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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013

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Programa de Desenvolvimento

do ISCTE, 2009-2013

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ÍNDICE

Sumário executivo............................................................................................................ 5

0 Introdução ......................................................................................................... 7

0.1 Missão..................................................................................................................7 0.2 Caracterização sumária do ISCTE.......................................................................7 0.3 Eixos estratégicos de desenvolvimento .............................................................13

Parte I. DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO DAS ACTIVIDADES DE ENSINO, INVESTIGAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ......... 15

1 Qualificar as actividades de ensino, centrando o seu desenvolvimento no segundo e terceiro ciclos ........................................................................... 16

1.1 Objectivos e resultados esperados .....................................................................16 1.1.1 Reforçar o peso do ensino pós-graduado................................................................................. 16 1.1.2 Aumentar a mobilidade nacional e internacional de alunos e professores

e a internacionalização das actividades de ensino................................................................. 17 1.1.3 Melhorar e articular os planos de estudos ............................................................................... 18 1.1.4 Melhorar as condições pedagógicas......................................................................................... 18 1.1.5 Promover o sucesso escolar e a empregabilidade .................................................................. 19

1.2 Novos projectos de desenvolvimento ................................................................20 1.2.1 Desenvolver a área de políticas públicas................................................................................. 20 1.2.2 Desenvolver a área do ensino ao longo da vida..................................................................... 21 1.2.3 Criar a área de gestão de hotelaria e turismo .......................................................................... 21

1.3 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 1 ...............................................22

2 Reforçar e internacionalizar a investigação e as suas articulações com o ensino ............................................................................................................... 23

2.1 Objectivos e resultados esperados .....................................................................24 2.1.1 Aumentar a produção científica e a sua internacionalização ............................................... 24 2.1.2 Intensificar os laços da investigação com o ensino............................................................... 25 2.1.3 Reforçar os recursos da investigação....................................................................................... 25

2.2 Novos projectos de desenvolvimento ................................................................26 2.2.1 Criar o Laboratório Associado de Sociologia e Políticas Públicas ..................................... 26 2.2.2 Criar o Laboratório Associado de Psicologia ......................................................................... 27 2.2.3 Desenvolver a UNIDE como unidade de investigação de referência na área da gestão . 28 2.2.4 Incentivar a emergência de novos projectos nas áreas das tecnologias, dos estudos

internacionais e do turismo ........................................................................................................ 29

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2.3 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 2 ...............................................30

3 Reorganizar e profissionalizar a prestação de serviços .............................. 31

3.1 Objectivos e resultados esperados .....................................................................32 3.1.1 Criar o Instituto de Prestação de Serviços do ISCTE (IPSI)................................................ 32 3.1.2 Desenvolver e institucionalizar a área de empreendorismo e inovação............................. 32

3.2 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 3 ...............................................33

Parte II. MODERNIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE GESTÃO, RECURSOS E INFRA-ESTRUTURAS.............................................................................. 34

4 Reorganizar, qualificar e optimizar os recursos humanos, os processos de gestão e os serviços de acção social ............................................................... 35

4.1 Objectivos e resultados esperados .....................................................................36 4.1.1 Constituir uma tecnoestrutura de apoio à gestão.................................................................... 36 4.1.2 Reorganizar, qualificar e optimizar os procedimentos de gestão........................................ 36 4.1.3 Criar os serviços de acção social .............................................................................................. 37

4.2 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 4 ...............................................37

5 Expandir e modernizar as infra-estruturas ................................................. 38

5.1 Objectivos e resultados esperados .....................................................................39 5.1.1 Requalificar os espaços de ensino, investigação e prestação de serviços.......................... 39 5.1.2 Requalificar os espaços das actividades de gestão e de administração.............................. 40 5.1.3 Requalificar e ampliar os espaços com funções sociais........................................................ 40 5.1.4 Modernizar os edifícios existentes ........................................................................................... 40

5.2 Novos projectos de desenvolvimento ................................................................41 5.2.1 Construir um novo edifício ........................................................................................................ 41

5.3 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 5 ...............................................42

6 Expandir e modernizar os recursos de apoio ao ensino, à investigação e à comunicação .................................................................................................... 43

6.1 Objectivos e resultados esperados .....................................................................44 6.1.1 Expandir os fundos bibliográficos e alargar o serviço da biblioteca .................................. 44 6.1.2 Expandir e modernizar os recursos tecnológicos para uso de alunos, docentes e

investigadores............................................................................................................................... 44 6.1.3 Expandir e modernizar os recursos tecnológicos de comunicação interna e externa ...... 44

6.2 Quadro-síntese e estimativa de cus tos do eixo 6 ...............................................45

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Parte III. FINANCIAMENTO E CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................. 46

7 Custos totais e modelo de financiamento...................................................... 47

8 Considerações finais ....................................................................................... 48

Anexo: quadro-síntese global........................................................................................ 49

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Sumário executivo

O ISCTE é um instituto universitário especializado com uma posição de liderança nacional nas suas duas áreas fundadoras, gestão e sociologia, recentemente alargadas com a inclusão, respectivamente, das subáreas da economia e das políticas públicas. Completam os domínios de actividade do ISCTE as áreas das ciências sociais em geral, das ciências e tecnologias de informação, bem como da arquitectura. Fundado em 1972, o ISCTE caracteriza-se ainda por ser uma instituição de ensino superior público de média dimensão (cerca de 7000 alunos e 400 professores) com forte peso do ensino pós-graduado (mais de 40% dos alunos) e elevado grau de autonomia financeira (mais de 50% de receitas próprias).

Enquanto instituição universitária, o ISCTE tem por missão produzir, transmitir e transferir conhecimento científico de acordo com os mais altos padrões internacionais, que proporcione valor económico, social e cultural à sociedade. A concretização desta missão consegue-se fundamentalmente através da articulação entre os três principais vectores estratégicos da actividade do ISCTE:

— o ensino, sobretudo a nível pós-graduado; — a investigação, crescentemente internacionalizada e articulada com o ensino; — a prestação de serviços à sociedade, económica e socialmente qualificados.

Para desenvolver essas actividades de forma eficaz e articulada, o ISCTE tem como pilares fundamentais do seu desenvolvimento:

— consolidar um corpo docente de elevadas competências de ensino e de investigação de acordo com os melhores critérios internacionais;

— internacionalizar as actividades de ensino, investigação e prestação de serviços, bem como os corpos docente e discente;

— profissionalizar a gestão e qualificar os seus recursos e infra-estruturas.

Tendo em conta estas orientações, o ISCTE propõe-se concretizar um programa de desenvolvimento a cinco anos tendo por finalidade a consolidação de um perfil institucional como research university, para isso investindo prioritariamente em duas áreas:

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— o desenvolvimento científico das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços;

— a modernização dos processos de gestão, recursos e infra-estruturas.

Daqui resultam os seis eixos estratégicos deste programa de desenvolvimento:

1) qualificar as actividades de ensino, centrando o seu desenvolvimento no segundo e terceiro ciclos;

2) reforçar e internacionalizar a investigação e as suas articulações com o ensino; 3) reorganizar e profissionalizar a prestação de serviços; 4) reorganizar, qualificar e optimizar os recursos humanos, os processos

de gestão e os serviços de acção social; 5) expandir e modernizar as infra-estruturas; 6) expandir e modernizar os recursos de apoio ao ensino, à investigação

e à comunicação.

Estimam-se os custos totais do programa em €20.500.000, dos quais €8.000.000 seriam financiados com receitas próprias e €12.500.000 com verbas a disponibilizar através do contrato-programa a assinar com o Governo no âmbito da passagem do ISCTE a fundação pública com regime de direito privado.

Os objectivos operacionais do programa de desenvolvimento são a seguir especificados, calendarizados e orçamentados ao longo da apresentação de cada um dos eixos estratégicos atrás referidos, bem como compilados no quadro-síntese global inserido em anexo.

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0 INTRODUÇÃO

0.1 Missão

O ISCTE tem por missão produzir, transmitir e transferir conhecimento científico de acordo com os mais altos padrões internacionais, que proporcione valor económico, social e cultural à sociedade. Através destas actividades, o ISCTE deve, nomeadamente, contribuir para a promoção de uma elevada qualidade (i) na gestão e desenvolvimento das organizações de negócios e das instituições públicas, (ii) na concretização das políticas públicas e na intervenção social em grupos e comunidades tendo em vista o bem-estar das populações, (iii) na inovação, desenvolvimento e aplicação das tecnologias de informação e de comunicação, (iv) bem como na qualificação da prestação de serviços de lazer, de turismo e de cultura.

0.2 Caracterização sumária do ISCTE

O ISCTE é um instituto universitário especializado com uma posição de liderança nacional nas suas duas áreas fundadoras, gestão e sociologia, recentemente alargadas com a inclusão, respectivamente, das subáreas da economia e das políticas públicas. Completam os domínios de actividade do ISCTE as áreas das ciências sociais em geral, das ciências e tecnologias de informação, bem como da arquitectura, o que possibilita a existência de um ambiente de elevada interdisciplinaridade enriquecedor tanto das actividades de ensino como de investigação, através de múltiplas formas de associação entre unidades de ensino e unidades de investigação.

Fundado em 1972, o ISCTE é uma instituição de ensino superior público de média dimensão, com cerca de sete mil alunos e 400 professores. Distingue-se ainda, no panorama universitário português, (i) por um forte peso do ensino pós-graduado, que integra já mais de 40% dos seus alunos, (ii) por uma prática sistemática de transferência de conhecimento e inovação para o exterior através de relações estreitas com organizações públicas e privadas, (iii) por um desenvolvimento sustentado da investigação e das suas relações quer com os níveis pós-graduados de ensino quer com

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as actividades de prestação de serviços, e (iv), por fim, por um elevado grau de autonomia financeira (mais de 50% de receitas próprias).

Com um financiamento público médio anual, no último quadriénio, de pouco mais de €15 milhões, o ISCTE é ainda a instituição universitária nacional com os mais baixos rácios de pessoal não docente da universidade portuguesa (0,49 por docente) e com o mais baixo custo público por aluno (cerca de €2800).

0.2.1 Plano institucional

A nova Lei do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) permitiu clarificar o estatuto do ISCTE no sistema do ensino superior português. Tendo em conta as possibilidades abertas pelo novo quadro legal, a Assembleia Estatutária definiu o ISCTE como instituto universitário, consagrando esta opção nos estatutos, apesar de estarem hoje reunidos os requisitos para solicitar ao Governo a sua redenominação como universidade. A opção pela denominação de “instituto universitário” não se reduziu pois a mero formalismo, resultando antes da escolha de um posicionamento estratégico específico, único em Portugal mas há muito consolidado em todos os países desenvolvidos.

Esta opção constituiu, em primeiro lugar, uma aposta clara na especialização (em lugar da diversificação), no reforço da investigação científica e do peso das formações de segundo e terceiro ciclos, na maior internacionalização das actividades, do corpo docente e dos estudantes e, finalmente, na intensificação das ligações e da abertura à sociedade. Em segundo lugar, e do ponto de vista da gestão, esta opção teve por objectivo facilitar a integração das actividades e das contas através de estatutos que, salvaguardando a autonomia académica e científica, bem como a descentralização funcional, possib ilitassem uma gestão centralizada e profissional.

0.2.2 Plano académico

Em termos académicos, o ISCTE estrutura-se em quatro áreas científicas independentes e consolidadas mas com enorme potencial de interdisciplinaridade. Nas áreas da gestão e da sociologia, o ISCTE é hoje uma instituição líder. O desenvolvimento da área das ciências humanas foi sobretudo marcado por avanços importantes no plano da investigação. As áreas tecnológicas desenvolveram-se no ISCTE nos domínios da informática, das comunicações e da arquitectura, tanto no plano do ensino como nos da investigação e da inovação, sendo já significativas as articulações com as duas áreas tradicionais do Instituto.

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O posicionamento do ISCTE no sistema universitário nacional é ainda marcado, em primeiro lugar, pelo maior peso que as formações de segundo ciclo aqui têm quando comparado com as outras instituições universitárias. Em segundo lugar, destaque-se o facto de o ISCTE apresentar uma das mais elevadas proporções de alunos envolvidos em processos de mobilidade, nomeadamente através do programa Erasmus.

Neste domínio, as duas maiores debilidades do ISCTE situam-se, por um lado, no desenvolvimento ainda insuficiente da investigação em algumas áreas e, por outro, numa qualificação do seu corpo docente aquém do desejável. Nos últimos anos tem sido possível atenuar estas debilidades, mas a sua correcção rápida exige recursos financeiras directamente alocados à sua superação. A possibilidade de integração orgânica, no ISCTE, dos centros de investigação existentes e da sua participação com os departamentos nas futuras escolas, recentemente aprovada nos novos estatutos, certamente contribuirá para debelar mais rapidamente as insuficiências referidas.

