DDS na Manutenção Promover o debate e favorecer maior conscientização da equipe de Manutenção sobre a presença de precursores de erro no trabalho, além da importância do uso das ferramentas de prevenção de erro. Além disso, busca contribuir nas discussões sobre trabalho em equipe e comportamentos seguros. 3.2.6. Participação nos Comitês de Cultura de Segurança e Performance Humana Representantes das diversas áreas das usinas participam dos Comitês de Cultura de Segurança e Performance Humana para identificar áreas de melhoria a fim de minimizar ocorrências de erros humanos, além de elaborar estratégias para este fim. Uma das atividades realizadas dentro do Comitê é a elaboração de informativos com temas relativos à Performance Humana disponibilizados na Intranet para toda a Empresa. No anexo, consta o informativo sobre Cooperação. 4. Equipe de Trabalho O programa inicialmente foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, composta pelos psicólogos do núcleo de psicologia da área de Recursos Humanos e engenheiros das usinas de Angra 1 e Angra 2. Atualmente as ações são conduzidas por três psicólogas do Departamento de Carreira, Remuneração e Desenvolvimento de Pessoal - DCD.A: Patrícia Zulato Barbosa Santos, Raquel Schott Cardoso e Carolina Furukawa Iguchi. Cabe ressaltar que este departamento está subordinado à Superintendência de Recursos Humanos - SH.A. RESULTADOS O principal resultado alcançado pelo programa foi a expansão gradativa das atividades no decorrer dos anos. A equipe de psicologia vem se aproximando cada vez mais da área operacional da Empresa. Segue a descrição dessa expansão para cada uma das atividades do programa apresentadas anteriormente.

Disseminação dos conceitos de Performance Humana - PH 2008 e 2009 - Treinamento de PH para Angra 1 e Angra 2, totalizando 1448 colaboradores.

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A partir de 2009 - Palestra de PH no Treinamento Inicial de Parada – TI, sendo treinados até 2017, 13.410 prestadores de serviço. A partir de 2010 - Palestra de PH no Treinamento para Empregados em Geral –

TEG, sendo treinados 517 novos empregados.

2016 – Divulgação de noções sobre Performance Humana nas reuniões da SH.A. Participação em 12 reuniões da SH.A durante o ano. A partir de 2017 - Participação na elaboração do Caderno de Experiência da Segurança Industrial do Departamento de Segurança e Medicina do Trabalho – DSM.A. Como resultado, ressaltamos que a aproximação inicial da psicologia com a área de segurança industrial, por meio das contribuições para o caderno de eventos, vem se tornando ainda maior, devido ao objetivo comum das duas áreas de identificar as causas dos acidentes que acontecem na Empresa, a fim de dar um tratamento qualiquantitativo adequado para os dados de acidentes e retroalimentar todo o trabalho de disseminação dos conceitos de Performance Humana. Cabe esclarecer que estamos nos referindo a acidentes de trabalho e não aqueles considerados de segurança nuclear.

Treinamentos comportamentais

2010 - Treinamento de Liderança Multiplicadora para supervisores e encarregados de Angra 2. Foram treinados 44 empregados com cargo de liderança. 2011 e 2012 - Treinamento de Desenvolvimento de Supervisores da Diretoria de Operação e Comercialização – DO. No total foram treinados 44 empregados. Treinamento de Trabalho em Equipe – para os turnos de operação em 2013/2014, para a divisão de química de A2 em 2015, para a Gerência de Contratação Nacional de Bens e Serviços em 2016 e reciclagem para os turnos de operação em 2017/2018. Em 2013 e 2014, nas aplicações do treinamento para os turnos de operação, houve a participação de 255 empregados distribuídos em 14 turmas, sendo 5 turmas de Angra 1, 5 turmas de Angra 2 e 4 turmas de Angra 3. O Treinamento foi avaliado pelos participantes obtendo média acima de nove em todos os seguintes aspectos: Atendimento das expectativas, Aprendizagem de novas técnicas, Aplicabilidade do curso em suas atividades profissionais, Competência técnica do instrutor, Habilidade do instrutor de promover a integração e participação do grupo, Cumprimento com relação ao conteúdo programático, Adequação da carga horária à exposição do conteúdo, Metodologia utilizada, Qualidade do material didático e Condições físicas do local.

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Em 2017, por sua vez, foram realizadas 07 aplicações do treinamento, sendo 03 aplicações para Angra 3, 02 aplicações para Angra 2 e 02 aplicações para Angra 1. Considerando todas as turmas, 109 colaboradores foram contemplados com o treinamento. O treinamento foi avaliado pelos participantes nos mesmos aspectos acima mencionados e obteve, na média, resultados acima de 9,5. 2014 - Treinamento Liderança Multiplicadora Aplicada às Ferramentas de Prevenção de Erros para os supervisores e encarregados de Angra 1. Foram treinados 71 supervisores e encarregados em 4 aplicações. 2017 - Palestras sobre Atitudes Positivas no Trabalho no Seminário de Conduta de Manutenção da Superintendência de Manutenção – SM.O. Total de participantes: 870 empregados da Eletronuclear e terceirizados.

