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Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Ação 3.2 - INVESTIMENTO NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA Medida 3 - VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

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Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Ação 3.2 - INVESTIMENTO NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA

Medida 3 - VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

PDR2020

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Enquadramento Regulamentar

Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento Europeu:

Artº 17º - Investimentos em ativos físicos;

Artº 45º - Investimentos;

Artº 46º - Investimentos em irrigação.

Racionalidade da Medida/Ação e Prioridades e Domínios do

Desenvolvimento Rural

O aumento sustentável do valor acrescentado bruto agrícola deve ser conseguido através da

renovação e melhoria de gestão das estruturas agrárias, com o aumento da dimensão física e

económica das explorações, promoção do acesso dos jovens ao investimento, através de melhorias

da gestão e formação técnica e aumento da capacidade organizacional. Deste modo será possível

aumentar a produção, reduzir o défice alimentar, melhorar a eficiência na utilização dos consumos

intermédios na produção agrícola e a produtividade dos fatores, reduzir o recurso a consumos

intermédios importados e aumentar o investimento em processos e técnicas, nomeadamente

inovadoras e mais eficientes e melhorar a rentabilidade económica da agricultura.

O reforço do investimento, nomeadamente em explorações agrícolas, constitui um ponto decisivo

para o crescimento e desenvolvimento do sector e para o acréscimo de valor na economia nacional

em todo o território. Para além dos apoios que estimulam diretamente o investimento, é necessário

melhorar o acesso ao crédito e às condições de financiamento.

O apoio no âmbito desta medida tem especial incidência na P2A, contudo contribui de forma

transversal para a grande maioria das prioridades e objetivos transversais do Desenvolvimento Rural,

uma vez a sua operacionalização será determinante para potenciar o investimento agrícola,

promover a integração nos mercados, ultrapassar as limitações decorrentes das condições edafo-

climáticas de PT, potenciando uma utilização eficiente e sustentável dos recursos, inovando e

melhorando a organização da produção.

Saliente-se o impacto que esta medida terá na prioridade 3. Nomeadamente, a diferenciação positiva

para Organizações de Produtores efetuada através de majorações do apoio para membros destas

organizações de produtores e priorização de projetos no âmbito do investimento nas explorações,

transformação e comercialização de produtos agrícolas, promovendo, desta forma, a organização e

orientação para o mercado, assim como os efeitos diretos a montante que as indústrias

transformadoras têm na criação de valor, tendo em conta a interdependência destes dois segmentos

da cadeia produtiva e a sua integração no mercado (P3A). Por outro lado, a medida de investimento

ao majorar a taxa de apoio de projetos associados a instrumentos de gestão do risco (seguro de

colheitas ou investimento em medidas de prevenção) potenciará a sua adesão, nomeadamente ao

seguro que se pretende que seja o mais universal possível (P3b).

Saliente-se que, a existência ao longo do território de explorações agrícolas e de indústrias potencia a

utilização e valorização das matérias-primas agrícolas, contribui para o desenvolvimento socio –

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económico das zonas rurais pelo que o apoio a estas unidades produtivas se considera de

importância decisiva para a valorização dos territórios (P6).

Os contributos para prioridades P4 e P5 são vários, no caso das medidas de investimento produtivos,

operacionalizados quer através das tipologias de investimentos, quer da priorização de projetos.

Assumirá também particular relevância a relação que é feita com o instrumento de apoio à

Instalação de Jovens Agricultores, quer enquanto motor de desenvolvimento da produção, quer

enquanto apoio à instalação de agentes com maior potencialidade de inovação dos territórios rurais.

Operação 3.2.1 INVESTIMENTO NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA

Código CE

4.1 - Apoio a investimentos em explorações agrícolas

DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO

Prevê o apoio à realização de investimentos na exploração agrícola destinados a melhorar o

desempenho e a viabilidade da exploração, aumentar a produção, criar valor, melhorar a qualidade

dos produtos, introduzir métodos e produtos inovadores e garantir a sustentabilidade ambiental da

exploração, visando nomeadamente.

a utilização eficiente do recurso água, incluindo a adoção de tecnologias de produção;

a gestão do recurso água, incluindo investimento em melhoramento de infraestruturas de

rega tendo em vista as suas condições de segurança;

a proteção e utilização eficiente do recurso energia, incluindo a adoção de tecnologias de

produção;

a melhoria de fertilidade e da estrutura do solo;

a redução da volatilidade dos preços dos fatores/produtos agrícolas;

a produção e/ou utilização de energias renováveis, com exceção da bioenergia a partir de

cereais e outras culturas ricas em amido, açucares e oleaginosas, desde que pelo menos 70%

produção de energia seja para consumo da exploração.