0.2.3 Plano económico-financeiro

O ISCTE tem vivido ao longo dos últimos anos uma situação financeira preocupante, significativamente agravada em 2008, em resultado da conjugação de três factores: subfinanciamento público crónico, aumento da contribuição para a Caixa Geral de Aposentações e, por fim, ausência de verbas para investimento via PIDDAC.

0.2.3.1 Subfinanciamento público

O primeiro factor de agravamento deriva da tendência recente para um menor valor de financiamento público das universidades, quer nas verbas destinadas ao chamado “funcionamento corrente”, quer nas verbas para investimento através do PIDDAC.

Se a diminuição da dotação do orçamento para as universidades já coloca, de per si, problemas sérios ao conjunto das instituições, ela é, para o ISCTE, muito mais penalizadora do que para a maioria das restantes instituições, devido quer à evolução da posição relativa do ISCTE no conjunto das instituições, quer à forma como se processa a distribuição de um decrescente plafond financeiro entre estas. Ou seja, num cenário de contracção das verbas para as universidades, o “factor de coesão” usado para corrigir os resultados da fórmula de financiamento tem retirado fundos às instituições mais dinâmicas, redistribuindo-os por aquelas com pior desempenho relativo. Por exemplo, no ano de 2008, e devido ao seu desempenho, o ISCTE deveria receber +10.5% do que tinha recebido do Orçamento de Estado em 2007; no entanto, depois de aplicado o “factor de coesão”, acabou por receber apenas +2.3% (ver figura 1).

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Figura 1 Impacto do “factor de coesão” sobre a variação anual, em percentagem, das dotações do OE

recebidas pelo ISCTE, 2005-2008

De facto, as duas características básicas do financiamento público acima referidas levam a que o ISCTE fosse a instituição universitária nacional mais subfinanciada pelo Orçamento de Estado. Dando como exemplo os últimos quatro anos, o ISCTE vê sacrificados cerca de 11% do seu financiamento público anual em consequência da aplicação do “factor de coesão”, o que equivale a cerca de 1,8 milhões de euros/ano (ver figura 1).

Salientem-se, para concluir, duas das consequências mais gravosas deste subfinanciamento: (i) ter impossibilitado a constituição de uma tecnoestrutura de apoio à gestão do ISCTE, cada vez mais indispensável para sustentar a dinâmica de crescimento acelerado dos últimos anos; e (ii) ter impossibilitado a instalação e equipamento dos centros de investigação em condições que respondessem ao seu desenvolvimento continuado.

0.2.3.2 Aumento da contribuição para a Caixa Geral de Aposentações

Para além de variações já referidas, tanto em termos nominais como reais, do valor da dotação orçamental, bem inferiores ao que o ISCTE receberia numa base competitiva,

15,1

9,8 9,110,5 11,1

1,22,9

-5,5

2,3

0,2

-13,9

-5,9

-14,6

-8,2

-10,9

-16

-12

-8

-4

0

4

8

12

16

2005 2006 2007 2008 Média anual

Sem coesão Com coesão Ganho/perda

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o ano de 2007 trouxe um aumento súbito dos custos com o pessoal devido ao facto de, pela primeira vez, as universidades serem obrigadas a contribuir com 7,5% do valor dessas remunerações para a Caixa Geral de Aposentações, contribuição que aumentou para 11% em 2008. Este novo custo implicou um aumento das despesas com pessoal em cerca de 1,2 milhões de euros em 2007 e cerca de 1,8 milhões em 2008. Considerando que as contratações de pessoal mais recentes implicam também contribuições para a Segurança Social agora com uma taxa de 20.6%, equivalente, no ISCTE, a um montante total de cerca de 220 mil euros no ano de 2008, o valor total de descontos para os sistemas de segurança social (que eram nulos ou quase nulos até muito recentemente) chegará perto dos 2 milhões de euros no ano em curso.

0.2.3.3 Ausência de verbas para investimento via PIDDAC

Neste contexto, o ISCTE tem compreensíveis limitações financeiras para realizar investimentos em infra-estruturas e equipamentos sem um contributo significativo via PIDDAC. Existem, no ISCTE, necessidades urgentes de investimentos, como, por exemplo, para a recuperação da ala anteriormente ocupada pelo ICS, o equipamento dos gabinetes de docentes do Edifício II, a expansão da residência universitária, ou a remodelação e ampliação do espaço para os centros de investigação.

Convém frisar que o PIDDAC recebido pelo ISCTE ao longo dos últimos anos tem tido valores exíguos, sendo praticamente nulos desde o fecho da obra do Edifício II (para cujo equipamento não houve já qualquer financiamento público). Desde a conclusão destas obras, em 2004, o ISCTE recebeu do PIDDAC apenas 405 mil euros em 2006, tendo dotações nulas em 2005, 2007 e 2008 e simbólicas em 2009 (previstos 100 mil euros).

A viabilidade económica da instituição só tem sido possível devido ao aumento sistemático das receitas próprias do ISCTE, responsável pelo facto de este apresentar hoje um dos mais elevados índices de autonomia financeira no contexto das universidades portuguesas: 60% se considerarmos o conjunto das instituições do “universo” ISCTE. Felizmente, as mudanças na fórmula de financiamento em sede do OE para 2009 permitem, pela primeira vez, repor o nível de financiamento público em valores mais próximos dos necessários para dar resposta às necessidades do ISCTE em condições de equidade em relação às outras universidades.

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0.2.4 Plano das infra-estruturas

O conjunto do ISCTE está dotado de infra-estruturas razoáveis nos seus três edifícios mais recentes. Tem, porém, três grandes debilidades fundamentais.

Em primeiro lugar, o ISCTE necessita de obras de renovação estrutural no edifício I, o mais antigo e o de pior qualidade de construção. Em segundo lugar, as actuais instalações são já exíguas tendo em conta o número de alunos e de actividades que o ISCTE desenvolve, como é evidenciado pela comparação entre os valores padrão do próprio MCTES e os do ISCTE (que mais à frente se apresentam). Em terceiro lugar, o crescimento do ISCTE preconizado neste programa de desenvolvimento poderá ser seriamente afectado se não for construído um novo edifício que permita, nomeadamente, a instalação das unidades de prestação de serviços, de empreendorismo e de formação de adultos, bem como se não for encontrada uma solução para a crescente necessidade de instalações residenciais que suportem o investimento previsto na internacionalização.

0.2.5 Síntese: pontos fortes e pontos fracos

0.2.5.1 Pontos fortes:

— procura superior à oferta, sendo uma das poucas instituições universitárias que sempre preencheu a totalidade das vagas de primeiro ciclo;

— elevada proporção de alunos no ensino pós-graduado (maior percentagem nacional); — elevada proporção de alunos Erasmus no primeiro ciclo; — elevadas taxas de empregabilidade; — liderança em algumas áreas científicas, tanto no ensino como na investigação; — liderança nos programas de empreendorismo; — presença líder nos países lusófonos na área dos MBA/mestrados em gestão; — marca forte e credível; — elevada percentagem de receitas próprias; — unidade orçamental e orgânica; — instalações modernas e funcionais no centro da cidade.

0.2.5.2 Pontos fracos:

— taxa de qualificação do pessoal docente aquém do desejável; — internacionalização da investigação e da publicação ainda aquém do desejável;

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— subfinanciamento estatal crónico; — carência de recursos e de estruturas técnicas; — condições de funcionamento pedagógico ainda aquém do desejável; — fragilidade institucional da relação com os centros de investigação

e de prestação de serviços; — instalações insuficientes para dar resposta às necessidades das actividades

de investigação e aos projectos de expansão; — instalações mais antigas a precisarem de remodelação; — serviços de acção social em construção, ainda muito dependentes da UTL.

0.3 Eixos estratégicos de desenvolvimento

A concretização da missão do ISCTE consegue-se fundamentalmente através da articulação entre os três principais vectores estratégicos da nossa actividade:

a) o ensino graduado que produz licenciados com elevado nível de empregabilidade e, sobretudo, o ensino pós-graduado que gera profissionais com competências altamente valorizadas nas organizações e na sociedade, quer a nível nacional quer internacional;

b) a investigação em múltiplas áreas disciplinares e complementares do saber que ocupa um lugar cimeiro a nível nacional e que é cada vez mais reconhecida internacionalmente; e

c) a prestação de serviços que promove o desenvolvimento socioeconómico e cultural do país e cuja internacionalização tem vindo a aumentar.

Nas três principais actividades do ISCTE, é necessário, em termos gerais, optimizar o uso dos recursos humanos, aumentar a interdisciplinaridade, integrar o ensino e a investigação, nomeadamente nos segundo e terceiro ciclos, e profissionalizar a prestação de serviços. Em qualquer das actividades é ainda necessário reforçar a internacionalização e as parcerias quer com universidades quer com empresas e outras organizações.

A optimização da articulação entre os três vectores assenta em três pilares de desenvolvimento que condicionam todas as acções estratégicas:

a) consolidar um corpo docente de elevadas competências de ensino e de investigação de acordo com os melhores critérios internacionais;

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b) internacionalizar as actividades de ensino, investigação e prestação de serviços, bem como os corpos docente e discente, inserindo plenamente o ISCTE nas redes internacionais de ensino superior e de investigação;

c) profissionalizar a gestão e qualificar as infra-estruturas, com a criação de uma cultura de excelência que dê suporte efectivo às actividades de ensino, de investigação e de prestação de serviços à comunidade.

Daqui resultam os seis eixos estratégicos deste programa de desenvolvimento, agrupados em duas áreas: o desenvolvimento científico das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços, por um lado, e a modernização dos processos de gestão, recursos e infra-estruturas, por outro.

[Área I. Desenvolvimento científico das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços]

Eixo 1. Qualificar as actividades de ensino, centrando o seu desenvolvimento no segundo e terceiro ciclos.

Eixo 2. Reforçar e internacionalizar a investigação e as suas articulações com o ensino. Eixo 3. Reorganizar e profissionalizar a prestação de serviços.

[Área II. Modernização dos processos de gestão, recursos e infra-estruturas] Eixo 4. Reorganizar, qualificar e optimizar os recursos humanos, os processos

de gestão e os serviços de acção social. Eixo 5. Expandir e modernizar as infra-estruturas. Eixo 6. Expandir e modernizar os recursos de apoio ao ensino, à investigação

e à comunicação.

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Parte I. DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO DAS ACTIVIDADES DE ENSINO, INVESTIGAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

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1 QUALIFICAR AS ACTIVIDADES DE ENSINO, CENTRANDO O SEU DESENVOLVIMENTO NO SEGUNDO E TERCEIRO CICLOS

O ISCTE começou por se desenvolver como instituição de ensino superior nas áreas da gestão e da sociologia, posteriormente alargadas às ciências humanas, às tecnologias de informação e comunicação e à arquitectura. A partir de meados dos anos 90, e aprofundando o seu carácter universitário, desenvolveu-se sobretudo no nível de ensino pós-graduado, sendo hoje a instituição universitária nacional com maior percentagem de alunos de segundo e terceiro ciclos. Nos últimos anos, o desenvolvimento do ISCTE passou sobretudo pela adequação aos requisitos do “processo de Bolonha”, tendo sido uma das primeiras instituições a completar essa adequação.

Hoje, o ISCTE necessita sobretudo de consolidar as mudanças operadas e de afirmar definitivamente um perfil de research university. A sua redenominação como Instituto Universitário de Lisboa será pois acompanhada por uma qualificação das actividades de ensino no primeiro ciclo e pelo crescimento através do desenvolvimento, diversificação e qualificação dos segundo e terceiro ciclos.

Mais especificamente, constituem objectivos do contrato-programa no eixo ensino:

— reforçar (ainda mais) o peso do ensino pós-graduado; — aumentar a mobilidade nacional e internacional de alunos e professores; — melhorar e articular os planos de estudos; — melhorar as condições pedagógicas; — promover o sucesso escolar e a empregabilidade; — desenvolver novos projectos nas áreas das políticas públicas, do ensino ao

longo da vida e da gestão de hotelaria e turismo.

1.1 Objectivos e resultados esperados

1.1.1 Reforçar o peso do ensino pós-graduado

1.1.1.1 Consolidar o peso da formação pós-graduada: 50% de alunos do ISCTE inscritos em cursos de segundo e terceiro ciclos até 2012 (num total de 8000).