Licença de Operadores As avaliações psicológicas acontecem desde a implantação da norma da CNEN em 1980. A partir de 2011 – Participação em treinamentos comportamentais durante o licenciamento; A partir de 2014 – Acompanhamento do retreinamento no simulador de Angra 2. Foram realizadas 25 observações com 133 operadores de 2014 até 2017. A partir de 2016 – Acompanhamento do preparo para as provas oral e de simulador de A1; A partir de 2016 – Acompanhamento da prova escrita.

Análise de eventos 2009 – Início da participação na análise de causa raiz de eventos relacionados à PH; 2011 – Inclusão na análise de todos os eventos em Angra 2; 2012 – Análise de causa raiz de todos os eventos ocorridos em ambas as usinas. Resultados de 2017:

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Percebe-se que, com a maior participação da psicologia na análise dos eventos e com a maior conscientização da importância de identificarmos causas relacionadas a fatores humanos, para podermos intervir de forma mais eficaz na prevenção de futuros erros, o número de eventos classificados como relacionados à Performance Humana aumentou nos últimos anos. Anteriormente, boa parte dos eventos era relacionada a Equipamentos.

Participação dos Diálogos Diários de Segurança – DDS na Manutenção

2013- Início do Trabalho na Manutenção Mecânica de Angra 2; 2017- Expansão para as Ferramentarias e laboratório de calibração do Departamento de Gestão de Manutenção e Confiabilidade - DGM.O. Houve a participação da psicologia em 305 DDS até 2017.

Participação nos Comitês de Cultura de Segurança e Performance Humana

2009 - Início das reuniões dos Comitês de PH. Até 2017, foram 89 participações nas reuniões dos Comitês de Angra 1 e Angra 2. 2009 - Verificação do uso correto da Ferramenta de Prevenção de Erros – Reunião Pré-Trabalho; 2009 - Pesquisa com os prestadores de serviços sobre a aplicação das Ferramentas de Prevenção de Erros nas áreas de operação e manutenção de Angra 1 e Angra 2; 2014 - Início da elaboração dos Informativos de PH distribuídos pelo Comitê de Angra 2 e expansão para o Comitê de Angra 1 a partir de 2016. Disponibilizados na intranet a partir de 2015. Seguem os temas abordados nos informativos: Informe 01 2014 – Princípios de Performance Humana Informe 02 2014 – Memória Informe 03 2014 – Precursores de erros Informe 04 2014 – Estresse Informe 05 2014 - Atenção Informe 01 2015 - Comunicação Informe 02 2015 - Trabalho em Equipe Informe 03 2015 - Motivação Informe 04 2015 - Reconhecimento Informe 05 2015 - Melhoria Contínua Informe 01 2016 - Gerenciamento de Conflitos Informe 02 2016 – Atitudes Positivas no Trabalho Informe 03 2016 – Atitudes Positivas no Trabalho - Respeito Informe 04 2016 – Atitudes Positivas no Trabalho - Confiança Informe 05 2016 – Atitudes Positivas no Trabalho - Flexibilidade Informe 01 2017 – Atitudes Positivas no Trabalho – Cooperação

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Informe 02 2017 – Atitudes Positivas no Trabalho - Comprometimento Informe 03 2017 – Atitudes Positivas no Trabalho - Responsabilidade INFORME EXTRAORDINÁRIO Nº 01/ 2017 Informe 01 2018 - Gestão de Mudanças 2017 - Pesquisa de Performance Humana sobre as Ferramentas de Prevenção de Erro em Angra 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS A equipe de psicologia elabora um relatório anual com avaliação das ações realizadas, resultados alcançados e próximos passos, avaliando melhorias nos processos e possibilidade de manutenção ou expansão das atividades. Este relatório é distribuído pelas áreas envolvidas no Programa. Finalizamos reforçando que o conceito de Performance Humana preconiza a busca da excelência de comportamentos e resultados, o que só é possível pelo compromisso de cada um dentro de seu campo de atuação. Para sustentar bons resultados em longo prazo, é necessário olhar atentamente para o que influencia o comportamento, o que o motiva, inibe e direciona. Apenas esse conhecimento é capaz de subsidiar ações que influenciem de forma favorável os comportamentos e auxiliem no alcance dos resultados desejados. Assim, a progressiva aproximação de uma área especializada nesse conhecimento, a psicologia, junto às áreas operacionais das Usinas, por meio da intensificação do diálogo e das parcerias estabelecidas, tem proporcionado uma compreensão mais abrangente das reais necessidades dos técnicos e líderes, possibilitando ações e intervenções mais coerentes e efetivas, resultando em projetos que reúnem características que atendem mais amplamente aos objetivos da Empresa e dos colaboradores.

