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Nos dias 06 e 12 de outubro foi rea- lizado pelo PDPL-RV, o curso de cas- queamento em bovinos, ministrado pelo médico veterinário Marcus Vi- nícius e pelo monitor de veterinária Sílvio Braga. O primeiro dia tratou- -se de questões teóricas e o segundo dos aspectos práticos. A etapa teórica envolveu as prin- cipais enfermidades, como: gabarro, podridão e verruga de casco, erosão de talão, úlcera de sola, doença da li- nha branca, abscesso de sola, úlcera de sola entre outros. Assim como, seus tratamentos, os impactos econômicos, os fatores pre- disponentes (nutricionais, genéticos, ambientais e infecciosos) e como previní-los. A etapa prática foi realizada em duas fazendas assistidas pelo Progra- ma, na fazenda Oásis em Coimbra e na fazenda Chácara em Ervália, nessa etapa todos os estagiários pra- ticaram como fazer o casqueamento preventivo, além de poder tratar al- gumas enfermidades de casco, bem como avaliaram o escore de locomo- ção dos animais. Logo, o curso foi bastante provei- toso e importante na formação dos estagiários do PDPL-RV, onde pude- ram ter mais contato com essa pato- logia que causa grandes prejuízos ao produtor de leite. Curso de casqueamento Rafael Gasparoni Estudante de Agronomia PDPL-RV oferece curso de produção de cana-de-açúcar para alimentação de ruminantes O Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira promoveu, entre os dias 10 e 14 de outubro, a tercei- ra edição do curso de Produção de cana-de-açúcar para alimentação de ruminantes. Ministrado pelo professor Mauro Wagner de Oliveira, o curso contou com a participação de aproximada- mente 40 estudantes. Com o objetivo de contribuir para um uso mais racional dos recursos naturais, o curso foi dividido em tre- ze módulos que abordam diversos aspectos da utilização da cana-de- -açúcar na alimentação, desde a im- plantação do canavial até os proces- sos de adubação. Segundo o professor Wagner, o curso não beneficia apenas os es- tudantes. “Além deles, também são beneficiados os produtores assistidos pelos estudantes e nós, que teremos a Lucas Lucena Estudante de Jornalismo oportunidade de questionar algumas das informações que a gente tem, e realizar novas pesquisas”. Dessa forma, ele espera que o curso contribua para uma formação ainda melhor dos estagiários do Progra- ma e para que a pecuária da zona da mata seja ainda mais competitiva. O curso é a continuidade de alguns estudos já desenvolvidos há cerca de cinco anos pelo professor na Zona da Mata, sempre em parceria com o PDPL-RV. “O conhecimento deve ser trans- mitido”, foi diante dessa filosofia que o professor Romeu Sampaio, minis- trou o curso de contenção de bovinos nos dias 7 e 8 de outubro, para os es- tagiários calouros da terceira fase do PDPL-RV. O curso foi dividido em duas eta- pas, teórica e prática. Na primeira Ítalo Ribeiro Volpini Estudante de Med Veterinária Curso de contenção de bovinos com o Professor Romeo Sampaio o professor comentou a respeito da história e dos diversos tipos de con- tenção e aplicações, da imensa va- riedade de cordas e suas respectivas indicações, e diversos outros intru- mentos utilizados na contenção de grandes animais. Já a segunda etapa, foi composta pela prática demonstrada nos pró- prios animais da Unidade de Ensi- no Pesquisa e Extensão em Gado de Leite (UEPE-GL) da Universidade Federal de Viçosa, onde o professor, evidenciando muita experiência e di- dática, simulou a aplicabilidade dos diferentes métodos de contenção ci- tados na parte teórica do curso. O gosto em ensinar e a paciência de Romeu Sampaio, foram elementos fundamentais para o sucesso do cur- so e o imenso aprendizado por parte dos estagiários, já que a contenção de bovinos é de grande aplicabilidade durante as tarefas realizadas nas fa- zendas. Hoje para que uma empresa obte- nha sucesso é preciso se preocupar essencialmente com a qualidade do alimento, desta forma, o PDPL-RV promoveu no dia 14 de setembro, uma palestra sobre gestão da quali- dade, realizada pelo professor Aziz Galvão da Silva Júnior, do Departa- mento de Economia Rural da UFV. No setor agropecuário, a certifica- ção é de extrema importância, pois possibilita mostrar informações que são fundamentais, sendo assim, du- rante a palestra foram abordadas as principais ferramentas utilizadas pe- las empresas para a organização e o alcance de um padrão de qualidade, como a 5S, APPCC, FMEA, entre outras. Deste modo, esse assunto foi de extrema importância para o conheci- mento dos estagiários do PDPL-RV, pois possibilitou uma visão mais am- pla da empresa rural no sentido de se produzir com qualidade utilizando medidas simples. Anna Scarpa Estudante de Agronegócio A Qualidade no Agronegócio Adsorventes de micotoxinas na alimentação do rebanho p.2 Dicas do zootecnista A importância da água na alimen- tação do rebanho leiteiro p.2 Uso da blitz terapia na redução da CCS do rebanho p.2 Qualidade do leite Entendendo a equação de perdas pelo teste CMT p.4 Prof. Romeu Sampaio ministrando curso Estagiário realizando casqueamento Aloísio Moraes Lopes, zootecnista, técnico da Nutron®, ministrou no dia 27 de novembro uma palestra para os estagiários e técnicos do PDPL-RV, sobre novos conceitos em alimenta- ção de ruminantes, e contou com a participação de Esley P. Belo, ex-es- tagiário do Programa e dono de uma revenda que representa a Nutron na região. Foi enfatizada a importância de despender tempo e cuidados com as vacas no período de transição que vai de 30 dias antes do parto até 70 dias pós parto, o chamado “contrato de 100 dias”, que consiste basicamente em fornecer para a vaca alimenta- ção, ambiente e cuidados adequa- dos. Hoje, além de produção leiteira, busca-se através da nutrição, melhor sanidade animal, no que tange à saú- de dos cascos, mastite e doenças me- tabólicas. Outro ponto comentado foi a res- peito da produção eficiente de ali- mentos, a partir de um planejamento completo e execução correta dos procedimentos de plantio, colheita, armazenamento e também compra de insumos. Segundo Aloísio, a atividade lei- teira tem sua base apoiada na tríade terra-vaca-homem, e com esses três pontos trabalhados em conjunto, é possível formar a simbiose ideal para o sucesso do negócio. Novos conceitos em alimentação de ruminantes Fabiana Cirino dos Santos Estudante de Med. Veterinária Jornal da Produção de Leite / Ano XX - Número 271 - Viçosa, MG - Outubro de 2011 PDPL-RV Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl

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Nos dias 06 e 12 de outubro foi rea-lizado pelo PDPL-RV, o curso de cas-queamento em bovinos, ministrado pelo médico veterinário Marcus Vi-nícius e pelo monitor de veterinária Sílvio Braga. O primeiro dia tratou--se de questões teóricas e o segundo dos aspectos práticos.

A etapa teórica envolveu as prin-cipais enfermidades, como: gabarro, podridão e verruga de casco, erosão de talão, úlcera de sola, doença da li-nha branca, abscesso de sola, úlcera de sola entre outros.

Assim como, seus tratamentos, os impactos econômicos, os fatores pre-

disponentes (nutricionais, genéticos, ambientais e infecciosos) e como previní-los.

A etapa prática foi realizada em duas fazendas assistidas pelo Progra-ma, na fazenda Oásis em Coimbra e na fazenda Chácara em Ervália, nessa etapa todos os estagiários pra-ticaram como fazer o casqueamento preventivo, além de poder tratar al-gumas enfermidades de casco, bem como avaliaram o escore de locomo-ção dos animais.

Logo, o curso foi bastante provei-toso e importante na formação dos estagiários do PDPL-RV, onde pude-ram ter mais contato com essa pato-logia que causa grandes prejuízos ao produtor de leite.

Curso de casqueamentoRafael GasparoniEstudante de Agronomia

PDPL-RV oferece curso de produção de cana-de-açúcar para alimentação de ruminantes

O Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira promoveu, entre os dias 10 e 14 de outubro, a tercei-ra edição do curso de Produção de cana-de-açúcar para alimentação de ruminantes.

Ministrado pelo professor Mauro Wagner de Oliveira, o curso contou com a participação de aproximada-mente 40 estudantes.

Com o objetivo de contribuir para um uso mais racional dos recursos naturais, o curso foi dividido em tre-ze módulos que abordam diversos aspectos da utilização da cana-de--açúcar na alimentação, desde a im-plantação do canavial até os proces-sos de adubação.

Segundo o professor Wagner, o curso não beneficia apenas os es-tudantes. “Além deles, também são beneficiados os produtores assistidos pelos estudantes e nós, que teremos a

Lucas LucenaEstudante de Jornalismo

oportunidade de questionar algumas das informações que a gente tem, e realizar novas pesquisas”.

Dessa forma, ele espera que o curso contribua para uma formação ainda melhor dos estagiários do Progra-ma e para que a pecuária da zona da mata seja ainda mais competitiva.

O curso é a continuidade de alguns estudos já desenvolvidos há cerca de cinco anos pelo professor na Zona da Mata, sempre em parceria com o PDPL-RV.