Estes investimentos, em ativos físicos tangíveis e intangíveis, consistem, nomeadamente, na

aquisição e instalação de máquinas e equipamentos, edificação de construções, melhoramentos

fundiários, plantações, viveiros florestais e sistemas de rega.

A implementação desta ação, no que se refere a apoio a investimentos em regadio, assegurará o

cumprimento dos requisitos do Artigo 46º do regulamento (UE) 1305/2014:

No caso dos investimentos em regadio os mesmos estão condicionados à existência de plano

de gestão de bacia hidrográfica notificado para a área abrangida pelo investimento ou outra

área afetada pelo mesmo;

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Existência ou compromisso de instalação ao abrigo do investimento, de contadores de

medição de consumo de água;

Os investimentos em melhoria de instalações de rega ou elementos de infraestruturas de

rega terão que demonstrar numa avaliação ex ante que oferecem uma poupança de água

potencial mínima de 5% de acordo com os parâmetros técnicos da instalação ou

infraestrutura existentes;

Os investimentos a aprovar pela Autoridade de Gestão terão de demonstrar a poupança

potencial de água com base em estudo prévio elaborado por Entidade Competente ou em

informação fornecida pela Autoridade Nacional do Regadio. A situação de referência será

determinada, quando possível, a partir do consumo anual médio ou, em alternativa,

estimada a partir da área beneficiada e dos consumos médios por cultura estabelecidos em

tabelas regionalizadas, a divulgar pela Autoridade Nacional do Regadio. Serão aplicados

critérios de seleção que privilegiarão as candidaturas que apresentam maiores níveis de

poupança potencial de água;

Se os investimentos em melhoria de instalações de rega ou elementos de infraestruturas de

rega existentes afetarem as massas de água subterrâneas ou superficiais cujo estado foi

identificado como inferior a bom em termos de quantidade, o beneficiário compromete-se

com uma redução efetiva do consumo de água de pelo menos 50 % da poupança de água

potencial, aferida a partir da leitura dos contadores instalados;

O aumento líquido da área regada será aferido pelas Autoridades Competentes no âmbito do

processo de licenciamento. Nesta avaliação serão tidas em conta as superfícies que deixaram

de ser irrigáveis nos últimos 5 anos recorrendo aos sistemas de informação administrativos e

georreferenciados residentes na administração pública,

No caso de investimentos que levem ao aumento líquido da área regada e que pelas suas

características não estão sujeitos a Análise de Incidência Ambiental ou Avaliação de Impacto,

o licenciamento assegura a avaliação técnica e ambiental, que demonstra que o investimento

não tem impactos ambientais negativos significativos. Nos restantes casos, a análise

ambiental é assegurada pela Análise de Incidência Ambiental e/ou Avaliação de Impacto

Ambiental;

No caso de um investimento que leve a aumento líquido da área regada, numa massa de

água classificada com estado inferior a bom por razões relativas à quantidade consideram-se

as derrogações previstas no ponto 6 do Art.º 46 do Reg. 1305/2013;

A aferição de problemas de natureza quantitativa, subjacentes ao estado ecológico no caso

de massas de água superficiais, ocorrerá no âmbito do processo de licenciamento, bem como

para as águas subterrâneas;

Na ausência de classificação do estado das massas de água será efetuada uma análise

específica pelas Autoridades Competentes, sem prejuízo de, até obtenção da mesma,

poderem ser impostos os requisitos aos investimentos em massas de água classificadas como

inferior a bom em termos de quantidade, previstos no Artigo 46 do 1305/2013;

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TIPO DE APOIO

Subsídio não reembolsável até um limite de montante de apoio por beneficiário de 2 milhões

de euros;

Subsidio reembolsável, num limite de 2 milhões de euros, para a componente dos montantes

de apoio acima de 2 milhões € de subsídio não reembolsável;

(O equivalente de subvenção bruta (ESB) do apoio, quando haja bonificação de juros, não

pode ser superior aos limites máximos regulamentares).