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1.1.1.2 Construir um portefólio de cursos de segundo ciclo equilibrando e articulando a oferta de mestrados disciplinares, de mestrados profissionalizantes e de formação pós-graduada não conducente a grau a funcionarem em horários diurnos e em horários pós- laborais: todas as escolas até 2011.

1.1.1.3 Oferecer programas doutorais em todas as áreas científicas do ISCTE: todas as áreas até 2012.

1.1.1.4 Oferecer cursos de pós-graduação de formação avançada de terceiro ciclo não conducente a grau com possibilidades de posterior mobilidade para os programas doutorais: todas as escolas até 2014.

1.1.1.5 Criar em cada escola um programa pós-graduado premium que se distinga pela qualidade e pelo preço, fortalecendo assim a imagem de marca de cada área: todas as escolas até 2014.

1.1.2 Aumentar a mobilidade nacional e internacional de alunos e professores e a internacionalização das actividades de ensino

1.1.2.1 Aumentar em todas as licenciaturas a oferta de unidades curriculares em inglês: pelo menos 20% das unidades curriculares em todas as licenciaturas até 2014.

1.1.2.2 Generalizar progressivamente o ensino em inglês no segundo ciclo: pelo menos 30% dos cursos de mestrado com todas as unidades curriculares em inglês até 2013.

1.1.2.3 Generalizar o ensino em inglês no terceiro ciclo: maioria das actividades lectivas em inglês em todos os cursos de doutoramento até 2013.

1.1.2.4 Desenvolver parcerias estratégicas nacionais assegurando o funcionamento, em cada escola, de pelo menos um curso de mestrado e um de doutoramento em duplo grau com instituições universitárias nacionais: todas as escolas até 2012.

1.1.2.5 Desenvolver parcerias estratégicas internacionais assegurando o funcionamento, em cada escola, de pelo menos um diploma de mestrado e um de doutoramento em duplo grau com universidades estrangeiras: todas as escolas até 2013.

1.1.2.6 Desenvolver a mobilidade internacional dos alunos aumentando em 50% a actual percentagem de alunos estrangeiros inscritos em cursos do ISCTE e de alunos do ISCTE envolvidos em programas internacionais : conjunto do ISCTE até 2014.

1.1.2.7 Duplicar o número actual de docentes estrangeiros e visitantes no ISCTE, bem como o número de docentes do ISCTE com actividades de ensino noutros países: conjunto do ISCTE até 2014.

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1.1.2.8 Aumentar a taxa de exogamia docente dos actuais 50% para 60%: conjunto do ISCTE até 2014.

1.1.2.9 Aprofundar a cooperação já existente com instituições do ensino superior no Brasil, em Cabo-Verde e em Moçambique e alargá- la a Angola e Macau, nomeadamente no âmbito das formações de segundo e terceiro ciclos.

1.1.3 Melhorar e articular os planos de estudos

1.1.3.1 Instituir como referência de tempo de contacto lectivo com os alunos em cada licenciatura 15h por semana (em média): todas as licenciaturas até 2011.

1.1.3.2 Articular o ensino do primeiro ciclo com a investigação de modo a garantir que todos os alunos obtenham pelo menos 6 ECTS em contacto directo com actividades de investigação: todas as licenciaturas até 2012.

1.1.3.3 Adequar os planos curriculares das licenciaturas de modo a garantir que todos os alunos obtenham pelo menos 6 ECTS em aquisição e desenvolvimento de competências gerais académicas, sociais e culturais (busca e tratamento de informação, resolução de problemas, pensamento crítico, responsabilização, cidadania e ética), bem como em empreendorismo: todas as licenciaturas até 2014.

1.1.3.4 Optimizar o número de unidades curriculares por área científica, multiplicando as ofertas disciplinares em mais de um plano de estudos e eliminando as ofertas redundantes: todos os planos de estudo até 2010.

1.1.3.5 Instituir um mínimo de 6 ECTS por curso que o aluno possa escolher livremente noutras áreas científicas: todas as licenciaturas e mestrados até 2012.

1.1.3.6 Criar cursos de pós-graduação inter-escolas do ISCTE: pelo menos quatro mestrados em cooperação até 2011;

1.1.3.7 Instituir um modelo bietápico de progressão no programa doutoral, com selecção mais rigorosa na passagem para o 2.º ano, no momento da inscrição em tese de doutoramento: todos os programas até 2012.

1.1.4 Melhorar as condições pedagógicas

1.1.4.1 Aumentar a qualificação científica dos docentes: 80% de doutorados (ETI) até 2014. 1.1.4.2 Qualificar pedagogicamente os docentes: participação de cada docente em pelo

menos uma actividade de formação pedagógica até 2012. 1.1.4.3 Integrar em todos os programas doutorais o desenvolvimento de competências

de docência dos alunos: todos os programas até 2010.

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1.1.4.4 Proceder à separação entre aulas teóricas, aulas práticas e aulas laboratoriais sempre que isso seja viável, optimizando as dimensões de cada tipo de turma de acordo com os respectivos objectivos pedagógicos: todas as licenciaturas até 2009.

1.1.4.5 Reorganizar os turnos das aulas de modo a disponibilizar, em horário pós-laboral, tempos lectivos destinados a estudantes a tempo parcial: todas as licenciaturas até 2012.

1.1.4.6 Instituir um sistema informatizado integrado de controlo da assiduidade de docentes e alunos: todos os cursos até 2014.

1.1.4.7 Assegurar o acesso em linha aos sumários e fichas de unidades curriculares: todos os cursos até 2010.

1.1.4.8 Criar prémios pedagógicos, de diversos tipos, para professores: a partir de 2010.

1.1.5 Promover o sucesso escolar e a empregabilidade

1.1.5.1 Criar condições para aumentar o sucesso escolar no primeiro ciclo: 80% em todas as licenciaturas até 2014.

1.1.5.2 Criar condições para aumentar o sucesso escolar no segundo e terceiro ciclos: 80% das dissertações/projectos concluídos nos tempos previstos no momento da sua inscrição efectiva, até 2014.

1.1.5.3 Criar um dispositivo de monitorização do processo pedagógico em cada unidade curricular: conjunto do ISCTE, até 2010.

1.1.5.4 Duplicar o número de prémios de atracção e de mérito académico: conjunto do ISCTE, até 2014.

1.1.5.5 Criar um dispositivo de tutoria dos alunos de primeiro ciclo: todas as licenciaturas, até 2011.

1.1.5.6 Instituir bolsas que permitam captar alunos a tempo inteiro para os programas doutorais com disponibilidade para um maior envolvimento nas actividades de investigação e de docência: até 20% de alunos em cada programa doutoral, a partir de 2011.

1.1.5.7 Desenvolver os mecanismos de promoção da inserção na vida activa: todas as escolas, até 2012.

1.1.5.8 Desenvolver os mecanismos de monitorização dos percursos profissionais dos diplomados: todas as escolas, até 2012.

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1.2 Novos projectos de desenvolvimento

A concretização dos objectivos gerais e específicos do vector estratégico ensino envolve não só as reestruturações referidas na secção anterior como o desenvolvimento de novos projectos. Estes incluem, antes de mais, iniciativas em domínios já existentes no ISCTE, como sejam os da comunicação e os do direito. No primeiro caso, trata-se de consolidar uma área que, no âmbito do Departamento de Sociologia, tem uma procura estabilizada no segundo ciclo e de, eventualmente, a desenvolver no terceiro ciclo, estando para o efeito em negociação uma possibilidade de parceria com a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. No segundo caso, saliente-se, em especial, a possibilidade de criação de novas ofertas formativas cruzando o direito com a gestão, bem como os possíveis contributos daquele para o desenvolvimento, no âmbito do Departamento de Sociologia, da área de políticas públicas.

Para além destas iniciativas mais específicas, destacam-se três projectos de desenvolvimento de alcance estratégico:

— o desenvolvimento da área das políticas públicas; — a reorganização e desenvolvimento das actividades de educação de adultos; — a criação de uma escola internacional pós-graduada de gestão de hotelaria

e turismo.

1.2.1 Desenvolver a área de políticas públicas

A partir do Departamento de Sociologia e do CIES (em processo de transformação em unidade orgânica de investigação do ISCTE) está em curso o desenvolvimento da área de políticas públicas, tendo como base, em termos lectivos, o mestrado em Administração Pública, a área do planeamento e avaliação e o conjunto de disciplinas de políticas sociais que integram os mestrados temáticos especializados (trabalho, família, educação, saúde, …).

No primeiro ciclo, foi já criada uma licenciatura em Ciência Política, constituído um ramo opcional de políticas públicas nas licenciaturas de Sociologia e de Ciência Política (incorporando parcialmente as valências em planeamento e avaliação do curso de Sociologia e Planeamento, entretanto extinto e introduzindo novas fileiras em políticas sociais e em administração pública). Prepara-se, agora, a criação de uma terceira licenciatura, em Serviço Social. No segundo ciclo, foram entretanto criados os mestrados em Políticas Sociais e em Serviço Social, procedendo-se de momento à transformação do mestrado em Sociologia e Planeamento num mestrado em

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Planeamento e Avaliação e ao desenho de um mestrado de âmbito mais global em Políticas Públicas. No terceiro ciclo, está em preparação um programa doutoral em Políticas Públicas. O desenho da área de políticas públicas no segundo e terceiro ciclos estará concluída até 2010, contando com colaborações internaciona is no âmbito da nova Cátedra em Políticas Públicas (ver 2.2.1), e o seu funcionamento pleno estará garantido até 2012.

No desenvolvimento desta área serão realizadas parcerias nacionais e internacionais. No plano interno, o parceiro-chave será a Universidade do Porto, com quem está em negociação a possibilidade de constituição de uma escola doutoral conjunta de Sociologia e Políticas Públicas até 2010, em articulação com a constituição do Laboratório (associado) de Sociologia e Políticas Públicas. No plano externo estão a ser negociadas parcerias com as universidades de Roterdão, Milão e Budapeste que se prevê estarem concluídas na mesma data.

1.2.2 Desenvolver a área do ensino ao longo da vida

A actual Fundação ISCTE deverá transformar-se, até 2011, num instituto de educação de adultos dotado de personalidade jurídica com participação de entidades exteriores ao ISCTE mas com participação maioritária do ISCTE.

A sua actividade será centrada na formação profissional pós-secundária de topo, na certificação de competências pós-secundárias e na formação profissional pós-graduada ao longo da vida, prioritariamente na área das políticas públicas, desenvolvendo também actividades nas áreas da sociologia, das ciências humanas e das tecnologias. As suas actividades docentes processar-se-ão quer através de ensino presencial, quer, sempre que possível, através do ensino à distância.

1.2.3 Criar a área de gestão de hotelaria e turismo

A gestão de hotelaria e turismo constituirá a nova área de ensino, investigação e prestação de serviços do ISCTE. Para tal, foi estabelecido um consórcio entre o ISCTE, o Turismo de Portugal, a Universidade do Algarve e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE).

Na área metropolitana de Lisboa será constituída, desde já, uma escola internacional de ensino pós-graduado em gestão de hotelaria e turismo, o Hospitality Management Institute of Portugal (HMIP). O ensino nesta escola será feito, maioritariamente, em língua inglesa e contará com fortes parcerias internacionais,

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estando já protocolizado um acordo com a Universidade Central da Florida, em Orlando.

Para além das actividades de formação de executivos a desenvolver no HMIP, será desenvolvida pelo ISCTE uma componente mais académica nesta área, estando em preparação adiantada dois projectos que deverão entrar em funcionamento em 2009-2010:

— mestrado em hospitality management com dupla titulação (ISCTE e Universidade Central da Florida);

— programa doutoral em Gestão Hoteleira e Turismo com dupla titulação (ISCTE e Universidade do Algarve).

1.3 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 1

Eixo 1. Qualificar as actividades de ensino, centrando o seu desenvolvimento no segundo e terceiro ciclos

1.1 Objectivos gerais

Objectivos Custos estimados (€)

1.1.1 Reforçar o peso do ensino pós -graduado 500.000

1.1.2 Aumentar a mobilidade nacional e internacional de alunos e professores e a internacionalização das actividades de ensino

3.000.000

1.1.3 Melhorar e articular os planos de estudos —

1.1.4 Melhorar as condições pedagógicas 2.000.000

1.1.5 Promover o sucesso escolar e a empregabilidade 500.000

1.2 Novos projectos de desenvolvimento

Projectos Custos estimados (€)

1.2.1 Desenvolver a área de políticas públicas 500.000

1.2.2 Desenvolver a área do ensino ao longo da vida 300.000

1.2.3 Criar a área de gestão de hotelaria e turismo 500.000

Custos totais estimados (€)

7.300.000

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2 REFORÇAR E INTERNACIONALIZAR A INVESTIGAÇÃO E AS SUAS ARTICULAÇÕES COM O ENSINO

A investigação científica tem vindo a adquirir no ISCTE uma importância crescente, constituindo um dos vectores estratégicos do Instituto. Essa investigação tem sido desenvolvida nas áreas fundamentais de competências do Instituto, assim como em zonas de cruzamento interdisciplinar e na exploração de domínios emergentes.