“O conhecimento deve ser trans-mitido”, foi diante dessa filosofia que o professor Romeu Sampaio, minis-

trou o curso de contenção de bovinos nos dias 7 e 8 de outubro, para os es-tagiários calouros da terceira fase do PDPL-RV.

O curso foi dividido em duas eta-pas, teórica e prática. Na primeira

Ítalo Ribeiro Volpini Estudante de Med Veterinária

Curso de contenção de bovinos com o Professor Romeo Sampaio

o professor comentou a respeito da história e dos diversos tipos de con-tenção e aplicações, da imensa va-riedade de cordas e suas respectivas indicações, e diversos outros intru-mentos utilizados na contenção de grandes animais.

Já a segunda etapa, foi composta pela prática demonstrada nos pró-prios animais da Unidade de Ensi-no Pesquisa e Extensão em Gado de Leite (UEPE-GL) da Universidade Federal de Viçosa, onde o professor, evidenciando muita experiência e di-dática, simulou a aplicabilidade dos diferentes métodos de contenção ci-tados na parte teórica do curso.

O gosto em ensinar e a paciência de Romeu Sampaio, foram elementos fundamentais para o sucesso do cur-so e o imenso aprendizado por parte dos estagiários, já que a contenção de bovinos é de grande aplicabilidade durante as tarefas realizadas nas fa-zendas.

Hoje para que uma empresa obte-nha sucesso é preciso se preocupar essencialmente com a qualidade do alimento, desta forma, o PDPL-RV promoveu no dia 14 de setembro, uma palestra sobre gestão da quali-dade, realizada pelo professor Aziz Galvão da Silva Júnior, do Departa-mento de Economia Rural da UFV.

No setor agropecuário, a certifica-ção é de extrema importância, pois

possibilita mostrar informações que são fundamentais, sendo assim, du-rante a palestra foram abordadas as principais ferramentas utilizadas pe-las empresas para a organização e o alcance de um padrão de qualidade, como a 5S, APPCC, FMEA, entre outras.

Deste modo, esse assunto foi de extrema importância para o conheci-mento dos estagiários do PDPL-RV, pois possibilitou uma visão mais am-pla da empresa rural no sentido de se produzir com qualidade utilizando medidas simples.

Anna ScarpaEstudante de Agronegócio

A Qualidade no Agronegócio Adsorventes de micotoxinas na alimentação do rebanho p.2

Dicas do zootecnistaA importância da água na alimen-tação do rebanho leiteiro p.2

Uso da blitz terapia na redução da CCS do rebanho p.2

Qualidade do leiteEntendendo a equação de perdas pelo teste CMT

p.4

Prof. Romeu Sampaio ministrando curso

Estagiário realizando casqueamento

Aloísio Moraes Lopes, zootecnista, técnico da Nutron®, ministrou no dia 27 de novembro uma palestra para os estagiários e técnicos do PDPL-RV, sobre novos conceitos em alimenta-ção de ruminantes, e contou com a participação de Esley P. Belo, ex-es-tagiário do Programa e dono de uma revenda que representa a Nutron na região.

Foi enfatizada a importância de despender tempo e cuidados com as vacas no período de transição que vai de 30 dias antes do parto até 70 dias pós parto, o chamado “contrato de 100 dias”, que consiste basicamente

em fornecer para a vaca alimenta-ção, ambiente e cuidados adequa-dos. Hoje, além de produção leiteira, busca-se através da nutrição, melhor sanidade animal, no que tange à saú-de dos cascos, mastite e doenças me-tabólicas.

Outro ponto comentado foi a res-peito da produção eficiente de ali-mentos, a partir de um planejamento completo e execução correta dos procedimentos de plantio, colheita, armazenamento e também compra de insumos.

Segundo Aloísio, a atividade lei-teira tem sua base apoiada na tríade terra-vaca-homem, e com esses três pontos trabalhados em conjunto, é possível formar a simbiose ideal para o sucesso do negócio.

Novos conceitos em alimentação de ruminantes

Fabiana Cirino dos SantosEstudante de Med. Veterinária

Jornal da Produção de Leite / Ano XX - Número 271 - Viçosa, MG - Outubro de 2011

PDPL-RV Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa www.ufv.br/pdpl

Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira da Região de Viçosa

Publicação editada sob a responsabilidade do

Coordenador do PDPL-RV:Prof. Sebastião Teixeira

Gomes

Jornalista Responsável:José Paulo Martins

(MG-02333-JP)

Redação:Christiano Nascif

Zootecnista

Marcus Vinícius C. MoreiraMédico Veterinário

André NavarroMédico Veterinário

Thiago Camacho RodriguesEngenheiro Agrônomo

Evaldo Paulo FirminoZootecnista

Diagramação e coordenação gráfica:

Camila Caetano

Impressão:Suprema Gráfica e Editora

(32) 3551 2546

Endereço do PDPL-RV: Ed. Arthur Bernardes

Subsolo/ Campus da UFVCep: 36570-000

Viçosa - MG

Telefax: (31) 3899 5250E-mail: [email protected]

www.pdpl.ufv.br

Twitter: @PDPLRVFacebook: Pdpl Minas Gerais

Jornal da Produção de Leite

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Isabela Guimarães Arantes

Estudante de Zootecnia

A maioria dos produtores e técni-cos se empenham em elaborar uma dieta balanceada para os animais, com níveis adequados de proteína e energia, porém muitas vezes se esquecem que a água é um dos nu-trientes mais importantes na alimen-tação animal.

Vacas em lactação requerem uma quantidade significativa de água, uma vez que o leite é composto de 87 a 88% desse nutriente. Assim, ela deve estar à disposição dos animais e próxima dos cochos de alimentação.

Normalmente, as vacas consomem 8,5 litros de água para cada litro de leite produzido, portanto, torna-se extremamente necessário garantir que o animal tenha acesso à água em quantidade e qualidade satisfatórias.

A quantidade de água que o animal ingere por dia varia em função da produção, do peso do animal, além de variáveis climáticas, como tempe-ratura e umidade, e teor de matéria seca da dieta, ou seja, com dietas mais secas o animal tende a consu-mir mais água.

Um dos fatores preocupantes e que deve ser levado em consideração é quanto à qualidade da água oferecida aos animais. Para isso torna-se ne-cessário realizar pelo menos uma vez por semana uma boa limpeza dos be-bedouros, os quais podem ser desin-fetados com a utilização de água sa-nitária ou cal. Caso haja suspeita de que a água disponível não esteja com qualidade adequada, recomenda-se fazer análise laboratorial para verifi-car os níveis de minerais e possíveis contaminações bacterianas.

Os problemas mais comuns são os elevados teores de sulfato, onde a água fica com odor de ovo e de ferro, que a confere sabor metálico. Nestes casos o animal poderá ter o consumo de água reduzido e ainda prejudicar a absorção de outros minerais como cobre, zinco e selênio.

Poderá conter ainda elevados níveis de nitrato, que podem levar a pro-blemas de intoxicação dos animais, uma vez que no rúmen o nitrato será convertido em nitrito que uma vez absorvido diminui a capacidade de transporte de oxigênio do sangue.

Deste modo, existem vários parâ-metros para verificar se a água é de boa qualidade, dentre eles: proprie-

dades organolépticas (cor, odor e sabor), propriedades químicas (pH, sólidos totais dissolvidos e dure-za), presença de compostos tóxicos, presença de excesso de minerais ou compostos, e presença de bactérias.

O pH ideal deve estar próximo da faixa de neutralidade (pH 7,0), valo-res acima de 7,6 indicam alcalinida-de, podendo apresentar níveis eleva-dos de cálcio e magnésio, tornando a água imprópria para o consumo.

Assim como, a presença de bacté-rias na água, que indica presença de matéria orgânica e/ou contaminação fecal (coliformes) havendo a necessi-dade de tratamento (cloração).

Dicas para maximizar a produção de leite:- maximize a ingestão de matéria seca;

A tabela abaixo apresenta os valores ideais para uma água de boa qualidade:

- instale bebedouros na saída da or-denha;- evite água fria ou quente, os ani-mais preferem água morna (tempe-ratura entre 25 e 30 °C);- Instale bebedouros no máximo a 15 metros do cocho de alimentação;- Lave os bebedouros pelo menos uma vez por semana;- Monitore a qualidade da água;- Sempre que possível faça o trata-mento da água com cloro.

Seguindo essas dicas o produtor estará oferecendo ao seu rebanho uma água de boa qualidade. Por isso, deve-se procurar métodos seguros, para que os animais sempre recebam água de boa qualidade, e assim, pos-sam ter saúde para expressar o seu desempenho produtivo dentro da propriedade leiteira.

A importância da água na alimentação do rebanho leiteiro

Valores ideais pH 7,0 Coliformes fecais e totais 0 Sólidos totais até 500 mg/L Sulfatos até 10 mg

Dicas do zootecnista

A CCS, contagem de células somá-ticas, é um índice que reflete a preva-lência de casos de mastite subclínica no rebanho. Uma alta CCS provoca relevantes perdas econômicas ao produtor, que passa a ter quedas na produção diária e um leite com me-nor qualidade, além dos gastos com medicamentos no tratamento dos animais infectados.

Os principais causadores de mas-tite nos rebanhos leiteiros são Sta-phylococcus aureus e Streptococcus agalactiae. Contudo, o patógeno que ocorre em maior incidência e que contribui com maior aumento na

CCS do tanque é o Streptococcus agalactiae.

