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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE SISTEMAS DE GESTÃO SIRLEY CAMILO DA SILVA PROGRAMA DE EXCELÊNCIA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR O CASO DA IMPLANTAÇÃO NO GRUPO ESTÁCIO Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Qualidade Total. Orientadora: Profª Mirian Picinini Mechas, D.Sc. Niterói 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE SISTEMAS DE GESTÃO

SIRLEY CAMILO DA SILVA

PROGRAMA DE EXCELÊNCIA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO EM UMA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR – O CASO DA IMPLANTAÇÃO NO

GRUPO ESTÁCIO

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Qualidade Total.

Orientadora:

Profª Mirian Picinini Mechas, D.Sc.

Niterói

2017

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Ficha Catalográfica

S 586 Silva, Sirley Camilo da. Programa de excelência como diferencial competitivo em uma

instituição de ensino superior – o caso da implantação no grupo Estácio

/ Sirley Camilo da Silva. – Niterói, 2017.

102 f.

Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) – Universidade

Federal Fluminense. Escola de Engenharia, 2017.

Orientadora: Mirian Picinini Méxas.

1. Critérios de excelência. 2. Gestão da qualidade total. 3.

Instituição de ensino superior. I. Título.

CDD 658.562

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SIRLEY CAMILO DA SILVA

PROGRAMA DE EXCELÊNCIA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO EM UMA

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR – O CASO DA IMPLANTAÇÃO NO

GRUPO ESTÁCIO

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Qualidade Total.

Aprovada em 22 de Agosto de 2017.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________

Professor Orientador: Mirian Picinini Méxas, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense

____________________________________________________

Professor Marcelo J. Meiriño, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense

___________________________________________________

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por me dar força e disposição para encarar os desafios

de frente, superar os obstáculos e concluir as etapas deste grande desafio.

Aos meus pais e familiares que tanto me ensinaram e contribuíram para minha

formação como cidadão, bem como senso de respeito e solidariedade com o próximo.

Agradeço especialmente ao meu pai, que hoje não está mais conosco no plano físico,

mas que sempre serve de inspiração para meus atos e para tudo que venho buscando na vida

pessoal e profissional. Com sua simplicidade e bom humor, aprendi a encarar os desafios

sempre de frente e com muita energia e disposição.

Minha orientadora, professora Mirian Picinini Méxas, pela paciência e pela orientação

neste processo, que com muita simpatia me direcionou no caminho e ajustes deste trabalho.

À Universidade Federal Fluminense, que através de seu time de apoio acadêmico me

ajudou nas etapas do processo e na prestação de informações e soluções das questões que

surgiram.

Aos professores do curso de mestrado, que tanto ensinaram com teoria e exemplos

práticos utilizados em sala de aula.

Aos colegas do Mestrado que também contribuíram através da convivência e trocas de

experiências e pela amizade que foi formada no dia a dia das aulas que tivemos juntos.

À toda a Diretoria Executiva do Grupo Estácio, que além de desafiar a implantação

deste Programa no Grupo, foram incentivadores e apoiadores para o sucesso deste Programa.

Aos colegas da Estácio que apoiaram na implantação do Programa de Excelência em Gestão do

Grupo, Raquel e Fernanda.

Gostaria também de agradecer, de forma muito especial, ao meu filho Daniel, que

ainda na gestação de minha esposa já era meu maior inspirador. O seu nascimento foi uma

felicidade inigualável e ao mesmo tempo veio a necessidade de cuidado e carinho que busquei

suprir mesmo com o dever do comparecimento às aulas do Mestrado. Na execução da pesquisa,

mesmo quando eu não podia dar atenção a ele, seu sorriso e abraço eram uma energia sem igual

que me deixou mais forte e motivado em concluir o processo.

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“Sucesso não é final, fracasso não é fatal: é a

coragem de continuar que conta.”

Winston Churchill

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RESUMO

Atualmente no Brasil, excelência e gestão são pilares de competitividade e sobrevivência das

organizações. Considerando a realidade das Instituições de Ensino Superior que possuem uma

alta regulamentação do Governo Federal com exigência na sua qualidade de ensino, a

concorrência e a demanda de vagas advindas do Financiamento Estudantil (FIES) e a pressão

na redução das mensalidades, bem como a necessidade de melhorar os processos e serviços

vem aumentando. A Instituição objeto desta pesquisa é o Grupo Estácio, uma das maiores

Instituições de Ensino Superior Privado do Brasil, com mais de 90 unidades espalhadas em 20

estados da federação e Distrito Federal, cujo objetivo desta pesquisa é verificar a viabilidade da

implantação de um Programa de Excelência em Gestão a partir dos resultados avaliados no

Grupo. Com o uso de bases de pesquisa relevantes no meio acadêmico, como WEB OF

SCIENCE, SCOPUS, SCIELO e Directory of Open Access Journals (DOAJ). Através de um

estudo de caso e uma pesquisa documental, utilizando dados secundários obtidos do Sistema

Interno da Estácio, chamado Sistema de Suporte ao Programa de Excelência em Gestão

(SISPEG) entre os anos de 2012 e 2016, foi constatada uma evolução positiva nos principais

indicadores da Instituição em relação às partes interessadas (Alunos, Colaboradores, Governo

e Acionistas), que foram impactados pelos processos considerados na implantação do Modelo

de Excelência em Gestão customizado para o Grupo. Como contribuição, este trabalho

possibilita à comunidade científica, acesso a um estudo aprofundado sobre a Gestão da

Qualidade Total (GQT) e compreensão de sua relação com os modelos de prêmios de excelência

que surgiram ao redor do mundo bem como os Fatores Críticos de Sucesso para sua

implementação, customização e a viabilidade de implantação em um Instituição de Ensino

Superior.

Palavras-chave: Modelo de Excelência em Gestão; Gestão da Qualidade Total; Instituição de

Ensino Superior.

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ABSTRACT

Currently in Brazil, excellence and management are pillars of competitiveness and survival of

organizations. Considering the reality of Higher Education Institutions that have a high Federal

Government regulation with a requirement in their quality of education, competition and the

demand for vacancies from Student Funding (FIES) and the pressure to reduce tuition fees, as

well as the need Processes and services has been increasing. The Institution object of this

research is the Estácio Group, one of the largest Private Higher Education Institutions in Brazil,

with more than 90 units spread across 20 states of the federation and Federal District, where the

central question of this research is to verify the viabibility of implementing a Program of

Excellence in Management based on the results evaluated in the Group. With the use of relevant

research bases in the academic environment, such as WEB OF SCIENCE, SCOPUS, SCIELO

and Directory of Open Access Journals (DOAJ). Through a case study and documentary

research, using secondary data obtained from the Estácio Internal System, called the System of

Support to the Program of Excellence in Management (SISPEG) between the years of 2012 and

2016, there was a positive evolution in the main indicators Of the Institution in relation to the

Stakeholders (Students, Employees, Government and Shareholders), who were impacted by the

processes considered in the implementation of the Business Excellence Model customized for

the Group. As a contribution, this work provides the scientific community with access to an in-

depth study on Total Quality Management (TQM) and an understanding of its relationship with

the excellence awards models that have emerged around the world as well as the Critical

Success Factors for Its implementation, customization and the feasibility of implantation in an

Higher Education Institution.

Keywords: Business Excellence Model. Total Quality Management. Higher Education

Institution.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Características das Eras da Qualidade .................................................................... 24

Quadro 2 - Atributos para suportar o plano de superação dos Fatores Críticos que impedem a

implantação do GQT: Um quadro sintético. ............................................................................. 27

Quadro 3 - Benefícios e dificuldades na implantação de autoavaliação em modelo de

excelência aplicado a 10 empresas do Reino Unido................................................................. 36

Quadro 4 - Comparação entre Três Modelos de Excelência .................................................... 55

Quadro 5 - Mapa de alinhamento da Revisão da Literatura ..................................................... 60

Quadro 6 - Expressão das palavras chave aplicada nas pesquisas ........................................... 61

Quadro 7 - Estrutura de um Indicador ou Item de Processo do Programa de Excelência em

Gestão Estácio .......................................................................................................................... 67

Quadro 8 - Estrutura de um Indicador ou Item de Resultado do Programa de Excelência em

Gestão Estácio .......................................................................................................................... 68

Quadro 9 - Itens de Processo e Itens de Resultado do Pilar de Atendimento do Programa de

Excelência em Gestão Estácio (recorte) ................................................................................... 71

Quadro 10 - Dispersão de Avaliação Local x Corporativa do Programa de Excelência em

Gestão Estácio .......................................................................................................................... 74

Quadro 11 - Processos Avaliados entre 2012 e 2016 no Programa de Excelência em Gestão

Estácio ...................................................................................................................................... 77

Quadro 12 - Classificação de Stakeholders e Indicadores Chave dos Processos Avaliados

entre 2012 e 2016 ..................................................................................................................... 80

Quadro 13 - Inidicadores Chave dos processos justificados para análise ................................ 81

Quadro 14 - Detalhamento dos Inidicadores Chave dos processos .......................................... 82

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Modelo de criação da Cultura Organizacional GQT ............................................... 29

Figura 2 - Frequência e análise de tendência do número de artigos publicados sobre o tema

Cultura Organizacional entre 1987 e 2011 ............................................................................... 30

Figura 3 - Linha do tempo da Excelência de Empresas ........................................................... 34

Figura 4 - Excelência empresarial: Um resumo teórico ........................................................... 35

Figura 5 - Modelo do Prêmio Deming ..................................................................................... 39

Figura 6 - Prêmio Nacional Malcolm Baldridge ...................................................................... 40

Figura 7 - Modelo de Excelência do Prêmio Europeu da Qualidade ....................................... 44

Figura 8 - Evolução do MEG ................................................................................................... 46

Figura 9 - Estruturação e Componentes do MEG..................................................................... 47

Figura 10 - Programas Estaduais e Setoriais derivados do MEG ............................................. 50

Figura 11 - Modelo de Excelência Diamante de Classe Mundial ............................................ 52

Figura 12 - Auto avaliação proposta: Resumo esquemático .................................................... 53

Figura 13 - Características de Excelência em Serviços ............................................................ 54

Figura 14 - Modelo de Excelência Universal proposto ............................................................ 56

Figura 15 - Estrutura metodológica do Projeto ........................................................................ 59

Figura 16 - Modelo do Programa de Excelência em Gestão Estácio ....................................... 67

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Adesão aos Prêmios de Excelência por Região....................................................... 37

Tabela 2 - Prêmios de Excelência Derivados ........................................................................... 38

Tabela 3 - Fontes usadas na pesquisa ....................................................................................... 61

Tabela 4 - Distribuição da documentação usada na pesquisa por tipo ..................................... 62

Tabela 5 - Distribuição da documentação usada na pesquisa por Capítulo e Fonte ................. 63

Tabela 6 - Matriz de Priorização de Itens propostos por Pilar do Programa de Excelência em

Gestão Estácio (recorte)............................................................................................................ 70

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Quantidade de artigos publicados sobre os temas Excelência de GQT e Modelo de

Excelência (ME) entre 1987 e 2011 ......................................................................................... 31

Gráfico 2 - Artigos analisados: Origem do primeiro autor do Artigo ...................................... 32

Gráfico 3 - Distribuição Documentos por ano (99 documentos) ............................................. 62

Gráfico 4 – Evolução da Base de Alunos Total........................................................................ 83

Gráfico 5 – Evolução da Receita Operacional Líquida (ROL) ................................................ 84

Gráfico 6 – Evolução de Gastos VGA/ROL ............................................................................ 84

Gráfico 7 – Evolução do Resultado de EBITDA das Unidades ............................................... 85

Gráfico 8 – Evolução do Resultado de PESA das Unidades .................................................... 86

Gráfico 9 – Evolução do Resultado de IGC das Unidades ....................................................... 87

Gráfico 10 – Evolução do Resultado de Favorabilidade da Pesquisa de Clima dos

Colaboradores das Unidades .................................................................................................... 88

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LISTA DE SIGLAS

DOAJ Directory of Open Access Journals

EFQM European Foundation for Quality Management

FC Fator Crítico

FCS Fator Crítico de Sucesso

FIES Financiamento Estudantil

FNQ Fundação Nacional da Qualidade

FPNQ Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade

GQT Gestão da Qualidade Total

IES Instituição de Ensino Superior

JUSE Union of Japanese Scientists and Engineers

MBHCP Malcolm Baldrige Health Care Criteria for Performance

MBNQA Malcolm Baldrige National Quality Award

ME Modelo de Excelência

MEC Ministério da Educação e Cultura

MEG Modelo de Excelência em Gestão

MPE Micro e Pequena Empresa

NIST National Institute of Standards and Technology

PNQ Prêmio Nacional da Qualidade

SISPEG Sistema de Suporte ao Programa de Excelência em Gestão

TI Tecnologia da Informação

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 15

1.1 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA....................................................................... 16

1.2 QUESTÕES DA PESQUISA ................................................................................................. 16

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ................................................................................................ 17

1.3.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 17

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 17

1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................................... 17

1.5 CONTRIBUIÇÃO CIENTÍFICA ESPERADA ........................................................................... 17

1.6 ESTRUTURA DO ESTUDO ................................................................................................. 18

2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................................ 19

2.1 DEFINIÇÃO DE IES MULTICAMPI ..................................................................................... 19

2.2 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS IES PRIVADAS .............................................................. 20

2.3 GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL - GQT ............................................................................ 22

2.3.1 DEFINIÇÃO DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL ...................................................... 23

2.3.2 JUSTIFICATIVA DE IMPLANTAÇÃO DE GQT.............................................................. 25

2.3.3 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO NA IMPLANTAÇÃO DE GQT ................................. 26

2.3.4 GQT VERSUS EXCELÊNCIA........................................................................................ 30

2.4 MODELOS DE EXCELÊNCIA E SUA APLICAÇÃO ................................................................ 33

2.4.1 MODELOS DE EXCELÊNCIA APLICADOS NO MUNDO .............................................. 33

2.4.2 PRÊMIO DEMING ..................................................................................................... 39

2.4.3 MBNQA .................................................................................................................... 40

2.4.4 EFQM ....................................................................................................................... 41

2.4.5 PNQ ......................................................................................................................... 45

2.4.6 CUSTOMIZAÇÃO DE MODELOS DE EXCELÊNCIA ..................................................... 50

3. METODOLOGIA DE PESQUISA ......................................................................................... 58

3.1 ETAPAS DA PESQUISA ...................................................................................................... 58

3.2 REVISÃO DA LITERATURA – ESTUDO BIBLIOMÉTRICO .................................................... 61

3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS ..................................................................................... 63

3.4 ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS .............................................................................. 63

4. ESTUDO DE CASO – GRUPO ESTÁCIO .............................................................................. 65

4.1 MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO ESTÁCIO ............................................................. 65

4.2 DESENHO DO MODELO DE EXCELÊNCIA ......................................................................... 66

4.3 IMPLANTAÇÃO ................................................................................................................ 72

4.4 AVALIAÇÃO LOCAL .......................................................................................................... 73

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4.5 AVALIAÇÃO CORPORATIVA ............................................................................................. 74

4.6 APURAÇÃO E RECONHECIMENTO ................................................................................... 74

4.7 COLETA DE DADOS .......................................................................................................... 75

4.8 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................. 78

4.8.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS NA PERSPECTIVA DOS ACIONISTAS ............................ 82

4.8.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS NA PERSPECTIVA DOS ALUNOS .................................. 85

4.8.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS NA PERSPECTIVA DO GOVERNO (MEC) ...................... 86

4.8.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS NA PERSPECTIVA DOS COLABORADORES

ADMINISTRATIVOS E DOCENTES .......................................................................................... 87

5. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 89

Apêndice 1 - National Quality / Business Excellence Awards in different countries .......... 100

Apêndice 2 - National Quality / Business Excellence Awards in different countries -

Continuação ........................................................................................................................ 101

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente, no Brasil, excelência e gestão são pilares de competitividade e

sobrevivência das organizações que vem tornando uma proporção cada vez mais crítica para a

competitividade no setor. Quando aplicados a uma Instituição de Ensino Superior (IES), este

cenário torna-se extremamente estratégico face às demandas regulatórias e de governança que

devem ser atendidas e que afetam fortemente a situação financeira destas IESs privadas. Dado

este cenário, as instituições se veem na necessidade de melhorar seus processos e serviços,

visando atrair e reter seus clientes e ao mesmo temo reduzir seus custos, engajando seus

colaboradores nesta problemática. (NEZ; SILVA, 2015; MEYER JR; PASCUCCI;

MANGOLIN, 2012).

Algumas das alavancas de crescimento nos últimos 5 anos foram responsáveis por uma

demanda de crescimento acelerada. O Financiamento Estudantil (FIES), programa de subsidio

do Governo Federal através do Financiamento do Ensino Superior, é um forte exemplo desta

alavanca que aqueceu fortemente no Setor de Ensino Superior Privado uma vez que o governo

não consegue disponibilizar vagas para novos alunos na velocidade que a demanda de mercado

possui. (CONCEIÇÃO; ALVES, 2013).

As mudanças necessárias para as organizações crescerem e sobreviverem, no sentido

de um crescimento por expansão, passa por um grande desafio de se manter presente de forma

geográfica em várias regiões através de novas unidades. Este crescimento geográfico e

estrutural também gera uma necessidade de se organizar em relação a seus processos de trabalho

e processos de controle. (NEZ; SILVA, 2015).

Ao mesmo tempo, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) exige um nível de

qualidade acadêmico e estrutural das IESs, que demanda um alto grau de investimento, tanto

na estrutura atual quanto em seu processo de expansão. (CONCEIÇÃO; ALVES, 2013).

A Instituição objeto desta pesquisa é o Grupo Estácio, uma das maiores instituições de

ensino superior privado do Brasil, com mais de 90 unidades espalhadas em 20 estados da

federação e Distrito Federal. Em sua estrutura básica, o setor corporativo engloba áreas de

suporte e controle do negócio e as Unidades operam em suas localidades de forma

descentralizada no modelo multicampi segundo políticas e diretrizes corporativas.

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1.1 FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

Com o aumento da concorrência entre as instituições, pôde-se observar uma queda no

valor médio das mensalidades, ao mesmo tempo em que o governo traz uma exigência de maior

qualidade, maior investimento em infraestrutura e titulação do corpo docente, ocorrendo uma

pressão maior nos custos da instituição.

Neste contexto, a necessidade de implantar processos padronizados, com foco no

cliente, identificar e disseminar melhores práticas internas e externas, aplicar conceitos e

ferramentas de qualidade, avaliar o desempenho de seus processos e retroalimentar ações de

melhoria são fundamentais. A adoção de um referencial de excelência que congregue estes

fatores e por consequência benefícios financeiros e não financeiros, torna-se um diferencial

competitivo que permite às organizações se posicionar melhor num ambiente de alta

competitividade e alta expectativa do mercado. (ASIF; GOUTHIER, 2014; BOU-LLUSAR et

al., 2009; BOULTER; BENDELL; DAHLGAARD, 2013; CAMPATELLI; CITTI;

MENEGHIN, 2011; CORREDOR; GOÑI, 2011; DAHLGAARD et al., 2013; CURKOVIC et

al., 2000; DOELEMAN; TEN HAVE; AHAUS, 2014; ESCRIG; DE MENEZES, 2015;

GEORGE; COOPER; DOUGLAS, 2003; GÓMEZ GÓMEZ; MARTÍNEZ COSTA;

MARTÍNEZ LORENTE, 2011; HANSSON; ERIKSSON, 2002; HENDRICKS; SINGHAL,

2001; JACOB; MADU; TANG, 2004; METAXAS; KOULOURIOTIS, 2014; POWELL, 1995;

RITCHIE; DALE, 2000; VOSS, 2005; XU; YEH, 2012; ZÁRRAGA-RODRÍGUEZ;

ALVAREZ, 2013).

1.2 QUESTÕES DA PESQUISA

A partir da contextualização apresentada e da situação problema, considerando a

necessidade de um estudo aprofundado, surge a seguinte questão central desta pesquisa: Qual a

viabilidade de implantação de um Programa de Excelência em Gestão no Grupo Estácio?

Além da questão central, surgem as seguintes questões específicas:

a) Quais são os modelos de Excelência existentes, genéricos e customizações propostas?

b) Quais os Fatores Críticos na implementação de um Programa de Excelência?

c) Quais os benefícios auferidos pelo Programa de Excelência customizado pelo Grupo

Estácio considerando dados coletados de 2012 a 2016?

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17

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.3.1 OBJETIVO GERAL

Este trabalho tem o objetivo de avaliar a implantação de um Programa de

Excelência em Gestão a partir dos resultados analisados no Grupo Estácio considerando seus

stakeholders.

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Analisar a metodologia de estruturação de Programas de Excelência aplicados ao

redor do mundo e sua customização;

b) Identificar os fatores críticos de sucesso na implementação de um Programa de

Excelência;

c) Analisar a evolução dos resultados obtidos na implantação do Programa para o Grupo

Estácio considerando dados coletados de 2012 a 2016.

1.4 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Em relação à revisão da literatura, foram pesquisados artigos disponíveis nas bases

WEB OF SCIENCE, SCOPUS, SCIELO e Directory of Open Access Journals (DOAJ), cujo

objetivo foi levantar modelos de excelência existentes ao redor do mundo para entender como

eles podem ser aplicados de forma parcial e customizada em uma organização multicampi em

âmbito nacional e os benefícios que podem ser gerados nos resultados desta Instituição,

considerando o período de implantação entre os anos de 2012 até 2016.

Não se contemplam, nesta pesquisa, os processos executados nas áreas corporativas

da Instituição, e sim aqueles processos considerados críticos que ocorrem nas Unidades de

operações total ou parcialmente.

1.5 CONTRIBUIÇÃO CIENTÍFICA ESPERADA

Este trabalho possibilitará à comunidade científica acesso a um estudo aprofundado

sobre a relevância, origem da Gestão da Qualidade Total (GQT), bem como a compreensão de

sua relação com os modelos de prêmios de excelência que surgiram ao redor do mundo e ao

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mesmo tempo entender a proposta dos modelos de Excelência mais relevantes. A partir deste

entendimento, permitirá a compreensão sobre a proposta de estruturação de um modelo de

excelência customizado para uma Instituição de Ensino Superior multicampi desde seu

desenvolvimento até a implantação.

1.6 ESTRUTURA DO ESTUDO

A estrutura do estudo divide-se em seis capítulos.

No Capítulo 1, a Introdução contempla a formulação da situação problema, questões

de pesquisa, objetivos da pesquisa, bem como a contribuição científica esperada e aspectos

metodológicos.

No Capítulo 2, a Revisão da Literatura contempla toda a base conceitual da pesquisa,

incluindo definição de Instituição multicampi, desafios enfrentados pelas IESs privadas, Gestão

da Qualidade Total, bem como Modelos de Excelência e sua aplicação.

No Capítulo 3, é abordada a Metodologia de Pesquisa que contempla a definição das

etapas abordadas pela pesquisa, revisão da literatura com o estudo bibliométrico, o método de

coleta de dados, bem como o método de análise e tratamento dos dados.

No Capítulo 4, é abordado o Estudo de Caso da Implantação do Modelo de Excelência

no Grupo Estácio que contempla o Modelo de Excelência em Gestão em seu desenho,

implementação e, finalmente, a coleta de dados e análise dos resultados.

No Capítulo 5, contempla as conclusões obtidas na pesquisa, bem como as principais

contribuições e recomendações para trabalhos futuros.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

Este capítulo aborda os conceitos que definem uma IES multicampi, os desafios

que estas Instituições enfrentam no cenário nacional, além de abordar a GQT, seus conceitos e

a evolução histórica que converge com os Modelos de Excelência, os quais foram

desenvolvidos e implantados em diversos países ao redor do mundo. Também é abordada a

Revisão da Literatura que busca entender as várias abordagens criadas e mesmo customizadas

para modelos de excelência propostas por diversos autores, além dos modelos excelência

aplicados no mundo e o modelo aplicado atualmente no Brasil através da Fundação Nacional

da Qualidade (FNQ).