Para determinadas tipologias de investimento prevê-se a utilização de custos simplificados, na forma

de custos unitários.

LIGAÇÕES A OUTRA LEGISLAÇÃO

Em aplicação do artigo 65.º do Reg. 1303/2013 e do disposto no artigo 60.º do Reg. 1305/2013,

considera-se elegível a despesa realizada após a apresentação da candidatura à Autoridade de

Gestão, com exceção dos custos gerais dispostos na alínea c) do ponto 2 no artigo 45.ºdo Reg.

1305/2013.

No âmbito do apoio ao investimento nas explorações agrícolas, apresentam-se áreas de

complementaridade com as medidas de mercado do regulamento nº1308/2013, cuja intervenção é

necessário demarcar. Nos apoios ao investimento, a reestruturação da vinha, os investimentos nas

explorações e na transformação e comercialização apoiados pelos Programas Operacionais das

Organizações de Produtores do sector das Frutas e Hortícolas e os investimentos de comercialização,

repovoamento e transumância apoiados pelo Programa Apícola Nacional, não terão apoios do PDR

2020.

De igual forma no que se refere aos apoios previstos pela OCM que vierem a ser veiculados no

âmbito da concentração da oferta e os apoios veiculados no âmbito da gestão de crises também não

terão apoios do PDR 2020. Assim, o modelo de gestão do PDR 2020 definirá os procedimentos a

aplicar tendo em vista assegurar que sobreposições de áreas de elegibilidade não sejam possíveis.

Assim, o modelo de gestão do PDR 2020 definirá os procedimentos a aplicar tendo em vista

assegurar que sobreposições de áreas de elegibilidade não sejam possíveis.

Legislação

RJAIA – Regime Jurídico da Avaliação de Impacte Ambiental dos projetos públicos e privados

suscetíveis de produzirem efeitos significativos no ambiente: DL n.º 151-B/2013, de 31 de

outubro, alterado pelo D-L n.º 47/2014, de 24 de março;

Diretiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro, que

estabelece um quadro de ação comunitário no domínio da política da água – Diretiva quadro

da água;

Diretiva 2008/32/CE, que altera a DQA;

Lei nº58/2005, 29 de Dezembro – Lei da água,

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Decreto-Lei nº 226-A/2007, 31 de Maio, relativo ao novo regime sobre utilização dos

recursos hídricos e respetivos títulos;

Alterações ao DL nº 226-A/2007, 31 de Maio: DL nº391-A/2007 e DLnº93/2008;

Portaria n.º 1450/2007, de 12 de Novembro, procedimentos emissão de TURH;

Decreto-Lei nº97/2008, de 11 de Junho - Regime económico e financeiro dos recursos

hídricos;

Decreto-Lei nº86/2002, de 6 de Abril – regime jurídico das obras de aproveitamento

hidroagrícola;

Diretiva 91/676/CEE do Conselho, 12 d Dezembro, relativa à proteção das águas contra a

poluição causada – Diretiva Nitratos

Diretiva 80/68/CEE, relativa à proteção das águas subterrâneas contra a contaminação de

algumas substâncias perigosas;

Diretiva 2006/118/CE, proteção das águas subterrâneas contra a poluição;

Decreto-Lei nº 382/99, 22 de Setembro, relativo a normas e critérios para delimitação de

perímetros de proteção de captações de águas subterrâneas;

Decreto-Lei n.º 81/2013, de 14 de junho – Regime jurídico do exercício da atividade pecuária

(REAP) - aprova o novo regime de exercício da atividade pecuária e altera os Decretos-Leis

n.º 202/2004, de 18 de agosto, e n.º 142/2006, de 27 de julho;

O Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de outubro, estabelece o regime de utilização de lamas de

depuração em solos agrícolas, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º

86/278/CEE, do Conselho, de 12 de junho, relativa à valorização agrícola de lamas de

depuração, de modo a evitar efeitos nocivos para o homem, para a água, para os solos, para

a vegetação, para os animais e o ambiente em geral, promovendo a sua correta utilização.

BENEFICIÁRIOS

Pessoas individuais ou coletivas que exerçam a atividade agrícola.