Por não sobreviver muito tempo fora do úbere do animal a erradica-ção desse patógeno pode ser realiza-da com a utilização da Blitz Terapia, mesmo em casos de mastite sub-clí-nica, aliada a boas práticas de mane-jo de ordenha, como o uso de luvas pelo ordenhador, de pré-dipping, com posterior secagem dos tetos e pós-dipping.

Em maio desse ano, na propriedade Agropecuária Bela Vista do produtor José Afonso Frederico, em Coimbra, foi constatada uma alta CCS no reba-nho, em torno de 719 mil células/ml. Realizou-se então, o pool de tanque, onde foi observada grande infestação por Streptococcus agalactiae.

Assim, foi recomendada a reali-

zação da Blitz Terapia, sendo feita a coleta individual do leite e a análise microbiológica das 28 vacas em lac-tação, sendo que destas, 32% apre-sentavam infecção por S. agalactiae e, portanto seriam submetidas a Blitz Terapia.

Após esse processo é preciso fazer a escolha do melhor medicamento a ser utilizado no rebanho, podendo ser os beta-lactâmicos, como as pe-nicilinas e as cefalosporinas. Sendo necessário observar a suscetibilidade do patógeno a estes medicamentos e o período de carência demandado pelo mesmo.

No caso da propriedade em ques-tão, foi optado por uma cefalospo-rina de última geração, pois este demanda menor tempo de descarte do leite. Assim, o tratamento foi rea-

lizado e o custo por animal ficou em torno de R$ 80,00.

O sucesso do tratamento foi cons-tatado pelos baixos índices de CCS verificados após a Blitz Terapia, em torno de 378 mil células/ml na aná-lise feita em julho, havendo 52% de queda se comparado ao mês de maio.

Dessa forma, a Blitz Terapia surge como uma ferramenta que auxilia o produtor no combate ao S. agalac-tiae, reduzindo a CCS no tanque e promovendo sua inserção nas novas normas da IN-51.

Com isso, há um aumento no re-torno financeiro da propriedade, de-vido a um incremento na produção leiteira e também do preço recebido, caso ele receba por qualidade, o que já é uma realidade para muitos pro-dutores.

Uso da blitz terapia na redução da CCS do rebanhoIngryd Lanna Estudante de Medicina Veterinária

Marcelo Bianco Estudante de Zootecnia

Uma alimentação de qualidade é fator fundamental para se ter suces-so na atividade leiteira. Com a busca por um sistema mais intensificado e com maior produtividade, é muito importante avaliar o valor nutricio-nal e a qualidade dos alimentos for-necidos aos animais.

A utilização de aditivos na alimen-tação animal tem sido uma prática comum na atividade leiteira, tendo dentre outras finalidades a melhoria do desempenho dos animais, sendo que um dos utilizados são os AAM, aditivos adsorventes de micotoxinas.

É válido ressaltar que as micoto-

xinas são substâncias tóxicas produ-zidas por fungos, e as mais encon-tradas na região são as aflatoxinas e fusariotoxinas.

Os AAM têm basicamente o efei-to de se ligar a micotoxina no trato digestivo do animal e evitar que ele seja absorvido junto com os demais nutrientes, fazendo com que ele saia nas fezes, o que não gera prejuízo ao animal.

Entretanto, existe também a pos-sibilidade deste aditivo se ligar a um nutriente, impedindo que ele seja ab-sorvido, causando um efeito indese-jado. Daí a importância de se utilizar produtos testados.

A utilização dos AAM faz-se ne-cessário principalmente quando o alimento sofre algum processo de deterioração. Porém, como a maioria dos alimentos utilizados em dietas de

vacas leiteiras é contaminada, con-forme análises feitas no sul do país, a inclusão de AAM com ação compro-vada tem sido um método eficaz de contornar essa situação.

A inclusão de 30 a 60 gramas de AAM por vaca/dia tem sido suficien-te para diminuir em cerca de 70% a absorção de micotoxinas, reduzindo assim as perdas produtivas e refletin-do diretamente na rentabilidade da produção.

Quando os níveis de contaminação são baixos ocorrem perdas subclíni-cas como: queda na produção, baixo desempenho reprodutivo e aumento na incidência de doenças.

Já com o aumento dessa concen-tração os animais podem chegar à morte, o que gera grandes prejuízos econômicos. Além das perdas em re-lação ao animal, deve ser ressaltado

a segurança alimentar, uma vez que as micotoxinas podem contaminar o leite. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) permite como limite máximo 0,5 µg de aflotoxina M1/kg de leite.