2.1 DEFINIÇÃO DE IES MULTICAMPI

De acordo com Nez e Silva (2015), uma vez que surgiram os incentivos do governo

na linha da democratização do Ensino Superior, a necessidade de crescimento de reorganização

das IESs e sua necessidade de lidar com outros públicos, através de estratégias de expansão,

tornou-se necessário uma mudança de sua estrutura. Este fenômeno, em consequência, inclui a

implantação de uma estrutura multicampi nas instituições.

Esta mudança, necessária para as organizações no sentido de um crescimento por

expansão, passa por um grande desafio de se manter presente de forma geográfica em várias

regiões através de novas unidades. Este crescimento geográfico e estrutural também gera uma

necessidade de se organizar em relação a seus processos de trabalho e processos de controle.

Na abordagem da definição de multicampi, que etimologicamente o termo multi do

latin multus, que significa muito ou numeroso, mais a partícula do latin campus, que significa

o conjunto de edifícios e terrenos de uma instituição, sendo multicampi aplicado a muitos

campos de uma Instituição de Ensino (HOUSSAIS; VILLAR, 2009).

De acordo com Lauxen (2006), o termo multicampi está relacionado à distribuição da

estrutura da universidade em regiões geográficas, que atuam com polos de ação em contextos

físico-territoriais diferentes que precisam atender os interesses nas localidades de sua atuação.

Segundo Nez (2014), o uso do termo Campus surgiu com o início do ensino superior

do Brasil, onde o Estatuto das Universidades Brasileiras de 1931 e a Reforma Universitária de

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1968 sugeriram a passagem das instituições de ensino isoladas para um conglomerado reunido

sob o nome de Universidade.

Todas estas definições levam a entender que Universidade Multicampi ou Instituição

multicampi possui vários Campi ou prédios físicos com uma infraestrutura física, tecnológica,

organizacional, autonomia acadêmica e operacional que representam a instituição em uma

determinada localidade, afetando a comunidade em seu entorno, tanto diretamente via educação

para o aluno como nos aspectos econômicos e Sociais desta localidade. Sendo assim, o modelo

multicampi traz um desafio ligado à necessidade de manter a qualidade acadêmica, processos

organizacionais e garantir o controle administrativo sobre estes campi ou utilizados em termos

organizacionais em unidades de negócio.

2.2 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS IES PRIVADAS

A crescente demanda por ensino superior, observada atualmente no Brasil, é

caracterizada pelo maior acesso a este, seja pelos programas governamentais ou pela

necessidade de crescimento do país e está provocando um deslocamento de atenção de

investidores em relação ao Ensino Superior privado no Brasil. Em seu trabalho, Conceição e

Alves (2013) analisam este crescimento observado entre 1995 e 2011 através de maiores

incentivos pelo governo.

Segundo Nez e Silva (2015), percebe-se que as Universidades se deparam, atualmente,

com muitos desafios, tais como o aumento do acesso ao ensino superior, o que tem aumentado

muito as vagas disponíveis e o processo de expansão das Instituições causado pelas alterações

econômicas, científicas, políticas e sociais. Ainda em seu estudo, abrangendo as regiões Sul e

Centro-Oeste, pode-se verificar que para as instituições multicampi, em sua lógica de

crescimento, busca-se a expansão em unidades menores para atender as demandas de

comunidades que não têm acesso à educação superior, o que demanda uma grande trajetória e

desafios que passam desde fenômenos sociais até os organizacionais que não podem abrir mão

da qualidade.

Segundo tratam Paiva et al. (2014 p.20), “Corroborando com o aumento das

instituições e intensificação da rivalidade, pôde-se observar uma queda no valor médio das

mensalidades, [...]”, e percebe-se que na medida em que a necessidade de vagas e a oferta

aumentam de forma escalável, ocorre um fenômeno que é o de abertura de capital e

consolidação no Setor de Ensino Superior no Brasil, ao mesmo tempo em que o governo traz

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uma exigência de maior qualidade, maior investimento em infraestrutura e titulação do corpo

docente, ocorrendo uma pressão maior nos custos da instituição. Este fenômeno traz consigo a

obrigação das instituições em melhorar seus processos, dando mais governança e eficiência a

seus resultados através da redução de custos pela queda dos valores de mensalidades.

Algumas das alavancas de crescimento nos últimos 5 anos foram responsáveis por esta

demanda de crescimento acelerada. O FIES, programa de subsidio do Governo Federal através

do Financiamento do Ensino Superior, cujo financiamento pode chegar a cem por cento do

valor da mensalidade do aluno, cujo juro anual é baixo se comparado com a prática de mercado,

onde o aluno realiza o pagamento de seu financiamento a partir de um ano e meio após formado

durante o dobro do tempo que estudou, talvez tenha sido a maior alavanca deste processo. Ao

mesmo tempo, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) exige um nível de qualidade

acadêmico e estrutural das IESs que demanda um alto grau de investimento tanto na estrutura

atual quanto em seu processo de expansão.

Para Meyer Jr, Pascucci e Mangolin (2012), as mudanças provocadas no ambiente por

conta dos constantes desafios, mudanças na política educacional e demandas do mercado de

trabalho, se caracterizam pela competição acirrada, deparando-se com respostas lentas às

demandas externas, como a baixa qualidade acadêmica e a necessidade de busca pela qualidade

que é indispensável para sua sobrevivência. As IESs, portanto, têm a necessidade de rever a

gestão, buscando mais eficiência e criação de estratégias organizacionais e acadêmicas para

superar estes desafios, sendo as acadêmicas de grande importância. Portanto é necessário que

as empresas saiam do status do amadorismo gerencial destas organizações acadêmicas para

outro patamar pautado em estratégias mais eficazes.

Segundo Santos, Nascimento e Buarque (2013), em sua abordagem sobre políticas de

inclusão, o sistema universitário brasileiro está entre os que mais possuem matrículas

direcionadas às Instituições de Ensino Superior privadas, em que a maioria veio de escolas

públicas de ensino médio e frequentam as IESs privadas, cuja qualidade é duvidosa. Desta

forma, ocorre uma inversão no processo de acesso ao Ensino Superior, onde os alunos das

Federais são provenientes de Escolas particulares de ensino médio e fundamental, os quais são

mais preparados. Já os provenientes de escolas públicas ingressam, em sua maioria, nas IESs

particulares. Isto gera uma defasagem relevante no nível de conhecimento dos alunos das

privadas, gerando um grande desafio para melhorar os processos de ensino de aprendizagem e

tentar diminuir estas deficiências destes alunos. Da mesma forma, a melhoria da qualidade e a

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criação de mecanismos de medição por parte do governo e por parte das Instituições tornam-se

fundamentais para garantir a qualidade.

De acordo com Paiva et al. (2014), em seu estudo, o crescimento das Instituições de

Ensino superior, causado pelo aumento das matrículas ao longo dos anos, gerou uma ociosidade

nas instituições em consequência deste e, ao mesmo tempo, este processo desencadeou um

movimento de fusões e aquisições das instituições maiores, onde por trás destas grandes

corporações estão os fundos de investimento. Este processo vem de encontro com uma

necessidade de aumento da competitividade entre as instituições de ensino, especialmente as

privadas, buscando melhorar seus processos e produtos, elevando o grau de exigência do MEC

para que não ocorra uma queda de qualidade de ensino destas instituições.

Paiva et al. (2014), ainda em seu estudo que abrangeu gestores de grandes instituições

de Ensino Privado como Kroton, Anima, Estácio e Anhanguera, através de seus principais

gestores, permitiu às mesmas demonstrar os fatores setoriais relevantes para um melhor

desempenho, Este estudo foi dividido em cinco tópicos resultantes das entrevistas realizadas

com estes gestores, sendo eles: condições de fornecimento, condições de demanda, estrutura de

mercado, envolvimento do setor em Negócios Internacionais e regimes de incentivo e

regulação. Verificou-se com o respectivo estudo que existe uma forte influência dos fatores e

variáveis em instituições de ensino superior do setor privado que devem ser monitorados e

avaliados de forma adequada. Os executivos entrevistados enfatizaram a importância desses

fatores, que podem se transformar em inimigos amargos ou fortes aliados em um ambiente cada

vez mais desafiador e competitivo.

Além dos desafios do segmento de Educação, as organizações têm de operar em

ambientes altamente incertos. A concorrência global leva as organizações a reduzir o seu capital

investido e cortar custos através de produção enxuta, aplicar um modelo de excelência,

terceirização, buscar novos mercados, introdução de novas tecnologias e a construção de

alianças exclusivas. E tudo isso está acontecendo em uma velocidade muito grande (WIELE;

IWAARDEN; WILLIAMS, 2011).

2.3 GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL - GQT

O entendimento da GQT, sua definição, origem e evolução são muito importantes para

verificar a sua convergência para modelos de excelência que foram criados com ferramentas e

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métodos do GQT. Entender os fatores Críticos de Sucesso do GQT permite entender estes

mesmos fatores aplicados à implantação de modelos de excelência.

2.3.1 DEFINIÇÃO DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL

A palavra qualidade normalmente tem uma conotação associada à qualidade dos

produtos e serviços que a empresa oferece aos seus clientes. Porém, empresas que fizeram da

qualidade parte integrante da forma como o negócio é concebido têm implementado com

sucesso uma estratégia de negócios para a excelência. Nestes casos, o significado de qualidade

vai além da qualidade de produtos e serviços, e tem um significado mais amplo de maximizar

a eficácia da empresa em atender ou exceder o valor para as expectativas do cliente (KIAUTA,

2012).

Gestão da qualidade começou após a revolução industrial na forma de inspeções

realizadas pelos trabalhadores da fábrica de produtos manufaturados para rejeitar produtos

defeituosos. Uma vez que a produção aumentou, a qualidade dos produtos teve de ser

padronizada. Na década de 1920, Walter Shewhart desenvolveu o primeiro e, naquele tempo

moderno, gráfico de controle foi um desenvolvimento significativo na Gestão da Qualidade.

Com contribuições de especialistas, como Edwards Deming, Joseph Juran, Kaoru Ishikawa e

Armand Feigenbaum, ao longo das décadas, a Gestão da Qualidade ganhou mais exposição

após a Segunda Guerra Mundial. Sua evolução passou de inspeção de linhas de produção para

abranger os processos de gestão de uma empresa, como planejamento, organização e

responsabilidade da Gestão e atualmente as empresas incorporam as práticas de Gestão da

Qualidade nas operações. (LO; CHAI, 2012).

Buscando entender o histórico da qualidade, de acordo com Garvin (1992), podem-se

verificar quatro eras na história de evolução da Qualidade, sendo elas a Inspeção, Controle

Estatístico da Qualidade, Garantia da Qualidade e Gestão Estratégica da Qualidade definidas

conforme o Quadro 1.

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Quadro 1 - Características das Eras da Qualidade

Características

ETAPAS DO MOVIMENTO DA QUALIDADE

Inspeção

Controle

Estatístico da

Qualidade

Garantia da Qualidade

Gerenciamento

Estratégico

da Qualidade

Preocupação

Básica Verificação Controle Coordenação Impacto Estratégico

Visão da

Qualidade

Um problema

a ser resolvido

Um problema a

ser resolvido

Um problema a ser resolvido,

mas que seja enfrentado

preventivamente

Uma oportunidade de

concorrência

Ênfase Uniformidade

do produto

Uniformidade

do produto com

menos inspeção

Toda cadeia de produção,

desde o projeto até o

mercado, e a contribuição

de todos os grupos funcionais,

especialmente os

projetistas, para impedir

falhas de qualidade

As necessidades de

mercado e do consumidor

Métodos Instrumentos

de medição

Instrumentos e

técnicas estatísticas Programas e Sistemas

Planejamento Estratégico,

estabelecimentos

de objetivos e a mobilização

da organização

Papel dos

Profissionais

da

Qualidade

Inspeção,

Classificação,

contagem e

avaliação

Solução de

problemas

e a aplicação

de métodos

estatísticos

Mensuração da Qualidade,

Planejamento da

Qualidade e Projeto de

Programas

Estabelecimento de objetivos,

educação e treinamento,

trabalho consecutivo

com outros departamentos

e delineamento

de programas

Responsável

pela Qualidade

O departamento

de

inspeção

O departamento

de produção e

engenharia

os departamentos,

embora a alta gerência

só se envolva perifericamente

com o projeto, o

planejamento e a execução

das políticas de qualidade

Todos na empresa,

com a alta gerência

agora exercendo forte

liderança

Orientações e

Abordagens

"Inspeciona" a

Qualidade

"Controla" a

Qualidade "Constrói" a Qualidade "Gerencia" a Qualidade

Fonte: Garvin (1992)

De acordo com Boulter, Bendell e Dahlgaard (2013), a origem da GQT pode ser

identificada através dos conceitos trazidos à partir de 1979 por Crosby, bem como 1985 por

Ishikawa, 1986 por Deming, 1988 por Juran e 1991 por Feigenbaum através de suas obras. Já

seus princípios holísticos foram incorporados no modelo de gestão e medição de desempenho

para a auto avaliação de organizações, como o Prêmio Deming, que foi introduzido no Japão

em 1951, o modelo de Malcolm Baldrige National Quality Award (MBNQA) introduzido nos

EUA em 1987 e o European Foundation for Quality Management (EFQM) que foi introduzido

na Europa em 1991.

Conforme Dahlgaard-Park et al. (2013), buscando entender o significado da GQT, não

é simples chegar a um conceito completo, uma vez que seu surgimento decorre de diversos

movimentos e ferramentas e é tratado em diversas camadas. Quando a GQT se tornou global,

com múltiplas características e os níveis / dimensões, várias terminologias têm sido utilizadas

referentes a ela e seus diversos componentes. Um Modelo, uma filosofia, um sistema e uma

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abordagem de gestão são algumas terminologias alternativas mais utilizadas para abordar a

GQT que também é vista como uma filosofia de gestão ou uma abordagem que pode ser

caracterizada por seus princípios, práticas e técnicas. Esta abordagem pode ser também tratada

em três categorias: "Modelos definidos a serem tomados como referência", "ferramentas e

técnicas de gestão" e "valores fundamentais e Cultura Organizacional".

Segundo Dahlgaard e Dahlgaard-Park (2006), GQT é uma abordagem de gestão que

visa melhorar a qualidade dos produtos e serviços e, como resultado, a satisfação do cliente, já

para Campos (2004), a GQT é conceituada como o atendimento de forma confiável, acessível,

segura e no tempo certo às necessidades do cliente. Calabrese e Corbò (2014), mostra em seu

estudo que a comunidade científica vem direcionando seus estudos para aplicação do GQT para

o setor de serviços.

De acordo com Campatelli, Citti e Meneghin (2011), GQT é uma abordagem de

gestão, caracterizada pela definição de alguns princípios gerais e inspiradores orientadores e

conceitos fundamentais que representam a forma como a organização busca operar a fim de

obter alto desempenho. Ainda em seu estudo é apresentada uma aproximação geral com base

em diversos autores onde pode-se considerar a GQT em relação 5 passos: identificação dos

clientes, fornecedores e outros agentes envolvidos nos processos; avaliação de especificação e

requisitos de clientes; processo de entrega de produto ou serviço; desenvolvimento de

estratégias para atuar nos processos e responder imediatamente a erros; promoção da melhoria

contínua dos processos por meio de avaliação contínua dos indicadores de satisfação do cliente.

Conforme Sanchez e Blanco (2014), em seu estudo realizado sobre a produção de

artigos de GQT por 30 anos (1980 a 2011) usando como motor de busca uma das mais

prestigiadas e conceituadas base de dados de artigos Web of Knowledge (Thomson Scientific),

revelam que o Setor com mais artigos de abordagens empíricas sobre GQT foi Serviço com 298

artigos. Em seguida, foi a manufatura com 239 artigos. Os 80 restantes tratavam sobre as duas

áreas.

2.3.2 JUSTIFICATIVA DE IMPLANTAÇÃO DE GQT

Conforme Ilies et al. (2015), Zárraga-Rodríguez e Alvarez (2013), Modelos de GQT

são projetados para orientar as organizações em sua jornada para a excelência empresarial. Eles

ajudam a identificar o papel e a importância da informação como um recurso. Uma vez que

uma organização necessita aumentar a sua competitividade, há uma necessidade de adotar

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algum tipo de estratégia neste sentido, sendo que a GQT oferece uma estrutura sistematizada

para programar um conjunto de práticas de gestão de alto desempenho que orientam as

organizações no sentido de atingir seus desafios e melhores resultados.

Em todo o mundo, as organizações governamentais e industriais cada vez mais estão

fazendo todo o possível para promover a qualidade e, para sobreviver, o princípio básico

continua sendo a satisfação do cliente. A qualidade tornou-se a fonte de vantagem competitiva

sustentada, que fornece às organizações a supremacia dos mercados globais, caracterizados por

uma concorrência que se torna cada vez mais intensificada. A fim de conseguir uma vantagem

competitiva, as organizações devem promover a gestão da qualidade que é feita através do

GQT, iniciado, a partir dos anos 1980, uma das abordagens mais usadas pelas empresas. (FU et

al., 2015; ILIES et al., 2015).

2.3.3 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO NA IMPLANTAÇÃO DE GQT

Conforme Khan (2011) e Talib, Rahmne Qureshi (2011), pelas características

relacionadas com serviços, a implementação do GQT encontra barreiras como heterogeneidade

de serviços, intangibilidade, perecibilidade, simultaneidade de produção e consumo, o que torna

mais complexa a aplicação das ferramentas e técnicas de GQT. Já Sebastianelli e Tamimi

(2003) sinalizam cinco barreiras para a sua implementação: gestão de recursos humanos de

forma inadequada, falta de planejamento da qualidade, falta de liderança, recursos escassos e

falta de foco nos clientes.

Calabrese e Corbò (2014), em seu estudo, mostram os Fatores Críticos (FCs) que

dificultam a implementação da GQT em empresas de Serviços, sendo eles: falta de apoio da

alta gerência e da liderança para a qualidade (FC1), práticas de gestão de recursos humanos

inconsistentes com os princípios de GQT (FC2), falta de foco no cliente por empresas (FC3),

falta de planejamento para a qualidade (FC4) e falta de sistemas ou recursos para apoiar

iniciativas de GQT (FC5). As propostas de solução são mostradas no Quadro 2 que indica os

atributos que suportam a superação destes FCs.

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Quadro 2 - Atributos para suportar o plano de superação dos Fatores Críticos que

impedem a implantação do GQT: Um quadro sintético.

FCs

Diretrizes para a superação dos Fatores

Críticos que impedem a implementação da

GQT

Atributos propostos para apoiar a superação

dos Fatores Críticos que impedem a implantação

do GQT

FC1;

FC4

Padronizar processos de negócios e

procedimentos (Harmon, 2010)

Favorece a padronização dos processos de negócio

e, daí suportar a superação dos Fatores Críticos 1 e

4 (Milton & Johnson, 2012)

FC1;

FC4

Treinar os funcionários para uma compreensão

abrangente de todo o sistema de negócios

(Abdullah & Tarı', 2013)

Melhorar a compreensão de todo o sistema de

serviço pelos funcionários e, daí suportar a

superação dos Fatores Crítico 1 e 4 (Ryan, 2012)

FC1

Fazer com que ambos os processos e fluxos de

informação de um serviço sejam claro e aplicável

para os funcionários (Karapetrovič & Willborn,

1998)

Mapear processos e disponibilizar os principais

fluxos de informações de uma empresa de serviços

para seus funcionários e, daí suportar a superação

do Fator Crítico 1 (Lee & Kim, 2010)

FC1 Transformar uma Companhia focada em

processos (Huq, 2005)

Mapear processos de serviços de acordo com uma

perspectiva do cliente e, daí suportar a superação do

Fator Crítico 1 (Chen & Cheng, 2012)

FC2 Suportar aos empregados a entender o propósito

de suas atividades (Joiner, 2007)

Representar graficamente funções dos trabalhadores

e suas interdependências e, daí suportar a superação

do Fator Crítico 2 (Congram & Epelman, 1995)

FC2 Contar com uma boa comunicação interna

(Henderson & McAdam, 2003)

O resultado é um mapa que se comunica aos

funcionários as principais informações sobre todo o

serviço e, daí, suportar a superação do Fator Crítico

2 (Kostopoulos, Gounaris, & Boukis, 2012)

FC2 Empoderar os empregados (Ugboro & Obeng,

2000)

Favorecer a capacitação dos empregados e, daí

suportar a superação do Fator Crítico 2 (Congram &

Epelman, 1995)

FC3

Desenvolver planos estratégicos e operacionais de

acordo com as perspectivas do cliente (Mele,

2007)

Por definição, é uma representação de processos de

serviços de acordo com uma perspectiva do cliente

e, portanto, é o caminho para a superação do Fator

Crítico 3 (Walker, Johnson, & Leonard, 2006)

FC3 Focar na percepção de qualidade dos clientes

(Talib et al., 2012)

Melhorar a qualidade percebida dos clientes através

da concepção de processos da empresa de acordo

com uma perspectiva do cliente (Walker et al.,

2006)

FC4 Produzir planos operacionais específicos para

qualidade (Mitreva & Filiposki, 2012)

Suportar o desenvolvimento analítico de planos

operacionais (Chuang, 2007)

FC4 Melhorar a mensuração da qualidade (van der

Wiele et al., 2011)

Pode melhorar a medição da qualidade (Shahin,

2010)

FC4 Implementar ferramentas que permitam o

benchmarking (Parast & Adams, 2012)

Facilita uma comparação com processos de serviços

oferecidos por competidores (Kleinert, Balzert,

Fettke, & Loos, 2013; Shostack, 1982)

Fonte – Autor: Adaptado de Calabrese e Corbò (2014)

De acordo com Upadhyaya e Bhat (2016) em seu estudo identificou-se o

relacionamento entre os Fatores Críticos de Sucesso (FCS) relacionados com algumas

iniciativas da qualidade e as Práticas dos Prêmios de Qualidade. O Estudo apura as Literaturas,

considerando 17 fontes que tratam este tema, podendo verificar três pontos importantes:

Fatores Críticos de Sucesso das Iniciativas de Qualidade ou práticas de

modelos de qualidade que realizam um papel importante no sentido de garantir

um desempenho competitivo de sucesso das organizações.

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Fatores Críticos de Sucesso e a aplicação das práticas orientadas pelos Prêmios

da Qualidade e Iniciativas da Qualidade são muito semelhantes, embora haja

exceções. Os Prêmios de Qualidade orientam práticas similares aos Fatores

Críticos de Sucesso referentes à GQT e as Iniciativas de Qualidade.

As organizações adotam mais de uma Iniciativa de Qualidade para sua jornada

rumo à Excelência. Cada uma destas iniciativas, com seus próprios fatores

críticos, pode influenciar outra iniciativa. Esta influência mútua pode ser

causada por fatores contextuais, definindo a escolha da Iniciativa da Qualidade

que ditou o desempenho das organizações durante esta jornada rumo à

Excelência.

Os fatores FCSs identificados neste estudo são:

Gestão de Design de produto multifuncional / Time de Projetos / Gerenciamento

de Processos / Foco na Força de Trabalho / Pessoas

Gerenciamento da Qualidade de Fornecedores / Parceria e Recursos

Envolvimento de Clientes / Satisfação / Foco nos Clientes e Mercado

Envolvimento da Empresa / Participação / Foco na Força de Trabalho / Foco nas

Pessoas

Treinamento / Treinamento entre funções / Foco na Força de Trabalho / Pessoas

Liderança Comprometida / Suporte da Alta Administração / Liderança

Planejamento Estratégico / Plano de Negócios e Visão / Planejamento

Estratégico / Políticas e Estratégias

Melhoria Contínua / Coleta de Informação (dados) e feedback / Monitoramento

e Validação de performance / Medição, Análise e Gestão do Conhecimento

Estrutura Organizacional

Cultura Organizacional / Gestão de Mudanças

Muito tem se estudado e indicado como um fator importante de sucesso para

implementação dos conceitos de GQT e mesmo de Excelência é a necessidade de uma Cultura

Organizacional adequada para apoiar sua implementação (ANTONY, 2012; CAMPOS, A. C.;

MENDES, J. C.; SILVA, J. A.; VALLE, 2014; GREEN, 2012; KLEIJNEN ET AL., 2014;

KUMAR; SANKARAN, 2007; OAKLAND, 2011; WU; ZHANG; SCHROEDER, 2011).