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BIBLIOGRAFIA CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma abordagem holística: segurança integrada à missão organizacional com produtividade, qualidade, preservação ambiental e desenvolvimento de pessoas. São Paulo: Altas, 1999. BLEY, Juliana Zilli. Comportamento Seguro: Psicologia da segurança no trabalho e a educação para a prevenção de doenças e acidentes. Curitiba: Sol, 2007. KATZ E KAHN, 1978 apud SPECTOR, Paul E. 2005. Psicologia nas Organizações. São Paulo: Saraiva, 2005. BLEY, Juliana Zilli. Revista Psicologia Argumento. Curitiba: Ed. Champagnat, n. 30, p. 51 - 55, 2002. Disponível em: http://www.comportamento.com.br/artigos/juliana/psicologia.asp. Institute of Nuclear Power Operations - INPO 06-002 Human Performance Tools for Workers, 2006. Institute of Nuclear Power Operations - INPO 06-003 Human Performance Reference Manual, 2006.

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ANEXOS

TREINAMENTO DE TRABALHO EM EQUIPE

APRESENTAÇÃO O curso está estruturado para desenvolver e aprimorar as habilidades e atitudes necessárias ao

trabalho em equipe, promovendo um bom relacionamento, boa comunicação e colaboração

entre os membros da equipe. O foco deste curso é a importância do trabalho em equipe como ferramenta capaz de prevenir ou minimizar eventos na planta originados por performance

humana.

OBJETIVOS

■ Estimular o desenvolvimento pessoal.

■ Melhorar o desempenho da equipe.

■ Aumentar a integração nos turnos de operação.

A QUEM SE DESTINA

Turnos de operação das Usinas

RESULTADOS PARA OS PARTICIPANTES

■ Desenvolvimento de habilidades para trabalhar em equipe

■ Melhoria da comunicação

■ Comprometimento com a técnica de feedback

■ Ampliação da inteligência emocional

■ Conscientização sobre a responsabilidade individual

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

■ TRABALHO EM EQUIPE

■ COMUNICAÇÃO

■ FEEDBACK

■ ÉTICA

■ INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

o Autoconhecimento

o Controle Emocional

o Motivação

o Empatia o Habilidade em relacionamentos interpessoais

■ ATITUDES POSITIVAS NO TRABALHO

o Atitudes fundamentais para se trabalhar em equipe: Confiança, Respeito, Flexibilidade,

Cooperação, Comprometimento e Responsabilidade.

METODOLOGIA

As aulas serão expositivas, estimulando-se a reflexão e participação dos(as) empregados(as) através da aplicação de dinâmicas e exercícios práticos.

CARGA HORÁRIA O curso terá duração de 16 horas, em 2 dias.

MATERIAL DIDÁTICO

■ Apostila com os slides

■ Material complementar

■ Material para as dinâmicas

INSTRUTORAS

Patrícia Zulato Barbosa Santos e Raquel Schott Cardoso

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ANOTAÇÕES / OBSERVAÇÕES / SIMULADOR (CTAS)

TURNO _______________ DATA: _______/_______/_______

SUPERVISOR ___________________________ OBSERVADORA (S):

ENCARREGADO ___________________________ INSTRUTOR (ES):

OPERADOR PRIMÁRIO ___________________________ PREVISÃO / DURAÇÃO:

INÍCIO: ____h____ TÉRMINO: ____h____

OPERADOR SECUNDÁRIO ___________________________ CENÁRIO / TIPO:

1º Cenário do dia “OU” 2º 3º 4º 5º 6º

REPLICADO (= turno anterior) NOVO (≠ turno anterior) OBS: _________________________________

OBSERVADOR OP. PAINEL AUXILIAR ___________________________

Ferramentas de Prevenção de Erros utilizadas pela Equipe: Experiência Operacional Briefings Dupla Verificação ___________________ Aderência a Procedimentos Comunicação em 3 vias Auto Verificação ___________________ Atitude Questionadora Alfabeto Fonético Verificação Independente ___________________ TRABALHO EM EQUIPE - Pontos a observar:

Comunicação efetiva – Clareza e objetividade, nivelamento de informações.

Atitude Participativa – Comunicação oportuna de informações importantes, contribuição nas tomadas de decisão, atuação em outras funções quando necessário.

Liderança – Adaptação do estilo de liderança aos elementos da equipe, oportunidade para participação da equipe, responsabilidade, tomada de decisão, função de comando mantida.

Controle do stress – Nível de performance mantido sob stress, situações indutoras de stress contornadas, manutenção de atitude positiva diante de erros cometidos.