Os animais em pico de lactação são os mais afetados em razão da supres-são do sistema imune nessa fase pro-dutiva. Os sintomas podem incluir: redução da produção e consumo de alimentos, pêlos opacos, diarréia in-termitente e problemas reprodutivos em geral que variam desde demons-tração e regularidade de cios até morte embrionária.

Pensando nas vantagens da utili-zação dos aditivos na alimentação, o produtor Paulo Martiniano Cuperti-no, proprietário da fazenda Ipiranga, município de Coimbra-MG, decidiu junto com a equipe técnica do PDPL-

-RV incluir o AAM na alimentação dos animais. A partir de então, o pro-prietário tem conseguido alcançar bons resultados.

Assim, a prevenção é a melhor al-ternativa no controle de prejuízos causados pelas micotoxinas, sendo importante um adequado manejo das matérias primas para evitar a proliferação de fungos nas lavouras e silagens.

Isso é alcançado através de um manejo correto de ensilado, uso de inoculantes conhecidos e testados, transporte e armazenamento de grãos em ambiente favorável e com teor de umidade adequado, a fim de evitar ao máximo perdas na qualida-de do produto que influenciam dire-tamente na produção e no bolso do produtor.

Adsorventes de micotoxinas na alimentação do rebanhoLucas Bianchi CoutoEstudante de Zootecnia

Vivian RodriguesEstudante de Medicina Veterinária

Momento do Produtor: Renato Alves de Castro Júnior

3

Pablyo de FreitasEstudante de Med. Veterinária

Leonardo SimanEstudante de Agronomia

A fazenda Valão, propriedade do senhor Renato Alves de Castro Jú-nior está localizada no município de Pedra do Anta - MG. Possui 220 hec-tares, dos quais 70 ha são áreas de re-serva e 150 ha são destinados à pecu-ária leiteira. Destes, 5 ha destinam-se ao plantio de sorgo para silagem; 7 ha à cana de açúcar; 1,2 ha à capinei-ra, e 136,8 ha são pastagens de bra-quiária, sendo que 8,4 ha são usados sob forma de piquetes rotacionado.

Há seis anos, quando a fazenda foi adquirida, não havia qualquer insta-lação e pastagem formada. Aos pou-cos foram feitos investimentos em benfeitorias, abertura de estradas e plantio de forrageiras. Inicialmente, construiu-se o estábulo, com curral, sala de ordenha e sala de leite. Depois foram formadas parte das pastagens, dos canaviais e capineiras da proprie-dade, e logo após foram adquiridos os animais.

Como desde o início o proprietário definiu que sua fazenda se destinaria à produção de leite, o produtor com-prou vacas com boa aptidão leiteira, com graus de sangue que variavam de 1/4 HZ à 3/4 HZ.

Em agosto de 2010 em busca de assistência técnica e gerencial para seu melhor desenvolvimento dentro da atividade, o proprietário passou a fazer parte do PDPL-RV.

Juntos, proprietário, funcionários, técnicos e estagiários participaram da elaboração do bezerreiro e do pro-jeto de divisão dos pastos, e tomaram decisões importantes para o avanço da propriedade, como uso de IATF, silagem de sorgo e outros aspectos nutricionais, gerenciais e de manejo.

Além disso, uma mudança muito significativa que vem sendo aplicada na propriedade é o emprego do alei-tamento artificial, promovendo a re-tirada do bezerro da sala de ordenha, o que facilita de forma significativa o manejo de ordenha.

Atualmente, no período das águas, a propriedade utiliza o sistema de piquetes, com pastejo rotacionado, usando capim braquiária brizantha. As vacas em lactação rodam em 20 piquetes de 4000 m², com capacidade para 40 vacas, com 1 dia de ocupa-ção e 25 dias de descanso. Porém, há o uso de 3 pastos reserva, utilizados em caso de estiagens, de 4,5 ha, onde há menor intensidade de manejo.

As vacas ainda recebem cana de açúcar corrigida com uréia/SA na seca e capim elefante picado no co-cho nas águas, misturados ao con-centrado, sendo que a quantidade de concentrado por vaca é calculada em relação à produção, período de lac-tação e condição de escore corporal.

Hoje, a fazenda possui em seu plan-tel 77 vacas em lactação, 51 vacas se-cas, 10 novilhas em idade reproduti-

va, 74 fêmeas em recria e 6 bezerras em aleitamento, mas o rebanho ain-da não está estabilizado.

A cria é feita em bezerreiro indivi-dual, do tipo contínuo, com o empre-go de manejo que proporciona ga-nho de peso, em média, de 630g/dia. As novilhas recebem pasto nas águas, e na seca recebem cana corrigida pi-cada no cocho e concentrado. Um ponto a ser melhorado na fazenda é a idade ao primeiro parto prevista, que atualmente é de 38 meses.