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Chen, Eileen e Jiun-Yi ( 2013), em seu estudo analisam uma abordagem sobre o

modelo de Cultura Organizacional em relação à proposta da GQT. Este modelo é baseado em

três níveis de Cultura Organizacional como mostra na figura 1:

Pressupostos GQT que são tomados como certas crenças, pensamentos e

sentimentos estão ligados à percepção da natureza humana e ao inconsciente.

Estes pressupostos, tais como a percepção da filosofia GQT, práticas e valores

dentro da organização são muitas vezes implícitos e inconscientes para os

funcionários. Três pressupostos básicos são feitos pela abordagem: 1) Quais

benefícios a GQT traz para minha carreira, ou seja, isto indica como o

empregado percebe o efeito das práticas de GQT em suas vidas diárias, tanto

pessoal quanto profissionalmente; 2) Quais benefícios a GQT traz para minha

organização, o que indica que as práticas de GQT são úteis ou apoiam a

melhoria do desempenho da organização; 3) Quais benefícios as práticas de

GQT trazem para o ambiente externo, ou seja, a sociedade.

Valores e Crenças que são as estratégias, metas, princípios sociais e filosofias

que caracterizam uma forma específica de pensar dentro de uma organização.

Os valores são experientes pela empresa como um todo. Na filosofia GQT, em

relação à Cultura Organizacional, os níveis de cultura são caracterizados por

cinco valores fundamentais de GQT: liderança, foco no empregado e no

cliente, foco nos fatos, melhoria contínua e participação das pessoas.

Artefatos GQT que indicam os resultados visíveis e tangíveis de atividades que

se baseiam nos valores e práticas GQT, envolvem as pessoas e a operação da

empresa (Grupos de Melhoria Contínua, 5 S, 6 Sigma, etc..).

Figura 1 - Modelo de criação da Cultura Organizacional GQT

Fonte: Tradução de Chen, Eileen e Jiun-Yi (2013)

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Para garantir uma Cultura Organizacional aderente GQT, é necessário promover ações

e práticas nestes três níveis de forma que a organização esteja preparada para viver uma cultua

de GQT ou uma cultura de Excelência. (FU et al., 2015).

De acordo com a Figura 2, observa-se um crescimento vertiginoso e anual de artigos

publicados que se referem à Cultura Organizacional ligada à GQT, uma vez que é um tema

muito sensível, pois de acordo com o grau de maturidade da organização, pode representar o

sucesso e insucesso na implementação de um programa de GQT. (DAHLGAARD-PARK et al.,

2013).

Figura 2 - Frequência e análise de tendência do número de artigos publicados sobre o

tema Cultura Organizacional entre 1987 e 2011 Fonte: Dahlgaard-Park et al. (2013)

Neste processo de criação de uma Cultura de Excelência, a liderança é um fator muito

importante para sua criação e disseminação. De acordo com Karimi, Safari e Hashemi (2014),

em seu estudo confirmam o forte papel de liderança no âmbito do sucesso da implementação

do Modelo de Excelência e fornece aos gerentes implicações úteis sobre a implementação de

práticas de GQT.

2.3.4 GQT VERSUS EXCELÊNCIA

Dahlgaard-Park et al. (2013), em seu estudo sobre 25 anos de movimento da qualidade

(1987 a 2011), através de uma base de dados de periódicos a qual retornou 2.297 artigos, sendo

1.954 referentes à GQT e 343 referentes a Excelência de Empresarial, apresentam o Gráfico 1

12 15 12 14 15

24 25 2733 32

23

34 36 35 35

25

4855

42

57

6965 68

94 95

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011

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31

que mostra que já na última década a produção sobre GQT vem reduzindo. Pode-se interpretar

que na década de 90, esse foi um tema muito explorado, uma vez que o grau de maturidade do

GQT vem crescendo e derivados começam a ser mais explorados. Isto mostra uma evolução,

podendo citar como exemplo os Modelos de Excelência e linhas de estudo sobre técnicas e

ferramentas no âmbito Gestão da Qualidade em termos de Lean, Just-in-Time / Sistema Toyota

de Produção, Benchmarking, Six-Sigma, dentre outras, além de abordagens ligadas a valores e

princípios.

Gráfico 1 - Quantidade de artigos publicados sobre os temas Excelência de GQT e

Modelo de Excelência (ME) entre 1987 e 2011

Fonte: Traduzido de Dahlgaard-Park et al. (2013)

Lo e Chai (2012), em seu estudo, abordando literaturas sobre Gestão da Qualidade e

Excelência Empresarial que envolveu 1.165 artigos, mostram que este tem sido objeto de estudo

por pesquisadores ao redor do mundo (origem do primeiro autor), conforme mostrado no

Gráfico 2, onde observa-se também, que no Reino Unido, que teve uma representatividade

muito expressiva no período mais recente (2006-2010), cedeu esta posição para a Ásia que

passou a responder, segundo este levantamento, a quase 40% de representatividade na geração

de artigos. Observou-se, também, um aumento percentual de estudos originados de outros

países que mostra maior capilaridade do tema.

-30

20

70

120

170

220

1987 1989 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011

ME

GQT

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32

Gráfico 2 - Artigos analisados: Origem do primeiro autor do Artigo

Fonte: Adaptado e Traduzido de Lo e Chai (2012)

De acordo com Boulter, Bendell e Dahlgaard (2013), vários estudos foram realizados

com o objetivo de determinar, de forma precisa, a natureza das práticas e processos de GQT, os

quais trazem conceitos nebulosos, uma vez que GQT pode ter significados diferentes de acordo

com a interpretação e implementação em empresas diferentes. Seus princípios holísticos, no

entanto, são encapsulados nos programas de Excelência de forma a nortear as organizações.

Segundo Fonseca (2015), em seu estudo feito em 22 empresas portuguesas sobre a

relação da implementação ISO 9001 (um modelo de GQT), com a maturidade na

implementação do modelo de Excelência da EFQM nestas organizações, há de fato uma

correlação positiva moderada entre estes eventos. Portanto, quanto maior o número de anos de

certificação ISO 9001, maiores os resultados da organização em relação ao modelo EFQM de

avaliação por estarem mais preparadas e familiarizadas com as práticas de Gestão da Qualidade.

Isto nos mostra a correlação entre as orientações e práticas aplicadas por ferramentas de GQT

e a sua maturidade em relação aos programas de excelência devido a sua alta correlação.

Conforme Dahlgaard et al. (2013), os Prêmios de Excelência atuais buscam, na maioria

das vezes, disseminar os princípios e métodos de gestão da qualidade e excelência, e têm

suportado as bases para os prêmios nacionais de Excelência de diversos países. Em seu estudo,

pode-se observar que as organizações que implementam tanto GQT como Modelos de

Excelência têm obtido significativos ganhos financeiros e não financeiros.

Bou-Llusar et al. (2009) buscaram compreender o modelo EFQM como uma estrutura

para GQT, analisando se a estrutura interna do Modelo de Excelência da EFQM e MBNQA

pode ser considerada como um guia para a implementação da GQT nas organizações.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1996-2000 2001-2005 2006-2010

Outros

Oceania

Scandinavia

Europa (Continental)

America do Norte

Asia

Reino Unido

Paí

s d

e O

rige

m d

o A

uto

r

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33

2.4 MODELOS DE EXCELÊNCIA E SUA APLICAÇÃO

Os modelos de Excelência têm em sua origem a aplicação dos conceitos de GQT.

Aprofundar na história e desenvolvimento dos modelos de excelência existentes no mundo,

entender os conceitos dos principais Prêmios de excelência e sua aplicação (Deming, EFQM,

Malcolm Baldrige) e mesmo a possibilidade de adaptar estes e outros modelos nas

organizações, permite compreender seus benefícios e justificativa de implantação.

2.4.1 MODELOS DE EXCELÊNCIA APLICADOS NO MUNDO

No mundo competitivo e globalizado de hoje, a excelência organizacional é uma das

condições prévias para o sucesso sustentável. Por isso, mais atenção deve ser empregada em

estudar e aplicar modelos de excelência organizacional. Uma cultura não deve ser considerada

como algo que as organizações vão conseguir a curto prazo, mas como uma filosofia de gestão,

um conjunto de princípios, critérios e abordagens que irão produzir os melhores resultados

globais a médio e longo prazo, permitindo, portanto, apoiar um futuro desenvolvimento

sustentável (SAMPAIO; SARAIVA; MONTEIRO, 2012).

Muitas organizações têm adotado modelos de excelência de negócios, porque elas

percebem que esses modelos promovem a adoção das melhores práticas e ferramentas que

permitem a realização de uma estratégia de qualidade, avaliação comparativa das melhores

práticas, auto avaliação e melhoria contínua.

De acordo com Mann et al. (2011) e Kocakoç, Ikiz e Göktepe (2012), a aplicação de

excelência empresarial, através de uma compreensão e utilização de critérios de excelência,

conceitos e valores têm grande apelo para muitas organizações. Modelos de Excelência

começaram a ganhar popularidade no final dos anos 80 e início dos anos 90 com o lançamento

do Prêmio MBNQA nos EUA e da Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade (EFQM),

Prêmio de Qualidade na Europa que foi implantado em 1991, (ILIES et al., 2015); (ASIF;

GOUTHIER, 2014); (CONTI, 2007).

Segundo Saunders, Mann e Grigg (2008), MBNQA e EFQM têm sido amplamente

adotados em mais de 80 países. Um aspecto importante do processo de conscientização e

adoção em qualquer país é o papel dos órgãos ou instituições nacionais que são os responsáveis

pela adaptação e disseminação desta cultura em seu país.

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34

Conforme Ilies et al. (2015), os modelos de prêmios de qualidade ou excelência são

instrumentos de GQT através do qual a qualidade pode ser avaliada e melhorada. Assim,

conhecer os modelos dos prêmios de qualidade é fundamental para as descobertas de novas

maneiras de melhorar a qualidade e o desempenho das organizações.

De acordo com Boulter, Bendell e Dahlgaard (2013), as empresas aplicam modelos de

excelência de negócios para duas finalidades principais: orientar a organização para a

excelência e a realização de uma avaliação do seu desempenho; este último é usado para

diagnosticar os pontos fortes e fracos da organização.

Segundo Boulter, Bendell e Dahlgaard (2013), de acordo com o ambiente externo

altamente competitivo, as empresas buscam novas soluções para melhorar sua capacidade de

gestão, como GQT, Modelos de Excelência, Reestruturação e Gestão por Processos e outros

que estão no mercado. A GQT e os Modelos de Excelência são, atualmente, os mais aplicados.

Ambos possuem sinergia e uma forte relação. Pode-se dizer que os Modelos de Excelência

derivaram da GQT e é base para diversos prêmios nacionais da qualidade.

Conforme Metaxas e Koulouriotis (2014), na figura 3 encontra-se a linha do tempo da

Excelência onde pode-se observar o seu íntimo relacionamento com a GQT que se inicia na

década de 1910, onde Taylor aborda os princípios do gerenciamento científico, perpassando

pela década de 1920 através de gráficos de controle desenvolvidos por Shewart. Iniciando em

1951 com a criação do Prêmio Deming de elementos de qualidade e premiação de empresas,

Feigenbaum introduz o termo de Qualidade Total em 1969. Já na década de 1980, visualiza-se

a busca pela Excelência. Em 1990 inicia-se o período GQT com a criação de Programas, que

tinham o objetivo de verificar o grau de aderência das empresas em relação ao modelo de

práticas de Excelência definidos como referência. Na evolução dos tempos atuais, adotam-se

as práticas mais modernas de sustentabilidade.

Figura 3 - Linha do tempo da Excelência de Empresas

Fonte: Traduzido de Metaxas e Koulouriotis (2014)

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De acordo com Metaxas e Koulouriotis (2014), a adoção de um modelo de excelência

empresarial é uma tarefa que requer um compromisso, comunicação e cooperação. Uma visão

clara, uma cultura e disposição adequada à mudança pode facilitar a sua implementação. Hoje

em dia, as crises afetam muitas organizações em todo o mundo. Dentro deste contexto, a

mudança é um fator crucial para a sobrevivência e sucesso. Com base neste estudo, a figura 4

apresenta um modelo de excelência onde se verifica as ameaças e obstáculos de sua

implementação.

Figura 4 - Excelência empresarial: Um resumo teórico

Fonte: Traduzido de Metaxas e Koulouriotis (2014)

De acordo com Ritchie e Dale (2000), em seu estudo envolvendo 10 empresas do

Reino Unido, foi consenso entre gestores entrevistados por esta pesquisa que o processo de auto

avaliação usado para verificar o nível de aderência das suas respectivas empresas em relação

aos critérios de excelência foi bem-sucedido, uma vez que os resultados destas avaliações

permitiram o desenvolvimento da estratégia através do processo de planejamento de negócios,

trazendo resultados positivos à organização. No Quadro 3, o estudo levanta os benefícios e

dificuldades identificados na pesquisa:

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36

Quadro 3 - Benefícios e dificuldades na implantação de auto avaliação em modelo de

excelência aplicado a 10 empresas do Reino Unido

BENEFÍCIOS DIFICULDADES

CATEGORIA DESCRIÇÃO

IMEDIATO

- Facilita a avaliação comparativa

- Falta de empenho e entusiasmo

- Processo demorado

- Não saber por onde começar

- Vender o conceito para a equipe de que é algo

diferente ou adicional no seu dia a dia

- As pessoas não perceberem a necessidade de

evidências documentais

- Falta de recursos: tempo, recursos humanos,

financeiros

- Manter as competências dos avaliadores em

relação à auto avaliação

- Falta de comunicação na educação aos

benefícios da aplicação auto avaliação

- Falta de integração interfuncional entre

departamentos e unidades

- Dificuldade de concluir a avaliação em tempo

para vinculá-lo nos planos de negócios

- Produz driver de qualidade

- Incentiva o envolvimento dos empregados e da

empresa

- Permite visibilidade na direção tomada pela

empresa

- Aumenta a compreensão e consciência da

qualidade

- Desenvolve uma abordagem comum para a

melhoria em toda a empresa

- Visto como uma estratégia de marketing, elevando

o perfil da organização

- Produz uma aceitação das pessoas aos planos de

negócios

LONGO PRAZO

- Mantém os custos baixos

- Melhora os Resultados de negócios

- Balanceia investimentos longos e curto prazo

- Fornece uma abordagem disciplinada para o

planejamento de negócios

- Desenvolve uma abordagem holística para a

qualidade

- Maior capacidade de atender e superar as

expectativas dos clientes

- Capacidade de manter a qualidade da imagem

- Fornece uma ligação entre clientes e fornecedores

SUPORTAR GQT E

MELHORIA CONTÍNUA

- Ajuda redirecionar a atenção das pessoas sobre a

qualidade

- Fornece um diagnóstico de processos e operações

- Maior foco sobre os processos e não apenas no

produto final

- Incentiva melhorias no desempenho

Fonte: Traduzido de Ritchie e Dale (2000)

Conforme Fan e Lu (2014), o conceito de excelência empresarial não ficou estático,

evoluiu ao longo dos anos juntamente com o ambiente de negócios que sempre está em

constante mudança. Dentro desta dinâmica, observou-se uma contínua redefinição de três

fatores no curso da investigação e da prática no campo da busca da excelência empresarial. Esta

redefinição de Excelência Empresarial tem ocorrido em função das mudanças no ambiente de

negócios, de vários modelos ao redor do mundo e alguns inconsistentes entre eles e de uma

evolução crescente que pôde capturar características únicas de Excelência em Classe mundial.

Para Kiauta (2012), frequentemente, o Modelo de Excelência é oferecido como uma

solução para aqueles que não tiveram sucesso em aplicar o sistema ISO 9001, ou pior, para

iniciantes completos. Neste caso, o movimento da qualidade perde a credibilidade com tal

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37

venda irresponsável, passando a considerar o Modelo de Excelência como um modismo que

sugere a substituição da ideia de qualidade pela ideia de excelência.

Existem diferentes modelos de excelência empresarial que visam estabelecer diretrizes

e critérios para avaliação e melhoria da excelência organizacional, tanto a nível nacional e

internacional. Conforme Sampaio, Saraiva e Monteiro (2012), os modelos de excelência de

negócios diferentes compartilham um conjunto semelhante de princípios e critérios. No entanto,

diferentes padrões de adoção foram encontrados em todas as regiões do globo em relação ao

uso de tais modelos de excelência de negócios nas últimas décadas. Segundo Mann et al. (2011),

Talwar (2011) e Sharma e Talwar (2007), mais de 80 Modelos de Excelência Nacionais e

Regionais, tanto quanto Prêmios de Excelência foram inspirados para a definição dos Critérios

usados nos mais conhecidos Prêmios de Qualidade que são MBNQA e o EFQM Excellence

Award e Deming Prize (BOHORIS, 1995; GHOBADIAN; WOO, 1996; IZADI; KASHEF;

STADT, 1996; LASZLO, 1996; MANN et al., 2011; MIGUEL, 2001; MIGUEL; MORINI;

PIRES, 2004; SHARMA; TALWAR, 2007; THANDAPANI et al., 2013).

Nos Apêndices 1 e 2, é apresentado um levantamento dos Prêmios Nacionais de

Excelência aplicados nos países ao redor do mundo. Na Tabela 1, conforme estudo de

Mohammad et al. (2011) e Talwar (2011), verifica-se um resumo quantitativo dos prêmios, bem

como aqueles que deram origem à sua disseminação ao redor do mundo. Nota-se que de acordo

com o levantamento da Tabela 1, a adesão desses prêmios de é de aproximadamente 42%. Nas

regiões da Ásia e Europa tem uma adesão muito próxima em seus países (acima 60%); na África

e Oceania esta adesão ainda é muito baixa (7% e 19% respectivamente).

Tabela 1 - Adesão aos Prêmios de Excelência por Região

REGIÃO QTDE

PAÍSES QTDE PAÍSES C/ PRÊMIOS

% ADESÃO

QTDE PRÊMIOS

AMÉRICA 35 15 43% 15

OCEANIA 16 3 19% 3

ÁFRICA 54 4 7% 4

ASIA 45 27 60% 35

EUROPA 50 34 68% 40

TOTAL 200 83 42% 97

Fonte: Elaborado pelo Autor com base em Mohammad et al. (2011)

Na Tabela 2, com base no levantamento de Mohammad et al. (2011), verifica-se que

os prêmios que são difusores dos conceitos de Excelência e são tomados como referência pela

maioria dos países que adotaram modelo de excelência são o EFQM e MBNQA, com alguns

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países que usaram ambos, além do Prêmio Deming. 45 Prêmios tomaram como referência o

Prêmio EFQM, o MBNQA foram 27 e o Deming foram 7.

Tabela 2 - Prêmios de Excelência Derivados

REGIÃO QTDE

PRÊMIOS MODELO PRÓPRIO

DERIVADO PRÊMIO DEMING

DERIVADO EFQM

DERIVADO MBNQA

DERIVADO EFQM E MBNQA

DERIVADO MBNQA E DEMING

DERIVADO EFQM,

MBNQA E DEMING

OUTROS

AMÉRICA 15 6 0 0 2 1 0 2 4

OCEANIA 3 1 0 0 1 0 0 0 1

ÁFRICA 4 0 0 2 2 0 0 0 0

ASIA 35 7 0 8 10 2 4 0 4

EUROPA 40 4 1 30 2 1 0 0 2

TOTAL 97 18 1 40 17 4 4 2 11

Fonte: Elaborado pelo Autor com base em Mohammad et al. (2011)

Conforme Talwar (2011) e Mann et al. (2011), na Ásia, os vários Modelos de

Excelência praticados nos países, em alguns casos mais de um modelo, são derivados do

EFQM, MBNQA. Alguns possuem seu próprio programa, como o Japão que possui o Deming

Prize.

Ainda de acordo com Escrig e Menezes (2015), os modelos de negócios Excelência,

subjacentes aos Prémios EFQM e MBNQA, incorporam a adoção de uma coleção do que têm

sido amplamente reconhecido como sendo as melhores práticas e a medição dos resultados de

desempenho relacionados com as partes interessadas.

Sobre os critérios de Excelência dos Planos EFQM e MBNQA, Vaxevanidis et al.

(2014) destacam três pontos:

Ambas as abordagens de modelo têm o mesmo objetivo, que é estabelecer um

conjunto de critérios usados para avaliar a qualidade organizacional e

excelência e reconhecer o desempenho de modelo através de seu processo de

adjudicação.

Incentivam a aplicação dos critérios como uma ferramenta de auto avaliação

para identificar pontos fortes e pontos de melhoria.

São baseados em um conjunto de conceitos fundamentais (valores core) de

excelência. A premissa é que as organizações que adotam estes conceitos

fundamentais de excelência vão conseguir um melhor desempenho. Foi

observado que o EFQM é o Prêmio mais considerado pelos países para

construir seu próprio Prêmio ou usar total menos Conceitos EFQM.

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39

2.4.2 PRÊMIO DEMING

O Prêmio Deming foi estabelecido pela União de Cientistas e Engenheiros japoneses

por volta de 1951. Este prémio é dado a organizações ou divisões de organizações que

alcançaram a melhoria do desempenho distintivo através da aplicação de TQM. O Prêmio

Deming foi anteriormente focado em organizações japonesas. O modelo possui 9 categorias:

políticas, organização, informação, normalização, recursos humanos, garantia de qualidade,

manutenção, melhoria, efeitos e planos futuros (SAMPAIO; SARAIVA; MONTEIRO, 2012).

A figura 5, conforme disponibilizado pela Union of Japanese Scientists and Engineers

(JUSE), representa o modelo esquemático do modelo Deming Prize que possui 6 categorias:

Políticas de Gestão e sua implementação (engloba Políticas, Estratégias e sua Implementação),

Desenvolvimento de Novos Produtos e Inovação (engloba Entusiasmo e Resultados),

Manutenção e Melhoria (engloba Gerenciamento Diário e Melhoria Contínua), Sistema de

Gestão, Análise de Informação e uso de TI, bem como o Desenvolvimento de Recursos

Humanos (JUSE, 2016).

Figura 5 - Modelo do Prêmio Deming

Fonte: Traduzido de JUSE (2016)

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40

2.4.3 MBNQA

Em um esforço para melhorar as práticas de gestão da qualidade e da competitividade

das empresas dos EUA, o presidente Ronald Reagan assinou o Malcolm Baldrige National

Quality Improvement Act em 20 de agosto de 1987. Em meados da década de 1980, o Japão era

uma potência econômica e as empresas norte-americanas estavam sob pressão para adotar a

excelência do desempenho e inovação ou teriam o risco de perder ainda mais espaço para as

empresas japonesas, provocando sete anos à frente a criação do Prêmio (SCHAEFER, 2011).

Este prêmio foi criado para promover a consciência da qualidade, identificar os

requisitos de excelência desta qualidade e compartilhar informações sobre estratégias bem

sucedidas e seus benefícios. A figura 6 representa o modelo esquemático do MBNQA

disseminado pela National Institute of Standards and Technology (NIST) que possui 7

categorias: gestão de liderança, planejamento estratégico, foco no cliente, medição, análise e

conhecimento, o foco da força de trabalho, gestão de processos e resultados (SAMPAIO;

SARAIVA; MONTEIRO, 2012).

Figura 6 - Prêmio Nacional Malcolm Baldridge

Fonte: Traduzido de NIST (2013)

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De acordo com alguns estudos, os critérios do Modelo Baldrige foram adaptados ou

usados como referência para modelos regionais, estaduais, nacionais e internacionais.

(DAHLGAARD et al., 2013) e (MANN et al., 2011). Um exemplo da aplicação destes

conceitos que pode-se identificar é o Brasil, através do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ)

organizado pela Fundação Nacional da Qualidade.