Para a realização desta actividade o ISCTE conta com um conjunto de unidades de investigação cujas equipas se vêm reforçando, em qualidade e dimensão, e inserindo nas respectivas comunidades científicas internacionais.

Para além dos resultados directos de produção de conhecimento científico, a investigação realizada no ISCTE alimenta o ensino (de graduação e pós-graduado) e a prestação de serviços (em especial nos âmbitos do desenvolvimento empresarial e das políticas públicas). Os novos estatutos do ISCTE vão permitir uma articulação mais estreita entre ensino e investigação, através da integração de departamentos e unidades de investigação afins em unidades mais abrangentes – as escolas. Será dado, assim, impulso adicional à investigação, em ligação com o ensino, sobretudo com os segundo e terceiro ciclos.

Neste quadro, os objectivos gerais do vector estratégico da investigação são os de contribuir para posicionar claramente o ISCTE como instituição universitária de investigação (research university), reforçando a qualidade, quantidade e internacionalização da sua produção científica e a focagem principal do Instituto nos segundo e terceiro ciclos.

Os objectivos gerais para a investigação traduzem-se nos seguintes objectivos de ordem mais específica:

— aumentar a produção científica e a sua internacionalização; — intensificar os laços da investigação com o ensino; — reforçar as estruturas de investigação; — desenvolver novos projectos, nomeadamente criando, em parceria com outras

instituições nacionais de investigação, laboratórios associados nas áreas das políticas públicas e da psicologia, desenvolvendo a UNIDE como unidade de investigação de referência na área da Gestão e incentivando a emergência de

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novos projectos nas áreas das tecnologias, do turismo e dos estudos internacionais.

2.1 Objectivos e resultados esperados

2.1.1 Aumentar a produção científica e a sua internacionalização

2.1.1.1 Ter todas as unidades de investigação do ISCTE com classificação FCT de “excelente” ou “muito bom”: até 2014.

2.1.1.2 Aumentar a quantidade e a qualidade da publicação científica internacional em cada unidade de investigação, sem descurar a publicação nacional e as actividades de divulgação científica: conseguir um rácio de uma publicação anual internacional e uma nacional por docente e investigador doutorado até 2013.

2.1.1.3 Generalizar a disponibilização pública actualizada dos currículos de docentes e investigadores através da plataforma DeGois: até 2010.

2.1.1.4 Implementar uma política de recursos humanos integrada que clarifique as funções de investigação e de docência e sua inter-relação, defina competências e responsabilidades, e estabeleça critérios de recompensa com base no mérito: até final de 2010.

2.1.1.5 Criar padrões-tipo de afectação do tempo dos docentes a actividades de ensino, de investigação e de prestação de serviços, visando proporcionar aos docentes mais tempo contínuo de investigação, nomeadamente através de uma maior concentração das cargas curriculares e dos períodos lectivos dos cursos e da redução dos períodos de avaliações: até 2010.

2.1.1.6 Aumentar o número de investigadores doutorados contratados, de investigadores de pós-doutoramento, de bolseiros de doutoramento e de bolseiros de investigação, potenciando as condições do respectivo enquadramento pelas unidades de investigação: pelo menos 20% dos investigadores de cada unidade de investigação até 2012.

2.1.1.7 Aumentar o número de investigadores e bolseiros estrangeiros em cada unidade de investigação: pelo menos 10% do número de investigadores de cada unidade de investigação até 2014.

2.1.1.8 Reforçar e alargar as parcerias estratégicas nacionais e internacionais por parte de cada unidade de investigação: pelo menos uma parceria nacional e outra internacional em cada unidade de investigação a partir de 2010.

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2.1.1.9 Estabelecer cátedras convidadas ou outras figuras de colaboração de cientistas seniores estrangeiros de elevada competência e reputação: a partir de 2009.

2.1.1.10 Alargar e diversificar o actual sistema de prémios de publicação e investigação do Indeg a professores, investigadores, bolseiros e estudantes de todas as escolas: a partir de 2009.

2.1.2 Intensificar os laços da investigação com o ensino

2.1.2.1 Estabelecer uma colaboração sistemática entre unidades de investigação e departamentos nos cursos de segundo e terceiro ciclos, designadamente no âmbito das escolas: desde 2009.

2.1.2.2 Intensificar o acolhimento de estudantes de primeiro, segundo e terceiro ciclos pelas unidades de investigação, integrando-os em actividades científicas e contribuindo para a sua formação avançada em contexto de investigação: desde 2009.

2.1.2.3 Estabelecer a colaboração nas actividades de ensino, de forma regular embora moderada, de investigadores doutorados contratados, investigadores de pós-doutoramento e bolseiros de doutoramento das unidades de investigação: desde 2009.

2.1.2.4 Aumentar a inovação com base na investigação, nomeadamente no plano do ensino, através da transformação de produções e competências científicas das unidades de investigação em produtos e actividades de ensino, numa articulação intensa dessas unidades com as escolas e os departamentos: criação de pelo menos dois produtos inovadores por unidade de investigação até 2014.

2.1.3 Reforçar os recursos da investigação

2.1.3.1 Investir fortemente nas condições físicas e logísticas, bem como nos recursos técnicos necessários à investigação, de modo a dotar cada unidade de investigação com os recursos necessários: até 2010.

2.1.3.2 Reorganizar as estruturas de investigação de forma a dotar as unidades de investigação de massa crítica: até 2010.

2.1.3.3 Criar estruturas de apoio técnico e desenvolver estratégias para a captação e gestão de projectos internacionais: até 2010.

2..1.3.4 Alargar as parcerias com empresas e outras organizações, nacionais, estrangeiras e internacionais, para obter apoio financeiro suplementar, nomeadamente para as actividades de investigação mais aplicadas: até 2014.

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2.2 Novos projectos de desenvolvimento

O desenvolvimento das unidades de investigação integradas no “universo ISCTE” tem sido bastante desigual, mas sistemático. Durante o último ano assistiu-se à criação de um novo centro de investigação em antropologia de âmbito nacional, o Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), o qual juntou o CEAS, do ISCTE, e outros centros na mesma área científica da Universidade Nova de Lisboa, da Universidade de Coimbra e da Universidade do Minho. De natureza semelhante mas em fase mais embrionária, está a constituição de um centro em rede na área das ciências da comunicação que agrupará o Centro de Estudos em Ciências da Comunicação e da Cultura do ISCTE (em fase de organização), o Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho, o Laboratório de Comunicação e Conteúdos On-line da Universidade da Beira-Interior, o Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens da Universidade Nova de Lisboa e o Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Num âmbito mais interno, assinale-se ainda o processo em curso de fusão entre o Centro de Estudos Territoriais (CET) e o Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica (Dinâmia), o que permitirá fazer emergir um centro interdisciplinar de maior dimensão e com uma uma base de competências mais alargada.

Para além destes processos, já concluídos ou em fase adiantada de conclusão, há desenvolvimentos estratégicos que se deverão concretizar durante o período de vigência deste programa, nomeadamente:

— a constituição do Laboratório Associado de Sociologia e Políticas Públicas; — a constituição do Laboratório Associado de Psicologia: — o desenvolvimento da UNIDE como unidade de investigação de referência

na área da Gestão. — a emergência de novos projectos nas áreas das tecnologias, do turismo

e dos estudos internacionais.

2.2.1 Criar o Laboratório Associado de Sociologia e Políticas Públicas

Já foi apresentada proposta formal à FCT e ao MCTES de constituição deste laboratório associado pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE (CIES-ISCTE), em consórcio com o Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (ISFLUP) e com o Centro de Estudos Sociais da Universidade

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dos Açores (CES-UA). Com este laboratório associado vêm articular-se de maneira muito directa outros dois projectos: o de constituição no ISCTE da Escola de Sociologia e Políticas Públicas (reunindo o Departamento de Sociologia e o CIES), na sequência do processo de revisão estatutária, bem como o de eventual constituição da Escola Doutoral de Sociologia e Políticas Públicas reunindo ISCTE e Universidade do Porto.

Na base da proposta de constituição do Laboratório Associado estão os seguintes factores: um centro de investigação proponente (CIES-ISCTE) que tem obtido de forma recorrente avaliação de “excelente” pela FCT; um vasto conjunto de investigadores distribuídos no espaço nacional pelas três unidades de investigação, com experiência continuada e produtiva de cooperação entre si; uma base de competências científicas muito considerável tendo como núcleo a sociologia mas abrangendo também áreas como a ciência política, a demografia, as ciências da educação, as ciências da comunicação e a antropologia urbana.

Com o Laboratório Associado de Sociologia e Políticas Públicas visa-se capitalizar o potencial acumulado nas três unidades constitutivas, posicionando-as num novo patamar de produção científica, internacionalização e formação avançada em contexto de investigação, focando-as de maneira específica nas políticas públicas e reforçando a sua capacidade de resposta neste domínio. Estão já em curso várias actividades conjuntas entre os três centros que prefiguram o Laboratório Associado, bem como actividades específicas com o objectivo de consolidar as suas áreas de intervenção. Neste segundo plano, merece especial referência a preparação, pelo ISCTE, da nova Cátedra em Políticas Públicas, no âmbito da qual foi já assegurada a participação do Professor Marc Renaud (Universidade de Montreal, Canadá).

A concretizar plenamente logo que a FCT e o MCTES o aprovem.

2.2.2 Criar o Laboratório Associado de Psicologia

Será apresentada, ainda em 2008, uma proposta formal à FCT e ao MCTES de constituição do Laboratório Associado de Investigação em Psicologia em consórcio entre o Centro de Investigação em Psicologia (CIPsi) da Universidade do Minho e o Centro de Investigação e Intervenção Social (C is) do ISCTE, sem prejuízo de posteriormente se associarem investigadores, equipas ou outros centros de reconhecido valor e potencial.

Os desenvolvimentos e avanços extraordinários nas áreas da psicologia e das ciências do comportamento requerem um investimento em infra-estruturas e recursos humanos, a médio/longo prazo. As unidades do Laboratório (CIPsi e Cis) encontram-se numa posição única para estabelecer uma rede de investigação em Portugal, com

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capacidade para atingir os seus objectivos de estimular, desenvolver e promover ciência de excelência nos domínios da psicologia e das ciências do comportamento.

As actividades do Laboratório baseiam-se nas complementaridades e sinergias das suas unidades de investigação e nos seus resultados, nomeadamente publicações científicas internacionais, livros, teses de doutoramento, níveis de financiamento de projectos de investigação obtidos através de programas nacionais e europeus, participação em corpos editoriais de revistas científicas, organização de conferências internacionais, investigação e intervenção em diversos contextos.

O Laboratório tem definido um plano de investigação estratégico ambicioso capaz de responder a estes novos desafios. As actividades do Laboratório estão focadas em cinco áreas temáticas: 1) cognição, cérebro e comportamento; 2) desenvolvimento e educação; 3) ciência clínica e saúde; 4) sociedade, grupos e personalidade; e 5) trabalho e comportamento organizacional. A colaboração entre os investigadores especialistas nestas áreas e a concomitante partilha de metodologias permitirá alcançar elevados níveis e competitividade em investigação, ensino avançado e actividades de serviço à comunidade.

2.2.3 Desenvolver a UNIDE como unidade de investigação de referência na área da gestão

Não existe ainda em Portugal uma unidade de investigação de referência nesta área, dado que a maioria da produção científica em gestão é maioritariamente produzida no âmbito de unidades de investigação em economia. A UNIDE-ISCTE tem condições de partida muito favoráveis para assumir este projecto: reúne um número muito considerável de professores e investigadores deste domínio e das suas principais especialidades; tem fortes relações com o tecido empresarial e com a comunidade académica internacional desta área; está directamente ligada à Escola de Gestão do ISCTE e ao INDEG-ISCTE; tem vindo a desenvolver-se no seu âmbito uma dinâmica muito intensa de qualificação académica e de produção científica. Neste sentido, reestruturou recentemente o seu funcionamento e implementaram-se linhas de investigação em gestão, marketing, contabilidade e finanças. Constitui objectivo da sua reestruturação constituir as condições para um incremento quantitativo e qualitativo das suas actividades de investigação que lhe permitam obter uma classificação de “muito bom” ou “excelente” na próxima avaliação da FCT.