Relacionamento – Relacionamento harmonioso e de acordo com regras de conduta, confiança entre os elementos da equipe, cooperação.

Administração de conflitos – Atitude colaborativa diante de conflitos, respeito às diferenças individuais, debates de ideias não interferem nas relações pessoais, decisões são aceitas pelos membros da equipe.

Observações:

Feedback / Instrutores

Feedback / Psicólogas

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Comitê de Performance Humana

INFORME Nº 001/2017

Um dos diferenciais de uma Empresa é o seu ambiente de trabalho. Quanto mais agradável

e aberto a ideias, melhor. Para conseguir este tipo de ambiente, é importante incentivar um

comportamento cooperativo. Cooperar é uma forma de agir coletivamente, com o objetivo de

atingir um fim comum e seu resultado são colaboradores mais felizes e que produzem mais.

Da Cooperação entre as pessoas nascem as ideias mais

criativas e as melhores soluções para os problemas. A

Cooperação também é fundamental no gerenciamento de

conflitos, pois quando somos capazes de considerar as

necessidades do outro tanto quanto às nossas e buscamos

atende-las de alguma forma, torna-se possível o

atingimento dos objetivos individuais e coletivos, assim

como a preservação dos relacionamentos.

Conheça 7 motivos para incentivar a Cooperação na

Empresa:

1. Maior interação entre os membros da equipe;

2.Ideias compartilhadas;

3. Troca de experiências;

4. Soluções mais rápidas;

5. Melhor qualidade de vida para os colaboradores;

6. Fortalecimento de relacionamentos internos e externos;

7. Maior produtividade.

Nós, os seres humanos, só conseguimos ser bem

sucedidos na luta pela sobrevivência, em grande parte,

devido aos resultados da nossa ação enquanto grupo, ou

seja, da nossa ação cooperativa. Trabalhar em equipe é uma maneira de solucionar

problemas e fazer com que os resultados positivos aconteçam e, ao mesmo tempo, é um

desafio, pois para que tenhamos sucesso é preciso colocar de lado as diferenças individuais

de personalidade, interesses, ideias, culturas e outras. Existem algumas regrinhas de ouro

para alcançarmos a Cooperação:

1. Focar na solução e não perder tempo remoendo o problema ou buscando culpados;

2. Respeitar as diferenças e entender que todos são capazes de contribuir;

3. Deixar de lado as vaidades pessoais e acolher as boas ideias;

4. Se comprometer com o objetivo do grupo e com a estratégia adotada.

Numa organização as pessoas fazem parte do todo, e como tal, os profissionais e os

departamentos devem colaborar ativamente para que as metas e objetivos sejam

plenamente alcançados. Este é o poder da Cooperação e do engajamento, elementos

essenciais ao trabalho em conjunto.

Estes componentes são tão importantes que cada vez mais as Empresas valorizam os profissionais que têm como

diferencial o trabalho em equipe. Estes, por sua vez, são aqueles colaboradores, com diversas habilidades interpessoais, e

que conseguem compartilhar seus conhecimentos técnicos e experiências com os demais e que, ao interagirem dessa

forma, também se colocam em situação de aprendizagem. Neste sentido, esteja sempre atento ao seu desempenho e

procure ser cooperativo. Isso favorece o aprimoramento contínuo de suas capacidades, aumenta sua produtividade e é um

dos indicadores do seu nível de comprometimento, que será o tema do nosso próximo informativo.

Núcleo de Psicologia/GDC.A

Você já deve ter lido ou

ouvido em algum lugar

ditados sobre nenhum

homem ser uma ilha, ou

que uma andorinha sozinha

não faz verão, certo? Pois

bem, eles ilustram bem o

assunto de hoje:

cooperação.

Existem na natureza muitos

exemplos de cooperação –

o trabalho diário das

abelhas e das formigas são

imagens que nos surgem de

imediato quando pensamos

no assunto.

No nosso dia a dia, também

temos exemplos

surpreendentes de atitudes

cooperativas: a Wikipédia é

o resultado de uma prática

cooperativa e seu sucesso

deve-se à grande

quantidade de pessoas que

se predispõem a contribuir

com o seu conhecimento

para a construção de uma

enciclopédia gratuita. Da

mesma forma, é comum as

pessoas se unirem em prol

de grupos ou comunidades

menos favorecidas e em

situações de guerra ou

calamidade.

Em todos os exemplos

citados, o que nos chama a

atenção é que os resultados

obtidos jamais poderiam

ser alcançados

individualmente, porque a

máxima é: A UNIÃO FAZ A

FORÇA!

“Na história da humanidade (e

dos animais também) aqueles

que aprenderam a colaborar e

improvisar foram os que

prevaleceram.”

Charles Darwin

ATITUDES POSITIVAS NO TRABALHO

Cooperação