Pode-se citar o trabalho de Lee S., Lee D. e Olson (2013), que é um exemplo da

aplicação aderente do Modelo de Excelência MBNQA adaptado. Foram analisados 254

hospitais que aplicam sua adaptação para o Malcolm Baldrige Health Care Criteria for

Performance (MBHCP) e se esforçam para melhorar a qualidade do atendimento e segurança

para os pacientes em um ambiente onde muitas vezes há limitações impostas pelos

regulamentos governamentais, recursos humanos, finanças, tecnologia médica e afins.

De acordo com Hossain e prybutok (2014), em seu estudo sobre artigos publicados

que tratam do uso do Modelo de Excelência MBNQA, na implicação gerencial é que os gestores

devem entender que o Sistema de Baldrige e os resultados estão interligados e que cada um é

simultaneamente uma causa e um efeito do outro. Outra aplicação que deve ser explorada pelos

gestores seria a possibilidade de se medir os resultados empresariais e usá-la como referência

para melhoria de seus processos.

2.4.4 EFQM

Conforme Kocakoç, Ikiz, Göktepe (2012), no final de 1980, momento em que a

economia da Europa estava sob a ameaça da expansão do Extremo Oriente e os mercados,

particularmente os japoneses, os CEOs de 14 Organizações líderes europeias verificaram o

desafio de manter a competitividade da Europa. Eles decidiram criar uma fundação

independente com o objetivo de "desenvolver a consciência, o ensino de gestão e atividades

motivacionais" e "reconhecer as realizações". A EFQM foi fundada em 1989 e aprovada pela

Comissão Europeia. Em 1991, o modelo EFQM foi desenvolvido e o primeiro Prêmio Europeu

da Qualidade foi criado em 1992.

O modelo de excelência EFQM é um modelo de qualidade, uma ferramenta prática

que pode ser usada para auto avaliação e como uma orientação para busca de melhoria. A

ferramenta de benchmarking tem sido usada para orientar as organizações na busca para a

excelência, ajudando a compreender as lacunas e estimular as melhores soluções possíveis,

sendo o modelo mais amplamente utilizado na Europa, tornando-se a estrutura básica para o

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42

Prêmio de Excelência da Europa. (TAVANA et al., 2011; AYDIN; KAHRAMAN; KAYA,

2012; NAZEMI, 2010; KARKOSZKA; SZEWIECZEK, 2007; SANTOS-VIJANDE;

ALVAREZ-GONZALEZ, 2007).

Segundo Heras-Saizarbitoria, Marimon e Casadesus (2012), com base em dados de

2006, aproximadamente 30.000 organizações na Europa usam o modelo EFQM para balizar

seu negócio. Desta forma, a exposição de conceitos da qualidade vem sendo disseminada na

Europa com muita eficiência.

De acordo com Bolboli e Reiche (2015), o Modelo EFQM é a principal referência para

as empresas europeias que visam obter um desempenho sustentável ao cumprir todas as

expectativas das partes interessadas. Este modelo consiste em três partes principais: critérios e

subcritérios EFQM; conceitos fundamentais EFQM e a lógica RADAR que é a ferramenta

utilizada para avaliação de maturidade das empresas em relação ao Modelo EFQM. Esta

abordagem visa operacionalizar EFQM com base na cultura corporativa e nível de maturidade.

Verifica-se que a cultura corporativa é um fator chave para o sucesso da implementação dos

conceitos de Excelência EFQM. Este processo de implementação do modelo de Excelência

EFQM proposto segue 3 fases: medidas derivadas de áreas de avaliação EFQM com base no

modelo de avaliação RADAR, avaliar a cultura predominante e selecionar as medidas que se

encaixam na cultura e determinar a maturidade e selecionar as medidas que se encaixam no

nível de maturidade da organização.

Conforme Escrig e Menezes (2015), estudo que envolveu mais de 216 empresas na

Espanha, mostrou que o uso do Modelo de Excelência EFQM aplicado neste país como

referência e as melhores práticas adotadas pelas empresas estudadas fornecem o caminho para

que estas empresas possam se destacar e obter melhores resultados. Neste mesmo estudo foi

verificado que o critério referente a pessoas faz a diferença na alta performance destas empresas.

Um mecanismo muito importante que é a consequência da implantação de um modelo de

excelência é a aplicação de melhores práticas que, de acordo com Xu e Yeh (2012), é muito

usada como um método, processo, atividade ou mecanismo implementado para aperfeiçoar o

desempenho e minimizar a possibilidade de erros. Sua importância é reconhecida nas

organizações.

Ao mesmo tempo em que Escrig e Menezes (2015), em seu estudo mostraram como

as organizações, com a adoção do Modelo de Excelência EFQM, alcançam bons resultados,

mais se tem aumentado o interesse acadêmico pelo tema. Ressaltam-se também estudos que

questionam a garantia de que as empresas ganhadoras dos prêmios de qualidade ou aquelas que

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43

utilizam suas melhores práticas, versus a obtenção de melhores performances financeira. (BOU-

LLUSAR et al., 2009; BOULTER; BENDELL; DAHLGAARD, 2013; CORREDOR; GOÑI,

2011; CURKOVIC et al., 2000; DOELEMAN; TEN HAVE; AHAUS, 2014; GÓMEZ

GÓMEZ; MARTÍNEZ COSTA; MARTÍNEZ LORENTE, 2011; HANSSON; ERIKSSON,

2002; HENDRICKS; SINGHAL, 2001; JACOB; MADU; TANG, 2004; POWELL, 1995;

SHAW, 2000; VOSS, 1995; VOSS, 2005; ZÁRRAGA-RODRÍGUEZ; ALVAREZ, 2013).

Doeleman, Ten Have e Ahaus (2014), em seu estudo sobre os impactos da implantação

do modelo EFQM nas organizações, propõem uma análise crítica com as seguintes

considerações:

Sua utilização indica melhora dos resultados das organizações.

O modelo oferece espaço para interpretações idiossincráticas e é principalmente

descritivo.

Por consenso, pode-se verificar que o modelo ajuda a diagnosticar e apoiar possíveis

melhorias nas organizações.

O modelo cria a possibilidade de integrar o desenvolvimento da organização num ciclo

de controle de gestão.

Tem provado ser uma ferramenta eficaz para comparação e benchmarking entre e

dentro das organizações.

O foco nas relações entre os critérios contribui para um desenvolvimento

organizacional coerente.

Uma abordagem participativa na aplicação do modelo promove compromisso e assim

a realização das melhorias pretendidas.

A motivação intrínseca é uma condição prévia para a implementação bem-sucedida.

A liderança é uma importante força motriz da melhoria da qualidade e para a efetiva

implementação do Modelo de Excelência da EFQM.

De acordo com Zárraga-Rodríguez e Alvarez (2013), em seu estudo envolvendo

empresas localizadas no País Basco (Espanha), vencedoras do Prêmio EFQM, notou-se

evidências de muitas práticas de gestão da informação aplicada. Foi possível também afirmar

que a competência mais desenvolvida foi a gestão da informação. Esta competência se mostra

fundamental para garantir o sucesso da implementação de um modelo de excelência, pois a

gestão da informação pode garantir a disseminação de políticas, processos e resultados além de

permitir um alinhamento maior dos desafios das organizações com seus colaboradores.

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Conforme Akyuz (2014), discute-se sobre os requisitos de Excelência do modelo

EFQM e sua aplicabilidade em redes complexas de Suprimento, verificando sua aderência e

aplicabilidade.

Pungeršek et al. (2015) analisam a aplicação do modelo EFQM nas Universidades

Eslovenas, os fatores de liderança neste processo e seus impactos nestas instituições. As

características culturais são muito importantes para a garantia de sucesso na implantação de um

modelo de excelência. Neste estudo, foi verificado que a falta de compreensão dos benefícios

que o modelo de excelência empresarial e liderança adequada podem afetar os resultados.

Portanto, concluiu-se que o ensino superior esloveno ainda não está pronto para a efetiva

implementação do modelo EFQM e neste processo a liderança é fundamental.

De acordo com Hosseini e Aalikhani (2014), atualmente, muitas organizações têm

substituído estratégias orientadas por produtos e serviços para o cliente e buscam a melhora

destes com o foco em sua satisfação e fidelização. Em seu estudo, ele verifica que para empresas

do setor bancário em Teerã que usam os critérios do modelo de Excelência EFQM, tem um

nível satisfatório de orientação pelo cliente.

De acordo com a EFQM, na figura 7 pode-se observar o Modelo de Excelência do

Prêmio Europeu da Qualidade que é constituído por nove critérios, sendo cinco critérios

referentes a 5 Capacitadores ligados à Liderança (100), Pessoas (90), Estratégia (80),

Parcerias/Recursos (90), Processos/Produtos/Serviços (140). Quatros Critérios são referentes a

resultados de Pessoas (90), Clientes (200), Sociedade (60) e Negócios (150).

Figura 7 - Modelo de Excelência do Prêmio Europeu da Qualidade

Fonte: Traduzido de EFQM (2013)

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2.4.5 PNQ

De acordo com FNQ (2016), com a abertura da economia brasileira, no início da década

de 90, alguns empresários detectaram a necessidade de adotar padrões internacionais para

orientar, avaliar e reconhecer a gestão em busca de mais qualidade e competitividade.

Em 11 de outubro de 1991, um grupo formado por representantes de 39 organizações

privadas e públicas instituíram, em São Paulo, a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade

(FPNQ). A entidade sem fins lucrativos foi criada para administrar o Prêmio Nacional da

Qualidade e as atividades decorrentes do processo de premiação em todo o território nacional.

Tem início, assim, uma trajetória em busca das melhores práticas da gestão para o

aumento da competitividade das organizações e do Brasil.

As parcerias se ampliam. A FNQ firma convênio com a Fundación Iberoamericana

para la Gestión de la Calidad (Fundibeq). Junto com o Sebrae Nacional, passa a disseminar o

Modelo de Excelência em Gestão (MEG) entre as Micro e Pequenas Empresas (MPEs).

Também consolida a Rede Nacional da Gestão Rumo à Excelência e lança a publicação Critério

Rumo à Excelência (modelo e instrumento de avaliação utilizado nas premiações regionais e

setoriais). Estabelece, ainda, parceria na Rede Cooperação Brasil +.

A figura 8, mostra a evolução deste modelo. De 1992 a 1996, seguimos o modelo

americano da Fundação Baldridge da GQT. Ligeiras mudanças foram feitas no modelo a partir

de 1995, mas sempre acompanhando a estrutura do MBNQA até 2000. Depois de estudos

realizados pelo Núcleo Técnico Critérios de Excelência da FNQ, olhando para outros modelos

internacionais, foi configurado um modelo realmente brasileiro, denominado Modelo de

Excelência da Gestão® em 2001. No ano seguinte, foi criado o Critério Sociedade, influenciado

pelo modelo europeu da EFQM. A cada ano, o MEG vem sendo aperfeiçoado por meio do

Núcleo de Estudos Técnicos Critérios de Excelência da FNQ, que promove a atualização do

modelo à luz do século XXI e torna os Critérios aplicáveis a qualquer tipo de organização,

independente do porte e/ou setor de atuação. Em 2013, o MEG passou por uma revisão mais

profunda, incorporando o conceito de modelo flexível.

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Figura 8 - Evolução do MEG

Fonte: FNQ (2016)

Segundo a metodologia definida pela FNQ (2016), o Modelo de Excelência da

Gestão® (MEG) é baseado em 13 fundamentos e 8 critérios que são fundamentos e definem os

pilares ou a base teórica de uma boa gestão.

Os oito critérios estão distribuídos na figura 8 da seguinte forma:

1. Liderança: Cultura organizacional e desenvolvimento da gestão, da governança, dos riscos,

da interação com as partes interessadas, do exercício da liderança e da análise do desempenho

da organização.

2. Estratégia e Planos: Formulação e implementação das estratégias por meio de análise dos

ambientes interno e externo, ativos intangíveis como a definição de indicadores e metas e

desdobramentos de planos de ação.

3. Clientes: Análise e desenvolvimento de mercado, entendimento das necessidades e

expectativas dos clientes atuais e potenciais, gerenciamento da marca e imagem da organização

e relacionamento com clientes.

4. Sociedade: Responsabilidade socioambiental e desenvolvimento social que incluem

identificação das necessidades e expectativas da sociedade e atendimento à legislação.

5. Pessoas: Sistemas de trabalho, identificação de competências, seleção e integração de

pessoas, avaliação de desempenho, remuneração e reconhecimento, capacitação e

desenvolvimento, preparação de novos líderes e qualidade de vida.

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6. Processos: Processos da cadeia de valor em interação, projetados para atender aos requisitos

de produtos das partes interessadas que realizam as transformações e entregas da organização,

considerando em destaque os relativos a fornecedores e os econômico-financeiros.

7. Informações e Conhecimento: Informações da organização, desde a identificação de

necessidades até a implantação do sistema de informação e gestão do conhecimento

organizacional ao identificar, desenvolver, reter e proteger, difundir e utilizar os conhecimentos

necessários para a implementação das estratégias.

8. Resultados: Apresentação de resultados estratégicos e operacionais relevantes para a

organização na forma de indicadores que permitam avaliar, no conjunto, a melhoria dos

resultados, o nível de competitividade e o cumprimento de compromissos com requisitos de

partes interessadas nas perspectivas econômica-financeira, socioambiental e relativas a clientes

e mercados, a pessoas e aos processos da cadeia de valor.

Na figura 9 é possível observar a estruturação e os Componentes do MEG, onde é

possível entender a forma de tangibilização e quantificação de forma a permitir a realização da

avaliação do nível de aderência em relação ao MEG proposto.

Figura 9 - Estruturação e Componentes do MEG

Fonte: FNQ (2016)

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Os fundamentos aos quais o MEG se baseia são:

1. Pensamento sistêmico: Compreensão e tratamento das relações de interdependência e seus

efeitos entre os diversos componentes que formam a organização e o ambiente com o qual

interagem.

2. Atuação em rede: Desenvolvimento de relações e atividades em cooperação entre

organizações ou indivíduos com interesses comuns e competências complementares.

3. Aprendizado organizacional: Busca de maior eficiência dos processos da organização e

alcance de um novo patamar de competência por meio da percepção, reflexão, avaliação e do

compartilhamento de conhecimento e experiências.

4. Inovação: Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e

implementação de novas ideias capazes de gerar ganhos de competitividade com

desenvolvimento sustentável.

5. Agilidade: Flexibilidade e rapidez de adaptação a novas demandas das partes interessadas e

mudanças do ambiente, considerando a velocidade de assimilação e o tempo de ciclo dos

processos.

6. Liderança transformadora: Atuação dos líderes de forma inspiradora, exemplar, realizadora

e com constância de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores, princípios e

objetivos da organização, explorando as potencialidades das culturas presentes, preparando

líderes e interagindo com as partes interessadas.

7. Olhar para o futuro: Projeção e compreensão de cenários e tendências prováveis do

ambiente e dos possíveis efeitos sobre a organização, em curto e em longo prazo, avaliando

alternativas e adotando estratégias mais apropriadas.

8. Conhecimento sobre clientes e mercados: Interação com clientes, mercados, entendimento

de necessidades, expectativas, comportamentos explícitos e potenciais, criando valor de forma

sustentável.

9. Responsabilidade social: Dever da organização de responder pelos impactos de suas

decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, além de contribuir para a melhoria das

condições de vida através de um comportamento ético e transparente, visando ao

desenvolvimento sustentável.

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10. Valorização das pessoas e da cultura: Criação de condições positivas e seguras para as

pessoas se desenvolverem integralmente, com ênfase na maximização do desempenho, na

diversidade e no fortalecimento de crenças, costumes e comportamentos favoráveis à

excelência.

11. Decisões fundamentadas: Deliberações sobre direções a seguir e ações a executar,

utilizando o conhecimento gerado a partir do tratamento de informações obtidas em medições,

avaliações e análises de desempenho, de riscos, de retroalimentações e de experiências.

12. Orientação por processos: Busca de eficiência e eficácia nos conjuntos de atividades que

formam a cadeia de agregação de valor para os clientes e demais partes interessadas.

13. Geração de valor: Alcance de resultados econômicos, sociais e ambientais, além dos

resultados dos processos que os potencializam em níveis de excelência, os quais atendam às

necessidades das partes interessadas.

Atualmente, com a evolução, conforme figura 10, existem 18 Programas Estaduais e

9 Programas setoriais derivados do MEG, englobando praticamente todo o território nacional.

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Figura 10 - Programas Estaduais e Setoriais derivados do MEG

Fonte: Relatório Anual FNQ (2015)

2.4.6 CUSTOMIZAÇÃO DE MODELOS DE EXCELÊNCIA

Com o objetivo de aumentar a competitividade, uma vez que o ambiente de negócios

se torna cada vez mais competitivo, muitas organizações buscam modelos de excelência com

foco na concorrência como estratégia conforme abordam Asif et al. (2011) e Brown (2013).

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Porém para Fan e Lu (2014), muitos não sabem ao certo qual é a melhor maneira de alcançar

este objetivo, prejudicando o processo de busca da excelência, uma vez que falta um

entendimento mais profundo sobre a plenitude de um modelo de Excelência. Algumas

empresas, mesmo sem seguir rigorosamente os critérios de excelência que preconizam os

prêmios, podem auferir excelentes resultados e nem sempre aquelas premiadas terão sucesso

ao longo dos tempos. Uma proposta para cobrir esta lacuna seria direcionar questões específicas

a serem tratadas para características específicas de empresas nos conceitos de excelência, ou

seja, uma "lógica individualista". Sob esta ótica, Fan e Lu (2014) argumentam:

Toda excelência auferida por uma empresa é única; nunca pode ser considerada

comum.

As características de empresas que buscam a excelência no futuro não podem

ser previstas até que sejam alcançadas, uma vez que será única e nova.

Para atingir a excelência, as empresas não apenas devem usar como referência

as melhores práticas das outras empresas, mas cultivar práticas únicas,

individuais e personalizadas que atendam às circunstâncias.

Qualquer prática exclusiva desenvolvida, quando comprovada benéfica para as

circunstâncias muito mais amplas, tornam-se "melhores práticas" e deixam de

ser únicas para as outras empresas.

Singularidade ou individualidade caminham juntas e possuem um papel

importante na obtenção da excelência empresarial.

A Figura 11 mostra uma proposta genérica de modelo sob a ótica da lógica

individualista proposto por Fan e Lu (2014), onde:

Excelência Operacional: representa a escola clássica do pensamento em

excelência.

Adequação Estratégica: representa a escola estratégica de pensamento na

excelência.

Capacidade de Adaptação: representa a escola dinâmica de pensamentos na

excelência.

Voz Única: representa, como amplamente discutido acima, a escola

individualista do pensamento em excelência.

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Figura 11 - Modelo de Excelência Diamante de Classe Mundial

Fonte: Traduzido de Fan e Lu (2014)

Conforme Metaxas e Koulouriotis (2014), esse estudo aborda o grande esforço pessoal

envolvido, dinheiro e tempo que são necessários imprimir para que uma empresa consiga o

prêmio de excelência empresarial. Portanto, a decisão da organização deve ser estratégica e

consciente do esforço a ser empregado no seu processo de implementação. É apresentado neste

estudo um processo de estruturação de modelo de avaliação, onde apresentam seus cinco

estágios, mencionando suas características e por quem cada um é afetado conforme se pode

observar na figura 12.

Excelência Operacional

Capacidade de adaptar

Adequação Estratégica

Voz Única

Excelência Empresarial

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Figura 12 - Auto avaliação proposta: Resumo esquemático

Fonte: Traduzido de Metaxas e Koulouriotis (2014)

De acordo com Vukomanovic, Radujkovic e Nahod (2014), em seu estudo verifica-se

que o modelo EFQM original aplicável às empresas de Construção que propõe uma distribuição

específica de pesos dos critérios para este setor de acordo com as características identificadas

pela análise de correlação entre seus critérios, baseado em auto avaliações realizadas por

diversas empresas.

Conforme Campatelli, Citti e Meneghin (2011), a aplicação de uma simplificação do

Modelo de Excelência EFQM nos últimos anos, o número de serviços e processos gerenciais

da Universidade de Firenze na Itália, demonstrou utilidade prática e resultados positivos em sua

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aplicação e pôde ser usada para permitir que as pessoas comecem uma abordagem de melhoria

contínua.

Segundo Asif e Gouthier (2014), excelência em serviços é reconhecido como um meio

para encantar os clientes, aumentar a fidelidade dos mesmos e construir relacionamentos de

longo prazo. De acordo com Johnston (2004), Johnston (2007) e Gouthier (2012), Excelência,

especificamente para serviços, atualmente são abordagens recentes que focam essencialmente

na gestão de serviços e encantamento dos clientes como seu modelo central, além de concentrar

nas perspectivas, o que é fundamental para a sustentabilidade de uma organização, porque

aumenta a fidelidade do cliente e a lucratividade da organização, porém não fornece uma

abordagem sistemática para a implementação. Já no caso dos modelos de Excelência

Empresariais, que atendem tanto a serviço quanto a indústria, estes fornecem uma abordagem

ampla e gerencial que observa as principais partes interessadas do negócio (Colaboradores,

acionistas, Clientes e Sociedade).

Um modelo focado em excelência de serviços, como se pode ver na figura 13, é

mostrado no estudo de Johnston (2004), cujo nome é "Johnston’s service excellence model"

que é formado por quatro elementos: (1) Cumprindo a promessa; (2) Proporcionando um toque

pessoal ao serviço; (3) Dedicando um esforço extra; (4) Lidando bem com problemas e

consultas. O modelo requer uma organização de simplesmente entregar o que prometeu e reagir

adequadamente em caso de não-conformidade.

Figura 13 - Características de Excelência em Serviços

Fonte: Traduzido de Johnston (2004)

Asif e Gouthier (2014) mostram em seu estudo a aderência dos principais Modelos de

Excelência atualmente utilizados (EFQM e MBNQA) em relação a serviços. Eles fazem uma

comparação entre os três modelos, discriminando, de forma customizada, critérios de serviço e

atendimento conforme mostra o Quadro 4 a seguir:

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Quadro 4 - Comparação entre Três Modelos de Excelência

Fonte: Traduzido de Talwar (2011)

Conforme Vilas Boas e Costa (2013), foi possível usar a combinação dos dois Modelos

EFQM e MBNQA de forma personalizada para estruturar uma avaliação do Sistema de Gestão

de uma empresa de malharia, mostrando a importância das práticas de excelência em gestão

através de seus critérios como forma de diagnóstico e oportunidade de melhoria.

Sharma e Talwar (2007) vão mais a fundo, propondo um modelo universal citado como

visão védica, a qual se concentra no bem-estar universal, considerando a adaptação dos três

principais programas usados internacionalmente, que são o EFQM, MBNQA e Deming Prize

conforme figura 14.

Este modelo é constituído de nove critérios, sendo que seis deles já têm destaque nos

programas de excelência mais conhecidos: Liderança; Planejamento Estratégico; Pessoas;

Parceiros; Valores e Processos; Clientes; Indicadores Chave de Resultados. Os três valores

restantes são parcialmente cobertos pelos planos de excelência: Valores e Processos; Bem-estar

e Sucesso Sustentável. Estes três critérios fazem a conexão com a natureza universal do modelo

proposto (SHARMA; TALWAR, 2007).

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Figura 14 - Modelo de Excelência Universal proposto

Fonte: Sharma e Talwar (2007)

De acordo com Vilas Boas e Costa (2013), embora os modelos definidos pelos prêmios

de excelência orientem diversas práticas de gestão que incorporam muito valor para as

empresas, estas referências utilizadas em sua plenitude não consideram as particularidades de

cada organização, tanto na distribuição da importância de cada critério como na cultura local.

Desta maneira, o processo enriquece à medida que é possível se adaptar ao modelo e por

consequência ao processo de avaliação, considerando estas especificidades e prioridades, além

de permitir a personalização do modelo.