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2.2.4 Incentivar a emergência de novos projectos nas áreas das tecnologias, dos estudos internacionais e do turismo

Na área das tecnologias os principais projectos passam pela:

— consolidação da Delegação do Instituto de Telecomunicações (IT) no ISCTE, o que requer um investimento em infra-estruturas e em recursos humanos que viabilize a instalação de laboratórios de suporte à investigação desenvolvida pelos docentes e investigadores integrados nesta delegação;

— reestruturação da ADETTI visando o desenvolvimento de novos projectos de investigação em campos de aplicação de tecnologias de informação ao mundo empresarial português nos domínios da computação gráfica e da multimédia, dos agentes e da inteligência artificial, das redes e da segurança, e dos sistemas de informação (um resultado concreto desta reestruturação será a obtenção de uma classificação de “muito bom” ou “excelente” na próxima avaliação promovida pela FCT).

— criação do Centro de Investigação em Arquitectura e Áreas Metropolitanas (CIAAM) vocacionado para a participação em projectos de grande amplitude, que possam ir da relação da arquitectura com o território considerando o seu impacte na paisagem metropolitana, aos estudos pós-coloniais sobre a arquitectura moderna, prevendo, desde o princípio, possibilidades de intervenção em África, na Ásia e no Brasil.

Tendo por base o actual Centro de Estudos Africanos (CEA), está em curso a preparação de um projecto de constituição do Centro de Estudos Internacionais, o qual reuniria o CEA e os grupos de investigação dispersos por outros centros nos domínios dos estudos sobre a Ásia (em particular sobre a Índia e a China) e sobre a América Latina.

Finalmente, a constituição da área de ensino da gestão de hotelaria e turismo, centrada nos segundo e terceiro ciclos, exigirá ainda a criação de um centro de estudos neste domínio. Em fase ainda muito embrionária, a criação deste centro será feita em paralelo com a criação da escola pós-graduada de gestão de hotelaria e turismo no âmbito do consórcio referido em 1.2.3 e terá uma forte componente internacional.

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 30/53

2.3 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 2

Eixo 2. Reforçar e internacionalizar a investigação e as suas articulações com o ensino

2.1 Objectivos gerais

Objectivos Custos estimados (€)

2.1.1 Aumentar a produção científica e a sua internacionalização 200.000

2.1.2 Intensificar os laços da investigação com o ensino —

2.1.3 Reforçar os recursos da investigação 500.000

2.2 Novos projectos de desenvolvimento

Projectos Custos estimados (€)

2.2.1 Criar o Laboratório Associado de Sociologia e Políticas Públicas 600.000

2.2.2 Criar o Laboratório Associado de Psicologia 300.000

2.2.3 Desenvolver a UNIDE como unidade de investigação de referência na área da gestão

300.000

2.2.4 Incentivar a emergência de novos projectos nas áreas das tecnologias, dos estudos internacionais e do turismo

500.000

Custos totais estimados (€)

2.400.000

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3 REORGANIZAR E PROFISSIONALIZAR A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

O ISCTE tem uma forte tradição de prestação de serviços à comunidade. No entanto, esta actividade caracteriza-se hoje por uma forte dispersão, o que limita as suas capacidades de afirmação e de crescimento. Esta área deverá por isso ser reestruturada em torno de duas ou três instituições fortemente profissionalizadas que permitam criar valor para a comunidade e gerar receitas para o ISCTE:

— o Instituto de Prestação de Serviços do ISCTE (IPSI); e — um ou dois centros nas áreas do empreendorismo e da inovação.

O Instituto de Prestação de Serviços do ISCTE (IPSI) será uma instituição autónoma com personalidade jurídica, com participação maioritária do ISCTE, mas aberta a outras organizações e instituições. Esta nova unidade deverá agrupar todos os centros não vocacionados para a investigação fundamental ou aplicada existentes no ISCTE e no INDEG, bem como outras organizações exteriores ao ISCTE.

O Instituto terá por missão contribuir para o desenvolvimento da sociedade através da prestação de serviços de elevado valor acrescentado em todos os domínios da actividade de investigação e de ensino do ISCTE e contribuir para a sustentabilidade financeira do ISCTE.

O IPSI terá uma estrutura directiva profissionalizada que trabalhará por objectivos e procurará optimizar, na prestação de serviços, os recursos do ISCTE nas suas diversas componentes: logística, tecnológica, humana e de conhecimento.

Já o desenvolvimento e institucionalização da área de empreendorismo e inovação serão concretizados através da transformação do actual Audax. Com uma gestão profissionalizada, serão criadas uma ou duas instituições autónomas com personalidade jurídica e participação de controlo do ISCTE, mas aberta(s) a outras instituições nacionais e estrangeiras (universidades, empresas e instituições não lucrativas e governamentais).

Com o desenvolvimento desta área pretende-se fomentar e contribuir directamente para o desenvolvimento social e empresarial através do empreendorismo, da inovação e da transferência de tecnologia, bem como da empresarialização de

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produtos resultantes da investigação realizada no ISCTE, contribuindo assim para aumentar a sustentabilidade financeira do Instituto. Mais especificamente, os objectivos nesta área desdobram-se em duas valências:

— a investigação e formação em empreendorismo, nomeadamente através de um observatório nacional de empreendorismo (que permita identificar e caracterizar diferentes perfis de empresas e de empreendedores);

— a transferência de tecnologia, o apoio à criação de empresas, à captação de capital de risco e à elaboração de planos de negócios, incluindo funções de incubação de novas empresas baseadas na inovação.

A instituição em que estiver localizada a valência da investigação constituir-se-á ainda como instituição de acolhimento do Projecto ISCTE/MIT Portugal para o empreendorismo e do Observatório do Empreendorismo.

3.1 Objectivos e resultados esperados

3.1.1 Criar o Instituto de Prestação de Serviços do ISCTE (IPSI)

3.1.1.1 Constituir e iniciar o funcionamento do IPSI: até 2010. 3.1.1.2 Internacionalizar as áreas de negócio do IPSI, em particular no espaço da

CPLP: 10% das receitas até 2014. 3.1.1.3 Aumentar a parte das receitas próprias do ISCTE com origem na prestação de

serviços: duplicar até 2014.

3.1.2 Desenvolver e institucionalizar a área de empreendorismo e inovação

3.1.2.1 Decidir o modelo de organização da área: até 2010. 3.1.2.2 Constituir e iniciar o funcionamento da(s) instituição(ões) na área de

empreendorismo e inovação: até 2010. 3.1.2.3 Internacionalizar as áreas de negócio da(s) instituição(ões), em particular no

espaço da CPLP: 10% das receitas até 2014. 3.1.2.4 Aumentar a parte das receitas próprias do ISCTE com origem nas actividades

de empreendorismo e inovação: duplicar até 2014.

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 33/53

3.1.2.5 Criar um observatório do empreendorismo (ON_Empreendorismo) na instituição que, nesta área, ficar responsável pelas actividades de investigação e formação: até 2011.

3.1.2.6 Acolher o Projecto ISCTE/MIT Portugal na instituição que, nesta área, ficar responsável pelas actividades de investigação e formação: até 2010.

3.2 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 3

Eixo 3. Reorganizar e profissionalizar a prestação de serviços

3.1 Objectivos gerais

Objectivos Custos estimados (€)

3.1.1 Criar o Instituto de Prestação de Serviços do ISCTE (IPSI) 300.000

3.1.2 Desenvolver e institucionalizar a área de empreendedorismo e inovação 2.000.000

Custos totais estimados (€)

2.300.000

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 34/53

Parte II. MODERNIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE GESTÃO, RECURSOS E INFRA-ESTRUTURAS

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 35/53

4 REORGANIZAR, QUALIFICAR E OPTIMIZAR OS RECURSOS HUMANOS, OS PROCESSOS DE GESTÃO E OS SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL

As actividades de gestão constituem instrumento fundamental para operacionalizar os objectivos da instituição e atingir os resultados esperados.

A reorganização dos serviços e a qualificação do pessoal técnico e administrativa são necessárias à melhoria da gestão, mas não são suficientes. A definição de polivalência s estratégicas e de interfaces entre actividades e serviços centrais e descentralizados, bem como a simplificação de procedimentos são também procedimentos fundamentais da boa gestão.

Importa ainda assinalar que o ISCTE pretende desenvolver uma gestão altamente profissionalizada dos serviços de apoio ao ensino, investigação e prestação de serviços, bem como nos novos serviços de acção social a criar, com forte integração estratégica e descentralização operacional, baseada na clara definição de objectivos e no sistemático controlo da qualidade dos processos e resultados. A filosofia de gestão a valorizar deve fomentar a participação, o intra-empreendorismo, a responsabilização, a valorização do mérito e a ética profissional, o que exige a definição clara de uma carta de valores organizacionais e a criação de carreiras e sistemas de avaliação e progressão claros e equitativos.

Mais especificamente, constituem objectivos do contrato-programa na área da gestão do Instituto:

— constituir uma tecnoestrutura de apoio à gestão; — reorganizar, qualificar e optimizar os procedimentos de gestão; — criar os serviços de acção social.

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 36/53

4.1 Objectivos e resultados esperados

4.1.1 Constituir uma tecnoestrutura de apoio à gestão

4.1.1.1 Atribuir prioridade ao recrutamento de quadros técnicos com competências de planeamento, gestão e comunicação para apoio à direcção do Instituto nas áreas do ensino, da investigação e da prestação de serviços, a nível central e em cada escola : reestruturação dos serviços técnicos até 2010.

4.1.1.2 Reorganizar as estruturas de apoio técnico à gestão do Instituto, nomeadamente nos domínios do planeamento e gestão dos sistemas internos de informação, da coordenação das estruturas descentralizadas e dos serviços, e da comunicação e imagem: até 2011.

4.1.1.3 Reforçar a componente técnica dos serviços administrativos do Instituto: 1.ª fase até 2010.

4.1.1.4 Reforçar a formação específica do pessoal não docente com funções técnicas: programa integrado de formação anual definido até 2010.

4.1.1.5 Desenvolver o sistema de avaliação do pessoal não docente (SIADAP) recorrendo a suporte informático adequado: até 2011.

4.1.2 Reorganizar, qualificar e optimizar os procedimentos de gestão

4.1.2.1 Finalizar o desenvolvimento do sistema integrado de gestão académica (Fénix) em todas as suas componentes e âmbitos, enquanto suporte principal de um “balcão único” em linha interligando procedimentos académicos e pedagógicos: até 2010.

4.1.2.2 Criar um sistema integrado de gestão financeira suportado por instrumentos de contabilidade analítica, por actividade e centro de custos, capaz de permitir a certificação full cost : até 2011.

4.1.2.3 Reorganizar e articular os serviços de comunicação externa do ISCTE e, em particular, optimizar os procedimentos de circulação e gestão da informação a colocar na página Web do Instituto: até 2009.

4.1.2.4 Implementar um novo sistema informatizado de gestão integrada da biblioteca: até 2011.

4.1.2.5 Implementar as potencialidades do novo cartão inteligente (da CGD), nomeadamente nos domínios do controlo da assiduidade de discentes e docentes, bem como nos do pagamento de propinas e serviços diversos (impressões, estacionamento; …): até 2011.

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4.1.2.6 Continuar o processo de certificação da qualidade dos serviços iniciado em 2008: atingir os níveis mais elevados de certificação até 2014.

4.1.3 Criar os serviços de acção social

4.1.3.1 Constituir os serviços de acção social: até 2009. 4.1.3.2 Aumentar o número de bolsas de apoio social em todos os graus de ensino:

criar sistema supletivo de bolsas com financiamento autónomo até 2010. 4.1.3.3 Desenvolver os serviços sociais prestados na valência residência: duplicar o

número de lugares de residência até 2011. 4.1.3.4 Desenvolver os serviços sociais prestados na valência saúde: criando uma

unidade integrada de saúde e apoio psicológico até 2010. 4.1.3.5 Desenvolver os serviços sociais prestados na valência refeições: alargar o

horário de funcionamento da restauração interna até 2010.

4.2 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 4

Eixo 4. Reorganizar, qualificar e optimizar os recursos humanos, os processos de gestão e os serviços de acção social

4.1 Objectivos gerais

Objectivos Custos estimados (€)

4.1.1 Constituir uma tecnoestrutura de apoio à gestão 800.000

4.1.2 Reorganizar, qualificar e optimizar os procedimentos de gestão 900.000

4.1.3 Criar os serviços de acção social 500.000

Custos totais estimados (€)

2.200.000

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 38/53

5 EXPANDIR E MODERNIZAR AS INFRA-ESTRUTURAS

Durante os últimos anos, o ISCTE tem desenvolvido uma política de expansão e modernização das suas infra-estruturas que permitiu uma melhoria das condições de estudo, de investigação e de gestão. No entanto, apesar de o ISCTE estar actualmente dotado de instalações e equipamentos que acompanharam, embora de forma desigual, a evolução dos últimos anos, torna-se necessário realizar um grande esforço de melhoria e de expansão das instalações e do seu equipamento, bem como dos serviços sociais.