DESPESA ELEGÍVEL

As despesas elegíveis incluem nomeadamente as relativas à construção, aquisição, incluindo

locação financeira, ou melhoramento de bens imóveis; compra ou locação¬ compra de

máquinas e equipamentos novos, incluindo programas informáticos, até ao valor de mercado

do bem; custos gerais relacionados com estas despesas e investimentos incorpóreos,

Não constituem despesas elegíveis outros custos relacionados com os contratos de locação

financeira, como a margem do locador, o refinanciamento de juros, os prémios de seguro e

as despesas gerais;

Não constituem despesas elegíveis a compra de terras, os equipamentos em segunda mão, a

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compra de direitos de produção agrícola, de direitos ao pagamento, a compra de animais e

de plantas anuais sua plantação e equipamentos de substituição;

Quando a regulamentação imponha novas exigências aos agricultores, pode ser concedido

apoio aos investimentos efetuados para dar cumprimento a essas exigências por um período

máximo de doze meses a contar da data em que passem a ser obrigatórias para as

explorações agrícolas, nomeadamente, a aplicação da Diretiva Nitratos, associada à

designação de novas zonas vulneráveis, ao seu alargamento ou à alteração do Plano de Ação;

Aos Jovens Agricultores que beneficiam de uma ajuda ao arranque da atividade pode ser

concedido um apoio aos investimentos destinados a dar cumprimento às normas da UE

aplicáveis à produção agrícola, incluindo a segurança no trabalho. O apoio aos investimentos

efetuados para fins de cumprimento dessas normas da UE pode ser concedido por um

período máximo de 24 meses a contar da data da instalação.

CONDIÇÕES DE ACESSO

Beneficiários

Deter contabilidade nos termos da legislação em vigor.

Projetos

Montante de investimento total superior a 25 000 €;

Devem evidenciar viabilidade económica e financeira, avaliada pelos parâmetros

habitualmente utilizados para esse efeito, nomeadamente TIR, VAL e Pay-Back;

No caso de projetos com componentes de intervenção de natureza ambiental, de melhoria

da fertilidade e da estrutura do solo, e melhorias na eficiência energética e diversificação de

fontes de energia, bem como com impacto na volatilidade dos preços dos fatores/produtos

agrícolas, o cálculo dos indicadores de viabilidade económica e financeira (nomeadamente o

VAL) não quantificará na sua totalidade os cash-flow negativos resultantes da contabilização

dos custos associados a estas componentes, aplicando-se um coeficiente de imputação aos

custos totais, embora a viabilidade da empresa tenha de estar assegurada após projeto;

No caso de projetos de melhoria ou em novos sistemas de rega, existência ou compromisso

de instalação ao abrigo do investimento, de contadores de medição de consumo de água;

No caso de projetos em melhoria de instalações de rega ou elementos de infraestruturas de

rega demonstrar numa avaliação ex-ante que oferecem uma poupança de água potencial

mínima de 5 % de acordo com os parâmetros técnicos da instalação ou infraestrutura

existentes.

COMPROMISSOS

Cumprimento da legislação e normas obrigatórias para o exercício da atividade relacionadas com a

natureza do investimento, designadamente licenciamentos

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CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Os critérios serão avaliados por forma a definir ponderadores e uma hierarquização das

candidaturas, podendo ser fixados limiares abaixo dos quais os projetos não terão acesso por não

constituírem prioridades a apoiar. No âmbito da gestão dos projetos de investimento podem ser

estabelecidos avisos de candidatura relativamente a objetivos, abordagens territoriais ou áreas

temáticas específicas.

Serão tidos em consideração, nomeadamente, os seguintes princípios na definição dos critérios de

seleção: organização da produção, gestão de risco, rendibilidade do projeto, jovens agricultores,

proteção e utilização eficiente dos recursos, impacto no solo agrícola, redução da volatilidade dos

preços dos fatores/produtos agrícolas, tecnologias de precisão. No caso de investimentos em

irrigação, será ponderada a poupança potencial de água gerada pelo investimento, dando prioridade

às situações que obtenham maiores ganhos.