Conforme Dahlgaard et al. (2013), em seu estudo sobre limitações de reflexões dos

modelos de Excelência, diversas empresas os vem adotando pela perspectiva de ganho. Porém,

na busca de sua implementação, muitas empresas vêm observando problemas para usar estes

modelos por causa da complexidade e sofisticação que seus critérios de avaliação e

implementação que trazem, como excesso de documentação, muitos procedimentos e falta de

foco. A resposta completa ao insucesso de sua implementação é muito complexa e envolve

muitos fatores, como grau de motivação, envolvimento das pessoas, tamanho da organização,

setor de atuação, estrutura organizacional, infraestrutura e outros fatores. Um questionamento

levantado exemplifica a fragilidade em relação aos benefícios de um modelo de excelência

quando se verifica empresas vencedoras do Prêmio MBNQA como Cadilac, Federal Express,

Wallace e Motorola que possuem resultados ruins em seus segmentos.

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Ainda de acordo com Dahlgaard et al. (2013), seu estudo apresenta uma opção a estes

modelos, a qual seria uma adaptação dos conceitos de ferramentas de qualidade e metodologia

à realidade da organização Boeing. Usar-se-ia um modelo de excelência para adaptar os

critérios do Prémio MBNQA, agregando valor ao negócio e garantindo uma contextualização

com a realidade do mesmo.

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3. METODOLOGIA DE PESQUISA

Este capítulo busca apresentar uma metodologia de pesquisa que permita um

entendimento geral a partir do contexto, objetivos e questões problema, de forma a permitir

uma Revisão da Literatura sobre modelos de Excelência e Gestão da Qualidade e a criação de

um Modelo aplicado a uma Instituição de Ensino Superior Multicampi.

Conforme Vergara (2007), o trabalho realizado foi um estudo de caso para responder

às questões de pesquisa, cuja finalidade é a fomentação de novas ideias ou mesmo a proposição

da aplicação de um modelo adaptado para uma IES privada multicampi, considerando a

aplicação no Grupo Estácio. É necessária a coleta de dados para responder ao problema

considerado nesta pesquisa. Estes dados referentes aos resultados dos processos definidos no

Modelo de Excelência aplicado aos vários Campi do Grupo Estácio entre os anos 2012 até 2016

foram coletados de forma a viabilizar uma análise mais conclusiva sobre os resultados obtidos

na pesquisa. Considerando que estes dados secundários foram obtidos do Sistema Interno da

Estácio, chamado Sistema de Suporte ao Programa de Excelência em Gestão (SISPEG), a

pesquisa é considerada documental.

O estudo aplicado a esta pesquisa forneceu um suporte teórico através de uma revisão

aprofundada da literatura, buscando em artigos, livros, manuais, enciclopédia e tese. Foram

utilizadas importantes e conceituadas bases de pesquisa, tais como Web of Science, Scopus,

Scielo e Directory of Open Access Journals (DOAJ). Também foram consideradas literaturas

identificadas relevantes e citadas na base de artigos pesquisados e artigos indicados. Esta

pesquisa pode ser considerada documental por se tratar da busca de documentos através

manuais e sistema do Grupo Estácio e análise e uso das informações contidas nestes

documentos. (SÁ-SILVA; ALMEIDA; GUINDANI, 2009).

3.1 ETAPAS DA PESQUISA

A metodologia utilizada neste trabalho consiste em um estudo de caso sobre o desenho

do Programa de Excelência em Gestão da Estácio. Contou com a definição de Pilares Críticos,

levantamento dos processos críticos para uma Unidade de referência, Discussão, priorização e

definição de indicadores a serem avaliados num modelo de auto avaliação e avaliação

corporativa. Meritocracia e reconhecimento fecham o conceito do programa de forma a

identificar as Unidades com melhores resultados no programa.

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Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica relacionada aos temas afins aos

Desafios das IESs, GQT, Modelos de Excelência numa perspectiva que partiu da Global (ao

redor do mundo) e em seguida trazendo para um modelo nacional de Prêmio de Excelência

(PNQ) da Fundação Nacional da Qualidade, para finalmente customizar sua aplicação numa

Instituição de Ensino Superior multicampi.

Depois também foi realizada coleta de dados através dos resultados das auto avaliações

realizadas pelos Campi do Grupo Estácio a partir de sua implantação em 2012 até 2016. Na

figura 15, pode-se verificar a estrutura definida para a dissertação, sendo as principais etapas:

Revisão da Literatura, Estudo de Caso, Coleta de Dados e Análise dos Resultados.

Figura 15 - Estrutura metodológica do Projeto

Fonte: Elaborado pelo autor

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No Quadro 5 é representado o modelo mental de alinhamento da estruturação da Dissertação.

Quadro 5 - Mapa de alinhamento da Revisão da Literatura

Fonte: Elaborado pelo autor

Geral Específico Geral

DEFINIÇÕES

MULTICAMPI(HOUSSAIS; VILLAR, 2009)-(LAUXEN, 2006)-(NEZ, 2014)-(NEZ; SILVA, 2015)

DESAFIOS

ENFRENTADOS

PELAS IES

PRIVADAS

(CONCEIÇÃO; ALVES, 2013)-(MEYER JR; PASCUCCI; MANGOLIN, 2012)-(NEZ; SILVA, 2015)-

(PAIVA et al., 2014)-(SANTOS; NASCIMENTO; BUARQUE, 2013)-(WIELE; IWAARDEN;

WILLIAMS, 2011)

(AKYUZ, 2014)-(ASIF et al., 2011)-(ASIF; GOUTHIER, 2014)-(AYDIN; KAHRAMAN; KAYA,

2012)-(BOHORIS, 1995)-(BOLBOLI; REICHE, 2015)-(BOU-LLUSAR et al., 2009)-(BOULTER;

BENDELL; DAHLGAARD, 2013)-(BROWN, 2013)-(CAMPATELLI; CITTI; MENEGHIN, 2011)-

(CONTI, 2007)-(CORREDOR; GOÑI, 2011)-(CURKOVIC et al., 2000)-(DAHLGAARD et al., 2013)-

(DOELEMAN; TEN HAVE; AHAUS, 2014)-(EFQM, 2013)-(ESCRIG; MENEZES, 2015)-(FAN; LU,

2014)-(FNQ, 2016)-(GHOBADIAN; WOO, 1996)-(GÓMEZ GÓMEZ; MARTÍNEZ COSTA;

MARTÍNEZ LORENTE, 2011)-(GOUTHIER, 2012)-(HANSSON; ERIKSSON, 2002)-(HENDRICKS;

SINGHAL, 2001)-(HERAS-SAIZARBITORIA; MARIMON; CASADESUS, 2012)-(HOSSAIN;

PRYBUTOK, 2014)-(HOSSEINI; AALIKHANI, 2014)-(ILIES et al., 2015)-(IZADI; KASHEF; STADT,

1996)-(JACOB; MADU; TANG, 2004)-(JOHNSTON, 2004)-(JOHNSTON, 2007)-(JUSE , 2016)-

(KARKOSZKA; SZEWIECZEK, 2007)-(KIAUTA, 2012)-(KOCAKOÇ; IKIZ; GÖKTEPE, 2012)-

(LASZLO, 1996)-(LEE S.; LEE D.; OLSON, 2013)-(MANN et al., 2011)-(METAXAS;

KOULOURIOTIS, 2014)-(MIGUEL, 2001)-(MIGUEL; MORINI; PIRES, 2004)-(MOHAMMAD et

al., 2011)-(NAZEMI, 2010)-(NIST, 2013)-(POWELL, 1995)-(PUNGERŠEK et al., 2015)-(RITCHIE;

DALE, 2000)-(SAMPAIO; SARAIVA; MONTEIRO, 2012)-(SANTOS-VIJANDE; ALVAREZ-

GONZALEZ, 2007)-(SAUNDERS; MANN; GRIGG, 2008)-(SCHAEFER, 2011)-(SHARMA;

TALWAR, 2007)-(SHAW, 2000)-(TALWAR, 2011)-(TAVANA et al., 2011)-(THANDAPANI et al.,

2013)-(VAXEVANIDIS et al., 2014)-(VILAS BOAS; COSTA, 2013)-(VOSS, 1995)-(VOSS, 2005)-

(VUKOMANOVIC; RADUJKOVIC; NAHOD, 2014)-(XU; YEH, 2012)-(ZÁRRAGA-RODRÍGUEZ;

ALVAREZ, 2013)

FUN

DA

MEN

TAÇ

ÃO

TEÓ

RIC

A

Com o aumento

da concorrência

entre as

instituições, pôde-

se observar uma

queda no valor

médio das

mensalidades, ao

mesmo tempo

em que o governo

traz uma

exigência de

maior qualidade,

maior

investimento em

infraestrutura e

titulação do

corpo docente,

ocorrendo uma

pressão maior

nos custos da

instituição.

Face às

demandas

regulatórias e de

governança que

devem ser

atendidas e que

afetam

fortemente a

situação

financeira das

IES's.

Excelência e

gestão são pilares

de

competitividade e

sobrevivência das

organizações, que

vem tornando

uma proporção

cada vez mais

crítica para a

competitividade

no setor.

Este trabalho

tem o objetivo

de avaliar a

implantação de

um Programa de

Excelência em

Gestão a partir

dos resultados

analisados no

Grupo Estácio

considerando

seus

stakeholders.

QUESTÕES

O1

Analisar a

metodologia de

estruturação de

Programas de

Excelência

aplicados ao

redor do mundo

e sua

customização

O2

CITAÇÕES - AUTORESCONCEITOS

ABORDADOS

Qual a

viabilidade de

implantação de

um Programa de

Excelência em

Gestão no

Grupo Estácio?

Q1

Quais são os

modelos de

Excelência

existentes,

genéricos e

customizações

propostas?

Q2

Quais os Fatores

Críticos na

implementação

de um Programa

de Excelência?

Q3

Quais os

benefícios

auferidos pelo

Programa de

Excelência

customizado

pelo Grupo

Estácio

considerando

dados coletados

de 2012 a 2016?

GESTÃO DA

QUALIDADE

TOTAL (GQT)

(ANTONY, 2012)-(BOU-LLUSAR et al., 2009)-(BOULTER; BENDELL; DAHLGAARD, 2013)-

(CALABRESE; CORBÒ, 2014)-(CAMPATELLI; CITTI; MENEGHIN, 2011)-(CAMPOS, 2004)-

(CAMPOS, A. C., MENDES, J. C., SILVA, J. A., VALLE, 2014)-(CHEN; EILEEN; JIUN-YI, 2013)-

(DAHLGAARD; DAHLGAARD-PARK, 2006)-(DAHLGAARD-PARK et al., 2013)-(DAHLGAARD et

al., 2013)-(FONSECA, 2015)-(FU et al., 2015)-(GARVIN, 1992)-(GREEN, 2012)-(ILIES et al.,

2015)-(KARIMI; SAFARI; HASHEMI, 2014)-(KHAN, 2011)-(KIAUTA, 2012)-(KLEIJNEN et al.,

2014)-(KUMAR; SANKARAN, 2007)-(LO; CHAI, 2012)-(OAKLAND, 2011)-(SANCHEZ; BLANCO,

2014)-(SEBASTIANELLI; TAMIMI, 2003)-(TALIB; RAHMAN; QURESHI, 2011)-(UPADHYAYA;

BHAT, 2016)-(WU; ZHANG; SCHROEDER, 2011)-(ZÁRRAGA-RODRÍGUEZ; ALVAREZ, 2013)

MODELOS DE

EXCELÊNCIA E

SUA APLICAÇÃO

Contexto ProblemaOBJETIVOS

Identificar os

fatores críticos

de sucesso na

implementação

de um Programa

de Excelência

O3

Analisar a

evolução dos

resultados

obtidos na

implantação do

Programa para

o Grupo Estácio

considerando

dados coletados

de 2012 a 2016

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3.2 REVISÃO DA LITERATURA – ESTUDO BIBLIOMÉTRICO

O estudo bibliométrico realizado subsidiou todo o embasamento teórico da pesquisa,

contando com os principais motores de busca de acordo com Costa (2010). O Quadro 6 indica

as expressões utilizadas para a realização da pesquisa. Foram feitas duas (PQ0 e PQ1).

Quadro 6 - Expressão das palavras chave aplicada nas pesquisas

EXPRESSÃO: All: "CHALLENGES BRAZILIAN HIGHER EDUCATION INSTITUTIONS" OR "CRITICAL SUCCESS FACTORS BRAZILIAN HIGHER EDUCATION"

PQ0

EXPRESSÃO: Tópico: ("BUSINESS EXCELLENCE") OR Tópico: ("PROCESS EXCELLENCE") OR Tópico: ("MANAGEMENT EXCELLENCE") OR Tópico: ("EXCELLENCE AWARD") OR Tópico: ("EXCELLENCE PROGRAM") OR Tópico: ("QUALITY EXCELLENCE")

PQ1

Fonte: Elaborado pelo autor

Na Tabela 3, pode-se observar a distribuição da pesquisa realizada por motor de busca

e documentos adicionais. Nesta pesquisa, realizada em junho de 2016, observa-se o retorno em

pesquisas de 477 documentos, sendo que os motores Web of Science e Scopus geraram mais

documentos úteis (181 e 159 respectivamente). Do total de 99 documentos utilizados na

pesquisa, 39 foram artigos diretamente resultantes nas duas pesquisas realizadas. Estes artigos

derivaram documentos por citações internas, mais 60 documentos entre artigos, livros e outros

que foram pesquisados diretamente com base na citação.

Tabela 3 - Fontes usadas na pesquisa

DOCUMENTOS POR FONTE

TOTAL PQ0 PQ1 OUTROS TÓPICOS DA PESQUISA

USADOS RETORNO PESQ.

USADO RETORNO

PESQ. USADO

RETORNO PESQ.

USADO

WEBOFSCIENCE 181 17 11 1 170 16 -

SCOPUS 159 12 14 0 145 12 -

DOAJ 98 7 15 1 83 6 -

SCIELO 39 0 20 0 19 0 -

WEBOFSCIENCE E SCOPUS 0 2 - - - 2 -

SCOPUS E SCIELO 0 1 - 1 - - - DOCUMENTOS DERIVADOS DOS ARTIGOS

0 60 - 2 - 53 5

Total Geral 477 99 60 5 417 89 5

Fonte: Elaborado pelo autor

Na Tabela 4 pode-se verificar a distribuição de todos os documentos utilizados na

pesquisa realizada, onde a grande maioria foram artigos (88 artigos).

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Tabela 4 - Distribuição da documentação usada na pesquisa por tipo

DISTRIBUIÇÃO POR TIPO DE DOCUMENTO TOTAL

ARTIGOS 88

LIVROS 6

MANUAIS E ENCICLOPÉDIAS 4

TESE 1

Total Geral 99

Fonte: Elaborado pelo autor

Buscou-se no estudo considerar artigos originários dos temas (mais antigos) e privilegiar

os mais recentes, de forma a tornar a pesquisa mais atualizada sem perder as referências iniciais

dos temas. No Gráfico 3, pode-se verificar a distribuição por ano de publicação dos artigos,

verificando concentrações mais recentes a partir de 2011.

Gráfico 3 - Distribuição Documentos por ano (99 documentos)

Fonte: Elaborado pelo autor

A Tabela 5 consolida o estudo bibliográfico realizado por tema abordado na Revisão da

Literatura. A maior concentração de referências está no tema Modelo de Excelência e sua

Aplicação (64 referências). Por ser o tema central deste Estudo, aliado à coleta e análise de

dados, permite responder às questões centrais do mesmo.

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Tabela 5 - Distribuição da documentação usada na pesquisa por Capítulo e Fonte

DISTRIBUIÇÃO POR TEMA TOTAL WEBOF SCIENCE

SCOPUS SCIELO DOAJ DERIVA

DO

WEBOFSCIENCE E SCOPUS

SCOPUS E SCIELO

INTRODUÇÃO 21 4 4 - - 13 - -

REVISÃO DA LITERATURA 103 21 14 0 9 56 2 1

DEFINIÇÃO DE IES MULTICAMPI 4 1 - - - 3 - - DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS IES PRIVADAS

6 2 - - 1 2 - 1

GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL 29 7 4 - 3 14 1 - MODELOS DE EXCELÊNCIA E SUA APLICAÇÃO

64 11 10 - 5 37 1 -

METODOLOGIA DE PESQUISA 3 - - - - 3 - -

Total Geral 127 25 18 0 9 72 2 1

Fonte: Elaborado pelo autor

Nota: O resultado de 127 documentos é em função de haver repetição de citação em um

capítulo diferente

3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS

Os dados que subsidiaram a pesquisa são oriundos do Sistema interno da empresa

SISPEG. Este sistema está instalado no Servidor interno e é usado para a realização das

avaliações realizadas pelas Unidades e das avaliações Corporativas definidas por área. Os dados

foram extraídos para o Excel de forma que as conclusões pudessem ser analisadas e extraídas.

3.4 ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS

As análises levaram em consideração a evolução dos indicadores de resultados dos

processos ao longo do período de 2012 até 2016. Para garantir maior fidelidade na análise,

foram considerados os processos dos anos de avaliação. Os processos inseridos ou retirados

neste período não são considerados na evolução dos resultados.

No que se refere ao resultado no período sinalizado, por indicador definido como

objeto de análise, foi feita uma apuração consolidada dos indicadores considerando os campi

do grupo e analisada sua evolução percentual no período proposto, de modo que se possa

observar em sua evolução um aumento ou redução que indicará uma melhora ou piora do

desempenho ao longo do tempo.

A análise assume como referência o ano de implantação do programa, ou seja 2012.

Neste caso a análise “2013x2012” verifica o percentual de evolução do resultado consolidado

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dos Campi de 2013 em relação à 2012, podendo ser uma evolução percentual positiva ou

negativa. A análise de evolução do indicador, portanto, considera 2013x2012, 2014x2012,

2015x2012 e 2016x2012, buscando sempre avaliar a evolução dos anos em relação à

implantação do Programa, que foi em 2012, sendo que na comparação com 2016 representa a

evolução geral desde o início do Programa (2012) até o ano em questão.

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4. ESTUDO DE CASO – GRUPO ESTÁCIO

Este capítulo busca apresentar o estudo de caso da Implantação do Modelo de

Excelência no Grupo Estácio, que contempla o Modelo de Excelência em Gestão de seu

desenho e implementação e finalmente a Coleta de dados que foi realizado no Grupo.

A estruturação deste modelo passou por um entendimento dos Processos da Instituição

que são realizados em suas Unidades, a criação de uma metodologia própria de priorização dos

processos críticos, avaliação destes processos e reconhecimento das Unidades melhores

avaliadas no Programa.

4.1 MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO ESTÁCIO

O Modelo de Excelência em Gestão no Grupo Estácio teve sua implantação no ano de

2012, viabilizando um manual de orientação para as Unidades em relação às melhores práticas

realizadas em seus principais processos, de forma a garantir uma melhor qualidade e melhoria

dos resultados para aos alunos, acionistas, colaboradores e sociedade.

Segundo Vezzoni et al. (2013), seu trabalho trata os diversos fatores críticos para o

sucesso de um projeto, sendo importante mencionar a comunicação eficiente e o suporte da alta

Administração, como fatores extremamente importantes que foram pautados em seu

direcionamento. O desenho do Programa de Excelência em Gestão na Estácio, em seu primeiro

nível, contou com uma estrutura de Projeto e apoio da alta administração e forte comunicação.

Esta organização permitiu o desenho, consistência e agilidade na validação do Programa,

composta dos seguintes grupos:

Comitê Executivo: Presidente, Diretor Executivo de Gente, Gestão e Serviços

e Diretor Executivo de Operações – Tem a função de validar o desenho e

revisão do Programa e temas omissos ao regulamento.

Gestão do Programa: Gerente de Sistemas de Gestão e equipe – Responsável

por conduzir o desenho do programa e a sua gestão na Cia.

Líder de Pilar: Gestores Corporativos escolhidos para liderar o Pilar do

Programa – Lidera, orienta e propõe mudança dos itens a serem considerados

em cada Pilar.

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Grupo de Desenho: Executivos das principais áreas Corporativas e de

Operações – Discutir os processos afins aos Pilares do Programa, priorizar

processos críticos e propor regras.

4.2 DESENHO DO MODELO DE EXCELÊNCIA

As fases para a construção do Programa contam com a definição de sua estrutura básica,

Gestores de Pilar, Grupo de Desenho, preparação dos Pilares, Workshop de Construção,

desenho dos indicadores por Pilar e validação do Regulamento do Programa.

A estrutura básica do Programa está organizada em duas categorias mostradas na figura

16: PROCESSOS e RESULTADOS. Para avaliar essas categorias foram definidos indicadores

prioritários (itens) quantitativos e qualitativos referentes à gestão das atividades de operação.

Estas categorias somam 1.000 pontos (600 para Categoria Processos e 400 para a Categoria

Resultados) e conta com cinco Pilares, sendo os Pilares “Administrativo Financeiro”, “Gente e

Gestão”, “Comercial”, “Atendimento” e “Acadêmico”.

A Categoria “PROCESSOS” contém os indicadores qualitativos do Programa de

Excelência em Gestão e tem como objetivo validar a disciplina na execução dos processos

adotados. Esta categoria representa 600 pontos do coeficiente de rendimento final do Programa

de Excelência em Gestão.

A Categoria “RESULTADOS” contém os indicadores quantitativos do Programa de

Excelência em Gestão e tem como finalidade a medição objetiva do alcance das metas da

unidade, representando 400 pontos do coeficiente de rendimento final. Estes indicadores são

correspondentes a cada um dos cinco Pilares.

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Figura 16 - Modelo do Programa de Excelência em Gestão Estácio

Fonte: Elaborado pelo autor

Os Pilares são divididos em Indicadores ou Itens a serem verificados quanto ao seu

atendimento no processo de verificação de aderência ao Programa. O Quadro 7 representa um

Indicador ou Item de Processo estruturado. Já o Quadro 8 mostra a estrutura do Item ou

Indicador de Resultado.

Nas avaliações, os indicadores (itens) podem ser considerados como segue:

Item atendido: Atende a todos os requisitos do indicador.

Item parcialmente atendido: Atende em parte os requisitos do indicador definido

pela régua de pontuação.

Item não atendido: Não atende os requisitos do indicador.

Item não aplicável: Não vale pontos.

A seguir, conforme ilustrado no Quadro 7, tem-se o detalhamento do Item de Processo:

Quadro 7 - Estrutura de um Indicador ou Item de Processo do Programa de Excelência

em Gestão Estácio

ITEM INDICADOR EVIDÊNCIA FONTE CONCEITO PREMISSA

COORPORATIVA PONTUAÇÃO

Fonte: Elaborada pelo autor

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ITEM: Índice numérico que referencia o indicador no Pilar.

INDICADOR: Ele reflete a aderência da unidade no processo envolvido e é avaliado por

meio de evidência(s) extraída(s) de uma determinada fonte.

EVIDÊNCIAS: São os instrumentos pelos quais o indicador é mensurado. Elas podem ser

constatadas por meio de relatórios, documentos ou podem ser verificadas fisicamente na própria

unidade.

FONTE: É o local onde a evidência que foi descrita deve ser encontrada.

CONCEITO: É o campo que explica a importância dos indicadores para a empresa e

contém informações relevantes para o entendimento do item a ser avaliado.

PREMISSA CORPORATIVA: É a atividade que antecede a construção da evidência. No

caso de alguns relatórios, é necessário que a área corporativa correspondente disponibilize os

dados necessários para que a unidade valide a sua evidência.

A seguir, conforme ilustrado no Quadro 8, temos o detalhamento do Item de Resultado:

Quadro 8 - Estrutura de um Indicador ou Item de Resultado do Programa de Excelência em

Gestão Estácio

ITEM INDICADOR UNID TIPO FONTE DETALHAMENTO CONCEITO PREMISSA

CORPORATIVA

FAIXA Realizado/

Meta (0 – PMA)

PONTUAÇÃO

Fonte: Elaborada pelo autor

ITEM: Índice numérico que referencia o indicador no Pilar na Categoria Resultado.