O apoio institucional e financeiro da tutela e os recursos próprios do ISCTE obtidos através do desenvolvimento de actividades de pós-graduação, de investigação e de prestação de serviços contribuíram para a melhoria referida. Para essa melhoria foi ainda significativo o contributo de recursos obtidos com base em acordos com instituições da sociedade civil, nomeadamente empresas e instituições financeiras, os quais permitiram não só rentabilizar a utilização das instalações como construir novas infra-estruturas sem recurso ao financiamento público para o ensino superior, como foi o caso do edifício do Indeg.

Todavia, considerando os padrões de referência utilizados pela tutela para avaliar as necessidades de infra-estruturas de apoio ao ensino e à investigação, o ISCTE encontra-se, mesmo com o progresso realizado, longe do desejável. Considerando apenas alguns desses padrões de referência, verifica-se que:

— área geral útil de ensino no ISCTE: 0.7m2 por aluno, para um valor de referência de 1.5m2 por aluno;

— área útil geral de informática: 0.23m2 por aluno, para um valor de referência de 2m2 por aluno;

— área útil para ensino específico (laboratorial): 3.14m2 por aluno, para um valor de referência de 5m2 por aluno;

— área útil para biblioteca: 0.28m2 por aluno, para um o valor de referência de 0.5 a 0.6m2 por aluno;

— área útil geral de salas de estudo para alunos: 0.13m2 por aluno, para um valor de referência de 1.5m2 por aluno;

— área útil geral de auditórios para ensino: 0.26m2 por aluno, para um valor de referência de 1.5m2 por aluno.

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 39/53

Com a expansão, nos anos recentes, das actividades de ensino, de investigação e de prestação de serviços, combinada com as restrições financeiras, tornou-se difícil manter a qualidade adequada nesta área. Mesmo com significativos aumentos dos recursos próprios não foi possível ultrapassar os constrangimentos financeiros com que a Instituição se defronta, pois a diminuição progressiva das transferências do Estado obrigaram à utilização dos recursos próprios para pagar as despesas correntes em lugar do seu uso para investimento.

Actualmente em fase de expansão da procura, o ISCTE entende que a melhoria das condições de estudo, de investigação e de trabalho é necessária à melhoria da qualidade das suas actividades e da satisfação daquela procura. A requalificação dos espaços de estudo, de investigação e de prestação de serviços e, ainda, dos destinados aos serviços administrativos, constitui pois uma prioridade no curto prazo. Só assim será possível construir no ISCTE um ambiente que transmita bem-estar, qualidade de vida e responsabilidade pessoal pelos equipamentos, instalações e zonas envolventes.

Mais especificamente, constituem objectivos do contrato-programa na área das infra-estruturas do Instituto:

— requalificar os espaços das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços;

— requalificar os espaços das actividades de gestão e de administração; — requalificar e ampliar os espaços com funções sociais; — modernizar os edifícios existentes; — construir um novo edifício.

O projecto pormenorizado de investimento na requalificação das infra-estruturas existentes consta de documento anexo a este programa.

5.1 Objectivos e resultados esperados

5.1.1 Requalificar os espaços de ensino, investigação e prestação de serviços

5.1.1.1 Melhorar o mobiliário e as condições físicas das salas de aulas do Edifício Central: até 2010.

5.1.1.2 Melhorar as condições físicas das salas laboratoriais do Edifício Central e da Ala Autónoma: até 2011.

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 40/53

5.1.1.3 Reequipar os auditórios de aulas e o anfiteatro Laginha do Edifício Central: até 2010.

5.1.1.4 Melhorar a insonorização das salas de aulas (32) do Edifício II: até 2011. 5.1.1.5 Acabar de mobilar os gabinetes dos docentes do Edifício II: até 2011. 5.1.1.6 Instalar todos os centros de investigação nas alas Este e Norte, 2.º piso, do

Edifício Central: até 2010. 5.1.1.7 Fazer a adaptação do hangar do Edifício II para instalar os laboratórios de

gestão e tecnologias, o Audax e respectiva componente de incubadoras e o MIC (com a Microsoft ): até 2010.

5.1.2 Requalificar os espaços das actividades de gestão e de administração

5.1.2.1 Finalizar a instalação da reitoria e dos serviços da reitoria na ala Sul, 2.º piso, do Edifício Central: até 2010.

5.1.2.2 Completar a instalação de todos os serviços centrais na ala Sul, 1.º piso, do Edifício Central: até 2010.

5.1.2.3 Concentrar e reinstalar os secretariados dos departamentos e escolas: até 2010.

5.1.3 Requalificar e ampliar os espaços com funções sociais

5.1.3.1 Requalificar as esplanadas, pátios e praça central: até 201l. 5.1.3.2 Melhorar a insonorização do espaço de restauração e cafetaria e transformá-lo

parcialmente em serviços de cantina no âmbito da acção social: até 201l. 5.1.3.3 Melhorar o espaço para alojamento de docentes e discentes do Convento

Santos-o-Novo: até 2012. 5.1.3.4 Requalificar o espaço do Clube ISCTE (ex-alunos) na Ala Autónoma: até

2010. 5.1.3.5 Adaptar o palco do Grande Auditório para a realização de encontros científicos

e profissionais internacionais, organização de espectáculos e eventos culturais, pelo ISCTE ou por entidades externas (aumentando a taxa de aluguer deste espaço): até 2012.

5.1.4 Modernizar os edifícios existentes

5.1.4.1 Proceder ao restauro estrutural do Edifício I (caixilharias, redes eléctricas, de ar condicionado e de comunicações, …): até 201l.

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5.1.4.2 Realizar o diagnóstico energético dos edifícios e colocar uma central fotovoltaica: até 2012.

5.1.4.3 Redefinir a sinalética interior e instalar sinalética externa de proximidade (ruas circundantes, cidade universitária, …): até 2010.

5.2 Novos projectos de desenvolvimento

5.2.1 Construir um novo edifício

Neste domínio, o novo projecto mais urgente seria a construção de um novo edifício, preferencialmente permitindo múltiplos usos e localizado em terrenos adjacentes aos actualmente ocupados pelo ISCTE. Esse edifício deveria permitir, nomeadamente, a instalação das unidades de prestação de serviços, de empreendorismo e de formação de adultos, bem como a disponibilização de instalações residenciais que suportassem o investimento previsto na internacionalização (em regime de hotel universitário).

O financiamento público necessário para a concretização deste objectivo serviria para a aquisição de terreno ou de instalações reconvertíveis para os usos referidos (eventualmente disponibilizáveis por reafectação de equipamentos integrados no parque público de edifícios). O ISCTE, pelo seu lado, responsabilizar-se-ia pelo financiamento da construção e equipamento do edifício, recorrendo a parcerias com outras entidades púb licas e /ou privadas.

Dado que o volume de financiamento deste objectivo representaria uma parte excessiva do financiamento total do programa de desenvolvimento, decidiu-se que ele seria objecto de tratamento específico em projecto autónomo, eventualmente em articulação com o projecto de infra-estruturas da área de hospitality e turismo no campo do Estoril.

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5.3 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 5

Eixo 5. Expandir e modernizar as infra-estruturas

5.1 Objectivos gerais

Objectivos Custos estimados (€)

5.1.1 Requalificar os espaços de ensino, investigação e prestação de serviços 3.000.000

5.1.2 Requalificar os espaços das actividades de gestão e de administração 900.000

5.1.3 Requalificar e ampliar os espaços com funções sociais 200.000

5.1.4 Modernizar os edifícios existentes 800.000

Custos totais estimados (€)

4.900.000

5.2 Novos projectos de desenvolvimento

Projectos Custos estimados (€)

5.2.1 Construir um novo edifício (projecto específico)

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6 EXPANDIR E MODERNIZAR OS RECURSOS DE APOIO AO ENSINO, À INVESTIGAÇÃO E À COMUNICAÇÃO

Apesar da expansão considerável dos últimos anos, a área dos recursos de apoio ao ensino e à investigação precisa de investimentos a curto prazo, nomeadamente no que se refere ao desenvolvimento de novos fundos bibliográficos e à expansão e modernização dos sistemas informáticos e dos recursos de comunicação interna e externa.

Atendendo ao aumento dos alunos e à diversificação da natureza das suas necessidades – na área das tecnologias, das telecomunicações, da arquitectura, dos laboratórios de gestão e tecnologias – é indispensável proceder à renovação do parque informático e audiovisua l. Acresce que, por um lado, o facto de o ISCTE estar a funcionar com três turnos lectivos – manhã, tarde e pós- laboral – faz com que não apenas aumente a necessidade de suportes logísticos para as actividades de ensino como acelera o natural desgaste dos materiais. Por outro lado, a abertura de novas áreas de ensino, a expansão para os segundo e terceiro ciclos e o crescimento das actividades de investigação fazem aumentar as necessidades de fundos documentais e de acesso à biblioteca.

Por fim, importa realçar que, no quadro das novas dinâmicas de competitividade que se colocam às instituições universitária, tanto no plano nacional como no internacional, aumentaram as necessidades de comunicação, vitais para a afirmação da imagem do ISCTE.

Mais especificamente, constituem objectivos do contrato-programa na área dos recursos de apoio ao ensino e à investigação:

— expandir os fundos bibliográficos e alargar o serviço da biblioteca; — expandir e modernizar os recursos tecnológicos para uso de alunos, docentes e

investigadores; — expandir e modernizar os recursos tecnológicos de comunicação interna

e externa.

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6.1 Objectivos e resultados esperados

6.1.1 Expandir os fundos bibliográficos e alargar o serviço da biblioteca

6.1.1.1 Investir na constituição de novos fundos bibliográficos nas novas áreas de desenvolvimento do ISCTE (políticas públicas, serviço social e turismo): constituição do fundo inicial até 2010.

6.1.1.2 Investir na expansão dos acessos a bases bibliográficas em linha e a bases de dados estatísticos: até 2014.

6.1.1.3 Investir na inclusão, em repositórios de acesso público, de documentos resultantes da produção científica dos seus docentes, investigadores e alunos: generalização até 2014, no âmbito da Declaração de Berlim de que o ISCTE é signatário.

6.1.1.4 Alargar o horário de funcionamento da biblioteca: até 2012.

6.1.2 Expandir e modernizar os recursos tecnológicos para uso de alunos, docentes e investigadores

6.1.2.1 Aumentar o recurso a suportes de e-learning/b-learning: até 2014. 6.1.2.2 Aumentar e modernizar progressivamente os recursos informáticos colocados

nas salas de aulas laboratoriais e nas salas de estudos dos alunos: até 2014. 6.1.2.3 Aumentar e modernizar progressivamente os equipamentos audiovisuais colocados

nas salas de aulas laboratoriais, nos anfiteatros e nos auditórios: até 2014. 6.1.2.4 Renovar parcialmente o parque informático nos gabinetes dos docentes: até 2010. 6.1.2.5 Implementar um sistema integrado de impressões para uso de alunos, docentes

e serviços: até 2010.

6.1.3 Expandir e modernizar os recursos tecnológicos de comunicação interna e externa

6.1.3.1 Expandir as funções de comunicação do novo sistema de gestão académica (Fénix): até 2010.

6.1.3.2 Desenvolver uma nova intranet de suporte à comunicação interna: até 2010. 6.1.3.3 Desenvolver um novo portal de suporte à comunicação externa: até 2010. 6.1.3.4 Articular os três sistemas (Fénix, intranet, portal): até 2011.

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6.2 Quadro-síntese e estimativa de custos do eixo 6

Eixo 6. Expandir e modernizar os recursos de apoio ao ensino, à investigação e à comunicação

6.1 Objectivos gerais

Objectivos Custos estimados (€)

6.1.1 Expandir os fundos bibliográficos e alargar o serviço da biblioteca 1.000.000

6.1.2 Expandir e modernizar os recursos tecnológicos para uso de alunos, docentes e investigadores

200.000

6.1.3 Expandir e modernizar os recursos tecnológicos de comunicação interna e externa

200.000

Custos totais estimados (€)

1.400.000

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Parte III. FINANCIAMENTO E CONSIDERAÇÕES FINAIS

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7 Custos totais e modelo de financiamento

O custo total estimado deste programa é de 20.500.000 euros. O quadro 1 especifica a distribuição dos custos por eixo estratégico.