NÍVEIS E TAXAS DE APOIO

O nível de apoio a conceder no âmbito desta Ação será determinado da seguinte forma:

I. Taxa de apoio que não poderá ultrapassar 50%, no caso das regiões menos desenvolvidas,

ou 40%, nas outras regiões, do montante de investimento elegível, calculada tendo por base

as seguintes taxas e majorações e os respetivos níveis máximos indicados:

o Taxa base - 30%;

o Majoração da taxa base - 10 p.p. nas regiões menos desenvolvidas ou zonas com

condicionantes naturais ou outras específicas;

o Majoração da taxa base - 10 p.p. caso o beneficiário pertença a uma Organização ou

Agrupamento de Produtores;

o Majoração da taxa base - 5 p.p. caso o projeto esteja associado a instrumentos de

gestão do risco, nomeadamente seguro de colheitas ou investimento em medidas de

prevenção.

II. Majorações adicionais à Taxa de apoio resultante de I. e respetivos níveis máximos:

o 10 p.p. para Jovens Agricultores em primeira instalação;

o 20 p.p. no caso de Investimentos a realizar pelas Organizações ou Agrupamentos de

Produtores no âmbito de uma fusão.

III. Com exceção dos jovens agricultores em 1ª instalação, no caso dos tratores e outras

máquinas motorizados matriculadas a taxa de apoio é de 40% nas regiões menos

desenvolvidas, com condicionantes naturais ou outras específicas, e de 30% nas restantes

regiões.

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Operação 3.2.2 PEQUENOS INVESTIMENTOS NAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS

Código CE

4.1 - Apoio a investimentos em explorações agrícolas

DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO

A melhoria das condições de vida, de trabalho e de produção, com reflexo no desempenho das

explorações agrícolas, implica a realização de investimentos materiais de pequena dimensão, de

natureza pontual e não inseridos em planos de investimento, que, pelos baixos montantes

envolvidos, dispensam uma análise aprofundada, justificando-se um processo de candidatura

simplificado.

Este tipo de investimentos, acessíveis a qualquer agricultor independentemente da dimensão da sua

exploração, pode interessar a um número importante de promotores, pelo que se justifica uma

implementação específica e uma gestão eficaz por forma a promover um acesso eficiente.

Os apoios previstos prosseguem os seguintes objetivos:

a) Melhorar as condições de vida, de trabalho e de produção dos agricultores;

b) Contribuir para o processo de modernização e capacitação das empresas do sector

agrícola.

Por outro lado, o desenvolvimento e sustentabilidade das produções locais implicam a realização de

pequenos investimentos que no caso das pequenas explorações assumirão uma importância

decisiva. Neste âmbito e tendo em conta a natureza dos investimentos considera-se haver vantagens

na operacionalização deste regime de apoio ao nível do território do Continente preferencialmente

através da abordagem LEADER. Contudo, nos territórios não cobertos por EDL e GAL aprovados no

âmbito da abordagem LEADER 2014-2020, o mesmo é integrado através desta tipologia de operação.

TIPO DE APOIO

Os apoios são concedidos sob a forma de subsídios não reembolsáveis.

LIGAÇÕES A OUTRA LEGISLAÇÃO

Em aplicação do artigo 65.º do Reg. 1303/2013 e do disposto no artigo 60.º do Reg. 1305/2013,

considera-se elegível a despesa realizada após a apresentação da candidatura à Autoridade de

Gestão, com exceção dos custos gerais dispostos na alínea c) do ponto 2 no artigo 45.º do Reg.

1305/2013.

No âmbito do apoio ao investimento nas explorações agrícolas, apresentam-se áreas de

complementaridade com as medidas de mercado do regulamento nº1308/2013, cuja intervenção é

necessário demarcar. Nos apoios ao investimento, a reestruturação da vinha, os investimentos nas

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explorações e na transformação e comercialização apoiados pelos Programas Operacionais das

Organizações de Produtores do sector das Frutas e Hortícolas e os investimentos de comercialização,

repovoamento e transumância apoiados pelo Programa Apícola Nacional, não terão apoios do PDR

2020.

De igual forma no que se refere aos apoios previstos pela OCM que vierem a ser veiculados no

âmbito da concentração da oferta e os apoios veiculados no âmbito da gestão de crises também não

terão apoios do PDR 2020. Assim, o modelo de gestão do PDR 2020 definirá os procedimentos a

aplicar tendo em vista assegurar que sobreposições de áreas de elegibilidade não sejam possíveis.