INDICADOR: Ele reflete o que se busca medir na Categoria Resultado e é avaliado por

meio de dados numéricos extraídos de uma determinada fonte.

UNID: Unidade de medida que representa o INDICADOR.

TIPO: Tipo de Indicador que determina o modelo de comparação da meta com o resultado.

O Símbolo “” significa “Quanto Maior Melhor”. O Símbolo “” significa “Quanto Menor

Melhor”.

FONTE: É o local onde o resultado do INDICADOR deve ser encontrado.

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DETALHAMENTO: Descrição de como o indicador é apurado e frequência de

acompanhamento.

CONCEITO: Definição do INDICADOR com a justificativa necessidade de apuração do

indicador.

PREMISSA CORPORATIVA: É a atividade que antecede a apuração do INDICADOR.

No caso de alguns relatórios, é necessário que a área corporativa correspondente disponibilize

os dados para que a unidade valide seu resultado.

FAIXA: Realizado/Meta (0 – PMA): Faixa de Pontuação Mínima e Máxima Atingível

com base no resultado comparado com a Meta. Composto de duas colunas, onde uma é usada

para registro da Pontuação Mínima de “0” (zero) quando o Resultado/Meta atingido ficar abaixo

do percentual Mínimo. A outra coluna é usada para a Pontuação Máxima a ser Atingida ou

“PMA” quando o Resultado/Meta atingido ficar igual o acima de 100% da Meta. Resultados

percentuais de Realizado/Meta entre as faixas de “0” e “PMA” são interpolados e permitirão

uma pontuação parcial.

Os Líderes de Pilar são os responsáveis por organizar uma proposta de indicadores a serem

considerados no processo de desenho do Programa. A partir do seu desenho, os Líderes tem a

responsabilidade de divulgar o Pilar, propor melhorias e esclarecer dúvidas das unidades em

relação ao Pilar.

O Grupo de desenho dos Pilares é formado pelos Principais executivos relacionados com

os processos dos Pilares na Companhia e os gestores das Unidades de Operações. Este grupo é

selecionado pelo Gestor do Programa e validado pelo Comitê Executivo para participar do

Workshop de Construção do Programa.

Para o Workshop, foi desenhada uma metodologia própria para discussão e priorização dos

Pilares, com base em atributos definidos com pesos e em sua relevância. Os Líderes de Pilar

apresentaram ao grupo a proposta de indicadores para submeter a uma avaliação de priorização

pelo Grupo de desenho conforme a Tabela 6. Cada atributo definido recebe uma avaliação do

Grupo conforme a sua criticidade na relação proposta.

Atributos: (Notas atribuídas com base na relevância do indicador em relação a atributo:

Notas de 1 a 5, sendo 1 para Baixa e 5 para Alta)

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Criticidade (Peso 40): Grau de criticidade do indicador em relação ao Pilar

Autonomia (Peso 30): Grau de autonomia que a Unidade tem em relação ao

indicador proposto (quanto maior a autonomia, menor a dependência da Unidade

em relação às áreas Corporativas e maior é a nota atribuída)

Replicável (Peso 20): Se o indicador proposto é replicável a todos as Unidades

Aderência a Estratégias e Cultura (Peso 10): Se o indicador proposto tem relação

forte com as Estratégias e a Cultura da Cia

Tabela 6 - Matriz de Priorização de Itens propostos por Pilar do Programa de Excelência em

Gestão Estácio (recorte)

Fonte: Elaborada pelo autor

Após a avaliação do Grupo, em cada um dos atributos foi montada a tabela final proposta

por Pilar conforme exemplificado na Tabela 7 para as categorias “PROCESSO” e

“RESULTADOS”. Ao final do Workshop, a validação foi feita pelo Comitê Executivo, para

que possa ser construída toda Matriz do Indicador conforme exemplificado no Quadro 9.

Resultou ao final da priorização no Pilar Acadêmico, 14 indicadores de processo e 07

indicadores de resultados, no Pilar Administrativo Financeiro, foram priorizados 10 indicadores

de processo e 08 de resultados, no Pilar de Atendimento foram 15 indicadores de processo e 07

de resultado, no Pilar Comercial foram 10 indicadores de processo e 07 de resultados, no Pilar

PILAR ATENDIMENTO40 30 20 10 100

Indicador Criticidade Autonomia Replicável

Aderência a

Estratégias

e Cultura

TOTAL

Foram passadas as instruções sobre a prova, como duração, etapas até a

matrícula e vídeo institucional, tempo de correção da prova e sobre a

possibilidade de matrícula em 1 hora.5 5 5 4 472

Os atendentes sabem dar informações aos candidatos sobre convênios

e bolsas e informações sobre financiamentos. 5 5 5 5 471

A unidade possui acompanhamento dos relatórios gerenciais de

requerimentos.4 5 5 5 460

O processo de atendimento agendado na secretaria é organizado ?4 5 5 4 457

A Unidade possui divulgação do atendimento agendado (cartazes, avisos

etc) e atendimento "POSSO AJUDAR", orientando os alunos quanto ao

procedimento do atendimento agendado?4 5 5 4 454

ATRIBUTOS

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de Gente e Gestão foram priorizados 10 indicadores de processo e 08 de resultados e definidos

02 indicadores de Bonificação Adicionais ao programa.

Após a validação dos Indicadores dos Pilares pelo Workshop, a equipe de Gestão do

Programa tem a responsabilidade de detalhar todos os Indicadores e elaborar a proposta final

do Regulamento para o Programa, contendo além dos Indicadores por Pilar, Indicadores de

Bonificação, Penalização e regras gerais aplicáveis ao Programa.

Quadro 9 - Itens de Processo e Itens de Resultado do Pilar de Atendimento do Programa de

Excelência em Gestão Estácio (recorte)

Fonte: Elaborada pelo autor

ITEM INDICADOR UNID TIPO FONTE DETALHAMENTO CONCEITO PREMISSA

COORPORATIVA

FAIXA Realizado/M

eta 0 PTS/10 PTS

PONTUAÇÃO

1 Eficiência do processo de Vestibular

%

CLIENTE

OCULTO

De duas a três vezes no ano acontece uma avaliação (através de empresa contratada) para realizar Visita de Cliente Oculto, onde todos os itens do programa de excelência são contemplados através de checklist.

Garantir a qualidade no processo de Vestibular.

O corporativo (área de Atendimento) é responsável pela contratação da empresa que realizará a Vista de Cliente Oculto.

90% 100% 10

2 Eficiência do processo de Matrícula

%

CLIENTE

OCULTO / RG

De duas a três vezes no ano acontece uma avaliação (através de empresa contratada) para realizar Visita de Cliente Oculto, onde todos os itens do programa de excelência são contemplados através de checklist.

Garantir a qualidade do processo de Matrícula.

O corporativo (área de Atendimento) é responsável pela contratação da empresa que realizará a Vista de Cliente Oculto.

90% 100% 10

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4.3 IMPLANTAÇÃO

O processo de implantação e disseminação do Programa de Excelência foi planejado

conjuntamente com a área de Comunicação da Instituição devido a sua criticidade na

Companhia, cabendo um planejamento de endomarketing.

A adesão ao programa exigiu um planejamento estruturado, contando com diversos Canais

de Comunicação:

Objetivo da Comunicação: Divulgar a implantação do novo PEG - Programa de

Excelência em Gestão, criado com o objetivo de estimular o aperfeiçoamento das

unidades, estabelecendo padrões de atuação e desempenho e promovendo a troca

de melhores práticas.

Público final: Gestores acadêmicos, administrativos, regionais, de núcleo, de

unidades, comerciais, secretarias, Colaboradores administrativos e acadêmicos de

todas as Unidades e colaboradores das áreas Corporativas envolvidos com os

processos dos Pilares do Programa.

Objetivos da Ação:

1. Divulgar amplamente o novo programa (objetivos, regras, critérios e dinâmica

de aplicação)

2. Evidenciar as boas práticas de gestão corporativa

3. Conquistar a adesão de toda a empresa às diretrizes estabelecidas pelo PEG

4. Auxiliar as áreas responsáveis na consolidação do PEG utilizando os canais

internos de comunicação.

Canais:

1. Intranet: Banners de divulgação do Programa. Vídeos e notas com a

divulgação do Programa pelo Presidente, Gestores do Programa e Líderes de

Pilar.

2. Rede Social Corporativa: Vídeos, notas e regras do Programa, publicações e

tira-dúvidas online.

3. E-mail marketing e Cartazes: Divulgação e regras do Programa.

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4. Palestras e Conference Call: Divulgação e tira dúvidas com os gestores e

Colaboradores das Unidades.

4.4 AVALIAÇÃO LOCAL

As avaliações realizadas no Programa são na modalidade Local ou autoavaliação

Corporativa.

A avaliação local é realizada pela unidade e é caracterizada por uma autoavaliação. O

gestor da unidade é responsável por validar os itens e designar a equipe que irá realizar a

autoavaliação.

Cada unidade nomeia um focal do Programa de Excelência que deve garantir a

disseminação do programa e sua função de integrador.

O avaliador local da Unidade tem a responsabilidade de garantir a veracidade das

evidências de cada indicador. O formulário de avaliação é composto por uma série de

indicadores separados por número de itens e descritos em colunas conforme evidenciado no

Quadro 9. Não há necessidade de enviar as evidências para a área de Sistemas de Gestão, uma

vez que a verificação dos indicadores é realizada presencialmente pela avaliação corporativa.

Uma régua de pontuação é utilizada nos indicadores que apresentarem subitens que

necessitam ser avaliados separadamente e com pesos diferentes. O resultado dos subitens

poderá ser expresso em percentual ou números absolutos, porém o resultado consolidado dos

indicadores por pilar é sempre expresso em percentual.

A avaliação Local é dividida em três etapas parametrizadas em um sistema online próprio

para o programa. A primeira é uma avaliação feita por um focal, por pilar definido e validado

pelo gestor da unidade via sistema, sendo que este responde aos itens da categoria de processos

e os valores dos indicadores da categoria de resultados. A segunda etapa passa pela verificação

e validação do gestor da unidade, onde o mesmo assume com a equipe de focais o nível de

aderência da unidade aos processos do programa. A terceira e última fase passa pela Validação

do Diretor do Núcleo, finalizando assim o processo de avaliação Local.

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4.5 AVALIAÇÃO CORPORATIVA

A avaliação corporativa é realizada presencialmente por um membro da Comissão de

Avaliação do Programa de Excelência devidamente treinado e certificado pelo Programa.

O avaliador tem como objetivo verificar as evidências dos itens considerados atendidos,

conforme o formulário preenchido pela unidade na autoavaliação, usando como base relatórios

corporativos que permitam a conclusão objetiva do atendimento de um item. Também são

realizadas entrevistas individuais com colaboradores dos setores da unidade e avaliação in loco.

O objetivo é, além de verificar de forma visual as evidências em relação aos itens sinalizados

como atendidos no programa, orientar a unidade avaliada em relação aos processos que não

estejam de acordo com as premissas do programa.

Ao final da avaliação, o avaliador se reúne com o gestor da unidade e sua equipe para que

sejam passados todos os itens verificados não atendidos. O processo se finaliza através de uma

assinatura conjunta com o avaliador e apuração da “dispersão” entre avaliações.

Quando houver dispersão entre a nota da autoavaliação e a nota atribuída pela avaliação

realizada, é considerado um critério para redução de pontos conforme o Quadro 10.

Quadro 10 - Dispersão de Avaliação Local x Corporativa do Programa de Excelência em

Gestão Estácio

Dispersão (D%) Pontuação a ser Debitada (pts)

0% ≤ D < 10% 0. (A unidade assume o resultado da avaliação Corporativa

realizada)

10% ≤ D ≤ 15% O dobro dos pontos referentes aos itens avaliados

incorretamente.

D > 15% Desclassificada

Fonte: Elaborada pelo autor

4.6 APURAÇÃO E RECONHECIMENTO

Ao término da avaliação corporativa é possível se obter um ranking final entre as unidades.

As seis unidades com maior aderência em relação aos processos do Programa passam para a

fase final de avaliação que é dividida em duas etapas:

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75

Análise da Imagem da Unidade: Levantamento de ocorrências que impactem

negativamente a unidade no ambiente interno e externo. Tais ocorrências são

levantadas junto à área Jurídica, Auditoria e Controles Internos, Relacionamento

com a Imprensa e área de Relações Trabalhistas e Sindicais que podem afetar a nota

das unidades.

Reunião final com o Comitê da Diretoria Executiva: Entrevista feita com o

Gestor da Unidade que buscará os elementos que evidenciem a qualidade de gestão

da Unidade finalista e práticas que permitam que estas unidades se destaquem em

relação às outras. Ao final, é dada uma nota discricionária que pode alterar o

ranking entre as 6 finalistas.

É fundamental para se obter a adesão dos colaboradores e evidenciar o destaque das

Unidades em relação ao programa, que seja realizado o reconhecimento por mérito de todos.

Desta forma, para as seis unidades finalistas, é reforçado o mérito de todos na busca da

Excelência através do Evento de Executivos da Companhia. Os executivos finalistas e os

vencedores do programa são evidenciados e reconhecidos, sendo que as Unidades Ouro, Prata

e Bronze recebem um troféu neste evento.

Um segundo evento é realizado em cada uma das seis unidades, com todos os

colaboradores, reforçando o programa e a participação de todos. De forma proporcional, por

mérito, as Unidades Ouro, Prata e Bronze são contempladas com um valor de Investimento a

ser revertido para o bem estar de seus colaboradores.

4.7 COLETA DE DADOS

A coleta de dados levou em consideração a evolução dos indicadores de resultados dos

processos ao longo do período de 2012 até 2016. Para garantir maior fidelidade na análise,

foram considerados os processos que foram avaliados no período de análise em todos os anos,

ou seja, processos inseridos ou retirados no período de análise não são considerados na análise

de evolução dos resultados.

Foram considerados como base para entendimento da implementação do Programa de

Excelência os Processos definidos que foram avaliados no Programa durante todos os anos

conforme no Quadro 11 que representa o checklist de avaliação do Programa em 2012 em

comparação com os itens que foram aplicados até 2016.

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76

No Quadro 11 observa-se na coluna “PROCESSOS 2012”, a relação de processos que

foram definidos e considerados na implantação do Programa de Excelência, já na coluna

“APLICADO DE 2012 ATÉ 2016”, são marcados aqueles processos que foram escopo do

Programa nos anos de 2012 até 2016, de forma que se possa verificar, como consequência a sua

evolução por consequência da implantação do Programa.

Existem limitações na coleta de dados relacionadas a eventos externos que podem impactar

o resultado dos processos. No entanto, devido à quantidade de processos desenhados e a

profundidade do programa, além da mobilização realizada em todas as camadas (Estratégica,

Tática e Operacional), é possível entender a evolução dos dados.

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Quadro 11 - Processos Avaliados entre 2012 e 2016 no Programa de Excelência em Gestão

Estácio

Fonte: Elaborada pelo autor

Item Indicador1 O material didático é utilizado regularmente nas aulas?

2 As provas nacionais são aplicadas corretamente?

3 O corpo docente conhece o conteúdo do PPC? X

4 Os docentes cumprem a carga horária semestral das disciplinas lançando corretamente as aulas extras e de reposição? X

5 As atividades fora de sala de docentes TI e TP são devidamente discriminadas por lançamentos em atuação fixa no SIA? X

6 As notas das avaliações e as frequências dos alunos são lançadas obedecendo aos prazos do calendário acadêmico? X

7 As equivalências entre as disciplinas são devidamente lançadas?

8 Os diários de classe são assinados e arquivados ao final do semestre? X

9 Os coordenadores de curso monitoram os resultados de tratamento de requerimentos acadêmicos?

10 O corpo docente atende às exigências para titulação e regime de trabalho (incluindo NDE)? X

11 São realizadas ações preparatórias para o ENADE? X

12 A recomendação da CPA é utilizada para fins gerenciais? X

13 O acervo da biblioteca está de acordo com o PPC e os indicadores do MEC? X

14 Os laboratórios específicos estão implantados e atendem as exigências do book correspondente? X

ACADÊMICO X

1 A área financeira da unidade conhece as regras para utilização das ferramentas financeiras disponíveis no SIA?

2Durante o processo de concessão de bolsas, convênios e financiamentos estudantis são coletados e arquivados nas pastas dos

alunos, os documentos atualizados que comprovem o vínculo ao benefício?X

3 Durante o processo de matrícula os dados cadastrais de cobrança são validados no SIA e arquivados nas pastas dos alunos?

4A área financeira da unidade orienta os alunos adimplentes e inadimplentes a utilizarem a melhor forma de efetuarem seus

pagamentos?X

5 A Unidade garante que o aluno cumpra o calendário acadêmico?

6O gestor da área administrativa da Unidade conhece e pratica a política de compras, respeitando a abertura de RC, suas

aprovações e a criação/ liberação do pedido, antes de efetivar a compra ou prestação do serviço?X

7O gestor da área administrativa da Unidade realiza reuniões periódicas com a área acadêmica apresentando o resultado e

inadimplência?

8O gestor da área administrativa da Unidade realiza reuniões periódicas com a agência de cobrança para saber o status das

ações de cobrança?

9 O gestor da área administrativa da Unidade participa do processo de validação da tabela de preços semestral?

10 A unidade realiza o controle de documentos que suportam o faturamento de receitas não acadêmicas?

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO X

1 Ao chegar à Unidade foi possível localizar a sala de prova do vestibular? X

2As instruções sobre a prova (duração, tempo de correção e possibilidade de matrícula em uma hora) foram passadas ao

prospect?X

3 A Unidade foi apresentada enquanto a prova era corrigida?

4 Os atendentes sabem dar informações aos candidatos sobre convênios, bolsas e financiamentos? X

5O material didático está exposto nas salas de Matrícula e Vestibular, além de ter no ambiente de matrícula a exibição dos

vídeos institucionais?

6 Os atendentes da Sala de Matrícula usam o material comercial disponibilizado pelo corporativo? X

7Na Secretaria, o processo de Atendimento Agendado é organizado com cumprimento de horários, atendimento avulso e "Posso

Ajudar"?

8 A Unidade possui divulgação do Atendimento Agendado e atendimento "POSSO AJUDAR?", orientando os alunos quanto ao X

9 Após a realização do Atendimento Agendado, o colaborador finaliza no SIA o atendimento ao aluno? X

10 O colaborador fornece ao aluno a orientação sobre a possibilidade de avaliar o atendimento via Campus Virtual?

11 Os colaboradores da Secretaria de Alunos conhecem o resultado do PESA na dimensão de Atendimento? X

12 Os atendentes da Secretaria conhecem as metas definidas pela empresa para os requerimentos e atendimento agendado? X

13 A liderança da Secretaria possui acompanhamento dos relatórios gerenciais de requerimentos?

14A responsável pela Secretaria participa das interações para sua atividade, através de call semanal, em que são passadas

informações e diretrizes para o atendimento?

15A Unidade possui material de divulgação com informações atualizadas e completas sobre: Coordenadores de curso, EAD,

financiamentos, estágios, empregos e pós-graduação?X

ATENDIMENTO X

1Todos os vestibulares da Unidade (agendado e tradicional) acontecem em local apropriado, silencioso e sem nenhuma outra

atividade simultânea à realização da prova?

2 O processo de correção do vestibular agendado é totalmente centralizado e realizado pelo CSC?

3 A Unidade possui material gráfico informativo sobre renovação afixado e atualizado em local visível para os alunos?

4O Gerente Comercial da Unidade / Núcleo conhece o RG e seus relatórios, compreendendo a funcionalidade de cada um

deles?

5O Gerente Comercial do Núcleo conhece as metas de captação e renovação de cada unidade sob sua gestão, em valores

absolutos, considerando metas da graduação presencial, do EAD, da semipresencial e da Pós-Graduação?

6 O Gerente Comercial do Núcleo conhece o status do ritmo de matrículas de cada unidade sob sua gestão (meta x real)?

7O Gerente Comercial da Unidade / Núcleo garante a atualização dos quadros de Gestão à Vista, do acompanhamento de

metas de captação e renovação, e dos resultados dos cursos da unidade?

8 O Gerente Comercial da Unidade / Núcleo cumpre as seguintes atividades da rotina do SGV? X

9O Gerente Comercial do Núcleo realiza call semanal com o(a) Gerente Comercial Regional apresentando boa performance e

reporta o material no GDO semanal?

10

O Gerente Comercial da Unidade / Núcleo planeja as ações de trade, garantindo a utilização da verba no pacote de Vendas e

Marketing dentro do orçado acumulado do ano, além de conhecer e acompanhar a execução do plano de mídia vigente

(outdoor e mobiliário urbano)?

COMERCIAL X

1 As reuniões de gestão da unidade são realizadas regularmente? X

2 Os planos de ação das metas estão atualizados? X

3 A gestão à vista da unidade está atualizada? X

4 Os colaboradores conhecem os programas de remuneração variável existentes na empresa? X

5 O Ciclo de Avaliações é realizado no prazo previsto? X

6 Os colaboradores administrativos recém-admitidos realizaram o módulo de ambientação durante os 30 dias iniciais de trabalho? X

7 A unidade realiza a gestão do Clima com eficiência? X

8 O gestor da unidade realiza reuniões direcionadas ao público administrativo e ao público docente?

9 Os colaboradores aderiram e conhecem a Conecta?

10 A unidade monitora o absenteísmo docente? X

GENTE E GESTÃO X

1 A unidade dissemina e pratica a política de Gestão Socioambiental? X

2 O ponto focal do PEG realiza a sua função de integrador e disseminador do Programa de Excelência em Gestão?

3 As instalações da unidade estão adequadas?

ITENS DE BONIFICAÇÃO X

TOTAL

PROCESSOS DEFINIDOS EM 2012 PROCESSOS

APLICADOS DE

2012 ATÉ 2016

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78

4.8 ANÁLISE DOS RESULTADOS

De uma forma geral, a necessidade de sobrevivência das Instituições de Ensino Superior,

conforme tratado no estudo de Nez e Silva (2015), bem como Meyer Jr, Pascucci e Mangolin

(2012), considerando os vários desafios que as Instituições se deparam atualmente e por conta

das diversas mudanças no mercado de trabalho e alta competitividade e exigência. Os benefícios

financeiros e não financeiros com a adoção de modelos de excelência são constatados em

diversos estudos, que apresentam estes benefícios e que podem ser representados através de

indicadores (DOELEMAN et al., 2014; CORREDOR; GOÑI, 2011; GÓMEZ et al., 2011;

VOSS, 2005; HENDRICKS; SINGHAL, 2001; BOULTER; BENDELL; DAHLGAARD,

2013; JACOB; MADU; TANG, 2004; HANSSON; ERIKSSON, 2002; CURKOVIC et al.,

2000; POWELL, 1995; SHAW, 2000, BOU-LLUSAR et al., 2009; ZÁRRAGA-RODRÍGUEZ;

ÁLVAREZ, 2014).

Para considerar a efetividade da implementação, foram analisados os indicadores fim aos

quais os processos estão vinculados de forma que impactassem as partes interessadas, ou seja,

os Stakeholders, desta forma, levando em consideração os processos aplicados entre 2012 e

2016, foi feita uma classificação para melhor entendimento de seus resultados conforme o

Quadro 12.

Conforme observado no Quadro 12, as principais partes interessadas ou Stakeholders

mapeados e seus indicadores que representam seus interesses são:

ACIONISTA: Base de Alunos Total; ROL (Receita Operacional Líquida);

VGA/ROL (Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas como margem da

ROL); EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization);

ALUNO: PESA (Pesquisa Estácio de Satisfação dos Alunos);

GOVERNO (MEC): IGC (Índice Geral de Cursos);

COLABORADOR (ADMINISTRATIVO e DOCENTE): Pesquisa de Clima

Organizacional.

O Quadro 13 justifica a aplicação dos Indicadores Chave em cada item considerado no

entendimento da evolução dos processos no Programa de Excelência para a análise da evolução

destes resultados ao longo dos anos de implementação do Programa.