Quadro 1 Custos estimados por eixo estratégico

Eixo Custos (€)

Eixo 1. Qualificar as actividades de ensino, centrando o seu desenvolvimento no segundo e terceiro ciclos 7.300.000

Eixo 2. Reforçar e internacionalizar a investigação e as suas articulações com o ensino 2.400.000

Eixo 3. Reorganizar e profissionalizar a prestação de serviços 2.300.000

Eixo 4. Reorganizar, qualificar e optimizar os recursos humanos, os processos de gestão e os serviços de acção social 2.200.000

Eixo 5. Expandir e modernizar as infra-estruturas 4.900.000

Eixo 6. Expandir e modernizar os recursos de apoio ao ensino, à investigação e à comunicação 1.400.000

Total 20.500.000

Parte do financiamento do programa poderá ser feito com receitas próprias, em proporção crescente ao longo dos cinco anos dado que a progressiva concretização das mudanças propostas permitirá também ir aumentando a capacidade para gerar receitas com as actividades da instituição. Estima-se que esta contribuição possa atingir €8.000.000.

Os restantes €12.500.000 seriam verbas públicas a disponibilizar pelo Governo através do contrato-programa a assinar no âmbito da passagem do ISCTE a fundação pública com regime de direito privado. Tendo em conta a menor disponibilidade inicial de receitas próprias, a distribuição anual do financiamento público seria decrescente, como especificado no quadro 2.

Quadro 2 Financiamento público anual solicitado (€)

Total 2009 2010 2011 2012 2013

12.500.000 3.500.000 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013 48/53

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta proposta de desenvolvimento do ISCTE para os próximos cinco anos reúne condições excepcionais para ser implementada com êxito.

Em primeiro lugar, devido à aprovação, pela Assembleia Estatutária, dos novos Estatutos do ISCTE. Os novos Estatutos estabelecem um melhor equilíbrio entre os requisitos da gestão participada e os da centralização estratégica do que o consignado nos actuais, o que permitirá desenvolver com mais eficácia os três vectores estratégicos da actividade do ISCTE: ensino (em especial pós-graduado), investigação e prestação de serviços.

Em segundo lugar, porque o aumento do financiamento público anunciado para 2009 não só deixa antever uma execução orçamental sem problemas como permitirá ainda começar a dar resposta a necessidades mais prementes de investimento.

Finalmente, no caso de se concretizar a passagem do ISCTE a fundação pública com regime de direito privado, a maior autonomia de gestão, as disponibilidades orçamentais suplementares plurianuais e a maior facilidade de mobilização de contributos financeiros externos permitem depositar um elevado grau de confiança na concretização deste programa de desenvolvimento.

Neste contexto estará facilitado o sucesso de programa agora apresentado e, consequentemente, o reposicionamento do ISCTE como research university com capacidade competitiva tanto no plano nacional como, sobretudo, no plano internacional.

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Anexo: quadro-síntese global

Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009- 2013

Áreas Eixos estratégicos Objectivos gerais e novos projectos Objectivos operacionais e resultados esperados

1.1 Objectivos gerais

1.1.1.1 Consolidar o peso da formação pós-graduada: 50% de alunos do ISCTE inscritos em cursos de segundo e terceiro ciclos até 2012 (num total de 8000)

1.1.1.2 Construir um portefól io de cursos de segundo ciclo equilibrando e articulando a oferta de mestrados disciplinares, de mestrados profissionalizantes e de formação pós-graduada não conducente a grau a funcionarem em horários diurnos e em horários pós-laborais: todas as escolas até 2011 1.1.1.3 Oferecer programas doutorais em todas as áreas científicas do ISCTE: todas as áreas até 2012

1.1.1.4 Oferecer cursos de pós-graduação de formação avançada de terceiro ciclo não conducente a grau com possibilidades de posterior mobilidade para os programas doutorais: todas as escolas até 2014

1.1.1 Reforçar o peso do ensino pós-graduado

1.1.1.5 Criar em cada escola pelo menos um programa pós-graduado premium que se distinga pela qualidade e pelo preço, fortalecendo assim a imagem de marca de cada área: todas as escolas até 2014 1.1.2.1 Aumentar em todas as licenciaturas a oferta de unidades curriculares em inglês: pelo menos 20% das unidades curriculares em todas as licenciaturas até 2014

1.1.2.2 Generalizar progressivamente o ensino em inglês no segundo ciclo: pelo menos 30% dos cursos de mestrado com todas as unidades curriculares em inglês até 2013

1.1.2.3 Generalizar o ensino em inglês no terceiro ciclo: maioria das actividades lectivas em inglês em todos os cursos de doutoramento até 2013

1.1.2.4 Desenvolver parcerias estratégicas nacionais assegurando o funcionamento, em cada escola, de pelo menos um curso de mestrado e um de doutoramento em duplo grau com instituições universitárias nacionais: todas as escolas até 2012

1.1.2.5 Desenvolver parcerias estratégicas internacionais assegurando o funcionamento, em cada escola, de pelo menos um diploma de mestrado e um de doutoramento em duplo grau com universidades estrangeiras: todas as escolas até 2013

1.1.2.6 Desenvolver a mobilidade internacional dos alunos aumentando em 50% a actual percentagem de alunos estrangeiros inscritos em cursos do ISCTE e de alunos do ISCTE envolvidos em programas internacionais: conjunto do ISCTE até 2014

1.1.2.7 Duplicar o número actual de docentes estrangeiros e visitantes no ISCTE, bem como o número de docentes do ISCTE com actividades de ensino noutros países: conjunto do ISCTE até 2014

1.1.2.8 Aumentar a taxa de exogamia docente dos actuais 50% para 60%: conjunto do ISCTE até 2014

1.1.2 Aumentar a mobilidade nacional e internacional de alunos e professores e a internacionalização das actividades de ensino

1.1.2.9 Aprofundar a cooperação já existente com instituições do ensino superior no Brasil, em Cabo-Verde e em Moçambique e alargá-la a Angola e Macau, nomeadamente no âmbito das formações de segundo e terceiro ciclos

1.1.3.1 Instituir como referência de tempo de contacto lectivo com os alunos em cada licenciatura 15h por semana (em média): todas as licenciaturas até 2011

1.1.3.2 Articular o ensino do primeiro ciclo com a investigação de modo a garantir que todos os alunos obtenham pelo menos 6 ECTS em contacto directo com actividades de investigação: todas as licenciaturas até 2012 1.1.3.3 Adequar os planos curriculares das licenciaturas de modo a garantir que todos os alunos obtenham pelo menos 6 ECTS em aquisição e desenvolvimento de competências gerais académicas, sociais e culturais (busca e tratamento de informação, resolução de problemas, pensamento crítico, responsabilização, cidadania e ética), bem como em empreendorismo: todas as licenciaturas até 2014

1.1.3.4 Optimizar o número de unidades curriculares por área científica, multiplicando as ofertas disciplinares em mais de um plano de estudos e eliminando as ofertas redundantes: todos os planos de estudo até 2010 1.1.3.5 Instituir um mínimo de 6 ECTS por curso que o aluno possa escolher livremente noutras áreas científicas: todas as licenciaturas e mestrados até 2012

1.1.3.6 Criar cursos de pós-graduação inter -escolas do ISCTE: pelo menos quatro mestrados em cooperação até 2011

I) Desenvolvimento científico das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços

1 Qualificar as actividades de ensino, centrando o seu desenvolvimento no segundo e terceiro ciclos

1.1.3 Melhorar e articular os planos de estudos

1.1.3.7 Instituir um modelo bietápico de progressão no programa doutoral, com selecção mais rigorosa na passagem para o 2.º ano, no momento da inscrição em tese de doutoramento: todos os programas até 2012

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009- 2013

Áreas Eixos estratégicos Objectivos gerais e novos projectos Objectivos operacionais e resultados esperados

1.1.4.1 Aumentar a qualificação científica dos docentes: 80% de doutorados (ETI) até 2014

1.1.4.2 Qualificar pedagogicamente os docentes: participação de cada docente em pelo menos uma actividade de formação pedagógica até 2012

1.1.4.3 Integrar em todos os programas doutorais o desenvolvimento de competências de docência dos alunos: todos os programas até 2010

1.1.4.4 Proceder à separação entre aulas teóricas, aulas práticas e aulas laboratoriais sempre que isso seja viável, optimizando as dimensões de cada tipo de turma de acordo com os respectivos objectivos pedagógicos: todas as licenciaturas até 2009 1.1.4.5 Reorganizar os turnos das aulas de modo a disponibilizar, em horário pós-laboral, tempos lectivos destinados a estudantes a tempo parcial: todas as licenciaturas até 2012

1.1.4.6 Instituir um sistema informatizado integrado de controlo da assiduidade de docentes e alunos: todos os cursos até 2014

1.1.4.7 Assegurar o acesso em linha aos sumários e fichas de unidades curriculares: todos os cursos até 2010

1.1.4 Melhorar as condições pedagógicas

1.1.4.8 Criar prémios pedagógicos, de diversos tipos, para professores: a partir de 2010

1.1.5.1 Criar condições para aumentar o sucesso escolar no primeiro ciclo: 80% em todas as licenciaturas até 2014

1.1.5.2 Criar condições para aumentar o sucesso escolar no segundo e terceiro ciclos: 80% das dissertações/projectos concluídos nos tempos previstos no momento da sua inscrição efectiva, até 2014

1.1.5.3 Criar um dispositivo de monitorização do processo pedagógico em cada unidade curricular: conjunto do ISCTE, até 2010

1.1.5.4 Duplicar o número de prémios de atracção e de mérito académico: conjunto do ISCTE, até 2014

1.1.5.5 Criar um dispositivo de tutoria dos alunos de primeiro ciclo: todas as licenciaturas, até 2011

1.1.5.6 Instituir bolsas que permitam captar alunos a tempo inteiro para os programas doutorais com disponibilidade para um maior envolvimento nas actividades de investigação e de docência: até 20% de alunos em cada programa doutoral, a partir de 2011

1.1.5.7 Desenvolver os mecanismos de promoção da inserção na vida activa: todas as escolas, até 2012

1.1.5 Promover o sucesso escolar e a empregabilidade

1.1.5.8 Desenvolver os mecanismos de monitorização dos percursos profissionais dos diplomados: todas as escolas, até 2012

1.2 Novos projectos

1.2.1 Desenvolver a área de políticas públicas 1.2.2 Desenvolver a área do ensino ao longo da vida

1 Qualificar as actividades de ensino, centrando o seu desenvolvimento no segundo e terceiro ciclos (continuação)

1.2.3 Criar a área de gestão de hotelaria e turismo

2.1 Objectivos gerais

2.1.1.1 Ter todas as unidades de investigação do ISCTE com classificação FCT de “excelente” ou “muito bom”: até 2014

2.1.1.2 Aumentar a quantidade e a qualidade da publicação científica internacional em cada unidade de investigação, sem descurar a publicação nacional e as actividades de divulgação científica: conseguir um rácio de uma publicação anual internacional e uma nacional por docente e investigador doutorado até 2013

2.1.1.3 Generalizar a disponibilização pública actualizada dos currículos de docentes e investigadores através da plataforma DeGois: até 2010

2.1.1.4 Implementar uma política de recursos humanos integrada que clarifique as funções de investigação e de docência e sua inter -relação, defina competências e responsabilidades, e estabeleça critérios de recompensa com base no mérito: até final de 2010

2.1.1.5 Criar padrões-tipo de afectação do tempo dos docentes a actividades de ensino, de investigação e de prestação de serviços, visando proporcionar aos docentes mais tempo contínuo de investigação, nomeadamente através de uma maior concentração das cargas curriculares e dos períodos lectivos dos cursos e da redução dos períodos de avaliações: até 2010

2.1.1.6 Aumentar o número de investigadores doutorados contratados, de investigadores de pós-doutoramento, de bolseiros de doutoramento e de bolseiros de investigação, potenciando as condições do respectivo enquadramento pelas unidades de investigação: pelo menos 20% dos investigadores de cada unidade de investigação até 2012 2.1.1.7 Aumentar o número de investigadores e bolseiros estrangeiros em cada unidade de investigação: pelo menos 10% do número de investigadores de cada unidade de investigação até 2014 2.1.1.8 Reforçar e alargar as parcerias estratégicas nacionais e internacionais por parte de cada unidade de investigação: pelo menos uma parceria nacional e outra internacional em cada unidade de investigação a partir de 2010 2.1.1.9 Estabelecer cátedras convidadas ou outras figuras de colaboração de cientistas seniores estrangeiros de elevada competência e reputação: a par tir de 2009