Em relação ao manejo reprodutivo dos animais, é usada a inseminação artificial, sendo utilizado sêmen se-xado nas novilhas e vacas com bom histórico reprodutivo.

Outra tecnologia que vem sendo empregada na propriedade é a in-seminação artificial em tempo fixo (IATF), na qual se tem conseguido uma taxa de concepção de 42,2%.

É válido ressaltar que um ótimo in-vestimento feito pelo produtor foi a implantação de uma fábrica de ração na propriedade, o que lhe permite

Como mostrado na tabela, houve uma variação positiva e considerável de todos os indicadores, principal-mente com referência ao valor de produção de leite que aumentou em 100%.

Com isso levou a uma maior efi-ciência com relação à utilização da mão de obra, que ocorreu devido ao aumento da quantidade de vacas em lactação sobre o total de vacas, e

ainda pela maior produtividade por vaca em lactação.

Neste sentido, o produtor Renato Alves de Castro Júnior acredita na pecuária leiteira, e vem investindo cada vez mais em sua propriedade. E com o auxílio do PDPL-RV vem crescendo gradativamente neste se-tor tão competitivo que requer pro-fissionalismo e eficiência para se ob-ter sucesso.

produzir concentrado de boa quali-dade a um custo reduzido.

Na propriedade tem sido produzi-do leite de boa qualidade, tendo em vista que a CBT média do leite, no último ano, foi em torno de 90 mil UFC/ml, o que conferiu à proprieda-de o segundo lugar do torneio leitei-ro do PDPL-RV nesse quesito.

Isso vem sendo alcançado devido aos cuidados em relação à ordenha, como manutenção da limpeza no ambiente, realização dos procedi-mentos de forma correta, higieniza-ção dos equipamentos e os demais cuidados referentes à saúde dos ani-mais.

Deste modo, após ingressar no PDPL-RV houve uma grande evolu-ção na propriedade, em resposta ao melhor manejo nutricional, reprodu-tivo, sanitário e melhoramento gené-tico, evidenciada através dos índices zootécnicos, bem como as metas que foram estabelecidas para serem atin-gidas ao longo dos anos, como apre-sentadas na tabela abaixo:

Vacas em lactação/total de vacas % 38 58 53% 70

Indicador Unid. set/10 out/11 set/10 a out/11 out/12

Vacas em lactação/total do % 17 30 77% 42 rebanho

Produção diária L/dia 350 700 100% 1000

Produção/vaca em lactação L/VL/dia 7,6 9,8 29% 11,4

Produção/MDO permanente L/dH 70 130 92% 200

Fernanda Carvalho Estudante de Zootecnia

Proprietário acompanhado por seu pai

Vista panorâmica da propriedade

Curral de alimentação

Lote de animais em recriaCapineira

Início Hoje Variação Futuro PDPL-RV

4

1 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 149.877

2 Davi Carvalho Senador Firmino 96.850 3 José Afonso Frederico Coimbra 71.870 4 Hermann Muller Visconde do Rio Branco 54.154 5 Marco Túlio Kfouri Oratórios 50.955 6 Paulo Martiniano Cupertino Coimbra 39.760

7 Paulo Frederico Araponga 31.600 8 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 30.915

9 José Renato Araújo Piranga 27.297 10 Danilo de Castro Ervália 25.192

Produtor Município Produção

As 10 maiores produções do mês de setembro de 2011

1 Ozanan Luiz Moreira Ubá 29,91 29,91 2 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 33,53 28,07

3 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 22,90 18,74

4 Rogério Barbosa Teixeiras 22,50 18,28

5 Davi Carvalho Senador Firmino 22,58 18,14

6 José Afonso Frederico Coimbra 21,58 17,49 7 Alvimar Sérgio Carvalho Teixeiras 21,28 17,02 8 Paulo Martiniano Cupertino Coimbra 18,41 16,57 9 Antônio Carlos Reis Piranga 18,96 16,38

Produtor Município Produtividade Produtividade por vacas em por vaca total lactação

As 10 maiores produtividades do mês de setembro de 2011

Entendendo a equação de perdas pelo teste do CMTQualidade do leiteLeandro Swerts da SilvaEstudante de Medicina Veterinária

1 Luis Maciel de Lana Ubá 104 2 Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 121

3 Davi Carvalho Senador Firmino 164

4 Renato Santana Saraiva Porto Firme 169 5 José Afonso Frederico (Bela Vista) Coimbra 181 6 Roque Maciel Piranga 182

7 Antônio Carlos Reis Piranga 206 8 Edmar Lopes Canaã 207

9 Cléber Luiz de Oliveira Magalhães Divinésia 235 10 Wilma Lúcia de Paiva Pedra do Anta 237

Produtor Município CCS (mil/ml)