No Quadro 14 é realizada uma Classificação e detalhamento dos Indicadores Chave

citados, tornando seu entendimento mais claro e a metodologia de apuração dos mesmos.

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79

Todos os indicadores avaliados foram analisados comparando ano contra ano e o ano de

implantação versus o ano seguinte com o objetivo de verificar a evolução desde a implantação

do Programa de Excelência em Gestão no Grupo Estácio.

Os indicadores avaliados consideram como referência o ano de 2012 para comparação de

evolução, ou seja, indica o percentual que o indicador evoluiu ente o ano de 2012 até o ano de

referência, ou seja, a indicação 2013x2012 representa o percentual que o indicador evoluiu em

2013 se comparado com 2012 e assim sucessivamente até o ano de 2016 (2016x2012).

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Quadro 12 - Classificação de Stakeholders e Indicadores Chave dos Processos Avaliados

entre 2012 e 2016

Fonte: Elaborada pelo autor

IndicadorSTAKEHOLDER

AFETADOINDICADOR CHAVE

ACADÊMICO

3 O corpo docente conhece o conteúdo do PPC? GOVERNO IGC

4Os docentes cumprem a carga horária semestral das disciplinas lançando

corretamente as aulas extras e de reposição?GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA

5As atividades fora de sala de docentes TI e TP são devidamente discriminadas

por lançamentos em atuação fixa no SIA?GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA

6As notas das avaliações e as frequências dos alunos são lançadas obedecendo

aos prazos do calendário acadêmico?GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA

8 Os diários de classe são assinados e arquivados ao final do semestre? GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA

10O corpo docente atende às exigências para titulação e regime de trabalho

(incluindo NDE)?GOVERNO IGC

11 São realizadas ações preparatórias para o ENADE? GOVERNO IGC

12 A recomendação da CPA é utilizada para fins gerenciais? GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA

13 O acervo da biblioteca está de acordo com o PPC e os indicadores do MEC? GOVERNO IGC

14Os laboratórios específicos estão implantados e atendem as exigências do book

correspondente?GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA

2

Durante o processo de concessão de bolsas, convênios e financiamentos

estudantis são coletados e arquivados nas pastas dos alunos, os documentos

atualizados que comprovem o vínculo ao benefício?

ACIONISTA ROL

4A área financeira da unidade orienta os alunos adimplentes e inadimplentes a

utilizarem a melhor forma de efetuarem seus pagamentos?ACIONISTA

BASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

6

O gestor da área administrativa da Unidade conhece e pratica a política de

compras, respeitando a abertura de RC, suas aprovações e a criação/ liberação

do pedido, antes de efetivar a compra ou prestação do serviço?

ACIONISTA VGA/ROL

1 Ao chegar à Unidade foi possível localizar a sala de prova do vestibular? ACIONISTABASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

2As instruções sobre a prova (duração, tempo de correção e possibilidade de

matrícula em uma hora) foram passadas ao prospect?ACIONISTA

BASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

4Os atendentes sabem dar informações aos candidatos sobre convênios, bolsas e

financiamentos?ACIONISTA

BASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

6Os atendentes da Sala de Matrícula usam o material comercial disponibilizado

pelo corporativo?ACIONISTA

BASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

8A Unidade possui divulgação do Atendimento Agendado e atendimento "POSSO

AJUDAR?", orientando os alunos quanto ao procedimento destes serviço?ALUNO PESA

9Após a realização do Atendimento Agendado, o colaborador finaliza no SIA o

atendimento ao aluno?ALUNO PESA

11Os colaboradores da Secretaria de Alunos conhecem o resultado do PESA na

dimensão de Atendimento?ALUNO PESA

12Os atendentes da Secretaria conhecem as metas definidas pela empresa para os

requerimentos e atendimento agendado?ALUNO PESA

15

A Unidade possui material de divulgação com informações atualizadas e completas

sobre: Coordenadores de curso, EAD, financiamentos, estágios, empregos e pós-

graduação?

ALUNO ; GOVERNO PESA; IGC

8O Gerente Comercial da Unidade / Núcleo cumpre as seguintes atividades da

rotina do SGV?ACIONISTA

BASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

1 As reuniões de gestão da unidade são realizadas regularmente?

ACIONISTA ; ALUNO ;

ALUNO ; COLABORADOR

(ADM e DOC) ; GOVERNO

EBITDA ; PESA ; CLIMA

ORG ; IGC

2 Os planos de ação das metas estão atualizados?

ACIONISTA ; ALUNO ;

ALUNO ; COLABORADOR

(ADM e DOC) ; GOVERNO

EBITDA ; PESA ; CLIMA

ORG ; IGC

3 A gestão à vista da unidade está atualizada?

ACIONISTA ; ALUNO ;

ALUNO ; COLABORADOR

(ADM e DOC) ; GOVERNO

EBITDA ; PESA ; CLIMA

ORG ; IGC

4Os colaboradores conhecem os programas de remuneração variável existentes na

empresa?

ACIONISTA ; ALUNO ;

ALUNO ; COLABORADOR

(ADM e DOC) ; GOVERNO

EBITDA ; PESA ; CLIMA

ORGANIZACIONAL ; IGC

6Os colaboradores administrativos recém-admitidos realizaram o módulo de

ambientação durante os 30 dias iniciais de trabalho?

COLABORADOR (ADM E

DOC)CLIMA ORGANIZACIONAL

7 A unidade realiza a gestão do Clima com eficiência?COLABORADOR (ADM E

DOC)CLIMA ORGANIZACIONAL

10 A unidade monitora o absenteísmo docente? ALUNO PESA

1 A unidade dissemina e pratica a política de Gestão Socioambiental? GOVERNO ; ACIONISTA IGC ; EBITDA

GENTE E GESTÃO

ITENS DE BONIFICAÇÃO

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO

ATENDIMENTO

COMERCIAL

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Quadro 13 - Inidicadores Chave dos processos justificados para análise

Fonte: Elaborada pelo autor

STAKEHOLDER

AFETADOINDICADOR CHAVE JUSTIFICATIVA

ACADÊMICO

3 GOVERNO IGC O conhecimento do Conteúdo do PPC pelo docente é avaliado pelo MEC.

4 GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA O Conteúdo dado pelos docentes é avaliado pelo MEC e afeta a Satisfação dos Alunos

5 GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESAAs atividades dos professores TI e TP são avaliadas pelo MEC. Estas atividades são

voltadas para melhorias dos cursos.

6 GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESAO cumprimento do Calendário Acadêmico é avalidado pelo MEC. A pontualidade e

frequência dos professores afetam a satiusfaçã dos alunos

8 GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESAO cumprimento do Calendário Acadêmico é avalidado pelo MEC. A pontualidade e

frequência dos professores afetam a satiusfaçã dos alunos

10 GOVERNO IGCO Resultado de IGC, que é o resultado das notas dos cursos e da Instituição como um

todo é afetado pela titulação dos professores do curso.

11 GOVERNO IGCO Resultado de IGC, que é o resultado das notas dos cursos (Nota de ENADE entra nesta

avaliação).

12 GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA

A avaliação e acompanhamento da Avaliação do Aluno pela CPA (Comissão Própria de

Avaliação) é uma determinação do MEC e avaliada pelo mesmo. Esta prática ajuda a

melhorar a Satisfação dos alunos.

13 GOVERNO IGCO Resultado de IGC, que é o resultado das notas dos cursos e da Instituição como um

todo e é afetado pela Nota de Acervo de Biblioteca entra nesta avaliação.

14 GOVERNO ; ALUNO IGC ; PESA

O Resultado de IGC, que é o resultado das notas dos cursos e da Instituição como um

todo e é afetado pela infraestrutura dos Laboratórios. Maior qualidade dos laboratórios

melhora a Satisfação dos Alunos.

2 ACIONISTA ROL

O acompanhamento constante dos Convênios e financeiamentos, garante que a

Instituição esteja aplicando estes benefícios exclusivamente alinhado com duas políticas

sem gerar perda de receita em casos em que o benefício já não é mais aplicável.

4 ACIONISTABASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

Alunos inadimplentes evadem, portanto este processo visa garantir a capacidade de

pagamento dos alunos e consequentemente a manutenção destes na Instituição.

6 ACIONISTA VGA/ROLA garantia da Política de suprimentos tem a finalidade de otimizar o processo de comprar

e garantir uma redução no custo de materiais e serviços através da negociação.

ATENDIMENTO

1 ACIONISTABASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

A facilidade de Localização da Sala de Vestibular é de suma importância para garantir que

os candidatos encontrem e realizem seu vestibular, aumentando as chances de estes

converterem em alunos.

2 ACIONISTABASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

As orientações sobre as provas são importantes para garantir que os candidatos

entendam o processo seletivo e não desistão por desconhecimento do prtocesso.

4 ACIONISTABASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

As informações corretas sobre convêsnios, bolsas e financiamentos permitem que os

candidatos sem condições financeiras busquem opções para optar pela instituições e não

desistir por falta de condições financeiras.

6 ACIONISTABASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

O Cumrimento do processo Comercial de divulgação aumenta o interesse de candidatos

para inscrição no Vestibular da Instituição.

8 ALUNO PESAO Processo visa facilitar a solução de dúvidas ou problemas que o aluno venha a ter

quando busca o atendimento visando aumentar a sua satisfação com a Instituição.

9 ALUNO PESAO Processo visa facilitar a solução de dúvidas ou problemas que o aluno venha a ter

quando busca o atendimento visando aumentar a sua satisfação com a Instituição.

11 ALUNO PESAO Processo visa facilitar a solução de dúvidas ou problemas que o aluno venha a ter

quando busca o atendimento visando aumentar a sua satisfação com a Instituição.

12 ALUNO PESAO Processo visa facilitar a solução de dúvidas ou problemas que o aluno venha a ter

quando busca o atendimento visando aumentar a sua satisfação com a Instituição.

15 ALUNO ; GOVERNO PESA ; IGC

O Processo visa facilitar a solução de dúvidas ou problemas que o aluno venha a ter

quando busca o atendimento visando aumentar a sua satisfação com a Instituição.

A avaliação do MEC verifica se a isntiuição disponibiliza seu coordenador para

COMERCIAL

8 ACIONISTABASE DE ALUNOS TOTAL ;

ROL

O Cumprimento deste processo aumenta a quantidade de Candidatos ao Processo

Seletivo de Vestibular na Instituição.

GENTE E GESTÃO

1

ACIONISTA ; ALUNO ;

ALUNO ; COLABORADOR

(ADM e DOC) ; GOVERNO

EBITDA ; PESA ; CLIMA

ORG ; IGC

Cumprindo as reuniões de gestão, implementando os Planos de Ação, atualizando a

Gestão à Vista e disseminando os Programas de Remuneração Variável, a Instituição

estará acompanhando e atuando nos indicadores chave.

2

ACIONISTA ; ALUNO ;

ALUNO ; COLABORADOR

(ADM e DOC) ; GOVERNO

EBITDA ; PESA ; CLIMA

ORG ; IGC

Cumprindo as reuniões de gestão, implementando os Planos de Ação, atualizando a

Gestão à Vista e disseminando os Programas de Remuneração Variável, a Instituição

estará acompanhando e atuando nos indicadores chave.

3

ACIONISTA ; ALUNO ;

ALUNO ; COLABORADOR

(ADM e DOC) ; GOVERNO

EBITDA ; PESA ; CLIMA

ORG ; IGC

Cumprindo as reuniões de gestão, implementando os Planos de Ação, atualizando a

Gestão à Vista e disseminando os Programas de Remuneração Variável, a Instituição

estará acompanhando e atuando nos indicadores chave.

4

ACIONISTA ; ALUNO ;

ALUNO ; COLABORADOR

(ADM e DOC) ; GOVERNO

EBITDA ; PESA ; CLIMA

ORGANIZACIONAL ; IGC

Cumprindo as reuniões de gestão, implementando os Planos de Ação, atualizando a

Gestão à Vista e disseminando os Programas de Remuneração Variável, a Instituição

estará acompanhando e atuando nos indicadores chave.

6COLABORADOR (ADM E

DOC)CLIMA ORGANIZACIONAL

Cumprindo este processo, a instituição dissemina cultura, capacita o colaborador,

melhorando sua satisfação com a empresa.

7COLABORADOR (ADM E

DOC)CLIMA ORGANIZACIONAL

Cumprindo este processo, a instituição garante que as ações que visam melhorar o Clima

Organizacional sejam realizadas.

10 ALUNO PESAReduzindo o Absenteísmo docente a instituição melhora a satisfação do aulo pois não há

perda ou remarcação de aulas.

1 GOVERNO ; ACIONISTA IGC ; EBITDAGarantia de Financeiamentos mais baratos que permitem um retorno melhor sobre o

Investimento ao Acionista além de melhorar o resultado da Avaliação do MEC.

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO

ITENS DE BONIFICAÇÃO

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82

Quadro 14 - Detalhamento dos Inidicadores Chave dos processos

Fonte: Elaborada pelo autor

Nota (*): Foi inserido o indicador EBITDA adicionalmente como indicador ligado ao acionista pela

sua relevância no mercado Financeiro e por ser um dos indicadores mais importantes de uma Unidade

4.8.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS NA PERSPECTIVA DOS ACIONISTAS

Conforme apresentado no Quadro 14, os indicadores, na visão dos acionistas, permitem

entender a evolução dos resultados financeiros das Unidades avaliadas pelo Programa de

Excelência em Gestão do Grupo Estácio ao longo do seu período de implementação. Nesta

análise, não estão considerados os resultados gerados na área Corporativa da Companhia, seja

na visão de custos ou na geração de receitas.

O Gráfico 4 indica a evolução consistente em relação a 2012 na Base de Alunos Total das

Unidades da Graduação e Cursos Tecnológicos (Presencial, Semipresencial e EaD), observa-se

56% de evolução de 2016 em relação à 2012 (2016x2012), ou seja, Processos relacionados com

os Pilares Administrativo Financeiro, Atendimento e Comercial visam alavancar a Base de

STAKEHOLDER PILAR INDICADOR CHAVE DETALHAMENTO E FÓRMULA DE CÁLCULO

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO /

ATENDIMENTO / COMERCIAL

BASE DE ALUNOS

TOTAL

CÁLCULO: Base de Alunos Presencial e EaD considerando todos os Cursos da Unidade.

Esta é a Base no final do período.

CÁLCULO CONSOLIDADO: Soma da Base de Alunos de todas as Unidades avaliadas pelo

PEG

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO /

ATENDIMENTO / COMERCIALROL

ROL: Receita Operacional Líquida

CÁLCULO: Soma de todos os faturamentos de Cursos e receitas eventuais adicionais

retirando Cancelamentos, Bolsas e Deduções.

CÁLCULO CONSOLIDADO: Soma da ROL gerada por todas as Unidades avaliadas pelo PEG

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO VGA/ROL

VGA: Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas

CÁLCULO: Soma de todas as Despesa VGA dividido pela ROL

CÁLCULO CONSOLIDADO: Soma do VGA gasto por todas as unidades dividido pela soma

da ROL gerada por todas as Unidades

ADMINISTRATIVO FINANCEIRO /

GENTE E GESTÃO / BONIFICAÇÃOEBITDA (*)

EBITDA: "Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization"

Tradução: LAJIDA - Lucro antes de Juros, Impostos Depreciações e Amortizações

CÁLCULO: ROL - Despesas VDA - Gastos com Pessoal - Provisão para Devedores Duvidosos

ou PDD

CÁLCULO CONSOLIDADO: Soma do EBITDA gerado em todas as Unidades avaliadas pelo

PEG

ALUNOACADÊMICO / ATENDIMENTO /

GENTE E GESTÃOPESA

PESA: Pesquisa Estácio de Satisfação dos Alunos

CÁLCULO: Resultado da Pesquisa baseada na metodoligia aplicada pela Empresa

Copernicus

CALCULO CONSOLIDADO: Média do Resultado das Unidades avaliadas pelo PEG

GOVERNOACADÊMICO / ATENDIMENTO /

GENTE E GESTÃO / BONIFICAÇÃOIGC

IGC: Índice Geral de Cursos

CÁLCULO: Resultado da metodologia de avaliação do MEC que considera toda a estrutura

física e pedagógica da Instituição, dos Cursos, titulação dos professores, avaliação dos

alunos em relação aos cursos bem como seu desempenho na avaliação do ENADE.

CALCULO CONSOLIDADO: Média do Resultado das Unidades avaliadas pelo PEG

COLABORADORES

ADMINISTRATIVOS E

DOCENTES

GENTE E GESTÃO

Percentual de

Satisfação na

Pesquisa de Clima

Organizacional

CÁLCULO: Resultado da Pesquisa baseada na metodoligia aplicada pela Empresa HAY

CALCULO CONSOLIDADO: Média do Resultado das Unidades avaliadas pelo PEG

Nota (*): Foi inserido o EBITDA adicionalmente como indicador ligado ao acionista pela sua relevância no mercado Financeiro e por ser um dos indicadores mais importantes de uma Unidade

ACIONISTA

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83

Alunos.

Gráfico 4 – Evolução da Base de Alunos Total

Fonte: Elaborado pelo autor (dados SISPEG – Grupo Estácio)

Estes mesmos processos, que visam melhorar a Base de Alunos Total, consequentemente

impactam positivamente a ROL, além daqueles processos relacionados com o acompanhamento

constante dos Convênios e financiamentos, que garante que a Instituição esteja aplicando estes

benefícios exclusivamente alinhados com duas políticas sem gerar perda de receita nos casos

em que o benefício já não é mais aplicável. A ROL está representada no Gráfico 5 onde é

indicada uma evolução entre 2012 até 2016 de 141%. Observa-se que na comparação do ano

de 2014 em relação ao ano de 2012, foi registrado uma redução ROL, tal evento foi decorrente

à uma reorganização da estrutura de alocação das receitas internamente na organização, onde

foi retirado do resultado da Unidade as receitas advindas de Pós-Graduação e Cursos Livres,

que foi direcionada ao Corporativo. Mesmo com esta reestruturação da alocação de Receita nos

anos seguintes observa-se uma evolução da receita em relação à 2012.

13%

37%

51%

56%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

2013X2012 2014X2012 2015X2012 2016X2012

Base de Alunos Total

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Gráfico 5 – Evolução da Receita Operacional Líquida (ROL)

Fonte: Elaborado pelo autor (dados SISPEG – Grupo Estácio)

Pode-se também observar no Gráfico 6, o comportamento dos Gastos com VGA (Gastos

com Vendas, Gerais e Administrativos) que evoluíram para uma relação melhor com a Receita,

reduzindo em 17% na comparação de 2012 e 2016 a sua relação com a ROL, mesmo

considerando o crescimento da Base de Alunos, o que impacta no aumento dos custos da

Unidade, ou seja, exceto na comparação de 2013x2012 os gastos aumentaram em uma

proporção menor do que o aumento da Receita. No caso de 2013x2012 pode-se atribuir este

aumento ainda como um processo de amadurecimento do Programa na Companhia. Considera-

se o cumprimento das Políticas de Compras e as rotinas de gestão mensais onde há um

acompanhamento sistemático dos gastos das unidades, que estão contemplados no Pilar

Administrativo Financeiro do Programa.

Gráfico 6 – Evolução de Gastos VGA/ROL

Fonte: Elaborado pelo autor (dados SISPEG – Grupo Estácio)

29%

-63%

130%141%

-100%

-50%

0%

50%

100%

150%

200%

2013X2012 2014X2012 2015X2012 2016X2012

ROL - Resultado PEG

12%

-17%

-23%

-17%

-30%

-20%

-10%

0%

10%

20%

2013X2012 2014X2012 2015X2012 2016X2012

VGA/ROL - Resultado PEG

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85

A título de comparação, foi adicionado o indicador de EBITDA das Unidades, representado

no Gráfico 7, para avaliar sua evolução devido ser um indicador chave na visão dos acionistas.

Pode-se observar uma evolução de 2016 comparado com 2012 de 233%, verifica-se também a

evolução positiva de todos os anos em relação â 2012.

O resultado de EBITDA das Unidades não leva em consideração os custos e receitas

ligados às áreas Corporativas e sim o que é gerado pelas Unidades de Negócio. Este indicador

tem efeito de melhoria de processos e das políticas de subsidio para pagamento das

mensalidades através do FIES.

Gráfico 7 – Evolução do Resultado de EBITDA das Unidades

Fonte: Elaborado pelo autor (dados SISPEG – Grupo Estácio)

Esta evolução nos resultados financeiros, considerando tanto a receita quanto a otimização

dos custos, verifica-se, nos estudos realizados, a justificativa que as organizações buscam na

melhoria de sua eficiência, adotando modelos de excelência que objetivam melhorar eficiência

e se tornar as empresas mais competitivas no mercado local ou mesmo no mercado global

(ESCRIG; MENEZES, 2015; ANA; LILIAN, 2015; XU; YEAH, 2012; DOELEMAN et al.,

2014).

4.8.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS NA PERSPECTIVA DOS ALUNOS

Conforme apresentado no Quadro 14, permite-se entender a evolução dos resultados da

percepção dos alunos em relação a sua satisfação com as Unidades avaliadas pelo Programa de

Excelência em Gestão do Grupo Estácio ao longo do seu período de implementação.

O Indicador que permite este entendimento é o PESA, ou seja, Pesquisa Estácio de

Satisfação dos Alunos. Esta pesquisa foi realizada por uma empresa externa o que dá um grau

38%75%

159%

233%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

2013X2012 2014X2012 2015X2012 2016X2012

EBITDA - Resultado PEG

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86

maior de credibilidade ao resultado.

No Gráfico 8 pode-se observar através do Indicador PESA, uma Evolução de 10% de 2012

e 2016, onde foram implantadas e avaliadas as práticas de atendimento ao aluno nos Pilares

Acadêmico, Atendimento e Gente e Gestão conforme pode-se observar no Quadro 13.

Gráfico 8 – Evolução do Resultado de PESA das Unidades

Fonte: Elaborado pelo autor (dados SISPEG – Grupo Estácio)

Satisfação do cliente ou aluno é um ponto muito importante e fundamental para a

sobrevivência das organizações. Conforme observado por M. Leea, DonHee Leeb e Olson

(2013), em seu estudo de aplicação de modelo de Excelência, as organizações se esforçam para

melhorar a qualidade do atendimento a seus clientes, o que reforça a adoção de práticas

estruturadas e definidas por um modelo de excelência. Já de acordo com Asif e Gouthier (2014),

excelência em serviços é reconhecido como um meio para encantar os clientes, aumentar a

fidelidade destes clientes e construir relacionamentos de longo prazo.

4.8.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS NA PERSPECTIVA DO GOVERNO (MEC)

Conforme apresentado no Quadro 14, o principal indicador na visão do MEC é o IGC

(Índice Geral dos Cursos da Unidade), que permite entender o resultado das notas dos cursos e

da Instituição como um todo.

Este indicador avalia desde infraestrutura física das Unidades (Laboratórios, Prédios e

1%

9%

12%

10%

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

2013X2012 2014X2012 2015X2012 2016X2012

PESA - Pesquisa Estácio de Satisfação dos Alunos

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87

Bibliotecas), titulação dos Professores, acervo bibliográfico da Instituição, como esta trata as

necessidades e reclamações do aluno, a qualidade pedagógica dos cursos e a nota da avaliação

ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) nos respectivos Cursos da Instituição

avaliados periodicamente.

No Gráfico 9, pode-se observar no Indicador IGC uma Evolução de 70% de 2012 a 2016,

onde foram implantadas e avaliadas as práticas nos Pilares Acadêmico, Atendimento, Gente e

Gestão e Bonificação, conforme apresentado no Quadro 13.

Gráfico 9 – Evolução do Resultado de IGC das Unidades

Fonte: Elaborado pelo autor (dados SISPEG – Grupo Estácio)

Conforme Nez e Silva (2015), dentre os desafios das Instituições de Ensino Superior

estabelecidos pelo Governo Federal, estão a exigência por uma maior qualidade acadêmica e

estrutural, o que é medido pelo IGC. A observação da melhoria neste indicador, permite-se

verificar a aderência às demandas realizadas pelo MEC.