O desenvolvimento e sustentabilidade das produções locais implicam a realização de pequenos

investimentos que no caso das pequenas explorações assumirão uma importância decisiva. Neste

âmbito e tendo em conta a natureza dos investimentos considera-se haver vantagens na

operacionalização deste regime de apoio ao nível do território do Continente preferencialmente

através da abordagem LEADER. Contudo, nos territórios não cobertos por EDL e GAL aprovados no

âmbito da abordagem LEADER 2014-2020, o mesmo é integrado através desta tipologia de operação.

Legislação

RJAIA – Regime Jurídico da Avaliação de Impacte Ambiental dos projetos públicos e privados

suscetíveis de produzirem efeitos significativos no ambiente: DL n.º 151-B/2013, de 31 de

outubro, alterado pelo D-L n.º 47/2014, de 24 de março;

Diretiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro, que

estabelece um quadro de ação comunitário no domínio da política da água – Diretiva quadro

da água;

Diretiva 2008/32/CE, que altera a DQA;

Lei nº58/2005, 29 de Dezembro – Lei da água;

Decreto-Lei nº 226-A/2007, 31 de Maio, relativo ao novo regime sobre utilização dos

recursos hídricos e respetivos títulos;

Alterações ao DL nº 226-A/2007, 31 de Maio: DL nº391-A/2007 e DLnº93/2008;

Portaria n.º 1450/2007, de 12 de Novembro, procedimentos emissão de TURH;

Decreto-Lei nº97/2008, de 11 de Junho - Regime económico e financeiro dos recursos

hídricos,

Decreto-Lei nº86/2002, de 6 de Abril – regime jurídico das obras de aproveitamento

hidroagrícola;

Diretiva 91/676/CEE do Conselho, 12 d Dezembro, relativa à proteção das águas contra a

poluição causada – Diretiva Nitratos,

Diretiva 80/68/CEE, relativa à proteção das águas subterrâneas contra a contaminação de

algumas substâncias perigosas,

Diretiva 2006/118/CE, proteção das águas subterrâneas contra a poluição;

Decreto-Lei nº 382/99, 22 de Setembro, relativo a normas e critérios para delimitação de

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perímetros de proteção de captações de águas subterrâneas;

Decreto-Lei n.º 81/2013, de 14 de junho – Regime jurídico do exercício da atividade pecuária

(REAP) - aprova o novo regime de exercício da atividade pecuária e altera os Decretos-Leis

n.º 202/2004, de 18 de agosto, e n.º 142/2006, de 27 de julho;

O Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de outubro, estabelece o regime de utilização de lamas de

depuração em solos agrícolas, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º

86/278/CEE, do Conselho, de 12 de junho, relativa à valorização agrícola de lamas de

depuração, de modo a evitar efeitos nocivos para o homem, para a água, para os solos, para

a vegetação, para os animais e o ambiente em geral, promovendo a sua correta utilização.

BENEFICIÁRIOS

Pessoas individuais ou coletivas que exerçam a atividade agrícola.

DESPESA ELEGÍVEL

São elegíveis as despesas associadas a investimentos físicos tangíveis de pequena dimensão

necessários ao desenvolvimento da atividade produtiva agrícola, nomeadamente máquinas,

equipamentos, pequenas construções agrícolas e pecuárias, pequenas plantações plurianuais,

incluindo apoio a equipamentos de prevenção contra roubos.

Não são elegíveis, nomeadamente os equipamentos em segunda mão; compra de direitos de

produção agrícola, de direitos ao pagamento, de animais e de plantas anuais e sua plantação e

equipamentos de substituição.

CONDIÇÕES DE ACESSO

Beneficiário

Deter Contabilidade nos termos da legislação em vigor.

Projetos

Apresentem coerência técnica, económica e financeira a ser avaliada em sede de modelo de

análise;

Montante de investimento igual ou inferior a € 25.000.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Serão tidos em consideração, nomeadamente, os seguintes princípios na definição dos critérios de

seleção, segundo a tipologia dos investimentos: proteção e utilização eficiente dos recursos,

melhoramentos fundiários, jovens agricultores, organização da produção.

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NÍVEIS E TAXAS DE APOIO

Os apoios são concedidos para um montante de investimento até 25.000€, sob a forma de subsídios

não reembolsáveis:

50% do investimento elegível se a exploração se situar em região menos desenvolvida ou

zona com condicionantes naturais ou outras específicas;

40% do investimento elegível nas outras regiões.