10 Melhores leites em CCS do mês de setembro de 2011

1 Roque Maciel Piranga 18 2 João Bosco Diogo Porto Firme 25 3 Alvimar Sérgio Carvalho Teixeiras 27

4 Célio de Oliveira Coelho Porto Firme 28 4 Danilo de Castro Ervália 28

5 José Afonso Frederico (Bela Vista) Coimbra 34

6 Saulo Ronaldo Maciel Piranga 36 7 José Renato Araújo Piranga 39

8 Luis Maciel de Lana Ubá 46 9 Sérgio H. V. Maciel Coimbra 50

Produtor Município UFC (mil/ml)

10 Melhores análises totais de bactérias CBT do mês de setembro de 2011

Pudim de café

Ingredientes

. 2 1/2 xícaras (chá) de açúcar

. 3 xícaras (chá) de leite

. 1 xícara (chá) de café bem forte

. 1 pitada de açúcar de baunilha

. 1 pitada de sal

. 6 gemas

. 4 claras

Modo de preparo

1. Derreta em uma frigideira 1 xícara (chá) de açúcar e unte o fundo e as laterais de uma forma com o caramelo obtido. Reserve.2. Ferva o leite com o café, a baunilha e o sal. Reserve.3. Bata as gemas com as claras e junte o açúcar restante.4. Bata bem e adicione aos poucos, sem parar de bater, o café com leite fervendo.5. Despeje na forma reservada e asse no banho-maria, em forno médio, preaquecido. Desenforme frio.Dica: se desejar, decore com grãos de café e sirva com licor de menta.

Fonte: mdemulher.abril.com.br/culinaria/receitas/

RECEITA

10 João Bosco Diogo Porto Firme 18,41 13,96Mastite é uma doença caracteri-

zada pela inflamação da glândula mamária que causa grandes perdas econômicas para os produtores, de-vido à queda na produção de leite dos animais afetados.

Ela pode ser classificada em dois tipos, mastite clínica e mastite sub--clínica.

A mastite clínica é visível, sendo ca-racterizada pela presença de grumos no leite, aumento de temperatura do

úbere, vermelhidão e dor. Já a mastite sub-clínica não con-

seguimos diagnosticá-la a olho nu. A principal ferramenta utilizada a campo para identificarmos mastite sub-clínica é o teste do CMT.

Este teste consiste na interação do reagente com o DNA das células so-máticas, aonde serão formados dife-rentes graus de viscosidade do leite, sendo classificado conforme a tabela abaixo:

Sabendo estes valores, consegui-mos calcular as perdas de produção do rebanho classificando os tetos dos animais e multiplicando respectiva-mente pela sua capacidade de produ-ção, tendo como resultado o número real de tetos (NRT) = (+ x 0,86) + (++ x 0,75) + (+++ x 0,53).

Sabendo que este número de tetos está produzindo a quantidade de leite atual, comparamos como seria a produção se todos os tetos estives-sem sadios, ou seja, com 100% da produção, subtraindo este número com a quantia produzida pelo nú-mero de tetos reais, teremos a perda diária da produção de leite.

Exemplo: um rebanho com 10 ani-mais em lactação, produzindo 200 litros de leite/dia apresentam as se-guintes classificações, 15 -, 13 +, 7 ++, 5 +++. De acordo com a fórmula o numero reais de tetos será = (15x1) + (13x0,86) + (7x0,75) + (5x0,53) = 34 tetos. Portanto, se 34 tetos produ-

zem 200 litros de leite, 40 tetos pro-duziriam 235 litros de leite, obtendo uma perda de aproximadamente 15%.

Estas perdas na produção são atri-buídas pelas bactérias que colonizam o epitélio das glândulas mamárias, causando danos aos tecidos secre-tores de leite, por isso quanto maior a classificação do CMT ou a CCS, maior será a perda da produção, pois maior estará sendo a injúria na glân-dula.

Devido a estas injúrias, procura-se trabalhar com 4% de perdas como li-mite máximo, procurando diminuir as perdas econômicas e melhorar a saúde animal.

Apesar do teste CMT ser subjetivo ele deve ser implantado nas proprie-dades, pois traz informações valiosas ao produtor, possibilitando a produ-ção de um leite com mais qualidade e a melhoria da saúde animal. Além de ser um método simples e barato.

Pontuação Perdas CCS Viscosidade

% (cel/ml)

_ 0 100.000 sem viscosidade + 14 900.000 pouco viscoso ++ 25 2.700.000 viscoso

+++ 47 8.100.000 aspecto de gelatina

Fonte: Philpot & Nickerson, 1991

10 Antônio Maria da Silva Araújo Cajuri 51