4.8.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS NA PERSPECTIVA DOS COLABORADORES

ADMINISTRATIVOS E DOCENTES

Conforme apresentado no Quadro 14, o principal indicador na visão dos Colaboradores é

o resultado de Favorabilidade na Pesquisa de Clima Organizacional que permite entender o

grau de Satisfação do Colaborador com a Unidade.

Esta pesquisa foi realizada por uma empresa externa o que dá um grau maior de

credibilidade ao resultado.

No Gráfico 10, pode-se observar no Indicador de Favorabilidade da Pesquisa de Clima dos

16%

-18%

47%

70%

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

2013X2012 2014X2012 2015X2012 2016X2012

IGC

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Colaboradores uma Evolução de 21% de 2012 a 2016, onde foram implantadas e avaliadas as

práticas no Pilar de Gente e Gestão conforme apresentado no Quadro 13.

Gráfico 10 – Evolução do Resultado de Favorabilidade da Pesquisa de Clima dos

Colaboradores das Unidades

Fonte: Elaborado pelo autor (dados SISPEG – Grupo Estácio)

Calabrese e Corbò (2014), em seu estudo, mostram os Fatores Críticos (FCs) que dificultam

a implementação da GQT em empresas de Serviços, citando as práticas de gestão de recursos

humanos importantes para o seu sucesso. De uma forma geral, a gestão de recursos humanos e

as práticas aplicáveis são fundamentais para o sucesso da implementação das iniciativas de

Gestão da Qualidade e competitividade das organizações. Os principais Prêmios de Excelência

investigados neste trabalho (Deming Prize, MBNQA, EFQM e PNQ) indicam as práticas de

gestão de pessoas como um dos Pilares destes modelos dada a sua importância (JUSE, 2016;

NIST, 2013; EFQM, 2013; FNQ, 2016).

8%

18%21% 21%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

2013X2012 2014X2012 2015X2012 2016X2012

Favorabilidade da Pesquisa de Clima

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5. CONCLUSÃO

O entendimento de modelos de excelência aplicados ao redor do mundo e sua origem na

Gestão Pela Qualidade Total mostraram a necessidade que as empresas ao redor do Globo têm

em melhorar seus processos e seus resultados são uma realidade em todos os continentes. Ao

longo deste estudo detalhado contido nesta dissertação, além de permitir uma visão histórica e

da origem do movimento de Excelência, permitiu uma compreensão da necessidade de se

customizar os modelos de Excelência à realidade de uma organização, permitindo maior chance

de sucesso e menor custo.

Foi verificado neste estudo a forte relação entre a Gestão da Qualidade e a Excelência e

seus Fatores Críticos de Sucesso. Nesta linha, entender os Fatores Críticos de sucesso

relacionados a Implantação de um Programa de Excelência permite que as organizações tenham

maior chance de sucesso na implantação deles. Dentre os Fatores Críticos de Sucesso abordados

nos diversos estudos apontados neste estudo, pode-se destacar o papel da liderança, a gestão

dos recursos humanos através de práticas de Recursos Humanos, como por exemplo,

treinamentos. Destaca-se também entre os Fatores Críticos de Sucesso a implantação das

Práticas ou Iniciativas de Gestão da Qualidade Total e também com um destaque neste estudo

a Cultura Organizacional que muito tem sido referenciada em estudos de Gestão da qualidade

e que é formada pelos Pressupostos que estão ligados ao inconsciente que está intrínseco nas

relações que pode ser fomentado pela organização, Crenças, Valores e Artefatos que são

tangibilizados pelas Práticas de Qualidade adotadas.

No caso do Grupo Estácio, verifica-se que implantar um Programa de Excelência que visa

melhorar os resultados entregues a suas partes interessadas ou stakeholders (Acionistas,

Governo, Aluno e Colaborador), se mostrou fundamental para atingir os objetivos da

organização. A melhoria da qualidade observada, atendendo à expectativa da sociedade que é

produto da avaliação do Ministério de Educação e Cultura (MEC) está representada pelo Índice

Geral de Cursos (IGC) e pela evolução da Satisfação percebida pelos alunos conforme

observado no Indicador da Pesquisa de Satisfação dos Alunos (PESA). A forte evolução na

Satisfação dos Colaboradores das Unidades, representado pelo Indicador de Favorabilidade na

Pesquisa de Clima, sendo estes indicadores todos favoráveis na sua evolução,

consequentemente também foi uma considerável melhoria na Receita Operacional Líquida das

Unidades, uma redução na relação dos custos com o crescimento da receita e consequentemente

o Lucro Operacional das Unidades representado pelo Indicador EBITDA com uma forte

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evolução.

Considerando os processos no escopo do Programa de Excelência que impactam as partes

interessadas mencionadas neste trabalho, permite-se concluir que os benefícios obtidos com a

implantação de um Programa de Excelência nesta profundidade, com um ciclo contínuo de

disseminação e avaliação dos processos trazem os benefícios constatados através dos

indicadores.

Uma limitação deste estudo de caso, que pode ser objeto de trabalho futuros, está

relacionado com variáveis externas aos processos considerados que podem afetar, de alguma

forma, os resultados, gerando uma diferença, mesmo que marginal na análise de evolução dos

indicadores chave em relação aos impactos que o programa viabilizou para a organização,

tornando assim a análise ainda mais completa e consistente.

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100

Apêndice 1 - National Quality / Business Excellence Awards in

different countries

Adaptado de Mohammad et al. (2011)

Region Sub-region Country No Name of award Model used Administrative organisations(s) Website

AFRICA Eastern Africa Mauritius 1 Mauritian National Quality Award National model (developed from Baldrige) Mauritius Export Processing Zone Associationhttp://www.asq.org/qic/display-

item/index.pl?item=10615

AFRICA Northern Africa Egypt 2 The National Award for Excellence in Quality National model (developed from Baldrige) Industrial Modernisation Centre (IMC) http://www.nationalawards-eg.com/

AFRICA Northern Africa Morocco 3 Moroccan National Quality AwardNational model (developed from EFQM

Excellence Model)Moroccan Association for Quality

http://www.atento.com/content/national_quality_award_

en.mmp

AFRICA Southern Africa South Africa 4 South African Excellence AwardNational model (developed from EFQM

Excellence Model)South African Business Excellence Foundation http://www.asip.org.ar/en/revistas/39/kapp/kapp_01.php

ASIA Eastern Asia China 5 China Quality Award National model (developed from Baldrige) China Association for Quality http://www.caq.org.cn/htm/english/Activities.asp#

ASIA Eastern Asia Hong Kong SAR 6 Hong Kong Management Association Quality Award Baldrige Criteria for Performance Excellence Hong Kong Management Association (HKMA) http://www.hkma.org.hk/qa/front.htm

ASIA Eastern Asia Japan 7 Japan Quality Award National model (developed from Baldrige) Japan Productivity Centerhttp://www.jqac.com/website.nsf/NewMainPageE?Open

Page

ASIA Eastern Asia Japan 8 Deming Prize National model (unique)Japanese Union of Scientists and Engineers

(JUSE) http://www.juse.or.jp/e/deming/

ASIA Eastern Asia Mongolia 9 National Productivity Award (NPA) National model (developed from Baldrige) National Productivity and Development Center http://www.npdc.org.mn/

ASIA Eastern Asia Korea 10 Korean Quality Grand Award National model (unique) Korean Standards Association (KSA) http://www.ksa.or.kr/eng/html/promotion.html

ASIA Eastern Asia Taiwan 11 Taiwan National Quality Award National model (unique) Ministry of Economics Affairs http://w1.csd.org.tw/english/Quality.htm

ASIA South-central Asia India 12 Rajiv Gandhi National Quality Award National model (unique) Bureau of Indian Standards http://www.bis.org.in/other/rgnqa_geninfo.htm

ASIA South-central Asia India 13 CII-EXIM Bank Award for Business Excellence EFQM Excellence ModelConfederation of Indian Industry and Export-Import

(EXIM) Bank of India

http://www.cii-iq.in/CII-

Exim%20Bank%20Award%20for%20Excellence.htm

ASIA South-central Asia India 14 IMC Ramkrishna Bajaj National Quality Award National model (developed from Baldrige)IMC Ramkrishna Bajaj National Quality Awards

Committeehttp://www.imcrbnqa.com/

ASIA South-central Asia India 15 Golden Peacock National Quality AwardNational model (developed from Baldrige and

EFQM Excellence Model)Institute of Directors

http://www.goldenpeacockawards.com/index.php?optio

n=com_content&view=article&id=103&Itemid=71

ASIA South-central Asia Iran 16 Iran National Quality Award (INQA)National model (developed from EFQM

Excellence Model)

Institute of Standards and Industrial Research of

Iran

http://www.meccaward.com/22/section.aspx/download/

32

ASIA South-central Asia Nepal 17 FNCCI National Business Excellence Award National model (developed from Baldrige and

Deming Prize)

Federation of Nepalese Chambers of Commerce

& Industry (FNCCI) http://www.npedc-nepal.org

ASIA South-central Asia Pakistan 18 Pakistan National Quality AwardNational model (developed from Baldrige and

Deming Prize)National Productivity Organization (NPO) http://www.npo.gov.pk/pap/index.html

ASIA South-central Asia Sri Lanka 19 Sri Lanka National Quality Award Baldrige Criteria for Performance Excellence Sri Lanka Standards Institution (SLSI) http://www.slsi.lk/national-quality-

awards.php#qawardcriteria

ASIA South-eastern Asia Brunei Darussalam 20 Brunei Civil Service Excellence Award Not known Brunei Darussalam’s Civil Service Not known

ASIA South-eastern Asia Indonesia 21 Indonesian Quality Award Baldrige Criteria for Performance Excellence Indonesian Quality Award Foundation (IQAF) http://www.indonesianqualityaward.org/

ASIA South-eastern Asia Malaysia 22

Prime Minister’s Industry Excellence Award (formerly

known as Prime Minister's Quality Award for Private

Sector)

National model (developed from Baldrige and

Deming Prize)Ministry of International Trade and Industry (MITI) http://www.miti.gov.my/

ASIA South-eastern Asia Malaysia 23 Prime Minister's Quality Award (for public sector) National model (unique)Malaysian Administrative and Modernization

Planning Unit (MAMPU)http://www.mampu.gov.my/pdf/akpm2009.pdf

ASIA South-eastern Asia Malaysia 24 Quality Management Excellence Award (QMEA)National model (developed from Baldrige and

Deming Prize)Malaysia Productivity Corporation (MPC) http://www.mpc.gov.my

ASIA South-eastern Asia Philippines 25 Philippines Quality Award (PQA) Baldrige Criteria for Performance ExcellenceDepartment of Trade and Industry (DTI) and

Development Academy of the Philippineshttp://www.pqa.org.ph/pqaaward.htm

ASIA South-eastern Asia Singapore 26 Singapore Quality AwardNational model (developed from Baldrige and

EFQM Excellence Model)

The Standards, Productivity and Innovation Board

(SPRING)http://www.spring.gov.sg

ASIA South-eastern Asia Thailand 27 Thailand Quality Award (TQA) Baldrige Criteria for Performance ExcellenceFoundation for Thailand Productivity Institute

(FTPI)http://www.tqa.or.th/en/node/743

ASIA South-eastern Asia Vietnam 28 Vietnam Quality Award National model (developed from Baldrige)Directorate for Standards, Metrology and Quality

(STAMEQ)http://en.tcvn.vn/default.asp?action=article&ID=2648

ASIA Western Asia Bahrain 29 No award to date EFQM Excellence Model Bahrain Centre for Excellence http://bahrainexcellence.org

ASIA Western Asia Cyprus 30 ECO-Q Recognitions National model (unique) ECO-Q Magazine Not known

ASIA Western Asia Israel 31 Israel National Industrial Quality Award National model (unique) The Israek Standards Institute http://www.sii.org.il/

ASIA Western Asia Jordan 32 King Abdullah II Award for ExcellenceNational model (developed from EFQM

Excellence Model)King Abdullah II Center for Excellence http://www.kace.jo/Default.shtm

ASIA Western Asia Oman 33 Oman Award for Excellence Not known Not known Not known

ASIA Western Asia Qatar 34 Qatar Quality Award Not known Not known Not known

ASIA Western Asia Saudi Arabia 35 King Abdulaziz Quality Award Not knownSaudi Arabian Standards, Metrology and Quality

Organization (SASO)http://www.kaqa.org.sa/index_en.aspx

ASIA Western Asia Turkey 36 TUSIAD-KalDer Quality Award EFQM Excellence Model KalDer and TÜSİAD http://www.kalder.org.tr/page.asp?PageID=592

ASIA Western Asia United Arab Emirates 37 Dubai Quality Awards EFQM Excellence Model Department of Economic Development http://www.dqa.ae/DQA

ASIA Western Asia United Arab Emirates 38 Sheikh Khalifa Excellence Award EFQM Excellence Model Abu Dhabi Chamber Of Commerce & Industry http://www.adcci.gov.ae:90/public/skea/index_e.htm

EUROPE Eastern Europe Czech Republic 39 Quality Award of the Czech Republic EFQM Excellence Model Czech Quality Award Association (CQAA) Not known

EUROPE Eastern Europe Hungary 40 Hungarian National Quality Award EFQM Excellence ModelThe Hungarian Quality Development Center

(HQDCIT)

http://www.nfgm.gov.hu/en/print/archiv_en/tradeindustry/

national_quality_award.html

EUROPE Eastern Europe Hungary 41 IIASA SHIBA AwardNational model (developed from Deming

Prize)

The Hungarian Quality Development Center &

National Institute IIASA

http://www.nfgm.gov.hu/en/archiv_en/tradeindustry/iiasa

_shiba_award.html?query=id%C3%A9n

EUROPE Eastern Europe Poland 42 Polish Quality Award EFQM Excellence Model Polish Chamber of Commerce http://www.chamberofcommerce.pl/

EUROPE Eastern Europe Poland 43 Business Fair Play Award EFQM Excellence Model Polish Chamber of Commerce http://www.chamberofcommerce.pl/

EUROPE Eastern Europe Romania 44 Romanian Quality Award EFQM Excellence Model Not known Not known

EUROPE Eastern Europe Russian Federation 45Russian National Quality Award

EFQM Excellence Model Government of the Russian Federation Not known

EUROPE Eastern Europe Slovakia 46 The Slovak Quality AwardNational model (developed from EFQM

Excellence Model)Slovak Society for Quality Not known

EUROPE Eastern Europe Ukraine 47 Ukrainian National Quality Award EFQM Excellence Model Ukrainian Association for Quality http://uaq.org.ua/

EUROPE Northern Europe Denmark 48 Danish Quality Prize (Danske Kvalitetspris) EFQM Excellence Model Center for Ledelse http://english.cfl.dk/

EUROPE Northern Europe Estonia 49 Estonian Quality Award EFQM Excellence Model Estonian Centre for Excellence (ECE) http://ww2.eas.ee/?id=1412

EUROPE Northern Europe Finland 50 Finnish Quality Award (Suomen laatupalkinto) EFQM Excellence Model Finnish Center for Excellence Not known

Page 101: PROGRAMA DE EXCELÊNCIA COMO DIFERENCIAL …app.uff.br/riuff/bitstream/1/5259/1/Dissert Sirley Camilo da Silva.pdf · Aos professores do curso de mestrado, que tanto ensinaram com

101

Apêndice 2 - National Quality / Business Excellence Awards in

different countries - Continuação

Adaptado de Mohammad et al. (2011)

Region Sub-region Country No Name of award Model used Administrative organisations(s) Website

EUROPE Northern Europe Iceland 51 Icelandic Quality AwardNational model (developed from Baldrige and

EFQM Excellence Model)Icelandic Association for Quality Not known

EUROPE Northern Europe Ireland 52 Irish Business Excellence Award EFQM Excellence Model Excellence Ireland Quality Association (EIQA) http://www.eiqa.com/

EUROPE Northern Europe Ireland 53 Q-MARK National Quality Award National model (developed from Baldrige) Excellence Ireland Quality Association (EIQA) http://www.eiqa.com/

EUROPE Northern Europe Latvia 54 Latvian National Quality Award EFQM Excellence Model Ministry of Economy & Latvian Quality Association http://www.lka.lv/?module=Articles&view=list&lng=en

EUROPE Northern Europe Lithuania 55 Lithuanian National Quality Prize EFQM Excellence Model Minister of Economy & Quality Council Not known

EUROPE Northern Europe Norway 56 Norwegian Quality AwardNational model (developed from EFQM

Excellence Model)

Excellence Norway Forum for Leadership and

QualityNot known

EUROPE Northern Europe Northern Ireland 57 Northern Ireland Quality Award EFQM Excellence Model Centre for Competitiveness http://www.cforc.org/

EUROPE Northern Europe Scotland 58 Scottish Award for Business Excellence EFQM Excellence Model Quality Scotland http://www.qualityscotland.co.uk/home.asp

EUROPE Northern Europe Sweden 59Swedish Quality Award (Utmarkelsen Svensk

Kvalitet)Baldrige Criteria for Performance Excellence Swedish Institute for Quality (SIQ) http://www.siq.se/Home.htm

EUROPE Northern Europe Sweden 60Swedish Quality Award (Utmarkelsen Svensk

Kvalitet)EFQM Excellence Model Swedish Institute for Quality (SIQ) http://www.siq.se/Home.htm

EUROPE Northern Europe Sweden 61Swedish Quality Award (Utmarkelsen Svensk

Kvalitet)National model (unique) Swedish Institute for Quality (SIQ) http://www.siq.se/Home.htm

EUROPE Northern Europe United Kingdom 62 UK Business Excellence Award EFQM Excellence Model British Quality Foundation (BQF) http://www.bqf.org.uk/

EUROPE Northern Europe Wales 63 Wales Quality Award EFQM Excellence Model Wales Quality Centre http://www.walesqualitycentre.org.uk/

EUROPE Southern Europe Croatia 64 Croatian Quality Award Not known Not known Not known

EUROPE Southern Europe Greece 65 Athens Chamber of Commerce and Industry AwardsNational model (developed from EFQM

Excellence Model)Athens Chamber of Commerce and Industry

http://www.acci.gr/acci/Home/tabid/28/language/el-

GR/Default.aspx

EUROPE Southern Europe Greece 66 ECO-Q Recognitions National model (unique) ECO-Q Magazine Not known

EUROPE Southern Europe Italy 67 Italian Quality Award (Premio Qualita Italia) EFQM Excellence Model Associazione Premio Qualita Italia (APQI) http://www.apqi.it/index.php?page=/main/home

EUROPE Southern Europe Malta 68 Malta Quality Award Not known Not known Not known

EUROPE Southern Europe Portugal 69Portuguese Quality Award (Premio de Excellencia –

Systema Portugues da Qualidade)EFQM Excellence Model Instituto Portugues de Qualidade http://www.ipq.pt/custompage.aspx

EUROPE Southern Europe Slovenia 70 Slovenian Business Excellence Prize EFQM Excellence ModelMetrology Institute of the Republic of Slovenia

(MIRS)

http://www.mirs.gov.si/en/field_of_activity/slovenian_bus

iness_excellence_prize/

EUROPE Southern Europe Spain 71

Prince Philip Award for Business Excellence

(Premios Principe Felipe a la Excellencia

Empresarial)

National model (unique) Spanish Ministry of Industry, Tourism and Trade http://www.premiosprincipefelipe.es/

EUROPE Western Europe Austria 72 Austrian Quality Award EFQM Excellence ModelAustrian Foundation for Quality Management

(AFQM)http://www.qualityaustria.com/index.php?id=539&L=1

EUROPE Western Europe Belgium 73 K2 Award EFQM Excellence Model Flemish Centre for Quality Management (VCK) http://www.vck.be/

EUROPE Western Europe France 74 French Quality Award (Prix Francais pour la Qualite)National model (developed from EFQM

Excellence Model)Mouvement Francais pour la Qualite (MFQ) http://www.mfq-fc.asso.fr/

EUROPE Western Europe Germany 75German National Quality Award (Ludwig-Erhard-

Preis)EFQM Excellence Model German Society for Quality (DGQ) http://www.dgq.de/en/welcome.htm

EUROPE Western Europe Luxembourg 76 Prix Luxembourgeois de la Qualite National model (unique)Mouvement Luxembourgeois pour la Qualite,

Minister of Economy & Centre of Public ResearchNot known

EUROPE Western Europe Netherlands 77 Dutch Quality AwardNational model (developed from EFQM

Excellence Model)Institute Nederland Kwaliteit (INK) Not known

EUROPE Western Europe Switzerland 78 Swiss Quality Award for Business Excellence EFQM Excellence Model ESPRIXhttp://www.esprix.ch/de/business/business_excellence.p

hp

LATIN AMERICA Caribbean Aruba 79 Aruba Quality Award National model (developed from Baldrige) Aruba Quality Foundation Not known

LATIN AMERICA Caribbean Cuba 80 National Quality Award of Cuban Republic National model (unique) Ministry of Economy and Planning Not known

LATIN AMERICA Caribbean Puerto Rico 81 The Puerto Rico Excellence Award Not known Not known Not known

LATIN AMERICA Central America Costa Rica 82 Costa Rica Excellence Award National model (unique) Costa Rican Chamber of Industries Not known

LATIN AMERICA Central America Mexico 83National Quality Award of Mexico (Premio Nacional

de Calidad)National model (unique)

Mexican Foundation for Total Quality

(FUNDAMECA)http://www.fundameca.org.mx/

LATIN AMERICA South America Argentina 84National Quality Award of Argentina (Premio

Nacional a la Calidad)

National model (developed from Baldrige,

Deming Prize and EFQM Excellence Model)Foundation for the National Quality Award (FNQA) http://www.premiocalidad.org.ar/index_2.html

LATIN AMERICA South America Brazil 85 Brazil National Quality AwardNational model (developed from Baldrige and

EFQM Excellence Model)

Brazilian Foundation for the National Quality

AwardNot known

LATIN AMERICA South America Chile 86National Quality Award of Chile (Premio Nacional a

la Calidad)

National model (developed from Baldrige,

Deming Prize and EFQM Excellence Model)National Center of Productivity and Quality www.chilecalidad.cl

LATIN AMERICA South America Colombia 87 Colombia National Quality Prize National model (unique) National Government of Columbia Not known

LATIN AMERICA South America Ecuador 88 Ecuador National Quality Award Not known Not known Not known

LATIN AMERICA South America Paraguay 89 Paraguay National Quality Award Not known Not known Not known

LATIN AMERICA South America Peru 90 Peruvian National Quality Award Not known Not known Not known

LATIN AMERICA South America Uruguay 91National Quality Award of Uruguay (Premio Nacional

de Calidad)National model (unique) National Quality Committee of Uruguay Not known

NORTHERN

AMERICANorthern America Canada 92 Canada Awards for Excellence National model (unique) National Quality Institute of Canada http://www.nqi.ca/Awards/Overview.aspx

NORTHERN

AMERICANorthern America

United States of

America93 Malcolm Baldrige National Quality Award (MBNQA) Baldrige Criteria for Performance Excellence

Baldrige National Quality Program, National

Institute of Standards and Technology (NIST)http://baldrige.nist.gov/

OCEANIAAustralia and New

ZealandAustralia 94 Australian Business Excellence Award National model (unique) SAI Global

http://www.saiglobal.com/business-

improvement/process/framework/awards.htm

OCEANIAAustralia and New

ZealandNew Zealand 95 New Zealand Business Excellence Award Baldrige Criteria for Performance Excellence New Zealand Business Excellence Foundation http://www.nzbef.org.nz/

OCEANIA Melanesia Fiji 96 Fiji Business Excellence AwardNational model (developed from Australian

Business Excellence Framework)Training and Productivity Authority of Fiji

http://productivitypromotion.tejoswebhost.com/index.php

?option=com_content&task=view&id=22&Itemid=40