I) Desenvolvimento científico das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços (continuação)

2 Reforçar e internacionalizar a investigação e as suas articulações com o ensino

2.1.1 Aumentar a produção científica e a sua internacionalização

2.1.1.10 Alargar e diversificar o actual sistema de prémios de publicação e investigação do Indeg a professores, investigadores, bolseiros e estudantes de todas as escolas: a partir de 2009

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009- 2013

Áreas Eixos estratégicos Objectivos gerais e novos projectos Objectivos operacionais e resultados esperados

2.1.2.1 Estabelecer uma colaboração sistemática entre unidades de investigação e departamentos nos cursos de segundo e terceiro ciclos, designadamente no âmbito das escolas: desde 2009

2.1.2.2 Intensificar o acolhimento de estudantes de primeiro, segundo e terceiro ciclos pelas unidades de inves tigação, integrando- os em actividades científicas e contribuindo para a sua formação avançada em contexto de investigação: desde 2009

2.1.2.3 Estabelecer a colaboração nas actividades de ensino, de forma regular embora moderada, de investigadores doutorados contratados, investigadores de pós-doutoramento e bolseiros de doutoramento das unidades de investigação: desde 2009

2.1.2 Intensificar os laços da investigação com o ensino

2.1.2.4 Aumentar a inovação com base na investigação, nomeadamente no plano do ensino, através da transformação de produções e competências científicas das unidades de investigação em produtos e actividades de ensino, numa articulação intensa dessas unidades com as escolas e os departamentos: criação de pelo menos dois produtos inovadores por unidade de investigação até 2014

2.1.3.1 Investir fortemente nas condições físicas e logísticas, bem como nos recursos técnicos necessários à investigação, de modo a dotar cada unidade de investigação com os recursos necessários: até 2010

2.1.3.2 Reorganizar as estruturas de investigação de forma a dotar as unidades de investigação de massa crítica: até 2010

2.1.3.3 Criar estruturas de apoio técnico e desenvolver estratégias para a captação e gestão de projectos internacionais: até 2010

2.1.3 Reforçar os recursos da investigação

2.1.3.4 Alargar as parcerias com empresas e outras organizações, nacionais, estrangeiras e internacionais, para obter apoio financeiro suplementar, nomeadamente para as actividades de investigação mais aplicadas: até 2014.

2.2 Novos projectos

2.2.1 Criar o Laboratório Associado de Sociologia e Políticas Públicas

2.2.2 Criar o Laboratório Associado de Psicologia

2.2.3 Desenvolver a UNIDE como unidade de investigação de referência na área da gestão

2 Reforçar e internacionalizar a investigação e as suas articulações com o ensino (continuação)

2.2.4 Incentivar a emergência de novos projectos nas áreas das tecnologias, dos estudos internacionais e do turismo

3.1 Objectivos gerais

3.1.1.1 Constituir e iniciar o funcionamento do IPSI: até 2010

3.1.1.2 Internacionalizar as áreas de negócio do IPSI, em particular no espaço da CPLP: 10% das receitas até 2014

3.1.1 Criar o Instituto de Prestação de Serviços do ISCTE (IPSI)

3.1.1.3 Aumentar a parte das receitas próprias do ISCTE com origem na prestação de serviços: duplicar até 2014

3.1.2.1 Decidir o modelo de organização da área: até 2010

3.1.2.2 Constituir e iniciar o funcionamento da(s) instituição(ões) na área de empreendorismo e inovação: até 2010

3.1.2.3 Internacionalizar as áreas de negócio da(s) instituição(ões), em particular no espaço da CPLP: 10% das receitas até 2014

3.1.2.4 Aumentar a parte das receitas próprias do ISCTE com origem nas actividades de empreendorismo e inovação: duplicar até 2014

3.1.2.5 Criar um observatório do empreendorismo (ON_Empreendorismo) na instituição que, nesta área, ficar responsável pelas actividades de investigação e formação: até 2011

I) Desenvolvimento científico das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços (continuação)

3 Reorganizar e profissionalizar a prestação de serviços

3.1.2 Desenvolver e institucionalizar a área de empreendorismo e inovação

3.1.2.6 Acolher o Projecto ISCTE/MIT Portugal na instituição que, nesta área, ficar responsável pelas actividades de investigação e formação: até 2010

4.1 Objectivos gerais

4.1.1.1 Atribuir prioridade ao recrutamento de quadros técnicos com competências de planeamento, gestão e comunicação para apoio à direcção do Instituto nas áreas do ensino, da investigação e da prestação de serviços, a nível central e em cada escola: reestruturação dos serviços técnicos até 2010

4.1.1.2 Reorganizar as estruturas de apoio técnico à gestão do Instituto, nomeadamente nos domínios do planeamento e gestão dos sistemas internos de informação, da coordenação das estruturas descentralizadas e dos serviços, e da comunicação e imagem: até 2011

4.1.1.3 Reforçar a componente técnica dos serviços administrativos do Instituto: 1.ª fase até 2010

4.1.1.4 Reforçar a formação específica do pessoal não docente com funções técnicas: programa integrado de formação anual definido até 2010

II) Modernização dos processos de gestão, recursos e infra-estruturas

4 Reorganizar, qualificar e optimizar os recursos humanos, os processos de gestão e os serviços de acção social

4.1.1 Constituir uma tecnoestrutura de apoio à gestão

4.1.1.5 Desenvolver o sistema de avaliação do pessoal não docente (SIADAP) recorrendo a suporte informático adequado: até 2011

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009- 2013

Áreas Eixos estratégicos Objectivos gerais e novos projectos Objectivos operacionais e resultados esperados

4.1.2.1 Finalizar o desenvolvimento do sistema integrado de gestão académica (Fénix) em todas as suas componentes e âmbitos, enquanto suporte principal de um “balcão único” em linha interligando procedimentos académicos e pedagógicos: até 2010

4.1.2.2 Criar um sistema integrado de gestão financeira suportado por instrumentos de contabilidade analítica, por actividade e centro de custos, capaz de permitir a certificação full cost: até 2011

4.1.2.3 Reorganizar e articular os serviços de comunicação externa do ISCTE e, em particular, optimizar os procedimentos de circulação e gestão da informação a colocar na página Web do Instituto: até 2009

4.1.2.4 Implementar um novo sistema informatizado de gestão integrada da biblioteca: até 2011

4.1.2.5 Implementar as potencialidades do novo cartão inteligente (da CGD), nomeadamente nos domínios do controlo da assiduidade de discentes e docentes, bem como nos do pagamento de propinas e serviços diversos (impressões, estacionamento; …): até 2011

4.1.2 Reorganizar, qualificar e optimizar os procedimentos de gestão

4.1.2.6 Continuar o processo de certificação da qualidade dos serviços iniciado em 2008: atingir os níveis mais elevados de certificação até 2014.

4.1.3.1 Constituir os serviços de acção social: até 2009

4.1.3.2 Aumentar o número de bolsas de apoio social em todos os graus de ensino: criar sistema supletivo de bolsas com financiamento autónomo até 2010

4.1.3.3 Desenvolver os serviços sociais prestados na valência residência: duplicar o número de lugares de residência até 2011

4.1.3.4 Desenvolver os serviços sociais prestados na valência saúde: criando uma unidade integrada de saúde e apoio psicológico até 2010

4 Reorganizar, qualificar e optimizar os recursos humanos, os processos de gestão e os serviços de acção social (continuação)

4.1.3 Criar os serviços de acção social

4.1.3.5 Desenvolver os serviços sociais prestados na valência refeições: alargar o horário de funcionamento da restauração interna até 2010

5.1 Objectivos gerais

5.1.1.1 Melhorar o mobiliário e as condições físicas das salas de aulas do Edifício Central: até 2010

5.1.1.2 Melhorar as condições físicas das salas laboratoriais do Edifício Central e da Ala Autónoma: até 2011

5.1.1.3 Reequipar os auditórios de aulas e o anfitea tro Laginha do Edifício Central: até 2010

5.1.1.4 Melhorar a insonorização das salas de aulas (32) do Edifício II: até 2011

5.1.1.5 Acabar de mobilar os gabinetes dos docentes do Edifício II: até 2011

5.1.1.6 Instalar todos os centros de investigação nas alas Este e Norte, 2.º piso, do Edifício Central: até 2010

5.1.1 Requalificar os espaços das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços

5.1.1.7 Fazer a adaptação do hangar do Edifício II para instalar os laboratórios de gestão e tecnologias, o Audax e respectiva componente de incubadoras e o MIC (com a Microsoft): até 2010 5.1.2.1 Finalizar a instalação da reitoria e dos serviços da reitoria na ala Sul, 2.º piso, do Edifício Central: até 2010

5.1.2.2 Completar a instalação de todos os serviços centrais na ala Sul, 1.º piso, do Edifício Central: até 2010

5.1.2 Requalificar os espaços das actividades de gestão e de administração

5.1.2.3 Concentrar e reinstalar os secretariados dos departamentos e escolas: até 2010

5.1.3.1 Requalificar as esplanadas, pátios e praça central: até 201l

5.1.3.2 Melhorar a insonorização do espaço de restauração e cafetaria e transformá-lo parcialmente em serviços de cantina no âmbito da acção social: até 201l.

5.1.3.3 Melhorar o espaço para alojamento de docentes e discentes do Convento Santos-o-Novo: até 2012

5.1.3.4 Requalificar o espaço do Clube ISCTE (ex-alunos) na Ala Autónoma: até 2010

5.1.3 Requalificar e ampliar os espaços com funções sociais

5.1.3.5 Adaptar o palco do Grande Auditório para a realização de encontros científicos e profissionais internacionais, organização de espectáculos e eventos culturais, pelo ISCTE ou por entidades externas (aumentando a taxa de aluguer deste espaço): até 2012 5.1.4.1 Proceder ao restauro estrutural do Edifício I (caixilharias, r edes eléctricas, de ar condicionado e de comunicações, …): até 201l

5.1.4.2 Realizar o diagnóstico energético dos edifícios e colocar uma central fotovoltaica: até 2012

5.1.4 Modernizar os edifícios existentes

5.1.4.3 Redefinir a sinalética interior e instalar sinalética externa de proximidade (ruas circundantes, cidade universitária, …): até 2010

5.2 Novos projectos

II) Modernização dos processos de gestão, recursos e infra-estruturas (continuação)

5 Expandir e modernizar as infra-estruturas

5.2.1 Construir um novo edifício

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Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009- 2013

Áreas Eixos estratégicos Objectivos gerais e novos projectos Objectivos operacionais e resultados esperados

6.1 Objectivos gerais

6.1.1.1 Investir na constituição de novos fundos bibliográficos nas novas áreas de desenvolvimento do ISCTE (políticas públicas, serviço social e turismo): constituição do fundo inicial até 2010

6.1.1.2 Investir na expansão dos acessos a bases bibliográficas em linha e a bases de dados estatísticos: até 2014

6.1.1.3 Investir na inclusão, em repositórios de acesso público, de documentos resultantes da produção científica dos seus docentes, investigadores e alunos: generalização até 2014, no âmbito da Declaração de Berlim de que o ISCTE é signatário

6.1.1 Expandir os fundos bibliográficos e alargar o serviço da biblioteca

6.1.1.4 Alargar o horário de funcionamento da biblioteca: até 2012 6.1.2.1 Aumentar o recurso a suportes de e-learning/b-learning : até 2014

6.1.2.2 Aumentar e modernizar progressivamente os recursos informáticos colocados nas salas de aulas laboratoriais e nas salas de estudos dos alunos: até 2014 6.1.2.3 Aumentar e modernizar progressivamente os equipamentos audiovisuais colocados nas salas de aulas laboratoriais, nos anfiteatros e nos auditórios: até 2014

6.1.2.4 Renovar parcialmente o parque informático nos gabinetes dos docentes: até 2010

6.1.2 Expandir e modernizar os recursos tecnológicos para uso de alunos, docentes e investigadores

6.1.2.5 Implementar um sistema integrado de impressões para uso de alunos, docentes e serviços: até 2010

6.1.3.1 Expandir as funções de comunicação do novo sistema de gestão académica (Fénix): até 2010

6.1.3.2 Desenvolver uma nova intranet de suporte à comunicação interna: até 2010

6.1.3.3 Desenvolver um novo portal de suporte à comunicação externa: até 2010

II) Modernização dos processos de gestão, recursos e infra-estruturas (continuação)

6 Expandir e modernizar os recursos de apoio ao ensino, à investigação e à comunicação

6.1.3 Expandir e modernizar os recursos tecnológicos de comunicação interna e externa

6.1.3.4 Articular os três sistemas (Fénix, intranet, portal): até 2011